Baixar 13° Ed.

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Baixar 13° Ed.
Crer
ANO 3 # 13 GOIÂNIA | MAIO - JULHO 2012
www.crer.org.br
e m r e v i s ta
João
Maurício
“Não tinha a noção exata de como
era tão grande e importante o
trabalho realizado pelo CRER”
Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo
CRER EM REVISTA 1
2 CRER EM REVISTA
CARTA AO LEITOR
Grandes histórias
Sérgio Daher
Superintendente
Executivo do CRER
É nato do ser humano o prazer em conhecer histórias de pessoas que, de alguma forma, inspirem sentimentos de admiração, reconhecimento, empatia e otimismo. Por meio do
exemplo e experiências dos outros nos sentimos
animados e motivados, diante de nossas próprias vivências e embates. Esta edição da Crer
em Revista traz quatro grandes personagens que
merecem compartilhar com os leitores suas trajetórias de vida. João Maurício, agropecuarista, e ex-participante do Programa BBB 12, em
entrevista, demonstra que os valores morais, a
amizade e o comprometimento devem de fato
nortear a vida. Desde muito jovem teve que assumir a condução dos negócios da família e o
fez de forma responsável e cheia de êxito.
Também nas próximas páginas um pouco da história de vida de Walter Roberto de Oli-
AGIR
Estrutura Administrativa
Associados Fundadores
Alcides Luís de Siqueira
Dom Antônio Ribeiro de Oliveira
Elias Bufaiçal (in memorian)
Lúcio Fiúza Gouthier
Maria Paula Curado
Milca Severino Pereira
Nabyh Salum
Paulo Afonso Ferreira
Associados Beneméritos
Cyro Miranda Gifford Júnior
Gláucia Maria Teodoro Reis
Helca de Sousa Nascimento
José Alves Filho
Marlei Antônio da Rocha
Marcos Pereira Ávila
Paulo César da Veiga Jardim
Ruy Rocha de Macêdo
Valéria Jaime Peixoto Perillo
Valtercy de Melo
Embaixadores do CRER
Luiz Felipe Scolari
Valéria Jaime Peixoto Perillo
Diretoria
Dom Antônio Ribeiro de Oliveira
Diretor-Presidente
José Alves Filho
Vice-Diretor
veira Júnior, em Espaço do Paciente, Leandro Rodrigues Sousa, em Superação, e Gustavo Mauro
Witzel Machado, na seção Perfil do Colaborador.
Cada qual, na descrição de alguns acontecimentos, traz para nós fortes referências à superação,
força de vontade, comprometimento e amor.
Meio a tantas notícias negativas, a que estamos
expostos diariamente, ter em mãos histórias tão
cheias de vida e alegria nos anima e refrigera a
alma.
Esta edição traz ainda os acontecimentos
mais marcantes de nossa Instituição, em Resumo, e outras matérias de interesse em Conheça
os Seus Direitos, Empresas Mantenedoras e Meio
Ambiente, além de apresentar a Supervisão de
Recepção e Telefonia, na seção Por Dentro do
CRER.
Esperamos a todos uma excelente leitura!
EXPEDIENTE
Ruy Rocha de Macêdo
Diretor-Tesoureiro
Conselheiros
César Helou
Edward Madureira Brasil
José Evaristo dos Santos
Joaquim Caetano de Almeida Netto
Miguel Ângelo Cançado
Nabyh Salum
Sizenando da S. Campos Júnior
Conselho Fiscal - Titulares
Cyro Miranda Gifford Júnior
Marlei Antônio da Rocha
Paulo César Brandão Veiga jardim
Suplentes
Marcos Pereira Ávila
Valtercy de Melo
Superintendentes
Sérgio Daher
Superintendente Executivo
João Alírio Teixeira da Silva Júnior
Sup. Técnico de Reabilitação
Claudemiro Euzébio Dourado
Sup. Administrativo e Financeiro
Divaina Alves Batista
Sup. Multiprofissional de Reabilitação
Fause Musse
Sup. de Relações Externas
Diretor Técnico
João Alírio Teixeira da Silva Júnior
CRM/GO 6593
CRER EM REVISTA
Supervisão geral, edição e textos
Anna Luiza Rucas
Gerente de Marketing - SRE
Jornalistas
Mayra Paiva - JPGO - 01802
Thaís Franco
Estagiária em Jornalismo
Marianne Carrijo
Colaboradores SRE
Hugo Miranda
(diagramação e arte de anúncios)
Olívia Gomes (secretária júnior)
Rodrigo Rocha
(contato comercial)
Colaborador CENE
Eduardo Castro (fotografias)
CRER EM REVISTA é uma publicação dirigida do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo.
Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 - [email protected] Site: www.crer.org.br
Endereço CRER: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás
CRER EM REVISTA 3
ÍNDICE
Canal Aberto
[email protected]
Entrevista
João Maurício,
agropecuarista, ex-BBB.
Reconhecimento e simpatia das pessoas foi a
grande recompensa pela
participação em reality
show da Globo.
6
15
Espaço do
paciente
Com meus cumprimentos,
dirijo-me ao Ilustre Superintendente Sérgio Daher para
agradecer a especial gentileza de enviar ao Instituto
Histórico e Geográfico de
Goiás o exemplar da
Um jovem paulista
apaixonado por Goiânia
CRER em Revista.
Saliento a relevância para o
acervo do IHGG, no tocante
Meio ambiente
à disponibilização de tão im-
18
portante material de pesquisa para associados e público
Responsabilidade de
cada cidadão
geral que busca informações
neste Instituto.
Reiterando meus cumpri-
22
mentos, renovo, ao ensejo,
Superação
em nome da comunidade do
Força e fé
Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, as expressões
de nossa admiração e reco-
PARÁGRAFO ÚNICO
TERCEIRO SETOR
RESUMO
ARTIGO
5
5
17
20
4 CRER EM REVISTA
25
16
nhecimento.
POR DENTRO DO CRER
24
8
14
CONHEÇA SEUS DIREITOS
EMPRESAS MANTENEDORAS
AGENDA
PERFIL DO COLABORADOR
26
ÚLTIMO DETALHE
Aidenor Aires
Presidente do Instituto Histórico e
Geográfico de Goiás
TERCEIRO SETOR
Eficiência e participação social
Sérgio Daher
“
A Gerência de Suprimentos é composta pelos
Serviços de Compras e de
Almoxarifado. É responsável por suprir a Instituição
com os bens de consumo
e patrimoniais, além de
realizar as contratações
de serviços.
O processo de aquisição
do CRER é baseado nos
princípios da impessoalidade, transparência e moralidade em restrita obediência ao Regulamento de
Compras da AGIR/CRER.
Neste contexto, entender e
atender as necesidades dos
nossos clientes internos e
conciliá-las com a logística
dos fornecedores é o nosso
maior desafio.
Parágrafo Único
associações torna mais fácil e direto o
controle social, por meio da participação nos conselhos de administração
dos diversos segmentos representativos da sociedade civil. Outro aspecto
de grande relevância é a autonomia
administrativa, muito maior do que é
possível dentro do aparelho do Estado,
sendo que com a simplificação dos processos ganha-se tempo, maior eficácia,
mais eficiência, dinamizam-se ações,
reduzem-se custos, e como resultado final disponibilizam-se serviços de
qualidade à sociedade. As Organizações Sociais possuem maior agilidade
para proceder diante de situações consideradas burocráticas pelo poder público como compra de equipamentos,
contratação de pessoal, entre outras.
Como forma de melhorar a saúde pública de Goiás, vê-se o esforço
do Governo do Estado, e mais especificamente da Secretaria Estadual de
Saúde, para implantar o modelo de
gestão compartilhada, com Organizações Sociais (OS), em importantes
unidades. Como primeira experiência
do Estado, ao ser uma instituição de
saúde pública gerida por uma Organização Social, o CRER, ao longo de
quase dez anos de atendimento ao
público, serviu como um laboratório
de observação, fonte de planejamento para a reestruturação do serviço
em Goiás. Para todo o CRER e para a
AGIR, apresentar-se como modelo
para mudança tão significativa e transformadora é motivo de muito orgulho.
