o homicída e a perversão - monodireitounime

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o homicída e a perversão - monodireitounime
O HOMICÍDA E A PERVERSÃO: UMA ANÁLISE MOTIVACIONAL
SOBRE O CRIME
Renato Bruno de Oliveira Ferreira1
RESUMO
Trata este trabalho de uma análise bibliográfica de vários autores que estudam e
pesquisam as faculdades da mente criminosa, dos fatores motivacionais e do
surgimento do fator criminógeno.
O entendimento dos fatores motivacionais é importantíssimo para a compreensão e a
descoberta do surgimento da criminalidade, das tendências homicidas e da frieza que
caracteriza estas pessoas.
Palavras-chave: Homicida. Criminologia. Serial Killer. Psicopata. Transtorno de
personalidade anti-social. Fatores Motivacionais.
ABSTRACT
This work comes from a literature review of several authors who study and research
the colleges of the criminal mind, the motivational factors and the emergence of
criminogenic factor.
Understanding of motivational factors is especially important for the understanding and
discovery of the emergence of crime, tendencies and murderous coldness that
characterizes these people.
Keywords: Homicidal. Criminology. Serial Killer. Psychopath. Personality disorder
antisocial. Motivational Factors.
1. INTRODUÇÃO
Em um mundo como o atual, pergunta-se diariamente, o porquê crimes
hediondos vivem acontecendo, homicídios diariamente sendo noticiados em
telejornais e periódicos. Filhos matando seus próprios pais, netos que matam
avós para a obtenção de drogas, jovens que cometem um assassino em
massa, crianças sendo mortas. Quais são os motivos que uma pessoa pode
ter, para transgredir os valores da sociedade? O que leva o ser humano a se
1
Graduando em psicologia pela faculdade UNIME – Lauro de Freitas - Bahia
Faculdades UNIME – União Metropolitana de Educação e Cultura S/C Ltda.
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tornar frio, calculista, e sem sentimentos a ponto de cometer atrocidades contra
a sua própria raça?
De acordo com a UNESCO, 44% das pessoas na grande São Paulo
matam por problemas pessoais, 24% em negócios ilícitos, 14% em roubos e
assaltos, 8% por questões familiares e 8% por outros motivos. Mas os
conceitos e preconceitos que temos não são os únicos fatores que levam ao
surgimento do crime. (SUPER, 2006, p. 81)
Alguns autores defendem que a hereditariedade e o biótipo têm grande
influência na criminalidade, sendo os mais celebres estudiosos da criminologia
Lombroso e Kretschmer. No Brasil tivemos Berardinelli estudando a biotipologia
criminal.
Existem dezenas de motivos explicados pela ciência, filosofia e
antropologia do porque uma pessoa mata, rouba, furta, estupra entre outras
atividades que vão de encontro com as leis éticas, morais e religiosas impostas
por toda a sociedade, sendo que, a mesma, é um grande fator para o
surgimento da criminalidade. Os fatores de âmbito social e econômico, os
fatores culturais entre outros explicam tais atitudes consideradas hediondas.
Como objetivo primordial, esse trabalho tentara explicar alguns dos
principais fatores motivacionais que levam ao surgimento da criminalidade, o
porquê todo ser humano tem dentro de si um potencial homicida e o que
desencadeia uma fúria titânica que pode vir a causar dezenas ou milhares de
mortes. Uma fúria que traz tristeza e dor para todos os parentes das vitimas
que por uma pessoa fria e cruel foram assassinadas de formas cruéis,
horrendas e desumanas, sendo colocadas muitas vezes em cárcere privado,
sendo humilhadas e obrigadas a ter relações sexuais com seus algozes. Muitas
dessas pessoas foram caçadas como verdadeiros animais, tentando fugir em
busca de liberdade, não conseguindo fugir, eram eliminadas e seus corpos
eram feitos de troféus para esses seres desumanos.
Foram estudados e analisados livros, artigos e revistas que se
relacionam com criminologia, psicologia jurídica, assassinos em série,
psicopatia e transtornos psiquiátricos e de personalidade que com todos os
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seus dados, nos levam a uma maior compreensão sobre os reais motivos que
trazem a criminalidade à tona.
2.
A PSICOLOGIA E O ESTUDO CRIMINÓGENO
“Comportamento é aquilo que caracteriza ações do ser
humano, como falar, caminhar, ler, nadar etc. Processos mentais
são experiências internas, como sentimentos, lembranças, afetos,
desejos e sonhos.”
(TRINDADE, 2009, p. 19)
Realmente a psicologia é um dos estudos no qual se podem dar maior
auxilio no estudo da criminalidade. Precisamos saber realmente, o que se
passa na mente de um criminoso, mesmo sendo muito difícil conseguirmos
compreender, é fato dizer que apenas 5% dos assassinos em série estavam
realmente doentes no momento de seus crimes, ou seja, se eles estavam em
plena consciência do que estavam fazendo, por que faziam? Na psicologia,
temos duas ciências que explicam os motivos prováveis do surgimento da
delinqüência: o behaviorismo, que é a ciência comportamental, e a psicanálise,
a ciência que estuda o inconsciente. Existem outras escolas psicológicas e
filosóficas que auxiliam no estudo do perfil do criminoso. Cada escola contem
seu fator inicial para o surgimento do fator criminógeno na sociedade e na
personalidade humana, mas as mais importantes e utilizadas são as teorias
psicanalíticas e behavioristas.
Mas qual é o papel do psicólogo no estudo criminal? A psicóloga
Fabiana Saffi (PSIQUE ESPECIAL, 2007, p. 55) diz:
“O psicólogo criminal, tenta construir o percurso de vida do
individuo criminoso e todos os processos psicológicos que o possam
ter conduzido à criminalidade. Pretende – se entender o criminoso
numa perspectiva biopsicossocial, sem deixar de lado a interface com
a área jurídica, pois esta é a particularidade do trabalho desse
profissional.”
