ec-inter-01 - Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da

Transcrição

PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA
DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE
2009
Presidência da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Miguel Jorge
Ministro
Secretaria de Tecnologia Industrial
Francelino Grando
Secretário
Banco da Amazônia
Abidias José de Sousa Júnior
Presidente
Federação das Indústrias do Estado de Rondônia
Denis Roberto Baú
Presidente
Gilberto Baptista
Superintendente
Instituto Euvaldo Lodi
Nazareno Barbosa
Superintendente
Secretaria de Tecnologia Industrial
PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE
EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE
2009
Banco da Amazônia
Porto Velho, RO
2009
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(Lei no. 9.610)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Brasil. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente 2009 /
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. – Rondonia: Banco da Amazônia/FIERO,
2009.
358p.
1. Desenvolvimento Sustentável – Amazônia. 2. Meio Ambiente – Amazônia. Empreendedorismo
Consciente – Amazônia. 4. Amazônia – Desenvolvimento. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior.5. Banco da Amazônia. 6. Federação das Indústrias do Estado de Rondônia. III.
Titulo.
AGRADECIMENTOS
As entidades promotoras do Prêmio Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de
Empreendedorismo Consciente – Edição 2009 agradecem aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento; Ciência e Tecnologia; Defesa; Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Integração
Nacional; Meio Ambiente; Minas e Energia; Relações Exteriores; Saúde; Turismo; Associação Brasileira
das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti); Ação Pró-Amazônia; Amazon SAT; Banco Itaú; Basf,
Grupo Bemol/Fogás; Confederação Nacional da Indústria (CNI); Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (Confea); Eletronorte; Honda; Natura, Nokia, O Boticário, Pirelli, Secretaria de
Estado de Ciência e Tecnologia do Amazonas, Siemens, SIMPI/RO, Superintendência da Zona Franca de
Manaus (Suframa), Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), TAM Linhas Aéreas,
Energia Sustentável do Brasil, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae),
Governo do Estado de Rondônia, Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Pará (Fapespa), Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac) pelo apoio ao Prêmio e à edição
desta publicação.
Agradecimentos especiais à Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero).
O estado de Rondônia tem a honra de sediar a 6ã edição do Prêmio Samuel Benchimol, agora
com a versão conjunta do, não menos importante, Prêmio Banco da Amazônia de Empreendedorismo
Consciente.
E a satisfação é ainda maior quando a Fiero pode ombrear os esforços na cogestão dessa
iniciativa, orientada para promover a reflexão sobre as perspectivas econômicas, tecnológicas,
ambientais, sociais e o empreendedorismo para o desenvolvimento sustentável da região amazônica.
Os resultados alcançados são a prova mais eloquente desse profícuo trabalho. Foram
apresentadas 261 propostas, com um acréscimo de cerca de 60% daquelas apreciadas na edição do ano
passado. Foram quase quatro mil folhas em tamanho A4 de ideias sobre o desenvolvimento da região,
vindas de diferentes partes do Brasil e até do exterior.
Isso tudo ratifica o quão somos importantes e é compreendida a máxima de que a nossa
Amazônia é solução para os brasileiros e para o mundo, e não problema.
Os Prêmios Samuel Benchimol, homenagem ao maior pensador contemporâneo do
desenvolvimento sustentável da Amazônia, e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Sustentável,
ligado à instituição pública financeira que mais entende da região, aproximam governo e iniciativa
privada. O primeiro, com políticas públicas e linhas de financiamento acessíveis aos médios, pequenos e
microprodutores, e o segundo, com investimentos em soluções ligadas à biotecnologia, inovação
tecnológica, consolidação e implantação de programas de incubadoras de empresas, parques e poios
tecnológicos, em continuidade às ações prioritárias de nosso desenvolvimento.
Soluções concorrentes
Neste ano participaram, como já dito, 261 projetos ligados à: produção orgânica no campo;
novas técnicas em manejo florestal, inclusive, com o uso da informática e da inteligência artificial;
reutilização de áreas alteradas; descontaminação de águas e solos; melhoria da produtividade da
pecuária bovina; técnicas de viabilidade e de sustentabilidade ambiental, social e econômica;
tecnologia ecológica; ecoturismo; arquitetura e construção civil sustentável; extrativismo ecológico;
sistemas silvipastoris; artesanato; estudo do clima; organizações produtivas; sistemas de energia;
biogás; produção de óleos; microeletrônica na qualificação de produtos da biodiversidade; secagem de
produtos por atomização; domesticação de espécies vegetais. Enfim, uma gama de contribuições para
o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Esta coletânea traz um resumo de todos esses projetos.
Como nas edições anteriores, o mais importante de tudo isso é a assinatura dos autores dos
projetos, em sua grande maioria, oriundos de instituições com larga experiência em pesquisa, como:
Embrapa, universidades, IN PA, Fucapi, Eletronorte, associação de produtores, fundações, institutos
privados.
Comissão julgadora
Os prêmios, apoiados por 11 ministérios e o Banco da Amazônia, têm uma Comissão
Julgadora, instância final de análise, para apreciação dos projetos concorrentes. É composta por
secretários-executivos e diretores de ministérios, secretários de governos de estado, reitores,
dirigentes de bancos, empresários, especialistas de instituições públicas, pesquisadores, que, além das
apreciações dos projetos por seu pessoal, reforçam a análise, buscando subsídios maiores para as
avaliações, contratando, a cada ano, uma empresa de consultoria para apreciação técnica minuciosa
dos projetos, sopesando cada critério do regulamento (benefícios a serem gerados, relação custobenefício, prazo, originalidade, coerência com políticas públicas, viabilidade financeira, atratividade
tecnoeconômica) e, ainda, a valoração da estimativa de investimentos apresentada e o grau de
atratividade de capital trazido pela proposta para financiamento de sua implementação, dentro da
razão maior do fazer- acontecer. São subsídios para uma avaliação consciente.
Agraciados
Resultados de todos esses esforços foram agraciados:
Na categoria ambiental:
1º Colocado
Candidato: Affonso Celso Gonçalves Júnior
Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Estado: Paraná
Título do projeto: Descontaminação e monitoramento de águas e solos na região amazônica utilizando
materiais absorventes alternativos, visando à remoção de metais pesados tóxicos e pesticidas
2º Colocado
Candidato: Eduardo Freire Nakamura
Instituição: Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi)
Estado: Amazonas
Título do projeto: ANURA – Monitoramento de anuros baseado em redes de sensores sem fio para
avaliação precoce de estresse ecológico em ambientes de floresta tropical
3º Colocado
Candidatos: Idelfonso Generoso da Silva e Madalena de Abreu Melo Silva
Instituição: Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof)
Estado: Acre
Título do projeto: Sistema de produção agroecológico integrado sem fogo para agricultores familiares
na Amazônia
Na categoria Econômica/Tecnológica:
1º Colocado
Candidatos: Renata Valeriano Tonon, Miriam Dupas Hubinger
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Faculdade de Engenharia de Alimentos
Estado: São Paulo
Título do projeto: Aplicação da tecnologia de membranas e da secagem por atomização para a
obtenção de produtos funcionais com alto valor agregado a, partir do açaí
2º Colocado
Candidato: José Roberto Casarini
Instituição: Centro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo Industrial de Manaus – CT-PIM
Estado: Amazonas
Títuio do projeto: Incorporação da microeletrônica na qualificação de produtos da biodiversidade
3º Colocado
Candidatos: João Tito Borges, Luiz Felipe de Araújo Bastos e Ozely de Souza Oliveira
Instituição: Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial
Estado: Amazonas
Título do Projeto: Desenvolvimento de equipamento para manutenção e transporte de alevinos
Na categoria Social:
1º Colocado
Candidatos: Jun Alex Yamamoto e Cristiano Andrey Souza do Vale
Instituição: Prefeitura Municipal de Porto Velho – Coordenadoria Municipal de Turismo
Estado: Rondônia
Título do projeto: Ecoturismo na Reserva Extrativista do Lago do Cuniã: ferramenta para melhoria da
qualidade de vida da comunidade local
2º Colocado
Candidatos: Marilene de Sá Ribeiro e Ruy Alexandre de Sá Ribeiro
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA)
Estado: Amazonas
Título do projeto: Modelo de vila-escola sustentável
3º Colocado
Candidato: Lucélida de Fátima Maria da Costa
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas
Estado: Amazonas
Título do projeto: Trançando possibilidades
Na categoria Empreendedorismo Consciente – Intermediário
1º Colocado
Candidato: Ana Lélia Beltrame
Instituição: Consulado do Brasil em Caiena
País: Guiana Francesa
Título do projeto: Observatório para o empreededorismo sustentável e integração bilateral espontânea
entre Brasil e Guiana Francesa: primeira fase – região transfronteiriça entre St Georges de I' Oyapoc e
Oiapoque
Na categoria Empreendedorismo Consciente – Sênior
1º Colocado
Candidato: Ning Labbish Chao
Instituição: Universidade Federal do Amazonas
Estado: Amazonas
Título do projeto: Eco-Amazon Piabas do Rio Negro, um empreendimento coletivo de estabelecer uma
cadeia de comércio "verde" de peixes ornamentais do Amazonas
Na categoria Personalidades:
Homenageada: Berta Becker
Instituição: Professora Emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Estado: Rio de Janeiro
Indicação: Ministério da Integração Nacional
Considerações finais
Vencida a etapa de eleição e premiação dos trabalhos, o desafio, agora, é aproximar o setor
empresarial dos projetos de realce com o objetivo de estimular e agilizar a contratação das melhores
ideias, além das premiadas.
É um trabalho que faremos – organização técnica e federações – com muito entusiasmo.
Parabéns aos premiados e, por que não, a todos os concorrentes, que, com suas participações,
só fizeram engrandecer o concurso.
Denis Roberto Baú
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero)
O Banco da Amazônia vem atuando como copatrocinador do Prêmio Professor Samuel
Benchimol desde a sua concepção em 2004. Nos sucessivos processos de seleção de propostas, procura
se fazer presente, apresentando os seus votos aos projetos que expressassem maior alinhamento com
às políticas de desenvolvimento da Amazônia.
A gestão eficiente desse Prêmio, sob a coordenação partilhada do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e das Federações de Indústria e Comércio dos
Estados do Amazonas, Pará, Roraima, Acre, Tocantins e Rondônia, assegurou, ao longo de seus seis
anos de existência, a credibilidade para que as diferentes instituições patrocinadoras abaixo
renovassem anualmente a sua continuidade:
Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológicas (Abipti), Ação Pró-Amazônia,
Amazon SAT, Basf, Grupo Bemol, Banco do Brasil, Brasil Telecom, Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (Confea), Eletronorte, Fogás, Honda, Instituto Evaldo Lodi, Banco Itaú, Natura,
Nokia, O Boticário, Pirelli, Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Amazonas, Siemens,
SIMPI/RO, Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Superintendência do
Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), TAM Linhas Aéreas, Energia Sustentável do Brasil, Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Governo do Estado de Rondônia,
Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Amazonas (Fapeam), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa), Fundação de
Tecnologia do Estado do Acre (Funtac).
É fato a constatação do crescimento do número das candidaturas e a adesão de cientistas de
renome internacional a essa singular e forte iniciativa que homenageia um dos maiores e mais dignos
pensadores da Amazônia, o Professor Samuel Benchimol.
Consciente desse sucesso, o Banco da Amazônia apoiou a iniciativa do MDIC e da Federação
das Indústrias do Estado de Rondônia para que, em 2009, fosse retomado o importante Prêmio Banco
da Amazônia de Empreedendorismo Consciente, promovido em 2005 e, neste ano, realizado em
conjunto com o Prêmio Professor Samuel Benchimol.
Essa junção confirma as palavras do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva, quando ainda no início de seu primeiro mandato, recomendava que se evitasse a
duplicidade de ações e que estas, embora promovidas por uma ou mais instituições, procurassem estar
reunidas, sempre que possível, integradas numa única iniciativa. Esse é um caso concreto de união
exitosa na qual um prêmio complementa o outro.
Uma outra questão importante está no fato de o Banco da Amazônia, a cada ano, apoiar
financeiramente com recursos não reembolsáveis projetos agraciados anteriormente. Assim, em 2009,
foram apoiados os seguintes vencedores da versão 2008 do Prêmio: Matas Ciliares, da Universidade
Federal do Maranhão; Tijolo Vegetal, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia; e Áreas
Protegidas, da Universidade Federal do Acre.
Pela experiência do Banco da Amazônia nessa parceria, percebe-se a necessidade de se exercer
o papel articulador para um maior envolvimento das agências de fomento e fundações estaduais de
amparo à pesquisa na avaliação e possível contratação, em suas respectivas áreas de atuação, dos
projetos agraciados em 2009, bem como nos anos que virão. Esse esforço conjunto, sem dúvidas,
poderá melhor contribuir no processo de desenvolvimento da Amazônia e do nosso país.
Ao longo do ano de 2009, o Banco da Amazônia participou do trabalho de divulgação dos
Prêmios e do estímulo à apresentação de candidaturas, presenciando o crescimento das inscrições, que
se aproximou a 300 projetos inscritos.
Para o certame de 2010, os Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de
Empreendedorismo Consciente contam com a iniciativa do Governo do Estado do Amazonas e da
Federação das Indústrias daquele Estado, que comemora 50 anos de existência.
O livro ora disponibilizado à sociedade relaciona resumo de todos os projetos concorrentes ao
Prêmio Samuel Benchimol/2009, nas áreas ambiental, econômica/tecnológica, social, bem como nas
áreas de empreendedorismo consciente júnior, intermediário e sênior, focados no desenvolvimento
sustentável da Amazônia.
Para o Banco da Amazônia não há dúvida de que o estímulo às reflexões acerca das
perspectivas econômicas, ambientais e sociais para a região consegue, hoje, arregimentar uma gama de
estudiosos e pesquisadores com propostas de soluções para os problemas amazônicos. Isso é
gratificante, pois contribui para o surgimento de alternativas criativas e inovadoras para o
desenvolvimento sustentável da região.
A experiência vem demonstrando que, nem sempre, a exuberância das florestas tropicais é
indicação de condições propícias de solo para o bom desenvolvimento de atividades agropecuárias na
região e por meio da pesquisa amplia-se o conhecimento sobre os ecossistemas da Amazônia,
possibilitando o uso racional do seu patrimônio natural.
Por outro lado, a Floresta Amazônica se destaca pela sua inigualável biodiversidade que, aliás,
é fonte potencial para novos produtos derivados da biotecnologia, resultando em produtos com o selo
amazônico, contribuição da ciência e tecnologia.
Assim, o Banco da Amazônia está convicto de que os Prêmios Professor Samuel Benchimol e
Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente possuem grande papel na geração do
conhecimento, contribuindo para que a Amazônia possa ser desenvolvida em bases mais sustentáveis.
Como agente financeiro do Governo Federal para contribuir no desenvolvimento sustentável
da região, o Banco da Amazônia tem procurado estruturar- se para estar à frente desse desafio que
envolve 11 ministérios, fundações de amparo à pesquisa, secretarias estaduais de ciência e tecnologia,
a Confederação Nacional da Indústria, o Sebrae, o Confea, além das destacadas empresas parceiras já
citadas.
Em nome da Diretoria Executiva e dos funcionários do Banco da Amazônia, expressamos
gratidão a todos os parceiros desta iniciativa e esperamos, a cada momento, estar mais fortalecidos nas
ações de desenvolvimento de nossa Amazônia.
Abidias José de Sousa Júnior
Presidente do Banco da Amazônia
PREFÁCIO
Prêmios Prof. Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente: signos
dos desenvolvimentos sustentáveis da Amazônia e do Brasil
Os fundamentos da obra do Prof. Samuel Benchimol movimentam projetos, programas,
políticas públicas e acordos institucionais, nacionais e internacionais, assentados no paradigma da
sustentabilidade, em todas as escalas, do local à planetária.
Samuel mostrou o poder formador, explicativo, elucidativo, compromissado e transformador
da educação, ciência e tecnologia no desenvolvimento socioeconómico da Amazônia e do Brasil. Criou
estratégias, projetos e programas dirigidos ao ideário do desenvolvimento sustentável.
Questionou a forma de organização da matriz industrial mundial e previu a possibilidade de
desestabilização ecológica, colocando em risco a perenidade da espécie humana e do planeta. Incluiu a
noção sustentabilidade nas pautas educacionais, nas agendas dos planejadores de políticas públicas e
nos discursos políticos, criando uma nova forma de relação do poder público com as questões
ambientais, conciliando a relação do desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, em
forma humanizada e solidária.
Teve um papel insubstituível na construção de nova centralidade política para o conceito de
desenvolvimento regional ao mostrar que sua realização plena se faz a partir dos lugares – do local ao
universal – reforçando as identidades e as histórias, as etnociências e as culturas locais e regionais, ao
contrário das concepções de ampla parcela dos intelectuais e planejadores de políticas públicas
hegemônicas à época.
Criou as bases estruturantes para o desenvolvimento sustentável, localizado e situado,
incrustando a sustentabilidade nas grandes temáticas amazônicas: sustentabilidade x natureza x
cultura; sustentabilidade x inovações x economias; sustentabilidade x territórios x povos;
sustentabilidade x matriz produtiva x serviços ambientais e empreendedorismo; e sustentabilidade x
região x nação x mundo, definindo, dessa forma, as métricas, os ritmos, as conexões e os alcances de
um tipo de desenvolvimento que se propõe a conciliar as contradições do tempo breve associadas às
necessidades básicas do ser humano, e os grandes problemas do tempo longo centrado na construção
de propostas dirigidas à preservação do planeta.
Destaque às suas contribuições dirigidas à construção de modelos de desenvolvimento
sustentável, indicando os seus sentidos e os seus mecanismos de operacionalidade.
Uma viagem pela obra do Prof. Samuel Benchimol nos possibilita identificar um conjunto de
sentidos, por ele atribuídos aos modelos de desenvolvimento sustentáveis, tais sejam: explicitação das
forças econômicas que relacionam o que deve ser conservado, transformado em patrimônio público e o
que deve ser excluído; reafirmação da localidade como expressão das singularidades e das diferenças;
apresentação do progresso como singularidade e como destruição irreversível; reafirmação da ação aos
espaços locais, regionais e às solidariedades mundiais; radicalizou sobre a importância da educação, a
ciência e a tecnologia para o futuro da Amazônia e do Brasil, elegendo prioridades e desafios; criou
também conexões entre a educação e o multicuturalismo, apresentando a ecologia e a preservação
ambiental e os grupos sociais como sujeitos das políticas sustentáveis, acessíveis a todos os
amazônidas.
Analogamente para os seus mecanismos de operacionalidade, no âmbito da Amazônia, tais
sejam: privilegiamento das culturas regionais; planejamento, ocupação e uso do solo e dos
ecossistemas amazônicos integrado às potencialidades regionais e ao conhecimento tradicional;
implantação de arranjos produtivos, plataformas e cadeias científicas e tecnológicas ancoradas em
informações que privilegiem as dimensões humanas integradas aos processos da natureza e ao uso de
múltiplas fontes energéticas; incorporação da educação, em forma humanística e empreendedora, em
todos os processos de mais-valia.
Antecipando o futuro, o Prof. Samuel também problematizou as relações das mudanças
climáticas com o desenvolvimento econômico e com o mercado, reafirmando a importância da
Amazônia, em especial do estado do Amazonas, nesse empreendimento de alcance regional, nacional e
mundial. Construiu elementos teóricos e empíricos voltados à necessidade de ordenamento jurídico e
econômico das políticas ambientais e de seus impactos em nível nacional e internacional. Enfatizava
que a solução do problema de acúmulo excessivo de carbono na atmosfera depende de uma sinergia e
de uma política de mitigação mundial; propôs uma matriz de tributação e monetária para a plataforma
do carbono na Amazônia, dirigida à mitigação dos gases de efeito estufa e entrelaçada ao
desenvolvimento sustentável da região.
O Prof. Samuel Benchimol insistiu e mostrou diversas formas de desenvolver a Amazônia por
meio de sua integração regional e nacional, gerando mais qualidade de vida e renda para as suas
populações.
Sustentabilidade e segurança alimentar; e educação; e artes; e questão de gênero, e energias
alternativas; e habitação; e saúde e saneamento; e comércio solidário, e tecnologias sociais; e uso e
ocupação do solo; e reordenamento socioeconómico rural e urbano; e tecnologias de informação e
comunicação; e bioindústria; e tecnologias de ruptura – desenvolvidas no Polo Industrial de Manaus; e
arranjos produtivos e redes e plataformas tecnológicas industriais, educacionais e de monitoramento e
gestão ambiental; e arranjos e tecnologias apropriadas, e sustentabilidade e cultura, todas elas
permeadas pela inovação e empreendedorismo, são dimensões socioeconómicas que o Prof. Samuel
anunciou como imprescindíveis para a consolidação das políticas públicas sustentáveis na Era Ecológica,
da escala local à mundial, numa perspectiva cidadã e solidária.
As ações empreendedoras e compromissadas do BASA com o desenvolvimento econômico
materializam e movimentam os projetos, os programas e as políticas públicas da Amazônia.
O Júri desta edição elegeu projetos estratégicos para a construção da sustentabilidade na
Amazônia.
Em ordem de classificação, a categoria ambiental contemplou os projetos: "Descontaminação
e monitoramento de águas e solos na região amazônica utilizando materiais absorventes alternativos,
visando à remoção de metais pesados tóxicos e pesticidas", de autoria de Affonso Celso Gonçalves
Júnior, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste-PR; "Monitoramento de anuros baseado
em redes de sensores sem fio para avaliação precoce de estresse ecológico em ambiente de floresta
tropical", proposto por Eduardo Freire Nakamura, da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação
Tecnológica, Fucapi, do estado do Amazonas; e, "Sistema de produção agroecológico integrado sem
fogo para agricultores familiares na Amazônia", submetido por Idelfonso Generoso da Silva e Madalena
de Abreu Melo Silva, da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Seaprof, do estado do
Acre. O alcance técnico e a integração desses projetos com as questões ambientais amazônicas são
elementos que reafirmam suas relevâncias para a região.
Analogamente, a categoria Econômica/Tecnológica classificou, em ordem, os projetos:
"Aplicação da tecnologia de membranas e da secagem por atomização para a obtenção de produtos
funcionais com alto valor agregado a partir do açaí", encaminhado por Renata Valeriano Tonon e
Miriam Dupas Hubinger, da Universidade Estadual de Campinas, Unicamp, estado de São Paulo;
"Incorporação da microeletrônica na qualificação de produtos da biodiversidade", construído por José
Roberto Casarini, do Centro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo Industrial de Manaus, CT-PIM, do
estado Amazonas; e, "Desenvolvimento de equipamentos para manutenção e transporte de alevinos",
proposto por João Tito Borges, Luiz Felipe de Araújo Bastos e Ozely de Souza Oliveira, do Centro de
Incubação e Desenvolvimento Empresarial do Estado do Amazonas. A inovação tecnológica e o caráter
propositivo e empreendedor desses projetos são diferenciais que os qualificam à solução de questões
estratégicas da região.
A categoria social classificou, em ordem crescente, os projetos: "Ecoturismo na reserva
extrativista do Lago do Cuniã – ferramenta para melhoria da qualidade de vida da comunidade local",
submetido por Jun Alex Yamamoto e Cristiano Andrey Souza do Vale, da Prefeitura Municipal de Porto
Velho – Coordenadoria Municipal de Turismo do Estado de Rondônia; "Modelo de vila-escola
sustentável", de autoria de Marilene de Sá Ribeiro e Ruy Alexandre de Sá Ribeiro, do Instituto Nacional
de Pesquisa da Amazônia, INPA, estado do Amazonas; e "Trançando possibilidades" de autoria de
Lucélida de Fátima Maria da Costa da Universidade do Estado do Amazonas. O alcance social desses
projetos, certamente, transbordará sobre as pessoas, as comunidades e os segmentos sociais da
Amazônia, gerando mais qualidade de vida e dignidade social aos sujeitos-foco dos mesmos.
As categorias empreendedorismo consciente intermediário e consciente sênior selecionaram e
premiaram, respectivamente, em primeiro lugar, os projetos "Observatório para o empreededorismo
sustentável e integração bilateral espontânea entre o Brasil e Guiana Francesa – primeira fase: região
transfronteiriça entre St Georges de I' Oyapoc e Oiapoque", submetido por Ana Lélia Beltrame do
Consulado do Brasil em Caiena, na Guiana Francesa; e, "Eco-Amazon Piabas do Rio Negro, um
empreendimento coletivo para estabelecer uma cadeia de comércio verde de peixes ornamentais do
Amazonas", de autoria de Ning Labbish Chao da Universidade Federal do Amazonas do Estado do
Amazonas.
A importância social e econômica do primeiro projeto, numa região de fronteira internacional,
beneficiará diversos grupos sociais da Amazônia profunda, em forma integrada e compartilhada. O
projeto que empreende inovações na piscicultura no Rio Negro propõe-se a criar novos elementos para
o fortalecimento dessa plataforma tecnológica no estado do Amazonas, gerando mais renda e
qualidade de vida para suas populações.
Coroando mais esta edição de escolhas e premiações de projetos identificados e
compromissados com a Amazônia, o Júri indicou a Doutora Berta Becker, na categoria personalidade.
Professora Emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Berta Becker é autora de extensa
obra científica sobre a região. Sua escolha dignifica o conjunto de empreendimentos que dão
sustentação institucional a esta premiação desde sua primeira edição; dignifica também a Amazônia na
perspectiva de se construir um futuro mais promissor e empreendedor para todos os brasileiros.
Esta edição dos Prêmios Prof. Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo
Consciente apreende a gênese do pensamento e da obra do Prof. Samuel Benchimol regionalizando,
nacionalizando e internacionalizando a solução de problemas complexos da Amazônia na perspectiva
amazônica; são 261 propostas dirigidas ao desenvolvimento da Amazônia mostrando o alcance, a
diversidade e a força-motora da obra e do pensamento de um grande brasileiro. Reafirma também a
importância do processo de construção de um lugar da Amazônia no Brasil, com alteridade,
empreendedorismo, inovação e criatividade, irradiando seus desafios e sua complexidade a partir da
sabedoria de seus habitantes e das instituições brasileiras.
Agradecimentos especiais ao Banco da Amazônia, à Fundação de Amparo à Pesquisa do
Amazonas e à Federação das Indústrias do Estado de Rondônia pelo patrocínio deste programa
educacional, científico e tecnológico; e finalmente, é importante destacar o trabalho dedicado e
compromissado do Dr. José Rincon Ferreira e seus colaboradores na organização e desenvolvimento
deste importante empreendimento amazônico.
Manaus, 23 de novembro de 2009.
Prof. Marcílio de Freitas
Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas
SUMÁRIO
O julgamento: manifestação do presidente da Comissão Julgadora
Categoria Empreendedorismo Consciente Junior
Categoria Empreendedorismo Consciente Intermediário
Categoria Ambiental
Categoria Econômica/Tecnológica
Categoria Social
Categoria Personalidade Acadêmica
Composição da Comissão Julgadora do Prêmio Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de
Empreendedorismo Conscientes – 2009
O julgamento: manifestação do presidente da Comissão Julgadora
Neste ano, os Prêmios Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo
Consciente foram integrados e lançados com um único regulamento.
A comissão julgadora, guiando-se pelo regulamento, apreciou os 261 projetos contando
com os subsídios da coordenado do Prêmio que apresentou as propostas consolidadas por
categoria. Os debates, discussões e análise transcorreram normalmente, chegando-se à votação
final.
O julgamento, este ano, aconteceu no estado de Rondônia, na sede da Federação das
Indústrias do Estado, e contou com a presença de professores, pesquisadores, empresários e
demais agentes públicos e privados com experiência e conhecimento da região, além de
representante do MDIC, instituição que coordena as ações da premiacão.
Esperamos ter atingido o objetivo de reforjar em uma única ação o estímulo do governo
federal a solugoes em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Belém, 18 de novembro de 2009.
Eduardo José Lima Cunha
Presidente da Comissão Julgadora Diretor,
no exercício da presidência do Banco da Amazônia
Categoria
Empreendedorismo
Consciente Junior
Propostas recebidas
EC-JUNIOR-01
Candidato: Andrea de Sousa Ferrari
Projeto: A reciclagem de embalagens PET: resultados ambientais, econômicos e sociais e na região
metropolitana de Belém
Instituição: Universidade Federal do Pará
Execução: A usina de reciclagem irá localizar-se em Ananindeua, região metropolitana de Belém,
próxima à BR 316 e que dá acesso ao aterro sanitário do Aurá, facilitando o acesso ao PET prensado e
coletado pelas cooperativas de catadores e outros, além de facilitar o escoamento da produção dos
grãos reciclados.
Descrição resumida do Projeto
A reciclagem das embalagens PET está em ascensão no Brasil. Sua reciclagem, além de desviar
lixo plástico dos aterros, utiliza apenas 0.3% da energia total necessária para a produção da resina
virgem. E tem a vantagem de poder ser reciclado várias vezes sem prejudicar a qualidade do produto
final, resultando em uma atividade econômica integrada com o meio ambiente. Um quilo de garrafas
PET equivale a: 16 garrafas de 2.5 litros, ou 20 garrafas de 2.0 litros, ou 24 garrafas de 1.5 litros, ou 26
garrafas de 1.0 litro, ou 36 garrafas de 600 ml (Fonte: TOMRA/LATASA – Reciclagem S.A.).
A atividade de reciclagem, além de empregos diretos, gera renda para os catadores, sucateiros
e outros trabalhadores que nela atuam. Com o desenvolvimento desse mercado, em todo o Brasil têm
sido criadas muitas cooperativas e associações de catadores de embalagens descartadas.
A produção de resíduos sólidos é um problema para qualquer região metropolitana e o estudo
de alternativas para reduzir o volume a ser destinado aos aterros sanitários possibilita uma melhoria
sensível na qualidade de vida da população, porém uma quantidade mínima desse lixo é reciclado.
Ainda estamos longe de resolver o problema do descarte adequado deste material. Outra questão não
menos incômoda é a crescente urbanização no entorno dos aterros sanitários por pessoas que buscam
nos lixões meios de sobrevivência. O descarte adequado possibilitaria o desvio na busca por materiais
recicláveis em situações menos insalubres.
Como acontece a reciclagem do PET
RECUPERAÇÃO: Nesta fase, as embalagens que seriam atiradas no lixo comum ganham o
status de matéria-prima, o que, de fato, são. As embalagens recuperadas serão separadas por cor e
prensadas. A separação por cor é necessária para que os produtos que resultarão do processo tenham
uniformidade de cor, facilitando, assim sua aplicação no mercado. A prensagem, por outro lado, é
importante para que o transporte das embalagens seja viabilizado, pois o PET é muito leve.
REVALORIZAÇÃO: As garrafas são moídas, ganhando valor no mercado. O produto que resulta
desta fase é o floco da garrafa. Pode ser produzido de maneiras diferentes, e os flocos mais refinados
podem ser utilizados diretamente como matéria-prima para a fabricação dos diversos produtos a que o
PET reciclado dará origem na etapa de transformação. No entanto, há possibilidade de valorizar ainda
mais o produto, produzindo os grãos de PET reciclado. Dessa forma o produto fica muito mais
condensado, otimizando o transporte e o desempenho na transformação.
TRANSFORMAÇÃO: Fase em que os flocos, ou o granulado, serão transformados num novo
produto, fechando o ciclo. Os transformadores utilizam PET reciclado para fabricação de diversos
produtos, inclusive novas garrafas para produtos não alimentícios.
São as seguintes as etapas básicas dessa forma de reciclagem:
•
Sistema de coleta dos descartes (coleta seletiva, coleta municipal, catadores);
•
Separação e triagem dos diferentes tipos de plásticos;
•
Limpeza para retirada de sujeiras e restos de conteúdos;
•
Revalorização (produção do plástico granulado).
Dessa forma, o projeto busca obter uma alternativa de empreendedorismo sustentável e
economicamente viável, influenciando diretamente na preservação do meio ambiente. Pretende, ainda,
contribuir para uma cidade mais limpa e consumir os resíduos que produzimos por meio do trabalho
das cooperativas coletadoras de garrafas PET e reciclagem das embalagens; criar opção de reciclagem
de embalagens PET, na região metropolitana de Belém; e oferecer ao setor industrial matéria-prima
reciclada e reciclável de qualidade, poupando matéria-prima virgem.
Local de execução: A usina de reciclagem irá localizar-se em Ananindeua, região metropolitana
de Belém, próxima à BR 316 e que dá acesso ao aterro sanitário do Aurá, facilitando o acesso ao PET
prensado e coletado pelas cooperativas de catadores e outros, além de facilitar o escoamento da
produção dos grãos reciclados.
EC-JUNIOR-02
Candidato: Dalziza Maria do Rosário
Projeto: O desenvolvimento de eco-hotels na Amazônia Central
Instituição: Turismo Nativo da Amazônia Ltda.
Execução: A empresa tem prevista a ampliação de suas atividades em futuras filiais de Eco-Hostels nos
municípios de Presidente Figueiredo, Novo Airão, Parintins e Maués. A empresa deverá repartir a
sabedoria sobre sustentabilidade, adquirida por meio da implementação deste projeto junto a
comunidades e moradores do entorno, visando à melhoria das condições de vida, a partir de estágios,
cursos e, até mesmo, contratação temporária de pessoal local.
A microempresa Turismo Nativo da Amazônia LTDA. é uma operadora de turismo que procura
uma interação entre a cultura, a natureza, e os cenários paisagísticos aliando a preservação ambiental
com o desenvolvimento sustentável da Amazônia. O Hostel Amazonas fica dentro da cidade de Manaus,
e o Eco-Hostel Amazonas fica num município vizinho, Iranduba. A intenção deste trabalho é instalar
módulos ambientais sustentáveis e produzir alimentos orgânicos nesses locais. Serão desenvolvidos
módulos de compostagem orgânica sanitária e não-sanitária, de formação de adubo biológico, cisternas
para coleta de água de chuva, de reaproveitamento de água cinza, biodigestores, produção de
alimentos orgânicos e estufas para produção mudas de árvores nativas. O desenvolvimento desses
módulos ambientais será o início de uma mudança de comportamento no setor turístico e hoteleiro,
propondo a busca de uma relação harmoniosa dos seres humanos com a natureza amazônica. A prática
dessa filosofia será realizada nesses Hostels, onde as pessoas terão a oportunidade de conviver e
praticar o espírito comunitário e ecológico. Esse conhecimento adquirido será retransmitido às
comunidades e hotéis da região amazônica com equilíbrio, justiça e paz.
EC-JUNIOR-03
Candidato: Érika Cristine Kneib
Projeto: Caracterização de cidades da Amazônia Legal: potencialidades para o desenvolvimento urbano
e regional sustentável
Instituição: Universidade Federal do Tocantins
Execução: Sede do projeto: Palmas, TO, na Universidade Federal do Tocantins. Todavia, serão realizadas
pesquisas em todos os municípios a serem analisados.
Este projeto tem como principal objetivo promover a reflexão sobre os principais problemas e
potencialidades de municípios que compõem a Amazônia Legal. Para tal, parte-se da premissa de que a
caracterização seja ampliada nos contextos estadual e regional, chegando, inclusive, a análises na
esfera nacional. Buscará, portanto, fomentar a integração entre os setores acadêmicos público e
privado; publicar de um livro que procure caracterizar os contextos regional e urbano, em que se
inserem os municípios objeto de análises; contribuir para o direcionamento de políticas públicas
sustentáveis em todos os níveis de atuação.
EC-JUNIOR-04
Candidato: Filippo Culasso; Felipe de Lima e Ferreira; Diogo Pohl Konarski
Projeto: Zero Impacto Soluções Ambientais – Solução ambientalmente correta para os aparelhos
eletroeletrônicos no seu final de vida e marketing ambiental por meio da rádio Zero Impacto, para as
empresas que querem investir em projetos de proteção ambiental
Instituição: Consorzio Ecoped e Coonsorzio Ridomus Execução: Manaus, AM.
O projeto Zero Impacto tem duas atividades principais: uma técnica operacional e outra de
marketing e comunicação.
A primeira visa a recuperar a matéria-prima secundária (aço, alumínio, cobre, plástico, vidro,
placas eletrônicas, etc.), por meio da captação de aparelhos eletroeletrônicos (computadores,
monitores, ar-condicionado, lavadoras, produtos eletrônicos de consumo, etc.) ao final da vida útil,
proveniente da atividade doméstica e de empresas públicas e privadas (atividades profissionais). Os
aparelhos eletroeletrônicos serão tratados por um processo, ambientalmente compatível em todas as
suas fases, com know-how de uma empresa italiana líder de mercado na reciclagem desses produtos. A
matéria- prima secundária obtida será vendida a empresas brasileiras que precisam desse material
como matéria-prima em seu processo industrial. O restante, que precisa de uma tecnologia de
reciclagem mais avançada, será enviado a países europeus para sua destinação ambientalmente
correta.
A segunda atividade visa à comunicação deste projeto econômico-ambiental e outros projetos
de semelhante natureza (nos temas energia renovável, proteção da Floresta Amazônica, reciclagem de
outros tipos de lixos, etc.) por meio da rádio Zero Impacto, com o tema prevalentemente ambiental.
A finalidade desta atividade é vender cotas desses projetos ambientais a qualquer tipo de
empresas para compensar seu impacto ambiental e projetar/realizar campanhas de marketing verde,
por meio da rádio, para empresa investidora voltada a conscientizar os consumidores finais (incluídos
empresas públicas e privadas) ao consumo verde. Os recursos serão arrecadados a partir da venda das
cotas.
EC-JUNI0R-Q5
Candidato: José Wíllane Dantas Ribeiro
Projeto: Viveiro de mudas florestais e conscientização do reflorestamento
Instituição: Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia
Execução: Linha 101 – Jacy-Paraná, RO.
Hoje em toda a região Norte há um grande desfalque de mudas florestais para
reflorestamentos de reserva legal e APP, sendo assim um grande impasse para o mesmo ser realizado.
Porém não basta ter mudas á disposição do mercado, primeiramente o mercado tem que saber que é
necessário o reflorestamento em áreas antropizadas. Pensando nisso, o projeto propõe palestras para
proprietários rurais para que eles possam obter não só o conhecimento da situação da degradação
atual (para que possam se interessar na compra de mudas), mas que saibam também como obter um
maior desenvolvimento de suas áreas reflorestadas.
EC-JUNIOR-06
Candidato: Rafael Felipe Silva Cardoso
Projeto:Programa brasileiro de incentivo ao novo método de comprovante eletrônico de pagamento
com cartões: uma iniciativa para fomentar o desenvolvimento sustentável das Unidades de
Conservação da Amazônia
Instituição:Universidade Estadual de Campinas
Execução: O projeto será executado em âmbito nacional e os resultados provenientes da redução de
custos das empresas administradoras de cartões e da negociação dos créditos de reposição serão
direcionados para as Unidades de Conservação do Amazonas.
No cenário nacional vemos que muitas empresas procuram a sustentabilidade como forma de
se adequar ao novo modelo econômico e, também, tentam encontrar novos investidores que alocam seu
capital em empresas socialmente e ambientalmente responsáveis. Com isso, o presente projeto tem
como objetivo estruturar um programa de redução do uso de papel para impressão do comprovante
eletrônico de pagamento (recibo não-fiscal) emitido por empresas administradoras de cartões nas
compras a débitos, créditos, com vale-refeição e ticket-refeição. O objetivo será atingido por meio de
uma campanha focada no consumidor final no incentivo à dispensa da impressão do recibo não-fiscal
como atitude de colaboração na preservação da Floresta Amazônica.
A questão decisiva reside na conscientização dos consumidores que ao deixarem de demandar
esses comprovantes, acabarão por financiar diretamente um incremento no valor dos recursos
destinados ao Programa Bolsa Floresta da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que é fonte de renda
nas Unidades de Conservação da Amazônia.
No atual estágio de evolução do Sistema de Pagamento Brasileiro, para a emissão do referido
comprovante, via do consumidor, são necessárias aproximadamente 32 mil árvores, totalizando 20
hectares, ou ainda, a área equivalente a cerca de 51 campos de futebol. De forma a minimizar o uso de
árvores para esse fim, pode-se não emitir mais os comprovantes de pagamento, sendo que o seu
conteúdo pode ser informado no cupom fiscal já emitido pela grande maioria dos estabelecimentos
e/ou via e-mail.
Os benefícios ambientais e econômicos são diversos para as empresas administradoras de
cartões envolvidas no projeto. Nos estabelecimentos que aceitam cartões como meio de pagamento,
quem arca com os custos do rolo de papel termossensível do tipo PDV são as próprias administradoras
de cartão. Para essas empresas, os ganhos são financeiros porque ocorre diminuição das despesas
operacionais com compras de papel termossensível. O montante correspondente ò redução de custos
gerado pelas empresas administradoras de cartões poderá ser destinado ao incremento dos recursos
para manutenção dos programas do Bolsa Floresta, em específico o Bolsa Floresta Familiar, uma vez
que o mesmo é financiado pelos rendimentos de um fundo de aplicação financeira, no valor
aproximadamente de 53 milhões, do FAS. Os recursos que compõem o fundo foram doados pelo Banco
Bradesco e pelo governo do Amazonas.
Com isso os principais bancos que controlam as empresas administradoras de cartões, como
por exemplo, a Visanet controlada pelo Banco Bradesco e a Redecard controlada pelo Banco Itaú
Unibanco, poderão doar deforma voluntária a redução de custos.
A transferência dos recursos será feita de maneira gradual, conforme as empresas
administradoras de cartões forem reduzindo seus custos, por meio da participação da população
nacional ao programa.
E, por consequência, a adesão voluntária das empresas administradoras de cartão se justifica
pelos ganhos que as empresas e os bancos associados terão quanto a: sustentabilidade, reforço de
marca, certificações ambientais e novos padrões contábeis.
A economia de árvores gerada com a adesão dos consumidores gerará reflexos fundamentais
na Amazônia. Dentre eles podemos destacar a diminuição do desmatamento, manutenção da
biodiversidade da fauna e flora e, principalmente, a utilização do total de hectares salvos por ano que
poderão ser utilizados como parâmetro (métrica) para a Amazônia vender créditos de reposição. Em
outras palavras, poderá ser estruturado um sistema de negociação de créditos de reposição aprovado
pelo governo do Amazonas e administrado pelo Banco da Amazônia.
Em suma, no contexto do uso crescente das transações eletrônicas, a conscientização da
população nacional quanto à economia de papel estará ajudando ao desenvolvimento sustentável da
Amazônia de forma indireta. Com isso, abrem-se novas perspectivas para aumentar os recursos
direcionados aos programas sociais. Os resultados certamente estimularão a crescente conscientização
da população local, que vive do extrativismo da madeira, para explorar a região amazônica
economicamente em "pé" e não por meio do desmatamento.
Categoria Empreendedorismo
Consciente Intermediário
Propostas Recebidas
EC-INTER-01
Candidato: Ademir Castro e Silva
Projeto: Produção de Tanase por fungos coletados na região do Médio Amazonas, no município de
Parintins
Execução: Centro de Estudos Superiores de Parintins (CESP)
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Recursos Naturais- MBT.PIN.
Tanase (Tanino acil hidrolase) (E.C: 3.1.1.20) é uma enzima que hidrolisa ésteres e ligações
laterais de taninos hidrolisáveis, e pode ser obtida a partir de fontes vegetal, animal e microbiana. A
tanase (TAH) está presente em muitas plantas ricas em taninos, principalmente em suas frutas, folhas,
galhos e nas cascas. É uma enzima extracelular, induzivel, produzida na presença de ácido tônico por
fungos, bactérias e leveduras.
A enzima tem vasta aplicação na indústria de alimentos, principalmente sucos, cervejaria,
cosméticos, farmacêutica e indústria química, sendo principalmente utilizada para produção de ácido
gálico, chás instantâneos, na estabilização da coloração de vinhos, refrigerantes à base de café,
processo de tratamento de couro, detanificação de alimentos e para tratamento de efluentes na
indústria de couros.
O projeto buscará selecionar linhagens fúngicas produtoras de Tanino Acil Hidrolase e testar as
melhores linhagens em substratos provenientes de resíduos florestais ricos em taninos por meio de
fermentação sólida.
EC-INTER-02
Candidato: Ademir Castro e Silva
Projeto: Avaliação e seleção de fungos amazônicos com potencial biotecnológico para degradar
compostos recalcitrantes do chorume in natura do lixão municipal de Parintins, AM
Execução: Centro de Estudos Superiores de Parintins – CESP/UEA Lab. de Microbiologia- e Lab., de
Química em Parintins – Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Lab. de Biorgânica Manaus.
O presente projeto propõe o uso de fungos amazônicos como ferramenta ambiental,
representada por um produto composto por um conjunto de enzimas com potencial para degradar
compostos recalcitrantes do chorume produzido no lixão do município de Parintins-AM. Este produto
estará contribuindo para minimizar os impactos negativos produzidos pelo acúmulo de resíduos sólidos
gerados a partir dos processos de biodeterioração, o chorume. Essa ferramenta ambiental somada as
políticas ambientais locais poderá contribuir para que os efeitos negativos da liberação do chorume in
natura no ambiente sejam minimizados no município, podendo ser aplicada em outros municípios do
estado do Amazonas onde existe lixão a céu aberto.
EC-INTER-03
Candidato: Alexsandro Moreira Gonçalves; Akimitsu Fukushima; Cláudio Raimundo Kovalski Kaminski e
Yuri Barreto Kaminski.
Projeto: Água – Floresta – Alimento. Sistema integrado de produção de fertilizantes agroecológicos com
a utilização dos resíduos das indústrias do comércio e urbano
Instituição: Instituto de Pesquisa e desenvolvimento da Amazônia (Ipdam)
Execução: Belém, PA.
O Brasil possui um das maiores áreas agricultável do mundo e importa de 70% a 90% por cento
dos insumos para produção de fertilizantes, tornando a agricultura brasileira insustentável
principalmente para o pequeno produtor elevando desta forma o preço dos alimentos e reduzindo sua
competitividade no mercado mundial.
Temos grandes áreas para a produção agrícola, mas nossos solos são fracos e para completar
grandes áreas em processo de degradação. O Brasil precisa urgentemente ampliar o mais rápido
possível a oferta de fertilizantes e nutrientes agroecológicos para a produção de alimentos limpos e
saudáveis ao ser humano.
Os principais fertilizantes para o setor agrícola são nitrogênio, fósforo e potássio. Mas é
apenas em nitrogênio e fósforo que o Brasil pode crescer. Nós temos limitações. "Para produzir
fertilizantes precisamos de jazidas para explorar".
A implantação do sistema de produção de fertilizantes agroecológicos e a sua futura expansão
em parceria com o Ipdam será uma quebra de paradigmas que trará benefícios de maneira sustentável
fortificando o pequeno produtor, criando uma malha de práticas comerciais internas saudáveis e
rompendo com as dependências históricas da região.
O projeto em tela buscará, portanto, a produção de fertilizantes agroecológicos utilizando
resíduos industriais, comerciais e urbanos; a produção de fungicidas e inseticidas agroecológicos e
biológicos utilizando as plantas medicinais; a produção de alimentos e energia renovável de maneira
limpa e sustentável; a redução dos impactos ambientais oriundos do atual sistema de produção
agropecuária; a recuperação das áreas degradadas, criando condições propícias para a produção
agrícola e diminuindo a necessidade de desmatamentos de novas áreas; o aumento de produtividade e
qualidade da produção agrícola; o desenvolvimento de ações para o cultivo, manejo sustentável, a
produção, e o uso de plantas medicinais e fitoterápicas, considerando as experiências dos produtores e
suas diferentes formas de organização; a facilidade na certificação e rastreabilidade dos produtos
agrícolas; a obtenção de crédito de carbono; a difusão e o incentivo do uso de fertilizantes orgânicos em
toda a Amazônia; e a contribuição para a implementação de políticas de integração com todos os países
que integram o Tratado de Cooperação Amazônica (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru,
Suriname e Venezuela).
EC-INTER-04
Candidato: Ana Lélia Beltrame
Projeto: Observatório para o empreendedorismo sustentável e integração bilateral espontânea entre
Brasil e Guiana Francesa: Primeira fase – região transfronteiriça entre St Georges de 1'Oyapoc e
Oiapoque
Instituição: Consulado do Brasil em Caiena
Execução: A direção dos trabalhos, estocagem e tratamento dos dados se fará a partir de Caiena, nos
locais do Consulado do Brasil (parceiro na proposta).
1. Prevê-se o estabelecimento de antenas de monitoramento em cada uma das regiões estudadas
(primeira fase: região do Oiapoque).
2. O estabelecimento de uma antena de estudos setoriais do Sebrae Nacional na Guiana seria
particularmente interessante e desejável pelas facilidades de compartilhamento de sistemas de
dados e diálogo com os especialistas em Brasília.
A coleta de dados se fará em campo, isto é, com instalação provisória dos estagiários na região-alvo.
A Guiana Francesa, tal como Piantoni (2009) a define, é uma periferia singular dentro do espaço
ultramarino francês e europeu. A região apresenta características de uma estrutura enclausurada
reveladora de um espaço apropriado mas não integrado, dirigido por uma ligação exclusiva e
monovalente com o centro tutelar metropolitano. A partir da década de 90 a região apresenta sinais de
uma crise estrutural global, revelada por movimentos migratórios espontâneos brasileiro, haitiano e
surinamês. Com a adoção de um sistema de proteção nuclear, as regiões fronteiriças a leste com o Brasil
e a oeste com o Suriname apresentam-se como espaços migratórios transitórios aonde vão se instalar
as comunidades informais desenvolvendo uma economia informal.
Com a iniciativa franco-brasileira ainda na gestão do Presidente Chirac e consolidada mais
recentemente pelos Presidentes Sarcozy e Lula, a construção de uma ponte sobre o Rio Oiapoque é
iminente, ligando assim, os dois países e os dois continentes, europeu e sul-americano. Uma ação
simbólica certo, mas de grandes repercussões para a Guiana Francesa. Assim, uma constatação se
impõe com vistas ao desenvolvimento econômico e sustentável da região, diretamente ligada à
proteção e exploração consciente dos recursos naturais e ao desenvolvimento social local. Espera-se que
grande parte da economia local, porque informal, seja profundamente abalada pelo processo de
desenvolvimento regional. Isto é, a informalidade empresarial constituirá sérias barreiras
mercadológicas para os pequenos empresários, excluindo-os inexoravelmente do eixo de transações
com a Europa e destruindo o tecido comercial local em benefício de grandes empresas que virão ocupar
esse espaço privilegiado.
Para atender à necessidade estratégica de informações sobre o acima exposto, esta proposta
de projeto visa à criação de um Observatório Regional para levantar e monitorar dados sobre o
empreendedorismo na região transfronteiriça entre St Georges de l'Oyapoc (Guiana Francesa) e
Oiapoque (Brasil). As áreas contempladas serão as de móveis e madeira, pesca, hotelaria e turismo.
Essa região-alvo foi escolhida para compor a primeira fase deste projeto porque se trata da mais
diretamente afetada pela criação da ponte, todavia há de se lembrar que, apesar de não ser objeto
desta proposta, há outras comunidades brasileiras, nas mesmas condições, instaladas em território
francês. A missão do Observatório não se limitaria, portanto, no tempo, a esta presente proposta.
A criação de uma estrutura-observatório em território francês, e sob a tutela/parceria com uma
entidade governamental brasileira (Consulado Geral do Brasil em Caiena), é uma escolha consciente e
apropriada com vistas á proteção dos dados e dos cidadãos brasileiros residentes tanto de um lado
como de outro da fronteira. Cabe ainda ressaltar que, como as atividades de monitoramento em
empreendedorismo sustentável não é função do Órgão consular em questão, a participação de outras
entidades nacionais e agências financiadoras será incentivada no sentido de perpetuar a ação e de
futuros subsídios ao projeto.
Metodologicamente, a coleta de dados será feita por estagiários devidamente treinados na
aplicação de formulários de entrevista. Os questionários serão previamente submetidos a critérios de
avaliação já comprovados por técnicas de pesquisas de campo. A coleta de dados será feita a priori em
duas campanhas anuais e periódicas procurando levantar informações sazonais sobre o potencial, a
flutuação e a expectativa de vida das empresas/negócios da região.
A estocagem dos dados será feita em sistemas de gestão de bases de dados escolhidos em
conformidade com as necessidades funcionais do projeto e disponibilizando os dados a distância aos
pesquisadores que aderirem ao projeto e sob compromisso de publicação de artigos e trabalhos
científicos sobre o assunto. Apenas a esses trabalhos finais o grande público terá livre acesso pela
Internet. A criação de uma publicação eletrônica para a divulgação dos trabalhos poderá constituir o
principal canal de divulgação dos resultados obtidos sem excluir os canais formais já existentes.
O retorno das ações do projeto será mensurado a partir de indicadores gerados pela
comparação sazonal dos dados; por indicadores de arrecadação municipal e inscrições no INSS (lado
brasileiro); por indicadores de imigração clandestina (lado francês) e por indicadores de realização de
cursos e treinamentos, palestras e eventos oferecidos pelas entidades locais.
EC-INTER-05
Candidato: Antonio Carlos Tinoco de Alencar
Projeto: Açaí: novas perspectivas de negócios
Instituição: PRB Produtos Regionais do Brasil Ltda.
Execução: Duas unidades em Belém, PA; uma unidade em Manaus e uma em Porto Velho.
Foi investido, com recurso próprio, inicialmente o valor de R$ 200.000,00, em uma unidade de
beneficiamento de caroços, instalada em Marituba, PA, com capacidade de industrializar 40 ton/dia de
caroços, que estão sendo exportados para os EUA, com a finalidade de utilização em queima e geração
de calor em lareiras, fornos, etc.
Prevê-se a necessidade de instalação de outras unidades nas cidades de Belém, Manaus e Porto
Velho.
EC-INTER-06
Candidato: Antonio Carlos Tinoco de Alencar
Projeto: Açaí & Café.
Instituição: PRB Produtos Regionais do Brasil Ltda.
Execução: Belém, PA.
Beneficiamento dos caroços de açaí, destinados a produção de alimentos.
EC-INTER-07
Candidato: Cândido Justino de Melo Neto
Projeto: Finalização do processo de invenção de uma turbina eólica para regiões remotas do Maranhão
e Amazônia, e sua adequação como inclusão social
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Execução: Universidade Federal do Maranhão.
No final do ano de 2005 foi aprovado um projeto de nosso grupo de pesquisa pela EletronorteAneel. O objetivo principal era desenvolver uma turbina eólica que pudesse ser utilizada para gerar
energia elétrica em locais remotos da região amazônica e Maranhão, em comunidades carentes e
isoladas. De acordo com o projeto proposto, foi desenvolvida e está atualmente em fase de testes no
campus da Universidade Federal do Maranhão.
Essencialmente, o protótipo consiste de partes modulares, independentes. Possui conchas com
apropriada geometria, espaçadas regularmente nos plano horizontal e vertical para maximizar a
diferença de coeficiente de arrasto contra e a favor do vento e hastes que as ligam a um eixo que
transmite a rotação alcançada para um gerador elétrico. Tal gerador fica no compartimento de
alumínio na forma de paralelepípedo, na base do sistema de conchas.
A execução deste projeto em regiões do nosso estado serve de alternativa viável para o
suprimento de energia pela falta de uma rede convencional. Busca-se, portanto, financiamento para
consolidar a finalização do processo de invenção de uma turbina eólica para regiões remotas do
Maranhão e Amazônia e sua adequação como inclusão social.
EC-INTER-08
Candidato: Cândido Justino de Melo Neto
Projeto: Finalização do processo de invenção de um aparelho de ar condicionado original
Instituição: Universidade Federal do Maranhão
Execução: Universidade Federal do Maranhão
O aumento acentuado da população brasileira ocorrido nas últimas décadas não foi
acompanhado pelos devidos investimentos na área de saúde pelos últimos governantes. Uma das
principais consequências dessa escassez de investimentos foi a constatação da ocorrência de
internações hospitalares em quantidades superiores ao permitido pela capacidade da rede hospitalar.
Disso adveio um acentuado número de casos de infecção hospitalar que, além de demandar mais
recursos, promove a redução da disponibilidade de leitos, por causa de sua ocupação por tempo
superior ao admitido. Inclusive, notícias jornalísticas enfatizando o elevado número de casos de óbitos
causados por esse mal têm sido frequentes.
Este é realmente um dos maiores problemas enfrentados pelas equipes médicas durante as
cirurgias e períodos pós- operatórios: a contaminação hospitalar. Várias das infecções hospitalares são
adquiridas por via aérea, causadas pelo acentuado número de microrganismos por m3. Construir um
aparelho adequado para utilização em ambientes especiais como centros cirúrgicos; UTIs e salas
especiais tem a função de eliminar microrganismos de ambientes por via aérea, reduzindo
acentuadamente os recursos gastos em saúde pela nação, como também promovendo conforto por
meio da redução significativa do tempo de internação hospitalar.
Esse equipamento em sua finalização será projetado para utilização em sistemas como centros
cirúrgicos, UTIs hospitalares e laboratórios clínicos, considerados ambientes com grandes necessidades
de assepsia. Sua ação será eficaz contra bactérias, vírus, fungos e ácaros. Ele se constituirá de
equipamento de fácil manuseio e rápida ação no meio ambiente, possuirá estrutura simples e não
necessitará de filtros especiais. Isso reduz os custos e facilita a comercialização. Esse equipamento
apresentará, ainda, a vantagem de ser ajustável, podendo inclusive possuir controle temporizado.
Em alguns aspectos, a finalização do processo de invenção de um aparelho de ar-condicionado
original é uma variante do Climatizador Ambiental, idealizado e construído com resultados considerados
excelentes. Uma vantagem adicional desse equipamento é a obtenção de umidade regulável, além de
ser autolavável após cada cirurgia, eliminando alguns problemas ligados á saúde por contaminação de
microrganismo por via aérea.
EC-INTER-09
Candidato: Izabel Cristina da Silva
Projeto: Pufe ecológico da Amazônia.
Instituição: Associação dos Jovens Empresários AJE/RO
Execução: A definir
O projeto "Pufe ecológico" tem como objetivo o reaproveitamento de resíduos sólidos e
resíduos da Floresta Amazônica, tais como: resíduos de madeiras, cipós, sementes, fibras, etc.
A partir do aproveitamento dos resíduos sólidos, promoverá inclusão social; ocupação e
geração de renda; e propiciamento de trabalho em sistema de cooperativas e associações.
EC-INTER-10
Candidato: João Bosco Lima de Siqueira
Projeto: Portal de carnaval de Porto Velho Instituição: Tribunal de Contas do Estado de Rondônia
Execução: Inicialmente, Porto Velho por causa dos blocos de carnaval e posteriormente outras
manifestações culturais deverão entrar no circuito.
O projeto visa a fortalecer as entidades culturais no caso os blocos de carnaval de Porto Velho
como estimulante da vinda de turista do Brasil e do mundo, por meio de divulgação da nossa
potencialidade turística e cultural. A ideia é aproveitar os milhares de turista que visitam as ruínas do
povo Inca no Peru e oferecer, por meio de folders, feiras e televisão, a força da nossa beleza cultural e
ambiental.
EC-INTER-11
Candidato: Jose Carlos Verle Rodrigues
Projeto: Resistência genética e controle biológico do ácaro roxo das palmas e bananas, Raoiella indica,
uma séria praga invasora para a Amazônia e o Brasil
Execução: Roraima e Manaus, Amazonas.
O ácaro vermelho das palmas e bananas, Raoiella indica (Acari: Tenuipalpidae), foi detectado
no Caribe em 2004 e, em agosto de 2009, em Roraima fronteira com Venezuela. Essa praga é originária
da índia e tem causado perdas de mais de 75% na produção de coco em ilhas caribenhas e severas
perdas em cultivos de banana. Ela ataca muitas espécies de palmas e bananas, sendo que a invasão de
áreas como a Amazônia coloca em risco uma série de espécies nativas além dos cultivos mencionados
que têm uma participação crucial na alimentação de populações locais e nacional. Por meio de
colaborações com países do Caribe, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e Universidade de
Porto Rico, previamente à chegada da praga no Brasil, iniciou-se um esforço intenso de pesquisa em
diferentes áreas para identificar métodos para reduzir o impacto da praga em ambientes naturais e
agrícolas. Nesse esforço primeiramente identificamos a existência de resistência à praga em material
genético de banana que poderá ser testado. Segundo, identificamos microrganismos associados às
populações da praga que estão naturalmente atuando no controle do ácaro. Essas informações servem
de base para a corrente proposta que visa a testar linhas potencialmente resistentes de banana à praga
e a caracterização de microrganismos com potencial para controle biológico.
EC-INTER-12
Candidato: Jose Francisco Magalhães Gonçalves
Projeto: Projeto Ser Amazônia e Brasil: Ser Brasil
Instituição: Centro de Ensino Superior de Tabatinga, Universidade do Estado do Amazonas
Execução: Mesorregião do Alto Solimões.
A informática já se tornou algo imprescindível na história do ser humano. Se os municípios do
Amazonas (Brasil) não quiserem ficar de fora da História, deverão tomar uma providência imediata. O
motivo deste projeto é a importância que a informática desempenha na sociedade moderna e na vida
do ser humano, também aos altos preços que se tem que pagar quando ela é ignorada. Essa conta
geralmente é paga pelo aluno que se torna cidadão e não teve a oportunidade de estudar informática; e
todos nós somos sabedores de que a grande maioria de nossos jovens brasileiros conclui apenas o
ensino fundamental. Um dos direitos assegurados pela nossa Constituição em 1988 é "igualdade entre
as pessoas", Capítulo I dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, no art. 5e XLI – "a lei punirá
qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais"; e a liberdade e direito ao
ensino é uma dessas discriminações. Assim entendemos por aqui.
Quando se considera "o que é a informática" e "quais são suas finalidades no mundo
moderno", qualquer pessoa que ouse desafiar ou que desconheça esta realidade terá enormes
desconfortos na hora de:
•
Ir a um banco fazer uma retirada com cartão magnético ou consultar um saldo.
•
Tirar uma fotografia digital em um aniversário.
•
Realizar um pagamento de um boleto utilizando o código de barras.
•
Fazer uma reclamação por telefone comum ou celular.
•
Preencher o seu imposto de renda.
•
Realizar uma reclamação em uma entidade pública federal ou ministério.
O menor dos atos de cidadania "implica a utilização de modernos sistemas de informática à
disposição do cidadão moderno". Com a intenção de minimizar isso, o governo colocou algumas poucas
ferramentas à disposição das comunidades e chamou de inclusão digital. O aspecto mais triste do
"pagamento dessa conta" é a desigualdade que se cria entre cidadãos e os termos pejorativos como
"analfabeto digital" começam a ser utilizados até como orgulho "sei lê sim só nun sei é mexer com este
troço, sou anarfabeto digitá". Outra situação é a dependência que se começa a ter de outras pessoas,
como na hora de efetuar uma simples mudança de um canal de televisão com um controle remoto
digital que nunca se tenha utilizado. Uma dessas poucas ferramentas é o "GESAC", que está chegando à
maioria dos municípios do estado do Amazonas. O nosso presidente – Luiz Inácio da Silva bate no peito e
diz com orgulho que: "O Brasil será o paradigma do Software Livre no mundo", mas esqueceu de
mencionar e nunca disse como deveremos fazer isso, nem quando; exemplo disso: o município de
Tabatinga – fronteira tríplice do Brasil, Peru e a Colômbia, capital do Alto Solimões, principal município
da mesorregião do Alto Solimões, não tem nenhum computador em suas escolas municipais, imagine
em suas comunidades ribeirinhas, onde não existe energia elétrica e está a pelo menos duas horas de
barco de nossa cidade.
Em sua simplicidade, o nosso projeto visa a complementar e dizer COMO, QUANDO E DE QUE
FORMA se poderá realizar isso e a um preço irrisório para o governo brasileiro.
•
Tá tudo muito bonito mas... Responde primeiro umas perguntinhas prá nós ta?
•
Como se poderá realizar isso ?
•
Se para a realização de algo assim o que se necessita antes de tudo é que as escolas municipais
tenham como mínimo computadores? E tem uma crise por aih e com certeza o governo não vai
querer sai distribuindo milhões e milhões de computadores para os municípios?
•
•
Será que a maioria dos professores saberá o que é pelo menos software livre?
E os aplicativos para os distintos cursos onde se encontrará tudo isso:
No site:
SER BRASIL.GOV.BR
Nosso projeto visa à criação de um banco de dados nacional e uma biblioteca completa e
invejável de mídias e programas (software livre) para que possam ser disponibilizados a toda e
qualquer pessoa: informações e downloads gratuitos de todos os softwares nacionais e
internacionais que possam ser aplicados no ensino e aprendizado de todas as disciplinas contidas
nos Parâmetros Curriculares Nacional de ensino do MEC. Como este projeto será dirigido por uma
fundação de mesmo nome (SER BRASIL), espera-se minimizar a burocracia e as distâncias sociais
entre os distintos poderes federais e municipais, estaduais e municipais.
Essa fundação será o elo entre o governo, entidades, autarquias e municípios de uma
forma geral, começando pela Amazônia. Se esta experiência der certo no interior do Amazonas,
onde as distâncias são monstruosas devido aos meios de transportes serem fluviais (duas cidades
distantes apenas 200km Benjamin Constant, AM, e Cruzeiro do Sul, AC, por via fluvial leva de 20 a
30 dias, dependendo da época do ano), com certeza irá funcionar em qualquer localidade do Brasil
e poderá ser replicada em outros estados tipo: SER TOCANTINS; SER RONDÔNIA; SER AMAPÁ; SER
PARÁ; SER RORAIMA, etc.
Este projeto seria o elo prático entre os materiais de informática tombados pelos distintos
órgãos do governo e as respectivas prefeituras: carentes de computadores e treinamentos para a
utilização de software livre.
Em termos práticos a fundação será encarregada de:
Receber doações de entidades públicas federais ou estaduais de material de informática
•
tombado, impressoras, mesas, cadeiras, etc.
Quantificar, qualificar, otimizar, reciclar (consertar, pintar, agregar novos elementos) a
•
dito material incluindo garantias de funcionamento.
Redirecionar os computadores às Secretarias de Educação Municipal dos respectivos
•
municípios, dando prioridades às escolas de 8g série, depois 7? série, etc.
•
Realização de cursos de capacitação e recapacitação aos professores, gestores, técnicos
incluindo a utilização dos novos programas e aplicativos que serão utilizados nas respectivas
escolas, etc.
•
Realização de cursos técnicos de: eletrônica, elétrica, pintura, marcenaria, informática,
etc., para formar seus técnicos.
•
Para manutenção de pessoal de apoio e funcionários a Fundação com certeza irá cobrar
uma taxa de manutenção e suporte técnico das respectivas prefeituras como contribuição ao
projeto.
A experiência tem demonstrado que nada que é distribuído gratuitamente tem
reconhecimento. Mesmo que seja uma taxa irrisória, algo deve ser cobrado. Infelizmente o ser
humano somente reconhece e valoriza alguma coisa quando aquele objeto do desejo tem um valor
simbólico ou financeiro. Daí a necessidade de se estabelecer valores monetários. O segundo
detalhe para o sucesso deste projeto está na dissociação do bem público, ou seja, as doações
realizadas às escolas estarão desvinculadas da figura de bem público, porque seriam doadas por
uma Fundação Privada. Para haver respeito, esses equipamentos seriam da Fundação e estariam
alugados por um valor simbólico, e caso houvesse problemas de vandalismo a escola/prefeitura
teria que repor o bem com um novo.
EC-INTER-13
Candidato: Leonardo Ferreira Trindade
Projeto: Fazenda Popular Sustentável
Instituição: Governo do Estado do Amapá
Execução: Pequenas localidades distantes da capital, assentamentos de agricultores, extrativistas e
pescadores.
A execução será feita por meio da viabilidade com os parceiros que serão convidados a
investir no projeto Fazenda Popular Sustentável. Funcionará como uma cooperativa, onde todos
que trabalharem terão o mesmo direito e serão fiscais do meio ambiente, envolvendo a defesa da
flora e fauna amapaense.
EC-INTER-14
Candidato: Leonardo Fernando Cruz Basso; Herbert Kimura; Carla Camargo Leal
Projeto: Amazônia? Projeto integrado para o desenvolvimento autossustentável de produção de
alimento
Instituição: Universidade Presbiteriana Mackenzie Execução: Região amazônica.
Apresentar um projeto de implementação de um complexo ecológico que se torne
autossustentável no longo prazo para microrregiões da Amazônia.
