2. frentes - CPTEC/INPE
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SÍNTESE SINÓTICA MAIO DE 2014 Dr. Gustavo Carlos Juan Escobar Grupo de Previsão de Tempo CPTEC/INPE 1. DESTAQUE DO MÊS 2. FRENTES 3. ANOMALIAS DE TEMPERATURAS 4. ANOMALIAS DE PRECIPITAÇÃO 5. CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA 1. DESTAQUE DO MÊS Chuvas significativas acima da média sobre parte da Região Sul e parte do Nordeste do Brasil e chuvas abaixo da média sobre parte do Norte do Brasil. Eventos severos de chuva com fortes impactos na população em áreas do Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Paraná (PR) e Mato Grosso do Sul (MS). Chuvas volumosas na cidade de São Luiz (MA) com fortes impactos na população. Onda de frio e intenso Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) associados com friagem e geadas em parte do Brasil 2. FRENTES Durante o mês de maio registraram-se nove sistemas frontais, sendo que cinco deles atuaram diretamente sobre o território brasileiro. As frentes frias três e oito atingiram as latitudes mais baixas chegando até o sul da Bahia (BA) e o Espírito Santo (ES), respectivamente. As fentes frias sete e oito estiveram associadas com a atuação de uma onda de frio. 3. ANOMALIAS DE TEMPERATURAS As temperaturas mínimas (Figuras acima) ficaram abaixo da média em pontos localizados do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. As anomalias positivas mais significativas se c oncentraram sobre o norte de M ato Grosso (MT), Roraima (RR) e o sul do Pará (PA). Na segunda q uinzena observaram-se an omalias negativas em parte do RS , SC e MS associadas com a atu ação de uma onda de frio. As t emperaturas máximas ( Figuras abaixo) mostraram a nomalias negativas (inferiores a 3 graus) sobre a Região Sul, MS e parte de MT, Acre (AC) e R ondônia (RO), relacionadas com a atuação de uma onda de frio. As anomalias positivas se concentraram no Sudeste do Brasil. 4. ANOMALIAS DE PRECIPITAÇÃO Durante o mês de maio (Figura esquerda) registraram-se anomalias positivas de chuva sobre parte do RS, SC, PR e MS, associadas principalmente com a atuação de cavados em níveis médios da atmosfera e com sistemas frontais. Houve também anomalias positivas de chuva no norte do MA, incluindo a capital São Luiz, relacionadas em parte com a presença da ZCIT. As anomalias negativas de chuva mais significativas se concentraram em áreas de RR, AP e AM. No leste do Nordeste, as chuvas anômalas ocorreram durante a primeira quinzena (Figura abaixo esquerda) e estiveram relacionadas com Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOL). As chuvas anômalas do Sul ocorreram ao longo de todo o mês. 5. CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA 250 hPa Durante o mês de maio (Figura esquerda) observou-se, em altitude, um predomínio de fluxo de oeste ao sul do paralelo 25S, aproximadamente. Sobre o norte do continente observou-se a presença de um anticiclone, centrado aproximadamente sobre o Estado do PA. Este comportamento do fluxo em altitude foi bastante parecido ao longo de todo o mês (Figuras abaixo). Durante a segunda quinzena (Figura abaixo direita) observouse anomalias positivas da componente zonal do vento concentradas entre os paralelos 20 e 30S, indicando a intensificação do Jato Subtropical (JST). Este sistema contribui para intensificar as chuvas anômalas registradas sobre parte do Sul do Brasil. Na costa norte do Chile observou-se um cavado de onda curta, refletindo a atuação de um intenso VCAN sobre essa região. 500 hPa Durante o mês de maio (Figura esquerda) observou-se um intenso fluxo baroclínico de oeste, ao sul de 25S, aproximadamente, cobrindo o continente e os oceanos adjacentes. No Pacífico, observou-se uma intensa área de baixa pressão anômala associada com intensos ciclones que frequentaram essa região. Ao norte desta baixa anômala registrou-se uma crista anômala. Ambos os sistemas anômalos determinaram um intenso índice de circulação zonal ao sul do paralelo 30S. Desta maneira, os transientes foram mais frequentes nestas latitudes. Este comportamento foi observado ao longo de todo o mês, porém com mais ênfase na primeira quinzena (Figura abaixo esquerda). Na segunda quinzena (figura abaixo direita) observou-se um cavado de onda curta anômalo no Pacífico, na altura do norte do Chile. Este sistema de baixa pressão reflete o intenso VCAN que atuou nessas latitudes. 850 hPa Durante o mês de maio (Figura esquerda) observou-se um intenso fluxo anômalo de quadrante norte sobre o sul do continente e oceanos adjacentes, associado com a presença de uma intensa área de baixa pressão. Este comportamento anômalo foi observado ao longo de todo o mês (Figuras abaixo). Entre 20S e 30S observou-se o predomínio de circulação anticiclônica, associada à presença dos anticiclones semipermanentes. Desta maneira, ficou determinado um alto índice de circulação zonal sobre as latitudes médias que persistiu ao longo do mês. O Jato de Baixos Níveis (JBN) também atuou durante as duas quinzenas, porém na segunda esteve mais intenso (Figura abaixo direita). Este sistema foi determinante para intensificar as chuvas ocorridas no Sul do Brasil. Na segunda quinzena também observou-se um fluxo anômalo de quadrante sul sobre o Atlântico e parte do Sul do Brasil, associado com uma intensa incursão de ar frio. superfície A circulação média mensal de maio (Figura esquerda) mostrou um padrão de circulação similar ao observado no nível de 850 hPa. O destaque foi a atuação de uma intensa baixa anômala no Pacífico Sul que atuou praticamente ao longo das duas quinzenas (Figuras abaixo). No Atlântico, a leste da Patagônia Argentina observou-se uma crista anômala que refletiu os constantes anticiclones migratórios que atravessaram por essas latitudes. Na segunda quinzena (Figura abaixo direita), observou-se um anticiclone de 1017 hPa atuando entre o centro da Argentina até o Estado de SP e um cavado anômalo a leste deste anticiclone. Este sistema de alta pressão foi reflexo da onda de frio que atuou durante este período. EVENTOS METEOROLÓGICOS DO MÊS Vórtice Ciclônico de Altos Níveis associado a onda de frio Entre os dias 22 e 24 de maio um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) na troposfera média e alta atravessou a Cordilheira dos Andes provocando eventos anômalos de precipitação no norte do Chile e na Cordilheira e Pré-Cordilheira de Antofagasta e Atacama. No deserto do Atacama houve, no mesmo dia, registro de chuva, granizo e neve, devido à presença deste VCAN. A Figura acima mostra a presença do VCAN em 500 hPa na costa norte do Chile e um cavado frontal no Atlântico cujo eixo se estende em direção à costa leste da Argentina. A combinação de ambos os sistemas de baixa pressão em altitude determinou um padrão sinótico associado a uma onda de frio sobre o continente sulamericano. A Figura abaixo mostra os campos de pressão em superfície associados a este evento frio.
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