Entendemos assim que o papel do psicólogo na área jurídica e criminal é
entender os fatores biopsicossociais que levam ao ser humano ingressar no
mundo da criminalidade.
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2.1
TEORIA DA PSICANÁLISE NA CRIMINALIDADE
Os estudos da psicanálise influenciaram bastante na criminologia, pois
de acordo com Freud a mãe é um fator muito importante para a formação da
personalidade da criança. Albergaria divide então 3 fases na criminologia:
Fase das primeiras relações da criança com os pais – Nessa fase, o
instinto sexual começa a evoluir, passando da fase oral (0 – 18 meses), anal
(18 meses – 2/3 anos), fálica (2 – 3/5 anos) para “terminar” no período de
latência (3 – 5/12 anos). A criança começa a se socializar, porem se prejudica
por faltas educativas da mãe, como excessos de indulgência, frustração e
repressão. Até os 4 anos a ligação com a mãe é forte podendo provocar
mudanças em suas tendências instintivas. Depois a criança percebe a
presença do pai, dando origem ao primeiro conflito, o complexo de Édipo. A
adaptação social posterior dependerá da solução ou liquidação desse conflito.
A fase da formação do superego – Nessa fase, após a liquidação do
Édipo, a criança tende a indentificar-se com as exigências dos pais e imita-los.
O superego surge desse processo de imitação.
A fase de formação do grupo no seio da família – Nessa fase a criança
tende a adquirir sua formação a priori na família, a posteriori na sociedade.
(ALBERGARIA apud FREUD, p. 135)
Na psicanálise, os estudos do inconsciente, nos levam a perceber que
os desejos mais íntimos da humanidade, sejam eles bons ou ruins, acabam
muitas vezes sendo liberadas, por um motivo intrínseco, que fazem a pessoa
ser ou não um criminoso, A presença da mãe da criança também é uma
influência deixada pelo legado da psicanálise, a falta de cuidados da mãe e do
pai podem acarretar a dezenas de transtornos.
A criança ate os seus 12 anos de idade necessita do pai e da mãe para
a formação de sua personalidade, se estes não forem presentes, poderemos
estar lidando com um futuro criminoso ou homicida.
O criminoso Ted Bundy conhecido como o Picasso dos Serial Killers
alegava que cometia apenas seus assassinatos pelo fato de elas se parecerem
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com sua mãe na juventude, clara alusão que a mãe era causadora de seus
tormentos e de sua personalidade homicida. Ted Bundy matou mais de 22
mulheres em vários estados dos EUA, utilizando a tática da pessoa indefesa,
fingia estar com o braço ou a perna quebrada, forçando assim as suas vitimas
a lhe ajudarem, mal sabendo que em breve estariam mortas. Bundy foi preso e
condenado a cadeira elétrica. Morreu em 24 de janeiro de 1989, aos 42 anos.
(CASOY, 2008, p. 94 - 110),
2.2
PSICOSE, NEUROSE E PERVERSÃO
“Por que será que, quando falamos com Deus, dizem que
estamos rezando, e quando Deus fala conosco dizem que somos
esquizofrênicos?”
(Autor desconhecido)
De acordo com a psicanálise, o ser humano é dividido em 3 tipos, os
neuróticos, os perversos e os psicóticos.
O neurótico é aquele se submete demais as leis, de acordo com Freud,
a grande maioria das pessoas é neurótica, o psicótico não conhece as leis, é o
dito “louco” e o perverso conhece as leis e não as segue pelo simples fato de
sentir prazer nisso, burlar as regras é um prazer enorme para o perverso.
A definição de cada um seria basicamente a seguinte: Neurótico é
aquele que tem pensamentos normais, porem diante da sociedade adoece, o
neurótico foi sadio enquanto a sua necessidade de amor foi satisfeita por um
objeto real no mundo externo, tornando-se neurótico assim que esse objeto é
afastado dele sem que um substituto tome o seu lugar. Sendo assim, a
felicidade coincide com a saúde e a infelicidade com a neurose. O psicótico é
aquele que não tem acesso as leis e que quando criança a mãe não deixa o pai
entrar com o ensino das leis, o psicótico é aquele que não percebe o mundo
exterior de forma alguma ou sua percepção não possui nenhum efeito. A
psicose tem como fundamento criar uma nova realidade para a pessoa, já que
a sua realidade foi abandonada, ou seja, a psicose remodela a realidade, pois
esta acaba sendo repudiada. O perverso é aquele que tem o pai acima da lei,
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um pai tirânico. Não existem pessoas com dois transtornos, ou se é perverso,
ou se é um psicótico ou se é perverso, porem existem neuróticos que são
fascinados pela perversão, tentando se tornar perverso e cometendo atos
perversos, porém em um dado momento esse ato afetará ainda mais o
psicológico da pessoa.
Os três tipos são subdivididos em:
1. Neuroses
1.1 Neuroses de transferência - Histeria
- Neurose obsessiva
- Fobia
1.2 Neuroses atuais – Neurose de guerra
- Neurastenia/Psicastenia
- Hipocondria (Síndrome)
1.3 Neuroses narcísicas – Depressão
- Adicções
- Transtornos de auto-imagem
2. Psicose
2.1 Paranóias – Com delírio de perseguição
- Com delírio de grandeza
-Com delírio místico-religioso
- etc.
2.2 Esquizofrenias – Hebefrênica
- Catatônica
- Paranóica
- Residual
- Esquizoafetivo (Depressão pós-esquizofrenia)
- Outros
2.3Transtornos do humor - Depressão – Episódio/Transtorno
- Mania – Episódio
- Transtorno afetivo bipolar (TAB) - Transtorno
3. Perversões
3.1 Psicopatias – Voyerismo/Exibicionismo
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- Masoquismo/Sadismo
- Fetichismo
- Filias
3.2 Sociopatias – Serial Killer
- Franco atirador
- Unabomber
- Piromaníaco
- Estripadores
2.3
O BEHAVIORISMO E A CRIMINALIDADE
J. B. Watson (SCHULTZ, 2009, p.262),foi considerado o pai do
behaviorismo defendendo que o comportamento das crianças poderiam ser
condicionados, poder-se-ia colocar medos onde os mesmo não existiam.
