6 inovação e tecnologia

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6 inovação e tecnologia
2 | O EMPRESÁRIO
EDITORIAL
Impostos x infraestrutura,
educação x segurança
Por Marcelo Clark Alves
Presidente
Num país como o Brasil,
onde o emaranhado de
leis, decretos e medidas
provisórias fazem parte do
nosso dia a dia, a questão
tributária, infelizmente, é
assunto recorrente junto à
classe empresarial e entidades
representativas. Desviamonos do foco produtivo e
invariavelmente somos
levados a usar boa parte
do tempo para atender
ao complexo sistema de
impostos, sob o risco de nos
tornarmos inadimplentes por
conta de qualquer deslize na
interpretação das chamadas
obrigações legais.
Poderia ser diferente? Temos a plena convicção que sim. A tão sonhada reforma tributária parece um assunto desgastado, mas não é.
A dificuldade criada para as empresas e, por
consequência, para o cidadão enquanto pessoa f ísica é mais um elemento no chamado
Custo Brasil, que encarece nossos produtos e
serviços, reduzindo, e por vezes eliminando,
qualquer chance de competitividade em nível
internacional.
Esta pauta é preocupação permanente na nossa ACI e ganha força quando o mês de maio se
aproxima, trazendo um envolvimento maior
da comunidade com o Dia da Consciência
Tributária. Infelizmente, por conhecermos
a velocidade com que este tipo de assunto
avança junto aos nossos homens públicos em todas as esferas - precisamos usar as mais
variadas estratégicas para alertar sobre este
exagero tributário existente no país.
Somos campeões em arrecadação de impostos, e via de regra últimos colocados em
quesitos básicos como educação, saúde, segurança e infraestrutura. Algo incompreensível
para um Brasil onde se produz safras recordes, mas que se perdem em estradas inadequadas, portos ultrapassados e falta de locais
para armazenamento. Por isto, a ACI vem trabalhando cada vez mais com foco na educação e conscientização tributária da sociedade,
principalmente junto aos estudantes.
Somente quem sabe os tributos que paga sabe
os direitos que tem. A frase já é antiga e ao
mesmo tempo é mais atual do que nunca. No
dia em que as pessoas acordarem de verdade
para este tema, estará aí a oportunidade de
mudarmos este sistema que na maioria das
vezes é injusto. Somos obrigados a recolher
impostos em dia, mas nos faltam escolas, hospitais, estradas, saneamento básico... Sobram
problemas na área da segurança, da infraestrutura básica, do transporte público...
Temos a Copa do Mundo pela frente, que a
propósito é um dos temas principais abordados nesta edição. Será que estamos realmente preparados para receber um evento deste
porte, aproveitar as oportunidades, ou pelo
menos cobrar das autoridades competentes
para que os recursos públicos sejam utilizados
com total responsabilidade?
De qualquer forma não devemos desanimar.
Pelo contrário, devemos nos fortalecer para
alterar este quadro. Uma boa alternativa é atuar de forma conjunta para sensibilizar nossos
agentes públicos sobre a necessidade cada vez
mais urgente de se atacar este problema com
isenção, coragem e determinação. Por isto,
reforçamos o convite para que a classe empresarial participe ativamente da nossa ACI, colaborando com ideias e propostas que possam
ser implementadas em busca de um desenvolvimento maior da sociedade brasileira.
O EMPRESÁRIO | 3
Publicação da Associação Comercial, Industrial
e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom
e Estância Velha
(ACI-NH/CB/EV) Rua Joaquim Pedro Soares, 540
Centro - CEP 93510-320 Novo Hamburgo/RS
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Rua dos Andradas, 470 - salas 4 e 6 - Centro
CEP 93700-000 - Campo Bom/RS
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Augusto Amaral Silva (Comunicação e Marketing),
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Cesar Schaeffer (Economia), Gladis Ester Killing
(Infraestrutura), Robinson Oscar Klein (Inovação
e Tecnologia), Eneias Walter Jung (Jurídico),
Evandro Kunst (Qualidade e Competitividade),
Cesar Augusto Ramos (Regional Campo Bom) e
Márcia Pilger (Regional Estância Velha)
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(Administrativo-financeiro) e Marco Aurélio
Kirsch (Relações Institucionais) Secretaria: Elen
Marques Nunes Supervisão: Maria Lúcia Chaves
de Almeida (Relacionamento com Clientes), Katia
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Design e Editoração Comitê editorial: Ana Klein
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Silva, Elen Marques Nunes, José Eduardo De Zotti,
Karin Wide Schwartzhaupt, Karollin K. Ferrareze,
Katia Foerster, Marco Aurélio Kirsch, Maria Lúcia
Chaves de Almeida, Mariana S. de Lima dos Santos e
Natashe Bolzan Contato comercial: (51) 2108-2108
Tiragem: 2 mil exemplares
4 | O EMPRESÁRIO
6
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
8
INDÚSTRIA
O incentivo para as empresas por meio de editais
Entidade entrega pleitos ao Governo Federal
SUSTENTABILIDADE
10
Braskem apresenta seu foco ambiental
11
COMÉRCIO EXTERIOR
Associados têm esclarecimentos sobre o SISCOSERV
MATÉRIA DE CAPA
12
Oportunidade com a chegada da Copa do Mundo
QUALIDADE
16
A busca pela excelência
VICE-PRESIDÊNCIA
17
Por que ser sócio de uma entidade?
EMPREENDEDORES
18 JOVENS
Reuniões trazem aprendizado com os experientes
MUNDO VIRTUAL
20
Os regras e novas leis sobre a Internet
CURSOS
22
As opções de qualificação e o início do segundo MBA
ASSOCIADOS
24
Novas empresas no quadro social da entidade
MULHERES EMPREENDEDORAS
26
Uma programação especial pelo Dia da Mulher
FUNDAÇÃO SEMEAR
30
Destine seu IR para questões sociais
PRATO PRINCIPAL
31
A lição de gestão por Clovis Tramontina
JURÍDICO
32
Incentivos fiscais federais de inovação tecnológica na prática
ANIVERSARIANTES
33
A homenagem da ACI aos seus associados
É permitida a reprodução de matérias sem prévia autorização, desde que citada a fonte. As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, a opinião da ACI, sendo de inteira responsabilidade
dos entrevistados e articulistas. Agradecemos a gentileza da colaboração das assessorias de imprensa.
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
Estimulando a
competitividade
“Há oportunidade para inovar sempre e em tudo”
Um produto, negócio ou processo
novo não tem competição, ao menos
por um tempo, e esta é a grande vantagem das empresas que inovam. Elas
definem seu mercado e seu preço, com
melhores resultados. Podem investir
em mais inovações e criar um círculo
virtuoso. “Um exemplo que me chamou muita atenção foi o ranking das
melhores inovações de 2012. A nona
colocada foi um calçado, porém mais
leve, pois não tem sobreposição de
materiais, e mais confortável, sendo
construído exatamente no formato
do pé, mais ecológico, não deixando
resíduos de corte ou sobras de materiais. Na aparência, um tênis exatamente como os que usamos hoje. A
inovação foi na forma de produzir o
tênis. Ao invés de comprar, cortar,
colar, costurar vários materiais diferentes, este tênis é construído de
forma similar como se faz uma meia
de tricô, usando o fio correto em cada
local, de forma a produzir reforços
e acabamentos necessários”, observa
Robinson Klein.
A proposta não é tão nova, pena que
6 | O EMPRESÁRIO
Na pressão de cada dia, as empresas buscam alternativas para
sobreviver, melhorar produtividade e reduzir custos. “Sempre
tem algo a melhorar. Este cenário pode lembrar muitas situações, mas é uma grande fonte de criatividade. Assim como a
necessidade é a mãe da invenção, a competição é mãe da
inovação, quando chegamos no limite, a solução é criar
algo diferente, inovar!”, explica o vice-presidente de Inovação e Tecnologia da ACI, Robinson Oscar Klein.
não tive esta ideia antes, muitos devem estar pensando! “O importante é
termos em mente que há oportunidade para inovar sempre e em tudo. Outro exemplo do ranking de inovação é
um embalagem em que nada gruda,
assim a mostarda e o creme vão ser
aproveitadas até o final. Nada ficará
grudado no tubo, simples assim! OK,
vamos inovar, o primeiro passo está
em entender a importância e desenvolver esta cultura que é a inovação
que vai nos garantir um futuro melhor”, destaca.
Para contribuir com este trabalho, no
último mês, o Governo Federal lançou
o programa Inova Empresa, com R$ 33
bilhões a serem investidos até 2014, de
várias formas, apoiando as empresas a
inovar. Já dentro deste programa, a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) lançou um edital de subvenção
econômica de R$ 144 milhões. Assim
como o Governo do Estado do RS assinou, recentemente, 15 editais de fomento à inovação, ciência e tecnologia,
com recursos de R$ 89 milhões.
A cerimônia, no Palácio Piratini,
contou com a presença do ministro
interino da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luiz Antonio Rodrigues Elias,
representantes de universidades, empresas, polos e parques tecnológicos
e comunidade acadêmica voltada à
área de tecnologia. Os editais são da
Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT) e
Fundação de Amparo à Pesquisa no
Rio Grande do Sul (Fapergs).
O Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovação e o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançaram também a
Chamada Universal, com o maior volume de recursos da história, no valor
de R$ 170 milhões. O objetivo é apoiar
projetos de pesquisa em qualquer área
do conhecimento.
A ACI disponibiliza várias ferramentas para ajudar na inovação, como o
Banco de Problemas, o Banco de Ideias
e o Escritório de Projetos, que oferece
aos associados todos os editais como
propósito de inovar. Entre em contato
com a entidade, busque informações,
invista na criatividade.
INDÚSTRIA
ACI apresenta pleitos
ao governo federal
O presidente da ACI, Marcelo Clark
Alves, entregou ao ministro interino
de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro
Teixeira, três pleitos considerados de
grande importância e de imediato
efeito positivo para a economia. Os
temas englobam o Distrito Industrial
em Novo Hamburgo, a compensação imediata dos Créditos de Exportação, e ainda a necessidade de desburocratização do SISCOSERV.
