- Centro Empresarial de São Paulo
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REALCE Nova iluminação agrada os olhos e destaca o conjunto arquitetônico do Condomínio Business Intelligence Segurança nas decisões empresariais Worklovers Eles têm paixão pelo trabalho Roberto Shinyashiki Na carreira como no futebol, é preciso ser versátil news SET/OUT/NOV 2008 | CentroEmpresarialSP Empresarial | news | CentroEmpresarialSP Empresarial | SET/OUT/NOV 2008 C Luzes da ribalta Boas perspectivas para a economia brasileira. Vem crescendo o volume de investimentos externos no setor produtivo. É o que revela uma pesquisa sobre o curso do direcionamento dos recursos das multinacionais para o exterior. Em destaque, o grupo de países conhecidos por BRIC ( Brasil, Rússia, Índia e China). A economia brasileira, hoje a oitava do mundo em ingresso de recursos estrangeiros, deverá pular para a sexta posição nos próximos cinco anos, indica essa pesquisa. Essa projeção corresponde à visão dos executivos de empresas de capital estrangeiro que centralizam suas atividades empresariais no nosso condomínio, conforme mostramos nessa edição. Mas a nossa economia está preparada para receber esses investimentos? A resposta a essa indagação depende em grande parte do esforço de formação de mão-de-obra qualificada no Brasil. Será preciso maior incentivo do governo e da sociedade para melhorar os índices de educação de nossos jovens e formar novas gerações capacitadas e preparadas para oferecer o melhor de si ao nosso mercado em desenvolvimento. Um ambiente corporativo saudável e que incentive a carreira de nossos executivos também é necessário, e as empresas têm investido nesse aspecto. Não é segredo para ninguém que as pessoas que se sentem bem no ambiente de trabalho produzem mais e melhor. O Laboratório de Psicologia do Trabalho da Universidade de Brasília (UNB) destaca um aspecto interessante. Ele identifica uma nova categoria de profissionais que se sentem gratificados e contentes com o seu trabalho. O worklover, em contraposição ao já conhecido workaholic, também trabalha muito e é muito envolvido com suas funcões, mas apresenta uma característica diferente. A quantidade de horas que dedica às atividades profissionais não é considerada vício ou fuga e está associada ao prazer, à consciência da finalidade daquilo que se produz enquanto profissional. Procuramos fazer a parte que nos cabe no condomínio envidando esforços para oferecer sempre as melhores condições para as empresas e seus funcionários. A última novidade é a inauguração da nova iluminação do conjunto, realçando suas linhas arquitetônicas. Destaque dessa edição, as pessoas ouvidas pela reportagem aprovaram a iniciativa. Uma delas disse que se sente orgulhosa de trabalhar no Centro Empresarial de São Paulo. Obviamente, ficamos satisfeitos com a opinião, porque é exatamente essa a sensação que queremos passar para as pessoas. E você, qual é a sua opinião? Escreva-nos, mande-nos sua sugestão, não apenas sobre essa novidade, mas também sobre outros aspectos relacionados ao condomínio. Orestes Quércia Presidente da Panamby Empreendimentos e Participações Ltda. SET/OUT/NOV 2008 | CentroEmpresarialSP | Empresarial news EDITORIAL | CARTAS Desafio em dobro Ao deparar com o artigo “Desafio em Dobro” (edição Junho-Julho-Agosto de 2008), fiquei curioso para saber o ponto de vista do articulista, no caso, Fernando Caldas. É que tenho visto e ouvido tantas inverdades quando o tema é produção de alimento, que já fico prevenido. Mas qual a surpresa, boa no caso, de ver uma posição clara, honesta e condizente com a realidade do agronegócio brasileiro. Engenheiro agrônomo Nelson Matheus de Oliveira Júnior, diretor da Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo. R: A crise da oferta de alimentos precisa ser enfrentada com mais racionalidade e menos paixão. Nelson, obrigado por essa importante manifestação. Elogios ao jardim Dos EUA, via internet Quero fazer um grande elogio para a qualidade e a apresentação do Jardim do Centro Empresarial de São Paulo e destacar duas coisas: o paisagismo e, principalmente, os faroletes instalados para iluminar as colunas dos blocos. Ontem, vindo pela marginal, fiquei tão feliz ao ver a iluminação nos blocos. Parecia até uma imagem mágica... ficou muito bom mesmo!!! Parabéns!!! Robson Clay Benatti, Alcoa. Trabalhei no Centro Empresarial de São Paulo onze anos atrás, e já era um lugar fantástico, uma verdadeira fonte de prosperidade e trabalho. Deixei o Centro Empresarial para morar nos Estados Unidos, onde vivo até hoje. Por acaso, vi o site e pude ver que o gigante não pára de crescer, prova que o nosso povo tem um potencial sem limites. Sou um residente completamente integrado à cultura americana, mas sempre terei orgulho de ser, simplesmente, um brasileiro, que trabalhou na Unisa (cartões Visa). Um grande abraço. Dirceu Bizelli, EUA. R: Gratos Robson. Veja nesta edição o texto sobre a nova iluminação do Centro Empresarial de São Paulo. R: Um grande abraço para você, também, Dirceu. Lembre-se sempre da gente. news 4 | CentroEmpresarialSP Empresarial | SET/OUT/NOV 2008 news SET/OUT/NOV 2008 | CentroEmpresarialSP | Empresarial SUMÁRIO 25 CULTURA MODA EMPRESAS NEGÓCIOS I 13 20 ILUMINAÇÃO 16 TRABALHO 10 30 O3 EDITORIAL | 08 NOTAS | 19 FINANÇAS | 26 OPINIÃO EXPEDIENTE Panamby Empreendimentos e Participações Ltda. PRESIDENTE: Orestes Quércia DIREÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Alvino José de Oliveira e Sidnei Bertazzoli CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO NEWS: junho/julho/agosto/2008 EDIÇÃO, PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Diferencial Assessoria & Comunicação JORNALISTA RESPONSÁVEL: Lucimar Franceschini (MTb. 889/5/137 DF) EDITOR CHEFE: Silvano Tarantelli (MTb 14.492) REDAÇÃO: Fernando Caldas COLABORADORES: Rita Gallo, Daniela Maniá, David Brandão e Roberto Shinyashiki COMERCIALIZAÇÃO: Mart Bureau e Editora Tel.: 3815-5566 ramal: 27 FOTOS: Paulo Bareta e Márcia D’Ambrósio IMPRESSÃO: Leograf CONDOMÍNIO CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO: Av. Maria Coelho Aguiar, 215 Bloco B ASSESSORIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Patrícia De La Sala Tel.: (11) 3741-6685 /Fax: (11) 3741-5152. CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO NEWS é uma publicação do Centro Empresarial de São Paulo, com distribuição gratuita interna e via postal para executivos, clientes, fornecedores e formadores de opinião. Todos os textos são de responsabilidade do Centro Empresarial, sendo que os assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução completa ou parcial do conteúdo desta publicação sem autorização prévia. Envie sua opinião, crítica ou sugestão para a redação: [email protected] news | CentroEmpresarialSP Empresarial | SET/OUT/NOV 2008 news SET/OUT/NOV 2008 | CentroEmpresarialSP | Empresarial NOTAS | C Polícia cidadã Programa de controle de poluição O comandante da Base Comunitária, sargento Vieira, e os soldados Tavares Filho, Miranda e Cristina Os moradores do Jardim Ranieri, zona sul de São Paulo, acabam de ganhar uma biblioteca comunitária. Inaugurada no dia 20 de agosto, ela funciona em um prédio construído em terreno cedido pela Base Comunitária de Segurança. O sargento Milton Vieira da Silva diz que a idéia de criar uma biblioteca surgiu a partir de conversas com representantes comunitários. O bairro tem aproximadamente 51 mil habitantes e é formado basicamente por favelas. A biblioteca pública mais próxima fica a 12 quilômetros de distância. Há uma enorme carência de instalações e equipamentos públicos para as crianças fazerem trabalhos escolares, pesquisas e mesmo ter diversão e entretenimento. A nova biblioteca já dispõe de um acervo de aproximadamente 6 mil títulos e os usuários podem acessar a internet em banda larga. Os livros foram doados por pessoas da comunidade, por escolas e ONGs. O Centro Empresarial de São Paulo ofereceu seis computadores, por intermédio da assessora de Relações Institucionais, Patrícia de La Sala, e do gerente de segurança do condomínio, Adauto Luiz Silva. O modelo de funcionamento da Base Comunitária do Jardim Ranieri é inspirado no sistema de policiamento comunitário implantado pela Policia Nacional do Japão, conhecido como sistema Koban. O sargento Vieira esteve no Japão em 2006 para conhecer a experiência de integração da policia japonesa com a comunidade. Os projetos pilotos desenvolvidos pela Base Comunitária do Jardim Ranieri já receberam dois prêmios Polícia Cidadão. Fretados fazem o teste no Opacímetro. O equipamento utiliza um programa de computador, que recebe e processa as informações indicativas do grau de emissão de poluentes A EMTU/SP (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) lançou