2011-ALCOA, NATURA, TETRA PAK

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2011-ALCOA, NATURA, TETRA PAK
FACULDADE DE JAGUARIÚNA
Campus I: (19) 3837-8800 – Rua Amazonas, 504 – Jardim Dom Bosco
Campus II: (19) 3837-8500 – Rod. Adhemar de Barros – Km 127 – Pista Sul
Jaguariúna – SP – 13.820-000
http://www.faj.br – e-mail: [email protected]
ALCOA, NATURA, TETRA PAK - Por que são as empresas mais sustentáveis
do Brasil?
Rodinei Ferreira de Souza ra-10618036 (Eng. de Produção) – [email protected]
Marcio Rodrigo da Silva ra-10618050 (Eng. de Produção) – [email protected]
Orientadora: Profa Dra Ângela Maria Montes Peral Valente – FAJ- [email protected].
Resumo
A sustentabilidade hoje é considerada um diferencial importante para abertura de
mercados e parcerias lucrativas para as empresas e também se tornou uma
tendência mundial nos últimos anos, além de melhorar a qualidade de vida que é um
diferencial humano. Assim, este trabalho teve como foco as atividades relacionadas
à Sustentabilidade que as empresas NATURA, ALCOA e TETRA PAK, utilizam para
crescimento e estabilidade no mercado atual. Através de análises de relatórios
anuais de 2010 dessas empresas foi possível verificar as diferentes estratégias
sustentaveis utilizadas para se tornarem as mais sustentáveis em seus segmentos,
mantendo a lucratividade.
Palavras Chaves: estratégias sustentáveis;diferencial humano; Lucratividade.
1. Introdução
Atualmente, ouve-se falar das empresas sustentáveis e das vantagens que essa
nova forma de atuação empresarial reflete no meio ambiente e na sociedade.
Alguns especialistas afirmam que o crescimento sustentável é impossível, pois para
crescer o consumo de recursos naturais deve aumentar muito em relação à
capacidade de renovação desses recursos. No entanto, muitas empresas
conseguiram encontrar o equilíbrio entre consumo e utilização desses recursos,
através de métodos e processos de fabricação integrados com o meio ambiente e
com a sociedade, confirmando cada vez mais a necessidade de tornarem-se
sustentáveis e auto-suficientes.
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1.1. Alcoa
Reconhecida mundialmente como a principal produtora de alumínio primário e
industrializado, conhecida também como a maior mineradora de bauxita e refinadora
de alumínio.
Equipada com tecnologia de ponta lidera o fornecimento de materiais para
determinados mercados como Aeroespacial, automotivo, de embalagens,
construção, transporte comercial e industrial, tendo seus principais clientes a
Embraer, Tetra-Pak, Pirelli, Saint Gobain, Volkswagen, Dixie Toga, 3M do Brasil e
Mercedes-Benz.
Seus produtos têm aplicações diversas industriais e comerciais como construção de
casas, edifícios, aeronaves, motores, rodas de carro, embalagens para bebidas e
alimentos e ate creme dental.
Estudos mostram que 75% do alumínio já produzido pela empresa, ainda está em
uso produtivo. A Alcoa anunciou em 2010, uma meta interna de reciclagem global de
90% do alumínio produzido até 2030, definindo várias abordagens possíveis para
incentivar a taxa de reciclagem, como parcerias e projetos de sustentabilidade.
1.2. Natura
Uma empresa 100% nacional a Natura foi fundada em 1969 e, em 1973 é
inaugurada a primeira fábrica em São Paulo com sete colaboradores. Em 1981 foi
pioneira ao criar o serviço telefônico gratuito para o cliente, de forma pioneira,
também neste ano foram lançados os produtos em refil.
Sempre pensando em inovação a companhia investiu cerca de R$ 108 milhões em
(Pesquisa e Desenvolvimento) de novos produtos, consagrando-se como a empresa
de cosméticos da América Latina que mais investe nesta área.
