aprendendo a voar

Transcrição

aprendendo a voar
Publicação Interna da Rede VITA - Ano VIII - 2° Trimestre de 2008
Médicos Sem
Fronteiras, a
medicina
praticada durante
calamidades
Pneumologistas
indicam
caminho
para largar o
cigarro
VITA Batel
inaugura novo
setor de
hemodinâmica
APRENDENDO A VOAR
A vida das ginastas brasileiras no Centro de
Capacitação Esportiva em Curitiba
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ÍNDICE
ÍNDICE
Capa
Juliana Santos, no Mundial da Dinamarca 2007
Imagem da Confederação Brasileira de Ginástica
Opinião
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• Editorial: Trabalhar Juntos
Negócios em Saúde
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7
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• Crédito, Acreditar e Acreditação
Saúde
• Porque e como largar o Cigarro
• As muitas faces do Reumatismo
• Consulte seu Oftalmologista e mantenha a saúde dos olhos
• Ultra-Som Morfológico revela o desenvolvimento do bebê
• Endoscopia nasal pode curar a Sinusite
Artigo Médico
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• Cuidados Intensivos em Pediatria, por Celso Fiszbeyn
Ping Pong
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• Entrevista com Simone Rocha, diretora executiva da Médicos Sem Fronteiras Brasil
Gente
• De Curitiba, fotos do estande do Grupo VITA no Crystal Fashion e da entrega do
certificado de Acreditação Internacional Canadense CCHSA; de Volta Redonda,
imagens da comemoração do Aniversário do Hospital
Capa
• Ginastas Brasileiras disputam vagas para Pequim 2008, com o apoio do Grupo VITA
Em Rede
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• Volta Redonda alcança Zero de Mortalidade Materna
Túnel do Tempo
• Há Doze Anos surgia o Grupo VITA
Em Rede
• Corpo clínico do Hospital VITA Volta Redonda recebe Nova Geração de médicos
• Conheça a atividade das Enfermeiras Gestoras
• Hospital VITA Batel inaugura nova Hemodinâmica
• Conheça o Perfil da Rosimare, de Volta Redonda
• O retorno de Maria Lucia como nova diretora operacional do Grupo VITA
Cida Bandeira
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• A Colunista Social que Sabe de Tudo e Conta Todas
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Trabalhar Juntos
Francisco Balestrin
Não se deve confundir espírito de unidade, que anima a vida
comunitária, com uniformidade, que exclui a diversidade!
A primeira vez que ouvi esta frase, ou aforismo,
como tivemos oportunidade de falar no editorial
passado, fiquei intrigado com o seu poderoso
conteúdo. Quem a pronunciou foi o pastor da
igreja que freqüento com minha família, que
queria exemplificar como a tolerância, exercida
de forma correta e vigilante, é um importante
impulsionador do sucesso. Sucesso, pois, garante a liberdade de criação, de procura de alternativas inovadoras e de firme adesão a princípios morais e éticos. Mais que isto, a diversidade conduz à união de propósitos, ao admitir
que o pensar diferente é se não um forte
amalgamador filosófico.
Julgo, humildemente, ser este um dos pilares do
sucesso (e aqui não tão humildemente) do Grupo
VITA. Conseguimos reunir o mais formidável grupo de profissionais da área de saúde de diferentes
partes do Brasil: Rio de Janeiro, Paraná, Santa
Catarina e São Paulo. Juntos e sempre aprendendo uns com os outros e, principalmente, respeitando uns aos outros, desenvolvemos hoje um modelo de atenção médico hospitalar respeitado em nosso país, e em apenas 12 anos. Tarefa árdua, pois
criar-se do zero um modelo empresarial e
institucional sem a ajuda de muitos teria sido impossível se não fosse nossa firme visão do respeito às diferenças como forma de suplantar dificuldades, ao mesmo tempo em que se padronizavam
todos os processos gerencias e técnicos. Parece
contraditório, mas foi esta nossa fórmula de sucesso (sic) que hoje posso revelar.
Vamos falar de nossa VITAL. Este número, para
nós, tem um quê de nostalgia. Se de um lado
temos como matéria de capa uma extensa apresentação do trabalho realizado pela equipe feminina de ginástica olímpica, orgulho de todo
país e exemplo contundente do sucesso do trabalho conjunto, também temos a sua despedida de Curitiba, pois, após as Olimpíadas, irão
para nova sede. Nós, do VITA, acompanhamos,
com muito carinho a saúde destas formidáveis
garotas há anos e desejamos muito sucesso a
todas. Fica aqui nossa homenagem.
Temos muitas matérias que visam passar para
nosso leitor uma postura de cuidado com sua
própria saúde. Sabiam que o maior responsável
pela saúde de um indivíduo é ele próprio? Não
são os médicos, hospitais e demais profissionais de saúde os
responsáveis. Aliás,
estes só interferem
quando algo, muitas
vezes, precisa de correção. É a pessoa que
deve manter hábitos saudáveis e posturas preventivas de danos visando se proteger e a sua
família. Assim, apresentamos reportagens sobre o hábito de fumar, de cuidados com a visão
e de um cuidado inicial com dores reumáticas.
Apresentamos, também, algumas novidades
tecnológicas nos nossos hospitais, como a UTI
Pediátrica e o novo Serviço de Hemodinâmica,
em Curitiba. Na seção Ping-Pong apresentamos,
imbuídos de grande responsabilidade social, uma
interessante e esclarecedora entrevista com a
Diretora Executiva da organização de ajuda humanitária, Médicos Sem Fronteiras. Imperdível.
Falamos, também, de algo que nos é de muito
valor. Nossas enfermeiras comprometidas não
só com a qualidade da assistência prestada, mas
também com a visão de gestão de sua área.
Quando fechávamos este número recebemos
uma fantástica notícia! A VITAL obteve um reconhecimento Internacional, ao receber o prêmio
Aster Awards 2008 por excelência em marketing
no setor saúde. Prometemos para o próximo
número uma matéria exclusiva sobre o prêmio.
Expediente
VITA
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Presidente:
Edson Santos
Hospital VITA Batel
(41) 3883-8482;
[email protected]
Vice-Presidente Executivo:
Francisco Balestrin
Hospital VITA Curitiba
(41) 3315-1900;
[email protected]
Hospital VITA Volta Redonda
(24) 2102-0001;
[email protected]
Maternidade VITA Volta Redonda
(24) 3344-3333;
[email protected]
Grupo VITA
(11) 3817-5544;
[email protected]
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Diretor Regional Rio de Janeiro:
José Mauro Rezende
Diretor de Controladoria e Finanças:
Ernesto Fonseca
Diretora de Operações:
Maria Lucia Ramalho Martins
Superintendente Hospital VITA Batel:
Claudio Lubascher
Superintendente Hospital VITA Curitiba:
Carla Soffiatti
Superintendente Hospital VITA Volta Redonda e
Maternidade VITA Volta Redonda:
Deumy Rabelo
VITAL é uma publicação interna da
Rede VITA.
Editor: Francisco Balestrin
Conselho Editorial: Maria Lucia Ramalho
Martins, Ligia Piola, Lorena Nogaroli, Márcia
Almeida e Hajla Haidar.
Produção: Headline Publicações e
Assessoria (11.3951-4478).
Jornalista responsável: João Carlos de Brito
Mtb 21.952.
Direção de arte: Alex Franco. Revisão:
Ligia Piola.
Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão
Gráfica Josemar (11.3865-6308)
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Correspondência: Av. Pedroso de Moraes 1788
São Paulo SP Cep 05420-002
Crédito, Acreditar
e Acreditação
Edson Santos
da América Latina somente o
México aparece nessa lista,
ocupando o nono lugar.
Para evitar ser traído, decidi escrever
este artigo com o dicionário Houaiss
ao meu lado. Para quem não o conhece, se não é o mais completo, sem
dúvida é o maior e mais pesado e isso
me faz ter muita confiança (sentimento
de respeito; concórdia; segurança mútua) nele.
Crédito significa confiança - que já defini anteriormente - crença alimentada pelas qualidades de uma pessoa ou coisa.
Acreditar é o ato de admitir, aceitar, estar ou
ficar convencido da veracidade.
Acreditação, acreditem ou não (sem trocadilho), é uma palavra que não existe no dicionário, a qual é classificada como neologismo,
criada a partir do termo em inglês “accreditation”, que corresponderia ao-pé-da-letra a
credenciamento, podendo, também, classificarse tal palavra como mais um anglicismo. Enfim, todos nós sabemos o que quer dizer e
não há motivo para iniciarmos um estudo sobre a mesma.
De qualquer forma, essas três palavras têm
muito a ver entre si, a começar pela sua origem, todas com a raiz do latim “creditu”, que
significa confiança, e de “credere”, que significa ter confiança ou emprestar em confiança.
Neste ultimo mês utilizamos muito essas palavras em nossa Empresa. Tudo começou ao
sermos acreditados (aqui vale a pena voltar
ao dicionário que nos mostra “bem conceituado; digno de confiança; qualificado”) pelo
Canadian Council on Health Accreditation. É
exatamente assim que vemos nossa Empresa.
Passado pouco tempo dessa excelente notícia,
recebemos outra (essa de caráter macro, com
efeito econômico, e nem por isso pode ser considerada macro-econômica), que o Brasil havia
conseguido obter o “investment-grade rating”.
Meus amigos, foi um festival de interpretações
e manifestações, muitas delas sem ter a menor noção ou idéia da significância dessa
notícia. Na verdade, é um ato administrativo
que reflete a posição formalizada publicamente
de uma Agência Autônoma de Análise de Crédito, no caso a Standard & Poor’s (existem, pelo
menos, outras três de mesmo nível que ainda
não se pronunciaram), que classificou o Brasil como suficientemente confiável para
honrar seus débitos de longo
prazo. Esse “rating” foi de “BBB-“, ou
seja, existem ainda os níveis BBB+, A, duplo A,
triplo A com sinal de positivo e negativo.
Mas como dizer isso na prática? Significa, diretamente, que tal Agência acredita que nosso País merece por parte dos seus credores a
confiança suficiente para que continuem nos
concedendo empréstimos e tenham a tranqüilidade de estar suficientemente seguros em
receber seus créditos no prazo acordado. Indiretamente, significa que somos merecedores
de receber investimentos de investidores que
têm como regra só investir em países que
possuam esse mínimo “rating” de crédito.