O desenvolvimento deste projeto sofreu grande influência de uma visita ao Eco-Complex
(http://ecocomplex.rutgers.edu) em 2007, cuja finalidade é o desenvolvimento de fontes
alternativas de energia não poluentes, combinadas com a produção de alimentos de origem
vegetal e animal e o desenvolvimento de fontes de renda complementares, como a produção de
bens e serviços próprios adaptados à região.
Assim, de forma similar, o projeto apresentado visa à integração, em um mesmo espaço de
desenvolvimento, de alimentos de origem animal e vegetal, para consumo próprio e para a
produção de excedentes, permitindo a geração de renda para a população envolvida. O projeto
contempla variantes que dependem do tamanho da população e dos bens próprios de cada região.
O projeto com a introdução sucessiva dos módulos pode produzir lucro, mas ainda não é
autossustentável em termos energéticos, pois a energia para funcionamento apropriado dos
galpões de frango e do minhocário, das instalações hidropônicas e dos criatórios de peixes, da
estufa de plantas ornamentais e medicinais tropicais não pode, inicialmente, ser gerada totalmente
pelo próprio projeto. Para tanto, essa energia deveria ser gerada com a introdução de um módulo
de produção de biomassa (etanol e biodiesel). Como alternativas, pode-se avaliar o emprego de
energia solar ou mesmo de origem animal e vegetal (biodigestores mais eficientes que os
apresentados aqui).
A implementação de um complexo ecológico pode trazer grandes benefícios, tanto para a
comunidade e o meio ambiente contemplados pelo projeto, como também para a evolução do
conhecimento experimental. Assim, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável de
maneira direta, incentiva-se a continuidade de pesquisas que poderão resultar em ideias
inovadoras.
EC-INTER-15
Candidato: Luzia Antonia Apodonepá Antonia de Oliveira
Projeto: Fortalecimento do grupo de mulheres indígenas Umutina na produção e comercialização
de artesanatos tradicionais
Instituição: Associação de Mulheres Indígenas Otoparé
Execução: Aldeia indígena Umutina, MT
A proposta do projeto buscará conciliar o desenvolvimento socioeconómico da
comunidade Umutina, por intermédio da associação de mulheres organizadas, envolvidas com a
conservação da natureza local. Isso se dará a partir do incremento de produtividade em equilíbrio
com a natureza, fortalecendo valores culturais como proposta de garantir a segurança alimentar
dessas famílias, na melhoria da qualidade de vida, pela educação e mobilização, por meio do
cuidado com natureza e do investimento social.
EC-INTER-16
Candidato: Mareio Renato Zerbini
Projeto: Empreendedorismo familiar solidário em centros urbanos
Instituição: Cooperativa Multifuncional de Economia Solidária do Tocantins
Execução: Região de Araguaina, TO.
A Cooperativa Multifuncional de Economia Solidária do Tocantins (COME-SOL-TO) e a
Central de Negócios para Empreendedores e Empreendedoras Familiares da Economia Solidária do
Tocantins (Ceneefes-TO) vêm observando que a região norte do Tocantins sofre pela falta de um
projeto de desenvolvimento visando à melhoria da qualidade de vida e do aumento da renda das
famílias que residem na área urbana dos municípios. Sendo assim, lançam o projeto
"Empreendedorismo familiar solidário em centros urbanosB, que visa a revitalizar a economia da
região por meio de políticas públicas específicas para os empreendedores e empreendedoras
familiares urbanos e urbanas.
O projeto tem a função de gerar industrialização nos municípios que desejam adotá-lo,
apoiando empreendimentos que promovam a criação de postos de trabalho e a geração e
distribuição de renda.
O público-alvo será formado por empreendedores e empreendedoras de baixa renda, e os
recursos utilizados serão compostos pelas linhas de crédito DRS do Banco do Brasil. A qualificação
dos empreendedores familiares será nas diversas áreas ligadas ao Senai, braço de qualificação do
Sistema Fieto. A COME-SOL-TO se responsabilizará em buscar esses recursos financeiros junto ao
Banco do Brasil e Banco da Amazônia e disponibilizá-los para os concluintes dos cursos técnicos do
Senai que não conseguirem entrar no mercado trabalho e, assim, aderirem ao Cooperativismo
Familiar Solidário.
O projeto empreendedorismo familiar solidário em centros urbanos está organizado em
uma filosofia de união e solidariedade. Dessa forma, abre uma grande oportunidade de adentrar
em um mundo de competitividade e desigualdade de forças. Individualmente esses
microempresários informais estão excluídos do mercado financeiro (BB e BASA) e das escolas
técnicas de aprendizagem (Senai), deixando de ser competitivos em preços, quantidade e
qualidade.
Este projeto visará a agregar conhecimento técnico, financeiro, humano e solidário em um
ideal só, o crescimento da comunidade norte do Tocantins.
Com o nascimento da COME-SOL-TO juridicamente, abre-se uma grande porta para as
famílias de baixa renda de nossas cidades tocantinenses, no sentido de que todos os cooperados
terão a mesma oportunidade de acesso a crédito bancário, divulgação de seus produtos, mercado
consumidor, assessoria empresarial por meio de uma estratégia chamada cooperação entre todos,
em que o melhor ajudará o pior, e o inverso quando houver.
No Cooperativismo Familiar Solidário, o setor que estiver em alta será a base de
sustentação do setor que estiver em baixa, como o seu inverso também ocorrerá. Essa filosofia
humana nascerá com o tempo e a formação educacional das famílias envolvidas no processo.
A COME-SOL-TO estará, no ano de 2010, por meio do DRS Urbano, implantando todo o
processo de geração de emprego e renda na região com apoio do BB e da Fieto apoiando setores
ligados à fabricação de móveis, confecção, industrialização de alimentos e construção civil.
EC-INTER-17
Candidato: Maria Amélia Fernandino Maciel
Projeto: Produção de briquetes para queima em fornos a lenha, utilizando biomassa reciclável e
renovável. Caso da indústria cerâmica da região do estado do Tocantins
Instituição: Autônoma
Execução: Palmas, TO.
Este projeto propõe a implantação de uma fábrica de briquetes utilizando biomassa
reciclada com restos de poda de jardins, restos de serrarias, cocos e entulhos da construção civil da
cidade de Palmas, TO, visando a estabelecer a indústria cerâmica da região central do estado.
Palmas produz uma grande quantidade de biomassa, seja pela limpeza urbana, seja pelo
descarte da construção civil, ou pela poda de jardins e grandes áreas verdes.
Todo esse material é descartado no aterro sanitário da cidade, o que diminui a vida útil do
aterro, que não é o local mais apropriado para esse tipo de material.
Com uma parceria com a Prefeitura, este projeto pode evitar o despejo de toda a biomassa
que é recolhida na cidade e transformá-la em biocombustível, material altamente eficiente para a
produção de calor para setores que utilizam a queima de biomassa como fonte de energia em seus
processos produtivos.
EC-INTER-18
Candidato: Maria Helena Ferreira da Silva
Projeto: Uma Oficina sociocultural de artes em cipó de Rondônia.
Instituição: Empresária
Execução: Município de Candeias do Jamari, RO.
A criação de uma Oficina sociocultural de artes em cipó e outros resíduos da floresta visa a
possibilitar uma passagem de conhecimento artesanal que tem origem nos povos indígenas da
Amazônia, cultura esta que vem se perdendo e sendo sufocada principalmente por esta realidade
chamada Globalização. O homem está esquecendo e abandonando o seu passado; culturas que
eram passadas de pai para filho estão sendo preteridas pela modernidade e o modismo.
Assim, este projeto implanta uma Oficina de artes, tendo como base a arte em cipó titica
(raízes aéreas da espécie botânica Heteropsis flexuosa que pertence à família Aracease), em
conjunto com sementes da floresta, galhos e pedaços de pau que caem das árvores.
O público-alvo deste projeto é o adolescente e as donas de casa, que ainda não possuem
uma profissão definida. Mas o objetivo é trabalhar essencialmente com as pessoas de baixa renda
e moradores de bairros mais carentes, permitindo aos adolescentes uma atividade extracurricular e
profissionalizante.
Buscando a inclusão digital e atualização na Era da Informática a todos participantes da
Oficina de artes, este projeto contempla aulas de informática com pesquisas na Internet, em busca
de ferramentas e dados para o melhor desenvolvimento dos trabalhos nas artes.
Como estratégia de execução, pretendemos iniciar a Oficina de artes dando conhecimento
da legislação, com observância aos critérios e órgãos que normatizam, fiscalizam e regulam o meio
ambiente, como o Decreto nº 1.508, de 31 de maio de 1995, que dispõe sobre a subordinação do
Programa do Artesanato Brasileiro, e dá outras providências. A legalização e regulamentação são
questões fundamentais para qualquer segmento.
Essa oficina, além de orientar e ensinar o artífice, também busca formar o profissional na
coleta da matéria-prima dentro da floresta, cuidando da sua preservação e retirando dela somente
os seus restos.
A busca pela matéria-prima no interior da floresta tem seu foco principal na preservação
das florestas, com o aprimoramento da técnica da seleção de material não-madeirável, de rico
aproveitamento para o artesanato, e, portanto na proteção da natureza e do meio ambiente,
evitando a degradação da floresta e protegendo os recursos renováveis de nossa flora amazônica.
Para o conhecimento científico dos recursos renováveis que serão utilizados na Oficina, o
projeto pretende trabalhar associado ao Núcleo de Pesquisas da Universidade Federal de Rondônia
(UNIR).
No campo social, este projeto busca:
•
Socializar os adolescentes que não possuem condições de custear um curso
profissionalizante;
•
Atingir a inclusão social nas comunidades carentes do pequeno município de Candeias do
Jamari, RO;
•
Preservar a cultura do artesanato de cipó e de resíduos não- madeiráveis, passando esse
conhecimento, um verdadeiro patrimônio cultural, a diversas pessoas, evitando o
desaparecimento desse conhecimento silvícola;
•
Gerar possibilidades para as famílias obterem renda e trabalho, sendo esse fato um dos
mais importantes objetivos deste projeto, ou seja, a geração de trabalho e renda.
EC-INTER-19
Candidato: Maria Mirtes Rufino de Oliveira
Projeto: Artes em madeira envelhecida pela natureza
Instituição: Empresária
Execução: Oficina na Residência da Artista – Porto Velho, RO
A transformação da natureza em arte. Com este projeto a artista espera tornar realidade
um sonho acalentado ao longo dos anos: forma e capacitar jovens que possam imprimir seu lado
criativo às esculturas modeladas em matérias oriundas das margens dos rios, aliando sempre a
preservação da natureza com sustentabilidade econômica.
EC-INTER-20
Candidato: Paulo Ronaldo dos Santos Freire
Projeto: Projeto para educação do uso da água nos igarapés de Manaus
Instituição: Setor Público
Execução: Dentro da Cidade de Manaus, AM.
O presente projeto tem por tema a educação das populações moradoras das margens dos
rios, lagos e igarapés de Manaus. Tal iniciativa se justifica pelo simples fato de, a continuar as
atuais práticas de degradação, acelerar-se-á um processo de escassez e extinção dos recursos
hídricos desses ambientes. Tem por escopo as populações que moram às margens dos rios,
igarapés e lagos de Manaus, AM, no sentido de esclarecer e educar essas populações com relação à
preservação e conservação dos recursos vegetais, animais e hídricos dessas regiões. Levantará, em
um primeiro momento, informações sobre os usos, hábitos e costumes dos moradores dessas
regiões para se poder fazer, em um segundo momento, comparações com práticas cientificamente
corretas e assim se estabelecer um método de esclarecimento e educação, por meio de
metodologia própria a este tipo de trabalho educativo.
Pretende ainda consolidar essas práticas a partir de líderes comunitários multiplicadores e
comissões permanentes de monitoramento e controle das práticas e das ações. Tem por objetivo
imediato levar conhecimentos científicos, mas de uma forma didática, sobre a importância vital da
responsabilidade na utilização dos recursos naturais e principalmente da água em prol de uma
preservação e autoconservação desses recursos para a continuação da vida como um todo. Tem
por produto formar uma consciência coletiva da imprescindibilidade da preservação e conservação
do bem comum que é a água.
Este projeto tem a peculiaridade de pretender implementar uma verdadeira
conscientização dessas populações em relação à real importância do correto, eficiente e eficaz uso
dos recursos naturais e, principalmente, da água; transformando cada pessoa em um agente
protetor e conservador do seu espaço natural. O projeto subdivide-se em quatro fases principais,
que são: preparação; estruturação; desenvolvimento e conclusão. Cada uma delas composta por
processos específicos de execução. A preparação é composta de: tematização, isto é, escolha e
análise do tema; justificativa, isto é, razões para se executar o projeto; objetivo geral (escopo do
projeto); objetivos específicos que resultam em um produto que atenderá a uma necessidade,
viabilizando o atingimento do objetivo geral; metodologia, isto é, técnicas de realização das
atividades; atividades a realizar e recursos a utilizar. A estruturação é composta de: cronograma
das atividades; determinação do pessoal responsável pela realização das atividades; determinação
das equipes realizadoras do projeto.
EC-INTER-21
Candidato: Romerito Valle de Aquino
Projeto: Profissionalização da Agência de Notícias Kaxiana, um veículo de comunicação em defesa
da Amazônia
Instituição: Editor – Kaxiana – Agência de Notícias da Amazônia
Execução: Atuação nos nove estados da Amazônia Legal.
O projeto se destina a profissionalizar a Kaxiana como agência de notícias especializada
em Amazônia. A profissionalização da Agência se dará por meio da contratação de jornalistas
(repórteres e fotógrafos) em cada um dos nove estados da Amazônia Legal para veicularem,
diariamente, matérias e reportagens especiais sobre os bons projetos de uso múltiplo florestal que
contribuam para a preservação da Amazônia na medida em que gerem renda e empregos, que
impeçam que sua população tenha que sobreviver à custa da destruição da floresta e de toda a
riqueza animal, vegetal e ambiental nela existente. A linha editorial da Agência Kaxiana também
contempla a divulgação de matérias e reportagens que apontem e denunciem todas as
irregularidades, como desmatamentos e queimadas que estejam colocando em risco a existência
da última grande floresta tropical do planeta. A linha editorial da Kaxiana se completa com a
divulgação de artigos de colunistas especializados em Amazônia, como os que se encontram hoje
escrevendo na Agência, grupo formado por políticos e profissionais com nível de Doutoramento
(ver colunistas atuais no site da Agência Kaxiana – www.kaxiana.com.br).
Categoria
Empreendedorismo
Consciente Sênior
Propostas recebidas
Propostas Recebidas
EC-SÊNIOR-01
Candidato: Ezequiel Camilo da Silva
Projeto: Propostas para a implantação de uma moderna indústria turística no Jalapão.
Instituição: Secretaria Municipal de Educação do Município de São Paulo
Execução: A grande região denominada de Deserto do Jalapão, interior do estado do Tocantins.
Projeto Turístico e Ecológico para ser implantado numa grande parte do Jalapão e com
mais intensidade nas proximidades da pequena cidade de Mateiros, para estimular as atividades
do turismo responsável, também com a participação da cidade de Ponte Alta, como ponto de apoio
e suporte.
Será criado um conjunto de atividades com suas respectivas funções para serem
implementadas com finalidade de atender ao desenvolvimento dessa região e promover a todas
outras atividades complementares deste projeto.
EC-SÊNIOR-02
Candidato: Ezequiel Camilo da Silva
Projeto: As vilas típicas e as cidades típicas da Amazônia
Instituição: Secretaria Municipal de Educação do Município de SP
Execução: Região norte do estado do Pará.
Esta proposta é parte integrante de um amplo projeto que foi concebido para implantar na
Amazônia brasileira um complexo turístico que ocupará apenas dez por cento dessa imensa área,
no sentido de desenvolvê-la de maneira criteriosa e planejada, objetivando a sua preservação com
o desenvolvimento sustentável, aproveitando as diferentes e avançadas tecnologias existentes
integradas aos grandes capitais no planeta, que serão usados para preparar essa parte da
Amazônia para a visitação, por meio da ocupação e implantação de uma moderna infraestrutura
para receber bilhões de investimentos com a criação de milhões de empregos e atrair milhões de
turistas.
EC-SÊNIOR-03
Candidato: Juan David Revilla Cardenas
Projeto: Núcleo de atendimento da saúde alternativo no município de Manaquiri, AM, Brasil
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Execução: Município de Manaquiri, a 140 km do município de Manaus.
O projeto tem como objetivo geral desenvolver um ramo de atividade sumamente
importante para o crescimento sustentável da região amazônica.
O Sistema Único de Saúde (SUS), em maio de 2006, lançou o Decreto n- 5813, que permite
a prática de tratamento médico por meio da utilização de plantas medicinais e medicamentos
fitoterápicos, propiciando, dessa forma, a abertura de novos mercados e superando barreiras que
antes eram instransponíveis.
A implantação do Núcleo de Atendimento da Saúde Alternativa no município de Manaquiri
surge como anseio da população de validar o conhecimento tradicional e as propriedades
terapêuticas das plantas que ocorrem nas comunidades do município, assim como de satisfazer a
demanda do atendimento gratuito, incluindo os remédios, e com isso estimular outros setores da
sociedade interiorana, vez que os produtores rurais, agentes de saúde, médicos e enfermeiros e
principalmente, os pacientes, que terão o acompanhamento mais constante, e medicamentos com
menos efeitos colaterais além de gratuitos.
Neste projeto são consideradas as atividades de capacitação dos produtores rurais,
orientação terapêutica, cultivo e comércio de ervas, sempre acompanhando as práticas e cuidados
com o meio ambiente.
EC-SÊNIOR-04
Candidato: Ning Labbish Chao
Projeto: Eco-Amazon: Piabas do Rio Negro, um empreendimento coletivo de estabelecer uma
cadeia de comércio "verde" de peixes ornamentais do Amazonas
Execução: Médio e Alto Rio Negro nas comunidades ribeirinhas dos municípios de Barcelos, Santa
Izabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira.
"Eco-Amazon Piabas do Rio Negro" é uma iniciativa baseada na riqueza dos recursos de
peixes ornamentais (piabas) e dos conhecimentos científicos e técnicos para um negócio verde por
os piabeiros e exportadores do Amazonas. Eco-Amazon tem o objetivo de manter a pescaria de
peixes ornamentais do Amazonas com um novo sistema de comercialização diferenciada e
socioambientalmente responsável.
Esta iniciativa evoluiu a partir do "Projeto Piaba" (Universidade Federal do Amazonas), que
é um projeto de pesquisa e extensão de longo prazo que vem estudando a ecologia de peixes e a
socioeconomia da pesca por duas décadas. O fato é que, com o tempo, cresce a quantidade dos
peixes amazônicos criados em cativeiro fora da região, e a exportação desses peixes amazônicos é
controlada por poucas empresas, as quais mantêm os peixes em baixo valor e, repetidamente,
infringem as leis ambientais do país. Os piabeiros recebem o mesmo preço por mais de 20 anos,
isto é, $ 5-6 USD por milheiro de peixes ornamentais vivos.
Nesse sentido, uma parceria foi iniciada, incluindo a cooperativa Orna pesca (Cooperativa
de Pescadoras e Pescadores Artesanais de Peixes Ornamentais do Médio e Alto Rio Negro),
comerciantes locais e internacionais, e órgãos públicos (Sebrae, ICMBio-Cepam, SEPA/Sepror,
UFAM). Eco-Amazon aplicará um selo verde, ou seja, uma certificação de "Indicação Geográfica
(IG)" de procedência, para os peixes ornamentais do Rio Negro. Por meio dessa coletiva, podemos
defender uma pescaria responsável socioambientalmente, estabelecendo uma cadeia de valor justo
e uma indústria "verde" de peixes ornamentais amazônicos.
A meta do Eco-Amazon é usar o nosso conhecimento sobre a pesca de piabas e contatos
locais e internacionais para desenvolver novos mercados de peixes ornamentais e programar uma
cadeia de valor com selo "verde", além de incentivar os empreendedores locais. As ações que estão
sendo desenvolvidas são: (1) introdução de técnicas novas (minitanques-rede) para estocar peixes
ornamentais nas comunidades ribeirinhas; (oficina e implantação foram realizadas em cinco
comunidades); (2) fortalecimento das estruturas de organização social comunitária local e
promoção de um sistema regional de gestão descentralizada e participativa (cursos de
cooperativismo foram realizados em municípios de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro pelo
Sebrae); (3) estabelecimento de um programa de selo "verde" (Indicação Geográfica) para
incrementar o valor de peixes ornamentais do Rio Negro (o processo está se iniciando); (4)
organização de uma exposição internacional sobre peixes ornamentais amazônicos "Aquamazônia
2010 – Towards a Green Ornamental Fish Industry (Promover uma indústria "verde" de peixes
ornamentais), 24-27, Janeiro 2010, Manaus, Amazonas, Brasil" para o mundo.
Categoria Ambiental
Propostas Recebidas
A-01
Candidato: Adriana Valente de Oliveira
Projeto: Fortalecimento da gestão da Área de Proteção Ambientai Raimundo Irineu Serra por meio
do fomento ao ecoturismo e à organização social
Instituição: Prefeitura Municipal de Rio Branco
Execução: Área de Proteção Ambiental Raimundo Irineu Serra.
O processo de desenvolvimento das cidades e municípios da Amazônia deu-se durante
muitos anos, e em algumas localidades não é diferente do que ocorria no passado, de forma que as
pessoas vindas dos seringais procuravam ocupar as Áreas de Preservação Permanente (APPs) onde
encontravam os recursos necessários à adaptação e sobrevivência. Muito além de simples
mecanismo de sobrevivência, essa atividade tornou-se cultural e até hoje arraigada no homem da
Amazônia. Esse processo de desenvolvimento gerou e gera grandes problemas ambientais.
O desenvolvimento do município de Rio Branco, a partir da década de 70, ocorreu de forma
desordenada. As Áreas de Preservação Permanente do município foram ocupadas indevidamente,
tendo os cursos dos rios e igarapés sido ocupados e a vegetação suprimida, além da ocorrência de
despejo de resíduos e efluentes nos rios.
Rio Branco, como a maioria dos municípios da Amazônia, teve seu crescimento em torno
dos rios e isso ocasionou e ainda ocasiona inúmeros prejuízos socioambientais. Esses problemas
resultaram em relevante degradação do meio ambiente, sobretudo dos recursos hídricos por meio
da supressão da mata ciliar e do acúmulo de resíduos nos cursos de rios e igarapés, além da
péssima qualidade de vida dos moradores dessas áreas, que convivem com a presença de vetores
de doenças comuns devido ao contato com a água contaminada e com o acúmulo de lixo no local.
Diante disso, hoje se fazem necessárias medidas emergenciais que objetivem mitigar esses
problemas por intermédio da apropriação do meio ambiente pelo ser humano por meio da
sensibilização e conscientização para a conservação dos recursos naturais renováveis e nãorenováveis.
Uma das medidas mais utilizadas pelos órgãos ambientais no tocante à Proteção
Ambiental é a criação de Unidades de Conservação (UC). Apesar das dificuldades de se gerenciar
uma UC, o simples fato de ela existir sujeita o poder público a tomar medidas diferenciadas nessas
áreas, inibe a população de tomar certas medidas degradantes e a torna fiscal das Áreas
Preservadas. Mas para que isso ocorra é necessário que haja um trabalho efetivo de Educação
Ambiental a partir da divulgação e valorização do local.
Com essa visão, a Área de Proteção Ambiental Raimundo Irineu Serra (Aparis), localizada
no município de Rio Branco, foi criada por meio do Decreto ng 500 de 07 de junho de 2005, ou seja,
com a finalidade de preservar e valorizar a cultura religiosa originária, conservar os recursos
naturais remanescentes e, principalmente, preservar os recursos hídricos, tendo em vista que a
Área localiza-se no entorno do Igarapé São Francisco, principal contribuinte do Rio Acre na área
urbana do município de Rio Branco.
A população da Aparis é basicamente formada por núcleos que se dividem entre a
comunidade urbana e a comunidade rural. Os moradores da porção rural são agricultores
familiares e cultivam pequenas áreas de terra. No entanto, ainda utilizam a derrubada e a queima
como ferramentas. Logo a intervenção na área a partir do oferecimento de alternativas ao uso do
fogo se faz necessária e, em virtude do acréscimo da produção, a comunidade precisará organizarse em associações e/ou cooperativas, a fim de fortalecer a agricultura familiar sustentável e a
geração de renda.
Uma das dificuldades encontradas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente em relação
à Gestão da APA é a grande expectativa que a comunidade cultivou com a elevação da Vila em
Área de Proteção Ambiental: tem-se a ideia de que todos os problemas de cunho social, econômico
e ambiental sejam resolvidos de imediato e a contento. A distância que a UC está localizada em
relação à Secretaria Municipal de Meio Ambiente também se torna um entrave à gestão, devido à
necessidade de fiscalização no local.
Outra dificuldade relevante é o desconhecimento de alguns moradores e de grande parte
da população do entorno das características bióticas da APA e da finalidade da criação da UC.
Ainda há pouco envolvimento dos moradores nas questões ambientais que motivaram a criação da
Aparis.
Diante desse cenário, a proposta de fortalecimento da gestão da Área de Proteção
Ambiental Raimundo Irineu Serra por meio do fomento ao Ecoturismo e à organização social
objetiva, principalmente, a preservação dos recursos hídricos, da vegetação e da fauna existente.
A ideia do projeto é incentivar o extrativismo, a organização social e o ecoturismo na
região, já que o fortalecimento da organização social permitirá à população um maior
envolvimento nas questões socioambientais e econômicas, pois uma das maiores dificuldades
encontradas pelos gestores de UCs é permitir que o desenvolvimento econômico e ambiental
ocorra concomitantemente.
O projeto irá atuar a comunidade por meio de módulos de capacitações nas áreas de
Cooperativismo e Associativismo; Produção de Mudas; Jardinagem e Paisagismo; Sistemas
Agroflorestais; Artesanato com Produtos Recicláveis e Reutilizáveis e Formação de Guias
Ecoturisticos.
Já a divulgação da APA será feita com a elaboração e impressão defolders, banners, placas
e cartilhas educativas.
A Educação Ambiental fará parte do currículo que será oferecido aos participantes das
capacitações e será inserido como disciplina em cada curso.
A construção e a estruturação da Sede Administrativa da APA Irineu Serra promoverão a
descentralização da gestão da UC, o que permitirá o maior envolvimento e participação
comunitária e desenvolverá atividades fins com muito mais efetividade e resultados por estar
inserida na comunidade.
A-02
Candidato: Antenor Pereira Barbosa
Projeto: A exploração do pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) na Amazônia – os planos de manejo e
os impactos nas populações naturais
Execução: Apuí; Maués; Novo Aripuanã; Parintins; Presidente Figueiredo; outros com planos de
manejo do pau-rosa aprovados.
O óleo do pau-rosa, utilizado na indústria de perfumes e cosméticos, já chegou a ocupar o
terceiro lugar na pauta de exportação da região amazônica, cabendo à borracha e ò castanha o
primeiro e o segundo lugares respectivamente (SUDAM, 1972). A partir de 1960, a exploração
concentrou-se no estado do Amazonas, uma vez que as áreas no Pará se esgotaram, com uma
redução drástica da produção, que caiu de cerca de 2000 tambores/ano para 250-300
tambores/ano, nas décadas de 40-50 (IBAMA, 1997). Aliado aos problemas de mercado, o setor
encontrou entraves econômicos em função das restrições ao corte de árvores, dificuldades no
acesso as populações naturais que se encontravam mais distantes e com aumento nos custos de
produção e manutenção de equipes de exploração na floresta (OHASHI, 1997).
Atualmente, somente cerca de 10 usinas ainda extraem óleo do pau-rosa, utilizando
basicamente a mesma técnica de exploração e com pouco ou nenhum replantio. A espécie se
tornou ameaçada de extinção (Portaria Ibama ns 37 de 03 de abril de 1992).
Estima-se que, no mínimo, 825 mil árvores foram abatidas e que mais de 4 milhões de
hectares de matas foram explorados desde o início da exploração da espécie (HOMMA, 2003).
A abertura de novas áreas e o avanço da fronteira agrícola expõem novas populações à
extração. Há indícios de que árvores de pequeno porte estão sendo abatidas nas áreas de
exploração mais antigas (CARVALHO, 1983). A queda de produção do óleo essencial ocorrida nos
últimos anos é atribuída ao esgotamento dos estoques, apesar da alta dos preços (BENCHIMOL,
2001).
Não existe inventário que meça o tamanho atual das populações remanescentes dessa
espécie. Para a exploração, registraram-se apenas expedições com fins comerciais, sem a
preocupação de avaliar o volume potencial existente (CARVALHO, 1983). O estoque remanescente
nunca foi inventariado na região.
Por outro lado, os planos de manejo do pau-rosa são aprovados e não fiscalizados. O
processo de exploração (extração) continua sem controle e acompanhamento. Os dados da
exploração das populações naturais estão completamente sem registros e análises técnicocientíficas, possibilitando resultados que podem acelerar ainda mais o processo de extinção da
espécie.
Na proposta do Ibama para inclusão do pau-rosa no Anexo da Convenção sobre o
Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Silvestre (Cites), o item 6.4 mostra
que existe uma grande diferença entre o volume autorizado de madeira e a quantidade de óleo
exportado, sem considerar que uma parte do óleo é consumida internamente. A magnitude dessa
diferença é da ordem de 513% em média, evidenciando irregularidades no processo de obtenção e
comercialização da matéria-prima.
A avaliação das áreas de exploração atuais e de até 15 anos poderá mostrar que as
populações naturais do pau-rosa estão sendo utilizadas de modo sustentável, conforme "plano de
manejo" ou que necessitam de adequações para que a sustentabilidade da atividade seja mantida.
Após as análises dos planos de manejo aprovados para exploração do pau-rosa (local,
área, responsável, período de exploração e volume explorado ou a ser explorado), equipes de
fiscais do Ipaam, Ibama e pesquisadores (Institutos de Pesquisas e Universidades) visitarão as
áreas de exploração para avaliação das atividades de extração, número de matrizes
remanescentes e distância entre elas, altura de corte ou do toco, diâmetro das árvores abatidas,
regeneração natural, aproveitamento de galhos/folhas, etc.
Os resultados dos dados analisados serão publicados em periódicos científicos e gerarão
dissertações de mestrado e relatórios técnicos para o Ibama e Ipaam como subsídios para políticas
públicas.
A-03
Candidato: Antonio Irapuama de Campos Buás
Projeto: Análise Físico Químico da Água da Microbacia do Igarapé Wai Grande em Boa Vista, RR.
Instituição: Faculdade Atual da Amazônia
Execução: Estado de Roraima no Município de Boa Vista, na Microbacia do Igarapé Wai Grande.
Será realizado um diagnóstico aplicando um protocolo proposto por Callisto et al. (2002)
que indicará quais são os impactos ambientais causados pelos resíduos sólidos expostos no aterro
sanitário. Busca, portanto, estudar a influência do aterro sanitário na qualidade físico-química da
água da Microbacia do Igarapé Wai Grande e identificar se a qualidade da água do Igarapé Wai
Grande está sendo conforme os padrões determinados pela Resolução CONAMA n? 357 de 17 de
março de 2005.
A-04
Candidato: Antônio Heberton de Carvalho D'Ávila
Projeto: Implantação da coleta seletiva nas unidades do Poder Judiciário da Comarca de Porto
Velho, RO
Instituição: Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia
Execução: Poder Judiciário da Comarca de Porto Velho, RO.
A coleta seletiva e a reciclagem são as melhores formas de resolver o problema de lixo
urbano. Destarte, a implantação do sistema de coleta seletiva na Comarca de Porto Velho a que se
refere este projeto se justifica pela necessidade de a instituição, na condição de grande
consumidora e geradora de resíduos, praticar métodos eficientes, eficazes e efetivos relativos ao
descarte de resíduos recicláveis de modo a promover a redução do volume despejado sobre o meio
ambiente em consonância com o atual contexto ambiental evidenciado na Recomendação nº 11 de
22 de maio de 2007 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no afã de promover um meio ambiente
equilibrado e saudável, capaz de lhe proporcionar, mediante correta preservação, qualidade de
vida à sociedade, bem como propiciar geração de renda a um segmento da população em situação
de exclusão social, no caso, associações de catadores.
Outro aspecto favorável ao êxito deste projeto é o fato de já ter havido no Tribunal de
Justiça da capital, há cerca de quatro anos, projeto semelhante. Projeto este não levado adiante
devido à problemática de as Associações de Catadores, à época, não disporem de uma central de
reciclagem ou triagem dos resíduos descartados. Tal intenção, embora não exitosa, ajudou na
conscientização de servidores, condição fundamental para o êxito atual deste Projeto, posto que as
Associações de Catadores contam, hoje, com Centro de Triagem que permite a Coleta dos Resíduos
e o seu encaminhamento às cidades que possuam polo de indústrias de reciclagem.
Ademais, tal implantação está alinhada à perspectiva 'Sociedade', registrada no
Planejamento Estratégico do PJRO (2008- 2011) agrupada à ação: "Definir e implementar políticas
de responsabilidade social e ambiental".
A-05
Candidato: Aurélia Martins de Pádua Vieira; Layanna Giordana Bernardo Lima; lona Gonçalves
Santos Silva Ayres
Projeto: Agenda 21: construindo ambientes sustentáveis
Instituição: Não informado.
Execução: Colinas do Tocantins.
O presente trabalho, Agenda 21 local: construindo ambientes sustentáveis, tem por
objetivo construir a partir de discussões coletivas (oficinas de formação) propostas para uma
Agenda 21 no bairro Santo Antônio, com a utilização do método de pesquisa-ação, cujo objetivo é
resolver ou, pelo menos, esclarecer os problemas da situação observada. Será utilizada ainda a
metodologia da "Agenda 21 em seis passos" conforme a sequência a seguir:
1. Sensibilização da comunidade sobre os princípios da Agenda 21;
2. Formação do Fórum Local da Agenda 21 (composto por organizações, entidades,
instituições,
movimentos,
grupos,
etc.
tanto
governamentais
como
não-
governamentais, atuantes na comunidade);
3. Elaboração participativa do Diagnóstico da Comunidade (com dados físicos, sociais,
culturais e políticos);
4. Elaboração participativa do Plano de Desenvolvimento da Comunidade (com metas
para as políticas públicas (estruturantes e sociais demandadas na comunidade);
5.
Estratégias de implementação do Plano de Desenvolvimento (com participação dos
atores beneficiários e gestores);
6. Avaliação da implementação do Plano.
A-06
Projeto: Descontaminação e monitoramento de águas e solos na região amazônica utilizando
materiais absorventes alternativos visando à remoção de metais pesados tóxicos e pesticidas
Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste-PR)
Execução: Laboratório de Química Ambiental e Instrumental do Centro de Ciências Agrárias da
Unioeste, Campus da cidade de Marechal Cândido Rondon, PR.
De acordo com as estatísticas, somente 0,01% da água de todo o planeta encontra-se nos
córregos, riachos e rios, e ainda assim não se conhece, atualmente, com precisão, qual é a fração
das águas que se encontra contaminada. Essa contaminação tem origem por uma infinidade de
causas, dentre elas podem-se citar o desenvolvimento industrial intenso, o crescimento
demográfico, a ocupação do solo acelerada e tantas outras que vêm provocando o
comprometimento dos recursos hídricos disponíveis para o consumo humano e aumentando
consideravelmente o risco de doenças de origem hídrica.
A indústria química, em particular, a de pesticidas, bem como as indústrias de fertilizantes,
tem sido responsáveis pela geração de centenas de princípios ativos e outros tantos milhares de
metabólitos que acabam se dispersando no ambiente e de metais pesados tóxicos que contaminam
nossos solos. Consequentemente, por meio da lixiviação e percolação, ocorre a contaminação das
águas subterrâneas e superficiais. Segundo Young (1987), é pequeno o percentual de pesticidas e
fertilizantes aplicados que atingem as pragas e são disponibilizados às plantas, de tal forma que
grandes quantidades acabam contaminando os solos, as águas, o ar e os seres vivos.
A agricultura brasileira, principalmente referente às grandes culturas como a da soja e do
milho, passa por uma fase em que a busca da produtividade máxima econômica é de importância
fundamental. Para que o homem do campo possa aumentar a eficácia dessa atividade, em
decorrência da maior exigência pela competitividade da globalização da economia, uma das
ferramentas encontradas pelos agricultores é o uso de adubos em suas lavouras.
Entre os vários fatores de produção, cada vez mais ocupa um lugar de destaque a
necessidade do uso de uma adubação equilibrada, que deve incluir não apenas os macronutrientes
primários e secundários, mas também os micronutrientes, os quais, até bem pouco tempo, não
eram considerados na rotina das adubações pela maioria dos agricultores. Os fertilizantes
utilizados possuem uma composição que, além dos elementos desejáveis, também, em geral,
contém metais pesados tóxicos, como cádmio, chumbo e o cromo (Cd, Pb, Cr) (GONÇALVES JÚNIOR,
2002).
Dessa forma, a contaminação progressiva das águas e solos por meio de pesticidas e
metais pesados tóxicos derivados das atividades humanas e industriais está provocando um
aumento gradual e sucessivo da poluição de nossos recursos naturais.
Assim, torna-se importante encontrar formas de descontaminação e remediação das águas
e solos, antes que seja enfrentada uma crise séria, em que grande parte da população passará por
dificuldades para satisfazer suas necessidades de água e alimento, e muitos enfrentarão uma
extrema escassez.
Para tanto, têm-se utilizado diferentes formas de descontaminação de recursos naturais e,
dentre essas formas, cita- se o processo de adsorção, o qual corresponde à acumulação de uma
substância em uma interface. Esse processo tem se mostrado extremamente eficaz na remoção de
diversos contaminantes, tais como pesticidas e metais pesados em efluentes industriais, cor de
efluentes têxteis.
Existem inúmeros tipos de adsorventes denominados de convencionais, tais como resinas
de troca iônica, carvão ativado. Porém, torna-se necessário realizar pesquisas de novos
adsorventes alternativos na remoção de poluentes, que propiciem um baixo custo com elevada
capacidade de remoção dos contaminantes.
A utilização dos adsorventes naturais como materiais alternativos na remoção de íons
metálicos em baixas concentrações tem sido bastante atrativa em detrimento às técnicas
convencionais. As principais vantagens são atribuídas ao baixo custo, alta eficiência e diminuição
do uso de produtos sintéticos que podem ser utilizados in natura, dispensando qualquer
tratamento prévio e, ainda, possibilitando a recuperação do metal (AHALYA et al, 2003). Técnicas
consolidadas como precipitação química, membrana de filtração, eletrólise, troca iônica,
coprecipitação, dentre outras, são utilizadas para a remoção de pesticidas e metais pesados
tóxicos em águas e solos. Porém, elas são adequadas quando estes se encontram a altas
concentrações; a baixas concentrações, essas técnicas falham (DEMIRBAS, 2008).
Nesse sentido será testada a adsorção de três metais pesados tóxicos (Cd, Pb e Cr) e três
tipos de pesticidas (organoclorados e/ou organofosforados) de uso comum na agricultura.
Espera-se obter alta eficiência quanto à redução das concentrações de metais pesados
tóxicos e pesticidas das soluções contaminadas, possibilitando, dessa forma, uma aplicação no
monitoramento e descontaminação de solos e águas.
A proposta inicial deste projeto é monitorar e descontaminar, num primeiro momento, as
principais bacias hidrográficas e solos agricultáveis da região amazônica. Porém, posteriormente,
pretende-se aplicar este projeto em todo o país.
A-07
Candidato: Aguimar Vasconcelos Simões
Projeto: Fabricação de placas decorativas para revestimento confeccionadas com sementes de
açaí (Euterpe oleraceae)
Instituição: AGROCON – Indústria e Serviços Agroambientais Ltda.
Execução: Manaus, AM.
O projeto visa à produção de placas decorativas para revestimento com uso de sementes
de açaí (Euterpe oleraceae) como matéria-prima principal.
Descrição da matéria-prima: O açaizeiro é uma palmeira de ampla distribuição no
Amazonas e na Amazônia. Duas espécies da palmeira predominam na floresta: o açaí de touceira
(Euterpe oleraceae), adaptado às condições da várzea, concentrando-se no estuário amazônico,
nos estados do Pará e Amapá, e o de terra firme (Euterpe precatória), prevalecente no Amazonas e
demais estados. Mesmo em plantios comerciais, o açaí tem se mostrado uma cultura rústica, livre
de problemas fitossanitários. Presta-se à exploração nas várzeas periodicamente inundáveis, onde
um plantio com concentração de 400 plantas/hectare chega a produzir 15 toneladas de frutos por
ano. Também pode ser cultivado em terra firme, desenvolvendo-se bem em solos variando do
bastante argiloso ao arenoso-argiloso (SDS, 2005). Pode ser consumido na forma de bebidas
funcionais, geleias e sorvetes. O fruto é colhido subindo-se na palmeira com o auxílio de um
trançado de folha ou envira amarrado aos pés – a peçonha. As sementes limpas são muito
utilizadas para o artesanato e, quando descartadas, servem apenas como adubo orgânico para
plantas.
Descrição do processo de fabricação:
Recepção: As sementes serão recebidas na indústria onde será realizada avaliação das
condições de umidade e deterioração. Nesse momento, também serão anotadas as origens da
matéria-prima.
Desidratação: As sementes serão desidratadas em estufas aquecidas por meio de fogo
direto para retirada da umidade, evitando, assim, a proliferação de fungos durante o período de
armazenamento.
Armazenamento: A armazenagem poderá ser feita a céu aberto ou em locais fechados
onde a temperatura não ultrapasse 35ºC, e a umidade relativa do ar não ultrapasse 85%.
Polimento: As sementes passarão por um processo de polimento feito com um jogo de lixas
grossas e finas dispostas em uma lixadeira comum usada em ateliê de artesanatos.
Seleção/Classificação: Após o polimento, a matéria-prima será submetida a uma esteira de
seleção e classificação. Serão selecionados em tamanhos diferentes e classificados de acordo com o
grau de deterioração.
Colagem das sementes e formação das placas: As sementes serão coladas em chapas de
cerâmica formadas especificamente para essa finalidade. A chapa em cerâmica argilosa será a
base para a placa.
Secagem: Após a colagem, as placas serão submetidas a estufas de secagem com
ventilação forçada, de forma a garantir uma aceleração na secagem da cola e na formação final da
placa.
Resinagem: Após a secagem, as placas serão submetidas a resinas impermeabilizantes e
de proteção às sementes.
Acabamento: O acabamento será realizado de acordo com o tipo de placa desejada.
Podem-se produzir placas enceradas com cera de carnaúba, conferindo brilho final, ou submeter as
placas à pintura com verniz com ou sem cor.
Embalagem e Comercialização: Após o acabamento, as placas serão embaladas em caixas
de papelão, seguindo para a expedição e comercialização do produto.
Fluxograma da produção:
Obtenção da matéria-prima: A matéria-prima principal tem grande amplitude de
ocorrência no Amazonas, sendo produzida em 28 municípios do estado, segundo o IBGE. Os
municípios de maior produção são Manicoré, Manacapuru, Jutaí, Codajás e Fonte Boa,
respondendo juntos por mais de 75% da produção estadual. A estimativa de produção de açaí em
2002 no Amazonas foi de 1.103 toneladas (SDS, 2005).
A-08
Candidato: Alcilene Costa de Magalhães
Projeto: Revitalização escolar: direito de usar, dever de preservar
Instituição: EMEF Cândida Santos de Souza
Execução: Escola Municipal Cândida de Souza, em Ananindeua, Pará.
Diante dos desafios que hoje se impõem às escolas públicas, especialmente quanto à falta
de recursos financeiros e à problemática da questão ambiental, elaboramos este projeto
acreditando no pensamento de Heloisa Luck "Quem quer fazer acha os meios, quem não quer fazer
acha os motivos".
O projeto de revitalização de nossa escola surgiu com intuito de buscar nos alunos,
funcionários e comunidade escolar o incentivo e a conscientização da problemática enfrentada não
somente em nossa escola, mas em todo o município de Ananindeua, da não conservação do
patrimônio público e da conscientização de preservação da flora.
O incentivo aos alunos, funcionários e comunidade em geral se dará por meio de um
concurso para a escolha da sala de aula mais organizada, limpa e ornamentada. Este servirá
também como instrumento para busca de parceiros que contribuam direta ou indiretamente para
a realização do projeto. Dentre outros contaremos com patrocinadores para a realização do
passeio das turmas vencedoras, bem como a avaliação parcial destinada à disciplina de Arte e
deforma interdisciplinar.
A sua realização será no período de 26 a 28/11, estendendo- se até a X Feira Cultural nos
dias 29 e 30/11. Abordaremos neste projeto o cronograma de atividades e relação de materiais
relativos a todas as etapas da execução do projeto: textos, foi der e fotos.
Agir, inicialmente no âmbito escolar, pensando globalmente, alimenta a esperança de que
este projeto é o passo inicial para as grandes mudanças na área ambiental que todos aguardamos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional entre seus pressupostos enfatiza que a
Educação Básica apresenta como uma das finalidades a preparação dos discentes para a prática
social e para a inserção no mercado de trabalho. Dessa forma, a questão de preservação ambiental
está dentro dessa perspectiva, uma vez que as ações dos seres humanos refletem em suas
condutas de comportamento quanto à preservação do meio ambiente.
Entendendo a escola como espaço de interação com o meio e com a sociedade onde os
valores humanos perpassam por seus atos, vimos a necessidade de elaborar o presente projeto
integrando todos os segmentos que usufruem os benefícios que a escola dispõe, analisando a
forma de como utilizar corretamente o espaço escolar procurando sempre preservá-lo limpo, já que
a qualidade do ensino também depende da convivência em um ambiente agradável.
A proposta principal será a revitalização das salas de aulas por meio de um concurso com a
integração entre os 04 (quatro) turnos que a escola dispõe, orientada por professores
coordenadores de cada sala interligada às pesquisas relativas ao tema.
É de senso comum entre os segmentos que compõem o corpo da escola que cabe ao
governo municipal, por intermédio da Secretario Municipal de Educação, nossa entidade
mantenedora, a manutenção periódica do prédio e a resolução de problemas que não foram
causados por depredação, como por exemplo, o problema da parte elétrica, ocasionado pelo uso de
materiais de baixa qualidade em sua construção.
Buscando estratégias para uma preservação mais eficaz em que se evidencie a
preocupação dos discentes com seus atos e o dos colegas o projeto de revitalização do espaço
escolar visa a alcançar essas estratégias de forma bem dinâmica, em que os próprios alunos serão
os responsáveis em concretizá-lo. Nossa meta é amenizar ou sanar os problemas que envolvem as
más condutas dos discentes, que terão como dever fazer as devidas fiscalizações cotidianas ao
chegar e sair de sua sala de aula mostrando-se determinados a preservar o meio em que estudam.
Assim, com certeza, os discentes valorizarão muito mais o espaço escolar, pois tudo foi
concretizado mediante seu esforço e, como diz o velho ditado, "Quando as coisas saem do meu
bolso e com meu esforço, aprendo a valorizar muito mais".
A-09
Candidato: Alcilene Costa de Magalhães
Projeto: Consumo consciente: agir e viver por um mundo melhor
Instituição: EMEF Cândida Santos de Souza
Execução: Escola Cândida e comunidade em torno, Belém, Pará.
Buscar uma nova postura de mudança de hábitos, evitando o desperdício e o acúmulo de
lixo no bairro.
A-10
Candidato: Alex Fabiano Ribeiro de Magalhães
Projeto: Biojoias da informática
Execução: Sede da Fucapi, Manaus, AM. Todavia, a sua execução também contemplará ações em
unidades de floresta manejada certificadas, localizadas nos municípios de Maués e Boa Vista do
Ramos, AM.
O projeto "Biojoias da informática" é uma proposta de adequação e compatibilização de
dois importantes itens da atividade econômica amazonense, sendo eles os recursos madeireiros
oriundos de florestas manejadas e os resíduos da atividade de produção de bens de informática do
polo industrial de Manaus, juntamente com o lixo tecnológico advindo dessa atividade econômica.
O principal produto desta pesquisa aplicada é o desenvolvimento de uma coleção de
biojoias com alto valor agregado, que terão os dois itens pesquisados como matérias- primas.
O projeto propõe uma caracterização dos tipos de madeira e dos resíduos da informática a
serem trabalhados, uma pesquisa sobre a compatibilização entre os mesmos, a concepção, o
projeto e a produção de protótipos da coleção de biojoias geradas pela pesquisa. Também será
desenvolvido um estudo de aceitação dos produtos pelo mercado consumidor, além do
desenvolvimento de toda tecnologia de produção das biojoias, caso haja compatibilidade entre as
matérias-primas o suficiente para viabilizar a produção.
Esta proposta busca, também, o aperfeiçoamento de ações já desenvolvidas pelo Centro de
Desenvolvimento Regional (CDER) da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica
(Fucapi), que são de agregação de valor aos recursos madeireiros oriundos das florestas manejadas
já certificadas e, também, de desenvolvimento de tecnologias e equipamentos voltados para a
promoção do saneamento ambiental na Amazônia.
Após a sua conclusão, o projeto, indiretamente, terá incentivado e valorizado o
licenciamento de unidades de floresta manejada e também apontará uma nova opção de
tratamento e destinação final dos resíduos de bens de informática (lixo tecnológico), além de ter
proporcionado a criação de uma nova atividade econômica sustentável, tanto sob os aspectos
ecológicos e ambientais, como também sociais e econômicos.
A-11
Candidato: Alexandre Kemenes
Projeto: A revitalização dos igarapés com a implantação de módulos ambientais urbanos na cidade
de Manaus, Amazônia Central
Execução: O trabalho será desenvolvido em algumas casas de conjuntos residenciais populares
(Prosamim) e nas três maiores feiras municipais de Manaus e, conforme a aceitação da
população, poderá ser estendido a outras residências e outros locais públicos dessa cidade.
O clima da região central amazônica é tropical úmido, com médias anuais de temperatura
de 30o C e de chuva de 2.500 mm. O clima quente e úmido é ideal para acelerar o
metabolismo dos microrganismos envolvidos nos processos biológicos desses sistemas.
Assim, o calor e a umidade irão favorecer o rápido desenvolvimento de uma rica flora
bacteriana consumindo de forma anaeróbia e aeróbia o carbono orgânico oferecido,
resultando na produção de biogás e composto orgânico de primeira qualidade.
Segundo o IBGE (2007), a estrutura da sociedade brasileira é definida por classes sociais de
acordo com a renda domiciliar, ou seja, a soma do que todos os integrantes da residência
recebem mensalmente. Neste trabalho serão desenvolvidos módulos ambientais para
duas classes sociais, classe E (pobres) e classe B2 (média). Para a classe E (24% da
população) será realizado o desenvolvimento de sistemas modulares nas feiras municipais.
Esses módulos ambientais serão desenvolvidos e instalados em locais com aglomerações
de pessoas (as três maiores feiras municipais de Manaus), sendo estes os módulos
coletivos. Poderão ser também colocados em terminais rodoviários, hidroviários, no
Sambódromo, na Vila Olímpica, em comunidades rurais e em outros locais públicos. Já os
módulos ambientais classe B2 serão individuais e familiares, instalados em casas de
conjuntos habitacionais populares como as do Programa Social e Ambiental dos Igarapés
de Manaus (Prosamim), que se situa na margem dos Igarapés Manaus, Bittencourt e
Mestre Chico próximo ao Centro Histórico de Manaus. Esse Programa já conta com 567
residências entregues e tem recebido recursos para que seja estendido por Manaus com
milhares de casas que podem se tornar ecologicamente sustentáveis por meio deste
projeto com a implantação dos módulos ambientais propostos. Os módulos classe B2
serão testados em quatro casas do projeto e, posteriormente, poderão ser instalados em
qualquer casa da cidade.
A realidade observada hoje para a maioria das cidades do Brasil quanto à geração de
energia, ao destino dos detritos orgânicos e ao tratamento da água pode ser considerada
ambientalmente negativa, poluindo os cursos de água e os lençóis freáticos. Isso está gerando uma
busca de soluções mitigatórias urgentes, unindo a responsabilidade social, ambiental e econômica.
A fim de solucionar esse problema e melhorar a qualidade de vida da população junto ao meio
ambiente, o objetivo deste projeto será oferecer soluções na forma de módulos ambientais para
Manaus.
As feiras municipais, juntamente com as residências populares dessa cidade, têm um fluxo
de matéria orgânica que ultrapassa 50 mil toneladas por mês. Já quanto ao uso de água pela
cidade, devido às redes clandestinas de água e de esgoto, esse montante é pouco conhecido. A
proposta deste trabalho será trazer uma nova realidade ambiental à cidade, mitigando a
contaminação dos igarapés. Para isso deverão ser construídos módulos ambientais de
compostagem orgânica, geração de energia, tratamento de água e captura de água das chuvas.
Com a aplicação desses sistemas serão eliminados 90 % dos detritos orgânicos, geradas 30 % das
necessidades energéticas da cidade, e produzidas cerca de dois milhões de toneladas de adubo
orgânico por ano para o abastecimento de pomares, hortas, estufas de hortaliças e mudas de
árvores nativas. Com isso, serão beneficiados os pequenos produtores rurais, aumentadas as
ofertas de empregos, melhoradas as qualidades e quantidades dos alimentos e o solo da região.
Além disso, o projeto poderá ser aplicado em outras cidades do Brasil.
A-12
Candidato: Ângelo Antonio Benaglia Neto
Projeto: Sistemas de regeneração florestal
Instituição: Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal
Execução: Mogi-lguaçu – International Paper do Brasil.
Tem como objetivo dispersar sementes em massa por meio de induções artificiais de
atratividade de morcego nectarivoros, polinivoros e frugívoros. O primeiro sistema é chamado de
bebedouros semelhantes aos bebedouros de beija-flor; entretanto esse bebedouro possui sistemas
mecânicos que possibilitam os morcegos a ingerirem sementes de pequenas árvores nativas e
silvestres ao ingerirem água e sacarose a 20%. Os morcegos somente são atraídos para áreas
desérticas por meio de emissões de estímulos de atratividade de sons artificiais de chamados e
respostas entre indivíduos de uma determinada espécie de morcegos nectarpívoros e polinivoros.
Busca-se promover o reflorestamento em massa de áreas com grandes dimensões
espaciais a baixo custo e de fácil manuseio e execução para seu desenvolvimento, utilizando
recursos biológicos de morcegos e tecnologia em informática.
A-13
Candidato: Antonio Francisco Lima de Oliveira
Projeto: A biomassa residual para geração de energia renovável
Instituição: D' Cerâmica Indústria de Produtos Cerâmicos Ltda.
Execução: O projeto será implantado no município do Acará, às proximidades de Belém, estado do
Pará, o qual é produtor de três dos principais componentes do composto da matéria-prima que
serão utilizados para a fabricação do briquete: a serragem de madeiras nobres, o caroço do açaí e
o resíduo da castanha-do-pará; com disponibilidade de mão de obra especializada e não
especializada, energia elétrica, água, transporte e excelentes vias de acesso para a
comercialização e transporte de matéria-prima, do produto e área para atividades de
reflorestamento.
As tecnologias atualmente em uso no mundo demandam enormes quantidades de energia.
O tipo de energia mais intensamente utilizado é o calor gerado, em grande parte, pela queima de
combustíveis fósseis, que, além de poluentes, não são renováveis e estão cada vez mais caros.
Enquanto não houver esse salto tecnológico, a queima de combustíveis para gerar energia será
inevitável. Para mitigar essa situação, um grande esforço vem sendo feito para substituir as atuais
fontes de energia – particularmente as fósseis – por outras mais econômicas e ambientalmente
corretas. Nesse contexto, a queima de biomassa como fonte de energia para geração de calor, que
sofreu forte declínio durante a maior parte do século XX, ressurge vigorosamente como excelente
alternativa técnica e econômica. Por isso, a queima de biomassa como fonte de energia para
geração de calor representa um enorme e crescente mercado em qualquer parte do mundo. No
entanto, a queima pura e simples de biomassa triturada pode gerar sérios problemas operacionais,
logísticos, econômicos e ambientais. Por suas características físicas e excelentes propriedades
caloríficas, o briquete produzido a partir de resíduos ligno-celulósicos, com tecnologia simples e
investimentos baixos, constitui-se em excelente fonte de energia, podendo substituir os
combustíveis atualmente em uso com vantagens operacionais, logísticas, econômicas e ambientais.
O calor, de forma direta ou por transferência, é largamente utilizado em inúmeros
processos produtivos, e a queima de biomassa reciclável se inclui entre as alternativas mais
econômicas e ambientalmente corretas para a geração de calor. Entre as indústrias que mais
utilizam calor em seus processos produtivos estão: alimentícia, siderúrgica, metalúrgica, metalmecânica, química, petroquímica, cerâmica, porcelana, olarias, vidro e têxtil.
Em 1981, a FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations diagnosticava
que aproximadamente 30% do território brasileiro se encontrava em situação de crise com relação
à disponibilidade de lenha. Isso significa que os recursos desse material eram inferiores às
necessidades, obrigando a sociedade a uma exploração florestal excessiva. Essa exploração,
superior à capacidade de reposição da floresta, faz com que a lenha não seja uma fonte energética
renovável.
Na última década o quadro só se agravou. O governo brasileiro vem incentivando a
substituição de derivados de petróleo por fontes alternativas de energia. Uma forma é substituir a
lenha por um produto equivalente. A compactação de resíduos ligno- celulósicos em geral, como
por meio de compostos da biomassa residual e natural agrícola, florestal, industrial e
agroindustrial para a produção de briquetes com qualidade superior a qualquer lenha, representa
grande contribuição a essa mudança.
A briquetagem é um processo tecnológico muito eficiente para concentrar a energia
disponível da biomassa. 1,00 m3 de briquete contém pelo menos cinco vezes mais energia que 1,00
m3 de resíduos. Isso, levando-se em consideração a densidade a granel e o poder calorífico médio
desses materiais. Devido "à dimensão e às grandes distâncias internas do país, o aspecto
concentração energética assume também grande importância" (QUIRINO, 5).
A exuberância dos resíduos agroindustriais, florestais e silvícolas no Brasil garante
sustentavelmente a matéria-prima para a manutenção de fabricação de briquetes. "... a
viabilidade técnica e econômica do acondicionamento desses resíduos, comprovada, justifica a
alocação de recursos de financiamento para apoiar o aproveitamento desses resíduos como
atividade econômica, bem como outras medidas que se fizerem necessárias para estruturar o
mercado desse produto" (BRASIL. Ministério da Agricultura, 1984).
A técnica de compactação de resíduos para uso energético' ainda é pouco utilizada no
Brasil. O Laboratório de Produtos Florestais LPF/Dirped/lbama desenvolveu um núcleo de pesquisa
envolvendo a difusão de técnicas de compactação de energéticos sólidos, contando com
equipamentos que atendem tanto a difusão da tecnologia como o treinamento de mão de obra
especializada.
No estado do Pará, a quantidade de lenha produzida em 2007 foi de 3.877.920 m3 (IBGE,
2007), região onde, ao longo da ferrovia entre o polo de Carajás e o porto de Itaqui, estão
localizados os fornos de Carajás que operam há mais de 20 anos e cujo carvão vegetal utilizado é
proveniente da grande disponibilidade de madeira na região e de resíduos de madeira da indústria
madeireira. A produção nesse polo cresce à taxa de 15,4% ao ano e, atualmente, é responsável por
9,5% da produção nacional de ferro-g usa (SINDlFER, 2007).
A biomassa utilizada na produção de carvão vegetal para abastecer as produtoras de
ferro-gusa na Amazônia Oriental brasileira origina-se, quase integralmente, de madeira oriunda da
mata primária, sendo desprezível a parcela originária da silvicultura ou mesmo da carbonização do
coco de babaçu.
No que se refere aos resíduos de madeira serrada que são descartados no processo de
beneficiamento pelas serrarias e que é carbonizada, é possível inferir que a utilização de um
hectare de mata produz até 24,7 m3 de resíduos em relação ao material serrado (VIDAL et al,
1997, p. 15), que são parcialmente utilizados, carbonizando-se somente a madeira que tenha
largura superior a 5 cm.
Estimando-se que, a partir de 1999, são consumidos anualmente pela siderurgia na
Amazônia Oriental brasileira 1,9 milhões de toneladas de carvão vegetal; supondo-se que 40%
sejam produzidos tendo por base lenha oriunda de desmatamentos para a formação de pastagens
ou de projetos de "manejo florestal sustentável" e que os 60% restantes sejam provenientes de
resíduos de madeira utilizada pelas serrarias, já que as outras fontes de biomassa não são
praticamente utilizadas; considerando-se provável a interseção entre as áreas das quais se extrai
madeira para serrarias e as que são desmaiadas com finalidades agropecuárias, pode-se deduzir
que, anualmente, os resíduos que convergem para a produção carvoeira originam-se de uma área
que atinge 570 mil hectares.
A indústria cerâmica brasileira é responsável por cerca de 1% do PIB do país, que
corresponde a um conjunto bastante heterogêneo de empresas. Apresenta uma estrutura
produtiva composta por diversos segmentos, com destaque para o setor de cerâmica estrutural
(vermelha) que, em 2003, obteve um faturamento de US$ 4,2 bilhões (CASTRO; PACHECO, 2005) e
distribui-se por todo país, de forma pulverizada, em micro e pequenas empresas, quase sempre de
organização simples e familiar, geralmente localizadas próximas às jazidas de matéria- prima
(BUSTAMANTE, 2000).
No polo industrial de São Miguel do Guamá a 150 km de Belém no estado do Pará, a
maioria das empresas de cerâmica estrutural (vermelha) utiliza lenha e pó de serragem como
principal fonte de energia nas queimas de fornos e caieiras (estas, por serem abertas, consomem
mais energia que os fornos e trabalham, quase que exclusivamente, com a lenha como
combustível) e já encontram dificuldades para obtenção do insumo que está se tornando cada vez
mais escasso devido à grande demanda e pela exigência dos órgãos de fiscalização ambiental no
cumprimento das leis de certificação e de origem do pó de serragem e da lenha utilizada, fatos
estes que oneraram sensivelmente esses insumos na região. Nesse polo existem registradas no
sindicato da categoria em funcionamento 44 indústrias cerâmicas (existem aproximadamente
outras 17 indústrias não cadastradas no sindicato da categoria) que abastecem grande parte do
mercado do estado, consumindo quantidades expressivas de lenha seca diariamente. Em
levantamento realizado em duas cerâmicas de pequeno porte, com produção de 800 milheiros e
1000 milheiros mensais, verificou-se o consumo mensal de 1.200 e 1.500 m3 de lenha seca
respectivamente, o que corresponde a 32.400 m3/ano.
Como o segmento da construção civil é estratégico para o desenvolvimento do país e, em
particular, da região Norte e que a tendência da produção de lenha é a sustentabilidade de seu
consumo,
essa
matéria-prima
para
os
empreendimentos
de
cerâmica
estrutural e,
consequentemente, para as indústrias siderúrgicas na produção de energia, precisa de alternativas
como o reflorestamento para garantir a demanda de que esses setores necessitam.
Segundo o Plano Nacional de Agroenergia 2006 – 2011 do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, o setor rural é o maior consumidor de biomassa para energia. Estima-se
que o consumo per capita rural atual seja de 1 t/ano (15GJ), enquanto, nas áreas urbanas, o
consumo cai para 50% dele.
Diante dos dados e evidências, este projeto se propõe à produção, em escala industrial, do
briquete utilizando a biomassa residual agrícola e silvícola da Amazônia para atender o polo
industrial de São Miguel do Guamá e parcela da demanda das indústrias siderúrgicas da região de
Carajás, potencializando a biomassa produzida na região, utilizando o reflorestamento de espécies
energéticas Acácia mangium, capim elefante (Pennisetum pupureum) e espécies lenhosas do
bambu (Dendrocalamus giganteus) e philostaqueos (Phyllostachys aurea) e resíduos silvícolas
amazônicos como caroço de açaí, casca do coco verde e resíduos da castanha-do-pará, o que
produzirá renda para pequenos empreendedores de venda do vinho de açaí, vendedores de água
de coco in natura da região metropolitana de Belém e catadores de castanha-do-pará, a maioria de
comunidades quilombolas da bacia do Baixo Tocantins e Baixo Rio Guamá.
A-14
Candidato: Aristides Montanha
Projeto: Cumaru – humanos e bovinos
Instituição: Pesquisador independente
Execução: Floresta, Cerrado e outros.
Por meio de perguntas casuais e específicas, a título de pesquisa, constata-se com
satisfação que a consciência da população tem amadurecido bastante com relação às agressões ao
meio ambiente, amadurecimento este que é visível desde crianças, cidadãos comuns, empresários,
até autoridades constituídas e políticos.
Há prefeitos investindo relativamente bem na arborização de suas respectivas cidades. Os
empresários, entretanto, com destaque para aqueles do agronegócio, da pecuária, os principais
predadores ambientais, não estão considerando com a seriedade que o momento exige a
preservação da floresta, do Cerrado e, menos ainda, a questão do reflorestamento.
O plantio da soja, da cana-de-açúcar, dentre outros, já acabou com 60% do Cerrado, está
fazendo o mesmo com a floresta de transição que é compreendida, por exemplo, no médio norte
do estado de Mato Grosso e, infelizmente, já em fase bastante adiantada, até por conta da
extração da madeira, já está alcançando a Floresta Amazônica. E, na medida em que o solo se
torna inviável para o plantio, entra-se com a pecuária.
A plantação de grãos, da cana-de-açúcar e a pecuária são monoculturas extensivas que
retiram tudo do meio ambiente e, como na prática do toma lá e dá cá, a este nada oferecem.
Entretanto, os empresários que exploram tais atividades podem contribuir em muito com a
questão ambiental sem diminuir seus rendimentos. Aliás, o que pode até parecer conto de fadas,
pode aumentar significativamente seus lucros e praticamente sem quaisquer investimentos.
Começarão a mudar o seu conceito perante os ambientalistas e a sociedade como um todo,
porque deixarão de ser vistos como os vilões da natureza. O conto de fadas pode até se tornar
realidade, se os empresários do agronegócio plantarem uma árvore, apenas uma árvore, em cada
hectare explorado. Há várias espécies vegetais que podem ser plantadas, mas sugere-se a Dipteryx
odorata ou cumaru – nome popular – por quatro razões importantes: 1ª – embora seja uma planta
da região amazônica, desde o estado do Acre até o Maranhão, ela adapta-se bem em biomas
como o Cerrado, as Caatingas e outros; 2ª – tem raiz axial ou pivotante profunda e raízes
adventícias subterrâneas que, por isso, não interferem nos trabalhos mecanizados; 3ª – casca
medicinal: é até produto de exportação, e o fruto leguminoso serve como alimento a diversas
espécies animais, inclusive os bovinos; e 4ª – é madeira de lei de primeiríssima qualidade. Esses
empresários estarão começando a praticar deforma interativa com suas práticas explorativas o
reflorestamento.
Os empresários citados, adotando a sugestão de plantarem uma cumaru por hectare,
estarão devolvendo ao meio ambiente, ao planeta e a toda humanidade, as condições de vida que
estão sendo aniquiladas, estarão contribuindo de forma efetiva com a amenização do
aquecimento global.
A exploração do solo, do meio ambiente, tem como principal característica, atualmente, a
existência de latifúndios de 5 mil hectares ou mais, onde se contam nos dedos das mãos pequenas
árvores solitárias. E é frequente, no caso da pecuária, em dias com temperatura de 38ºC ou mais,
contar, sob pequena árvore, nove ou dez cabeças de gado disputando a minguada sombra.
Animais que, em seguida, percorrerão longa distância em busca de água. Sofrimento, e até
prejuízo, para o próprio empresário, que deve e pode ser evitado.
Imagine esses latifúndios tendo em cada hectare uma árvore plantada. Serão, no futuro, 5
mil árvores plantadas, devolvendo a vida ao meio ambiente, ou múltiplos delas, que começam a
descaracterizar a monocultura extensiva e perfazendo números de áreas verdes de um milhão e
duzentos e cinquenta mil metros quadrados (125 hectares), que estarão fazendo as trocas gasosas
fundamentais à recuperação ambiental, evitando flagelos sociais como aos que estamos assistindo,
convivendo com aquelas famílias, em estados como Santa Catarina e São Paulo, por exemplo, e
outras catástrofes que, sem a recuperação do verde, serão inevitáveis.