Possuidora de negócios dentro e fora do Brasil em países como Argentina, Chile,
Peru, México, Venezuela, França e novas operações iniciadas na Rússia e EUA em
2008.
Líder no mercado de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal, assim como no
setor da venda direta. Companhia de capital aberto desde 2004 tem suas ações
listadas no Novo Mercado, o mais alto nível de governança corporativa da Bolsa de
Valores de São Paulo (Bovespa). O desempenho da Natura, em 2007, mostra uma
receita bruta consolidada de R$ 4,3 bilhões, crescimento de 10,6% sobre o ano
anterior. O lucro líquido consolidado foi de R$ 462,3 milhões, gerando um retorno
sobre o patrimônio líquido inicial de 72,1%.
Suas atividades compreendem o desenvolvimento, a industrialização, a distribuição
e a comercialização, substancialmente através de vendas diretas realizadas pelas
consultoras Natura de cosméticos e fragrâncias em geral.
É uma empresa sólida com práticas de desenvolvimento e aperfeiçoamento de
produtos de beleza e higiene que valoriza o meio ambiente funcionários e clientes,
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investindo em novos produtos e formas sustentáveis de fabricação.
Esse desempenho é fruto de um intenso processo de amadurecimento, que se
refletiu em um novo modelo de gestão, baseado em três pilares fundamentais: a
gestão por processos, a formação de lideranças e o fortalecimento de nossa cultura
organizacional, requisitos indispensáveis para perpetuar nosso comportamento
empresarial em meio a um ambiente de negócios em constante transformação. No
Brasil, consolidamos o grupo executivo e introduzimos as Unidades de Negócios e
Unidades Regionais. Com isso, aproximamos a Natura das necessidades locais de
consultoras, consultores e consumidores finais, regionalizando o marketing e
impulsionando o desempenho. (Relatório Anual Natura 2010).
1.3. Tetra PaK
Criada em 1951, a Tetra Pak mudou a forma com que os alimentos são
processados, envasados e distribuídos em todo o mundo.
Seu fundador, o sueco Ruben Rausing, desejava uma embalagem prática, segura e
econômica para o leite, que até então era comercializado em garrafas ou a granel no
balcão do ponto de venda. A primeira embalagem cartonada foi lançada em 1952 e,
em 1961, a empresa lançou sua primeira embalagem longa vida asséptica, feita de
alumínio, polietileno e papelão e utilizando uma técnica de ultrapasteurizarão para
esterilizar o produto. Essa tecnologia, que combina tratamento térmico e embalagem
asséptica, permite que o leite e outros alimentos líquidos perecíveis permaneçam no
ambiente sem refrigeração e, livres de conservantes e bactérias nocivas. O Institute
of Food Technologists, órgão sediado nos Estados Unidos, reconheceu a tecnologia
de processamento asséptico como o desenvolvimento científico em alimentos mais
importante do século 20.
No Brasil, a Tetra Pak iniciou suas atividades em 1957. A primeira fábrica foi
estabelecida em 1978, na cidade de Monte Mor, no interior paulista, e a segunda,
em 1999, na cidade de Ponta Grossa, na região central do Paraná. A Tetra Pak
Brasil é a primeira indústria de embalagens da América Latina que teve suas duas
fábricas certificadas pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos
Estados Unidos, de importância mundial, que atesta as condições de exportação
para países que reconhecem boas práticas de produção.
A Tetra Pak é uma empresa familiar limitada, de capital fechado. Sua mais alta
instância é o chief executive officer (CEO), Dennis Jönsson, que lidera a
organização a partir do escritório central, na Suíça. A companhia está organizada
mundialmente em 11 clusters (regionais). No Brasil, ela é liderada por seu
presidente, Paulo Nigro, que também responde como vice-presidente do cluster
América do Sul e Central (composto por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia,
Equador, Peru, Paraguai, Uruguai, Venezuela e países da América Central). A
presidência fica em São Paulo, capital. Além disso, a empresa possui outros seis
escritórios e duas fábricas no País. (http://www.tetrapak.com/br).