Para que vocês tenham uma idéia, de acordo
com o “World Investment Report 2007Transnational Corporations, Extractive Industries
and Development”, documento oficialmente
publicado pela ONU, o total de investimento
produtivo no mundo, em 2006, foi de US$1,306
trilhões, sendo que aqueles gerados em um
País e aplicados em outros (o que nós convencionamos chamar de investimento estrangeiro) foi 35% desse valor, ou algo próximo a
US$ 457 bilhões.
De acordo com o ranking elaborado pelas Nações Unidas nesse mesmo estudo acima citado, o Brasil é o quinto País classificado como
os “Mais Atrativos Países para receberem Investimentos Estrangeiros, perdendo apenas
para China, Índia, Estados Unidos e Rússia.
Vale constar que esse trabalho da ONU foi
desenvolvido junto as 192 maiores Empresas
do mundo que possuem investimento em diversos países. Além do Brasil, entre os países
Existe a concordância de várias fontes em admitir que 40%
do total disponível para investimento estrangeiro no mundo se encontra em Fundos de Investimento, e
são destinados a países que detenham o
“investment-grade rating”, ou seja, um volume de capital ao qual não tínhamos acesso,
pois as normas correntes nesse Fundos simplesmente não os permitiam investir em nosso País.
Ainda assim, nesse ano de 2006 o Brasil recebeu US$18,8 bilhões de FDI (Foreign Direct
Investment), que praticamente dobrou em 2007
e chegou a US$ 37,4 no mesmo ano. Esse
número foi atingido sem que tivéssemos o
“investment-grade rating”.
De janeiro a abril de 2008, o Brasil já havia
recebido US$ 12.7 bilhões, que nos faz antever
que iremos ultrapassar a marca de US$ 40
bilhões em 2008 ou, até, chegar a US$ 47 bilhões, como especulam algumas das maiores
Financeiras do mundo, uma vez que agora
podemos receber esses investimentos atrelados ao “rating”. Isso dentro de um cenário de
turbulência mundial causada pela crise norte-americana dos créditos mal-concedidos, internacionalmente conhecida como “sub-prime”.
Tudo isso para, de forma simplória, porém brilhante, ser resumido pela frase de nosso Presidente: “agora eles (o mundo) sabem que
somos um País sério”, obviamente se lembrando da frase nunca dita, creditada ao Presidente Charles De Gaulle, de que “o Brasil não pode
ser um País sério”.
Somos sérios e o mundo passou a nos depositar confiança e acreditar que teremos um
posicionamento de destaque no mundo dentro das próximas décadas.
Temos crédito, precisamos dele para crescer,
seja como Empresa ou como País; somos acreditados internacionalmente e isso faz com que
as pessoas que nos cercam tenham confiança em nosso trabalho; e aqueles que investem, vejam-nos como um risco altamente viável. É isso que importa.
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Adeus, Cigarro
Se você ainda não disse, está mais do que na hora de dizer adeus
a esse companheiro falso e traiçoeiro, o cigarro; saiba porque
fumar é tão perigoso e as estratégias para se livrar do vício
Você ainda é fumante? Então pedimos licença para alertá-lo de algo que você certamente já sabe: esse cigarro que lhe causa uma
sensação tão boa é um inimigo sutil e mortal.
Sutil, porque seus efeitos podem demorar
décadas para se manifestar; mortal, porque
causa uma dependência forte e progressiva,
que leva milhões de pessoas a doenças que
poderiam ser evitadas. São enfermidades que
não só reduzem a expectativa de vida dos
fumantes, como também podem arruinar os
seus últimos anos de vida, com sofrimento,
limitações e gastos com tratamentos.
O tabagismo é considerado pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de
morte evitável em todo o mundo. A OMS estima
que um terço da população mundial adulta, isto
é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as
quais 200 milhões de mulheres), seja fumante.
O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais, o
que corresponde a mais de 10 mil mortes por
dia (fonte: Instituto Nacional do Câncer).
Os pneumologistas Jaime Veras Correia, do
Hospital VITA Volta Redonda, e Ricardo Alves,
dos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel, atendem diariamente pacientes vítimas de problemas causados pelo cigarro. Nesta reportagem eles alertam sobre os riscos do tabagismo, mas garantem: essa doença tem cura. É
possível parar de fumar, e você poderá poupar a si mesmo e à sua família um grande
sofrimento no futuro.
Doenças do Tabagismo
Existem três grupos de doenças causadas pelo
tabagismo: as doenças respiratórias, as
cardiovasculares e o câncer. Das respiratórias, a mais comum é a doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC), chamada popularmente de “enfisema” ou “bronquite crônica”.
Entre as vasculares, estão a trombose e infarto
do coração; e o tabagismo também eleva a
incidência de diversos tipos de câncer, particularmente o de pulmão.
A DPOC é a perda da função pulmonar, devido ao estreitamento dos brônquios causado
pelo alcatrão do cigarro, explica Veras, professor de clínica médica da UNIFOA. “O paciente
vai perdendo aa capacidade
capacidade de
de respirar,
respirar, com
com
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conseqüente cansaço, falta de ar, tosse, chiado no peito”, diz. Isso impede que a pessoa
leve uma vida normal, porque lhe causa uma
série de restrições. “Infelizmente, quando o
paciente percebe, já está numa fase crônica
e irreversível”, diz Veras. “Se ele tivesse esses
problemas no primeiro cigarro, ninguém fumaria”. Outra doença é câncer de pulmão, um
dos mais fatais, por ser um dos menos suscetíveis a tratamento.
Segundo Veras, calcula-se que um não-fumante vive em média dez anos mais que um
fumante. “E o problema maior não é a
longevidade, mas a qualidade de vida do fumante, que fica muito comprometida”, diz
Veras. “Vemos pessoas de 60 anos dependendo de um equipamento de oxigênio, totalmente limitadas”.
Parar de Fumar
Com tantas evidências sobre os malefícios do
cigarro, por que ainda há tantos fumantes? “O
maior empecilho para o paciente parar de fumar é ele próprio”, diz Alves. “Ele gosta do hábito, precisa dele, e continua achando que fumar
é normal”. Alves compara o cigarro ao crack: é
também um vício e causa danos mais graves
que o crack, mas num prazo muito mais longo.
“As pessoas falam em liberdade de fumar, mas
cadê a liberdade? O fumante não tem direito
de escolha. Ele não consegue parar de fumar,
normalmente começou numa idade em que
não tinha discernimento para avaliar”, argumenta Alves. “Trato de doentes que em plena
agonia não conseguem ficar sem fumar”. Ele
comenta sobre pacientes que perderam membros devido ao fechamento dos vasos
sangüíneos de pequeno calibre, causado pelo
cigarro, e muitos deles continuam fumando.
Para Veras, a síndrome de abstinência da nicotina faz fracassar as tentativas de quem
quer parar de fumar sozinho. “Sem tratamento, o fumante sente mal-estar, a boca seca,
tremores, nervosismo, irritação. Então ele volta a fumar”, explica. Segundo Veras, um médico pode ajudar o paciente a enfrentar a crise
de abstinência com ajuda de medicamentos.
“ Algo que deve ficar muito claro é que, sendo uma doença, tem tratamento. Existem tratamento, reposição nicotínica, anti-depressivos,
“Quando os sintomas aparecem, já
é tarde”, diz Correia
“O fumante não tem direito de
escolha”, argumenta Alves
tudo para ajudar o paciente a parar de fumar”, completa.
“A primeira coisa que eu pergunto é: ‘você
quer parar de fumar?’ “, conta Alves. Sem ferir,
sem agredir, ele procura sensibilizar, mostrar
o lado bom de parar de fumar, convencer os
pacientes contando, inclusive, que fumou dos
18 aos 25 anos, para mostrar empatia. “Fumar é gostoso. Se não fosse, ninguém fumaria. O problema é que esse prazer faz mal.
Então o paciente vai perder algo de que gosta e nós o ajudamos a enfrentar essa perda
imediata para um benefício futuro”, explica.
Dicas para Parar de Fumar
Algumas pessoas conseguem parar de fumar sozinhas,
mas a maioria precisa de ajuda. Se você acha que é
capaz, tente parar sozinho. Se não conseguir, insista.
Não desista e procure ajuda médica para diminuir o
incômodo que o afastar-se do vício pode causar.
Por Conta Própria
• Esteja convencido(a) de que quer parar de fumar;
• Evite situações que causam desejo de fumar (pausa do
café, cerveja com salgadinhos, etc.) pelo menos inicialmente,
enquanto a vontade de fumar estiver muito intensa;
• Programe uma data para parar de fumar e nesse dia
jogue fora os maços de cigarros, isqueiros, cinzeiros,
enfim, tudo que lembra “cigarros”;
• Caso não consiga parar, insista e procure ajuda profissional.
Com Apoio Externo
Parar de fumar com apoio de um especialista é mais fácil e
mais seguro. Procure ajuda de um profissional, como um
médico pneumologista ou cardiologista, psiquiatra ou outro
especialista, que tenha experiência com o problema. São
profissionais que poderão dar apoio medicamentoso e emocional para que você se livre do vício. Os medicamentos
atenuam os sintomas da abstinência de nicotina.
Qual É o Seu Reumatismo?
Dores nas articulações são características que unem um
amplo conjunto de doenças conhecidas como reumatismo,
que afeta não só idosos, mas pessoas de todas as idades
Reumatismo não escolhe vítimas pela idade, diz Melo
Sabia que o reumatismo não é uma doença,
apenas? Na verdade, são mais de cem. Reumatismos são afecções que têm em comum o fato
de provocarem dor nas articulações. Mas as
causas e efeitos são muitos e variados, e um
médico reumatologista deve estar preparado
para reconhecê-las e tratá-las.
“Existe um folclore de que as doenças reumatológicas só acometem idosos, mas isso não é
verdade”, explica o reumatologista Flávio Fernando Nogueira de Melo, do Hospital VITA Volta Redonda e professor
assistente de clínica médica da UNIFOA.
Segundo ele, as enfermidades reumatológicas não escolhem a idade das vítimas e é comum crianças apresentarem febre reumática, artrite idiopática
juvenil, também chamada de artrite
reumatóide juvenil, além de artrites relacionadas a viroses e infecções.
Mulheres adultas são mais propensas que homens a desenvolverem doenças imunológicas,
como artrite reumatóide e lúpus eritematoso
sistêmico, que afetam pequenas e grandes articulações, principalmente das mãos e punhos,
diz Melo. Em homens adultos é comum observar artrites reativas, após infecções uro-genitais,
e também a artrite gotosa, conhecida como gota.