Watson defendia que os pais não deveriam demonstrar afeto, nem passar a
mão na cabeça quando uma tarefa fosse cumprida perfeitamente, nem beijar,
nem abraçar. Com esse tratamento a criança acaba crescendo e se tornando
uma pessoa fria, muitos casos de homicídio são derivados a traumas causados
na infância, maus tratos dos pais, ausência de carinho e de afeto.
B. F. Skinner (SCHULTZ, 2009, p.293) veio em seguida com seus
estudos sobre a influência que o meio exerce na criação da personalidade da
criança. Dizia que através de reforços e estímulos o homem poderia ser
modelado, sendo influenciado também pelo meio em que vive.
A criação da criança, sendo acompanhada do meio em que se vive,
poderia ser um dos fatores motivacionais maiores para o surgimento da
delinqüência. Um caso muito famoso foi do Edmund Emil Kemper III, assassino
em série que matou 10 pessoas entre elas seus avôs e sua mãe. Kemper teve
sua infância com diversos problemas, suas irmãs o consideravam louco, sua
mãe sempre o maltratava e gritava com ele, foi colocado para dormir no porão
de sua casa, é depois mandado para a casa dos avôs onde cometeu seu
primeiro crime. Kemper não gostava da avó por ela viver implicando com ele,
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até que um dia ele deu um tiro de espingarda na cabeça dela, matando o avô
em seguida apenas para o “proteger” de um ataque cardíaco ao ver a esposa
morta. Foi internado numa instituição psiquiátrica e depois de ser considerado
curado matou mais pessoas, sua mãe e colegiais. Esse é apenas um caso de
muitos no qual o comportamento da família e o ambiente repressivo onde vivia
influenciou em seu comportamento homicida, sendo que ele tinha um QI de
145. (CASOY, 2008, p. 200-213),
Não podemos dizer assim que uma pessoa que vive em um ambiente
repressor, perigoso ou com diversas influências criminais, desenvolvera em si
um aspecto criminal ou homicida, simplesmente afetara sua vida de alguma
forma, algumas pessoas conseguiram superar tais influências, porém outras
com a formação psicológica fraca, não conseguirá se proteger e acabará por
adentrar no mundo do crime.
3
FATORES MOTIVACIONAIS
“Casos de indivíduos acusados de assassínio, em que por
um requinte de ferocidade as vitimas são feitas em pedaços tem sido
bastantes vezes falados, não se compreendendo como esses
indivíduos
houveram
podido
cometer
tais
horrores”.
(FIORE, 2005. P.89)
Fiore (2005. P.89) tem um questionamento válido, de onde surge tanto
ódio, como e porque a pessoas cometem tais atos horrendos? Valoração social
e estimulo ideológico são fatores que levam muitas pessoas a saírem dos
padrões da sociedade. Porem será que realmente só se deseja crescer
financeiramente?
Ilana Casoy (2008, p. 17), diz que o surgimento da mente de um homicida
serial deve-se a diversos fatores, e diversas escolas dariam motivos diferentes,
como a escola freudiana ao dizer que a agressão nasce dos conflitos internos.
A escola clássica diria que é pelo fato de existir o livre arbítrio, ou seja, se a
recompensa é maior que o risco vale a pena corrê–lo. Se a punição for
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extrema, não haverá crimes. Não se pode especificar o porquê do homicida
cometer tal delito.
Uma pesquisa feita por David Buss, chefe do Departamento de Psicologia
Evolutiva da Universidade do Texas, mostrou que 91% dos homens e 84% das
mulheres pelo menos uma vez na vida já tiveram vontade de matar alguém ou
pensaram em minúcias como se livrar de um desafeto. (SUPER, 2006, p. 79)
Esses dados provam que o ser humano nasce potencialmente um
homicida, porem graças a um único motivo que podemos chamar de estopim,
ele deixa de lado as regras e leis da sociedade, e libera toda a sua fúria.
Myra y Lopez (2008, p. 98 - 100), cita dois motivos principais para o delito
ocorrer que são os motivos “Exógenos” e os motivos “Endógenos”. Os motivos
“exógenos” são os motivos alheios ao ser individual e atuando sobre eles como
os justiceiros. E os motivos “endógenos” são os motivos que foram criados
através de traumas ou situações do momento, como latrocínio.
Dados estatísticos comprovam que homens matam mais que mulheres,
no meio urbano ocorrem mais crimes que no meio rural, os crimes ocorrem
mais na época de inflação do que nas fases onde há mais dinheiro. Os fatores
culturais influenciam em grande intensidade no surgimento do fator
criminógeno.
Sutherland (FERNANDES, 2002, P.), sustenta em sua tese que há
relação, mesmo que sendo ela vaga, entre a religião e a criminalidade. A
ausência da educação religiosa influência no aumento da criminalidade.
4
FATORES PATOLÓGICOS
“Ele conquista nossa confiança como amigo, parceiro
sexual, colega de trabalho, médico, consultor financeiro. Até que
caia sua máscara de normalidade e ele mostre que, ao contrário de
sua encenação, não sente remorso nem vergonha ao agir de forma
imoral. É indiferente ao bem estar alheio e, sem freios morais, é
capaz de pôr em prática qualquer plano para atingir seus desejos.”
