12 vice-presidências
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2 | O EMPRESÁRIO EDITORIAL Está na hora de agir Por Marcelo Clark Alves Presidente Manifestações, passeatas, reivindicações, cobranças e, acima de tudo, o sentimento de que algo precisa ser feito, com urgência. O Brasil parece ter acordado de um descanso profundo, onde muitos pensavam repousar em berço esplêndido. Passamos a viver um momento histórico, onde pessoas de todas as idades, mas especialmente os jovens, foram às ruas para demonstrar uma inconformidade com a maneira descompromissada que grande parte dos agentes públicos vem tratando o nosso país. O recado está dado, por meio de manifestações onde os partidos não tiveram vez nem voz. Esta atitude transformadora deixou claro um sentimento de insatisfação generalizada que ultrapassou os 0,20 centavos de uma passagem de ônibus. Afloraram as reivindicações que, não por casualidade, há anos são trabalhadas pela ACI: precisamos de investimentos concretos e maciços em educação, saúde, segurança, infraestrutura e, é claro, no transporte público. Como não poderia deixar de ser, as reformas tributária, fiscal e política também entraram em pauta, até porque, numa análise um pouco mais profunda, fica evidente que o país vê esgotado o modelo de gestão aplicado até então. A verdade é que o Brasil é campeão em arrecadação de tributos e, em contrapartida, um dos últimos colocados na aplicação destes recursos. Nossa entidade sempre bateu forte na tecla de que a classe empresarial é exageradamente açoitada pela carga tributária, em todos os segmentos. Porém, os responsáveis pela máquina pública parecem não acreditar neste fato, mesmo que as notícias dêem conta de uma desaceleração econômica que compromete o nosso desenvolvimento não só perante o mundo globalizado, mas diante da nossa própria realidade e necessidade. Mais do que “chover no molhado”, como diz a expressão já conhecida, recaem sobre a classe política os recados das ruas. O povo deixou claro que não aguenta mais desmandos e irresponsabilidades financiadas com o dinheiro que é de todos nós. Os privilégios verificados em todas as instâncias são, agora, abominados totalmente. No entanto, por incrível que pareça, muitos políticos disseram-se surpresos com toda esta movimentação, demonstrando um já esperado desconhecimento da diferença de realidade entre os jardins do Planalto e as ruas esburacadas das nossas cidades. Certamente estes manifestos terão – e precisam ter – reflexos nas próximas eleições. Somos, hoje, um país ávido por mudanças profundas, mudanças que coloquem mais professores nas salas de aula. Mas estes professores precisam ser devidamente capacitados e remunerados. Antes disso, precisamos de escolas, de planejamento. Como se vê, o caminho é longo, mas precisa começar a ser trilhado. Não temos mais tempo a perder. Chega de desperdício, de desmandos, de irresponsabilidade, de desprezo com a gestão pública. Está na hora de agir. O EMPRESÁRIO | 3 Publicação da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI-NH/CB/EV) Rua Joaquim Pedro Soares, 540 Centro - CEP 93510-320 Novo Hamburgo/RS Fone/Fax: (51) 2108-2108 [email protected] - www.acinh.com.br Rua dos Andradas, 470 - salas 4 e 6 - Centro CEP 93700-000 - Campo Bom/RS Fone: (51) 3597-4511 Fax: (51) 3597-8301 [email protected] Av. Presidente Lucena, 4266, sala 2, bairro das Rosas, no Centro Empresarial do Vale Estância Velha/RS Fone: (51) 3551-1100 Fax: (51) 3551-1089 - [email protected] Presidente: Marcelo Clark Alves Vice-presidentes: Cesar Augusto Ramos (Indústria), Geovane Delmar Schell (Comércio), Carmem Helena Kauer (Serviços), Júlio Cézar Maria Camerini (Assuntos Estratégicos), Carlos Augusto Amaral Silva (Comunicação e Marketing), Fatima Daudt (Desenvolvimento Regional), Julio Cesar Schaeffer (Economia), Gladis Ester Killing (Infraestrutura), Robinson Oscar Klein (Inovação e Tecnologia), Eneias Walter Jung (Jurídico), Evandro Kunst (Qualidade e Competitividade), Cesar Augusto Ramos (Regional Campo Bom) e Márcia Pilger (Regional Estância Velha) Diretores Executivos: Karin Wide Schwartzhaupt (Administrativo-financeiro) e Marco Aurélio Kirsch (Relações Institucionais) Secretaria: Elen Marques Nunes Supervisão: Maria Lúcia Chaves de Almeida (Relacionamento com Clientes), Katia Foerster (Serviços), Mariana S. de Lima dos Santos (Marketing e Eventos) e Karollin K. Ferrareze (Administrativa) Assessoria de Comunicação: De Zotti Comunicações Fundações: Fundamental (Fundação Desenvolvimento Ambiental) Rua Joaquim Pedro Soares, 540 Centro - CEP 93510-320 - Novo Hamburgo/RS Brasil - Fone/fax: (51) 2108-2108 www.fundamental.org.br [email protected] Presidente: Paulo Mozart Asso Borges Coordenador-executivo: Nestor Andres Cal Fundação Semear - Rua Joaquim Pedro Soares, 540 - Centro - CEP 93510-320 Novo Hamburgo/RS Brasil - Fone/fax: (51) 2108-2108 [email protected] www.fundacaosemear.org.br Presidente: Edgar Luiz Fedrizzi Filho Gestora-executiva: Helena Ieggli Thomé Fone: (51) 2108-2108 [email protected] Jornalista responsável: José Eduardo De Zotti (Mtb 6.937) Edição: Ana Klein De Zotti (Mtb 6.800) Marketing: Mariana S. de Lima dos Santos Capa: Paulo Romero/ Meta Comunicação Projeto gráfico e diagramação: Santo Expedito Design e Editoração Comitê editorial: Ana Klein De Zotti, Carla Simone Gräf, Carlos Augusto Amaral Silva, Elen Marques Nunes, José Eduardo De Zotti, Karin Wide Schwartzhaupt, Karollin K. Ferrareze, Katia Foerster, Marco Aurélio Kirsch, Maria Lúcia Chaves de Almeida, Mariana S. de Lima dos Santos e Natashe Bolzan Contato comercial: (51) 2108-2108 Tiragem: 2 mil exemplares 4 | O EMPRESÁRIO 5 DESTAQUE EMPRESARIAL Votação entre associados segue até dia 30 de agosto MANIFESTOS 6 Um novo momento na história brasileira ECONOMIA 11 Assessor econômico da entidade ressalta “Tempos de incerteza” VICE-PRESIDÊNCIAS 12 A conscientização e a aplicabilidade JURÍDICO 14 Desburocratizando o sistema tributário brasileiro PRESTAÇÃO DE CONTAS 15 Apresentado o Balanço Social 2012 MICRO E PEQUENAS 16 A participação da indústria na Francal QUALIDADE 18 Comitê VS e empresas da região são reconhecidas RECURSOS HUMANOS 22 Invista na Gestão de Desempenho MEIO AMBIENTE 24 Fundamental promoveu Seminário Ambiental COMÉRCIO EXTERIOR 26 Seminário Aduaneiro reuniu profissionais do setor FUNDAÇÃO SEMEAR 28 Iniciam projetos no Centro de Vivência Redentora ASSOCIADOS 30 Os novos integrantes do quadro social CAPACITAÇÃO 32 As opções de cursos em vários segmentos ANIVERSARIANTES 33 Empresas recebem homenagem da ACI É permitida a reprodução de matérias sem prévia autorização, desde que citada a fonte. As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, a opinião da ACI, sendo de inteira responsabilidade dos entrevistados e articulistas. Agradecemos a gentileza da colaboração das assessorias de imprensa. RECONHECIMENTO Lançada no dia 25 de julho, a 30ª edição do Prêmio Destaque Empresarial ACI 2013 segue com votação aberta até dia 30 de agosto. O evento de entrega da premiação, marcado para 15 de outubro, contará com a presença e a apresentação do renomado maestro João Carlos Martins, no Teatro Feevale, em Novo Hamburgo. Considerado um dos maiores pianistas do país, é também avaliado como um grande especialista e intérprete da música de Johann Sebastian Bach. A cerimônia marca, também, o aniversário de 93 anos da ACI e a diplomação da gestão 2014/2015. Distinguir as empresas que se salientaram em suas atividades durante o ano vigente, através da busca da qualidade e produtividade, aprimorando sua tecnologia, métodos, preocupações com o meio ambiente, interesse na participação da solução dos problemas sociais e comunitários, bem como fomentar e estimular as relações entre as empresas do quadro social da ACI, é o propósito da entidade ao realizar mais uma edição do Prêmio. Em todas as suas realizações, já foram agraciadas 97 empresas. Estão sendo escolhidas, pelos próprios associados, empresas destaques nos setores da Indústria, Comércio e Serviços, em duas categorias: Micro e Pequena, e Média e Grande. Cada empre sa pode votar apenas uma vez. “Estamos preparando um grande evento para receber nossos associados e comunidade, momento em que será entregue o reconhecimento de cada setor”, frisa o presidente da ACI, Marcelo Clark Alves. A votação ocorre no hotsite do Prêmio, por meio de usuário e senha do acesso restrito ao site da ACI. Durante o evento em outubro, ocorrerá a diplomação do presidente e vice-presidentes para a gestão 2014/2015 da ACI. Será o momento de visualizar os grandes feitos realizados pela atual gestão e vislumbrar a continuidade e renovação dos novos empossados. TALENTO E SUPERAÇÃO -Um dos mais respeitados pianistas do mundo se apresentará para mais de mil convidados em Novo Hamburgo. Impossibilitado