A postura firme e ousada do Governador Marconi Perillo merece todo
o nosso reconhecimento e apoio. Ousar
é buscar um caminho alternativo, na
certeza de que os frutos a serem colhidos valerão a pena. Também parabenizamos o Secretário de Saúde Antônio
Faleiros pelo esforço, competência e a
forma transparente com que tem conduzido todo o processo. Que, em breve,
a experiência de Goiás sirva de modelo para o resto do Brasil, transformando sua saúde pública em referencial
para os outros estados da Federação.
“
N
o complexo panorama
da saúde pública é possível identificar
instituições que conseguem garantir a
seus pacientes atendimento de qualidade, com eficácia e eficiência, valorizando o ser humano, atendendo-o de maneira digna no momento em que mais
se sente fragilizado e necessitado de assistência. No rol dessas instituições, o
CRER tem se firmado como referência
no atendimento à pessoa com deficiência física e/ou auditiva. Além da qualidade dos serviços oferecidos, reconhecida pela sociedade, outro aspecto que
salta aos olhos é o crescimento físico da
instituição. Inicialmente eram 8.823,02
m2 e hoje toda a estrutura física conta
com 27.089,97 m2, distribuídos em ambulatórios, ginásios de terapias, centro
cirúrgico, setor de internação, UTI, oficina ortopédica, centro de estudos, auditório, mini-auditórios, e tantos outros.
Por todos os avanços conquistados e pela perspectiva de crescimento
contínuo, certifica-se que o grande diferencial do CRER está no seu modelo
de gestão, atribuída à Associação Goiana de Integralização e Reabilitação –
AGIR, uma entidade de personalidade
jurídica de direito privado e fins não
econômicos, qualificada como Organização Social (OS) nos termos da Lei Federal 8.637/98 e Lei Estadual 15.503/05.
Por esse modelo, a AGIR reinveste no
CRER todo recurso angariado através
do contrato de gestão com a Secretaria
Estadual de Saúde (SES), dos atendimentos ou repasses de convênios credenciados, ou ainda através de doações
recebidas, possibilitando sua manutenção, ampliação e implementação dos
serviços prestados à sociedade. Ao
longo dos anos, a atuação da Associação vem permitindo um contínuo aperfeiçoamento do atendimento oferecido,
não apenas em aspectos físicos e técnicos, como também na permanente
capacitação de seu pessoal e na humanização do atendimento, além da aquisição de novas aparelhagens e tecnologias, bem como na sua manutenção.
Um ponto importante é que a
gestão de unidades hospitalares por
Silmonia Saturnino
Fernandes,
Gerente de Suprimentos do
CRER, Presidente da Comissão
de Padronização, Farmacêutica
Bioquímica e Industrial, Especialista em Farmácia Hopitalar
e MBA em Gestão Empresarial
com ênfase em Saúde.
CRER EM REVISTA 5
ENTREVISTA
João Maurício com seus
dois filhos e a namorada Hel
João
Maurício
Participação em programa de televisão garante
reconhecimento e boa receptividade
J
oão Maurício Dantas Leite, 34 anos, agropecuarista, é natural do Rio de Janeiro,
mas mora em Goiânia, onde administra os negócios da família. Graduado em engenharia civil, pela Universidade Federal de Goiás, passou a gerenciar a fazenda de sua
mãe depois que o pai faleceu, em 2000.
Sua participação no programa Big Brother Brasil, da Rede Globo, fez com que se
tornasse conhecido em todo o país. Durante 35 dias, tempo em que permaneceu no
jogo, João Maurício conquistou grande simpatia do público por seu temperamento
tranquilo e por sua conduta diante das situações e relações com os outros participantes. Depois do programa, conciliando com os compromissos artísticos, João Maurício
retomou em parte à rotina com suas atividades entre Goiânia e a fazenda no município de Professor Jamil, Goiás.
6 CRER EM REVISTA
Amizade sincera: trio de amigos e
participantes do BBB 12. Jonas,
Fael, vencedor do programa,
e João Maurício.
1 - Sua vida deve ter sofrido uma grande mudança depois da sua participação
no Big Brother Brasil 12. Quais os aspectos mais marcantes dessa mudança?
Qual
o
grande
aprendizado?
Realmente é impossível participar de
um programa como o BBB e voltar à
vida como era antes, pois aonde quer
que eu vá as pessoas me reconhecem
e querem conversar sobre esta experiência. Com isso acaba que perdemos
um pouco de privacidade e aumenta
muito a nossa responsabilidade pelos nossos atos. Como na vida, mas
de forma mais intensa, aprendemos
a nos relacionar com pessoas de diferentes personalidades, gostos, hábitos
e atitudes, respeitando tais diferenças.
2 – Durante a Semana Santa, você
participou da encenação da Paixão
de Cristo, promovida pela Igreja Sagrada Família, em Goiânia. Foram
duas apresentações em espaço aberto, para um grande público. Ao lado
de artistas já reconhecidos, como
foi a experiência de participar, representando São José, pai de Jesus?
Há
planos
para
seguir
uma
carreira
artística?
Foi uma experiência inacreditável.
Primeiro, como cristão tenho o maior
respeito pela história de Jesus e poder
encenar sua caminhada até sua morte e
ressurreição, em Goiânia, foi uma honra para mim. Na verdade sobre seguir
uma carreira artística tenho vontade,
mas ao mesmo tempo gosto de fazer
as coisas com a máxima qualidade e
perfeição, para tanto, caso houvesse
uma oportunidade, gostaria de estudar ou fazer algum curso de artes cênicas, visando uma melhor capacitação.
3 - Um dos destaques da última edição
do BBB foi a amizade entre você e outros dois participantes, Jonas e Fael, o
vencedor do prêmio. Tem sido possível
manter essa amizade fora do programa?
Tem sido sim. Falamos semanalmente por telefone e até mesmo o Fael
conseguiu organizar a sua agenda e
tirar alguns dias para vir passear tanto em Goiânia como na fazenda. Já
o Jonas está me devendo esta visita,
mas muito em breve virá também.
4 – Desde que seu pai faleceu, em
2000, você passou a assumir a administração da fazenda da família. Como
foi retomar sua rotina depois do BBB?
Como você consegue conciliar esses dois universos que parecem tão
distantes, os holofotes das câmeras e a tranquilidade da fazenda?
A retomada do trabalho foi tranquila,
somente o tempo para dedicar a fazenda é que se tornou mais escasso visto
que os compromissos artísticos têm
tomado muito tempo, o que fez com
que eu contratasse uma pessoa capacitada e de confiança para me substituir
na minha ausência. Sobre conciliar esses dois universos tão distantes já vivi
isso com a morte do meu pai em 2000,
visto que estudava engenharia civil e
da noite para o dia tive que assumir
os negócios agropecuários da família.
Portanto não seria agora, com 12 anos
a mais de experiência que essa situação me traria grandes dificuldades.
5 – Você já tinha ouvido falar do CRER?
A Instituição pode contar com
a sua amizade e colaboração?
Já havia ouvido falar sim, mas não tinha
a noção exata de como era tão grande
e importante o trabalho realizado pelo
CRER. Pude conferir em uma visita a
este centro uma tamanha dedicação e
comprometimento de todos os funcionários para a recuperação dos pacientes, e percebi que instituições como essa
merecem não só o meu apoio, mas também de empresas privadas e dos governos municipal, estadual e federal.
CRER EM REVISTA 7
resumo
Cidadania discute qualidade de vida
para pessoas com deficiência
Nos dia 13 e 14 de fevereiro, foi realizado no auditório do CRER o 1º Encontro dos Conselhos de Direitos das Pessoas com Deficiência. Promovido pela
Secretaria de Cidadania e Trabalho, o
evento discutiu políticas públicas de
como melhorar a vida dos portadores de necessidades especiais. Participaram do encontro representantes
dos conselhos nacional e estadual dos
direitos da pessoa com deficiência.
Fraternidade e Saúde
Pública
No início da quaresma, no dia 23
de fevereiro, foi divulgado, em uma
missa no CRER, a Campanha da
Fraternidade 2012, que este ano trata sobre “Fraternidade e Saúde Pública”, com o lema “Que a saúde se
difunda sobre a terra”(cf. Eclo 38,8).