Com atitude simples, embora grandiosa, de plantar uma muda por hectare, embora tal
número possa ser multiplicado, os empresários do agronegócio começam, de fato, a promover a
recuperação da natureza depredada. Esses empresários, até como troféu, terão no futuro milhões
de metros cúbicos de madeira de lei que aumentarão suas contas bancárias.
Cada plantação de cumaru estará salvando humanos, bovinos e todas as demais espécies
vivas do planeta.
A-15
Candidato: Arlete Silva de Almeida
Projeto: Análise dos níveis de degradação ambiental no Centro de Endemismo Belém
Instituição: Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)
Execução: Bioma Amazônico (leste do estado do Pará).
A ocupação da Amazônia chega a preocupar na medida em que os efeitos do uso
desordenado causam degradação ao meio ambiente. Cerca de 75% desse desmatamento
concentram-se no que ficou conhecido como "Arco do Desmatamento" e grande parte encontra-se
na região do Centro de Endemismo Belém (leste do Pará e o oeste do Maranhão). Os municípios
localizados nessa região apresentam, aproximadamente, 90% de suas florestas alteradas, e o solo
apresenta níveis altos de degradação. Estudos recentes apontam que 23,98% dessa área
corresponde a remanescentes florestais e 76,02% em uso da terra.
Uma característica importante da região é o seu elevado nível de endemismo. Essa
situação justifica a necessidade de estudos que venham contribuir na determinação de parâmetros
para o conhecimento real dos níveis de degradação florestal em fragmento de floresta e corredores
ecológicos.
O uso de sensores orbitais tem demonstrado grande utilidade na detecção de informações
sobre os recursos naturais. Portanto, imagens Landsat serão processadas aplicando as técnicas: a)
pré-processamento; b) realce das imagens; c) interpretações; e d) classificações, com o uso dos
programas ArcGis, ENVI e ERDAS. Estudos fitossociológicos serão realizados para compor uma lista
de espécies ameaçadas de extinção.
No presente momento é importante o resultado deste projeto para viabilizar criação de
áreas protegidas no Centro de Endemismo Belém, no sentido de resguardar espécies de fauna e
flora ameaçadas.
A-16
Candidato: Carlos Gabriel Gonçalves Koury
Projeto: Manejo integrado dos recursos florestais na Reserva de Desenvolvimento Sustentável
(RDS) do Uatumã
Instituição: Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam)
Execução: Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, médio Amazonas. 424.430ha.
Municípios de São Sebastião do Uatumã e Itapiranga.
A gestão de Unidades de Conservação de Uso Sustentável deve ser tratada de modo
holístico e abrangente, considerando todos os potencias ecológico-econômico naturais da região,
os cuidados de preservação de habitats e endemismos locais e as características sociais e
conhecimento tradicional instalados.
O conhecimento técnico acumulado sobre a ecologia e fisiologia das espécies florestais
mostra, cada vez mais, que a maior parte dos produtos florestais pode ser aproveitada sem a
necessidade de abertura de áreas e nem mesmo derruba de árvores (óleos, essências, resinas,
cascas, folhas, frutos, sementes, madeira para alguns fins específicos, orquídeas, bromélias, cipós,
espécies de ornamentação arbustivas e herbáceas).
Diante disso, este projeto propõe a gestão do uso racional dos recursos florestais pela
integração do manejo dos diversos produtos florestais amazônicos com potencial econômico e
propondo a gestão sustentável e integrada de espécies madeireiras, cascas medicinais e corantes,
manejo de galhos e folhas para produção de óleos e resinas sem a necessidade da derruba da
árvore, aproveitamento das orquídeas e bromélias caídas junto com as árvores para manejo
madeireiro, manejo de espécies arbustivas e herbáceas, colheita de frutos para produção de polpa
e derivados, produção de sementes e mudas florestais certificadas e registradas no MMA com
garantia de variabilidade genética, reposição de espécies por plantio de mudas.
Com este modelo, espera-se reconhecer e valorar o modo de vida e o conhecimento
tradicional, gerar renda às comunidades de RDS do Uatumã, sem agredir a floresta, garantindo a
oferta licenciada de diversos produtos de origem florestal ao mercado consumidor.
A-17
Candidato: Cláudio Szlafsztein
Projeto: Contribuição dos projetos de desenvolvimento sustentável na Amazônia à adaptação de
pequenos agricultores aos impactos da variabilidade e mudanças do clima
Instituição: Universidade Federal do Pará
Execução: a. Belém (atividades de escritório);
b. Visitas técnicas nos áreas dos projetos já implementados de desenvolvimento sustentável na
região amazônica.
A Terra encontra-se pressionada por diversos fatores (ex. a globalização da economia, a
urbanização, o crescimento populacional, doenças e pestes, pobreza), entre as quais se destacam a
variabilidade e as mudanças no clima, originadas e/ou magnificadas, em grande medida, nas
atividades humanas (ex. a queima de combustíveis fósseis, a agricultura e o desmatamento) que
liberam na atmosfera gases de "efeito estufa". Após a revisão da literatura, o Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPPC) reporta que em função dos cenários descritos,
as zonas costeiras, a saúde humana, a biodiversidade, os recursos hídricos e, em particular, os
sistemas agrícolas em todas as escalas deverão enfrentar mais frequentes e sérios eventos
meteorológicos e climáticos.
O risco decorrente das mudanças climáticas deve ser gerenciado de diversas formas. Por
um lado, reduzindo as emissões de gases, no que se conhece como estratégias e medidas de
mitigação e, por outro, preparando-se para conviver com as novas condições climáticas mediante
processos de adaptação. No primeiro caso, se reduz a ameaça e, no segundo, a vulnerabilidade das
infraestruturas, da população e das suas atividades socioeconómicas.
Até o presente, grande parte da atenção dos governos e de ONGs tem sido concentrada na
mitigação das mudanças climáticas por meio da promoção de conhecimento e da sensibilização
dos cidadãos em matéria de mudança climática, assim como a pesquisa e o desenvolvimento de
novas tecnologias de produção (agricultura, indústria, energia), transporte e consumo que limitem
a emissão dos gases estufa. Uma atenção particular tem recebido a preservação das florestas
tropicais.
Com menor ênfase, as estratégias e medidas de adaptação têm adquirido uma crescente
importância nos últimos anos, com base na necessidade de ajudar a reduzir os impactos das
mudanças no clima em curto prazo, por meio do incremento da capacidade de adaptação e, em
consequência, da diminuição da vulnerabilidade das pessoas, da sociedade, e de suas atividades
produtivas. O desenho de estratégias de adaptação para realidades concretas é uma tarefa
complicada devido às incertezas inerentes às projeções do desenvolvimento socioeconómico, das
emissões de gases de efeito estufa e do clima.
Enormes recursos são investidos na região amazônica com vistas a fomentar e financiar
projetos produtivos nas diversas escalas por bancos, governos e agências de cooperação, no
sentido de promover o desenvolvimento sustentável baseado em pilares econômicos, sociais, e
ambientais. Esses projetos inicialmente não foram planejados no contexto das mudanças
climáticas, no entanto existe uma expectativa grande em identificar em quanto essas experiências
podem contribuir significativamente em desenhar estratégias de resposta aos impactos das
mudanças climáticas na Amazônia. Existem numerosas formas de medição e avaliação da
contribuição de projetos à mitigação das mudanças climáticas, mas encontram-se maiores
dificuldades no que diz respeito à adaptação.
Nesse sentido, esta proposta de projeto procura responder a perguntas tais como:
•
Quais são as principais vulnerabilidades das pequenas atividades produtivas no âmbito
rural na Amazônia diante dos cenários de variabilidade e mudanças climáticas (ex.
secas e enchentes extremas, altas temperaturas)?
•
É possível estabelecer parâmetros de medição qualitativa/quantitativa relacionados a
respostas adaptativas às mudanças climáticas que contribuam, no futuro, à tomada de
decisão dos bancos, governos, e agências de fomento e cooperação com vistas ao
financiamento (inicial ou prorrogação) de projetos de desenvolvimento sustentável na
região amazônica?
•
Qual tem sido a contribuição dos projetos de desenvolvimento sustentávelfinanciados
e implementados na região amazônica nos últimos anos, ao estabelecimento de
políticas e estratégias de adaptação à variabilidade e às mudanças climáticas?
A-18
Candidato: Cláudia Guerra Monteiro
Projeto: A música na floresta: estreitando saberes por meio da EAD
Execução: Benjamin Constant, AM.
A revolução provocada pela chegada das tecnologias principalmente a Educação a
Distância (EAD) na Educação leva a comunidade científica a pensar métodos e caminhos
diferenciados, aproveitando contextos e materiais distintos da região Norte que ajudam na
sistemática comunicacional e educacional. As implicações e os caminhos percorridos pela
civilização são parte integrante do processo de evolução da comunicação, além de serem
importantes, também, para a análise do ecossistema comunicacional e educacional no Amazonas.
Com um ecossistema ambiental diferenciado das outras regiões do país, o estado do
Amazonas possui singularidades que podem fazer o grande diferencial no âmbito nacional.
A proposta é trabalhar, a princípio, na cidade de Benjamin Constant, afluente do Rio
Solimões, ganhando novas proporções na medida em que seu acesso se torna difícil. Trata-se,
porém, de um momento já experimentado por meio da EAD no município e buscar alternativas
passa a ser uma luta constante para os profissionais de Educação, Artes, Comunicação e Biologia.
E é com uma proposta inovadora que se pretende levar para alunos e professores da rede estadual
e municipal de ensino um trabalho de educação ambiental, social e cultural, uma vez que se busca
trabalhar com materiais extraídos da floresta para a construção de instrumentos musicais
orgânicos que darão novo fôlego ao estado. E é neste momento que a Educação a Distância se
diferencia. A EAD está em um momento único no município de Benjamin Constant. O município
conhece EAD desde 2008, quando a Universidade Federal do Amazonas implantou o curso de
Ciências Agrárias. Pretende-se formar, com isso, um grupo que trabalhará com ensino e pesquisa
na área da Música orgânica do estado por meio de EAD. Com aulas presenciais e a distância,
busca-se selecionar, fotografar, registrar e armazenar todos os dados possíveis como: nomes de
sementes, cascas, raízes, enfim, materiais que naturalmente iriam para o lixo ou de volta à terra.
Assim, pretende-se fabricar instrumentos musicais e promover uma participação coletiva da
sociedade no interior do estado. O treinamento seria dado via EAD, utilizando os laboratórios
utilizados nos cursos de graduação em EAD. Entre os objetivos deste projeto tem-se: mapear o
material e capacitar professores da rede pública afim e criar grupos infanto-juvenis que trabalham
com música orgânica.
Essas alternativas se tornam relevantes no município e qualquer tentativa que se faça em
relação ã geração de emprego, de atualização de professores e, principalmente, de renovação
social e cultural, já justifica a realização deste projeto que estará influenciando diretamente o
ecossistema comunicacional e educacional. Pretende-se com isso trabalhar dentro de contexto
amazônico único em que o município de Benjamin Constant está localizado.
Situado na faixa de fronteira Brasil-Peru, tem uma população predominantemente urbana,
com cerca de 85% de seu território constituídos de áreas indígenas demarcadas. Assim, sendo o
município considerado a capital cultural do Alto Solimões, o projeto ganhará destaque à medida
que se pretende criar os concertos infanto-juvenis de música orgânica da região Norte, com alunos
da rede estadual e municipal de educação.
O município também é a sede de organizações da sociedade civil, indígenas ou nãoindígenas que, por sua vez, representam um importante patrimônio para a gestão democrática
daquela Mesorregião do Alto Solimões. Tem sua economia baseada no extrativismo vegetal e
animal, dando "consistência" ao enfoque do projeto. Dado esse enfoque, pretende-se organizar
uma equipe composta por dois (2) pedagogos, um (1) psicólogo, dois (2) músicos, (1) biólogo
juntamente com alunos dos cursos de Artes, Pedagogia e Biologia, para que, com um
instrumentista regional, conhecedor de música orgânica no estado, possam fazer um resgate dos
materiais orgânicos utilizados como cascas, sementes, etc.
Pretende-se, ainda, introduzir nas salas de aula do município de Benjamin Constant, o
conceito de música regional, momento em que deverão trabalhados conceitos de conservação
ambiental e aproveitamento de materiais encontrados na floresta com cascas, troncos, sementes.
Com a valorização dos materiais encontrados e com uma metodologia diferenciada,
montaremos as salas de aula virtual pelo Moodle. Oficinas com os professores possibilitarão aos
seus alunos uma aprendizagem nova e dinâmica. Os professores trabalharão com grupos –
selecionados por eles – para coleta de materiais, grupos de sons, grupos de confecção dos
instrumentos, para que os alunos busquem nas Oficinas o real sentido do processo de ensinoaprendizado.
No planejamento estratégico das ações didático- pedagógicas e administrativas
praticadas, serão consideradas a diversidade e a riqueza cultural das comunidades onde o projeto
será implantado. Gadotti (1992) chama a atenção para esse tipo de preocupação: a diversidade
cultural é a riqueza da humanidade. Para cumprir sua tarefa humanista, a escola precisa mostrar
aos alunos que existem outras culturas além da sua. A autonomia da escola não significa
isolamento, fechamento numa cultura particular. Escola autônoma significa escola curiosa,
ousada, buscando dialogar com todas as culturas e concepções de mundo. Pluralismo não significa
ecletismo, um conjunto amorfo de retalhos culturais. Pluralismo significa, sobretudo, diálogo com
todas as culturas, a partir de uma cultura que se abre às demais.
As Oficinas darão ao aluno condições de construir seu instrumento musical, resgatando a
cultura e a história da música no estado, ao mesmo tempo em que tirará as crianças da rua e do
contato com o tráfico, oferecendo capacitação em uma profissão, além de, no desenrolar das
atividades, acompanhamento psicológico com um profissional que analisará dentro da psicologia
educacional os resultados das Oficinas.
O uso das novas tecnologias da comunicação na sala de aula também põe em xeque o
papel do professor que segue o modelo tradicional de educação.
No fundo, a mudança do papel da escola e, por extensão, da educação, perpassa pela
mudança da visão filosófica do papel da educação na vida das comunidades. De La Taille (1992, p.
110) traça um perfil de um dos pensadores (Jean Piaget) que, a partir de suas reflexões, modificou
completamente a visão do processo de aquisição dos conhecimentos.
Piaget inspirou-se na biologia para postular que o desenvolvimento é um caminhar rumo
ao equilíbrio, caminhar este característico de todo e qualquer indivíduo seja qual for seu sexo,
idade ou cultura. A teoria da equilibração deve ser compreendida dentro de outra, a teoria de
sistema, assumida por Piaget para explicar a inteligência.
Para ele, a inteligência humana deve ser entendida como um sistema cognitivo. Sistema
este ao mesmo tempo aberto e fechado, cujo desenvolvimento ocorre pelo constante contato do
sistema cognitivo com informações vindas do meio, e pelo não menos constante processo de
reestruturação que visa a, justamente, fazer com que o sistema atinja o equilíbrio e nele
permaneça. Essas constantes reestruturações ou reequilibrações passam por grandes etapas (os
famosos estágios do desenvolvimento).
Pretende-se, nesse contexto, montar equipes que buscarão na floresta, por meio de
estudos preliminares, materiais para o projeto. Far-se-á um mapeamento dos materiais que podem
ser utilizados. Assim, após listagem dos materiais, o trabalho com a equipe terá início.
As Oficinas darão condições para os professores de se prepararem para essa nova
proposta, apresentando uma nova roupagem na educação. Dessa forma, a intenção deste projeto
é demonstrar para a sociedade a importância de se trabalhar com a Ciência, por meio de contextos
cotidianos e específicos da região e demonstrar como a universidade pode desenvolver projetos e
equacionar soluções para toda uma comunidade carente da participação universitária no processo
de inovação, ciência e tecnologia do estado do Amazonas.
A-19
Candidato: Cláudio Urbano Bittencourt Pinheiro
Projeto: As florestas de Juçara na baixada Maranhense: uma alternativa regional de valor
ambiental, utilitário e econômico para a recuperação de matas ciliares
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Execução: Área lacustre do município de Penava, MA.
Matas ciliares são formações vegetais importantes em termos ecológicos, sendo essenciais
para a manutenção da qualidade da água dos rios e da fauna ictiológica. As matas ciliares são
também essenciais para a sobrevivência da fauna em muitas regiões, representando para elas
refúgio, fonte de água e alimento (OLIVEIRA FILHO, 1994). Além disso, essas áreas funcionam como
filtros, retendo defensivos agrícolas, poluentes e sedimentos que seriam transportados para os
cursos de água, afetando diretamente a quantidade e a qualidade da água e, consequentemente, a
fauna aquática e a população humana. São importantes também como corredores ecológicos,
ligando fragmentos florestais e, portanto, facilitando o deslocamento da fauna e o fluxo gênico
entre as populações de espécies animais e vegetais (MARINHO FILHO; GASTAL, 2001). Em regiões
com topografia acidentada, exercem a proteção do solo contra os processos erosivos.
Desde 1965 o Código Florestal (Lei n.° 4.771/65) inclui as matas ciliares na categoria de
áreas de preservação permanente. Assim toda a vegetação natural (arbórea ou não) presente ao
longo das margens dos rios e ao redor de nascentes e de reservatórios deve ser preservada. Apesar
da aparente proteção da legislação, a prática é na realidade diferente. Além do desrespeito à
legislação, vários problemas ambientais têm sido registrados, exigindo, em muitos casos, ações
para recuperação que, em geral, envolvem modelos que incluem os diferentes grupos ecológicos
sucessionais, arranjados de forma tal que suas exigências sejam atendidas pelos mesmos, os quais
não têm seu sucesso garantido somente com sua aplicação. Pelo exposto, entende-se ser
necessária a adição de alguns requisitos quando da definição de modelos de recuperação de matas
ciliares degradadas.
Nas diversas regiões do Brasil, especialmente no Maranhão, existem espécies ainda pouco
estudadas em sua importância, como componentes de ambientes ciliares, seu lugar na estrutura da
vegetação ciliar e sua importância utilitária para o homem, para o ambiente e para a fauna local.
Conhecer as espécies principais componentes desses ambientes pode constituir a base para a
concepção e implementação de modelos de recuperação nessas áreas. Entender como os grupos
humanos vêm ocupando os ambientes ciliares, usando e manejando os recursos naturais também é
de fundamental importância para a construção da base de programas e políticas de recuperação e
conservação ambiental.
Estudos recentes (CUNHA; PINHEIRO, 2007, 2008) mostram que, embora a noção de
conservação possa ser fortalecida entre as comunidades ribeirinhas a partir da Educação
Ambiental e de experiências de produção e plantio de mudas nas áreas ciliares, essa noção e essas
experiências não se tornam práticas rotineiras nas vidas dessas comunidades e de suas populações
porque não se consolidam no interesse de uso e manejo das espécies e dos ambientes.
Muitas espécies, de interesse ecológico, relevantes para os ambientes ciliares em suas
interações com a fauna e a flora, ou como componentes estruturais das matas ciliares, ou ainda
como fontes de alimento para a fauna ictiológica, ou de abrigo e de reprodução, são entendidas
como importantes, mas não o suficiente para impedir a sua extração quando a necessidade se
apresenta. Portanto, pode ser fundamental a seleção de uma ou poucas espécies de reconhecido
valor utilitário e/ou econômico, bem como de comprovado papel ecológico, que recebam a atenção
e o lugar em programas pontuais de recuperação de matas ciliares. A Juçara (Euterpe oleracea
Mart.; Palmae) é seguramente uma dessas espécies.
A Juçara ou Açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) é uma espécie palmácea nativa da região
amazônica que se destaca entre os diversos recursos biológicos vegetais, pela sua abundância nas
áreas onde ocorre e por constituir importante fonte de diversos produtos, tanto de subsistência
quanto comerciais (BALICK, 1989). É encontrada em toda a Amazônia, como uma espécie
componente da floresta nativa ou em formas de verdadeiros maciços naturais conhecidos como
Juçarais ou Açaizais, com predominância nas áreas de várzeas. A Juçara é uma espécie vegetal
frequentemente presente nas matas ciliares dos lagos, rios, riachos e nascentes, constituindo, pois,
uma espécie de importância ecológica elevada, na função de proteção, como componente de
matas ciliares.
Os produtos derivados do extrativismo da Juçara ocupam lugar de destaque na economia
dos estados amazônicos, especialmente do Pará, pela produção de frutos e palmito. A produção
paraense de frutos e palmito da Juçara representa cerca de 93% e 82%, respectivamente, do total
produzido no Brasil, sendo que somente o estado do Pará produz anualmente mais de 100 mil
toneladas de frutos (representando cerca de 50 milhões de reais) e cerca de 20 mil toneladas de
palmito (aproximadamente 10 milhões de reais). No Maranhão, a comercialização de frutos da
Juçara apresenta números bem mais modestos que os do estado do Pará. A produção atinge
somente a casa das 5-6 mil toneladas de frutos, ainda que esteja em crescimento nos últimos anos
e não há produção de palmito. Os produtos derivados do extrativismo dos Juçarais têm aceitação
cada vez maior do mercado nacional e internacional e ocupam o quarto lugar em importância na
economia do estado do Pará, destacando-se a produção de frutos e palmito, os quais juntos
mobilizam recursos anualmente na ordem 300 milhões de dólares, sendo 10% desse valor
proveniente da exportação de palmito para outros países (IBGE, 1991).
Pelo lado social, os frutos produzidos pelos Juçarais são de grande importância para a
subsistência de muitas populações nas áreas de ocorrência da espécie pelo alimento que
proporcionam e pela sua comercialização. Em muitas áreas da Amazônia, os frutos fazem parte da
dieta de uma grande proporção dos habitantes. O mesocarpo carnoso é misturado com água para
fazer uma espécie de vinho e até sorvetes. O vinho da Juçara é consumido na Amazônia quase que
em uma base diária, especialmente entre os segmentos mais pobres da população. Em toda a sua
distribuição, a palmeira tem também outros usos menores. Os caules são usados para uma
variedade de fins de construção. As folhas são amassadas e o líquido espremido é aplicado para
parar sangramentos. Frutos e sementes são utilizados como alimento animal. A palmeira é
também muito utilizada como ornamental. Os habitantes das zonas ribeirinhas da Amazônia
utilizam praticamente todas as partes da planta para as mais diversas finalidades: as folhas para
cobertura de casas, ração animal e artesanatos; o estipe para construção de casas, pontes e
cercas; e as sementes despolpadas para alimentação animal e adubo orgânico.
Pretende-se desenvolver um programa de revegetação dos Juçarais nativos da região
lacustre de Penalva, na Baixada Maranhense e, em especial, das Matas de Aterrados, que resulte
na recomposição da vegetação ciliar de lagos, rios e igarapés da região, contribuindo, no curto
prazo, para a geração de renda, pelo extrativismo dos frutos e, no médio prazo, para o incremento
na pesca, pela reposição dos ambientes de abrigo, alimentação e reprodução da fauna ictiológica.
Além disso, tem como objetivo levantar e quantificar áreas críticas de Juçarais desmaiados
na região; desenvolver ações de revegetação dessas áreas por meio de isolamento e proteção,
semeadura direta de sementes e produção de mudas em viveiro; e envolver as comunidades locais
no processo de revegetação, produção de mudas e monitoramento das áreas revegetadas.
A-20
Candidato: Paulo César Nunes
Projeto: Projeto doação simultânea de castanhas na região Noroeste
Instituição: Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam)
Execução: Município de Juruena, Mato Grosso, porém os resultados abrangem os seguintes
municípios: Juina, Castanheira, Cotriguaçu, Colniza e Aripuanã.
O presente projeto visa a incentivar e apoiar a agricultura familiar e o desenvolvimento
sustentável da região. Adicionalmente, um importante hábito alimentar já está sendo introduzido
na população, em sua maioria originária de fora da região amazônica e que não conhece frutas
tropicais. Especialmente as populações jovens e carentes que serão os gestores e tomadores de
decisões nessas comunidades no futuro próximo.
Os beneficiários consumidores das amêndoas de castanha- do-brasil são 7142 pessoas
carentes dos municípios de Juina, Castanheira, Cotriguaçu, Colniza e Aripuanã.
A-21
Candidato: Daniel do Nascimento Melo
Projeto: ISO 14000 para Jovens
Instituição: Instituto Certi Amazônia
O projeto foi elaborado a partir da real necessidade de se construir mecanismos que
facilitem a disseminação de conteúdos ambientais para crianças e jovens de Manaus, visando ao
aumento da sua consciência ambiental e a redução dos problemas sociais ocasionados por
acúmulo de lixo, degradação do meio ambiente, entre outros, em especial nas localidades de baixo
IDH, que são mais vulneráveis a esses impactos.
O projeto visa a ampliar o estímulo de uma maior conscientização ambiental, a partir da
disseminação aos jovens da norma NBR ISO 14000, incluindo a compreensão dos seus requisitos e
o uso da ferramenta de melhoria contínua PDCA, proporcionando a experimentação de atividades
em grupo, em redes locais e globais, com a utilização de TICs.
O veículo de educação dos jovens será um Serviço Ambiental baseado em um website e em
três livros didáticos digitais sobre a aplicação da NBR ISO 14000. O acesso a esse serviço e a seus
conteúdos será feito por jovens das escolas públicas da região amazônica, em especial aquelas
localizadas em comunidades de baixo IDH, em condições de intensiva agressão ao meio ambiente.
Dessa forma, ao final do projeto, os jovens que se engajarem nesta proposta receberão a formação
de auditores ambientais e serão os responsáveis por gerir um projeto em sua comunidade.
Dentre as estratégias para a execução do projeto, destacam-se a manutenção e a
formação de novas parcerias, visando a: seleção de dez escolas públicas para participarem das
atividades do projeto; elaboração dos três livros didáticos e o treinamento dos alunos no respectivo
conteúdo; monitoração dos indicadores ambientais nas localidades envolvidas no projeto;
alinhamento com outras propostas e ações promovidas pela iniciativa pública.
A-22
Candidato: Dany Geraldo Kramer Cavalcanti e Silva, Guilherme Frederico Carlos Kremer Neto,
Anésio Mendes de Sousa, Antônio Moreira de Carvalho Filho e Josélia Calixto Leitão Borsatto
Projeto: Análise dos aspectos ambientais em unidades de saúde na microrregião do Bico do
Papagaio, Tocantins
Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde, Santa
Cruz; Secretaria Municipal de Educação de Goianinha, RN; Instituto Federal de Ensino, Ciências e
Tecnologia; Colégio Estadual Olavo Bilac; e Instituição Privada
Execução: Bico do Papagaio, TO.
O setor de saúde tem uma escassez de recursos financeiros que não se refere apenas às
atividades técnicas em saúde, mas inclui a problemática ambiental, uma vez que suas atividades
podem apresentar riscos de ordem variada, como resíduos sólidos, poluição acústica e atmosférica
e águas residuárias que podem conter características que facilitem a incorporação de agentes
contaminantes na cadeia trófica, interagindo em processos físico-químicos naturais, aumentando o
problema.
O setor de saúde tem muito a melhorar, pois precisa manter o equilíbrio de uma difícil
equação que envolve a melhoria da qualidade dos serviços prestados com o menor custo
econômico, ambiental e social, presente em todas as etapas, principalmente em áreas mais
desfavorecidas socioeconomicamente, como na região do Bico do Papagaio, TO.
A-23
Candidato: Davina Camelo Chaves
Projeto: Difusão da compostagem no município Zé Doca
Instituição: Instituto Federa! de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Campus Zé Doca
Execução: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Maranhão (IFMA).
A produção do lixo resultante da atividade diária do homem é algo preocupante, pois os
resíduos gerados implicam o comprometimento do meio ambiente, que passa a produzir mais lixo
e, com isso, se faz necessário o uso da compostagem, visando à produção de adubo livre de
agentes químicos. Como metodologia, utilizou-se a aplicação dos conhecimentos literários e a
orientação dos docentes nos processos de escavação de valas, seleção e disposição dos resíduos
em camadas com aeração ou não, e observação dos resultados obtidos ao final do processo,
durante a germinação de sementes de feijão com o uso de NPK, esterco e o composto final. Os
resultados com o uso da compostagem nos procedimentos I e II foram na obtenção dos produtos,
que se verificou que o composto II apresentou melhores resultados que o composto I, em relação às
características físicas e químicas e no período de germinação das sementes do feijão.
A-24
Candidato: Éderson Autusto Zanetti; Marcelo de Castro e Souza e Nelci Rodrigues
Projeto: Corredor florestal da BR 163: Proposta da criação da rede integrada de bosques de
produção de sementes de espécies florestais nativas e sistemas silvipastoris ao longo do eixo da BR
163 – unidade demonstrativa de Altamira (Castelo dos Sonhos), Pará
Instituição: Associação dos Produtores Rurais do Vale do Garça
Execução: Pará.
A Rodovia BR 163 é muito importante, que integra o Centro- Norte ao Centro-Oeste e Sul
do Brasil.
Este projeto trata-se de uma proposta de implantação de um sistema integrado de uso da
terra, formado por uma rede de 600 bosques de sementes de espécies florestais nativas e sistema
silvipastoril monitorados por um sistema eletrônico de rastreamento. Com essa estratégia, fica
garantido o fluxo gênico entre as unidades de conservação estabelecidas ao longo da BR 163,
criando um corredor da biodiversidade entre elas.
Objetiva-se tornar a população local parceira nos projetos de conservação e uso da
natureza e ampliar a renda das atividades locais de uso da terra, por meio da implantação de uma
atividade voltada para transformar os produtores rurais locais em fornecedores de serviços
ambientais, implantando a Cooperativa de Produtores Rurais de Carbono da BR 163- CPRC/BR163.
O projeto pretende, ainda, auxiliar e criar alternativas para a transição da produção local
para um modelo de desenvolvimento sustentável regional, possibilitando a integração gradual das
áreas de florestas naturais e das áreas de pastagens e agricultura, como forma de contribuir para
a consolidação dos objetivos do governo federal para a região, em conjunto com a população local.
Buscará lançar as bases para a implantação de uma rede de 600 bosques de produção de
sementes de espécies florestais nativas ao longo do eixo da BR 163, para complementar os esforços
de conservação de uso da biodiversidade na região, além de implantar um sistema de
monitoramento das árvores porta-sementes com rastreamento eletrônico, permitindo aumentar a
precisão e qualidade da coleta de sementes (o sistema deve também ser implantado para
rastreamento eletrônico dos animais e das árvores nativas plantadas no sistema silvipastoril, em
uma segunda etapa).
Pretende-se lançar as bases para a implantação da Câmara Técnica de Adequação
Ambiental da BR 163, voltada para a regularização fundiária, levantamento de passivos
ambientais, elaboração de projetos de adequação ambiental no âmbito da propriedade, municipal
e regional, incluindo Pagamento por Serviços Ambientais (carbono, água, biodiversidade e outros)
e elaborar políticas públicas de preços mínimos para produtos e serviços ambientais das florestas.
Além disso, será trabalhada a implantação de um projeto regional de adequação
ambiental das propriedades rurais com base em critérios locais de desenvolvimento sustentado,
empregando o Pagamento por Serviços Ambientais por meio de Arranjos Locais de Prestadores de
Serviços Ambientais, envolvendo projetos de carbono florestal, produtores de água, conservação
da biodiversidade, selos de certificação de identidade geográfica e outros.
A colaboração para a Adequação Ambiental ao longo da BR 163 irá fornecer subsídios
ambientais, sociais e econômicos para a tomada de decisão sobre a região.
A formação de uma base florestal produtiva será capaz de oferecer madeira industrial
para o desenvolvimento sustentável da indústria de base florestal na região da BR 163, utilizando
as áreas com sistema silvipastoril manejadas para fornecimento de produtos florestais
madeireiros, PFNM (incluindo componente animal) e carbono.
Aumentará a oferta de biomassa florestal para fins energéticos de fontes sustentáveis na
região de influência da BR 163 e ensejará oportunidades para o estabelecimento e
desenvolvimento sustentável da indústria de base florestal na região da BR 163, integrada ao uso
agrícola e pecuário da terra e ao estabelecimento das populações de humanos.
Irá colaborar para a implantação de arranjos locais de prestadores de serviços ambientais,
por meio da oportunidade para o estabelecimento de uma cooperativa de produtores rurais de
carbono na região de influência da BR 163.
A-25
Candidato: Edilza Laray de Jesus
Projeto: Agroecologia: uma alternativa socioambiental e econômica para produtores rurais da
Ascope, Itacoatiara, AM
Execução: Comunidade Social Sagrado Coração de Jesus do Paraná da Eva, município de
Itacoatiara, AM.
Este projeto pretende trabalhar a agroecologia junto aos agricultores membros da
Associação de Desenvolvimento Comunitário dos Produtores do Paraná da Eva (Ascope), na
Comunidade Social Sagrado Coração de Jesus (CSSCJ), município de Itacoatiara, AM. Os moradores
da Comunidade são, na grande maioria, produtores de abacaxi (Ananas comosus) e cupuaçu
(Theobroma grandiflorum), com retorno econômico que lhes garante elevados padrões de
consumo de produtos industrializados. As técnicas agrícolas utilizadas por esses agricultores ainda
seguem a lógica da Revolução Verde, apontando, segundo pesquisas recentes, para a
insustentabilidade socioambiental e econômica a médio e longo prazo.
O monocultivo do abacaxi e do cupuaçu é feito pela derrubada de árvores seguida de
queimadas, acarretando em consequências ambientais, sendo as mais perceptíveis: assoreamento
de rios e igarapés, empobrecimento do solo e a necessidade crescente de produtos agroquímicos
para o aumento da produção e da produtividade.
Dada a infestação pelo fungo Crinipellis causador da vassoura de bruxa nos cupuaçuzeiros
concomitante ã limitação de terras para expansão do plantio de abacaxizeiros, está ocorrendo,
desde o ano de 2007, a retirada dos cupuaçuzeiros restantes para ampliação da cultura de
abacaxi, com exigências de maior produtividade para atender as demandas do mercado
consumidor.
Pesquisas recentes mostram a insustentabilidade desse modelo a médio e longo prazo, daí
a urgência do incremento de práticas ambientalmente corretas que apontem para mudanças na
forma de conceber e utilizar os recursos naturais como solo, água e floresta, principalmente.
As oportunidades do projeto darão avanços sobre o conhecimento científico relacionado
às questões ambientais na Comunidade, ao se discutir, por exemplo, produção, consumo,
economia, sustentabilidade, agroquímicos, saúde, entre outras questões, com perspectivas para
sensíveis melhorias no espaço da produção e na saúde dos agricultores. Considerando as
possibilidades dos múltiplos parceiros entre Universidade do Estado do Amazonas e Prefeitura de
Itacoatiara, Ascope, Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador do Amazonas
(Cerest), Embrapa, IN PA e outras instituições de fomento, pesquisa e extensão rural no Amazonas,
as atividades serão desenvolvidas por meio de estratégias interdisciplinares, seguindo orientações
da Metodologia Participativa de Markus Brose em suas obras que tratam dessa temática.
Os resultados deste projeto poderão servir como instrumento para, num momento
posterior a esta pesquisa, se propor junto a parlamentares municipais e estaduais ações,
programas e políticas de formação e Educação Ambiental abrangendo o aspecto formal
(professores e alunos) e não-formal (agricultores familiares), visando ao desenvolvimento rural
sustentável, resguardando as especificidades de cada lugar.
A-26
Candidato: Eduardo Freire Nakamura
Projeto: ANURA – Monitoramento de anuros baseado em redes de sensores sem fio para
avaliação precoce de estresse ecológico em ambientes de floresta tropical
Execução: O projeto deverá ser executado principalmente em Manaus, na sede da Fucapi, com
experimentos em laboratório e em campo (a ser definido com biólogos). Contudo, as soluções
resultantes do projeto deverão ser testadas em outras regiões da federação (Sudeste e outros
estados da região Norte, como Pará) para ampliar o espectro de aplicação dessas soluções.
Segundo o Art. 7 do regulamento, a proposta se encaixa na categoria Ambiental
perseguindo objetivos ambiciosos na questão ambientai tais como, recuperação de áreas
degradadas, preservação de espécies, desenvolvimento de tecnologias para sensoriamento
autônomo e remoto de recursos naturais.
A Floresta Amazônica é um ecossistema complexo onde clima, solo, fauna e flora estão
fortemente relacionados. Com base nessa estreita relação entre clima, solo, fauna e flora, o projeto
ANURA visa à adequação e utilização da tecnologia de Redes de Sensores sem Fio (RSSFs) para
monitoramento automático e não invasivo de anuros como indicador precoce de estresse ecológico.
O projeto trata de relevantes desafios para a Ciência da Computação e provê uma importante
ferramenta para a área de Ecologia com forte aplicação para a Amazônia. Os desafios em Ciência
da Computação incluem a proposição de técnicas para classificação, baseadas nas vocalizações
emitidas pelos anuros, e para estimação populacional de anuros presentes na região monitorada.
Atualmente, a principal forma de acompanhamento de anuros demanda a presença física
de um pesquisador para captar o áudio dos anuros ou para escutá-los, classificá-los e contá-los.
Obviamente a simples presença pode causar algumas modificações, mesmo que mínimas, no
ecossistema monitorado. Como anuros são muito sensíveis a tais modificações ambientais, a
presença humana pode interferir na análise do impacto ambiental do ecossistema.
A identificação, classificação e estimação populacional de anuros feitas de forma
automática por meio de redes de sensores representam uma promissora ferramenta para
acompanhamento ecológico na conservação, preservação e sustentabilidade da Floresta
Amazônica. Esses sensores podem, ainda, ser equipados com unidades de medição de
concentração de C02 e, com isso, monitorar a emissão de carbono na atmosfera na área
monitorada.
A execução deste projeto trata de problemas na fronteira do conhecimento e deverá
envolver, ao longo de três anos, um aluno de doutorado, dois alunos de mestrado e dois de
graduação. Dessa forma, o projeto contribui também para a formação especializada de recursos
humanos auxiliando na redução das diferenças entre a região Norte e as demais regiões da
federação.
O projeto visa a incentivar o desenvolvimento de tecnologia local para redes de sensores
que considerem as particularidades do ambiente de floresta tropical, e a auxiliar na incubação de
empresas da região para produzir e comercializar essa tecnologia.
A-27
Candidato: Elio Jesús Crespo Madera
Projeto: Minha comunidade livre de contaminação
Instituição: Universidade Estadual do Amazonas
Execução: UEA/CSTB.
Partindo de que é Educação Ambiental: educar sobre como conviver na sociedade, de
maneira que se facilite a continuidade e sustentabilidade do desenvolvimento, ao mesmo tempo
em que se protegem, preservam e conservam os sistemas de suporte vital do planeta.
O projeto organizou-se por etapas que se deverão vencer para obter as próximas, com as
valorações correspondentes e consiste no desenvolvimento de uma iniciativa que facilitará o
processo de ensino e aprendizagem da Física com participação dos estudantes universitários e de
outros níveis de ensino, professores e especialistas de outras ciências, assim como os membros da
comunidade.
Inclui um esforço planejado para comunicar informação e/ou subministrar instrução aos
habitantes da comunidade, apoiado nos mais recentes e válidos dados científicos, para servir de
suporte ao desenvolvimento de atitudes, valores, opiniões e conhecimentos (crenças e superstições)
que apoiem a adoção sustentada de condutas que guiam tanto aos indivíduos como a grupos para
que vivam suas vidas socialmente, cresçam seus cultivos, fabriquem seus produtos, comprem seus
bens materiais, desenvolvam-se tecnologicamente, etc., de maneira que minimizem o máximo
possível, a degradação da paisagem original ou as características geológicas de uma região, a
contaminação do ar, água ou chão e as ameaças ã sobrevivência de outras espécies de novelo e
animais.
A-28
Candidato: Fernão Leme Carvalho e Valdemar Camata Junior
Projeto: Proposta para a criação de um projeto-piloto para a compensação das emissões de gás
carbônico (C02) das Indústrias do Estado de Rondônia
Instituição: Amazon Carbon Institute (ACI)
Execução: Estado de Rondônia (Floresta Amazônica).
Implementar programa de compensação de emissão de carbono com benefícios sociais,
econômicos e ambientais, por meio da recuperação e do reflorestamento das nascentes e matas
ciliares nas bacias hidrográficas no estado de Rondônia.
A-29
Candidato: Gladston José Gonçalves
Projeto: Reflorestamento de áreas degradadas: a sustentabilidade como agente formador de
ambiente ecologicamente equilibrado no município de Paraíso, TO
Instituição: Laboratorista
Execução: Propriedade no município de Paraíso do Tocantins.
É necessidade urgente a mudança no estilo de vida e comportamento humano na
contemporaneidade, com a finalidade de haver uma diminuição da deterioração ambiental e a
preservação do planeta.
A possibilidade de as gerações futuras usufruírem os recursos naturais e os bens da
humanidade partindo do que as gerações atuais podem preservar tem sido discutida em muitos
encontros, reuniões e conferências internacionais. Porém, esse fato é insuficiente para a mudança
na direção dos comportamentos responsáveis para com o ambiente. Algumas informações de
como se deve agir e quais medidas coletivas deverão ser realizadas em busca dessas mudanças,
como a Agenda 21, poderão resolver parcialmente o problema. O cerne da questão é a forma de
como vivemos a relação homem e seu entorno, que se pauta na dominação e na visão do homem
como centro do universo. Essa é uma ideologia que está presente no cotidiano a partir de uma
racionalidade técnico-científica que contribui para a situação em que a humanidade vive hoje, em
que a forma como a tecnologia é concebida afasta os homens de si mesmos e de tudo em seu
entorno. O individualismo, a falta de solidariedade, a violência, a miséria, a anomia são faces
diversas da mesma atitude que devasta o planeta e, como um bumerangue, retorna ao homem
trazendo consequências como, por exemplo, as mudanças climáticas vividas hoje. Uma
racionalidade comunicativa e afetiva poderá ser um caminho de transformação dessa realidade
com a qual a educação pode contribuir, partindo de uma reflexão enraizada na experiência vivida e
na condição ontológica do homem, de um ser que, ao mesmo tampo em que é natureza, é também
um ser que reflete, pensa, sente e age com intencionalidade.
Baseado no exposto, o mundo está na iminência da mudança de paradigmas. Conforme o
tempo avança, avançam-se, também, as questões ideológicas, filosóficas, científicas, etc., a fim de
que, se não acompanharem, possam se adequar ou mesmo lidar com as modificações
socioeconômico-ambientais do presente e futuro. Nunca a humanidade esteve tão sedenta por
explicações e soluções em torno dos desarranjos socioeconómicos e ambientais praticados,
especificamente, por seu próprio cunho.
O projeto busca recompor área degradada no município de Paraíso do Tocantins com
plantio alternado entre espécimes nativos e de valor alimentício (palmito, soja e abacaxi) visando á
subsistência das famílias carentes urbanas; adotar medidas urgentes economicamente viáveis que
barre o crescimento acelerado da degradação do meio ambiente; fomentar e promover a
participação popular nas questões ambientais, baseada no conceito de associação, interagindo-as
com médios fazendeiros de modo que gere cooperação efetiva e ativa na preservação ambiental,
diretamente, e sistemas agroecológicos, indiretamente, considerando a responsabilidade
compartida e o mútuo interesse das partes; produzir substrato-solo utilizando fibras naturais (casca
de coco da praia e compostagem de resíduos de papéis urbanos com desbastes de excesso de
galhadas de árvores), gramínea e esterco bovino; e desenvolver sistema de geração de água
potável por condensação atmosférica.
A-30
Candidato: Idelfonso Generôzo da Silva e Madalena de Abreu Melo Silva
Projeto: Sistema de produção agroecológico integrado sem fogo para agricultores familiares na
Amazônia
Instituição: Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof)
Execução: Município de Rio Branco, Acre.
O caminho para o desenvolvimento sustentável da Amazônia passa pela adoção de
estratégias que combinem a diversificação da produção com incorporação de inovações
tecnológicas e agregação de valor aos produtos regionais que estimule a geração de emprego, a
melhor distribuição de renda e a redução dos impactos ambientais.
Países como França, Itália e Alemanha mostraram que agricultores familiares, quando
enquadrados em políticas de desenvolvimento, tornaram-se os maiores defensores do meio
ambiente. Essa relação entre a diversificação da produção, o desenvolvimento de novas fontes de
energia e a proteção do meio ambiente constitui um fator indispensável para enfrentar o atual
quadro de crise ambiental e energética (INCRA, 2007).
A situação de degradação ambiental do planeta já ensinou que modelos econômicos têm
que levar em conta as noções de ecossistema (sistemas integrados), onde o que é resíduo para uma
determinada atividade passa a ser matéria-prima para outra atividade, que normalmente pode ser
reaproveitado.
Para alcançar agroecossistemas sustentáveis, é necessária a integração de medidas
ecológicas e agronômicas para o manejo da agrobiodiversidade. É preciso não apenas pensar a
produção, mas também a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais (solo, água,
biodiversidade), a diminuição progressiva da dependência de insumos, valorizando-se o
conhecimento local, a preservação da saúde humana e a segurança alimentar das populações.
Uma importante estratégia na agricultura familiar é explorar a complementaridade que
resulte em combinações de cultivos, árvores e criações de animais em agroecossistemas detentores
de arranjos espaciais e temporais tais como policultivos, sistemas agroflorestais e integrações
lavoura-pecuária.
A produção integrada dos sistemas de exploração agroflorestal tem mostrado resultados
positivos em todas as regiões do país. Com isso, pretende-se conter o desmatamento na Amazônia;
evitar a prática das queimadas na região amazônica; recuperar áreas agrícolas em processo de
degradação; diversificar produção e receitas durante o ano; potencializar a biodiversidade; e
aproveitar os resíduos agrícolas para produção de compostagem.
A-31
Candidato: Isac Braz da Cunha
Projeto: Projeto de desenvolvimento sustentável do Lago da Pedra
Instituição: Instituto Ambiental Tocantinense (IAT)
Execução: Fazenda Santa Edwiges, Pium, TO.
Este projeto abrange uma área que compreende um lago com 155 ha de lâmina d'água na
seca e 800 ha na estação das cheias. Dotado de uma exuberante fauna e avifauna e cercado por
uma mata ciliar altamente preservada, o Lago de Pedra é visto como um verdadeiro berçário de
peixes e, em um estudo recente, foram identificadas mais de trinta espécies diferentes em seu
habitat.
No local só é permitida a pesca esportiva.
Este projeto visa a alavancar recursos com objetivo de promover melhorias nas instalações
locais; elaborar de plano de manejo; oferecer condições para os visitantes conhecerem o local; e
desfrutar das suas belezas.
A-32
Candidato: José Antonio Domingues Teixeira Júnior
Projeto: Avaliação da Educação Ambiental nas escolas de ensino fundamental do município de
Benevides-Murinim
Instituição: Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)
Execução: Escolas de ensino fundamental do município de Benevides-Murinim.
O presente trabalho teve o objetivo de avaliar os processos pedagógicos de inserção da
Educação Ambiental nas escolas de ensino fundamental do município de Benevides-Murinim.
Nossa avaliação toma como fundamento os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), e a Lei
Federal n?. 9.795 de 27 de abril de 1999, servindo de engajamento para a execução do projeto. O
trabalho ocorreu num período de dez meses, avaliando inicialmente a realidade local (escola).
Promovemos pesquisa de campo com alunos, professores e diretores, por meio de questionários
para a avaliação individual das concepções pedagógicas, socioeconómicas e ambientais.
Ao decorrer do projeto apresentamos aos alunos palestras abordando temas relacionados
a problemas na localidade e medidas básicas de saneamento, dando aos mesmos a oportunidade
de detectar os problemas na sua comunidade e minimizá-los adotando novos hábitos. Ao término
das palestras, elaboramos oficinas de reutilização de materiais, engajando os alunos na
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente. Concluiu-se com os estudos que a
temática meio ambiente não faz parte do ensino infantil e nem da realidade da população, uma
vez que os pais dos alunos também foram envolvidos, por serem agentes da educação familiar.
A-33
Candidato: José de Deus Pinheiro de Araújo
Projeto: Projeto Reciclap – Reciclando o Amapá – fomentação do empreendedorismo na área da
reciclagem nas comunidades de economia solidária para a geração de trabalho, renda e
responsabilidade socioambiental
Instituição: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA)
Execução: Município de Macapá, AM.
Pesquisa e desenvolvimento de produtos recicláveis, elaboração de projetos e captação de
recursos para implantação de linhas de produção de produtos recicláveis no setor de economia
solidária.
Oportunidade: Proporcionar a prática do empreendedorismo aos agentes da economia
solidária, gerando trabalho, renda e melhorando as condições ambientais do estado mais
preservado do Brasil, o estado do Amapá.
Estratégia de execução: realização de pesquisas para desenvolvimento de novos produtos
recicláveis, elaborando projetos, captando recursos junto aos setores públicos e privados e
implantando linhas de produção (fábricas e oficinas de produtos recicláveis) nas comunidades
carentes de catadores de lixo, ex-detentos, associações de moradores e centro comunitários.
A-34
Projeto: Projeto Delpam – Projetos de desenvolvimento limpo para o Amazonas
Execução: UEA sede Manaus e sede Tabatinga.
Muito pouco se tem falado a respeito do Mercado do Carbono no estado do Amazonas e
quase nada a respeito do Protocolo de Kyoto, muito menos do Artigo 12.
Projetos Delpam – Projetos de desenvolvimento limpo para o Amazonas – vêm encerrar
esse episódio na história do Amazonas com ousadia e atrevimento. Este Projeto ousa responder de
forma direta como inserir o estado do Amazonas, especificamente a nossa Universidade, nesse
contexto internacional.
Este projeto visa a criar uma nova classe de profissionais no Amazonas, formados e
credenciados pela Universidade do Estado do Amazonas, no intuito de que sejam reconhecidos e
credenciados pelo Inmetro, para terem a capacidade de certificar todos e quaisquer Projetos de
MDL na Amazônia.
Vivemos na Amazônia e diariamente existe no mundo o traspasso de centenas de milhares
de dólares oriundos de Projetos de MDL gerados ou provenientes da Amazônia, negociados nas
Bolsas de Clima de Chicago ou de Londres. Como não recebemos nem uma porcentagem dessas
transações, podemos considerá-las como evasora de divisas amazônicas. Seja por oportunismos,
inovação, modismo, necessidade de mudar a face de nossa região, sustentabilidade, interesses
econômicos, projeção: social', nacional, internacional; etc. Não interessa muito o motivo, o que
importa é que alguma coisa deverá ser feita. Se nós aqui no interior do Amazonas, na cidade de
Tabatinga, já percebemos isso, quem dirá vós. O que queremos é dizer como será feito...
Este projeto estabelece parâmetros claros de atuação da nossa Universidade, dentro do
Mercado do Carbono, especificamente em duas atividades:
a) Credenciamento: pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade
Industrial. A UEA, deverá obter um credenciamento para poder operar.
b) Certificação: ter seus cursos de extensão e pós-graduação reconhecidos e credenciados
pelo Inmetro.
c) Estabelecimento em conjunto com outros organismos de posições claras de:
• redução de emissão de gases do efeito estufa provenientes de degradação e
desmatamento (REDD);
• atuação como mediador para garantir meios de valorização da Floresta em Pé,
remunerando pequenos e grandes produtores, povos da floresta, seringueiros, etc.
A-35
Projeto: Sorria Amazônia
Execução: Mesorregião do Alto Solimões.
Saneamento otimizado e racionalizado dos rios como fatores de integração arterial da
Amazônia – SORRIA AMAZÔNIA é um projeto-piloto que visa a lançar a pedra fundamental de
integração na Amazônia para preservar e recuperar os recursos hídricos dos rios da Amazônia sem
se esquecer do ser humano e da floresta como atores coadjuvantes e fundamentais desse
mecanismo sistêmico de preservação da vida e dos recursos ambientais de nossa região.
O projeto Sorria Amazônia, em sua ideia simples, propõe: "como deve ser feito" de forma
clara e lógica, em apoio à discursiva do governo que apenas diz "o que tem que ser feito".
Sendo assim, quanto mais tempo levarmos para preservarmos nossos recursos hídricos,
maior será o tempo de abandono de nossas comunidades ribeirinhas e maior, também, será o
tempo de espera por: benefícios sociais, preservação da vida, direito à saúde e atenção médicoodontológica, integração. Isso sem falar em mortes: por fome e mortalidade infantil, que são
recordes na Amazônia em épocas de inverno, quando não se tem o que comer porque nossas
margens ficam inundadas, e nenhuma ação do governo por mais benéfica e bem planejada poderá
alcançar a todos deforma imediatista; e por acidentes fluviais.
Com o Sorria Amazônia, sabemos que não resolveremos todos os problemas, mas
apaziguaremos grande parte dele ao executarmos um projeto tão complexo como o é a sua
problemática. Trabalharemos usando as seguintes premissas e o nosso será:
•
Economicamente viável e estável;
•
Amazônico e autossustentável;
•
Ambientalmente fundamental e norteador para futuras gerações e para o governo;
•
Ecologicamente equilibrado e divisor de águas: por ser o primeiro projeto que pensa
em despoluir e descontaminar o Rio Amazonas nas suas partes mais afetadas;
•
Tecnologicamente imprescindível;
•
Socialmente necessário e importante;
•
Turisticamente essencial para a América Latina: devido a suas potencialidades;
•
Facilmente executável;
•
Humanamente limpo;
•
Praticável e estimulador de Projetos de MDL;
•
Modelo de projeto para o Brasil e o mundo.
A-36
Candidato: José Leonardo Gomes Donato
Projeto: Relatório de Pesquisa – Adoção do formato A5 como padrão de formulário para
expedientes internos e externos do Poder Judiciário do Estado de Rondônia – 3ã Edição
Execução: Inter e intra Poder Judiciário do estado de Rondônia.
Adoção do formato A5 como padrão de papel para expedientes internos e externos do
Poder Judiciário do TJ/RO. Contenção de gastos nos órgãos públicos. Trata-se de um processo
gradativo de conscientização e reflexão sobre a capacidade de lidar com o bem público. Cabe aos
gestores públicos e administradores buscarem mecanismos de minimização de gastos, apesar da
demanda e do aumento significativo da prestação de serviços.
A-37
Candidato: Josita Correto da Rocha Priante
Projeto: Tecnologia para otimização do uso da água em domicílios: sistema de reúso de água para
a alimentação de descargas domésticas
Instituição: Universidade Federal do Mato Grosso
Execução: Bairro CPA III, por apresentar características funcionais e estruturais dos sistemas de
água, esgoto e drenagem que permitam a análise de todo o ciclo da água dentro da bacia urbana.
Essa área foi escolhida por nela se inserir o Centro de Referência de Reúso de Água (CRRA), local
base para as fases de Educação Ambiental propostas no presente projeto. O CRRA é uma proposta
integrada de setores públicos, OSCIP, Petrobras Ambientai e comunidades da cidade de Cuiabá,
MT, que visa à mudança de hábitos da comunidade na utilização dos recursos hídricos e à
Educação Ambiental integrada, propiciando pesquisa, ensino e extensão, gerando, assim,
impactos na sociedade.
O presente projeto é uma proposta integrada de diferentes setores de Cuiabá, MT, que
objetiva aplicar tecnologias para minimizar o consumo de água potável a partir da reutilização das
águas de lavagem de roupa para atendimento de descargas domésticas, com uso de dispositivo
adequado, na microbacia do Córrego do Caju, que apresenta constantes problemas de suprimento
em seu abastecimento. A operação e otimização do sistema de reúso de água dar-se-á em 40
residências do bairro CPA III, com a readequação do referido circuito para aproximadamente cinco
marcas diferentes de lavadoras. O referido projeto propõe, ainda, o desenvolvimento de
metodologias que abordem a Educação Ambiental como uma ferramenta básica para adesão ã
implantação do Sistema, além de mudanças comportamentais na utilização dos recursos hídricos, e
a realização de um inventário do ciclo da água em toda a área considerando os sistemas de água,
de esgoto e águas pluviais de forma integrada. No desenvolvimento do projeto será avaliada a
qualidade da água em pontos estratégicos da entrada e saída das Estações de Tratamento de Água
e Esgoto que servem o bairro e os córregos da microbacia e a água de reúso. Além disso, irá apoiar
e fomentar a criação de comitê de bacia hidrográfica do Rio Coxipó – CBH – Coxipó.
A-38
Candidato: Jurandir Melado
Projeto: Projeto de capacitação técnica em manejo sustentável de pastagens para a região
amazônica
Piloto: formação de 150 multiplicadores em três regiões do estado de Rondônia
Instituição: Instituto Floresta de Pesquisa e Desenvolvimento Sustentável – Alta Floresta, MT
Execução: Região polarizada pelo município de Vilhena, RO;
Região polarizada pelo município de Ji-Paraná, RO;
Região polarizada pelo município de Porto Velho, RO.
Com base em dez anos de atividades no âmbito do Programa Amazônia sem Fogo
(www.amazoniasemfogo.org.br) – até então denominado sucessivamente, "Programa Fogo:
emergência crônica", "Programa Amazônia encontrando soluções" e "Programa de prevenção e
controle dos incêndios na Floresta Amazônica" – da Cooperação Italiana e do Ministério do Meio
Ambiente, chegou-se a um modelo de capacitação que tem apresentado resultados expressivos. O
mesmo modelo, já testado, será usado na presente proposta, em ações divididas em quatro fases:
a) Palestras e reuniões técnicas, com o objetivo de informar e motivar técnicos e
produtores quanto às tecnologias a serem utilizadas;
b) Cursos de capacitação de técnicos e produtores, com conteúdos que contemplem
tanto o embasamento técnico-científico, quanto os procedimentos práticos para a
implantação e manutenção das tecnologias;
c) Implantação de Unidades Demonstrativas (UDs) em parceria com produtores
locais, nas quais as tecnologias envolvidas são aplicadas de forma ideal. Essas UDs
se constituem em "unidades de referência", em que outros técnicos e produtores
poderão verificar os detalhes relativos às fases de implantação e manutenção do
novo modelo de manejo. Serão implantadas pelo menos duas UDs em cada polo:
• Uma voltada para a pecuária de corte;
• Uma voltada para a pecuária leiteira.
Na fase de implantação do projeto, deverão ser elaborados projetos executivos de cada
UD, a partir de diagnósticos das áreas a serem realmente utilizadas nas propriedades escolhidas.
d) Realização periódica de "Dias de campo" nas dependências das UDs, de forma a
divulgar, o máximo possível, o conhecimento das novas tecnologias entre os
produtores e técnicos da região.
A-39
Candidato: Lú Braga
Projeto: TJRO em dia com o meio ambiente
Execução: Porto Velho, Rondônia.
Este projeto está alinhado ao Plano Estratégico do Tribunal de Justiça de Rondônia que
prevê ações relacionadas à responsabilidade socioambiental', recomendação do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ). Contribui com a campanha mundial desenvolvida pela Organização das Nações
Unidas (ONU) em plantar 7 bilhões de árvores até o fim de 2009. Pretende-se sensibilizar
magistrados, servidores e a sociedade em geral sobre a importância da conservação ambiental,
com a realização do plantio e distribuição de mudas e sementes de diversas espécies nativas da
região amazônica.
A-40
Candidato: Magda Celeste Álvares Gonçalves
Projeto: Avaliação do crescimento iniciai de Carapa guianensis e Carapa procera, com vistas à
produção de mudas para implantação de Sistemas Agroecológicos
Instituição: Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
Execução: Municípios de Macapá, Amapá.
Conforme a Sociedade Brasileira de Silvicultura (1998), a floresta natural e/ou plantada é
um importante patrimônio do Brasil, que proporciona significativo benefício social, ambiental e
econômico ao país. Tal importância pode ser constatada quando se avalia o Produto Interno Bruto
Nacional (PIB). É notória a participação dos principais indicadores econômicos do setor de base
florestal do Brasil, contribuindo em 2003 com 4,5%. Isso representa cerca de US$ 20 bilhões,
gerando 6,5 milhões de empregos na cadeia produtiva, o que representa 9% da População
Economicamente Ativa (PEA) brasileira. Esse setor também contribuiu com o superávit da balança
comercial na ordem de US$ 3,6 bilhões, representando 27% do superávit total brasileiro (ABIMPM.
Estudo Setorial, 2003).
Do ponto de vista socioeconómico, merece destaque o fato de que, nas últimas décadas,
tem-se percebido um crescimento, sobremaneira, da demanda de fitoterápicos e cosméticos
extraídos a partir da biodiversidade existente nas florestas da Amazônia, que, se praticada de
forma sustentada, seguramente gera empregos, renda e melhoria da qualidade de vida da
população.
Conforme Delduque (1999), estima-se que o Brasil consome cerca de 30 mil litros de óleo
de andiroba por ano, em escala crescente, e exporta anualmente 450 mil litros, atingindo valores
de até R$ 100,00/1 no mercado nacional.
Entre as espécies exploradas no estado do Amapá, a andiroba (Carapa guianensis Aubl.)
recebe lugar de destaque por apresentar boas propriedades físicas e mecânicas da madeira
evidenciadas pelo fato de ser de fácil manuseio e permitindo um bom acabamento. E, por essa
razão, é muito procurada no mercado interno para a fabricação de móveis, caixotaria fina,
construção civil, lâminas, compensados, assim como uma boa opção para a indústria naval
(LORENZI, 1992).
Em vista dessas prerrogativas, a exploração extrativista da Carapa guianensis Aubl., em
particular, torna-se mais promissora e inevitável, e certamente, poderá ser ainda mais intensificada
na medida em que se alargam as vantagens de sua utilização.
Portanto, surge uma expressa necessidade de se conservar e proteger esse importante
recurso natural. E, com a finalidade de subsidiar projetos de propagação e para o desenvolvimento
de seu manejo adequado, deve-se, em primeiro lugar, potencializar as pesquisas que culminem
numa maior quantificação e qualificação de informações técnicas sobre essa espécie.
Desta feita, o estudo de espécies de múltiplo uso da flora amapaense, em particular, por
meio da coleta, domesticação e multiplicação das espécies mais promissoras do ponto de vista
agroambiental e socioeconómico, permitirá o aumento do conhecimento científico a respeito da
espécie Carapa guianensis Aubl., proporcionando condições para que os materiais analisados
possam servir de base para novos estudos, assim como para implantação de programas de
aproveitamento sustentável da floresta.
A-41
Candidato: Malouh Gualberto
Projeto: Projeto ecolambelambe no norte-nordeste brasileiro
Instituição: Projeto Ecofotografias.com
Execução: Parques, especialmente no Piauí, Amazonas e Pernambuco.
Ao projeto abaixo acrescentamos para o prêmio Amazonas o desdobramento do projeto
em outros estados brasileiros, especialmente Piauí, onde encontramos os três tipos de biomas
(Mata Atlântica, Cerrado e Floresta Amazônica). Propomos também a criação de um portal na
Internet para integração de parques por meio de seus funcionários, criando, assim, a troca de
experiências e conhecimento, acelerando ações de preservação e conservação ambiental desses
ambientes de conservação, estimulando concursos e apresentações de ecofotografias e vídeos
sobre Natureza Preservada.
Busca, por meio do apoio à preservação e conservação ambiental, do trabalho criativo com
crianças e terceira idade e jovens, registrar a natureza das matas brasileiras, propiciando suporte à
pesquisa e à propagação do ecoturismo e turismo não depredatório e sustentável, além da
integração do conhecimento sobre a natureza e a biodiversidade nas matas brasileiras e da
geração de renda com o estímulo ao ecoturismo.
A-42
Candidato: Márcia Maria Chiquitelli Marques Silveira
Projeto: Identificação e associação de biomarcadores de exposição ambiental como fatores
efetores e reguladores da carcinogênese
Instituição: Fundação Pio XII – Hospital de Câncer de Barretos
Execução: Fundação Pio XII – Hospital de Câncer de Barretos.
A carcinogênese é um processo altamente complexo do qual participam fatores de risco
herdados e fatores de risco ambientais, tais como a alimentação, o hábito de fumar, bem como
ocupação e exposição à radiação e a agentes químicos. O tratamento quimioterápico corresponde
a 70% dos tratamentos de escolha para os pacientes oncológicos. Estima-se que, para cada 1000
clientes com câncer, 700 serão submetidos à quimioterapia como tratamento de escolha sendo
este neoadjuvante, adjuvante ou paliativo. Os avanços científicos e tecnológicos contribuíram para
a redução da prevalência de determinadas doenças como o câncer, mas, por outro lado, fizeram
surgir novos riscos, como os de origem química, que contribuem para o aumento da concentração
dessas substâncias, normalmente inexistentes em ambientes não industrializados. Aliadas a esse
crescimento desordenado, atividades como a implantação de indústrias, a exploração mineral e o
desflorestamento afetam diretamente os peixes e, consequentemente, a pesca e o próprio homem
da região.
Os indicadores biológicos de exposição são o resultado da estimativa da inalação, ingestão
ou dermo-absorção de compostos químicos presentes no meio ambiente, muitos dos quais
suspeitos de propriedades teratogênicas, mutagênicas e carcinógenas para humanos. Nesse
sentido, a identificação de indicadores de exposição torna-se uma ferramenta importante no
auxílio de vigilância à saúde e danos ao meio ambiente, possibilitando o monitoramento de danos
precoces, principalmente em nível celular.
Tendo em vista que maior parte dos quimioterápicos é eliminada por via renal, na forma de
metabólito ativo ou inalterado e que, além de altamente poluente pode causar lesões em virtude
do perigo potencial de induzir resistência bacteriana às drogas do mesmo grupo químico, elaborouse a hipótese científica deste trabalho. A partir de uma "abordagem integrada" entre
carcinogênese e poluição ambiental torna-se possível uma avaliação molecular quanto à presença
e ao efeito tóxico destas em ecossistemas aquáticos. Os conhecimentos delineados neste projeto
serão essenciais na definição de estratégias eficazes que permitam reparar ou recuperar a
biodiversidade dos ecossistemas.
A interação dos peixes da Amazônia com seus ambientes é capaz de fornecer um grande
conjunto de parâmetros comportamentais, fisiológicos, bioquímicos, genéticos e moleculares, que
pode ser utilizado para monitoramento da qualidade do meio ambiente. Este projeto busca a
incorporação dos bioindicadores nos programas de vigilância e controle da contaminação
ambiental do meio aquático proporcionando um conhecimento mais preciso a respeito da
qualidade ambiental por meio do monitoramento das alterações moleculares que são acarretadas.
A-43
Candidato: Maria Auxiliadora de Souza Ruiz
Projeto: Educação Intercultural: Ensino de Ciências dos povos indígenas do Amazonas
Instituição: Universidade do Amazonas (UEA)
Execução: Escola Indígena Baniwa e Coripaco (EIBC- Pamáali) do Rio Içana, Alto Rio Negro.
Os encontros entre culturas constituem um fenômeno universal na história da
humanidade. Como bem assinala Claude Lévi-Strauss "monocultural não significa nada porque
nunca existiu tal sociedade" (LÉVI-STRAUSS; ERIBON 2001, p. 212). Num período recente, dois
processos maiores marcam a história do contato entre culturas: de um lado a
colonização/descolonização, de outro lado a globalização/mundialização. Na maioria dos casos, as
modalidades de encontro entre culturas são de conflito, inscrito na relação de força, ou cada uma
tenta seguir ou se impor à outra.
Os esforços das ciências da natureza e da sociedade redimensionam o campo das
diferentes culturas, nas relações entre o homem e seu ambiente e nas interações entre os
processos de integração dos grupos sociais e do ambiente como um todo. Existe uma tendência à
ampliação epistemológica da importância das etnociências, à medida que, no nível mundial, cresce
o interesse de recuperar sistematicamente os conhecimentos das populações tradicionais.
No que se refere a novas metodologias de ensino necessárias para os professores e de
aprendizagem para os alunos, levam à busca de uma didática da educação intercultural e de um
desenvolvimento sustentável, na construção de um pertencimento solidário e planetário, sem
esquecer a identificação das necessidades de pertencimento local, próprias de territórios. Essa
didática de educação ao desenvolvimento sustentável deve inserir o aluno às realidades do nosso
mundo para aprender a se apropriar, a assimilar e a compreender essas realidades de maneira
ativa. Isso significa que esse aluno deve tornar-se ator capaz de contribuir com as práticas cidadãs
e estar consciente da construção do espaço social desejável, econômico e ecologicamente
sustentável. Essa aprendizagem permanente da vida em sociedade permite valorizar a imagem de
si e desenvolver a curiosidade e a sensibilidade ambiental e intercultural, o que conduz o aluno e o
professor a uma investigação ativa, tornando-se verdadeiros atores da construção e do
desenvolvimento sustentável no território.