de desempenhar sua arte por problemas físicos, privando-o de contato com o piano, fundou a Bachiana Filarmônica SESI-SP. Quando percebeu-se incapaz de segurar a batuta ou virar as páginas das partituras dos concertos, João Carlos Martins fez um trabalho minucioso de memorizar nota por nota, demonstrando ainda mais seu perfeccionismo e dedicação ao mundo da música. Agora, mais de 10 anos e 19 cirurgias depois, ele volta a tocar piano. Um grande homem, com experiências importantes para compartilhar com os associados da ACI e comunidade. Maestro João Carlos Martins durante Concerto da Filarmônica Bachiana Sesi SP O EMPRESÁRIO | 5 Foto: Fernando Mucci/Platinum Destaque Empresarial ACI 2013 Foto: Rodrigo Rodrigues/GES INDIGNAÇÃO Novo Hamburgo e região estiveram presentes durante os manifestos pelo Brasil O recado das ruas foi claro: a sociedade exige mudanças. E urgentes. Muito mais do que entrar para a história recente brasileira, as manifestações que tomaram corpo nos últimos meses demonstraram uma insatisfação generalizada. Enquanto boa parte dos políticos considerava as caminhadas iniciais apenas uma passeata de jovens lutando pela diminuição do valor de passagens do transporte coletivo, analistas mais experientes já apontavam que estava, ali, o início de uma nova fase na sociedade brasileira: a fase da 6 | O EMPRESÁRIO indignação e da busca pelos direitos que cada cidadão possui. Desde o mês de junho o Brasil passou a viver, de fato, uma mudança perceptível de reação diante da inércia com que a sociedade brasileira se acostumou ao longo dos anos. A desassistência em áreas básicas e fundamentais, como a educação, saúde, segurança, transporte, infraestrutura e saneamento, somente para elencar algumas, é notória em todas as esferas administrativas. Os bons exemplos são poucos e insuficientes para atender a uma demanda crescente que exige atendimento com um nível básico de qualidade. “Não se trata de apenas um único motivo ou uma dúzia. A verdade é que a população não aguenta mais esta situação onde os governos demonstram uma grande eficiência arrecadatória, mas por outro lado deixam muito a desejar na hora de investir, de gastar estes recursos. Isto atinge todas as camadas sociais, todos os segmentos, todos os brasileiros”, afirma o presidente da ACI, Marcelo Clark Alves. A entidade, que reúne mais de 1.200 empresas associadas, passou a acompanhar com total atenção os movimentos realizados em praticamente todos os estados. E muitas das pautas relacionadas por meio de um simples cartaz, ou mesmo entoadas em conjunto, puderam ser identificadas com a linha seguida pela ACI, especialmente quando se fala da redução de gastos públicos e uma gestão eficiente nos mais diversos níveis da administração pública. “Vários de nossos ex-presidentes já trabalhavam em defesa de questões como a necessidade de investimento em educação, apenas para citar um exemplo. Mas, nos últimos anos, os pleitos foram crescendo, acompanhando uma evidente falha nas políticas públicas”, acrescenta Alves. MANIFESTO – Uma das principais bandeiras que identificam o trabalho representativo da ACI ataca justamente o ponto chave de muitos debates: a arrecadação excessiva de tributos. O Dia da Liberdade de Impostos passou a ocupar um espaço permanente na entidade. Mais do que isto, observou-se que por mais claras que fossem as manifestações aos gestores públicos, de que a alta carga tributária é prejudicial para o país, pouco, ou quase nada, foi feito. A alternativa encontrada passou a ser a conscientização das nuição do tamanho do Estado, o intervencionismo estatal na legislação, no crédito e na fiscalização trabalhista, ou então algumas sugestões ao Plano Nacional de Educação, também ficaram pessoas, alertando-as sobre os impostos pagos em todos os produtos e serviços adquiridos no dia a dia. “Hoje, vamos às escolas repassar aos alunos o que são os tributos, como eles deveriam retornar para a sociedade e o que acontece na prática. A saída pode estar aí, na conscientização da juventude, que passará a exigir cada vez mais dos políticos. Os movimentos populares, de certa forma, já estão traduzindo esta r e i v i n d i c a ç ã o”, avalia o presidente da entidade. Entre as pautas trabalhadas pela ACI, em nome de seus associados e também da própria sociedade brasileira, questões como a dimi- evidenciadas nas ruas. “O ímpeto e a extensão nacional das manifestações retratam o nível de inconformidade, insatisfação e protesto finalmente protagonizado pelo povo brasileiro, que entende que jamais será uma nação verdadeira sem que estes vícios sejam extirpados. A mensagem que vem das ruas indica que as pessoas estão fartas com a corrupção e impunidade reinantes, com o cinismo e o descaso protagonizados por aqueles a quem cabe a condução do Estado brasileiro”. O texto faz parte de um documento assinado pela ACI com relação ao momento de manifestações vivido no país e retrata a necessidade da retomada de uma agenda propositiva que contemple a redução de gastos públicos e a gestão eficiente dos mesmos, para que não se continue a penalizar excessivamente não só a classe empresarial, mas também os próprios trabalhadores e a sociedade como um todo. O EMPRESÁRIO | 7 PACIÊNCIA ESGOTADA Foto: Adriana Franciosi/Agência RBS As primeiras manifestações em Porto Alegre, São Paulo e no Rio de Janeiro logo encontraram eco nas demais regiões do Brasil. No Rio Grande do Sul, foram dias seguidos de passeatas onde não faltaram bloqueios de rodovias e invasões de prédios públicos. Foi a forma encontrada para que os movimentos ganhassem a necessária repercussão, embora muitas vezes a situação tenha fugido de controle, com depredação do patrimônio público, roubos e ataques protagonizados por aproveitadores da situação. “Não foi só pelos 0,20 centavos. Isto foi a gota d’água. Foi ultrapassar o limite do insuportável. Nas placas dos manifestantes podiam ser lidos recados claríssimos contra a corrupção, a impunidade, os excessivos e mal feitos gastos públicos, a carga tributária asfixiante, os custos da Copa, a falta de investimentos em educação, saúde, segurança e infraestrutura. Mais clara ainda foi a mensagem que a política, como vem sendo exercida no Brasil, não serve a ninguém, além de poucos privilegiados. E, pior, a população não confia e não se sente representada pelos atuais governantes e parlamentares”, ressalta o vice-presidente de Comunicação e Marketing da ACI, Carlos Augusto Amaral Silva. A mesma opinião tem o presidente da Fundamental, Paulo Mozart Asso Borges, para quem a classe política precisa assumir suas responsabilidades, pois possuem as ferramentas para melhorar a situação do país. “Nosso Congresso precisa trabalhar pelo povo e não para o interesse pessoal ou de grandes complexos. Precisamos discutir também o sistema eleitoral, que na minha avaliação está errado. E é claro que precisamos de mudanças na educação, saúde, revisão do Código Penal e gasto mais eficiente dos recursos públicos”, reforça Borges. Manifestações marcam um novo momento na história brasileira 8 | O EMPRESÁRIO Foto: Diego Vara/Agência RBS Pessoas de todas as idades compareceram em diversas manifestações SEM REPRESENTAÇÃO Nas incontáveis manifestações realizadas, uma característica chamou a atenção: não havia uma liderança específica, muito menos bandeiras partidárias. “As manifestações escancaram uma verdade: não nos sentimos mais representados. O que restou claro é o enorme distanciamento do governo e classe política em relação às demandas da sociedade. Ficaram mudos, quase catatô- nicos, sem reação. E quando se manifestaram, o fizeram com total falta de sintonia. Tristemente precisamos dizer também: não nos sentimos representados”, destaca o empresário Julio Cesar Schaeffer, vice-presidente de Economia da ACI. Na sua avaliação, o Brasil se deparou com a triste realidade de que aquilo que precisaria ter sido feito nos últimos anos, não foi feito. “Pagamos uma das mais altas cargas tributárias do mundo e o retorno através de serviços do Estado é ridículo. Em contrapartida, o que realmente funciona neste país é a dispendiosa, tecnológi- ca e aparelhada máquina arrecadatória de impostos”, complementa ele. O mesmo sentimento tem o empresário Júlio Cézar Camerini. “Tudo passa por uma responsabilidade maior na hora das decisões. É inegável que o país precisa de muito mais recursos destinados à educação. A vida e a política são feitas de momentos e este momento de inconformidade que surgiu das ruas busca respostas, atitudes, que já já deveriam ter sido tomadas há muito tempo”, considera Camerini, que também é vice-presidente de Assuntos Estratégicos da ACI. O EMPRESÁRIO | 9 Foto: Anderson Fetter/Agência RBS LIBERDADE DE EXPRESSÃO Manifestantes protestam nas ruas de Porto Alegre e também no interior do Estado O QUE ECOOU PELO