O celebrante Walmir Garcia é pároco da Matriz de Campinas e vigário
episcopal para a Saúde da Arqui-
Projeto Cão Terapeuta
diocese de Goiânia. A celebração foi
No dia 27 de fevereiro, teve início o trabalho de cinoterapia, terapia que
utiliza cães como instrumento terapêutico, realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Justiça de Goiás e o
CRER (fotos). O Canil
Central do 1º Batalhão Bombeiro Militar, em Goiânia, além do serviço ope-
acompanhada pela equipe de canto
composta pelos voluntários Joel e
Maria Lucinê Ferreira e José Cares.
Todos os anos, desde 1964, no tempo
da Quaresma, a Conferência Nacio-
racional nas áreas de busca, resgate e salvamento com cães, agora é o res-
nal dos Bispos do Brasil (CNBB) pro-
ponsável pelo projeto Cão Terapeuta, como ficou denominado o trabalho.
move a Campanha da Fraternidade
Os Bombeiros Militares trabalham junto ao CRER com os conceitos da pet te-
(CF), com um tema para a reflexão
rapia, ou Terapia Assistida por Animais, desenvolvida a partir de estudos que
das comunidades cristãs: uma reali-
mostram que o simples contato com um animal já é suficiente para promover
dade que precisa ser transformada.
bem-estar dos pacientes. Alguns benefícios da pet terapia já foram comprovados, como a diminuição da pressão sanguínea e cardíaca, melhora do sistema
imunológico, da capacidade motora e da autoestima. O contato com o animal
também estimula a interação social e tem uma ação calmante e antidepressiva,
o que resulta em alguns casos, na redução da quantidade de medicamentos.
8 CRER EM REVISTA
Novos voluntários
Bazar Creativo
Em parceria com a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), o CRER
quadra de esportes do CRER o Bazar
ofereceu treinamento para cerca de 30 voluntários interessados em contribuir
Desde setembro de 2010, acontece na
Creativo, organizado pelo Serviço de
Voluntariado e com o apoio da Gerên-
com o serviço da Instituição. A ca-
cia de Recursos Humanos da Institui-
pacitação é um dos pré-requisitos
ção. O evento, que acontece sempre na
para ingresso no CRER e aborda
questões legais sobre o voluntário, a atuação permitida na unidade, além de identificar o perfil
dos candidatos para as áreas disponíveis - arteterapia, manutenção, atendimento, orientações e
atividades lúdicas. Atualmente,
primeira terça-feira de cada mês, no
período de 9:30h às 16:30h, conta com
a participação de 30 expositores que
comercializam produtos alimentícios,
artesanais, de confecção, calçados, perfumaria e muitos outros. Além de oferecer aos expositores e visitantes uma
oportunidade comercial, o Bazar Creativo também é um momento de interação entre colaboradores, voluntários
e sociedade em geral. Os interessados
60 pessoas atuam como voluntá-
em expor seus produtos devem entrar
rios no CRER, em quatro horas de
em contato com o Serviço de Volunta-
trabalho por semana, cada uma.
riado, para verificar a disponibilidade de vagas e garantir a participação.
Cantares Portugueses
O grupo de Danças e Cantares Portugueses fez bela apresentação na quadra do CRER, no dia 6 de março,
durante realização do Bazar Creativo. O grupo é coordenado pelo português Eurico Moreira e realizou em
2011 diversas apresentações no interior do Estado, na Embaixada de Brasília e no Festival Vindimas D’Ouro,
em Portugal. É formado, em maioria, por pessoas da terceira idade que esbanjam energia e disposição.
CRER EM REVISTA 9
resumo
Curso de Aperfeiçoamento
Ação voluntária
Teve início no dia 12 de março mais
A equipe de formandos da Acade-
uma turma de Aperfeiçoamento do
mia de Cabeleireiros Su Beauty es-
CRER, com cerca de 39 novos alu-
teve no CRER na tarde do dia 23 de
nos. O curso tem duração de nove
meses e atende as área de enfermagem, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, serviço social,
março promovendo mais uma ação
voluntária de corte de cabelo. Foram atendidas cerca de 50 pessoas, entre pacientes e colaboradores.
psicologia, educação física e imagem
e diagnóstico. A aula inaugural foi realizada no auditório do CRER e reuniu
os novos alunos, supervisores, coordenadores e profissionais envolvidos.
Clínica de Doenças Neuromusculares
Nos dias 8 e 9 de março, a equipe da Clínica de Doenças Neuromusculares do
CRER esteve em São Paulo, SP, onde realizou visitas técnicas a três importantes entidades, Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (ABRELA), Associação Brasileira de Distrofia Muscular (ABIN) e Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH), ligado ao Instituto de Biociências da USP.
A equipe do CRER, formada pelas fisioterapeutas Fabiana Oliveira, Lorena Medeiros, Luana Alves e Mariana Machado, pela fonoaudióloga Paula Roldão e
aprimoranda
Talita
Avelino,
pelas psicólogas
Clédma Ludovico e Keila Mota
e pelas terapeutas ocupacionais
Letícia Alves e
Lorena Peixoto,
participou
de
Novas Parcerias
O ‘Goiás dá Sorte’, título de capitalização, agora também é parceiro
do CRER. Durante um ano, será repassado mensalmente o valor de R$
10 mil, voltado para a manutenção
do Hospital e implementação dos
novos serviços. Além disso, está
prevista a divulgação da Instituição e da parceria firmada na mídia
veiculada pelo ‘Goiás dá Sorte’.
A academia Typ, de Goiânia, também contribuiu com o CRER
por meio da compra de squeezes personalizados para os alunos. A ação também é importante
para a divulgação da Instituição.
A Ourofitness, academia localizada próxima ao CRER, também aderiu às parcerias e oferece descontos especiais para
colaboradores
da
Instituição.
CRER e Cevel
A Cevel, empresa mantenedora
do CRER, iniciou mais uma
ação em parceria com o Hospital. Desde março, uma equipe de
vendas e uma despachante da Cevel ficam disponíveis para o atendimento aos pacientes do CRER,
atendimentos e
informando-os sobre o programa
trocou informa-
Autonomy, de vendas especiais,
ções com pro-
e sobre o benefício de isenção de
fissionais
des-
impostos na compra de automóvel
sas instituições.
adaptado. Leia mais na página 17.
10 CRER EM REVISTA
resumo
Rotarianos visitam o CRER
Grupos de estudo
No dia 27 de abril, membros do Rotary Club de Goiânia e Rotarianos da Pennsylvania visitaram o CRER. A fisioterapeuta Sandra M. Goldberg, juntamente
com o assessor de Comunicação Evan L. Black, o analista Max Lovitz-Wolfson
e a médica Sônia Regina de Almeida fizeram uma visita ao Hospital para conhecerem o trabalho e a estrutura da Instituição. O grupo realiza trabalhos
comunitários e participativos e fazem intercâmbio entre países organizados
pelo Rotary de seus Estados. O Rotary tem por lema “servir antes de ser servido”. Seus integrantes no mundo todo estão envolvidos com a erradicação da
pólio em países em que esta doença ainda persiste. O grupo visitou o CRER,
e conheceram também
a cidade de Caldas Novas, Anápolis e Pirenópolis.
O Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo - CRER realiza todas as sextas-feiras, das 7h às
8h grupos de estudo para abordagens
dos temas: Tórax, Abdômen e Neurorradiologia. As palestras são totalmente
gratuitas e destinadas a todos os profissionais e acadêmicos da área da saúde.
Local: Miniauditório do Centro de Estudos do CRER. Mais informações pelo
telefone 62 3232-3115 ou pelo e-mail
[email protected]. Confira a programação completa no www.crer.org.br
Beleza
Gustavo Mauro Witzel, fisioterapeuta do CRER, não esconde sua paixão pela fotografia. No mês de março fotografou oito pacientes com idade entre 14 a 21 anos. “A ideia de fotografar as pacientes, foi mostrar o quanto elas são bonitas e, muitas vezes, essa beleza fica escondida”, contou. As pacientes foram fotografadas com direito a maquiagem e produção. “O objetivo dessa sessão de fotos foi alcançado. As fotos ficaram lindas, são verdadeiras modelos”.