Reunião foi realizada na sede da ACI
À convite da entidade, por meio do
advogado Carlos Scheid, integrante do
Comitê Jurídico da ACI, o ministro interino Alessandro Teixeira, o deputado
Federal Paulo Ferreira e o ex-vereador
de Porto Alegre Adeli Sell, reuniram-se com representantes da entidade.
O grupo se colocou à disposição, já
solicitando agendamento de reuniões
em Brasília para dar seguimento às
reivindicações, consideradas importantes pelos representantes federais.
No relato apresentado pela ACI foi
destacado que o município de Novo
Hamburgo tem em torno de 60% do
seu produto interno bruto no setor de
serviços. A indústria, apesar de todos
os esforços do governo federal e dos
empreendedores locais, vem perdendo espaço e contribui aproximadamente com 23% do PIB local. O setor
agropecuário participa com 0,32% do
PIB (IBGE, 2009). Considerando o
ano de 2012, o setor industrial local
perdeu 963 empregos na indústria de
transformação, de acordo com dados
da CAGED de 2012.
Ainda em seu argumento, a entidade
colocou que a revolução na produção
industrial, conhecida como cadeia de
8 | O EMPRESÁRIO
valor global ou global value chain, alterou significativamente o modo de se
produzir globalmente. “Isto, por sua
vez, requer ajustes no campo da política comercial. A recente elevação
de tarifas para insumos industriais
prejudica as cadeias produtivas com
participação de insumos importados,
especialmente as indústrias com produção destinada ao mercado interno
e que não podem utilizar o drawback.
Os exportadores também sofrem com
a elevação dos seus custos industriais
e mesmo com a utilização do drawback, são afetados por tal política. Neste
sentido, um ajuste fino deve ser realizado, dada a heterogeneidade das
firmas envolvidas na atividade industrial”, destaca o documento entregue
ao ministro interino.
Numa avaliação econômica, também foi destacado que a paralisação
da Rodada Doha, em 2008, implicou
também em uma alteração de postura
quanto à busca de acordos bilaterais
de comércio. “Tanto o Itamaraty quanto o Ministério do Desenvolvimento
Indústria e Comércio, paralisaram a
política comercial latu senso, que deveria estar baseada na busca de acor-
dos comerciais com foco na promoção
do crescimento do comércio internacional e dos fluxos de investimentos”.
Segundo dados na Organização Mundial de Comércio, desde 2003 foram
realizados globalmente 543 acordos
bilaterais de comércio, dos quais 354
estão em vigor. O Brasil, desde 1991,
realizou somente três acordos bilaterais e somente o acordo com Israel
está em vigor. “É muito pouco para um
país que tem por objetivo ser líder regional e um global trader”.
DISTRITO INDUSTRIAL – A ACI
reafirma que Novo Hamburgo precisa oferecer uma área adequada para
a atração e consequente instalação de
novas empresas, além da manutenção
das plantas produtivas de empresas
locais. “A partir da definição da área
a ser destinada para este empreendimento, queremos contar com o apoio
do MDIC para a atração de empresas
que agreguem qualidade, baixo impacto ambiental, gerem empregos e
inovação. E também contar com o
apoio deste Ministério na interlocução necessária junto ao BNDES para o
desenvolvimento de políticas atrativas
para o investimento e desenvolvimen-
to do próprio Distrito Industrial”, ressaltou o presidente da ACI.
CRÉDITOS DE EXPORTAÇÃO –
Na avaliação da ACI, o pleito para a
compensação de créditos de exportação para pagamento direto dos débitos previdenciários é imperativo para
a desburocratização e simplificação
no sistema tributário/previdenciário
nacional. “Com a determinação do
Governo ao apoiar a competitividade
nacional mediante incentivos e redução de impostos, este pedido vem ao
encontro e complementa a presente
política de mudanças e ajustes”, explicou Marcelo Alves.
SISCOSERV – Na carta entregue pela
ACI, no que refere-se ao SISCOSERV
é solicitada a análise para que ocorra a
dispensa do registro das operações que
tenham valor inferior a US$ 10.000,00
e que não foram objeto de contratação
de câmbio de compra e venda e a dispensa do registro das operações que
tenham valor inferior a US$ 3.000,00.
“Estes pedidos surgem em razão da
legislação atual que obriga as pessoas
jurídicas a efetuar o registro de todas
as operações, independentemente de
valor, da contratação de câmbio, do
meio de pagamento ou da existência
de contrato formal. Esta situação gera
um volume de informações muito
elevado e demanda uma série de controles internos pelas empresas”, cita o
documento. “Sempre considerando-se
que este pedido não prejudicará os objetivos e a utilização do SISCOSERV, é
fundamental a intervenção do MDIC
diretamente nesta questão”, reforçou o
presidente da ACI.
Novas reuniões sobre este tema já estão ocorrendo para verificar a melhor
forma de dar seguimento ao trabalho.
Também estavam presentes na reunião
a vice-presidente de Infraestrutura da
ACI, Gladis Killing, o diretor de Relações Institucionais, Marco Aurélio
Kirsch, e o integrante do Comitê Político da entidade, José Luis Mossmann.
FUNDAÇÃO SEMEAR - Durante o
encontro, o vice-presidente Jurídico da
Fundação Semear, Paulo Roos e a gestora Social, Helena Thomé, apresentaram um resumo das atividades desenvolvidas pela Semear, ressaltando
a importância da possibilidade de parcerias que permitam a continuidade e
fortalecimento das ações realizadas.
Anuncio_CURVAS.pdf 1 06/03/2013 22:02:40
O EMPRESÁRIO | 9
Braskem e a química sustentável
Com o tema “Braskem e
a Química Sustentável”,
o gerente de Projetos
da Diretoria de
Empreendimentos da
empresa, Antonio Xavier.
palestrou durante o Prato
Principal de março.
Antonio Xavier: “Estamos nos internacionalizando, nos globalizando”
Com uma visão focada em 2020,
apresentando os caminhos que a empresa pretende trilhar, Xavier, que
iniciou suas atividades no empreendimento como engenheiro de processo, mostrou a forma como a empresa
atua na sua produção, buscando um
desenvolvimento sustentável. “Precisamos satisfazer as necessidades das
gerações atuais, sem comprometer as
futuras”, ressaltou ele.
Definindo os sete macro-objetivos
prioritários, o palestrante destacou
que a empresa pretende estar em primeiro lugar mundialmente no setor
onde atua, tendo como base segurança, manutenção, excelência e saúde.
Para atingir este desenvolvimento
sustentável, a regra é seguir os sete
pontos destaques: ser referência em
segurança química, reduzir a intensidade de emissões de Gases de Efeito
Estufa (GEEs), aumentar a eficiência
hídrica e a energética, ser o maior
10 | O EMPRESÁRIO
produtor de resinas termoplásticas
a partir de matéria-prima renovável,
contribuir para reduzir o impacto dos
resíduos plásticos do pós-consumo e
também ser percebido como importante agente de desenvolvimento humano. “Temos indicadores, feitos por
meio de uma ação intensiva, que nos
mostram a melhor maneira de atuar
na educação com as pessoas, pois são
elas que operam com o patrimônio,
principalmente o humano”, observou.
Conforme o palestrante, a Braskem
movimenta 43 bilhões de reais em
receita bruta, sendo 15 bilhões em
exportação. Com 36 unidades industriais, 29 estão localizadas no Brasil.
“O mercado interno é muito forte,
mas estamos nos internacionalizando, nos globalizando”, afirmou.
ECONOMIA VERDE - Destacando a
economia verde, uma maneira de fazer negócios que adota uma postura
ambientalmente responsável e eco-
nomicamente viável, Antonio Xavier
enfatizou que neste modelo de desenvolvimento, empresas, governos e
a sociedade em geral passam a levar
mais em conta os impactos sociais e
ambientais de suas decisões econômicas. “A Braskem busca constantemente a química perfeita entre desenvolvimento e sustentabilidade”, pontuou
ele, ao falar sobre investimentos em
tecnologia para utilizar matérias-primas renováveis, além de impulsionar
a indústria de reciclagem.
O presidente da ACI, Marcelo Clark
Alves, destacou que a Braskem atua
com o mesmo tripé da entidade, ou
seja, reunindo os setores da economia, do social e do ambiental. O Prato Principal teve o patrocínio da Cigam e Sicredi, com apoio do Hospital
Regina e colaboração da Cavian Arts
Promocionais e dos Sucos Petry, além
da parceria de Irius Gastronomia e
Sociedade Ginástica.
Foto: Fábio Winter/Lu Freitas
SUSTENTABILIDADE
COMÉRCIO EXTERIOR
Tirando dúvidas
sobre o Siscoserv
Empresas da região puderam conhecer e tirar dúvidas sobre o Siscoserv
(Sistema Integrado do Comércio
Exterior de Serviços, Intangíveis e
Outras Operações que Produzam
Variações no Patrimônio). O evento
reuniu 130 participantes e foi organizado em uma parceria entre a ACI
e a Associação dos Contabilistas de
Novo Hamburgo. O auditor-fiscal da
Receita Federal, Tiago Spengler, foi o
responsável por explicar o funcionamento do sistema.
Em operação há pouco mais de seis
meses, o Siscoserv é um programa
da Receita Federal usado para que as
Outsourcing
de
Impressão
empresas declarem compras e vendas
de serviços intangíveis realizadas em
transações com empresas do exterior.
O sistema, ainda novo, tem gerado
dúvidas entre os empresários. Para o
auditor-fiscal o grande volume de dúvidas e a intensa procura das empresas é normal nesse momento. Como o
sistema é amplo, e usado por diferentes setores, Spengler deu prioridade
a questões que envolvem operações
realizadas rotineiramente pelas empresas do Vale do Sinos.
“Cada região tem as suas particularidades, por isso
optei por
211,31
mmtrazer questões relacionadas aos negócios daqui.
Auditor-fiscal da Receita Federal,
Tiago Spengler, respondeu aos
questionamentos sobre o novo sistema
As empresas também puderam apresentar as suas dúvidas previamente,
e isso nos ajudou a ajustar o foco da
palestra”, ressaltou. A palestra teve o
patrocínio da Ocean Express.