BRASIL O peso do Estado reflete-se em todos os setores. Tributação exagerada, bitributação, interferência nas ações empreendedoras, falta de investimentos públicos que permitam um desenvolvimento mais efetivo do país. Os jovens empresários também enxergam nos movimentos sociais a oportunidade de reduzir a ingerência pública junto à iniciativa privada. O advogado e coordenador do Comitê de Jovens Empreendedores da ACI, Miguel Marques Vieira, reitera o seu apoio às manifestações pacíficas, respeitados os direitos de propriedade e de ir e vir das pessoas. “A nossa indignação também é fruto da atividade de uma minoria que não representa, de fato, os interesses de nosso país. Estamos nas ruas para que os nossos pleitos sejam ouvidos, pois não percebemos mudanças significativas no combate à corrupção e iniciativas que incentivem nosso potencial e empreendedorismo”, sentencia Vieira. Para ele, a pesada carga tributária e normas trabalhistas que dificultam ou até mesmo in- viabilizam a atividade empresarial são uma afronta ao futuro. “Que o Estado seja menos presente no nosso dia a dia e deixe aos jovens a oportunidade para, livremente, se desenvolverem e contribuírem para uma Nação mais justa e igualitária”, acrescenta o advogado. As manifestações também fizeram com que o tema “política” passasse a integrar com mais força as rodas de conversas dos brasileiros. Conforme a avaliação de Gabriel Killing Sperb, que também integra o Comitê de Jovens Empreendedores da ACI, o que para alguns era até mesmo um tabu, passou a ser assunto do cotidiano. “Passamos a falar não só do que falta no país, mas sim do que deve ser feito e cobrado para suprir esta falta. Há mais interesse sobre projetos de lei, reformas, destino dos impostos, gastos da máquina pública, eficiência do governo e assim por diante. E espero que as pessoas sigam debatendo estes assuntos, por mais variadas que sejam suas visões e suas opiniões e por mais discussão que seja gerada. Isto fará um povo forte, politizado e capaz de votar melhor, de cobrar melhor e de não se calar quando algo estiver errado”, afirma Sperb. *Agradecimentos ao Grupo Sinos, Agência RBS e chargista Sinovaldo, pela colaboração das imagens que ilustram esta matéria especial. 10 | O EMPRESÁRIO ECONOMIA Tempos de incerteza Por Luis Carlos Yllana Kopschina Economista, professor universitário e assessor econômico da ACI As manifestações do mês de junho mostraram milhares de cidadãos indignados nas ruas para protestar contra a má qualidade dos serviços públicos básicos (transporte, educação, saúde e segurança), dos gastos exorbitantes da Copa do Mundo, do mau uso dos recursos públicos à disposição da classe política e, por fim, mas não menos importante, da corrupção. A dimensão dos eventos revelou a distância entre o que se passa nos altos escalões do Poder Executivo e do Congresso Nacional, vis-à-vis a dura realidade da maioria da população. Em O Príncipe, Nicolau Maquiavel escreveu há exatos 500 anos atrás que a classe política deve ter a noção do tempo oportuno para evitar que os problemas se acumulem e explodam. Nossos políticos perderam a noção do tempo oportuno e o Estado brasileiro permanece pesado, caro e ineficiente. Paralelamente, ocorre o agravamento da situação econômica, em função de nossas instituições obsoletas e dos erros da política econômica atual. O crescimento econômico vem perdendo força e, atualmente, as projeções apontam para algo em torno de 2,3%. Mesmo assim, a projeção anual de inflação permanece próxima de 6%. O gasto público continua em franca expansão e a baixa atividade econômica produzirá uma menor recuperação das receitas tributárias. Devido ao elevado volume de desonerações tributárias concedidas, o superávit primário deverá ser inferior aos 2,3% prometidos pelo governo, elevando ainda mais o descrédito na política econômica. No setor externo, uma fraca demanda mundial irá afetar as nossas exportações, reduzindo o saldo de balança comercial. Isto produzirá um déficit em transações correntes que não mais será financiado totalmente por investimentos estrangeiros diretos e passaremos a depender de capitais voláteis. A expectativa da normalização da política monetária nos Estados Unidos provoca um ajuste nos mercados de renda fixa globais. O ajuste se dá na taxa de câmbio que, progressivamente, ficará mais desvalorizada. O lado bom da desvalorização é de que, no médio prazo, irá ajudar na recuperação da competitividade da indústria exportadora. O lado ruim é que provocará mais inflação e exigirá ajustes na taxa de juros. Para evitar exageros na taxa de juros com reflexos significativos na taxa de desemprego, é preciso que os gastos públicos sejam reduzidos para um ritmo menor do que o crescimento do PIB. Urge retomar a agenda de reformas institucionais. Uma nova perda de tempo oportuno poderá resultar no acúmulo de problemas de maior complexidade, que, por sua vez, explodirão em protestos com uma pauta ampliada. Maquiavélico!!! O EMPRESÁRIO | 11 VICE-PRESIDÊNCIAS Conscientização e aplicabilidade Por Fatima Daudt Vice-presidente de Desenvolvimento Regional da ACI Escrevo este artigo durante viagem a Portugal, aproveitando a oportunidade de vivenciar duas realidades atuais, e interessantes: a das manifestações no Brasil e a crise econômica em Portugal. Fazer um comparativo entre os dois países não é muito comum, mesmo sendo eles tão íntimos em sua história. Portugal não é considerado um ícone do desenvolvimento sustentável, no entanto, o país obteve grandes avanços nos últimos anos. Uma infraestrutura viária de dar inveja a qualquer brasileiro. Autoestradas maravilhosas, ordenadas e pedagiadas, só que com um grande detalhe: você pode optar 12 | O EMPRESÁRIO em usá-las ou não. Caso a opção seja não pagar pedágios, há rodovias em ótimas condições, bem sinalizadas, bem construídas e com limites de velocidade. Em Portugal você paga para o caso de querer chegar mais rápido. Em algumas cidades, como Lisboa, o transporte público é composto por metrô, ônibus, trens e bondes. Todos tarifados e em perfeitas condições. Os valores cobrados não são abusivos, mas é claro que hoje, com a crise em que o país vive e com uma taxa de desemprego que no mês de maio fechou em 17,6%, qualquer cobrança não é simpática aos olhos atentos dos portugueses. Na Espanha, a taxa de desemprego fechou 26,2% no mesmo período. O vizinho está em pior situação. Mas são as praias de Portugal que nos dão um ótimo exemplo de como o desenvolvimento urbano deve ser pensado. Há menos de 10 anos boa parte do litoral era muito parecido com o nosso. Totalmente desorganizado, e sem infraestrutura adequada. Hoje, as principais praias contam com calçadões planejados para o lazer, regramento de uso coletivo e na implantação de bares e restaurantes, segurança, avaliação das águas, lixeiras seletivas (e com design) distribuídas em toda extensão. Ao mesmo tempo em que o governo implantou a infraestrutura planejada ele fez campanhas de conscientização. Isto porque não adianta cobrarmos educação para vivências coletivas de um povo que não tem nem onde colocar o seu lixo. Assim como não adianta cobrarmos produtividade e competitividade das empresas se elas não têm as mínimas condições de infraestrutura para escoar a produção e uma matriz tributária simplificada que possa dar segurança e agilidade nos processos contábeis. Conscientização e condições de aplicabilidade precisam andar juntas. Uma não existe sem a outra. Portugal passa por uma grande crise econômica sim, mas a infraestrutura bem planejada e bem construída não irá se perder. Na nossa região, o Trensurb já chega defasado, e em todo território brasileiro sobram exemplos de desleixo com a qualidade das obras públicas. Torço para que Portugal saia da crise para prosseguir suas conquistas, assim como torço para que as manifestações continuem no Brasil (com respeito ao patrimônio público e privado) e com metas macro para problemas macro, para que, de fato, possamos obter resultados. O EMPRESÁRIO | 13 JURÍDICO Desburocratização Reforma Tributária Por João Carlos Lucini Contador, advogado e integrante do Comitê Jurídico da ACI A questão que se quer levantar é a seguinte: é possível desburocratizar, neste momento, o sistema tributário brasileiro? Especificamente falando, é possível reduzir a expressiva quantidade de obrigações acessórias exigidas dos contribuintes? 