Joyce Núbia de Souza
Kananda Nickaella
Katllyn kelly Xavier Pereira
Sacha Sara Gomes Lopes
Sara Sampaio
Sheyla Charla Gomes Lopes
Nathalia Silva Rodrigues
Thallyta Santos Poloniato
CRER EM REVISTA 11
12 CRER EM REVISTA
CRER EM REVISTA 13
ARTIGO
Direitos das mulheres: Processo em evolução
14 CRER EM REVISTA
do sexo feminino, a primeira deputada
do Brasil: Carlota Pereira de Queirós.
A mudança dos costumes acontecida na década de 1960 oportunizou que o movimento de mulheres
se tornasse mais forte e combativo.
Mesmo sob o contexto da ditadura
militar, as mulheres passaram a se organizar para questionarem o papel
assumido por elas na sociedade.
Os anos 80 garantiram junto a
alguns Governos Estaduais ou Municipais o incremento de políticas públicas
de proteção à mulher em setores como
saúde e segurança. E os anos 90 e seguintes se caracterizam pela multiplicação
dos espaços femininos através da implantação de sistemas de cotas mínimas
ou ações afirmativas como tentativas
de superação de ausência de mulheres
nos diversos setores sociais, buscando inserir nos planos governamentais
programas de assistência à mulher.
A Constituição Federal vigente equilibrou a liberdade do indivíduo frente ao Estado e frisou a sua
importância social. As mulheres obtiveram importantes avanços nessa Lei Magna, que garantiu igualdade de direitos e obrigações entre
homens e mulheres perante a lei.
São
vários
os
dispositivos constitucionais que asseguram à mulher o direito à igualdade de condições de trabalho, de
proteção à maternidade, à licençagestante, de bem estar físico e moral,
a salários compatíveis, à livre concorrência a cargos em qualquer seguimento da sociedade e a direitos políticos.
Com o surgimento do Código Civil de 2002 a situação de desigualdade entre homens e mulheres
foi bastante alterada na busca da
igualdade de direitos em vários âmbitos: sucessão hereditária, opção
em acrescer ou não o nome do marido ao seu, dentre outros direitos.
Para coibir a violência con-
tra a mulher, foi promulgada a lei
11.340, de 07 de agosto de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha,
que elenca medidas de assistência
e proteção às mulheres em situação
de violência doméstica e familiar.
Apesar das conquistas mencionadas, a realidade apresenta uma situação de desigualdade. A cada vitória
conquistada, surgem novas demandas
e novos enfrentamentos, pois a condição da mulher, dentro do contexto histórico da sociedade, ainda enfrenta resquícios significativos. A implantação
de políticas especiais para mulheres enfrenta ainda hoje resistências culturais
e políticas, devendo ser superadas pela
realização de um trabalho que represente a acumulação de forças para mostrar as contradições e avançar dialeticamente nos processos de transformação,
buscando reduzir desigualdades e
assegurar a totalidade dos direitos.
“
A cada vitória conquistada, surgem novas
demandas e novos enfrentamentos, pois a condição da mulher, dentro
do contexto histórico da
sociedade, ainda enfrenta
resquícios significativos.
“
A
participação política
e a ascensão ao
poder foram direitos
negados
para as mulheres
por muito tempo. Essa situação
começou a moPor
dificar por meio
Gláucia Maria
Teodoro Reis
da luta social. O
direito ao voto,
direitos de propriedade, de contrato,
de atendimento pré-natal de qualidade, direito de acesso aos métodos
contraceptivos, dentre outros, foram
conquistados através de manifestações e campanhas de conscientização.
No Brasil, bem como em vários
países latino-americanos, as primeiras
manifestações feministas datam do século XIX. Desafiavam ao mesmo tempo
a ordem conservadora que não permitia a participação da mulher no mundo
público, o que incluía o direito ao voto
e o direito como cidadã, e ainda, apresentavam propostas mais radicais que
iam além da igualdade política visando a emancipação feminina. No final
do século XIX, as mulheres brasileiras,
já fazendo parte da produção social,
representavam uma parte significativa da força de trabalho empregada.
Aconteceram, no decorrer do
século XX, momentos históricos importantes para o avanço da luta das mulheres, especialmente a mobilização pelo
sufrágio, destacando, em 1922, a ação
de Berta Lutz, umas das pioneiras do
feminismo no Brasil, pela fundação da
Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que lutava pelo voto, pela escolha do domicílio e pelo trabalho das
mulheres independente de autorização
do marido. Em 1933, finalmente, o código eleitoral promulgado, estendia o
direito ao voto e à representação política, o que possibilitou que houvesse na
Constituinte de 1934 uma representante
Gláucia Maria Teodoro Reis, Secretária de Políticas para Mulheres e
Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado de Goiás / Professora
Mestre de Direito Constitucional das
Faculdades Alves Faria e Associada
Benemérita da AGIR
ESPAçO DO PACIENTE
um jovem paulista apaixonado por Goiânia
“
M
e considero um
goiano!”. É assim que Walter Roberto de Oliveira Júnior, 26 anos, se sente após ter vindo morar em Goiânia
e começar o tratamento no CRER. O
jovem alegre, e com espírito de atleta,
chegou ao Centro de Reabilitação em
fevereiro de 2011, com dores agudas
nas articulações, falta de sensibilidade
nas pernas, oriundas de uma Esclerose Múltipla, doença autoimune de
origem neurológica que se manifesta
através de surtos devido a múltiplas
inflamações e desmielinização da substância branca do encéfalo e na medula.
Walter descobriu a enfermidade em 2007, quando morava na cidade de São Paulo. Ele lembra que as
dores surgiram de repente, nas pernas
e nas articulações, fazendo-o pensar
que fosse apenas dores diárias. No
ano seguinte, Walter teve dois surtos,
foi quando veio a confirmação da doença. “Tive que aprender a viver com
esses sintomas, que iam e vinham. No
início quando descobri, não foi fácil,
eu tirava forças do meu interior, eu
sabia que eu era maior do que aquilo
que eu estava passando”, acrescenta.
Em 2010, o jovem teve quatro
surtos seguidos, nos meses de janeiro,
fevereiro, março e abril. Os médicos
diziam que os surtos ocorrem em fases de muito estresse. “E eu vivia isso
em São Paulo, muitas cobranças e um
trânsito infernal”, conta. Devido a doença, Walter não conseguia mais andar
sozinho, a fraqueza nas pernas eram intensas, passou a usar muleta e cadeira
de rodas. “Na situação em que eu me
encontrava não conseguia mais trabalhar, fui afastado do serviço, no qual eu
atuava como auditor em uma empresa
Multinacional na cidade de São Paulo, fui encostado pelo INSS”, recorda.
No final do ano de 2010, Walter veio para Goiânia passar a virada de
ano com seus amigos, e um deles lhe
sugeriu procurar um Médico Ortomolecular. A medicina ortomolecular tem
o objetivo primordial de restabelecer o
equilíbrio químico do organismo, através do uso de substâncias e elementos
naturais, sejam vitaminas, minerais, e/
ou aminoácidos. “Consultar com esse
profissional me ajudou bastante, e através dele, me foi sugerido um acompanhamento com um fisioterapeuta.
“Como minha intenção era vir morar
em Goiânia, procurei um lugar onde
pudesse fazer as sessões de fisioterapia.
O médico ortomolecular citou o CRER
como referência em reabilitação. Era
tudo que eu precisava!”, comemora.
Residindo em Goiânia, Walter iniciou sua reabilitação no CRER
em fevereiro de 2011. As sessões alternavam entre fisioterapia, hidroterapia e equoterapia. “Cheguei no CRER
com dificuldade de andar, não tinha
equilíbrio e fadigava muito rápido.
Hoje, vivo outra realidade”, enfatiza.
comigo em todos os momentos, mesmo eu morando em Goiânia e eles em
São Paulo, eles sempre vêm me visitar.
Eles foram essenciais nos momentos
de adaptação e aceitação da doença”,
declara reconhecendo a importância
dos entes queridos nesse processo.
Hoje, Walter anda sozinho, sem
a necessidade das muletas. De segunda
a quinta-feira faz sessões fisioterapia,
equoterapia e hidroterapia no CRER
para cada dia melhorar sua mobilidade e autodependência. O jovem almeja
um futuro promissor. “Logo vou voltar
a trabalhar, não vejo a hora! Já dirijo
o meu carro, vou ao cinema com os
amigos, devagar estou voltando a fazer
caminhada e frequento um grupo de
jovens na igreja que me ensinou a ter
fé e nunca desistir! A cidade de Goiânia
marcou a minha história, pois foi através dela que conheci o CRER, que me
fez acreditar que para tudo tem jeito”.