Já na terceira idade, pacientes de ambos os se-
De Olho nos Olhos
xos tendem a desenvolver alterações involutivas,
como a osteoporose e artroses, nos joelhos, quadris e coluna vertebral.
Melo explica que os sintomas de reumatismo
podem facilmente ser confundidos com os de
outras doenças. Mas existem sinais que indicam o caminho do reumatologista: “Caso se
observe inchaço, vermelhidão, calor em uma ou
mais articulações, por tempo maior do que seis
semanas, juntamente com sinais de doença,
como febre, emagrecimento, manifestações
cutâneas (na pele), um quadro como esse realmente sugere uma consulta com um reumatologista”, explica Melo.
Por ser um conjunto tão amplo de doenças, o
paciente não deve aceitar um diagnóstico de “reumatismo” simplesmente, mas pedir que o médico seja mais específico. “É importante saber o
nome e sobrenome do seu reumatismo”, orienta.
“Óculos de
sol deveriam
ser obrigatórios”, diz
Bermudez
Descansar os olhos durante trabalho no computador,
usar bons óculos de sol e fazer pelo menos uma visita anual
ao oftalmologista ajudam a preservar sua saúde ocular
O aumento do uso do computador e do
videogame está causando uma verdadeira corrida aos consultórios de oftalmologistas. Mas
não é preciso entrar em pânico: especialistas
asseguram que usar o computador ou ficar em
frente à TV não causa danos aos olhos, como
informa a Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (http://www.sbrv.com.br/VerdadesMitos/). O
oftalmologista Roberto Bermudez, dos hospitais
VITA Curitiba e VITA Batel, explica que hoje, com
esse uso intenso e prolongado dos olhos, uma
pequena deficiência incomoda muito mais. Por
isso aumentou a procura por lentes corretivas:
“Antigamente as pessoas não forçavam tanto
os olhos”, diz Bermudez.
A oftalmologista Mônica Frizas, do Hospital VITA
Volta Redonda, é também testemunha desse
fenômeno, e recomenda que as pessoas procurem piscar com mais freqüência quando estão
em frente ao computador, e que também des-
cansem pelos menos dez minutos a
cada hora trabalhada. Mônica lamenta que as
pessoas só se lembrem dos olhos quando não
estão enxergando direito: “Existem outras enfermidades que podem ser prevenidas com pelo
menos uma visita anual ao oftalmologista”, alerta.
O glaucoma, por exemplo, doença caracterizada pelo aumento da pressão intra-ocular, é uma
doença silenciosa, que não causa dor e só é
descoberta pelo exame oftalmológico, mas que
pode causar danos ao nervo ótico e levar à cegueira. Outras enfermidades dos olhos que podem ser tratadas ou atenuadas são a degeneração macular, que causa perda no centro do
campo de visão, e a catarata, que costuma se
manifestar a partir dos 60 ou 65 anos.
Para manter a saúde dos olhos, Bermudez recomenda o uso constante de óculos de sol de
boa qualidade, com filtro. “Os óculos têm de ser
de boa qualidade, com filtro solar, adquiridos
“O glaucoma só é descoberto por
exames”, alerta Mônica
em lojas confiáveis”, diz Bermudez. “Não adianta comprar óculos falsificados, porque não vão
proteger”. Segundo ele, os óculos escuros podem evitar ou retardar várias doenças, como
catarata precoce, alterações de retina ou ceratites:
“No meu entender, óculos de sol deveriam ser
obrigatórios”, alerta.
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Ultra-som Morfológico Acompanha
Evolução do Bebê
O ultra-som morfológico deve ser realizado em
determinados períodos da gravidez e traz informações
importantes sobre o desenvolvimento da criança
O ultra-som obstétrico é sempre um
evento importante para a gestante,
o pai e toda a família: é quando se
vê pela primeira vez aquela nova
vida. Existe, entretanto, um outro
tipo de exame menos conhecido,
chamado ultra-som morfológico,
que tem o objetivo de rastrear
malformações no bebê, algumas
das quais poderão ser tratadas
ainda durante a gestação.
Segundo a médica Érica
Jasmim, ginecologistaobstetra e ultra-sonografista do Hospital
VITA Volta Redonda,
o ultra-som morfo-
lógico precisa ser realizado em dois períodos específicos durante a gestação:
entre a 10ª e a 13ª semanas e entre a
20ª e a 24ª semanas. “Nesses dois
períodos podemos ver determinados
marcadores, que são sinais específicos
do desenvolvimento do bebê”, diz Érica.
Ela explica que o ideal é realizar o ultrasom morfológico nestes períodos e
que em cada um deles o médico vê diferentes informações. “No primeiro período,
identificamos sinais de al“Ultra-som
morfológico é
fundamental no prénatal” , diz Érica
terações cromossômicas, como síndrome de
Down”, diz Érica; “já no segundo período os
marcadores dão informações sobre o desenvolvimento do sistema nervoso central, coração, sistema renal e outros”. Caso o ultra-som morfológico
indique alguma malformação, são solicitados novos exames para confirmar as suspeitas.
Érica explica que o ultra-som morfológico é realizado com aparelhos semelhantes ao do ultra-som
convencional, mas com recurso de Doppler. Outra
diferença é a duração do exame, em média uma
hora, muito mais longo do que o comum. Ela garante que o mito de que o ultra-som pode causar
surdez no bebê não tem fundamento científico: “O
exame não causa qualquer dano ou sofrimento à
criança, e pode ser feito quantas vezes a mãe quiser ou o médico achar necessário”, afirma.
Como não é um exame muito comum, as gestantes podem solicitar o ultra-som morfológico a seus
médicos. Elas devem, entretanto, respeitar os períodos em que o exame pode ser feito. Além do
desenvolvimento da criança, ele também mostra
todas as informações do ultra-som comum. Ela
também vai poder ver o nariz, os dedinhos e até
descobrir o sexo do bebê.. se ele deixar..
Sinusite Tem Cura
O endoscópio nasal, instrumento que exige do médico
grande experiência e conhecimento de anatomia, permite
altos índices de cura e rápida recuperação
O tratamento da sinusite crônica tem um grande
aliado, que permite procedimentos minimamente invasivos e elevados níveis de cura: é o
endoscópio nasal, largamente utilizado pelos
otorrinolaringologistas do Grupo VITA. “Com o
endoscópio nasal, podemos tratar sinusite crônica, poliposes e, até mesmo, criar uma via de acesso
para tratamento de tumores na base do crânio”,
diz Cláudia Ciuffi, otorrino do Hospital VITA Curitiba.
Ela explica que a sinusite ocorre quando o paciente tem uma infecção nas cavidades internas
da face (os seios da face) e as comunicações
entre elas se fecham. Isso faz com que as secreções se acumulem, o que causa inchaço e dor.
“Em Curitiba, podemos ter as quatro estações
do ano em um só dia, tantas são as variações
de temperatura”, diz o médico Carlos Newton
Hatshbach, do Hospital VITA Batel. “Isso causa a
queda da imunidade e provoca infecções das
vias aéreas superiores, tornando a sinusite mui8
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Claudia
Ciuffi
to comum na cidade”, explica
Hatschbach. Outro problema
comum, tratado com endoscópio, é o sangramento nasal.
Segundo o médico José Geraldo de Castro Barros, do Hospital
VITA Volta Redonda, o aparelho
também é amplamente utiliza- José Geraldo de CastroBarros
do para diagnósticos: “Com ele
Carlos Newton
podemos fazer exames para diagnosticar, além
Hatschbach
de sinusite, também tumores e pólipos”. Ele explinusite exigia uma cirurgia no rosto do paciente,
ca que o endoscópio é um tubo fino com uma
traumatizante e que freqüentemente não tinha
câmera de vídeo e um instrumento cirúrgico, que
bons resultados, já que o cirurgião não conseo médico opera a partir de um painel, e assim
guia alcançar todas as áreas afetadas. Assim,
consegue alcançar as regiões afetadas passanmuitos pacientes preferiam conviver com a sido pelas vias naturais que existem dentro do rosnusite a enfrentar o tratamento, difícil e de reto. O procedimento é feito com anestesia geral e
sultado incerto. “Até hoje as pessoas têm resispermite rápida recuperação.
tência a tratar a sinusite, porque não sabem
que as técnicas evoluíram”, diz Claudia.
Antes do endoscópio nasal, o tratamento de si-
Qualidade e
Responsabilidade
Social na Implantação
de uma UTI Pediátrica
Celso Fiszbeyn*
O Hospital VITA Curitiba atendeu em 2006 uma
média de 1.500 crianças por mês, mesmo sem
possuir área própria para internação e UTI para
crianças. Isso fez com que na época tivéssemos que transferir as crianças atendidas na
emergência para outros hospitais com área
pediátrica.
Um levantamento demográfico da Região Metropolitana de Curitiba
mostra que a população
de crianças até 14 anos
é de 829.496 crianças,
correspondendo a 26%
da população geral. Segundo dados do Datasus
(Departamento de Informática do Sistema Único
de Saúde), a Região Metropolitana de Curitiba
possuía em 2005 cerca
de 70 leitos de UTI Pediátrica - número insuficiente para atendimento da
demanda, já que 9,76%
de todas as internações
realizadas neste período
foram pediátricas.
infantil. Em maio de 2007 começaram
as atividades da UTI Pediátrica, com uma
equipe jovem e altamente gabaritada.
Planejou-se uma ocupação de 60% dos
leitos até o final do primeiro ano, mas o
resultado alcançado no mês de março
de 2008 foi superior a 90% - o que nos
faz pensar na ampliação do número de
leitos. Isto é Responsabilidade Social. Pensar
nas necessidades da população que nos cerca e oferecer a ela um serviço de qualidade. E
este será o lema que norteará sempre as nossas atividades no Grupo VITA.
Qualidade é geralmente empregada para significar “excelência” de um produto ou serviço.
O Hospital VITA é o único hospital do Paraná
com selo de qualidade em excelência da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e
com Certificação Internacional Canadense
fornecida pela CCHSA (Canadian Council on
Health Services Accreditation) – o que demonstra a busca contínua pela excelência.
Durante a implantação da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica nunca se pensou em
concorrência, mas sim na necessidade da população infantil e na carência de leitos. Hoje,
a UTI Pediátrica do VITA Curitiba é uma realidade viva, pronta para atender às necessidades da população.