A locação proporciona redução
de custo e traz benefícios para
sua empresa:
Preservação do capital de giro
Previsão de gastos
Assistência técnica certificada
Suprimentos originais e homologados
Tempo de atendimento reduzido
Controle da produção de documentos
Benefícios tributários
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Não se preocupe mais com orçamentos
de suprimentos, chamados de assistência
técnica e falta de qualidade nas impressões.
Opte pela estabilidade e previsibilidade que
um contrato de locação pode proporcionar.
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COPA 2014
No país do futebol...
...um campo de oportunidades
O que parecia um prazo suficientemente grande, anunciado com quase sete
anos de antecedência, já não é mais. A proximidade da Copa do Mundo de 2014
em solo brasileiro é pauta obrigatória em todas as esferas públicas, que corre
atrás do tempo perdido para efetivar o que foi prometido para aquele que é
conhecido como o maior evento do planeta. No país do futebol, um acontecimento como este acaba envolvendo toda a população, mesmo que involuntariamente. Afinal, recursos públicos vêm sendo utilizados maciçamente para a construção e reforma de estádios e obras de infraestrutura. E neste
processo todo, as empresas estão atentas para aproveitar as oportunidades
que acompanham um evento deste porte? O país tem as condições adequadas
para receber milhares de turistas esperados? Qual o legado que ficará com a
sociedade brasileira após julho de 2014?
Perguntas
como estas
são frequentes e
despertam um clima que mistura otimismo, expectativas e
preocupação. Ainda que
o ritmo de crescimento da
economia brasileira não seja
o esperado, questões que deveriam ser básicas ainda patinam
no nosso país. Enfrentamos graves
problemas nas áreas da mobilidade
urbana, transporte público, segurança, turismo, comunicações, rodovias,
portos e aeroportos. Desde que a
Copa do Mundo foi confirmada para
o Brasil, sobraram anúncios de investimentos em infraestrutura. De acordo com informações da Consultoria
Legislativa do Senado, a Copa custará
cerca de R$ 81 bilhões, considerando-se recursos públicos e privados.
12 | O EMPRESÁRIO
EMPRESAS – Por um lado discussões
sobre as necessidades de investimentos ou eventuais dificuldades, por outro, empresas de todos os portes pegam carona na realização do evento.
Marcas globais desenvolvem campanhas milionárias, enquanto empresas
locais usam de muita criatividade para
não deixar passar as oportunidades.
O Grupo Amazonas, por exemplo,
licenciou junto à FIFA a sandália oficial para a Copa das Confederações e
Copa do Mundo. “A sandália do Fuleco
vai levar tanto a marca Brasil quanto a
marca Amazonas Brands para todo o
mundo. Estamos apostando no legado
que esta ação vai deixar”, disse o diretor de marketing da empresa, Ariano
Novaes, durante o lançamento do produto na Couromoda deste ano.
Outras empresas, em proporções
menores, também pretendem buscar
oportunidades do evento mundial,
sendo que boa parte aposta no aumento de consumo previsto para o período
dos jogos. Com relação a produtos, a
dificuldade maior está com relação
ao licenciamento necessário junto à
FIFA, que detém os direitos de imagem relativos à Copa do Mundo. Este
licenciamento é obrigatório e a produção e venda de produtos não autorizados é ilegal, estando sujeito à penalização. No Brasil, a Globo Marcas é a
licenciadora oficial.
Assim, a área de serviços é a que pode
se beneficiar de forma mais fácil e
direta, já que não depende desta formalização. Mas é claro que as oportunidades diretas e indiretas aparecem
claramente nos setores de agronegócios, construção civil, comércio varejista, produção associada ao turismo,
madeira e móveis e tecnologia da informação, entre outras. De acordo
com levantamento feito pelo Sebrae,
em parceria com a Fundação Getúlio
Vargas, acessibilidade, logística, esporte e comunicação são as atividades
que contêm dezenas de possibilidades
de negócios para micro e pequenas
empresas.
Na hotelaria, por exemplo, o Swan
Tower já conta com a placa de acomodação oficial da Copa do Mundo 2014,
colocando-o entre os seletos hotéis da
FIFA, com prioridade na contratação
de hospedagens.
NOVO HAMBURGO – Novo Hamburgo e municípios vizinhos têm a
vantagem de estarem localizados
próximos a Porto Alegre, que sediará
jogos durante a competição. Assim,
áreas como o turismo, hotelaria e
gastronomia podem se beneficiar do
esperado aumento de turistas na região. A ACI, atenta a toda esta movimentação, já encaminhou à Fenac uma
proposição de análise para que a Festa
Nacional do Calçado de 2014 tenha a
sua data antecipada para o período da
Copa. “A previsão é de que teremos um
grande número de turistas pela região
e pelo Estado, principalmente pelo fato
de Novo Hamburgo ter sido selecionada como um dos municípios subsede.
Visualizamos como uma oportunidade de mostrar ainda mais a qualidade,
comercializando os produtos do setor
coureiro-calçadista, já que a Fenac realiza um grande evento com este propósito”, enfatiza o presidente da entidade,
Marcelo Clark Alves. Outras ações da
ACI estão relacionadas à realização de
cursos, treinamentos e qualificação em
diversas áreas, além de sediar vários
debates, reuniões e palestras sobre o
tema Copa do Mundo.
O representante da ACI no Comitê
Novo Hamburgo na Rota da Copa,
Otair Leite Silva, lembra que um even-
to como este representa uma grande
oportunidade de mostrarmos para o
mundo o quanto podemos ser organizados. “Este mega evento tem um caráter festivo, mas para se tornar algo
com brilho como foi em outros países, existem muitos serviços que necessitam ser incrementados para dar
sustentabilidade ao acontecimento:
transportes, hospedagem, segurança,
comunicação, transmissão de dados,
alimentação e principalmente a nossa participação como cidadãos orgulhosos em receber visitantes de várias
partes do planeta”, afirma.
Segundo ele, existe toda uma preparação que antecipa o evento e envolve
diferentes segmentos como capacitação profissional, aprendizagem de
novas línguas, entre outros. “Teremos
que embelezar a cidade, nossas empresas, casas. Nesta direção, poderão
se abrir outras frentes de trabalho
para pintores, jardineiros, gráficas,
hotéis, restaurantes, empresas de
eventos, entre outros profissionais ligados ao turismo. Tudo
isto pode afetar positivamente o comércio local, para aqueles que
visualizam
novas
oportunidades de
negócios e que
poderão atingir
um público diferente dos que costumam vir às feiras
coureiro-calçadistas
em nossa cidade” justifica Otair Silva. Para
ele, quem souber criar
e investir nesta hora terá
realmente um ótimo resultado. “É por isso que nós,
da ACI, estamos participando
de forma integral em todas as
reuniões cujo tema envolve Copa do
Mundo, para favorecer nossos associados nesta oportunidade única que,
bem aproveitada, poderá despertar
neste novo perfil de turista o desejo de
voltar mais vezes”, complementa.
ACREDITAR - Já a vice-presidente
de Serviços da ACI, Carmem Kauer,
tem convicção de que a Copa pode
beneficiar Novo Hamburgo e região, suas empresas e sua população.
“Basta acreditar e trabalhar. Relatos
da experiência de outros países comprovam esta possibilidade e nos remetem à conclusão de que se não fizermos nada, realmente não teremos
nada de retorno. Portanto, a questão
é agir, e agir logo. Serão poucos jogos em Porto Alegre, mas nestes a
previsão é de que cinco equipes irão
O EMPRESÁRIO | 13
COPA 2014
OS BENEFÍCIOS
OS GARGALOS
3
1
Incremento
do turismo
Prestação
de serviços
em alta
2
3
1
Atraso no
cronograma
das obras
Falta de
planejamento
Movimentação
no comércio
2
Custo excessivo
na construção
dos estádios
4
Cursos de
qualificação
5
6
7
Capacitação
profissional
Obras de
infra
estrutura
4
Mobilidade
urbana
Divulgação
do país
5
6
8
Atendimento
na Saúde
9
Integração
das forças de
segurança
Aeroportos
ultrapassados
10
Melhorias
na área da
saúde
competir e que trarão para o Rio
Grande do Sul todo um séquito que
envolve delegação, imprensa e torcedores. E o que oferecer para atraí-los
à nossa região nos dias em que não
houver jogo? Temos a nossa tradição
de Capital Nacional do Calçado. Ainda somos reconhecidos ou lembrados
como tal e podemos fazer uso da nossa
Fenac para realizar um grande evento
e incentivar o comércio local para que
promova o nosso calçado, propondo um turismo de compras em Novo
Hamburgo. Quanto à gastronomia e
hotelaria, temos bons restaurantes e
hotéis na cidade, mas precisamos estar preparados com estrutura e pessoal mais qualificado para receber um
público internacional. Tradição germânica: por que não fazer uso deste
nosso legado? Tradição gaúcha: por
que não mostrar ao mundo a beleza
14 | O EMPRESÁRIO
Segurança
pública
8
Aparelhamento
de aeroporto
9
7
Comunicação
– Internet
Energia Risco de
apagões
11
Investimentos
em transporte
público
da nossa música e da nossa dança, tão
bem cultivados aqui?”, questiona Carmem Kauer.
Na sua avaliação, é necessário um bom
trabalho de divulgação e de preparação da cidade, tanto na questão de infraestrutura, sinalização e orientação,
quanto de capacitação das pessoas
para receber este público. “Podemos
tornar Novo Hamburgo mais bonita, mais caprichada. Aí está, a meu
ver, nosso grande legado, uma vez
que tudo que fizermos para melhorar
nossa cidade e nossa gente para o curto período da Copa vai ficar, não vai
embora com o turista. Fazer com que
os setores público e privado se unam e
abracem esta causa é nosso papel como
entidade de classe que há mais de 90
anos defende os interesses da nossa indústria, comércio e serviços, incluindo
Campo Bom e Estância Velha. Ações
10
Transporte e
rodovias
11
Atendimento
ao turista
isoladas certamente não terão a força
e o efeito de um trabalho organizado
e estruturado conjuntamente com os
diversos setores. Não ganha o hotel
A, ou o restaurante ou loja B. Ganha
a cidade e todos que participarem deste evento, num momento certamente
único para nós”, complementa a vice-presidente de Serviços da ACI.