no dia 14 de agosto passado o programa ConscientizAR, de controle de emissão de poluentes por parte da frota dos estimados 5 mil ônibus que circulam nas três regiões metropolitanas do Estado: São Paulo, Campinas e Baixada Santista. O palco para o lançamento foi o bolsão de estacionamento do Centro Empresarial de São Paulo, onde foi feita uma demonstração do equipamento que será utilizado nas fiscalizações. O Opacímetro mede o grau de opacidade da fumaça dos veículos, indicativa da quantidade de poluição que sai dos escapamentos. De início, a EMTU fará uma campanha de esclarecimento nas empresas, já que, como explica o presidente da empresa, José Ignácio Sequeira de Almeida, o principal objetivo é conscientizar, como indica o nome do programa. As fiscalizações começam em outubro, em quatro visitas anuais às garagens das empresas, no caso da frota regular, ou nos bolsões de estacionamento de ônibus fretados. As empresas terão uma semana para adequar os veículos às normas do programa. Se não o fizerem serão multadas e os veículos impedidos de circular ou apreendidos. Centro Empresarial de São Paulo dá boas-vindas a Gerdau O Centro Empresarial de São Paulo recebe mais uma grande empresa: a Gerdau é a mais nova corporação a instalar escritório no complexo. O Grupo Gerdau é o 13O maior produtor de aço do mundo e líder no segmento de aços longos nas Américas. Possui 317 unidades industriais e comerciais, além de cinco joint ventures e quatro empresas coligadas. A empresa está presente em 14 países: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Índia, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. news | CentroEmpresarialSP Empresarial | SET/OUT/NOV 2008 Com capacidade instalada de 25,9 milhões de toneladas por ano, a Gerdau fornece aço para os setores da construção civil, indústria e agropecuária. O Grupo Gerdau começou a operar em 1901, com a Fábrica de Pregos Pontas de Paris, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Atualmente, emprega mais de 45 mil profissionais. As ações de suas empresas estão presentes nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York, Toronto e Madri. Sensação em três dimensões Há algumas semanas, o público do Centro Empresarial de São Paulo tem observado a exibição de uma nova mídia instalada na praça central do andar térreo: um monitor LCD com capacidade de reproduzir efeitos de três dimensões. O aparelho permite ver imagens 3D sem necessidade de óculos especiais. Exibe filmes publicitários, mensagens e imagens com relevo e profundidade. Objetos ou logotipos parecem sair da tela em até 40 centímetros, dando a sensação de se estar imerso no programa. A instalação do monitor no Cenesp e o gerenciamento de conteúdos fazem parte de um projeto piloto da 3D Impact Media, que está iniciando sua atuação no Brasil. A empresa representa os detentores da tecnologia dessa nova mídia na América Latina e já opera no México, Uruguai, Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela. As empresas que têm anúncios em duas dimensões podem convertêlos para 3D ou podem optar pela criação de animações em tecnologia 3D. Ambas as formas permitem que os filmes sejam reproduzidos pelos monitores LCD 3D. A mídia representa um canal de comunicação inovador. Ela permite a transmissão de filmes publicitários, anúncios, mensagens institucionais e conteúdos de entretenimento. Segundo Rodrigo Ferreira, diretor da 3D Impact Media, a tecnologia 3D A 3D Impact Media está divulgando seus serviços e equipamentos para tem um resultado muito significativo de fixação das marcas. “Pesquisas aeroportos, shopping centers, redes de varejo e condomínios empresariais. revelam que essa mídia tem de 5 a 8 vezes mais potencial de fixar a lem- “Nossa idéia é trabalhar com empresas de grande porte e com locais difebrança das marcas do que um filme convencional.” renciados, como o Centro Empresarial, por exemplo”, explica Rodrigo. news SET/OUT/NOV 2008 | CentroEmpresarialSP | Empresarial NEGÓCIOS | C Porta aberta para os investimentos Por Rita Gallo Foto: Paulo Bareta O Brasil, que atualmente ocupa a oitava posição no ranking dos principais destinos de investimentos corporativos, deve subir para a sexta colocação até 2013-2014, atrás de China, EUA, Rússia, Índia e Reino Unido. O estudo, que foi divulgado recentemente pela KPMG na Espanha, ouviu estrategistas de investimentos corporativos de mais de 300 grandes empresas multinacionais, distribuídas nas 15 principais economias, inclusive no Brasil, e questionou onde essas organizações planejam investir nos próximos 12 meses e em um período de cinco anos. A pesquisa indagou ainda quais os países que se consideram dominantes em seu setor atualmente, e quais deles planejam se tornar dominantes em 2013/2014. Os resultados demonstraram uma redução dos investimentos nos EUA, Japão, Cingapura e Emirados Árabes e um grande aumento nos fluxos para os países que formam o BRIC, isto é, Brasil, Rússia, China e Índia. O setor que deve receber o maior nível de investimentos no Brasil no próximo ano é o de mineração, com 17%, seguido por serviços e indústria, ambos com 13%. Já a previsão para os próximos cinco anos é que a indústria brasileira alcance a primeira colocação em relação a investimentos corporativos, com 25%, seguido por manufatura, com 20%, e serviços de negócios, com 16%. O crescimento do Brasil entre as economias mais atraentes para receber investimentos mundiais também já mostra reflexos no modo como as empresas que estão no Centro Empresarial de São Paulo atuam no país. A Bombardier, Marsh Seguros e Boehringer, três grandes multinacionais, com operação em vários países do mundo, concordam que o Brasil já ocupa um papel de destaque no cenário internacional e acompanham com interesse o crescimento do país. O vice-presidente para a América Latina da Bombardier, Fábio Rebello, revela que a empresa está no país há 45 anos e que o avanço da economia brasileira a passos mais largos é um dos motivos para que a empresa esteja cada vez mais presente no mercado nacional. “Junto com o México, o Brasil é o principal mercado na América Latina para a Bombardier”, afirma o executivo da empresa. Ele acrescenta: “com certeza hoje o Brasil se destaca na região”. news 10 | CentroEmpresarialSP | SET/OUT/NOV 2008 Empresarial Para o vice-presidente para a América Latina da Bombardier, Fábio Rebello, o México e o Brasil são os principais mercados na América Latina para a empresa Além do Brasil, Rebello revela que os países que compõem o BRIC têm adquirido mais os jatos executivos da companhia. “O Brasil é um mercado tradicional da nossa empresa, mas que está aquecido. Já a China e a Rússia, por exemplo, têm adquirido as nossas aeronaves pois ainda não contam com uma frota para atender toda a sua demanda”, afirma o vice-presidente da Bombardier. Na América Latina, Rebello revela que a Venezuela e a Argentina também são importantes mercados de jatos executivos, além das Ilhas do Caribe, Panamá e Colômbia. “Um dos fatores que tem acelerado as nossas vendas é, com certeza, a desvalorização do dólar frente às moedas locais, o que torna atraente os investimentos”, diz ele. Hoje, Brasil, Índia, China e Rússia precisam de jatos para que os seus executivos cruzem rapidamente longas distâncias e agilizem os seus negócios. “O Brasil tem merecido a atenção da Bombardier e, por isso, conta com estrutura de vendas, suporte técnico e de peças para atender com qualidade os seus clientes”, conta o vice-presidente da companhia. A Ocean Air representa a empresa no país. cinco anos, afirma o presidente da Marsh Corretora de Seguros para a América Latina, Thomaz Cabral de Menezes. Segundo ele, isso terá um impacto direto no mercado de seguros como um todo, gerando oportunidades de negócio jamais vistas. O Brasil já conta com cerca de 25% da receita dos negócios da Marsh na América Latina e a estabilidade da economia, aliada ao maior poder aquisitivo da população de baixa renda, cria uma demanda maior por produtos financeiros, entre eles o seguro. As mudanças econômicas que aconteceram a partir do Plano Real, em 1994, devolveram o poder de compra ao consumidor, o que beneficiou também o mercado de seguros. A partir deste ano, novas mudanças institucionais deverão alavancar o desenvolvimento do setor de seguros no Brasil, com destaque para o fim do monopólio do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e da conseqüente abertura do mercado brasileiro de resseguros. “O Brasil era um dos últimos países que mantinham monopólio na área de seguros, e a legislação aprovada recentemente possibilita ao país participar mais ativamente das condições e preços do mercado internacional”, afirma o presidente regional da Marsh. A área de seguros