2.ª Fase

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2.ª Fase
EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março
Prova Escrita de História A
12.º Ano de Escolaridade
Prova 623/2.ª Fase
8 Páginas
Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.
2012
Utilize apenas caneta ou esferográica de tinta indelével, azul ou preta.
Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deve riscar de forma inequívoca aquilo
que pretende que não seja classiicado.
Escreva de forma legível a numeração dos grupos e dos itens, bem como as respetivas respostas.
As respostas ilegíveis ou que não possam ser claramente identiicadas são classiicadas com
zero pontos.
Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se apresentar mais do que uma resposta a um
mesmo item, apenas é classiicada a resposta apresentada em primeiro lugar.
As cotações dos itens encontram-se no inal do enunciado da prova.
A ortograia dos textos e de outros documentos segue o Acordo Ortográico de 1990.
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GRUPO I
PORTUGAL E O MUNDO APÓS A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Este grupo baseia-se na análise dos seguintes documentos:
Doc. 1 – Ameaças à paz após a Primeira Guerra Mundial, no jornal Chicago Tribune, EUA (1920)
Doc. 2 – Consequências da guerra, segundo o general Sinel de Cordes (1926)
Documento 1
Documento 2
Consequências da guerra, segundo
o general Sinel de Cordes* (1926)
Ameaças à paz
após a Primeira Guerra Mundial,
no jornal Chicago Tribune, EUA (1920)
Portugal tomou parte no grande conlito mundial
de 1914-1918, mas não estava preparado […].
A organização militar do tempo era deiciente. […]
Sob o ponto de vista inanceiro surgia coisa
parecida, vivendo-se à custa da circulação
iduciária ou dos créditos da Inglaterra, que
só agora se pensa em liquidar, sem nunca se
ter recorrido aos empréstimos de guerra. […]
De toda a falta de preparação e de orientação
resultaram, como consequências, uma pavorosa
crise inanceira e uma desorganização económica cujo im não é fácil de prever. Nós hoje,
enileirando ao lado dos vencedores, estamos
em piores condições económicas e inanceiras
do que os vencidos. Juntemos a estas perturbações […] as de ordem moral que da guerra
também derivaram e teremos de concluir que da
luta em que tanto sacriicámos pouco de bom
nos icou. […] Quer-me parecer que […] ou se
reage perante um tal estado de coisas, ou a
nação morre.
* João José Sinel de Cordes (1867-1930) – foi chefe do Estado-Maior do Corpo Expedicionário Português (1918), participou no
golpe militar de 28 de maio de 1926 e foi ministro das Finanças
(1926-1928).
1. Identiique, com base no documento 2, três dos fatores que contribuíram para a falência da Primeira
República Portuguesa.
2. Explique, a partir dos documentos 1 e 2, três das ameaças à paz que persistiam após a Primeira Guerra
Mundial.
Identiicação das fontes
Doc. 1 – In www.authentichistory.com (consultado em 03/01/2012) (adaptado)
Doc. 2 – In www.primeirarepublica.org (consultado em 03/01/2012) (adaptado)
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GRUPO II
O MUNDO CAPITALISTA OCIDENTAL DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL À ATUALIDADE
Este grupo baseia-se na análise dos seguintes documentos:
Doc. 1 – O Plano Marshall – cartaz austríaco (1951)
Doc. 2 – Indicadores económicos de países capitalistas ocidentais (de 1913-1950 a 1974-1992)
Doc. 3 – Prioridades do Estado no mundo capitalista – Declaração do XIX Congresso da Internacional Socialista, Berlim (1992)
Doc. 4 – Prioridades do Estado no mundo capitalista – Manifesto do 48.º Congresso da Internacional Liberal, Oxford (1997)
Documento 1
O Plano Marshall – cartaz austríaco (1951)
Tradução:
PLANO MARSHALL
Paz, Liberdade, Bem-estar
MUNDO LIVRE
Documento 2
Indicadores económicos de países capitalistas ocidentais (de 1913-1950 a 1974-1992)
(Taxa de variação média anual, em percentagem)
Períodos
Países
1913-1950
1951-1973
1974-1992
PIB
Exportações
PIB
Exportações
PIB
Exportações
EUA
1,6
2,2
2,4
6,3
1,4
5,1
Alemanha*
0,3
–2,8
5,0
12,4
2,1
4,0
França
1,1
1,1
4,0
8,2
1,7
4,4
Reino Unido
0,8
0,0
2,5
3,9
1,4
3,9
* De 1949 a 1990, apenas RFA.
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Documento 3
Prioridades do Estado no mundo capitalista – Declaração do XIX Congresso
da Internacional Socialista, Berlim (1992)
Os sociais-democratas* foram a força motriz da construção das estruturas de segurança social.
