GISBERTO, PADRE POUCO ECLESIÁSTICO E
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GISBERTO, PADRE POUCO ECLESIÁSTICO E
27 Maio GISBERTO, PADRE POUCO ECLESIÁSTICO E CÔNEGO NADA CANÔNICO, Perdoa o assassino do seu pai POSTADO POR ADMIN ÀS 16:29 Padre Gisberto, já pároco da Matriz e amigo do Ora et Labora preferiu deixar os tapetes vermelhos da Catedral para pisar na terra vermelha da periferia de Ribeirão Preto. Pequena Bibliografia do Grande Padre Gisberto. Padre Gisberto Antônio Pugliesi nasceu aos 29 de maio de 1931, em Uberaba, Minas Gerais, filho de Domenico Pugliesi e de Carmela Licursi Pugliesi. Aos dois anos de idade, veio para Franca com sua mãe já viúva e seus irmãos, vindo residir onde hoje é a casa paroquial da Igreja de São Sebastião. Desde pequenino, conviveu com os vários padres que passaram por esta paróquia visto que sua mãe dona Carmela, a todos acolhia como se fossem membros da família, participando de sua mesa, servindo-lhes refeições simples porém generosas. Estudou no grupo escolar "Barão da Franca" onde fez o curso primário, e também no instituto Francano de ensino, cursando o ginasial e contabilidade. Ao mesmo tempo trabalhava, pois precisava ajudar sua mãe na manutenção da casa, tendo passado três anos na livraria Renascença e três anos nas casas Pernambucanas. Certo dia, quando do falecimento do padre agostiniano, frei Ricardo, surgiu dentro dele um questionamento: "quem o substituirá nesta missão?", e prontamente respondeu: "Senhor, aqui estou". Foi assim que, aos 18 anos, ingressou no Seminário Diocesano de Ribeirão Preto, concluindo os seus estudos de filosofia e teologia no seminário "Maria Imaculada" em São Paulo. Ordenou-se aos 5 de julho de 1959, pela imposição das mãos do reverendíssimo dom Luiz do Amaral Mousinho, 1º arcebispo de Ribeirão Preto aqui nesta paróquia de São Sebastião. É também licenciado em Filosofia pela faculdade "Santo Tomás de Aquino" de Uberaba. Passou a exercer seu ministério sacerdotal em Ribeirão Preto, como cooperador da Igreja Catedral. Trabalhou durante dez anos em Jardinópolis, como pároco da igreja de Nossa Senhora Aparecida onde fundou a casa da criança de Jardinópolis. Retornou a Ribeirão Preto como cura da Catedral Metropolitana de São Sebastião, nesta cidade fundou o Promesp (Fundação pró Menor de Ribeirão Preto). Foi também co-fundador da Organização Vida Nova e Casa da Mangueira (dedicado ao trabalho com os menores infratores). Junto à prefeitura ribeirão-pretana exerceu o cargo de diretor do Bem Estar Social por seis anos. Dedicou-se por muitos anos ao Encontro de Casais com Cristo, e muito trabalhou para união de familiares em crise conseguindo, muitas vezes, com seus conselhos, reatar famílias desfeitas. Depois, voltou-se para os presidiários e menores, lutando para que nossos irmãos marginalizados da sociedade fossem reconduzidos ao caminho de Deus. Nesta área de trabalho, ocorreram certos fatos interessantes: presos o chamavam de pai e, em certa ocasião, se ofereceu em uma rebelião para substituir reféns. Hoje apesar de seus 84 anos de idade, padre Gisberto não esmorece: e no campo social dedica-se à construção de casa para famílias que não tem onde morar. Nesta obra social, consegue envolver várias pessoas de comunidades religiosas e empresários de Ribeirão Preto. Substituía, nas Igrejas da Arquidiocese de Ribeirão Preto, os padres que estão de férias. Visita os padres do mosteiro todas as semanas e com eles faz uma refeição. Quando estes monges ficam doentes é o tio Beto que fica com eles. Já acompanhou a doença de vários padres idosos até sua hora final. Padre Gisberto é por todos chamado de tio Beto, não apenas por sobrinhos numerosos, mas por amigos, outros padres, bispos, juízes de Ribeirão Preto. Isso acontece desde o seminário maior Maria Imaculada, onde seus colegas lhe prestaram uma homenagem singela, colocando na oficina mecânica em que ele gostava de trabalhar: "oficina do tio Beto". Todos querem ser um pouquinho parente dele. Os padres, os bispos, que ele se preocupava em levar para descansar uns dias na fazenda do sobrinho, onde faz ele mesmo o macarrão, a brajolla de panela, ou para casa de Ubatuba para gozar um gostoso banho de mar e não esquecendo de louvar a Deus dizendo: "observe o mar e sinta como Deus é grande". É tio também para os pobres de Ribeirão Preto, para os outrora meninos de