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2. Referencial Teórico
2.1. Responsabilidade Social
Responsabilidade Social é o comprometimento permanente de empresários de
adotar um compromisso ético de contribuir para o desenvolvimento econômico
juntamente com a qualidade de vida de seus empregados e familiares, assim como
da comunidade local e da sociedade como um todo. Também encontrada em
algumas literaturas como postura ética, comprometida com o resgate da cidadania,
assumindo uma posição de co-responsabilidade, na busca do bem-estar público em
articulação com as políticas sociais (institutos, fundações, organizações,
universidades,
comunidades,
etc).
http://www.responsabilidadesocial.com/institucional/institucional
A empresa não se resume exclusivamente no capital, e que sem os recursos
naturais (matéria-prima) e as pessoas (conhecimento e mão-de-obra), ela não gera
riquezas, não satisfaz às necessidades humanas, não proporciona o progresso e
não melhora a qualidade de vida, pois a empresa está inserida em um ambiente
social. Para Oded Grajew presidente do Instituto Ethos, uma das principais
instituições responsáveis pela difusão do conceito de responsabilidade social na
sociedade brasileira, define este conceito como: a atitude ética da empresa em
todas as suas atividades, que diz respeito às interações da empresa com
funcionários, fornecedores, clientes, acionistas, governo, concorrentes, meio
ambiente e comunidade. Os preceitos da responsabilidade social podem balizar,
inclusive, todas as atividades políticas empresariais. (GRAJEW, 2001).
2.2. Produção Mais Limpa
Produção Mais Limpa é a aplicação contínua de uma estratégia integrada de
prevenção ambiental a processos, produtos e serviços, para aumentar a eficiência
de produção e reduzir riscos para o ser humano e o meio ambiente. Por ser uma
filosofia de melhoria contínua, a idéia é que o gerenciamento e a otimização de
processos industriais sejam parte da pesquisa e da rotina das empresas, que
desejam melhorar seu desempenho em diversos quesitos.
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2.3. Ecodesign
Ecodesign surgiu nos anos 90 em indústrias eletrônicas dos EUA, que buscavam
uma forma de produção que causasse o mínimo de impacto adverso ao meio
ambiente. Assim, a Associação Americana de Eletrônica (American Electronics
Association) formou uma força tarefa para o desenvolvimento de projetos com
preocupação ambiental e produção de uma base conceitual que beneficiasse
primeiramente os membros da associação. Deste então, o nível de interesse pelo
assunto tem crescido rapidamente e os termos "Ecodesign" e "Design for
Environment" têm-se tornado comuns e seguidamente relacionados com programas
de gestão ambiental e de prevenção da poluição. Ecodesign é definido como sendo
um conjunto específico de práticas de projeto, orientadas à criação de produtos e
processos eco-eficientes, tendo respeito aos objetivos ambientais, de saúde e
segurança,
durante
todo
o
ciclo
de
vida
desses
produtos.