Hoje, todavia, não nos podemos dar por satisfeitos, considerando as forças ultraliberais que ameaçam
destruir as conquistas históricas do movimento laboral. Os efeitos da desregulação dos mercados têm
provocado uma distribuição ainda mais injusta dos rendimentos e das oportunidades de emprego,
assim como uma maior concentração do capital. […] Os mercados são indispensáveis como fontes
eicazes de recursos económicos, mas exigem uma regulação para que a concorrência seja justa […]
e não se pode prescindir de uma política social, já que nos mercados desregulados não há uma «mão
invisível» que assegure a igualdade de oportunidades e a justiça social. Também é necessário […] o
apoio do governo para construir uma sociedade equilibrada. […]
Sabemos que as altas taxas de juro desencorajam os investidores, causando níveis elevados
de desemprego, que provocam falhas na «rede» garantida pela Segurança Social a trabalhadores,
desempregados, doentes e idosos. O investimento em recursos humanos através de programas
para a saúde, serviços sociais e salários justos é mais produtivo do que uma política monetarista
e de curto prazo. […] O esforço dos indivíduos para se adaptarem aos mercados laborais tem de
ser acompanhado por um esforço de investimento público para criar novos empregos. […] Tanto
a qualidade e a sustentabilidade do crescimento como a distribuição equitativa dos benefícios são
características de uma sociedade moderna.
* Também designados como Socialistas ou como Trabalhistas.
Documento 4
Prioridades do Estado no mundo capitalista – Manifesto do 48.º Congresso
da Internacional Liberal, Oxford (1997)
A questão central no alívio da pobreza consiste em fornecer às pessoas meios para que elas
próprias combatam a sua pobreza, para que saiam elas mesmas da pobreza. As instituições
públicas e os sistemas de promoção do bem-estar devem ser tão lexíveis e administrados a um
nível tão local quanto possível, almejando promover a responsabilidade individual e dar resposta às
circunstâncias individuais. […]
Em todo o mundo, está a entrar em crise, se não mesmo a colapsar, a velha mas errada ideia
de que é tarefa do governo organizar as coisas para que as pessoas sejam felizes. Na maior parte
dos países industrializados, sistemas de segurança social e de redistribuição exagerados e mal
direcionados ameaçam ruir, e os orçamentos de Estado ameaçam legar às gerações futuras pesadas
dívidas. Nos países em desenvolvimento, estão condenadas ao falhanço as tentativas de promover
o desenvolvimento exclusivamente ou predominantemente através da ação governamental, uma
vez que elas sobrecarregam o governo e abafam a iniciativa privada – a única que pode gerar um
desenvolvimento realmente sustentável. Os Liberais reconhecem que a capacidade governamental
é limitada, que um governo abrangente e o crescimento das despesas do Estado constituem em si
mesmos sérias ameaças a uma sociedade livre, e que, portanto, deve ser prioritário limitar o âmbito
do governo e reduzir as despesas do Estado.
Uma vez que mercados globais abertos são mais eicazes na promoção da prosperidade, […]
os Liberais deverão […] pôr em prática a sua irme convicção de que o comércio livre, ao dar as
melhores oportunidades aos economicamente mais fracos, constitui a melhor forma de ultrapassar
a pobreza no mundo.
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1. Reira, a partir do documento 1, três dos objetivos que estiveram na base da aplicação do Plano Marshall
à Europa.
2. Compare as duas perspetivas acerca do papel do Estado nas sociedades capitalistas, expressas nos
documentos 3 e 4, quanto a três dos aspetos em que se opõem.
3. Desenvolva o seguinte tema:
Desenvolvimento económico e progresso social no mundo ocidental do segundo pós-guerra aos anos 90 do
século XX.
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três dos aspetos de cada um dos seguintes tópicos
de desenvolvimento:
•  prosperidade económica a partir do inal da Segunda Guerra Mundial;
•  construção do Estado-Providência no segundo pós-guerra;
•  airmação do neoliberalismo a partir da década de 1980.
Deve integrar na resposta, além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos documentos de 1 a 4.
Identiicação das fontes
Doc. 1 – In www.cvce.eu (consultado em 05/01/2012)
Doc. 2 – In www.ggdc.net/maddison (consultado em 06/01/2012) (adaptado)
Doc. 3 – In www.internacionalsocialista.org (consultado em 10/01/2012) (adaptado)
Doc. 4 – In www.liberal-social.org (consultado em 09/01/2012) (adaptado)
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GRUPO III
O 25 DE ABRIL E AS OPÇÕES DA POLÍTICA EXTERNA PORTUGUESA
Portugal e Espanha na Comunidade Ibero-Americana, segundo Mário Soares
(12 de abril de 2008)
1
5
10
15
20
25
30
35
Vai longe o tempo em que Espanha e Portugal viviam de costas voltadas, não obstante a
aliança ideológica irmada entre os dois ditadores peninsulares, Franco e Salazar, expressa no
célebre Pacto Ibérico. Mas, por múltiplas razões, os povos peninsulares nunca comunicaram –
até talvez porque não estavam, obviamente, sintonizados com os seus chefes –, apesar da
estreita colaboração, a nível dos governos, que mantiveram durante a guerra civil espanhola
(1936-1939), em que Salazar tão decisivamente auxiliou os fascistas espanhóis, e, depois,
pelo menos nos primeiros anos da II Guerra Mundial.