*Celso Fiszbeyn é gerente médico do Hospital
VITA Curitiba
Baseados nestes números e nos valores de ética, qualidade e sustentabilidade, em fevereiro
de 2007 o Hospital VITA
Curitiba começou a planejar uma área própria
para internação pediátrica, bem como uma UTI
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Médicos Sem Fronteiras, Um
Aprendizado de Vida
Imagine uma população vivendo em um
país em guerra, assolado por epidemias e
pela fome, no qual não chegam nem auxílio
nem medicamentos. É aí, justamente onde
não há esperança, que atua a Médicos
Sem Fronteiras (MSF), organização de
ajuda humanitária não-governamental com
ações em mais de 70 países em contextos
de guerra, catástrofes naturais, epidemias,
fome e exclusão social. Simone Rocha,
diretora executiva da MSF Brasil, jornalista,
trabalha com Médicos Sem Fronteiras há
dez anos. Ela já trabalhou em mais de dez
países, atuando em regiões de conflito
armado, sem estrutura, e hoje trabalha na
sede brasileira da MSF no Rio de Janeiro.
Simone Rocha, trabalhando no projeto de Angola
Vital - Como e por que você decidiu trabalhar
para os médicos sem fronteiras?
Simone - Trabalhar para a MSF foi uma escolha
literalmente estudada. Eu estava preparando minha tese de mestrado em Relações Internacionais, que tinha como tema as intervenções humanitárias após a guerra fria, e isso me levou a
estudar profundamente a MSF. Passei a admirar essa organização e decidi trabalhar com eles.
Na época também estudei outras organizações
não-governamentais, como a Cruz Vermelha,
mas nenhuma me atraiu tanto quanto a MSF.
Eu era colaboradora do Human Rights Watch,
uma organização que observa a situação dos
direitos humanos no mundo todo, que na época
tinha escritório no Brasil. Mas queria estar mais
próxima, passar mais tempo com essas populações que eu estudava, objetos do meu trabalho.
Hoje avalio essa escolha e posso garantir que a
faria novamente. A MSF é a organização que
melhor representa, para mim, uma mistura de
eficácia e independência, que não se contenta
em levar assistência. Também temos ações de
nutrição, de prevenção, de educação.
Por exemplo: não nos conformamos que a maioria da população do continente africano não tenha acesso aos medicamentos anti-retrovirais,
para tratamento da AIDS, porque o preço é
exorbitante. Então temos uma campanha de acesso aos medicamentos essenciais. Isso faz com
que a MSF seja uma organização que de fato se
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empenha e investe recursos na busca de soluções médicas apropriadas e mais duradouras para
essa massa de pacientes de países com menos
recursos. Temos esse aspecto prático, de ir até
eles para oferecer tratamento, mas também trabalhamos para que essa população tenha acesso a medicamentos a preços possíveis.
Vital - Como foi sua atividade na MSF?
Simone - Estive quase seis anos trabalhando
em campo, em países da África e Ásia. Na África, em Angola, Argélia, Zâmbia, Moçambique,
Quênia e outros; na Ásia, Afeganistão e Timor
Leste. Os períodos nesses países eram geralmente curtos, de um mês, mas cheguei a passar seis meses em Angola.
Depois fui trabalhar na sede da MSF em Barcelona. Depois, na sede belga e retornei ao Brasil
há três anos, em fevereiro de 2005. Neste período também estive no Haiti, trabalhando em pesquisas da MSF.
Vital - O que leva alguém a se oferecer como
voluntário?
Simone - As motivações são muitas. Existem médicos que sonham com isso, que já entram na
faculdade pensando em trabalhar para a MSF;
outros descobrem essa atividade durante o curso ou durante a atividade profissional; e até pessoas que nos procuram depois de se aposenta-
rem. No caso dos médicos, essa inclinação me
parece bem natural, de querer colocar o seu conhecimento em benefício de outras pessoas. E o
que o médico faz, ninguém mais faz.
Simone - Existem, também, aquelas pessoas que
querem ajudar os mais desfavorecidos entre os
mais desfavorecidos do mundo, no interior da
África, ou no Sudeste Asiático, lugares onde não
existe absolutamente nada em termos de serviços de saúde. Outros querem atuar em situações de conflito armado, porque se dão conta
de que a população civil, que não tem nada a
ver com aquilo, é a que mais sofre. Em geral,
quem nos procura são pessoas que desejam
colocar o seu tempo e seu conhecimento em
favor do outro e, no nosso caso, esse outro
freqüentemente está do outro lado do mundo.
Não é estranho atravessar o mundo para ajudar alguém com quem não se tem relação alguma, quando muito mais perto há problemas
também graves?
Uma coisa não exclui a outra. O fato de você ter
problemas no seu país, ou no país vizinho, não
quer dizer que você não queira ajudar alguém
que está longe, até porque uma vida é longa e
você pode ir e voltar. Além disso, ao comparar a
situação sanitária entre países, e por mais que
o Brasil tenha deficiências no sistema de saúde,
a situação é incomparável com os países africanos ou do Sudeste Asiático. Por exemplo: no
Brasil uma pessoa tem toda a condição de di-
Vital - Quantos brasileiros participam hoje da
MSF?
Simone - No ano passado 25 brasileiros saíram
para trabalhar em outros países; e neste ano planejamos enviar 40. Estamos procurando aumentar o número de pessoas que queiram trabalhar
conosco. Isso acaba acontecendo naturalmente
também; mas mantemos contato com esse público que nos interessa, como residentes, faculdades
de medicina e conselhos de especialidades.
Vital - Qualquer médico pode se candidatar?
Como é o processo?
Simone - Os voluntários devem nos procurar
pelo telefone (21) 2220-8277, ou pelo site
www.msf.org.br , na seção recrutamento. O processo de seleção e entrevista pode acontecer
rapidamente, em um mês, por exemplo. Mas a
primeira missão desse voluntário vai depender
da especialidade e da demanda que temos,
naquele momento, por um profissional com esse
perfil. Em geral as pessoas esperam de três a
seis meses, mas pode acontecer até mesmo
antes disso. Além de médicos, também precisamos de enfermeiros, engenheiros, arquitetos,
jornalistas e outros profissionais, que são chamados conforme a necessidade dos projetos.
Quando convocado, esse voluntário primeiramente participa de um treinamento, que acontece na Europa, onde será familiarizado com o
trabalho da MSF e suas diferentes vertentes. Também apresentamos as questões de segurança,
as dificuldades desse tipo de trabalho, além de
uma preparação técnica para os médicos e para
o pessoal de logística.
Quando finalmente chega a campo, a equipe
fica abrigada em uma estrutura da MSF, que
pode ser desde uma casa até barracas, dependendo da situação. Às vezes, atuamos no meio
do nada, onde não existem construções e montamos barracas de abrigo e até hospitais.
Vital - É comum a MSF atuar em situações de
conflito?
Simone - Cerca de metade dos projetos da MSF
acontece em situações de conflito ou pós-conflito.
Em 2006, de um total de 396 projetos, 215 foram
em conflitos. Quando o voluntário chega a qualquer projeto, ele recebe um briefing de segurança
e um manual, com todas as situações de risco
possíveis e como agir. Se a situação é de conflito,
acontecem reuniões diárias, ou a cada dois dias,
com toda a equipe para tratar de segurança.
Vital - E o relacionamento com a população?
Fotos: Amanda Sans
Costuma ser tranqüilo. Quando não falamos a
língua local levamos tradutores, que nos apresentam, e sempre procuramos entrar em contato com os líderes da comunidade e respeitar as
estruturas sociais existentes. Fazemos tudo com
o máximo respeito possível, e é difícil encontrarmos resistência da população. A rejeição, quando acontece, é por parte dos governos, não das
comunidades atendidas. Mas costumamos trabalhar sem problemas na maioria dos países.
Vital - Tudo isso custa muito caro. De onde vem
o dinheiro da MSF?
Simone - 80% do financiamento da MSF são
de doadores individuais; temos mais de 3,2 milhões de doadores no mundo, inclusive brasileiros. O restante vem de agências de fomento ou
de instituições intergovernamentais, como a
União Européia, que financiam projetos específicos. Fazemos uma prestação de contas rigorosa, auditada pela KPMG (instituição internacional de auditoria).
Profissionais de MSF atendem
pacientes em projeto de tratamento
de Chagas, Bolívia.
Vital - Qual é a experiência profissional que
esse médico traz dessa vivência?
Simone - Ele traz a experiência de ter salvado
um número incontável de vidas, num período
relativamente curto, de ter tratado pacientes que
não falam a mesma língua que ele, de ter praticado a medicina fora das condições ideais. Dependendo do lugar para onde ele for, salvará
vidas todos os dias. São experiências que dificilmente ele terá trabalhando na iniciativa privada.
Esse médico volta com um conhecimento impressionante da sintomatologia das doenças, por
ter de trabalhar sem auxílio de recursos de diagnóstico, e por conta dessas necessidades, até
os especialistas ficam muito polivalentes. Eles
dizem que é como se estivessem repassando
toda a faculdade, porque têm oportunidade de
ver sintomas que nunca tinham observado e
até mesmo doenças que não existem no Brasil.
Para o médico e para todos os profissionais, é
muito mais que um aprendizado profissional, é
um aprendizado de vida. Ninguém passa imune por isso: são meses ou anos extremamente
intensos, lidando cotidianamente com a vida e
com a morte, com o sofrimento e a alegria. Na
MSF você tem a oportunidade de realizar uma
atividade médica essencial, quando intervém
numa epidemia de cólera ou de febre
hemorrágica, ou quando vacina 300.000 crianças. Nada se compara a isso em termos de experiência de vida, é inesquecível.
Vital - Como se saem os médicos brasileiros
na MSF?
Simone - Achamos os médicos brasileiros extremamente versáteis, solícitos, adaptáveis,
amáveis com a população que atendem. Tra-
Stefan Pleger
agnosticar e tratar AIDS e ter uma sobrevida
relativamente longa; ao passo que na África estar
contaminado com o HIV é praticamente uma
sentença de morte. Então não acho nada estranho ir atuar do outro lado do mundo, é humano
querer ir, e no caso dos médicos é até vocacional
querer levar esse conhecimento para quem, de
outra forma, não teria outra possibilidade.
Profissional de equipe móvel de
MSF examina criança, Etiópia.
zem uma série de características do relacionamento interpessoal que são muito positivas, além do fato de alguns já terem experiência de trabalho em condições precárias. Recrutamos com freqüência pessoas que já trabalharam com populações indígenas, de baixa renda ou em regiões muito isoladas do
País, e estão preparados para não terem todos os tipos de medicamentos e diagnósticos à disposição.