INVESTIMENTOS - Para o assessor
econômico da ACI, Luis Carlos Yllana
Kopschina, a Copa do Mundo é uma
oportunidade única de promover o
desenvolvimento urbano da região em
um período de tempo relativamente
curto, dado que os municípios terão
de se adequar aos padrões da FIFA em
termos de conforto e segurança para
grandes eventos. “Portanto, grandes
investimentos em transporte público,
especialmente linhas de metrô, corredores exclusivos para ônibus, estradas,
COPA 2014
aeroportos e ainda investimentos na
área de telecomunicações serão realizados na região. Estes investimentos
são de grande importância, pois permanecerão depois do evento, aumentando os ganhos de produtividade do
setor privado e, assim, se transformando em um vetor permanente de desenvolvimento da região”, avalia ele.
Durante a Copa, o grande número de
turistas impulsionará o setor de serviços, e principalmente o comércio.
“Esta é a oportunidade de mostrar ao
mundo que podemos atender bem os
turistas, credenciando a região como
sede potencial de futuros eventos de
grande porte. Faltando pouco mais de
um ano para o início da competição,
sabemos que nem tudo o que foi programado será realizado. Este é o nosso jeito de progredir. Não teremos a
precisão germânica da Copa de 2006 e
sim uma Copa com algum grau de improviso, nossa especialização tropical”,
considera Luis Carlos Kopschina.
QUALIFICAR - O presidente do
SindGastrHô, entidade que representa mais de 1.200 empresas do setor de
gastronomia e hotelaria nas cidades
de Novo Hamburgo, Campo Bom,
Estância Velha, Dois Irmãos, Ivoti e
Sapiranga, entende que as cidades que
recebem visitantes durante a Copa são
beneficiadas com um fluxo de turistas
internacionais importantes, das classes A e B e, principalmente, visitantes
do próprio país. “Acredito que a nossa
região receberá turistas estrangeiros
e locais durante os jogos da Copa. O
maior ou menor fluxo dependerá da
hospedagem ou não de uma seleção
de algum país em nossa região. É um
momento propício para divulgação
das empresas e para a qualificação dos
serviços envolvidos no atendimento
ao turista”, avalia César Silva.
Para ele, é preciso enfatizar a presença
do Trensurb e aproveitar os benef ícios
logísticos que ele proporciona, reforçando o transporte coletivo de qualidade. “Também precisamos qualificar
as pessoas para que atendam em inglês
e espanhol, pelo menos. Nossa hotelaria e gastronomia é diferenciada, mas
precisa de ajustes e melhorias. Há
várias iniciativas que o sindicato está
fazendo nesse sentido, através de parcerias e promoções. Precisamos vender a imagem da nossa região a quem
visitará o Rio Grande do Sul”, ressalta
César Silva.
ESPORTE – Uma das primeiras ações
do novo prefeito de Novo Hamburgo,
Luis Lauermann, foi a criação da Secretaria de Esportes do município, que
está a cargo de Ricardo Ritter, o Ica. A
iniciativa tem como um dos objetivos
principais realizar uma série de ações
que possam significar a vinda de uma
seleção estrangeira para a cidade. “Estamos com este foco, pois isto significaria muitas vantagens para o município.
Vamos acompanhar de perto a Copa
das Confederações e talvez tenhamos
que ir à Europa para “vender” a imagem de Novo Hamburgo. Além disso,
mantemos excelentes contatos com o
secretário Estadual de Esporte e Lazer e
coordenador geral do Comitê Gestor da
Copa 2014 RS, Kalil Sehbe”, destaca Ica.
Ele também explica que o prefeito
Lauermann está empenhado em resolver questões localizadas no entorno
do Estádio do Vale, que antes mesmo
de recepcionar alguma seleção, poderá receber jogos do Campeonato Brasileiro como a “casa” do Internacional,
enquanto as obras do Estádio Beira
Rio não forem concluídas. Por outro
lado, alguns problemas são apontados
pelo secretário, entre eles a mobilidade urbana, investimentos em saúde e
a qualificação dos serviços, principalmente com relação ao aprendizado de
outros idiomas. “E isto é um legado
que permanecerá após a Copa e por
isto é preciso investir nestas áreas”,
acrescenta.
GARGALOS – Em meio a este campo
de oportunidades, nem todas as notícias são positivas. Muitas das obras que
se mostram necessárias estão atrasadas
e outras nem deverão sair do papel.
Duas áreas onde os problemas mais
significativos se concentram são a mobilidade urbana e a comunicação. Com
a BR 116 saturada, a esperança de um
trânsito um pouco maior para quem se
dirige do Vale do Sinos a Porto Alegre
fica por conta da futura BR 448. Porém,
esta vantagem será sentida somente
a partir de Sapucaia do Sul, já que os
engarrafamentos provocam prejuízos
também no trecho entre São Leopoldo
e Ivoti. Uma alternativa seria a RS 010,
a Rodovia do Progresso, que deve levar
oito anos para ser construída.
Ainda na área da logística, o Aeroporto Salgado Filho será o portão de
entrada de turistas e delegações estrangeiras. Mas até que as reformas
previstas sejam efetivadas, o clima é
de apreensão. Ampliação da pista, aumento do terminal, um novo edif ício-garagem e a instalação de um sistema
que permita operações em dias de neblina são obras aguardadas há muito
tempo pelos gaúchos. Com relação à
telefonia, a maior queixa é quanto à
qualidade do sinal. E enquanto muitos falam na evolução para o 4G, boa
parte dos consumidores deste serviço
têm como desejo apenas que as ligações não sejam interrompidas pela
queda de sinal.
O EMPRESÁRIO | 15
QUALIDADE
Investindo na excelência
A ACI, por meio do Comitê Regional
Qualidade RS – Vale do Sinos – tem
buscado alternativas para que as empresas possam investir cada vez mais
em qualidade, no que tange as pessoas, seus produtos e serviços. Uma
das ferramentas que tem dado resultados positivos é a formação no curso
GDE (Gestão e Desenvolvimento para
Excelência). “O curso proporciona a
melhoria na satisfação de seus clientes, aumenta a competitividade dos
empreendimentos e está comprovado
que as empresas que investem neste
programa têm crescimento superior e
ainda melhoram a satisfação de todas
as partes interessadas”, frisa o vice-presidente de Qualidade e Competitividade da ACI, Evandro Kunst, também presidente do Comitê Regional.
Concluíram o curso em dezembro do
ano passado 47 alunos, de 32 empresas.
“O programa desenvolvido ao longo do
ano tem como objetivo desenvolver as
habilidades gerenciais das liderança
para melhorar os resultados de suas
empresas. O GDE capacita os gestores
das organizações seguindo os oito critérios de gestão propostos pelo PGQP
– Programa Gaúcho da Qualidade e
Produtividade, utilizando-se da metodologia e das ferramentas da qualidade
total”, explica o coordenador técnico do
Programa GDE, Jesus Noé Borges.
curso neste ano e que já estão em aula.
Andréia Machado da Silva, gerente
comercial da Real Novidades, de Novo
Hamburgo, também realizou o curso,
em 2011. Indicou colegas em 2012 e
também para 2013. “Todo colaborador deveria participar desde o início
de suas atividades numa empresa, pois
recebemos as condições necessárias
para avaliar a importância de cada setor, independente de ser micro, pequena, média ou grande empresa”, ressalta
Andréia, enfatizando que outro ponto muito importante do curso são as
oportunidades das visitas técnicas.
O diretor financeiro da Styka Indústria de Cordas e Cordões, Paolo Citton
Brehm, de Campo Bom, enfatiza que
o aprendizado durante o curso teve
muita aplicabilidade na empresa. Ele
já havia realizado o MBA em Gestão
Empresarial e confirmou que o conteúdo do GDE permite abrir muitas
frentes, com visões para várias áreas.
“A teoria é aplicável de imediato”, destaca ele, complementando que indicou
quatro pessoas para a realização do
Uma pesquisa realizada entre os formandos de 2012 demonstra a satisfação em ter participado do curso, onde
cada um classificou o desempenho das
aulas e consultorias prestadas pelos
instrutores.
Resultados GDE 2012 - Percentual de Melhorou e Melhorou muito
100
96,15
90
85
80
85
90
95
85
85
80
85
85
80
70
85
85
90
90
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1 - Instrutor
7 - Planejamento e Implementação das Ações
13 - Atendimento ao Cliente
2 - Controle Financeiro
8 - Sistema de Delegação
14 - Qualidade dos Produtos e/ou Serviços
3 - Controle de Estoques
9 - Tomada de Decisão
15 - Comprometimento dos Colaboradores
4 - Relacionamento da Equipe
10 - Organização das Reuniões
16 - Organização dos Processos
5 - Relacionamento da Direção
11 - Sistema de Análise Crítica dos Indicadores
17- Organização dos Indicadores de Desempenho
6 - Relacionamento da Direção com a Equipe
12 - Qualidade da Comunicação
18 - Passou tema para ser desenvolvido entre as Consultorias
16 | O EMPRESÁRIO
VICE-PRESIDÊNCIAS
Por que ser sócio de uma entidade?
A necessária missão
de representar
Julio Cesar Schaeffer
Vice-presidente de Economia
Frequentemente somos instados
a justificar a decisão de associarse a uma entidade de classe.
Começo perguntando quem pode,
honestamente, dizer que nunca
ouviu falar em “a união faz a força”,
“uma andorinha só não faz verão” e
outras máximas do gênero? Seriam
estas apenas vãs palavras ou a
expressão da sabedoria através dos
tempos?
Entendemos a decisão de associar-se tão
importante como a própria iniciativa de
empreender/empresariar. Uma não deveria existir sem a outra. Vivemos numa
época em que o individualismo grassa e
quase todos se inclinam a prática do “cada
um por si” e do “salve-se quem puder”, seja
por imposições de ordem concorrencial, ou
desânimo em razão da ineficiência e custo
do Estado. Este, tomado pelas corporações
e lastreado na baixa noção de cidadania que
possuímos, nos remete a tempos feudais.
Assim, a cada dia, assistimos a criação de
despesas sem lastro, a multiplicação de benesses e direitos corporativos, e ao aumento da necessidade de arrecadar. Somos hoje,
talvez, um exemplo mundial de Estado ineficiente, perdulário, distante da sociedade e
de sua missão básica de servir ao cidadão.