Com a Revolução dos Cravos, o 25 de Abril de 1974, tudo mudou. Na verdade, foi uma
revolução sem efusão de sangue, pacíica e, apesar de inesperada, para a Europa e o
Mundo, constituiu um inegável sucesso, na medida em que realizou todos os seus objetivos:
«descolonizar, democratizar e desenvolver». Foi, aliás, saudada com imenso entusiasmo em
toda a Espanha e teve uma inluência muito positiva na «transição acordada» espanhola, que
asseguraria também a democracia, paciicamente, no país vizinho.
Mais do que isso: a revolução portuguesa e a transição democrática espanhola tornaram
luidas, natural e quase automaticamente, as relações entre os dois Estados peninsulares e os
diversos povos ibéricos. […]
A entrada de Espanha e de Portugal para a então CEE […], como membros de pleno direito,
favoreceu igualmente as relações entre a Europa e a Ibero-América. […]
A Ibero-América tem vindo a sofrer […] uma evolução considerável no sentido de uma
certa unidade civilizacional e da integração económica e social. A Ibero-América deixou de
ser, nos últimos anos, o «pátio traseiro» da América do Norte. Não só o Brasil, esse país
continente, atingiu um nível de desenvolvimento, de progresso e de autonomia económica
verdadeiramente surpreendente, como também o México, o Chile, a Argentina e a Venezuela
se desenvolveram, para só citar aqueles que se movem na cena internacional com maior
autonomia.
Ora, a América Latina, além das suas raízes étnicas, que persistem, mantém uma certa
unidade civilizacional e linguística que lhe vem do legado ibérico, tendo como línguas principais
o castelhano e o português – que podem facilmente comunicar entre si […] e que representam
um universo linguístico de cerca de 800 milhões de seres humanos. […]
Daí que seja tão decisivamente importante estreitar as relações entre a América Latina e
a União Europeia, cabendo aos Estados peninsulares um papel pioneiro nesse domínio. […]
Vivemos hoje, graças à entrada dos dois Estados, ao mesmo tempo, na Comunidade
Europeia, economias mais ou menos integradas, ambas abertas, tendo políticas e interesses
convergentes na União Europeia, no Mediterrâneo, no Atlântico e na […] Comunidade
Ibero-Americana. […]
Também em África, Portugal pode dar um contributo importante […] através da CPLP
(Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
Prova 623/2.ª F. • Página 6/ 8
1. Reira três dos aspetos que, segundo o autor, evidenciam o «inegável sucesso» da Revolução do 25 de
Abril de 1974 (linha 10).
2. Explique, a partir do documento, três das características da política externa portuguesa após o 25 de Abril
de 1974.
Identiicação da fonte
In www.fmsoares.pt (consultado em 12/01/2012) (adaptado)
FIM
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COTAÇÕES
GRUPO I
1. ...........................................................................................................
20 pontos
2. ...........................................................................................................
30 pontos
50 pontos
GRUPO II
1. ...........................................................................................................
20 pontos
2. ...........................................................................................................
30 pontos
3. ...........................................................................................................
50 pontos
100 pontos
GRUPO III
1. ...........................................................................................................
20 pontos
2. ...........................................................................................................
30 pontos
50 pontos
TOTAL .........................................
Prova 623/2.ª F. • Página 8/ 8
200 pontos
EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março
Prova Escrita de História A
12.º Ano de Escolaridade
Prova 623/2.ª Fase
Critérios de Classificação
13 Páginas
2012
COTAÇÕES
GRUPO I
1............................................................................................................. 20 pontos
2............................................................................................................. 30 pontos
50 pontos
GRUPO II
1............................................................................................................. 20 pontos
2............................................................................................................. 30 pontos
3............................................................................................................. 50 pontos
100 pontos
GRUPO III
1............................................................................................................. 20 pontos
2............................................................................................................. 30 pontos
50 pontos
TOTAL.......................................... 200 pontos
Prova 623/2.ª F. • Página C/1/ 13
A classificação da prova deve respeitar integralmente
os critérios gerais e os critérios específicos a seguir apresentados.
critérios gerais de classificação
A classificação a atribuir a cada resposta resulta da aplicação dos critérios gerais e dos critérios específicos
de classificação apresentados para cada item e é expressa por um número inteiro, previsto na grelha de
classificação.
As respostas ilegíveis ou que não possam ser claramente identificadas são classificadas com zero pontos. No
entanto, em caso de omissão ou de engano na identificação de uma resposta, esta pode ser classificada se
for possível identificar inequivocamente o item a que diz respeito.
Se o examinando responder a um mesmo item mais do que uma vez, não eliminando inequivocamente a(s)
resposta(s) que não deseja que seja(m) classificada(s), deve ser considerada apenas a resposta que surgir
em primeiro lugar.
As respostas que apresentem aspetos e terminologia diferentes dos mencionados nos critérios específicos
de classificação devem ser classificadas se o seu conteúdo for considerado cientificamente válido e estiver
adequado ao solicitado. Nestes casos, os elementos cientificamente válidos devem ser classificados segundo
procedimentos análogos aos previstos nos descritores apresentados.