Na região do Alto Rio Negro, no estado do Amazonas, algumas experiências estão em
andamento, entre elas, a experiência da Escola Indígena Baniwa e Coripaco-Pamáali, situada no
Médio Rio Içana. Pamáali é uma entre tantas outras escolas indígenas que têm como cerne
metodológico o ensino com pesquisa; um ensino cuja base filosófica é essencialmente
construtivista; a articulação dos saberes e das práticas, em que o ciclo pesquisa- ação-pesquisa
possibilita um ensino de Ciências atrelado a projetos de desenvolvimento sustentável da região.
Os professores realizam experiências no interior das escolas indígenas, partindo das
reflexões sobre a construção de projetos e sobre o desenvolvimento de uma política de educação.
Esses projetos exigem a participação direta dos indígenas de cada região, em vista de conservar a
diversidade cultural, de respeitar os conceitos de identidades étnicas diferentes, de manter e
reconhecer a educação indígena, bilíngue, com seus modelos próprios e, finalmente, de exercer a
cidadania. Eles concebem também a escola indígena; uma questão política que, de toda maneira,
precisa mudar o sistema de ensino, visto que a sociedade branca está bem equipada com novas
tecnologias e visto que as sociedades indígenas têm interesses de acompanhar essa evolução. E
acreditam que a educação indígena é um meio de revitalizar e valorizar o passado, de ter uma
visão sobre as questões indígenas. Ou seja, é uma adaptação para organizar e manter a estrutura
cultural.
Podemos citar como exemplo as lições de educação indígena que são impressionantes! A
criança assume um papel ativo na sua aprendizagem. O adulto interage com ela numa relação de
respeito, de paciência e não de autoritarismo. A aprendizagem é qualquer coisa significativa, viva!
O paneiro, por exemplo, é utilizado para transportar os alimentos do campo. Portanto, a interação
está presente em todas as coisas para os indígenas. Essa prática pedagógica deve, sem dúvida,
estar presente no cotidiano da escola que os indígenas querem para suas crianças. E os parâmetros
metodológicos de educação escolar indígena são orientados pelas regras que estão presentes nos
processos próprios de aprendizagem de cada povo.
Assim, propomos desenvolver pesquisa sobre o ensino de Ciências baseado num trabalho
inter, trans e multidisciplinar, intimamente ligado aos problemas de desenvolvimento sustentável
dos povos indígenas do Amazonas. E acreditamos que a transdisciplinaridade concerne, do ponto
de vista científico, cultural, espiritual, social, ao que está entre as disciplinas, por meio das
disciplinas e além de toda disciplina. "Sua finalidade está na compreensão do mundo presente, do
qual um dos imperativos é a unidade do conhecimento" (CONGRÈS DE LOCARNO. Projet CiretUnesco, 1997). Portanto, não deixaremos de levar em consideração que o processo de ensino de
Ciências, para a educação indígena, deve ter como foco principal o paradigma ecológico centrado
nas práticas: a) de reafirmação das dimensões simbólicas; b) das etnociências como elemento
integrador das culturas indígenas e da cultura ocidental; c) do desenvolvimento sustentável e; d)
da integração planetária das culturas indígenas por meio das ".Sociedades do Saber".
A-44
Candidato: Marcos Alberto Seghese
Projeto: Projeto vida no campo – a vida em harmonia com a natureza
Instituição: Cesumar – Centro Universitário de Maringá
Execução: O sistema de produção agrossilvipastoril serve para todo o planeta terra.
Trabalho com a Ciência de nome Agroecologia na área de Sistemas Agroflorestais
utilizando o Sistema de Produção Agrossilvipastoril, multidisciplinar a partir do conhecimento em
quatro áreas do saber: Arte, Filosofia, Religião e Ciência, para poder criar sistemas de produção
que sejam diversificados, integrados, se tornem sustentáveis, para daí então serem orgânicos.
A-45
Candidato: Maria Teresa Fernandez Piedade
Projeto: Monitoramento de Áreas Úmidas Amazônicas (MAUA)
Execução: Áreas alagáveis das calhas dos rios Solimões, Negro e Madeira e seus interflúvios.
A Amazônia é conhecida pela exuberante floresta tropical e pela fabulosa trama de rios
que corta todo o seu território. Estudos acurados da área de cobertura desses rios e dos ambientes
marginais a eles, as áreas alagáveis, indicam que elas cobrem mais de um milhão de quilômetros
quadrados, ou seja, mais de 20% da área da região amazônica pode ser enquadrada na categoria
de áreas úmidas. Porque os rios foram e continuam sendo as vias naturais para acessar os mais
distantes pontos da região, suas áreas marginais foram as primeiras a serem colonizadas desde a
ocupação europeia. Em alguns estados, como é o caso do Amazonas, cerca de 80% da população
rural se concentra nas áreas alagáveis.
0 status ecológico, como também o potencial produtivo e econômico desses sistemas para
a população, é enorme. As férteis várzeas dos rios de água branca têm reconhecida importância
para o abastecimento da região. Delas derivam os mais importantes produtos de origem ambiental
direta, que suportam boa parte da economia de muitas cidades amazônicas, como a agricultura,
silvicultura/extrativismo madeireiro, pesca e pecuária. Já o potencial produtivo dos igapós, as áreas
alagáveis ao longo dos rios de águas pretas e claras, é muito baixo, porém o seu valor para a
manutenção da biodiversidade é muito alto. Essas áreas têm um enorme potencial econômico para
o turismo.
Devido á grande extensão da região, uma enorme variedade de ambientes alagáveis pode
ser encontrada como resultado de diferenças nas características geológicas da área de captação e
drenagem e no tamanho dos rios associados. Se, para as várzeas e igapós já se dispõe de várias
informações, os demais tipos de áreas úmidas da região não são caracterizados ecologicamente,
delimitados geograficamente ou avaliados quanto ao seu potencial de uso. Essa falta de
informações básicas inibe o estabelecimento de uma política amazônica para o manejo sustentável
desses ambientes.
Para modificar essa situação, durante os últimos anos, sob a liderança da proponente,
foram elaborados e executados projetos visando a estabelecer indicadores ecológicos que
permitam o refinamento da tipificação das áreas alagáveis do estado do Amazonas. Essa tipologia
está sendo estabelecida, por exemplo, por meio das propriedades físico-químicas dos corpos de
água, medidas de relações foliares da vegetação desses ambientes e determinação do conteúdo
mineral de folhas e cascas das principais espécies relacionadas aos diferentes ambientes. Esses
parâmetros já geraram índices ecológicos que permitem discriminar as diferentes tipologias.
Devido às grandes distâncias e à diversidade de ambientes, técnicas de sensoriamento remoto
adaptadas a áreas alagáveis também estão sendo utilizadas para propiciar a espacialização dessas
diferentes categorias. Com base nessa classificação, as funções e serviços ambientais peculiares a
cada tipologia inundável estão sendo estabelecidos, para que cada categoria possa continuar a ser
ou possa vir a ser usada de modo condizente com sua vocação.
Este esforço, contudo, não é o bastante. Esses ambientes têm uma grande dinâmica
natural e, como a dinâmica de uso da terra é progressiva, classificá-los não impedirá que os
mesmos se deteriorem. Isso somente será impedido se um monitoramento dinâmico utilizando os
índices ecológicos já disponíveis se mostrar eficaz na prática. A eficácia e a dinâmica propiciadas
por esse monitoramento serão as ferramentas de avaliação e controle a serem oferecidas aos
órgãos públicos, para que estes possam gerir o uso adequado dos ambientes alagáveis do Estado.
Esse monitoramento poderá orientar políticas públicas e até mesmo leis que venham a assegurar
que o uso dessas áreas seja feito em consonância com suas potencialidades, fragilidades e o
enorme valor potencial de seus serviços ambientais.
A-46
Candidato: Marley Marico Utumi
Projeto: Horta laboratório
Instituição: Embrapa Rondônia
Execução: Vilhena, RO
Entre as várias ações do governo federal, o PNAE, Programa Nacional de Alimentação
Escolar, visa à melhoria nutritiva de parcela significativa da população brasileira nas escolas
públicas, e o ProNEA, Programa Nacional de Educação Ambiental, institui essa matéria nas escolas
de todo o país. Os valores repassados às escolas públicas de nível básico para merenda escolar,
atualmente, é de R$0,22 por aluno/dia, enquanto a Educação Ambiental utiliza as várias disciplinas
obrigatórias do currículo.
Hortaliça é o nome genérico de várias plantas de rápido crescimento, alto teor de água,
alto valor nutricional e alta perecibilidade, cujo consumo, geralmente, está associado ao alto poder
aquisitivo, enquanto horta é o local de sua produção. A horta proposta é institucional, por ser
abrigada em escola; pedagógica, pela função; e laboratório, pela observação de fenômenos da
natureza e aspectos sociais.
O projeto pretende implantar hortas institucionais em escolas municipais de ensino básico
do município de Vilhena, estado de Rondônia. Elas terão uso pedagógico envolvendo inter e
transdisciplinaridade, no conteúdo básico, associado a aspectos de Educação Ambiental urbana e
nutricional e disseminador de informações para atingir as famílias dos alunos. As hortas serão
instaladas na primeira etapa em escola selecionada pela Secretaria Municipal de Educação,
utilizando técnicas já existentes de compostagem de resíduos orgânicos da própria instituição, em
sistema de agricultura urbana com reutilização de recipientes PET (polietileno tereftalo). Os dados
de volume de orgânicos e reutiliz. pet, produção de hortaliças e balanço econômico e nutricional,
entre outros, serão acompanhados durante os dois primeiros semestres de execução, e a
disseminação ocorrerá desde a implantação, para explicitar à população sobre o projeto e seus
objetivos, até a instalação em mais duas escolas. Para disseminação de informações serão gerados
materiais específicos para as reuniões e encontros de educação, meio ambiente e social, além de
trabalhos técnicos de alcance local, regional e nacional, que possam ser utilizados pelos vários
parceiros.
A-47
Candidato: Melvino Fontes Olimpio
Projeto: Juventude em defesa do meio ambiente (kurumim wasú umukaturusá yane rendá)
Instituição: Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN)
Execução: Municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos.
O departamento de adolescentes e jovens indígenas, vendo as problemáticas enfrentadas
hoje nos municípios do Rio Negro, sobretudo as comunidades indígenas, teve a iniciativa de
desenvolver este projeto com a finalidade de formar pessoas (jovens) para uma missão de
conscientização e exemplo de vida para os indivíduos e para os municípios. Com isso, pretendemos
realizar trabalhos junto às comunidades ribeirinhas e na sede promovendo oficinas, palestras,
teatro, apresentação musical de conscientização para que as pessoas possam colaborar para
melhoria das condições de vida das famílias.
Sabemos que as doenças, na sua maior parte, provêm da grande quantidade de acúmulo
de lixo nas ruas, nos mananciais e nos igarapés formando, assim, casas de mosquitos transmissores
de doenças como a malária, verminose, diarreia e outras. Essa não é a realidade apenas na sede do
município, mas também nas comunidades indígenas. Essas quantidades de lixo acumulado são
resultado da falta de conscientização para que as pessoas façam a coleta seletiva. Nesse intuito, o
DAJIRN traz como iniciativa a realização de oficinas de capacitação de adolescentes e jovens para
atuarem nas comunidades, escolas e bairros num trabalho de orientação das pessoas sobre a
coleta seletiva do lixo e reciclagem. Os trabalhos serão realizados acompanhados pelos
coordenadores do departamento. Os materiais e equipamentos serão utilizados para possibilitar a
segurança dos jovens agentes ambientais, e estaremos contando com apoio de profissionais de
saúde para esclarecimentos sobre os cuidados, sobretudo na coleta do lixo.
A-48
Candidato: Messias Modesto dos Passos
Projeto: Estudo de impactos socioambientais na "região" de Novo Progresso (sudoeste do Pará)
Instituição: Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Execução: Universidade Estadual Paulista – UNESP/PR e Novo Progresso/PA.
As décadas de 70 e 80 foram marcadas pelo rápido recuo das superfícies ocupadas pelas
florestas tropicais. Esse fenômeno é particularmente espetacular no Brasil, onde se estima que
551.000 Km2 da Floresta Amazônica foram destruídos para uma mise em valeur agrícola. O caso
do estado do Pará é muito revelador dessa evolução, em razão dos conflitos socioambientais
motivados pelo processo rápido de ocupação e pela fragilidade das políticas públicas norteadoras
do planejamento e da gestão do território e, também, em função da diversidade das paisagens
preexistentes e das formas atuais de ocupação dos chamados "espaços vazios".
O principal objetivo é diagnosticar o estágio atual da ocupação do solo bem como
prognosticar as mudanças futuras. A colonização agrícola e seu corolário de desmatamento estão
em plena dinâmica com apoio dos governos federal e estadual, de tecnologia avançada e de
grandes grupos capitalistas.
A escolha do território paraense, para efeito de investigação, definiu-se a partir das
reflexões e avaliações motivas por algumas variáveis, entre as quais destacamos:
– o desenvolvimento de projetos anteriores, notadamente o de "Estudo dos impactos
socioambientais na faixa da BR-163 – Cuiabá/Santarém"; o intercâmbio com o Laboratoire
Costel/Université Rennes 2 – France, cuja equipe desenvolve pesquisas a partir da teledetecção
aplicada, e de estudos sobre o terreno na Amazônia Matogrossense; da facilidade de aquisição de
imagens de satélites; etc.
A-49
Candidato: Naziano Pantoja Filizola Jr (Coordenação geral), em colaboração com Dr. Wanderli
Pedro Tadei (INPA)
Projeto: Dinâmica hidrológica e malária na Amazônia – uma abordagem multiescala
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Execução: Trecho do Rio Solimões, foz dos principais afluentes entre Coari e Manaus e nas próprias
cidades citadas.
Na Amazônia, a malária é a primeira endemia a surgir em decorrência da ocupação
desordenada da terra, com número crescente de casos nas últimas décadas. Ligada ao fator terra,
a água é um fator de referência e também de mobilidade tanto para o homem quanto para o vetor
da malária na região. Anopheles darlingi é o mais amplamente distribuído vetor da malária nas
Américas e é altamente adaptado a mudanças e distúrbios no solo. Tende a espalhar-se pela
América do Sul e sua densidade tende a aumentar. De fato, antes de 1991 não era encontrado em
abundância apreciável em localidades fora da América Central. Hoje sua distribuição se estende do
coração da Amazônia até o sul do Brasil, o norte na Guiana, Venezuela, Belize e a porção mais ao
sul do México, oeste do Peru, Bolívia e Paraguai (NEED et al, 1993; KISZEWSKI et al, 2004). A
incidência e distribuição das espécies de Anopheles, em áreas específicas, são de fundamental
importância. Os dados epidemiológicos demonstram que as medidas rotineiras adotadas
atualmente nos programas do controle permitem reduzir a incidência em localidades específicas,
porém são ineficazes e frequentemente são registradas grandes epidemias, como a que ocorre na
cidade de Manaus (cerca de 68.000 casos em 2003).
Poucos estudos disponibilizam informações de variabilidade sazonal de clima e geografia
com subsequente condição hidrológica em populações de A. darlingi com risco de incidência de
malária. Ao longo da parte superior do Rio Orenoco, o número de mosquitos capturados com
armadilhas humanas é positivamente correlacionado com a incidência de malária, e os picos de
cheia durante a estação das chuvas, com um mês de intervalo, é correlacionado com o valor
máximo do nível do rio (MAGRIS et al, 2007).
Em Roraima, há mais números de picadas de A. darlingi na estação seca em área de
floresta tropical, e igualmente mais números de picadas na estação chuvosa para a região de
Savana, nas proximidades da floresta aluvial do Rio Branco (BARROS et al, 2007). No contexto
geral, em Roraima o índice parasitário da malária na metade da estação seca (jan-mar) e pouco
antes da estação chuvosa (out-dez) são 1,23 e 1,20 respectivamente (p<0.05) (CHAVES et al,
2000). Em Rondônia, em áreas de população indígena, observam-se picos de casos de malária um
mês após o pico anual de chuva e nos assentamentos vinculados às atividades madeireiras, sendo
que o pico de malária se torna mais proeminente no meio da estação seca (GIL et al, 2003).
Em 2002 e 2003 o pico de malária incidiu nas áreas ribeirinhas de Porto Velho (Rondônia),
seguido de picos de chuva de um a três meses (GIL et al, 2007). Da mesma forma, a malária no
Suriname tem seu nível mais alto no Rio Maroni com o nível máximo de chuva e cheia do rio
(HUDSON, 1984). Em uma escala mais ampla, eventos de El Nino causados pelo aquecimento das
temperaturas da superfície do mar, no Pacífico Central Tropical, são associados na Colômbia com
temperaturas mais altas, altos pontos de orvalho e menor precipitação e descarga de rios. Essas
mudanças climáticas estão associadas com o aumento de malária na segunda metade de anos de
El Nino, com persistência no ano seguinte (POVEDA et al, 2001). Similarmente, uma maior
incidência de malária ocorre no ano que se segue do evento El Nino na Venezuela e Guiana
(GANON et aí, 2002). A. darlingi é mais abundante entre a estação chuvosa e seca, e seguido de
meses de maior valor pluviométrico (VITTOR et al; SUBMITTED, 2008). Ademais, Filizola e Tadei (in
preparation) encontraram uma relação aparente entre a ocorrência de repiquetes (variações
abruptas no nível d'água) em lagos de Ria na região central do estado do Amazonas com aumento
significativo no número de casos de malária em adição ao já constatado efeito semelhante,
ocorrendo no meio do período de descida das águas na mesma localidade.
Assim, um estudo regional de fatores hidrológicos (notadamente repiquetes e longos
períodos de seca) associados com a ocorrência tanto de A. darlingi como de um aumento no
número de casos de malária é uma lacuna que a presente proposta de projeto pretende
desenvolver. A presente proposta pretende fazer uso de dados hidrológicos advindos da rede
hidrométrica nacional, de imagens de satélite de alta resolução, bem como de dados de altimetria
radar, estes últimos permitindo conhecer o funcionamento dos rios de maneira remota,
cruzados/correlacionados com dados entomológicos e epidemiológicos das regiões da calha do Rio
Solimões e seus tributários. Desse modo se pretende elaborar uma metodologia para mapeamento
de áreas de ocorrência de malária e associá-lo com os diferentes períodos do ciclo hidrológico.
Assim, busca-se identificar padrões de ocorrência tanto do vetor como de casos de malária no
intuito de modelar um indicador ambiental. Tal indicador poderá vir a ser importante subsídio para
os tomadores de decisão na elaboração de políticas públicas que venham a se antecipar á
ocorrência de casos de malária> especialmente fora de períodos tidos como recorrentes
(repiquetes, por exemplo).
A-50
Candidato: Newton de Lucena Costa
Projeto: Manejo sustentável de pastagens nativas nos lavrados de Roraima
Instituição: Embrapa Roraima
Execução: Boa Vista, Roraima.
O projeto busca viabilizar alternativas tecnológicas, econômicas e ambientalmente
sustentáveis, para o manejo das pastagens nativas dos lavrados de Roraima, visando ao aumento
da produtividade e qualidade da forragem, compatíveis com a manutenção do equilíbrio do
complexo solo-planta-animal e com foco na eliminação do uso do fogo; determinar os fatores
edáficos e de manejo que afetam a produtividade e persistência das pastagens nativas dos
lavrados de Roraima; identificar os parâmetros físico-químicos do solo responsáveis pela baixa
sustentabilidade produtiva das pastagens nativas dos lavrados de Roraima; restabelecer a
capacidade produtiva das pastagens nativas; e validar alternativas selecionadas para recuperação
de pastagens degradadas em propriedades leiteiras.
Para obtenção dos objetivos propostos no projeto serão conduzidos quatro experimentos
voltados para testes de alternativas de manejo e melhoramento da pastagem nativa dos lavrados
de Roraima. O solo predominante é o Latossolo Amarelo, textura média e baixa fertilidade. A
vegetação predominante é composta de gramíneas dos gêneros Trachypogon, Andropogon e
Axonopus. Sob o aspecto climático a região apresenta períodos seco e chuvoso bem definidos, com
aproximadamente seis meses cada um. A precipitação anual de Roraima é de 1.600mm sendo que
80% dessa precipitação ocorre nos seis meses do período chuvoso. A temperatura é alta durante
todo o ano, apresentando média de mínimas em torno de 23gC e média de máximas em torno de
33-C e umidade relativa do ar de 76%.
Experimento 1 – Calagem e adubação no melhoramento de pastagens nativas
Experimento 2 – Morfogênese de gramíneas nativas em diferentes idades de corte
Experimento 3 – Métodos de introdução de leguminosa em pastagem nativa
Experimento 4 – Frequências e épocas de queima e roçagem em pastagens nativas
A-51
Candidato: Paulo Eduardo Artaxo Netto
Projeto: Efeitos das emissões de queimadas da Amazônia no clima regional e na saúde da
população
Instituição: Instituto de Física da Universidade de São Paulo
Execução: Manaus (AM), Porto Velho (RO) e estado do Mato Grosso.
A proposta "Efeitos das emissões de queimadas da Amazônia no clima regional e na saúde
da população" visa quantificar o papel das emissões de queimadas no funcionamento do
ecossistema amazônico, na sua sustentabilidade ambiental e seus efeitos na saúde da população.
Experimentos anteriores realizados pelo LBA apontam impactos significativos das emissões de
queimadas no ecossistema amazônico, tais como alteração no balanço de radiação, mudanças
importantes na microfísica de nuvens e na precipitação, alterações no fluxo de carbono da floresta
natural e outros impactos importantes. Com uma carga de aerossóis leve, a assimilação de
carbono pela floresta aumenta em até 46%, como indicam estudos já realizados por nossa equipe.
Conforme a carga de aerossóis aumenta, a fotossíntese deixa de ser realizada, e a floresta perde
carbono para a atmosfera. Alguns desses importantes efeitos no ecossistema amazônico não
foram quantificados, e esta proposta visa a ampliar a abrangência desses estudos e quantificá-los.
0 efeito da emissão de material particulado e ozônio na saúde da população amazônica
será quantificado, com medidas de campo em Porto Velho e em Alta Floresta. Simultaneamente
iremos medir o nível de material particulado e ozônio na atmosfera associado a medidas de função
pulmonar de crianças de escola fundamental. Essa associação permitirá analisar o impacto
quantitativo das emissões de queimadas na saúde de crianças da região amazônica. Ao norte de
Manaus iremos estudar as propriedades atmosféricas naturais da região amazônica, com medidas
detalhadas da concentração de ozônio e material particulado em áreas não afetadas por
queimadas ou impacto antropogênico. Os gastos de saúde com internações por efeitos de material
particulado e ozônio na população amazônica são significativos durante os meses de incidência de
queimadas na Amazônia, e sua redução é uma tarefa urgente.
Esperamos quantificar o impacto de emissões de queimadas na saúde da população, nos
ciclos biogeoquímicos naturais e na redução de produtividade da soja. São três atividades críticas,
ou seja, como essas emissões impactam a saúde da população, o funcionamento natural do
ecossistema e a rentabilidade econômica do plantio de soja na região da Amazônia.
A-52
Candidato: Philip Martin Fearnside
Projeto: Um arcabouço para valoração dos benefícios climáticos de áreas protegidas no estado do
Amazonas
Execução: Estado do Amazonas, baseado em Manaus.
Na mitigação do efeito estufa, os sistemas atuais usados para calcular os benefícios de
carbono são fortemente enviesados contra áreas protegidas, e especialmente áreas protegidas em
locais longe da atual fronteira de desmatamento. Ao invés disso, os fundos dos mercados
internacionais de carbono que poderiam ser aplicados no estado de Amazonas, por sua política de
redução de emissões oriundas do desmatamento, são dirigidos para outras opções de mitigação,
tais como os biocombustíveis. Com relação ao setor florestal, o crédito baseado em
"adicionalidade" dá alto valor em evitar o desmatamento em locais onde esse processo foi rápido
no passado recente, como no Arco de Desmatamento, mas uma reserva fora dessa área recebe
pouco ou nada de crédito. Dentro desse paradigma, o "vazamento" remove a maior parte do
crédito que poderia ser ganho por meio da criação de reservas. Esse é o efeito que criar uma área
protegida causa fora da própria reserva. Por exemplo, as pessoas residentes na reserva podem se
deslocar desta para outros locais na área circunvizinha, ou as pessoas que vêm de outros lugares,
que teriam se instalado na área convertida em reserva, podem resolver se estabelecer em um
outro lugar na região e derrubar o mesmo tanto de floresta. Os valores atribuídos tanto ao
benefício da reserva na redução do desmatamento como ao impacto causado pelo vazamento
dependerão do valor atribuído ao tempo. Esses valores também dependem do cenário para
ocupação e para o desmatamento na área, ou seja, a "linha de base" (baseline) no jargão de
Kyoto.
A abordagem mais desejável seria aquela baseada em estoques, em lugar de fluxos, de
carbono, como proposto por este autor no projeto que ganhou o Prêmio Benchimol na categoria
ambiental em 2007: "Valoração do estoque de serviços ambientais como estratégia de
desenvolvimento no estado do Amazonas". Pretende-se continuar o trabalho de coleta de dados
pertinente à abordagem baseada em estoques, mas muitos desses dados também podem ser
usados nas abordagens baseadas em fluxos propostas aqui.
Durante o último ano, este autor participou em várias iniciativas para definir métodos
para contabilidade de carbono, inclusive o grupo de aconselhamento sobre metodologia da
Iniciativa Amazonas (do governo estadual do Amazonas), o Documento de Concepção de Projeto
(PCD) da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Juma, a "metodologia de fronteira" para
contabilidade de carbono pelo Fundo Protótipo de Carbono (PCF) do Banco Mundial, e a
metodologia dos Padrões Voluntários de Carbono (VCS), assim como debates ainda em
andamento sobre as regras a serem adotadas em Copenhague no final de 2009 para o sucessor do
Protocolo de Kyoto referente a 2013 em diante. Com a exceção de parte da Iniciativa Amazonas,
ficou claro ao partir dessas experiências que é provável que a metodologia predominante de
contabilidade de carbono estará baseada em fluxos, em vez de estoques, no futuro previsível.
Portanto, é importante ter um "Plano B" como alternativa à abordagem baseada em estoques que
seria o ideal para lugares como o estado do Amazonas. Esse "Plano B" é uma série de alterações à
abordagem baseada em fluxos, assim criando o arcabouço proposto aqui. Esse arcabouço visa a
um cálculo baseado em um horizonte de tempo de 100 anos com a inclusão de uma taxa de
desconto maior que zero sobre os fluxos de carbono entre a floresta e a atmosfera ao longo desse
tempo. A modelagem do vazamento, usando o modelo AGROECO desenvolvido no laboratório do
autor, reflete esses benefícios por meio da geração de uma "linha de base" sem reservas que possa
ser comparada com as emissões de gases reais que ocorrem ao longo do tempo, assim como
possibilitando previsões dessas emissões para discussão de diferentes estratégias antes da tomada
das decisões.
A-53
Candidato: Raimundo Nonato Lemos da Silva
Projeto: Introduzir uma floresta com espécies frutíferas de várzea na área dos futuros reservatórios
das UHEs Santo Antonio e Jirau no Rio Madeira, uma alternativa para manutenção do estoque
pesqueiro e o desenvolvimento sustentável da região
Instituição: Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte)
Execução: Estado de Rondônia, município de Porto Velho na área dos futuros reservatórios das
UHEs Santo Antonio e Jirau na baía do Rio Madeira.
Mesmo com o impacto ambiental provocado com a modificação das matas ciliares do Rio
Madeira, este projeto busca manter uma mata ciliar alternativa, com o objetivo de preservar e
conservar o estoque pesqueiro do trecho do Rio Madeira na área dos futuros reservatórios das
UHEs Santo Antonio e Jirau.
Pretende-se evitar que ocorra um deserto nessa área de 250 km de extensão no
reservatório da UHE Santo Antonio e mais 250 km de extensão no reservatório da UHE Jirau com a
morte das matas ciliares tanto à margem direita como à margem esquerda do Rio Madeira. Essas
espécies nativas de terra firme e não de várzea, como não têm a vocação de permanecer por um
período de aproximadamente seis meses com as raízes afogadas, morrerão uma vez que, nessa
região, é de um a dois meses o período que o Rio Madeira permanece com o seu nível máximo
durante um ciclo hidrológico.
Dessa forma, deverá ser mantida a sustentabilidade das comunidades ribeirinhas e
pescadores artesanais que vivem da atividade pesqueira, tanto para a sua alimentação assim como
fonte de renda para as suas necessidades primárias, pois a pesca desde o início da colonização de
Rondônia foi o principal recurso alimentar para o município de Porto Velho e para Guajará-Mirim.
Busca-se demonstrar que é possível desenvolver a Amazônia, utilizando os seus recursos
naturais, conciliando desenvolvimento econômico por meio da produção de energia elétrica, nesse
caso das UHEs Santo Antonio e Jirau, com a conservação e a preservação dos ecossistemas e da
biodiversidade amazônica.
A-54
Candidato: Renato Costa D'Agnoluzzo
Projeto: Incentivar a preservação da Amazônia alavancando o incentivo da legalização dos
produtores rurais, madeireiros e pecuaristas do estado do Pará junto à Secretaria de Estado de
Meio Ambiente (Sema)
Instituição: Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (IESAM)
Execução: Estado do Pará.
O projeto tem como foco principal a preservação dos recursos naturais, o reflorestamento
e o incentivo à legalização dos proprietários rurais, pecuaristas e madeireiras do estado do Pará
junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
A execução baseia-se em uma melhor divulgação por meio dos sindicatos e municípios,
pois a maioria desses proprietários não sabe o que seria essa legalização e muito menos como
obtê-la. Outra forma de se obter a legalização e incentivar esses proprietários seria o governo
aprovar 50% de área produtiva e 50% de área a refloresta ou de preservação permanente,
mostrado os benefícios do reflorestamento com espécies exóticas como o dendê, fonte de recurso e
desenvolvimento, podendo ser utilizado como fonte de óleo e combustível, tendo também espécies
como mogno, paricá, andiroba e ipê ou até lavoura branca (mandioca, milho, feijão, arroz, etc.).
A-55
Candidato: Roberto dos Santos Lourenço
Projeto: Recuperação das margens do Igarapé Grande em BoaVista, RR
Instituição: Faculdade Atual da Amazônia
Execução: Estado de Roraima, município de Boa Vista, Microbacia do Igarapé Grande, Bairro
Professora Aracelis Souto Maior.
O projeto busca estudar os impactos ambientais que se vem sofrendo pela expansão das
áreas urbanas nos grandes centros urbanos do Brasil, contribuindo para aceleramento da
degradação no meio ambiente, principalmente nas matas ciliares e nos corpos hídricos,
destacando o município de Boa Vista, RR. Tem como finalidade recuperar as áreas degradadas no
Igarapé Grande no bairro Profa. Aracelis Souto Maior pela ação antrópica. Para executar as
atividades nas áreas degradas será aplicado o PRAD (plano de recuperação de áreas degradadas),
nas áreas devidamente identificadas e mapeadas; a atividade será voltada para área social com a
participação da comunidade no manejo de plantas nativas e exóticas, favorecendo a
reestruturação das matas, tornando-se pioneira no município de Boa Vista.
A-56
Candidato: Rubens Tomio Honda
Projeto: Caracterização de proteínas presente no muco epidermal do pirarucu (Arapaima gigas)
Instituição: Centro Universitário Nilton Lins
O pirarucu (A. gigas) é uma espécie de grande valor comercial e é endêmica da bacia da
Amazônia. A reprodução e o manejo adequado dessa espécie ainda são pouco conhecidos e pouco
sucesso tem-se obtido nas tentativas de cultivo do pirarucu em tanques. Muitos alevinos morrem
nos primeiros dias de vida e investigações cientificamente embasadas ainda são insuficientes.
Portanto, torna-se necessário e fundamental melhorarmos o sucesso da reprodução artificial dessa
espécie. Este trabalho irá analisar a composição de peptídeos e proteínas presente no muco do
pirarucu visando a oferecer subsídios para futuros projetos de reprodução e cultivo.
A-57
Candidato: Sandra Patrícia Zanotto
Projeto: desenvolvimento de insumos provenientes de óleos de babaçu e castanha-do-brasil para
biocosméticos
Execução: Os cinco subprojetos serão realizados por cinco instituições de pesquisa e/ou ensino
(UEA, IN PA, CBA, Embrapa/Acre, UFT) envolvendo os estados do Amazonas, Acre, Maranhão e
Tocantins, o que permitirá o desenvolvimento de áreas multidisciplinares de pesquisa, utilizando a
castanha-do-brasil e babaçu como insumo para produção de biocosméticos.
O número de empresas de cosméticos que se instalaram no polo industrial da Zona Franca
de Manaus tende a aumentar, cada vez mais, com incentivos de produtos oriundos de
biocosméticos. É de grande importância regulamentar a utilização e certificar a qualidade de
insumos da Amazônia na composição do produto de cosméticos no processo produtivo. Para isso,
deve ser feita, imediatamente, a avaliação das matérias-primas regionais provenientes da flora na
composição desses produtos por meio de técnicas científicas estabelecidas. Além da comprovação
da origem, é necessário analisar impacto ambiental, qualidade físico-química, insumo utilizado no
produto e processo produtivo. Quando um produto passar por todo esse processo, será dada uma
certificação que facilitará o reconhecimento de produtos pelo consumidor; aumentará
confiabilidade e justificará o preço, diferenciando seus produtos dos similares.
O aproveitamento do óleo de castanha-do-brasil na produção de biocosméticos passará
pela avaliação das características morfométricas, físico-químicas e de composição química, entre
diferentes localidades, além da sazonalidade e georeferenciamento das populações, que levarão á
elaboração de processo de certificação, visando a aumentar sua aceitação no mercado.
Considerando a necessidade de novas alternativas de produção de matéria-prima para
produção de cosméticos, busca-se desenvolver a prospecção da planta de babaçu como fonte
alternativa de insumo. Portanto, pretende-se realizar o mapeamento, identificação e
georeferenciamento das populações e a produtividade das espécies promissoras de babaçu nos
estados do Amazonas, Maranhão e Tocantins, avaliando a divergência genética dos acessos de
babaçu via fenotipagem e estratificação ambiental das áreas amostradas, bem como análise
sazonal e da composição química de óleos de babaçu.
Dessa maneira, este projeto contempla:
1) Desenvolvimento de sistemas agroecológicos voltados para a produção de insumos
das cadeias produtivas de cosméticos;
2) Desenvolvimento tecnológico no processamento dos insumos;
3) Avaliação sazonal da composição química de óleos e extratos;
4) Padronização e estabilização de extratos e óleos regionais;
5) Melhoramento de preparações e delineamento de formulações cosméticas.
A-58
Candidato: Sebastião Rocha de Sousa e Virgilio Bandeira do Nascimento Filho
Projeto: Resíduos sólidos: um estudo sobre a problemática dos resíduos sólidos jogados no leito do
Rio Javarizinho no município de Benjamin Constant
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas – Centro de Estudos Superiores de Tabatinga.
Execução: Benjamin Constant, Amazonas / Brasil.
A relação do homem com o meio ambiente é hoje um dos debates mais presentes na
atualidade, principalmente porque uma parcela da população tem demonstrado indiferença às
questões ambientais, causando impactos significativos. O lixo, por exemplo, tem sido um fator
importante para esses acontecimentos, pois tem causado problemas tanto para o meio ambiente
como para o próprio homem. Isso só permanecerá um problema se não dermos a ele um destino
adequado.
"Entende-se como lixo as sobras das atividades humanas, considerados pelos geradores
como inúteis, indesejáveis ou descartáveis." (MENESES, 2005). Dessa forma os resíduos gerados
pela população têm vários fins, como os lixões, a compostagem, a incineração, a reciclagem, o
aterro sanitário ou aterro controlado.
O estado do Amazonas é constituído por 62 municípios que sofrem com o impacto que o
lixo tem causado ao meio ambiente. O município de Benjamin Constant, localizado ao lado direito
do Rio Solimões é um deles, pois tem sofrido visivelmente as consequências desse impacto,
principalmente nos períodos de enchente, quando os bairros localizados na proximidade dos rios
são bastante atingidos, como é o caso do bairro do Javarizinho, que fica à margem do Rio
Javarizinho, foco deste trabalho.
O Rio Javarizinho já foi um dos rios de grande importância para a população do município
de Benjamin Constant. No início do povoamento, as pessoas, inclusive descendentes de indígenas,
instalavam-se às margens desse rio para passar as temporadas de escassez de alimentos e outros.
Outra grande importância se dá pelo fato de estar sob divisão dos dois países: Brasil e Peru,
caracterizando-se área de fronteira, sofrendo com o excesso de resíduos sólidos domésticos e
industriais oriundos da cidade de Islândia, no Peru, e do bairro Javarizinho, no Brasil, que, no
período de cheia, são despejados diretamente em seu leito, o que causa motivo de investigação
para compreender os prejuízos causados a população. Dessa forma, irá se discutir junto com a
população e os órgãos competentes municipais, estaduais e federais a melhor forma de minimizar
o impacto ambiental, buscando estratégias fácies a partir de reuniões com os moradores locais e
usuários desse rio.
A-59
Candidato: Sergio Ricardo Nozawa
Projeto: Aplicação da inteligência artificial para monitoramento de ambientes impactados
Execução: Centro Universitário Nilton Lins.
As mudanças climáticas e ambientais globais podem causar riscos à saúde humana, que
incluem as alterações climáticas, destruição da camada estratosférica de ozônio, aumento na
incidência de radiação UV, perda de biodiversidade, mudanças nos sistemas hidrológicos e no
fornecimento de água doce, degradação do solo e do estresse sobre alimentos produção de
sistemas.
As alterações climáticas ameaçam afetar substancialmente a região amazônica, que por
sua vez, deve alterar o clima global e aumentar o risco de perda de biodiversidade.
A Amazônia abrange uma parcela esmagadora da biodiversidade do mundo; suporta
milhares de pessoas por meio da agricultura e silvicultura e fornece ao mundo matérias-primas e
produtos não-commodities, tais como a construção de suprimentos e medicamentos. A região
possui uma das mais ricas biodiversidades da Terra, milhares de espécies de plantas, mais de um
milhão de espécies de insetos, mais de 3.000 espécies de peixes, 1.000 espécies de aves, mais de
300 espécies de mamíferos, e um milhão de espécies de microrganismos. O Rio Amazonas é a
maior fonte de escoamento de água doce da Terra, representando cerca de 15 a 20% do fluxo do
rio global. Posteriormente, o ciclo hidrológico da Amazônia é um motor importante do clima global,
e o clima global é, portanto, sensível às mudanças na Amazônia.
Nesse sentido, é fundamental pesquisar novas abordagens de criação de modelos
computacionais a partir de dados de expressão gênica. Para isso, em geral, são utilizados
algoritmos de aprendizado de máquina no processo de mineração de dados. Aprendizado de
Máquina (AM) é uma área da Ciência da Computação cujo objetivo é o desenvolvimento de
técnicas computacionais sobre o aprendizado, bem como a construção de sistemas capazes de
adquirir conhecimento de forma automática. Um sistema de aprendizado é um programa de
computador que toma decisões baseado em experiências acumuladas por meio da solução bem
sucedida de problemas anteriores.
O projeto busca monitorar os níveis quantitativos e qualitativos de microRNA de plantas da
região amazônica quando expostos a desafios ambientais. Dessa forma, pretende-se quantificar o
nível de expressão de microRNA em plantas da região quando exposto a UV e concentrações de
chorume 10%, 25% e 50% (v/v) em diversas concentrações; qualificar e identificar os microRNA
envolvidos; quantificar o nível de expressão de microRNA em plantas da Região quando exposto a
temperaturas elevadas (+ 1,0o C, +3oC e +5oC da média dos anos 1999-2008) e chorume em
diversas concentrações (10%, 25% e 50% v/v); qualificar e identificar os microRNA envolvidos; criar
modelos computacionais para cada desafio ambiental, relacionados ao nível de expressão de
microRNA de forma a permitir o monitoramento ambiental frente aos desafios do aquecimento
global.
A-60
Candidato: Silvanio de Matia Gomes
Projeto: Sistema participativo de garantia da produção orgânica em Rondônia: uma tecnologia
social para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar para a região
Instituição: Associação de Desenvolvimento da Agroecologia e Economia Solidária – ADA Açaí
Execução: Porto Velho, Rondônia.
O Sistema Participativo de Garantia Folha Verde é resultado do trabalho de sistematização
da metodologia participativa de certificação orgânica que a Associação de Desenvolvimento da
Agroecologia e Economia Solidária, ADA Açaí, desenvolveu a partir do Projeto Certificação
Socioparticipativa da Rede GTA – Grupo de Trabalho Amazônico, com apoio da Rede de Tecnologia
Social, Petrobrás e Fundação Banco do Brasil. Nesse processo, os membros do SPG Folha Verde
tiveram o entendimento de que o produto orgânico vai além das normas técnicas de produção e
processamento, diz respeito aos princípios e os objetivos de uma rede ecológica no tocante à
inclusão social, ao respeito ao meio ambiente e à vida, com produção de alimentos saudáveis e
nutritivos. A soberania alimentar deve ser interesse primordial das famílias por ser elemento básico
para a sustentabilidade, como também não deve haver exploração de trabalhadores,
consumidores e fornecedores, valorizando o trabalho familiar em todos os elos da cadeia
produtiva.
Com a capacitação e o debate sobre a garantia de origem da produção, o grupo, tendo a
participação de 60 fornecedores, técnicos e consumidores, construiu coletivamente o Caderno de
Normas, o Logotipo do Selo, a Declaração do Fornecedor, o Formulário de Cadastro e o Regimento
Interno do SPG Folha Verde, estabelecendo-se as orientações para a obtenção e uso do Selo
Orgânico Folha Verde, as normas de produção, as regras gerais, os princípios fundamentais e o
quadro funcional e competências no SPG Folha Verde.
As comunidades rurais do município de Porto Velho, RO, às quais o projeto pretende
atender, se localizam no Baixo Rio Madeira, no Cinturão Verde e na Ponta do Abunã. São 200
famílias de agricultores e extrativistas inseridas num contexto histórico de ocupação do solo e de
estratégia de desenvolvimento voltada para as grandes propriedades, principalmente para o
fortalecimento da bovinocultura. Nesse cenário, alguns grupos de agricultores aderiram a esse
processo, buscando garantir financiamento público para suas propriedades; outros grupos, mesmo
sem recursos financeiros, acabaram, por "imitação" ou por falta de perspectiva de mercado para
os produtos tradicionais, implementando as mesmas ações. Em todos os grupos de agricultores o
fenômeno do desmatamento e queimadas é uma constante, bem como o abuso na utilização de
agrotóxicos, uma vez que poucos são alfabetizados para que possam ler o rótulo das embalagens e
seguir as recomendações dos fabricantes.
Nos últimos quatro anos, diversas organizações vêm intensificando a atuação na região
para transformar essa situação, apoiando o desenvolvimento de alternativas econômicas,
formação permanente e mercado para os produtos comunitários com origem orgânica ou em
processo de transição, do qual não se usa agrotóxicos e adubos químicos. Dos 200 agricultores
envolvidos na proposta, 40 produzem verduras e legumes, 60 atuam no extrativismo nativo e 100
produzem cereais, frutas e pequenos animais, totalizando 1.680 hectares.
O Sistema Participativo de Garantia Folha Verde é uma tecnologia social que estabelece
em seu processo avaliativo não apenas a origem orgânica dos produtos, propondo-se a uma
análise holística da realidade na qual as famílias estão inseridas. Isso acontece no preenchimento
do cadastro de fornecedor orgânico, em que o técnico que o aplica observa e sistematiza as
impressões dessa realidade, além de preencher as questões estruturadas que descrevem a
propriedade no tocante a infraestrutura, distribuição do uso do solo, principais atividades
econômicas da família, origem das sementes, produção animal, métodos de controle de pragas e
doenças e aspectos sociais como habitação, controle de resíduos domésticos, saneamento, água
para consumo, atendimento á saúde e transporte.
O ajuste de conduta dos fornecedores é feito caso a caso de acordo com as necessidades
de cada unidade produtiva, e a exigência de adequação é feita atendendo à avaliação da
conformidade de produção orgânica.
A avaliação da conformidade de produção vem para fortalecer a confiabilidade gerando
autenticidade em todo o processo, no qual o fornecedor, o processador e o consumidor se
conscientizam da necessidade de se produzir de uma forma que preserve a natureza e valorize a
vida, tendo o consumo consciente como princípio orientador das relações sociais.
O SPG Folha Verde deve contribuir para a melhoria da compreensão de todos os atores que
participam da construção da agroecologia e da economia solidária, como um processo educativo e
pedagógico por ser realizado pelas pessoas e organizações que contribuem com a melhoria da
realidade local. O número de iniciativas ecológicas e a oferta de alimentos saudáveis podem
multiplicar o interesse em novas parcerias, possibilitando a implantação de políticas públicas que
apoiem melhorias estruturais nas comunidades.
Com a emissão do Selo Orgânico Folha Verde, os produtos orgânicos comunitários
agregarão até 30% a mais que o valor de mercado. A Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), já prática essa modalidade para
os produtos com selo de garantia de origem.
A-61
Candidato: Thiago Mota Cardoso
Projeto: Carbono socioambiental: integrando agrofloresta e manejo florestal comunitário como
estratégias de desmatamento evitado no mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Negro,
Amazonas, Brasil
Instituição: Instituto de Pesquisas Ecológicas – IPÊ
Execução: A presente proposta será implantada em três áreas estratégicas, sob o ponto de vista da
conservação e do uso sustentável da floresta no mosaico.
•
(Área 1) No entorno do município de Novo Airão (20 famílias), na área de influência da
estrada AM-352, na área da APA – Margem Direita em áreas de agricultores familiares e de
exploração florestal (conservação e sequestro de C02 por meio de agroflorestas e plantio
seletivo);
•
(Área 2) Nas ilhas de floresta alagável do Parque Nacional de Anavilhanas (20 jovens
artesãos) (sequestro de CO2);
•
(Área 3) Em comunidades ribeirinhas (30 famílias) do Rio Cuieiras, do Projeto de
Desenvolvimento Sustentável (Incra), no município de Manaus (conservação e sequestro
de CO2 por meio de agroflorestas e plantio seletivo).
O projeto propõe-se a implementar sistemas agroflorestais e manejo florestal comunitário
como formas de realizar ações de sequestro e conservação de carbono na região que abrange o
mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Negro, no Amazonas. A área de implantação
corresponde a uma área prioritária para a conservação da biodiversidade, sendo habitada por
ribeirinhos, indígenas e agricultores familiares.
A proposta está embasada nos princípios do "carbono social", conforme proposto por
Resende e Merlin (2003). O "carbono social" seria o carbono absorvido/conservado, considerando
as ações que viabilizem a melhora da condição de vida das comunidades envolvidas nos projetos de
mitigação de emissões/mudanças climáticas. Além do enfoque de conservação e restauração
florestal, o projeto visa a assegurar bem-estar, cidadania, conhecimentos, tecnologia e aumento de
renda. Esse princípio foi adotado pelos projetos de carbono do IPÊ, junto aos assentados da
reforma agrária, no Pontal do Paranapanema, SP, tendo os sistemas agroflorestais como centrais
nesse processo (CULLEN JÚNIOR et al, 2001; DITT et al, 2007).
Duas estratégias estão sendo propostas. Estão previstos a (1) implantação de sistemas
agroflorestais e o (2) reflorestamento da mata nativa como orientação estratégica da proposta. A
agrofloresta será implantada em áreas de agricultura de corte e queima, como forma de
recuperação de área desflorestada, com consequente sequestro de carbono, por meio do consórcio
de plantas anuais, de ciclo curto, frutíferas arbóreas e madeireiras nativas de alto valor econômico.
A agrofloresta visa, também, a intensificar o uso do solo evitando avanço sobre a floresta densa,
conservando carbono. O reflorestamento da mata nativa terá como base as propostas do manejo
florestal comunitário. Esta ação visa a realizar estudos e incentivar o plantio de árvores de alto
valor comercial, que já estão sobre- exploradas na região, de forma a manter a floresta em pé,
evitando extinção local de algumas espécies e liberação de carbono, ao mesmo tempo em que se
recuperam áreas de exploração seletiva de madeira. Essa meta está associada a uma proposta de
beneficiamento da madeira para a produção de móveis e artefatos artesanais.
As ações se realizarão estrategicamente no Centro de Estudos e Projetos Agroflorestais –
EKOBÉ (vida, em tupi-guarani), uma área demonstrativa situada no meio da floresta, no município
de Novo Airão. O projeto, além de favorecer a conservação e sequestro de carbono, vai
proporcionar cobenefícios ambientais e socioeconómicos, podendo ser utilizado como modelo para
outras regiões e contribuindo para políticas estaduais e nacionais relacionadas a clima e questões
socioambientais, ressaltando que a proposta tem caráter inovador na região das áreas protegidas
do Rio Negro e poderá contribuir como instrumentos de valorização dessas áreas e das práticas
culturais das populações locais.
A-62
Candidato: Uraci Aparecido dos Santos
Projeto: Criação do produto Biolarvicida para controle de larvas aquáticas
Execução: Núcleo de Inovação Tecnológica da Universidade do Estado do Amazonas (NIT- UEA).
A malária e a dengue são doenças infecciosas potencialmente graves. As larvas dos
mosquitos transmissores dessas doenças habitam as margens dos tanques ou viveiros de criação
de peixes, onde encontram ambiente ideal para seu crescimento e desenvolvimento e, assim, se
protegem contra predadores. Tanto a malária quanto a dengue são sérios problemas de saúde
pública em todo o mundo, especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio
ambiente, aliadas a características urbanas, favorecem o desenvolvimento e a proliferação do
mosquito transmissor. Cerca de 40% da população mundial, em mais de 100 países de todos os
continentes, vivem em áreas com risco de transmissão de malária e dengue. A comunidade
científica internacional e a brasileira estão trabalhando firme com o propósito de obter uma vacina
contra a dengue. Porém, essa vacina é mais complexa que as demais.
Pode-se considerar que uma das vertentes de maior impacto na erradicação dessas
doenças são medidas preventivas no controle da proliferação dos seus insetos vetores. Com o
surgimento de formas resistentes dos insetos vetores da malária e da dengue aos inseticidas
comerciais, tem crescido a procura de fontes naturais que sejam efetivas no combate aos
mosquitos adultos, suas larvas e pupas e que sejam isentos de toxidade ao meio ambiente.
Esta proposta dará continuidade a vários anos de pesquisa sobre a produção de um
inseticida biológico para controle de insetos vetores de doenças de impacto na Amazônia, com
especial interesse na investigação das propriedades inseticidas do fundo Beauveria bassiana e do
vírus Baculovirus anticarsiana, para os quais são encontrados vários registros na literatura. O
produto biológico em estudo, denominado BIOLARVICIDA, não afeta a saúde humana nem o meio
ambiente. Além disso, é de fácil aplicação e fácil dispersão na água de lagos, rios e tanques; sua
formulação confere uma ação ímpar de permanecer mais tempo na superfície, onde as larvas
entram em contato com as toxinas; possui longa ação de controle e maior intervalo entre as
aplicações do que as convencionais; proporciona eliminação de até 100% das larvas e pupas de
mosquitos (Culex spp., Anopheles Darling, Aedes aegypti). Segundo pesquisa prévia na literatura,
não existe qualquer produto de composição semelhante, aplicação dirigida à eliminação de larvas
dos insetos mencionados, em meio aquoso natural (rios, lagos, etc.) ou artificial (tanques, açudes,
etc.), principalmente em grandes extensões.
O projeto não somente propiciará melhoria da qualidade de vida, diminuindo a incidência
de doenças tropicais, como malária e dengue, como também diminuirá os custos empregados ao
combate e prevenção dessas doenças, incluindo o atendimento em hospitais públicos, sendo assim
de maior viabilidade econômica.
A-63
Candidato: Willian Ricardo da Silva Fernandes
Projeto: "Pela Vida de Tracuá" – campanha socioeducativa de sensibilização e orientação das
comunidades da Resex MarTracuateua, PA
Instituição: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
Execução: Reserva extrativista Marinha de Tracuateua, PA.
A criação de reservas extrativistas se consolida numa importante ação pública de
reconhecimento do papel das populações humanas existentes no interior dessas reservas ou no
entorno delas, para a conservação de recursos naturais.
A reserva extrativista Marinha de Tracuateua, localizada em uma extensa área de
manguezal, na mesorregião do nordeste Paraense, beneficia 42 comunidades existentes no seu
entorno e é grande potencial natural produtor de pescado, caranguejo e outros mariscos. Mesmo
com esse potencial, já apresenta problemas como: a utilização de apetrechos ilegais de pesca e a
caça e comercialização de patos selvagens, principalmente marrecos que se aproximam dos lagos e
campos alagados do entorno da unidade.
Dessa forma, faz-se necessário uma intervenção preventiva de sensibilização e educação
no local para evitar que o problema se agrave, sendo necessária a repressão, aplicação de punições
e evitando extinção de importantes espécies para o ecossistema local. Esta ação requer ainda um
resgate de valores e manifestações culturais que favoreçam a melhoria da relação homem x meio.
A-64
Candidato: Zehev Schwartz Benzaken
Projeto: Profilaxia, manejo, e biogeografia dos peixes ornamentais na Amazônia provenientes do
Alto Rio Negro
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas/Turkys Aquarium
Execução: Manaus, AM e Barcelos, AM.
O projeto busca analisar fatores que possam influenciar a qualidade dos peixes exportados
durante todo o processo entre a captura e a entrega do produto ao cliente, por meio de
levantamento da qualidade dos cuidados profiláticos do pescador. A metodologia a ser utilizada
será de análise laboratorial e entrevistas.
Irá gerar dados biogeográficos dos peixes comercializados em Barcelos para analisar a
pressão pesqueira na região. Os pecadores gerarão dados após treinamento e acompanhamento
mensal. Será oferecido um auxílio de custo ao pescador de R$ 1,00 por milheiro de peixe capturado,
caso os dados sejam gerados. Esse valor representará um ganho extra ao que já se paga aos
pescadores que, dependendo da espécie, varia de R$ 16,00 a R$ 30,00 por milheiro de peixe.
Pretende-se obter modelo matemático populacional da região de onde o peixe é extraído,
baseado nos dados coletados na fase anterior.
Categoria
Econômica/Tecnológica
Propostas Recebidas
E/T-01
Candidato: Ana Luíza de Castro Calmon Sobral
Projeto: Programa de Gestão de Empresas (PGE)
Intituição: Sindicato da Micro e Pequena Indústria de Rondônia (SIMPI-RO)
Execução: O projeto-piloto será implantado no SIMPI-RO e no Centro Avançado de Negócios e
Telecentro em Porto Velho, Rondônia. Rua Padre Chiquinho, 1454- Pedrinhas.
•
Em seguida, pretende-se aproveitar a capilaridade da ATN para levar o PGE ao restante da
Amazônia Ocidental. A entidade possui associados em 35 municípios da região, sendo que
todos possuem infraestrutura necessária para os cursos de capacitação e para divulgar a
ferramenta.
•
A Amazônia Ocidental abrange quatro dos estados brasileiros: Acre, Rondônia, Roraima e
Amazonas. Sua área total ocupa 2.194.599 km2, o equivalente a cerca de 26% do território
brasileiro.
O Programa de Gestão de Empresas (PGE) é uma proposta para o desenvolvimento de um
programa de computador livre (software livre) que visa a auxiliar o gerenciamento de pequenos
negócios, por meio da simplificação do seu controle financeiro (monitorando custos, impostos e
contas; gerando a notas fiscais eletrônicas; controle do ponto de presença). A ideia surgiu a partir
da observação das dificuldades relatadas pelos empresários de Rondônia, que necessitam de uma
ferramenta que integre as receitas fiscais a outros pontos da administração de uma empresa.
Na experiência do SIMPI-RO e de outras entidades de classe atuantes no âmbito da
Amazônia Ocidental', percebe-se que há uma tendência de que todas as cadeias produtivas
estejam integradas, não somente em redes empresariais, mas também com os governos
municipais, estaduais e federal.
No entanto, percebemos que a maioria das empresas associadas ao SIMPI-RO não possui
condições de comprar e manter um programa de computador para tal propósito, devido aos seus
elevados custos relativos. Dessa forma, há uma perda de competitividade do empresariado local
em relação ao restante do país.
Para se transformar essa realidade é que se propõe o desenvolvimento do PGE, uma
ferramenta criada a partir da observação da realidade local, com base nas necessidades de
diversos segmentos do empresariado local (comércio, serviço, indústria).
Sabendo das dificuldades impostas pela realidade local, dividimos a execução do projeto
em três fases:
•
Capacitação do empresariado para fazer uso do programa: sem um curso, a
adoção do programa pelos empreendedores será prejudicada. Diante de
dificuldades técnicas, os empresários com menor conhecimento da área de
informática costumam abandonar as ferramentas eletrônicas, conforme a
experiência tem nos demonstrado. Embora se pretenda que a ferramenta seja
simples, o treinamento é importante;
•
Apoio técnico na implantação do programa dentro das empresas;
•
Implantação em nível regional por meio da Associação Telecentros de Informação
e Negócios (ATN), buscando aproveitar os conhecimentos técnicos e a capilaridade
da instituição.
E/T-02
Candidato: André Luis Willerding
Projeto: Hidrólise enzimática de óleos de plantas amazônicas
Instituição: Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA)
Execução: Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA).
As pesquisas envolvendo tecnologia enzimática vêm tendo um interesse crescente por parte
da academia e da indústria, que têm buscado alternativas de matérias-primas renováveis e
processos que gerem produtos de qualidade por tecnologias mais limpas. O uso de enzimas como
catalisadores de processos industriais atende a essas necessidades. Óleos e gorduras têm um papel
fundamental para o homem por serem fontes de calorias, vitaminas lipossolúveis, fonte de ácidos
graxos essenciais, promotores de aromas e fonte energética. Com esse potencial, tem surgido um
crescente interesse na tecnologia de modificação de óleos e gorduras, o que pode ser atribuído ao
fato de esses materiais serem obtidos de fontes naturais e empregados como importantes insumos
para a indústria química, farmacêutica e alimentícia. Além disso, o crescimento do mercado
consumidor de produtos naturais vem exigindo uma reavaliação dos insumos e processos utilizados
pela indústria em geral. Mundialmente é estimada uma produção anual de óleos e gorduras de
aproximadamente 120 milhões de toneladas, sendo 80% consumidos como alimentos e 20%
aplicados no setor industrial.
Na Amazônia, há inúmeras espécies vegetais que podem contribuir com seus produtos
dentro dessa demanda industrial. Os óleos e gorduras naturais podem ser o único constituinte de
um produto ou podem fazer parte da mistura de diversos constituintes de um composto. Existem
casos, entretanto, em que há uma necessidade de se transformar as características do material
para adequá-lo a uma determinada aplicação industrial, o que é possível pela manipulação da
composição dos triglicerídeos. Isso ocorre pelo redesenho da estrutura básica por meio da
modificação química dos ácidos graxos (hidrogenação), pela reversão da ligação éster liberando
ácidos graxos (hidrólise) e reorganização dos ácidos graxos na cadeia principal de triglicerídeo
(interesterificação). Dependendo da condição do meio reacional, com pouca presença de água,
pode ocorrer também a reação inversa á hidrólise, isto é, a formação de ligações ésteres
(esterificação) formando óleo a partir de um álcool e um ácido orgânico.
Assim, o desenvolvimento de tecnologias alternativas apropriadas para o aproveitamento
desse tipo de material se reveste de grande importância, pois pode proporcionar a obtenção de
produtos de alto valor agregado. O intuito deste projeto é promover a agregação de valor aos
óleos vegetais amazônicos, obtendo-se, a partir destes, moléculas de interesse industrial. Dessa
forma, o valor a ser obtido dos óleos será maior do que o valor obtido do óleo bruto. Além disso, as
empresas que trabalham com óleo apenas durante a extração poderão incrementar suas linhas de
produção com o processamento dos óleos.
E/T-03
Candidato: Aparecida Donisete de Faria; Ricardo Tadeu de Faria e José Eduardo Lahoz da Silva
Ribeiro.
Projeto: Seleção, caracterização e domesticação de espécies ornamentais nativas da Amazônia
Instituição: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Fundação
Chico Mendes
Execução: Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR.
A produção de plantas ornamentais é uma das atividades que mais crescem no país e no
mundo nos últimos anos. Essa expansão depende diretamente da introdução de novidades no setor,
o que requer pesquisas com plantas que apresentem determinadas características e tem
encontrado grande interesse entre cientistas, produtores e o público em geral. As pesquisas nessa
área são dinâmicas e envolvem a localização e o levantamento de espécies ornamentais, sua
identificação taxonômica e a formação e manutenção de coleção de plantas em cultivo, além de
estudos de reprodução, manejo, crescimento e floração, testes de produção industrial e, por fim,
análises de aceitação do produto pelo mercado.
Novas espécies para o setor podem ser obtidas diretamente de jardins botânicos,
institutos de pesquisas, coleções particulares, produtores, ou por meio de cruzamentos de espécies
já conhecidas com plantas selecionadas desses locais, o que ocorre com mais frequência ou, ainda,
a partir de levantamentos de áreas pouco ou totalmente inexploradas, o que não é incomum em
florestas tropicais como a Amazônica. A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo, com uma
área aproximada de 5,5 milhões de quilômetros quadrados, grande parte dos quais sobre território
brasileiro, apresentando valor estratégico para o país. No entanto, devido á sua grande extensão,
a região inclui inúmeras espécies ainda desconhecidas, assim como o real potencial de muitas das
espécies já registradas.
Os resultados desta proposta poderão contribuir imensamente com essas iniciativas em
andamento no país, principalmente, com as relacionadas à Amazônia, enriquecendo a lista de
plantas para o futuro, no que se refere às ornamentais. Nesse contexto, insere-se o presente
projeto, que tem como objetivo a seleção e o estudo de espécies ornamentais nativas da Amazônia
brasileira, para introdução na cadeia de produção de plantas ornamentais. Essa indústria é limpa,
não poluente, exige áreas reduzidas para plantio, ao contrário de culturas extensivas como a da
pecuária, o que resulta em baixo impacto para florestas. Ela também possibilita produção
consorciada com vegetação existente e atua fortemente na conservação de espécies de grande
valor econômico em seu habitat natural, já que essas espécies deverão ser produzidas em grande
escala.
Apesar de toda essa "vocação" natural, entretanto, atualmente, o número de espécies
nativas da Amazônia brasileira em produção comercial é insignificante. As espécies ornamentais
tropicais que vêm sendo produzidas no país são provenientes, principalmente, da Ásia, África ou de
países da América Central, existindo um enorme potencial para a introdução de novidades no
setor. As espécies a serem objetos de estudo da presente proposta deverão ser selecionadas dentre
as espécies de arbustos, ervas, lianas, epifitas e hemiepífitas da flora Amazônica, já registradas
para a região a partir do desenvolvimento de grandes projetos de levantamento floristico, como a
Flora da Reserva Ducke, realizada em Manaus, e a Flora da Reserva Biológica do Uatumã, em
Presidente Figueiredo, ambos no estado do Amazonas. Até o presente, foram catalogadas, apenas
durante o levantamento floristico realizado pelo projeto "Flora do Uatumã" (Edital
MCT/CNPq/PPG7 Fase II, n? 48/2005, sob Processo n? 557102/2005- 7) diferentes espécies das
famílias
Acanthaceae,
Combretaceae,
Marantaceae,
Araceae,
Costaceae,
Arecaceae,
Gesneriaceae,
Melastomataceae,
Bignoniaceae,
Haemodaraceae,
Moraceae,
Orchidaceae,
Bromeliaceae,
Clusiaceae,
Heliconiaceae,
Loranthaceae,
Passifloraceae,
Polygalaceae,
Rubiaceae e Verbenaceae.
A seleção das espécies a serem estudadas durante o desenvolvimento da presente
proposta deverá ser feita a partir do potencial apresentado pela espécie para comercialização em
vaso, corte, forração ou paisagismo. Depois de selecionadas, as espécies deverão ser
caracterizadas por meio de análise morfológica, descrição e registros fotográficos e ter sua
identidade botânica confirmada por especialista.
Em seguida, propágulos dessas espécies coletados em suas áreas de ocorrência deverão
ser encaminhados para cultivo em local apropriado na Universidade Estadual de Londrina (UEL),
localizada em Londrina, PR. /4s plantas em cultivo serão utilizadas para desenvolvimento de
estudos relacionados ao seu desenvolvimento, floração e reprodução. Essas pesquisas deverão
envolver uma equipe multidisciplinar (botânicos e agrônomos), contar com apoio de jovens
estudantes e estagiários e gerar protocolos para reprodução e produção das espécies estudadas.
Os resultados deverão proporcionar a inserção de novos produtos no setor de ornamentais
tropicais nativas e auxiliarão, de forma significativa, o aumento da produção e a consolidação da
cadeia produtiva desse setor no estado do Amazonas, a partir do retorno a região dos resultados
obtidos, gerando aumento da oferta de empregos, melhoria do nível de vida de importante parcela
da população e consequente aquecimento da economia regional.
O desenvolvimento do presente projeto irá, ainda, inaugurar pesquisas com domesticação
de espécies nativas da Amazônia brasileira na UEL e auxiliar na comprovação do potencial da
Floresta Amazônica como fonte de novas plantas para o agronegócio, mais um dos fortes
argumentos para sua preservação. Para os 36 meses de vigência da primeira fase da presente
proposta, deverão ser implantados um matrizeiro com todas as espécies selecionadas e iniciados
os estudos com espécies de desenvolvimento mais curto, como Heliconia e Araceae.
E/T-04
Candidato: Cândido Justino de Mello Neto
Projeto: Casa de deslocamento vertical para regiões ribeirinhas do Maranhão e Amazônia
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Execução: Regiões ribeirinhas amazônicas.
Assistindo a uma matéria na TV a qual mostrava o drama de crianças alojadas no telhado
de uma casa por causa das enchentes, foi despertada a ideia de desenvolver algo que pudesse
ajudar a diminuir o sofrimento das famílias ribeirinhas.
O objetivo maior é resolver os problemas dos ribeirinhos que a cada enchente perdem suas
casas e pertences e que da região não podem se afastar porque é do local que conseguem
sobreviver em épocas normais.
E/T-05
Candidato: Carlos Cleomir de Souza Pinheiro
Projeto: Processo de obtenção e potencial farmacológico de zerumbona obtido dos rizomas de
gengibre amargo (Zingiber zerumbet), na prevenção e tratamento de câncer
Instituição: INPA
Execução: Manaus, Amazonas.
O elevado potencial da flora odorífera aclimatada na Amazônia apresenta-se como a fonte
renovável mais apropriada para a produção de matéria-prima para as indústrias de cosméticos e
fármacos. Nesse contexto se insere a espécie Z. zerumbet (L.) Smith (gengibre amargo), como
principal bioativo a substância zerumbona, de grande interesse para a indústria de produção de
cosméticos e fármacos no tratamento de vários cânceres. O produto poderá ser utilizado na
indústria farmacêutica, na fabricação de medicamentos e cosméticos obtidos por meio de um
processo tecnológico no qual se emprega a espécie vegetal Z. zerumbet, utilizada na medicina
tradicional e na culinária asiática para a profilaxia de várias doenças. O processo de extração dos
óleos essenciais foi por arraste a vapor. Por meio do método de recristalização, obteve-se uma
substância cristalina pura, zerumbona, perfazendo cerca de 99,95 % do óleo essencial (Patente no
PI0505343-9).
A zerumbona possui potente atividade citotóxica para células neoplásicas de fígado, cólon
e pele de roedores e, atualmente, o composto tem sido recomendado para o tratamento de câncer
e HIV. Pesquisas científicas experimentais para várias atividades farmacológicas têm sido
realizadas, tais como: antineoplásica e antiúlcera. A zerumbona natural e/ou hidrolato/extrato
está incluída na categoria de produtos para bebidas, alimentos, água destilada aromáticas e
hidrolatos aquosos dos óleos essenciais. Apresenta-se como um futuro medicamento natural com
potencial farmacológico de relevante aplicação na indústria farmacêutica, na fabricação de
medicamentos naturais e para formulação farmacêutica, na produção de cosméticos. Z. zerumbet é
uma planta herbácea de fácil cultivo. Existem estudos de avaliação da relação custo/ benefício por
hectare plantado para a implementação da cultura, manutenção, colheita, extração e receitas
visando ao cultivo em larga escala da zerumbona natural e o consequente abastecimento para o
mercado consumidor.
