Parte II - colegio estadual jardim consolata - efm
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Parte II - colegio estadual jardim consolata - efm
COLÉGIO ESTADUAL JARDIM CONSOLATA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua Adoniran Barbosa, 620 – Jardim Consolata Cascavel – Paraná CEP: 85.815-240 FONE: (45) 3229 – 7247 / (45)3227-4512 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO VOLUME II Cascavel 2010 1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO VOLUME II 2 SUMÁRIO 1. CALENDÁRIO ESCOLAR 2. MATRIZES CURRICULARES 2.1. Curso 4000 – 5/8 Série – Matutino 2.2. Curso 4000 – 5/8 Série – Vespertino 2.3. Curso 0009 – Ensino Médio – Matutino 2.4. Curso 0009 – Ensino Médio – Noturno 2.5. Curso 3003 – CELEM Espanhol – Vespertino 2.6 Curso 3003 – CELEM Espanhol –Norturno 2.7. Curso 3003 – CELEM Italiano – Vespertino 4 6 7 8 9 10 11 12 3 PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL 13 3.1 Propostas Pedagógicas Curriculares das Disciplinas de Artes e Arte – Ensino Fundamental e Médio 3.2 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Biologia – Ensino Médio 3.3 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Ciências – Ensino Fundamental 3.4 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Educação Física - Ensino Fundamental e Médio 3.5 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Ensino Religioso – Ensino Fundamental 3.6 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Filosofia - Ensino Médio 3.7 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Física – Ensino Médio 13 34 48 64 81 87 94 3.8 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Geografia – Ensino Fundamental e Médio 100 3.9 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de História – Ensino Fundamental e Médio 112 3.10 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês – Ensino Fundamental e Médio 126 3.11Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Língua Portuguesa – Ensino Fundamental e Médio 132 3.12Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Matemática – Ensino Fundamental e Médio 3.13 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Química – Ensino Médio 3.14 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Sociologia – Ensino Médio 4 PROJETOS DA ESCOLA 4.1 Desafio da matemática 4.2 A oratória como gênero discursivo 4.3 Festival do vôlei misto 4.4 Meio ambiente 4.5 Mostra de talentos 4.6 Produção do livro-texto “portas para a imaginação” - volume III 4.7 A contribuição da leitura para o estímulo a aprendizagem nas diversas disciplinas 5 REFERENCIAS 151 161 172 179 179 181 187 190 194 196 198 202 3 1. CALENDÁRIO ESCOLAR SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Anexo da Resolução N º 3587/09 – GS/SEED CALENDÁRIO ESCOLAR – 2010 Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia); Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02-CEE D S Janeiro T Q Q S S 1 2 8 9 15 16 22 23 29 30 3 4 5 6 7 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21 24 25 26 27 28 31 1 Dia Mundial da Paz Fevereiro Março S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 15 7 8 9 10 11 12 13 23 14 15 16 17 18 19 20 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 27 28 28 29 30 31 D Abril Maio Junho Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 1 1 2 3 4 5 4 5 6 7 8 9 10 20 2 3 4 5 6 7 8 21 6 7 8 9 10 11 12 21 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 30 31 2 Paixão 1 Dia do Trabalho 3 Corpus Christi 21 Tiradentes 8 OBMEP – 1ª fase D S D S 4 5 11 12 18 19 25 26 T Julho Agosto Setembro Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 12 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 6 7 8 9 10 dias 8 9 10 11 12 13 14 15 5 6 7 8 9 10 11 21 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 25 27 28 29 30 31 29 30 31 26 27 28 29 30 T 7 Independência 11 OBMEP – 2ª fase D S Outubro T Q Q 3 4 5 6 7 10 11 12 13 14 17 18 19 20 21 24 25 26 27 28 31 12 N. S. Aparecida Novembro Dezembro S S D S T Q Q S S D S T Q Q 1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 8 9 19 7 8 9 10 11 12 13 20 5 6 7 8 9 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 2 Finados 15 Dia do Professor Feriado Municipal NRE Itinerante Dias letivos 15 Proclamação da República 20 Dia Nacional da Consciência Negra 1 dia 2 dias 200 Férias Discentes janeiro 31 fevereiro 7 julho/agosto 28 S S 3 4 10 11 16 17 18 dias 24 25 31 14 feriado municipal 19 Emancipação Política do PR 25 Natal Férias/Recessos/Docentes janeiro / férias 30 julho/agost./reces. 23 dez/reces. 9 4 dezembro Total 9 75 Total 62 Início/Término Planejamento e Replanejamento Férias Recesso Formação Continuada reunião pedagógica conselho de classe 5 2. MATRIZES CURRICULARES 2.1. Curso 400 – 5/8 Série – Matutino 6 2.2. Curso 400 – 5/8 Série – Vespertino 7 2.3. Curso 0009 – Ensino Médio – Matutino 8 2.4. Curso 0009 – Ensino Médio – Noturno 9 2.5. Curso 3003 – CELEM Espanhol – Vespertino 10 2.6 Curso 3003 – CELEM Espanhol –Norturno 11 2.7. Curso 3003 – CELEM Italiano – Vespertino 12 3 PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 3.1 Proposta Pedagógica das Disciplinas de Arte 1 Apresentação da disciplina A arte é o produto do trabalho do humano, historicamente construída pelas diversas culturas, produzindo estudos sobre ela .O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunha sensível e cognitivo, e o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da criação. Pela Arte, o ser humano se torna consciente da sua existência individual e coletiva e se relaciona com diferentes culturas e formas de conhecimento. Sendo assim, a Arte é um processo de humanização e transformação. Com relação ao ensino da Arte, os saberes específicos das diferentes linguagens artísticas, organizadas no contexto do tempo e do espaço escolar, possibilitando a ampliação do horizonte perceptivo do raciocínio, da sensibilidade, do senso crítico, da criatividade, alterando as relações que os sujeitos estabelecem com o seu meio físico e sociocultural, Por essa razão se faz necessário a mediação do professor sobre os conteúdos historicamente consolidados. Nesta área do conhecimento, aprimorando a capacidade do educando de analisar e compreender os signos verbais e não verbais que as artes são constituídas nas diferentes realidades culturais. Isso foi uma construção coletiva dos professores de Arte na semana pedagógica de 2007 2 Conteúdos estruturantes Conteúdos estruturantes são conhecimentos de grande amplitude, conceitos que se constituem em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. Os conteúdos estruturantes são apresentados separadamente para um melhor entendimento dos mesmos, entanto, metodologicamente devem ser trabalhados de forma articulada e indissociada um do outro. Nas discussões coletivas com professores da rede estadual de ensino definiu-se que os 13 conteúdos estruturantes da disciplina são: elementos formais; composição; movimentos e períodos. 5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Ponto Linha Superfície Cor Textura Volume Luz COMPOSIÇÃO Bidimensional Figurativo Geométrico , simetria Técnicas : Pintura, escultura, arquitetura. Gêneros: cenas da mitologia . MOVIMENTOS E PERÍODOS Arte Pré-histórica Arte Greco-Romana Arte Oriental Arte Africana 14 5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA Música. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Escalas: diatônica Pentatônica Cromática Improvisação MOVIMENTOS E PERÍODOS Grego-Romano Oriental Ocidental Africano 5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressos corporais, gestuais, faciais, vocais Ação Espaço COMPOSIÇÃO Enredo,roteiro 15 Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara. Gênero: Tragédia, Comedia e Circo. MOVIMENTOS E PERÍODOS Grego Romano Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento 5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) 16 Técnica: Improvisação Gênero: Circular MOVIMENTOS E PERÍODOS Arte Pré-histórica Arte Greco-Romana Renascimento Dança Clássica 6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Ponto Linha Superfície Cor Textura Volume Luz COMPOSIÇÃO Tridimensional Proporção Figura e fundo Abstrata Técnicas : Pintura, escultura, modelagem, gravura. Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta. MOVIMENTOS E PERÍODOS Arte Indígena Arte Popula Renascimento Barroco 17 6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA Música. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Escalas: diatônica Gênero: folclórica, indígena, popular e étnica Técnica Vocal, instrumental, e mista Improvisação MOVIMENTOS E PERÍODOS música popular e étnica (ocidental e oriental ) 6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressos corporais, gestuais, faciais, vocais Ação Espaço COMPOSIÇÃO Representação, Leitura dramática Cenografia. 18 Técnicas: jogos teatrais,mimica, improvisação, formas animadas. Gênero: Rua e arena,Caraterização MOVIMENTOS E PERÍODOS Comédia dell Teatro Popular Brasileiros Teatro Africano 6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso Fluxo (livre , interrompido e conduzido) Rápido lento e moderado. Níveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórico, popular e étnica. MOVIMENTOS E PERÍODOS Dança Popular Brasileira Paranaense Africana 19 Indígena 7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Linha Forma Superfície Cor Textura Volume Luz COMPOSIÇÃO Semelhanças Contraste Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas : Pintura, desenho, fotografias, audiovisual e mista. MOVIMENTOS E PERÍODOS Industrial Arte no Séc XX Arte Contemporânea 7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA Música. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade 20 Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnica Vocal, instrumental, e mista Improvisação MOVIMENTOS E PERÍODOS Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, tecno. 7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressos corporais, gestuais, faciais, vocais Ação Espaço COMPOSIÇÃO Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica . MOVIMENTOS E PERÍODOS Industria Cultural Realismo Expressionismo 21 Cinema Novo 7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO Giro Rolamento Salto Aceleração Direções ( frente, atrás, direta e esquerda ) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Industria Cultural e espetáculo MOVIMENTOS E PERÍODOS Hip Hop Musicais Expressionismo Industria Cultural Dança Moderna 8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS 22 Linha Forma Superfície Cor Textura Volume Luz COMPOSIÇÃO Bidimensional Tridimensional Figura - fundo Ritmo Visual Técnicas : Pintura, grafitte, performance Gêneros; Paisagem urbana, cenas do cotidiano. MOVIMENTOS E PERÍODOS Realismo Vanguardas Muralismo Latino-Americano Hip Hop. 8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA Música. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade COMPOSIÇÃO Ritmo Melodia 23 Harmonia Técnica Vocal, instrumental, e mista Gênero: popular, folclórica e étnico. MOVIMENTOS E PERÍODOS Música Engajada Música Popular Brasileira Música Contemporânea. 8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressos corporais, gestuais, faciais, vocais Ação Espaço COMPOSIÇÃO Técnicas: monólogo, Jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro – Fórum. Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino MOVIMENTOS E PERÍODOS Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas 24 8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO Ponto de Apoio Kinesfera Salto Giros Quedas Peso Fluxo Rolamentos Extensão ( perto e longe ) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e Moderna MOVIMENTOS E PERÍODOS Vanguardas Danças Moderna Dança Contemporânea ARTE – ENSINO MÉDIO – ÁREA – ARTE VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Ponto 25 Linha Forma Superfície Cor Textura Volume Luz COMPOSIÇÃO Bidimensional Tridimensional Figura – fundo Abstrato Perspectivas Semelhanças Contraste Ritmo Visual Simetria Estilização Deformação Técnicas : Pintura, desenho, modelagem instalação, performance, fotografia, gravura e esculto,arquitetura,história em quadrinhos. Gêneros; Paisagem, Natureza – morta, cenas do cotidiano, História, Religiosa,da Mitologia. MOVIMENTOS E PERÍODOS Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte Contemporâneo Arte Latino- Americana . 26 ENSINO MÉDIO– ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE: ELEMENTOS FORMAIS Personagem: expressos corporais, gestuais, faciais, vocais Ação Espaço COMPOSIÇÃO Técnicas: monólogo, Jogos teatrais , teatro direto e indireto, mímica, direção, ensaio, Teatro – Fórum. Dramaturgia Cenografia Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Representação Sonoplastia Iluminação Figurino Direção Produção MOVIMENTOS E PERÍODOS Teatro Engajado Teatro Greco Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiros Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria cultural Teatro Engajada Teatro Dialético Teatro Essencial 27 Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas. Renascentista Teatro Latino -Americano Teatro Realista Teatro Simbolilista ENSINO MEDIO CONTEUDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS FORMAIS, COMPOSIÇÃO, MOVIMENTOS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE ELEMENTOS FORMAIS Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO Ponto de Apoio Kinesfera Salto Giros Quedas Peso Fluxo Rolamentos Extensão ( perto e longe ) Coreografia Deslocamento Movimento articulado Aceleração e desaceleração Níveis 28 Improvisação Direção Plano Gênero: Espetáculo,Industria cultural, étnica, folclórica ,popular e salão MOVIMENTOS E PERÍODOS Vanguardas Danças Moderna Dança Contemporânea. Pré-história Greco Romano Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Africana Paranaense indígena Hip Hop Industria cultural 3 Metodologia da disciplina O estudo da Arte está sendo organizado em produção pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados contemporâneas. O cimena, televisão vídeoclipe e outros são formas artísticas, constituidas pelas quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência fundametal, compostas por imagens bidimensionais e tridimensionais. Por isso, surgere -se que a pratica pedagógica parta da análise e produção de trabalhos martísticas relacionados a conteúdos de composição em Arte Visuais : tais como : a) imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografias, propaganda visual b) imagens tridimensionais: esculturas instalações ,produções arquitetônicas . A dança tem conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos cognitivos que,uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor compreensão estética da Arte. 29 A música é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele de fazer compreender a imensa diversidade musical existente , que de uma forma direta ou indireta interfere na vida da humanidade. O teatro na escola promove o relacionamento do homen com o mundo. Os conteúos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno 4 Ensino fundamental No encaminhamento metodológico enfocando a arte, a cultura e a linguagem, o tratamento dos conteúdos deve considerar as produções e manifestações artísticas regionais, as peculiaridades de alunos e escolas, as diferentes situações de aprendizagem e a experimentação estética. Através da Linguagem o aluno percebe, identifica, gera, organiza e interpreta signos verbais e não-verbais manifestos nos bens culturais materiais e imateriais. Pela cultura o aluno identifica e compreende a dinamicidade, a articulação e a relação entre os elementos estéticos presentes nas produções/manifestações culturais. A releitura da obra de arte apresenta-se aqui como meio para perceber a diversidade de significados contidos nas experiências de vida trazidas pelos alunos e sua relação com conteúdos humanos materializados em cores, formas e texturas. 5 Ensino médio O encaminhamento metodológico no Ensino Médio está fundamentado nos seguintes eixos: Sentir e perceber Teorizar Trabalho artísticos O trabalho pedagógico será pautado pela relação que o ser humano tem com a arte: produzir a arte, desenvolver um trabalho artístico e sentir e perceber as obras artísticas. Qualquer um dos eixos acima citados pode dar início ao trabalho em sala de aula ou mesmo acontecer simultaneamente; importante é que ao final das atividades, durante as aulas o aluno vivencie cada um deles. Nas abordagens metodológicas o professor também deve considerar as três interpretações fundamentais da arte: Arte como Ideologia: A arte é produto de um conjunto de idéias, crenças e doutrinas, próprias de uma sociedade, de uma época ou de uma classe. A arte não é só ideologia, porém, ela 30 está presente nas produções artísticas. Arte como forma de Conhecimento: A arte é organizada e estruturada por um conhecimento próprio, ao mesmo tempo possui um conteúdo social, que tem como objeto o ser humano em suas múltiplas dimensões. Arte e Trabalho Criador: A arte é uma forma de trabalho onde ao criar o ser humano recria, constituindo-se como ser que toma posição ante o mundo. O trabalho artístico além de representar, objetivamente ou não, uma dada realidade, constitui-se, em sim mesma, uma nova realidade. Sem a criação e o trabalho, a arte deixa de ser arte e não há aprendizagem. O educando precisa passar pelo fazer artístico. 