(SUPER, 2009, p. 10)
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Lombroso dizia que pode - se perceber quando uma pessoa é criminosa
através das características corporais:
“Protuberância occipital, órbitas grandes, testa fugidia, arcos
superciliares excessivos, zigomas salientes, prognatismo inferior,
nariz torcido, lábios grossos, arcada dentária defeituosa, braços
excessivamente grossos, anomalia dos órgãos sexuais, orelhas
grandes e separadas, polidactilia. As características anímicas,
segundo o autor, são: insensibilidade à dor, tendência à tatuagem,
cinismo, vaidade, crueldade, falta de senso moral, preguiça
excessiva, caráter impulsivo.” (ALBERGARIA, 1999, p. 132)
De acordo com Sutherland, Lombroso atrasou os estudos da criminologia
em 50 anos. (ALBERGARIA, 1999, p. 132)
Se nos preocuparmos em apenas analisar o exterior da pessoa,
morreremos procurando criminosos psicológicos e não encontraremos nenhum,
pois muitos criminosos têm pensamentos malignos, mas não demonstram isso,
sendo difícil calcular de onde pode vir um verdadeiro homicida.
Um psicopata para muitos é um ser comum, atraente, simpático,
conquistador, genial, mas por trás da máscara, existe um homem frio e
calculista que visa apenas o seu lucro.
Na atualidade, existem dezenas de transtornos psiquiátricos e de
personalidade que são considerados grandes influências no surgimento de um
homicida: Esquizofrenia, síndrome de Münchausen, psicopatia, transtorno de
conduta, transtorno de personalidade anti-social, a paranóia, transtornos
bipolares etc. Será dado foco apenas a psicopatia e ao transtorno de
personalidade anti-social.
Não podemos confundir os transtornos, de acordo com Trindade, a
psicopatia e o transtorno de personalidade anti-social, não são transtornos
mentias e sim transtornos de personalidade.
O termo “psicopata” foi utilizado pela primeira vez no ano de 1941 pelo
psiquiatra americano Hervey M. Cleckley, do Medical College da Geórgia.
Normalmente o psicopata é encantador no inicio, conseguindo conquistar todos
ao seu redor, porem é egocêntrico, mentiroso e indigno de confiança. O porquê
do comportamento do psicopata tem poucas respostas.
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Desde os primórdios do tempo tentamos definir e explicar a psicopatia,
mas não sabermos ao certo de onde ela vem.
“Se existe de fato um kit de moralidade instalado em nosso
“hardware” cerebral (nossa composição biológica), como explicar o
comportamento desumano dos psicopatas? Tudo indica que esses
indivíduos apresentam uma “desconexão” dos circuitos cerebrais
relacionados à emoção. Só podemos ter senso moral quando
manifestamos um mínimo de afeto em relação às pessoas e ás
coisas ao nosso redor. Dessa maneira, o comportamento frio e
perverso dos psicopatas não pode ser atribuído à má criação ou
educação”. (SILVA, 2008, p, 89).
A psicopatia afeta cerca de 3% dos homens e 1% das mulheres, sendo
um transtorno que tem tido diversos estudos. O psicopata normalmente tem o
grande intuito de conseguir benefícios, independente do que seja preciso fazer
para obter tais benefícios, mas para tais atos acontecerem, a vantagem tem
que ser apenas dele. O numero de psicopatas que chega a cometer homicídios
é pequeno, perante o numero deles que existem no mundo. (SUPER, 2009)
O psicopata normalmente segue um padrão de valores que não coincide
com os valores da humanidade, não internaliza as leis, transgressões ou culpa,
ele se sente acima da lei.
Em 1980, Hare desenvolveu o PCL (Psychopathy Checklist) e em 1991, o
PCL-R (Psychopathy Checklist Revised), muito utilizado hoje em dia para
definir o nível de psicopatia, consistindo em diversas perguntas que serem
respondidas, darão ao pesquisador, noção do nível da psicopatia do criminoso.
Hermann Rorschach em 1921 criou um teste para denominar o nível psicótico e
criminal de cada pessoa, seu teste consiste em pequenas telas com borrões de
tinta que obedecem a características especificas, quanto à proporção,
angularidade, luminosidade, equilíbrio espacial, cores e pregnância formal.
(TRINDADE, 2009, p.226),
O psiquiatra Michael Stone da universidade de Columbia nos EUA criou o
índice de maldade, onde são colocados os criminosos e assassinos em série.
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O índice contém 22 níveis em que cada tipo de ação durante o crime, explicaria
o nível mórbido de prazer de cada criminoso. (BENDER, 2008), (ANEXO A).
O transtorno de personalidade anti-social é um transtorno que já teve
diversos nomes como insanidade sem delírio (PINEL, 1806); insanidade moral
(PRICHARD, 1837); delinqüência nata (LOMBROSO, 1911); psicopatia (KOCH,
1891); sociopatia (LYKKEN, 1957), atualmente foi denominado como transtorno
de personalidade anti-social, oficialmente descrito no DSM – IV. (DSM – IV,
2008) (ANEXO B)
As pessoas com o transtorno costumam ser destrutivas e não sentir
remorsos, por esse motivo é comparado com a psicopatia. Causam maior
sofrimento as pessoas que estão ao seu redor, principalmente a sua família.
O sintoma mais presente nesse transtorno é o fato das pessoas sempre
dizerem que o ato criminal foi feito sem consciência. Após o crime ter sido
efetuado, a pessoa conversa sem sinal de culpa ou remorso.
O transtorno de personalidade anti-social também é caracterizado por
falta de apegos emocionais aos outros e sentimentos superficiais, fazendo com
que o mesmo professe o seu amor rapidamente por alguém mesmo que não
demonstre isso podendo assim ter vários relacionamentos, sem que isso venha
a lhe prejudicar.
O transtorno atinge cerca de 4,5% dos homens e 1% das mulheres
(HOLMES, 1997), atingindo no final da adolescência ou no inicio da fase
adulta, tendo seu declínio aos 40 anos.
O surgimento de tal transtorno se deve a combinação de fatores
genéticos e fatores ambientais, podendo surgir em uma criança com
predisposição genética para impulsividade, que pode ser causada pela
disfunção da região frontal e límbica do cérebro combinado com o contexto
social e familiar. (TRINDADE, 2009. p. 217)
É caracterizado charme superficial, superestima, mentira patológica,
ausência de remorso ou culpa, insensibilidade afetivo-emocional.