Considerado esses aspectos, este projeto objetiva o cultivo e extração de óleos dessa
espécie em Manaus, AM, para produção de zerumbona e essências aromáticas de outras plantas
aromáticas, fazendo o aproveitamento de terras pouco produtivas do município citado e de sua
vocação natural para o setor primário da economia. Será adotada a seguinte metodologia: 1)
produção e extração de zerumbona obtida dos óleos essenciais de Z. zerumbet; 2) produção de
mudas em viveiros construídos para esse fim; e 3) plantio em consórcio com agricultores
conveniados.
E/T-06
Candidato: Cláudia do Ó Pessoa
Projeto: Recursos renováveis da Amazônia: estudos do potencial anticancer de plantas da
Amazônia Ocidental
Instituição: Universidade Federal do Ceará
Execução: Universidade Federal do Ceará, Departamento de Fisiologia, Laboratório Nacional de
Oncologia Experimental.
A importância crescente das neoplasias malignas no quadro sanitário do Brasil tem
ampliado a discussão sobre o controle desse grupo de doenças, incluindo-as como uma das
prioridades do setor de saúde. Apesar de ainda existirem áreas obscuras na compreensão da
etiologia do câncer, já se tem, hoje, conhecimentos específicos suficientes para embasar que a
quimioterapia utilizada no tratamento do câncer é primordialmente oriunda de recursos naturais.
O atual interesse na busca de novos antitumorais, por exemplo, é consequência de sua importância
para o tratamento de diferentes formas de tumores malignos.
A Amazônia é única e possui a maior biodiversidade do planeta. A Floresta Amazônica é a
maior floresta tropical do mundo tendo um vasto e complexo ecossistema. Assim, o gerenciamento
e a promoção do desenvolvimento sustentável dessa região constituem-se tarefa extremamente
difícil, complexa e de enorme responsabilidade para o Brasil.
Esta proposta vem a ser um estímulo e promoção da mobilização e integração dos
conhecimentos sobre a região e sua respectiva aplicação em prol da população local, nacional e,
até mesmo mundial, decorrente de uma exploração sustentável dos recursos naturais da
Amazônia. Este projeto constitui uma oportunidade estratégica e pioneira para o desenvolvimento
da região, de forma a contribuir para as decisões e ações do estudo bioprospectivo no
desenvolvimento de novos agentes terapêuticos, os quais irão somar esforços para o avanço no
tratamento do câncer.
E/T-07
Candidato: Cláudio Gonçalves
Projeto: Projeto TESLA: transmissão de energia elétrica sem fio
Execução: 1) Belém: Universidade Federal do Pará (UFPA);
2) Manaus: Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Este projeto visa a efetuar pesquisas para: 1) caracterizar os fenômenos físicos com maior
precisão, em que a modelagem matemática dos mesmos torna-se bastante complexa, tal que, na
maioria dos casos, vem a ser inviável analiticamente; então será feita a abordagem numéricocomputacional por meio do método das diferenças finitas no domínio do tempo (FDTD). O segundo
aspecto refere-se à ideia de transferir energia elétrica sem a utilização de fios condutores, cujo
precursor foi o cientista Nikola Tesla em 1880; 2) transmitir ou transferir energia elétrica sem fios,
em que estão empenhados grupos internacionais como o MIT e a Microsoft. Os primeiros
resultados mostram a possibilidade de transferir uma potência de 60 watts numa distância de dois
metros, com rendimento de apenas 40%. As perspectivas vão muito além, como na área biomédica,
na nanotecnologia e, também, para atender equipamentos portáteis como celular, laptop,
microcomputador. Este projeto é uma oportunidade de grande relevância para a indústria de
dispositivos eletroeletrônicos, por focar na transmissão de energia elétrica sem fios para alimentar
dispositivos portáteis a distância, além da possibilidade de construí- los com dimensões, pesos e
custos menores.
E/T-08
Candidato: Conceição Aparecida Previero
Projeto: Tecnologias alternativas e o uso de práticas populares na pós-colheita de grãos e
sementes para agricultura familiar
Instituição: Centro Universitário Luterano de Palmas
Execução: O projeto está sendo desenvolvido no Assentamento Mariana, em Palmas, Tocantins, e
as práticas dos cursos e as análises tecnológicas de grãos e sementes, realizadas no Laboratório de
Pós-colheita de Produtos Agrícolas do Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP/ULBRA,
em Palmas, Tocantins.
A agricultura familiar brasileira tem o seu funcionamento econômico fundamentado não
apenas na maximização da rentabilidade do capital e na geração do lucro. O seu funcionamento
também é orientado para o atendimento das necessidades da família e para a manutenção, a
longo prazo, das potencialidades produtivas do meio natural. Para contemplar suas necessidades
básicas produtivas, normalmente forma-se um conjunto diversificado, com horta, roça, pomar e
integração da produção animal à vegetal.
Além disso, a agricultura familiar é considerada o principal agente propulsor do
desenvolvimento comercial e, consequentemente, dos serviços nas pequenas e médias cidades do
interior do Brasil. Quando ampliada, viabilizada e fortalecida, a agricultura familiar tem a
capacidade de aquecer a economia dessas cidades pela base.
Apesar da tecnologia moderna, grandes quantidades de grãos e sementes armazenadas
estão sendo perdidas pelo ataque de insetos, roedores e deterioração por fungos patogênicos, em
particular nas regiões tropicais. O armazenamento em condições adequadas constitui uma etapa
importante para a manutenção da qualidade inicial de grãos e sementes. No entanto, a
viabilidade e manutenção de certas condições de armazenamento são economicamente
dispendiosas para a maioria dos agricultores. O armazenamento em condições adequadas
constitui uma etapa importante para a manutenção da qualidade inicial de grãos e sementes.
O combate ao desperdício é um dos principais desafios para a agricultura do século XXI,
sendo que no Brasil as perdas pós-colheita chegam a 23% da produção agrícola de grãos. Esses
índices são ainda maiores na medida em que se reduz o pacote tecnológico utilizado na sua
conservação, resultando em perdas elevadas e prejuízos constantes, principalmente aos pequenos
produtores. A busca de alternativas para minimizar os prejuízos causados pela pós-colheita tem
que ser praticada por toda sociedade, visando a um melhor aproveitamento de seus produtos.
Junto com o esforço para o aumento da produtividade, necessariamente há que se
aprimorar o processo de colheita e as condições de armazenagem de grãos. Uma característica
positiva dos grãos é a possibilidade de serem armazenados por longo período de tempo, sem
perdas significativas da qualidade. Entretanto, o armazenamento prolongado só pode ser
realizado quando se adotam corretamente as práticas de colheita, limpeza, secagem, combate a
insetos e prevenção de fungos.
Pesquisas no segmento da colheita e armazenagem são muito importantes para a
conservação de grãos e sementes obtidos pelos agricultores familiares. É fundamental que a
qualidade seja preservada, mantendo-os sadios, limpos e livres de agrotóxicos utilizados para
combater as pragas que sempre atacam os grãos armazenados.
O tratamento químico de sementes é bastante utilizado no sentido de minimizar as perdas
causadas por fungos e insetos durante o armazenamento. Indagações têm sido levantadas quanto
ao tratamento de sementes, uma vez que poderão ser comercializadas como grãos. A redução do
uso de químicos está cada vez mais presente em todos os segmentos da sociedade, em que a busca
de tecnologias alternativas faz-se necessária.
Um arranjo capaz de apoiar a promoção P&D na agricultura familiar é o das Redes de
Referências. Os procedimentos metodológicos têm como referência básica a metodologia
desenvolvida há mais de 20 anos pelo Institut de L'Elevage, na França, e no Brasil desde 1998 pelo
tapar e pela Emater, que são as Redes de Referências para a agricultura familiar. A Rede de
Referência para desenvolvimento do projeto está sendo constituída por agricultores e agricultoras
do Assentamento Mariana, em Palmas, Tocantins. O sistema de produção a ser estudado será a
pós-colheita de grãos e sementes.
Inicialmente foi realizado um diagnóstico, com o objetivo de conhecer as práticas
desenvolvidas pelos assentados na pós-colheita de grãos e sementes e identificar os pontos de
estrangulamento e suas potencialidades. A partir daí foi realizada a elaboração das referências que
descrevem o sistema de pós-colheita, apresentando as técnicas coerentes e as práticas a realizar,
levando em conta as diferentes espécies de grãos e sementes produzidas, as estruturas da
propriedade e as especificidades regionais.
O projeto envolve a experimentação, a capacitação e a difusão de técnicas e de sistemas
de pós-colheita de grãos e sementes de forma conjunta entre os agricultores, extensionistas e
pesquisadores. Estão sendo testadas e validadas tecnologias para auxiliar na conservação póscolheita de grãos e sementes para agricultura familiar, utilizando equipamentos, tais como:
secador solar, fornalha a carvão, determinador de umidade e silo-secador.
Está sendo desenvolvido no assentamento um experimento, com metodologia científica,
para avaliação da qualidade fisiológica de sementes durante o armazenamento. Nesse caso, os
próprios assentados estão acompanhando detalhadamente o processo, aproveitando a sua
característica de "experimentador" que é o agricultor familiar.
As sementes foram acondicionadas em embalagens de papel, polietileno e garrafa PET.
Para conservação estão sendo utilizados produtos naturais como: folhas e sementes de nin,
cinamomo e eucalipto, rizoma do falso-açafrão, os frutos da pimenta-malagueta e cinza vegetal.
No sentido de introduzir e/ou resgatar algumas práticas, ou ainda com o objetivo de organizar, foi
construído um paiol de madeira na sede da Associação do Assentamento, assim como um silosecador de alvenaria, com tijolos de solo-cimento. Numa etapa posterior, mudas de plantas com
propriedades repelentes a insetos, listadas anteriormente, serão distribuídas aos agricultores(as)
do assentamento. No sentido de semear e disseminar o conhecimento e a informação de técnicas,
metodologias, legislações e tecnologias, serão elaborados livretos, apostilas, boletins técnicos,
cartilhas e manuais que serão disponibilizados para os agricultores e agricultoras. Também estão
sendo ministrados cursos e palestras sobre pós-colheita de grãos e sementes, para que ocorra a
capacitação e a difusão dos conhecimentos. Todas as etapas do projeto serão desenvolvidas
respeitando a diversidade cultural e buscando a melhoraria da qualidade de vida da comunidade.
E/T-09
Candidato: Décio Nickel
Projeto: START-VS – Sensor térmico acústico retransmissor via satélite
Instituição: Triz Tecnologia em Inovação
Execução: O projeto será desenvolvido em um esforço nacional em P&D, I, em conjunto com a
região amazônica, entretanto toda a produção industrial ficará por conta de fabricantes de
produtos eletroeletrônicos instalados no polo industrial de Manaus, estado do Amazonas,
oportunizando também os outros oito estados que compõem a região amazônica: Acre, Amapá,
Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão.
As áreas recomendadas inicialmente para implantação do projeto START-VS ficam próximas à
fronteira do agronegócio e comércio de madeira, ou "Arco do Desmatamento" o qual se estende
de Rorâima ao Maranhão.
Trata da proposta de desenvolvimento de um inovador sistema de monitoramento e
vigilância de grandes extensões de florestas, Sensor Termo Acústico Retransmissor Via Satélite, ou
simplesmente START-VS, a ser implantado em áreas de preservação e conservação ambiental na
região amazônica.
O sistema START-VS diferencia-se de outras alternativas ao informar a localização
geográfica, em tempo real, em sua área de cobertura, quanto ao uso das mais relevantes e atuais
práticas de desmatamento: corte de árvores com motosserras, arrastão de correntes com tratores
e queimadas.
As atuais técnicas de imagem aérea e via satélite utilizadas em atividades de
monitoramento e vigilância da região amazônica, são limitadas ou pelo clima quando ocorre
formação de nuvens durante grandes períodos, ou pelo procedimento de interpretação percentual
e esporádica das imagens. O resultado obtido gera estatística mas não tem apresentado resposta
simultânea ao crime ambiental, ou seja, o flagrante.
O sistema START-VS é inovador e será composto por uma malha de sensores de baixo
custo ou "Sensor Termo Acústico (STA)", e sensores mais potentes em menor quantidade
nomeados "Retransmissor (SRT)", obedecendo a uma relação quantitativa e qualitativa
proporcional à tecnologia a ser utilizada.'' Entre as tecnologias a serem utilizadas é possível citar:
RFID (Radio Frequency Identification ou "identificação por frequência de rádio baseada em ondas
eletromagnéticas"), sistemas britânicos IFF (Identification: Friend or Foe) desenvolvidos durante a
Segunda Guerra Mundial e que vêm sendo melhorados.
Assim como outras tecnologias litografia, nanotecnologia e biotecnologia, etc., os STAs
serão sensíveis a ruídos com frequências características de motores, calor e a fumaça gerados
pelos incêndios florestais.
Os STAs poderão ser arremessados de aeronaves, reduzindo o custo de instalação, não
sofrerão manutenção, terão uma vida útil limitada e serão totalmente biodegradáveis, podendo
ser utilizados em ações pontuais ou deforma continuada.
O Retransmissor, ou SRT, terá maior valor agregado, será durável e poderá sofrer
intervenções durante sua vida útil. Instalado pelo Exército ou por mateiros treinados, o SRT poderá
receber simultaneamente o sinal de centenas de STAs, processar tais informações e enviar ao
satélite, via satélite (VS), o qual irá repassar ao atual Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).
Também o sinal poderá ser captado diretamente por acampamentos do Exército localizados
próximos a reservas ambientais, por unidades avançadas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e
outras instituições associadas a rede de monitoramento do Bioma Amazônico, Cerrado e outros.
O SRT terá como fonte de energia inicial uma pré-carga, sendo realimentado por energia
eólica e/ou solar. Serão desenvolvidos modelos matemáticos personalizados destinados ao
dimensionamento e autonomia de cada equipamento em relação a sua localização.
O retransmissor SRT poderá também ser utilizado como estação meteorológica remota,
em estudos de microclimas, auxiliar no aprofundamento das relações entre as temperaturas
médias do planeta e a floresta. Também poderá ser utilizado, em casos específicos sob contrato,
na geração de imagens em atividades de observação e detalhamento da Biota.
E/T-10
Candidato: Domingos Jarí Vargas
Projeto: Quem sabe faz agora – A constituição de processo de produção e comercialização locais,
a partir das lideranças dos núcleos de produção filiados à Cooperagrepa
Instituição: Cooperagrepa – Cooperativa de Agricultores Ecológicos do Portal da Amazônia
Execução: O projeto será realizado no território do Portal da Amazônia, nos municípios de Alta
Floresta, Carlinda, Guarantã do Norte, Marcelândia, Matupá, Nova Guarita, Nova Santa Helena,
Novo Mundo, Peixoto de Azevedo, Colíder, Terra Nova do Norte – área de atuação da
Cooperagrepa.
O Projeto que visa a constituir, desenvolver e potencializar os processos de gestão da
produção, com base nos princípios agroecológicos e de comercialização em redes locais e na
economia solidária. As ações terão como foco o desenvolvimento de tecnologias de produção
agroecológica aos agricultores técnicos de cada Núcleo de Produção. A formação tecnológica será
realizada de forma continuada, por meio de encontros bimestrais de agricultores técnicos. A
organização dos sistemas produtivos terá sua extensão nas formas estratégias de acesso às
diversas possibilidades de mercados locais, tais como: formação de grupos de consumidores, com
entrega em domicílio de cestas de produtos, abertura e manutenção de espaços específicos para
produtos orgânicos e agroecológicos nas feiras locais e participação no mercado institucional. O
projeto busca o desenvolvimento de tecnologias de produção com princípios agroecológicos e o
aumento da geração de renda dos agricultores familiares filiados à Cooperagrepa, assim como a
implantação da comercialização local, por meio de redes locais com base na economia solidária.
A Cooperagrepa está organizada em 16 núcleos de produção orgânica. Os Núcleos são
formados com objetivo de torná-los o mais participativo possível e corresponsabilizar agricultores
familiares em todas as atividades, etapas e ações dentro da organização cooperativa e do sistema
de produção, certificação e comercialização.
Estão previstas no Estatuto Social da Cooperativa as funções de lideranças locais
representadas em todos os núcleos de produção por: 1 (um) Coordenadores Geral, 1 (um)
Coordenador Administrativo e Financeiro e 1 (um) Agricultor Técnico. O desenvolvimento da
formação continuada em agroecologia, o desenvolvimento de assistência técnica e a transferência
de tecnologias aos agricultores técnicos dos núcleos de produção da Cooperagrepa fortalecerão as
atividades de formação desses agricultores técnicos, bem como sua atuação multiplicadora no
respectivo Núcleo de Produção Orgânica. Por outra via, o papel dos coordenadores administrativos
e financeiros tem uma função primordial no estabelecimento de critérios e na definição de
estratégias para acesso aos mercados locais solidários.
E/T-11
Candidato: Durval Ferreira de Souza Júnior
Projeto: Construção naval em madeira na Amazônia: modernidade, segurança e eficiência com mão
de obra e matéria-prima local
Instituição: Pesquisador (autônomo)
Execução: Amapá.
O projeto visa a retirar o atraso tecnológico da construção naval artesanal regional em
madeira, por meio da disponibilização às comunidades de modernas técnicas que aceitam uma
variedade maior de espécies de madeiras obtidas e exploradas de forma ambientalmente correta.
A perspectiva do projeto é tornar a construção naval em madeira ecologicamente sustentável,
segura dentro dos padrões atuais, mantendo a arte local e gerando emprego e renda. A secagem e
a preparação da madeira para receber adesivos, tradicionalmente conhecida como o "gargalo"
desses processos, devido aos custos, foram resolvidas por um processo único desenvolvido para a
região amazônica pelos pesquisadores do projeto, o que torna o produto em uma embarcação
altamente competitiva.
E/T-12
Candidato: Elio Jesús Crespo Madera
Projeto: Menos consumo, mais eletricidade
O consumo elétrico está muito relacionado com a elevação do nível de vida das pessoas
em correspondência com o desenvolvimento da tecnologia.
Como Educação Energética é educar sobre como conviver melhor e dispor da eletricidade
com menos consumo pela sociedade, com o desenvolvimento deste projeto se pretende garantir
um conhecimento geral de quanto e como se pode diminuir o consumo nas casas, universidades e
empresas, com uma incidência no meio ambiente, a emitir menos gases, provocado pelo
funcionamento dos Grupos Eletrógenos, protegendo, preservando e conservando os sistemas de
suporte vital das comunidades e da Amazônia.
É um projeto a desenvolver e obter seus resultados durantes 24 meses. Organizou-se por
etapas que se deverão vencer para se obter as próximas, com as valorações correspondentes.
Consiste no desenvolvimento de ações que facilitarão o processo de ensino e aprendizagem da
Física com participação dos estudantes universitários e de outros níveis de ensino da comunidade,
especialistas e trabalhadores da empresa elétrica e os membros da comunidade.
Inclui um esforço planejado para obter dados em casas, escolas e empresas, informar e/ou
subministrar instrução aos habitantes da comunidade, com os mais recentes e válidos dados
científicos, de maneira que minimize o máximo possível o consumo da eletricidade e sua própria
economia, menos custos.
E/T-13
Candidato: Felipe Góes Ferreira
Projeto: Soluções tecnológicas para uma gestão educacional de qualidade
Instituição: Proesc Soluções em Tl
Execução: O mercado amapaense será o primeiro nicho mercadológico da empresa e com a
disponibilização do Proesc Educacional na Internet. O projeto atenderá não apenas escolas públicas
do Amapá ou da Amazônia, mas de todo o Brasil.
A proposta consiste em transformar o sistema de gestão escolar construído para a
realidade amapaense, que funcionará na Internet e poderá ser utilizado por escolas públicas de
todo o Brasil.
A Proesc Soluções em Tl é uma empresa que atua no ramo de desenvolvimento de
programas que dinamizam a gestão do ensino, nas áreas administrativas, acadêmicas, financeiras
e pedagógicas.
O segmento de mercado que a Proesc Soluções em Tl pretende atuar é composto por
instituições públicas de ensino. Atualmente existem no Brasil mais de 130.000 escolas públicas e
segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). Desse total, 30% possuem
acesso a informática e a meta do governo federal é até 2021 equipar todas as escolas da rede
pública com tecnologia da informação.
A maioria dessas escolas é assistida de forma precária por softwares de gestão,
comprometendo a qualidade e o desenvolvimento das ferramentas gerenciais das instituições.
Com o intuito de proporcionar mais agilidade e qualidade aos serviços prestados pelas
instituições de ensino, a empresa pretende desenvolver o software de gestão escolar denominado
Proesc Educacional, versão Internet. O sistema proporcionará agilidade na solução de problemas e
contribuirá para responder com ações mais efetivas a todas as necessidades das escolas,
considerando que é uma ferramenta que garante a construção de indicadores, a partir da vigilância
social para a política pública de educação, além de possibilitar mais eficácia, eficiência e
efetividade para a gestão do ensino.
Atualmente, a empresa Proesc encontra-se incubada na Incubadora Seama, que foi criada
em parceria firmada entre: a Faculdade Seama, o Sebrae/AP, a Secretaria de Estado do Trabalho e
Empreendedorismo (SETE) e Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), onde desfruta de
amparo estrutural, consultoria e network.
O mercado amapaense será o primeiro nicho mercadológico da empresa. Nossa meta
agora é ganhar o mercado das escolas públicas do estado do Pará e toda a Amazônia Legal. Até a
metade de 2010, a empresa pretende disponibilizar o Proesc Educacional na Internet no modelo
SAAS (software como um serviço) que disponibilizará acesso online ao produto. Nesse momento
qualquer escola pública ou Secretaria de Educação que tiver acesso a Internet poderá utilizar o
Proesc Educacional.
O público-alvo final será a escola pública de todo o Brasil que possua acesso a Internet e as
Secretarias Estaduais e Municipais de Educação que tiverem interesse em implantar o Proesc em
toda a rede de ensino, agregando, dessa forma, valor econômico e social ao ensino público e
tornando a empresa referência em gestão educacional.
O sistema Proesc Educacional é a mais completa ferramenta para gestão escolar, reunindo
o que há de melhor e mais moderno na área da informática. Acessível, seguro, rápido e fácil de
usar, o Proesc Educacional permitirá o acompanhamento de toda a vida escolar do aluno em
tempo real. Uma forma simples e econômica de integrar todas as áreas de uma instituição,
proporcionando agilidade e qualidade nos serviços prestados pelas instituições de ensino.
O Proesc Educacional é composto pelos seguintes módulos:
PESSOAS: Cadastro com foto, que permite o armazenamento de informações como dados
pessoais, dados profissionais, dados de saúde e documentos. Possibilita um controle efetivo de
informações de alunos, professores, serventes, estagiários e demais servidores. Possui ainda tabela
de bairros, cidades, estados e grupos de pessoas.
SECRETARIA: Controle de rotinas acadêmicas, cadastro de exercícios (anos), turmas,
grades, disciplinas, matriculas, rematrículas, séries e cursos, emissão instantânea de documentos
do aluno e da instituição como: declaração, boletim, histórico, ata dos resultados finais, etc.
NOTAS: Cadastro de notas e faltas dos bimestres e recuperação. Com cálculo automático
do total de notas e faltas, gerando automaticamente documentos como: ficha individual, boletim,
histórico, etc.
USUÁRIOS: Cadastro de login, senha e nível de permissão por módulo, com cinco níveis de
permissões de acesso: 1 – Negado, 2 – Leitura, 3 – Digitação, 4 – Administração e 5 – Suporte.
CADERNETA ELETRÔNICA: Permite ao professor o cadastro do conteúdo das aulas dadas,
lançamento de notas de cada instrumento do bimestre e a realização de chamadas. Por ser
integrada com o sistema, a caderneta permite á secretaria o acompanhamento, em tempo real, de
frequência e notas, incluindo um ambiente virtual para o professor na Internet que possibilita o
lançamento de notas e faltas da sala de aula, com o uso de notebook e rede wireless, assim como a
disponibilização de material e apostilas para os alunos.
SUPERVISÃO: Possui um poderoso gerador de horários, registro de ocorrências,
acompanhamento do aluno, calendário da escola e relatórios de rendimento e evasão escolar.
SUPORTE: Cadastro de escolas, parâmetros de notas, formas de avaliações, parâmetros de
bimestres, diretor e secretário escolar.
TERMINAL DE ATENDIMENTO: Permite ao aluno, por meio do código de barras impresso
na sua carteira de estudante, a consulta de notas, faltas e aulas dadas por disciplina e um
ambiente virtual na Internet para que pais e alunos possam consultar as notas e faltas, emitir
documentos do aluno e baixar (download) materiais e apostilas disponibilizados pelos professores.
DOCUMENTOS: Permite a digitalização, armazenamento e gerenciamento eletrônico de
documentos em pastas virtuais do aluno e da instituição de ensino, resultando em economia de
espaço e papel e em agilidade na localização de informações.
FINANCEIRO: Permite o lançamento de créditos e débitos parcelados ou à vista, emissão de
boleto bancário, relatório de inadimplência, declaração de quitação de débito, recibo de
pagamento, fluxo de caixa.
BIBLIOTECA: Controle de empréstimos, cadastro de livros, autores e editoras, relatório de
livros mais emprestados, relatório de empréstimos e devoluções.
Dados técnicos:
Linguagem: PHP + AJAX + JAVASCRIPT + CSS
Banco de dados: PostgreSQL
Servidor web: Apache
E/T-14
Candidato: Fernando Antônio de Medeiros
Projeto: Uso de plantas medicinais para o desenvolvimento regional e sustentável da comunidade
da Foz do Rio Matapi no Município de Mazagão, AP
Instituição: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá
Execução: Macapá, AP.
O uso de plantas medicinais é uma prática milenar que nos últimos anos vem assumindo
posição de destaque no mundo e, em especial, no Brasil. As abordagens científicas acerca das
plantas medicinais são múltiplas, sendo definidas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS,
1998), como "todo e qualquer vegetal que possua, em um ou mais órgãos, substâncias que podem
ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semissintéticos".
Essas plantas podem servir para elaboração de fitoterápicos, fitocosméticos, fitofármacos
ou mesmo serem fonte de substâncias ativas a serem utilizadas como protótipos para síntese de
novos fármacos.
Muitas vezes as propostas de desenvolvimento de produtos fitoterápicos a partir de
espécies vegetais não saem das prateleiras das universidades na forma de teses ou dos bancos de
dados de projetos em órgãos de fomento de pesquisa. Para mudar essa realidade é necessário que
os órgãos de fomento mudem os modelos de proposta de projeto e, principalmente, o
acompanhamento dos projetos que se distanciam muito do objetivo da pesquisa.
A proposta de projeto ora apresentado tem o objetivo de realizar o estudo fitoquímico,
toxicológico e farmacológico pré- clínico e desenvolvimento de um fitoterápico de uso tópico a
partir das sementes da espécie Vateria guianensis. Para realizar o estudo, a espécie vegetal será
coletada na comunidade da Foz do Rio Matapi no município de Mazagão, AP. Os resultados
gerados pelo projeto visam a colaborar com o desenvolvimento sustentável da comunidade por
meio da agregação de valor a produtos oriundos do extrativismo vegetal, além colaborar com a
organização da comunidade com a criação de cooperativa e associações locais, originando a
cultura do debate para as decisões que envolvem a comunidade.
Em caso de chegarmos ao desenvolvimento de um produto acabado, pretende-se protegêlo por meio de patente depositada no INPI e transferir a tecnologia de sua obtenção para alguma
empresa do setor farmacêutico, para que esta lance o produto no mercado, resguardando todos os
direitos tanto dos inventores quanto das comunidades originárias da pesquisa.
E/T-15
Candidato: Gilnei Getúlio da Silva Fróes
Projeto: Amazônia Tecnópole (Rede de Tecnopolos da Amazônia)
Instituição: Instituição Bering Fróes Eco Global
Execução: Em cidade que seja capital da Amazônia Legal. A programação de implantação da sede
principal pode ser em Manaus ou Belém. Há necessidade de infraestrutura (comunicações,
aeroporto, porto, sede) para construção do Parque Tecnológico Sede do projeto Amazônia
Tecnópole. Caso haja prédios prontos que possam ser adaptados – após laudo de aprovação – o
projeto tem seu início em dias...
Amazônia Tecnópole é a proposta de inovação, em nova sistemática de abordagem em
science parks, conjugando pesquisa, tecnologia ou ciências. Manterá intercâmbio e parceria com
universidades & governos da Amazônia Legal, numa sinergia de ações, programas, com objetivos
principais, secundários e colaterais. Promoverá incubação e desenvolvimento de Pequenas e
Microempresas (PMEs) e Empresas de Base Tecnológicas (EBTs) em empreendimentos de C&TI e
P&D para atender às necessidades econômicas, tecnológicas, sociais e ambientais da região. Na
Amazônia Tecnópole aplicamos múltiplos conceitos:
•
Organização específica para empreendimentos de P&D e de C&TI;
• Obtenção de vantagem competitiva tecnológica local e global;
•
Produção de bens e serviços pelo princípio do conhecimento científico;
•
Promoção de C&T associada a universidades, institutos, fundações, etc.;
•
Facilidade de transferência de tecnologias entre universidades e empresas;
•
Cooperação de planejamento econômico e tecnológico ambiental urbano;
•
Modernização das empresas e indústrias (minimizando impactos ambientais);
•
Aperfeiçoamento do processo de produção (sistemas, mecanismos, formas,
fórmulas);
•
Crença nos empreendedores (cientistas, inventores, projetistas. Inovadores);
• Busca de soluções tecnológicas (protótipos/patentes/inventos);
•
Elo institucional entre empresas, universidades, governos;
•
Acesso a agências de fomento e captação de incentivos fiscais, verbas, com
ministérios;
• Manutenção de equipe especializada (assessoria/consultoria) unida por objetivos,
projetos e ações na eterna busca de equilíbrio "Homem-Natureza" e
sustentabilidade social;
•
Incremento do desenvolvimento tecnológico, econômico, com o social e de saúde
ambiental e humana.
Sintonizar a Sociedade do Conhecimento valorizando os atributos do Capital Intelectual é a
moeda de desenvolvimento preconizada – na realização prática – do investimento do projeto
Amazônia Tecnópole.
Em suma: A Amazônia Tecnópole constitui um pool de instituições parceiras, ('fundações,
institutos, empresas, ministérios, universidades, forças armadas, etc.) integradas/reunidas numa
congregação de Science Parks (a serem criados e programados em tecnopolos, no âmbito de
universidades da Amazônia Legal) na missão de – usando C&TI – organizar a oferta e/ou geração
de produtos (e/ou serviços) amazonenses. Essa metodologia (ou sistema) de projeto inovador pode
diminuir custos construtivos (aproveitando espaço dos campi universitários) para facultar o abrigo
de técnicos – cientistas e pesquisadores – de outras universidades do Brasil, na consolidação dessa
estrutura avançada e futurista. A meta primordial é mapear as potencialidades para aprimorar o
processo econômico-produtivo da região com reflexos socioambientais – positivos – na região.
E/T-16
Candidato: Gladimir Kohnlein
Projeto: Estação para produção de biogás e adubo orgânico de material orgânico animal
Instituição: Central Laminações Ltda.
Execução: Projeto-piloto em Ji-Paraná, em granja de porcos com círculo completo de produção e
frigorífico incluso.
A maneira inovadora de ver e tratar os resíduos tem por objetivo a criação de uma nova
atividade econômica, vislumbrando um mercado não existente e que tem grandes possibilidades
de consolidação num estado da Amazônia, que tem crescimento significativo das atividades suína
e bovina. A sociedade atual necessita de uma alternativa para diminuir os impactos ambientais
das atividades humanas e a proposta em tela está adequada, pois os o material orgânico se
constitui em um vetor de contaminação.
Essa atividade é importante, pois transforma dejetos em oportunidades econômicas.
Esta proposta está baseada no domínio e testes de um sistema de biodigestão: câmara de
aquecimento solar, dois reatores anaeróbicos, quatro biodigestores anaeróbicos, tanque de
sedimentação, centrífuga, sistema limpeza, pressurização do gás em botijões de uso doméstico e
secagem.
A proposta será consolidada como planta-piloto em uma granja de porcos, próxima à
cidade de Ji-Paraná, Rondônia, com o objetivo de dominar e disseminar a técnica, produzir biogás e
adubo orgânico por meio dos dejetos dos animais.
Foram feitos protótipos virtuais em programa de computador de desenho industrial
mecânico 3D. Foi pesquisado o valor de geomembrana e o equipamento para soldá-la e outras
maneiras mais econômicas de vedá-la sem o uso de técnicas de soldagem. Além disso, foram
pesquisados outros materiais para concorrerem com a geomembrana visando a obter resistências
mecânicas que a geomembrana não tem, buscando, assim, encontrar formas construtivas mais
econômicas. Isso tudo alinhado com forte pesquisa das técnicas atuais de conversão de dejetos em
biogás, o aproveitamento do chorume ou lodo, retirando a água por força centrífuga para poder
transformá-lo em adubo orgânico seco sem dispêndio de energia.
E/T-17
Candidato: Herbert Kimura
Projeto: Criação de núcleo de agricultura familiar na área devastada da Amazônia Legal para
produção de óleos vegetais como alimentos e bioenergia
Instituição: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Execução: Arco do Desmatamento da Amazônia.
O projeto consiste em implantar um núcleo de agricultura familiar para abastecer fábricas
de óleos vegetais a ser instaladas na agrovila onde os agricultores terão a sua residência. A área
escolhida deverá ser um terreno devastado pelo desmatamento e abandonado após uso predatório
da terra como, por exemplo, o Arco de Desmatamento da Amazônia, e deverá ser recuperada para
implantação de agricultura sustentável. Com a política de substituição gradativa do óleo diesel por
biodiesel pelos países importadores de petróleo, o óleo vegetal deverá apresentar demanda
crescente a curto e longo prazos.
Atualmente, Indonésia e Malásia são as maiores fornecedoras de óleos vegetais para o
mercado da União Europeia. Porém, o Brasil possui vantagens comparativas por estar mais
próximo desse mercado e por dispor de tecnologia e terras propícias a culturas de vários tipos de
oleaginosas. Assim, a atividade econômica principal dos moradores apresenta viabilidade
financeira. Adicionalmente, com algumas adaptações, o motor a diesel pode funcionar com óleos
vegetais de modo que poderá servir de fonte de energia das novas usinas térmicas na região
amazônica. A fabricação de óleos vegetais possibilita a criação de empregos tanto na zona rural
quanto na urbana, agregando valor aos produtos agrícolas. Com a implantação da agrovila, os
moradores da zona rural, que dificilmente sairiam da condição de extrema pobreza, receberão os
benefícios da energia elétrica e poderão desfrutar de conforto de uma cidade e ascender social e
economicamente.
E/T-18
Candidato: Jadir de Souza Rocha; Cynthia Lins Falcone Pontes; Vânia Maria Oliveira da Camara
Lima; Tereza Maria Farias Bessa.
Projeto: Compensado florestal não madeireira
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Execução: Coordenação de Pesquisa em Produtos Florestais (CPPF), do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (INPA).
A proposta de inovação do compensado florestal não madeireiro visa ao aproveitamento
dos peciolos (galhos, base da estrutura de sustentação das folhas) da palmeira inajá (Maximiliana
maripa Aubl.). A referida espécie ocorre em abundância na Amazônia e é considerada, no setor
rural, uma planta invasora.
Faz-se necessário destacar que essa espécie se reproduz com facilidade, apresenta rápido
crescimento e que, no tempo máximo de três anos, já pode ser feita a extração dos peciolos.
A real viabilidade de aproveitamento dos peciolos do inajá faz com que essa espécie tornese uma oportunidade, pois passa a ser um novo componente de produção e se constitui uma
excelente alternativa ao compensado produzido com madeiras de espécies arbóreas da várzea
amazônica, que, por cerca de quarenta anos, foram exploradas de forma extremamente predatória
pelas laminadoras instaladas na região, causando sérios prejuízos á flora e à fauna da várzea do
território amazônico.
O processo de produção do compensado florestal não madeireiro apresenta alternativa
para que as micros e pequenas empresas também possam ser contempladas, e não apenas as
grandes laminadoras, para desenvolver essa tecnologia. Desse modo, serão desenvolvidos os
processos de prensagem a quente e a frio, sendo que este último dispensa a utilização de prensas
de custos elevados.
E/T-19
Candidato: Jairo Salim Pinheiro de Lima
Projeto: Projeto Paca de Acrelândia, Acre
Instituição: Universidade Estadual de São Paulo – UNESP/Ilha Solteira
Execução: Município de Acrelândia, no Acre.
A possibilidade de se alterar a maneira como se dava a produção agropecuária na
Amazônia chegou à região no final da década de 1980. No Acre foi, precisamente, em 1989 que a
Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) começou a delinear um consórcio de espécies florestais e
agrícolas a serem cultivadas na mesma tarefa do roçado do produtor. Era o início do que viria a ser
reconhecido na área técnica como Sistema Agroflorestal ou SAF.
O SAF consorcia, mistura, na mesma área, espécies ditas permanentes ou
semipermanentes, de ciclo médio ou longo, florestais ou não, com espécies da agricultura branca
tradicional, de ciclo curto, sobretudo milho, arroz, feijão e macaxeira. No início do plantio, quando
as mudas das árvores e arbustos ainda estão no primeiro estágio, o produtor pode conseguir renda
com a cultura branca. A partir do segundo ou terceiro ano, quando o produtor normalmente
abandona o plantio para ir á busca de novas áreas, deixa para trás um plantio formado de espécies
frutíferas e madeireiras.
Na verdade, o produtor enriquece a área de pousio, que periodicamente é tomada pela
capoeira. Ocorre que é tradicional na produção agrícola regional a utilização de determinada área
de roçado para cultivos de subsistência e comerciais, por um determinado período consecutivo e,
depois, seu abandono para o descanso, ou pousio, por período superior a cinco anos. Nesse
intervalo, com a instalação do SAF, ao invés da formação de uma capoeira sem utilidade aparente,
o produtor terá, já no segundo ano, uma capoeira com espécies de valor comercial. Esse
rendimento com culturas permanentes pode auferir renda para o produtor – de maneira periódica,
todo ano e permanente, por um período de mais de 15 anos.
A ideia básica é contornar o problema do desgaste agronômico do solo, resultado das
sucessivas queimadas, plantios e colheitas das culturas brancas, por meio de seu descanso
prolongado. O produtor não mexe na terra e as culturas permanentes possibilitam melhoria
sensível nas condições físicas e químicas do solo. Após esse longo período, o produtor tem
novamente uma terra com boas condições para receber novos plantios de milho, arroz...
Além disso, há outra significativa contribuição dada pela tecnologia do SAF. Com o passar
do tempo, os pequenos e médios produtores, em especial aqueles que conseguiam certo nível de
capitalização, viam na pecuária bovina uma opção importante para realizar investimentos.
É nesse contexto que se insere o presente trabalho. Tomando por referência a instalação
de um dos primeiros SAFs do Acre, localizado no município de Acrelândia, e fruto do trabalho
isolado realizado com rara determinação pelo próprio produtor há 20 anos, o SAF foi elevado
tecnologicamente à condição de Sistema Agrosilvipastoril, SAS, por meio da introdução de animais
silvestres amazônicos.
E/T-20
Candidato: Jerusa de Souza Andrade e Raimundo Silva de Souza
Projeto: Compartilhar ciência e tecnologia para o escoamento da produção, preservação dos
alimentos e regionalização da alimentação escolar no estado do Amazonas
Intituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Execução: O local de execução do projeto será o Departamento de Tecnologia de Alimentos do
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia em Manaus, Amazonas, Brasil.
O estado do Amazonas vem aprimorando/implementando programas no setor primário
para a produção, comercialização e absorção dos alimentos, implantação de agroindústrias para a
viabilidade dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), conduzindo o Programa "Zona Franca Verde",
assim como procurando atender às políticas públicas de melhoria e regionalização da alimentação
escolar, tanto na capital como no interior. Inserido no centro do estado, o Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (INPA), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), vem, com
recursos públicos, ao longo dos anos, pesquisando, descobrindo e mantendo informações sobre os
alimentos regionais (nativos e cultivados), suas substâncias nutritivas e bioativas e tecnologias
(produtos e processos) para preservação e agregação de valor.
O projeto em pauta tem como objetivo compartilhar tecnologias (produtos e processos)
com multiplicadores do conhecimento, produtores e distribuidores de alimentos. O procedimento
consiste na redação de informações técnicas, básicas, adaptadas e descobertas, para compor livros
em série, que estrategicamente divulgados, servirão de base para os setores públicos e privados
relacionados com a cadeia produtiva e com a absorção dos alimentos regionais. Os temas
abrangerão técnicas de preservação dos alimentos in natura, tecnologias de processamento e
variáveis de consumo, assim como indicarão estratégia pontual para gargalos na cadeia produtiva
de alimentos no estado do Amazonas.
O propósito, a formação acadêmica, o conhecimento e a experiência dos profissionais,
combinados com a missão e a infraestrutura do MCT/INPA na região, vislumbram a viabilidade da
proposta em pauta como uma forma de retorno dos recursos públicos, compartilhamento do
conhecimento e contribuição para as políticas públicas do estado. Diante da urgência e
grandiosidade da região, na área de produção, industrialização, distribuição, comercialização e
consumo de alimentos, quer sob o ponto de vista tecnológico ou social, não se requer apenas a
apresentação de uma "tecnologia pontual" e, sim, de políticas de "esvaziar gavetas", compartilhar
conhecimentos, "abrir as mãos" para que estas estejam disponíveis para novas pesquisas. O
compartilhamento de tecnologias geradas no âmbito das instituições de pesquisa/ensino e a
implementação pelos setores público e privado constituem, atualmente, a estratégia para as
necessidades e a dimensão da Amazônia.
E/T-21
Candidato: Joana Maria Leite de Souza
Projeto: Desenvolvimento de produtos à base de castanha-do-brasil
Instituição: Embrapa Acre
Execução: Embrapa Acre – Rio Branco, Acre.
Busca-se com a realização deste projeto uma oportunidade de agregação de valor à
castanha-do-brasil, além da avaliação da estabilidade da farinha desengordurada com um teor de
óleo residual bem abaixo do obtido atualmente. A melhoria na qualidade e na estabilidade da
farinha de castanha-do-brasil permitirá a ampliação de sua utilização na elaboração de produtos
de baixo custo como pães, bolos, macarrão, mingaus, bem como na elaboração de produtos mais
sofisticados como cereais matinais entre outros, agregando valor a um produto tipicamente
amazônico.
A ampliação do consumo da farinha da castanha-do-brasil no mercado local, nacional e
internacional possibilitará a revitalização de uma atividade típica dos povos tradicionais da
Amazônia, a popularização de uma fonte alimentar rica em nutrientes, a geração de renda não
somente para os moradores da floresta, mas também para os moradores da cidade (onde o
processo de produção pode atingir uma escala comercial) e o desenvolvimento de políticas públicas
voltadas à coleta sustentada da castanha-do-brasil.
E/T-22
Candidato: João Tito Borges; Luiz Felipe de Araújo Bastos e Ozely de Souza Oliveira
Projeto: Desenvolvimento de equipamento para manutenção e transporte de alevinos
Instituição: Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial
Execução: Universidade do Estado do Amazonas, AM.
O projeto tem o objetivo de desenvolver um sistema para a manutenção e o transporte de
alevinos que venha a facilitar os aquicultores da Amazônia.
O sistema proposto neste projeto consiste em proporcionar e facilitar a etapa de transporte
de alevinos compreendendo os requisitos de aeração e manutenção dos mesmos a uma
temperatura controlada, considerando desde a retirada do criadouro de alevinos até o viveiro de
engorda dos peixes. O sistema prevê o desenvolvimento de um equipamento que possa ser
transportado a longas distâncias por via. fluvial ou por via terrestre. Nos transportes de alevinos
vias terrestre e fluvial, o sistema proposto será adaptado a uma caminhonete e consistirá de um
tanque com aeração, controle de temperatura e processo para amortecer a movimentação da
água no interior do recipiente. Atualmente os alevinos são transportados por meio de sacolas
plásticas onde faz a saturação da água com oxigênio dissolvido sob pressão. Esse processo é
ineficiente e são relatadas muitas perdas no transporte.
Os desafios construtivos do equipamento demandam por conhecimentos em sistemas de
controle elétrico, processos de controle de qualidade de águas e design mecânico construtivo.
Nesse sentido, os pesquisadores proponentes atendem a esses requisitos. O desenvolvimento do
projeto se dará em uma instituição de pesquisa do estado do Amazonas e contemplará os passos
necessários para o desenvolvimento eletromecânico do sistema, o sistema de aeração e o sistema
térmico. Na primeira etapa do projeto será feito o desenvolvimento das etapas de otimização do
uso da energia, controle de temperatura da água, manutenção de oxigênio e características
químicas da água e controle pneumático para amortecimento em testes sem a presença de
organismos vivos. Na segunda etapa do projeto esses equipamentos serão testados pela equipe de
suporte técnico em escala menor, quando serão disponibilizados para a Secretaria de Produção
Rural para a realização de testes em escala real. Após os testes em escala real serão feitos os testes
elétricos e mecânicos no sistema. No final do projeto será feito um pedido de proteção intelectual
do produto gerado na pesquisa.
E/T-23
Candidato: José Francisco de Carvalho Gonçalves
Projeto: Produção de óleos essenciais e implicações do metabolismo do linalol em folhas e ramos
de espécies arbóreas da família Lauraceae sob plantio e na floresta nativa no estado do Amazonas
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Execução: A pesquisa será realizada no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (MCT –
INPA) em Manaus – AM (30 8'S, 590 52'W), no Laboratóri de Fisiologia e Bioquímica Vegetal e
no Laboratório de combustíveis da Universidade Federal do Amazonas, laboratórios estes
coordenados pelos professores José Francisco de Carvalho Gonçalves (INPA) e Prof. Jamal Chaar
(UFAM), respectivamente.
As folhas e as demais partes (galhos grossos e finos) das espécies selecionadas (Aniba rosaeodora;
Aniba canelilla; Aniba panurensis; Aniba hostmanniana; Licaria cannella ssp. Cannella) serão
coletadas em plantio com cerca de 40 anos na Reserva Florestal Ducke, Rodovia AM-010, km 26,
Manaus e/ou em outras localidades que apresentarem número de árvores matrizes produtivas e
de ocorrência natural, como nos municípios de Presidente Figueiredo, AM e Silves, AM. Nas
excursões de campo serão coletados, no mínimo, dez jogos de ramos com folhas e flores e/ou
frutos de aproximadamente 30 a 40 cm de comprimento que serão acondicionados em jornais,
entre folhas de papelão presas por barbantes, para confecção de exsicatas. No Herbário do INPA,
os ramos coletados serão prensados e secos a uma temperatura de 37 a 405C por 24 a 36 horas,
em seguida as exsicatas serão montadas em papel cartão, numeradas e depositadas para efeito de
catalogação botânica.
A biodiversidade amazônica é uma fonte potencial de recursos biológicos, com inúmeras
possibilidades de aplicação. No entanto, o desafio é acessar essas potencialidades de forma a
converter potencialidades em produtos. Por outro lado, os modelos desenvolvimentistas aplicados
na região têm contribuído fortemente para o aumento do número de espécies ameaçadas de
extinção, devido às formas destrutivas que são aplicadas para o uso da floresta.
Nesse contexto, algumas famílias botânicas são, preferencialmente, exploradas face ao
amplo espectro de possibilidades econômicas que podem oferecer. Como exemplo, pode-se
destacar a família Lauraceae, que possui espécies de elevado valor econômico em todo o mundo,
com diversas utilizações tais como, alimentares – o abacate, a canela e o louro – Persea americana;
Cinnamomum verum e Laurus nobilis –, aromáticas e produtoras de óleos essenciais – Aniba
rosaeodora; Aniba canellila; Aniba guianensis; Licaria puchury-major; Ocotea odorífera -, também
espécies com amplo uso na medicina popular – Ocotea aciphylla (Nees) Mez; Ocotea spectabilis
(Meissn.) Mez.; Ocotea guianensis Aubí, Ocotea barcellensis Mez; Licaria puchury-major Kosterm.;
Aniba riparia (Nees) Mez; Aniba hostmanniana (Nees) Mez – são fornecedoras de madeira –
Ocotea puberula Nees.; Ocotea guianensis Aubl.; Ocotea acutifolia Mez; Ocotea aciphylla (Nees)
Mez; Aniba terminalis Ducke –, além de outras espécies utilizadas na fabricação de papel,
compensado e produção de energia.
A família Lauraceae é pantropical, sendo frequente em florestas tropicais montanas, com
algumas espécies habitando grandes altitudes, contudo a maior diversidade ocorre em terras
baixas da Amazônia e América Central. Nas Américas ocorrem cerca de 30 gêneros e 900 espécies.
A família é tipicamente arbórea, variando de arbustos a árvores de dossel. As folhas são simples e
alterno-espiraladas, raramente opostas (Licaria) ou dísticas, sem estipulas, de margens inteiras e
frequentemente agrupadas no ápice dos ramos (Mezilaurus, Sextonia, Aniba, Endlicheria e Licaria).
Para reconhecimento no campo, são observadas características como tronco liso e lenticelado,
odor de óleo volátil, ao corte, muitas vezes presentes também nas folhas. A exploração de algumas
espécies de Lauraceae, de forma não planejada, resultou em risco de extinção de algumas delas –
Aniba roseodora Ducke; Dicypellium caryophyllatum Nees; Ocotea basicordatifolia Vattimo; Ocotea
catharinensis Mez; Ocotea cymbarum H.B.K.; Ocotea langsdorffi Mez; Ocotea porosa (Nees)
Barroso; Ocotea pretiosa Mez.
Nesse cenário, propõe-se um projeto direcionado para contribuir com iniciativas de
prospecção e uso mais sustentável dos óleos essenciais, que, obviamente, também implicará
preservação e exploração correta dos valiosos recursos desse grupo taxonômico para espécies da
Amazônia. Um fato marcante que deve nortear políticas públicas e estudos com espécies da família
Laraceae é que somente do pau-rosa são cortadas, anualmente, cerca de três mil árvores para a
extração do óleo essencial (os troncos são transformados em pequenos pedaços para viabilizar a
extração dos óleos). Então, neste projeto, busca-se relacionar outras espécies da mesma família,
fato que, ao se confirmarem bons resultados sobre óleos voláteis das demais espécies de
Lauráceas, tiraria o foco sobre a Aniba rosaedora. Ademais, pretende-se também confirmar os
teores dos óleos essenciais em árvores sob plantio e na floresta nativa, envolvendo as folhas e os
galhos (finos e grossos), visando a confirmar ou não a hipótese do modelo alternativo de
exploração (folhas e ramos ao contrário do tronco), na intenção de diminuir o número de árvores
abatidas. Sobre a qualidade do óleo, o detalhe é que, apesar de a síntese do linalol ser conhecida
há mais de trinta anos, a indústria, principalmente a de cosméticos, prefere o produto natural em
detrimento ao usado. Portanto, faz-se necessário abordar o metabolismo do linalol (síntese e
degradação natural).
A pesquisa será focada, basicamente, em duas linhas de ação: 1) Óleos essenciais:
identificação e quantificação dos componentes majoritários e 2) Análises da atividade de enzimas
associadas à síntese ou à degradação do linalol (nenhuma iniciativa foi feita nessa direção sob as
condições que pretendemos investigar).
E/T-24
Candidato: Jose Roberto Casarini
Projeto: Incorporação da microeletrônica na qualificação de produtos da biodiversidade
Instituição: Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo Industrial de Manaus
Execução: CT – PIM – Manaus.
Aplicação de sensores para conhecimento e controle das variáveis de coleta e de processo
de preparo, além do controle da atividade bioquímica de extratos naturais que poderão ser
incorporados em cosméticos, ou sua caracterização para fim comercial; Processo de preparo do
componente semicondutor do sensor eletrônico, da camada orgânica seletiva e do sistema de
microprocessador para tratamento de dados. O Projeto é parte integrante da ação estruturante,
coordenado pelo CT-PIM junto ao Comitê das Ações de Desenvolvimento na Amazônia (Capda),
para a formação de competências em microeletrônica.
E/T-25
Candidato: Josefa Magna Alves de Souza
Projeto: Pesquisa e desenvolvimento de um instrumento de tecnologia móvel para identificar
árvores ocas
Instituição: Fundação de Tecnologia do Estado do Acre
Execução: A Funtac tem sua sede em Rio Branco, no entanto outras instituições serão envolvidas
nas diversas etapas do projeto: laboratório especializado da USP e Universidade Federal de Santa
Maria.
Introdução de modernas tecnologias na implementação de atividades florestais, buscandose ganhos com produtividade. Isso reduzirá os custos das operações de manejo florestal e, assim,
auxiliará a tornar essas atividades economicamente viáveis quando comparadas à exploração
convencional.
O objetivo principal deste projeto é desenvolver um instrumento de tecnologia móvel para
identificar árvores ocas em floresta tropical úmida, que irá contribuir para a melhoria do processo
de exploração de madeiras com base no Manejo Florestal de Impacto Reduzido. Durante a
exploração florestal, a equipe de corte saberá quais árvores serão cortadas, eliminando a operação
do "teste do oco", pois o uso do instrumento que identifica árvores ocas se dará durante a
realização do inventário 100%.
Nesse contexto, o uso do instrumento propõe: a) Eliminar a operação do "teste do oco"; b)
Contribuir com o planejamento da exploração florestal; c) Reduzir danos aos fustes das árvores
ocas que ficarão em pé na floresta; d) Eliminar prática clandestina de substituição de árvores ocas
por outras, que foram planejadas para estoque ou porta-semente; e) Aumentar a eficiência nas
operações de extração reduzindo seus custos.
Será executado pela Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac), em parceria com
outras instituições de pesquisa. O desenvolvimento experimental consistirá do trabalho sistemático
sobre o estoque de conhecimento já existente e adquirido mediante pesquisas ou experiências
práticas aplicadas na identificação de árvores ocas ou utilizados com outras funções, visando a
integrar substancialmente sistema e produto já disponíveis no mercado. Na fase de
desenvolvimento do protótipo, será ajustado o modelo que melhor atenda aos parâmetros
técnicos, funcionais e econômicos propostos. Uma vez selecionado o protótipo funcional, se
necessário, será construído um protótipo tecnológico, aquele que contém todos os requisitos
técnicos e estéticos, com a finalidade de demonstrações industriais e comerciais. Com a informação
técnica e econômica obtida nessa escala, podem ser tomadas decisões para posteriores
investimentos. O projeto está planejado para ser executado em 24 meses e o orçamento necessário
para a realização está estimado em R$ 275.394,00 (duzentos e setenta e cinco mil e trezentos e
noventa e quatro reais).
E/T-26
Candidato: Adequação do ambiente in vitro e formulação nutritiva para a cultura de tecidos de
espécies lenhosas amazônicas
Projeto: Adequação do ambiente in vitro e formulação nutritiva para a cultura de tecidos de
espécies lenhosas amazônicas
Execução: Centro Universitário Nilton Lins, Manaus, AM.
O bioma Amazônico é considerado um dos ecossistemas de maior diversidade biológica do
planeta, contendo um verdadeiro tesouro biológico que pode ser aproveitado como matéria-prima
(genes ou compostos moleculares) para a indústria farmacêutica, agronegócios, química industrial,
cosmética e medicina botânica. Entretanto, menos de 10% dessa biodiversidade foi estudada e
menos de 1% é utilizada como matéria-prima.
A aplicação de técnicas biotecnológicas, como a cultura de tecidos vegetais, possibilita que
sejam transpostas barreiras e dificuldades encontradas na propagação convencional de espécies
nativas, permitindo maior sua prospecção e conservação. As diversas técnicas de cultura de tecidos
se apresentam como uma ferramenta de grande potencialidade no estudo da biodiversidade
vegetal, por permitirem estratégias de conservação e abordagens que visam à produção de bens
naturais in vitro, tais como metabólitos secundários e produção de clones com alta capacidade
produtiva.
No que se refere à cultura de tecidos vegetais de espécies arbóreas, sérias dificuldades são
encontradas quando comparadas com outras espécies. A maior parte das espécies lenhosas
apresenta uma alta incidência de contaminação endógena por microrganismos, além de um
comportamento recalcitrante ao cultivo in vitro e riqueza em compostos polifenólicos.
As condições observadas no ambiente in vitro diferem substancialmente das observadas
na natureza. Adequações ao ambiente in vitro, como redução da umidade atmosférica e redução
das pressões de oxigênio e níveis de etileno, proporcionadas por vedações que permitam maiores
trocas gasosas, podem permitir uma melhoria das respostas morfogênicas.
Grande parte dos trabalhos visando ao cultivo in vitro de espécies vegetais provenientes da
região amazônica emprega como meio de cultura a formulação salina e de vitaminas proposta por
Murashige e Skoog (1962). Apesar de esta formulação apresentar respostas satisfatórias para um
amplo número de espécies, no que tange as espécies arbóreas, o meio MS não tem se mostrado
satisfatório, sendo que composições mais diluídas dos macronutrientes tiveram melhor
desempenho.
Tendo-se conhecimento a respeito destas singularidades, torna-se fundamental a
adequação do ambiente in vitro e formulações salinas (macro e micronutrientes) mais condizentes
às exigências das espécies arbóreas amazônicas, possibilitando maior progresso nos estudos in
vitro.
E/T-27
Candidato: Márcia Luzia Ferrarezi Maluf
Projeto: Curtimento ecológico de peles de peixe para agregação de valores por meio do artesanato
Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Unioeste – Toledo
Execução: Universidade Estadual do Oeste do Paraná- Toledo-PR.
A agroindústria paranaense é uma das maiores produtoras de carnes do Brasil. O estado
possui várias indústrias de pequeno e médio porte que não aproveitam os subprodutos, o que gera
grandes impactos ambientais. Dentre esses subprodutos podemos destacar a pele, que quando
curtida e trabalhada artesanalmente pode se transformar em um objeto o qual agrega valor,
passando, assim, de um resíduo para uma fonte de renda. Nas regiões oeste e sudoeste do Paraná
existem várias unidades de processamento animal (aves, bovinos, ovinos e peixes, principalmente)
que não aproveitam esse resíduo industrial, e quando repassam as peles para indústrias de
curtimento, estas usam a tecnologia convencional com utilização de cromo como "curtente", o que
causa grande impacto ambiental e a maioria enfrenta processos do Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) por não tratar adequadamente os efluentes.
Uma alternativa ambientalmente correta é realizar o processo de curtimento "ecológico"
da pele com emprego do tanino (extrato vegetal) como "curtente" que não causa impacto
ambiental, transformando esses resíduos em produto nobre de alta qualidade. O couro de peixes
possui alta resistência, é de difícil imitação, possui um grande apelo comercial e é de fácil produção
em pequena escala. A utilização do couro pode ser empregada para a confecção de bolsas,
vestuários, calçados, bijuterias e acessórios.
O presente projeto é realizado atualmente pelo Grupo de Estudos de Manejo na
Aquicultura (GEMAq), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), e sua área de
abrangência é em alguns municípios de baixo índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no
território do Cantuquiriguaçu. Essa região é um dos dois territórios da cidadania do Paraná e a
maioria dos municípios atendidos está na área do centro-expandido, que possui a maioria dos
municípios de baixo IDH do estado, além de abranger vários municípios do território oeste. O
município sede do projeto é Boa Vista da Aparecida, cujo IDH é de 0,697, considerado o 50e IDH
mais baixo do estado, e onde será implantado um projeto-piloto. Além disso, a região abrangida
concentra uma grande experiência de organização de associações e cooperativas de agricultores
familiares, criadas coma apoio oficial e do Sebrae, como a Cooperativa de Produção,
Industrialização e Comercialização de Peixes do Rio Iguaçu (Cooperçu). A região envolvida e o
território Cantuquiriguaçu apresentam uma economia pouco expressiva no estado, representada
principalmente pela atividade de pequenos produtores e/ou pequenas empresas e associações,
dentre as quais se destacam três associações de artesanato na região do Procaxias e 11 no
território Cantuquiriguaçu com interesse em participar do projeto.
E/T-28
Candidato: Maria dei Pilar Diaz de Garcia
Projeto: Espécies vegetais utilizadas na tinturaria, na confecção de fibras e no artesanato em
algumas comunidades de municípios do Alto Solimões, Amazonas, Brasil
Instituição: Centro de Estudos Superiores de Tabatinga da Universidade do Estado do Amazonas
Execução: Algumas comunidades dos municípios de Benjamin Constant, Santo Antonio de Iça,
Amaturá e São Paulo de Olivença do Alto Solimões, Amazonas, Brasil.
Na Amazônia as populações tradicionais utilizam os recursos vegetais para diversas
finalidades. O presente trabalho será desenvolvido em algumas comunidades de municípios do Alto
Solimões, Amazonas, onde será realizada uma pesquisa científica com o objetivo de identificar as
espécies vegetais e registrar as partes utilizadas como corantes naturais no tingimento de fibras
vegetais, assim como as partes usadas para extrair as fibras vegetais na confecção de diversos
artesanatos, entre eles: vestuários, cestos, tapetes, redes, estas últimas utilizadas com frequência
na Amazônia pelas populações ribeirinhas e grupos étnicos); além da utilização das sementes de
diversas espécies na confecção de adorno pessoal como colares, e no cotidiano das atividades
agrícolas, pesca, medicinal e outros. O material botânico coletado será conduzido ao Laboratório
de Biologia do Centro de Estudos Superiores de Tabatinga, da Universidade do Estado do
Amazonas (CSTB/UEA), para o processo de herborização e identificação que servirá como
testemunha.
Durante a coleta do material, se observará o seu procedimento, a parte da planta
coletada, a época de colheita. Serão registradas as partes usadas do vegetal, a forma de aplicação,
o início do processo de tingimento da fibra vegetal, assim como o trançado da fibra para a
confecção dos artesanatos e outros. Será feita uma breve descrição morfológica da planta, para a
qual será utilizado microscópio-estereoscópio e o registro das medidas será feito com auxílio de
paquímetro. Assim mesmo, serão registrados o hábito, habitat e distribuição do vegetal. A
descrição da planta será acompanhada de fotografias digitais do material fresco. Por outro lado,
haverá entrevistas semiestruturadas aos artesãos e pessoal experiente que trabalham nos
processos artesanais nas comunidades a serem estudadas. A análise estatística será deforma
descritiva, por meio de tabelas de frequências com os dados qualitativos e quantitativos contínuos,
além de histogramas de frequência. Serão calculados os parâmetros populacionais na presente
pesquisa. Os nomes populares das espécies e outras informações adicionais serão obtidos de
literatura especializada. Por meio deste estudo, pretende-se resgatar os conhecimentos milenares
das comunidades dos municípios a serem pesquisados, para que não se percam, sobre a
importância que têm os pigmentos de origem vegetal e as fibras, já que eles foram substituídos por
corantes e fibras sintéticos.
E/T-29
Candidato: Maria de Lurdes Molarinho Velly
Projeto: Processo biotecnológico de obtenção de produtos proteicos, princípios ativos e moléculas
especiais dos subprodutos de espécies de animais e plantas geradas na água
Instituição: VellyFarm Biomateriais Ltda.
Execução: 1) Região Norte: cidade de Belém, Pará e região amazônica, onde o consumo de peixes é
grande e as peles dos peixes não são aproveitadas adequadamente. As cidades ribeirinhas podem
ter um melhor aproveitamento da pesca. A pele do peixe é proteína fibrosa do tipo colágeno e, se
conservada adequadamente, pode gerar renda e novos produtos. Desenvolvemos tecnologia limpa
e adequada ao setor para viabilizar o aproveitamento das peles de peixe.
Em São Paulo estão centralizadas as atividades de P&D&I e desenvolvimento de novos produtos
em escala-piloto: Unicamp e polo Tecnológicos da Univap. Outras regiões devem ser atingidas com
este projeto. É um projeto replicável, com flexibilidade para se ajustar aos interesses e às
necessidades de cada local ou região.
2) Região Sul: cidade de Uruguaiana, RS, onde a irrigação do arroz elimina toneladas de
peixes/hora e o Rio Uruguai ao lado está despovoado pela pesca predatória.
3) Região Centro-Oeste: cidades litorâneas de São Paulo e Rio de Janeiro e frigoríficos.
4) Região Nordeste: cidade de Salvador onde os frigoríficos de pescado descartam toneladas de
resíduos/hora.
5) Região Centro-Oeste cidade do Mato Grosso dos Sul e Mato Grosso de Norte. Dessa forma
podemos aumentar o volume da matéria-prima e assegurar o fornecimento do produto.
A avaliação positiva dos resultados e do impacto socioambiental favorável deve ampliar gama de
regiões e cidades a serem beneficiadas com as atividades propostas. É um projeto replicável e deve
chegar com segurança à Amazônia brasileira para contribuir com ações favoráveis ao Plano de
Governo de proteção a esse patrimônio brasileiro.
Implantação de um projeto de produção de colágeno extraído da pele e das cartilagens,
subprodutos de animais aquáticos, íctio (peixes) e herpeto fauna (rãs, jacarés, etc.), espécies
criadas em cativeiro com rígido controle sanitário ou resíduos gerados nos frigoríficos e na pesca de
abastecimento. O "Meganutriente" colágeno hidrolisado é uma fonte alternativa de proteína. Gera
produtos para as áreas médico-farmacêuticas, de cosméticos e de alimentos por meio dos
peptídeos obtidos com a hidrólise dessa proteína. As peles, de um modo geral, não são bem
aproveitadas e sua decomposição libera gases nocivos ao meio ambiente. Com o objetivo de
aproveitar as peles de animais gerados na água, foram desenvolvidos três processos
biotecnológicos, tecnologia limpa. 1) Processo de conservação das peles; 2) Processo de obtenção
de colágeno sem Na2S; 3) Processo de hidrólise do colágeno. São sistemas viáveis para as
comunidades aonde os processos tecnológicos limpos ainda estão chegando. O método de
conservação desenvolvido viabiliza o aproveitamento e uso desse material mesmo obtido na
propriedade rural, na beira do rio ou no frigorífico.
A metodologia do processo de hidrólise recebeu apoio da FAPESP. O aproveitamento
dessas peles gera produtos nobres com valor agregado alto. Essa proteína hidrolisada é cobiçada
pelo mercado de cosméticos. O colágeno importado chega ao mercado nacional a um preço
proibitivo para a indústria nacional. Esta proposta disponibiliza para o mercado produtos naturais,
moléculas especiais e princípios ativos com propriedades antioxidantes, regeneradoras e
restauradoras dos tecidos. As proteínas de animais e plantas aquáticas possuem composição
diferenciada. São mais nobres que as proteínas de animais que se desenvolvem em terra. A
disposição espacial dessas proteínas, a presença de silício orgânico complexado e de todos os
aminoácidos essências à vida (aqueles que precisamos consumir e o nosso organismo não
consegue produzir) são algumas das características que caracterizam a potencialidade superior
desses materiais proteicos. Destinam-se às áreas de saúde e vitalidade humana: médicofarmacêutica, cosméticos e alimentos. Esta proposta de projeto visa ainda a benefícios indiretos
para as comunidades por meio da orientação para a organização dos subprodutos, tirando assim
os mesmos do meio ambiente onde vão trazer ratos e doenças para as comunidades.
A proposta visa a ampliar a produção e o consumo de produtos naturais proteicos. O
aproveitamento dos subprodutos é feito com tecnologia limpa, própria da empresa e nacional.
Busca um equilíbrio do ecossistema fauna, flora, solo, água.
O sucesso da área farmacêutica do futuro está bastante ligado à redução da "Química
Pesada".
E/T-30
Candidato: Mário Humberto Avarena Acunã
Projeto: Amazônia, manejo florestal sustentável e extensão florestal
Instituição: Universidade Federal do Acre
Execução: Amazônia sul-ocidental brasileira (estado do Acre).