Porto seguro
Walter ressalta, o quanto é
importante a presença da família nesses momentos. “Minha linda família,
meu pai, Walter Roberto, minha mãe,
Marisa e minha irmã, Bianca, estão
“A cidade de Goiânia marcou a minha história”
CRER EM REVISTA 15
CONHEçA SEuS DIREITOS
Empréstimo para Portadores
de Deficiência
Pessoas com deficiência terão linha de crédito de R$ 25 milhões para
compra de equipamentos para inclusão social
O
governo federal autorizou uma linha de crédito que vai
facilitar a vida das pessoas com deficiência que ganham até 10 salários mínimos por mês (R$ 6.220). A iniciativa faz
parte do programa Viver sem Limites,
lançado em novembro do ano passado
pelo governo. O programa tem metas a
serem implantadas até 2014, com previsão orçamentária de R$ 7,6 bilhões.
Para a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do
Rosário, “a autonomia é um direito
fundamental das pessoas com deficiência e o plano Viver sem Limi-
A iniciativa faz parte do programa Viver sem Limites,
lançado pelo governo federal
16 CRER EM REVISTA
tes veio com este objetivo”, afirmou.
A lei que autoriza o financiamento foi publicada no Diário Oficial
da União, no dia 19 de abril. O objetivo da medida é promover a inclusão
social e uma maior independência dessas pessoas. Os recursos serão repassados pela União, que foi autorizada a
conceder subvenção econômica de até
R$ 25 milhões por ano ao Banco do
Brasil e a Caixa, para que essas instituições forneçam crédito a este público.
O financiamento dessa linha de
crédito é específico para bens e serviços que contribuam para a locomoção e
ampliação das habilidades funcionais dos deficientes físicos. Assim,
pessoas com deficiência
poderão adquirir equipamentos, como cadeiras de rodas, carros
adaptados, mobiliário
acessível, computador
portátil com aplicativos em Braille, mouses
alternativos, lupas eletrônicas, entre outros.
Segundo o secretário nacional de
Promoção dos Direitos
da Pessoa com Deficiência, Antônio José do
Nascimento Ferreira,
a iniciativa beneficiará
também a indústria brasileira. “Além
de melhorar a qualidade de vida do
segmento, isso também deverá resultar em desenvolvimento da indústria inclusiva nacional”, acrescentou.
Viver sem limites
O programa Viver sem Limites foi lançado em novembro do
ano passado, pela presidenta Dilma
Rousseff. Possui quatro eixos de atuação: acesso à educação, atenção à
saúde, inclusão social e acessibilidade.
As ações são integradas por 15
órgãos federais, estados e municípios.
Goiás foi o primeiro estado a aderir ao
plano. Entre os órgãos que fazem parte
do Viver sem Limites estão a Secretaria dos
Direitos Humanos; Casa Civil; Secretaria-Geral da Presidência da República;
e os ministérios da Educação, Saúde,
Trabalho e Emprego, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Esporte,
Ciência, Tecnologia e Inovação, Cidades, Fazenda, Planejamento, Comunicações, Previdência Social e Cultura.
Dados do Instituto Brasileiro
de Estatísticas e Geografia (IBGE) de
2010 apontam que 23,91% da população brasileira possuem algum tipo
de deficiência, totalizando aproximadamente 45,6 milhões de pessoas.
Fonte: www.planalto.gov.br
EMPRESAS MANTENEDORAS
Cevel oferece atendimento exclusivo
para pacientes do CRER
P
restes a completar dez
anos de atendimento às pessoas
com deficiência física e auditiva, o
Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo conta
cada vez mais com a ajuda de parceiros para continuar sua trajetória de superação. Nesta década de
serviços prestados à sociedade, o
Hospital soma mais de 5 milhões
de atendimentos. Uma conquista
que o CRER compartilha com todos
que contribuem com a instituição.
Parte da história do CRER,
a Cevel integra o quadro de empresas mantenedoras, que colaboram mensalmente com o repasse
de recursos para a manutenção
do Hospital. A parceria entre o
CRER e a Cevel nasceu em 2010.
“Faz parte da política da empresa promover ações sociais. Escolhemos o CRER porque, ao conhecer, presenciamos coisas que nunca
tínhamos visto”, diz o gerente de
vendas especiais Josenilton Moreira.
Segundo ele, este trabalho vem sendo desenvolvido de forma cada vez
mais profissional e tende a crescer.
A Cevel é uma organização
com mais de 30 anos de existência.
O Grupo foi
fundado em 12
de
Fevereiro
de 1977. Desde
então, tem trabalhado para
ampliar os negócios na área
automobilística, de corretagem de seguros
e na área de
loteamentos.
Há cerca de 20 anos,
segundo o gerente, foi criado o
programa Autonomy, de vendas
especiais. O programa é uma opção de acesso a veículos para as
pessoas com capacidade motora
reduzida. “A Cevel é pioneira na
divulgação deste programa em
nossa região”, afirma Josenilton.
O programa Autonomy
foi levado ao CRER e apresentado
aos pacientes em março deste ano.
Uma equipe de vendas treinada e
uma despachante ficam exclusivamente à disposição dos pacientes
do CRER. O gerente de vendas especiais explica que o atendimento
oferecido é personalizado e pode
ser feito em domicílio, desde o
primeiro contato até o fechamento da venda e entrega do carro.
Equipe Cevel à disposição dos pacientes do CRER
As pessoas portadoras de
deficiência física, impossibilitadas
de dirigir automóveis comuns, têm
isenção de alguns impostos na compra de qualquer automóvel, tanto
de passageiros quanto de uso misto,
desde que seja de produção nacional
ou trazido de países do Mercosul.
Além do atendimento domiciliar, a equipe de vendas e
despachante ficam disponíveis
no CRER duas vezes por semana:
às segundas e quartas-feiras. Segundo Josenilton, são atendidas
cercas de 50 pessoas por dia, interessadas na compra do veículo
adaptado. “A maioria das pessoas
desconhece os benefícios. O nosso
papel é também informá-las sobre
todos os direitos delas”, afirma.
CRER EM REVISTA 17
MEIO AMBIENTE
“Olho no Óleo”:
responsabilidade de cada cidadão
S
ustentabilidade, essa é
a palavra da vez. A preocupação
ambiental tem ganhado cada vez
mais espaço na mídia e também na
sociedade. Foi pensando no meio
ambiente que a Saneago lançou no
fim do mês de março o Programa
Olho no Óleo. O projeto tem a função de chamar a atenção da população para a importância do descarte
correto do óleo de cozinha usado.
Ao entregar a substância em
um dos pontos de coleta, o cliente recebe um bônus em forma de
crédito na fatura de água e esgoto. Cada litro de óleo corresponde
a R$ 0,50 de desconto na conta de
água. Basta levar o nome do cliente para que o crédito seja computado. É possível até mesmo escolher instituições filantrópicas para
receberem o valor do desconto.
Apesar do destino do óleo
já ter sido escolhido, ainda está em
trâmite um processo de licitação
para que uma empresa privada
seja a responsável na transformação do óleo em biodiesel, combustível renovável e biodegradável.
De acordo com o gerente de Marketing da Saneago, Luiz
Carlos Novo Álvares, o programa
abrange toda a sociedade, desde
grandes geradores, como restaurantes, bares, lanchonetes, hospitais, condomínios comerciais
e residenciais, ao pequeno gerador que é a população em geral.
A diferença é que o grande
18 CRER EM REVISTA
gerador precisa ser cadastrado e o
óleo é recolhido diretamente pela
Saneago, ao passo que o pequeno
gerador não necessita de cadastro,
mas precisa se dirigir aos pontos
de coleta para a entrega do óleo. A
única exigência é que a substância
seja entregue em uma garrafa PET.
Ao todo são oito pontos
de coleta nas duas cidades participantes, Goiânia e Aparecida de
Goiânia, sendo apenas dois em
Aparecida e seis na capital. O gerente de Marketing da Saneago
conta que diversos municípios
goianos se interessaram pelo projeto e prevê a instalação do programa em outras cidades do estado.
