3.The Nine- Where are they?
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3.The Nine- Where are they?
Conheça o Mestre Onde Estão os Nove? (Lucas 17:11–19) Uma das maiores necessidades dos nossos dias é a necessidade de gratidão. Somos imensamente abençoados, mas tendemos a não dar o devido valor a essas bênçãos. Paulo escreveu: “Pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ação de graças, nada é recusável” (1 Timóteo 4:4; grifo meu). O autor do livro de Hebreus disse: “Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça [sejamos agradecidos, na NVI], pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor” (Hebreus 12:28; grifo meu). Segundo Colossenses 2:7, devemos “crescer em ações de graças”. Francamente, esta lição não pretende educar a mente tanto quanto pretende penetrar o coração e cutucar a consciência (2 Pedro 1:12, 13). A INGRATIDÃO NOS TEMPOS DE JESUS Lucas 17 diz: “De caminho para Jerusalém” (v. 11a). Esta é a terceira vez que o livro de Lucas disse que Jesus estava “de caminho para Jerusalém”.1 Estava se aproximando a hora da cruz: “passava Jesus pelo meio de Samaria e da Galiléia” (v. 11b). A NVI diz: “A caminho de Jerusalém Jesus passou pela fronteira entre Samaria e Galiléia”. Jesus estaria viajando a oeste, em direção ao rio Jordão. “Ao entrar numa aldeia” (v. 12a). Lucas não dá o nome da aldeia; é sem importância. Ao entrarem na aldeia, “saíram-lhe ao encontro dez leprosos” (v. 12b). Os leprosos não podiam entrar nas cidades, mas podiam chegar até os portões para pedir esmolas. 2 Estes leprosos provavelmente estavam na entrada da aldeia, quando Jesus estava para entrar. Pelo menos um homem era samaritano (v. 16). Pelas últimas afirmações de Jesus, é óbvio que a maioria ou todos os demais eram judeus (v. 18). Eram trágicas as circunstâncias que uniram estes dois inimigos mortais3 – judeus e samaritanos. Quando as águas da cheia sobem, ovelhas e lobos arrebanham-se em pequenas ilhas de terra seca. Para apreciar a história completamente, precisamos saber algo acerca da doença que estes dez homens tinham. A moléstia que a Bíblia chama de lepra era uma doença temida, altamente contagiosa.4 Quem a estudou descreve-a como algo que provocava repugnância. No começo, a lepra descoloria a pele – que ficava rósea, depois marrom, e depois preta. Úlceras doloridas, corroendo e destruindo tanto a pele como os ossos. A morte era inevitável em dois anos. Imagine estes dez marginalizados portando mãos e braços dilacerados. Olhos, orelhas, narizes faltando. Eram sujos, pálidos, derrotados e indesejáveis, sem famílias, empregos, nem condições normais. A lepra era debilitante e humilhante. O versículo 12 observa que eles “ficaram de longe”. A lei exigia que os leprosos ficassem longe. A lei não especificava a distância, mas um rabino recomendava cinqüenta passos. Eram aproximadamente 50 metros5 – uma longa distância! Quando estes dez leprosos viram Jesus, “lhe gritaram” (v. 13a). A natureza da enfermidade 1 afetava as cordas vocais. A tuberculose era freqüentemente associada à lepra. A voz se tornava rouca e dissonante. Ali estavam dez homens, à distância de cinqüenta metros, gritando com vozes falhas, tentando chamar a atenção de Jesus. Gritavam: “Jesus, Mestre, compadece-te de nós!” (v. 13b). Sem dúvida, desejavam ser curados, mas especificamente pediam por misericórdia, piedade e compreensão. Eles não precisavam da cura do corpo somente; também precisavam da cura da mente e da alma. O versículo 14 diz: “Ao vê-los, disse-lhes...” (grifo meu). Jesus devia estar cercado por uma multidão barulhenta. Talvez, no início, Ele nem os tenha ouvido. Quando ouviu, olhou ao redor e finalmente os avistou à distância. Então, disselhes: “Ide e mostrai-vos aos sacerdotes” (v. 14b). Anteriormente, Jesus tinha curado um outro leproso. Naquela ocasião, Jesus o tocou e disse: “Fica limpo” (Lucas 5:13). Depois de curar o homem, Jesus disse-lhe para ir mostrar-se ao sacerdote como ordenava a lei. Um dos trabalhos dos sacerdotes era ser um inspetor de saúde.6 Se os sacerdotes concluíssem que uma lepra fora curada, o homem poderia oferecer certos