Nas últimas décadas, a região amazônica tem sido estudada intensivamente pelos
cientistas de todas as áreas de pesquisa. A Amazônia é o centro das atenções devido à grande
biodiversidade que a compõe, a qual gera o maior estoque genético de fauna e flora do planeta. A
vegetação cumpre fundamental função com a participação ativa no sequestro de carbono e na
formação de estoque na sua estrutura, ao formar fisiologicamente com 50% desse composto, cujo
aumento na atmosfera afeta o efeito estufa, originando aumento da temperatura média global e,
consequentemente, as mudanças climáticas em todo o planeta. O Brasil, pela sua grande extensão
continental, lidera as ações antrópicas de ocupação do espaço amazônico. Mas, da mesma forma,
lidera a produção e as exportações de produtos agrícolas e carne bovina. O preço ecológico do
êxito nos negócios representa uma perda do ativo florestal devido ao desmatamento irracional
provocado pela atividade agropecuária. Por recomendação do Tribunal de Contas da União em
2006, o Brasil adotou o Manejo Florestal Sustentável dos Recursos Naturais como forma de
ocupação antrópica da Amazônia, e o Plano de Manejo Florestal Madeireiro, Comunitário e
Empresarial, como o termômetro para avaliar o impacto no desenvolvimento sustentável da
região. Faz se necessário, então, devolver à vocação florestal das populações tradicionais uma
proposta de Extensão Ambiental capaz de atingir os objetivos necessários para dar um impulso na
economia da Amazônia que atenda principalmente á vocação florestal dos povos nativos e,
consequentemente, à promoção de postos de trabalho, geração de riqueza e a manutenção dos
estoques dos recursos naturais pensando nas futuras gerações que habitarão a Terra.
E/T-31
Candidato: Mário Roberto Maróstica Júnior
Projeto: Avaliação do metabolismo e das propriedades bioativas de frutas amazônicas e de seus
produtos derivados e processados
Instituição: Universidade Estadual de Campinas
Execução: A realização dos estudos com o material coletado da Floresta Amazônica será na
Universidade Estadual de Campinas, mais especificamente na Faculdade de Engenharia de
Alimentos.
Após as etapas de estudo, as cooperativas agrícolas para a produção das frutas estarão localizadas
na região amazônica.
Indústrias das regiões Norte e Nordeste do Brasil deverão ser procuradas para a industrialização
dos produtos de interesse.
Este projeto visa a um estudo in vivo do metabolismo e da capacidade antioxidante de
composto bioativos presentes em frutas amazônicas e em seus produtos derivados.
A Amazônia é rica em produtos vegetais que não são largamente conhecidos e nem
explorados por parte da indústria brasileira. Cabe ao setor acadêmico investigar esses produtos e
avaliar suas possíveis propriedades interessantes à saúde, fazendo com que possam se transformar
em realidade industrial com um forte apelo ao mercado que deve ser atingido por meio de
pesquisas interessantes à saúde.
Dessa forma, para a execução deste projeto, cinco frutas amazônicas serão selecionadas
para realizar as seguintes atividades:
•
Estudar a composição centesimal de frutas amazônicas;
•
Realizar estudos toxicológicos para averiguar a segurança de consumo desses
produtos;
•
Realizar estudos in vitro e in vivo a respeito de suas possíveis propriedades
relacionadas à saúde;
•
Investigar os mecanismos bioquímicos que expliquem essas propriedades
bioativas;
•
Estudar meios de processar essas frutas de modo a oferecer alternativas desses
alimentos tanto in natura quanto processados, de modo que suas propriedades
bioativas sejam preservadas;
•
Realizar análise sensorial das frutas e de seus derivados processados para
verificação da aceitabilidade e do impacto frente ao mercado consumidor.
E/T-32
Candidato: Marivan Silva Gomes
Projeto: Monitoramento ambiental utilizando veiculo aéreo não tripulado
Execução: Escola Superior de Tecnologia – Universidade do Estado do Amazonas.
Há alguns anos, quando se pensava em monitoramento aéreo, todos achavam que era
ficção científica. Com o avanço das tecnologias embarcadas, globalização de informações e
disseminação de conhecimento, tornou-se cada vez mais fácil e rápida a construção de
equipamentos aéreos para esse propósito, hoje, comumente chamando de Veiculo Aéreo não
Tripulado (VANT).
A região amazônica com sua vasta extensão territorial torna difícil seu monitoramento por
meio de métodos convencionais, tais como helicópteros e aviões, pelo custo desses equipamentos e
sua manutenção de valor elevado.
Foi pensando no desafio de preservar e proteger a Amazônia que o VANT será desenvolvido
pelo grupo de robótica e automação da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado
do Amazonas.
Para a região amazônica o uso de aeronaves não tripuladas e de pequeno porte trará
pesquisas em diversas aéreas do conhecimento (florestal, mecânica, mecatrônica, computação e
eletrônica).
E/T-3 3
Candidato: Nádia Verçosa de Medeiros Raposo
Projeto: Implantação da biofábrica VITA VITRO mudas e flores da Amazônia
Instituição: Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Universidade do Estado do Amazonas/CIDE
Execução: Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (CIDE).
A técnica que será empregada pela Vita Vitro constitui-se no desenvolvimento de plantas
em meio artificial sob condições assépticas e controladas, possibilitando a obtenção mudas sadias
rapidamente; independe da época do ano; diminui a possibilidade de disseminação de patógenos
(viroses); e está sendo amplamente utilizada por empresas de alta tecnologia do sul do país. A
micropropagação também garante a manutenção de características desejáveis como resistências
às pragas e doenças, tolerância às condições de solo e clima, contenção do vigor da planta, sendo,
portanto, de grande importância para a viabilização econômica no processo de produção de mudas
de frutíferas, florestais, ornamentais e medicinais garantindo a produtividade e longevidade das
culturas. Por meio de estudos na área de biotecnologia, procura- se identificar, isolar e caracterizar
genes que estão envolvidos em processos biológicos que controlam a produtividade, resistência a
estresse biótico e abiótico em plantas.
Os principais fornecedores para o mercado local têm suas produções em outros estados,
obrigando o transporte aéreo das mudas em containeres refrigerados, o que encarece o produto. A
produção da Vita Vitro poderá produzir com o preço final do produto bem mais acessível para os
consumidores locais.
A empresa Vita Vitro se propõe, por meio de convênios com a Universidade Estadual do
Amazonas, outras universidades e diferentes institutos de pesquisas nacionais e internacionais, a
promover a formação de mão de obra especializada em todos os níveis do conhecimento (pósmédio, pibic, paic, especialização, mestrado, doutorado, entre outros).
O maior desafio da empresa é ampliar os trabalhos para espécies medicinais, ornamentais
e florestais com extração e isolamento de produtos ativos e pigmentos. Nossa proposta é produzir,
inicialmente, plantas ornamentais, por meio da tecnologia in vitro tradicional e de biorreatores
(processo de produção em massa), em que, a partir do controle do fornecimento dos nutrientes
necessários para o desenvolvimento de determinada espécie, permita-se a produção de mudas de
alta qualidade genética e isentas de patógenos a fim de contribuir deforma sustentável com a
atividade econômica de pequenos produtores da região amazônica que possuem áreas degradadas
e sem uso.
E/T-34
Candidato: Nilson Luiz de Aguiar Carvalho
Projeto: Desenvolvimento tecnológico de curtimento de peles de peixes amazônicos e sua
aplicação em produtos acabados
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia
Execução: Para o desenvolvimento das atividades do presente projeto o local de execução será a
unidade financiada pela Suframa em fase de início de construção, localizada na cidade de Manaus,
que terá uma gestão compartilhada entre o INPA e a Secretaria de Produção Rural do governo
estadual, além de empresários do setor.
O projeto busca criar alternativas de aproveitamento da pele de peixe para sua
transformação em couro por meio de diversas alternativas de curtimento, tendo como
consequência o desenvolvimento do setor que, conforme a política industrial delineada pelo
governo do Amazonas, vai além das ações voltadas, prioritariamente, aos poios incentivados de
Manaus, com a inserção de segmentos produtivos integrados aos recursos naturais da Amazônia e
daqueles destinados ao atendimento aos programas de inclusão social, diretamente associados à
geração de emprego e renda.
Para tal, suas ações estão voltadas ao que se segue:
•
Estabelecimento de técnicas adequadas de curtimento para as diferentes espécies
de peixe, visando a aumentar o rendimento econômico do seguimento envolvido
com o beneficiamento, evitando a poluição ambiental dos rios e propondo, ainda,
a implantação de novas tecnologias para melhorar a qualidade das peles de
peixes.
•
Aproveitamento da pele de peixe pela indústria de beneficiamento do couro, após
a sua retirada do peixe, de forma correta, seguida da aplicação de um adequado
método de conservação, mantendo-a apta a ser submetida ao processo de
curtimento.
•
Criação de alternativas para o desenvolvimento sustentado da cadeia de produção
do pescado pela geração de novos conhecimentos e disponibilização de novas
tecnologias.
•
Desenvolvimento de novos métodos e produtos, com ênfase no aproveitamento
integral do pescado (incluindo resíduos industriais e rejeitado de capturas), por
meio de pesquisas em manuseio, conservação e processamento.
•
Pesquisa de matérias-primas para a industrialização do subproduto, bem como de
técnicas para aperfeiçoar a utilização dessas matérias-primas.
•
Treinamento de mão de obra qualificada que atenda às necessidades do setor no
curtimento das peles e confecção de produtos manufaturados.
•
Estímulo à criação de novas estratégias de mercado aumentando a lucratividade
do produtor.
•
Difusão de tecnologias compatíveis que viabilizem agronegócios, utilizando
sistemas de produção competitivos ecologicamente adequados e socialmente
desejáveis,
proporcionando
maior
competitividade da unidade produtiva.
nível
de
autossustentabilidade
e
E/T-35
Candidato: Oscar Antonio González Chong
Projeto: Laboratório de softwares livres
Criação de um laboratório de software livre com objetivos docentes, investigativos, de
benefícios para toda a comunidade do município de Tabatinga e a região do Alto Solimões e
abrindo caminhos para a incorporação em comunidades de software livre.
O laboratório instalado na CSTB sobre plataforma Linux permitirá a instalação da
plataforma acadêmica Moodle para a montagem das disciplinas de graduação e pós-graduação,
uso de software livre variados, entre eles matemáticos, propiciando o desenvolvimento de projetos
de introdução dos mesmos no processo docente universitário e escolar da região do Alto Solimões.
Além de cursos para a população, preparação de pesquisadores e criação de grupos participantes
em comunidades de software livre.
E/T-36
Candidato: Oscar Zalla Sampaio Neto
Projeto: O bom do mato: sistema vivencial de incubação de empreendimentos econômicos
solidários para ampliação de escala de produção e de comercialização de produtos oriundos da
agricultura familiar de Mato Grosso
Instituição: Arca Multincubadora
Execução: Territórios da Cidadania do Estado de Mato Grosso; Baixada Cuiabana, noroeste do
estado e Portal da Amazônia.
Neste projeto serão atendidas 5595 pessoas em atividades de geração de trabalho e renda,
de gestão e incubação de dez empreendimentos econômico-solidários e de comercialização dos
produtos desses empreendimentos com base nos princípios do Comércio Justo, como continuidade
ao Projeto Rede de Colaboração Solidária, executado pela Cooperativa dos Pescadores e Artesãos
de Pai André e Bonsucesso (Coorimbatá), em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso
(UFMT), projeto que recebeu o Prêmio Samuel Benchimol 2005, na categoria social.
A Coorimbatá, empresa que foi incubada pela ARCA Multincubadora, recebeu o Prêmio
ODM 2007, com a prática do Pesquisador Cooperado. A ARCA Multincubadora, contando com
parceiros da Rede de Colaboração Solidária, fará a incubação do Núcleo Descentralizado de
Assistência Técnica a Empreendimentos Econômicos Solidários. O objetivo é ampliar o número de
beneficiários da Rede de Colaboração Solidária, em termos de geração de trabalho e renda, com a
atuação articulada com outros projetos em andamento na região, frutos de conquistas do governo
do estado, das prefeituras de Cuiabá e de Várzea Grande e de outras entidades, a fim de
estabelecer, de forma vivencial, as bases para a implantação do Núcleo Estadual de Assistência
Técnica Descentralizada a Empreendimentos Econômicos Solidários (Neates) em Mato Grosso. A
metodologia adotada toma por base um conjunto articulado de projetos, com uma administração
descentralizada, com coordenadores para cada um desses projetos, sob responsabilidade de
profissionais com experiência e/ou formação na área de administração, marketing,
comercialização e contabilidade.
E/T-37
Candidato: Oswaldo Ronald Saavedra Mendez
Projeto: Sistema híbrido de geração elétrica sustentável para a Ilha dos Lençóis, município de
Cururupu, MA
Instituição: Núcleo de Energia Alternativa, Depto. de Engenharia e Eletricidade – UFMA
Execução: Ilha dos Lençóis, localizada no município de Cururupu, no estado do Maranhão.
O Programa Luz para Todos do governo federal determina que todos os consumidores,
residenciais ou não, tenham acesso á energia e sejam atendidos até determinado prazo. Em outras
palavras, obriga todas as concessionárias em operação no Brasil a abastecerem eletricamente a
totalidade das residências que não disponham de energia elétrica até os dias de hoje, não
importando mais se esses consumidores estão dispersos ou se são pequenos grupos. Esse é um
desafio de grandes dimensões que, para ser atendido, demanda soluções clássicas e soluções
inovadoras. Este trabalho se concentra na problemática de comó atender a comunidades que
residem nas numerosas ilhas do litoral brasileiro, mais especificamente, no litoral do Maranhão. O
Núcleo de Energias Alternativas é responsável por este projeto-piioto inovador para atender a esse
tipo de comunidades, consistente no desenvolvimento e implantação de um sistema de geração
hibrida eólico-solar para atender a Ilha dos Lençóis, na região de Cururupu. O sistema é composto
de três turbinas eólicas de 7.5 kW e um conjunto de 164 painéis fotovoltaicos interligados de forma
a gerar uma potência aproximada de 20 kW. Como eixo produtivo foi considerada a instalação de
uma pequena fábrica de gelo para atender às necessidades da área.
E/T-38
Candidato: Patrícia Chaves de Oliveira
Projeto: Fortalecendo as organizações produtivas de mulheres pescadoras artesanais, aquicultoras
e agroextrativistas do Território do Baixo Amazonas
Instituição: Universidade Federal do Pará, Campus de Santarém
Execução: Território do Baixo Amazonas, municípios de Santarém, Prainha e Curuá.
Considerando que "... gênero é o saber que estabelece significados para as diferenças
corporais e, portanto a organização social da diferença sexual" segundo Scott (1994), esta
proposta tem por objetivo ressaltar o saber de mulheres trabalhadoras rurais de ecossistemas
ribeirinhos na Amazônia sobre a construção coletiva de uma economia feminista localmente forte.
Tem como finalidade fortalecer os grupos produtivos de mulheres ribeirinhas no Território
do Baixo Amazonas, cujo público beneficiário seria: as agricultoras familiares, as extrativistas, as
pescadoras artesanais e as aquicultoras. Algumas etnias indígenas e comunidades tradicionais
serão as categorias sociais envolvidas, cuja área de abrangência seria composta pelos municípios
de Santarém, Curuá e Prainha, localizados no Território do Baixo Amazonas. As metas serão
basicamente a formação e a assistência técnica de 100% das produtoras rurais ribeirinhas
envolvidas no projeto em manejos agroecológicos de ecossistemas ribeirinhos com vistas a:
segurança alimentar e geração de renda; implantação de um complexo único e misto de
beneficiamento do pescado e produtos agroextrativistas; e construção coletiva de um diagnóstico
espaço-temporal do uso dos solos e ecossistemas aquáticos em ambientes inundáveis e ciliares por
mulheres rurais no Território do Baixo Amazonas. Os resultados esperados são a inclusão das
organizações produtivas de mulheres trabalhadoras rurais ribeirinhas na agenda de políticas
públicas do Território do Baixo Amazonas, como categoria potencial na construção de modelos
socioeconómicos sustentáveis para a Amazônia.
E/T-39
Candidato: Phitronics Indústria e Comércio de Eletrônica e Informática Ltda.
Projeto: Automação de testes funcionais de placa-mãe
Instituição: Phitronics Indústria e Comércio de Eletrônica e Informática Ltda.
Responsáveis pelo projeto: Fábio Riccelli e Fábio Camargo
Execução: Empresa Phitronics, Manaus, Amazonas, Brasil.
A Phitronics, empresa do polo industrial de Manaus, tem como carro-chefe, a fabricação de
placas-mãe. A empresa, em parceria com instituições de ensino como a Universidade do Estado do
Amazonas, tem se destacado no mercado nacional por sua qualidade em seus produtos, redução
em seus índices de defeitos e maior satisfação dos seus clientes.
A proposta da Phitronics, entre as várias alternativas de aumentar a eficiência e
produtividade da empresa, é automatizar os testes funcionais de placa-mãe, migrando de um teste
com conexões e softwares de teste isolados entre si para um sistema de conexão por agulhas, e
com softwares integrados de teste.
E/T-40
Candidato: Raul Vargas Torrico
Projeto: Microcrédito florestal na Amazônia
Instituição: Associação Andiroba
Execução: Municípios de Brasileia, Epitaciolândia, Senador
Guiomar, Rio Branco, Porto Acre, Acrelândia, Bujari, Plácido de Castro, Cruzeiro do Sul e Sena
Madureira.
O Acre vem construindo, com muito esforço, uma marca de sustentabilidade. Desde o final
da década de 1980, os movimentos sociais conceberam as referências principais de um modelo de
ocupação econômica e social da Amazônia, que tem no ecossistema florestal sua maior e mais
importante referência. Assumia-se, assim, que a diversidade biológica existente nesse ecossistema
e a presença de um elevado contingente de produtores extrativistas que sabem manejá-lo são as
duas maiores vantagens competitivas que o Acre possui.
A Associação Andiroba surge, em 1999, com a missão institucional de "Gerar emprego e
renda com alternativas econômicas adaptadas à realidade do ecossistema florestal e da população
acreana que nele habita" e para se unir ao esforço em superar um gargalo perigoso na viabilização
de uma produção florestal junto ao pequeno produtor extrativista: a oferta de recursos financeiros
na forma de microcrédito florestal. A relevância e o esforço realizados pela Andiroba, destinados a
conceber uma carteira de microcrédito florestal, foram rapidamente compreendidos por várias
organizações. Alguns exemplos são importantes como a premiação, na condição de finalista do
Prêmio de Tecnologia Social, da Fundação Banco do Brasil, e o primeiro lugar brasileiro no Prêmio
Internacional de Microfinanças, uma parceria entre o Grupo CitiBank e a ONU, ambos em 2005.
A ideia principal do projeto é a oferta de recursos financeiros a uma clientela de 7.600
empreendedores segmentados em extratores de borracha (1.200); coletores de castanha (800);
manejadores florestais (2.000); beneficiadores de produtos florestais (1.600) e vendedores de
produtos florestais (2.000). Sendo que esses quantitativos referem-se à área inicial de
atendimento, restrita aos dez municípios localizados no Vale do Rio Acre, com acesso por via
pavimentada. O potencial de expansão dos clientes do microcrédito inclui um total de três
municípios do Vale do Rio Purus (a serem atingidos após dois anos de operação); dois municípios
do Vale do Rio Envira (a serem atingidos após três anos de operação); e sete municípios no Vale do
Rio Juruá (a serem atingidos após cinco anos de operação). O processo de expansão elevará o
número de clientes atendidos a 20.748 empreendedores realizando operações médias de R$ 400,00
e totalizando uma carteira orçada em R$ 8.299.200,00.
E/T-41
Candidato: Renata Valeriano Tonon; Miriam Dupas Hubinger
Projeto: Aplicação da tecnologia de membranas e da secagem por atomização para a obtenção de
produtos funcionais com alto valor agregado, a partir do açaí
Instituição: Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP
Execução: A pesquisa será realizada na Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade
Estadual de Campinas, localizada na cidade de Campinas, SP.
O cultivo do açaí é uma das principais atividades econômicas da Amazônia, representando
a principal atividade geradora de renda para a maioria da população ribeirinha da região do
Marajó.
O açaí, além de ser uma fruta com alto valor energético, é rico em fibras, vitamina E,
proteínas e minerais. Além disso, vem chamando a atenção por seu alto teor de antocianinas
(pigmentos que apresentam elevada atividade antioxidante) e pela ótima qualidade de seus
lipídeos, ricos em ácidos graxos insaturados Ômega-6 e Ômega-9. A presença das antocianinas
tem aumentado o destaque dado ao açaí, não apenas por suas propriedades funcionais, que têm
levado várias empresas estrangeiras a produzirem cápsulas de açaí, mas também pelo fato de essa
fruta ser considerada uma importante fonte de pigmentos naturais, que não apresentam efeitos
tóxicos e podem contribuir para a diminuição do uso de pigmentos sintéticos em alimentos.
No entanto, devido à sua alta perecibilidade, o açaí apresenta uma vida de prateleira
muito curta, mesmo sob refrigeração. Além disso, as antocianinas são pigmentos bastante
instáveis ao processamento e armazenamento. Dessa forma, a indústria está constantemente em
busca de processos simples, que visem a aumentar a vida útil do açaí e a melhorar a estabilidade
das antocianinas.
Nesse contexto, a microencapsulação representa uma alternativa interessante, que
consiste no aprisionamento de um agente ativo (material de recheio) em um invólucro protetor
(material de parede) e tem como principal função proteger o material encapsulado de fatores que
possam vir a causar sua deterioração.
Existem várias técnicas de microencapsulação, sendo que a mais utilizada na indústria de
alimentos é a secagem por atomização. Trata-se de um processo econômico e flexível, realizado em
um equipamento de fácil manipulação. A secagem por atomização consiste na pulverização do
líquido em um compartimento que recebe um fluxo de ar quente, de modo que a rápida
evaporação da água permite a secagem de produtos sensíveis ao calor, sem afetar
demasiadamente sua qualidade. Os principais materiais de parede utilizados na secagem por
atomização de alimentos são as maltodextrinas.
Quando se deseja obter um produto desidratado, nutricionalmente rico, é importante que
o mesmo apresente um alto teor do composto desejado por unidade de matéria seca. No caso do
açaí, análises preliminares demonstraram que quando a polpa de açaí média é centrifugada, os
sólidos em suspensão são eliminados e ocorre uma redução de cerca de 35% no teor de
antocianinas do produto. No entanto, quando se considera apenas a matéria seca (que é o que
interessa no processo de secagem), o teor de antocianinas e a atividade antioxidante aumentam
cerca de três vezes após a centrifugação, uma vez que a quantidade matéria seca diminui de 14%
para cerca de 3%.
Dessa forma, a microencapsulação da polpa de açaí centrifugada (que aqui chamaremos
de suco de açaí) pode representar um processo promissor, com baixo custo e resultando em um
produto funcional com alto valor nutricional. Os pós- produzidos a partir desse suco podem ser
usados tanto como corantes naturais em alimentos e cosméticos, quanto na produção de cápsulas
(apresentando a vantagem do menor custo em relação às cápsulas encontradas atualmente no
mercado, em geral produzidas por liofilização), ou ainda como suplemento alimentar para crianças
e atletas.
A presença dos lipídeos, no entanto, pode reduzir consideravelmente a vida útil do suco de
açaí em pó, uma vez que os mesmos são susceptíveis à oxidação e à rancificação. Assim, é
interessante que os lipídeos sejam removidos da polpa, antes que esta seja seca.
A separação por membranas é um processo que vem sendo adotado por algumas
indústrias, apresentando como principais vantagens a economia de energia (uma vez que não
necessita de mudança de fase para promover a separação), a simplicidade de operação e a
facilidade na mudança de escala do processo. Na filtragem de óleos, a técnica de separação mais
utilizada é a nanofiltração. No caso do suco de açaí, a nanofiltração em membrana hidrofílica
resulta em dois produtos principais: o suco desengordurado (permeado) e o óleo (retentado). Esse
óleo, rico em vitaminas e ácidos graxos insaturados Ômega-6 e Ômega-9, também pode ser
comercializado como um produto nobre, tanto na forma líquida como na forma de pó
(microencapsulado, da mesma forma que o suco de açaí desengordurado), podendo ser utilizado
no enriquecimento nutricional de outros alimentos.
Em relação aos resíduos obtidos em todo o processamento do açaí, os caroços (resultantes
do despolpamento) podem ser utilizados tanto como adubo orgânico quanto como fonte de
energia, na geração de vapor, enquanto o resíduo proveniente da centrifugação da polpa,
composto principalmente por fibras, pode ser usado na produção de suplementos alimentares ou
rações animais.
Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de produtos
funcionais, com alto valor nutricional, produzidos a partir do açaí, uma das principais fontes de
renda da população amazônica, utilizando-se as técnicas de separação por membranas e secagem
por atomização. Uma vez determinadas as melhores condições dos processos, estes poderão ser
implantados em micro e pequenas empresas (MPEs) da região do Marajó, no estado do Pará, por
meio do repasse de informações técnicas.
E/T-42
Candidato: Rita Marise de Queiroz ME
Projeto: Máquinas para embalagem
Instituição: Licores da Amazônia
Execução: O local de execução é a fábrica de doces, na Rua dos Japoneses, n9 500, Parque 10 de
novembro.
A Empresa está atualmente em fase de expansão, para lançamento de um novo produto
com inovação tecnológica de ponta, tendo em vista que esse produto atenderá a um mercado
diferencial por ser genuinamente amazônico, sem aditivos químicos, totalmente natural, sendo
primordial a embalagem, que hoje, no mercado, é 50% da venda, pois, além das informações ao
consumidor, ela também é responsável pela aparência e divulgação do produto.
As barras de cereais são uma novidade e, para entrar no comércio competitivo, têm que
estar adequadas aos padrões de qualidade.
A Empresa zela pelo ambiente e qualidade de vida. O filme utilizado na embalagem é
também um processo especial. Trata-se de um material atóxico, pois terá o contato direto com o
alimento.
O filme é adaptado à máquina.
Com a máquina, pretendo embalar também doces em tablete, outra inovação da Empresa
no aproveitamento das sobras e resíduos das frutas dos licores.
Como se vê, a utilização desse maquinário é fundamental na produção.
As barras de cereais e os doces passaram pela análise biológica, mas ainda não entraram
no mercado por não terem uma embalagem competitiva.
A empresa precisa dessa oportunidade para colocar os produtos genuinamente
amazônicos naturais na praça; competindo com os já existentes, para ter uma aceitação justa.
Abrem-se vagas para o mercado de trabalho, direto e indireto, principalmente no setor
primário, onde são produzidas as frutas, tornando essa atividade altamente sustentável.
E/T-43
Ricardo Wilson Aguiar da Cruz
Máquina de refrigeração por absorção de pequeno porte
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Escola Superior de Tecnologia – Est. da UEA, localizada na Av. Darcy Vargas, 1200, Bairro Parque 10,
Manaus, AM.
O presente projeto – máquina de refrigeração por absorção – vem atender à demanda por
frio para refrigeração e conforto na Amazônia e também nas demais regiões de clima quente do
Brasil. Refrigeração por absorção é uma tecnologia que não necessita da grande quantidade de
energia elétrica típica da tecnologia convencional, por compressão de vapor, porque utiliza como
fonte primária de energia os resíduos de calor de outras máquinas, ou mesmo a queima direta de,
por exemplo, gás natural – que será disponibilizado em breve na Amazônia Ocidental.
A máquina projetada utilizará o par refrigerante água- amônia e consistirá de uma unidade
de 60.000 btu/h (5 tr), suficientes para, por exemplo, atender ao ar condicionado de toda uma
residência média de cinco cômodos, ou a uma câmara frigorífica de pequeno porte (refrigeração
comercial); ambas são finalidades típicas na região amazônica. Em particular, o uso em câmaras de
refrigeração vem ao encontro da grande carência de conservação de pescado no interior
amazônico, podendo a máquina ser instalada em barcos de pesca aproveitando os gases de
combustão emitidos pelo próprio motor propulsor do barco.
Candidato: Projeto:
Instituição: Execução:
E/T-44
Candidato: Tobasa Bioindustrial de Babaçu S.A.
Projeto: Implantação do sistema Venturi na cogeração térmica do processo de
carboativação do endocarpo de coco de babaçu
Instituição: Privada
Execução: Complexo industrial da Tobasa Bioindustrial,
situado em Tocantinópolis, TO.
A partir da cogeração de energia térmica, que se baseia no aproveitamento total de gases
de combustão gerados no processo de carboativação do endocarpo de coco de babaçu, busca-se
promover a implantação do sistema Venturi de forma a suprir as necessidades de calos dos
secadores de carvão ativado, reduzindo os impactos ambientais causados pela emissão de gases
quentes para a atmosfera, além de, concomitantemente, disponibilizar a comercialização do
epicarpo do coco do babaçu para a sua utilização como biocombustível, gerando uma biomassa
alternativa e ecológica como fonte energética renovável na região geoeconômica de atuação da
Tobasa.
Candidato: Valdir Florêncio da Veiga Junior
Projeto: Aproveitamento de resíduos das indústrias de óleos essenciais e resinosos da
Amazônia
Instituição: Departamento de Química, Universidade Federal do Amazonas
Execução: Departamento de Química da Universidade Federal do Amazonas.
Óleos essenciais como o de pau-rosa e casca-preciosa são extraídos em grande quantidade
na Amazônia, assim como oleoresinas que apresentam porção volátil de interesse, como os óleos
de copaíba e os breus de Burseraceae. Os processos extrativos geram hidrolatos e resinas que não
apresentam interesse comercial na Amazônia, mas o conhecimento de sua composição química
pode permitir que se transforme os resíduos de preocupação ambiental em produtos úteis e
inovadores. Este projeto propõe o estudo da composição desses resíduos utilizando matériasprimas de várias regiões da Amazônia visando à produção de misturas terpenoides de elevado
valor agregado. Esses resíduos, padronizados, irão alavancar a indústria biotecnológica, fomentar
a inovação, incentivar o desenvolvimento das cadeias produtivas de óleos e resinas, gerando
emprego e renda para a população e impostos para o estado, ampliando a oferta de produtos da
biodiversidade amazônica.
Candidato: Willian Ricardo da Silva Fernandes
Projeto: Formação de capacidades e organização das cadeias produtivas: uma proposta
para Resex Mar Taracuateua, PA
Instituição: Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio)
Execução: Reserva Extrativista Marinha de Tracuateua,
PA.
O manguezal é considerado área de proteção permanente. No entanto vem sofrendo
grandes intervenções antrópicas ao longo dos anos, principalmente devido às ocupações
desordenadas e aos grandes projetos portuários. Além disso, a falta de políticas públicas voltadas
para a população tradicional vem acarretando o uso indiscriminado dos recursos pesqueiros desse
ecossistema, colocando em risco a população animal capturada e as espécies que também
necessitam deste recurso para a alimentação.
Acredita-se que desenvolvendo a associação que representa os beneficiários das 42
comunidades da Reserva Extrativista Marinha de Tracuateua, auxiliando os pescadores e
apicultores com as cadeias produtivas, estaremos contribuindo para o desenvolvimento social e
ambiental dessa Reserva.
Candidato: Wilson Castro Silva
Projeto: Avaliação da qualidade e produção do látex
como fator fundamental para a revitalização da cadeia produtiva da borracha
natural no estado do Amazonas
Execução: Município de Itacoatiara.
A discussão sobre o desenvolvimento sustentável tem estado presente em diversos setores
da sociedade, sendo objeto de estudos, reflexões e debates tanto no âmbito acadêmico como nos
movimentos sociais, organizações não-governamentais e mídia. Uma das formas de promover o
desenvolvimento sustentável no interior do estado do Amazonas é por meio do extrativismo.
Atualmente, o Brasil produz em torno de 90 mil toneladas/ano de borracha natural, das
quais a Amazônia produz
apenas 3,7 mil toneladas e o Amazonas, aproximadamente, 800 toneladas. O Brasil também
importou 234,2 mil toneladas, que nos últimos dez anos representou perda de divisas da ordem de
um bilhão de dólares. O Brasil, que já foi o maior produtor e exportador de borracha natural do
mundo, atualmente, importa a maior parte da borracha natural que consome. A proposta
fundamental deste projeto é a utilização de ferramentas com base tecnológica, a fim de avaliar a
qualidade e a produção do látex em seringais, de terra firme, nativos e cultivados, localizados no
município de Itacoatiara no estado do Amazonas, buscando revitalizar a cadeia produtiva da
borracha natural, promovendo o desenvolvimento sustentável do interior desse estado. Para o
desenvolvimento do projeto serão escolhidos 20 seringais de terra firme, com idade variando de 70
a 100 anos, sendo dez seringais nativos e dez cultivados. Em cada um desses seringais será feita
uma parcela de 40 x 40 metros que será considerada unidade amostrai. O estado nutricional das
plantas será avaliado por meio de análise foliar, na qual serão determinados os teores de:
nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, ferro, zinco, cobre, manganês, molibdênio e boro.
Serão avaliados os fatores fisiológicos relacionados à produção e qualidade do látex utilizando-se
lmL de látex com 9mL de ácido tricloroacético a 2,5% (TCA 2,5%) previamente preparado. A partir
dessa mistura serão obtidos uma borracha coagulada e o soro TCA. A primeira será utilizada para
determinação do conteúdo de borracha seca (CBS) e o segundo para determinação dos teores de
sacarose, fósforo inorgânico (Pi), tióis (R-SH) e magnésio (Mg). A porcentagem de nitrogênio será
determinada pelo método Kjeldahl, em que a borracha seca (200mg) é adicionada à mistura
catalítica para digestão (1:10 K2S04 ou Na2S04 + H2S04 concentrado). Os parâmetros de
viscosidade mooney, teor de cinzas, nitrogênio total e índice de plasticidade serão analisados no
Centro de Tecnologia de Polímeros, localizado no estado do Rio Grande do Sul.
Os dados serão apresentados por meio de estatística descritiva (gráficos e tabelas) e serão
analisados por meio de estatística paramétrica ou não-paramétrica, utilizando o programa
computacional Statistical Package for the Social Science (SPSS 12.0). Um dos pontos principais
deste projeto é utilizar tecnologia de ponta, a fim de melhorar a qualidade do látex, visando a
atender a indústria pneumática, a qual é responsável por 75% do consumo da borracha natural
brasileira e, dessa forma, viabilizar uma borracha de qualidade, valorizando o produto
economicamente, sem causar
danos à planta e buscando o desenvolvimento econômico-social de forma sustentável, mantendo a
floresta em pé.
E/T-48
Wilson Castro Silva
Atividade fungicida de Piper aduncum L. (Piperaceae) sobre fungos do gênero Cândida
Universidade do Estado do Amazonas
Laboratório de Microbiologia da Universidade do Estado do Amazonas, Manaus, AM e Laboratório
de Controle de Pragas da Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS.
O Brasil é um dos maiores produtores de soja do mundo, destacando-se na produção
interna os estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, porém essa produção tem grandes
prejuízos econômicos pelo ataque de pragas, tendo como principal a lagarta da soja Anticarsia
gemmatalis, que é responsável por elevadas perdas na produção. O objetivo deste projeto é avaliar
a atividade inseticida de extratos de Lonchocarpus floribundus sobre a população dessa praga.
As raízes da planta serão coletadas no município de Manaus, secas em estufa à
temperatura de 37°C, trituradas e extraídas pelo método de maceração com os solventes etanol e
água destilada. Serão obtidos extratos brutos, os quais serão solubilizados em água destilada em
diferentes concentrações. Serão utilizadas no experimento 350 lagartas de terceiro instar, divididas
em grupos de dez. Cada grupo será colocado em placa de Petri, juntamente com um disco de folha
de soja de 35mm de diâmetro que será imerso, por um minuto, nos extratos em diferentes
concentrações. Os grupos serão mantidos em estufa B.O.D. à
Candidato: Projeto:
temperatura de 27 ± 1°C e umidade relativa de 70 ± 10%. A mortalidade será avaliada diariamente
durante quatro dias e os efeitos secundários – diferenças no número de instares – até a fase pupal.
O experimento se caracterizará em um delineamento inteiramente casualizado com cinco
tratamentos, cinco repetições mais o grupo controle. Os dados serão analisados por meio de testes
paramétricos ou não-paramétricos, utilizando o programa computacional Statistical Package for
Social Science (SPSS for Windows 12.0). O método de Probit será utilizado para a determinação dos
valores da CL50 e TL50. O uso de extratos de L floribundus poderá ser um novo método de controle
de A. gemmatalis e, consequentemente, diminuir a utilização dos agrotóxicos pelos agricultores e
promover o manejo integrado de pragas na agricultura deforma mais segura e saudável.
E/T-49
Candidato: Zalmon Carneiro de Almeida
Projeto: Aumento da produtividade da mandioca em comunidade de Várzea com a
utilização de composto de origem orgânica: agricultura familiar
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas, Centro de Estudos Superiores de Tabatinga
Execução: Tabatinga, Amazonas, Brasil.
As principais atividades econômicas da região do Alto Solimões estão, sem dúvidas,
relacionadas com as atividades agrícolas, que por sua vez não apresentam uma boa produtividade.
Além das culturas de ciclo curto e utilizadas apenas do sustento familiar, a agricultura é
que se apresenta como uma saída para aquisição de renda.
Em função das condições ambientais, na região da Amazônia Ocidental, terrenos
relativamente mais planos permitem o cultivo da mandioca. O aumento da produtividade da
mandioca na agricultura familiar de uma comunidade de Várzea se dará pela utilização da adição
de composto orgânico, preparado pela própria comunidade, o qual auxiliará a produtividade, pois
aumentará a capacidade instalada do solo que apresenta uma baixa fertilidade, dificultando,
assim, uma maior produtividade.
Além do mais, evitará que restos de alimentos, frutas e podas possam ser descartados de
forma inadequada no meio ambiente, facilitando o surgimento de vetores de doenças, como ratos.
Por sua vez, também evitará a produção de chorume, o qual poderá atingir os cursos d'água ou
lençóis freáticos, contaminando-os.
Categoria Social
Propostas Recebidas
S-01
Candidato: Projeto:
Instituição:
Execução:
O presente trabalho trata da pesquisa aplicada ao Curso de Comunicação Social
Multimídia do lesam em Belém, PA, que, por suas características curriculares, apresentou-se como
campo fértil para a concepção e incubação de empreendimentos que utilizassem a criação de
conteúdo em Tecnologia da informação e cidades digitais tendo como base o Modelo de
Desenvolvimento Limpo estabelecido pelo Protocolo de Kyoto, respeitando as peculiaridades
culturais e estruturais de cada localidade onde a proposta de projetos ocorreu. A iniciativa deste
trabalho surgiu diante da oportunidade de agregar valor aos programas de inclusão digital
governamentais e particulares e, dentre seus resultados, já é possível observar o desenrolar de
projetos que visem ao desenvolvimento da Amazônia.
Em 2008, com o programa de interdisciplinaridade da IES focado no empreendedorismo e
na sustentabilidade por meio do uso da tecnologia, aproveitaram-se as características curriculares
desse curso de graduação para estimular, em todos os semestres, a criação de projetos utilizando
os conhecimentos adquiridos em disciplinas de Economia Sustentável, Marketing e Comércio
Eletrônico e Tecnologia Aplicada à Educação.
Como resultados desse empreendimento, destacaram-se 03 projetos que estão em fase de
implantação:
^Blllti,
Acilon Himercírio Baptista Cavalcante
O uso de projetos interdisciplinares em comunicação social, multimídia na criação de ferramentas
para o desenvolvimento da Amazônia
Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (lesam)
Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (lesam), Belém e região metropolitana.
3.
- O projeto NaCuia.com, que é um programa de informação turística para o estado do
Pará, com o uso de dispositivos portáteis digitais como celulares, aparelhos de mp3 e ipods. O
projeto foi aprovado em 2008 no Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica da
Incubadora da UFPA – PIEBT e, atualmente, encontra-se em desenvolvimento em uma empresa
privada. O projeto foi aprovado pelas expectativas de desenvolvimento e proveitos educacionais
que ele pode despertar na relação entre a Amazônia, seus habitantes e seus visitantes.
4.
- Outro projeto que se destacou foi o Belém Digital, no qual se estabeleceram projetos
para determinadas áreas da cidade de acordo com sua vocação ou necessidade. Atualmente em
implantação está o projeto de Comércio Eletrônico para a Av. Braz de Aguiar, programa que está
sendo implantado por meio da Associação de Lojistas e Moradores da Braz de Aguiar e
Transversais (Albat).
5.
- Por último, o projeto criou vários cursos por meio de Objetos de Aprendizagem (OA) de
base digital a serem utilizados nos infocentros do programa Navega Pará da Sedect. O OA de Curso
de Fotografia está inscrito no programa para ser aplicado nos infocentros de Marituba, cidade da
região metropolitana de Belém.
O importante deste projeto é que seus resultados se desenrolaram para além das paredes
da Academia, trazendo oportunidades de trabalho e de desenvolvimento. O uso consciente da
tecnologia acaba por estimular o uso inteligente dos recursos, pois trata da inclusão da Amazônia
na Era da Informação, e os resultados desta Era estão na mensagem quase utópica de uma
Amazônia Sustentável que é procurada todos os dias pelos pesquisadores na Academia.
S-02
Candidato: Ademar Silva Scheidt Júnior
Projeto: Projeto Preservar Instituição: Universidade Federal de Rondônia
Execução: Município de Guajará-Mirim, Rondônia.
Considerando que o estado de Rondônia e, principalmente, o Município de Guajará-Mirim
têm parcela significativa da população que, pela circunstância da vida, encontra dificuldades de um
modo geral para sua sobrevivência, torna-se imprescindível que a população tenha uma formação
sólida, complementada pelos conhecimentos que uma qualificação profissional promove.
Rondônia geograficamente situa-se na região Norte do país e tem dificuldades específicas,
de natureza diversa, que dificultam o seu desenvolvimento. O município de Guajará-Mirim tem
aproximadamente 90% de seu território ocupado por Reservas Florestais, Reservas Indígenas ou
Áreas de Proteção Ambiental, tornando-o economicamente e do ponto de vista da produção
primária inviável. É, pois, ainda, carente de investimentos, sobretudo em momentos de retração
econômica, tais como os enfrentados hoje pelo país e pelo mundo, já que acusa imediatamente o
agravamento de seus problemas sociais, com ênfase para os reflexos que atingem principalmente a
educação, trabalho e o meio ambiente.
Por outro lado, Guajará-Mirim, apesar de ser um município com quase 100 anos, é ainda
jovem do ponto de vista econômico, com população igualmente jovem, cujas estruturas sociais e
econômicas ainda estão se desenvolvendo e se consolidando, o que lhe confere uma inegável
vantagem competitiva: em Guajará-Mirim há espaço para criatividade, iniciativa e
empreendimento.
Constata-se hoje em Rondônia enorme esforço do poder público e da iniciativa privada de
responderem aos anseios e às expectativas sociais exercidas pela população rondoniense na
dinâmica do seu desenvolvimento pessoal e profissional em busca de melhores condições sociais e
de qualidade de vida. Esses fatos se consubstanciam nas políticas prioritárias do governo atual que
têm como objetivo o desenvolvimento, passando pelo aumento da oferta de postos de trabalho, o
que conta com total apoio das instituições privadas e de todo o setor produtivo rondoniense. Em
Guajará- Mirim esse cenário não é diferente, com um agravante da falta de perspectivas de
crescimento econômico tendo em vista a grande área verde do município.
A contextualização do cenário define o foco deste projeto que nos permite vislumbrá-lo
como uma nova tecnologia social', partindo do conceito de tecnologia social como sendo todo
produto, método, processo ou técnica criado para solucionar algum tipo de problema social e que
atenda aos quesitos de simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade e impacto social comprovado.
Consideramos que sua implementação se traduz em benefícios que abrangem os campos social,
institucional e funcional, descritos abaixo:
5.
Social: promover a melhoria da qualidade de vida de inúmeros rondonienses,
priorizando os economicamente carentes, pela oportunidade do exercício de uma atividade de
aprendizagem produtiva, com vistas a prepará-los para o mercado de trabalho;
5.
Institucional: sedimentar a imagem das instituições envolvidas como socialmente
responsáveis junto á opinião pública, aos formadores de opinião no empresariado e nos meios de
comunicação;
5.
Funcional: ampliar o espírito social e o moral do corpo funcional por meio de incentivo
de ações pelo bem-comum, promovendo o resgate da cidadania, a partir da aliança inclusão social
e conservação ambiental.
Como principais objetivos, o Projeto "Preservar" busca:
• Capacitar e qualificar como Guias Turísticos e Monitores Ambientais 80 jovens na faixa
etária de 16 a 20 anos de comunidades economicamente carentes do município de Guajará- Mirim,
estado de Rondônia, oportunizando meios para que possam se organizar, produzir e ofertar
produtos turísticos e ambientalmente responsáveis e serviços adequados às potencialidades
turísticas locais visando ao primeiro emprego e à criação de novos empreendimentos;
• Prestar consultorias em tecnologias de gestão para micro/pequenos empresários e
empreendedores individuais do segmento turístico;
Divulgar atrativos turísticos da cidade de Guajará-Mirim.
S-03
Candidato: Alex Fabiano Ribeiro de Magalhães
Projeto: Desenvolvimento de utensílios para fabricação de farinha no interior da Amazônia
Instituição: Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica
Execução: O projeto será executado pela Fucapi na cidade de Maués, AM, todavia a
metodologia proposta para o projeto poderá, depois de ser validada, ser
replicada em qualquer município da Amazônia.
O projeto "Desenvolvimento de utensílios para fabricação de farinha no interior da
Amazônia" é uma proposta-piloto de geração de emprego e renda às comunidades do município de
Maués, AM,
que possui o objetivo de adaptar a fabricação de dois utensílios necessários à produção de farinha
de mandioca para atender à realidade local.
O principal produto deste projeto é o desenvolvimento de um processo produtivo local para
fabricação dos dois utensílios usados na fabricação de farinha de mandioca, sendo eles
regionalmente conhecidos como "catitu" (um tipo de ralador) e "prensa".
O projeto propõe uma caracterização dos tipos de madeira oriundos de manejo florestal
certificado disponíveis no município, para escolha das madeiras que sejam passíveis de serem
utilizadas na fabricação dos dois utensílios propostos, além do desenvolvimento dos desenhos
técnicos necessários à sua fabricação, da concepção de toda a linha de produção, da identificação
da cadeia de suprimentos para os insumos necessários a essa fabricação, da identificação do
maquinário necessário e da
implantação de uma fábrica, de forma associativa, para o fornecimento desses utensílios no
mercado local e regional.
Esta proposta busca contribuir e proporcionar o desenvolvimento regional sustentável no
município de Maués, AM, visando não só ao aparecimento de uma nova cadeia produtiva local
(fábrica de utensílios de madeira para a fabricação de farinha), mas também a agregação de valor
aos recursos madeireiros oriundos de florestas manejadas já certificadas, gerando emprego e
renda no município. Também há contribuição e benefícios ao processo de fabricação de farinha de
mandioca, haja vista que, no município, foi identificado que cerca de 2.500 famílias se beneficiam
dessa atividade (fabricação de farinha) para sua subsistência, sendo que essas famílias adquirem
os utensílios em unidades produtivas localizadas fora da região, não agregando valor à localidade
e aumentando o seu custo.
Após a sua conclusão, o projeto, além dos benefícios da implantação de uma unidade
fabril para utensílios de madeira e da redução dos gastos com a aquisição de utensílios para a
fabricação de farinha de mandioca, terá incentivado e valorizado o licenciamento de unidades de
floresta manejada, apontando uma nova opção de atividade econômica sustentável, tanto sob os
aspectos ecológicos e ambientais, como também sociais e econômicos.
S-04
Candidato: Alexandre Vinhote de França
Projeto: Programa de desenvolvimento sustentável dos povos da floresta (Proflora)
Instituição: Centro Universitário do Norte (Uninorte)
Execução: Em propriedades rurais de influência da Floresta Amazônica, incluindo áreas
habitadas às margens de suas hidrovias.
Proflora é um programa que visa a criar uma rede de desenvolvimento em que os inscritos
no programa receberão apoio técnico, financeiro e empresarial para instalarem poios fornecedores
de matéria-prima beneficiada para indústrias de cosméticos, fitoterápicos e agregarem valor a
alguns produtos para serem comercializados em pontos de comércio apropriados, denominados
provisoriamente como Casas da Floresta. Este programa usará adubos orgânicos e rejeitos das
bases de beneficiamento serão reaproveitados. No campo social, promoverá a distribuição e a
universalização de atendimentos básicos para a população. No aspecto econômico, será viável e
eficaz na geração de renda, antes condicionada à atividade extrativista e ao recebimento de bolsas
como forma de compensação e, ainda, no educacional, fornecerá mão de obra especializada nas
áreas de apoio ao programa.
S-05
Aline Fonseca Cabral; Bruna Monteiro Morra; Natália Pereira Ramos; Tamara Rosa Gomes; Mareio
Roberto Palhares Nami
Projeto tiquinho de lenda
Universidade Severino Mota
Balsas, MA.
0 presente projeto visa á apresentação de peças teatrais com roteiros baseados em lendas
da região amazônica, encenadas por crianças residentes na cidade de Balsas, MA, estimulando o
envolvimento da comunidade local por meio do uso de seu artesanato na confecção de figurinos e
cenários e em todo o processo de execução. Desempenhará, assim, um papel positivo na área
educacional, com o fortalecimento da leitura e interpretação de texto, protegendo o patrimônio de
gerações passadas e trazendo benefícios a todos os participantes.
Candidato:
Projeto: Instituição: Execução:
S-06
Alfrèdo Wagner Berno de Almeida
Banco de dados sobre povos e comunidades tradicionais: um instrumento de gestão territorial
contra o desmatamento e a devastação
Universidade Estadual do Amazonas Amazônia.
O propósito do presente projeto consiste na consolidação da rede de relações sociais
constituída a partir das experiências de pesquisa do Projeto Nova Cartografia Social dos Povos e
Comunidades Tradicionais (PNCSA), executadas entre 2005 e junho de 2009, redirecionando-as
para os esforços de capacitação de membros de comunidades tradicionais – indígenas,
quilombolas, ribeirinhos, quebradeiras de coco babaçu, seringueiros, castanheiros, piaçabeiros,
pescadores artesanais – cujas terras são consideradas, no momento atual, as mais preservadas na
região amazônica. Nesse período de implementação das experiências do PNCSA foram realizadas
articulações com instituições universitárias e com representações dos movimentos sociais em torno
da montagem de um banco de dados e da realização de oficinas mapas. Na elaboração de
fascículos foram mobilizadas mais de 170 associações, sindicatos, cooperativas e outras formas
organizativas, congregando comunidades tradicionais que visam a assegurar sua reprodução física
e social por meio da luta pela preservação dos recursos naturais básicos.
Além disso, importa mencionar: a) o grau de diversidade das identidades coletivas
mobilizadas, isto é, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, quebradeiras de coco babaçu, faxinalenses,
piaçabeiros, peconheiros, seringueiros, castanheiros, pantaneiros, pescadores artesanais e
comunidades de fundos de pasto; b) as diferentes regiões alcançadas por esses esforços
mobilizatórios; e c) os distintos processos de territorializaão, com suas formas específicas
Candidato: Projeto:
de compreensão quanto à utilização e preservação dos recursos naturais.
Neste trabalho de consolidação pretendemos privilegiar essa diversidade das expressões
culturais emergentes combinada com as diversas identidades coletivas objetivadas nos
movimentos sociais. Para tanto, se faz necessário um programa de capacitação, em legislação
agrária e ambiental, compreendendo todos os dispositivos transnacionais, como a Convenção de
Defesa da Biodiversidade e a Convenção 169, destinados aos ribeirinhos, quilombolas, indígenas,
pescadores artesanais e demais povos e comunidades tradicionais. De maneira concomitante
objetiva-se discutir a forma mais apropriada de gestão de um banco de dados e dos procedimentos
de intervenção daí derivados.
S-07
Ana Felisa Hurtado Guerrero; José Camilo Hurtado Guerrero
Projeto Arpequim: uma questão de apropriação de tecnologias sociais inovadoras e
potencialização de tecnologias tradicionais de produção para a sustentabilidade de comunidades
quilombolas de Santarém, Pará
Instituto Leônidas e Maria Deane, Universidade do Estado do Amazonas
Santarém, PA.
A situação de vulnerabilidade em que vivem as comunidades quilombolas com relação às
precárias condições de vida e dificuldades no acesso a bens e serviços constitui-se em um
determinante negativo para indicadores de saúde.
0 panorama nutricional da região do Baixo Amazonas mostra um aproveitamento insuficiente do
potencial nutritivo dos
mm
Candidato: Projeto:
alimentos. A pesca constitui uma das principais atividades comerciais na economia e
subsistência dessas comunidades no município de Santarém.
O uso dos recursos naturais para atender às necessidades humanas é o que resta.
Porém, a sua coleta é comprometida nessas comunidades pelo fato de que os espaços da
natureza que restam e que poderiam ser utilizados como alternativas do exercício de atividades
de extrativismo são categoricamente privatizados pelos fazendeiros e imediatamente colocadas
cercas e até vigiado para proibir o acesso e a extração desses recursos. É o exemplo da
comunidade de Murumuru, que tradicionalmente realizava o festival do açaí, atividade
principal de geração de renda nas famílias.
Embora a Amazônia tenha sido considerada uma região de fartura, uma parcela
significativa de sua população apresenta dificuldades para o acesso à alimentação. Pode ser
citado também o mau aproveitamento do potencial nutritivo dessas comunidades: a fome é
agravada pela ausência de iniciativas para uma melhor utilização de fontes de nutrientes
disponíveis.
Nesse sentido, o projeto tem como finalidade a implementação de ações sociais
relacionadas com a produção de alimentos para seu próprio consumo, assim como a agregação
de valor ao produto primário para a geração de renda e abertura de novos mercados,
melhorando sua qualidade de vida.
S-08
Candidato: Ana Letícia Ferreira de Carvalho
Projeto: Oficinas literárias: sonhando no espaço, no céu, e no espaço do papel
Execução: Escolas públicas do município de Tabatinga.
"Os meus alunos não gostam de ler" é, sem dúvida, a queixa mais comumente ouvida
entre professores. Por que essa realidade?
Essa questão deve-se a uma série de fatores que não iremos aqui mencionar e sim buscar
alternativas para a mudança desse quadro que nos entristece. Para formar leitores, devemos ter
paixão pela leitura, pois ela se baseia no desejo e no prazer. E é utilizando-se dessa paixão que
pretendemos abrir o parêntese do imaginário, estimulando o aluno a entrar triunfalmente na
Literatura, a partir das oficinas literárias que têm como objetivo desencadear nos alunos a força da
fantasia, do sonho, da magia, da imaginação, do mistério e da intuição, ora perdidas no
esquecimento de quem não lê. Quem é que nunca precisou de uma história para adormecer,
sonhar, conhecer melhor o mundo, as pessoas, ou encarar melhor o dia a dia? Pois é, o homem
nunca dispensou as histórias para sobreviver, pois não há povo sem narrativa. Dessa forma, quem
não lê, não sobrevive. E nossa meta é fazer da leitura uma experiência de vida, inserindo-a no
cotidiano desses alunos, não como uma imposição e sim como algo que lhes dê prazer, e
principalmente como prática social, onde se irá buscar uma interação do sujeito escritor com o
sujeito leitor.
S-09
Candidato: Ana Maria Libório de Oliveira
Projeto: Modelagem Matemática Fuzzy na busca do desenvolvimento social: interação
nas dificuldades das mães adolescentes e solteiras no contexto da classe
social baixa inserida na realidade do município de Tabatinga no Amazonas
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas Execução: Município de
Tabatinga.
Introduzida em 1965 pelo Prof. Lotfi A. Zadeh, a Lógica Fuzzy tem característica em
incorporar informações sobre o problema estudado de maneira bastante simples, quer em seus
aspectos
■ j.
quantitativos como qualitativos. Dessa forma, o projeto produzirá um efeito no desenvolvimento
social local, pois relacionará e executará, por meio da ferramenta da Matemática, estrutura do
planejamento familiar e, consequentemente, qualidade de vida. Poderá, assim, contribuir de forma
positiva para não gerar outros problemas sociais como: drogas, prostituição, ausência de
perspectivas, ausência de oportunidades de empregos, entre outros.
O projeto será executado no período de 12 meses, com acompanhamento das mães
adolescentes e solteiras juntamente com seu filho ou filhos, fazendo, mensalmente, uma
demonstração por meio de planilhas do planejamento familiar, com custo, benefício e outros.
Oportunizará uma reflexão para a conscientização da comunidade local.
S-10
Candidato: Andréa Cristina Soeiro Ferreira
Projeto: Projeto Telecentro – Inclusão social digital Instituição: Femicro\PA
Execução: Femicro\PA – Av. 16 de Novembro, N9 389 Cidade Velha.
Ofertar o Empreendedorismo nas séries iniciais (a partir dos sete anos), na grade
educacional do currículo nacional, com o objetivo de despertar o sentido empreendedor nas
crianças para que, nas fases de desenvolvimento (infância, adolescência, adulto), compreendam
que a sobrevivência social, intelectual e cultural tem que atender às necessidades do mercado, com
criatividade, motivação, consciência, comprometimento e responsabilidade social, reeducando o
jovem para o significado do sentido econômico, agregando valores financeiros à renda familidr.
S-ll
Antonio de Almeida Sobrinho
PRODUZIR – Produção de alimento para a autossustentabilidade das populações tradicionais
ribeirinhas do Rio Madeira
Empresa Pacaas Engenharia, Oportunidades e Soluções Ltda.
Município de Porto Velho, nas comunidades tradicionais ribeirinhas do Rio Madeira, localizadas na
Área de Influência Direta (AID) e Área de Influência Indireta (Ali), em áreas marginais contíguas às
comunidades beneficiárias.
O projeto se propõe a mitigar parte dos impactos ambientais com a construção da UHE
Jirau e UHE Santo Antônio e, assim, apoiar as comunidades tradicionais ribeirinhas do Rio Madeira,
com um total de 23.600 comunitários capacitados e uma produção esperada de 54.064 kg de
pescado/safra de 12 meses de cultivo, em cada projeto comunitário, contemplando 59
comunidades artesanais ribeirinhas e uma produção total de 3.189,7 toneladas/pescado/safra e
um total de 70.800 pessoas beneficiadas de forma indireta, com produtividade de pescado em
torno de 135 kg de pescado/metro cúbico de água. Para a viabilização do Projeto PRODUZIR foi
inserida em seus objetivos a realização de um diagnóstico ambiental do sistema fluvial das áreas
contíguas às comunidades tradicionais ribeirinhas do Rio Madeira, com vistas à implementação da
atividade de piscicultura, em sistemas semi-intensivo e intensivo, quando os comunitários serão
capacitados em diversos enfoques, conforme se pode destacar por meio da relação dos cursos que
serão ministrados: oito cursos para cada comunidade, com carga horária de 40 horas/aula, com 50
participantes, totalizando 472 eventos.
Candidato: Projeto:
S-12
Candidato: Antonio Ivan Ruiz Chaveco
Projeto: Projeto de atualização de professores Instituição: Universidade do
Estado do Amazonas.
Execução: Municípios: Tefé, Tabatinga, Itacoatiara e Parintins.
Este projeto visa à melhoria da preparação metodológica dos professores dos municípios
de Tefé, Tabatinga, Itacoatiara e Parintins. Tem como objetivo a aplicação dos resultados das
pesquisas realizadas nos TCC, por parte dos alunos que realizaram o Curso de Especialização "O
Ensino de Matemática – educação básica e ensino superior no estado do Amazonas" na prática
diária na escola. Pretende-se levar às escolas tanto municipais como estaduais as novas tendências
do ensino da Matemática, o que permitirá uma significativa mudança na qualidade do ensino
dessa disciplina.
S-13
Candidato: Antonio José Dias Vieira
Projeto: Uso do sistema de tratamento de água baseado em ultravioleta
Instituição: Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus Zé Doca
Execução: Perímetro urbano da sede do município de Zé Doca, Maranhão.
O município Zé Doca não possui tratamento de água e esgoto, sendo que as residências
têm, com forma de abastecimento de água, os poços, construídos muitas vezes de maneira
inadequada, o que aumenta os riscos de contaminação da água. Desse modo, espera-se com este
projeto aumentar a consciência da comunidade atendida sobre a necessidade para beber água
limpa, bem como assegurar o acesso a um sistema de tratamento de água barato, baseado na
irradiação de água com ultravioleta conhecido como Tubo UV e que seu uso seja contínuo.
S-14
Candidato: Babbyngttonn Khell Souza da Silva
Projeto: Cryptococcus neofarmans na cidade de Manaus, AM
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas, Instituto de Medicina Tropical do
Amazonas
Execução: Laboratório do Instituto de Medicina Tropical do Amazonas
Identificação fenotípica e genotípica dos patógenes fúngicos, espécies de Cryptococcus
neoformans, que são responsáveis pelos maiores índices de morbidade e mortalidade nos pacientes
com Aids. A oportunidade de realização deste projeto somou ferramentas clínico-laboratoriais para
o diagnóstico, controle e tratamento dessa enfermidade fúngica no estado e no Instituto de
Medicina Tropical do Amazonas.
S-15
Candidato: Barbara Schmal
Projeto: Fique por dentro: conhecer a regularização fundiária sustentável e o acesso à
cidadania – uma experiência comunitária no município de Silves, AM
Instituição: Pesquisadora Execução: Município de Silves, AM.
No município de Silves, estado do Amazonas, a falta de conhecimento quanto ao domínio
dos imóveis, a sobreposição de títulos, o desconhecimento diante da obrigatoriedade dos cadastros
e registros em cartório, e principalmente a falta de conhecimento das próprias regulamentações
federais, estaduais e municipais por parte da população e administração municipal, dificultam o
avanço no trabalho das instituições não-governamentais locais que têm entre outros como objetivo
legalizar produtores e produções não- madeireiras visando ao cumprimento da legislação
ambiental e social, contribuindo, assim, para a conservação do meio ambiente e para a melhoria
de vida das famílias e da sociedade local. Em Silves, hoje, 90 % das pessoas são considerados na
margem da Lei "moradores" e não "proprietários" de suas terras.
A presente proposta pretende reverter esta situação. De imediato será realizado um
levantamento sobre a situação jurídico- fundiária do município por meio de pesquisas e consultas
nas instituições responsáveis em Manaus: Iteam, SPU/Incra e Setor de Terra da Prefeitura
Municipal. Deverá proceder com no mínimo quatro reuniões públicas durante as quais serão
expostos os resultados da pesquisa anterior, como também devem ser apresentadas informações
sobre as diferentes divisões territoriais do município e orientações sobre como a legislação vigente
disciplina as atividades produtivas, comerciais, conservacionistas e sobre políticas públicas. As
reuniões serão realizadas em quatro microrregiões do município: comunidades das calhas dos Rios
Anebá/ Alto Urubú,
Baixo Urubu/ Sanabani/ Itapani, Amazonas/ Ilha Saracá/ Estrada da Várzea e Lago Canaçari,
abrangendo, no mínimo, 400 famílias de um total de 37 comunidades. Participarão das reuniões
públicas representantes dos órgãos anteriormente citados e de associações locais diversas.
Ao mesmo tempo o projeto pretende identificar e classificar os recursos naturais de
espécies promissoras para produção de óleos em áreas de reserva legal de, no mínimo, cinco
comunidades do município para fins de manejo.
Posteriormente, o projeto pretende elaborar, editar e publicar uma cartilha informativa
que será distribuída gratuitamente as famílias de Silves, AM. Com aproximadamente 100 páginas,
a publicação explicará, por meio de ilustrações e textos objetivos em linguagem acessível, cada
passo necessário para a regularização fundiária, facilitando a compreensão e a reivindicação dos
moradores.
S-16
Candidato: Centro de Estudos e Memória da Juventude Amazônica (CEMJA)
Projeto: Esporte, arte e lazer na periferia de Icoaraci Instituição:
Execução: O estado do Pará no município de Belém, no bairro de Icoaraci.
O projeto apresentado é uma iniciativa do Centro de Estudos e Memória da Juventude
Amazônica (CEMJA), organização não- governamental, voltada para o estudo e ações que
beneficiem a juventude amazônica em diversas frentes, sendo uma delas a área do esporte, da
arte e o lazer, como instrumentos que garantam a inclusão social e a promoção da cidadania.
Além de se apresentar como uma possibilidade que promova o enfrentamento de questões como:
a violência, pobreza e a exclusão infanto-juvenil, canaliza suas
ações em diversificados espaços localizados em bairros periféricos do município de Belém,
objetivando garantir a participação de todos e todas indiscriminadamente, além de incentivar a
prática esportiva e artística como meio para a transformação de realidades e vivências.
O esporte, a arte e o lazer representam, hoje, práticas significativas enquanto construção
social que possibilitam oportunidades para a emancipação do cidadão a partir das vivências
grupais e individuais. Seus simbolismos, suas possibilidades de valorização do patrimônio cultural e
de organização social, política, comunitária são fatores importantes para a construção da
cidadania.
S-17
Cíntia Bianchini de Toledo; Beatriz Pereira Camacho; Fernanda Oliveira da Silva; Monique Teixeira
Costa de Lima; Márcio Roberto Palhares Nami
Navegando pela Amazônia
Universidade Severino Sombra, RJ
Sugestão de roteiro. Saída de Belém (PA), passando por oito municípios: Soure, São Sebastião da
Boa Vista, Breves, Porto Moz, Almerim, Monte Alegro, Santarém, Afuá
O projeto pretende desenvolver o turismo náutico de embarcações particulares e
tripulantes brasileiros pelos rios da Amazônia a partir do cumprimento das seguintes etapas:
6.Organizar um calendário para a realização de um passeio pelo Rio Amazonas;
7. Escolher a data do evento num período que favoreça a navegação;
II 265
Candidato:
Projeto: Instituição: Execução:
8. A
partir de um estudo de capacidade de carga, limitar o número de embarcações e
participantes;
9.Divulgar o passeio para os proprietários de embarcações nos portos e marinas do Brasil;
10.
Cobrar taxa de inscrição.
Saindo de Belém do Pará, passando por Boa Vista, Breves, Porto de Moz, Almerim, Monte
Alegro, Alter do Chão, Santarém e Afuá, os tripulantes-turistas poderiam caminhar nas matas ao
redor das cidades de Almerin e Porto Moz, conhecer as históricas cavernas com desenhos rupestres
do município de Monte Alegro, visitar tribos indígenas próximas a Alter do Chão e conhecer a Ilha
de Marajó.
Os participantes podem levar doações (mantimentos e/ou roupas) para as comunidades
carentes dos municípios visitados. Para acompanhar as embarcações e garantir a segurança, o
governo do Pará cederia um barco de apoio com policiais e bombeiros.
Para outros serviços essenciais às embarcações, como coleta de lixo, a Secretaria de
Estado de Esporte e Lazer (SEEL), em parceria com as prefeituras dos municípios visitados, seria
responsável pelas medidas necessárias, elaborando um programa especial com material de
promoção turística.
Promoverá a participação da comunidade em parceria com a iniciativa privada e o
governo para desenvolver um plano de ecoturismo que atenda às necessidades sociais gerando
emprego e renda, melhorando a infraestrutura de serviços básicos e, ao mesmo tempo,
desenvolver a consciência dos envolvidos nesse processo pela preservação ambiental, fator
primordial para a manutenção da atividade.
O dinheiro investido retorna com lucro social.
S-18
Candidato: Cleusa Suzana Oliveira de Araújo
Projeto: Escolha profissional: valorizando o passado e o presente para projetar o futuro
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas – Centro Universitário Nilton Lins
Execução: Universidade do Estado do Amazonas, AM.
Esta proposta objetiva consolidar as decisões dos jovens com informações úteis apoiadas
em histórias de vida, possibilitando, com isso, escolhas mais conscientes, bem como valorizar
profissionais da terceira idade que já estão aposentados. A escolha profissional de um jovem é o
ponto decisório que refletirá em sua realização pessoal e também repercutirá diretamente no
desenvolvimento estratégico de um país.
S-19
Candidato: Cristina Motta Ferreira
Projeto: Prevalência, sensibilidade a antibióticos e caracterização genética das
bactérias isoladas de processos infecciosos de pacientes com doenças
hematológicas da Fundação Hemoam
Execução: Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam); Fundação
Alfredo da Matta; Fundação Oswaldo Cruz, Manaus, Amazonas.
Nos últimos anos o número de casos de infecções por cocos Gram-positivos como os
estafilococos resistentes a meticilina tem se elevado nos hospitais, tornando-se assim um problema
de saúde pública em todo o mundo. Porém, o surgimento de infecções comunitárias por
Staphylococcus aureus ou Staphylococcus spp. resistentes á meticilina (CA-MRSA ou CA-MRSCoN),
em pacientes sem
fatores de risco, também tem se elevado. As infecções comunitárias possuem importância clínica
porque as bactérias que eram sensíveis agora passaram a ser resistentes estando envolvidas em
doenças rapidamente progressivas e até fatais, como pneumonia necrotizante, sepse severa
efasciite necrosante.