14 | O EMPRESÁRIO É inegável que a questão tributária alcançou um grau de complexidade que reduz, sobremaneira, a própria possibilidade de compreensão, por parte de uma parcela muito significativa da sociedade. Não obstante, há um considerável espaço para que o espírito da desburocratização seja recuperado, especificamente no sentido de reduzir a infindável gama de obrigações acessórias. Embora a vontade de desburocratizar, aumentam-se cada vez mais os deveres instrumentais que devem ser adimplidos pelos contribuintes. Isto é, os contribuintes assumem obrigações acessórias, cada vez mais complexas e onerosas, com vistas a fornecer informações ao fisco, sendo que eventuais erros ou omissões são severamente punidos. Em vista disso, torna-se imperioso simplificar o sistema fiscal, o que convoca, naturalmente, o legislador para que simplifique todo o complexo sis- tema de tributação das empresas. É necessário que o legislador desonere as empresas das obrigações acessórias que crescentemente as têm vindo a manietar. Impõe-se, por isso, reduzir - e reduzir significativamente - o número de leis fiscais que nos regem, bem como simplificar as restantes, de modo que tenhamos uma legislação fiscal que não só seja suscetível de ser aplicada, mas, sobretudo, possa ser aplicada com custos bem menores do que aqueles que se verificam atualmente. Portanto, não é só desejável, mas é reconhecidamente possível haver uma desburocratização relativamente às normas jurídicas que regulamentam o recolhimento de tributos, bem como em relação à infindável teia de obrigações acessórias, as quais, por um lado, não propiciam à administração pública os benefícios de controle que supostamente poderiam propiciar e, por outro lado, oneram de uma maneira insuportável os contribuintes. PRESTAÇÃO DE CONTAS Tendo como missão representar seus associados, fomentando o desenvolvimento sustentável da região, a ACI lançou, durante a reunião-almoço no final de julho, seu Balanço Social referente ao ano de 2012. “Ao longo dos últimos anos a comunidade do Vale do Sinos tem demonstrado estar cada vez mais envolvida com as causas sociais. A ACI, ciente do seu papel enquanto entidade fomentadora do avanço econômico e social, não tem medido esforços para manter acesa esta chama que tem vários nomes: voluntariado, dedicação, espírito de equipe, ações beneficentes e solidariedade, entre tantos outros”, destacou o presidente Marcelo Clark Alves, durante o lançamento. A ACI publica, desde 2005, o Balanço Social que tem o objetivo de compartilhar uma síntese das ações promovidas pela entidade, reafirmando o compromisso com a responsabilidade social empresarial, adotando uma conduta integralmente ética e transparente nas relações internas e externas e possibilitando uma maior integração com a sociedade. São destaques na publicação as ações coordenadas pelas vice-presidências e seus respectivos Comitês que, em 2012, resultou em 237 pessoas envolvidas; os reconhecimentos recebidos pelo Grupo GOL de Automação, Marcas de Quem Decide pelo Jornal do Comércio, Medalha de Responsabilidade Social pela Assembleia Legislativa do RS, além das atividades de desafio lançadas para esta Gestão: a instalação dos Comitês de Jovens Empreendedores e o Político. Também é apresentado o resultado de inovações na comunicação com o associado, através da nova identidade visual e do novo site, e o início do processo de implantação do Sistema de Gestão Integrado. CAPITAL DE GIRO O crédito para o crescimento do seu negócio. Cada R$ 25.000 em Capital de Giro Consulte o regulamento completo em milhoesempremiossicredi.com.br e participe. 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No total, foram comercializados 261 mil pares de calçados e acessórios, entre as 51 micro e pequenas empresas gaúchas do setor coureiro-calçadista que apresentaram seus produtos na feira, em São Paulo, entre 9 e 12 de julho. 16 | O EMPRESÁRIO Para o presidente da ACI, Marcelo Clark Alves, esta é uma das oportunidades em que o fabricante pode mostrar suas coleções ao mercado interno e externo. “O Estande Coletivo gaúcho foi pioneiro em feiras do setor, há 14 anos, e tem mostrado resultados relevantes para as empresas participantes, garantindo produção e aumentando o mercado de negócios”, enfatiza Alves. “Esta é uma demonstração da força dos pequenos negócios do setor coureiro-calçadista gaúcho. As cole- ções com alto valor agregado, design atraente, qualidade e preços competitivos despertaram a atenção dos lojistas do Brasil e do exterior e foram determinantes nesse resultado”, avalia o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae no RS, Vitor Augusto Koch. “Se a empresa teve logística, qualidade no produto, um bom preço e acertou na coleção, os negócios aconteceram”, destaca. O presidente do Sebrae/RS também antecipa que está dialogando com os municípios Tricouro levou toda sua linha de bolsas para a feira Aléxia Fernanda com participação garantida no evento No espaço da Tchocco, contatos realizados com vários países da América do Sul de Novo Hamburgo e Sapiranga, que atualmente possuem estandes próprios, para que unam-se ao Coletivo do RS, ampliando a participação conjunta pelo Estado. O presidente do Badesul, Marcelo Lopes, destaca a importância da promoção comercial para o fortalecimento da indústria. “Muitas empresas só estão na Francal em função do apoio financeiro”, diz ele, que responde pelo setor calçadista no Sistema de Desenvolvimento do Estado. O gerente comercial da Pelli Brasil, com sede em Taquara e produz pastas e mochilas em couro para notebook, direcionadas ao público masculino, Fabiano Lucena, esteve otimista na feira. “Apesar do mercado como um todo estar passando por um momento de dúvidas, a feira sempre rende bons frutos à empresa”, enfatiza. Este sentimento positivo é partilhado pelo sócio-diretor da empresa Aléxia Fernanda, Alécio Scalcon. Para ele, a participação no Estande Coletivo é muito importante. “Nem vejo minha fábrica sem a participação na Francal”, acrescenta o diretor da empresa localizada em Parobé, que trabalha com moda feminina da numeração 28 ao 43, apresentando três novas linhas durante o evento, duas de sandália e uma de sapatilha. OPORTUNIDADE - Para algumas empresas, expor no Estande Coletivo do RS foi uma oportunidade de abrir novos mercados. Proprietário da Estação Brasil Calçados, fabricante da marca Tchocco, com sede em Novo Hamburgo, Antônio Ricardo Romanini conta que fez contatos com empresas de vários países da América do Sul. “Conseguimos fechar uma boa venda para uma empresa do Equador, que pretendemos que se torne um cliente fixo. Levamos para a feira uma linha grande de sandálias, e tivemos um bom retorno, o estande foi bastante procurado. Para nós, expor no Estande Coletivo é muito positivo, porque é um espaço consolidado dentro da feira, que muito compradores procuram”, afirma o empresário. Avaliação semelhante fez o empresário Peterson Schulenburg, proprietário da Tricouro Bolsas e Artefatos em Couro, de Campo Bom. “Levamos para a feira toda a nossa linha de bolsas. As vendas ficaram dentro daquilo que planejamos. Esse é o quarto ano que participamos do Estande Coletivo e para nós é muito importante fazer parte desse projeto. O estande é uma referência e por isso atrai um grande número de compradores”, ressalta. Além do Rio Grande do Sul, foram realizados negócios com os estados do Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. E também com compradores estrangeiros, como Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Japão. Foram contratados distribuidores na Argentina, Dinamarca e Panamá, além do Brasil. O Estande Coletivo gaúcho foi pioneiro em feiras do setor, há 14 anos. VOCÊ ORGANIZA AS MALAS E NÓS, A SUA VIAGEM. Viagem assessorada 24 horas por dia Rua Borges do Canto, 324. Hamburgo Velho - 93510180 Novo Hamburgo - RS - [email protected] + 55 51 3593.5316 - www.estrelatur.com.br QUALIDADE Duplo reconhecimento O Comitê Regional Qualidade RS - Vale do Sinos recebeu, duplamente, o reconhecimento pelas ações desenvolvidas na busca da excelência e na utilização de ferramentas que primam pela qualidade. Pela 12ª vez consecutiva, o Comitê foi selecionado como Comitê Destaque e, pelo 4º ano, recebeu a premiação de Comitê Campeão em Comunicação. A cerimônia de entrega aconteceu em julho, durante o 18° Prêmio Qualidade RS, promovido pelo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP). Além dele, cinco organizações que integram o Comitê também receberam premiação. “Para nós, do Comitê Vale do Sinos, esta premiação é o reconhecimento do trabalho feito por toda uma equipe, dentro das ferramentas de gestão da qualidade que sempre procuramos enfatizar em nossas ações, com o comprometimento da busca pela excelência”, enfatiza o presidente do Comitê Regional Qualidade VS e também vice-presidente de Qualidade e Competitividade da ACI, Evandro Kunst. Referência internacional por sua capacidade de mobilização e disseminação das práticas de gestão, a premiação do tradicional “Oscar da Qualidade” ocorreu no Pavilhão de Eventos da FIERGS, em Porto Alegre, durante o 14º Congresso Internacional da Gestão, considerado o maior do mundo na área. “Esta é uma conquista que envolve as empresas, num