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2.4. Ciclo de vida
No Brasil, várias empresas e seus investidores estão perdendo oportunidades de
mensurar os impactos em potencial das mudanças climáticas sobre os preços das
suas ações na Bolsa de Valores. Em vários casos, estão perdendo oportunidades
para criar uma vantagem competitiva e sair na frente da própria concorrência, pois
ao adotar medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa, um
empresário passa a ter uma fonte de receita fixa e líquida no médio e longo
prazo.Uma das ferramentas utilizadas pelas empresas é o PLM(Product Life Cycle
Management)ou ciclo de vida que permite considerar a sustentabilidade antes da
criação de um produto durante o seu desenvolvimento, uso e descarte. O processo
de Pesquisa e Desenvolvimento preocupa-se com a criação de inovações e
tecnologias sustentáveis. O desenvolvimento de produtos sustentáveis visa aplicar
os métodos de eco-design associados aos métodos tradicionais. Os processos de
negócio (Gestão de Configuração e Acompanhamento/Retirada do Produto do
Mercado) atendem aos requisitos de sustentabilidade na fase de uso e no seu fim de
vida, monitorando e contribuindo para outros processos das empresas que lidam
com os produtos. A melhoria dos processos garante a atualização cíclica e gradual
de toda a abordagem PLM. (Murphy, 2010)
2.5. Ecoeficiência
A ecoeficiência é alcançada mediante o fornecimento de bens e serviços a preços
competitivos que satisfaçam as necessidades humanas e com qualidade de vida, ao
mesmo tempo em que reduz progressivamente o impacto ambiental e o consumo de
recursos ao longo do ciclo de vida, a um nível equivalente à capacidade de
sustentação estimada da Terra (World Business Council for Sustainable
Development). Este conceito sugere uma significativa ligação entre eficiência dos
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recursos, que leva a produtividade e lucratividade e, responsabilidade ambiental.
Assim, eco eficiência é o uso mais eficiente de materiais e energia, para reduzir os
custos econômicos e os impactos ambientais. A ecoeficiência é saber combinar
desempenho econômico e ambiental, reduzindo impactos ambientais com o uso
racional de matérias-primas e energia; reduzindo deste modo os riscos de acidentes
e melhorando a relação da organização com as partes interessadas.
http://www.cebds.org.br/cebds/eco-rbe-ecoeficiencia.asp
Assim, os principais objetivos deste trabalho foram: selecionar e interpretar as
informações apresentadas nos relatórios relacionados à Sustentabilidade e, como e
porque se tornaram as empresas mais sustentáveis em seus seguimentos.
3-Metodologia de Pesquisa
A metodologia utilizada foi à pesquisa documental, onde as informações foram
coletadas a partir relatórios Anuais de 2010 das Empresas Natura, Alcoa e Tetra
Pak.
4- Resultados e discussão
Analisando os documentos propostos (Relatório anual das empresas 2010), foi
possível observar que o sucesso de cada empresa com foco na sustentabilidade
segue estratégias diferentes, porém objetivos comuns.
A empresa Natura, por exemplo, tem como base a inovação tecnológica integrada a
parte social, que envolve comunidades em seus projetos ambientais. Todos os
novos negócios da empresa são cuidadosamente avaliados em relação aos
impactos ambientais e, como a comunidade pode fazer parte do negocio. A
comunidade atua nos projetos como fornecedores de matérias-primas, visto que
90% de seus produtos é a base de extratos naturais que na maioria das vezes são
de plantas nativas, extraídos manualmente.
Em 2010 a Natura lançou a linha Ekos, que foi seu maior projeto de
sustentabilidade, utilizando nos sabonetes 20% a 50% de puros óleos vegetais
naturais fornecidos por 263 famílias, em oito diferentes comunidades, na Amazônia.
Com esses projetos sustentáveis obtêm-se benefícios ambientais como, a
conservação de 100 km² de Floresta Amazônica; manutenção de 3 mil árvores
nativas em pé; utilização resíduos da indústria de suco; priorização de sistemas de
manejo agroflorestal e orgânicos.
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Já a Alcoa tem como um das principais contribuições para a sustentabilidade o
desenvolvimento de novas aplicações para o alumínio, aproveitando-se das
vantagens que o material apresenta.