sacrifícios e depois voltar ao convívio social. Ele podia voltar para sua casa e familiares, para o trabalho, ir ao templo. Desta vez, porém, Jesus não foi até os leprosos nem tocou neles ou os curou naquela paragem.7 Em vez disso, Ele os desafiou com um teste de fé8 – a irem e se mostrarem aos sacerdotes como se estivessem de fato curados! (Se a NVI estiver certa a respeito do local deste episódio – a fronteira entre a Galiléia e Samaria – estes dez leprosos tinham uma grande distância para percorrer, a fim de irem até Jerusalém!) A próxima parte da história é estimulante: “Aconteceu que, indo eles, foram purificados” (v. 14c). Já que o samaritano pôde voltar e achar Jesus, presumo que os dez não tinham ido longe, antes de serem curados. Imagine como foi sentirem de volta o vigor nos seus corpos – olhos, ouvidos e gargantas, curados; as velhas feridas, desaparecidas e a saúde da pele, recuperada; os novos ossos que se formaram, revestidos de estrutura muscular com veias e artérias, e tudo, coberto pela pele; a saúde e o vigor pulsando por todos os seus corpos! Que euforia deve ter inundado seus corações! “Estou inteiro de novo!” “Posso ir para casa!” “Posso ir 2 ao templo novamente!” Vejamos as semelhanças entre estes dez homens: 1) Todos eram afligidos por uma terrível doença. 2) Todos estavam determinados a fazer algo em relação à doença. 3) Todos criam que Jesus, de alguma maneira, podia fazer algo. 4) Todos apelaram a Jesus. 5) Todos obedeceram a Jesus e prosseguiram na direção em que os sacerdotes estavam. 6) Todos foram curados. As semelhanças acabam aqui. O versículo 15 começa assim: “Um dos dez” (grifo meu). Logo mais ficaremos sabendo que este homem era samaritano. “Um dos dez, vendo que fora curado, voltou” (v. 15a). Sem dúvida, mais tarde ele fez a viagem recomendada por Jesus.9 Mas, primeiro, ele quis expressar sua profunda gratidão. Ele “voltou, dando glória a Deus” (v. 15b). Entendeu que Deus havia dado a Jesus o poder da cura. Ele glorificou a Deus “em alta voz” (v. 15c) – não com o grito rouco de um leproso, mas com a voz forte de um homem curado! “E prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe” (v. 16a). Ele reconheceu a divindade de Jesus e caiu aos Seus pés, adorando-O e agradecendoLhe. “Agradecendo-lhe” está no tempo presente contínuo, indicando que o homem curado continuava a agradecer a Jesus. A breve frase seguinte surge quase como uma surpresa na narrativa: “e este era samaritano” (v. 16b). Muitas vezes recebemos reconhecimento de quem menos esperávamos, enquanto as pessoas de quem esperávamos gratidão não valorizam nossos esforços. Você consegue ouvir a tristeza na voz de Jesus, no versículo 17? “Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?” Esperava-se que todos eles voltassem, formassem um coro improvisado e cantassem o Salmo 103: Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; Quem sara todas as tuas enfermidades; Quem da cova redime a tua vida... De sorte que a tua mocidade se renova como a da águia (vv. 1–5; grifo meu). Mas eles não voltaram. Por quê? Burton Coffman apresenta estas irônicas sugestões: Um esperou para ver se a cura era real. Um esperou para ver se a cura perduraria. Um disse que veria Jesus depois. Um concluiu que nunca tivera lepra. Um disse que teria ficado bem de qualquer jeito. Um deu glória aos sacerdotes. Um disse: “Ah, na verdade Jesus não fez nada”. Um disse: “Qualquer rabino podia ter feito isto”. Um disse: “Eu já estava bem melhor”.10 Então, Jesus disse com tristeza: “Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?” (v. 18). A palavra traduzida por “estrangeiro” era a palavra encontrada nesta inscrição à entrada do Pátio dos Gentios para o Pátio das Mulheres: “Que nenhum homem de outra nação ultrapasse a barreira e a mureta ao redor do templo. Quem for pego será, em seguida, culpado de morte”. Este homem não podia entrar no templo propriamente dito, mas podia ir até Jesus. Jesus virou-se para o samaritano que O adorava aos Seus pés. “E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou” (v. 19). Quando Jesus disse: “a tua fé te salvou”, Ele estava