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5
ASSASSINOS EM SÉRIE
“Nós serial killers, somos seus filhos, nós somos seus
maridos, nós estamos em toda a parte. E haverá mais de suas
crianças mortas no dia de amanhã. Você sentirá o último
suspiro deixando seus corpos. Você estará olhando dentro de
seus olhos. Uma pessoa nesta situação é Deus.”
(Ted Bundy)
Antes de falarmos dos assassinos em série, temos que saber diferenciar
os tipos de crime, pois uma pessoa que mata dezenas de outras tem três
divisões: (CASOY, 2008)
Matador em massa (Genocida): Mata quatro ou mais pessoas em um
mesmo local e no mesmo evento. Ex. Hitler
Serial Killer: Individuo que comete uma série de crimes com um
determinado intervalo de tempo, podendo ser de meses ou anos ate que seja
preso ou morto. Ex. Pedrinho matador.
Spree Killer (matador impulsivo): Suas vitimas estão no lugar errado na
hora errada. O criminoso mata várias pessoas num período de horas, dias ou
semanas e não para ate se acalmar. Ex. Cho Seung-Hui (matou 32 pessoas na
Universidade Estadual de Virgínia, EUA).
Perguntamos-nos diariamente o que leva a um ser humano a matar seu
semelhante. Essa pergunta seria ate “simples” de se responder, mas se
perguntarmos o porquê ele mata dezenas de pessoas da mesma forma, a
resposta se torna mais complexa.
Os assassinos em série são denominados por Serial Killers e o seu
método é chamado de Modus Operandi, a primeira vez que o termo foi utilizado
foi pelo FBI (Federal Bureau Of Investigation) para designar assassinos que
matam mais de suas pessoas, com o mesmo Modus Operandi.
Ilana Casoy (2008, p. 19) distribui tais assassinos da seguinte forma:
Visionário: Um indivíduo completamente insano, psicótico. Ouve vozes
dentro de sua cabeça e as obedece. Pode também sofrer de alucinações ou ter
visões.
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Missionário: Socialmente não demonstra ser um psicótico, mas em seu
interior tem necessidade de “livrar” o mundo do que julga imoral ou indigno.
Emotivo: Mata por pura diversão. Dos quatro tipos é o único que tem
prazer de matar e utiliza de requintes sádicos e cruéis, obtendo prazer no
próprio processo de planejamento do crime.
Sádico: É o assassino sexual. Mata por desejo. Seu prazer será
diretamente proporcional ao sofrimento da vítima sob tortura.
Cada assassino passa por seis fases do ciclo de mortes de acordo com o
pH. D em psicologia, Dr.Joel Norris. (CASOY apud NORRIS, 2008 p.19-20),
1.
Fase áurea: Quando o assassino começa a perder a
compreensão da realidade;
2.
Fase de pesca: Quando o assassino procura a sua vítima
ideal;
3.
Fase galanteadora: Quando o assassino seduz ou engana a
vítima;
4.
Fase de captura: Quando a vítima cai na armadilha;
5.
Fase do assassinato ou totem: Auge da emoção para o
assassino
6.
Fase da depressão: Que ocorre após o assassinato.
Após a fase da depressão o assassino volta ao inicio.
Para chegar ao nível de assassino em série, o homicida tem que ter um
espaço de tempo entre as vítimas e ter matado pelo menos duas pessoas
seguindo um padrão.
O Dr. Kim Rossmo ainda divide o assassino em série como caçador que
realiza especificamente a busca de suas vítimas baseado no seu local de
residência; o furtivo que também faz a busca da vítima, mas a partir do local de
uma atividade diferente de seu local de residência, viajando para outro lugar
durante a caçada; o oportunista que encontra suas vítimas enquanto realiza
outras atividades; e o ardiloso que fica numa posição exercendo uma profissão
ou criando uma situação que lhe permite encontrar as suas vitima dentro de um
local sob seu controle.
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Ainda divide os atacantes em três tipos: O raptor que ataca suas vitimas
quase que imediatamente ao encontrá-la; o perseguidor que persegue sua
vitima depois de encontrá-la e se aproxima gradativamente ate encontrar o
momento certo para atacar e o predador que ataca sua vítima depois que a
leva para um local específico, como uma residência ou local de trabalho
controlado pelo agressor.
O Dr. Rossmo é detetive em Vancouver, Brittish Columbia. A divisão que
Rossmo faz é parte de seu sistema de perfis geográficos. (INNES, 2009. p. 16
VOL. 3)
Na análise do comportamento homicida existem diversos estudiosos,
entre eles está o psicólogo britânico Hans Eysenck. Através dos estudos de
Jung sobre extrovertidos e introvertidos, Eysenck criou um diagrama em forma
de diamante, de um lado as escalas vão de estável ate extrovertido e dou outro
de instável ate introvertido. Os quatro lados do diamante recebem nomes que
foram descritos há 500 anos atrás: Sanguíneo, colérico, fleumático e
melancólico. (INNES, 2009. p.66 VOL. 3)
Estável
Fleumático
Sanguíneo
Introvertido
Extrovertido
Melancólico
Colérico
Instável
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Com esse gráfico podemos analisar em qual dos perfis um homicida se
encaixa, dando assim mais espaço e caminhos para se estudar sua
personalidade e seus fatores motivacionais e emocionais durante o crime.
6
O CINEMA E OS SERIAIS KILLERS
“Se esses caras soubessem o quanto me diverti (...). Matar
não é como a TV onde em três segundos a vítima já era. A coisa
leva três, quatro minutos... Você tem que ter muita força.”