Se a resposta contiver elementos errados de informação histórica não solicitada, estes só serão tidos em
conta se forem contraditórios com elementos corretos referidos na mesma resposta. Nessa eventualidade, os
elementos corretos não serão valorizados.
As formulações apresentadas nos critérios específicos de classificação e relativas aos conteúdos não devem
ser entendidas de forma rígida, mas como indicadoras da linha interpretativa considerada correta, ressalvando-se sempre uma visão holística da resposta do examinando, relativamente ao que é solicitado no item.
Todos os itens apresentam critérios específicos de classificação organizados por níveis de desempenho,
sendo atribuída, a cada um desses níveis, uma única pontuação.
Em todos os itens, estão previstos níveis de desempenho intercalares não descritos. Sempre que uma
resposta revele um desempenho que não se integre em nenhum de dois níveis descritos consecutivos, deve
ser-lhe atribuída a pontuação correspondente ao nível intercalar que os separa.
No caso de, ponderados todos os dados contidos nos descritores, permanecerem dúvidas quanto ao nível
a atribuir, deve optar-se pelo nível mais elevado de entre os dois tidos em consideração. É classificada com
zero pontos qualquer resposta que não atinja o nível 1 de desempenho no domínio específico da disciplina.
Em todos os itens, a classificação a atribuir traduz a avaliação simultânea das competências específicas da
disciplina – enunciadas no Programa e especificadas na Informação n.º 13, de 10 de novembro de 2011 – e
das competências de comunicação escrita em língua portuguesa.
Prova 623/2.ª F. • Página C/2/ 13
Na resposta a cada item, deve ser considerado, de acordo com o tipo de tarefa solicitada, o desempenho
relativamente às competências seguintes:
•  analisa fontes de natureza diversa, distinguindo informação explícita e implícita, assim como os seus limites
para o conhecimento do passado;
•  situa cronológica e espacialmente acontecimentos e processos relevantes, relacionando-os com os
contextos em que ocorreram;
•  identifica a multiplicidade de fatores e a relevância da ação de indivíduos ou de grupos relativamente a
fenómenos históricos circunscritos no tempo e no espaço;
•  situa e caracteriza aspetos relevantes da história de Portugal, europeia e mundial;
•  relaciona a história de Portugal com a história europeia e mundial, distinguindo articulações dinâmicas e
analogias/especificidades, quer de natureza temática, quer de âmbito cronológico, regional ou local;
•  elabora e comunica, com correção linguística, sínteses de assuntos estudados:
– estabelecendo os seus traços definidores;
– distinguindo situações de rutura e de continuidade;
– utilizando, de forma adequada, terminologia específica.
Todas as respostas devem ser analisadas considerando os seguintes aspetos:
•  relevância relativamente à questão formulada no item;
•  articulação obrigatória com as fontes;
•  forma como a fonte é explorada, sendo valorizada a interpretação e não a mera paráfrase;
•  correção na transcrição de excertos das fontes e pertinência desses excertos como suporte de argumentos;
•  mobilização de informação circunscrita ao assunto em análise;
•  domínio da terminologia específica da disciplina.
Relativamente à interpretação do(s) documento(s) e de acordo com o tipo de tarefa solicitada, devem ser
consideradas nas respostas as operações seguintes:
•  identificação da informação expressa nas fontes apresentadas;
•  explicitação do significado de elementos presentes nas fontes;
•  cotejo da informação recolhida nas diversas fontes;
•  esclarecimento da pertinência das fontes para os problemas levantados;
•  contextualização cronológica e espacial da informação contida nas fontes;
•  estabelecimento de relações entre a informação presente nas várias fontes e a problemática organizadora
do conjunto;
•  mobilização de conhecimentos de realidades históricas estudadas para analisar fontes;
•  síntese de aspetos relacionados com aprendizagens estruturantes do Programa, em articulação com as
fontes apresentadas.
Prova 623/2.ª F. • Página C/3/ 13
A avaliação das competências de comunicação escrita em língua portuguesa contribui para valorizar
a classificação atribuída ao desempenho no domínio das competências específicas da disciplina. Esta
valorização corresponde a cerca de 10% da cotação do item e faz-se de acordo com os níveis de desempenho
a seguir descritos.
Níveis
Descritores
3
Composição bem estruturada, sem erros de sintaxe, de pontuação e/ou de ortografia, ou
com erros esporádicos, cuja gravidade não implique perda de inteligibilidade e/ou de sentido.
2
Composição razoavelmente estruturada, com alguns erros de sintaxe, de pontuação e/ou
de ortografia, cuja gravidade não implique perda de inteligibilidade e/ou de sentido.
1
Composição sem estruturação aparente, com erros graves de sintaxe, de pontuação e/ou
de ortografia, cuja gravidade implique perda frequente de inteligibilidade e/ou de sentido.
No caso de a resposta não atingir o nível 1 de desempenho no domínio específico da disciplina, não é
classificado o desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa.
Até ao ano letivo 2013/2014, na classificação das provas, continuarão a ser consideradas corretas as grafias
que seguirem o que se encontra previsto quer no Acordo de 1945, quer no Acordo de 1990 (atualmente em
vigor), mesmo quando se utilizem as duas grafias numa mesma prova.