declarando o óbvio. Mas, talvez Jesus estivesse pronunciando uma bênção especial a este homem porque ele fora grato. Afinal, até os judeus ingratos foram curados fisicamente. Quando disse “tua fé te salvou” (grifo meu), possivelmente Jesus estava dizendo: “Sua fé e a expressão dela agradecendo11 te curaram tanto física quanto espiritualmente”. Em outras palavras: “Hoje houve salvação nesta casa” (Lucas 19:9)! A INGRATIDÃO EM NOSSOS DIAS Olhamos para um lado e vemos o aspecto estatístico na história: somente 1 dentre 10 voltou para agradecer a Jesus – somente 10 por cento! – e ficamos surpresos. Então, paramos e pensamos. Será que a porcentagem é melhor hoje? Todos nós sabemos que a ingratidão é terrível, mas quanto esta noção realmente afeta nossas vidas? Numa publicação de vários anos atrás, vi uma ilustração de uma página intitulada “Ingratidão”. No centro da página havia uma estátua colossal com a placa “Ingratidão”. Em volta da estátua estava uma multidão de pessoas atirando pedras na figura. Quando olhei mais de perto, vi que cada pessoa na multidão estava segurando uma pequena estátua com a placa “Ingratidão”. Assim, o cartunista expressou sua convicção de que, embora detestemos a ingratidão da parte dos outros e a condenemos, todos nós guardamos um pouco dessa característica insidiosa dentro do coração. Ao lermos a história do 1 dentre 10 que voltou para agradecer a Jesus, cada um de nós precisa perguntar a si mesmo: “Qual é o meu QG?”: “Qual é o meu Quociente de Gratidão?” A Bíblia põe grande ênfase em ser agradecido: Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos (Colossenses 3:15). Perseverai na oração, vigiando com ações de graça (Colossenses 4:2). Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco (1 Tessalonicenses 5:18). Que desafio há nas palavras: “Em tudo dai graças” (grifo meu)! Sempre temos algo pelo que ser agradecidos. Conta-se a história de um homem que sempre via algo bom em qualquer situação e agradecia a Deus por isso. Um dia, houve uma tempestade de inverno terrível. Tudo ficou coberto com uma espessa camada de gelo, granizo e neve. A rede elétrica caiu ao chão, e a cidade parou. Somente um punhado de gente, incluindo o homem, conseguiram chegar à reunião de oração. Os poucos que estavam ali esperaram para ver o que o homem pôde achar naquela situação para agradecer ao Senhor. Quando chegou sua vez de orar, ele disse: “Senhor, agradecemos a Ti porque o tempo não é sempre assim!” A maioria de nós precisa ver o que é bom nas situações que se colocam diante de nós. Era o dia de ações de graças. Toda a família estava reunida, incluindo o rabugento tio Mort. Antes de comerem, foram ao redor da mesa, mencionando algo pelo que eram agradecidos. Quando chegou a vez do tio Mort, ele disse: “Passo”. O garotinho que estava sentado ao lado dele disse: “Espere aí. Você tem que agradecer por alguma coisa, tio Mort”. E ele respondeu com desdém: “Não tenho nada para agradecer”. O garoto olhou para o pássaro dourado no centro da mesa, e disse: “Pelo menos você pode dar graças porque você não é um peru!” Em um dia de Ações de Graça, um garotinho 3 que tinha de usar óculos, disse: “Obrigado pelos meus óculos”. “Porque eles o ajudam a ver?”, perguntou alguém. “Não”, respondeu o menino. “Porque eles afastam de mim os meninos briguentos e as meninas beijoqueiras.” “Em tudo daí graças.” Nós sempre temos algo pelo que agradecer! A Bíblia também fala sobre o pecado de ser ingrato. Falando do triste estado da humanidade em seus dias, Paulo escreveu: “porque, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças” (Romanos 1:21; grifo meu). Quando, mais tarde, ele escreveu sobre a triste condição da humanidade nos tempos vindouros, disse: “pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos...” (2 Timóteo 3:2; grifo meu). Segundo uma antiga lenda, dois anjos foram enviados à terra para colher as orações dos homens. Um devia encher seu cesto com as petições – as coisas que os homens pediram. O outro devia colher as orações de agradecimento. Um tempo depois, os anjos retornaram ao trono de Deus. O primeiro tinha um cesto