É uma combinação muito feliz a que encontramos aqui no Brasil, de uma experiência em
campo e uma flexibilidade bastante grande,
que facilita a vida em equipe e a adaptação
às condições. Os brasileiros têm deixado impressão bastante boa na equipe, tem sempre
um que toca violão, outro que dá aula de ioga,
outro tem CDs para ouvir. Esse lado contente,
de alegria de viver, também faz bem a uma
equipe como essa.
Além disso, o nível técnico dos médicos brasileiros não deixa nada a desejar em relação
aos colegas do resto do mundo, naturalmente.
Nem seria necessário falar da competência
deles, porque a MSF realmente só recruta quem
vem com uma bagagem acadêmica e profissional suficiente para desenvolver um trabalho
de qualidade.
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VITA no Crystal Fashion
Aconteceu em Curitiba, de 07 a 12 de abril, a 18ª
edição do Crystal Fashion, o mais importante desfile de
moda do Sul do País. Este ano o evento contou com o
apoio do Grupo VITA, que montou um estande com o
tema “estresse”, onde as pessoas podiam buscar
avaliação e orientação. Cerca de 20 mil pessoas
compareceram ao Crystal Fashion, que aconteceu
no Shopping Crystal Plaza.
Lounge do Grupo VITA, decorado com
relógios, simbolizando o estresse da vida
moderna; a criação foi do arquiteto João
Freitas
O diretor da Servopa,
Marco Rossi, com o
superintendente do
HVBT, Claudio
Lubascher
A superintendente do HVCT, Carla
Soffiatti, com a franqueada da Casa
Cor Paraná, Marina Nessi, o arquiteto
João Freitas e o superintendente do
HVBT, Claudio Lubascher
A superintendente do HVCT, Carla
Soffiatti,
com a filha Débora e a cantora
Kelly Key
Angelita Feijó com o gerente
de processos do Grupo VITA,
Arthur de Oliveira
O cardiologista do HVBT,
Cristiano Hahn, com a filha,
Giovanna.
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A anestesista do
HVCT Sandra
Wanderley passou
pelo lounge do VITA
para avaliar o nível
de estresse com a
psicóloga Maraísa
Tozatti
O Crystal Fashion recebeu cerca de 20
mil visitantes durante os seis dias do
evento
VITA Recebe Acreditação
Internacional
O Hospital VITA Curitiba conquistou a Acreditação
Internacional Canadense - CCHSA (Canadian Council
on Health Services Accreditation), que certifica sua
excelência em gestão e, principalmente, a assistência
segura ao paciente. O hospital é o primeiro do Brasil
a conquistar a certificação, em um processo iniciado
há oito meses e concluído em fevereiro. Veja as fotos
do anúncio da Acreditação.
O time de
colaboradores
que venceu
mais esta
batalha posa
para a foto da
vitória: foram
mais de 4000
horas de
treinamentos,
orientações e
reuniões.
Mara Márcia Machado, avaliadora do IQG,
Carla Soffiatti, superintendente do Hospital
VITA Curitiba, David Vigar, representante do
CCHSA, e Francisco Balestrin, vice-presidente executivo do Grupo VITA, erguem um
brinde pela conquista
A comemoração da conquista
lotou o auditório
Hospital VITA Volta Redonda
Comemora 55 Anos
O Hospital VITA Volta Redonda comemorou em abril seus
55 anos de existência, contados a partir da inauguração do
novo prédio do antigo Hospital da CSN em 1953. Para
marcar a data foi oferecido aos colaboradores um almoço
especial, com direito a bolo de aniversário. Na ocasião
também foi apresentado o selo comemorativo dos 55 anos.
Cristiane,
Gustavo,
Rosemari,
Graziela e
Luciene
O selo comemorativo esteve presente em todas as
peças decorativase
também no bolo
A fachada do Hospital VITA Volta
Redonda ganhou
banners com fotos
históricas
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Ginástica, uma Vida
de Sacrifícios e Superação
Em Curitiba, nove meninas
treinam sete
horas diárias para ter a
chance de representar
o Brasil nos Jogos Olímpicos
de Pequim; para isso, contam
com o apoio de uma estrutura
de suporte renovada, técnicos
de nível internacional e o
atendimento médico
especializado do Grupo VITA
Por fora, o Centro de Capacitação Esportiva
da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG)
lembra muito qualquer outro ginásio. Por dentro, entretanto, logo se vê que seria impossível
disputar uma partida de basquete ou futebol
de salão entre colchões, barras, traves e cordas que caem do teto. O ginásio também possui três conjuntos completos de equipamentos, como barras paralelas, mesas de salto e
carpetes, importados.
Nesta tarde, só há meninas: um grupo na faixa dos seis ou sete anos, umas bonequinhas,
já começam a rotina que um dia poderá leválas aos pódios. Mas, por enquanto, parece só
uma brincadeira. Elas saltam, giram, fazem
piruetas no solo sob a orientação do professor; em seguida estão no canto da quadra,
Jade Barbosa (centro) recebe a medalha de ouro e Lais
Souza (dir.), a de bronze no Pan 2007
subindo uns quatro, cinco metros por uma
corda, até quase o teto. Outro grupo, na faixa
dos onze, doze anos, usa uma longa cama
elástica para aprender a controlar seu vôo: um,
dois, três longos passos que terminam em um
salto com giro e aterrissagem nos colchões.
Cada salto é comentado pela treinadora: “Estica”, “mais rápido”, “não tão alto”, “salta antes”.
Com a naturalidade de quem faz uma coisa
simples, elas se erguem no ar, giram, caem e
repetem, repetem, repetem os movimentos para
corrigir erros que a gente não vê.
Às quatro da tarde começa o treinamento da
equipe brasileira feminina de ginástica artística: nove meninas, com idade mínima de 16
anos e máxima, 25, idade de Daiane dos Santos. Ela é uma exceção, já que a maioria dos
ginastas nessa idade já não atinge o nível
necessário para disputar uma olimpíada. Nas
arquibancadas do estádio há sempre um grupo de estudantes que vêm assistir os treinos
da equipe, os exercícios de solo, trave, cavalo
e barras paralelas.
Diego Hypólito no Pan 2007
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A equipe é formada por Ana Claudia Silva,
Daiane dos Santos, Daniele Hypólito, Ethiene
Franco, Khiuani Dias, Jade Barbosa, Juliana Santos, Lais Souza e Milena Miranda. Desse grupo
de nove, seis serão escolhidas para representar
o Brasil em Pequim. A imprensa esportiva já
opina que pelos menos quatro vagas já estão
garantidas para as ginastas mais experientes e
ganhadoras de medalhas: Daiane, Daniele, Jade
e Lais. Restaria saber, portanto, quem vai ocupar as duas vagas restantes.
Essas atletas começaram muito cedo na ginástica, muitas vezes antes de completarem
seis anos. Freqüentemente deixaram suas famílias para morar em Curitiba, onde está o
melhor centro de treinamento para ginastas
do País, e têm todo suporte para alcançarem
o máximo de sua capacidade, com treinadores, equipamentos, fisioterapia e apoio médico do Grupo VITA.
A Fase de Ouro
A ginástica artística brasileira pode ser dividida em duas fases: antes e depois da chamada Lei Agnelo/Piva. Sancionada em 16 de julho de 2001, a Lei nº 10.264 determina que
2% da arrecadação bruta de todas as loterias
federais sejam repassados aos Comitês Olímpico Brasileiro e Paraolímpico Brasileiro. O
Centro de Excelência de Ginástica em Curitiba
já existia desde 1999, mas foi amplamente
beneficiado com a lei - as verbas permitiram
a compra de novos equipamentos, reformas e
Lais Souza no Mundial da
Dinamarca 2007
Daniele Hipólito na Final da Copa do
Mundo em São Paulo (2006)
a contratação, em 2001, do técnico ucraniano
Oleg Ostapenko, sua mulher Nadiia Ostapenko
e a auxiliar Irina Ilyaschenko.
Ostapenko é conhecido internacionalmente
por ter comandado a equipe ucraniana de
ginástica olímpica entre 1993 e 2000. No período, treinou as campeãs olímpicas Tatiana
Lisenko (Barcelona 92), Liliya Podkopayeva
(Atlanta 96) e Viktoria Karpenkko (vice-campeã mundial em 99 e 4º lugar na Olimpíada
de Sydney 2000). Uma das maiores mudanças que Ostapenko trouxe foi a criação de uma
seleção permanente, que reúne as melhores
atletas do País no mesmo local de treinamento. Uma seleção permanente envolve custos
elevados: as atletas recebem moradia, alimentação, educação, vestuário e uma bolsa-auxílio para estarem no grupo. As ginastas de
Curitiba moram com suas famílias, e as cinco
que vêm de outras
cidades dividem
um apartamento.
Só países com tradição em ginástica
têm esse nível de organização.
Daiane
Santos no
Mundial da
Dinamarca
2007
Victor Rosa no Mundial da
Dinamarca 2007
As medalhas não tardaram a surgir: no Mundial de Ginástica de 2001, Daniele Hypólito
conquistou prata no solo e foi considerada a
quarta melhor ginasta da competição. Daiane
conquistou ouro no Mundial de 2003, em
Anaheim (Califórnia), e a equipe ficou em oitavo lugar, posição que permitiu ao Brasil levar, pela primeira vez, uma equipe de ginástica completa aos Jogos Olímpicos de 2004, em
Atenas. A princípio, as medalhas pareciam até
“golpes de sorte”, mas os bons resultados continuaram e tornaram nomes como Daiane,
Daniele, Lais e Jade conhecidos em todo o País.
Independência aos nove anos
Lais Souza, 19 anos, é de Ribeirão Preto (SP), e
começou na ginástica antes de completar quatro anos. Ela era o tipo de criança irrequieta,
que não parava um instante e ficava o tempo
todo correndo e pulando. Um dia, acompanhou o irmão mais velho ao clube onde ele
praticava judô e viu um grupo de meninas fazendo ginástica artística.
“Quando voltei para casa disse ‘Mãe, quero entrar na ginástica’”, conta Lais. Seus
pais concordaram e a matricularam nas aulas; mas
ela continuou a mesma
criança elétrica, pulando pelos sofás e camas da casa.