Jardinópolis, para os presos e para a família inteira, que sempre contou com seus conselhos sábios nos momentos mais difíceis. Mas é interessante! Todos o chamam de tio, quando na verdade o lugar que ele ocupa hoje na família é de pai, respeito que conquistou com toda humildade, ensinando a fazer o doce de abóbora na panela de pressão ou o macarrão ao pêsto, ou copiando com carinho uma receita de bolo. É o tio Amado, em torno de quem se unem todos, neste feliz momento em que se comemora bodas de ouro de sacerdócio. AMOR PERDÃO No dia 5 de julho de 1932, na cidade de Uberaba, foi assassinado o Sr. Domenico Pugliesi, pai de Gisberto Antonio Pugliesi, que na ocasião contava com 1 ano de idade. Passaram-se 27 anos e aquela criança no dia 5 de julho de 1959, foi ordenado padre. Entre tantas atividades, atuou na pastoral Carcerária de Ribeirão Preto. Nos anos 70, em uma excursão para com presos da cadeia de Vila Branca, foram recepcionados no clube recreativo de Uberaba. Falando para os presentes padre Gisberto disse que queria encontrar com o Júlio o assassino de seu pai, se estivesse vivo. Terminada a reunião, ao entrar no ônibus, foi abordado por um homem que lhe disse: "padre, esse homem esta vivo, é solteiro e mora no Hotel Modelo". Já em Ribeirão Preto, padre Gisberto telefona para o assassino de seu pai e indaga se ele receberia. Diante da resposta positiva, padre Gisberto viaja para encontrá-lo. - Quando entrei no quarto, ele perguntou-me se eu era o padre. - Respondi que sim e ele começou a chorar. Terminava ali uma busca de mais de 20 anos. - Consolei-o dizendo que Deus gostava dele e que todos nós temos um pouco de santo e um pouco de capeta. Padre Gisberto perdoa o assassino de seu pai, já bem idoso, e ali, naquele quarto de hotel, confessa-o e ministra o sacramento da 1ª comunhão. Após mais alguns minutos de conversa, despede-se, o abençoa e retorna para Ribeirão Preto. Pouco tempo depois, Júlio morre, porém com Cristo no coração. Havia sido concluída, talvez, a parte mais importante da missão do Padre Tio Beto. Para saber mais sobre a história de vida do Padre Gisberto Clique no link abaixo. http:/tinyurl.com/ol56rg Padre Gisberto Pugliesi Ele confessa sem nenhum problema: caçou, por duas décadas, o homem que tirou a vida de seu pai. Um pensamento fixo, que surgiu quando ainda estava no seminário. É uma história intensa que começa em 25 de maio de 1931, dia em que nasceu, em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Gisberto Antonio Pugliesi é filho do casal de imigrantes italianos Domenico Pugliesi e Carmella Licursi. Ela com 4 anos, ele rapazote, chegaram ao Brasil com os pais, em 1887, contratados para trabalhar em plantações de café na cidade de Ibitinga. Lá Domenico e Carmella se conheceram e se casaram, indo morar numa chácara em Uberaba. Domenico primeiro alugou e depois conseguiu comprar a chácara, sustentando a família treze filhos com o cultivo de hortaliças. Com uma carroça, percorria a cidade de Uberaba, vendendo os produtos de sua horta. Gisberto, o caçula de treze irmãos, tem apenas um ano e três meses quando uma tragédia se abate sobre a família. O pai Domenico discute com um chacareiro vizinho e é assassinado, numa tocaia. O desafeto se esconde atrás de um pé de café e atira em Domenico com uma espingarda. O pequeno Gisberto ainda não sabe, mas, pouco antes de se ordenar padre, iniciará uma busca implacável pelo assassino do pai. Viúva, com onze filhos, Carmella aluga a chácara e se muda para Franca. Não se casa de novo com o aluguel da chácara e a ajuda de parentes, cria os filhos, que enfrentam o batente cedo. Após o grupo escolar, Gisberto, aos 11 anos, começa a trabalhar numa livraria (Renascença), entregando encomendas, enquanto continua com os estudos à noite. Aos 14 anos, ingressa na Casas Pernambucanas, como entregador de pacotes. É promovido a caixa e a escriturário. Aos 18 anos, termina o curso de auxiliar de escritório, na Escola Técnica de Comércio (antigo Ateneu Francano). Inspiração Gisberto havia acabado de concluir o curso de auxiliar de escritório quando um padre agostiniano de Franca morre. Por curiosidade, vai ao enterro. Lá, pensa: se o padre morreu, alguém tem de continuar seu trabalho. Estou disposto a substituí-lo. Conversa em casa com a mãe, que o apoia, mas faz a ressalva: Filho, padre é que nem soldado, vai para onde o bispo