(Richard Speck)
O cinema americano tem a cultura de fazer filmes sobre assassinos sejam
eles reais ou apenas fantasiosos, existem séries de filmes como a de Sexta
feira 13, Halloween, Pânico e A hora do pesadelo que falam de assassinos que
não morrem, dando assim uma alusão de que muitos têm pactos com seres
das trevas, ou até séries de assassinos como Dexter que conta a história de
um serial killer missionário que mata apenas pessoas que foram ou não
acusadas de homicídio. Existem inúmeros filmes que retratam a vida de
assassinos célebres, como Bundy, Gacy, Dahmer, Monster: Desejo assassino
(Aileen Wournos), que falam dos assassinos que marcaram a história dos EUA.
Nos filmes fantasiosos de assassinos, muitas vezes é deturpada a visão
do psicopata e do sociopata, mostrando uma versão do transtorno que não é
real, um psicopata não é um assassino maligno que ama matar, é apenas um
homem que gosta de burlar as regras, independente do que seja preciso fazer
para isso (visão psicanalítica), um psicopata sente um prazer em burlar e não
matar. O psicopata é um “maníaco” sexual, já o sociopata é o dito serial killer,
sniper ou incendiário. Esse sim tem um prazer em ver o sofrimento de outro
ser. No cinema não só americano, mas no cinema de uma forma geral, o
assassino é visto como um psicopata maníaco que sente um prazer imenso em
matar, e essa não é a verdade.
Normalmente o cinema tende a fantasiar sintomas, doenças, síndromes, e
até mesmo os nomes que fizeram história, o cinema tende a modificar para ter
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mais lucro. Não se tem nomes de filmes que passem a realidade 100%
verídica.
Na América, quase todos os assassinos em série que viveram, não só lá
como em outros países, foram retratados em filmes, desde os mais
sanguinários, como os mais cruéis e mais sádicos maníacos sexuais que a
história já viu, entre eles os mais conhecidos são os filmes do Zodíaco, Ted
Bundy, Jack, o Estripador, O estrangulador de Boston, Edmund Kemper III,
John Wayne Gacy entre outros assassinos que marcaram de uma forma
horrorosa a história dos EUA.
7
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por mais que existam dezenas de pessoas que estudem o fator
motivacional de um criminoso e suas faculdade mentais, nunca conseguiremos
aceitar que existem pessoas frias e sem sentimentos que são capazes de
cometer crimes horrendos para obtenção de benefícios, justiça ou atenção. Se
déssemos atenção ao que o ser humano precisa realmente, conseguiríamos
lutar para acabar com tamanha dor. Se perguntássemos se seriamos capaz de
curar essas pessoas, a resposta seria não, pois para isso levaríamos anos de
estudo, e gastariam milhões em dinheiro.
O que podemos obter inicialmente é dar mais atenção aos nossos filhos,
cuidar mais do próximo, pois se um dia ajudamos alguém aqui, amanhã ele
ajudara outro ali e isso se tornará uma corrente que por mais que seja
quebrada, não se acabará. Existem dezenas de motivos para se cometer um
crime, mas será que realmente será compensador matar alguém para obter o
que queremos? Se todos pensassem assim, o mundo estaria mais perdido.
Resta-nos apenas estudar, e tentar compreender qual é o verdadeiro intuito de
um homicida, seja esse fator apenas psicológico ou pelas forças das
circunstâncias.
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8
REFERÊNCIAS
ALBERGARIA,
Jason.
Noções
de
criminologia.
Belo
Horizonte,
Mandamentos, 1999.
SCHULTZ, Duane P., SCHULTZ, Sydney Ellen. História da psicologia
moderna 9ºed., tradução Suely Sonoe Murai Cuccio, São Paulo: Cengage
Learning, 2009.
MAYRA Y LOPEZ, Emilio. Manual de psicologia jurídica, São Paulo:
Impactus, 2008.
FERNANDES, Newton, FERNANDES, Valter. Criminologia integrada, 2º Ed.,
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2002.
RIGONATTI, Sérgio Paulo (coord.) SERAFIM, Antônio de Pádua (org.). Temas
em psiquiatria forense e psicologia jurídica, Editora Vetor, São Paulo, 2003.
TRINDADE, Jorge. Manual de psicologia jurídica para operadores do
direito, 3º Ed. – Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora 2009.
CASOY, Ilana. Serial Killer: Louco ou Cruel? 8º Ed. São Paulo, Editora
Ediouro, 2008.
FIORE, Umberto. Manual de psicologia judiciária. Sorocaba – SP, Editora
Minelli, 2005.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado.
Rio de Janeiro, Editora Objetiva, 2008.
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Edição Standart Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund
Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
SADOCK, Benjamin James e SADOCK, Virginia Alcott. Compêndio de
psiquiatria. Porto Alegre, Editora Artmed, 2007.
INNES, Brian. Perfil de uma mente criminosa. Vol.1 e 3. São Paulo, Editora
Escala 2009.
CAMARGO, Heitor. Instinto assassino. Revista Super Interessante n°222,
Janeiro/2006. Editora Abril. São Paulo.
SAFFI, Fabiana. Quando o criminoso é o paciente. Revista Psique edição
especial n° 5, 2007. Editora Escala. São Paulo.
SZKLARZ, Eduardo. Rituais macabros. Mentes psicopatas Super Interessante
Edição especial n° 267 – A, 2009. Editora Abril. São Paulo.
LILIENFELD, Scott. O, ARKOWITZ, Hal. O que é um psicopata.. Disponível
em:
<http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/o_que_e_um_psicopata__imprimir.
html> Acesso em: 04 jun. 2010.
BENDER. Índice da maldade do Dr. Michael Stone. Disponível em:
<http://www.benderblog.com/interessante/o-indice-da-maldade-do-dr-michaelstone/>
Acesso em: 04 jun. 2010.
DSM – IV. Personalidade anti-social. Disponível em:
<http://virtualpsy.locaweb.com.br/dsm_janela.php?cod=197>
Acesso em: 04 jun. 2010.