trabalho sediado na entidade e que, a cada ano, proporciona novas adesões e conhecimento”, frisa o presidente da ACI, Marcelo Clark Alves. Empresas integrantes do Comitê VS premiadas em 2013 18 | O EMPRESÁRIO ao Comitê VS CATEGORIAS - Além do próprio Comitê, empresas/instituições integrantes foram reconhecidas nesta edição. Entre as premiadas estão associadas da ACI. O Escritório Contábil Servicon Ltda, de Sapiranga, foi premiado na categoria Troféu Bronze. Operando há 23 anos no mercado, aderiu, em 2005, ao PGQP, sendo em 2008 reconhecido com a Medalha de Bronze. “Temos crescido nos últimos anos muito em função da gestão, no anseio de criar oportunidades a todos os interessados, promovendo o envolvimento das pessoas, objetivando o equilíbrio e a satisfação das partes interessadas e, nesse sentido, a qualidade é o carro chefe da motivação. Melhoramos resultados, agregamos valor e podemos ter uma visão planejada e segura do futuro”, salienta o diretor Dario Gilberto Martin. Como perspectivas futuras, o escritório tem projetos de aumento de suas instalações e de especialização nos serviços. Foto: Divulgação QUALIDADE O presidente do Comitê Evandro Kunst e o presidente da ACI Marcelo Clark Alves comemorando as distinções “E, sem dúvida, de evolução ainda maior no sistema de gestão pela qualidade”, acrescenta Gabriel Martin, coordenador de Gestão. Na categoria Medalha Bronze, foram agraciadas as empresas AIL Acessos Internacionais Logística Ltda, de São Leopoldo, o Restaurante O Bifão, de Novo Hamburgo, a Silvano Imóveis, de Campo Bom, e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Estância Velha/ Ivoti. Prestes a completar 60 anos de existência, o Restaurante O Bifão recebeu o reconhecimento, sendo esta a primeira vez no Rio Grande do Sul que um restaurante comercial é agraciado. O Bifão é um dos endereços tradicionais da gastronomia da Grande Ao receber a premiação de Comitê Destaque e Comitê Campeão de Comunicação Porto Alegre, primando pela qualidade no atendimento e no preparo do cardápio, tudo isto em um ambiente aconchegante e familiar, valorizando o sistema de gestão da empresa, alinhado aos princípios da qualidade e da competitividade, incentivo à força de trabalho e maior autoestima dos colaboradores. “Este é um prêmio que pertence a uma grande família, formada pelos diretores, funcionários e também por todos os nossos clientes. Integramos o PGQP desde 2009 e, neste ano, decidimos buscar o reconhecimento das nossas práticas de gestão. Estamos muito felizes por obter esta distinção e, nesta edição, também fomos o único empreendimento de Novo Hamburgo a ser re- conhecido”, destaca a diretora de Marketing, Maria Elisa Silva, juntamente com o diretor Administrativo, Cesar Silva. Em 15 anos de atuação no mercado a AIL é uma empresa do segmento de comércio exterior do Rio Grande do Sul. Atualmente, possui uma estrutura com 15 colaboradores e uma área com 320 m². Em 2004, aderiu ao PGQP, sendo este a base para o desenvolvimento da gestão estratégica da empresa. “Participando do sistema de avaliação de gestão (SAG) nos ciclos de 2005, 2006 e 2012 podemos dizer que o crescimento no faturamento, contratação de novos colaboradores e mais de 100 melhorias implantadas na gestão são alguns dos O EMPRESÁRIO | 19 QUALIDADE resultados obtidos pela nossa organização. A conquista do Prêmio Qualidade RS veio ao encontro da visão de futuro da AIL definida na ocasião do Planejamento Estratégico, de ser reconhecida como excelência na prestação de serviços no comércio exterior”, ressalta o diretor José Antônio Jardim. A Silvano Imóveis tem 26 anos de atuação no mercado de venda e locação de imóveis. A empresa aderiu a PGQP em 2010 e, desde então, aperfeiçoa o seu modelo de gestão, participando, anualmente, do Sistema de Avaliação. “A distinção obtida com o Prêmio Qualidade RS representa um diferencial em um mercado com forte concorrência como o imobiliário, no qual as barreiras de entrada são baixas. Além disso, a empresa demonstra a sua contínua preocupação com a qualificação de seus serviços, aumentando a credibilidade com os seus clientes, fornecedores e sociedade”, observa o diretor Marcos Silvano Jr. Já a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) Estância Velha/Ivoti, fundada em 1º de agosto de 1984 e que hoje conta com 700 empresas associadas, busca constantemente aperfeiçoamento e melhorias na gestão da entidade. Em 2005 deu início à consultoria na área da Qualidade e, em 2008 participou do curso GDE (Gestão e Desenvolvimento para a Excelência). Em 2011, a entidade participou pela primeira vez do SAG (Sistema de Avaliação de Membros do Comitê e as cinco integrantes que receberam Medalha de Bronze e Troféu Bronze 20 | O EMPRESÁRIO Gestão), fazendo a avaliação interna de sua gestão e, em 2012, com a avaliação externa do PGQP. Em 2013, a entidade participa do Prêmio Qualidade RS sendo reconhecida e premiada. “Os resultados desta busca contínua pela melhoria dos processos e a evidente preocupação da entidade em trabalhar numa gestão focada em seus valores e princípios, podem ser vistos no dia a dia desta entidade, e este é o melhor resultado”, considera o presidente Gabriel Brandt. A entidade, segundo a gerente Administrativa, Sandra Beatriz de Oliveira, possui em seus objetivos estratégicos ampliar permanentemente seu quadro associativo, oferecendo maior quantidade e qualidade de serviços, através de um atendimento ainda mais exclusivo ao associado, e ainda, juntamente com os Poderes Executivos de Estância Velha e Ivoti realizar projetos e parcerias que venham a apoiar o desenvolvimento empresarial e o fortalecimento do comércio local. DE SÓCIO PARA SÓCIO Tabelião Lauro Barreto apresentou sua trajetória profissional A ACI recebeu, em junho, o tabelião Lauro Assis Machado Barreto, do Tabelionato Barreto, de Novo Hamburgo. Natural de Lagoa Vermelha, ele apresentou sua trajetória profissional durante a realização do De Sócio para Sócio, garantindo que sua escolha aconteceu desde cedo. “Meus pais já eram tabeliães, então cresci neste meio. Quando criança, passava mais tempo no tabelionato do que em qualquer outro lugar, o que me fez gostar muito da profissão”, recordou ele, que veio para Novo Hamburgo ainda pequeno. O tabelião também abordou sobre gestão de pessoas. “Este não é um tema muito fácil de lidar, mas a cada dia se aprende e buscamos repassar este conhecimento. Mas, desde cedo, o importante é conhecer aquilo em que se trabalha, confiar em seus colaboradores e atender a clientela com satisfação”, reafirmou. Ele ainda falou sobre o Notariado no Brasil, fazendo alguns comparativos com a atuação profissional em países próximos, como por exemplo o Uruguai. “Entre tantas ações, nossa atividade envolve interpretar, esclarecer e autenticar fatos e documentos”, ressaltou. O De Sócio para Sócio teve o patrocínio da Cia. das Cópias, Duarte Benetti Contabilidade, Laser, Unimed VS e Vilage. Lauro Barreto: “Nossa atividade envolve interpretar, esclarecer e autenticar fatos e documentos” RECURSOS HUMANOS Evite se queimar! Invista na Gestão de Desempenho Por Línique Karling Psicóloga Organizacional, com MBA em Gestão de Pessoas, responsável pela área de Recursos Humanos da Cigam Software Corporativo Ltda e integrante do CRERH – Comitê Regional de Recursos Humanos da ACI Você conhece a história da rã que foi colocada em um recipiente com água fria? A temperatura da água vai subindo aos poucos e a rã só percebe que a água está muito quente quando já não tem mais condições de se salvar e, assim, acaba morrendo no momento da fervura da água. Qualquer semelhança com o ambiente corporativo não é mera coincidência. 