brasileira deverá triplicar de tamanho nos próximos anos. A abertura do mercado de resseguros deverá contribuir para o desenvolvimento e sofisticação dos produtos oferecidos pelas seguradoras, Prosperidade que apostaram no mercado local com a expectativa de rentabilidade maior O Brasil vive um momento histórico em termos de novas oportunidades do que a obtida nos países desenvolvidos, onde os mercados já estão de negócios, com mais de US$ 100 bilhões a serem investidos nos próximos amadurecidos. >> Thomaz Menezes, da Marsh: “O Brasil vive um momento histórico em termos de novas oportunidades de negócios, com mais de US$ 100 bilhões a serem investidos nos próximos cinco anos “ Thomaz Menezes, presidente da Marsh para a America Latina news SET/OUT/NOV 2008 | CentroEmpresarialSP | 11 Empresarial NEGÓCIOS | C “No curto prazo, o mercado brasileiro deverá se ajustar às condições de um mercado aberto”, diz Menezes. Segundo ele, no bojo das mudanças estão melhores cláusulas de seguros, com contratos mais eficientes para atender tanto a pessoa física quanto a jurídica. O incremento nos investimentos dos países que formam o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) deve oferecer grandes oportunidades ao mercado segurador. “Com a abertura do mercado, a concorrência será mais acirrada e as empresas que não se prepararem para operar neste mercado livre terão mais dificuldades em atingir suas metas”, conclui Menezes. A Marsh pertence ao Grupo MMC, líder mundial em Gerenciamento de Riscos, Consultoria de Benefícios e Corretagem de Seguros e Resseguros, e no Brasil conta com 9 escritórios e 840 colaboradores. O grupo MMC é uma companhia de serviços profissionais que reúne mais de 55 mil colaboradores em cerca de 100 países e que registrou vendas de US$ 11,4 bilhões em 2007, volume 8% maior que o verificado em 2006. Além da Marsh, a MMC controla ainda as seguintes empresas: a Guy Carpenter, líder mundial em corretagem de resseguros; a Kroll, líder mundial em consultoria de riscos; a Mercer, consultoria especializada em soluções envolvendo capital humano; e a Oliver Wyman, consultoria em riscos e estratégias empresariais. Figols explica que a Boehringer Ingelheim está posicionada entre as 10 principais empresas do mercado brasileiro, sendo a sétima em volume de vendas e a nona em vendas. “Na América Latina, a Boehringer Ingelheim está presente na maioria dos países, tendo plantas (fábricas) na Colômbia e no México, e mundialmente está presente com seus produtos em 135 afiliadas em 47 países contando com 39.800 funcionários”, diz ele. O faturamento mundial da companhia foi de aproximadamente 11 bilhões de Euros em 2007, posicionando-a como a 15a empresa farmacêutica no ranking mundial. A corporação Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais companhias farmacêuticas do mundo. Com matriz em Ingelheim, Alemanha, opera globalmente com 135 afiliadas em 47 países e 39.800 funcionários. Desde sua fundação em 1885, a empresa familiar é comprometida com a pesquisa, o desenvolvimento e a comercialização de produtos de alto valor terapêutico para a medicina humana e a animal. Nos anos 50, iniciou seu processo de expansão, sendo a primeira filial fora da Europa estabelecida em São Paulo, em 1956. Nos anos 70, a empresa adquiriu o Grupo De Angelis, incorporando seu portfólio de produtos. A partir de 1998 a razão social passou a ser Boehringer Ingelheim do Brasil. No Brasil, a companhia comercializa produtos com marcas conhecidas como Anador®, Bisolvon®, Buscopan®, Dulcolax®, Mucosolvan® e Pharmaton®, entre outros, além de 25 produtos de venda sob prescrição médica. A Boehringer Ingelheim do Brasil também é reconhecida como uma das empresas que mais valorizam seus funcionários. Em 2007, foi considerada pelo Instituto Great Place to Work como uma das 100 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, destacando-se pela 6a colocação na categoria Melhores Empresas para Executivos. É a sétima vez que a empresa figura nessa relação, sendo a sexta consecutiva. E há quatro anos, é considerada uma das 100 melhores empresas para se trabalhar na América Latina. Para o diretor de Relações Institucionais da Boehringer no Brasil , Felix Figols, o país deve investir em pesquisa e desenvolvimento para ampliar seu parque industrial Desenvolvimento “O Brasil, sem dúvida, ocupa um papel de destaque no cenário mundial e deve buscar desenvolver seu parque industrial e principalmente de inovação, focando na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para se firmar de vez no cenário dos países líderes”, afirma o diretor de Relações Institucionais da Boehringer no Brasil , Felix Figols. Segundo ele, o Brasil hoje representa em torno de 1,5% do negócio mundial da empresa em linha com a posição do país no ranking global da indústria farmacêutica. Existe no país uma importante unidade fabril da Boehringer estabelecida desde 1976 em Itapecerica da Serra, que, além de atender o mercado local, exporta para o Mercosul, México e Europa. – news 12 | CentroEmpresarialSP Empresarial | SET/OUT/NOV 2008 C | Por Rita Gallo Foto: Paulo Bareta CARREIRA Amor pelo trabalho Bernadete Cosin fissões específicas de worklover”, explica a professora. Segundo ela, professores, cientistas, artistas, jornalistas, executivos ou encanadores podem encarnar o conceito. Também não é o salário que define um worklover, mas a relação que ele tem com o trabalho e o seu significado para o mundo. “O worklover tem uma consciência mágica do seu trabalho, entende qual a transformação que o seu esforço gera no mundo”, diz Ione. Existe uma diferença significativa entre o worklover e o workaholic. Os dois trabalham demais, tendem a se envolver muito no que fazem. Na superfície são idênticos, mas, ao analisar cada um deles, as diferenças aparecem. “Um executivo que é um workaholic vê no trabalho um fim em si mesmo, não existe para ele um verdadeiro sentido nas tarefas diárias. Já o worklover trabalha porque tem verdadeiro prazer no que faz, mas gosta também de sua família e da vida fora do trabalho”, explica a professora. Existem pesquisas sobre a relação dos trabalhadores e suas atividades no Brasil. Em um desses estudos foi avaliado o nível de sofrimento dos trabalhadores informais. “A pesquisa mostrou que os trabalhadores informais têm uma dedicação muito grande ao trabalho. Um vendedor de cachorro-quente, por exemplo, fica muito tempo dedicado ao seu negócio, mas é nessa atividade que ele encontra muitas pessoas durante o dia e faz contatos, sofre menos pressão por resultados e é uma pessoa que pode ser considerada feliz”, conta a professora Ione. Outra conclusão indireta dessa pesquisa é que o brasileiro tem um modo próprio de se relacionar com o dinheiro e, por isso, mais chances de ser um worklover. “No Brasil, tempo não é dinheiro, por isso o país se diferencia, por exemplo, dos Estados Unidos”, afirma a professora. Para ela, o brasileiro não relaciona diretamente tempo com dinheiro, porque aqui as pessoas têm outro tipo de vínculo com o trabalho. “O nosso país é mais pobre economicamente, mas com grande potencial criativo, gerando como conseqüência um grande número de worklovers”, diz Ione. SET/OUT/NOV 2008 | CentroEmpresarialSP Empresarial | 13 news Bernadete Cosin corre diariamente de 8 a 10 quilômetros. Pode ser à noite ou logo cedo, mas ela não deixa de praticar o seu exercício predileto. Mãe e esposa, ela tira férias “picadinhas”, como ela diz. “Eu saio dez dias de cada vez”, informa. No resto do ano, Bernadete acorda às 5 horas da manhã e pega seu carro em direção à Rhodia, no Centro Empresarial de São Paulo. Ela trabalha na mesma empresa há 35 anos e, atualmente, atuando como customer relationship, é responsável por atender as necessidades dos clientes da empresa. ”Eu adoro o que faço”, diz ela. E animada explica: “Sempre surgem novos desafios e não existe rotina no meu trabalho”. Bernadete sente que está sempre começando. “Faço diagnóstico de processos e essa atividade me dá oportunidade de conhecer muitas pessoas e lugares novos”, diz ela. “Estou com 55 anos e já enfrentei dificuldades de saúde, o que me fez valorizar ainda mais a vida e o meu trabalho”, revela Bernadete. Ela diz ainda que não tem planos de se aposentar. “Tenho muito a aprender. Até agora, por exemplo, o francês era a minha segunda língua, mas agora a empresa vem exigindo que eu saiba inglês, por isso estou estudando”, afirma e completa: “Eu vou em frente, pois o meu objetivo é ser e me sentir uma pessoa útil”. Bernadete com certeza pode ser considerada uma worklover (pessoas que adoram trabalhar). O conceito foi criado em contraposição ao workaholic (viciados em trabalho) pelo Laboratório de Psicologia do Trabalho da Universidade de Brasília (UNB). Segundo