6 Avaliação da disciplina A avaliação será contínua, diagnóstica, processual e deve superar o papel de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos proporcionando aprendizagens socialmente significativas para os alunos não estabelecendo parâmetros comparativos entre os mesmos. O conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo, deve constituir referencia para o professor propor abordagens diferenciadas. Nesta proposta, avaliar inclui observar e registrar o processo de aprendizagem com os avanços e dificuldades percebidos em suas criações. O aluno será avaliado pela análise das soluções que busca para os problemas apresentados e pelo relacionamento com seus colegas nas discussões de grupo. Como sujeito deste processo o aluno também deve elaborar seus registros de forma sintematizada. Por se tratar de avaliação em Arte no Ensino Fundamental é preciso referir-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos práticos, quanto conceituais e teóricos, pois uma avaliação consiste permitir ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Ainda, é preciso que o professor conheça a linguagem artística em questão. Por sua vez, é importante ter em vista que os alunos do Ensino Médio apresentam uma vivência maior é um capital cultural construído em outros espaços sociais além da escola: família, grupos, associações, religião e outros. Além disso, têm um percurso escolar mais amplo, com conhecimentos artísticos relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança. Propõe-se a avaliação do aluno baseada na realização de tarefas em sala de aula e trabalhos individuais ou em grupo, considerando-se o grau de apropriação do conteúdo proposto como critério relevante nesse processo. Durante a atividade avaliativa, será levado em conta a 31 conceituação elaborada por Vigotski (2001) de zona de desenvolvimento atual e próximo. Essa concepção teórica servirá de base para diagnosticar os diferentes níveis em que se encontra a classe, buscando-se, com isso, adequar atividades que se encontram num nível de desenvolvimento próximo em determinado conteúdo, possam apropriar-se do que foi proposto em um tempo plausível e aqueles que já atingiram um nível de domínio efetivo do conteúdo, possam receber orientações que os instiguem a apropriarem-se de conhecimentos que não façam parte da sua zona de desenvolvimento atual. 7 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira 5.ed. edição revista e ampliada. São Paulo: Melhoramentos, USP, 1971. BARBOSA, A.M.B. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 1996. BARRETO, Débora. Dança... ensino, sentidos e possibilidades na escola. 2ª ed. Campinas, SP. Autores Associados, 2005. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Editora Atica, 1991. FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. KOUDELA, I.D. Jogos Teatrais. 4.ed. São Paulo: Perspectiva, 2001. LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus Editorial, 1978. LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO DE ARTE – Ensino Médio – vários autores – Curitiba: Secretaria de Estado da Educação, 2006. MARTIN – BARBERO, Jesus; REY, German. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Senac, 2001. OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983. 32 PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: Secretaria do Estado da Educação, 2008 SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez, 1992. SCHLICHTA, Consuelo Alcione Borba Duarte. Arte e educação: o trabalho criador e o conhecimento artístico como fundamentos do ensino da arte. Curitiba: UFPR, 1998. VIGOTSKI, Liev S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 33 3.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA 1 Apresentação da disciplina A Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno da vida. Ao longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno numa tentativa de explicar e ao mesmo tempo compreender Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as observações dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram sendo registradas nas pinturas rupestres, representando seu interesse em explorar a natureza. O conhecimento da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais, interações entre os seres vivos e a utilização da tecnologia que implica em intensa intervenção no ambiente, levando em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa, oportunizando a construção de uma visão de mundo permitindo a formação de um sujeito crítico, dando subsídios para a tomada de decisões. Partindo-se da dimensão histórica da disciplina de Biologia foram identificados os marcos conceituais da construção do pensamento biológico. Estes marcos foram utilizados como critérios para escolha dos conteúdos estruturantes e dos encaminhamentos metodológicos. Cabe ressaltar que a importância desta compreensão histórica e filosófica da ciência está em conformidade com o atual contexto sócio, econômico e político, estabelecido a partir da compreensão da concepção da ciência enquanto construção humana. Entende – se, assim que a Biologia contribuiu para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo, o fenômeno da vida, em sua complexidade, ou seja: na organização dos seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida. A disciplina de Biologia se pauta na valorização do conhecimento disciplinar, na compreensão da ampla rede relações entre a produção científica, a validade ou não das diferentes teorias científicas. Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da vida e sua diversidade de manifestações significa pensar uma ciência em transformação. cujo caráter provisório do conhecimentos garante uma reavaliação dos seus resultados e possibilita um repensar e uma mudança constante do conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico social. 34 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esta proposta pedagógica orienta uma nova relação professor/aluno/conhecimento. Por isso fez-se necessário identificar na história e filosofia da ciência os modelos/paradigmas teóricos elaborados pelo ser humano para entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais. Buscouse compreender também, como esses paradigmas contribuem para a constituição da Biologia como ciência e como disciplina escolar. A partir dessa reflexão foi construído o conceito de conteúdo estruturante, que baliza esta proposta, de açor com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.. Conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para as abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos e consequente compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Como constructos históricos atrelados a uma concepção crítica de educação, os conteúdos estruturantes não são sempre os mesmos. Em sua abordagem teóricometodológica, eles devem considerar as relações que estabelecem entre si e entre os conteúdos tratados no dia-a-dia da sala de aula, nas diferentes realidades regionais onde se localizam as escolas da rede estadual de ensino. Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo disciplinar sempre esteve pautado pelo fenômeno VIDA, influenciado pelo pensamento historicamente construído, correspondente à concepção de ciência de cada época e à maneira de conhecer a natureza (método). Desde a antiguidade até a contemporaneidade, esse fenômeno foi entendido de diversas maneiras, conceituado tanto pela filosofia natural quanto pelas ciências naturais, de modo que se tornou referencial na construção do conhecimento biológico e na construção de modelos interpretativos do fenômeno VIDA. Nessa proposta político pedagógica, são apresentados quatro modelos interpretativos do fenômeno VIDA, como base estrutural para o currículo de Biologia no ensino médio. Cada um deles deu origem a um conteúdo estruturante que permite conceituar VIDA em distintos momentos da história e, desta forma, auxiliar para que as grandes problemáticas da contemporaneidade sejam entendidas como construção humana. Os conteúdos estruturantes foram assim definidos: Organização dos Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodiversidade; Manipulação Genética. 35 Para o ensino da disciplina de Biologia, constituída como conhecimento, os conteúdos estruturantes propostos evidenciam de que modo a ciência biológica tem influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais. Os conteúdos estruturantes de Biologia estão relacionados à sua historicidade para que se perceba a não-neutralidade da construção do pensamento científico e o caráter transitório do conhecimento elaborado. Nessa proposta, a disciplina de Biologia deve ser capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento; deve priorizar o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos, e propiciar reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões emergentes. Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem hierarquizados. Por exemplo: no conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos, existe a possibilidade de desdobramento no conteúdo específico: bactérias. Tal conteúdo específico não deve ficar limitado à compreensão dada por esse conteúdo estruturante. A exemplo disso, o trabalho pedagógico deve propor um estudo da classificação das bactérias (Organização dos Seres Vivos), para então, a partir deste, analisar as funções celulares (Mecanismos Biológicos), os processos evolutivos (Biodiversidade) desses seres vivos, e a síntese de insulina por organismos geneticamente modificados (Manipulação Genética). Espera-se que os conteúdos sejam abordados de forma integrada, com ênfase nos aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionados a conceitos oriundos das diversas ciências de referência da Biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do ensino médio, num aprofundamento conceitual e reflexivo, com vistas a dotar o aluno das significações dos conteúdos em sua formação neste nível de ensino. 2.1 - ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS Este conteúdo estruturante possibilita conhecer os modelos teóricos historicamente construídos que propõem a organização dos seres vivos, relacionando-os à existência de características comuns entre estes e sua origem única (ancestralidade comum). O trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante deve abordar a classificação dos seres vivos como uma tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, de maneira a agrupar e categorizar as espécies extintas e existentes. Isso se justifica porque, durante décadas, o estudo da vida e a necessidade de compreender e distinguir o vivo do não vivo enfatizou o estudo dos seres vivos 36 quase exclusivamente em seu aspecto classificatório. Historicamente, essa necessidade pode ser traduzida pelo trabalho de Carl Von Linné (17071778). Conhecedor da botânica, Linné organizou os seres vivos sem situá-los nos ambientes reais, sem determinar onde viviam e com quem efetivamente estabeleciam relações. Os estudos por ele desenvolvidos e o modelo de classificação proposto constituem um paradigma teórico e representam o pensamento descritivo do conhecimento biológico. Apesar do aspecto histórico da ciência ter sido o critério para identificar este conteúdo estruturante, ele não se restringe somente aos aspectos classificatórios de Linné, mas inclui os estudos microscópicos de Anton van Leeuwenhoek (1623-1723) e de Robert Hooke (1635-1703). Além desses aspectos, também considera a representatividade de conceitos científicos do momento histórico atual, tais como os avanços da Biologia no campo celular, no funcionamento dos órgãos e dos sistemas, nas abordagens genética, evolutiva, ecológica e da biologia molecular. Essa abordagem possibilita a análise e proposição de outros modelos de classificação dos seres vivos. A classificação dos seres vivos começou a ser realizada na antiguidade grega, com Aristóteles, e tem sofrido modificações através dos tempos de acordo com novos critérios científicos e avanços tecnológicos. Na atualidade, as modificações são decorrentes, principalmente, das contribuições no campo da biologia molecular, com a possibilidade de análise do material genético.Um dos sistemas mais adotados no ensino da Biologia distribui os seres vivos em cinco reinos, baseados na proposta de Robert Whittaker (1920-1980). Nesse e vegetais – possibilita compreender a vida como manifestação de sistemas organizados e integrados, em constante interação com o ambiente físico-químico.Contudo, pesquisas recentes com base na análise de sequências do ácido ribonucléico ribossomal propõem uma distribuição diferente, organizada em três grandes domínios: Bacteria, Archaea e Eukarya. Tal proposta é também usada no ensino de Biologia, porém em menor medida. O propósito deste conteúdo é partir do pensamento biológico descritivo para conhecer, compreender e analisar a diversidade biológica existente, sem, no entanto, desconsiderar a influência dos demais conteúdos estruturantes, introduzindo-se o estudo das características e fatores que determinaram o aparecimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da história. 2.2 - MECANISMOS BIOLÓGICOS O conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos privilegia o estudo dos mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Assim, o trabalho pedagógico 37 neste conteúdo estruturante, deve abordar desde o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração, até o estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções. Com a construção e aperfeiçoamento do microscópio e a contribuição de outros estudos da física e da química, foi possível estabelecer uma análise comparativa entre organismos unicelulares e pluricelulares, numa perspectiva evolutiva, como relata a história da ciência. Fato importante, e que marca a interferência da visão fragmentária e especializada sobre o conhecimento do ser vivo, foi o trabalho do médico Willian Harvey (1578-1657), que descreveu detalhadamente o sistema circulatório. Seu modelo explicativo viabiliza-se por conceber o coração como uma bomba hidráulica que impulsiona o sangue por todo o corpo. Neste contexto, as contribuições da física têm papel fundamental para explicar como ocorrem, de forma mais sintética, essas funções vitais. Ainda sobre o sistema circulatório, é possível destacar o papel do sistema imunológico, que age na defesa contra agentes invasores. Para compreendê-lo, foram necessários aprofundamentos nos estudos voltados para a atividade celular quanto à estrutura e funções, as quais foram mais bem estudadas com o emprego de técnicas de citoquímica e o auxílio fundamental do microscópio eletrônico. Para compreender o funcionamento das estruturas que compõem os seres vivos, fez-se necessário, ao longo da construção do pensamento biológico, pensar o organismo de forma fragmentada, separada, permitindo análises especializadas de cada função biológica, sob uma visão microscópica do mundo natural. Ao fragmentar tais estruturas, o botânico Mathias Schleiden (1804-1881) e o zoólogo Theodor Schwann (1810-1882), ambos alemães, criaram a Teoria Celular em meados do século XIX, estabelecendo a célula como a unidade morfofisiológica dos seres vivos, ou seja, a célula como a unidade básica da vida. Pretende-se, neste conteúdo estruturante, partindo da visão mecanicista do pensamento biológico, baseada na visão macroscópica, descritiva e fragmentada da natureza, ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos, analisando o funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes níveis de organização destes seres - do celular ao sistêmico. Esta análise deve considerar a visão evolutiva, a ser introduzida pelo conteúdo estruturante Biodiversidade, bem como as influências dos demais conteúdos estruturantes. 