22 | O EMPRESÁRIO Muitas empresas ainda não conhecem o seu corpo funcional e, com isso, não sabem de seus potenciais e de suas limitações e, tampouco, a contribuição de cada profissional para os resultados organizacionais. Administram suas equipes “em águas mornas/ fogo baixo” e apenas se interessam por buscar informações de seus profissionais em momentos de turbulência, ou seja, quando a água ferve. Assim como na história da rã, mais cedo ou mais tarde, estas empresas acabam morrendo, pois não conseguem se antecipar às oportunidades e/ou situações de risco que advém do desempenho de seus profissionais. Está na hora de entender que os resultados de uma organização dependem diretamente do desempenho de cada pessoa e da atuação desta na equipe de trabalho e que fazer a Gestão do Desempenho não é um processo isolado. É uma atividade contínua de avaliar e aconselhar o profissional le- vando em consideração as atividades que realiza, das metas estabelecidas, os resultados alcançados e o seu potencial de desenvolvimento. Mas por onde começar? Para fazer a Gestão do Desempenho precisamos saber claramente o que esperamos das pessoas, precisamos definir nossos objetivos e metas, nosso direcionamento estratégico, nossa missão e nossos princípios. Assim, saberemos quais as competências e as habilidades serão necessárias na nossa equipe para alcançarmos os resultados desejados. Não existe uma maneira ideal de fazer Gestão de Desempenho. Cabe a cada organização capacitar suas lideranças e criar um sistema de avaliação que se condiz com a cultura da organização. O que não se pode fazer é ignorar a importância deste processo, pois é somente através das pessoas que a organização alcançará os resultados almejados. PRATO PRINCIPAL Sustentabilidade agregando valor ao negócio Hoje, aquelas empresas que não têm preocupação com as questões socioambientais para se perpetuar, estão fadadas a fechar. É um caminho sem volta e precisamos fortalecê-lo sempre”. Com estas afirmações o gerente sênior de Sustentabilidade e de Gestão de Fornecedores da Lojas Renner S.A, Jair Kievel, palestrou aos empresários durante o Prato Principal de julho. Trabalhando na Lojas Renner desde setembro de 2007, foi contratado para implantar o Programa de Sustentabilidade e Responsabilidade Social da Companhia. Ele tem como meta levar a empresa a ser reconhecida como socialmente responsável e comprometida com as gerações futuras, principalmente na redução da emissão de gases do efeito estufa resultante de suas operações. No campo social, Kievel criou, em junho de 2008, o Instituto Lojas Renner que é o responsável por direcionar e gerir o investimento social da empresa. O Instituto busca a inserção da mulher no mercado de trabalho, por meio de apoio a projetos de capacitação e geração de emprego e renda nas comunidades onde atua. Inclusive, já foi uma das parceiras da Fundação Semear, organização de responsabilidade social da ACI que teve Kievel como seu primeiro diretor executivo. “Foram sete anos e meio e tenho muito orgulho de afirmar que a Semear foi a primeira fundação de origem comunitária empresarial a ser implantada no Brasil”, lembrou ele. “O conceito de responsabilidade social vem evoluindo nos últimos anos, com o desejo de interagir com a sociedade. O investimento social gera emprego e renda, sendo incorporado, atualmente, por todas as grandes companhias que buscam a sustentabilidade. É preciso estarmos atentos aos nossos fornecedores, que, em grande parte, são micro e pequenas empresas, potencializando valores de estruturação social e ambiental e fortalecendo-os para que continuem crescendo. Eles fazem parte da cadeia de produção, portanto têm interferência direta em nossos negócios”, complementa Jair Kievel. Primeira corporação brasileira com 100% das ações negociadas em bolsa e listada no Novo Mercado, grau mais elevado dentre os níveis diferenciado Foto: Fábio Winter & Lu Freitas “Sustentabilidade é algo que agrega valor ao negócio, com certeza. de governança corporativa da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuro (BM&FBovespa), sendo composta por 90% de investidores internacionais e 10% brasileiros, a Lojas Renner emprega mais de 14 mil colaboradores. “Foi um modelo inovador para a época”, ressalta Kievel ao exemplificar que, atualmente a empresa possui mais de 200 lojas no Brasil, com sede em Porto Alegre. “E nosso planejamento é chegar em 2021 com 400 lojas no país”, garante. Seu público alvo prioritário são mulheres de 18 a 39 anos, na faixa de consumo média e média-alta, com forte poder de decisão de compra. O Prato Principal teve o patrocínio da Cigam Software Corporativo, Estrelatur Turismo, e Sicredi - Gente que Coopera Cresce, com apoio do Hospital Regina - Ciência e Fé pela Vida, e colaboração de Cavian Arts Promocionais e dos Sucos Petry. FUNDAMENTAL Resíduos, responsabilidades e preservação foram debatidos no V Seminário Ambiental A Fundação Desenvolvimento Ambiental (Fundamental), promoveu o V Seminário Ambiental. “A Fundação, através das atividades que desempenha, sempre se propõe e realizar ações que contribuam com a preservação do meio em que vivemos. Precisamos dar condições para que as próximas gerações possam dar continuidade”, destacou o presidente da Fundamental, Paulo Mozart Asso Borges. O evento contou com a palestra do diretor da empresa Ambiética Assessoria Ambiental, Jackson Müller, sobre “Novas exigências no Cadastro Técnico Federal: Plano de Gerenciamento de Resíduos e Responsabi- 24 | O EMPRESÁRIO Paulo Borges: “Precisamos dar condições para que as próximas gerações possam dar continuidade à preservação do meio em que vivemos” lidade Técnica”. “O prazo anual para a entrega do relatório de atividades exercidas finda sempre em 31 de março. É preciso estar atento, pois ali consta um conjunto de informações importantes, que abrange 26 categorias e 218 atividades referentes aos setores produtivos e de serviços na área ambiental”, destacou Müller. O tema “Blendagem e Coprocessamento de Resíduos Sólidos Industriais” foi abordado pelo supervisor da unidade de blendagem da empresa ProAmb - Soluções Ambientais, Aterro Industrial, Assessoria Ambiental e Projetos, Gustavo Luiz Fiorese. “A geração de resíduos é um problema mundial, devido a grande quantidade que resulta das residências, indústrias, comércio e hospitais, tendo o destino final inadequado. Os impactos decorrentes podem ser observados pela poluição dos recursos hídricos, do ar, do solo, além de outros relacionados a problemas econômicos e sociais”, reforçou. Fiorese também explicou a funcionalidade da blendagem, que consiste em misturar determinados resíduos previamente analisados e aprovados, objetivando preparar um “combustível” alternativo para cimenteiras, seguindo especificações técnicas. Já a analista de Marketing da empresa Extramold Jomo Indústria de Plásticos Ltda, Suelen Backes, falou sobre o case da empresa: “O Equilíbrio que Promove o Desenvolvimento Sustentável”. Desenvolvendo processos de fabricação de termomoldagem, vacuum forming e costura, a empresa tem unidades industriais na Alemanha, Romênia e no Brasil, em Novo Hamburgo. A Jomo trabalha com materiais ecológicos como tecidos, moldáveis, PET 100% reciclado, PS em lâmina 100% reciclado, embalagens individuais recicladas e cortiça. FUNDAMENTAL Abertas inscrições para a VIII edição do Projeto Empresa Amiga do Meio Ambiente A Fundamental iniciou o período de inscrições para a VIII edição do Projeto Empresa Amiga do Meio Ambiente. As empresas interessadas em participar têm até 30 de agosto para se inscrever. O objetivo, segundo o presidente da organização, Paulo Mozart Asso Borges, está em valorizar, dar visibilidade e premiar as boas práticas socioambientais desenvolvidas pelos setores industrial, comercial e de serviços da região. Além da certificação, a empresa poderá utilizar o Selo “Empresa Amiga do Meio Ambiente”, divulgando aos seus parceiros o seu comprometimento com as questões socioambientais. Para se inscrever no projeto, basta entrar no site da Fundação, no endereço www.fundamental.org.br, preencher a ficha de inscrição e enviar os dados. Mais informações podem ser obtidas pelo fone 2108-2108 ou pelo e-mail [email protected] . COMÉRCIO EXTERIOR Considerado um tema ainda pouco debatido no Brasil, a ACI reuniu profissionais ligados ao segmento durante a realização do Seminário Aduaneiro. “É muito importante discutirmos sobre o assunto por meio destes encontros. Ainda estamos amadurecendo o tema no país, inclusive a bibliografia é bastante escassa no Brasil e esta é uma forma de uniformizar regras sobre as questões aduaneiras”, destacou o auditor fiscal da Receita Federal, Rosaldo Trevisan. Autoridades no assunto foram debatedores na ACI 26 | O EMPRESÁRIO Seminário Aduaneiro reuniu profissionais do setor “Somos uma região exportadora e consideramos que seja muito importante trazer mais informações para todos que atuam neste segmento. A boa relação com a Receita proporciona que estes eventos sejam promovidos, resultando em maior conhecimento sobre o assunto e, ao mesmo tempo, apresentando a realidade das demandas para serem colocadas em debate”, enfatizou o presidente da ACI, Marcelo Clark Alves. O tema sobre a “Instrução Normativa RFB nº 1.288, de 2012: Novos critérios e procedimentos para habilitação de importadores e exportadores”, foi apresentado pelo auditor fiscal da Receita Federal, Sedinei Antunes de Souza Júnior. Ele apresentou um histórico que, a partir de 2002, trouxe várias alterações no procedimento de habilitação. “A IN 1.288 veio para simplificar as modalidades (Pessoa Física e Pessoa Jurídica), com submodalidades não específicas”, frisou. “Código Aduaneiro do Mercosul” foi o assunto explanado pelo auditor Rosaldo Trevisan, especialista credenciado pela OMA e pelo FMI, ressaltando questões que abrangem as normas regulamentares e ainda sobre os Regimes Aduaneiros para os Estados partes, complementando que um