abarrotado e transbordante com os inúmeros pedidos dos homens. O segundo voltou com o coração triste e pesado; seu cesto estava quase vazio. São incontáveis as histórias de ingratidão tanto para com seres humanos como para com Deus. Anos atrás, um navio a vapor lotado de passageiros sucumbiu perto das margens do Lago Michigan. Um estudante chamado Edward Spencer estava na margem e viu uma mulher agarrando-se a alguns destroços distantes, perto do quebra-mar. Ele tirou o casaco e nadou pelas altas ondas, trazendo-a finalmente para a margem. Dezesseis vezes mais o jovem enfrentou as ondas, resgatando dezessete pessoas. Então, teve um colapso de exaustão. Fisicamente, ele jamais se recuperou daquele esforço e passou o resto da vida com problemas de saúde. Anos depois, num noticiário sobre sua morte, o jornal dizia que nenhum dos dezessete resgatados veio até ele para agradecer. Mas não é nosso papel julgar os outros. Nossa preocupação é conosco mesmos. Somos tão agradecidos quanto deveríamos ser? Vamos dedicar alguns minutos a uma auto-análise. Somos tão agradecidos em nossos lares como deveríamos ser? Será que é apenas uma 4 coincidência que Paulo, ao relatar os pecados da humanidade em 2 Timóteo 3, imediatamente após “desobedientes aos pais”, ele coloca os “ingratos”? Não sei se é uma coincidência, mas sei que muitos de nós somos ingratos aos nossos pais. Por vezes na vida, se eles não tivessem cuidado de nós, uma semana de negligência teria nos matado. Em nossos primeiros anos, éramos dependentes de nossos pais para tudo. Muitas e muitas vezes, vem o tempo quando um pai e uma mãe de idade são um incômodo, e os mais jovens não sentem o desejo de pagar-lhes a dívida que têm. Como o rei Lear de Shakespeare disse no dia de sua própria tragédia: “Muito mais cortante do que os dentes de uma serpente é ter um filho ingrato!” Sempre temos algo pelo que ser agradecidos. Somos tão agradecidos aos nossos amigos como deveríamos? Quando pensamos em ingratidão para com nossos amigos, muitas ilustrações bíblicas vêm à memória: Labão, que não reconheceu os esforços de Jacó, seu genro (cf. Gênesis 31:6, 7); o copeiro que se esqueceu de José na prisão (Gênesis 40:23); os filhos de Israel que estavam prontos para apedrejar Moisés, seu libertador (Êxodo 17:1–4); e Saul, cuja vida foi poupada por Davi, mas assim mesmo planejou matar o jovem (2 Samuel 16:1, 2). Cada um de nós deve muito a muitas pessoas. Podem ser amigos, irmãos ou irmãs em Cristo, ou professores. Alguns de nós podemos até dever a médicos e cirurgiões que salvaram nossas vidas. Será que já dissemos: “Obrigado”? Vamos fazer isto, antes que seja tarde demais! Certa vez, falando sobre ser agradecido, um pregador lançou esta frase: “Não tem telefone no céu”. (Este fato isolado me faz querer ir para lá!) O que ele quis dizer é que depois de morrer, é tarde demais para dizer: “Obrigado”. Digamos que certo amigo chamado José me fez um grande favor em certa ocasião, e eu nunca lhe agradeci apropriadamente. Depois que ele morrer, não posso pegar o telefone e dizer: “Quero uma ligação internacional. Isto é, a L-O-N-G-A distância. Quero falar com José no céu. É você, José? Bem, eu só estou ligando para dizer obrigado!” Às vezes, em velórios, vejo pessoas tentando emitir palavras não ditas, dizendo a um corpo sem vida num caixão: “Eu te amo! Você é muito importante! Eu me importo com você!” Tarde demais. Certo executivo texano excêntrico tinha um livro impresso para dar a seus amigos e clientes. Na capa havia o título: Um Milhão de Obrigados. Dentro, a palavra “obrigado” tinha sido impressa um milhão de vezes. A maioria de nós precisaria de mais de um milhão de obrigados para expressar nosso reconhecimento a todos os que nos ajudaram e encorajaram. Geraldine Searfoss escreveu estas linhas, intituladas “Diga isso”: Se uma ajuda te dá um vizinho, enquanto vais pelo caminho Tornando tua carga mais leve, Por que não dizer isso a ele? Se um aperto de mão aparece para te levantar Das profundezas da mágoa e do pesar, Quando um velho amigo partilha da tua tristeza, Por que não dizer isso a ele? Se te dá o Pai Celestial