A principal novidade de 2010 foi à chegada ao mercado brasileiro das carrocerias de
caminhões com perfis de alumínio, para serem utilizadas no transporte de cana. O
produto, exclusivo para o Brasil foi desenvolvido em parceria com o Centro Técnico
Canavieiro e com a colaboração do Centro de Tecnologia da Alcoa em Pittsburgh,
nos EUA. Tradicionalmente, as carrocerias eram feitas de chassis e caixas de carga
em aço carbono. Com a incorporação de caixas de carga feitas em perfis de
alumínio, resistentes como o aço e, mais a substituição das rodas convencionais por
rodas forjadas de alumínio, o peso da carroceria foi reduzido em seis toneladas, que
representa uma economia de até 8,3% no consumo de combustível. Isso significa
que a transportadora pode diminuir em 9% o custo de transporte por tonelada de
carga, reduzir as despesas com desgaste dos pneus e pintura da carroceria e, ainda
obter alto valor residual na renovação futura da frota, por meio da reciclagem.
A Tetra Pak, apresenta-se como empresa sustentável devido a escolha consciente
de suas matérias-primas e, desenvolvimento de novas tecnologias que permitem
reduzir o consumo de recursos naturais e a geração de resíduos. Além disso, a
empresa se preocupa em dar vida útil a esses resíduos e às suas embalagens pósconsumo, fomentando a cadeia da reciclagem em todos os níveis.
Desde a década de 1980, a Tetra Pak desenvolve trabalhos para minimizar o
impacto ambiental de suas atividades. Periodicamente, a empresa realiza estudos
para mapear todo o processo produtivo das embalagens cartonadas, desde a
produção de matérias-primas até o descarte final e a reciclagem (Ciclo de Vida). Tais
análises verificam os impactos provocados pelo consumo de água e energia, a
liberação de gases na atmosfera e a produção de resíduos sólidos do início ao fim
da cadeia produtiva.
A partir dos dados obtidos em todo o ciclo de vida do produto são desenvolvidos
projetos de melhoria para reduzir os impactos em todas as etapas do ciclo de vida
do produto. No Brasil, a primeira grande análise do ciclo de vida das embalagens da
Tetra Pak foi iniciada em 1996, em parceria com o Centro de Tecnologia de
Embalagem do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Cetea- Ital), que, em 2000,
finalizou os estudos com a criação de um extenso banco de dados para todo o
processo, que foi atualizado em 2008.
Os resultados com o estudo do ciclo de vida do produto apontaram mudanças
significativas na reciclagem das embalagens, cujas taxas aumentaram graças ao
desenvolvimento de técnicas de recuperação do plástico e do alumínio, por meio de
novos processos de reciclagem (peletização, em 1998), e tecnologia de separação
do polietileno e do alumínio, em 2005. Além disso, estas mudanças também
apontaram melhorias substanciais na emissão de gás carbônico na atmosfera.
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5- Considerações finais
Através das análises dos relatórios anuais da Natura, Alcoa e Tetra Pak pode-se
concluir que a utilização consciente dos recursos naturais e a integração empresa,
meio ambiente e comunidade são uma forma inovadora de Gestão Empresarial e
Ambiental, utilizada pelas empresas para se tornarem sustentáveis. A
Sustentabilidade deve ser uma prática obrigatória na gestão das empresas de
pequeno, médio e grande porte nos próximos anos, visando à interação entre os
processos e a capacidade de interagir com a comunidade sem perder em qualidade
e lucratividade.
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6. Referências Bibliográficas.
http://www.tetrapak.com/br,( Relatório Anual Tetra pak 2010) acesso em 01/10/2011.
http://www.blogconsultoria.natura.net/relatorio-anual-2010/ (Relatório Anual Natura
2010). Acesso em 01/10/2011.
http://www.responsabilidadesocial.com/institucional/institucional(“Responsabilidade
social.com)”.acesso em 12/10/2011.
GRAJEW, O. Evolução e perspectivas da responsabilidade social. Jornal Valor
Econômico, n. 301, 2001.
Murphy, C. C. A importância do investimento ambiental integrado e sustentável.
Sustentabilidade. 2010.
http://www.responsabilidadesocial.com/institucional/institucional
15/10/2011.
acesso
http://www.cebds.org.br/cebds/eco-rbe-ecoeficiencia.asp, acesso em 15/10/2011.
em