KICH, Martin. Filmes sobre assassinos em série (em inglês). Disponível em:
<http://www.wright.edu/~martin.kich/Murder/SKFil.htm>
Acesso em: 01 dez. 2010
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9 ANEXO A - INDICE DA MALDADE
01 Matam em defesa própria e não tem tendências psicopatas (pessoas
normais);
02 Amantes ciumentos sem tendências psicopatas (também pessoas normais);
03 Cúmplices de assassinos: personalidade distorcida e com problemas antisociais;
04 Matou em autodefesa, mas provocou a vítima de forma extrema;
05 Pessoas desesperadas com traumas que matam parentes abusivos ou
outras pessoas para sustentar vícios. Sem tendências psicopatas e mostram
remorso genuíno;
06 Pessoas impetuosas que matam em acessos de fúria, sem tendências
psicopatas;
07 Narcisista psicótico, não-psicopata, que mata as pessoas próximas por um
motivo (seja lá qual for);
08 Pessoas que matam em acessos de fúria;
09 Amantes ciumentos psicopatas;
10 Matadores de pessoas que estavam “em seu caminho” ou testemunhas. Ou
seja, egocêntricos, mas não psicopatas;
11 Psicopatas assassinos de pessoas “em seu caminho”;
12 Psicopatas megalomaníacos que mataram quando ameaçados;
13 Pessoas com problemas de personalidades cheios de ódio em crise;
14 Psicopatas egoístas que montam esquemas;
15 Psicopatas a sangue frio ou assassinos múltiplos;
16 Psicopatas cometendo vários atos criminosos;
17 Assassinos sexualmente pervertidos, torturador-matadores (o estupro é o
principal motivo, não a tortura);
18 Torturador-matadores onde o principal motivo é o assassinato;
19 Psicopatas que fazem terrorismo, subjugação de vítimas (tortura),
intimidação e estupro (sem assassinato);
20 Torturador-matadores onde a tortura é o principal motivo, mas em
personalidades psicóticas;
21 Psicopatas que torturam até o limite, mas sem nunca terem cometido um
assassinato;
22 Psicopatas que torturam, onde a tortura é o principal motivo (e matam).
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10 ANEXO B - Critérios Diagnósticos para F60. 2 - 301.7 Transtorno da
Personalidade Anti-Social
A. Um padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros, que
ocorre desde os 15 anos, como indicado por pelo menos três dos seguintes
critérios:
(1) fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a
comportamentos legais, indicado pela execução repetida de atos que
constituem motivo de detenção
(2) propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes
falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer
(3) impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro
(4) irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou
agressões físicas
(5) desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia
(6) irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em
manter um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações
financeiras
(7) ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter
ferido, maltratado ou roubado outra pessoa
B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade.
C. Existem evidências de Transtorno da Conduta com início antes dos 15 anos
de idade.
D. A ocorrência do comportamento anti-social não se dá exclusivamente
durante o curso de Esquizofrenia ou Episódio Maníaco.
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11 ANEXO C – Filmes sobre seriais killers
Afraid of the Dark
(1992)
All-American Murder
(1991)
Bloodmoon (1997)
Citizen X (1995)
Blue Steel (1990)
Closer and Closer
(1996)
Body Bags (1993)
Cobra (1986)
Ambition (1991)
Body Parts (1991)
American Perfekt
(1997)
The Bone Collector
(1999)
American Psycho
(2000)
The Borrower (1991)
Cold Light of Day
(1990)
Con Air (1997)
American Strays
(1996)
The Boston Strangler
(1968)
Confessions of a
Serial Killer (1992)
Cop (1988)
Boy Meets Girl (1994)
Angel Dust (1994)
Copycat (1995)
Breaking Point (1993)
The Atlanta Child
Murders (1985)
Crimetime (1996)
Bums (1993)
Criminal Law (1989)
The Baby Doll
Murders (1992)
Butterfly Kiss (1995)
Curdled (1996)
Back (1997)
Campfire Tales
(1991)
Backstreet Justice
(1994)
Candyman: Farewell
to the Flesh (1995)
Dead Beat (1994)
Balkan! Balkan!
(1994)
Carnal Crimes (1991)
Dead Certain (1991)
The Case of the
Hillside Stranglers
(1989)
Dead On: Relentless
2 (1991)
Beyond Bedlam
(1993)
Dance with Death
(1992)
Death Mask (1989)
Blackbelt (1992)
Blackwater Trail
(1995)
Blood Clan (1990)
Child's Play 3: Look
Who's Stalking (1991)
The China Lake
Murders (1990)
The Deliberate
Stranger (1986)
A Demon in My View
(1992)
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Deranged (1974)
Felicia's Journey
(1999)
Destroyer (1988)
Headless Eyes (1971)
Heads (1994)
Final Combination
(1993)
Heathers (1987)
The Finishing Touch
(1992)
Henry: Portrait of a
Serial Killer (1990)
Dirty Weekend (1993)
The First Power
(1990)
Henry: Portrait of a
serial Killer 2BMask
of Sanity (1997)
Donato and Daughter
(1993)
Four Stiffs and a
Trombone (1991)
Dr. Giggles (1992)
Driller Killer (1979)
Freddy's Dead: The
Final Nightmare
(1991)
Hidden Obsession
(1992)
Easy Prey (1986)
Freeway (1996)
Hideaway (1995)