a professora e coordenadora do Laboratório de Psicologia do Trabalho da UNB, Ione Vasques-Menezes, o conceito começou a ser utilizado também como uma crítica aos workaholics, porque se fortaleceu a percepção de que qualquer pessoa que trabalhasse muito era um viciado. “O worklover não usa o trabalho como um meio para fugir da vida, ele tem uma vida afetiva e familiar regular e satisfatória ”, afirma a professora. O worklover se reconhece no trabalho e pode perceber o seu poder de transformação pessoal e do mundo que o seu trabalho tem. “Não existem pro- SERVIÇO | C Doceira Vivi de cara nova Uma das mais tradicionais lojas do Centro Empresarial de São Paulo está de cara nova. A Doceira Vivi, fundada em 98, passou por uma remodelação visual completa. Mudou seu layout e ampliou seus espaços. A reforma da loja permitiu à doceria oferecer mais opções de serviços. Agora, além do atendimento no balcão, os clientes também podem ser servidos nas mesas. “O objetivo das mudanças foi dar mais conforto e satisfação aos clientes da casa, que ao longo de todos esses anos demonstram sua preferência pela Doceira Vivi”, diz o proprietário, Leonardo Marinaro. news 4 | CentroEmpresarialSP | SET/OUT/NOV 2008 Empresarial Com mais de 0 tipos de salgados e uma grande lista de doces, a casa tem também uma variedade de sucos naturais feitos com popa de frutas. Segundo Leonardo, o pão de queijo, o bauruzinho e o folhado de camarão fazem muito sucesso entre os salgados. Quanto aos doces, os destaques são a torta de morango, o bolo de chocolate e os pudins. “Com mais de 27 anos de existência, o sucesso da Doceira Vivi pode ser creditado aos seus produtos de qualidade e ao atendimento feito por funcionários com longo tempo de casa,” afirma Marinaro. ATITUDE | C Determinação para correr o campo inteiro POR ROBERTO SHInYASHIKI ‘‘ ‘‘ Um profissional de sucesso é aquele com visão estratégica. É motivado a saber motivar. dendo pela saúde física da organização. Só que, na verdade, criar lucros é trabalho de todos, como num time de vôlei: todos devem evitar o ponto do adversário. Já o meio-de-campo é composto por gerentes. São eles que integram todos os setores e visualizam o momento de recuar ou seguir em frente. A hora exata de criar ou esperar. E, finalmente, chegamos ao técnico: os empresários e a diretoria, que planejam, estabelecem prioridade e organizam a estratégia do jogo. Um profissional de sucesso é aquele com visão estratégica. É motivado a saber motivar. É líder e cria. Está totalmente sintonizado com as metas e os princípios da empresa. E assim deve ser, do presidente ao faxineiro, todos absolutamente comprometidos. A frase “Cumpri minha Parte”, tão inofensiva em outros tempos, não funciona mais. Precisamos driblar o adversário. Não podemos perder a bola do pé. Você sabe, bola na trave não vale nada. O que conta é aquela que passa no cantinho do gol: veloz e certeira. Aquela que deixa o goleiro desconcertado e faz a torcida vibrar. Depois, é só correr para o abraço. Roberto Shinyashiki é psiquiatra, palestrante e autor de 14 títulos, entre eles: Sempre em Frente, Os Segredos dos Campeões, Tudo ou Nada, Heróis de Verdade, Amar Pode Dar Certo, O Sucesso é Ser Feliz e A Carícia Essencial (www.clubedoscampeoes.com.br) SET/OUT/NOV 2008 | CentroEmpresarialSP Empresarial | 15 news Infelizmente muita gente ainda pensa que defesa defende e ataque ataca. Você já viu o que acontece a um time de futebol quando os atacantes se concentram somente no gol, os zagueiros mantêm os olhos na defesa e os armadores ficam esperando a bola chegar no pé? Esse time, inevitavelmente, é derrotado. Ou seja, a vitória só vem quando todos estão integrados: os onze jogadores procuram marcar gol e, ao mesmo tempo, evitam o gol do time adversário, sem descuidar de sua posição. Um time estruturado apenas em cima de talentos não garante o campeonato. É preciso ter preparação. No último jogo da copa de 1998, por exemplo, o Brasil perdeu para a França, apesar de ter melhores jogadores em campo. A França, mesmo sendo inferior no quesito talentos individuais, soube construir suas vitórias. Tinha uma equipe com visão estratégica e todos lutavam por um só objetivo. O problema é que há muitos jogadores que ainda imaginam que os atacantes atacam, os zagueiros defendem, o meio-de-campo coordena as jogadas e o técnico comanda o time, estabelecendo a melhor estratégia para vencer o jogo. Todos têm de participar em todas as posições. Até o goleiro está colaborando para marcar gols quando lança a bola rapidamente para o atacante. Ou vejamos o exemplo do goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, que atravessa o campo inteiro para chutar no gol do adversário. Desde que marcou pela primeira vez dentro dos 90 minutos de um jogo, em 1997, Rogério Ceni mantém uma média de 4,125 gols por ano, sem contar a atual temporada. Não é por acaso que o goleiro é capitão do time e o principal símbolo dentro de campo. Além das defesas, o goleiro chama atenção por balançar as redes adversárias. Do mesmo modo ocorre com a defesa ou quando o zagueiro sobe para fazer um gol de cabeça nos escanteios. Outro exemplo é o vôlei. Antigamente, havia a defesa, o ataque e os levantadores. Agora, todo mundo ajuda no bloqueio, na recepção e no ataque. Todos têm um objetivo comum. Na empresa, a situação não muda. Todos participam em todos os setores, com o mesmo objetivo: pontuar. Ou seja, vencer a concorrência. Na posição de ataque estão os setores de venda e marketing. São os responsáveis por trazer dinheiro para a empresa. Mas de quem é a responsabilidade de fazer gols? De todos! A produção e o setor financeiro trabalham na defesa do time: controlam o fluxo de caixa, mostram o lucro, fabricam o produto etc., respon- Nova iluminação projeta Centro Empresarial de São Paulo Iluminação das fachadas destaca estrutura predial e permite visualização do complexo à distância news 16 | CentroEmpresarialSP | SET/OUT/NOV 2008 Empresarial O Centro Empresarial de São Paulo inaugurou no dia 9 de junho sua nova iluminação externa. As fachadas do condomínio receberam um manto de luz que destaca as características arquitetônicas do conjunto de edifícios. O projeto de iluminação das fachadas empregou a mais avançada tecnologia com vistas a obter a maior eficiência luminosa e energética. Procurou aliar o conforto visual ao máximo rendimento da iluminação. Segundo o gerente de manutenção do Centro Empresarial, Marcos Maran, 12 fachadas do complexo recebem a luz. O objetivo do projeto foi dar embelezamento noturno ao conjunto, ressaltando a estrutura predial de tal forma que esta pudesse ser vista à distância. “Queremos deixar o empreendimento mais bonito e marcante e valorizar as pessoas que trabalham no Centro Empresarial.” Com a novidade, toda a área externa do condomínio pode ser mais bem utilizada durante as noites. A luz rebatida pelas fachadas harmonizase com o ambiente dos jardins, com o cromatismo do paisagismo, ampliando a sensação de claridade e o conforto óptico nos caminhos de circulação externa. A nova iluminação agrega também uma valorização ao cenário noturno da cidade. Com ela, o Centro Empresarial passa a integrar-se visualmente à composição noturna de um espaço urbano que está se consagrando como um novo cartão postal de São Paulo. Junto com outros edifícios modernos, viadutos e a nova ponte estaiada Octávio Frias de Oliveira, o Centro Empresarial de São Paulo constitui um marco no contexto visual do eixo da marginal do rio Pinheiros. A luminosidade projeta o complexo comercial, identificando-o, destacando-o e igualando-o na hierarquia desse conjunto urbanístico. “Achei linda a nova iluminação. Ela deu destaque e mais visibilidade ao empreendimento. Visto de baixo, o conjunto todo ficou mais imponente, mais sofisticado”, diz Maria Cristina Lopes Augusto, gerente de Administração e Serviços da Mapfre Seguros. Ela trabalha há 26 anos no Centro Empresarial e comenta que, ao cair da noite, os prédios do conjunto ficavam um pouco apagados apenas com a iluminação do painel. Agora, quem passa pela Marginal Pinheiros pode avistar as torres destacadas por uma luz potente. Moradora da região, Maria Cristina diz que, quando se destaca algo, as pessoas começam a olhar de forma diferente. “Acredito que a tendência do Centro Empresarial é atrair esse olhar da grandeza do empreendimento. A região toda fica mais valorizada. As pessoas se sentem contentes de ter um empreendimento como esse por perto. Elas querem estar no cartão postal. A contribuição do Centro Empresarial para toda a região está sendo fantástica.” Fácil localização Há 14 anos trabalhando no Centro Empresarial, Márcio Branco da Luz, supervisor de segurança patrimonial da Rhodia, disse ter se surpreendido com a nova