Prova 623/2.ª F. • Página C/4/ 13
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO
GRUPO I
1.  .................................................................................................................................................... 20 pontos
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
5
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
•• Identificação clara de três dos seguintes fatores que contribuíram para a falência
da Primeira República Portuguesa:
–– forma impreparada como Portugal entrou na guerra;
–– não aproveitamento de recursos financeiros internacionalmente disponibili­
zados para a guerra;
–– crise financeira de grandes dimensões OU dependência financeira face ao
Reino Unido;
–– desorganização económica, sem solução à vista;
–– insuficiência de reparações adequadas ao estatuto de nação vencedora, no
quadro do pós-guerra;
–– desânimo provocado pela guerra;
–– apelos à intervenção política para inverter a situação do país;
–– críticas de sectores militares aos governos da Primeira República.
Níveis*
1
2
3
18
19
20
15
16
17
12
13
14
9
10
11
6
7
8
•• Interpretação completa do documento, por referência ao solicitado.
Níveis
•• Utilização adequada e sistemática da terminologia específica da disciplina.
4
3
Nível intercalar
•• Identificação de dois dos fatores que contribuíram para a falência da Primeira
República Portuguesa, referidos no nível 5.
•• Interpretação incompleta do documento, por referência ao solicitado.
•• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
2
Nível intercalar
•• Apresentação genérica de aspetos referidos no nível 5.
1
•• Incipiente interpretação do documento, por referência ao solicitado.
•• Utilização pouco rigorosa da terminologia específica da disciplina.
* Descritores apresentados nos Critérios Gerais de Classificação.
Prova 623/2.ª F. • Página C/5/ 13
2.  .................................................................................................................................................... 30 pontos
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Níveis*
1
2
3
27
29
30
22
24
25
17
19
20
12
14
15
7
9
10
•• Explicação clara de três das seguintes ameaças à paz que persistiam após a
Primeira Guerra Mundial:
5
Níveis
–– imposição aos países vencidos de condições duras nos tratados de paz,
sentidos como uma forma de humilhação OU tentativa de reconstrução dos
vencedores à custa da asfixia dos derrotados;
–– ineficácia e descrédito da Sociedade das Nações (SDN) na resolução pacífica
dos diferendos internacionais (doc. 1), sobretudo pela não inclusão de nenhum
dos países vencidos nem da Rússia soviética;
–– crítica e isolacionismo dos EUA (doc. 1) por não aceitarem a asfixia imposta
aos vencidos, não ratificando o tratado de Versalhes OU não aderindo à SDN;
–– pretensões hegemónicas de países europeus vencedores, membros da
SDN, alargando as suas fronteiras OU estendendo o seu domínio a territórios
retirados aos vencidos (doc. 1);
–– dificuldades na regulamentação de fronteiras e na questão das minorias
nacionais, decorrentes da aplicação do princípio das nacionalidades;
–– desenvolvimento dos nacionalismos nos países mais afetados pelas
consequências da guerra;
–– clima de descontentamento até de países vencedores: Portugal, por não ser
devidamente contemplado pelas reparações de guerra exigidas aos vencidos
(doc. 2) OU a Itália, por razões territoriais;
–– ruína do continente europeu, devastado pela guerra, acentuada em países
com graves crises económico-financeiras (doc. 2).
•• Interpretação completa dos documentos, por referência ao solicitado.
•• Utilização adequada e sistemática da terminologia específica da disciplina.
4
3
Nível intercalar
•• Explicação de duas das ameaças à paz que persistiam após a Primeira Guerra
Mundial, referidas no nível 5.
•• Interpretação incompleta dos documentos, por referência ao solicitado.
•• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
2
Nível intercalar
•• Apresentação genérica de aspetos referidos no nível 5.
1
•• Incipiente interpretação dos documentos, por referência ao solicitado.
•• Utilização pouco rigorosa da terminologia específica da disciplina.
* Descritores apresentados nos Critérios Gerais de Classificação.
Prova 623/2.ª F. • Página C/6/ 13
GRUPO II
1.  .................................................................................................................................................... 20 pontos
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Níveis*
1
2
3
18
19
20
15
16
17
12
13
14
9
10
11
6
7
8
•• Referência clara de três dos seguintes objetivos que estiveram na base da
aplicação do Plano Marshall à Europa:
5
Níveis
–– auxílio à reconstrução da Europa, devastada pela Segunda Guerra Mundial,
por parte dos EUA OU contributo dos EUA para o «bem-estar» económico de
uma Europa destruída (doc. 1);
–– reforço da «paz» recentemente alcançada na Europa (doc. 1);
–– resposta de emergência aos efeitos do inverno rigoroso de 1946/47 na
Europa;
–– resposta à contestação social e política verificada nos países da Europa
Ocidental;
–– contenção do comunismo na Europa Ocidental (doc. 1) OU aplicação à
Europa Ocidental da doutrina Truman;
–– afirmação da liderança dos EUA na defesa do «mundo livre» (doc. 1) OU
reforço dos laços económicos e políticos entre os EUA e os países da Europa
Ocidental, como a Áustria (doc. 1);
–– contributo para o crescimento das exportações dos EUA para a Europa
Ocidental OU afirmação do poder económico dos EUA no mundo capitalista.