Outra preocupação em relação às cepas comunitárias é a introdução de clones altamente
virulentos no ambiente hospitalar, no qual irão se deparar com pacientes imunodebilitados
elevando, assim, os índices de morbi-mortalidade dos mesmos. As bactérias Gram-negativas
resistentes a antibióticos também estão envolvidas nos casos de infecções hospitalares. Pacientes
que apresentam infecções por essas bactérias possuem mais chances de necessitarem de
hospitalização com internação prolongada podendo evoluir para óbito. Dentre as espécies
bacterianas mais frequentemente isoladas temos a Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter spp. e
a E.coli, sendo o mecanismo de resistência mais comum a produção de enzima denominada de
beta-lactamase de espectro estendido (ESBL), transmitida por piasmídios conjugativos, que reduz
substancialmente o número de antibióticos disponíveis dificultando mais ainda a terapia
antimicrobiana.
Os pacientes internados nos hospitais estão mais expostos ao uso excessivo de
antimicrobianos de largo espectro, ao contato frequente entre profissional-paciente, levando ã
transmissão cruzada de patógenos, à ruptura da barreira tecidual por processos invasivos, como
cirurgia, inserção de sondas, cateteres, e ao déficit nutricional devido à dificuldade de ingestão, à
probabilidade da ocorrência de processos infecciosos graves e até mesmo fatais, ocasionados por
bactérias resistentes, é elevadíssima. No caso do Hemoam, a maioria dos pacientes com doenças
hematológicas que procuram atendimento médico/laboratorial especializado é dependente do
Sistema Único de Saúde (SUS). Muitos são atendidos inicialmente em âmbito ambulatória! e,
posteriormente, podem necessitar de internação para melhor eficiência e eficácia do tratamento.
Dentre esses tratamentos, incluem-se seções de quimioterapia, que muitas vezes causam efeitos
colaterais graves, dentre os quais imunodeficiência, tornando-os mais suscetíveis a infecções
bacterianas graves que, quando não tratadas, levam ao estado de morbidez prolongado podendo
ocasionar a morte. A resistência microbiana aos antibióticos utilizados no tratamento ainda é um
desafio para a terapia tanto em infecções hospitalares, quanto as adquiridas na comunidade, por
isso milhões de pessoas no mundo
ainda sofrem de infecções ocasionadas por bactérias resistentes a antibióticos.
Os pacientes com doenças hematológicas atendidos no ambulatório ou internados do
Hemoam com processo infeccioso diagnosticado terão suas amostras biológicas coletadas para
análise microbiológica e identificação de gênero e espécie bacteriana, com liberação padronizada
dos testes de suscetibilidade para tratamento imediato do processo infeccioso, e posteriormente, a
espécie bacteriana isolada será submetida a protocolos moleculares para caracterização genética
de seus mecanismos de resistência em parceria institucional com outras fundações de pesquisa.
S-20
Denise Pires Fincato
Teletrabalho: inclusão digital e forma de assegurar a dignidade da pessoa humana ao trabalhador
amazonense
Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre
Nas residências dos trabalhadores, em chalanas e centros estratégicos de trabalho, além de outros
locais públicos e privados, em sistemas de cooperação social que deverão incluir parcerias entre
diversos setores e atores sociais e governamentais (igrejas, sindicatos, municípios, estados, etc.).
0 projeto tem por objetivo a implantação do teletrabalho e do trabalho a distância como
forma de potencial inserção social dos trabalhadores que residem distantes dos grandes centros,
bem como das capitais, estimulando a fixação da população em seu local de nascimento,
desestimulando o êxodo, principalmente da população
Candidato: Projeto:
amazonense para outros estados do Brasil em busca de trabalho, além de ampliação e
aprofundamento de sua educação.
Visa ao desenvolvimento sustentável da região por meio da qualificação profissional e
educação continuada da população, por meio da Educação a Distância. Além disso, e como sua
consequência, do trabalho de alta tecnologia em regiões menos desenvolvidas
econômica, técnica e socialmente, utilizando e desenvolvendo ferramentas de tecnologia da
informação e comunicação.
Objetiva a criação de centros móveis de trabalho e estudo, com o uso da cultura e
transporte já conhecidos da população, como as chalanas, para levar trabalho e educação aos
mais distantes municípios e povoados da região, além da criação de centros estratégicos nos
municípios e grandes centros, para correspondência e apoio.
Os trabalhadores, após a qualificação tecnológica para o trabalho a distância, poderão
laborar em suas residências, bem como nas chalanas ou nos próprios centros estratégicos, onde
também poderão tirar dúvidas e ter assessoria técnica e manutenção. Da mesma forma, será
possível, nos mesmos locais, promover educação continuada em sentido amplo (da educação para
o trabalho á cultura em geral – idiomas, artes, etc.).
Desse modo, é possível utilizar a tecnologia como forma de inclusão social da população
no mundo informatizado, fixando-a no seu local de origem e estimulando-a, ao mesmo tempo, a
manter a cultura local, propagando-a ao mundo.
Como visto, ainda, será possível a alfabetização em massa e o estímulo à educação
profissional e continuada, com a utilização dos mesmos locais e equipamentos destinados ao
trabalho.
O fomento à educação, bem como ao trabalho especializado, fixa o cidadão no seu local
de origem, estimula a manutenção de sua cultura e de sua autoestima, fazendo com que se
preocupe mais em preservar o meio ambiente em que vive, já que se sente inserido na sua
sociedade, protagonizando-a.
Ainda, é possível ter um aumento da conscientização para a preservação da Amazônia,
além de facilitar, por meio da própria população e da inserção da tecnologia, a fiscalização das
fronteiras e das atividades ilícitas de corte de madeira, caça e pesca ilegais,
\
270
desmatamento para a alocação de gado sem autorização legal, dentre outras práticas
depredatórias do meio ambiente.
S-21
Candidato: Edilza Laray de Jesus; Suely Barros Bernardino da Silva e Socorro de Fátima
Moraes Nina
Projeto: Educação Ambiental em suas múltiplas linguagens: corpo, espaço e palavra na
Amazônia
Execução: Vila do Engenho, Sagrado Comunidade de Jesus do Paraná da Eva, município de
Itacoatiara, AM.
O projeto tem o propósito de trabalhar a Educação Ambiental em suas múltiplas
linguagens na Escola Municipal Luiza Mendes, localizada na Comunidade Social Sagrado Coração
de Jesus (CSSCJ), Paraná da Eva, município de Itacoatiara, AM. De Itacoatiara, sede do município,
percorre-se uma distância de 140 km pela Rodovia AM-010 até a Comunidade. De Manaus, capital
do estado, até a Comunidade, a distância é de 210 km, por via terrestre. As coordenadas
geográficas estão assim definidas: 03°10'11.1" Latitude Norte e 59°08'56.3" Longitude Oeste. Os
moradores da Comunidade são, na grande maioria, agricultores familiares organizados em torno
da Associação de Desenvolvimento Comunitário dos Produtores do Paraná da Eva (Ascope), com
elevada produção de abacaxi (Ananas comosus) e cupuaçu (Theobroma grandiflorum) e
experimentam, nos últimos cinco anos, alto retorno econômico que lhes garante elevados padrões
de consumo de produtos industrializados, por um lado, e a perda de elementos característicos da
cultura amazônica, por outro. As técnicas agrícolas utilizadas pelos agricultores ainda seguem o
modelo convencional segundo a lógica da Revolução Verde,
apontando, segundo pesquisas recentes, para a insustentabilidade socioambiental e econômica a
médio e longo prazo.
O monocultivo do abacaxi e do cupuaçu é feito pela derrubada de árvores seguida de
queimadas, acarretando em consequências ambientais, sendo as mais perceptíveis: assoreamento
de rios e igarapés, empobrecimento do solo e a necessidade crescente de produtos agroquímicos
para o aumento da produção e da produtividade.
Há urgência de se trabalhar a Educação Ambiental formal e não-formal na CSSCJ, que
aponte para mudanças na forma de conceber o meio ambiente e no modo como se relacionar com
ele.
As oportunidades do projeto darão avanços sobre o conhecimento científico relacionado
às questões ambientais na Comunidade e na Amazônia, ao se discutir, por exemplo, consumo,
cultura, identidade do adolescente e jovem estudante rural, relações familiares, escola, trabalho,
comunidade e participação social desses sujeitos, com perspectivas para sensíveis melhorias no
espaço vivido. Considerando as possibilidades dos múltiplos parceiros entre a Universidade do
Estado do Amazonas com Prefeitura de Itacoatiara, Ascope, Secretaria Municipal de Educação,
Fapeam, Grumascope, Escola Luiza Mendes e outras instituições de fomento, ensino, pesquisa e
extensão .rural no Amazonas, as atividades serão desenvolvidas por meio de estratégias inter e
transdisciplinares quando se tratar de educação escolar, na articulação permanente entre os
saberes científico e popular capazes de captar a fala de adolescentes e jovens estudantes, por
meio do uso de múltiplas linguagens que a Educação Ambiental permite, tais como a dança, o
teatro, a música e a produção textual.
Os resultados deste projeto poderão servir como instrumento para, num momento
posterior a esta pesquisa, se propor junto a parlamentares municipais e estaduais ações,
programas e políticas de formação e Educação Ambiental abrangendo os aspectos formal
(professores e alunos) e não-formal (agricultores familiares), visando ao desenvolvimento rural
sustentável, resguardando as especificidades de cada lugar.
S-22
Candidato: Eduardo Aléxis Lobo Alcayaga
Projeto: Promoção da saúde e inclusão social: sistema alternativo para remoção de cor
de águas naturais para consumo humano utilizando carvão vegetal:
contribuição ao desenvolvimento sustentável da região amazônica, Brasil
Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc)
Execução: Ecossistema Rio Negro, região amazônica, Brasil.
As tecnologias tradicionais de tratamento de água potável', bem como tecnologias
avançadas de tratamento de águas (processos oxidativos avançados), muitas vezes, não são
aplicáveis em comunidades onde há dificuldade de acesso ou de fornecimento de energia. Esse
problema é típico em comunidades do interior do Brasil, com destaque à região amazônica, onde
os diferentes componentes da paisagem local impedem o transporte de insumos e equipamentos
necessários ao desenvolvimento de processos convencionais ou avançados de tratamento de
águas. Essa situação torna-se ainda mais relevante considerando que, além de sujeitas ao consumo
de água fora dos padrões de potabilidade, as comunidades rurais da Amazônia apresentam uma
população que vive no isolamento, principalmente no período baixo das águas dos rios da região,
possui baixa renda familiar, baixo nível de educação formal, problemas de desnutrição e, em geral,
não tem acesso aos serviços de saúde e educação.
Esse cenário, juntamente com a condição de insalubridade doméstica e ambiental,
proporciona a manutenção dos altos índices de mortalidade infantil, sendo que o do Brasil é um
dos mais elevados do continente. Doenças de veiculação hídrica como cólera, esquistossomose,
febre paratifoide, amebíase, poliomielite, diarreias
infecciosas e outras constituem 65% do total de internações hospitalares (SILVA; SCUDELLER,
2007). Todavia, com relação às tecnologias tradicionais de tratamento de água potável, os
métodos mais comumente citados na literatura para a remoção de gosto e odor são por processos
de adsorção em carvão ativado em pó e granular, bem como por oxidação química. Entretanto,
nenhum desses procedimentos de tratamento resultou, ao menos no Brasil, na confecção de um
sistema de baixo custo, fácil operação e manutenção, fundamental para sua efetiva implantação,
particularmente em comunidades menos favorecidas, como é o caso das populações ribeirinhas do
Rio Negro que utilizam suas águas como fonte de abastecimento.
Nesse contexto, o objetivo principal desta proposta é o desenvolvimento de um filtro
eficiente e de baixo custo, utilizando carvão vegetal, que possibilite a remoção de cor das águas do
Rio Negro, Amazônia, Brasil, até níveis permissíveis ao consumo humano, conforme Portaria MS n.g
518 de 25 de março de 2004, visando à promoção da saúde e inclusão social das comunidades
rurais amazônicas. As características construtivas desse sistema devem incluir, também, a
disponibilidade de matérias-primas, bem como a dispensa de mão de obra especializada,
fundamental para assegurar a sustentabilidade desse sistema de tratamento nas comunidades
objeto deste estudo. Finalmente, cabe ressaltar que a presente proposta vem ao encontro do
objetivo principal do Prêmio Professor Samuel Benchimol 2009, qual seja fomentar a reflexão sobre
as perspectivas econômicas, tecnológicas, ambientais e sociais para o desenvolvimento sustentável
da região amazônica, particularmente na Área Social, onde se espera que os projetos tenham
impacto positivo no tecido social e melhorem as condições e a qualidade de vida da população
amazônica.
S-23
Candidato: Eduardo Dias Carvalho
Projeto: Musicalização em escolas municipais Ribeirinhas e rodoviárias por meio de
aulas de
violão, flauta doce e canto coral com canções de temática ambiental
Instituição: Maestro, Arranjador, instrumentista e professor de Educação Musical
Execução: 54 escolas municipais ribeirinhas e rodoviárias (localizadas em ramais)
integrantes do projeto "Escola Ativa" da Prefeitura Municipal de Manaus.
Este projeto tem por objetivo dar acesso ao aprendizado da música a alunos dessas
respectivas escolas com aulas de violão, flauta doce e canto coral, utilizando canções cujas poesias
possuam mensagens de defesa do meio ambiente. Promovendo, paralelamente, a musicalização
infanto-juvenil e, em curto prazo, realizando apresentações artistico-musicais com esses três
grupos simultaneamente: alunos de violão, alunos de flauta doce e coral, cada monitor ficará
responsável por duas escolas, uma vez por semana.
S-24
Candidato: Eldimar Barroso Netto
Projeto: Implementação da assistência fisioterapêutica na atenção básica do SUS para
prevenção e tratamento
de comprometimento
cardiovascular
Instituição: Particular
Execução: Qualquer município em que seus gestores tenham compromisso com a Saúde
Pública, em focalizar os mais amplos determinantes da
saúde, englobando valores, conceitos e prática de bem-estar social,
econômico, mental e físico.
A Constituição Brasileira de 1988 em sua estrutura promulga que a saúde é um direito do
cidadão e um dever do Estado. Dessa forma, seguindo essas diretrizes e com base na legislação, o
Fisioterapeuta tem o objetivo de orientar, prevenir, desenvolver ou restaurar (reabilitar) a
integridade de órgãos, sistema ou função. Como processo terapêutico, utilizando conhecimentos e
recursos próprios com base nas condições psico-físico-social, o profissional da área, com formação
acadêmica superior, é habilitado para a construção do diagnóstico dos distúrbios cinéticos
funcionais, a prescrição das condutas fisioterapêuticas, sua ordenação e indução no paciente, bem
como, o acompanhamento da evolução do quadro funcional e a alta do serviço, sendo importante
sua participação nas áreas de educação, saúde, esporte, empresarial e atuando no campo de
pesquisa.
De acordo com o Ministério da Saúde as doenças do aparelho circulatório representam um
importante problema de saúde pública em nosso país. A hipertensão arterial e o Diabetes mellitus
constituem os principais fatores de risco para as doenças do aparelho circulatório. Entre suas
complicações mais frequentes decorrentes, encontram-se o infarto agudo do miocárdio, o acidente
vascular cerebral (AVC), a insuficiência renal crônica, a insuficiência cardíaca, as amputações de
pés
e
pernas,
a
cegueira,
os
abortos
e
as
mortes
perinatais.
(http://hiperdia.datasus.gov.br/menu.asp). Do ponto de vista de saúde pública, isso reside no fato
de elas apresentarem grande pevalência na população e consequências altamente lesivas (SHOJI;
FORJAZ, 2000). Tem-se como exemplo dois municípios do estado de Rondônia, Guajará-Mirim e
Candeias do Jamari, em que a maior causa de mortalidade ocorre por doença cardiovascular,
26.6% e 21.1%
respectivamente
<www.Saude.gov.br-
lndicadoresMunicipaisdeSaúde>.
Dessa forma, uma política preventiva e intervencionista deverá ser iniciada, pois essas
morbidades poderiam ser minimizadas por meio da prevenção primária e secundária, fomentando
a saúde da população (IV DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2002) que poderá
ser assistida por meio
deste projeto de forma domiciliar ou ambulatorial, tendo como objetivo inicial mapear os pacientes
acometidos por patologias do aparelho circulatório e os grupos de risco para que possam ser
avaliados pelo profissional Fisioterapeuta, o qual será orientado a seguir uma conduta profilática e
terapêutica, visando a reduzir o impacto físico e psicossocial das condições incapacitantes e
limitantes que acometem o indivíduo, objetivando, assim, restaurar e aumentar a capacidade
funcional, de modo que obtenha considerável qualidade de vida e do prognóstico com retorno
precoce às suas atividades laborativas, assim reduzindo o custo social e proporcionando um
aumento na renda familiar.
S-25
Candidato: Eliana Marques Gomes
Projeto: Primeiro ambulatório de estomoterapia no estado do Amazonas
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas Execução: UEA
O projeto tem a intenção de implantar um ambulatório de estomaterapia para acolher os
clientes portadores de estomias, feridas e incontinências que residem no estado do Amazonas,
visando oferecer um serviço de referência, com visão de ensino e pesquisa abrangendo as áreas de
preservação, educação e tratamento de afecções relacionadas à estomaterapia.
S-26
Candidato: Emerson Moraes Martins; Renato Fontes Ferreira de Oliveira e Marcelo
Antônio da Silva Teixeira
Projeto: História de nossa terra
Instituição: Universidade Severino Sombra Execução: Manaus, AM.
Você já parou para pensar sobre de onde veio o nome da sua cidade? Como ela foi
formada? Quais foram as principais pessoas que colaboraram para seu crescimento, suas grandes
autoridades e a influência que tiveram no desenvolver de seu município? Saber de onde vieram e
como surgiram algumas culturas que até hoje são preservadas, saber realmente a importância que
a sua cidade teve no passado e que ainda tem, notando as transformações que no passar do tempo
ela teve. Podemos saber também além dessas questões, outras, como por exemplo, a questão de
como era a economia há tempos, e como ela se modificou nos dias de hoje, sabendo, assim, o
ponto forte da economia local. Uma outra questão está ligada às tradições e às culturas que
criaram ou trouxeram para a cidade e que ainda se mantêm erguidas firmes e fortes. Saber
questões simples como a localização exata da cidade, seus limites, seus distritos, cidades vizinhas
que foram ou são de algum modo importantes para a cidade. É de extrema importância também
nós focarmos e sabermos sobre o fluxo turístico do município, as suas estruturas, pontos turísticos,
o que temos para oferecer de atrativos para os turistas, tipo de turista que temos em maior
procura por nossa cidade, se temos acomodações que atendem a esses tipos de turistas que estão
em nossa cidade fazendo nossa economia se desenvolver, no geral saber a exata estrutura que
temos e as condições para recebê-los.
Resumindo nossa ideia, podemos juntar várias questões em uma só disciplina abrangendo
várias áreas como exemplo História, Geografia, Economia, Turismo, Cultura, Meio ambiente,
Ecologia,
entre outras em uma disciplina a qual podemos dar o nome de "História Local", que seria adotada
na grade escolar no decorrer da formação do aluno, começando no primeiro ciclo do ensino
fundamental, passando pelo segundo e acabando no final do ensino médio, assim encerrando e
deixando o cidadão com as informações necessárias para interagir diante dos diversos
acontecimentos que envolvem uma sociedade dentro de uma comunidade.
S-27
Euler Esteves Ribeiro
Interiorização das ações da Universidade Aberta da Terceira Idade da Universidade do Estado do
Amazonas
Boca do Acre, Carauari, Coari, Eurunepé, Humaitá, Iranduba, Itacoatiara, Lábrea, Manacapuru,
Manicoré, Maués, Novo Aripuanã, Parintins, Presidente Figueiredo, São Gabriel da Cachoeira,
Tabatinga e Tefé.
A Universidade do Estado do Amazonas (UEA), criada pelo governo do estado pela Lei
2.637/2001, com unidades na capital e interior, tem por objetivo promover a educação,
desenvolvendo o conhecimento científico – particularmente sobre a Amazônia – fomentar os
valores éticos capazes de integrar o homem à sociedade e aprimorar os recursos humanos
existentes na região. Mais recentemente, a Reitoria instituiu por meio da Resolução 020/2007 a
Universidade Aberta da Terceira Idade, como um núcleo da UEA (UnATI/UEA), que tem por
finalidade ser um centro de referência de dados sobre o envelhecimento humano, desenvolvendo
ações de ensino, pesquisa e extensão. A interiorização das ações da UnATI/UEA surge como uma
contribuição à sociedade amazonense que já apresenta crescimento significativo de sua população
idosa,
Candidato: Projeto:
tanto na capital como no interior. O expressivo aumento desse seguimento etário vem sendo
amplamente discutido em âmbito mundial, como um desafio para o poder público e sociedade
como um todo, pois requer adequações a essa nova composição demográfica.
Além disso, os idosos diferenciam-se entre si, de acordo com sua história de vida,
característica sociocultural e estado de saúde. No interior do Amazonas há carência de projetos
sociais, assistenciais, culturais voltados ao idoso, bem como profissionais capacitados para intervir
na promoção, prevenção e recuperação da saúde da população idosa. O exposto evidencia a
importância da implantação das ações da UnATI/UEA no interior do estado. O projeto ora
apresentado trata do processo de implantação desas ações nos 16 municípios onde a UEA tem
unidade de ensino superior instalada: Boca do Acre, Carauari, Coari, Eurunepé, Humaitá,
Itacoatiara, Lábrea, Manacapuru, Manicoré, Maués, Novo Aripuanã, Parintins, Presidente
Figueiredo, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga e Tefé. As ações serão também implantadas em
Iranduba que, apesar de não contar com unidade de ensino da UEA, há parceria firmada entre a
prefeitura e a instituição de ensino.
S-28
Candidato: Francisca Marli Rodrigues de Andrade
Projeto: Formação continuada de professores: uma proposta de intensificação das
práticas educativas de Educação Ambiental na Escola de Aplicação da UFPA
Instituição: Escola de Aplicação da UFPA
Execução: O projeto será executado na Escola de Aplicação da Universidade Federal do
Pará.
0 Projeto tem por objetivo promover formação continuada em Educação Ambiental aos
professores das séries iniciais do ensino
fundamental', fomentando os valores de responsabilidade socioambiental essencial à formação do
cidadão.
Para tal, buscará:
11.
Disseminar conhecimentos referentes à responsabilidade socioambiental;
12. Sensibilizar os professores para a necessidade de preservação dos recursos naturais;
13.
Analisar a temática de meio ambiente relacionando-a à comunidade local;
Interpretar os conceitos de valores ambientais e aplicá-los às práticas sociais;
14.
Elaborar estratégias de envolvimento e participação da comunidade nas
atividades desenvolvidas pelo projeto;
15.
Oportunizar a realização de trabalho em equipe.
S-29
Candidato: Freddy Orlando Espinoza Cárdenas
Projeto: A velha máquina de escrever na introdução da cultura da escrita nas
comunidades indígenas do Igarapé do Takana, Tabatinga, Amazonas
Instituição: CSTB – UEA, Tabatinga Execução: Nas sete tribos indígenas do Alto Solimões.
Introduzir a cultura da escrita datilográfica nas comunidades indígenas do igarapé do
Takana por meio de velhas máquinas de escrever é o que pretende este projeto. Em nossa região
de fronteira, a inclusão digital detém-se por causa da exclusão elétrica. Muitos municípios do
interior do Amazonas ainda não têm acesso à energia, majoritariamente nas localidades indígenas
do Alto Solimões. Por isso, o objetivo deste projeto é utilizar as antigas máquinas de escrever como
vetor de desenvolvimento da cultura da escrita e,
simultaneamente, preparar essas comunidades para o futuro acesso à tecnologia da Informação,
contribuindo dessa forma, ao desenvolvimento da língua portuguesa e nos rudimentos da
tecnologia nas aldeias indígenas da fronteira do Alto Solimões.
S-30
Francisneide de Souza Lourenço
Resgate de sistemas de cultivos agroecológicos em comunidades rurais dos municípios de Parintins
e Barreirinha, AM
Comunidade Zé Açu, município de Parintins e comunidade do Andirá, no município de Barreirinha,
AM.
Candidato: Projeto:
Há bem pouco tempo, não se cogitava a possibilidade do esgotamento dos recursos
naturais na Amazônia, diante da imensidão de sua floresta, de seus rios e de sua diversidade
biológica. Atualmente, existe uma preocupação real com a sua conservação, pois, apesar da sua
exuberância e da rica biodiversidade, trata-se de um bioma frágil quando impactado pela ação
antrópica. A agricultura convencional, por suas formas de manejo agressivas ao meio ambiente,
não é um modelo apropriado para o desenvolvimento regional. Os desmatamentos, as queimadas,
associados aos agrotóxicos e aos fertilizantes sintéticos, entre outros, são práticas não condizentes
com um manejo sustentável dos recursos naturais na Amazônia. Para essa região são demandadas
estratégias de desenvolvimento ambientalmente compatíveis com a sua realidade, aliadas aos
valores culturais do seu povo. Nesse sentido, ações governamentais incentivam modelos
alternativos de desenvolvimento sustentável na Amazônia, levando em consideração o respeito ao
social e ao meio ambiente, associado á questão econômica, cultural, política e ética.
A agroecologia não é um modelo nem uma forma ou estilo particular de agricultura, é um
referencial teórico que ganha caráter concreto quando aplicado à realidade socioeconómica e
ecológica local. Portanto, não se deve esperar que a agroecologia ofereça um pacote tecnológico e,
sim, os princípios básicos e referências tecnológicas para aplicação local em estilos de agricultura,
manejo de agroecossistemas e de recursos naturais da propriedade com maiores níveis de
sustentabilidade.
Nesse contexto, não se deve prescindir do conhecimento adquirido na academia e do
desenvolvido intergerações pelas comunidades tradicionais da Amazônia, no que se refere ao uso e
manejo dos recursos naturais, a exemplo do agroextrativismo e dos sistemas agroflorestais. Essas
experiências contextualizam-se com o enfoque agroecológico e são bastante expressivas no
Amazonas, estado cujo atual modelo de desenvolvimento, fundamentado nos benefícios da Zona
Franca de Manaus, não atende às populações do interior, em especial às comunidades das zonas
rurais, que vivem da agricultura. Como toda a Amazônia, esse estado continua a ser um desafio
tanto para os governos, como para a comunidade científica e a sociedade em geral, na busca de
alternativas viáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental.
Assim, considerando o desenvolvimento rural sustentável, articula-se com este projeto o
processo de construção de uma "agroecologia amazônica", baseada no diálogo dos saberes entre o
conhecimento produzido na academia, o conhecimento tradicional e as experiências cotidianas dos
povos amazônicos.
O projeto irá contribuir para o resgate e valorização de práticas e conhecimento perdidos
ao longo do tempo por agricultores tradicionais e indígenas, história ecológica e cultural local
(terras pretas) e como elas estão ligadas pelas ações humanas, a noção de patrimônio (sementes
agroecológicas), plantio em miscelânea (sistemas agroflorestais), o Puxirum e uso adequado dos
recursos proporcionando atividades coletivas que envolvam acadêmicos de agroecologia,
professores e agricultores familiares indígenas em um diálogo de saberes entre o conhecimento
científico e o conhecimento local.
S-31
Candidato: Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico
Desembargador Paulo dos Anjos Feitoza
Projeto: Ferramenta assistiva de acesso ao celular
Instituição: Privada
Execução: Fundação Des. Paulo Feitoza, em Manaus, Amazonas.
O projeto "Ferramenta assistiva de acesso ao celular (FAAC)" é uma solução de software
que será desenvolvida para o celular, que tem o propósito de auxiliar os deficientes físicos que não
tenham os movimentos dos membros superiores, tais como: tetraplégicos, portadores de doenças
degenerativas e distrofia muscular, etc. possam utilizar as inúmeras funcionalidades de um celular
e os serviços de comunicação. O sistema utilizará as imagens capturadas pela câmera do aparelho
para controlar os movimentos e a navegação na tela. Possibilita que deficientes físicos utilizem
plenamente o celular por meio de pequenos movimentos da cabeça, proporcionando um aumento
da sua autonomia e uma melhoria da sua autoestima, além de possibilitar a reinserção no mercado
de trabalho.
S-32
Candidato: Gunter Karl Pressler
Projeto: Dalcídio para todos. Viagem do Marajó para o mundo
Instituição: Universidade Federal do Pará (UFPA)
Execução: 1- Ação cultural no município de Ponta de Pedras, janeiro/2010:
Seminário de capacitação de agentes multiplicadores e realizadores de leituras
dramáticas (textos selecionados); Prospecção dos grupos teatrais locais.
Ação cultural no município de Cachoeira do Arari, março/2010:
2ã Ação cultural no município de Ponta de Pedras, maio/2010:
2ã Ação cultural no município de Cachoeira do Arari, julho/2010:
3- Ação cultural no município de Ponta de Pedras, setembro/2010:
3ã Ação cultural no município de Cachoeira do Arari, novembro/2010:
Seminário de capacitação de agentes multiplicadores e realizadores de
leituras dramáticas (textos selecionados); Prospecção dos grupos teatrais
locais.
Encerramento da lã fase do projeto nos municípios de Ponta de Pedras e
Cachoeira do Arari, dezembro/2010.
Apresentações dos resultados e das leituras dramáticas e a peça de teatro
nos municípios e em Belém.
Nota: Haverá divulgação de todas as etapas da execução do projeto com a
utilização permanente de estratégias de marketing, publicidade, jornalismo
e relações públicas com base no planejamento de comunicação,
particularmente.
O projeto atual é a continuação das atividades desenvolvidas desde 2001, em Belém e nos
municípios na Ilha do Marajá. A partir da divulgação da obra literária de Dalçídio Jurandir (1909,
Ponta de Pedras/Marajó – 1979, Rio de Janeiro), busca-se desenvolver a formação humana que
permita ao jovem público (de 15 a 24 anos) vivenciar o prazer da leitura, a identificação cultural, o
fazer artístico com a prática do teatro, oficinas e atividades de caráter educativo. A leitura
encenada e a dramatização dos textos alcançam públicos maiores, levando em consideração a
importância e a predominância da oralidade e da situação precária do ensino cultural e de
literatura. Assim, este projeto contribuirá para a formação humana.
S-33
Jacob Binsztok
Projeto de apoio à agricultura e à segurança alimentar nas comunidades quilombolas do Alto
Trombetas
Universidade Federal Fluminense
Território Quilombola Mãe Domingas (01 16'S, 56 55'W). município de Oriximiná, PA.
Nossa metodologia de trabalho iniciou-se com um estudo qualitativo das comunidades,
identificando os principais agentes produtores, os coordenadores locais, e os principais gêneros
alimentares cultivados, entre outros aspectos das seguintes comunidades: Abuí, Paraná do Abui,
Tapagem, Sagrado Coração e Mãe Cué.
Essas cinco comunidades se organizam em uma associação chamada Mãe Domingas, com
a finalidade de obter o recebimento da titulação coletiva das terras. Essa capacidade de
articulação comprovada pode ser um facilitador para a realização do projeto proposto.
Em campo a metodologia aplicada para a apreensão da realidade e das problemáticas
relacionadas à produção alimentar foi prioritariamente participativa. Foram realizadas reuniões
com a comunidade para a discussão do tema, entrevistas livres e marcação por GPS de pontos
para referência nas residências e nos roçados. A distribuição espacial na comunidade, o tamanho
das roças, as variedades cultivadas, as questões da dieta e as inter-relações com outras práticas
econômicas foram as principais dimensões abordadas.
A partir do mapeamento efetuado na região chegou-se a questões relacionadas à prática
agroextrativa e à segurança alimentar. Foram identificadas suas carências e levantadas
possibilidades de atuação que complementem positivamente a
Candidato: Projeto:
prática agrícola, garantindo rentabilidade, segurança alimentar e um manejo sustentável do meio
ambiente.
Como estratégia de pesquisa e ação foi elaborado um projeto de extensão rural baseado
em SAFs (Sistemas Agroflorestais), como proposta de atividade econômica desenvolvida a partir da
conservação e uso sustentável da biodiversidade da floresta.
Por meio de parcerias com órgãos de assistência técnica e extensão rural, da esfera
municipal e estadual, pretendemos viabilizar a implantação de SAFs. Inicialmente em cinco
unidades de produção de agricultura familiar em cada uma das comunidades citadas acima, em
um total de 25 famílias. Os demais agricultores que desejarem entrar no projeto poderão ser
contemplados em 2011, quando findarão esses dois primeiros anos propostos por este projeto de
extensão rural, e/ou no momento em que seja acordada uma ampliação deste.
Ficarão por responsabilidade dos próprios agricultores as atividades relacionadas ao
plantio, ã produção de mudas após prévia qualificação e tratos culturais nas unidades de
produção. A aquisição de adubo, mudas, alimentação e combustíveis para deslocamento da equipe
técnica serão provenientes de recursos captados pelos proponentes do projeto.
Será realizada uma visita inicial, no mês de janeiro de 2010, para o plantio dos 25ha
destinados aos SAFs. A seguir, em uma segunda visita no início de fevereiro, serão realizados
cursos para capacitação dos comunitários em Produção de Mudas e Sistemas Agroflorestais. A
partir da implantação serão realizadas viagens trimestrais, até janeiro de 2012, para
manutenção/inspeção das ações propostas no projeto, realização de cursos e coleta de dados para
a construção dos indicadores de gestão.
Serão utilizados arranjos agroflorestais alternando culturas de ciclos curtos, médios e
longos, visando a diminuir a necessidade do atual modelo de produção agrícola local que utiliza o
sistema de rotação de terras, evitando, assim, o desmatamento, trazendo renda para a população
local e garantindo a segurança alimentar. A elaboração dos arranjos foi feita de forma
participativa com os agricultores envolvidos no projeto e levou em consideração a compatibilidade
das espécies e as perspectiva de mercado interno e externo das comunidades existentes na região,
assim como a geração de renda a curto, médio e longo prazos, em função das espécies
perenes que serão cultivadas em consórcio com as culturas de milho, arroz; feijão, mandioca.
Ainda serão implantadas duas Hortas Escolares nas comunidades de Abuí e Mãe Cué, onde
se localizam as duas escolas- polo, que atendem a respectivamente 170 e 250 alunos, das cinco
comunidades, para melhoria da merenda fornecida e, também, para permitir o aprendizado e
desenvolver o hábito do consumo e cultivo de hortaliças. Para a sua manutenção, será realizado
um curso para os professores de técnicas agrícolas e os diretores das escolas-polo.
Como forma de garantir a segurança alimentar, parte da produção dos SAFs será
direcionada para o cardápio da merenda local. A metodologia para a implantação dessa merenda
prevê um trabalho conjunto, nutricional e antropológico, na construção participativa de um
cardápio baseado em receitas tradicionais. Busca garantir, dessa maneira, uma alimentação mais
nutritiva e a valorização da cultura quilombola, ao mesmo tempo em que absorve a produção
agrícola local, gerando renda para a comunidade.
S-34
Candidato: Joana D'Arc Luz Tiago
Projeto: Escola flutuante de agroenergia (EFAE) Instituição: Associação Pró-Energias
Renováveis (Aproer)
Execução: Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, localizada no estado do
Amazonas. A RDS Mamirauá é considerada uma área alagada de
importância internacional e inscrita como um dos sítios brasileiros da
Convenção Ramsar, das Nações Unidas, que protege áreas alagáveis em
todo o mundo. Essa reserva é uma categoria de unidade de conservação,
cujo objetivo básico é conciliar a conservação da natureza à melhoria da
qualidade de vida de seus habitantes.
O projeto "Escola flutuante de agroenergia (EFAE)" é caracterizado por favorecer a
disseminação de informações relativas a preservação ambiental, energias renováveis e
desenvolvimento sustentável na reserva de Mamirauá, região amazônica.
A presente proposta é sustentada por uma base sólida de conhecimento e desenvolvimento
de tecnologias apropriadas ligadas ao uso de energias renováveis e à preservação ambiental.
Para cumprir com seus objetivos a Escola se utilizará da demonstração da utilização de
energias alternativas por meio de equipamentos técnicos educativos, palestras e oficinas.
Entre os equipamentos técnicos didáticos sobre a utilização da energia alternativa a serem
instalados no barco que usa a energia solar encontram-se: painéis fotovoltaicos; painel termossolar
(tradicional) para o aquecimento da água utilizada no barco; kit didático (maquete) sobre o uso do
painel termossolar; bomba hidráulica-fotovoltáica; fogão solar; estufa e o aquecedor solar de baixo
custo ("modelo ABSC"); já como fonte de energia eólica estarão instalados um aerogerador e um
catavento-multipás para bombeamento d'água; como fonte de energia hidráulica serão instaladas
uma róda d'água flutuante acoplada a um gerador, uma bomba de corda para bombeamento
d'água, um carneiro hidráulico com garrafa PET (bomba d'água), um pico-hidrogerador que
consiste na utilização de um latão de leite para geração de energia elétrica em pequena escala,
uma turbina hidrocinética Poraquê: equipamento que aproveita a energia das correntezas do rio
para a geração de eletricidade; como fonte energética biomassa será instalado um
minibiodigestor; entre outros equipamentos serão também instalados o Jerico Gerador, que
consiste no aproveitamento da energia por meio da tração animal no momento de realização do
arado da terra; fogão ecoeficiente; um reservatório d'água captada pela chuva; bicicleta
ergométrica acoplada a um gerador onde seu usuário poderá gerar a energia para acender uma
bancada de lâmpadas.
Como estratégias de execução destacam-se a participação e formação de parcerias com a
comunidade da reserva: os ribeirinhos da área focal e usuários, a Sociedade Civil de Mamirauá e os
administradores do Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá. Destacam-se aqui as
estratégias de conscientização da
população ribeirinha por meio de palestras; capacitação dos professores da região – naturais
multiplicadores dos objetivos do projeto; capacitação técnica para habitantes da reserva a partir
da realização de oficinas na escola flutuante. Ressalta-se que cada participante da oficina receberá
um kit contendo nove cartilhas que abordarão os seguintes temas: meio ambiente e
sustentabilidade, energias renováveis, microcentrais hidroelétricas, energia eólica, biomassa,
hidráulica, eletricidade, solar e dendroenergia.
A demonstração didática da utilização da energia alternativa por meio dos equipamentos
instalados no barco é o principal atrativo para o despertar do uso dessa energia. A visitação estará
aberta ao público, em especial aos participantes das oficinas e às redes de ensino, e serão
acompanhadas por monitores e serão previamente agendadas.
S-35
Candidato: João Bosco Lopes Botelho
Projeto: Estudo genético de tireóides normais, bócios e neoplasias malignas
diferenciadas em pacientes submetidos à tireoidectomia em Manaus
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas (UEA) Execução:
O projeto busca quantificar e qualificar a expressão dos genes mais diferencialmente
expressos em tecido de glândula tireóide normal, bócios e tumores malignos diferenciados de
pacientes submetidos a tireoidectomias, oriundos de Manaus, municípios do Amazonas e leste do
Pará.
Para tal, pretende-se:
1. Quantificar a expressão de um grupo de genes representativos em tecido de glândula
tireóide normal humana, bócios e tumores malignos diferenciados da tireóide (carcinoma
papilífero e carcinoma folicular) diferencialmente expressos por Real Time Polimerase Chain
Reaction (RT-PCR) em pacientes amazônidas;
16.
Identificar quais genes que se expressam mais em uma ou outra condição e
identificar as proteínas codificadas por eles;
17.
Analisar a expressão gênica dos genes representativos em nível de tradução por
imunoensaios: ELISA ou imunohistoquímica;
18.Comparar os dados de expressão desses genes entre si;
19.
Comparar os dados de expressão desses genes com os da literatura;
20. Selecionar
os genes candidatos a marcadores tumorals específicos para cada alteração
(bócio ou câncer);
21.
Planejar o desenvolvimento de ferramentas para diagnóstico das doenças benignas
ou malignas da tireóide a partir da validação dos resultados.
S-36
Candidato: José Júnior Rodrigues Pinheiro
Projeto: Cinema além da imagem
Instituição: Coletivo Amacine Futuros Cineastas
Execução: Todos os estados brasileiros
A realização do projeto "Cinema além da imagem" vai produzir duas Mostras, uma para
deficientes auditivos com 20 filmes de quatro minutos, contendo linguagem de libras e legendas
em português, e outra para deficientes visuais com dez curtas metragens amazonenses com
autodescrição, contando histórias do cotidiano e lendas amazônicas.
0 evento tem o objetivo de diminuir a distância entre os deficientes visuais e auditivos dos
entretenimentos culturais de audiovisual em todo o Brasil, promovendo a inclusão social, levando
filmes tratados tecnicamente para o seu entendimento.
S-37
Josinete Sousa Lamarão
Acordo intercomunitário de segurança na Reserva Tapajós-Arapiuns: um instrumento alternativo
de prevenção e resolução de conflitos socioambientais e uma estratégia de sustentabilidade
Escola Superior de Ciências Sociais – Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental
Interior da Reserva Extrativista Tapajós- Arapiuns. Essa unidade de conservação foi criada por meio
do Decreto S/N, de 6 de novembro de 1998. Possui uma área de 647.610 ha, e, à época de sua
criação, uma população de aproximadamente 16.000. Está localizada no território das cidades de
Santarém e Aveiro, no oeste do estado do Pará.
A proposta de trabalho que ora se apresenta tem como objeto de estudo um exemplo de
pluralismo jurídico. Trata-se de um conjunto de regras criado por 14 comunidades residentes na
Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns com a finalidade de prevenir e solucionar conflitos entre os
comunitários, bem como entre estes e uso dos recursos naturais existentes no território abarcado
pelo documento, denominado Acordo Intercomunitário de Segurança.
A presença mínima do estado e a crescente incidência de problemas relacionados à
segurança pública e à gestão ambiental nas comunidades são apontadas como as principais
motivadoras da iniciativa de desenvolvimento do acordo de segurança, que previu, além de regras
de regulação social e de uso dos recursos naturais, a constituição de um Conselho de Segurança na
região. Esse Conselho é responsável pelo cumprimento das determinações estabelecidas no
Candidato: Projeto:
Acordo de Segurança, solucionando e prevenindo conflitos nas comunidades. Dessa forma, todas as
comunidades envolvidas passaram a ter pelo menos dois conselheiros cuidando para que o acordo
seja obedecido. O processo de construção do Acordo de Segurança não se deu à margem do
reconhecimento do Estado (ou mesmo contra). As práticas jurídicas desenvolvidas pelas 14
comunidades da Resex, assentadas no Conselho de Segurança, apresentam-se como um
instrumento legítimo (na medida em que os comunitários fazem uso deste) de prevenção e
resolução extraoficial de conflitos socioambientais, pois criado por um direito também extraoficial,
no sentido de não ser fruto do direito do Estado.
O Conselho funciona, ainda, como uma importante estratégia de desenvolvimento
sustentável local, na medida em que atua inibindo, com simples presença permanente e ativa de
pelo menos dois representantes do Conselho em cada comunidade acordante, a apropriação
abusiva dos recursos naturais e a violação das regras de acesso aos recursos estipuladas no pacto.
Essas práticas jurídicas paralelas ao direito dominante do Estado, embora apresentem resultados
satisfatórios na prevenção e resolução de conflitos, não estão livres de problemas atinentes à sua
reprodução, assim como não está o direito oficial, mesmo detendo inúmeros métodos de coerção e
alto grau de institucionalização, fatores inversamente proporcionais dentro da juridicidade
extraestatal.
A proposta do presente projeto é de colaborar com o fortalecimento do Conselho de
Segurança, o que se pretende fazer com a preparação dos conselheiros por meio de minicursos,
bem como de palestras e oficinas junto à comunidade a fim de valorizar o Acordo. Ainda como
forma de contribuir para o alcance da sustentabilidade local, propõe-se a visita de especialistas
para orientarem os comunitários no desenvolvimento de melhores técnicas de produção
respeitando a sazonalidade existente na área.
S-38
Candidato: Jun Alex Yamamoto; Cristiano Andrey Souza do Vale
Projeto: Ecoturismo na Reserva Extrativista do Lago do Cuniã: ferramenta para
melhoria da qualidade de vida da comunidade local
Instituição: Prefeitura Municipal de Porto Velho (PMPV)
Coordenadoria Municipal de Turismo (CMTUR) Execução: Porto Velho, RO.
Com a construção do Complexo do Madeira – Consórcio Santo Antônio Energia e Energia
Sustentável do Brasil (ESBR), Porto Velho vive um momento único de desenvolvimento e progresso:
do setor primário ao terciário é possível observar um crescimento exponencial de produção,
distribuição e vendas. Entretanto, a história ensina que outros ciclos de desenvolvimento ocorreram
nessa região e, em muitas vezes, seus legados impactaram negativamente a comunidade local.
Assim como a comunidade de Dubai (EAU) entendeu que sua maior fonte de recursos, o petróleo, é
finita, e investiu no turismo como uma fonte renovável de recursos, faz-se necessário pensar em
uma nova fonte de recursos para a comunidade portovelhense, principalmente após o término das
obras do complexo. O turismo, planejado de forma participativa e dentro das premissas da
sustentabilidade, é, sem dúvida alguma, umas das soluções mais indicadas para esse cenário,
principalmente se for considerado o potencial natural da região.
Nesse sentido, destaca-se a Reserva Extrativista Lago do Cuniã, localizada no município de
Porto Velho e controlada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Com a conclusão do plano de manejo, prevista para o final de 2009, o turismo é uma das atividades
pensadas para o desenvolvimento da comunidade local. É indelével o potencial turístico da
localidade: um pedaço quase intocado da Amazônia – um lago cercado pela floresta, com uma das
maiores concentrações de fauna da região Norte, milhares de pássaros, botos cor-de-rosa, jacarés
e peixes. Por meio do desenvolvimento do de um projeto de ecoturismo na Reserva Extrativista do
Lago do Cuniã, a comunidade local encontrará uma nova forma de obtenção de recursos, a partir
da geração de empregos diretos e indiretos e consequente aumento da sua qualidade de vida. O
projeto é pautado em seis importantes fases, todas com participação integral da comunidade local:
I)
sensibilização e empoderamento da comunidade sobre o turismo, seus impactos negativos e
positivos; II) diagnóstico do potencial turístico da região, ou seja, levantamento dos seus atrativos;
III) estruturação da oferta, por meio da construção de meios de hospedagem, que podem ser
pousadas ou no estilo bed and breakfast (cama e café da manhã); IV) capacitação da comunidade
local para operacionalização do turismo; V) pesquisa e análise da demanda, conhecendo seus
clientes potenciais; e por findar, IV) a distribuição do produto no mercado-alvo.
O potencial turístico da Resex; sua localização privilegiada, a preocupação pela
sustentabilidade, o respeito e a preservação da cultura local e o aumento da qualidade de vida de
toda comunidade fazem deste projeto uma importante ferramenta para enfrentar um futuro
incerto e fortalecer a busca de uma vocação sustentável da comunidade local.
S-39
Candidato: Lucélida de Fátima Maia da Costa
Projeto: Utilização de restos de madeira para a construção de material didático para o
ensino de Matemática
Execução: Centro de Estudos Superiores de Parintins, UEA
No município de Parintins existem movelarias e marcenarias que utilizam a madeira para
a construção de móveis, portas, janelas etc. Nessa atividade sempre sobram o pó de cerra e muitos
pequenos pedaços de madeira que geralmente acabam se transformando em lenha ou em um
amontoado de entulhos.
Em contrapartida existe também em Parintins o curso de Licenciatura em Matemática
oferecido pela Universidade do Estado do Amazonas. Nesse curso, uma disciplina que prepara o
futuro professor para sua atuação profissional é a Didática da Matemática,
na qual um dos temas estudados é o material didático para o ensino de Matemática. Então,
conciliando a matéria-prima com o material humano disponível nesse contexto, propomos
reaproveitar as sobras de madeira para a construção de material didático para o ensino de
Matemática.
A proposta é simples e visa a contribuir para a melhoria desse ensino ao doar para as
escolas dessa cidade o material didático produzido, minimizando, assim, a carência de materiais
concretos para o seu ensino no nível fundamental e médio. O baixo custo da matéria-prima e o
processo cognitivo que envolve a elaboração e a produção dos materiais didáticos são os principais
diferenciais que poderão trazer uma contribuição significativa aos acadêmicos do curso de
Matemática desse município, pois para elaborar um material didático a ser confeccionado, o
acadêmico terá que conhecer o conteúdo matemático ao qual se destinará, assim como sua
aplicabilidade, segurança e eficácia.
Este projeto ganha relevância ao apresentar uma alternativa de construção de material
didático barata, de boa qualidade e ao despertar o interesse por uma atividade que poderá
futuramente até gerar renda para a cidade. Como consequência, a expectativa é a de contribuir,
também, com a melhoria de vida dos moveleiros e marceneiros dessa cidade.
S-40
Lucélida de Fátima Maia da Costa
Trançando possibilidades
Centro de Estudos Superiores de Parintins, UEA e Centro de Estudos Superiores de Tabatinga, UEA.
A região amazônica, que sempre ganhou destaque mundial por sua exuberância de fauna
e flora, apresenta, também, uma
Candidato: Projeto: Instituição: Execução:
grande miscigenação de povos e culturas. Nesse contexto apresentam-se as diversas etnias
indígenas que vivem nessa região. Esses povos possuem algumas características próprias e
particulares, como a língua, e também possuem características culturais comuns, como a produção
de trançados que são confeccionados pelos ticuna, bora, uitoto, matis, baniwa, sateré-mawé,
dentre outros.
Esses trançados, além de servirem como utensílios domésticos e de caça e pesca,
atualmente têm se transformado em uma atividade lucrativa pela venda de cestos, tapetes,
colares, bolsas e pulseiras que são confeccionados e vendidos nas cidades próximas às aldeias. No
entanto, essa produção exitosa não está sendo aproveitada no contexto educacional formal', isto é,
na região amazônica, em particular no estado do Amazonas, em muitas aldeias há a presença
institucional da escola, porém, o que se percebe, de modo geral, é que essa escola ainda não
atende as especificidades inerentes a esses povos, como preconiza o § 2° do artigo 210 da
Constituição Federal de 1988 e as regulamentações advindas desta, como a Portaria
Interministerial Ng 559, do MJ e do MEC de 16 de abril de 1991.
Decorrente de experiência adquirida em três anos de trabalhos de pesquisas desenvolvidos
em comunidades indígenas, acredita-se que a escola pode aprimorar as técnicas apresentadas nos
trançados para gerar empregos, valorizar a própria cultura e, principalmente, possibilitar um
ensino com sentido, significado utilidade aos povos indígenas.
Assim, este projeto ganha relevância ao contribuir para a formação do professor indígena
com uma abordagem cultural que o prepare para uma prática docente com referenciais culturais
próprios e ricos em possibilidades de ensino interdisciplinar, pois os trançados indígenas têm essa
característica. Esta proposta, ao identificar os trançados como objetos que dão suporte ao ensino,
vem também como alternativa às lacunas referentes a materiais didáticos destinados ao ensino de
matemática em contextos diferenciados como o indígena.
Levando em consideração que o objetivo da escolarização indígena é o desenvolvimento
pleno do estudante como ser social capaz de estabelecer relações interna e externamente à sua
aldeia, apresentam-se os trançados como elementos capazes de manter o elo entre a tradição e a
modernidade por se mostrarem ferramentas capazes de contextualizar o ensino, em particular o
ensino matemático escolar, e desenvolver no estudante habilidades
acadêmicas, assim como a sensibilidade e a sociabilidade por permitir ao estudante possibilidade
de participação produtiva na sua comunidade e na escola por meio de processos lógico-cognitivointerativos.
S-41
Candidato: Luis Marcelo Aranha Camargo Projeto: Projeto pequenos doutores
Instituição: Faculdade São Lucas, Instituto de Ciências Biomédicas 5 da Universidade de
São Paulo
Execução: Monte Negro, RO.
O projeto "Pequenos doutores" (PD) surge em função da total carência que as
comunidades rurais da Amazônia têm no acesso às informações básicas de saúde, aliada à
iniciativa dos alunos de graduação de Medicina, em pleno acordo com o perfil do egresso desejado
pela faculdade: um profissional que conheça seu meio, com senso humanitário e crítico, capaz de
identificar problemas e priorizar ações preventivas e curativas precoces visando ao bem-estar da
comunidade. A partir de temas relacionados à saúde local, blocos de aulas são ministrados
presencialmente ou a distância (videoconferência). Os discentes, devidamente supervisionados por
uma equipe de docentes universitários, elaborarão as aulas juntamente com um questionário que
servirá como parâmetro de avaliação. O questionário será aplicado antes e depois das palestras;
além disso, os "pequenos doutores" participarão de atividades práticas, como mensuração de
pressão arterial, frequência cardíaca, manobras de primeiro-socorro, etc. Todos os PDs receberão
uma bolsa mensal de R$100, além de uniforme e equipamentos básicos como contrapartida da
Universidade de São Paulo.
S-42
Candidato: Kátia Gil Cardoso; Miguel Edilson Bacha de Almeida
Projeto: Projeto Consolar
Instituição: Associação Espírita Casa do Caminho
Execução: Associação Espírita Casa do Caminho – Belém, PA
O projeto existe há um ano e consiste em doações, sem ajuda empresarial ou
governamental, uma vez que os trabalhadores do projeto são todos voluntários: cerca de 50
pessoas dando assistência médica, dentária, psicológica e psiquiátrica, jurídica e social, além de
cestas básicas, vestuário, etc., para as famílias carentes que residem em torno da Associação, no
Bairro Condor. O projeto ainda contempla capacitação, treinamento e a inserção no mercado de
trabalho dos titulares dessas famílias, por meio de parceiros.
S-43
Candidato: Leila Dias Antonio
Projeto: Residência telinha ambiental
Instituição: Casa da Árvore – Projetos Sociais
Execução: Laboratório Artístico-tecnológico Experimental do Telinha, situado em Palmas,
Tocantins (Distrito Ecoturístico de Taquaruçu).
Há alguns anos a web vem mudando o modo de vida das pessoas. Essa transformação já é
uma realidade e por isso, naturalmente, os diversos setores sociais se ocupam do desafio de
adequar seus processos produtivos à Era da Informação Digital.
Na educação e no desenvolvimento social não é diferente. Por meio de esforços múltiplos,
governos, empresas e sociedade civil perceberam essa necessidade e desenvolveram políticas
públicas
inclusão digital, principalmente para jovens e adolescentes de classes socioeconómicas mais
baixas.
Dessas políticas originaram vários programas, projetos e até ações isoladas e informais
que garantiram às comunidades carentes o acesso a novas tecnologias de informação e
comunicação. Assim muitas escolas públicas constituíram seus laboratórios de informática que,
aliados aos primeiros espaços públicos de livre acesso a Internet, deram início a esse processo de
transformação social pelo desenvolvimento tecnológico.
Já apresentadas à "rede", as comunidades escolares enfrentaram então novos desafios,
como o de incorporar a Internet e outros recursos tecnológicos no processo de
ensino/aprendizagem e não deixar que esse universo se encerre no uso aleatório das redes de
sociais, como Orkut, Twitter, entre outros.
Por meio do projeto Telinha, a Casa da Árvore Projetos Sociais há três anos ocupa-se do
desenvolvimento estratégias de ação populares, que promovam a familiarização desse universo
tecnológico por parte de jovens estudantes e educadores da rede pública. No nosso trabalho, além
dos computadores e da Internet, apropriamo-nos de outra ferramenta tecnológica, o telefone
celular, que recentemente surgiu no ambiente escolar como um vilão e que, pelas nossas
iniciativas, passaram a contribuir com a modernização do processo educativo e de desenvolvimento
social.
A presente proposta consiste no desdobramento do projeto Telinha em mais uma ação
inovadora, assim como outras já em execução nos estados de Tocantins e Rondônia (Telinha de
Cinema, Telinha na Escola, Núcleo de Empreendedorismo e Expressão e as Oficinas). Propomos aqui
a realização de uma residência artística em Palmas, Tocantins, no distrito ecoturístico de
Taquaruçu, onde a equipe artística, técnica e pedagógica do projeto Telinha receberá 16 jovens
com idade entre 18 a 24 anos que façam parte de projetos
sociais ligados ao aprendizado audiovisual, de oito estados que compõem a Amazônia Legal.
Durante 15 dias, no período de férias escolares de janeiro de 2010, esses jovens
realizadores irão intercambiar experiências socioculturais enquanto experimentam novas técnicas,
novas linguagens estéticas e novas plataformas tecnológicas de produção e distribuição de vídeos
a partir das tecnologias de informação, comunicação e mobilidade, sobretudo do uso do telefone
celular, das redes de relacionamento e de ambientes virtuais colaborativos para produção e
difusão de conteúdo cultural, social e educativo.
Por termos o fator geopolítico como elemento integrador entre esses jovens, buscamos em
outra área do conhecimento, o meio ambiente, o fio condutor do processo de desenvolvimento
artístico e tecnológico dos residentes. Para isso teremos na equipe um profissional ligado à
Educação Ambiental, que conduzirá os temas discutidos durante as trocas de experiências entre os
jovens. Dessas discussões eclodirão os temas e a matéria-prima para a criação e produção de uma
série vídeos de bolso e de um ambiente virtual colaborativo.
Assim, ao voltarem a seu local de origem, os residentes levarão consigo o conhecimento
técnico e a experiência artística adquirida que lhe permitirão multiplicar essas informações na sua
comunidade, tornando-se protagonista da transformação da sua realidade social por meio da arte
e da tecnologia.
O site resultante da residência terá como foco principal a discussão de temas ligados ao
meio ambiente por meio de vídeos e outras formas de manifestação artístico-cultural multimídia.
Para estimular essa produção os jovens receberão ao final da residência os celulares usados nas
atividades para sirvam de meios de produção e difusão digital. A partir da sua publicação, o site
servirá de instrumento pedagógico para alunos e professores enriquecerem suas pesquisas e
atividades letivas sobre tecnologia, arte e meio ambiente.
S-44
Candidato: Luiz Roberto Couto da Silva
Projeto: Plantas fitoterápicas da Amazônia
Instituição: Universidade Federal Fluminense
Execução: Campus Avançado da Unidade José Veríssimo – Oriximiná, PA – Universidade
Federal Fluminense (UFF).
A finalidade deste projeto é conscientizar a comunidade e acadêmicos, no sentido de
chegarmos a um denominador comum a respeito de uma prática comum em todas as partes do
mundo. Para isso, pretendemos pesquisar os princípios ativos de várias plantas medicinais para
levá-las, juntamente com as já conhecidas, ao seu uso terapêutico, o que dependerá dos caminhos
trilhados em todo sentido no projeto/curso que estamos apresentando, com um apoio logístico,
material humano e financeiro.
Busca-se, portanto, interagir no espaço amazônico que precisa ser protegido e conservado,
no intuito de conscientizar e definir novos espaços onde comunidade, professores e alunos possam
trabalhar em conjunto para revalorizar as plantas medicinais nos seus cotidianos pedagógicos e de
vida.
S-45
Projeto: Dimensão da segurança no abastecimento agroalimentar no estado do Amapá
Instituição: Universidade Federai do Amapá (Unifap)
Execução: Municípios do estado do Amapá
Entre as atuais preocupações da humanidade encontra-se a falta de capacidade das
nações em proporcionar a segurança no abastecimento e armazenamento alimentar de modo
constante, de acesso diário e em quantidade suficiente para ofertar as suas populações.
Como Indicador de Segurança Alimentar, será adaptado o Sistema de Avaliação de
Impacto Social de Inovações Tecnológicas Agropecuárias (Ambitec-Social) que consiste num
conjunto de planilhas eletrônicas integrando indicadores da contribuição de setores de base
agrária para o bem-estar social, no âmbito de um estabelecimento rural, considerando
principalmente o aspecto da segurança agroalimentar. Os indicadores serão construídos em
matrizes de ponderação nas quais dados obtidos em campo, de acordo com o conhecimento do
produtor/administrador do estabelecimento, são automaticamente transformados em índices de
impacto expressos graficamente. Esse índice pode mostrar a necessidade ou não de importantes
melhorias com a adoção da tecnologia, trazendo maior segurança na oferta, aumento da
produtividade e melhoria na qualidade da produção de base agrária e os efeitos que alcançam os
consumidores.
S-46
Candidato: Marcella Pereira da Cunha Campos; Simone Cardoso Soares; Virgilio Bandeira
do Nascimento Filho; Maria dei Pilar de Garcia; Sebastião Rocha de Souza;
Rose Meri Bukowitz Jankauskas; Roseane do Nascimento Hilário
Projeto: Aprendizagem por meio de jogos lúdicos para o ensino de Ciências e Biologia
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas, Centro de Estudos Superiores de Tabatinga
Execução: Tabatinga, Amazonas.
Considerando o fato de a maioria das escolas públicas de Tabatinga abordar assuntos
puramente teóricos, tendo como consequência a não ocorrência de aprendizado, vez que os
assuntos serem facialmente esquecidos, propõe-se este projeto com a finalidade de utilizar
recursos pedagógicos alternativos a fim despertar o interesse do aluno para aulas e propiciar a
aquisição de novos conhecimentos, por meio de jogos lúdicos voltados para a área.
Esses recursos serão utilizados como facilitadores da aprendizagem e do processo de
comunicação, sendo importantes no sentido de possibilitarem uma maior motivação e
compreensão dos conteúdos estudados.
No entanto, para que tais informações sejam convertidas em saberes, os professores
devem empenhar-se na escolha dos conteúdos a serem estudados visando à identificação daquilo
que representa essencial e do que representa o secundário a ser aprendido.
A escola é o local da sociedade no qual a informação adquirida das mais diferentes
formas, meios e locais poderá ser convertida em saberes. Seu espaço deve ser destinado a atender
às demandas socioculturais-educacionais do aluno. Portanto, é necessária uma organização lógica
das atividades a serem desenvolvidas, de modo a contextualizar o ensino com a sociedade em que
o aluno se insere. Isso explica a dimensão técnica do processo didático (BARBALHO, 2006).
Então, para os alunos do ensino fundamental e médio esse novo modelo de ensino na
disciplina de Ciências e Biologia é fundamental para auxiliar na aquisição de um novo
conhecimento, por meio de demonstração ou pela experimentação dos fatos, pois a área envolve
todas as relações tanto entre os organismos, como também o ambiente e seus componentes físicos
e químicos exigindo maior capacidade de raciocínio por se tratar de conteúdos muito complexos.
Desse modo, a utilização de recursos que possam demonstrar de forma real como
acontecem, por exemplo, determinadas relações entre organismos ou até reações químicas, é
muito importante para melhor compreensão dos alunos, de maneira que se permita fazer uma
conexão entre a experiência vivida e o conteúdo teórico do tema da disciplina.
Para sua realização usaremos métodos de pesquisa exploratória, cujos dados serão
obtidos a partir de entrevista semiestruturada que será realizada com alunos do ensino
fundamental e médio das escolas do município de Tabatianga, e professores que ministram aulas
de Ciências e Biologia, com o auxílio de questionário cuja finalidade será obter informações sobre
quais são as maiores dificuldades enfrentadas por professores e alunos em relação aos conteúdos
didáticos e programáticos das escolas.
Também serão programadas atividades com esses alunos, utilizando como recursos
didáticos jogos lúdicos diferenciados nas aulas de Ciências e Biologia, os quais despertem o
interesse sobre os conteúdos dados.
S-47
Candidato: Marcelo Cordeiro dos Santos
Projeto: Estudo caso-controle da associação entre consumo de peixe e rabdomiólise
(Doença de Haff) no estado do Amazonas
Instituição: Fundação de Vigilância em Saúde, Universidade do Estado do Amazonas
Execução: Estado do Amazonas.
Rabdomiólise é definida como uma síndrome clínico- laboratorial que decorre da Use das
células musculares esqueléticas, com a libertação de substâncias intracelulares para a circulação.
Ocorre principalmente após traumatismo, atividade física excessiva,
crises convulsivas, infecções, consumo de álcool e drogas. Dor e rigidez muscular são os sintomas
mais frequentes, sendo a insuficiência renal aguda a principal complicação. O diagnóstico
laboratorial de rabdomiólise é estabelecido quando os níveis séricos de creatinafosfoquinase (CK)
encontram-se acima de cinco vezes ou mais dos valores normais. A associação entre consumo de
peixe e rabdomiólise foi descrita pela primeira vez na Costa do Mar Báltico, em 1924, durante uma
epidemia de mialgia e rigidez muscular na região. Desde então, a associação entre consumo de
peixe e rabdomiólise ficou conhecida como Doença de Haff. De 1934 a 1984, outras epidemias de
Doença de Haff foram descritas na Suécia e na União Soviética. Em 1984 o primeiro caso da doença
foi reportado nos Estados Unidos e até 2008, apenas outros 21 casos foram descritos.
A Doença de Haff é definida pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta
(CDC) como ocorrência de rabdomiólise, sem causa aparente, em pessoa que consumiu peixe nas
últimas 24 horas antes do início dos sintomas. A doença, até 2008, não havia sido descrita na
América do Sul. Em junho de 2008, o Núcleo de Respostas Rápidas da Fundação de Vigilância em
Saúde do Amazonas recebeu notificação de dois casos de rabdomiólise em uma mesma família
(mãe e filha), não sendo observados fatores de risco classicamente descritos para a doença. Em
comum, as duas pacientes haviam consumido peixe (pacu) poucas horas antes do início dos
sintomas. Outras duas pessoas residentes no mesmo domicílio não haviam ingerido peixe e não
apresentavam sintomas. A partir da identificação de dois casos de Doença de Haff, foi conduzida
investigação epidemiológica em toda região para identificação de novos casos. De junho a
setembro de 2008, outros 25 casos de Doença de Haff foram identificados em Manaus e municípios
vizinhos. Dos 27 casos do total, nove ocorreram em quatro famílias distintas. Em comum, todos
haviam consumido pacu (Mylossoma spp), tambaqui (Colossoma macropomum) ou pirapitinga
(Piaractus brachypomus), frito, cozido ou assado, em até 24 horas antes do início dos sintomas. A
faixa etária dos pacientes variou de 13 a 80 anos, 100% relatou mialgia intensa e todos foram
internados (seis dias em média), não sendo observados óbitos. Considerando que, até o momento,
não há explicação fisiopatológica para a Doença de Haff e a importância social e econômica do
consumo de peixe na região amazônica, conclui-se que é imperiosa a realização de estudos que
subsidiem ações de prevenção e, ao mesmo tempo, evitem perdas econômicas desnecessárias.
Com o objetivo de estudar a associação
entre consumo de peixe e ocorrência de rabdomiólise no estado do Amazonas, será conduzido um
estudo epidemiológico do tipo caso- controle.
S-48
Candidato: Marco Jose Neves de Araujo
Projeto: Medidas biométricas nas sete etnias indígenas do Alto Solimões na prevenção
de doenças e catalogação de dados
Instituição: Libef-UEA-Tabatinga Execução: Nas sete tribos indígenas do Alto
Solimões.
0 projeto tem por objetivo coletar, medir e catalogar biometricamente os habitantes nas
sete comunidades indígenas do Alto Solimões, como prevenção de futuras doenças e promoção da
saúde na comunidade indígena, assim como catalogar os dados coletados para comparação com
outras etnias. O projeto-piloto, de caráter de conhecimento de saúde humana, reúne a ação de
Extensão Universitária vinculada ao ensino do curso de Educação Física da Universidade Estadual
do Amazonas. O fundamento básico do projeto é despertar o conhecimento em Educação Física e
promoção da saúde para o trabalho com pessoas indígenas, na zona rural do estado do Amazonas,
e integrar o aluno acadêmico ao conhecimento do biótipo indígena, aos trabalhos de comparação
com a tabela biométrica da sociedade civilizada.
S-49
Candidato: Marco Jose Neves de Araujo
Projeto: Escola de basquetebol no município de Tabatinga
Instituição: Libef-UEA-Tabatinga
Execução: Quadra de Escola Estadual em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas.
A prática do basquetebol de forma coletiva proporciona aos seus praticantes momentos de
lazer, descontração e união, oferecendo um universo lúdico e psicomotor, incentivando a prática
em seus movimentos articulares, visando à formação moral e social, proporcionando autoestima.