manda. Menos de três meses após ter acompanhado o enterro do padre, Gisberto toma o rápido da Mogiana, e vem a Ribeirão Preto, no dia 24 de fevereiro de 1949, para ser apresentado ao bispo dom Manoel da Silveira D´Elboux. Faz quatro anos de seminário menor em Ribeirão Preto, mais três anos de Filosofia e quatro anos de Teologia no Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo. No dia 5 de julho de 1959, na cidade de Franca, onde residia sua família, o bispo de Ribeirão Preto, dom Luis do Amaral Mousinho, ordena padre Gisberto Pugliesi. Ele trabalha dois anos como padre auxiliar na Catedral Metropolitana, ao lado do cura, cônego Arnaldo Álvaro Padovani. Assume então a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Jardinópolis, onde fica por dez anos (1962-1971). Ainda não havia conseguido encontrar o assassino de seu pai. Casa da Criança Em Jardinópolis, padre Gisberto, após as celebrações aos domingos na Igreja, ia rezar missa para os colonos, nas fazendas. Lá, constata que muitos casais não haviam se unido sob a bênção da Igreja. Começa então a celebrar casamentos, de graça, nas tardes dos domingos, quatro ou cinco por vez. Ao longo de dez anos foram mais de 500 casamentos. Num Natal, ao lembrar de Jesus-criança, lançou a idéia de construir uma creche, algo que Jardinópolis ainda não possuía. Em terras da fazendeira Deise de Castro Prado, reativam uma olaria abandonada. Padre Gisberto compra uma carroça e um burro para puxar barro. Fazem mais de 400.000 tijolos parte é vendida, para pagar os oleiros, e o restante guardado. Era hora de encontrar um terreno adequado. Num bairro de periferia, conhecido como Caixa dÁgua, localiza um quarteirão inteiro vazio, apenas com limoeiros. Os donos do terreno, o casal Jorge Saqui e Fádua Cosac Saqui, ficam sabendo que padre Gisberto estava de olho no quarteirão e mandam chamá-lo. Em vez da reprimenda que esperava, recebe é a escritura passada do terreno. Com os tijolos guardados, começa a construção de um prédio de 1.080 metros quadrados. Quando pronto, padre Gisberto vai à serralheria Bertini e encomenda portas de ferro, vitrais e tudo o que mais precisava. E manda pôr na conta de outro casal católico Adib e Ivone Rassi. Informado pelo serralheiro, Adib chama o padre e pergunta o que estava ocorrendo, se era algum tipo de assalto. Padre Gisberto responde que Adib estava agora lhe devendo um favor, pois havia dado oportunidade para que ele fizesse o bem a crianças carentes. E avisa que novos pedidos ainda surgiriam. Foi assim, com a ajuda da comunidade católica, que padre Gisberto, no peito e na raça, ergueu a Casa da Criança de Jardinópolis. Após a transferência do padre para Ribeirão Preto, em 1971, Jardinópolis rendeu-lhe homenagens concedeu o título de Cidadão Jardinopolense (em 1972) e batizou um centro comunitário com o nome do benemérito (em 1977). A CAÇADA Atrás do assassino do pai Padre Gisberto conta que desde a época do seminário, em São Paulo, passou a acalentar a idéia de encontrar-se, frente a frente, com o homem que assassinara seu pai. -Foi uma discussão à toa, algo a respeito de um remo, de uma pá de remo. Ele atirou em papai com uma cartucheira e os chumbos feriram minha irmã. Era 1932, o ano da revolução, de muita agitação, conta. Na década de 70, quando atuava na Pastoral Carcerária, esse dia finalmente chegou. Padre Gisberto visitava com freqüência os presos da Cadeia de Vila Branca que ele, aliás, abençoara quando da inauguração. Num final de semana, com o juiz Jorge Cocicov, lotou um ônibus de presos e foi para um encontro num clube recreativo de Uberaba. Lá, na sua vez de discursar, disse que todos deviam ter um grande amor pelos semelhantes e deviam, também, saber perdoar, como Jesus. Aí eu falei: aqui nessa cidade de Uberaba, no dia 5 de setembro de 1932, quando eu tinha um ano, meu pai foi assassinado. Não sei se este homem que matou meu pai está vivo ou morto, mas quero encontrá-lo. Terminada a reunião, ao entrar no ônibus, padre Gisberto é abordado por um homem, com um recado : esse homem está vivo, é solteiro, mora no Hotel Modelo. O encontro De Ribeirão, padre Gisberto telefona ao assassino de seu pai e indaga se ele o receberia. A essa altura, o homem, de nome Júlio, já sabia que um dos filhos do homem que matara virara padre e o procurava. Padre Gisberto viaja a seu encontro. -Quando entrei no quarto dele, me