•• Interpretação completa do documento, por referência ao solicitado.
•• Utilização adequada e sistemática da terminologia específica da disciplina.
4
3
Nível intercalar
•• Referência de dois dos objetivos que estiveram na base da aplicação do Plano
Marshall à Europa, indicados no nível 5.
•• Interpretação incompleta do documento, por referência ao solicitado.
•• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
2
Nível intercalar
•• Apresentação genérica de aspetos referidos no nível 5.
1
•• Incipiente interpretação do documento, por referência ao solicitado.
•• Utilização pouco rigorosa da terminologia específica da disciplina.
* Descritores apresentados nos Critérios Gerais de Classificação.
Prova 623/2.ª F. • Página C/7/ 13
2.  .................................................................................................................................................... 30 pontos
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Níveis*
1
2
3
27
29
30
22
24
25
17
19
20
12
14
15
7
9
10
•• Comparação clara das duas perspetivas acerca do papel do Estado nas
sociedades capitalistas, referindo três dos seguintes aspetos em que se opõem:
5
Níveis
–– enquanto o documento 3 – perspetiva da Declaração do Congresso da
Internacional Socialista – representa a visão do modelo do Estado-Providência,
o documento 4 – perspetiva do Manifesto do Congresso da Internacional Liberal
– representa a visão do modelo do Estado mínimo;
–– enquanto no documento 3 se defende que o Estado deve combater os efeitos
da desregulação dos mercados na distribuição injusta dos rendimentos, no
desemprego, na maior pobreza e na concentração de capital, no documento
4 defende-se que o Estado valorize a existência de mercados globais abertos,
que promovem a prosperidade e constituem a melhor forma de ultrapassar a
pobreza no mundo;
–– enquanto no documento 3 se afirma que o Estado deve promover uma política
social que assegure a igualdade de oportunidades e a justiça social, apoiando
trabalhadores, desempregados, doentes e idosos, no documento 4 afirma-se que cada indivíduo deve ser responsabilizado pelo combate à sua própria
pobreza, negando-se que seja função do Estado ajudar os cidadãos a serem
«felizes»;
–– enquanto no documento 3 se enuncia que o Estado deve promover a existência
de uma rede de segurança social como apoio do governo para construir uma
«sociedade equilibrada», no documento 4 enuncia-se que o Estado deve
possuir sistemas de promoção do bem-estar, mas flexíveis e administrados a
nível local;
–– enquanto no documento 3 se defende que o Estado deve promover o investimento
em recursos humanos através de programas para a saúde, serviços sociais e
salários justos, mais produtivos do que as políticas monetaristas, no documento
4 defende-se que o Estado deve abdicar de políticas sociais que sobrecarregam
os orçamentos e acumulam dívidas para as gerações futuras;
–– enquanto no documento 3 se afirma que o Estado deve promover o investimento
público para criação de empregos, no documento 4 afirma-se que o Estado
deve evitar substituir-se à iniciativa privada na promoção do desenvolvimento;
–– enquanto no documento 3 se considera que o Estado deve contribuir para
a qualidade e a sustentabilidade do crescimento e para a distribuição dos
benefícios próprios de uma «sociedade moderna», no documento 4 considera-se que o Estado deve ter um âmbito de ação limitado em benefício do controlo
das despesas, vistas como ameaça a uma «sociedade livre».
•• Interpretação completa dos documentos, por referência ao solicitado.
•• Utilização adequada e sistemática da terminologia específica da disciplina.
4
3
Nível intercalar
•• Comparação das duas perspetivas acerca do papel do Estado nas socie­­dades
capitalistas, referindo dois dos aspetos em que se opõem, indicados no nível 5.
•• Interpretação incompleta dos documentos, por referência ao solicitado.
•• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
2
Nível intercalar
•• Apresentação genérica de aspetos referidos no nível 5.
1
•• Incipiente interpretação dos documentos, por referência ao solicitado.
•• Utilização pouco rigorosa da terminologia específica da disciplina.
* Descritores apresentados nos Critérios Gerais de Classificação.
Prova 623/2.ª F. • Página C/8/ 13
3.  .................................................................................................................................................... 50 pontos
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Níveis*
1
2
3
45
48
50
•• Desenvolvimento claro e organizado do tema «Desenvolvimento económico e
progresso social no mundo ocidental do segundo pós-guerra aos anos 90 do
século XX», abordando três dos aspetos a seguir referidos para cada um dos
três tópicos de orientação da resposta:
Níveis
7
Prosperidade económica a partir do final da Segunda Guerra Mundial
–– aproveitamento dos recursos disponibilizados pelo Plano Marshall (doc. 1);
–– adoção de planos de desenvolvimento com intervenção estatal (doc. 3);
–– desenvolvimento das relações económicas, com a criação de organismos
internacionais promotores da cooperação: GATT OU BIRD OU FMI;
–– recurso ao petróleo barato como fonte energética;
–– aumento da concentração industrial e das multinacionais;
–– grande investimento na educação, na investigação científica e no desenvol­
vimento tecnológico;
–– forte crescimento do PIB das economias ocidentais (doc. 2) OU rápido
desenvolvimento dos sectores primário, secundário e terciário;
–– obtenção de lucros elevados devido aos baixos custos de produção;
–– aumento da função redistributiva dos Estados, que fomentam o consumo
interno (doc. 3);
–– aproveitamento de uma mão de obra cada vez mais numerosa e mais
qualificada;
–– liberalização do comércio internacional e aumento do volume do comércio
mundial (doc. 2);
–– desenvolvimento da produção em massa e da sociedade de consumo, num
contexto de forte crescimento demográfico;
–– incremento das trocas internacionais com países exportadores de matérias-primas baratas, com reflexos no reforço da dicotomia Norte-Sul.