O trabalho que se desenvolverá com alunos, em comunidade rural do município de
Tabatinga no Amazonas, aplicável, também, á sociedade em geral, visa ao melhoramento das
habilidades físicas e ao conhecimento do desporto do basquetebol que é tão pouco praticado.
Entre os seus principais objetivos, vale destacar o estímulo a bons costumes e valores
morais para um bom relacionamento em grupo e individual em sociedade, bem como a
compreensão e vivência do esporte como uma atividade voltada para a saúde e bem- estar interior
e exterior, ou seja, uma oportunidade e possibilidade para todos praticarem desporto no município,
sem segregar; discriminar e estigmatizar, valorizando a vida da inclusão social e melhorando
satisfatoriamente o atendimento nas várias camadas do setor social da sociedade tabatinguense.
S-50
Márcio Rocha Abensur
Capacitação para agentes do Serviço de Proteção Indígena: a Educação no combate à violência
biopsicossocial
Comunidades indígenas do Alto Solimões: Umariaçu, Feijoal, Belém do Solimões, Filadélfia, Nova
Itália, Vendaval, Campo Alegre, Betânia, São José e demais comunidades que ainda estão em
processo de implantação do Serviço de Proteção Indígena.
O presente projeto vem atender às expectativas das comunidades indígenas da região do
Alto Solimões, que, por falta da presença física das instituições de segurança pública e do aumento
exorbitante da violência, estão implantando o Serviço de Proteção Indígena (SPI). É importante
ressaltar que, atualmente, são nove as comunidades indígenas que já adotam o SPI, somando um
total de 1555 policiais, número que poderá aumentar com a adesão de novas comunidades,
segundo os responsáveis em cada aldeia.
Procurado pelo "delegado" do SPI em Belém do Solimões, comunidade indígena do
município de Tabatinga, o proponente do projeto tomou ciência da realidade particular em termos
de segurança pública daquela e das demais comunidades indígenas, sendo informado de que a
violência chega a atingir até mesmos os voluntários do referido serviço de proteção, que muitas
vezes correm, inclusive, risco de morte, uma vez que os marginais andam em grupos e utilizam
como arma qualquer objeto que possa ser manuseado com facilidade. Assim nasceu a ideia de se
propor um curso de capacitação, por meio do qual o Serviço de Proteção Indígena possa estar
preparado e, principalmente, para ocasiões de risco da própria segurança.
Candidato: Projeto:
Considerando que a violência é urna consquência direta do comprometimento de vários
fatores biológicos, psíquicos e sociais, o projeto em si oferecerá aos "policiais", inicialmente, uma
capacitação em relações humanas e em direitos humanos, além de orientações sobre cuidados com
a saúde, bem-estar e prevenção do adoecimento, cuidados com o meio ambiente, consumo de
drogas, bebidas alcoólicas e suas consequências, e, finalmente, não menos importante, técnicas
especiais de Kung Fu voltadas para a defesa pessoal, preparando a comunidade para reagir
prontamente em situações de risco à integridade física própria ou de terceiros, controlando os
agressores, além do manuseio de "armas" simples, como o bastão Tonfa. Outro ponto importante
do projeto é a inclusão dos professores que atuam nessas comunidades como agentes
capacitadores no processo. Estes, juntamente com o público-alvo, receberão a capacitação prevista
no projeto e estarão encarregados de difundir tais conhecimentos nas escolas onde atuam e,
periodicamente, realizar palestras para o SPI e comunidade.
S-51
Candidato: Maria Anésia Nunes
Projeto: Liberdade empreendedora: Preparando a reintegração sociai e produtiva do
apenado
Instituição: Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo
Execução: O projeto será desenvolvido pela Secretaria de Estado do Trabalho e
Empreendedorismo, sendo executado no Instituto de Administração
Penitenciária do Amapá (lapen), localizado no município de Macapá.
O presente projeto visa a observar os reflexos sociais da composição da população
carcerária. A incidência de crimes está diretamente ligada a questões estruturais como a
precariedade do sistema educacional, das políticas de assistência social e, primordialmente, da
capacidade de Estado em fomentar a geração de postos de trabalho ou de ocupações produtivas
que garantam a renda familiar.
O perfil desse interno é outro elemento complicador que, se não for sanado,
comprometerá sua absorção pelo mercado formal, o que nos remete à necessidade de desenvolver
e implantar elementos de promoção do autoemprego (empreendedorismo) e economia solidária
como forma de assistir sua transição para níveis de profissionalização e escolaridade mais
competitivos, com consequente elevação de seus níveis de empregabilidade.
Partindo desse pressuposto, elaboramos esta proposta, que será agora discorrida, dirigida
à dinamização do mercado informal, com foco na iniciativa empreendedora, com intuito de gerar
renda para aumentar a oferta de vagas e consequente alocação de mão de obra dos trabalhadores
autônomos no Estado.
Ressalta-se que o objetivo não é privilegiar a informalidade do trabalho, mas gerar
instrumentos de inserção produtiva e social do trabalhador que atendam a curto e médio prazo às
necessidades de manutenção do detento e dè sua família, embora o foco do projeto seja o apénado
que estiver a um ano de receber a liberdade.
S-52
Maria Anunciação de Souza Vasques Programa poupando com gás Petróleo Brasileiro S.A.
0 gasoduto Urucu-Coari-Manaus, está em fase de conclusão, sendo construído numa extensão de
662 km, que levará até Manaus o gás natural
a partir da bacia do Rio Solimões, para mudar sua matriz energética. A obra,
em conclusão, foi iniciada em julho de 2006 e foi distribuída em três trecho,
designado por letras: A, da província Petrolífera de Urucu até Coari; BI, de
Coari a Anamã; e B2, de Anamã a Manaus. Em seu entorno, existem sete
municípios: Coari, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru e
Iranduba, compreendendo 64 comunidades carentes de infraestrutura
social, ambiental e econômica. O Programa Poupando com Gás foi
implementado nesses municípios.
Foi implementado nos municípios do entorno da construção da obra do gasoduto UrucuCoari-Manaus, pela Petrobras/Engenharia/leteg-lenor, em virtude da desmobilização constante de
trabalhadores, por consequência do acabamento das fases da referida obra e sua futura conclusão.
O Projeto Poupando com Gás tem o objetivo de orientar a força de trabalho, suas famílias e
comunidades ao empreendimento de pequenos negócios e cooperativas solidárias dentro das
potencialidades do local. Este projeto se desenvolve por meio das oficinas: Empreendedorismo,
Turismo, Utilização, Reutilização e Reciclagem de Produtos, Hortifruticultura e Fruticultura,
Agroecologia, Agronegócio (cooperativismo solidário) e Reflorestamento. Sua execução se deu em
duas fases, a primeira chamada "piloto", de 12/12/2007 a 27/03/2008, nos trechos A e BI, no
município de Coari e trecho B2, em Caapiranga. A segunda fase aconteceu de 30/06 a 27/09/08, no
trecho BI, nos municípios de Codajás e Anori e trecho B2, em Iranduba, Manacapuru e Anamã. As
oficinas foram realizadas nas escolas municipais e estaduais e ministradas pelo Instituto Social e
Ambiental da Amazônia (ISAM), que dispôs de uma equipe de coordenadores, professores,
especialistas e mestres no horário das 19h até as 22h para a execução do projeto.
S-53
Candidato: Maria da Graça Alves de Lima
Projeto: Casa do Caldo
Instituição: Femicro, PA Execução: Mosqueiro, Pará.
A implantação do Restaurante é voltada para a operacionalidade alimentícia, cujo fim
principal será fornecimento de refeições de excelente qualidade a preço baixo, visando a atender a
clientela de baixo e médio poder aquisitivo. A visão estratégica será implantada por meio de
distribuição de panfletos, anúncios no rádio e cartazes. A política de marketing é atrair clientela,
possibilitando o aumento de receita operacional, produzindo refeições de excelente qualidade e
preço justo, adotando política de marketing e valorização da imagem do produto a ser vendido.
S-54
Candidato: Maria das Graças Vale Barbosa
Projeto: Estudo ecoepidemiológico da infecção chagásica: soroprevalência, vetores,
reservatórios e caracterização de cepas de Trypanosoma cruzi em áreas
periurbana e rural de Manaus
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas Execução: Manaus, AM.
Na Amazônia, as migrações populacionais humanas e o desmatamento desordenado
podem ser fatores para a instalação da Doença de Chagas (DC) como endemia, constituindo um
problema a demandar atitudes específicas e eminentemente preventivas das populações e do
ambiente. No Amazonas registram-se casos de DC desde 1980. Não raros são relatados casos
suspeitos e/ou confirmados da DC, nas fases aguda e crônica, bem como microepidemias da fase
aguda com suspeita de transmissão oral por alimentos contaminados pelo Trypanosoma cruzi. A
possibilidade de adaptação de espécies de vetores nas habitações humanas em áreas desmaiadas
tem sido enfatizada, considerando os achados de T. cruzi em populações humanas, onde a baixa
frequência de casos autóctones de DC contrasta com os índices de infecção, encontrados em
reservatórios e vetores. Na Amazônia brasileira, o T. cruzi encontra-se presente em mamíferos e
vetores silvestres, com incidência entre os marsupiais, representados pelos gêneros Didelphis e
triatomíneos pelo gênero Rhodnius.
Em 2004 ocorreu um surto na forma aguda no município de Tefé e, em 2007, em Coari,
ambos com suspeita de transmissão oral. Nesse sentido, informações sobre os ecotópos silvestres
preferenciais de vetores e reservatórios bem como a caracterização de aspectos bioecológicos
dessa patologia são de grande importância na contextualização da doença. Este trabalho tem
como objetivo realizar um estudo sobre a ecodinâmica da transmissão da infecção chagásica em
Manaus, Coari e Tefé, no Amazonas. Serão coletadas amostras de sangue para o inquérito
sorológico realizado por meio do Ensaio Imunoenzimático (ELISA e Reação de Imunofluorescência
(RIFI) e confirmadas pelo Teste de Western blot (WB). Serão coletados, em áreas de um hectare,
insetos vetores utilizando armadilhas Noireau alocadas em palmeiras e animais silvestres a partir
de armadilhas Tomahawk e Sherman. Para investigação da taxa de infecção natural por T. cruzi
serão realizadas técnicas de exame afresco, hemocultura e biologia molecular.
S-55
Candidato: Maria de Nazaré Corrêa da Silva
Projeto: Programa de letramento "Reescrevendo o futuro"
Execução: Áreas urbana e rural de 49 municípios do estado do Amazonas.
O analfabetismo no Brasil é uma questão histórica, fruto das desigualdades sociais, em
que a população mais pobre, residente nas periferias dos centros urbanos, nas comunidades
indígenas e ribeirinhas, é excluída do direito de acesso e permanência na escola. No Amazonas essa
situação foi se agravando em razão de possuir necessidades e características singulares, que vão
desde o isolamento geográfico até a diversidade étnico-cultural de nossos povos, principalmente no
interior do estado e, em especial, na Zona Rural, conforme expressam os dados do Censo
IBGE/2000, em que o Amazonas apresentava uma população absoluta de 266.505 analfabetos,
correspondente a 15%'do total de 1.719.392 jovens e adultos com 15 anos ou mais. Diante dessa
realidade, o governo do estado, por meio da Universidade do Estado do Amazonas, criou o
Programa de letramento "Reescrevendo o futuro", a fim de desenvolver ações sistemáticas na área
de alfabetização de jovens e adultos, integrando a política de combate ao iletrismo com
abordagens ambientais, no campo das preocupações do meio ambiente e do desenvolvimento
humano e sustentável. Oferece formação inicial de alfabetizadores e desenvolvimento do processo
de cadastramento e inclusão em novas turmas, com base nos pressupostos teóricos de Paulo Freire,
Emilia Ferreiro e Heloisa Vilas Boas. O curso será desenvolvido no período de seis meses, com 240h,
aos sábados, de 8h as 18h, sob a orientação de dois alfabetizadores por turma, em escolas da rede
estadual e/ou municipal.
Portanto, o Programa tem como meta incluir socialmente em 2009 e 2010
aproximadamente 80 mil pessoas, para que o estado
atinja 97% da população adulta alfabetizada, o que tornará o Amazonas estado livre do
analfabetismo.
S-56
Candidato: Maria do Perpétuo Socorro Galvão Simões
Projeto: Programa de estudos Geo-bioculturais da Amazónia/Campus flutuante
Instituição: Não informada
Execução: Municípios do Arquipélago do Marajó, PA.
O
Programa
de
estudos
Geo-bioculturais
da
Amazónia/Campus
Flutuante
é
multidisciplinar, com propostas de atividades de extensão, ensino e pesquisa. Avaliadas as
necessidades mais prementes da região pelo grupo de professores e pesquisadores, definiu-se pelo
Marajó, como a primeira região a ser atingida. O Campus Flutuante constitui a sequência formal
das propostas de trabalho, que há mais de 11 anos vêm sendo programadas e executadas em
eventos rodofluviais, e redimensionadas, com a função de propiciar à Amazônia paraense o melhor
e mais acordado com as suas demandas educativas e socioculturais, tendo em vista aquilo que a
academia tem investido em pesquisa e ensino e objetivando, sobretudo, a formação de recursos
humanos, com competência e responsabilidade, para atender a uma necessidade vital da região,
qual seja, a de desenvolvimento sustentável e consequente qualidade de vida mais digna para o
amazônida.
Por se tratar de uma região de conformação hídrica indiscutível, considerou-se que, para
atingir as comunidades às margens dos rios, igarapés e furos, a saída seria a criação de um
Campus Flutuante que atendesse a esses ribeirinhos. Nisso reside o pioneirismo do projeto, de que
não se conhece similar no que diz respeito à proposta multidisciplinar e de atendimento às
atividades fins das IES – ensino, pesquisa e extensão.
S-57
Candidato: Maria Sortênia Alves Guimarães
Projeto: Educação e promoção em saúde no combate às doenças endoparasitárias na
comunidade quilombola Barra da Aroeira do município Santa Tereza do
Tocantins, TO
Execução: Comunidade quilombola Barra da Aroeira do município Santa Tereza do
Tocantins, TO.
Há relatos de parasitoses na população humana desde as civilizações antigas, devido a isso
hoje já se possui um conhecimento profundo a respeito dessas doenças e seu ciclo. Em contraste
com as evoluções na área de saúde e nos demais campos sociais, os países subdesenvolvidos, sendo
o Brasil incluído nesse grupo, ainda apresentam um grande número de pessoas acometidas por
parasitoses. Dentro desse grupo de países, observa-se que a maior incidência de parasitoses está
na população mais carente, que apresenta acesso limitado a condições ideais de higiene, incluindo
saneamento básico e educação sanitária.
A comunidade Barra de Aroeira apresenta uma série de dificuldades, entre elas destacamse problemas de saúde, forma de manutenção e subsistência desorganizada, condições precárias
de higiene e segurança alimentar, o manejo e as técnicas do artesanato são incipientes e pouco
contato com a tecnologia, necessitando assim uma de maior atenção a esses problemas sociais de
grande relevância no nosso estado. Mediante as questões supracitadas vislumbra-se a necessidade
de desenvolver ações voltadas para a melhoria das condições de vida da população, pois a
disseminação do conhecimento implicará melhoria em todos os setores, uma vez que uma
população mais saudável apresenta maior produtividade e menor necessidade de gastos públicos
com a saúde.
O intuito do projeto é realizar uma ponte entre o
conhecimento já existente e a população que dele necessita, pois o mesmo muitas vezes não
consegue ser transmitido de forma eficaz, acarretando na sua não utilização pela população. A
população que possui menos acesso à informação é a de classe mais baixa, o que, juntamente com
as poucas condições de infraestrutura que geralmente cercam seu ambiente de vida, explica, assim,
a maior incidência das doenças nesse grupo. Mesmo com a dosagem específica do medicamento, o
indivíduo sem a educação sanitária em mente não altera seus modos de vida. Continua defecando
em locais não apropriados, não tem o hábito de lavar as mãos e as crianças brincam sem proteção
alguma em ambientes que podem estar contaminados pelo parasita. Busca-se promover uma
ponte entre a população e o conhecimento, por meio de uma abordagem simples e interativa tendo
como público-alvo principalmente as crianças. A proposta de educação e promoção em saúde terá
grande repercussão tanto em nível local como municipal, por meio da consolidação da estratégia
de produção de saúde que ainda encontra resistência para garantir seu espaço entre as políticas
públicas sanitárias do Brasil.
Por isso, um trabalho de conscientização realizado com crianças será de grande utilidade
para o início de uma consciência sanitária e de higiene, que poderá ser transmitida ao adulto, uma
vez que as crianças fiscalizam as ações de sua casa. Pretende-se, portanto, coletar e disponibilizar
dados mais específicos a respeito das parasitoses incidentes no estado do Tocantins; realizar aulas
interativas com a comunidade, por meio de palestras, campanhas de conscientização, vídeos
ilustrativos, com o auxílio de software específico; diagnosticar a razão pela quais determinadas
doenças são mais propícias de atingir a população do Tocantins em detrimento de outras; propiciar
a reciclagem do conhecimento dos professores, por meio dos dados levantados, para que esses se
tornem propagadores de informações mais atuais e condizentes com a realidade de sua região; e
promover a integração entre a universidade e a comunidade. Para legitimar o exercício da
cidadania é necessária a construção dos saberes sob vários olhares, visando à promoção da saúde,
prevenção e controle das doenças parasitárias. Esse exercício da cidadania só e possível mediante
um olhar reflexívei sobre a condição humana e a possível interferência na comunidade.
S-58
Candidato: Maria Auxiliadora Coelho Pinto
Projeto: Origami: uma metodologia inovadora no ensino da língua portuguesa nas
escolas municipais de Tabatinga
Instituição: Universidade do Estado Amazonas Execução: Escolas municipais de Tabatinga.
Criatividade é uma capacidade desenvolvida especificamente pelo ser humano. Nesse
sentido, busca-se criar uma nova metodologia de ensinar os discentes na sala de aula no município
de Tabatinga. Essa inovação surgiu por meio do origami para se trabalhar a produção,
interpretação textual, leitura e escrita e os conteúdos programáticos de uma forma mais divertida
e criativa a partir dessas dobraduras de papel. Com elas, pretende-se assegurar também outras
atividades inerentes ao currículo escolar, principalmente o ensino da língua portuguesa, buscando,
assim, o bom desempenho de aprendizagem dos alunos do ensino fundamental.
Este trabalho não visa a solucionar os problemas educacionais que enfrentamos
diariamente, mas surge como uma alternativa de amenizar essas dificuldades que são uma das
maiores enfrentadas nas escolas do ensino fundamental. Nesse sentido tomamos a iniciativa de
transpor aos educadores interessados uma contribuição no que diz respeito à melhoria da
educação, demonstrando algo novo metodologicamente que, com certeza, desperta a curiosidade
dos educandos, fazendo com que queiram participar ou até mesmo partilhar suas experiências, já
que eles vêm com uma bagagem cultural enorme. A metodologia os conduz a novas expectativas
de vida, direcionando-os ao espírito crítico, criativo e participativo.
S-59
Candidato: Maria Auxiliadora Coelho Pinto e Wenelândia Márcia Luzeiro Bruno
Projeto: Projetos pedagógicos: pedagogia de projetos e suas contribuições na prática
pedagógica dos professores frente à leitura e à escrita dos alunos das
escolas municipais
O trabalho favorecerá ao docente uma forma diferente de ensinar e, ao discente, uma
nova maneira de aprender os conteúdos programáticos do currículo escolar. O professor deve
entender o processo de construção do conhecimento para que mais eficiente e produtivo seja o seu
trabalho. Afinal, ensinar de fato é fazer aprender. Com a pedagogia de projeto na prática
pedagógica de sala de aula, os alunos encontrarão sentido na leitura por ter uma diversidade de
gêneros literários que contribuirão decisivamente para o repertório de conhecimentos linguísticos
dos educandos, o que, de forma indireta, determina o tempo necessário na prática docente para
ensinar. Nesse contexto o trabalho deve ser diferenciado, coletivo e prazeroso, buscando condições
de formar cidadãos com possibilidade de atingir novos conhecimentos. É importante que os alunos
não só dominem os conteúdos programáticos essenciais de aprendizagem, mas desenvolvam
capacidades necessárias para tomarem decisões de forma clara e objetiva coletivamente,
aprendendo com os outros colegas numa incessante relação de troca de conhecimento.
S-59
Candidato: Maria Auxiliadora Coelho Pinto e Wenelândia Márcia Luzeiro Bruno
Projeto: Projetos pedagógicos: pedagogia de projetos e suas contribuições na prática
pedagógica dos professores frente à leitura e à escrita dos alunos das
escolas municipais
O trabalho favorecerá ao docente uma forma diferente de ensinar e, ao discente, uma
nova maneira de aprender os conteúdos programáticos do currículo escolar. O professor deve
entender o processo de construção do conhecimento para que mais eficiente e produtivo seja o seu
trabalho. Afinal, ensinar de fato é fazer aprender. Com a pedagogia de projeto na prática
pedagógica de sala de aula, os alunos encontrarão sentido na leitura por ter uma diversidade de
gêneros literários que contribuirão decisivamente para o repertório de conhecimentos linguísticos
dos educandos, o que, de forma indireta, determina o tempo necessário na prática docente para
ensinar. Nesse contexto o trabalho deve ser diferenciado, coletivo e prazeroso, buscando condições
de formar cidadãos com possibilidade de atingir novos conhecimentos. É importante que os alunos
não só dominem os conteúdos programáticos essenciais de aprendizagem, mas desenvolvam
capacidades necessárias para tomarem decisões de forma clara e objetiva coletivamente,
aprendendo com os outros colegas numa incessante relação de troca de conhecimento.
S-60
Candidato: Marilene Gomes de Sá Ribeiro e Ruy Alexandre de Sá Ribeiro
Projeto: Modelo de vila-escola sustentável
Execução: Cinturão leste-oeste nas adjacências do Jardim Botânico da Reserva Florestal
Adolpho Ducke, em Manaus, AM.
Para inibir a degradação de reservas florestais é necessário conscientização e participação
das comunidades do seu entorno. Acredita-se que esse trabalho seria bem mais efetivo com um
programa de conscientização ecológica realizado em um ambiente onde as pessoas possam
aprender praticando. Para isso, é necessária a criação de um Programa de Construção Sustentável
(PCS), que buscará construir vilas-escolas ecológicas no entorno de reservas florestais sujeitas a
constantes agressões. Esse é o caso da Reserva Florestal Adolpho Ducke (RFAD), que hoje se
encontra ainda mais vulnerável devido à expansão da malha urbana de Manaus em sua direção.
De acordo com o Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus (Lei Municipal No. 671,
04/11/2002; atualizada em abril de 2008), a Reserva é uma Unidade Espacial de Transição, na rota
da expansão urbana. Uma área dessa natureza, se não tiver suas fronteiras bem protegidas, pode
servir de esconderijo para criminosos e local de desova, o que torna o ambiente indesejável e
perigoso. Sugere-se, assim, a implantação de um PCS para construir vilas-escolas ecológicas no
entorno de reservas florestais (nas regiões fronteiriças mais vulneráveis), como modelo de cinturão
de proteção, no intuito de preservar a integridade da floresta e, inclusive, dos seus mananciais.
Essa iniciativa para preservar nosso patrimônio natural,
além de atrair o turismo ecológico, serve como protótipo de barreira ecologicamente sustentável.
>45 vilas-escolas serão destinadas a abrigar, temporariamente, pessoas inscritas em
programas habitacionais sociais, para aprenderem praticando Educação Ambiental e técnicas de
construção sustentável. A prática de coleta seletiva será utilizada. Os resíduos orgânicos gerados
na vila servirão para alimentar tanques de biogás, para uso numa cozinha de apoio a um Centro
Comunitário, onde seriam ministradas as aulas teóricas. Neste mesmo programa, poderiam ser
incluídas vítimas de desastres naturais, famílias remanejadas de áreas de risco e famílias carentes
que se deslocam temporariamente do interior para a capital para tratamento de saúde pelo SUS,
para que tenham um primeiro contato com uma forma de vida mais amigável com o meio
ambiente.
O PCS propõe vilas de dois pavimentos, com telhado verde, construídas nos moldes de
habitações de integração social com materiais sustentáveis como bambu, barro das escavações,
resíduos de madeira e de bambu e resíduo de carbureto de cálcio hidratado. As vilas serão dotadas
de captação e utilização de água das chuvas, estação de tratamento ecológico de esgoto e
cobertura suportada por forro estrutural de bambu. O bambu estrutural será da espécie Guadua
angustifolia, apropriada para construção. Essa espécie de bambu, originária da Amazônia, com
grande ocorrência e utilização na Colômbia e no Equador, tem sido estudada e disseminada pelos
autores desde 2004. Sua propagação bem como o comportamento da touceira têm se mostrado
favoráveis ao clima e solo da região de Manaus. O telhado verde, com função de melhorar a
temperatura interna das edificações, propicia um microclima mais agradável no seu entorno.
A técnica de construção sustentável da vila poderá servir como modelo de habitação de
interesse social. Os apartamentos térreos serão destinados, preferencialmente, às pessoas com
restrição de mobilidade (ex. cadeirantes, idosos). Deverão ser integrados Programas de Horta
Comunitária e Manutenção da Vila. A construção dos apartamentos receberá estruturas e painéis
de paredes pré-fabricados em bambu com enchimento em microconcreto. O paisagismo da vila
incluirá plantação de espécies arbóreas de bambu adequadas para a construção de casas e móveis.
Dessa forma, o bambu utilizado como material de construção não- convencional estará
substituindo a madeira, onde possível, reduzindo
a pressão da necessidade de corte de árvores para essa finalidade. Mudas de bambu também
serão plantadas nas encostas que necessitam de contenção no entorno da Reserva. Deverá ser
integrado, ainda, um Programa de Construção de Móveis em Bambu (oficina), para mobiliar as
casas da vila e gerar renda aos participantes da oficina.
S-61
Candidato: Marivan Silva Gomes
Projeto: Laboratório de Educação Tecnologia (robótica educativa)
Execução: Escolas públicas de ensino fundamental, médio ou profissional.
Educar para uma sociedade emergente e tecnológica não é apenas ensinar como usar os
aparatos tecnológicos no ambiente escolar. Educar deve ser visto de forma a preparar indivíduos
adaptáveis e criativos, com habilidades que lhe permitam lidar facilmente com a rapidez na
fluência no uso das informações, acompanhando as transformações e sendo parte delas, de modo
responsável, ético e legal. É preparar cidadãos capazes de tirar melhor proveito da tecnologia, de
forma a aplicá-la no trabalho, o qual exige postura adequada, segurança, respeito, aproveitamento
de oportunidades e inovação.
S-62
Candidato: Olaino Coelho da Mota
Projeto: Projeto de implantação de espaço empreendedor e balcão de negócios no
estado do Pará
Instituição: Femicro/PA
Execução: Femicro/PA.
O projeto de implantação de balcão de negócios visa a atender aos micro e pequenos
empresários carentes de informações nos municípios do Pará, com o intuito de capacitar, treinar e
dar assessoria e consultoria para o público em geral das comunidades dos municípios carentes de
informação. Buscará, portanto, capacitar jovens, futuros empreendedores e empresários formais e
informais de MPEs do estado do Pará, para que possam, por meio deste programa, melhorar suas
atividades para a condução de seus negócios.
S-63
Candidato: Raimundo Nonato Lemos da Silva
Projeto: Criação de peixes em igarapé: uma tentativa para viabilizar a sustentabilidade
nas pequenas propriedades rurais em Rondônia
Instituição: Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A – Eletronorte
Execução: Estado de Rondônia, município de Porto Velho em pequenas, médias e grandes
propriedades rurais.
Este projeto foi desenvolvido com a finalidade de demonstrar que existem alternativas
para produção de pescado na região que podem minimizar os impactos ambientais negativos aos
ecossistemas, aproveitando uma infraestrutura já existente, os rios, lagos e igarapés. Será
realizada a introdução de um sistema de criação de peixes no próprio habitat natural da espécie,
reduzindo apenas o espaço físico, delimitando e cercando uma área no leito de um igarapé. O
objetivo principal do projeto é informar a sociedade sobre a importância da conservação dos
recursos naturais e, sobretudo, apresentar uma tecnologia simples, rentável e prática de produção
de pescado. Irá conciliar a atividade humana numa relação mútua com a natureza, sendo um
modelo racional de desenvolvimento sustentável para Rondônia, sem colocar em risco o potencial
hídrico de sua bacia hidrográfica.
0 sistema de produção de peixes em igarapé vai proporcionar o reaproveitamento do
potencial dos rios, igarapés e lagos naturais tão castigados pela pesca artesanal. No novo sistema,
os impactos ambientais causados serão mínimos, visto que utilizará uma infraestrutura já existente
e será um modelo de desenvolvimento sustentável tanto dó ponto de vista ambiental como social,
ocupando poucos espaços, incluindo principalmente pequenas propriedades e sitiantes no mercado
de trabalho. Além disso, os peixes já estão adaptados ao seu habitat natural, igarapé, acarretando
uma interação do grande potencial da bacia hidrográfica regional com a produção de alimentos,
sem haver a necessidade da formação de barragens, uma vez que, simplesmente, serão feitas
divisões nos igarapés com telas fabricadas com cipó ou vara da própria região.
S-64
Candidato: Rómulo da Silva Melo e Suely Barros Bernardino da Silva
Projeto: Danças urbanas e recreação artístico-cultural
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas Execução: Prédio Samuel
Benchimol/ ESAT.
O projeto tem como objetivo sensibilizar crianças em situação precária a desenvolverem
suas potencialidades de produção artísticas, a partir de atividades envolvendo a dança como uma
maneira de registrar, reconhecer e valorizar as raízes culturais de sua região. Desse modo, será
possibilitado a essas crianças conhecer as principais características e riqueza do movimento
corporal, por meio das múltiplas linguagens, como exemplo, danças urbanas praticadas no Brasil.
Este trabalho é educativo/formativo e propiciará o desenvolvimento social, emocional,
artístico, cultural e motor dos participantes.
Os resultados poderão servir como instrumento para, num momento posterior a esta
pesquisa, se propor junto a parlamentares municipais e estaduais ações, programas e políticas de
formação e Educação Ambiental abrangendo os aspectos formal (professores e alunos) e nãoformal (crianças, adolescentes e familiares) visando ao desenvolvimento sustentável, resguardando
as especificidades de cada lugar.
S-65
Candidato: Rosália do Socorro da Silva Corrêa
Projeto: Diagnóstico da dinâmica das ações de segurança pública paraense para o
controle da criminalidade no município de Belém
Instituição: Universidade da Amazônia (Unama) Execução: Município de Belém
do Pará
A concepção de que o problema da criminalidade e da violência deve ser tratado a curto
prazo e por meio de medidas visíveis, para demonstrar que os serviços públicos são prestados à
população de forma rápida e eficaz, constitui um dos entraves à melhoria efetiva de resultados das
políticas de segurança pública, ao mesmo tempo em que fortalece iniciativas improvisadas, com
vistas a solucionar problemas pontuais. A importância atribuída aos resultados imediatos das
ações faz com que o valor da racionalidade, do planejamento e do monitoramento seja
negligenciado e isso resulta na permanência da insegurança, que provoca o medo e afeta a
liberdade das pessoas, além de estimular a falta de confiança da população nos órgãos que
compõem a segurança pública do Estado. Essas questões que envolvem, de um lado, a gestão
pública e, do outro lado, a vida em sociedade, podem ser favorecidas pela elaboração de um
diagnóstico que apresente as informações necessárias sobre a dinâmica das ações da segurança
pública no que se refere à qualidade dos serviços; eficiência; planejamento; racionalidade e
recursos disponíveis.
Com base na ideia de que o princípio do bom desempenho é o conhecimento da realidade
e a compreensão dos fenômenos, esta pesquisa prevê mudanças na situação atual da segurança
pública do município de Belém e a ampliação da capacidade dos gestores dessa esfera estadual de
produzirem novas ações por meio de definições mais precisas de metas e prioridades, que possam
gerar resultados socialmente valorizados.
S-66
Candidato: Rosemary Aparecida Roque
Projeto: Monitoramento do mosquito Aedes aegytpi, vetor da dengue, em área urbana
de Manaus, Amazonas, utilizando tecnologia inovadora
Execução: O projeto será executado em área urbana de Manaus com conhecido histórico
de casos de dengue e alta densidade do vetor.
Este projeto tem como objetivo monitorar a população do mosquito Aedes aegypti, vetor
da dengue, em uma área urbana de Manaus, AM, por meio de um novo sistema de
monitoramento, constituído por um novo modelo de armadilha para captura de mosquitos adultos,
a MosquiTRAP®, atraentes sintéticos de oviposição (AtrAedes) e um sistema informatizado de
monitoramento (Sistema de Monitoramento Inteligente Dengue – Ml-Dengue). Ml- Dengue é um
sistema informatizado, desde a coleta de dados no campo por meio de dispositivos de computação
móvel, até a criação de um software para processamento das informações e geração de mapas
temáticos tipo SIG (Sistema de Informações Georeferenciadas).
As vantagens do Ml-Dengue sobre os métodos convencionais de aquisição de dados do
campo e o seu processamento de informações são:
22.
Acesso imediato aos dados coletados e respectivos índices;
23.
Organização e controle do trabalho do agente de endemias (locais visitados e a
visitar, horário das visitas, localização da armadilha, nome do morador, etc.);
24.
Eliminação das etapas de transposição manual de dados, evitando erros e
assegurando a fidelidade das informações coletadas em campo;
25.
Geração imediata de tabelas, gráficos e mapas temáticos apresentando as
localidades, quarteirões que estão infestados (frequência de positividade da MosquiTRAP® ) e as
densidades do vetor nas áreas monitoradas;
26.
Alimentação de uma base de dados com a série histórica de monitoramento do
27.
Avaliação do impacto das ações de controle.
vetor;
Instalação das armadilhas: Será instalada uma MosquiTRAP® por quarteirão ou uma
armadilha a cada 200 metros na residência dos moradores da área de estudo que aceitarem
participar do projeto. As armadilhas serão colocadas em locais protegidos da chuva e do sol, longe
do alcance de animais domésticos e das crianças. As armadilhas deverão ser vistoriadas
semanalmente, com remoção e identificação dos mosquitos capturados, sendo que os atraentes e
cartões adesivos, componentes da armadilha, serão substituídos a cada dois meses.
Vistoria das armadilhas com planilha eletrônica: Durante as vistorias semanais das
armadilhas, os mosquitos coletados serão retirados com pinça e identificados com auxílio de uma
lupa manual. O número e a espécie dos mosquitos serão identificados e anotados num dispositivo
de computação móvel (celular) pelos bolsistas e/ou agentes de endemias. Semanalmente, após a
vistoria de todas as armadilhas, os dados serão enviados (via celular) diretamente para o provedor
do Ml-Dengue em Belo Horizonte, MG.
Monitorando o mosquito Aedes aegypti semanalmente pela Internet: Para ter acesso aos
dados do Ml-Dengue, é necessário digitar uma senha eletrônica que, via Internet, permite o acesso
de forma rápida e segura a todos os dados semanais de infestação do mosquito A. aegypti na área
monitorada. Os coordenadores do projeto, os bolsistas e os gestores de saúde terão acesso aos
dados, que serão disponibilizados no site do Ml Dengue.
Dados meteorológicos: Dados diários de temperatura do ar e precipitação serão
monitorados durante todo o período visando a correlacionar as variações climáticas com os índices
produzidos pela MosquiTRAP®.
S-67
Candidato: Rosilda Santos Rachadel Prates
Projeto: Projeto banco de jovens talentos em TIC da região da Amazônia
Instituição: Hexa Brasil Consultoria & Assessoria Empresarial Ltda.
Execução: A região Norte apresenta demanda para o perfil do projeto, pois sedia várias
unidades do Exército; também sedia a Zona Franca de Manaus, polo com
exigência de mão de obra com tal perfil.
Em função da oportunidade de mercado para região identificada pela
indústria parceira do projeto, inicialmente seu foco será direcionado para as
seguintes cidades: Manaus (AM); Belém (PA); Macapá (AP); Porto Velho
(RO); Palmas (TO).
É um projeto de natureza social, com cunho econômico/tecnológico/ empreendedor,
desenvolvido para capacitar jovens de baixa renda e ou aqueles que se desligaram do Exército
brasileiro, com idade entre 18 e 26 anos para atuação na área de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC). Ao estruturar o referido modelo, percebeu-se que seria também uma forma de
oportunizar o ingresso desses jovens no mercado de trabalho, conciliando, dessa forma, os
princípios básicos da inclusão social, tecnológica e financeira.
Assim remodelou-se o projeto para esse perfil mais amplo, com execução em três
módulos:
28.
Capacitação técnica
29.
Fomento de empreendedores produtivos
• Cadastro de banco de talentos
Cremos que, com o presente projeto, esses jovens poderão encontrar uma oportunidade de
inserção no setor de TIC, uma área de ponta que apresenta demanda crescente no país.
O projeto busca parceria na indústria de eletrônicos, que demanda mão de obra
especializada para instalação de seus produtos para o mercado consumidor.
Da implementação
1- Fase do projeto Banco de Jovens Talentos em TIC
Capacitação técnica em TIC: Os jovens selecionados para o programa passam por duas
semanas de aulas presenciais nas localidades, em infraestrutura viabilizada pelo parceiro local e ou
na própria corporação do Exército (se for o caso). São ministradas 40 horas entre aulas teóricas e
técnicas/práticas.
Primeira semana: Os jovens são preparados para receberem o volume de informações
programadas. São 20 horas de conteúdo teórico em empreendedorismo, educação financeira,
técnicas de vendas e orientação quanto ao mercado de trabalho, além de postura pessoal.
Segunda semana (para o presente projeto a indústria parceira será do setor de
telecomunicação e segurança eletrônica): São mais 20 horas ministradas em aulas práticas nos
próprios equipamentos da indústria (reconhecimento do hardware, configuração de equipamentos,
cabeamento e instalação).
Os jovens que passarem pelo projeto e alcançarem no mínimo 75% de aproveitamento
receberão o "certificado de capacitação técnica para instalação e assistência técnica" em
equipamentos eletrônicos de telecomunicação (centrais telefônicas, de segurança eletrônica ou
network).
2g Fase do projeto Banco de Jovens Talentos em TIC
Fomento ao empreendedor produtivo: O módulo tem por objetivo fornecer ferramentas e
informações para capacitar o profissional a gerenciar o próprio negócio de empreendedor
produtivo em telecomunicações. A gestão financeira é obrigatória para o sucesso de qualquer
empreendimento.
Da Execução
O parceiro instituição financeira orientará quanto ao conteúdo para a formação do perfil
empreendedor dos jovens que passarem pelo projeto, ou seja, educação financeira e gestão do
próprio negócio. Com base nesse conteúdo a Hexa ministrará capacitação que permita, inclusive, a
formatação de um plano de negócios no final da 2g Fase.
Da implementação
Nesta fase são 180 horas de atividades a distância e 40 horas de atividades presenciais, a
fim de incorporar as novas dimensões no conteúdo e agregar valor à certificação concedida na
primeira fase.
Ao término da segunda fase, os planos de negócios desenvolvidos pelos jovens que
passarão pelo programa Banco de Jovens Talentos em TIC serão apresentados aos parceiros
indicados e direcionados ao mercado de trabalho.
3g Fase do Projeto Banco de Jovens Talentos em TIC
Formação do cadastro de banco de talentos: Finalizada a capacitação técnica e de
empreendedorismo produtivo, o projeto prevê a continuidade de acompanhamento desses jovens,
pela Hexa, visando ao monitoramento de suas iniciativas no mercado, bem como proporcionando
aos mesmos um canal de comunicação entre a indústria, distribuidores e representantes
comerciais.
S~68
Candidato: Rudi Emerson de Lima Procópio
Projeto: Montagem de um banco de germoplasma para conservação e melhoramento
genético de espécies amazônicas com potencial econômico
Instituição: Amazonas Fauna e Flora (Amazon WildLife)
Execução: Novo Airão, Amazonas, Brasil.
A flora amazônica destaca-se pela riqueza de espécies com potencial para uso na
domesticação, melhoramento genético e agricultura, incluindo espécies florestais, frutíferas, e
ornamentais. O aproveitamento da variabilidade genética dessas espécies tem sido modesto em
relação ao seu valor estratégico para consolidação de culturas regionais. A existência de um
grande potencial de várias espécies regionais, ainda pouco exploradas, assim como a necessidade
urgente de seleção de cultivares mais produtivas às condições locais, que atendam melhor às
exigências dos consumidores, evidenciam a importância da criação e manutenção de um banco de
germoplasma dessas espécies para aproveitamento em programas atuais e futuros. Enquanto os
bancos de germoplasma preservam variabilidade genotípica para ser usada pelos melhoristas, os
programas de melhoramento exploram a diversidade fenotípica. É muito importante para o
melhorista saber onde se encontra geograficamente a variabilidade genética da cultura que está
trabalhando.
Grande parte da variabilidade genética de uma cultura está presente no seu centro de
origem ou centro de diversidade. Em função da grande diversidade das florestas tropicais, os
bancos de germoplasma de plantas são coleções de material vivo, estratégicos, que visam à
conservação da diversidade genética das espécies vegetais, especialmente daquelas de
importância socioeconómica que estejam ameaçadas pela erosão genética e/ou que demandem
ações para o melhoramento genético. Os recursos genéticos são a base biológica da agricultura,
constituem a matéria-prima indispensável ao trabalho dos melhoristas e representam a principal
forma de armazenar a variabilidade/adaptação genética (FAO, 1996). A manutenção dos bancos
de germoplasma deve ser uma das metas para que se tenha na agricultura uma ferramenta
importante para melhorar a produção, aumentar as exportações, em que a biodiversidade venha a
ser devidamente explorada.
S-69
Candidato: Sebastiana Fernandes Barros
Projeto: Agentes de leitura: um intercâmbio cultural
Execução: Município de Tabatinga.
O presente projeto tem como objetivos levar a literatura até as comunidades mais
carentes de Tabatinga e, ao mesmo tempo, resgatar os contos e lendas guardados na memória dos
moradores mais antigos de Tabatinga. Os acadêmicos em Letras farão a leitura de contos, lendas e
poesias, deixarão nas casas livros que serão lidos pelas famílias no decorrer da semana, aos
sábados retornarão e farão questionários sobre a leitura, etc. Também registrarão os contos e
lendas contados pelos mais idosos. Ao término do semestre serão selecionados os melhores contos
e lendas para posterior publicação.
S-70
Candidato: Silvia Cassia Brandão Justiniano
Projeto: Avaliação da atividade inseticida e/ou repelente de óleos essenciais de
espécies de piperáceas (Piper callosum, Piper alatiopetiolatum e Piper
umbrellata) no controle de Aedes aegypti e Anpheles sp colonizados
Instituição: Centro Universitário Nilton Lins Execução: Centro
Universitário Nilton Lins
Algumas plantas, ao longo de sua evolução, desenvolveram suas próprias defesas, usando
substâncias com atividade tóxica contra insetos, podendo, em alguns casos, matá-los e, em outros,
ter ação repelente. Os inseticidas botânicos são produtos derivados dessas plantas, podendo ser o
próprio material vegetal ou produtos derivados por extração aquosa ou com solventes orgânicos
como o álcool, éter, acetona ou outro produto.
A biodiversidade amazônica é algo que chama a atenção dos estudiosos na área de
ecologia e saúde. Assim como as plantas, que podem fornecer subsídios para a cura de muitos
males que afligem a população humana da região, as doenças de caráter tropical têm apresentado
reflexo fundamental na saúde dessas populações. Verifica-se que a ocorrência dessas doenças é
frequente na região e tem contribuído para a elevação do número de casos novos, principalmente
de Malária e Dengue, que participam inteiramente nesse cenário de antropozoonoses na
Amazônia. O trabalho ora proposto visa buscar, fundamentado na riqueza da biodiversidade
amazônica, especificamente na botânica, alternativas para o controle de Aedes aegypti (vetor da
dengue), Anopheles sp (vetor da malária).
Assim, esta proposição está plenamente vinculada à busca da solução dos diversos
problemas de saúde na região utilizando, da rica diversidade vegetal, produtos extraídos de
espécies vegetais da família das Piperaceae que possuam atividade inseticida, para servir para o
controle dos vetores dessas doenças que afetam a população, além de proporcionarem a
otimização dos protocolos de extração dos óleos essenciais, bem como avaliar os constituintes
majoritários dos óleos essenciais de Piper calosum, Piper umbellata e Piper altipetiolatum.
S-71
Candidato: Simone Cardoso Soares; Virgilio Bandeira do Nascimento Filho; Dândrea
Chaves de Oliveira
Projeto: Orientação sobre a inclusão de indivíduos com Síndrome de Down na
sociedade
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas, Centro de Estudos Superiores de Tabatinga.
Execução: Tabatinga, Amazonas.
"Crianças com Síndrome de Down podem nascer em qualquer família e de pais de
qualquer idade e origem étnica. No entanto, já se sabe que um fator de risco importante é a idade
da mãe" (MOLLER apud SIQUERIA e MOREIRA, 2006).
Mulheres com idade superior a 35 anos de idade estão mais propícias a ter filhos com
Síndrome de Down, indicando uma estreita relação de sua ocorrência com a idade materna. O
efeito da idade materna é refletido em uma não disjunção do par de cromossomos 21 em ovócitos
envelhecidos, que, ao se fundir com o cromossomo 21 do espermatozóide, resulta na formação de
um zigoto anormal com trissomia do 21 e, consequentemente, com cariótipo representado por 47
cromossomos (SNUSTAD; SIMONS, 2001). No entanto cerca de 20% dos casos da incidência dessa
Síndrome ocorre devido a um erro meiótico do pai ou a uma translocação entre cromossomos em
mulheres de qualquer idade. As mães jovens que já possuem uma criança com essa trissomia
apresentam risco de recidiva equivalente àquelas de idade avançada. E 5% dos casos ocorrem
devido à não disjunção mitótica na fase embrionária.
No município de Tabatinga não existe uma orientação adequada quanto ao risco dessas
mulheres gerarem um filho afetado, bem como um acompanhamento regular, que pudesse
interceptar problemas precoces característicos dessa anomalia. Outro importante esclarecimento
sobre essa anomalia é a identificação das modificações genéticas que ocasionam a Síndrome de
Down, uma vez que, dependendo da modificação, mulheres jovens com filhos Down apresentam
1% de chance de ocorrência de recidiva (GRIFFITHS, 2001). Nesse ínterim, este estudo propõe-se a
investigar a incidência de casos de Síndrome de Down no município de Tabatinga, no Hospital de
Guarnição de município, e sua relação com o fato de as mulheres não possuírem conhecimento
sobre o risco significativo que a idade avançada apresenta para o aparecimento de alteração
genética. Ao mesmo tempo, pretende analisar o cariótipo de indivíduos Down, por meio da técnica
de citogenética clássica para obtenção de cromossomos metafísicos, segundo Snustad e Simmons
(2001), com o intuito de identificar qual alteração
genética acomete essa anomalia, pois a ocorrência de translocação entre os grupos de
cromossomos G e D em filhos de mulheres jovens significa probabilidade de recidivas. A
identificação dessa alteração irá nos fornecer subsídios para orientar as mães jovens quanto ao
risco de recidivas de modo a prepará-las no caso de uma próxima gravidez.
No município de Tabatinga existe a instituição CIEE (Centro Integrado de Educação
Especial Prof. Esmeralda Aprígio Negreiros), a qual oferece um acompanhamento às crianças com
Síndrome de Down, no entanto não se sabe se existe um direcionamento adequado à realidade
desses indivíduos. Portanto durante o desenvolvimento deste estudo pretende-se investigar se essa
instituição está direcionada, bem como orientar os pais, por meio de palestras, quanto à
importância de um acompanhamento ajustado às necessidades de um indivíduo com essa
anomalia, de forma a propiciar um desenvolvimento cognitivo e inclusão à sociedade, como escola,
lazer e emprego.
S-72
Candidato: Sylvia Albemaz Machado do Carmo Guimarães
Projeto: Programa Rede Instituição: Associação Vaga Lume
Execução: O projeto envolverá três instituições de São Paulo (entre escolas públicas,
privadas e organizações não-governamentais) e escolas rurais de três
municípios da Amazônia. Os municípios da Amazônia serão selecionados
dentre os 20 municípios da área de atuação da Vaga Lume: Campinápolis
(MT), Chapada dos Guimarães (MT), Ouro Preto do Oeste (RO), Cruzeiro do
Sul (AC), Carauari (AM), Tefé (AM), São Gabriel da Cachoeira (AM), Barcelos
(AM), Pacaraima (RR), Caracaraí (RR), Oriximiná (PA), Belém (PA), Portel
(PA), Soure (PA), Castanhal
(PA), Santarém (PA), Macapá (AP), Mirinzal (MA), Barreirinhas (MA), Ponte
Alta do Tocantins (TO).
O Programa Rede tem como objetivo promover o intercâmbio cultural entre comunidades
escolares das regiões Norte (Amazônia) e Sudeste do Brasil, incentivando a leitura, a escrita e a
integração entre crianças e adolescentes. A ideia é aproximar crianças e adolescentes de São Paulo
e de comunidades rurais da Amazônia e valorizar a diversidade cultural e ambiental brasileira de
forma estruturada e equilibrada, criando entre elas um vínculo de troca e respeito.
A metodologia do programa incluirá a construção e a troca sistemática de trabalhos
coletivos, cartas, maquetes, artesanatos sobre o tema "O nosso meio ambiente" entre crianças e
adolescentes de instituições de São Paulo e de escolas rurais da Amazônia Legal, encontros
presenciais e o Acampamento de Integração.
Participarão do acampamento alunos e professores eleitos por seus colegas para
representarem a escola e apresentarem os materiais produzidos por todos os alunos para os
amigos dos demais municípios. A troca de materiais será realizada durante as conferências sobre o
meio ambiente. Os participantes farão as apresentações sobre o ambiente em que vivem,
discutindo sobre as diferenças e semelhanças entre eles. Ao retornarem para casa, serão
organizados exposições e eventos culturais para que os alunos, professores, pais e demais
envolvidos em cada comunidade possam dividir o resultado da experiência do acampamento e
apresentarem os materiais recebidos. Depois, as crianças e os adolescentes prepararão as
respostas aos materiais trocados para finalizar a comunicação do ano.
A Vaga Lume acredita que, para que as crianças e adolescentes valorizem a natureza, é
preciso que antes entendam quem são e o contexto onde estão inseridos. Assim o programa
tratará da Educação Ambiental, por meio da valorização da diversidade cultural.
Além de sensibilizar para a problemática ambiental, socializar as histórias de vida (valores,
hábitos e costumes), o programa também objetiva contribuir com o currículo pedagógico das
instituições de ensino participantes. A finalidade não é estudar o
outro ou ajudar o outro; é promover um encontro entre sujeitos onde seja possível a troca e o
estabelecimento de um vínculo de qualidade igualitária. O programa propõe um aprendizado
vivencial, pois acredita que o contato com o outro e a compreensão das semelhanças e diferenças
entre realidades distintas sejam uma importante ferramenta para o autoconhecimento e o
fprtalecimento das identidades, e, por consequência, para a preservação do meio ambiente.
S-73
Candidato: Thelma Lima da Cunha Marreiro
Projeto: Territorialidade, educação e memória do espaço, na área indígena SateréMawé do Rio Marau
Execução: Comunidade Sateré-Mawé localizada na região do Baixo Marau, no município
de Maués no Amazonas.
A qualidade de vida do planeta tem sido discutida por especialistas que concluem ser
necessária uma tomada de posição mais enérgica por parte do governo, que vem investindo
timidamente na responsabilidade socioambiental enquanto política pública urbana e rural e
também da sociedade em geral.
Submeter este projeto que discute questões indígenas, agregando educação e espaço
vivido na perspectiva de compreender o fenômeno da territorialização, enquanto espaço de
sustentabilidade, é assumir com responsabilidade uma estrutura cooperativa para o bem viver da
sociedade. Trabalhar com o povo Sateré-Mawé da região do Baixo Marau/Maués, AM, por meio de
atividade de extensão que sinalize novas frentes de renda com viés educativo e cultural para a
sustentabilidade do território requer um
estudo multidisciplinar que cruze antropologia, sociologia, educação, psicologia, geografia,
história, etc.
Busca-se fomentar o trabalho cooperativo a partir do contexto escolar do povo Mawé da
região do Baixo Marau na expectativa do mapeamento das representações do espaço vivido,
desenvolvimento das estratégias de ensino e aprendizagem para efetivação do uso do território
demarcado.
O trabalho se estruturará do ponto de vista de fenômenos que envolvem dimensões
simbólicas que destacam responsabilidade social e ambiental pautada no mapeamento do espaço
vivido, na relação do ensino com as experiências sociais, visando à melhoria da aprendizagem e na
percepção do território indígena.
S-74
Therezinha de J. P. Fraxe
Nova forma de processamento da juta e/ou malva: possibilidade e alternativa de desenvolvimento
sustentável para o estado do Amazonas
Universidade Federal do Amazonas
Baixo Solimões, especificamente as localidades denominadas Costa do Pesqueiro II (município de
Manacapuru); Paraná do lauara (município de Anamã) e Costa da Terra Nova (município de Anori).
Constituindo-se numa fonte importante de renda para várias comunidades rurais do
estado do Amazonas, a cultura da malva e/ou juta apresenta sinais de uma nova racionalidade
econômica, ambiental e social com o seu retorno. Numa época em que mundo se volta para a
questão ecológica e seus desdobramentos, uma produção agrícola baseada na extração de fibra
vegetal, que é
Candidato: Projeto:
biodegradável', e que tem na organização familiar sua maior expressão de força de trabalho, sem
impacto ambiental, é, sem dúvida, uma atividade que se aproxima muito dos critérios da
sustentabilidade. Contudo, uma questão importante deve ser considerada nesse processo. Trata-se
especificamente dos problemas de saúde que essa atividade traz para os trabalhadores
amazonenses – malveiros e/ou juteiros, pois o processo de trabalho continua praticamente
inalterado desde a introdução dessa atividade agrícola no estado, por volta da década 1930.
Assim, a partir do levantamento dos principais problemas de saúde apontados pelos
próprios trabalhadores produtores de malva e/ou juta, e visando, principalmente, a melhorar o
ambiente de trabalho, diminuindo a insalubridade, e a possibilitar melhorias na qualidade das
fibras por eles produzidas, propõe-se pelo Núcleo de Socioeconomia da Universidade Federal do
Amazonas a introdução de máquinas descorticadoras de malva e/ou juta.
Essa inovação tecnológica no processo produtivo terá como uma de suas principais metas
eliminar a necessidade da água no processo produtivo, melhorando as condições de trabalho sem
causar impactos ambientais no solo ou na água. A obtenção das fibras a partir das máquinas
descorticadoras será realizada totalmente a seco. Por se tratar de uma mudança significativa no
processo desenvolvido tradicionalmente pelos produtores, faz-se necessário o desenvolvimento de
atividades que possibilitem a compreensão dos impactos dessa intervenção de acordo com as
singularidades das comunidades. Assim, além de treinamentos sobre a parte funcional da
tecnologia proposta, haverá um cuidado no sentido de se compreender a organização de cada
comunidade e a percepção dos comunitários sobre as mudanças que ocorrerão no processo
produtivo da malva e da juta. Nesse sentido, será constituída uma equipe multidisciplinar
composta por agrônomos, sociólogos, antropólogos e psicólogos para desenvolver atividades
referentes à dimensão psicossocial da organização comunitária, bem como à organização dos
aspectos técnicos e econômicos da produção e fibras.
S-75
Candidato: Wendell Teles de Lima
Projeto: O projeto Geografia Ticuna na comunidade do Umariaçú
Execução: Comunidade do Umariaçú, Tabatinga, Amazonas
O projeto Geografia Ticuna na comunidade do Umariaçú visa ao estabelecimento,
socialização e integração da comunidade indígena no tecido social da cidade de Tabatinga. A ideia
é de inclusão social', por meio do processo de ensino e aprendizagem, com intuito de construir um
livro paradidático que trabalhe as categorias básicas da Geografia como: espaço, território, região,
lugar, paisagem na concepção e cosgomonia da cultura Ticuna, parte do processo social. A
distribuição desses exemplares implica a inclusão social desses conhecimentos e do próprio
reconhecimento do outro. A confecção do material será feita pela própria comunidade. Deverá ser
entregue aos colégios da rede pública.
S-76
Candidato: Valéria Cristina Pereira da Silva
Projeto: As rendas do tempo: espaço e memória
Execução: Porto Nacional.
Este projeto busca realizar um estudo da cidade de Porto Nacional a partir do tripé espaçomemória-imaginário. Tal articulação conceituai compõe um eixo investigativo/interpretativo e
figura como possibilidade de revisitar traços culturais soterrados no cotidiano, analisando a
ancestralidade presente e, ao mesmo tempo, invisível da cidade.
A ideia de rendas do tempo, metaforizada no título deste projeto, faz alusão à trama de
linhas e vazios que estampam desenhos. Assim, como a feitura das rendas – esse tecido fino e
transparente que serve principalmente de guarnição nos enxovais – o tempo também estabelece
suas tramas no espaço "rendando" ao longo das décadas e séculos o espaço urbano. A cidade com
seus ocos e cheios são tramas temporais. Buscaremos destacar que a paisagem urbana e sua
memória não estão apenas nas fachadas, nos espaços exteriores, mas também na sua paisagem
interna, nos espaços íntimos e cotidianos que guardam saberes, formas e heranças. Porto
Nacional, cidade centenária do antigo norte goiano, hoje estado do Tocantins, é um lugar no qual a
modernidade que vem se instalando de forma eficaz, sobretudo nas últimas duas décadas, tem
silenciado os sentidos sociais e temporais ainda permanentes no lugar. Por muito tempo imersa
numa temporalidade lenta, a cidade conservou tradições e paisagens perceptíveis nos traços de
linguagem, nas fachadas das casas, nas crenças e ritos, nos mitos e lendas, no universo urbano
existente no interior das antigas habitações, nos modos de vida, e todo um legado social, cultural e
simbólico que sobreviveu pela "insularidade" a qual a cidade viveu em quase todo o século XX
enquanto região do norte Goiano.
O projeto pretende, portanto, tecer uma leitura analítica do espaço urbano de Porto
Nacional com base nos conceitos de espaço, memória e imaginário; selecionar um grupo de
memorialistas da cidade e realizar entrevistas com base na perspectiva da história de vida; mapear
mitos, lendas, ritos, saberes e costumes com base em entrevistas com a comunidade local;
aprofundar o estudo sobre o patrimônio e o seu significado contemporâneo; buscar o apoio da
comunidade instalada no espaço urbano delimitado pelo Patrimônio Histórico Nacional, para que
nos permita visitar suas residências, possibilitando-nos estudar as paisagens interiores do espaço
urbano, sua temporalidade e seu modo de vida.
S-77
Candidato: Projeto:
Nas experiências adquiridas aos longos dos anos de docência, tivemos a oportunidade de
observar e comprovar empiricamente, durante os planejamentos, nas reuniões e nas conversas
informais, a falta de compreensão dos profissionais da educação em relação à importância da
disciplina de Educação Física como meio de formação integral do indivíduo, daí a inquietação em
descobrir as causas que levam os demais profissionais a desconhecerem o quanto essa disciplina é
importante para a humanização da humanidade.
Não podemos, de forma alguma, querer educar as nossas crianças no seu todo, se a
grande maioria dos educadores desconhece ou não aplicam os conhecimentos adquiridos. Quando
se trata de educação integral é preciso que cada educador conheça com profundidade os três
principais domínios do conhecimento: o cognitivo, o psicomotor e o socioafetivo.
Queremos neste trabalho, descobrir as causas que levam a grande maioria dos educadores
a não darem a devida importância para a Educação Física Escolar. Mas para isso é preciso
compreender que o principal papel da Educação Física é formar cidadãos críticos, autônomos e
conscientes de seus atos, visando a uma transformação social. Dessa forma, é preciso uma melhor
compreensão e, até mesmo, respeito, por partes dos educadores, a essa área do conhecimento, tão
importante para a formação do homem ou do cidadão.
Valdiney da Silva dos Santos; Maria Auxiliadora Coelho Pinto
A Educação Física Escolar, como processo de formação integral do indivíduo
Escola Municipal Jociêdes Andrade
S-78
Candidato: Virgilio Bandeira do Nascimento Filho; Simone Cardoso Soares; Sebastião
Rocha de Souza; Iris Batista de Sousa; Valdenizio Leão Santana.
Projeto: Sensibilização sobre a problemática do lixo a jovens do ensino médio no
município de Tabatinga, AM
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas – Centro de Estudos Superiores de
Tabatinga
Execução: Tabatinga, Amazonas, Brasil
Os lixos urbanos; quando acumulados, causam diversos prejuízos à população e ao meio
ambiente, tornando-se um problema governamental que está agravando-se devido ao crescimento
populacional e à rápida urbanização (OLIVEIRA, 1973).
Diante dessa problemática que vivenciamos em nosso cotidiano, causada por nossas
próprias ações que revertem em perda da qualidade de vida, percebe-se que a maior parte da
população de Tabatinga tem pouca clareza conceituai acerca de termos necessários ao diálogo. O
trabalho educacional é, sem dúvida, um dos mais urgentes e necessários meios para reverter essa
situação, pois, atualmente, grande parte dos desequilíbrios está relacionada a condutas humanas
geradas pelos apelos consumistas que geram desperdícios, e pelo uso inadequado dos bens da
natureza. É por meio da sensibilização que poderemos mudar hábitos e atitudes do ser humano,
formando sujeitos ecológicos.
Este projeto será desenvolvido com jovens do ensino médio do município de Tabatinga,
uma vez que estes estão formando conceitos e serão o futuro do município, com a finalidade de
implantar possíveis mudanças em relação a conceitos e atitudes, sobre um destino adequado do
lixo doméstico a partir da sua transformação em materiais ou peças artesanais que possam ser
reutilizados, como poltronas, luminárias, papel reciclado, etc., e,
assim, minimizar essa problemática, configurando-se num processo de exposição de conceitos e
formação de valores, com respeito à diversidade e à promoção, por meio da sensibilização, da
mudança de atitude em relação ao meio. Para efetivação do projeto, realizaremos entrevistas
semiestruturadas e palestras com a finalidade de informar os jovens sobre conceitos pertinentes e
oficinas com a finalidade de orientar sobre como transformar materiais considerados inúteis em
peças de artesanato.
S-79
Joel Mauro Magalhães
Proposta de criação do PDS Igarapé do índio
Incra – Superintendência Regional de Rondônia
Terras públicas federais inclusas em parte das Glebas Cuniã, Mapinguari e Rio Preto, localizadas no
município de Porto Velho, entre o Rio Madeira e a BR-319, trecho compreendido pelos Kms 114 a
142 da referida rodovia federal, sentido PVelho/Humaitá.
O PDS sinaliza no sentido de um novo padrão de desenvolvimento que visa a dar
sustentabilidade à produção econômica proveniente do trabalho de agricultores familiares de
baixa renda, baseando-se na conservação e, quando preciso, na recomposição do potencial dos
recursos naturais originais e contribuição para a receita econômica aos beneficiários, sem causar
mudanças relevantes no equilíbrio ecológico.
Com efeito, busca combinar a variável econômica com a sustentabilidade ambiental e a
justiça social, fazendo prosperar as mudanças de valores e paradigmas em ralação aos métodos
utilizados nos projetos de assentamento do modelo tradicional, sem qualquer risco de perdas
culturais, pois conhecimentos e experiências tradicionais serão aliados aos processos técnicos e
científicos que
existem, em quantidade e qualidade suficientes, para respaldar essas propostas.
Portanto, a proposta desta modalidade de Projeto (PDS) para a área sob exame é produto
da consciência técnica, sendo ambientalmente responsável, plenamente viável, por ser compatível
com a realidade da oferta ambiental da região, considerando a situação fática em que alguns já
estão instalados e impõem aos novos assentados suas condicionantes, sendo extremamente
oportuna a criação e implantação do PDS Igarapé do índio.
Categoria
Personalidade Acadêmica
Propostas Recebidas
PA-01
Candidato: Adalberto Luiz Va!
PA-02
Candidato: Adele Schwartz Benzaken
PA-03
PA-04
Candidato: Antonio Airton de Oliveira Dias
PA-05
Candidato: Antonio Ivan Ruiz Chaveco
PA-06
Candidato: Asher Benzaken
PA-07
Candidato: Benedito José Viana da Costa Nunes
PA-08
Candidato: Berta Becker
PA-09
Candidato: Cândido Justino de Mello Neto
PA-10
Candidato: Carlota Bertoli Nascimento
PA-11
Candidato: Cristina Motta Ferreira
PA-12
Candidato: Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam)
PA-13
Candidato: Dirceu Benedicto Ferreira
PA-14
Candidato: Escola Municipal Cândida Souza
PA-15
Candidato: José Luiz de Souza Pio
PA-16
Candidato: José Rincon Ferreira
PA-17
Candidato: José Roberto Guedes de Oliveira
PA-18
Candidato: Juan David Revilla Cardenas
PA-19
Candidato: Lindomar Goes Ferreira
PA-20
PA-21
Candidato: Manoel Cardoso
PA-2 2
Marco José Neves de Araújo
PA-23
Maria Del Pilar Diaz de Garcia
PA-24
Maria Luiza Pereira Gamelo
PA-25
Maria Mirtes Rufino de Oliveira
PA-26
Marilene Correa da Silva Freitas
PA-27
Mariluce Paes de Souza
PA-28
Melvino Fontes Olimpio
Candidato:
Candidato:
Candidato:
Candidato:
Candidato:
Candidato:
Candidato:
PA-29
Candidato: Neiva Monteiro de Barros
PA-30
Candidato: Paulo Cesar Nunes
PA-31
Candidato: Paulo Eduardo Artaxo Netto
PA-32
Candidato: Phelippe Daou
PA-33
Candidato: Rafael Felipe Silva Cardoso
PA-34
Candidato: Simone Cardoso Soares
PA-35
Candidato: Virgílio Bandeira do Nascimento Filho
PA-36
Candidato: Wallace Meirelles Pinheiro
PA-37
Candidato: Wanderli Pedro Tadei
PA-38
Candidato: Wilson José Barp
Composição da Comissão Julgadora do Prêmio Professor Samuel Benchimol e Banco da
Amazônia de Empreendedorismo Consciente – 2009
Euler Rodrigues de Souza Copresidente MDIC
Eduardo Cunha
Copresidente
Banco da Amazônia
Alceu Molina Confea
Américo Ciccarelli Sebrae
Antonio Campanari Rede Amazônica
Denis Baú
Presidente da Fiero e Presidente Executivo do Prêmio
Elmir Marques Fiero
Hélio Graça Consultor
Jaime Benchimol
Representante da família Benchimol
José Januário do Amaral UNIR
José Seráfico Fundação Djalma Batista
Juciana Ribeiro de Brito Sebrae-RO
Lucimar Araújo Funtac
Manoel Fernando Lousada Soares Finep
Maria José Monteiro Ministério da Integração Nacional
Marcílio de Freitas SECT-AM
Marilene Corrêa da Silva Freitas UEA
Nazareno Barbosa Fiero
Oduval Lobato Neto Banco da Amazônia
Patrícia Sampaio Fapeam
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos:
Secretaria de Tecnologia Industrial Esplanada dos Ministérios, Bloco "J" Brasília, DF, 70053-900 +55 (61) 2027
7018
Banco da Amazônia
Av. Presidente Vargas, 800, 3^ andar. Campina Belém, PA, 66017-000 +55 (91) 4008 3414
Rua Rui Barbosa, ns 1112, Edifício Armando Monteiro Neto Porto Velho, RO, 76.801-186 +55 (69) 3216 3459
Coordenação Técnica dos Prêmios
José Rincon Ferreira
Coordenação Editorial
Elmir Marques José Rincon Ferreira
Revisão Editorial
Carmen Sousa Melo Ramos Chaves Márcia Antunes Caputo
Coordenador de Tecnologia de Informação
Douglas Andre Muller
Revisão de Texto
Juliana Costa Araujo
Normalização Bibliográfica
Divina Aparecida Silva
Capa e Projeto Gráfico
Augusto Oliveira dos Santos Lillian Alvares
Equipe Técnica
Fabiana Medina
Izabela Aparecida Alves da Silva
Mariana Martins

ec-inter-01 - Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da

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