Lais participou
de diversos
campeonatos infantis
regionais e
começou participar de competições estaduais,
com viagens a São Paulo, Guarulhos e outras.
Ela acabou começando a carreira profissional
muito cedo: aos nove anos saiu de casa e foi
morar sozinha, em São Caetano (Grande SP)
para treinar. Aos treze foi convocada para a
equipe brasileira de ginástica e mudou-se para
Curitiba. Ela participou da Olimpíada de Atenas e se esforça ao máximo para estar na
equipe que vai a Pequim.
A busca pela perfeição normalmente causa
lesões nos ginastas e Lais não é exceção: “A
gente sempre está com uma dorzinha”, diz.
Ela foi operada três vezes no Hospital VITA,
atendida pelo médico Mário Namba e pela
fisioterapeuta Eliza Bagattin, entre outros membros da equipe de medicina esportiva do hospital. O Grupo VITA dá apoio médico às equipes - masculina e feminina - de ginástica artística. Lais também passou algum tempo internada no Hospital VITA quando teve pedras
nos rins, e agradece o carinho e atenção com
que foi tratada.
Lais conquistou a medalha de bronze de salto no Panamericano em 2007, além da medalha de prata por equipe. Também no salto, foi
4ª colocada no Campeonato Mundial, na Dinamarca, em 2006. “Fazer ginástica não é como
jogar futebol”, diz Laís; “é preciso muita estrutura, aparelhos, colchões, técnicos que tenham
muita experiência. A ginástica nesse nível que
a gente está é um trabalho que exige uma
grande dedicação (elas treinam em média sete
horas por dia) e algumas privações. A gente
também cuida muito da alimentação, para não
ganhar peso (Lais pesa 49 Kg)”. Lais terminou
o segundo grau e, no momento, não está estudando, dedicando-se em tempo integral à
preparação para as Olimpíadas. “É uma vida
bem diferente da maior parte das pessoas. A
gente vive muitas coisas muito cedo, e deixa
de fazer coisas que as pessoas fazem nessa
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idade”, diz Laís. “Eu posso até sair para uma
festa de madrugada; mas neste momento, perto
de uma olimpíada, eu sei que isso vai prejudicar a minha carreira”.
Das cambalhotas às barras paralelas
Nascida em 1991, em Porto Alegre, Juliana
Santos começou a treinar ginástica aos seis
anos. Mas garante que antes mesmo de começar as aulas já dava cambalhotas e queria
ensinar as outras crianças. Além da vocação,
o acaso acabou contribuindo para que ela
entrasse na carreira de ginasta: “Minha mãe
tinha saído de um emprego no banco e eu
voltei a ficar mais tempo em casa, só que eu
não ficava quieta”, conta Juliana. “Na época
uma prima fazia estágio como professora de
ginástica olímpica pela Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, e eu comecei a fazer
aulas com ela”. Esse início não durou muito,
Juliana logo passou para o Clube Atlético
União, que representa até hoje.
Ela é mais uma ginasta que teve de sair de
casa para seguir carreira. Juliana Santos mudou-se para Curitiba em 2006, para fazer parte
da equipe brasileira de ginástica, e no mesmo
ano participou do Mundial de Ginástica da Di-
Irina Ilyaschenko no Centro de
Capacitação Esportiva
O treinador Oleg Ostapenko orienta
Daiane Santos
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namarca, onde obteve o 7º lugar por equipe. Ela participou
de duas etapas da Copa do
Mundo de Ginástica em 2007,
em Cottbus (Alemanha) e Paris, onde obteve 9º lugar, tanto
nas traves, quanto na barra
paralela. Em abril último, Juliana
foi a Maribor, Eslovênia, onde
disputou paralelas, trave e solo.
“Minha vida é bem diferente da
Lais Souza e Juliana Santos
de minhas amigas; tenho menos tempo para estudar, para sair, mas tamextraordinária de aprender novos movimenbém temos os nossos benefícios”, diz Juliana.
tos, que reproduz com perfeição em poucas
“Quantas meninas tiveram a oportunidade de
tentativas, coisa que poucos conseguem”. Mas
viajar tanto e conhecer tantos lugares nesta
nem todos podem ter todas essas qualidades
idade?”, questiona. “Acho que tudo tem suas
reunidas, o que faz com que, às vezes, seja
vantagens e desvantagens”. Ela mostra as mãos
necessário conversar com uma mãe revoltacobertas de calos e brinca: “Eu treino desde crida, ou porque a filha não entrou na equipe
ança; então elas estão sempre assim, calejaou porque foi retirada. “Precisamos explicar que
das. Mas ainda quero conhecer minhas mãos”.
ela simplesmente não consegue fazer aquilo
e não adianta insistir”, diz.
A vida no apartamento das ginastas tem certas
comodidades: elas não têm que cozinhar, nem
Os critérios da ginástica olímpica são rígidos:
fazer limpeza, nem cuidar da própria roupa, já
um pequeno desequilíbrio, centímetros de erro
que as refeições são feitas no restaurante em
contam pontos negativos que parecem injusfrente e uma faxineira cuida da casa três vezes
tos para o público. Iryna explica que a ginástipor semana. Segundo Juliana, a parte mais dica é um esporte de perfeição, onde o essencifícil do treinamento, para todas, é ficar longe da
al é fazer o máximo e errar o mínimo. Felizfamília. Felizmente, as meninas, apesar de commente os exercícios não são idênticos e duas
petirem entre si pelas vagas nos Jogos Olímpiatletas podem vencer competições fazendo
cos, dão apoio umas às outras: “Os treinos são
seqüências diferentes no mesmo aparelho.
muito pesados e se nós não ficarmos juntas,
fica impossível agüentar”. Em 2007, Juliana teve
Ela se entristece com a fixação por medalhas:
uma lesão na panturrilha, o que fez com que
“Acho tão desagradável quando ouço, ou leio,
ela restringisse os treinamentos para poupar a
sobre como esta ou aquela ginasta está pasperna. O diagnóstico da lesão também foi feito
sando por dificuldades, como não tem condino Hospital VITA Curitiba.
ções de disputar uma medalha”, admite. “Atrás
do resultado está todo um trabalho, e se ela
Com a palavra, a treinadora
não ganhou hoje é porque teve outra que foi
melhor. A medalha de ouro é uma só, então
A ucraniana Iryna Ilyashenko veio para o Branão são todas que podem ganhar”, argumensil em 2001, com Oleg e Nadiia Ostapenko,
ta. Ela insiste que é preciso respeitar o trabatrazendo a experiência das vitórias de ouro
lho dessas jovens, que treinam desde os cinnas Olimpíadas para passar às nossas atletas.
co, seis anos de idade, e respeitar também os
Ela observa, orienta, corrige cada uma das gipais que dão apoio, vêem as filhas se sacrifinastas, que precisam se esforçar muito para
carem e se machucarem. “Todos eles merecorresponder às expectativas de Iryna, que não
cem aplausos”, conclui.
se contenta com pouco. Mas ela adverte que
para ser uma ginasta, não basta esforço pesA presença dos treinadores ucranianos foi essoal. Algumas pessoas simplesmente não têm
sencial para o fortalecimento da ginástica artísos fatores físicos e psicológicos de um camtica no Brasil, que em 2003 já era considerada
peão. “Se você insiste muito, pode ultrapassar
a 11ª melhor do mundo; depois foi subindo
os seus limites, se machucar, até morrer”, diz
para 8º, 7º, e ficou em 5º lugar no ano passaela, sem rodeios.
do, superando a própria Ucrânia e a Rússia.
Entretanto, o contrato de Oleg, Nadiia e Iryna
Quando recebem uma nova ginasta, ela fica
termina no final deste ano e é bem possível
sob observação. Uma ginasta da seleção preque eles retornem ao seu país de origem. Por
cisa ter características como explosão de eneraqui ficamos na esperança de que a equipe
gia, coordenação e coragem, que os olhos dos
brasileira de ginástica mantenha seu nível eletreinadores logo identificam. Ela cita Diego
vado sem sua orientação, dedicação e discipliHypólito, que conquistou duas medalhas de
na. E por falar em disciplina, Iryna encerra rapiouro e uma de prata nos Jogos Pan-Americadamente a entrevista e sai, porque já está na
nos de 2007: “O Diego tem uma capacidade
hora de ir treinar a equipe feminina.
Mortalidade Materna
Cai a Zero Em Volta
Redonda
Com Neuza Jordão como
secretária da Saúde, o
município conseguiu reduzir
drasticamente a mortalidade
materna e infantil
Em 2007, Volta Redonda apresentou um admirável coeficiente de mortalidade materna: zero.
Isso mesmo: não houve morte de parturientes e
o índice de mortalidade infantil, medido entre
os bebês nascidos vivos, com até um ano de
vida, foi de 0,92%. Boa parte da responsabilidade por esses números é da vereadora Neuza
Jordão (PV), secretária da Saúde do município e
médica obstetra com especialização em adolescência, que fez toda sua carreira de médica
trabalhando no hospital da CSN e, posteriormente, no Hospital VITA Volta Redonda.
Tamanho sucesso foi resultado de vários fatores, entre eles a re-inserção da pediatria e da
ginecologia-obstetrícia no Programa Saúde da
Família, e a ampliação de 11 para 51 o número
de equipes do programa. As unidades da Policlínica da Mulher de Volta Redonda chegaram
a 27 e os atendimentos foram expandidos em
50%. “Capacitação da equipe, a presença do
pediatra e do ginecologista, a ampliação da rede
de atendimento, a alta qualidade da nossa UTI
neonatal no hospital público São João Batista,
tudo isso contribuiu”, explica Neuza.
Neuza Jordão nasceu em Volta Redonda e se
formou pediatra na primeira turma de Medicina da UNIFOA. Posteriormente, fez especialização em tratamento de adolescentes e começou a trabalhar no Hospital da CSN em
1976 (que em 1996 passa a ser o Hospital
VITA Volta Redonda).
Ativa e bem relacionada, Neuza sempre conseguiu conciliar a vida profissional com a atividade voluntária. Em 1995, foi a primeira coordenadora do Pólo Sul-Fluminense da Fundação para a Infância e Adolescência; com a
Irmã Elizabete, da Pastoral da Criança, fundou
em 1996 a Casa da Criança e do Adolescente
de Volta Redonda, em dependências cedidas
pela Fundação CSN; em 1999 criou o Grupo
de Atendimento Integral ao Adolescente; entre outras atividades.