próximo passo a ser discutido e definido se refere ao Regime Intrablocos. O juiz Federal Caio Roberto Souto de Moura apresentou “Os procedimentos especiais de controle aduaneiro” e o tema “Aspectos Jurídicos do Perdimento de Mercadorias no Direito Aduaneiro”, foi o assunto destaque para o advogado Walter Veppo, diretor da Veppo Advocacia Aduaneira e professor das disciplinas de Direito Aduaneiro e Processo Administrativo e Aduaneiro. Foram debatedores no evento Frederico Luiz Behrends, coordenador do Grupo Temático de Negociações Internacionais do CONCEX/FIERGS, Fernando Pieri, presidente da Abead (Associação Brasileira de Estudos Aduaneiros), Paulo Renato Trindade Valério, auditor fiscal aposentado da Receita Federal e também Rosaldo Trevisan, que proferiu a primeira palestra. O Seminário teve o patrocínio da Euro América e da MultiArmazéns, com apoio da IENH. COMÉRCIO EXTERIOR Mecanismos para dar competitividade às empresas Presidente da ACI abriu os trabalhos no Encontro de Comércio Exterior Os benefícios fiscais que as empresas gaúchas podem obter no momento de importar máquinas, ou exportar seus produtos, foi o tema do Encontro de Comércio Exterior. Promovido pela ACI e FIERGS (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), o evento contou com a presença de técnicos e consultores da FIERGS, falando, principalmente, sobre o Certificado de Origem Online. “Esse é um trabalho que a ACI e a FIERGS vêm desenvolvendo há alguns anos e que traz benefícios direto ao associado”, destacou o presidente da ACI, Marcelo Clark Alves. Um dos assuntos abordados foi a condução de pleitos das empresas para reduzir o imposto de importação, a partir dos instrumentos de apoio ao setor produtivo. “O benef ício é possível a partir do momento que a indústria que pretende importar esteja em busca de produtos que não tenham um similar produzido aqui. É uma ferramenta disponibilizada para incrementar a produção”, explicou o técnico da Unidade de Consultoria da Gerência de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIERGS, Maurício de Araújo Albano. Dentro do contexto de apoio ao setor produtivo, as empresas conheceram formas de garantir vantagens tributárias relativas ao ICMS, na importação de produtos amparados por decretos estaduais. “São benef ícios concedidos pela Secretaria da Fazenda. São impostos que seriam pagos em um momento posterior, e que o empresário pede isenção”, enfatizou o técnico da Unidade de Pesquisas em Produ- ção Similaridade Estadual da Gerex/ FIERGS, André Velloso da Silveira. Para ampliar a competitividade das empresas exportadoras, a técnica em Certificação e Regras de Origem da Gerex/FIERGS, Letícia Mandel, apresentou aos empresários os acordos comerciais internacionais assinados pelo Brasil. “É preciso que se conheça que acordos são esses, porque muitas vezes a empresa exportadora deixa de ser beneficiada por não saber com que países o Brasil tem tratados”, ressaltou Letícia. A programação contou ainda com a explanação da plataforma de certificação de origem online, que foi apresentada pela consultora para Certificação de Origem e Serviços da Gerex/FIERGS, Denise Hörlle. “A certificação online é um documento muito importante, porque dá benef ícios fiscais às empresas. Isso torna o produto exportado mais competitivo no concorrido cenário internacional”, afirmou Denise. O EMPRESÁRIO | 27 RESPONSABILIDADE SOCIAL rensa da Fundação Semear Fotos: Assessoria de Imp Os projetos no Centro de Vivência Redentora eficiar moradoras da vila O Feito a Mão irá ben Diehl O Projeto Feito a Mão, faz parte do Programa de Geração de Trabalho e Renda desenvolvido pela Fundação Semear desde 2007. O Feito a Mão irá beneficiar mulheres, moradoras da vila Diehl. O Projeto prevê a capacitação gratuita na área de artesanato, com ênfase nas técnicas de customização em roupas, patchwork, pintura em tecido e fuxico. Tem como entidade parceira e âncora a Fundação Francisco Xavier Kunst e a empresa patrocinadora é a Artecola. O curso acontece nas segundas e quartas-feiras, das 13h30min às 17h no CVR. “Espero aprender a reaproveitar as roupas, customizar e depois ensinar meus familiares, além de receber uma renda extra”, esta é a expectativa da dona de casa Ana de Nunes ao iniciar no projeto. IMPULSO - Já o Projeto Impulso proporciona a iniciação profissional e desenvolvimento pessoal e social de jovens de baixa renda, entre 16 e 18 anos, A Fundação Semear implementou em julho mais dois projetos sociais no Centro de Vivência Redentora - CVR. Os projetos vão beneficiar diretamente mulheres de baixa renda e jovens adolescentes em situação de vulnerabilidade social. visando a sua inserção no mercado de trabalho. São desenvolvidos conteúdos como: comunicação e expressão, matemática, sustentabilidade, empreendedorismo, educação ambiental, gestão administrativa, atendimento ao cliente e vendas. O Projeto Impulso tem como entidade âncora o Instituto Pobres Servos da Divina Providência – Calábria e a empresa patrocinadora é a Innova. O projeto acontece nas segundas, terças e quartas-feiras, das 13h30min às 17h30min. “Este curso vai ser importante para mim, pois será um aprendizado útil para a minha iniciação no mercado de trabalho. Espero adquirir conhecimento para que futuramente possa ter um bom emprego”, afirma a Seja Mantenedor educanda Verônica Beatriz e Silva, 15 anos. Os novos projetos são contemplados pela Rede Parceria Social. As aulas acontecem no Centro de Vivência Redentora, localizado na rua Roquete Pinto, 60, na Vila Diehl, em Novo Hamburgo. Abrace essa causa. Participe do desenvolvimento social em nosso Estado e da melhoria das condições de vida de milhares de pessoas. Seja um mantenedor da Fundação Semear. Saiba mais em www.fundacaosemear.org.br ou pelo fone 2108-2108. 28 | O EMPRESÁRIO SUSTENTABILIDADE SOCIAL Indique a Fundação Semear no Programa Nota Fiscal Gaúcha Buscando formas de garantir a sustentabilidade financeira da Instituição, a Fundação Semear fez a inscrição no programa Nota Fiscal Gaúcha. A Fundação Semear está habilitada a receber os recursos da Nota Fiscal Gaúcha (NFG), um programa de cidadania do Estado do Rio Grande do Sul, que sorteia todos os meses, prêmios como incentivo para que os cidadãos exijam a emissão do documento fiscal no momento de suas compras. Por meio do Programa, os cidadãos concorrem a prêmios de até R$ 1 milhão e as entidades sociais por eles indicadas podem ser beneficiadas. Para concorrer aos prêmios, o cidadão deve: solicitar a inclusão do seu CPF na nota ou cupom fiscal, se cadastrar no Programa pelo site www.notafiscalgaucha. rs.gov.br e indicar a Fundação Semear para receber recursos do Estado. O recurso que a entidade irá receber será aplicado em projetos e programas sociais, beneficiando mais de 15 mil pessoas em todo o Estado. Quem não é da região do Vale do Sinos pode indicar a Fundação Semear como Entidade Social de livre escolha. Contamos com a sua participação, você concorre a prêmios e ainda ajuda muitas pessoas, através da Fundação Semear! O EMPRESÁRIO | 29 SÓCIOS Novos integrantes na entidade Durante os meses de junho e julho, a ACI recebeu novos integrantes em seu quadro social, nos setores de indústria, comércio e serviços. Confira abaixo a relação dos novos associados. Julho / 2013 Junho / 2013 Razão Social / Nome Fantasia Telefone Site/E-mail Razão Social / Nome Fantasia Telefone Site/E-mail Associação Colheita 35299132 www.colheita.org Astarita & Bazacas Ltda 35979721 www.astaritabazacas.com.br BCS Automação Ltda 35821747 www.bcsautomacao.com.br Becker & Santos Advogados 35244547 www.beckeresantos.com.br Bressler Advogados Associados 30363630 www.bressler.com.br Brinkler Administradora e Corretora de Seguros Ltda 35815644 [email protected] Elektronvolt Automação Elétrica Ltda 30914401 www.ozonar.com.br Extra Marketing Eventos Ltda/ Extra! Multiserviços 30660050 www.extramarketing.com.br Evani Feijó Veleda/Dataphoto 30357202 [email protected] GS1 Brasil - Associação Brasileira de Automação (11) 30686229 30667700 www.upmoveis.com.br www.gs1br.org Felix & Quaresma Com. e Representações/In Line Jéssica Luana Stoffel 98437202 [email protected] Gufo Land Idiomas e Editora Ltda/Sardonix 30668188 www.sardonixidiomas.com Karin Andrea de Mello ME/ Big Bike 32060000 www.bigbike1.com.br LDK Arquitetura Ltda 30660186 [email protected] Liadí Calçados Eireli ME 35844800 www.liadicalcados.com.br Lins Ferrão Artigos do Vestuário Ltda/Lojas Pompéia 35933320 www.lojaspompeia.com.br Maria Cecília Buttenbender 35276700 www.oficinamadeira.com.br Mais Sabor Buffet 30364125 www.eccel.ind.br Movitel Telecomunicações Ltda 35688516 www.movitel.com.br Matos Transportes Ltda/JC Encomendas 35865449 www.jcencomendas.com.br MPS Gula Restaurante Ltda/ Santa Gula 30651845 [email protected] Perrone Advogados