Muitas bênçãos nesta vida terreal, Perante Ele, de joelhos dobrados, então, Dize-o com franqueza e alegria no coração!12 Isto nos leva à parte mais importante da auto-análise: somos tão agradecidos a Deus como deveríamos ser? Certamente, a falta mais grave de cada um de nós é falhar em dizer “obrigado” a Deus por todas as Suas bênçãos. O salmista disse: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor; e não te esqueças de nem um só de seus benefícios” (Salmo 103:2; grifo meu). De que “benefícios” o salmista estava falando? Comecemos com estes, sugeridos em Mateus 5:45: “porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos”. Temos sol e chuva, lua e estrelas; flores, árvores e pássaros; maçãs, ovos e rapadura. Temos até nossas rotinas diárias. Além disso, que benefícios especiais nós temos, tais quais a bênção especial que Jesus deu ao samaritano! “Vede quão grandiosas coisas [Deus] vos fez” (1 Samuel 12:24). Você já ficou doente e depois sarou?13 Você foi criado num lar cristão? Você teve a oportunidade de ouvir e conhecer o evangelho e obedecer a ele? Teve a oportunidade de fazer um seminário bíblico? Encontrou um colega que também ama ao Senhor? O Senhor lhe deu filhos? Já teve o privilégio de conhecer um grande servo do Senhor? Alguém disse que a aritmética mais difícil de ensinar é a habilidade de contar as bênçãos. Acima de tudo, devemos ser agradecidos pelo que Paulo chamou de “dom inefável” (2 Coríntios 9:15), o dom [presente] de Jesus. Ao prestar tributo aos jovens da Força Aérea Real (RAF) que guardavam a Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill disse: “Nunca, na história da humanidade, houve tantos devendo tanto para tão poucos”. Estas palavras são ainda mais verdadeiras quanto a Jesus: “Nunca, na história do universo, houve tantos devendo tanto para apenas Um!” Quão agradecidos somos por tudo o que o Senhor tem feito por nós? Se somos agradecidos, como temos expressado nossa gratidão? Quando nos encontramos à mesa da Ceia do Senhor, “onde estão os nove”? Quando a sacola da coleta passa, “onde estão os nove”? Quando nos encontramos, no domingo e na quarta-feira à noite, para adorar ao Senhor, “onde estão os nove”? Quando é hora de visitar e evangelizar, para partilhar a maior bênção, a bênção da salvação, “onde estão os nove”? Passe alguns momentos pensando em tudo o que Deus tem feito por você, e então, agradeça a Ele. Não deixe que o coração de Deus fique pesado, com a pergunta: “Onde estão os nove?” CONCLUSÃO Uma das maneiras mais práticas de expressar sua gratidão é fazer o que Jesus ordenou. Se você precisa ser batizado – ou restaurado como um filho de Deus errante – por que não atender a essa necessidade já? Se você realmente reconhece o que Deus fez por você, você não vai esperar ❖ nem hesitar! NOTAS 11 Lucas 9:51; 13:22. 12 Levítico 13:46; Números 5:2, 3. 13 João 4:9. 14 Entendo que o uso bíblico do termo “lepra” era mais abrangente do que é hoje. 15 Use uma comparação que seus ouvintes entendam. 16 Levítico 14:2ss. 5 17 Um manuscrito antigo indica que Jesus os curou naquele local, mas os mais antigos não dizem isto. É fascinante notar todas as circunstâncias em torno dos milagres de Jesus. Burton Coffman tem um bom artigo sobre isto, observando que “a maravilhosa diversidade de métodos nos milagres de Jesus é uma marca de sua originalidade divina” (Commentary on Luke [“Comentário sobre Lucas”]. Abilene, Texas: A.C.U. Press, 1975, p. 340). 18 No versículo 19 Jesus disse ao samaritano: “Tua fé te salvou”. 19 Os samaritanos criam nos cinco primeiros livros do Antigo Testamento, que incluem as leis acerca da lepra. 10 Coffman, p. 341. 11 Uma antiga expressão é “a gratidão completa a fé”. 12 Citado por Eleanor Doan em The Speaker´s Sourcebook (“O Livro-fonte do Palestrante”). Grand Rapids, Michigan: Zondervan Publishing House, 1962, p. 262. 13 Pode-se pedir aos ouvintes que alistem bênçãos especiais que receberam. As listas podem ser diferentes da lista da lição. Autor: David Roper Série: Conheça o Mestre Copyright 2001, 2003 by A Verdade para Hoje TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 6