Cuidados
O óleo de cozinha usado é um resíduo de grande poder
de contaminação. Quando descartado diretamente no lixo ou
nos ralos das pias, o problema se
torna ainda maior. “Em um mês,
25% das ocorrências de obstrução
de esgoto acontecem por algum
tipo de problema em relação ao
óleo que vai para a rede de esgoto”, conta Álvares.
Mesmo pensando no controle de gastos com a manutenção das redes de esgoto da capital, a coordenação do programa garante que
a preocupação ambiental foi a real motivação
para o estabelecimento do Olho no Óleo em Goiás.
Para a Saneago, a melhor forma é de fato a coleta, pois até mesmo quando se coloca em um caminhão
de lixo o óleo vira chorume e vai para a rede pluvial,
contaminando os mananciais. Isso gera uma agressão para o meio ambiente, visto que um litro de óleo
contamina cerca de 1 milhão de litros de água, o que
é equivalente ao consumo de uma pessoa por 14 anos.
Parceiros
O programa já conta com 21 grandes geradores cadastrados. Até o momento, 650 litros de óleo
foram coletados. O Centro de Reabilitação Dr. Henrique Santillo-CRER todo mês faz a separação do
óleo utilizado no hospital. A Instituição conta com
o suporte da supervisora de nutrição Moara Jaime de Pina e da nutricionista Vanessa Tosta Ferreira do CRER, no apoio ao projeto do Governo do Estado de Goiás – SANEAGO. Outrora esse resíduo
era vendido, assim que o programa foi divulgado, o
CRER aderiu à iniciativa da Saneago, com o objetivo
de dar exemplo a muitas outras instituições goianas.
Empresas de grande porte, como a Panificadora Doce Maior, Ponto Grill Restaurante, M. H. Ribeiro
& Cia. Ltda, e grandes condomínios residenciais também fazem parte do programa. O comerciante Pedro
César de Queiroz, dono da Panificadora Doce Maior,
confirma os benefícios do projeto e enfatiza que essa
é a solução para que o óleo não fique mais jogado em
algum canto da cozinha. Queiroz afirma que quase 200
litros de óleo usado serão entregues mensalmente, obtendo assim um desconto de R$100 na conta de água.
Para que os chamados grandes geradores entrem na rota de coleta das viaturas da Saneago, basta acionar o Ligue Saneago 115 e efetuar o
cadastro. Nesses casos, serão disponibilizados tonéis de plástico para que o óleo seja armazenado
de forma correta até o momento do recolhimento.
A unidade do Vapt Vupt localizada na Avenida
Anhanguera, próximo ao Terminal da Praça A, é um dos
pontos de recolhimento e funciona de segunda a sextafeira, das 7 às 19 horas, e aos sábados das 7 às 13 horas.
Pontos de coleta do Programa Olho no Óleo
Goiânia
Gerência de Negócios Norte
Rua 2, Quadra 12 – Área de 1 a 14 – Vila Ana Maria –
Goiânia
Supervisão de Atendimento ao Cliente
Rua 225, nº 555 – Setor Leste Universitário – Goiânia
Gerência de Negócios Oeste
Rua Amaral Peixoto, Quadra 1 – Lote 1 ao 19 – Vila
Anchieta- Goiânia
Agência de Atendimento Sede
Av. Fued José Sebba, nº 1.245 – Jardim Goiás – Goiânia
Agência de Atendimento Pedro Ludovico
Av. Circular, Quadra 50 – Lote 5 – Setor Pedro Ludovico – Goiânia (Próximo ao Terminal Isidória)
Vapt Vupt Campinas
Av. Anhangüera, nº 6268, Setor Campinas – Goiânia –
(próximo à Praça A)
Aparecida de Goiânia
Agência de Atendimento Aparecida de Goiânia
Rua Benedito Batista de Toledo, Quadra 6 – Lote 2 –
Centro – Aparecida de Goiânia
Gerência de Negócios Aparecida de Goiânia
Av. Escultor Veiga Vale, Quadra 29 – Lote 10 ao 31
– Parque Veiga Jardim IV – Aparecida de Goiânia
(Próximo ao Terminal Veiga Jardim)
Fonte: www.saneago.com.br - Gerência de Marketing
As pessoas vão receber crédito de R$ 0,50 por cada litro de óleo usado
CRER EM REVISTA 19
POR DENTRO DO CRER
“O coração da Instituição”
A importante missão da Supervisão de Recepção e Telefonia do CRER
S
ão, aproximadamente, 110
pessoas, dentre maqueiros, recepcionistas, auxiliares, agentes e encarregados administrativos para atender
cerca de 1,1 mil pacientes que passam diariamente pelo CRER. O principal objetivo destas pessoas é receber bem o paciente, cuidar e facilitar
toda parte burocrática do processo
que o envolve no Hospital. “Somos a
porta de entrada da Instituição, a representamos perante àqueles que por
aqui passam”, diz Fernando Donda,
Supervisor de Recepção e Telefonia.
Os colaboradores que integram o serviço de Recepção e Telefonia são divididos em cinco recepções: de exames, consultas, terapias,
entregas de exames e serviço de
admissão e alta. Além disso, estes
dedicados profissionais também fazem o pré-atendimento do paciente, no “Posso Ajudar”, que também
conta com apoio dos voluntários.
“Nosso serviço é o coração
da Instituição. É o que a mantém
viva”, define Fernando. Ele explica que se um recepcionista ou atendente não executa sua função com
ética, a agenda do Hospital pode
não funcionar dentro da sua capacidade ideal. “Somos como guardiões
do destino de cada paciente em sua
passagem pelo CRER”, completa.
A recepção compreende um
importante papel na Instituição,
20 CRER EM REVISTA
uma vez que é a responsável por
acolher absolutamente todos os pacientes que chegam até o Hospital
e dar o devido encaminhamento.
“Fazemos um trabalho de logística
importante para administrar e otimizar filas e evitar desperdícios de
procedimentos”, diz o supervisor.
Além disso, outra vital função da SURET é colher devidamente os dados cadastrais do paciente.
Para isso, explica Fernando, o recepcionista precisa ser multitarefa,
pois é necessário administrar muitos sistemas ao mesmo tempo e preenchê-los com precisão. Um destes
softwares é o MV 2000i, que integra
todas as informações do Hospital e
ficam disponíveis para a alta direção.
Acolhida
“Manter sempre o bom humor”. Esta é a dica de Cássio Rabelo,
encarregado da recepção de exames
(agendamento e entrega). Para ele, o
mais importante é atender bem, dar
atenção, conversar e, principalmente,
resolver a demanda do paciente.“Me
tornei uma pessoa melhor, mais humana, depois que comecei a trabalhar no CRER”, diz Cássio, que está
Parte da equipe do serviço de Recepção e Telefonia: simpatia, responsabilidade, atenção e espírito de equipe
na Instituição há mais de cinco anos –
sempre no atendimento ao paciente.
Wanessa Violatti, encarregada da recepção de consultas, trabalha no Hospital há seis anos. Para
ela, carisma, simpatia e atenção são
imprescindíveis. “Nossos pacientes são muito especiais. Tanto eles,
quanto os familiares, são carentes
de atenção. Nosso trabalho também
é social. Temos que equilibrar tudo
isso na hora do atendimento”, conta
Wanessa, que diz acompanhar e vibrar com a evolução dos pacientes.
Parte importante do serviço de Recepção e Telefonia, o “SAC
é um departamento que, por meio
da central de atendimento aos clientes, atua de forma ativa e receptiva
como canal de comunicação para
facilitar solicitações, especialmente
para paciente internos e externos”,
explica Michelle Faria, encarregada
do SAC. O setor oferece atendimento de qualidade à distância, através
do número (62) 3232 – 3232 e 32323000, com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas,
dando agilidade e comodidade para
o paciente. Segundo Michelle, no
mês de abril, o SAC recebeu 21,5 mil
ligações e efetuou mais de 21,2 mil.
O PABX iniciou suas atividades desde a inauguração do CRER,
em setembro de 2002. Tem como rotina atender a demanda externa de
ligações para dar o devido encaminhamento e quando necessário efetuar as transferências. De 01 a 30 de
abril, foram recebidas mais de 8,5 mil
ligações e efetuadas mais de 11, 3 mil.