Construção do Estado-Providência no segundo pós-guerra
–– defesa de políticas de intervenção do Estado na economia e no equilíbrio
social OU afirmação do papel do Estado regulador e promotor do bem-estar e
da justiça social (doc. 3);
–– contributo da social-democracia, combinando a economia de mercado com o
alargamento das funções sociais do Estado (doc. 3);
–– contributo da democracia-cristã baseada na doutrina social da Igreja, com
vista à justiça e à solidariedade;
–– desenvolvimento e consolidação do Estado-Providência no Reino Unido –
criação do Serviço Nacional de Saúde gratuito;
–– generalização dos sistemas públicos de educação, de segurança social e de
saúde;
–– contributo da repartição mais equitativa da riqueza, promovida pelo Estado-Providência, para a prosperidade económica (doc. 3);
–– crescimento das estruturas governamentais, do funcionalismo público e das
despesas dos Estados (doc. 4).
Afirmação do neoliberalismo a partir da década de 1980
–– abrandamento do crescimento económico do mundo capitalista após a crise
económica dos anos 70 (doc. 2);
–– emergência do neoliberalismo como reação ao keynesianismo OU surgimento
de doutrinas defensoras da redução do papel do Estado na economia (doc. 4);
–– aplicação do modelo neoliberal no Reino Unido, durante os governos de
Margaret Thatcher, e nos EUA, durante as presidências de Ronald Reagan;
* Descritores apresentados nos Critérios Gerais de Classificação.
(Continua na página seguinte)
Prova 623/2.ª F. • Página C/9/ 13
(Continuação)
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Níveis*
1
2
3
38
41
43
31
34
36
–– ênfase dada à redução das despesas do Estado no sector da proteção social
e no funcionalismo público (doc. 4) OU forte preocupação com a redução dos
défices públicos através da redução das despesas do Estado (doc. 4);
–– adoção de programas de privatização de empresas estatais e redução
do investimento público, como formas de garantir um desenvolvimento
sustentado (doc. 4);
–– adoção de políticas de redução da fiscalidade e de combate à inflação;
–– desregulação do mercado laboral OU facilitação da mobilidade da mão de
obra;
–– quebra da influência social e política dos sindicatos;
–– liberalização dos capitais e domínio das grandes empresas multinacionais
OU transnacionais;
–– defesa do papel dos mercados globais abertos na promoção do
desenvolvimento (doc. 4) OU promoção da globalização das trocas em todos
os polos económicos mundiais;
–– crença no efeito «mão invisível» dos mercados na redistribuição do
rendimento e no combate à pobreza (docs. 3 e 4);
–– forte investimento nos sectores da investigação científica e das tecnologias
de comunicação;
–– críticas ao neoliberalismo pelos efeitos causados no aumento das
desigualdades sociais, no crescimento do desemprego e da pobreza (doc. 3)
OU denúncia da ameaça de destruição do Estado social construído após a
Segunda Guerra Mundial (doc. 3).
•• Integração, de forma oportuna e sistemática, dos quatro documentos.
Níveis
•• Utilização adequada e sistemática da terminologia específica da disciplina.
6
Nível intercalar
•• Desenvolvimento do tema «Desenvolvimento económico e progresso social no
mundo ocidental do segundo pós-guerra aos anos 90 do século XX», abordando,
por referência ao nível 7:
5
–– dois aspetos de cada um dos tópicos (2/2/2);
OU
–– três aspetos de um dos tópicos, dois aspetos de outro dos tópicos e um
aspeto do outro tópico (3/2/1);
OU
–– três aspetos de cada um de dois dos tópicos (3/3/0);
OU
–– dois aspetos de cada um de dois dos tópicos e um aspeto do outro tópico
(2/2/1);
OU
–– três aspetos de um dos tópicos e dois aspetos de outro dos tópicos (3/2/0);
OU
–– três aspetos de um dos tópicos e um aspeto de cada um dos outros tópicos
(3/1/1).
•• Integração, de forma oportuna, de três documentos.
•• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
* Descritores apresentados nos Critérios Gerais de Classificação.