Associados 30661138 www.perroneadvogados.com Odontoarte - Raquel Mancuso 35935231 [email protected] Rodrigues e Rodrigues/Líder Coach 35728572 www.surfacedistribuidora.com.br 30491338 Surface Soluções em Produtos Químicos Ltda Schaeffmacher Contabilidade Ltda 35815044 [email protected] 36351394 Totalflux Indústria de Produtos Químicos Eireli EPP Sunset Agenciamento e Intermediação Ltda 21087000 Zogbi Export Comercial Exportadora e Importadora Ltda 35813500 www.zogbiexport.com.br 30 | O EMPRESÁRIO www.treinamentolidercoach.com [email protected] [email protected] PRATO PRINCIPAL O Rio Grande que O diretor-executivo da Agenda 2020, Ronald Krummenauer, palestrou no Prato Principal de junho, fornecendo esclarecimentos sobre algumas áreas, como gestão pública, educação, infraestrutura, logística e saúde. “O Rio Grande do Sul, por exemplo, já foi referência em Educação há muitos anos, mas perdemos o rumo em algum momento, embora cidades como Campo Bom se destaquem ainda hoje, tanto nas primeiras séries como nas séries finais. Novo Hamburgo e Estância Velha estão muito bem classificadas nas primeiras séries, inclusive na média brasileira, o que já não ocorre nas séries finais”, reportou ele. Krummenauer fez uma explanação do Outsourcing de Impressão trabalho realizado pela Agenda 2020. “Desenvolvemos projetos dentro de várias áreas, com eixos de crescimento, com inovações e tecnologias que podem ter diferenciais importantes. Acreditamos que, se fizermos nosso dever de casa, conseguiremos chegar lá”, ressaltou. Com relação à economia, aponta a área de tecnologia, por meio dos Parques Tecnológicos, como uma alternativa para o desenvolvimento do RS. O Prato Principal teve o patrocínio da Cigam Software Corporativo, Estrelatur Turismo e Sicredi, com apoio do Hospital Regina e colaboração de Cavian Arts Promocionais e de Sucos Petry. 211,31 mm Foto: Fábio Winter & Lu Freitas a sociedade quer Ronald Krummenauer apresentou as ações da Agenda 2020 A locação proporciona redução de custo e traz benefícios para sua empresa: Preservação do capital de giro Previsão de gastos Assistência técnica certificada Suprimentos originais e homologados Tempo de atendimento reduzido Controle da produção de documentos Benefícios tributários Foco no seu negócio Não se preocupe mais com orçamentos de suprimentos, chamados de assistência técnica e falta de qualidade nas impressões. Opte pela estabilidade e previsibilidade que um contrato de locação pode proporcionar. (51) 3525.2139 O EMPRESÁRIO | 31 www.lasernh.com.br CAPACITAÇÃO NEGOCIAÇÃO EM VENDAS - TÉCNICAS PARA COMPRADORES E VENDEDORES Período: 10, 11 e 12 de setembro Horário: 18h30min às 22h30min Instrutor: Sérgio de Assumpção Cursos LIDERANÇA E GESTÃO DE PESSOAS NO SÉCULO XXI: A LIDERANÇA DE SUA EMPRESA ESTÁ EM ON, OFF OU STAND BY? Período: 10, 11 e 12 de setembro Horário: 18h30min às 22h30min Instrutora: Dória Tereza de Marco de Assunpção CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS - ESTUDO E APLICAÇÃO PRÁTICA DAS PRINCIPAIS REGRAS Período: 23, 24, 25 e 26 de setembro Horário: 18h30min às 22h30min Instrutora: Ana Paula de Mesquita Maia Santos EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO – ESTÂNCIA VELHA Período: 21 e 24 de outubro Horário: 18h30min às 22h30min Instrutor: Roberto Herrera Arbo PCP – PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO MÓDULO I Período: 24 e 25 de setembro Horário: 18h30min às 22h30min Instrutora: Luciana Roberta de Moura REMUNERAÇÃO ESTRATÉGICA VARIÁVEL MODISMO OU DIFERENCIAL COMPETITIVO? Período: 22 e 23 de outubro Horário: 18h30min às 22h30min Instrutor: Paulo Airton dos Santos PLANEJAMENTO DE CARREIRA Período: 01 e 02 de outubro Horário: 19 às 22h Instrutoras: Érica Halty e Gessieli Haussen NEGOCIANDO POR TELEFONE Período: 28 e 31 de outubro Horário: 18h30min às 22h30min Instrutor: Roberto Herrera Arbo GESTÃO FINANCEIRA DA EMPRESA Período: 16 e 17 de outubro Horário: 18h30min às 22h30min Instrutor: Ricardo Zanchin PRÁTICO DE ICMS, IPI E ISSQN - CAMPO BOM Período: 30 e 31 de outubro Horário: 18h30min às 22h Instrutor: Ademir Vanzella Gestão e Liderança tem início dia 4 de setembro A ACI dará início, dia 4 de setembro, em mais uma edição do curso Gestão e Liderança, que tem o objetivo de estimular e aprimorar competências que possibilitem aos líderes transformarem-se em agentes de mudanças nas organizações. As inscrições podem ser feitas pelo site www.acinh.com.br/cursos. O curso segue até 7 de novembro, sempre nas quartas e quintas-feiras, das 16 às 19h. Confira a programação e os instrutores: 32 | O EMPRESÁRIO Módulo 1: Planejamento Estratégico Institucional Instrutora: Ângela Schmidt Período: 04, 05 e 11 de setembro Módulo 2: Gestão de Processos Instrutora: Fernanda Michele Klauck Período: 12 e 18 de setembro Módulo 3: Gestão da Tecnologia da Informação Instrutor: Carlos Henrique Schwartzhaupt Período: 19 e 25 de setembro Módulo 4: Gestão Contábil e Financeira Instrutor: Marcelo Paveck Ayub Período: 26 de setembro, 02 e 03 de outubro Módulo 5: Cliente e Mercado Instrutor: Thiago Zeni Período: 09 e 10 de outubro Módulo 6: Liderança e Desenvolvimento de Pessoas Instrutor: Wilson Calé Período: 16 e 17 de outubro Módulo 7: Governança Corporativa Instrutora: Patrice Gaidzinski Período: 23 e 24 de outubro Módulo 8: Sustentabilidade Legislação e Gestão Ambiental Instrutor: Jackson Müller Período: 30 e 31 de outubro Módulo 9: Gestão de Conflitos e Mudanças nas Organizações Familiares Instrutora: Patrice Gaidzinski Período: 06 e 07 de novembro A homenagem da ACI ANIVERSARIANTES Aniversariantes de Junho Fotos: Fábio Winter & Lu Freitas A ACI homenageou seus associados aniversariantes utilizando o crédito de fundação de cinco em cinco anos. A entrega da homenagem no mês de junho foi realizada pelo presidente da Fundação Semear, Edgar Luiz Fedrizzi Filho, e no mês de julho pelo presidente da entidade, Marcelo Clark Alves. Parabéns a todas! Ana Lúcia Gouveia Cholet e Algacir Antônio Lemos da Costa, da Anna Gouveia Bolsas Eireli ME, pelos 5 anos de fundação André Luis Ghis Arrué, da Arrué Advogados, pelos 5 anos Pedro Gilberto Brand, da Brand Assessoria Empresarial e Aduaneira, pelos 5 anos Armelindo Vanzella, da Ilsa Brasil Indústria de Fertilizantes Ltda, pelos 5 anos Edson Luiz Michelon e Silvia Maria de Azevedo Krewer, da Innova Seguros e Imóveis, pelos 5 anos Elisangela Ferreira, da Dupla Ética Contabilidade, pelos 10 anos Lúcia Flores Moehlecke, da Florauto Comércio de Veículos Ltda, pelos 10 anos Carlos Alberto Rodrigues da Silva, da R-One Agenciamento de Cargas Internacionais Ltda,pelos 10 anos João Wagner Santos Brehm, da Styka André Alexandre Thomas e Ivanir Freitas Thomas, da Tera Byte Centro Técnico Digital Ltda, pelos 5 anos Indústria de Cordas e Cordões Ltda, pelos 10 anos Fernanda Schmitt Petry, da Cartoprint Indústria e Comércio de Embalagens Ltda, pelos 15 anos Felipe Ferreira Silva, do Ineje, pelos 15 anos Rogerio Wiethauper e Vanderlei Schneider, da RW Informática, pelos 15 anos Cesar Scheer, da Tanquímica Indústria e Comércio Ltda, pelos 15 anos Pedro Moacir Joazeiro, da Teccos Tecnologia em Computadores e Sistemas Ltda, pelos 20 anos Angelica Rodrigues Henckel, da Sinostur Turismo, pelos 25 anos Margarete Picolli Morsch, do Hotel Fenac, pelos 35 anos Aniversariantes de Julho Gerson Luiz Flesch, da Auto Elétrica Flesch Car Ltda, pelos 15 anos Gilmar Haag, da Cofrag Indústria e Comércio Ltda, pelos 25 anos Débora Trierweiler, da Apoteka Farmácia Dermatológica Ltda, pelos 30 anos Raul Kruse, da Dimel Materiais de Embalagem Ltda, pelos 45 anos Carlos Eckhard, do Sinduscon Novo Hamburgo, pelos 70 anos O EMPRESÁRIO | 33 PARCERIAS Valorizando a participação empresarial Oferecendo qualificação, desen- beneficiem a região, a ACI conta A entidade reconhece e agradece volvimento, crescimento e no- com decisivas parcerias para a as seguintes organizações: vas perspectivas de negócios que realização de diversos projetos. Prato Principal De Sócio para Sócio Æ Economia & Negócios CRERH – Recursos Humanos Mulheres Empreendedoras Seminário Aduaneiro Anunciantes desta edição Astoriun Tecnologia Ltda www.astoriun.com.br Estrelatur Turismo www.estrelatur.com.br Centro de Integração Empresa Escola do RS - CIEE www.cieers.org.br Fenac S/A Feiras e Empreendimentos Turísticos www.fenac.com.br Cigam Software Corporativo Ltda www.cigam.com.br Laser Copiadoras, Impressoras e Multifuncionais Ltda www.lasernh.com.br Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados Pioneira da Serra Gaúcha - Sicredi www.sicredi.com.br Criativa Gerenciamento de Imóveis Ltda www.criativaimoveis.com.br 34 | O EMPRESÁRIO Restaurante O Bifão www.bifao.com.br Unimed Vale do Sinos www.vs.unimed.coop.br Universidade Feevale www.feevale.br
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