2.3 - BIODIVERSIDADE Este conteúdo estruturante possibilita o estudo, a análise e a indução para a busca de novos 38 conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade. Ao propor este conteúdo estruturante, ampliam-se as explicações sobre como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Da necessidade de compreender e distinguir o vivo do não vivo, enfatizando a classificação dos seres vivos, sua anatomia e sua fisiologia, chega-se à necessidade de compreender como as características e mecanismos biológicos estudados se originam. Tal necessidade pode ser traduzida pelo seguinte problema: como explicar o aparecimento e/ou extinção de seres vivos ao longo da história biológica da VIDA? Essa necessidade de construir um modelo que possa explicar a organização natural dos seres vivos, situando-os no ambiente real, relacionando sua origem com suas características específicas e o local onde vivem, introduz o pensamento biológico evolutivo. Consideram-se, nestas Diretrizes, as idéias do naturalista francês Lamarck (1744-1829), do naturalista britânico Charles Darwin e do naturalista inglês Alfred Russel Wallace (1823-1913), como um importante marco teórico, pelo modo como elas impulsionaram as explicações a respeito das diversas transformações ocorridas com os seres vivos ao longo do tempo e deram suporte à teoria sintética da evolução. Wallace e Darwin propuseram uma teoria viável a partir do momento em que apresentaram a seleção natural como mecanismo responsável pela dinâmica da diversidade de espécies. Analisado como característica presente na complexidade da natureza, esse mecanismo não propicia para as espécies um caminho à perfeição, mas para o acúmulo de características hereditárias que, através do tempo, em dado momento filogenético de cada espécie, foram relativamente vantajosas. Cada espécie apresenta assim, uma história evolutiva que descreve as possíveis espécies das quais descendem e as características e relações com outras espécies. Para organizar este processo evolutivo, o sistema natural de classificação proposto por Linné e a compreensão do funcionamento dos sistemas orgânicos, já não são suficientes para explicar a diversidade biológica.Com os conhecimentos da genética, novos caminhos foram abertos, os quais permitiram melhorar a compreensão acerca dos processos de modificação dos seres vivos ao longo da história. De igual modo, as contribuições da ecologia foram e continuam sendo fundamentais para entender a diversidade biológica. Pesquisas indicam que as informações genéticas representaram um ponto notável no desenvolvimento do saber e promoveram enorme avanço tecnológico na ciência com a reabertura de debates sobre as implicações sociais, éticas e legais que existem, e que possivelmente ainda surgirão, em consequência dessas pesquisas. Desse modo, a proposição da teoria da evolução consiste num modelo teórico que põe à prova as ideias sobre a imutabilidade da vida, constituindo assim, o paradigma do pensamento biológico evolutivo. 39 Entende-se, então, que o trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante, deve abordar a biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos biológicos, interagindo num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido transformações. Com a construção e aperfeiçoamento do microscópio e a contribuição de outros estudos da física e da química, foi possível estabelecer uma análise comparativa entre organismos unicelulares e pluricelulares, numa perspectiva evolutiva, como relata a história da ciência. Fato importante, e que marca a interferência da visão fragmentária e especializada sobre o conhecimento do ser vivo, foi o trabalho do médico Willian Harvey (1578-1657), que descreveu detalhadamente o sistema circulatório. Seu modelo explicativo viabiliza-se por conceber o coração como uma bomba hidráulica que impulsiona o sangue por todo o corpo. Neste contexto, as contribuições da física têm papel fundamental para explicar como ocorrem, de forma mais sintética, essas funções vitais. Ainda sobre o sistema circulatório, é possível destacar o papel do sistema imunológico, que age na defesa contra agentes invasores. Para compreendê-lo, foram necessários aprofundamentos nos estudos voltados para a atividade celular quanto à estrutura e funções, as quais foram mais bem estudadas com o emprego de técnicas de citoquímica e o auxílio fundamental do microscópio eletrônico. Para compreender o funcionamento das estruturas que compõem os seres vivos, fez-se necessário, ao longo da construção do pensamento biológico, pensar o organismo de forma fragmentada, separada, permitindo análises especializadas de cada função biológica, sob uma visão microscópica do mundo natural. Ao fragmentar tais estruturas, o botânico Mathias Schleiden (1804-1881) e o zoólogo Theodor Schwann (1810-1882), ambos alemães, criaram a Teoria Celular em meados do século XIX, estabelecendo a célula como a unidade morfofisiológica dos seres vivos, ou seja, a célula como a unidade básica da vida. Pretende-se, neste conteúdo estruturante, partindo da visão mecanicista do pensamento biológico, baseada na visão macroscópica, descritiva e fragmentada da natureza, ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos, analisando o funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes níveis de organização destes seres - do celular ao sistêmico. Esta análise deve considerar a visão evolutiva, a ser introduzida pelo conteúdo estruturante Biodiversidade, bem como as influências dos demais conteúdos estruturantes. 40 2.4 – BIODIVERSIDADE Este conteúdo estruturante possibilita o estudo, a análise e a indução para a busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade.Ao propor este conteúdo estruturante, ampliam-se as explicações sobre como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Da necessidade de compreender e distinguir o vivo do não vivo, enfatizando a classificação dos seres vivos, sua anatomia e sua fisiologia, chega-se à necessidade de compreender como as características e mecanismos biológicos estudados se originam. Tal necessidade pode ser traduzida pelo seguinte problema: como explicar o aparecimento e/ou extinção de seres vivos ao longo da história biológica da VIDA? Essa necessidade de construir um modelo que possa explicar a organização natural dos seres vivos, situando-os no ambiente real, relacionando sua origem com suas características específicas e o local onde vivem, introduz o pensamento biológico evolutivo. Consideram-se, nestas Diretrizes, as idéias do naturalista francês Lamarck (1744-1829), do naturalista britânico Charles Darwin e do naturalista inglês Alfred Russel Wallace (1823-1913), como um importante marco teórico, pelo modo como elas impulsionaram as explicações a respeito das diversas transformações ocorridas com os seres vivos ao longo do tempo e deram suporte à teoria sintética da evolução. Wallace e Darwin propuseram uma teoria viável a partir do momento em que apresentaram a seleção natural como mecanismo responsáveis pela dinâmica da diversidade de espécies. Analisado como característica presente na complexidade da natureza, esse mecanismo não propicia para as espécies um caminho à perfeição, mas para o acúmulo de características hereditárias que, através do tempo, em dado momento filogenético de cada espécie, foram relativamente vantajosas. Cada espécie apresenta assim, uma história evolutiva que descreve as possíveis espécies das quais descendem e as características e relações com outras espécies. Para organizar este processo evolutivo, o sistema natural de classificação proposto por Linné e a compreensão do funcionamento dos sistemas orgânicos, já não são suficientes para explicar a diversidade biológica.Com os conhecimentos da genética, novos caminhos foram abertos, os quais permitiram melhorar a compreensão acerca dos processos de modificação dos seres vivos ao longo da história. De igual modo, as contribuições da ecologia foram e continuam sendo fundamentais para entender a diversidade biológica. Pesquisas indicam que as informações genéticas representaram um ponto notável no desenvolvimento do saber e promoveram enorme avanço tecnológico na ciência com a reabertura de debates sobre as implicações sociais, éticas e legais que existem, e que possivelmente ainda 41 surgirão, em conseqüência dessas pesquisas. Desse modo, a proposição da teoria da evolução consiste num modelo teórico que põe à prova as idéias sobre a imutabilidade da vida, constituindo assim, o paradigma do pensamento biológico evolutivo. Entende-se, então, que o trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante, deve abordar a biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos biológicos, interagindo num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido transformações. Portanto, neste conteúdo estruturante, pretende-se discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade de seres vivos. Destaca-se assim, a construção do pensamento biológico evolutivo, considerando também o descritivo e o mecanicista, já apresentados. 2.5 - MANIPULAÇÕES GENÉTICAS Este conteúdo estruturante trata das implicações dos conhecimentos da biologia molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da VIDA como fato natural, independente da ação do ser humano. Da necessidade de ampliar o entendimento sobre a mutabilidade, chega-se à necessidade de compreender e explicar como determinadas características podem ser inseridas, modificadas ou excluídas do patrimônio genético de um ser vivo e transmitidas aos seus descendentes por meio de mecanismos biológicos que garantem sua perpetuação. Ao propor este conteúdo estruturante, ampliam-se as explicações sobre como novos sistemas orgânicos se originam e como esse conhecimento interfere e modifica o conceito biológico VIDA. Essa necessidade de compreender como os mecanismos hereditários de características específicas dos seres vivos são controlados constitui um modelo teórico explicativo que permite apresentar e discutir o pensamento biológico da manipulação do material genético (DNA). Desse modo, a manipulação do material genético em micro-organismos, que traz importantes contribuições para a criação de produtos farmacêuticos, hormônios, vacinas, alimentos, medicamentos, bem como propõe soluções para problemas ambientais, constitui fato histórico importante para este conteúdo estruturante, pois determina a mudança no modo de explicar o que é VIDA do ponto de vista biológico. Essas contribuições, por sua vez, têm suscitado reflexões acerca das implicações éticas, morais, políticas e econômicas dessas manipulações. 42 A ciência e a tecnologia são conhecimentos produzidos pelos seres humanos e interferem no contexto de vida da humanidade, razão pela qual todo cidadão tem o direito de receber esclarecimentos sobre como as novas tecnologias vão afetar a sua vida. Assim, o trabalho pedagógico, neste conteúdo estruturante, deve abordar os avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica. A abordagem do conteúdo organismo geneticamente modificado a partir deste conteúdo estruturante permite perceber como a aplicação do conhecimento biológico interfere e modifica o contexto de vida da humanidade, e como requer a participação crítica de cidadãos responsáveis pela VIDA. De acordo com Libâneo (1983), “ao mencionar o papel do professor, trata-se, de um lado, de obter o acesso do aluno aos conteúdos ligando-os com a experiência concreta dele - a continuidade; mas, de outro, de proporcionar elementos de análise crítica que ajudem o aluno a ultrapassar a experiência, os estereótipos, as pressões difusas da ideologia dominante - a ruptura”.Snyders, professor de Ciências da Educação da Universidade de Paris, em seu livro A alegria de aprender na escola (1991, p. 159-164), afirma que Sob tal concepção pedagógica, em que se admite um conhecimento relativamente autônomo, assume-se que o saber tende a um conhecimento objetivo, mas, ao mesmo tempo, representa a possibilidade de crítica frente a esse conteúdo. 3 CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série da etapa final do ensino fundamental e para o ensino médio, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor. Nessa proposta, os conteúdos básicos apresentados, devem ser tomados como ponto de partida para a organização da proposta pedagógica curricular das escolas. Por serem conhecimentos fundamentais para a disciplina de Biologia, os conteúdos básicos não podem ser suprimidos nem reduzidos, porém, ao construir a proposta pedagógica, o professor poderá seriar/sequenciar esses conteúdos básicos de modo a orientar o trabalho de seleção de conteúdos específicos no Plano de Trabalho Docente. Essa proposta pedagógica, como os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos 43 estruturantes da disciplina, que tipo de abordagem teórico-metodológica devem receber e, finalmente, a que expectativas de aprendizagem estão atrelados. Portanto, as Diretrizes Curriculares fundamentam essa seriação/sequência de conteúdos básicos e sua leitura atenta e aprofundada é imprescindível para compreensão do quadro. No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre se considerando o aprofundamento a ser observado para a série e etapa de ensino. O plano é o lugar da criação pedagógica do professor, onde os conteúdos específicos receberão abordagens contextualizadas histórica, social e politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas diversas realidades da região do Colégio Consolata, culturais e econômicas, contribuindo com sua formação cidadã. O plano de trabalho docente é, portanto, o currículo em ação. Nele estará a expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular construída nas discussões coletivas. BIOLOGIA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS BIODIVERSIDADE MANIPULAÇÃO GENÉTICA CONTEÚDOS BÁSICOS CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS: CRITÉRIOS TAXONÔMICOS E FILOGENÉTICOS. SISTEMAS BIOLÓGICOS: ANATOMIA, MORFOLOGIA E FISIOLOGIA. MECANISMOS DE DESENVOLVIMENTO EMBRIOLÓGICO. MECANISMOS CELULARES BIOFÍSICOS E BIOQUÍMICOS. TEORIAS EVOLUTIVAS. TRANSMISSÃO DAS CARACTERÍSTICAS HEREDITÁRIAS. 44 DINÂMICA DOS ECOSSISTEMAS: RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS E INTERDEPENDÊNCIA COM O AMBIENTE. ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS. 4 ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA AVALIAÇÃO Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que, ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, seja possível, também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo “classificação dos seres vivos” não se restringe a um único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo “organismos geneticamente modificados”, partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do DNA, comparando-as com os processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação dos seres vivos. Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos, que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive, a célula, seus componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos, quanto um elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo homem. 45 5 AVALIAÇÃO Os critérios avaliativos a serem utilizados terão pautas na avaliação diagnóstica cognitiva e cumulativa, sendo utilizada como instrumento de intervenção e reformulação dos processos de aprendizagem, a avaliação em Biologia feita através de trabalhos, debates, seminários, produção e análise de textos que levarão em consideração os seguintes pontos: uso da modalidade padrão da língua portuguesa, capacidade argumentativa, compreensão de leituras e pesquisas realizadas extraclasse e durante a aula e durante a aula, produção de análises críticas (neste ponto serão observados os seguintes critérios: embasamento teórico de fontes fidedignas, coerência, senso comum, conhecimento cientificamente e historicamente construído e validado e ordem formal do uso da escrita). É preciso valorizar as diferenças individuais sem jamais perder de vista o contexto interativo. Escola é sinônimo de interação. Espera-se que o aluno: Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos; Estabeleça relações entre as características específicas dos micro-organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus; Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada); Reconheça e compreenda a classificação dos seres vivos; Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso); Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas; Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células; Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias; Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes nos sistemas biológicos (histologia) Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das espécies; 46 Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos seres vivos; Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre estes; Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do equilíbrio dos ecossistemas; Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem; Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização; Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócioambientais; Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica; Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolve a manipulação genética. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DCE – Diretrizes Curriculares de Biologia. Curitiba, PR SEED. 2009 LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO. SEED – Secretaria de estado da Educação. Biologia Ensino Médio. Curitiba PR 2009 Soares, José Luiz. Biologia: volume único. Scipione. São Paulo, SP 2005 Amabilis, José Mariano e Martho, Gilberto Rodrigues. Biologia, 2 ed. volumes 1, 2, 3. FND, Ministério da Educação. Moderna. São Paulo. 2006 47 7.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS 7.3.