(Continua na página seguinte)
Prova 623/2.ª F. • Página C/10/ 13
(Continuação)
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
4
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Nível intercalar
Níveis*
1
2
3
24
27
29
17
20
22
10
13
15
3
6
8
•• Desenvolvimento do tema «Desenvolvimento económico e progresso social no
mundo ocidental do segundo pós-guerra aos anos 90 do século XX», abordando,
por referência ao nível 7:
3
Níveis
–– um aspeto de cada um dos tópicos (1/1/1);
OU
–– três aspetos de um dos tópicos (3/0/0);
OU
–– dois aspetos de um dos tópicos e um aspeto de outro dos tópicos (2/1/0);
OU
–– um aspeto de cada um de dois dos tópicos (1/1/0);
OU
–– dois aspetos de um dos tópicos (2/0/0).
•• Integração, de forma oportuna, de dois documentos.
•• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
2
Nível intercalar
•• Apresentação genérica de aspetos referidos no nível 7.
1
•• Incipiente integração de documentos, por referência ao solicitado.
•• Utilização pouco rigorosa da terminologia específica da disciplina.
* Descritores apresentados nos Critérios Gerais de Classificação.
Prova 623/2.ª F. • Página C/11/ 13
GRUPO III
1.  .................................................................................................................................................... 20 pontos
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Níveis*
1
2
3
18
19
20
15
16
17
12
13
14
9
10
11
6
7
8
•• Referência clara de três dos seguintes aspetos que, segundo o autor, evidenciam
o «inegável sucesso» da Revolução do 25 de Abril:
5
–– carácter pacífico e não violento da revolução OU associação entre a
«Revolução dos Cravos» e o não derramamento de sangue;
–– mudança de regime político com o derrube da ditadura do Estado Novo OU
instituição de um regime democrático e pluralista («democratizar»);
–– reconhecimento do direito à autodeterminação dos povos das colónias
(«descolonizar»);
–– contributo para o progresso económico e social do país («desenvolver»);
–– influência na transição democrática espanhola;
–– aproximação entre os Estados e os povos ibéricos.
•• Interpretação completa do documento, por referência ao solicitado.
Níveis
•• Utilização adequada e sistemática da terminologia específica da disciplina.
4
3
Nível intercalar
•• Referência de dois dos aspetos que, segundo o autor, evidenciam o «inegável
sucesso» da Revolução do 25 de Abril, indicados no nível 5.
•• Interpretação incompleta do documento, por referência ao solicitado.
•• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
2
Nível intercalar
•• Apresentação genérica de aspetos referidos no nível 5.
1
•• Incipiente interpretação do documento, por referência ao solicitado.
•• Utilização pouco rigorosa da terminologia específica da disciplina.
* Descritores apresentados nos Critérios Gerais de Classificação.
Prova 623/2.ª F. • Página C/12/ 13
2.  .................................................................................................................................................... 30 pontos
Descritores do nível de desempenho
no domínio específico da disciplina
Descritores do nível de desempenho no domínio
da comunicação escrita em língua portuguesa
Níveis*
1
2
3
27
29
30
22
24
25
17
19
20
12
14
15
7
9
10
•• Explicação clara de três das seguintes características da política externa
portuguesa após o 25 de Abril de 1974:
5
Níveis
–– procura de um clima de aceitação e de reconhecimento internacionais, pondo
fim ao isolamento de Portugal das décadas anteriores;
–– reconhecimento da independência das colónias, dando cumprimento a um dos
principais objetivos da Revolução do 25 de Abril (doc.) OU negociação com
os movimentos de libertação, considerados os representantes legítimos dos
seus povos;
–– denúncia da ocupação de Timor-Leste pela Indonésia e defesa, no contexto
internacional, dos interesses dos timorenses;
–– início do processo de integração de Portugal na Europa Comunitária, como
membro de pleno direito (doc.), participando ativamente no aprofundamento
da integração económica, social e política;
–– aprofundamento das relações diplomáticas, políticas e económicas entre
Portugal e Espanha, na sequência da transição para a democracia em ambos
os países (doc.);
–– estreitamento dos laços entre Portugal e a América Latina, no quadro da
Comunidade Ibero-Americana, visando desenvolver o intercâmbio em vários
domínios e promover o relacionamento com a União Europeia (doc.);
–– estabelecimento de relações diplomáticas e de cooperação entre Portugal e
as suas ex-colónias (doc.), reforçando-se os laços económicos e culturais;
–– criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) (doc.),
organização que integra os PALOP, Portugal, Brasil e Timor-Leste e que visa
promover a defesa da língua OU a cooperação económica, política e cultural.
•• Interpretação completa do documento, por referência ao solicitado.
•• Utilização adequada e sistemática da terminologia específica da disciplina.
4
3
Nível intercalar
•• Explicação clara de duas das características da política externa portuguesa após
o 25 de Abril de 1974, referidas no nível 5.
•• Interpretação incompleta do documento, por referência ao solicitado.
•• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina.
2
Nível intercalar
•• Apresentação genérica de aspetos referidos no nível 5.
1
•• Incipiente interpretação do documento, por referência ao solicitado.
•• Utilização pouco rigorosa da terminologia específica da disciplina.
* Descritores apresentados nos Critérios Gerais de Classificação.
Prova 623/2.ª F. • Página C/13/ 13

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