Para o encarregado da recepção de terapias, Luiz Carlos de
Freitas, ter educação e calma é fundamental na hora de atender o paciente que, segundo ele, nem sempre sabe exatamente o que precisa.
Para isso, o supervisor de Recepção e Telefonia, Fernando, alerta:
“A responsabilidade não deve ser
transferida e o espírito de equipe
deve sempre ser ampliado”.
Não há um paciente ou história de superação que não tenha
participação de um recepcionista
ou atendente. Com elevado profissionalismo, simpatia e paciência,
a equipe da Supervisão de Recepção e Telefonia trabalha de forma
profícua para a rotina do Hospital,
acompanhando o ritmo acelerado
de crescimento da Instituição e público atendido nestes quase 10 anos
de serviços prestados à sociedade.
CRER EM REVISTA 21
SuPERAçãO
Com a esposa e as filhas
Carolliny e Letícia. Família unida
pela “Fé em Cristo Jesus” e pelo amor
“Busquei a minha força em Deus”
E
m Goiânia, no mês de
maio de 1994, enquanto se dirigia ao
Parque de Exposição Agropecuária,
Leandro Rodrigues Sousa, 36, foi
surpreendido por um acontecimento que daria um novo curso à sua
vida. Com 18 anos de idade, uma
namorada apaixonada e uma filha
de apenas oito meses, sofreu um acidente de carro que provocou uma
grave lesão na coluna cervical. “Eu
e uns amigos resolvemos ir para a
pecuária depois de sair de um barzinho. O motorista, ao mexer no som
do veículo, perdeu o controle e bateu em uma árvore. Eu, que estava
na carroceria, só não fui arremessado porque o carro tinha capota, mas
com a colisão sofri o rompimento
da medula na região cervical, que
provocou a tetraparesia”, relembra.
Após o acidente, foram várias fases
de reabilitação. Operado pelo médico ortopedista, especialista em coluna, Sérgio Daher, Superintendente
do CRER, permaneceu internado
por 45 dias, tendo sido transferido
posteriormente para UTI, onde ficou
22 CRER EM REVISTA
em coma por três dias em virtude de
complicações no seu quadro clínico. “Quando eu voltei do coma, foi
como um milagre. Como Deus tem
sempre um plano para nossas vidas,
eu voltei”, relata deixando transparecer a fé que o sustentou na época.
Depois de estabilizado o quadro clínico, Leandro buscou tratamento de reabilitação no hospital
Sarah, em Brasília. “Na época ainda não tinha o CRER”, justifica. Em
companhia de sua então namorada,
Vanúbia, hoje esposa, permaneceu
internado por quatro meses. “Em
um centro de reabilitação você vivencia verdadeiramente a sua condição, até então você imagina que
as coisas podem voltar a ser como
antes, mas o contato com a realidade faz a gente encarar a vida e seguir adiante”, relembra do primeiro
impacto em se ver com limitações,
tendo que reaprender a fazer o que
antes fazia naturalmente. “Conheci
pessoas que estavam com o mesmo
problema, com isso comecei a viver
minha própria realidade. Houve
momentos de depressão, de revolta,
mas a fé me ajudou muito, e esses
momentos logo passavam. Primeiramente, busquei a minha força em
Deus e percebi que algo poderia
acontecer na minha vida”, relembra
destacando a importância que a religião evangélica teve e tem para ele.
Uma nova fase impactante
surgiu quando Leandro retornou
para sua casa em Goiânia. “Quando você sai do hospital, você deixa
toda uma estrutura que te dá segurança. As pessoas que te acompanham, aos poucos, começam a
voltar às suas atividades normais
e você se vê sem ter o que fazer”.
“Nessa fase a minha esposa foi uma
pessoa muito importante, que me
deu uma força tremenda”, destaca
o papel fundamental de Vanúbia no
seu processo de recuperação. Sobre
a importância do envolvimento de
sua mãe, irmãos, familiares e amigos, Leandro afirma: “Vendo que
eles estavam dando o máximo, eu
também precisava me esforçar”.
Após certo tempo, Leandro
voltou a estudar e terminou o segundo grau. O casamento com
Vanúbia aconteceu em 1997. “Na
época minha tia me deu o par de
alianças”, afirma ao relembrar de
forma bem humorada a sua difícil
situação financeira. “Eu não tinha
emprego, não tinha dinheiro, mas
pensamos ‘seja o que Deus quiser, Ele é que está no comando de
tudo’”, completa com um sorriso.
Em 1998, Leandro ingressou
na Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (ADFEGO)
e passou a conviver mais com outras pessoas que também tinham
deficiências. “Eu comecei a viver o
mundo dos deficientes físicos, vendo uns com dificuldades, às vezes,
maiores que de outros e pessoas
com as condições financeiras piores
do que as minhas, que estavam lutando e vencendo”, declara. A experiência o estimulou a vender cachorro-quente com um carrinho doado
pelo irmão Maxlay, atualmente Pastor evangélico nos Estados Unidos,
que teve na época do acidente um
papel importante em sua conversão à religião evangélica. Por aproximadamente oito meses, seguiam
pelas ruas do bairro em que moravam, para se acomodarem em uma
calçada, Leandro em sua cadeira
de rodas, com a filha Carolliny ao
colo, pacotes de pães e ingredientes
pendurados no braço da cadeira, e
Vanúbia empurrando o carrinho.
Nesse tempo o casal foi surpreendido pela gravidez da segunda filha,
Letícia. “Com o tempo e o tamanho
da barriga, Vanúbia não conseguia
mais empurrar o carrinho e tivemos
que parar”, justifica. Com os recursos que conseguiram acumular, o
casal partiu para mais uma etapa e
foram morar sozinhos em um apartamento cedido pela mãe de Leandro, com quem viviam até então.
Depois dessa fase, Leandro
participou de um processo seletivo
da então Telegoiás. “Lembro que a
pessoa que fez a entrevista comigo
disse, ‘eu vejo que você tem uma
Dramas familiares - Em 1995, ainda em fase
de readaptação, Leandro e toda sua família foram
surpreendidos com a morte de sua irmã mais velha,
Christiane, com apenas 26 anos de idade, também vítima de acidente de carro. “Minha irmã tinha muita
força e um astral bem alto. Era uma das pessoas que
mais me incentivava. Ela falava ‘levanta dessa cama,
pega a cadeira de rodas, vamos sair’, lembra Leandro ao destacar o incentivo que sempre recebeu dela.
“Nossa história familiar é cheia de dramas. Meu pai
morreu vítima de homicídio, quando eu ainda tinha
10 anos. Éramos 4 filhos, e o meu irmão, que sempre
me ajudou, assumiu o papel de pai da família. Minha mãe, Lacy Rodrigues dos Santos Souza, falecida
há cinco anos, é para mim o exemplo de uma mulher guerreira, que mesmo com tudo o que passou na
vida sempre teve um sorriso no rosto”, emociona-se.
Fé – Diante de tantas situações, Leandro diz ter encontrado na fé em Deus a força para superar os momentos difíceis e estabelecer projetos futuros para sua vida.
“Deus entrou na minha vida e vi que eu só poderia superar as dificuldades com a ajuda de algo sobrenatural.
A gente tem que crer que Deus pode mudar e transformar nossas vidas, mas depende da gente também querer”, afirma. Hoje, assistente jurídico da empresa Telefônica/ Vivo, onde trabalha há quatorze anos, mora com
a esposa e as duas filhas em um apartamento próprio,
adquirido no início deste ano. O passado foi uma trajetória de superação. O futuro reserva muitas conquistas
em novos projetos, com a família unida e a força da fé.
Amor – Logo após sofrer o acidente, Leandro tentou se afastar de Vanúbia, por não achar justo que ela
ficasse ao seu lado, passando por todas as dificuldades
deficiência muito grande e aqui
ninguém ajuda ninguém, eu quero saber como vai fazer’. Comecei
a mostrar como conseguia realizar
as coisas de forma adaptada - beber
água com canudinho, digitar com
auxílio de um suporte preso à mão,
manobrar para pegar e colocar o
fone de ouvido. Não me deixei intimidar e mostrei que eu era capaz.