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Ciências para o Ensino Fundamental é a disciplina integrante do quadro curricular, podendo e devendo cooperar na transformação da sociedade ao tratar de conhecimentos que lhe são inerentes. Portanto, a concepção que se pretende é que se aprenda os conteúdos construindo, reconstruindo ou desconstruindo os conhecimentos, fato que requer a implementação de um amplo repertório de metodologias e estratégias de ensino e avaliação que se complementam. Dessa forma, os alunos poderão adquirir uma compreensão realista do significado da ciência e tecnologia e das suas relações com a sociedade, e que a ciência seja caracterizada como uma atividade não-neutra, que o aluno perceba que não há verdades absolutas e inquestionáveis e que a produção científica é coletiva, direito de todos, e não privilegio de poucos. Ensinar como o conhecimento é produzido exige pensá-lo numa dimensão de historicidade, considerando que o processo de produção é determinado, principalmente pelas condições sociais desta forma não há que se desvincular o social do científico, dando-se a devida importância a cada momento sócio-econômico-cultural da construção deste conhecimento. Para tanto é necessário oportunizar aos alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos que propicie uma maneira crítica de fatos e fenômenos relacionados com a vida, a diversidade cultural, social e da perpetuação científica. Além de oferecer a compreensão das inter-relações e transformações manifestadas no meio, provocando reflexões e a busca de soluções a respeito das tensões contemporâneas, possibilitando ao aluno condições para que assimile os conhecimentos científicos básicos da química e física, a partir dos quais poderá entender fenômenos naturais tecnológicos e a inter-relação homem-homem e homem-natureza. 7.3.2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Entendem-se o conceito de Conteúdos Estruturantes como os conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. Os conteúdos estruturantes são constructos históricos e estão atrelados a uma concepção política de educação, por isso não são escolhas neutras. Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são 48 construídos a partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino (LOPES, 1999). A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências considerou a relevância dos mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a integração conceitual dos saberes científicos na escola. Sendo assim, os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes Ciências de referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras. A metodologia de ensino deve promover inter-relações entre os conteúdos selecionados, de modo a promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciências. Essas interrelações devem se fundamentar nos Conteúdos Estruturantes. Desde que foi inserida no currículo escolar, a disciplina de Ciências passou por muitas alterações em seus fundamentos teórico-metodológicos e na seleção dos conteúdos de ensino. Propõe-se, então, que o ensino de Ciências aconteça por integração conceitual e que estabeleça relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os conteúdos científicos escolares e o processo de produção do conhecimento científico (relações contextuais). Conforme as Diretrizes Curriculares são apresentadas cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles: • Astronomia • Matéria • Sistemas Biológicos • Energia • Biodiversidade O professor trabalha com os cinco conteúdos estruturantes em todas as séries, a partir da seleção de conteúdos específicos da disciplina de Ciências adequados ao nível de desenvolvimento cognitivo do estudante. Para o trabalho pedagógico, o professor deverá manter o necessário rigor conceitual, adotando uma linguagem adequada à série, problematizar os conteúdos em função das realidades da região do Colégio Consolata, além de considerar os limites e possibilidades dos livros didáticos de Ciências. 49 ASTRONOMIA A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Numa abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos geocêntricos e heliocêntricos, bem como sobre os métodos e instrumentos científicos, conceitos e modelos explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de grande interesse dos estudantes porque por meio deles buscamse explicações alternativas para acontecimentos regulares da realidade, como o movimento aparente do sol, as fases da lua, as estações do ano, as viagens espaciais, entre outros. Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do Universo. Apresentam-se, a seguir, os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos necessários para o entendimento de questões astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências: Universo; Sistema solar; Movimentos celestes e terrestres; Astros; Origem e evolução do universo; Gravitação universal. MATÉRIA No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos. Apresentam-se, a seguir, conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento da constituição e propriedades da matéria e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências: Constituição da matéria; Propriedades da matéria. 50 SISTEMAS BIOLÓGICOS O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração. Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia-se a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de sistemas que integram o organismo vivo. Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências: Níveis de organização; Célula; Morfologia e fisiologia dos seres vivos; Mecanismos de herança genética. ENERGIA Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas idéias do calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria do calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei da conservação da energia. Nesta proposta pedagógica destaca-se que a ciência não define energia. Assim, tem-se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear, bem como os mais variados tipos de conversão de uma forma em outra. Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a conservação e a transformação de uma forma de energia em outra e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências: 51 Formas de energia; Conversão de energia; Transmissão de energia. BIODIVERSIDADE O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número de espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada ao entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem. Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter-relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997). Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de Ciências, a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intrarrelacionados. Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos científicos que interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintos; as relações ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido transformações. Apresentam-se, para este conteúdo estruturante, alguns conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a biodiversidade e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências: Organização dos seres vivos; Sistemática; Ecossistemas; Interações ecológicas; Origem da vida; Evolução dos seres vivos. Todos os conteúdos básicos, apresentados nos conteúdos estruturantes, são essenciais na disciplina de Ciências. No Plano de Trabalho Docente esses conteúdos básicos devem ser desdobrados em conteúdos específicos a serem abordados pelos professores de Ciências em função de interesses do Colégio, alunos e do avanço na produção do conhecimento científico. 52 7.3.2 - CONTEÚDOS ESPECIFICOS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS Os conteúdos básicos foram sistematizados a partir das discussões realizadas com todos os professores e estão de acordo com as DCE – Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná. Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor. Nessa proposta pedagógica, os conteúdos básicos estão apresentados por série e/ou ano. Por serem conhecimentos fundamentais para a série, não podem ser suprimidos nem reduzidos, porém, o professor poderá acrescentar outros conteúdos básicos na proposta pedagógica, de modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina naquilo que a constitui como conhecimento especializado Essa proposta indica, também, como os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos estruturantes da disciplina, que tipo de abordagem teórico-metodológica deve receber e, finalmente, a que expectativas de aprendizagem estão atreladas. Portanto, as Diretrizes Curriculares fundamentam essa seriação/sequenciação de conteúdos básicos e sua leitura atenta e aprofundada é imprescindível para compreensão do quadro. No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre considerando-se o aprofundamento a ser observado para a série e nível de ensino. O plano é o lugar da criação pedagógica do professor, onde os conteúdos receberão abordagens contextualizadas histórica, social e politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com sua formação cidadã. O plano de trabalho docente é, portanto, o currículo em ação. Nele estará à expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular construída nas discussões coletivas. CIÊNCIAS ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE – 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA CONTEÚDOS BÁSICOS: Universo 53 Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: MATÉRIA CONTEÚDOS BÁSICOS: Constituição da matéria CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: SISTEMAS BIOLÓGICOS CONTEÚDOS BÁSICOS: Níveis de organização Celular CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ENERGIA CONTEÚDOS BÁSICOS: Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: BIODIVERSIDADE CONTEÚDOS BÁSICOS: Organização dos seres vivos Ecossistema Evolução dos seres vivos ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a partir de critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do estudante, o número de aulas semanais, as características regionais, entre outros, devem ser abordados considerando aspectos essenciais no ensino de Ciências; a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais. A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a formação de conceitos científicos escolares no processo ensino-aprendizagem da disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza), levando em consideração que, para tal formação conceitual, há necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos estruturantes (relações 54 conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares), e relações entre esses conceitos científicos e as questões sociais,tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares. Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos professores de Ciências, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros. AVALIAÇÃO O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza. O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, cometas, asteróides, meteoros e meteoritos. O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e heliocêntricas. A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do sistema solar. O entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações, como fenômenos da natureza. A compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo. O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água presente no planeta Terra. O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo integrado. O reconhecimento das características gerais dos seres vivos. A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo explicativo da constituição dos organismos. O conhecimento dos níveis de organização celular. A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas formas de manifestação. O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra. 55 A interpretação do conceito de transmissão de energia. O reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação, convecção e condução. O entendimento dessas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na natureza. O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação. A distinção entre ecossistema, comunidade e população. O conhecimento a respeito da extinção de espécies. O entendimento a respeito da formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea de energia não renovável. A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorológicos e catástrofes naturais e sua relação com os seres vivos. ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE - 7º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA CONTEÚDOS BÁSICOS: Astros Movimentos terrestres Movimento celeste CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: MATÉRIA CONTEÚDOS BÁSICOS: Constituição da matéria CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: SISTEMAS BIOLÓGICOS CONTEÚDOS BÁSICOS: Células Metodologia e fisiologia dos seres vivos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ENERGIA CONTEÚDOS BÁSICOS: Formas de energia Transmissão de energia CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: BIODIVERSIDADE CONTEÚDOS BÁSICOS: Origem da vida Organização dos seres vivos 56 Sistemático ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a partir de critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do estudante, o número de aulas semanais, as características regionais, entre outros, devem ser abordados considerando aspectos essenciais no ensino de Ciências; a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais. A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a formação de conceitos científicos escolares no processo ensino-aprendizagem da disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza), levando em consideração que, para tal formação conceitual, há necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares), e relações entre esses conceitos científicos e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares. Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos professores de Ciências, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros. AVALIAÇÃO O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: A compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra. A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra. O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações. 57 O entendimento da composição físico-química do Sol e a respeito da produção de energia solar. O entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida. A compreensão da constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes essenciais ao surgimento da vida. O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula.constituição da célula e as diferenças entre os tipos celulares. A compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de energia na célula. As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir do entendimento dos mecanismos celulares. O entendimento do conceito de energia luminosa. O entendimento da relação entre a energia luminosa solar e sua importância para com os seres vivos. A identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e infravermelha. O entendimento do conceito de calor com energia térmica e suas relações com sistemas endotérmicos e ectodérmicos. O entendimento do conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações como os seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos. O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos, de categorias taxonômicas, filogenia. O entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres autótrofos e heterótrofos. O conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias sobre a origem da vida, geração espontânea e biogênese. ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE – 8º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA CONTEÚDOS BÁSICOS: Astros Movimentos terrestres Movimento celeste 58 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: MATÉRIA CONTEÚDOS BÁSICOS: Constituição da matéria CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: SISTEMAS BIOLÓGICOS CONTEÚDOS BÁSICOS: Células Morfologia e fisiologia dos seres vivos CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ENERGIA CONTEÚDOS BÁSICOS: Formas de energia CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: BIODIVERSIDADE CONTEÚDOS BÁSICOS: Evolução dos seres vivos dos seres vivos. ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a partir de critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do estudante, o número de aulas semanais, as características regionais, entre outros, devem ser abordados considerando aspectos essenciais no ensino de Ciências; a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais. A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a formação de conceitos científicos escolares no processo ensino-aprendizagem da disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza), levando em consideração que, para tal formação conceitual, há necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares), e relações entre esses conceitos científicos e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares. Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos professores de Ciências, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, 59 atividades lúdicas, entre outros. AVALIAÇÃO O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo As relações entre as teorias e sua evolução histórica. A diferenciação das teorias que consideram um universo inflacionário e teorias que consideram o universo cíclico. O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (galáxias, aglomerados, nebulosas, buracos negros, lei de Hubble, idade do Universo, escala do Universo) O conhecimento sobre o conceito de matéria e sua constituição, com base nos modelos atômicos. O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas, reações químicas. O conhecimento das leis da conservação da massa. O conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos organismos vivos. Os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares. O conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos. O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor e urinário. Os fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. A relação dos fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP). O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. O entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. O entendimento das teorias evolutivas. 60 ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE – 9º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ASTRONOMIA CONTEÚDOS BÁSICOS: Astros Gravitação universal CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: MATÉRIA CONTEÚDOS BÁSICOS: Propriedades da matéria CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: SISTEMAS BIOLÓGICOS CONTEÚDOS BÁSICOS: Metodologia e fisiologia dos seres vivos. Mecanismos de herança genética CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ENERGIA CONTEÚDOS BÁSICOS: Formas de energia Conservação de energia CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: BIODIVERSIDADE CONTEÚDOS BÁSICOS: Interações ecológicas. ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a partir de critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do estudante, o número de aulas semanais, as características regionais, entre outros, devem ser abordados considerando aspectos essenciais no ensino de Ciências; a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais. A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a formação de conceitos científicos escolares no processo ensino-aprendizagem da disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza), levando em consideração que, para tal formação conceitual, há necessidade 61 de se valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares), e relações entre esses conceitos científicos e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares. Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos professores de Ciências, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros. AVALIAÇÃO O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas O entendimento das leis de Newton no tocante a gravitação universal. A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés. A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor. A compreensão dos fundamentos teóricos que descrevem os sistemas nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino. O entendimento dos mecanismos de herança genética, os cromossomos, genes, os processos de mitose e meiose. A compreensão dos sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua relação com a Lei da conservação da energia. As relações entre sistemas conservativos. 62 O entendimento dos conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência. O entendimento do conceito de energia elétrica e sua relação com o magnetismo. O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas. Referencias BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências / Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC / SEF, 1998. DEMO, P. Desafios Modernos da Educação. Ed. Vozes. Petrópolis: 1993. FAZENDA, I.C.A. Práticas interdisciplinares na escola. 4.ed. Editora Cortez. São Paulo: 1997. KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de Ciências. EPU: Editora da Universidade de São Paulo. São Paulo: 1987. PARANÁ, DCE – Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba, PR. SEED, 2007. 63 3.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Educação Física ao longo de sua história buscou nas tendências pedagógicas ( Desenvolvimentista, Construtivista, Crítica Emancipadora) sua identidade, sofreu influências de várias correntes filosóficas, e estas interferem na ação pedagógica dos profissionais desta área. Além disso, o ensino de Educação Física esteve atrelado a apropriação do conhecimento, sem permitir ao aluno a devida reflexão crítica, pautando sua prática no cotidiano escolar sem significado social e cultural. Com a promulgação da lei de diretrizes e bases (LDB) 5692/71, a Educação Física passa a ser entendida como atividade conforme pode ser evidenciado no decreto 69.450 de 11 de novembro de 1971, quando a Educação Física pasa a ter uma legislação específica, instituindo a integração dessa disciplina como atividade escolar regular e obrigatória no currículo dos cursos em todos os níveis e sistema de ensino. As perspectivas tradicionais eram baseadas no desenvolvimento da aptidão física que constitui a referencia fundamental na Educação Física desportiva e recreativa, no sentido de fazer prático, não significativo de uma reflexão teórica, destituída de uma organização curricular e sistematização de saberes. Contudo esses saberes não promovia uma compreensão aprofundada do conhecimento específico dessa área, o que contribuia para uma educação mecânica e alienante. Desta forma, a Educação Física acaba assumindo um caráter instrumental necessário na preparação, recuperação e manutenção da força de trabalho, assegurando o desenvolvimento econômico através da mão de obra fisicamente adestrada e capacitada, ausente de uma leitura crítica da realidade (Castellani Filho, 1988: pag. 121). Apesar de ser revogada pela lei 9394/96 da LDB de 20 de dezembro de 1996, o decreto lei 69450/71 ainda representa referência para a Educação Física nos dias de hoje, pois o mesmo dispõe sobre objetivos, padrões de referência, planejamento, critérios de avaliação, fundamentos básicos para a compreensão dos significados da Educação Física contidos em instrumentos legais, sendo que a lei em vigor não estabelece esses referenciais. A nova LDB destaca a Educação Física como componente curricular obrigatório da Educação Básica, formada pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. A disciplina é definida como área do conhecimento que integra a base nacional comum e entendida como “Educação” e não como mera atividade. Nesse sentido, a LDB oferece tratamento curricular 64 com olhar sobre os mesmos critérios respeitados para as demais áreas do conhecimento. Delineando alguns momentos históricos. Através dos diferentes contextos históricos, a Educação Física escolar detertminou o que deveria ensinar. Até o final do século XIX, quase toda a produção ligada a Educação Física era de caráter médico-higienista, dando grande importância a ginástica, com o objetivo de conservar e restabelecer a saúde por meio de exercício. Esta prática se orientava pela dimensão biológica que essa disciplina ainda não superou completamente. Porém, no início do século XX, o panorama da Educação Física escolar no Brasil incorporou um novo determinante para seu ensino: o esporte. Esta tendência pode ser explicada pelo desenvolvimento do sistema capitalista de produção que incorpora os princípios de rendimento, competição da racionalização técnica, na busca constante da sua superação e vitória. Esta prática, no campo da Educação Física escolar, persiste até a década de 70 quando perde a sua especificidade. O discurso e a prática da psicomotricidade veio substituir o conteúdo até então de natureza esportiva. A proposta de ensino, mais diretamente voltada preocupava-se com o desenvolvimento da criança no processo cognitivo, afetivo e psicomotor. A Educação Física era apenas um meio para aprender (Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências.) e também, era meio de socialização. Esse breve histórico da Educação Física nos mostra que o que se ensina até hoje na escola tem vinculação direta com os momentos históricos vividos em nosso país e no mundo. Em hipótese alguma poderemos ser saudosistas ou incoerentes na possibilidade de apagarmos ou recusarmos os avanços que cada tendência promoveu. Hoje pretendemos analisar o corpo que agora interessa e a forma de existir. Nos aguça o desejo de buscar mais nas aulas de Educação Física do que um corpo objeto. Buscar na disciplina de Educação Física a identidade do sujeito deste corpo, quais as possibilidades dentro do contexto para sua educação e desenvolvimento de uma cultura corporal, cognitiva, psico-motora, para uma interpretação da linguagem corporal eficiente de comunicação tomando potencial produtivo na construção do conhecimento, a superação dos limites impostos socialmente, quanto às necessidades educacionais especiais e as diferenças étnico-raciais, modificando as relações sociais tornando-se um sujeito com capacidade de diagnosticar, sugerir, interagir e produzir. Através dos conteúdos propostos, dança, jogos, lutas, esporte e ginástica acontecerá o desenvolvimento corporal e a construção do saber sistematizado. I. OBJETIVO GERAL 65 O objetivo da disciplina é dar um novo significado às aulas, de forma a ampliar as possibilidades de intervenção, para a superação da dimensão meramente motriz, imprimindo uma dimensão histórica, cultural e social, cuja ideia ultrapasse a visão de que o corpo se restringe ao biológico e mensurável. O papel da Educação Física é transcender o senso comum e desmistificar formas arraigadas e equivocadas em relação às diversas práticas e manifestações corporais. Priorizam-se o conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaborar ideias e práticas que ampliem a compreensão do aluno sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida. Dessa forma, a disciplina de Educação Física deverá desenvolver no aluno a capacidade de elaborar seus próprios conceitos sobre as atividades físicas propostas por diferentes segmentos da sociedade, resgatando a diversidade corporal existente na escola e na comunidade, selecionando conhecimentos relevantes a sua formação. II. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esporte Jogos e brincadeiras Ginástica Lutas Dança ENSINO FUNDAMENTAL Série: 5ª Conteúdos Específicos: Atletismo, Basquetebol e Xadrez Atletismo a) Breve histórico do Atletismo; b) Iniciação aos fundamentos básicos do Atletismo; c) Tipos de saída com e sem bloco d) Saídas e) Brincadeiras com movimentos: ênfase das capacidades motoras básicas 66 f) Corridas de velocidade g) Saltos Basquetebol I. Origem e histórico do basquetebol; II. Manejo de bola III. Fundamentos básicos: passes, dribles e arremessos IV. Atividades pré-desportivas com fundamentos e regras adaptadas. Xadrez XXV. Origem e histórico do Xadrez; XXVI. Tabuleiro; XXVII. Disposição e movimentação básica do Xadrez. Handebol; Jogos e brincadeiras e Qualidade de vida Handebol I. Origem e histórico do Handebol; II. Fundamentos básicos: passes, dribles e arremessos; a) Atividades pré-desportivas com fundamentos e regras adaptadas. Jogos e brincadeiras c) Origem e histórico dos jogos e brincadeiras; d) Diferença entre brincadeira, jogo e esporte; e) Jogos e brincadeiras com ou sem material. Qualidade de Vida XL. Importância da atividade física. Voleibol; Ginástica e Dança Voleibol I. Origem e histórico do Voleibol; II. Fundamentos básicos: Toque, manchete, saque por baixo; I. Atividades pré-desportivas com fundamentos e regras adaptadas. 67 Ginástica a) Ginástica rítmica e geral b) Ginástica circense: Aspectos e práticas corporais circenses: Dança a) Atividades rítmicas e expressivas. b) Danças folclóricas. Futsal e Lutas Futsal IX. Origem e histórico do Futsal; X. Fundamentos básicos: domínio de bola, passes e chutes ao gol; I. Atividades pré-desportivas com fundamentos e regras adaptadas. Lutas I. Capoeira e lutas de aproximação: Origem e histórico da luta, jogos de oposição, ginga, esquiva e golpes. Série: 6ª Conteúdos Específicos: Atletismo, Basquetebol e Xadrez Atletismo I. Breve histórico do Atletismo; II. Ensino das técnicas das corridas de velocidade III. Iniciação aos fundamentos básicos do Atletismo; IV. Tipos de saída com e sem bloco V. Saídas VI. Brincadeiras com movimentos: ênfase das capacidades motoras básicas VII. Corridas de velocidade VIII. Saltos Basquetebol I. Origem do basquetebol e suas mudanças no decorrer da história; II. Fundamentos básicos e suas características: passes, dribles, arremessos e giros; 68 III. Atividades pré-desportivas com fundamentos e regras adaptadas; IV. Noções das regras; V. Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; VI. Jogo propriamente dito. Xadrez a) Origem e histórico do Xadrez; b) Tabuleiro; c) Disposição e movimentação básica do Xadrez; Handebol; Jogos e brincadeiras e Qualidade de vida Handebol § 1Origem do Handebol e suas mudanças no decorrer da história; § 2Fundamentos básicos: passes, dribles; arremessos com ou sem barreira, posicionamento da barreira e progressão de 3 passos; § 3Noções das regras; § 4Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; § 5Jogo propriamente dito. Jogos e brincadeiras § 1Origem e histórico dos jogos e brincadeiras; § 2Jogos e brincadeiras com ou sem material § 3Qualidade de Vida § 1Importância da atividade física. Voleibol; Ginástica e Dança Voleibol I. Origem do Voleibol e suas mudanças no decorrer da história; II. Fundamentos básicos: Toque, manchete, saque por baixo; § 1Atividades pré-desportivas com fundamentos e regras adaptadas. § 2Noções das regras; § 3Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; § 4Jogo propriamente dito. 69 Ginástica § 1Ginástica Rítmica e Geral § 2Ginástica circense: Aspectos e práticas corporais circense. Dança I. Atividades rítmicas e expressivas; II. Danças folclóricas, de rua, criativa e circulares. Futsal e Lutas Futsal a) Origem e histórico do Futsal; b) Fundamentos básicos: domínio de bola, passes e chutes ao gol; § 1Atividades pré-desportivas com fundamentos e regras adaptadas. § 2Noções das regras; § 3Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; § 4Jogo propriamente dito. Lutas I. Capoeira e lutas de aproximação: Origem e histórico da luta, jogos de oposição, ginga, esquiva e golpes. Série: 7ª Atletismo, Basquetebol e Xadrez Atletismo I. Breve histórico do Atletismo; II. Ensino das técnicas das corridas de velocidade III. Iniciação aos fundamentos básicos do Atletismo; IV. Tipos de saída com e sem bloco V. Saídas VI. Brincadeiras com movimentos: ênfase das capacidades motoras básicas VII. Corridas de velocidade VIII. Saltos 70 Basquetebol I. Características do basquetebol e recorte histórico delimitando tempo e espaços; II. Estudar as diversas possibilidades no esporte enquanto atividade corporal; III. Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; IV. Vivência prática dos fundamentos básicos do jogo; V. Noções de regras; VI. Sistema tático; VII. Jogo propriamente dito. VIII. Discutir sobre ética no esporte nas competições esportivas. Xadrez I. Característica do Xadrez; II. Tabuleiro; III. Disposição e movimentação básica do Xadrez; IV. Jogadas básicas V. Estratégias de jogo Handebol; Jogos e brincadeiras e Qualidade de vida Handebol I. Características do handebol e recorte histórico delimitando tempo e espaços; II. Estudar as diversas possibilidades no esporte enquanto atividade corporal; III. Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; IV. Vivência prática dos fundamentos básicos do jogo; V. Noções de regras; VI. Sistema tático; VII. Aprofundamento no jogo; VIII. Jogo propriamente dito. Jogos e brincadeiras I. Jogos cooperativos: diferenciação entre os jogos cooperativos e os jogos competitivos. § 1Qualidade de Vida I. Importância da atividade física; II. Frequência cardíaca: parada e em repouso. 71 Voleibol; Ginástica e Dança Voleibol I. Características do voleibol e recorte histórico delimitando tempo e espaços; II. Estudar as diversas possibilidades no esporte enquanto atividade corporal; III. Vivência prática dos fundamentos básicos do jogo; IV. Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; V. Noções de regras; VI. Sistema tático; VII. Tipo de saque: ênfase saque por baixo e por cima; VIII. Ataque; IX. Jogo propriamente dito. Ginástica I. Recorte histórico delimitando tempo e espaços; II. Origem da Ginástica; III. Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica; IV. Vivência dos movimentos acrobáticos. Dança a) Atividades rítmicas e expressivas; b) Danças criativas e circulares. Futsal e Lutas Futsal a) Características do futsal e recorte histórico delimitando tempo e espaços; b) Estudar as diversas possibilidades no esporte enquanto atividade corporal; c) Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; d) Vivência prática dos fundamentos básicos do jogo; e) Noções de regras; f) Sistema tático; g) Jogo propriamente dito. 72 Lutas I. Capoeira e lutas de aproximação: Origem e histórico da luta, jogos de oposição, ginga, esquiva e golpes. Série: 8ª Conteúdos Específicos: Atletismo, Basquetebol e Xadrez Atletismo I. Breve histórico do Atletismo; II. Iniciação aos fundamentos básicos do Atletismo; III. Tipos de saída com e sem bloco IV. Classificação das corridas V. Saídas VI. Brincadeiras com movimentos: ênfase das capacidades motoras básicas VII. Corridas de velocidade VIII. Saltos IX. Arremessos Basquetebol I. Características do basquetebol e recorte histórico delimitando tempo e espaços; II. Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; III. Vivência prática dos fundamentos básicos do jogo; IV. Noções de regras; V. Sistema tático; VI. Jogo propriamente dito. Xadrez I. Característica do Xadrez; II. Tabuleiro; III. Disposição e movimentação básica do Xadrez; IV. Jogadas básicas V. Estratégias de jogo Handebol; Jogos e brincadeiras e Qualidade de vida 73 Handebol I. Características do handebol e recorte histórico delimitando tempo e espaços; II. Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; III. Conhecimento dos fundamentos básicos do jogo; IV. Noções de regras; V. Sistema tático; VI. Aprofundamento no jogo; VII. Jogo propriamente dito. Jogos e brincadeiras I. Jogos cooperativos: diferenciação entre os jogos cooperativos e os jogos competitivos. Qualidade de Vida I. Importância da atividade física; II. Freqüência cardíaca: parada e em repouso. III. Definição de Saúde; Voleibol: Ginástica e Dança Voleibol I. Características do voleibol e recorte histórico delimitando tempo e espaços; II. Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; III. Vivência prática dos fundamentos básicos do jogo; IV. Noções de regras; V. Sistema tático; VI. Tipo de saque: ênfase saque por baixo e por cima; VII. Ataque: VIII. Bloqueio; IX. Jogo propriamente dito. Ginástica I. Origem da Ginástica Rítmica e Artística com enfoque específica nas diferentes modalidades e com suas mudanças ao longo dos anos. 74 Dança I. Atividades rítmicas e expressivas; II. Danças folclóricas, de rua, criativa e circulares III. Futsal e Lutas Futsal I. Características do futsal e recorte histórico delimitando tempo e espaços; II. Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; III. Vivência prática dos fundamentos básicos do jogo; IV. Noções de regras; V. Sistema tático; VI. Jogo propriamente dito. Lutas I. Capoeira e lutas de aproximação: Origem e histórico da luta, jogos de oposição, ginga, esquiva e golpes. Ensino Médio – 1º ano - 2º ano - 3º ano Conteúdos Específicos: Basquetebol e Xadrez Basquetebol I. Recorte histórico delimitando tempos e espaços II. Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; III. Aprofundamento dos fundamentos do jogo; IV. Esporte de rendimento X qualidade de vida V. Regras oficiais; VI. Sistema tático; VII. Jogo propriamente dito. Xadrez I. Característica do Xadrez; II. Tabuleiro; 75 III. Disposição e movimentação do Xadrez; IV. Estratégias de jogo. Handebol; Jogos e brincadeiras e Qualidade de vida Handebol I. Recorte histórico delimitando tempos e espaços; II. Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; III. Aprofundamento dos fundamentos do jogo; IV. Função social do esporte; V. Regras oficiais; VI. Sistema tático; VII. Jogo propriamente dito. Jogos e brincadeiras a) Jogos cooperativos: diferenciação entre os jogos cooperativos e os jogos competitivos. Qualidade de Vida § 1Importância da atividade física; § 2Frequência cardíaca; § 3Definição de Saúde; § 4Qualidade de vida. Voleibol; Ginástica e Dança Voleibol I. Recorte histórico delimitando tempos e espaços; II. Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; III. Aprofundamento dos fundamentos do jogo; IV. Esporte e mídia; V. Regras oficiais; VI. Sistema tático; VII. Jogo propriamente dito. Ginástica 76 § 1Ginástica circense: Aspectos e práticas corporais circenses: experimentação e construção dos materiais (reciclável) utilizados na ginástica circense: bolinhas de malabares, suing, maça. § 2Alongamentos, relaxamentos, e consciência corporal. Dança I. Atividades rítmicas e expressivas; II. Danças folclóricas de rua, criativa e circulares III. Futsal e Lutas Futsal I. Recorte histórico delimitando tempos e espaços; II. Conhecimento e posicionamento dos jogadores em quadra; III. Aprofundamento dos fundamentos do jogo; IV. Relação esporte e lazer; V. Regras oficiais; VI. Sistema tático; VII. Jogo propriamente dito. Lutas I. Capoeira e lutas de aproximação: Origem e histórico da luta, jogos de oposição, ginga, esquiva e golpes. 4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS A Educação Física deve ser trabalhada sobre o viés de interlocução com disciplinas variadas que permitam entender o corpo em sua complexidade, ou seja, sob uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política, justamente por sua constituição interdisciplinar. A Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, ter autonomia sobre ele e adquirir mais expressividade corporal consciente. No ensino fundamental, as aulas de Educação Física tem como objetivo desenvolver as manifestações corporais vislumbrando as capacidades física-cognitiva-social do educando. 77 Para contextualizar as práticas corporais sem preconceito e sem discriminação étnicosraciais, o professor deve respeitar as diferenças culturais e sociais do educando, proporcionando uma educação igualitária e democrática. Em sua prática pedagógica, ao problematizar a sua atuação profissional, o professor deve delimitar questões necessárias e importantes, que levem em consideração o registro organizado das atividades escolares por ele desenvolvidas, integrando-se as outras disciplinas escolares colaborando para a compreensão das manifestações corporais. Para tanto, é essencial conhecer bem a cultura que envolve a realidade em que a escola está inserida, sem perder de vista a dimensão universal dos conhecimentos a que os alunos têm direito. É tarefa do professor mediar situações conflitantes que envolvam a corporalidade por meio do dialogo e da reflexão, com argumentos que favoreçam o esclarecimento dos sujeitos envolvidos no processo educativo. o corpo deve ser reconhecido de modo ético em experiência que contribuam para o desenvolvimento humano. No Ensino Médio, devemos adotar metodologia que permita ao educando ampliar a sua visão de mundo por meio da cultura corporal, superando a perspectiva do tecnicismo e da esportivação das práticas corporais. Por sua vez, conforme a concepção crítico-superadora o conhecimento deve ser transmitido ao educando levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido. Dialeticamente, os conteúdos serão apresentados de forma simultânea, o que deve mudar é a amplitude do conhecimento sobre cada conteúdo. Sendo abordados tanto na primeira como na terceira série do ensino médio, mudando apenas o grau de complexidade que o educador fará entre os conteúdos e elementos articuladores. Ao trabalhar a Educação Física sob esta perspectiva, estaremos superando formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, considerando objetivos de análise e crítica de reorientação/transformação. Dessa forma, pensar a Educação Física a partir de uma mudança significa analisar a insuficiência do atual modelo do ensino, que geralmente não contempla a diversidade de manifestações corporais produzidas socialmente pelos diferentes grupos humanos. A Educação Física de modo mais abrangente está voltada a uma consciência crítica, em que o trabalho constitui categoria de análise e é princípio fundamental da disciplina nas diretrizes curriculares. O trabalho deverá ser desenvolvido através de aulas práticas e teóricas de forma expositiva, com demonstração dos fundamentos e regras básicas. Uso da TV pendrive, datashow, aulas no laboratório de informática, etc. 78 5. AVALIAÇÃO A avaliação nas primeiras aulas servirá para diagnosticar as condições e a capacidade do aluno através de alguns conteúdos propostos, onde o professor terá uma visão do saber acumulado e das dificuldades de seus alunos. Uma vez detectadas as dificuldades e o grau de conhecimento dos alunos serão elaborados e sistematizados os conteúdos que serão ministrados no decorrer das aulas, mesmo que seja necessário retornar os conteúdos das séries anteriores, contribuindo para uma consciência corporal baseada no conhecimento de si próprio e da sociedade onde estão inseridos. De acordo com a aprendizagem e a evolução, se aumentará o grau de dificuldade que leva o aluno a construir novos mecanismos para os desafios e a superação dos problemas. A avaliação deverá ser contínua, compreendendo as fases que se convencionaram, englobando os domínios, cognitivos, efetivos ou emocionais sociais e motor. A avaliação deverá referir-se as habilidades motoras básicas: ao jogo, o esporte, a dança, a ginástica, as lutas e a prática da aptidão física. A avaliação deverá referir-se aos conhecimentos científicos relacionados a pratica das atividades corporais de movimento. A avaliação deverá operacionalizar-se na aferição da capacidade do aluno expressar-se pela linguagem escrita e falada, sobre a sistematização dos conhecimentos relativos a cultura corporal de movimentos e da sua capacidade de movimentar-se nas formas elaboradas por essa cultura. O aluno aprenderá gradativamente as diversas modalidades esportivas, danças, exercícios e jogos recreativos, intelectuais, pré-desportivo existentes em nossa sociedade e serão avaliados de acordo com o grau de apreensão, envolvimento, e participação na ação educativa. Os esportes serão analisados quanto à sua origem, sua história, sua finalidade, modelo de sociedade, sua influência em nossa sociedade, suas regras, suas instituições, sua ludicidade, seus fundamentos, suas técnicas e táticas. Os processos avaliativos incluem aspectos informais e formais, concretizados em observação sistemática/assistemática, e anotações sobre o interesse da participação e capacidade de cooperação prática do aluno, trabalhos, pesquisas, provas teóricas e práticas, resolução de problemáticas propostas pelo professor, elaboração e apresentação de coreografias de danças, táticas nos esportes coletivos, etc. De acordo com o Projeto Político Pedagógico da Escola, a avaliação será de caráter somatório, formativa e continuada para acompanhamento dos estudantes no processo de ensino 79 aprendizagem, sendo ofertada também a recuperação paralela, de acordo com o que preconiza a LDB . Os instrumentos avaliativos serão provas teóricas, provas práticas, trabalhos de pesquisa, tarefas em sala de aula, seminários e debates sobre os conteúdos pertinentes à disciplina. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL., Lei n. 5692/71http//www.pedagogiaemfoco.pro.br/15692_71.htm CASTELLANI FILHO, L. A Educação Física no Brasil: história que não se conta. 4ed. Campinas: Papirus 1994 Diretrizes Curriculares para a Educação Básica – DCEs – Educação Física Livro Didático da Disciplina de Educação Física – Ensino Médio LUCKESI, CIPRIANO CARLOS. A avaliação da aprendizagem e educação qualidade e quantidade: eis uma questão. Fonte www.diaadia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/avaliacaoaprendizagemluckesi.pdf. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992 80 3.4 PROPOSTA PEDAGóGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Atualmente, entende-se o Ensino Religioso como disciplina escolar que visa o conhecimento da dimensão religiosa do ser humano, centrada na antropologia religiosa, buscando respeitar e considerar a crença dos alunos. Por acreditar que a Educação Religiosa deva somar com a educação no seu todo, possibilitando aos alunos e aos professores o conhecimento sobre o fenômeno religioso, a escola deve colaborar, para que esta disciplina possa levar ao resgate do sagrado, ao despertar do encantamento, e a vivência de atitudes de respeito às diferenças, do diálogo e da paz. Torna-se fundamental entender a religiosidade como autêntica dimensão humana, cujo cultivo é necessário para a plena realização do homem, então será fundamental a necessidade de contemplarmos também este aspecto na proposta do Ensino Religioso na Educação. A educação pode ser definida das mais diferentes formas e parâmetros, em que se tratando de seu objetivo final, todas as definições convergem para o desenvolvimento pleno do sujeito humano na sociedade. É aqui onde o Ensino Religioso fundamenta a sua natureza: o homem para adquirir seu estado de realização integral necessita da perfeição religiosa também. A Constituição Brasileira garante a liberdade de culto e a Lei de Diretrizes e Bases, Lei nº 9394/96, abre espaço para um Ensino Religioso nas escolas de Ensino Fundamental, sendo parte integrante da formação básica do cidadão, tendo matrícula facultativa e devendo ser multiconfessional, o que significa que todas as religiões devem ter as mesmas oportunidades de estudo. O objetivo da disciplina é mostrar a necessidade de existir respeito à diversidade cultural e religiosa, em suas relações éticas e sociais para um melhor convívio da sociedade. A disciplina justifica-se porque, a religiosidade é inerente ao ser humano. Além de ser um ser social, político, histórico e afetivo, é também um ser religioso, por isso em todos os tempos e lugares o ser humano manifesta a necessidade de buscar e se relacionar com o sagrado. Dadas as características dos fenômenos religiosos que compreendem um conjunto de acontecimentos, expressões e manifestações que envolvem os seres humanos nessa busca de relação com o sagrado, com o transcendente, é necessário que se priorize o estudo e compreensão das diferentes tradições religiosas, que surgiram como resultado das experiências religiosas de homens e mulheres, em diversas culturas e sociedades humanas. 81 O Ensino Religioso enquanto conhecimento humano é fundamentado de crenças religiosas, assumido a partir do revelador e é acolhido pelo crente, o que supõe adesão, ato de fé, e é patrimônio da Tradição Religiosa. As Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná definem como objeto de estudo o sagrado como foco do fenômeno religioso, por contemplar algo presente em todas as manifestações religiosas. Essa concepção favorece uma abordagem ampla de conteúdos específicos da disciplina. Devendo ser trabalhado as diversas manifestações religiosas, para que se tenha condições de conhecer a totalidade do que é sagrado, já que existe uma diversidade religiosa que é fruto da pluralidade cultural brasileira. Ao resgatar o sagrado, o Ensino Religioso busca explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentadas como em outras mais recentes. O ser humano, além de ser social, político, histórico e afetivo, é um ser religioso. Em todos os lugares, manifesta a necessidade de buscar o sagrado e de relacionar-se com o Transcendente. O fenômeno religioso compreende um conjunto de acontecimentos, expressões e manifestações que envolvem os seres humanos. Construir mesquitas e igrejas; jejuar, meditar, entoar mantras, ritualizar, ler textos sagrados, praticar a caridade e evangelizar, tudo o que acontece no âmbito religioso faz parte deste fenômeno. A escola deve conhecer os elementos básicos da religiosidade, para possibilitar aos educandos compreender as razões pessoais, históricas familiares, sociais e culturas de sua opção. O conhecimento de diferentes tradições permite ampliar a percepção, visão e nos possibilita compreender e respeitar a posição do outro. 2. Conteúdos estruturantes Os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de grande amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudo a serem contemplados no Ensino Religioso. Apropriados das instâncias que contribuem para compreender o sagrado, os conteúdos estruturantes propostos para o Ensino Religioso no Estado do Paraná são: A paisagem religiosa; Universo Simbólico Religioso; e texto sagrado. Conteúdos Básicos para 5ª série/6º ano. 82 - Organizações religiosas - Lugares Sagrados - Textos Sagrados orais ou escritos - Símbolos Religiosos Organizações religiosas - Preservação das orientações contidas nos textos sagrados - União dos seguidores em um mesmo objetivo - Conservação do patrimônio da organização religiosa Lugares Sagrados - A materialidade do sagrado - Desenvolvimento da Espiritualidade - Uma relação cotidiana com o que é sagrado - Lugares construídos e lugares da natureza Textos Sagrados orais ou escritos - Expressar e disseminar os ensinamentos das diversas tradições/manifestações religiosas. - Unidade e identidade do seu grupo de seguidores - Os seguidores buscam caminhos para bem conduzir a vida - A compreensão, a interpretação e a significação do texto podem ser modificadas Símbolos Religiosos - A comunicação com os símbolos - A aproximação através do simbólico - Incorporação de elementos naturais como símbolos 83 Conteúdos Básicos para 6ª série/7º ano. - Temporalidade Sagrada - Festas Religiosas - Ritos - Vida e Morte Temporalidade Sagrada - A importância do tempo dentro de cada instituição religiosa - A trato que cada religião tem co o tempo e a importância dele em seus rituais e sua filosofia. Festas Religiosas - As festas e sua vinculação com a religião - Seus objetivos de unir as pessoas, movimentar o povo e trazer alegria e fervor. - Tem como um dos seus objetivos mostrar as crenças e maneiras de pensar de um povo. Ritos - Rituais para encontrar ou reencontrar o Sagrado - A pratica do que existe nos textos Sagrados - O ritual é uma comunicação simbólica que só é aceita e entendida para quem tem pleno conhecimento da cultura e esta inserido na comunidade. Vida e Morte Vida além da morte nas diversas tradições e manifestações religiosas e sua relação com o sagrado, destacando – se: - O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosa; - Reencarnação; - A ressurreição; - Além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos antepassados que se tornam presentes e outras. 