iluminação. “Quando cheguei à noite, vi um feixe de luz no céu. Parecia o paraíso. De longe, enxerguei o Centro Empresarial e achei realmente muito bonito.” Márcio considera que a nova iluminação beneficia particularmente as pessoas que trabalham à noite. “Muitos profissionais da área de telemarketing saem do trabalho por volta das 10 horas da noite. Para eles, principalmente, houve uma valorização do ambiente de trabalho.” A projeção noturna do conjunto facilita também sua localização. O supervisor de segurança da Rhodia conta que não teve dificuldades de orientar um novo funcionário a chegar ao Centro Empresarial. “Ele me perguntou como chegar. Bastou dizer: siga a Marginal Pinheiros até a ponte João Dias, você logo vai enxergar alguns prédios com uma iluminação bem forte. É ali!” Segundo Márcio, a nova iluminação tem recebido muitos elogios. “Tenho percebido as pessoas falarem com um certo orgulho que trabalham no Centro Empresarial. Quem trabalha aqui tem prazer em ficar. Quem não gostaria de trabalhar no Centro Empresarial? Muitas pessoas manifestam o desejo de trabalhar aqui. E acredito que muitas empresas também se sentem atraídas em vir para cá. Ainda vou conseguir uma foto do Centro Empresarial para colocar como fundo de tela do meu computador.” Márcio Branco da Luz fala do orgulho e do prazer de trabalhar no Centro Empresarial SET/OUT/NOV 2008 | CentroEmpresarialSP Empresarial | 17 news Valorização regional FINANÇAS | C Simplificar para desonerar Entrevista com Gilberto Luiz do Amaral Por Rita Gallo Para melhorar a competitividade do Brasil lá fora e distribuir melhor a renda nacional é preciso simplificar o sistema de arrecadação de impostos e reduzir as alíquotas dos tributos para todos os contribuintes. Essa é a opinião do presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, Gilberto Luiz do Amaral, em entrevista para a revista Centro Empresarial SP News. Para ele, é um erro persistir só na desoneração setorial. CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS: Como o instituto acredita que o Brasil poderia utilizar efetivamente os tributos que arrecada em favor da sociedade? GILBERTO LUIZ DO AMARAL: É um problema sério, e infelizmente notório, que os tributos arrecadados são mal aplicados. Há muito desperdício, principalmente pela falta de uma política de longo prazo. Só que a responsabilidade é de todos os cidadãos e não somente dos governantes. Precisamos participar mais, fiscalizar mais e exigir mais e melhores resultados na aplicação do dinheiro público. ‘‘ Simplificar o sistema, com a eliminação de tributos, menor exigência de burocracias e redução das alíquotas dos principais tributos trarão um ambiente econômico mais competitivo para o Brasil em termos mundiais ‘‘ CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS: Nós sabemos que a carga tributária é muito pesada no Brasil. Quais seriam as primeiras medidas para amenizar essa carga? GILBERTO LUIZ DO AMARAL: O único modo eficiente de reduzir a carga tributária é diminuindo alíquotas para todos os contribuintes e não somente fazendo desonerações setoriais. Os tributos que têm o maior impacto na carga tributária são aqueles incidentes sobre a produção e que se transferem para o consumo: ICMS, PIS, COFINS, IPI. Também a contribuição previdenciária incidente sobre a folha de pagamento é um enorme custo para as empresas, que repassam no preço final das mercadorias e serviços. Assim, uma política pública que reduza paulatinamente tais tributos é imprescindível para a redução da carga. news CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS: Como o instituto vê hoje a relação do Fisco com a sociedade? GILBERTO LUIZ DO AMARAL: O fisco no Brasil tem melhorado muito. O seu principal papel é fazer a arrecadação de tributos. Mas também é seu dever atender bem o contribuinte, sem a criação de dificuldades para o cidadão CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS: Em relação à carga tributária, qual é, na opi- cumpridor de suas obrigações. É justamente esta a sua principal falha, pois nião do instituto, o maior problema: seu tamanho ou a sua complexidade? o atendimento direto ao cidadão é precário e o aumento constante de GILBERTO LUIZ DO AMARAL: Ambos são fatores nega- burocracias cria uma série de situações embaraçosas para o contribuinte: tivos e um é decorrente do outro. A complexidade do sis- atendimento demorado, pessoal insuficiente, explicações não precisas. É netema tributário gera um aumento da arrecadação por cessário que o cidadão tenha consciência dos seus direitos e exija a melhora vias oblíquas, pois o fato do tributo ser cobrado sobre a sua pró- do atendimento nas repartições públicas. pria base de cálculo e o efeito “cascata” vertical, ou seja, o tributo que incide sobre outro tributo e assim sucessivamente faz com que haja o CENTRO EMPRESARIAL SP NEWS: O instituto acredita que existe alguma crescimento da arrecadação em nível maior que o crescimento econô- relação entre a carga tributária e o controle da inflação? mico. A conjunção destes fatores gera aumento constante de carga tri- GILBERTO LUIZ DO AMARAL: Os tributos são custos para as empresas, que butária. Simplificar o sistema, com a eliminação de tributos, menor exi- os repassam no preço final das mercadorias e serviços. O aumento da gência de burocracias e redução das alíquotas dos principais tributos carga faz com que os preços cresçam e isto também leva à inflação. Indubitrarão um ambiente econômico mais competitivo para o Brasil em ter- tavelmente que há relação direta entre o aumento da carga e o aumento mos mundiais, além de melhorar a distribuição da riqueza nacional. da inflação. 8 | CentroEmpresarialSP | SET/OUT/NOV 2008 Empresarial news SET/OUT/NOV 2008 | CentroEmpresarialSP Empresarial | 9 EMPRESAS | C Inteligência empresarial A Netpartners, segundo o seu diretor Sérgio Noronha, fornece serviços de Corporate Performance Management para empresas globais em toda a América e parte da Europa Por Rita Gallo Fotos: Paulo Bareta e Márcia D’Ambrósio news As empresas só conseguem ser bem sucedidas, em um ambiente cada vez mais competitivo como o atual, se souberem detectar e, em uma etapa posterior, trabalhar corretamente os dados resultantes de suas atividades. Dessa forma, a montanha de informações proveniente do interface entre empresas e seus públicos – que incluem desde hábitos de compra até os inúmeros contatos com os consumidores e suas reclamações – necessitam de um tratamento especial para que um negócio se torne lucrativo. Esse conhecimento formado a partir de um arsenal de informações meticulosamente armazenado em bases de dados, de forma classificada e ordenada, é a base do que se chama de Business Intelligence, ou Inteligência Empresarial, uma ferramenta cada vez mais utilizada por companhias de sucesso. Com o registro de todas as informações de seus compradores, uma indústria de eletrodomésticos, por exemplo, pode saber em segundos que região da cidade deve ser o foco de uma campanha local de estímulo às vendas. Com softwares especiais, chega-se à sofisticação de ver graficamente na tela do computador, com o toque de um botão do mouse, a concentração de uso de sua marca de geladeira em uma determinada rua da cidade. São softwares que combinam dados de consumo com mapas e informações de natureza geográfica. Por isso, e não por acaso, você encontrará com freqüência inusitadas combinações de disposição de produtos nas prateleiras das maiores redes de supermercados. Cerveja ao lado de fraldas? Não se trata de mera coincidência, e sim do resultado da análise de sofisticados programas capazes de estudar milhões de combinações cruzadas entre produtos e hábitos de consumo, como, por exemplo, quando foi a última vez que sua esposa pediu-lhe para trazer um pacote de fraldas, no momento em que você informou que ia ao supermercado comprar cerveja para o almoço do fim de semana. 