perguntou se eu era o padre. Respondi que sim e ele começou a chorar. Terminava ali a busca de 20 anos. Padre Gisberto havia esperado duas décadas para, finalmente, perdoar, cara a cara, o assassino de seu pai. -Consolei-o, dizendo que Deus gostava dele e que todos nós temos um pouco de santo e um pouco de capeta. Após ser perdoado pelo filho do homem que assassinara, Júlio aceita o convite do padre e, já bem idoso, recebe o sacramento da primeira comunhão, ministrada no próprio hotel. -Ele morreu pouco tempo depois, com Cristo no coração, recorda-se padre Gisberto, com a consciência tranqüila. Havia concluído, talvez, a parte mais importante de sua missão. INCANSÁVEL Doze cirurgias não param Padre Gisberto Após deixar Jardinópolis, em 1971, padre Gisberto foi indicado pároco da Catedral, quando convidou para ser seu auxiliar um padre recém-ordenado, Francisco de Assis Corrêa. Em 1986, com a saúde debilitada, pede ao arcebispo, dom Romeu Alberti, para não mais assumir paróquias preferia atuar na periferia, substituindo padres na medida da necessidade. E assim vem fazendo nos últimos vinte anos, apesar dos problemas de saúde (já fez doze cirurgias, incluindo a retirada de um tumor no intestino) foi por muito tempo colaborador na Igreja São Pedro, no Ipiranga, e com um grupo de voluntários católicos atua na periferia, reformando casas de famílias pobres. Durante a semana freqüenta o Mosteiro de São Bento, considerado por ele sua segunda casa. Mora há quarenta anos com os sobrinhos José Benedito e Maria Clara. -Não são sobrinhos de verdade, mas de coração. Como a Clara é irmã gêmea do padre Francisco Corrêa, eles moraram conosco na Catedral por mais de 15 anos. Quando a casa que construíram ficou pronta, eu disse agora é minha vez de morar com vocês. E cá estou. SANGUE NA BATINA Histórias de um sacerdote Com 47 anos de sacerdócio, não são poucas as histórias que padre Gisberto tem para contar. Logo no início da carreira, em Jardinópolis, um acidente marca a sua trajetória. Dois caminhões, um vazio e outro lotado de bóias-frias, se chocam sobre um ponte. Uma carnificina. Quatro morrem na hora e muitos outros, bastante feridos, são colocados na caçamba de uma camionete, onde padre Gisberto se acomoda, tentando amenizar o sofrimento. Chega à Santa Casa de Ribeirão Preto com a batina encharcada de sangue e inspira um padre a publicar, em versos, seu comportamento frente à tragédia. Entre tantas crianças que ajudou a tirar das ruas, seja nas escolas de marcenaria e tipografia montadas perto da Paróquia de Jardinópolis, seja na Promerp-Fundação Pró-Menor de Ribeirão Preto, criada quando padre Gisberto assumiu o Departamento de Assistência Social (atual Secretaria da Cidadania), dois casos fazem o seu semblante se abrir num sorriso. O primeiro é o do jornalista Ernesto Paglia e Heraldo Pereira (primeiro apresentador negro do Jornal Nacional), ambos foram jornalistas na TV Globo, e guardinhas da Promerp . O outro é de um aluno da escola de marcenaria, que anos depois telefonou para celebrar, junto com padre Gisberto, o doutorado que havia feito na Universidade de Barcelona, na Espanha. Casa das Mangueiras Quando era o vigário da Catedral, padre Gisberto recebeu a visita de um padre vindo de São Paulo, o monge beneditino olivetano Agostinho Duarte de Oliveira, que havia atuado no Recolhimento Provisório de Menores, na capital. Padre Gisberto então leva o colega para conhecer o postinho policial de Vila Virginia, onde ficavam detidos menores infratores. Padre Agostinho fica escandalizado com o que vê e dá início a uma mobilização que, após reuniões na Prefeitura e no Fórum, culmina na fundação da Casa das Mangueiras e na criação da mantenedora, a Organização Vida Nova. Mas entre todas as ações que desenvolveu ao longo de quase meio século de sacerdócio, nenhuma, diz padre Gisberto, supera a experiência que teve em São Paulo quando ainda freqüentava o seminário. -Em São Paulo tive a melhor experiência de minha vida espiritual. Fui trabalhar, com colegas, na favela do Vergueiro, entre o Ipiranga e Santa Margarida, onde havia 15.000 pessoas. Lá trabalhamos durante quatro anos, todos os domingos. Os favelados, do pouco que tinham, estavam sempre prontos a ajudar o irmão que necessitasse de alguma coisa. Com eles, aprendi muito sobre a verdadeira caridade, de um modo concreto. Neles, vi Jesus de Nazaré.