De 10 candidatos fui escolhido para
ocupar uma das três vagas de operador de Call Center, que estavam
sendo oferecidas”. Logo após, a
empresa passou pela privatização,
e com o impacto inicial da primeira
seleção de pessoal, Leandro viu a
necessidade de fazer um curso superior. “Foi uma outra etapa na minha
vida. As minhas condições financeiras ainda eram difíceis, eu ganhava
para sustentar a minha família e a
faculdade era particular. Mais uma
vez, contei com o apoio do meu irmão, e concluí o ensino superior
me formando em Direito”, orgulha-se pela importante conquista.
que ele enfrentava e ainda enfrentaria. A jovem, no entanto, sem abatimento não se afastou. “Minha esposa é
uma mulher maravilhosa”, destaca Leandro que diz ter
aprendido com ela que, independente da cadeira de rodas, é possível amar e ser amado. O casal é a demonstração da força transformadora do amor, fortalecida pela
Fé, pelas alegrias e pelas dores. Para Vanúbia Aparecida
Sousa Carneiro Rodrigues o rumo dado às suas vidas
foi uma escolha feita por eles. “Nossa vida é uma decisão. Poderíamos ter escolhido ficar tristes, deprimidos
e à base de remédios, mas optamos em ser felizes e lutar
pela nossa vida e nossa família!”, enfatiza com firmeza.
Leandro e Vanúbia lideram um grupo familiar na Igreja Evangélica Assembleia de
Deus – Catedral da Família. “Minha esposa é uma mulher maravilhosa!”
CRER EM REVISTA 23
agenda
Junho >>>
Reacess - IV Feira Nacional de Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade
Data: 29 de junho a 01 de julho de 2012
Local: Rio Centro – RJ
Informações: www.milksom.com.br / (21) 2143-5348
Curso Fitting Theratogs
Data: 30 de junho e 01 de julho de 2012
Local: Curitiba – RJ
Informações: www.fisiovital.com.br / (21) 3049-0001
Julho >>>
Curso Específico para o Tratamento de Bebês –
Conceito Bobath
Data: 02 a 20 de julho de 2012
Local: Curitiba - PR
Informações: www.fisiovital.com.br / (41) 3363-1390
Parcerias
Mar / Mai
Academia Ouro Fitness
Ad’oro Restaurante
Além da Lenda Restaurante e Adega
Asmego
Baiano Folhagens
Baiano Folhagens e Verduras
Buriti Shopping
Caldo 24 Horas
Carretas Mutirão
Cateretê Restaurante Bar
Catral
Celson & Cia Bar e Costelaria
Cevel
Churrascaria e Pizzaria Candeeiro
Churrascaria Gramado
Churrascaria Lancaster Grill
Churrascaria Montana Grill
Ciplac Luminosos
Clínica Premium
Crispim+Veiga
Dali Bar e Taberna
Equilíbrio e Saúde Centro Clínico
Escola Internacional de Goiânia
Flamboyant Shopping Center
Fraldas Kisses
Fran’s Café
Gessolar - Irmãos Chiarello Ltda
Goiás dá Sorte - Associação
Universidade Ativa
Grupo JBS – Friboi
Leites Piracanjuba
Leroy Merlin
Lig Tec Serv. Técnicos em
Telecom
Livraria Saraiva
Macom Instrumental Cirúrgico
Mandarin Spa Urbano
Meta Hospitalar
Mix Med Distribuidora de Medicamentos
MV Sistemas.
Novartis Biociências S/A
O Boticário
Otto Bock do Brasil
Outback Steakhouse
Pitigliano Pizzaria
Renauto Nissan
República da Saúde Empório e
Restaurante
Restaurante Bendita Tapioca
Restaurante Piquiras
Super Frango
Tend Tudo
Typ Academia
Unicom
Viação Paraúna
Setembro >>>
Curso do CRER de Patologias da Mão
Data: 14 a 15 de setembro de 2012
Local: Auditório do CRER - Goiânia – GO
Informações: www.crer.org.br / (62) 3232-3115
Outubro >>>
X Jornada Científica do CRER
Linguagem e Motricidade
Data: 04 e 05 de outubro de 2012
Local: Auditório do CRER - Goiânia – GO
Informações: www.crer.org.br / (62) 3232-3115
24 CRER EM REVISTA
Convênios atendidos no CRER
Affego
Amil
Casbeg
Cassi
Celgmed
Correios
CREA
Fassincra
Fusex
Geap
IMAS
Ipasgo
Plan-Assiste
Saúde Caixa
SENAPREV
SUS
Unimed
PERFIL DO COLABORADOR
“O CRER é o céu”
N
atural de Barretos, mais conhecida como cidade paulista da Festa do Peão de Boiadeiro, Gustavo Mauro
Witzel Machado, 37, é fisioterapeuta no CRER há oito anos.
Gustavo formou-se em 1996 pela Universidade Salesiano de
Lins, Barretos,SP e se identificou tanto com o curso, que desde 2000 é professor universitário em três faculdades de Goiânia: Universidade Estadual de Goiás (UEG), Unifan e Padrão.
Para muitos, as sessões de fisioterapia resumem-se a
ajudar na recuperação e fazer exercícios para aliviar dores.
Mas a fisioterapia é muito mais do que isso. Ela engloba
procedimentos físicos científicos que são utilizados no tratamento de pacientes com uma incapacidade, doença ou
lesão, visando alcançar e manter a reabilitação funcional
e evitar uma disfunção ou deformidade. Uma das
tarefas mais importantes do fisioterapeuta é a
realização de diversos exercícios terapêuticos,
cujos objetivos são de aumentar a força e a resistência, melhorar a coordenação e a mobilidade,
e também reeducar a postura global do corpo.
Gustavo conta que em 2004 começou a
trabalhar no CRER, atuando no serviço
de Neurologia, uma especialidade que
trata dos distúrbios estruturais do sistema nervoso. “Me identifiquei muito
com o ambiente da Instituição. No
CRER, os serviços se voltam ao benefício do paciente”, comenta.
Atualmente, atua na
equoterapia e na pet terapia. “É um trabalho divino.
O carinho que os pacientes
têm com os animais é indescritível, eu acho que os
animais percebem quando os
pacientes precisam de ajuda.
Com a equoterapia é possível ver
melhoras no tronco, no equilíbrio,
diminui o medo que impede os
pacientes de se socializarem. A
pet terapia vence o trabalho de passar em um obstáculo difícil. Tem sido um trabalho legal, pois tem atingido os objetivos. É uma terapia calmante e anti-depressiva, estimula
a interação social, melhora a auto-confiança e autoestima”,
explica o fisioterapeuta sobre importância dessas terapias.
Gustavo é muito querido por seus pacientes. Com
carisma e profissionalismo destaca a importância do vínculo entre terapeuta e paciente. “A profissão ‘fisioterapeuta’
é muito bonita, nós ficamos muito tempo com o paciente,
cada evolução é motivo de festa! E essa interação é recíproca, o estabelecimento de uma relação interpessoal favorece de maneira positiva o desenvolvimento da terapia. Eu
aprendo com os pacientes, e eles aprendem comigo, acaba criando um vínculo de amizade, respeito e zelo por
eles.”, declara, ao manifestar seu amor pela profissão.
“Costumo dizer que o CRER é o céu, quero morrer velhinho trabalhando neste lugar.
Este hospital para mim é a minha segunda igreja. Aqui a gente consegue fazer coisas para o bem dos pacientes, é um trabalho de Deus”, relata com orgulho.
No meio de tantos atendimentos
terapêuticos, o fisioterapeuta Gustavo
não hesita ao responder o que gosta
de fazer nas horas vagas: “Nos dias
de folga, gosto de estar com minha
família, minha esposa e meus filhos”, declara. A esposa Fabiana e
os filhos Felipe e Ana Luisa (foto),
de 8 e 3 anos, respectivamente.
“Adoramos passear no parque,
ir ao shopping e tirar muitas
fotos. Sou um rapaz sortudo
pela família que tenho e muito feliz por ter escolhido uma
profissão tão gratificante. Ser
fisioterapeuta é minha vocação
e agradeço a Deus por isso”.
CRER EM REVISTA 25
últimodetalhe
O detalhe sutil que inspira e motiva. Fotografia de Eduardo Castro, fotógrafo do CRER.
[ ENVIE UMA IMAGEM DE UM DETALHE DO CRER PARA O E-MAIL [email protected] E PARTICIPE DESTA SEÇÃO]
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