20 | CentroEmpresarialSP | SET/OUT/NOV 2008 Empresarial Esse tipo de combinação inusitada é um dos resultados mais visíveis da Inteligência dos Negócios, criada na década de 980, que resume as habilidades das corporações em acessar dados e explorar informações, analisando-as e desenvolvendo percepções e entendimentos a seu respeito, o que permite incrementar e tornar suas informações mais focadas para tomada de decisão. Prioridades Tecnológicas Como acontece há três anos, também em 2008 o Business Inteligence (BI) é uma das prioridades tecnológicas das grandes companhias e dos diretores das áreas de Tecnologia da Informação. Segundo o instituto de pesquisa norte-americano Gartner Group, em 20, o faturamento mundial do setor deve chegar a 7 bilhões de dólares. De acordo com o Gartner, em países como o Brasil e México, que ficam um pouco atrás na curva de adoção da ferramenta, os investimentos serão maiores nos próximos anos e o seu crescimento ultrapassará 0% ao ano. A Netpartners, que está presente no Centro Empresarial de São Paulo, acredita que a consolidação das indústrias de software resultou em redução dos provedores e centralização das tecnologias proporcionando aos clientes a integração das plataformas. Segundo o diretor de Negócios da Netpartners, Sérgio Noronha, a grande maioria dos clientes de sua empresa sinaliza as aquisições como positivas, dentro da estratégia de contratos e fornecedores globais. Ele lembra que o mercado tem comprado soluções para atender a demanda de negócios e que a dinâmica torna-se cada vez mais regional e global ao mesmo tempo. “Outro fator que acelera esta demanda é o constante movimento de fusões e aquisições das empresas com plataformas heterogêneas, o que sem- pre foi um fator crítico no processo de fusão de empresas”, diz ele. E acrescenta: “A unificação de plataformas facilita o caminho dos CEOs neste sentido e também na grande formação de centros de serviços compartilhados”. A Netpartners ressalta que os Projetos de BI estão cada vez mais presentes no dia-a-dia dos executivos das empresas, para apoio na tomada de decisões. O diretor de negócios da empresa afirma que a disseminação do conceito de análise já faz parte da rotina da camada tática e operacional das empresas. “Temos vários projetos de Business Intelligence que disponibilizam para a camada operacional o mesmo relatório do CEO da empresa. A diferença é que o CEO vê o resultado de toda a empresa e o operacional tem a mesma visão restrita a sua unidade de negócio e operação”, afirma Noronha. A Netpartners oferece ao mercado soluções que vão além do Business Intelligence, denominadas Corporate Performance Management. Essa necessidade surgiu nas empresas que disponibilizaram os projetos de Business Intelligence para um grande número de usuários e a grande maioria questionou a falta de ferramentas de simulação para facilitar a gestão e a demanda de scorecards e dashboards para acompanhamento. Dentro desta solução integrada, os clientes da Netpartners utilizam consultoria de negócios da empresa para apoiar no processo de implementação. A Softket oferece treinamento a usuários e serviço de suporte e manutenção de aplicações aos seus clientes de BI, diz o responsável por Operações de Projetos, Marco Brittes Salto em conquistas Para a Softek, uma empresa é um ente vivo, que possui muitas partes complexas interligadas e interdependentes. Caso os projetos de BI não tenham a visão desse conjunto, cairão em desuso ou não terão o resultado esperado. “É muito importante um projeto de BI em que um gestor de alto nível possa ver de forma rápida, direta e sucinta onde estão os problemas da empresa”, afirma Brites. A Softek oferece projetos de BI/CPM (Corporate Performance Manager) end-to-end. Isso quer dizer que a empresa atua desde a definição do projeto, com o processo de escolha de ferramentas, passando pelas necessidades dos usuários, implementação dos processos de ETL (Extração, Transformação e Carga) e construção das análises e relatórios. Brittes diz que, em um futuro não muito distante, o BI será visto como uma ferramenta de escritório como o Office (inclusive integrados ao próprio pacote de produtividade nos escritórios). “Será tão necessário e tão utilizado que praticamente nenhum gestor poderá estar sem o seu”, prevê. SET/OUT/NOV 2008 | CentroEmpresarialSP Empresarial | 2 news Para a Softek, empresa que atua na área de Business Intelligence e também tem escritório no Centro Empresarial de São Paulo, com a grande capacidade de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, as corporações que compraram as empresas de BI poderão dar maiores possibilidades de desenvolvimento de tecnologias inovadoras que as destaque dos concorrentes. “Como as ferramentas de BI atualmente estão muito parecidas em termos de funcionalidades, aquela que conseguir entregar algo de novo sempre tem a possibilidade de dar um salto maior em conquista de novos clientes”, diz o responsável por Operações de Projetos de BI da Softek, Marco Brittes. Brittes acredita que os líderes de mercado vão se concentrar em aumentar o uso das aplicações que dispõem hoje, mas sem perder o foco na inovação. Segundo ele, a consolidação recente no mercado de BI é resultado de um movimento de complementação do portfólio de produtos das grandes empresas de tecnologia. NOTAS II | C Plantas ornamentam jardins internos do Centro Empresarial Cuidados com o verde Enquanto o Centro Empresarial de São Paulo se prepara para a execução do projeto de controle de acesso, a equipe de manutenção do condomínio trabalha em cima de um plano de preservação da vegetação que se encontra atualmente nos jardins internos. As obras para a implantação do projeto vão remodelar vários espaços, instalar elevadores e escadas em áreas onde se encontram atualmente uma variedade de plantas raras. Por isso, a palavra de ordem é preservar essa vegetação, transplantando o maior número possível de exemplares. Segundo o chefe da Seção de Manutenção e Operação de Utilidades, Aparecido Mendes Morilha, o planejamento para a remoção e a manutenção dessa vegetação em novos lugares já começou. Consulto- Crianças res de paisagismo estão estudando os melhores lugares para onde cada planta deve ser transferida. “A retirada e replante da vegetação exigem um trabalho muito especializado. Tanto em relação à retirada quanto aos cuidados com elas nos novos locais onde serão colocadas”, diz Aparecido. Ele acrescenta que está sendo feito o registro fotográfico e a descrição das espécimes, para que o processo todo possa ser analisado e bem avaliado quanto aos seu resultados. A natureza agradece. tomam conta dos escritórios da Marsh Brasil As crianças fizeram a festa nos escritórios da Marsh Brasil, no Centro Empresarial de São Paulo. A ação fez parte de projeto social da Associação dos Funcionários do Grupo MMC, que trouxe 59 meninos e meninas à empresa. Dividas em grupos, as crianças visitaram os dois blocos que a Marsh ocupa no condomínio e passaram o dia participando de várias atividades recreativas. O objetivo foi sensibilizar os funcionários para contribuirem com a associação, que administra o Centro de Ensino Infantil (CEI), da Vila Cisper, bairro de Cangaíba, São Paulo, onde são atendidas 171 crianças. O projeto nasceu, segundo o seu diretor, o ex-gerente de RH, Luiz Medeiros, das conversas que teve com o atual presidente da Marsh Brasil e LatinoAmérica. Na época, Thomaz Menezes trabalhava nos Estados Unidos. Ele e Medeiros se encontraram algumas vezes nos EUA e quando Menezes assumiu a presidência no Brasil, o projeto começou a se tornar realidade. Criado em dezembro de 2001, atende a bebês e crianças de até quatro anos, que recebem cinco refeições diárias e participam de atividades pedagógicas. O trabalho influencia toda a comunidade, como explica o supervisor de atendimento de Call Center, Wellington Cruz, oito anos de empresa e news 22 | CentroEmpresarialSP | SET/OUT/NOV 2008 Empresarial Funcionários do Grupo MMC recepcionam crianças de Cangaíba há três anos animando as festas de Natal, como Papai Noel. “É gratificante saber como a ação social muda o panorama familiar. As crianças aprendem conceitos de higiene na escola, que transmitem aos familiares e se estendem a toda família, em uma região extremamente carente da cidade”, comenta o funcionário, um entusiasta da iniciativa Empresarial | 23 CentroEmpresarialSP news SET/OUT/NOV 2008 | Moda verão adota estilos étnicos e tecnologia Qual será o look desta estação de verão? A tendência da moda certamente vai estar colada naquelas culturas que apresentam estilos étnicos bastante fortes, como Peru, México, Havaí, Japão, que foi um dos temas da edição da São Paulo Fashion Week deste ano. China e Índia também estão em alta. Por outro lado, a tecnologia e a inovação também estão ditando as tendências para o Verão 2009. Para a Tavex/Santista, a estação pede tipos de denim mais leves, toques de brilho e muito conforto. Na edição da Fashion Rio, a grife brasileira Cantão mostrou na passarela a vanguarda dos lançamentos da Tavex Corporation. Um dos destaques foi a linha denim DUO® Bi-Stretch, umas das grandes novidades em tecnologia têxtil, com o produto Gold DUO® 9 oz. O tecido leva o resinado Glass diferenciado em seu acabamento, que confere nuances douradas. Essa linha leva Lycra em sua composição, na trama e no urdume, garantindo elasticidade nos dois sentidos da peça. Conforto e liberdade de movimentos. E como a estação é quente, a Cantão trabalha com a linha dos super-leves Tavex Corporation. Os artigos STEEL e IRON são as novas propostas em 100% algodão em 5 