Neuza formou-se na primeira
turma da UNIFOA
Ela foi eleita vereadora, para o período de 2000 a
2004 pelo PFL, e reeleita, de 2004 a 2008, pelo
Partido Verde. Como vereadora, foi responsável
por diversas leis sobre Saúde e Meio-Ambiente
para Volta Redonda. A partir de 2006, Neuza assumiu a Secretaria de Saúde de Volta Redonda,
atividade que lhe exigiu dedicação integral e a
fez deixar a legislatura e a atividade profissional
de médica. “Valeu a pena, porque conseguimos
índices tão baixos de mortalidade infantil e materna que fomos, inclusive, reconhecidos pela
Sociedade Brasileira de Pediatria”, diz Neuza.
Como secretária da Saúde, Neuza também
alcançou avanços nas finanças da Secretaria,
com economias na compra de medicamentos
e nos gastos do laboratório de análises clínicas. Segundo ela, em 2007 a compra de medicamentos pela Secretaria foi triplicada com a
mesma verba de 2005, cerca de R$ 4 milhões
de reais. Em sua gestão, Neuza buscou apoio
nas empresas da região, na Universidade e
nos hospitais. Isso permitiu, por exemplo, que
o Hospital VITA Volta Redonda passasse a oferecer cirurgias cardiovasculares pelo Sistema
Único de Saúde para a população da região.
Neuza diz que tem energia para tanta atividade porque faz tudo com muita satisfação e
também busca apoio na religião: “Agradeço
muito a Deus todos os resultados que a gente
obtém”. Atualmente está afastada do cargo de
secretária para dedicar-se à campanha de reeleição como vereadora pelo Partido Verde.
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12 Anos de VITA
O Grupo VITA completou em março 12 anos de existência.
Vejas antigas imagens dos hospitais do Grupo, que estão
hoje entre os mais modernos do continente.
VITA VOLTA REDONDA
VITA CURITIBA
Em 1942 a CSN inaugurou em Volta Redonda um hospital provisório,
em instalações de madeira, para atender as necessidades de funcionários e familiares. Em 1953 a CSN inaugurou um novo e moderno hospital, com 140 leitos, que tornou-se, a partir de 2008, o Hospital VITA
Volta Redonda. Desde sua inauguração, há 55 anos, até hoje, a instituição é orgulho da cidade, pelo alto nível de seus serviços e pelo atendimento humano que sempre prestou.
Em 1995, as empresas Care Consultoria e Administração Hospitalar, de
Edson Santos, e APPH Administração Planejamento e Participações em
Hospitais, de Francisco Balestrin, são contratadas para implementar em
Curitiba um hospital para o Fundo de Pensão da Philips. Esse hospital
é inaugurado em março de 1996, com o nome VITA Curitiba, e passa a
ser administrado, pela Hospitalium Planejamento e Administração Hospitalar, que Santos e Balestrin fundam em sociedade.
Inauguração do
Hospital VITA
Curitiba, em
primeiro de
março de 1996;
na foto Jaime
Lerner, governador do Paraná na
época, Francisco
Balestrin, Edson
Santos e Rafael
Greca, prefeito
de Curitiba na
época.
09/09/
1949 Ambulâncias do
antigo
Hospital da
CSN no
bairro
Jardim
Paraíba
Durante a
construção do
novo hospital,
em 1953
Equipe de
enfermeiras do
novo
hospital da
CSN, em
1956
Hospital
da CSN já
em
funcionamento,
em 1955
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Edson
Santos e
Jaime Lerner
durante a
inauguração
Obras na
fachada do
VITA Curitiba
em 1997
Medicina Renovada
em Volta Redonda
também do hospital, a orientação na escolha da
especialidade.
A renovação é um processo natural, à medida que os médicos vão
se aposentando ou diJovens médicos renovam o corpo clínico do
minuem suas cargas
Hospital VITA Volta Redonda, com a orientação
de trabalho, e também
com o crescimento do
de colegas mais experientes
corpo clínico do hospital. “Eu, por exemplo, estou em atividade há 33
em 2003, tem especialização
Uma nova geração de médicos está chegando
anos e, como eu, exisem gastroenterologia e enao Hospital VITA Volta Redonda e trazendo a enertem vários colegas, de
doscopia digestiva, e é filha
gia e o entusiasmo de quem está começando
modo que a média de
do médico Rônel Mascareuma carreira profissional. É freqüente que filhos
atividade profissional
nhas, diretor clínico do Hosde médicos sigam a carreira dos pais, e Volta
no hospital hoje está
pital VITA Volta Redonda.
Redonda não é exceção: muitos deles têm pais e
Tathiana, Bruno, Rodrigo e Myrna,
alguns médicos da nova geração
acima de 25 anos”, conmães que atuaram suas vidas inteiras no hospita Rônel Mascarenhas,
Marco Antônio Salgueiro Jr. é
tal, e cresceram vendo o orgulho, dedicação e
gastroenterologista e diretor clínico do Hospital
outro representante da nova geração de médiprazer com que eles trabalharam na instituição.
VITA Volta Redonda. “O médico não costuma se
cos: ele entrou em janeiro de 2006 no corpo clíaposentar cedo; mas a essa altura das nossas
nico do Hospital VITA Volta Redonda, atuando na
“Na verdade, nunca pensei em fazer outra coisa
carreiras, é satisfatório poder abrir espaço para
mesma especialidade de seu pai: a Urologia. “Exerque não fosse Medicina”, conta Myrna
a chegada de uma geração mais nova”, afirma.
cer a Medicina foi uma escolha minha, mas naMascarenhas. “Eu sempre gostei de ver os livros
Segundo ele, são cerca de dez médicos em iníturalmente fui influenciado, porque eu convivia
de medicina do meu pai, nós conversávamos
cio de carreira, em áreas como ortopedia,
com a atividade do meu pai e via como ele gosmuito para eu entender como era a profissão e
cardiologia, UTI, gastroenterologia, cirurgia e
tava de exercê-la”, conta Marco Antônio. Ele tamalgumas vezes o acompanhava ao hospital”.
pronto-socorro.
bém agradece ao médico Luiz Cezar Lopes Atan,
Myrna formou-se em Medicina pela UNIFOA,
Enfermeiras Gestoras
Fazem Acontecer
Conheça a atividade das enfermeiras gestoras de centro
cirúrgico, responsáveis por distribuir salas, equipamentos e
materiais para que as cirurgias aconteçam
Michelly de Almeida é
enfermeira com pósgraduação em obstetrícia e está encarregada
da administração do
Bloco Cirúrgico do Hospital VITA Volta Redonda. Ela define, a cada dia, quais cirurgias serão
realizadas nas seis salas de cirurgia do hospital
e designa os funcionários e equipamentos necessários para as cirurgias: “Cada cirurgião tem
um perfil diferente e é preciso buscar oferecer a
sala, instrumental e pessoal de que ele precisa”,
explica Michelly. Outra parte de seu trabalho é
administrar indicadores da qualidade, autorizações de cirurgia e de material.
Também do HVVR, a enfermeira Edna Kaizer está
mais próxima da ação: “A Michelly organiza e eu
supervisiono”, explica. É
Edna quem, a partir das
6h30 da manhã, acompanha se tudo está saindo como planejado. Ela
supervisiona a chegada
dos pacientes para evitar
atrasos, a higienização após uma cirurgia e se
houver qualquer acontecimento inesperado durante uma cirurgia, ela é imediatamente acionada.
Mensalmente Edna escolhe, pelo menos, dois assuntos que são tema de revisão e discutidos com
a equipe cirúrgica, para melhoria constante dos
processos e educação continuada.
Elina Miyadi, enfermeira gestora do Hospital VITA
Curitiba, coordena sete salas de cirurgia simultaneamente, fazendo com que os pacientes cheguem ao local no momento certo, para que nem
paciente, nem cirurgião
tenham que esperar. Ao
mesmo tempo, precisa
administrar os equipamentos e salas para as
próximas cirurgias. “É um
ritmo pesado, mas eu
gosto do que faço e já me acostumei”, diz Elina,
que trabalha onze anos no hospital. Atualmente,
no VITA Curitiba ela implementa novos métodos
de gerenciamento de leitos, para diminuir o índice de cancelamentos de cirurgias.
Com pós-graduação em
urgência e emergência,
Raquel Pereira é enfermeira-chefe de Cuidados Críticos do Centro
Cirúrgico do Hospital
VITA Batel, em Curitiba.
“Minha especialização sempre ajudou nas tarefas e facilitou minha chegada a este posto”, diz
Raquel. Ela explica que a atividade no centro
cirúrgico é estressante, mas ela adora: “É preciso gerenciar a sala, entrada e saída de materiais, se comunicar com os anestesistas e cirurgiões, indicar as melhores salas para determinadas cirurgias e assim por diante”. Ela sabe que
quem trabalha no centro cirúrgico raramente é
lembrado pelo paciente, “que entra assustado e
sai anestesiado”, observa.
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Vendo o Sangue Pulsar
Serviço de hemodinâmica do Hospital VITA Batel permite
realizar uma série de procedimentos minimamente invasivos
e traz mais segurança para os pacientes
No coração de Curitiba e ao alcance (em minutos) de carro no caso de emergências está
o novo serviço de Hemodinâmica do VITA Batel,
sob o comando do cardiologista Augusto Franco de Oliveira. Além dele fazem parte da equipe Intervita, responsável pela hemodinâmica
do VITA Batel: o cardiologista intervencionista
Luiz Lessa e os médicos Paulo Cezar de Souza, Ronei Antônio Sandrini e Robertson
Pacheco, que atuam na área de neuroradiologia intervencionista. A equipe trabalha
com um dos equipamentos mais modernos
do mercado, o Axiom Artis U, da Siemens, com
o qual é possível realizar diversos tipos de procedimentos minimamente invasivos, como
cateterismo cardíaco, embolização de aneurismas e angioplastias com stents, com excelente qualidade de imagem e baixa dose de
radiação.
Em termos bastante simplificados, hemodinâmica é uma radiografia do sangue. O paciente recebe uma dose de “contraste”, substância que funciona como uma “tinta” que os
equipamentos radiológicos conseguem
rastrear, para mostrar as artérias e veias em
pleno funcionamento. “É um exame essencial
para fazer diagnóstico e tratamento de doenças vasculares, principalmente as cardiológicas”, explica Oliveira.