84 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Os conteúdos serão abordados por meio de aulas expositivas, dialogadas e de dinâmicas em grupos. Para aprofundamento dos conteúdos utilizar-se-á de diferentes técnicas e recursos de ensino, como debates filmes, analise e elaboração de textos, músicas. Estes podem ser realizados individualmente ou em grupos. A necessidade do diálogo e do estudo na escola sobre as diferentes leituras do Sagrado na sociedade O ensino da disciplina em cuja base se reconhece a expressão das diferentes manifestações culturais e religiosas. Considerando que o ato de construção do conhecimento se da a partir da relação sujeito – objeto no (E.R.) o sujeito – aluno em relação ao objeto – Sagrado, sugerimos ao professor munir – se de um instrumento (método), que o auxilie nesta articulação possibilitado de uma maior compreensão da realidade. Refletindo sobre tal instrumento, indicamos, o tratamento didático, apoiando – se na observação, reflexão e informação, tratados dialeticamente. A observação no caso Ensino Religioso, diz respeito à conhecimento prévio da história da formação e do tempo, de um determinado símbolo religioso. O professor age aqui como orientador dessa observação seletiva para trabalhar os conceitos básicos no Ensino Religioso. A reflexão deve acompanhar todo o processo ensino – aprendizagem desde a observação até a informação. Ela trata aqui de um momentos ou realidade isolados ou estanques, mas de passos que se entrelaçam, se interligam, numa dinâmica, num momento constante. O professor pode dramatizar a reflexão com a decodificação de nosso objeto de estudo no caso, o fenômeno religioso. Pela informação o professor coopera com o aluno para que o mesmo obtenha um conhecimento mais organizado, sistematizado, possibilitador de uma visão mais crítica decodificadora e explicitadora da realidade. 4.AVALIAÇÃO Avaliação não se caracteriza por um acerto de contas ou penalização do fracasso, mas pelo estímulo e valorização das expectativas atingidas. Possibilita ao professor conhecer o quanto o aluno se aproxima ou não dessa expectativa de aprendizagem. É processual, o que quer dizer que é a avaliação no processo e do processo ensino – aprendizagem. Os instrumentos de avaliação utilizados serão: Produções de textos, provas objetivas, provas 85 dissertativas, trabalhos em grupos ou individuais, debates. Será exigido que as produções tenham como fundamento as concepções e temas analisados na disciplina, observando-se coerência, concordância e fundamentações teóricas. Nesta dinâmica avaliativa deve – se envolver uma reflexão constante do professor sobre a funcionalidade e o alcance de transformação do conhecimento ministrado na adequação de uma nova postura de acordo com os conteúdos trabalhados em sala de aula, onde poderemos avaliar constantemente nossas práticas pedagógicas, bem como os resultados obtidos na relação ensino – aprendizagem. 5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. ministério da Educação. Lei nº 9.475/97. Disponível <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br|9475-97.html>, acesso em 10.maio.2006. em: _________.Constituição da República Federativa do Brasil. 14 ed.São Paulo: Atlas, 1999. _________.Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Dispões sobre as diretrizes da Educação Nacional. _________.Parâmetros Curriculares nacionais. Brasília/DF.1998. _________.Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para a Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba/PR.2008. _________.Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso – Parâmetros Curriculares. Nacional. Referencial curricular para a proposta pedagógica da escola. São Paulo, 1998. 86 3.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O estudo da filosofia, muitas vezes, tem se confundido com o acumulo de datas e referências ao passado, bem como a memorização de conceitos isolados. Esta maneira de se entender a filosofia, parece dotá-la de um determinado sentido, como se o sentido filosófico residisse no passado. Dessa forma, a prática da disciplina em sala de aula proporciona um ambiente onde é possível redimensionar esta perspectiva de interação histórica, que se detêm no passado, para uma dimensão inovadora. Dimensão que entende a filosofia a partir da construção do futuro, numa perspectiva crítica do passado, juntamente com a necessidade de transformação do presente. Destacando a importância do conteúdo da disciplina de Filosofia para o Ensino Médio, pois esta abarca os valores da civilização como um todo em seus fundamentos. Sobre o ensino de Filosofia, os Parâmetros Curriculares Nacionais explicitam a “concepção de cidadania que queremos para nós e que desejamos difundir para os outros” e que se clarifica em três dimensões distintas: estética, ética e política. A dimensão estética, representada pela “abertura para a diversidade, a novidade e a invenção”, revela “um dos aspectos fundamentais em que a cidadania se exercita, a saber, a sensibilidade”. Do ponto de vista ético, a intenção é que o educando forme sua identidade autônoma, como sujeito moral que reconhece o outro em sua identidade própria. A dimensão política se revela na descoberta da participação democrática, na atitude de tolerância e de reconhecimento dos direitos humanos. Para o Ensino Médio o objetivo da disciplina de Filosofia é apresentar o surgimento da filosofia, bem como, seu desenvolvimento na história da humanidade, ressaltando os aspectos mais marcantes, para desenvolver a autonomia intelectual do pensamento e assim criar uma condição básica para a compreensão e interpretação crítica. Colocar os estudantes em contato com diferentes concepções filosóficas, ou seja, com conteúdos que sirvam de pretexto para desenvolver determinadas competências que tornem o aluno capaz de filosofar por si mesmo. A noção de competência, de maneira geral, designa uma capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar situações novas. Nesse sentido, as competências não são elas mesmas saberes ou atitudes, mas “mobilizam, integram e orquestram tais recursos”. Essa mobilização “só é pertinente em situação, sendo cada situação singular, mesmo que se possa tratá-la em analogia com outras, já encontradas”. Além disso, “o exercício da competência passa por operações mentais complexas, subentendidas por esquemas de pensamento, que permitem 87 determinar e realizar uma ação relativamente adaptada à situação”.1 2. CONTEÚDOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 1º Ano: Mito e Filosofia. Estética. 2º Ano: Teoria do Conhecimento. Filosofia da Ciência. 3º Ano: Ética. Filosofia Política. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1º Ano: 1. Para que Filosofia? A atitude filosófica. A atitude crítica. Definições de filosofia. Objetivo: Introduzir uma perspectiva crítica e atenta acerca da filosofia e seu método. 2. Do mito à filosofia. O nascimento da epopéia. Tempo de deuses e heróis. No começo o caos. Objetivo: Situar a gênese hermenêutica de onde se estabelece o surgimento da filosofia e sua relação com o mito. 3. A filosofia dos Pré-socráticos. Parmênides: o ser como idêntico e imutável. A realidade como ‘fluxo contínuo’ dos seres e a ‘unidade dos opostos’ em Heráclito. Objetivo: Abordar o método parmenídico de investigação partindo da distinção entre ser e não-ser. E desenvolver a concepção heraclitiana da relação entre uno e múltiplo, bem como o conceito de “luta dos contrários”. 4. Platão e o horizonte hermenêutico onde se estabelece o sensível e o inteligível. Objetivo: 1 PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2000. p.15. 88 Explorar a doutrina de Platão acerca da problemática entre mundo sensível e mundo inteligível. 5. Estética: introdução conceitual. Objetivo: Desenvolver a conceituação estética no uso vulgar, nas artes e na filosofia. 6. Concepções estéticas. O naturalismo Grego. A estética medieval. O naturalismo renascentista. Iluminismo e academismo: a estética normativa. A estética romântica. A ruptura do naturalismo. O pós-modernismo. Objetivo: Contextualizar a história das concepções estéticas. 7. Kant e a crítica do juízo estético. Objetivo: caracterizar introdutoriamente a estética kantiana. 8. A estética de Schopenhauer: uma metafísica da música. Objetivo: esclarecer a concepção de “metafísica da música” presente no pensamento do filósofo. 2º Ano: 1. Para que Filosofia? A atitude filosófica. A atitude crítica. Definições de filosofia. Objetivo: Introduzir uma perspectiva crítica e atenta acerca da filosofia e seu método. 2. Do mito à filosofia. O nascimento da epopéia. Tempo de deuses e heróis. No começo o caos. Objetivo: Situar a gênese hermenêutica de onde se estabelece o surgimento da filosofia e sua relação com o mito. 3. O que é conhecimento. Formas de conhecer. Conhecimento discursivo. A possibilidade do conhecimento. Objetivo: Situar a concepção de conhecimento na história da filosofia. 4. Teoria do conhecimento na Idade Moderna e Contemporânea. Racionalismo. Empirismo. Criticismo kantiano. Objetivo: Caracterizar as principais teorias do conhecimento e suas problemáticas. 5. Descartes: a vida é sonho? Penso logo existo. Objetivo: Demonstrar o racionalismo em Descartes, bem como, sua concepção de sujeito. 6. As indagações metafísicas. Objetivo: Apresentar a metafísica e seus períodos. 7. A importância e força da linguagem. A origem da linguagem. A linguagem como atividade humana. Objetivo: Caracterizar o que vem a ser a linguagem especificadamente humana e vincular a origem da linguagem com a origem do mundo. 8. O conhecimento e o método científico. Objetivo: Abordar o conhecimento científico e o método da investigação científica. 89 9. A estrutura das revoluções científicas: A ciência como resolução de quebra-cabeças. Objetivo: Refletir acerca da epistemologia e da noção de método científico, adotando como parâmetro de discussão uma concepção paradigmática da ciência. 3º Ano: 1. O exercício de reflexão. Objetivo: Ensinar o desenvolvimento do exercício de reflexão. 2. O homem é um ser que interroga. Objetivo: Questionar a característica fundamental do homem. 3. A lógica instrumental. Objetivo: Abordar noções fundamentais da lógica. 4. A pluralidade ética. Objetivo: Abordar a ética sob a perspectiva da pluralidade filosófica. 5. Introdução à filosofia moral e a liberdade. Objetivo: Demonstrar o caráter histórico e social da moral e discutir a liberdade incondicional e o livre-arbítrio. 6. As concepções éticas. Objetivo: Estudar concepções de ética na história da filosofia. 7. O homem, a natureza e o trabalho: a ordem econômica da sociedade. Texto de Paul Ricoeur: “Alienação e objetivação no trabalho”. Objetivo: Demonstrar como a filosofia contemporânea busca um novo sentido para a existência humana, caracterizando essas três dimensões que se completam e atuam integradamente no processo real da vida das pessoas. 8. O homem na ordem política da sociedade: poder e dominação. Objetivo: Abordar as relações entre os homens, que já não são mais apenas de troca entre iguais, mas relações de poder que pressupõem e consolidam situações de desigualdade entre as pessoas. 9. O agir pessoal e a prática social: a ética e a política. As filosofias políticas. Texto de Emmanuel Mounier: “Le Personalismo”. Objetivo: Desenvolver o problema fundamental da filosofia contemporânea: o agir humano. Abordar os critérios da ação humana. 10. O conceito de filosofia Latino Americana. Objetivo: Caracterizar o surgimento da filosofia Latino Americana. 11. Evolução das idéias filosóficas na América Latina. Objetivo: Demonstrar o desenvolvimento da filosofia na América Latina. 12. Metafísica e Ontologia do ser Latino Americano. Objetivo: Estudar a constituição Metafísica e Ontológica da América Latina. 13. A Filosofia Contemporânea da América Latina. Objetivo: Apresentar os principais aspectos da 90 Filosofia Latino Americana atuais. 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Aulas expositivas sobre o conteúdo; esquematização do conteúdo no quadro negro; leitura prévia e em sala dos textos selecionados para as aulas; realização de trabalhos conceituais como forma de exercícios reflexivos. 4. AVALIAÇÃO Serão feitas no mínimo três avaliações da disciplina a cada bimestre, totalizando ao final do semestre, pelo menos, seis avaliações da disciplina. A avaliação da disciplina será progressiva e contínua, pois têm em vista os objetivos expressos na proposta de ensino. Para a realização das avaliações serão utilizados: testes de aproveitamento oral; apresentações de seminários; provas escritas, com e sem consulta; trabalhos em forma de pesquisa para o aprofundamento do conteúdo; tarefas específicas para fazer em casa; e participação em sala de aula. A obtenção da nota bimestral será através do sistema somatório. A nota final da disciplina corresponde à média aritmética dos quatro bimestres. 5. BIBLIOGRAFIA 1. ABRÃO, Bernadete Siqueira. História da Filosofia. São Paulo: Editora Nova Cultural Ltda, 1999. 2. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e Martins, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à filosofia. 2º ed. São Paulo: Moderna, 1993. 3. BAYER, Raymond. História da estética. Tradução José Saramago. Lisboa: Editorial Estampa, 1979. 4. BOCAIÚVA, Izabela Aquino. A origem do mundo – A origem da linguagem. In Revista de filosofia Sofia, ano IV, nº 06, outubro de 1998, p.21-28. 91 5. CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 13º ed. São Paulo: Editora Ática, 2004. 6. CALDERA, Alejandro Serrano. Filosofia e crise: pela filosofia latino-americana. Tradução Orlando dos Reis. Petrópolis: Vozes, 1994. 7. DESCARTES, René. Meditações. Tradução de Enrico Corvisieri. São Paulo: Editora Nova Cultural, 2004. 8. DOMINGUES, Ivan. A abordagem estrutural do texto filosófico. In Estruturalismo, memória e repercussões. Rio de Janeiro: Diadorin, s/d, p. 137-152. 9. ENGELS, F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Tradução de Leandro Konder. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975, p.191-196. 10. KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Tradução de Valério Rohden e Udo Baldur Moosburger. São Paulo: Nova Cultural, 1999. 11. MORRENTE, Manuel García. Fundamentos de filosofia I: Lições preliminares. Tradução e prólogo de Guilhermo de la Cruz Coronado. São Paulo: Mestre Jou, 1970. 12. MOUNIER, E. Le personalisme. Oeuvres III. Tradução de A. J. Severino. Paris: Seuil,1962. 13. NIETZSCHE, F. Obras incompletas. In Os pensadores. Consultoria de Marilena Chauí. São Paulo: Nova Cultural, 2005. 14. PLATÃO. A república. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Difusão Européia do livro, 1965. 15. QUESADA, Francisco M. Despertar y proyecto del filosofar latino americano y Proyecto y realización del filosofar latino americano. México: FCE, 1981. 16. REALE, Giovanni. História da filosofia. São Paulo: Paulus, 1990. 17. RICOEUR, Paul. História e verdade. Tradução de F. A. Ribeiro. Rio de Janeiro: Forense, 1968. 18. ROMEYER-DHERBEY, Gilbert. Os sofistas. Tradução de João Amado. Lisboa: Edições 70, 1986. 92 19. SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. Portugal: Rés Editora, s/d. 20. SEED, Governo do Paraná. Diretrizes curriculares de filosofia para o ensino médio. Curitiba: Impresso oficial, 2006. 21. SOUZA, José Cavalcante de (dir). Os Pré-Socráticos: fragmentos, doxografia e comentários. São Paulo: Abril Cultural, 1978. 93 3.