oz. Ambos têm lavagens versáteis que vão dos tons mais intensos até os mais claros. Para Yamê Reis, diretora de Estilo da Cantão, a Tavex Corporation inova a cada estação. “Seus lançamentos são ponto de atenção constante para nós estilistas: novas tramas, possibilidades de lavagens diferenciadas, tingimentos, gramaturas, enfim, as apostas definindo novas direções de consumo, sempre surpreendendo e contribuindo para a nova cara do produto final. A Tavex Corporation tem sido uma parceira fiel e provedora constante das maiores inovações no mercado do jeanswear brasileiro.” Inspiração do Pacífico Os tecidos e as formas da coleção primavera-verão 2009 da Cantão foram inspirados pelos mares do Pacífico. As estampas e as cores da coleção “Florais do Pacífico” contam a história dos florais havaianos, sua origem nos sarongues das mulheres polinésias e nos bordados milenares dos quimonos japoneses. A aposta da coleção é nas cores fortes como pink, amarelo, azul e verde. Os modelitos vêm com silhuetas bem marcadas, remetendo à inspiração japonesa. Foram desenvolvidas para esta estação 27 estampas exclusivas, inspiradas na fusão dos florais havaianos com os elementos mais característicos da estamparia japonesa. Isso porque a origem da camisa Aloha, objeto de desejo dos turistas que passam pelo Havaí, data dos anos 30, quando antigos quimonos bordados, trazidos por imigrantes japoneses trabalhadores das fazendas de café, foram adaptados ao clima tropical das ilhas. news 24 | CentroEmpresarialSP Empresarial Fotos: Press Pass | SET/OUT/NOV 2008 Modelos apresentam coleção da Cantão na Fashion Rio As calças color, em novas bases e materiais, têm cores diferenciadas e são o carro-chefe da linha de sarja. Elas coordenam-se muito bem com a coleção de estampas, fazendo um bom contraponto com a cartela de cores. Esta carteira mistura pinks, amarelos e corais da vibração dos hibiscos havaianos ao verde abundante do mar e das montanhas (florest e Maui) e ao azul profundo do alto mar aos azuis da beira mar (Azul oriental e azul Pacífico e Havaí). O jeanswear desta coleção promove o retorno do azul em todas as suas tonalidades. O baby blue , versão mais clara do índigo, é a grande novidade da estação. Os tecidos são leves, sedosos e as misturas são a grande aposta da coleção: algodão e seda, viscose e algodão, algodão e elastano, composições inusitadas sempre buscando conforto, maciez e fluidez. Os acessórios completam a coleção e muito conforto e praticidade. SET/OUT/NOV 2008 | Empresarial | 25 CentroEmpresarialSP news A sofisticação dos bordados e dos lindos desenhos japoneses inspirados na fauna e na flora das ilhas do Pacífico também foi traduzida em silhuetas mais sensuais e despojadas, características dos sarongues enrolados ao corpo da mulher tahitiana. Foram desenvolvidas peças que podem ser usadas de diferentes maneiras, como o vestido Noa Noa, com mix de estampas e manual de uso. Peças versáteis, double face, em pachtwork de estampas, trazendo o frescor do inédito e do inesperado. Outra grande influência oriental na coleção são as calças saruel. Com gancho deslocado, trazem conforto e despojamento com forte influência étnica. Os vestidos, objetos de desejo da marca, acentuando as formas feminininas. Transpassados, amarados, frentes únicas, ora longos, ora curtos, são essenciais neste verão, assim como os obis, faixas de cintura em tecido estampado, usado nos quimonos. A proposta é usar e abusar das misturas que ele proporciona. Mais do que nunca, a Cantão aposta no mix de cores e padronagens. OPINIÃO | C Darren Mitchell, da Mayfair Idiomas, ressalta as afinidades históricas entre a escola e o Centro Empresarial de São Paulo Foto: Paulo Bareta Barbara Footman e Darren Mitchell Por que gosto do Centro Empresarial de São Paulo “Somos fãs incondicionais do Centro Empresarial de São Paulo”, afirma entusiasmado Darren Mitchell, diretor da Mayfair Idiomas. A escola é uma das mais antigas empresas instaladas no complexo, onde funciona desde 1982, no andar térreo. “Passamos por vários momentos do Centro Empresarial de São Paulo, e ele continua oferecendo diferenciais incomparáveis. São quase 3 mil metros por andar e isso favorece muito a comunicação interna das empresas. Tudo fica mais fácil e mais rápido”, diz Darren. Um outro aspecto importante é a comodidade oferecida pelo complexo, acrescenta John Winston, que divide a direção da Mayfair Idiomas. “Temos aqui vários bancos, restaurantes, lojas, diversidade de serviços. Tudo isso com total garantia de segurança. Sentimos que estamos no primeiro mundo. Não é preciso sair daqui para praticamente nada.” Para os diretores da escola, o conceito arquitetônico do Centro Empresarial supera em muitos pontos os projetos mais atuais. Um exemplo disso é o inter-piso, que permite que a manutenção e reparos elétricos sejam feitos sem nenhuma interferência nos espaços de trabalho. As instalações das telecomunicações sempre atualizadas no que diz respeito à tecnologia de ponta é também um ponto forte do Condomínio. Afinidades históricas A história da Mayfair Idiomas está intimamente ligada à do Centro Empresarial de São Paulo. Sua fundadora, Barbara Footman, trabalhou para as maiores empresas do conjunto. Em sua experiência no ensino de idiomas para executivos, ela desenvolveu a idéia de que o aprendizado de línguas precisa mais da prática do que da teoria. Desse modo, começou a dar aulas para grupos pequenos e percebeu logo que esse formato funcionava melhor. Atingia bons resultados de forma mais rápida. news 26 | CentroEmpresarialSP Empresarial | SET/OUT/NOV 2008 Desde que foi convidada no final da década de 70 por um diretor da Bunge a lecionar para executivos no Centro Empresarial, o sucesso da Mayfair não cessou. Ela precisou contratar mais professores especializados e ampliar o seu espaço físico. A escola, que começou a funcionar com apenas duas salas, dispõe atualmente de 18. A Mayfair Idiomas atende empresas, executivos e pessoas interessadas em ter um aprendizado rápido e eficiente. A escola oferece cursos de Inglês, Espanhol, Alemão, Francês e Português para executivos estrangeiros e seus familiares. As aulas podem ser feitas nas dependências da Mayfair ou “in company”. Os cursos para estrangeiros incluem o ensino da cultura e costumes brasileiros e visam lhes dar assistência para sua adaptação ao país. “Nas aulas de imersão, o forte é a prática. Queremos que os estrangeiros vivenciem relações do dia-a-dia. O Centro Empresarial permite que nossos alunos possam experimentar num único espaço situações cotidianas como a ida aos bancos, aos restaurantes ou às compras nas lojas”, explica Darren. Na filosofia da Mayfair Idiomas, o ambiente precisa ser propício para o bom desenvolvimento das aulas e para que o aluno possa praticar o que é ensinado, errar sem constrangimento e ser corrigido com naturalidade. O importante é que ele adquira confiança e desenvoltura em sua conversação. “Além das instalações internas do Centro Empresarial, há ainda os jardins, maravilhosos para fazermos passeios agradáveis com nossos alunos. Muitas vezes, fazemos nossas aulas neles. As pessoas que participam dos cursos de imersão passam muitas horas seguidas em aula. Então, para que não fiquem confinadas numa sala, as levamos para os espaços abertos e agradáveis que existem no Centro Empresarial ”, completa Winston. Devido ao sucesso alcançado no Centro Empresarial, a Mayfair abriu uma grande filial na Vila Olímpia com o mesmo formato (aulas individuais ou grupos de até 3 alunos por sala), com aulas na escola ou “in company”. Empresarial | 27 CentroEmpresarialSP news SET/OUT/NOV 2008 | TURISMO | C Assunção revela belas paisagens e passeios para toda a família Texto e fotos: Davi Brandão Diferentemente do apresentado em noticiários impressos ou televisivos, o Paraguai reserva paisagens que vão além do comércio caótico de Ciudad del Este, o principal parque de compras dos brasileiros na América do Sul. Com o intuito de romper essa imagem é que o governo do país lançou recentemente a campanha “Paraguay – Tenés que sentirlo”, direcionada aos brasileiros que desconhecem as belezas que este país vizinho oferece. Habitado por cerca de 6 milhões de pessoas, o país está dividido em 17 estados e um distrito federal, a cidade de Assunção. Aliás um destino que impressiona sob diversos aspectos. A começar pela receptividade do povo paraguaio, que gentilmente saúda os visitantes com seus buenos dias, buenas tardes e buenas noches. Saudações estas que redobram quando recebem os cumprimentos dos brasileiros, uma vez que nossos vizinhos, como tantos povos do mundo, também se encantam com a alegria tupiniquim. Escolha certa Depois de duas horas de vôo entre as capitais São Paulo e Assunção, é iniciada uma