Pior ainda, com uma burocracia elaborada
com requintes de sadismo, a tolher as iniciativas empresariais.
O que nos resta, como empresários, neste
contexto pouco animador? Aceitar passivamente os erros e muitas vezes a pecha de
usurpadores do suor alheio através do lucro, como já manifestado por governante
de triste memória?
Devemos fazer política. Sim, e aos que se
assustaram com o conselho, repito, fazer
política. Não nos referimos à política partidária neste espaço, inobstante dela devêssemos participar com maior ênfase. Falamos
de política empresarial. Falamos da canalização dos anseios comuns, da soma das reivindicações, do exemplo pelo trabalho, da
identificação de oportunidades, das críticas
e sugestões construtivas, enfim, falamos da
necessidade de falar pelo empresário e para
o empresário, este artista que vive no dia a
dia a dif ícil arte de empresariar.
E afirmamos conhecer apenas uma maneira
de fazê-lo. Associando-se a uma entidade.
Podemos até nos frustrar com a experiência, pois os resultados são de reflexo coletivo, e no mais das vezes, de dif ícil mensuração. No entanto, associando-se estaremos
ajudando a garantir o direito de ter voz e o
de fazer-se ouvir.
Reflitam sobre isto, quando convidados a se
associarem a uma entidade de classe.
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JOVENS EMPREENDEDORES
Por dentro dos
projetos de infraestrutura
A proposta de construção do
Aeroporto 20 de Setembro foi a
pauta principal da reunião de
abril do Comitê de Jovens Empreendedores da ACI. Convidado
para detalhar o assunto, o diretor
de Relações com a Comunidade
do Grupo Sinos, Miguel Schmitz,
apresentou um panorama completo do trabalho já realizado
até agora, e que tem como objetivo final a construção de um
aeroporto modelo que atenda
as reais necessidades de todo o
Estado quanto ao transporte de
carga e de passageiros. “Esta é
uma obra importantíssima para
o nosso desenvolvimento. Caso
isto não aconteça, os problemas
que já são verificados atualmente
vão ficar insuportáveis dentro de
poucos anos”, explicou Schmitz.
Durante a reunião, os jovens empresários aproveitaram para fazer
vários questionamentos, principalmente com relação a prazos e recursos, e também asseguraram total
apoio ao comitê que está à frente desta
iniciativa. “Em nome do grupo queremos afirmar que vamos caminhar lado
a lado com este projeto”, destacou o
coordenador do comitê da ACI, Miguel Marques Vieira.
EXPERIÊNCIA - Além de explicar
o projeto do novo aeroporto, Miguel
Schmitz ressaltou a importância de
que a nova geração esteja atenta a todos os assuntos que dizem respeito ao
desenvolvimento. “Fico satisfeito ao
saber que estas jovens lideranças querem participar ativamente dos nossos
destinos enquanto sociedade. Não
devemos temer desafios. A vida se
caracteriza pelos constantes desafios.
E devemos não só aceitá-los, como
também sermos provocadores de desafios”, disse o diretor do Grupo Sinos,
que entre várias atividades também já
foi prefeito de Novo Hamburgo no período de 1973 a 1977.
Miguel Schmitz: “Fico satisfeito ao saber que estas jovens lideranças querem participar ativamente”
18 | O EMPRESÁRIO
GESTÃO - Os integrantes do Comitê
de Jovens Empreendedores também
estiveram reunidos com o tabelião José
Flávio Bueno Fischer, que também já foi
presidente da ACI e do Colégio Notarial do Brasil. Ele contou ao grupo suas
experiências no trabalho e trajetória
profissional. “Através das boas práticas,
podemos alcançar nossos diferenciais”,
alertou, enfatizando que tem na generosidade a base de tudo. E complementou: “Temos que ser solidários com este
mundo que nos rodeia”.
Formado em Direito, Flávio Fischer
deu uma aula de entusiasmo aos jovens
empreendedores da ACI. “A gente tem
que ter coragem de fazer mudanças e
quebrar paradigmas, tendo consciência de que democracia não significa indisciplina”. O objetivo do encontro, de
acordo com o coordenador do Comitê,
Miguel Vieira, foi transmitir conhecimento e proporcionar aprendizado
por parte de quem já está no mercado
há muito tempo. O Comitê é formado
por 15 integrantes e realizará, durante
este ano, debates com empresários experientes de vários segmentos.
Flávio Fischer: “A gente tem que ter coragem de fazer mudanças e quebrar paradigmas”
Vem aí o 1º Encontro CJE
Comitê de Jovens Empreendedores ACI-NH/CB/EV
No dia 14 de maio o Comitê prepara
a realização do 1º Encontro de Jovens
Empreendedores da ACI-NH/CB/EV,
tendo como foco “A importância da
Governança Corporativa para empresas familiares”. O evento contará com
relatos de profissionais de mercado
que atuam com a Governança Corporativa e cases de grandes famílias
empresárias.
A programação terá início às 13h, no
Auditório da ACI. Entre os temas será
abordado “Governança Corporativa
nas Empresas Brasileiras”, com Carlos Biedermann, sócio da empresa
de auditoria PWC - PricewaterhouseCoopers, membro do IBGC desde
sua fundação e atual conselheiro. Ele
vai falar sobre as diferentes formas de
organização das famílias empresárias,
segundo as melhores práticas de GC,
e também os diferenciais competitivos
das famílias empresárias que adotam
estes modelos. “Os Desafios da Família Empresária” será tema para Magda
Geyer Ehlers, consultora de empresas
familiares e fundadora da Geyer Ehlers Consultoria e Instituto Sucessor.
Os desafios da família empresária
como centro de referência para a perpetuação de negócios será o foco deste
painel. São diferentes gerações de familiares que participam ou não par-
ticipam da gestão do negócio e que,
na maioria das vezes, a empresa é o
seu único elo. Como mitigar e reduzir
eventuais conflitos e preparando a família e a empresa para a sucessão será
uma das abordagens.
Também no evento será apresentado o
case do Grupo Sinosserra: Uma ferramenta de apoio à gestão e desenvolvimento do negócio. Estarão presentes
Suzana Maria Jacobus, diretoria executiva, André Jacobus Berlitz, gerente
Sênior Administrativo/Financeiro e
Guilherme Zugno Reis, gerente Sênior
de Controladoria. A família empresária que fundou este importante Grupo
há mais de 65 anos pretende apresentar suas estruturas e práticas de
Governança Corporativa construídas
para reunir a 2º e 3º geração na gestão.
O Grupo Sinosserra é atualmente o
maior grupo de concessionárias de veículos do Rio Grande do Sul, representando as marcas Chevrolet, Volkswagen e Fiat, além de atuar no ramo de
serviços financeiros com a Sinosserra
Administradora de Consórcios e com
a Aplicap Capitalização.
de Administração e diretor vice-presidente da Randon S.A. Implementos
e Participações. Uma das maiores empresas do RS apresentará o seu case de
Governança Corporativa que, desde
o início, foi incentivado e estimulado pelo seu fundador, Raul Randon.
A família Randon contará um pouco
das particularidades de seu processo, esclarecendo seu ponto de vista à
respeito de sua participação empresarial e organização familiar. O 1º Encontro de Jovens Empreendedores da
ACI tem o apoio das empresas Acessus Contabilidade, Killing, Imobiliária
e Incorporadora Sinuelo e 1° Tabelionato Fischer.
Ainda marca presença no encontro,
o case Randon - Perpetuação das
Empresas Familiares, com explanações de Alexandre Randon,
vice-presidente do Conselho
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O EMPRESÁRIO | 19
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MUNDO VIRTUAL
Internet... e a regulamentação
O assunto internet tem sido
debatido na ACI com frequência, buscando dissipar
dúvidas e encontrar respostas para tantos questionamentos que passam a surgir no dia a dia empresarial.
O Papo Com Café, promovido pelo Comitê Jurídico da
entidade trouxe o advogado Bruno Miragem, professor da Faculdade de Direito
da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (UFRGS),
para falar sobre a disciplina
jurídica da Internet.
20 | O EMPRESÁRIO
Na sua opinião o assunto internet é
antigo. Conforme ele, desde 1995 temos internet no Brasil e desde 1997
se debate o direito na internet. “Neste
tempo houve várias iniciativas e projetos de lei que nunca foram aprovados”, destacou. Em 2011, foi criado o
Projeto de Lei n. 281, que ainda tramita e que disciplina o comércio eletrônico de consumo, surgindo uma
nova sessão no Código de Defesa do
Consumidor.
Recentemente, a presidente Dilma
Rousseff assinou o decreto número
7962, que trata da regulamentação do
comércio eletrônico. “Os negócios na
internet têm uma importância cada
vez maior, e com a dinâmica dos serviços pela internet - jornais, compras,
informações, transações bancárias
- as pessoas começam a procurar auxílio jurídico quando necessário. E o
setor jurídico tem que resolver essas
questões”, afirmou ele. Por enquan-
to, segundo explicou, é preciso fazer
uma equiparação com o Código de
Defesa do Consumidor, que acabou
se tornando um marco dos danos na
internet.
Segundo Miragem, a Diretiva Europeia 31, de 2000, que disciplina as
atividades da internet como um todo,
diz que para que haja a responsabilidade do provedor no dano, é preciso
que ele tenha sido notificado do conteúdo nocivo e que depois disso não
tenha retirado o conteúdo. “Mas há
um problema nisso, pois no CDC a
responsabilidade é objetiva. Outro
conflito, desta vez de interesses, que
faz com que a matéria fique no congresso sem aprovação, são as empresas de comunicação em conflito com
as de radiodifusão”. O especialista cita
que para iniciar a tecnologia 4G no
País, por exemplo, as empresas de telefonia têm que compartilhar a estrutura, incluindo as antenas disponíveis,
Cortez falou sobre inovação integrando dispositivos móveis, sites e comércio eletrônico
e por isso ainda não chegaram a um
consenso e a matéria está há mais de
um ano em votação.