Um dos usos mais importantes dos equipamentos de hemodinâmica é o tratamento da
insuficiência coronariana por aterosclerose, ou
seja, a obstrução das artérias coronárias que
pode levar a um infarto e à morte. Segundo
Luiz Tavares Lessa Neto (esq.) , Augusto
Franco de Oliveira, Paulo Cezar de Souza e
Ronei Sandrini
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O novo equipamento de hemodinâmica do VITA tem alta qualidade para
visualização de pequenos vasos, até mesmo em regiões mais densas
Oliveira, os equipamentos de hemodinâmica
permitem visualizar onde está o problema e ir
até ele com um catéter, colocado através de
uma artéria do braço ou da perna, fazer a desobstrução e salvar o paciente. “O infarto nada
mais é que a interrupção da irrigação do coração, que provoca a morte do tecido”, diz Oliveira. “Quanto antes o paciente procurar tratamento, maiores as chances de recuperação”,
completa. A obstrução também pode ocorrer
em outros órgãos ou membros.
Para Oliveira, a localização do VITA Batel e a
disponibilidade de equipamento de última
geração garantem muito mais segurança aos
pacientes. “No caso de um infarto, tempo é
vida”, diz Oliveira, “e quem está na área urbana de Curitiba consegue chegar em minutos até aqui”. Ele recomenda que os pacientes não ignorem sintomas e procurem
atendimento logo.
De acordo com o diretor clínico do hospital,
o cirurgião cardíaco
Luiz Fernando Kubrusly,
a chegada da nova equipe de hemodinâmica é uma grande conquista. “Desde a inauguração da nossa UTI
Cardíaca, que tem quartos individualizados e
um grau de humanização altíssimo, estamos investindo nos serviços de cardiologia. Trazer esse time de experts
para o VITA Batel é mais
um passo para oferecermos sempre o meO nefrologista Miguel Riella, o diretor de corpo
lhor a nossos clientes”,
clínico do VITA Batel, Luiz Fernando Kubrusly e o
diretor regional da Siemens, Francisco Hopker.
ressalta.
Pessoal e Profissional
em Harmonia
Rose Borges Cruz, do Hospital VITA Volta Redonda, é uma
pessoa que consegue equilibrar responsabilidade profissional
e a satisfação de estar sempre junto aos filhos e amigos
Para trabalhar no Hospital VITA Volta Redonda,
Rosimare Borges Cruz correu um grande risco:
em 1996 ela deixou o emprego onde estava há
19 anos e foi cobrir a licença médica de um funcionário da gerência financeira. A aposta deu certo,
porque depois da licença ela cobriu as férias de
outra pessoa, e finalmente conseguiu uma vaga
fixa no hospital. “Eu já trabalhava há 19 anos na
empresa anterior, mas resolvi arriscar e estou
muito feliz com a minha decisão”, conta.
Rosimare, mais conhecida como Rose, é hoje
chefe do serviço de faturamento do hospital,
cargo para o qual foi promovida em 2001. Sua
função é de grande responsabilidade, já que o
pagamento de funcionários, fornecedores e do
corpo clínico passa pelas suas mãos. Segundo
colegas, Rose é uma pessoa extremamente res-
ponsável, persistente e dedicada ao hospital. “Às
vezes até perco o sono, pensando nas coisas
que temos que resolver”, admite.
Mas a vida de Rose não é só trabalhar: ela adora ficar com os filhos, Pedro, de oito anos, e Talita,
de 23, e também receber os amigos em casa.
“Mamãe é uma pessoa que está sempre disposta ajudar todo mundo, e é uma amigona
para mim e para o meu irmão”, diz Talita. Mãe e
filha são tão amigas que até saem juntas à noite,
para ir a um barzinho, um baile ou um show.
Assim, os amigos de Talita acabam ficando
amigos da Rose e vice-versa, de modo que nos
fins de semana a casa delas está sempre cheia.
A família mudou-se em janeiro para uma casa
nova, maior, e com mais espaço para receber as
Perfil
Rose Borges Cruz
Signo: Libra
Prato preferido: camarão
Esporte: caminhar
Qualidade: Persistência
Defeito: um pouco consumista
pessoas. Mas como Rose adora uma praia, sempre que tem oportunidade vai a Angra dos Reis
pegar um solzinho. Ela também gosta de estar
sempre arrumada e comprar uma roupinha nova,
mas garante que a consumista em casa é a filha,
enquanto Talita diz exatamente o oposto. Agora
Rose sonha em ter uma piscina, e do jeito que
ela é persistente, com certeza vai conseguir.
Ela voltou!
Maria Lucia, nova diretora de Operações, fez parte da equipe
que criou as bases do que é hoje o Grupo VITA
Foi com um misto de muita satisfação e orgulho que, ao retornar após nove anos, Maria Lucia encontrou o Grupo VITA seguindo a rota que
ela própria havia contribuído para desenvolver:
uma empresa com administração profissional,
atenta para a qualidade e excelência de serviços, diferenciados nos seus mercados. Maria
Lucia Ramalho Martins, a nova diretora de Operações do Grupo VITA, voltou no final de 2007 e
já está totalmente envolvida nos próximos passos da empresa, inclusive a adoção do Lean Six
Sigma, um modelo avançado de gestão.
Maria Lucia estava no pequeno grupo de sócios da Hospitalium, que Edson Santos e Francisco Balestrin fundaram em 1996, e que posteriormente tornou-se o Grupo VITA. “Desde o início, tínhamos como objetivo a criação de uma
empresa de serviços médico-hospitalares que
adotasse como vantagem competitiva modelos
avançados de gestão profissional, para empresas privadas, diferentes da prática habitualmente
adotada no setor”, conta Maria Lucia.
No período em que esteve afastada, Maria Lucia atuou como vice-presidente de Operações
da Quorum do Brasil, subsidiária da Quorum
Health Resurces americana, que
gerencia cerca de 250 hospitais nos EUA. Posteriormente, tornou-se diretora administrativa do Hospital
Ana Costa, em Santos
(SP), de 2005 a 2007.
“Ao retornar encontrei a
realização dos projetos que havíamos
criado na época,
e na verdade muito mais”, diz Maria Lucia. “Esse
modelo profissional
de gestão aca-
ba permeando tanto médicos quanto colaboradores, entre estes superintendentes, gerentes, assistentes, enfermeiros, técnicos e auxiliares, e demais membros da equipe. Todos têm orgulho de
participar do projeto de melhoria contínua da
qualidade, e sentem que fazem parte das conquistas que nossos hospitais alcançaram, reconhecidas pelos órgãos de certificação nacional e
internacional em seu mais alto nível”, completa.
Maria Lucia passa a semana toda entre São Paulo,
Curitiba e Volta Redonda, para orientar a operação dos Hospitais da Rede VITA, analisar resultados, conduzir reuniões gerenciais e trocar informações com os Superintendente e Comitê Gestor
local, responsáveis pela gestão dos Hospitais.
Aos fins-de-semana vai para casa, em Santos,
onde reside com o filho adolescente: “é uma
cidade linda que renova as energias. Nada se
compara a acordar, tomar café na padaria da
praça, ver a praia, caminhar e pedalar na ciclovia
à beira-mar, tomar água de coco, tudo isso a
quarenta minutos de São
Paulo”, garante.
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Rodrigão do vôlei
faz cirurgia no VITA
O meio-de-rede da
Seleção Brasileira de
Vôlei Rodrigão
realizou uma cirurgia
no início de abril no
Hospital VITA Curitiba,
em virtude de uma
lesão no ligamento
cruzado anterior do
joelho esquerdo. O
jogador se machucou no dia 28 de
fevereiro em uma
partida do seu
clube, o Macerata, pela Copa Itália. Liberado pela
equipe, Rodrigão veio para Curitiba realizar a
cirurgia que durou cerca de uma hora. Segundo o
médico da equipe, Dr. Álvaro Chamecki, transcorreu tudo bem na operação.
Tudo Pertinho
Para Hajla Haidar, a nova
coordenadora de
marketing do Grupo VITA
em São Paulo, nada é
longe. São Paulo tem
quase 11 milhões de
habitantes e uma área de
1.500 km2, mas quando a
gente pergunta para Hajla
onde fica qualquer bairro,
loja ou empresa, ela
sempre responde: “Ah, é
pertinho!” Isso é que é
mobilidade.
Rafael Danielewicz
Anestesistas Unidos
Vladimir Nekhendzy
(dir.), professor do
Departamento de
Anestesia da Universidade de Stanford,
Califórnia, está em
Curitiba para ministrar
o curso Manejo das
Vias Aéreas Difíceis. O
americano aproveitou a passagem pela
cidade para visitar o
VITA Curitiba e foi recepcionado por Clóvis Corso (esq.),
chefe do serviço de Anestesiologia do VITA Curitiba e
presidente da Sociedade Paranaense de Anestesiologia.
Nasce Um Astro
As festa de confraternização do
Hospital VITA Volta
Redonda, no final
do ano, teve um
verdadeiro show
de calouros: Se
VITA nos 30, VITA
Novos Talentos e
Concurso
Charmoso e
Charmosa. O
primeiro colocado
foi o afinadíssimo
Davi Alves (dir.),
com Deumy
Rabelo, superintendente do
hospital.
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Zibia
Gasparetto
autografa em
Curitiba
A escritora Zibia
Gasparetto
esteve em
Curitiba para o
lançamento de
seu livro “Onde
Está Teresa?”,
na Livraria Curitiba do Park Shopping Barigui. À tarde,
no hotel, ela recebeu um tratamento especial. A
fisioterapeuta do Hospital VITA (Profisio), Camila
Campêlo Gandolfo, atendeu a escritora antes do
evento, que exigiria muito esforço dos braços.
Atenção, Vascaínos!
Antonino Gomes Barbosa, novo
gerente de RH do Hospital VITA
Volta Redonda, é flamengo.
Antonino é casado, tem uma
filha e mora em Volta Redonda
há 28 anos. Formado em
administração, trabalhou na
CSN e também nas Indústrias
Químicas de Resende.
Flamenguista incorrigível, Antonino está inconsolável:
o rubro-negro foi eliminado da Libertadores pelo
América, do México.
Segurança e Qualidade
é com a Marta
A partir de 10 de março,
a médica Marta Fragoso
é a responsável pela
gestão do gestão do
Núcleo de Segurança e
Qualidade Assistencial
dos Hospitais VITA em
Curitiba. Ela deixa a
Gerência Médica do Hospital VITA Batel, e
o médico Osni Silvestri, membro do Corpo Clínico do Grupo
VITA há mais de 10 anos, assume este cargo.
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