verdadeira aventura em solo paraguaio. Ao contrário da costumeira selva de pedra paulistana, a vizinha Assunção começa a desvendar seu charme pela imensidão de áreas verdes e pela inexpressiva presença de prédios. A uma distância aproximada de 20 quilômetros, a ida para a região central anuncia uma boa parte do que a cidade oferece. Com edificações não tão antigas, das quais a maioria é do início do século passado, todavia bem conservada, o bairro Marechal Francisco Solano Lopes —comandante do exército paraguaio, na Guerra do Paraguai— abriga espaços grandiosos, como a residência presidencial, a embaixada brasileira, news 28 | CentroEmpresarialSP Empresarial | SET/OUT/NOV 2008 a residência do embaixador brasileiro e o escritório geral do Mercosul, entre outros. É também neste bairro que reside a classe alta do local, num cenário que em quase nada difere do Brasil, em especial de São Paulo, pois, ao mesmo tempo em que é observado um belo casarão, no semáforo da esquina também é constatada a presença de pedintes. Na região central também é possível ao visitante deparar-se com edificações antigas, como prédios de hotéis e galerias de compras. Aliás, os espaços hoteleiros se mostram um show à parte. Um bom exemplo é o aconchegante Granados Park Hotel, um cinco-estrelas localizado bem no centro de Assunção. Em estilo clássico, o espaço se revela luxuoso, do lobby às suas habitações (quartos), que são muito confortáveis e têm preços atraentes: uma suíte presidencial, por exemplo, sai por R$ 1.500. Mais afastado da região central, um outro hotel-sensação do país é o Hotel Resort Casino Yacht y Golf Club, bem às margens do rio Paraguai. O espaço, situado em uma imensa área verde —200 hectares—, oferece muitas opções para o lazer e para o relaxamento do turista, como campo de golfe, piscinas, esportes náuticos, spa e cassino, entre outras tantas diversões. Àqueles que se dirigem a negócios à capital paraguaia, uma sugestão são as dependências do Sheraton Assunção. Com preços convidativos, de, em média, R$ 200 a diária, o hotel, ao lado do shopping center da cidade, oferece serviços de massagem, piscinas, boa gastronomia e dormitórios aconchegantes. Imaginem que até a tão sonhada suíte presidencial é oferecida a um preço acessível, no Sheraton, onde o valor da diária desta acomodação pode custar R$ 600. clientela pode saborear o prato e ouvir o show típico dos cantantes de guarânia, o estilo musical típico da região. La noche Diversão é o que não falta na cidade. Se você é daqueles que gostam de arriscar a sorte, uma boa pedida é aproveitar-se dos cassinos, que, ao contrário do que acontece no Brasil, são liberados para o público, com portas abertas durante 24 horas. Os baladeiros também possuem lugares especiais, como bares e pubs. Nestes espaços, uma cervejinha e outra, ao som de rock, dão início à balada mais agitada da capital paraguaia, a danceteria Coyote. No espaço, las muchachas e los muchachos dançam ao som de música eletrônica e de dance music. Embalados por uísques e drinques especiais, os habitués dizem que o local é o melhor da cidade e permanecem na casa até as cinco horas da manhã. E o lugar é muito freqüentado pelos brasucas que vivem na cidade. Surpresas e novidades Shopping center de Assunção Àqueles que estão acostumados a freqüentar as opções do circuito gourmet paulistano, um espanto: em Assunção, existem opções fantásticas de cozinhas com preços mais do que acessíveis. É o caso do MBuricao, localizado a poucos metros da residência presidencial. A começar pelo ambiente, que esbanja aconchego e uma bela decoração, com quadros e porcelanas chamativas. A mesa é um capítulo à parte. Dentre as opções do cardápio, o Ravióli de Lagostim, com creme de palmito; ou a Tilápia Grelhada, marinada no forno com vinho branco, pequenos camarões e purê de batatas, entre outros. Um jantar custa em média R$ 45 por pessoa. Aos que preferirem uma das opções mais tradicionais do Paraguai, um bom local é o Cabaña La Pascuala, que dentre as opções sugere a Parrillada Completa, pelo valor médio de R$ 35. Servido no réchaud o prato é composto por uma variedade de carnes, como calabresa, chorizo, frango e costela, entre outros, e guarnecido de mandioca, sopa paraguaia — uma espécie de bolo de milho salgado. No local, a Na capital Assunção fica localizada a sede da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), que até 2009 receberá um museu do futebol e se tornará um ponto turístico da cidade, pois atualmente a atividade não é feita pelo espaço. Também destaque na cidade é o Rakiura Resort Day. Com valor médio de R$ 200 por título familiar, é possível desfrutar um imenso clube. Piscinas, quadras de tênis, campos de futebol, academia de ginástica e minigolfe, entre outros atrativos, fazem parte do local, que fascina pela imensa área verde. Dentre as semelhanças com os brasileiros, os paraguaios também são apaixonados pelo futebol e pela cerveja, bebida presente nas mais diversas mesas de bares e restaurantes da cidade. Os que visitarem Assunção não se preocupem, pois grande parte dos habitantes fala o idioma português e aceita a nossa moeda. Em resumo: esta é uma ótima e diferente opção para o final de semana, por um preço acessível (pacotes por U$$ 333 dólares), com passagens, traslados e hospedagens inclusos no preço. Informações, pelas operadoras Nascimento Turismo: (11) 3156-9900, ou Calcos: 0800 725 5800. SET/OUT/NOV 2008 | Empresarial | 29 CentroEmpresarialSP news news Boa mesa CULTURA | C Uma interpretação livre e fantástica da realidade Fotos: Paulo Bareta A artista plástica Maria Isabel Santos expõe telas de intenso colorido no Centro de Eventos Panamby news Nove obras de Maria Isabel Santos integram a exposição da artista plástica inaugurada em julho no Centro de Eventos Panamby, localizado no Centro Empresarial de São Paulo. Frutas, flores, folhas e aves de intenso colorido deslumbram a visão dos visitantes e participantes das reuniões, treinamentos, congressos, feiras e banquetes que acontecem nos dois auditórios, cinco salas e foyer do centro de eventos. As telas selecionadas por Maria Isabel exclusivamente para a exposição têm grandes dimensões (1,20m X 2,20m). Nelas, a pintora apresenta o seu grande domínio das técnicas de óleo sobre tela e acrílico, desenvolvendo os temas de sua predileção: os elementos da natureza. Por meio de tons vibrantes, as flores e frutas de Maria Isabel preenchem a tela oferecendo aos olhos do observador uma verdadeira explosão cromática. “Através de sua pintura, nos aproximamos de um mundo paradisíaco, o das flores e frutas tropicais brasileiras, que a artista colhe com paixão e transcreve sobre suas telas de forma gigante, numa composição equilibrada. O resultado é uma construção bem particular onde a disposição dos frutos se torna a expressão imediata de uma vida ligada ao campo e à natureza”, comenta o crítico de arte Emanuel von Lauenstein Massarani. As criações da pintora são feitas em seu ateliê na cidade de Itatiba, onde nasceu e reside. Suas telas se harmonizam com todos os tipos de ambientes. Atualmente, Maria Isabel trabalha em parceria com vários arquitetos, decoradores 30 | CentroEmpresarialSP | SET/OUT/NOV 2008 Empresarial e designers renomados, como Nilza Alves, Rita Diniz, Mônica Conte e outros. Suas obras estão espalhadas por várias partes do mundo. Há quadros seus na França, Itália, Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, Venezuela, México, Panamá, Colômbia, Chile, China e Japão. Maria Isabel Santos estudou pintura a oleo, de 1995 a 1997, e desenho, em 1997. Cursou artes plásticas na Escola Pan-Americana de Artes de São Paulo, no período de 1998 a 2000, além dos cursos de decoração e pinturas especiais na Arquitec de Campinas. Suas obras já estiveram expostas em mostras individuais e coletivas pelo Brasil. Participou de exposições no Espaço Loft; Espaço Cultural Tão Sigulda, em Jarinú; Spazio Donatelli; Espaço Cultural Banespa; Galeria Arte Aplicada; Campinas Décor; Restaurante Seo Rosa, em Campinas; Decor Interior, em Americana; Galeria Spazio Surreale e Espaço Cultural V Centenário, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Entre 31 de março e 11 de abril, fez sua primeira exposicão no Centro Empresarial de São Paulo. Maria Isabel destaca que seu trabalho é resultado da paixão pelas cores. Suas telas confrontam luz e sombra de modo a proporcionar aos ambientes um contraste colorido inspirado na própria natureza. Devido ao sucesso de suas obras, a artista plástica iniciou um trabalho com empresas interessadas em obter peças personalizadas para brindes, como utensílios em porcelana e outros. news SET/OUT/NOV 2008 | CentroEmpresarialSP Empresarial | 31 news 32 | CentroEmpresarialSP | SET/OUT/NOV 2008 Empresarial