Mas então o que fazer para regular
a internet? “Primeiro, há que ter informação. Começando pelo básico,
é preciso informar quem é o fornecedor, nome, endereço geográfico,
CNPJ, informação sobre os produtos
e serviços ali comercializados e formas de pagamento com registros”, diz
o advogado.
Miragem: “Os negócios na internet têm uma importância cada vez maior”
FERRAMENTAS - O assunto também foi discutido durante o Economia
& Negócios, ocasião em que o consultor de Tecnologia Kleber Cortez
abordou o tema “Inovação integrando
dispositivos móveis, sites e comércio
eletrônico”. entre os tópicos discutidos ele falou sobre o garimpo de oportunidades e o que são dispositivos
móveis, além de como aproveitá-los
no atendimento de clientes e demais
rotinas diárias.
Cortez também explicou sobre a
identificação de projetos de design e
tecnologia para melhores resultados
operacionais e gerenciais, integrando
atuais investimentos; e ainda apresentou uma percepção tecnológica
adequada e as estratégias administrativas e comerciais para uso da internet
como geradora de oportunidades. O
Papo com Café e o Economia & Negócios tiveram o patrocínio da Justen &
Heberle Assessoria Contábil.
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15
ANOS
O EMPRESÁRIO | 21
CURSOS
Cursos
EXTENSÃO EM TRIBUTOS FEDERAIS
Data: de 6 de maio a 2 julho (segundas e terças-feiras)
Horário: 18h30min às 22h
Instrutor: Alexander Glaser
EXCEL BÁSICO
Data: 8 e 9 de maio
Horário: 18h30min às 21h30min
Instrutor: Carlos Henrique Schwartzhaupt
DICÇÃO, DESINIBIÇÃO E ORATÓRIA
Data: 6, 7 e 8 de maio
Horário: 18h30min às 22h30min
Instrutora: Daniella Gasperin
PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE
PRODUÇÃO MÓDULO II
Data: 13, 14 e 15 de maio
Horário: 18h30min às 22h30min
Instrutor: João Antonio Pires Rodrigues
COACHING E MENTORING
Data: 28, 29 e 30 de maio
Horário: 18h30min às 22h30min
Instrutora: Maria Josefina Klein
REGRAS FUNDAMENTAIS PARA EMISSÃO
DE NOTA FISCAL ELETRÔNICA
Data: 15 e 16 de maio
Horário: 18h30min às 22h
Instrutor: Ademir Vanzella
TELEVENDAS E TELEMARKETING: COMO ATENDER,
NEGOCIAR E VENDER POR TELEFONE
Data: 27, 28 e 29 de maio
Horário: 18h30min às 22h30min
Instrutora: Dória Tereza de Marco Assumpção
GRAFOLOGIA NA SELEÇÃO DE PESSOAS
MÓDULO AVANÇADO
Data: 7 e 8 de junho
Horário: Dia 7, das 18h30min às 22h30min.
Dia 8, das 8 às 12h
Instrutora: Vanderléia Finco Fuga
LOGÍSTICA DE ALMOXARIFADO
Data: 7 e 8 de junho
Horário: Dia 07, das 18h30min às 22h30min.
Dia 08, das 8 às 12h
Instrutor: Ricardo Vital
RESILIÊNCIA E A ARTE DE TRANSFORMAR A ENERGIA
DE UM PROBLEMA EM UMA SOLUÇÃO CRIATIVA
Data: 10 e 11 de junho
Horário: 18h30min às 22h30min
Instrutor: Wilson Calé
O SEGUNDO MBA EM GESTÃO
EMPRESARIAL NA ACI
A ACI deu início à segunda edição do MBA em
Gestão Empresarial que é realizado na entidade,
numa parceria com a Universidade do Vale do Rio
dos Sinos (Unisinos). O presidente da entidade,
Marcelo Clark Alves, e o coordenador do curso,
professor mestre Maurício Tagliari, deram as boas
vindas aos 25 alunos de 18 diferentes empresas da
região. As aulas seguem até abril de 2014, com 360
horas de aula + 60 horas para desenvolvimento da
monografia.
22 | O EMPRESÁRIO
IMPOSTOS
Dia da
Consciência Tributária
Integrando as atividades que marcam
o Dia da Consciência Tributária, em
25 de maio, a ACI promove a segunda edição de uma ação que deu excelentes resultados em 2012 e é focada
na turma jovem dos três municípios
de abrangência da entidade. É o concurso de redação com os estudantes,
tendo como tema “Quem conhece
os tributos que paga, sabe os diretos
que tem”. O lançamento do concurso
aconteceu dia 15 de abril e a premiação será durante o Prato Principal de
maio, programado para dia 23, na Sociedade Ginástica Novo Hamburgo.
Podem participar os alunos cursando
o 9° ano do Ensino Fundamental de
9 anos ou a 8ª série do Ensino Fundamental de 8 anos. “O objetivo está
em estimular a conscientização dos
alunos sobre a arrecadação de impostos e como refletem em sua
vida, na de seus pais e na
sociedade, além de instigar o senso crítico dos
jovens, visando maior
entendimento dos direitos e deveres dos cidadãos”, frisa o vice-presidente de Comércio da ACI, Geovane Schell. Nas
semanas de 13 a 24 de maio, escolas
dos três municípios também receberão palestras sobre o tema.
O EMPRESÁRIO | 23
ASSOCIADOS
Novos sócios
Março / 2013
na entidade
Nos meses de fevereiro e março a ACI recebeu
novos integrantes em seu quadro social. Confira
as empresas que agora fazem parte da entidade.
Sejam todas bem-vindas!
Fevereiro / 2013
Razão Social /
Nome Fantasia
Telefone
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24 | O EMPRESÁRIO
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DE SÓCIO PARA SÓCIO
Elio Becker
e sua trajetória profissional
O fundador do Centro de Natação
e Reabilitação Golfinho, Elio Becker,
esteve na ACI, apresentando sua
trajetória profissional durante o primeiro De Sócio Para Sócio do ano.
Nascido e criado em Rosário do Sul
até os 11 anos, sempre foi apaixonado por água. “Quando tinha oito
anos ganhei uma égua e ia até o
rio Paraíso, lá em Rosário, para nadar e mergulhar”, lembrou ele.
Já no município hamburguense, passou
a nadar na Sociedade Aliança e participou de vários campeonatos, onde
sempre foi bem colocado. No ano de
63 foi escolhido para integrar a equipe
de natação no Panamericano. “Naquela
época tínhamos que ganhar já nas eliminatórias para as olimpíadas”.
Formado em Educação Física pela
UFRGS (Universidade Federal do Rio
Grande do Sul), foi professor em várias
escolas de Novo Hamburgo. “Para todos os meus alunos, sempre apresentei
uma postura de escolhas, de dedicação
ao esporte e sem vícios”, reforçou. Nos
anos 1969/70 montou uma equipe que,
um ano depois, estava à frente no Grê-
Associados participaram do evento no Auditório da entidade
mio Náutico União, em Porto Alegre.
Em 73, decidiu que chegava a hora de
montar sua própria equipe. Foi quando seguiu para Carazinho, durante três
temporadas. E foi no final da década de
70 que abriu o Centro de Natação em
Novo Hamburgo, que hoje tem todas
as atividades baseadas na neurohidrobiomecânica, o que permite trabalhar
os músculos para um melhor aproveitamento e técnica. “As atividades aquáticas são indicadas para todas as idades
e melhora a saúde f ísica e mental das
pessoas com sua prática regular”.
Elio Becker participou de mais de 20
congressos mundiais de medicina esportiva e é também o único técnico da
América do Sul com três congressos
mundiais de natação. Ele comanda as
atividades no Centro de Natação Golfinho há mais de 35 anos e explica que a
água é excelente recuperadora. “O exercício, quando praticado corretamente,
fortalece toda a musculatura”, ensinou
ele, que tem a companhia das filhas, profissionais da área, Alessandra e Vanessa.
O De Sócio Para Sócio contou com
coffee break e teve o patrocínio de Cia das
Cópias, Duarte Benetti Contabilidade,
Unimed VS e Vilage Marcas e Patentes.
O EMPRESÁRIO | 25
MULHERES EMPREENDEDORAS
Uma programação especial
para elas
A Comissão de Mulheres Empreendedoras da ACI promoveu uma programação especial pelo Dia Internacional da Mulher. Ambientada na
Sociedade Ginástica Novo Hamburgo, o evento contou com palestras,
networking, coffee break e teve o encerramento com almoço. “A representatividade feminina, atualmente, é forte no mundo, no Brasil e em
nossa região. São mulheres que lidam com sabedoria com as diversas dificuldades que
encontram e que não são poucas. Deixaram de ser passivas e passaram a ser ativas”, destacou o presidente da ACI, Marcelo Clark Alves, na abertura do evento.
A coordenadora da Comissão de Mulheres Marilce Hanauer ressaltou o
trabalho realizado pelas integrantes,
sempre buscando temas para debate
que envolvam a classe empresarial e
também se fazendo presentes em vá-
rios eventos, seminários e congressos
que focam o trabalho com a participação ativa da mulher. A vice-presidente
de Desenvolvimento Regional Fatima
Daudt também fez um rápido relato
das ações em que tem participado,
As integrantes da Comissão de Mulheres Empreendedoras da ACI
26 | O EMPRESÁRIO
inclusive em Brasília, mostrando as
atividades da Comissão. “Nós somos
pequenas se estivermos sozinhas. Mas
temos uma força enorme em conjunto”, afirmou Fatima.
Comportamento feminino na gestão com pessoas foi um dos temas debatidos
AGIR OU REAGIR - Tendo como
foco principal “Atitude Feminina:
Agir ou Reagir” as participantes
acompanharam uma série de cases
que teve início com a pedagoga Loraine Bothome Muller, sócia diretora da
LM Potencial Humano, que abordou
o tema “Uma reflexão sobre o comportamento feminino na gestão com
pessoas”. Ressaltando a importância
de um olhar para a história, ela explicou que esta avaliação ajuda a pensar o futuro. ‘É preciso visualizar o
passado para entender os resultados
obtidos”, destacou Loraine, mestre
em Administração e coordenadora
do Setor de Relacionamento Corporativo da Educação Continuada da
PUCRS.