Ed Gein (2000)
Frenzy (1972)
The Hillside
Stranglers (1989)
Ed McBain's 87th
Precinct (1995)
Frequency (2000)
Diary of a Serial Killer
(1997)
The Diary of Jack the
Ripper (1993)
F/X 2 (1991)
8 Heads in a Duffel
Bag (1997)
Ghost in the Machine
(1994)
Eyes of the Beholder
(1992)
The Glimmer Man
(1996)
Il Mostro (1994)
In the Deep Woods
(1992)
Guilty as Sin (1993)
Halloween (1978)
The Face of Fear
(1990)
Hunt for the Night
Stalker (1989)
In Dreams (1998)
Epitaph (1988)
Exclusive (1992)
Hero and Terror
(1988)
Fallen (1998)
Halloween: The
Curse of Michael
Myers (1995)
Falling for You (1995)
Hannibal (2001)
Fatal Charm (1992)
The Harvest (1993)
Fathers and Sons
(1992)
The Hawk (1992)
Inthe Light of the
Moon (2000)
Inspector Maigret
(1958)
Intimate Stranger
(1991)
Jack the Ripper
(1958)
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Jack the Ripper
(1976)
Love and Murder
(1991)
Nature of the Beast
(1994)
Jack the Ripper: The
Final Solution (1995)
M (1931)
Never Talk to
Strangers (1995)
Malice (1993)
Night Game (1989)
Jack's Back (1988)
The January Man
(1988)
Man in the Attic
(1953)
The Night of the
Hunter (1955)
Manhunter (1986)
Jennifer 8 (1993)
Mianiac (1980)
The Night Stalker
(1987)
Just Cause (1995)
Maniac Cop II (1991)
Kalifornia (1993)
Keeper of the City
(1992)
Killer: A Journal of
Murder (1995)
The Mean Season
(1985)
Nightmare in
Columbia County
(1991)
Nightwatch (1998)
The Minus Man
(1999)
Nothing Underneath
(1989)
Mortal Sins (1992)
Off Limits (1988)
Killer Nerd (1991)
Kiss the Girls (1997)
Knight Moves (1993)
Lady in Waiting
(1994)
Murder in Paradise
(1990)
Open House (1987)
A Murder of Crows
(1998)
Out of Sight, Out of
Mind (1989)
Murder So Sweet
(1994)
Out of the Darkness
(1985)
Murdercall: Deadline
(1997)
Overkill: The Aileen
Wuornos Story (1992)
Murderous Vision
(1991)
The Paint Job (1993)
Last Dance (1991)
Last of the Dogmen
(1995)
The Limbic Region
(1996)
Listen (1996)
Live! From Death
Row (1992)
Pale Blood (1991)
Naked City: A Killer
Christmas (1998)
Peeping Tom (1998)
Naked Killer (1994)
Play Nice (1992)
Naked Souls (1995)
The Pledge (2001)
The Lodger (1926)
Power 98 (1996)
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Prime Suspect 1
(1993)
Probable Cause
(1994)
Profundo Carmesi
(1996)
Serial Killers: The
Real Life Hannibal
Lecters (2001)
Serial Mom (1994)
Seven (1995)
Striking Distance
(1993)
A Study in Terror
(1965)
Sudden Impact
(1983)
Sight Unseen (1990)
Psycho (1960)
The Rain Killer (1990)
The Silence of the
Lambs (1991)
[Discussed in Class]
Summer of Sam
(1999)
The Surgeon (1995)
Ratchet (1996)
Red Dragon (1986)
Sketch Artist 2:
Hands That See
(1995)
Switchback (1997)
Slashdance (1990)
Ten Monologues from
the Lives of Serial
Killers (1994)
Slaughter of the
Innocents (1993)
10 Rillington Place
(1971)
Sleepstalker (1995)
Tinseltown (1999)
The Ripper (1997)
Smooth Talker (1991)
To Catch a Killer
(1992)
Road Kill U.S.A.
(1994)
Snapdragon (1993)
Relentless (1989)
Relentless 3 (1993)
The Return of the
Texas Chainsaw
Massacre (1995)
Room to Let (1949)
The Rosary Murders
(1987)
So I Married an Axe
Murderer (1993)
Split Second (1992)
Stage Fright (1987)
Schramm (1994)
Star Time (1992)
To Protect and Serve
(1992)
The Texas Chainsaw
Massacre
The Town That
Dreaded Sundown
(1977)
Scanner Cop 2 (1994)
Sea of Love (1989)
Self-Storage (1997)
Stepfather III:
Father's Day (1992)
Still Life: The Fine Art
of Murder (1992)
Traces of Red (1992)
Trail of a Serial Killer
(1998)
Trauma (1993)
Serial Killer (1995)
Strike a Pose (1993)
Trilby (1915)
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True Crime (1995)
Tunnel Vision (1995)
Turbulence (1997)
Twin Peaks: Fire
Walk with Me (1992)
Twisted Justice
(1990)
The Ugly (1997)
Undefeatable (1993)
Aileen Wuornos: The
Selling of a Serial
Killer (1994)
Andrew Cunanan:
Murder on the Run
(1997)
The Atlanta Child
Murders (2001)
The Basement and
Trunk Murderers:
Heidnik and Dahmer,
Killers for Company
(1998)
Vegas Vice (1994)
Virtuosity (1995)
The Common Thread
(1997)
The Watcher (2000)
Mind Hunters (1997)
Waxworks (1924)
Biography: The
Boston Strangler
(1996)
Mind of a Serial Killer
(1992)
The Night Stalker
(1997)
Questions of Doubt:
The Zodiac Killer and
Other Unsolved Serial
Murders (1998.)
The Secret Life of a
Serial Killer (1997)
Serial Killers: Profiling
the Criminal Mind [4
Videocassettes]
(1993-1997)
Son of Sam (2000)
Wes Craven's New
Nightmare (1994)
When the Bough
Breaks (1993)
While the City Sleeps
Criminal Profiling
(1998)
Dahmer: Mystery of
the Serial Killer
(1993)
A Whisperkill (1988)
White Angel (1993)
David Berkowitz: Son
of Sam (1997)
Woodchip Massacre
(1989)
Jeffery Dahmer: The
Monster Within (1996)
Writer's Block (1991)
John Wayne Gacy:
Buried Secrets (1996)
Summer of Terror:
The Real Son of Sam
Story (1999)
Ted Bundy: The Mind
of a Killer (1995)
Worst of Times: The
University of Florida
Story (1994)
Multimedia:
The Mind of a Killer
(1995)
Zipperface (1992)
Documentary
Films and
Videotapes:
The Mind of a
Murderer [2
Videocassettes]
(1997)
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