Com o tema “Mulheres em Ação”, a
mestre em Ciências Contábeis Tanha
Lauermann, da Lauermann Schneider Auditores Associados e conselheira do Conselho Regional de Con-
tabilidade do RS, apresentou seu case
pessoal, repassando fatos marcantes
que auxiliaram na decisão de mudanças e atitudes. “Minhas convicções
não permitem que passemos neste
mundo sem marcarmos algo. É preciso repassarmos a bagagem de conhecimento que temos. As experiências
boas e ruins se encarregam de nos
moldar, fazendo de nós pessoas com
diferenciais”, afirmou ela.
Outro case foi apresentado pela sócia
diretora da Bellenzier Pneus, Nilva
Maria Bellenzier, também diretora
da Federação Estadual das APAEs.
Enfatizando o associativismo como
uma das melhores formas de oportunizar o networking, a também vice-presidente da CDL de Porto Alegre
e diretora da Federasul garantiu que
“quando a gente faz o bem, o mundo
conspira a nosso favor”. Também Liliana Regina Ramos, contadora geral
da Associação Congregação Santa
Catarina há 20 anos, formada em Ciências Contábeis, Administração de
Empresas e Direito, deu seu depoimento. Como mais uma mulher em
ação, ela reforçou que ética e caráter é
a base de tudo. “Como você trata seus
funcionários é como eles irão tratar
seus clientes”, apontou ela, que também é presidente da Associação dos
Contabilistas de Novo Hamburgo.
Após um brinde, marcando as homenagens pelo Dia Internacional da Mulher, oficialmente comemorado em 8
de março, a Comissão de Mulheres
Empreendedoras da ACI promoveu
sorteios de brindes, acompanhando
o almoço. O patrocínio do evento foi
do Centro de Natação e Reabilitação
Golfinho, Conseg, Estrelatur, Kehl
Móveis, Liziane Richter Vestuário em
Couro, O Boticário, Paulo Sperb Corretora de Seguros, Vector Arquitetura e Contrução e Vike Aparelhos Auditivos, com apoio de Fruteira Yuri.
O EMPRESÁRIO | 27
RECURSOS HUMANOS
Deficiência,
os desafios da inserção
no mercado de trabalho
Por Denise Raquel Blauth dos Santos
Analista Líder de Desenvolvimento de Pessoas na Unimed Vale do Sinos
e integrante do CRERH – Comitê Regional de Recursos Humanos da ACI
Muitos anos se passaram
desde a aprovação da
Lei Federal 8.213/91, que
obriga as empresas com
100 ou mais funcionários
a preencher de 2% a
5% de seus cargos com
beneficiários reabilitados
ou pessoas com
deficiência, mas ainda são
imensos os desafios que
separam as empresas do
cumprimento desta cota.
Apesar da lei objetivar o combate ao
processo histórico de exclusão, ela
por si só não é suficiente para garan28 | O EMPRESÁRIO
tir o acesso da pessoa com deficiência
ao mercado de trabalho.
Para a construção de um processo
organizacional verdadeiramente inclusivo, que garanta a possibilidade
da pessoa deficiente alcançar autonomia no gerenciamento da sua própria vida e uma inserção adequada no
desempenho da atividade laboral, é
fundamental que as empresas queiram realmente ser inclusivas e que
demonstrem esta atitude através de
ações concretas.
Um programa de inclusão social sedimentado em ações inclusivas de
acessibilidade pode facilitar este processo. A acessibilidade deve atender
a três dimensões: acessibilidades da
comunicação, acessibilidade arquitetônica e a acessibilidade atitudinal.
Acessibilidade da comunicação propicia dar condição para utilização,
com segurança e autonomia, dos serviços, dispositivos, sistemas e meios
de comunicação e informação, por
pessoa com deficiência auditiva, visual ou intelectual. Exemplo: Libras, áudio-descrição, braile, software ledor.
Já a acessibilidade arquitetônica refe-
re-se ao conjunto de medidas estruturais e f ísicas no ambiente que possibilitam as pessoas com deficiência
acessá-los, usá-los, e se locomoverem
com liberdade, autonomia, independência e segurança. Exemplo: piso
tátil, barras de apoio, rampas.
Por outro lado, acessibilidade atitudinal, nada mais é que a atitude pessoal
de cada indivíduo, ou seja, solidariedade. Na grande maioria das vezes
as pessoas não sabem se relacionar
com a pessoa deficiente e precisam
ser orientadas. Ações de sensibilização dos colaboradores facilitam este
processo.
A inclusão constitui um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e as empresas, buscam em
parceria minimizar as diferenças,
decidir sobre soluções e efetivar a
equiparação de oportunidades para
todos. É uma via de mão dupla, e é
impossível acreditar que só o outro
tem obrigações ou que só o outro tem
direitos. Todos fazemos parte e cada
um tem seu papel a cumprir. Precisamos nos reconhecer iguais em nossas
diferenças.
ACI divulga nota
REFORMAS
sobre decisão do governo gaúcho
e cobra reformas fiscal e tributária
A ACI, divulgou, por meio
de seu Comitê Político, um
comunicado oficial sobre
a decisão do Governo do
Estado do Rio Grande do
Sul de transferir mais de
R$ 4 bilhões relativos aos
depósitos judiciais para o
caixa único. Conforme a
nota da entidade, a decisão indica que o Estado
sinaliza inequivocamente escolhendo o caminho
do retrocesso institucional para resolver o seu
desequilíbrio financeiro.
O comunicado diz ainda
ser imperativo retomar de
forma corajosa e decisiva
a agenda de reformas na
área fiscal e tributária, independente de ideologias,
sob pena de comprometer,
num futuro próximo, a estabilidade social e política
do Estado e do nosso país.
Confira ao lado a íntegra
do texto divulgado pela
ACI para todos os seus associados:
Ao transferir R$ 4,2 bilhões
de reais relativos aos depósitos judiciais sob sua custódia para o
caixa único, o Estado do Rio Grande do Sul sinaliza inequivocamente
que escolhe o caminho do retrocesso
institucional para resolver o seu desequilíbrio orçamentário. Realmente, é mais simples e fácil utilizar um
recurso que está sob a sua guarda do
que implementar as dif íceis e duras
reformas necessárias para adequar
receitas e despesas públicas.
Em termos reais no ano de 2012, as
receitas cresceram 2,2% vis a vis um
crescimento de 4,7% das despesas. Em
comparação com as demais unidades
da federação a relação da Dívida Corrente Líquida/ Receita Corrente Líquida é de 2,18 vezes, a maior do país no
final de 2012.
O déficit anunciado do exercício foi
de R$ 732 milhões de reais devido a
um empréstimo de R$ 663 milhões
que entrou no caixa do Estado nos últimos dias de dezembro para utilização no exercício seguinte. Portanto, o
déficit ajustado do ano é de R$ 1.395
bilhão de reais. Realmente, a situação
é insustentável.
Exemplificando a dificuldade das finanças públicas do RS com suas despesas de pessoal, sem entrar na discussão
do mérito dos mesmos, mas apenas
refletindo sobre o nível dos reajustes
que vem crescendo aceleradamente,
observa-se que em 2010 representavam 61% da receita corrente líquida
(RCL), aumentado para 64% em 2011
e terminando 2012 em alarmantes
66%. Considerando as demais despesas do Estado, com destaque para as
previdenciárias, educação (sem o pagamento do piso nacional para os professores), investimentos, etc. que pela
sua rigidez, inviabilizam a obtenção de
um orçamento equilibrado, o Estado,
sem um controle rígido nos seus gastos, é obrigado a elevar o nível de seu
endividamento todo o ano.
A política econômica do Governo Dilma agrava ainda mais esta situação,
pois está baseada em desonerações
(temporárias) de impostos que se refletem na redução das transferências
dos recursos federais para o Rio grande do Sul. O baixo crescimento econômico dos últimos dois anos, também
se reflete em queda da arrecadação.
Neste sentido, o descontrole dos gastos dos estados, somado a uma política econômica inconsistente dos
pontos de vista macroeconômico e
microeconômico tende a produzir um
abalo nas finanças públicas da União e
por extensão, de seus entes federados.
Imperativo, pois, retomar de forma
corajosa e decisiva a agenda de reformas na área fiscal e tributária, independente de ideologias, sob pena de
comprometer, num futuro próximo, a
estabilidade social e política do Estado
e do nosso país.
Comitê Político da ACI-NH/CB/EV
O EMPRESÁRIO | 29
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Destine seu imposto de renda devido
para a Fundação Semear
Até o dia 30 de abril os contribuintes do imposto de renda podem doar parte do valor para a Fundação
Semear, que está apta a receber recursos por meio do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - FMDCA, gerido pelos Conselhos Municipais da Criança e Adolescente.
Os recursos serão investidos na manutenção do Centro de Vivência Redentora (CVR), programa da Fundação
Semear que atende mais de 180 crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, em
situação de vulnerabilidade social. São
realizadas atividades no contraturno
escolar que visam a garantir um atendimento qualificado e saudável, proporcionando o desenvolvimento pessoal e
social de crianças e adolescentes.
As oficinas realizadas são balé, dança
contemporânea, dança de rua, artes,
musicalização com violão e coral, educação socioambiental, artes cênicas e
inclusão digital, também são promovidas ações pedagógicas, encontros e
reuniões com pais e responsáveis, palestras, apresentações artísticas, clube
do livro, mostra de vídeos, atendimento médico, projeto de férias, recreação
e alimentação diária. No local também
acontece o Programa de Geração de
Trabalho e Renda e o Projeto Vencer.
30 | O EMPRESÁRIO
COMO CONTRIBUIR:
De 01/01/13 a 30/04/13, o declarante pessoa f ísica pode optar pela dedução,
limitada a 3% (três por cento) do imposto devido, observado o limite global
de 6% (seis por cento) do imposto devido para as deduções de incentivo.
Ao optar pela doação, o programa gera (vai emitir) um Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf ), que deve ser pago até 30 de abril,
último dia da entrega da declaração.
1º PASSO:
Na guia “Fichas da Declaração” acessar “Doações Efetuadas”
Em “Novo”, informar o código “40 – Doações em 2012 – ECA”
Nome do Fundo: Fundo Municipal da Criança e do Adolescente
CNPJ: 88.254.875/0001-60
2º PASSO:
Na guia “Imprimir” / Acessar o “Darf – Doações Diretamente na Declaração
– ECA” / Selecionar a doação / Imprimir o “Darf ” e quitá-lo até 30/04/12
3º PASSO:
Informar a Fundação Semear, pelo email [email protected],
a doação efetuada. / Contatos pelo telefone (51) 2108.2108 ou e-mail
[email protected].
Mais informações pelo site www.fundacaosemear.org.br
Clovis Tramontina
PRATO PRINCIPAL
dá lição de gestão
Foto: Fábio Winter/Lu Freitas
O empresário Clovis Tramontina,
presidente do Conselho da Tramontina, deu uma lição de gestão
de sucesso durante o Prato Principal de fevereiro. À frente de uma
empresa com mais de 100 anos de
fundação, ele dividiu seu debate
em três pontos: a história, o centenário e a marca. “Temos uma
marca contemporânea, pois é fundamental que ela esteja sempre no
seu tempo, se modernizando. Não
podemos deixar que ela envelheça e sim estarmos sempre atentos
para acompanhar o que o mercado está querendo. Pesquisas nos
mostram que 80% das famílias brasileiras possui ou já adquiriu produtos Tramontina”, salientou.
Clovis Tramontina: “Trabalhamos com aço, mas é a prata da casa que faz a diferença”
Apresentando como missão a fabricação de bons produtos, que atendam as
necessidades dos consumidores, o palestrante reforçou que a missão, para
eles, só é alcançada quando o cliente
volta a adquirir novos produtos da
empresa. “Esta é a uma história que
começou com meu avô, que veio de
Santa Bárbara, interior de Bento Gonçalves, para Carlos Barbosa, com a
chegada da ferrovia, o que representava perspectivas de expansão para sua
ferraria. Passou depois pela minha vó,
pelo meu pai e queremos seguir por
mais 100 anos, pelo menos”.
Em 1949, com a chegada de um assessor econômico visionário, teve início
uma nova etapa para a empresa, que
passou a ampliar os produtos comer-
cializados. “Ele confiava muito na
marca Tramontina e sempre acreditamos muito nas pessoas. É interessante, porque trabalhamos com aço, mas
é a prata da casa que faz a diferença”,
destacou ele, referindo-se à valorização humana como peça fundamental
para o resultado. “Temos na empresa funcionários com três gerações,
mesclando o vigor da juventude com
a experiência dos cabelos brancos”,
brincou.
DESAFIOS - “Buscamos a liderança mundial em todo o segmento que
atuamos, em mais de 120 países, com
uma fabricação de produtos que reúna
qualidade, tecnologia e inovação. Estamos sempre pensando em mudanças, porque o mundo está mudando
muito rápido. E a forma de atingirmos
a nova geração é somente pelo meio
da comunicação, da internet. Assim
nos tornaremos mais competitivos”.
Esta posição é reforçada quando Clovis Tramontina afirma que as decisões
na empresa são muito ágeis. “Temos
que ter velocidade para planejar e executar. É isso que dá o dinamismo, com
o prazer de fazer bonito”.
No encerramento do evento, realizado na Sociedade Ginástica de Novo
Hamburgo, o presidente da ACI, Marcelo Clark Alves, fez a entrega do livro
que narra os 90 anos da entidade, para
Clovis Tramontina. O Prato Principal
teve o patrocínio da Cigam e Sicredi,
com apoio do Hospital Regina, Cavian
e Sucos Petry.
O EMPRESÁRIO | 31
JURÍDICO
Incentivos
fiscais federais
de inovação
tecnológica na prática
Por Valmor Leandro Biason
Contador, advogado e integrante do Comitê Jurídico da ACI
A inovação é estratégia
de negócios na
qual as empresas
devem se reinventar
constantemente e
inovar continuamente,
para crescerem ou se
manterem no mercado.
Para fomentar a inovação tecnológica,
o governo federal criou mecanismos
de incentivos fiscais para empresas
que investem nessa área, mas é recorrente a dúvida de quais são os benef ícios e como utilizá-los.
Os principais incentivos fiscais são
os seguintes: a) Deduções de IRPJ e
de CSLL de dispêndios com inovação
tecnológica; b) Redução do IPI na
32 | O EMPRESÁRIO
compra de máquinas e equipamentos
aplicados em inovação tecnológica e
depreciação imediata desses bens; c)
Isenção do IRRF nas remessas efetuadas para o exterior, quando destinadas
ao registro e manutenção de marcas,
patentes e cultivares.
Para utilização dos benef ícios a pessoa
jurídica deve fazer algumas análises e
se adequar a procedimentos específicos. A primeira análise a se fazer é
em relação ao regime tributário que
a empresa está submetida. Isso se faz
necessário porque os incentivos mais
expressivos são destinados às empresas tributadas pelo Lucro Real, o que
exclui as tributadas pelo Lucro Presumido e optantes do Simples Nacional.
A segunda análise é de elegibilidade
dos dispêndios. Deve-se verificar se
o gasto está vinculado efetivamente
à inovação tecnológica, pois somente
esses é que geram o benef ício fiscal. A
partir daí segue-se a rotina burocrática
de formatação do projeto de inovação
tecnológica, elaboração de controles,
estruturação contábil, apuração dos
incentivos e prestação de contas.
Para que um gasto com inovação tecnológica seja incentivado é necessário
que ele esteja inserido em um “projeto”.
Isso implica na sua formatação com todos os conteúdos formais e na criação
de controles para sua vinculação.
Essas despesas devem ser controladas
contabilmente em contas específicas,
demandando uma estruturação contábil, que permita segregá-las e dimensioná-las. Além disso, essa estrutura
deve permitir uma rastreabilidade fiscal e a apuração dos incentivos.
Anualmente, a empresa deve apresentar ao Ministério da Ciência e Tecnologia as informações sobre os programas
de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.
Pela dimensão burocrática, verificase que a utilização dos incentivos não
é uma tarefa simples, mas isso não
significa que as empresas não devem
investir em inovação, pelo contrário,
devem fazê-lo sob pena de se verem
excluídas do mercado. Porém, a apropriação dos incentivos deve ser precedida de uma estruturação dos projetos
de inovação tecnológica.
ANIVERSARIANTES
A homenagem
da ACI
A entidade homenageou seus associados aniversariantes dos meses de fevereiro e março, sempre utilizando o critério de fundação
de cinco em cinco anos. A entrega das homenagens foi feita pelo
presidente da ACI, Marcelo Clark Alves. Parabéns a todas!
Os homenageados de fevereiro
Os aniversariantes de março
Nabor Torri,
da Torri Engenharia e Saneamento Ltda,
pelos 20 anos
Juraci Toniollo e Cristina da Silva Schmitt,
da Boxflex Componentes para Calçados Ltda,
pelos 25 anos
r/Lu Freitas
Fotos: Fábio Winte
Armin Rudy Blos,
da Intexco Importação e Exportação Ltda, pelos 25 anos
Arlei Martins da Rosa,
da Servidonto Clínica Odontológica Ltda, pelos 25 anos
Carlos Gustavo Schunck,
da Tresce Indústria de Máquinas Ltda, pelos 25 anos
Francislene De Boni e Felipe
Adriano Cerri De Boni,
do Restaurante e Rodapizza
Girassol, pelos 5 anos
Tiago de Andrade e Vilson
Flores, da Fenix Laser Ltda,
pelos 5 anos
Amarildo de Souza, da
Indústria de Peles Pampa
Ltda, pelos 15 anos
Everton Pereira Vicente, da
Transportadora Josp Ltda,
pelos 15 anos
José Dutra, da Unitel Sistemas
de Comunicação, pelos 15 anos
Fábio Defferrari, da Defferrari
Informática Ltda, pelos 20 anos
Carlos Henrique Hexsel,
da Weber Maschinentechnik
do Brasil Ltda, pelos 20 anos
Jorge Alves de Souza,
da Couromoda, pelos 40 anos
Ricardo Wirth,
da Indústria de Calçados Wirth Ltda, pelos 65 anos
Flavio Dirceu Schmidt,
da Liko Tintas Industriais,
pelos 25 anos
Gecy Maria Fritsch Klauck,
da Mecânica KR, pelos 25 anos
Luiz Carlos Gerhardt,
da Pontintas Comércio de
Tintas Ltda, pelos 35 anos
Marcos Kern e Gerda Junge,
do Instituto de Educação Ivoti,
pelos 85 anos
Silvia Rangel e Silvânia
Freiberger,
do Colégio Sinodal Tiradentes,
pelos 185 anos
O EMPRESÁRIO | 33
PARCERIAS
Valorizando a participação empresarial
Com o propósito de oferecer qua-
negócios que beneficiem a região,
projetos. Por isso, a entidade re-
lificação, crescimento, desenvol-
a ACI conta com decisivas parce-
conhece e agradece as seguintes
vimento e novas perspectivas de
rias para a realização de diversos
organizações:
Prato Principal
Jovens Empreendedores
Comércio Exterior
ACESSUS
Contabilidade
Economia & Negócios/
Papo com Café
De Sócio para Sócio
Mulheres Empreendedoras
Anunciantes desta edição
Astoriun Tecnologia Ltda
www.astoriun.com.br
Campal Serviços Contábeis S/S Ltda
www.campal.com.br
Centro de Integração Empresa Escola do RS - CIEE
www.cieers.org.br
Cigam Software Corporativo Ltda
www.cigam.com.br
Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados
Pioneira da Serra Gaúcha - Sicredi
www.sicredi.com.br
Criativa Gerenciamento de Imóveis Ltda
www.criativaimoveis.com.br
Dimel Materiais de Embalagem Ltda
www.dimelnet.com.br
Estrelatur Turismo
www.estrelatur.com.br
34 | O EMPRESÁRIO
Grupo Educacional Uninter NH
www.grupouninter.com.br
Laser Copiadoras, Impressoras e Multifuncionais Ltda
www.lasernh.com.br
Rech Informática Ltda
www.rech.com.br
Traduzca Serviços de Traduções Ltda
www.traduzca.com.br
Unimed Vale do Sinos Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico Ltda
www.vs.unimed.com.br
Universidade Feevale
www.feevale.br

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