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Como uma das ciências básicas da natureza, o estudo da física é indispensável para entender os mecanismos naturais mais profundos que ocorrem na natureza, ou seja, deve propiciar ao aluno uma educação voltada para a compreensão crítica do mundo em que vive, de modo que ele possa enfrentar as mudanças e atuar sobre elas. Nesse sentido a aquisição do conhecimento científico é fundamental, permitindo elaborar modelos, desenvolver o censo crítico e também reflexões acerca do saber científico. Assim ao lado de um caráter mais prático, a física revela também uma dimensão filosófica, e seu aprendizado deve estimular os educandos a acompanhar notícias científicas, promovendo meios para a interpretação de seus significados. Além disso, estudar física desenvolve o raciocínio, estimula a imaginação e a criatividade. Na mecânica, o conhecimento deve partir da qualidade do movimento quanto às causas e suas variações, além dos conceitos e princípios expressos nas leis de conversação e as Leis de Newton, tanto de energia quanto de movimento. Já na termodinâmica investiga os fenômenos que envolvem calor, trocam de calor, transformações de energia térmica em mecânica e ampliações do fornecimento de energia. Demonstra as fontes e as formas de transformação calor em trabalho. A ótica permitir ao aluno o conhecimento e a utilização dos diversos recursos e equipamentos ópticos na prática clínica, visando à recuperação e reabilitação das funções visuais. No eletromagnetismo, além de nos fornecer informações sobre o mundo que nos rodeia e da comunicação, poderia mais amplamente envolver a codificação e o transporte de energia. Os fenômenos elétricos ligados a corrente elétricas, diferenciando condutores e isolantes, tratando também os elementos da eletrônica, telecomunicações procurando compreender o funcionamento do rádio, televisão, computadores e satélites. A Física possui uma linguagem própria relacionada a grandezas e fórmulas, por exemplo: calor e temperatura, massa e peso, aceleração, velocidade, deformação elástica e energia Tudo que envolve á Física esta relaciona no nosso dia a dia 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 94 1a SÉRIE: Movimento 2a SÉRIE: Termodinâmica e Óptica Geométrica 3a SÉRIE: Eletromagnetismo e Ondulatória 3 COTEÚDOS ESPECÍFICOS 1ª SÉRIE: Introdução ao estudo da Física (principais pensadores, conceito da disciplina, sistema internacional de unidades, comprimento, tempo) Conceitos fundamentais: deslocamento, velocidade, aceleração e referencial; Cinemática e dinâmica do ponto material; Movimento Uniforme; Movimento Uniformemente Variado; Cinemática Vetorial; Movimento Circular Uniforme; Leis de Newton; Trabalho; Energia e sua conservação; Momento linear e sua conservação; Atrito; Gravitação e Hidrostática. 2º SÉRIE: Temperatura; termômetro e escalas; A natureza do calor; A condução do calor e sua medição; Calor específico; Calor e trabalho; Primeira lei de termodinâmica; Transmissão de calor; Propriedades dos gases ideais; Energia Cinética de translação; Ciclos e máquinas térmicas; 95 A primeira e a segunda lei da termodinâmica; Entropia; Processos reversíveis e irreversíveis; O princípio do aumento da entropia; Ondas mecânicas e eletromagnéticas; Óptica geométrica; Noções de ópticas físicas; Interferência e difração; Noções de acústica. 3ª SÉRIE: Lei de Coulumb; O campo elétrico; Estudo da eletricidade e do magnetismo; Campo elétrico, lei de Gauss; Potencial elétrico; Capacitação e dielétricos; Corrente contínua e alternada; Noções de circuitos de corrente contínua e alternada; Campos magnéticos e suas fontes; Lei de Farraday; Ondas; Natureza do som e da luz; Introdução à teoria da relatividade; Conceitos básicos de Física quântica e nuclear; Trabalhos com produtos da tecnologia (artefatos tecnológicos). 4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO As demandas diárias fazem com que os alunos desenvolvam habilidades de natureza prática, o que lhes habilita a reconhecer problemas, buscar e selecionar informações, tomar decisões, conhecer e anotar questões de importância social, levando em conta que não existe um único saber, 96 mas vários saberes distintos e nenhum menos importante. Quando essa habilidade é potencializada pela Escola, a aprendizagem apresenta melhores resultados. Objetiva-se estimular a curiosidade do aluno considerando sua realidade, e seu modo de vida, para que este perceba o significado dos conceitos físicos no momento em que aprende e não para uso posterior. Fazer uso de instrumentos de medida para simplificar a construção do conhecimento sobre grandeza, unidades de medida e conversões. Utilizar-se de modelos matemáticas fazendo associação com o dia a dia, além de tratar de situações onde os conceitos físicos estejam presentes. Elaborando exemplos que destaquem o uso de grandezas físicas no dia a dia, usando exemplos do cotidiano do aluno que estejam mais próximos das abstrações envolvidas no ensino de Física. Os recursos didáticos que serão utilizados durante o ano letivo serão os mais diversos possíveis, atendendo a um público que está em constante evolução, sócio-político-cultural, levando o aluno ao exercício da análise e da reflexão fazendoo ficar ciente respeito das mudanças de onde vive. Não existe um caminho que possa ser identificado como único e melhor para o ensino de qualquer disciplina, por isso lançamos mão de várias metodologias. O uso das mídias tecnológicas tem trazido a tona novas questões, sejam elas em relação ao currículo, a experimentação física, as possibilidades do aparecimento de novos conceitos e de novas teorias físicas. A história da física é um elemento norteador na elaboração de atividade, na criação de situações-problema, na procura de referências para entender melhor os conceitos físicos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos. 5 METODOLOGIA DA DISCIPLINA O ensino-aprendizagem, em física, deve partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes como fruto de sua experiência de vida em seu contexto social, onde se incluem as concepções alternativas ou espontânea, sobre as quais a ciência tem um conceito científico. Que a experimentação faz parte de uma metodologia de ensino e contribui para fazer a ligação entre a teoria e prática, propiciando uma melhor interação entre professor e alunos e, entre grupos de aluno, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social dos educandos, dentro de um contexto especial que é a escola. Professor e educando devem buscar e compartilhar significativamente a aprendizagem como 97 processo interativo, não esquecendo a mediação do educador como agente organizador e sistematizador, do conhecimento físico considerando este como produção cultural, construído e produzido nas relações sociais. 6 AVALIAÇÃO A avaliação deve considerar os aspectos históricos, conceituais e cultural, a evolução das idéias em física, a não neutralidade da ciência, o progresso de educando quanto a esses aspectos. Garantir o objeto de estudo da física. Considerar a aproximação desses objetos pelos estudantes. Dessa forma o processo avaliativo deve ter caráter diversificado, levando em consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a resolução de exercícios diários; a capacidade de analise de um texto seja literário ou científico, emitindo opinião que leve em conta o conteúdo físico: a capacidade de ela elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva física. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANJOS, G. Ivan. Física coleção Novos Horizontes. São Paulo. TIPLER, P.; Llewellyn , R.; Física moderna. 3ª Edição, Rio de Janeiro; LTC, 2001. GREF- Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. Física/vol. 1 – Mecânica São Paulo: Edusp. EISBERG. R.: Resnick R.: Física Quântica. Rio de Janeiro, editora campos. ROCHA. J. F.; Origens e Evolução das Idéias da Física. 1ª Edição, Salvador: EDUFBA, 2002. TIPLER, P.: Física – vol. 2: Gravitação, ondas e termodinâmica. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e científicos Ed. S. A., 3ª Edição, 1995. COHEN; A: Física-Sistemas Complexos e Outras Fronteras. Rio de Janiro , Reichmann & Affonso 98 Editores, 2000. QUADROS, S.: A Ter e a Invensão das Máquinas Térmicas. São Paulo, Editora Scipione, 1996. PUREUR, P.: Estado Sólido. Porto Alegre, Editora do Instituto de física da UFRGS; 2001. JACKSON, J. D.: Eletrodinâmica Clássica, Rio de Janeiro, Editora Guanabara Dois S.A. 2ª Edição, 1983. ZIM, S.L.B, MASOT, ª E. Física por experimentos demonstrativos. In Atas do SNF, 25-Chaves, A: Física: Mecânica. Volume 1. Rio de janeiro: reichamann e Afonso Editores, 2000. http://www.aventuradasparticulas.ift.unesp.br//- acessado em 05/07/2005 99 3.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA 1. Apresentação da disciplina O conhecimento da Geografia já era exercido desde a Pré-Historia, quando o homem fazia o reconhecimento do espaço que ocupava. Porém, a Geografia, começa evoluir como ciência após a Idade Moderna com Ratzel, La Blache, Milton Santos, entre outros. O alemão Friedrich Ratzel (1844-1904), construiu a Escola Determinista ou o Pensamento do Determinismo Ambiental, o qual dizia que “o meio determina o homem”. Já o francês Paul Vidal de La Blache (1845-1918) em plena Revolução Industrial, verificou que o Pensamento Determinista não conseguia explicar as novas realidades desta época com tantas renovações e que o meio já não determinava o homem, pelo contrário, era ele que agora dominava e transformava a natureza, criando diversas possibilidades jamais imagináveis como o avanço tecnológico. Esta nova Escola Possibilista ou Pensamento chamou-se de Possibilismo Geográfico. Mas, diante de constantes reorganizações do espaço geográfico fruto do Capitalismo Industrial e Agrícola, o mundo ficou a mercê deste sistema necessitando de uma nova forma de analisá-lo. Foi neste contexto, já no século XX que surgiu um brasileiro com um novo Pensamento Geográfico: A Geografia Critica, do brasileiro Milton Santos, a qual atenuou a necessidade de analisar o espaço geográfico por estas constantes modificações. Deste modo, o geógrafo, tanto aquele que leciona e aquele que se compromete com o avanço da ciência, pode utilizar estes três pensamentos geográficos ou correntes teóricas como ferramenta de trabalho. Isto pode se comprovado nos trabalhos de inúmeros educadores e autores de livros científicos e didáticos com uma postura teórico - prática diferente. A Geografia tem por objetivo estudar as relações entre o processo histórico na formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território, a partir de sua paisagem. Na busca dessa abordagem relacional, ela trabalha com diferentes noções espaciais e temporais, bem como com os fenômenos sociais, culturais e naturais, todos fazendo parte das características de cada paisagem, os quais permitem uma compreensão processual e dinâmica de sua constituição a fim de identificar aquilo que na paisagem representa as heranças das sucessivas relações no tempo entre a sociedade e a natureza em sua interação. As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Esta ciência propõe um trabalho pedagógico que visa à ampliação das capacidades dos 100 alunos de observar, conhecer, explicar, comparar e representar as características do lugar em que vivem e de diferentes paisagens e espaços geográficos e a partir disto, sensibiliza o compromisso de agente transformador do espaço. O educando motivado a ser um agente transformador do espaço e da sociedade compromissar – se - á em conquistas políticas, econômicas, sociais, ambientais e de seus direitos em uma sociedade mais justa e humana. O ensino de geografia tem como objetivo intensificar ainda mais a compreensão, por parte do aluno, de que ele próprio é parte integrante do ambiente e também agente ativo e passivo nas transformações das paisagens terrestres, nos processos envolvidos na construção das paisagens, território e lugares. Contribui para a formação de uma consciência conservacionista e ambiental não somente em seus aspectos naturais, mas também culturais, econômicos e políticos. “... esse é o nosso objetivo: conhecer e interpretar adequadamente a (re) organização do espaço geográfico e suas constantes modificações...” (Milton Santos) A Geografia deve: preparar o aluno para fazer leitura crítica e interpretação do espaço geográfico e, conseqüentemente, da sociedade, do mundo contemporâneo local e global; Levar o aluno através da Geografia a compreender como a sociedade produz seu espaço de vida, possibilitando conhecer as transformações e as realizações humanas no espaço geográfico; Conhecer e buscar soluções para os problemas que ocorrem no espaço local e global tais como: degradação ambiental, concentração de população, problemas sociais e diferenças culturais; Perceber que as ações (compreender, interpretar, analisar, localizar, comparar, observar, etc.) fazem parte da organização do espaço geográfico; Utilizar as diferentes linguagens (verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal, como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir as produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação); Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso os pensamentos lógicos, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação; Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país; 101 Compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito; Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais; Saber utilizar diferentes fontes de informação de recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos; Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança e suas capacidades afetivas, físicas, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania. 2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: A Dimensão Econômica da Produção do / no Espaço; Geopolítica; Dimensão Socioambiental; Dinâmica Cultural Demográfica. CONTEÚDOS POR BIMESTRE: ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS 5ª SÉRIE ESTRUTURANTES: A Dimensão Econômica da Produção do / no Espaço; Geopolítica; Dimensão Socioambiental; Dinâmica Cultural Demográfica. ESPECÍFICOS: 1º BIMESTRE: Orientação e localização no espaço geográfico. Cartografia – Utilização de mapas para localização e orientação no espaço geográfico. Conceito de paisagem. Paisagens naturais e antrópicas. Os movimentos da Terra no universo e suas influencias para organizar o espaço geográfico; 2º BIMESTRE: Formação espacial dos Estados nacionais 102 As eras geológicas: A formação e a espacialização dos recursos naturais; Rochas e minerais: Formação e a espacialização natural, alterações antrópicas, e desafios para a sustentabilidade; Ambiente urbano e rural e os impactos socioambientais. 3º BIMESTRE: Classificação e espacialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas; Sistemas de energia: Distribuição espacial, produção e degradação socioambiental; Circulação e poluição atmosférica e sua interferência na organização do espaço geográfico (indústria, habitação, saúde, entre outros); Distribuição espacial e as conseqüências socioambientais dos desmatamentos, da chuva ácida, do buraco na camada de ozônio, do efeito estufa, entre outros; 4º BIMESTRE: Inter-relações entre o urbano e o rural Tipos de industrias, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico; Êxodo rural e sua influência na configuração espacial urbano e rural; Prática e segregação racial, entre outros; Contribuições do negro na construção da nação brasileira; CONTEÚDOS 6ª SÉRIE ESTRUTURANTES: A Dimensão Econômica da Produção do / no Espaço; Geopolítica; Dimensão Socioambiental; Dinâmica Cultural Demográfica. ESPECIFICOS: 1º BIMESTRE: Brasil características: localização, regionalização, aspectos naturais e políticos; Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações; (re) organização econômica do espaço rural e urbano Brasileiro; Inter-relações entre o urbano e o rural no Brasil; 2º BIMESTRE: Tipos de industrias, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico; O setor de serviços e reorganização do espaço geográfico (comercio, turismo, energia, entre outros); Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações culturais e socioambientais; 103 Movimentos sociais: ONGs, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Fórum Social Mundial (FSM), sua distribuição e ação na configuração dos territórios. 3º BIMESTRE: Ambiente urbano e rural e os impactos socioambientais. Classificação e espacialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas. Circulação e poluição atmosférica e sua interferência na organização do espaço geográfico (indústria, habitação, saúde, entre outros); Sistemas de energia: Distribuição espacial, produção e degradação socioambiental; 4º BIMESTRE: População brasileira e miscigenação dos povos, questões afro, indígenas, européias e asiáticas; Demografia. Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil; Prática e segregação racial, entre outros; CONTEÚDOS 7ª SÉRIE ESTRUTURANTES: A Dimensão Econômica da Produção do / no Espaço; Geopolítica; Dimensão Socioambiental; Dinâmica Cultural Demográfica. ESPECIFICOS: Destaque para o subdesenvolvimento mundial, em especial a América Latina; Estudos também sobre Estados Unidos e Canadá; 1º BIMESTRE: Acordos e blocos econômicos com ênfase no continente americano. Sistemas (redes) de produção industrial, econômica, política e sua espacialidade com ênfase no continente americano. A globalização e seus efeitos no espaço geográfico; As relações econômicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social do/no espaço geográfico do continente americano. 2º BIMESTRE: América: aspectos Gerais: clima, relevo, hidrografia e população; América e as características do subdesenvolvimento Estados Unidos. Características físicas, sociais, econômicas e políticas 104 Regionalização da América. 3º BIMESTRE Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações culturais e socioambientais; América Latina: Terrorismo, narcotráfico, prostituição, contrabando, biopirataria, entre outros, e suas influências na reorganização do espaço geográfico; Distribuição espacial e as conseqüências socioambientais dos desmatamentos, da chuva ácida, do buraco da camada de ozônio, do efeito estufa, entre outros; 4º BIMESTRE: Formação étnico-religiosa: Distribuição e organização espacial e conflitos; Migrações do povo africano no tempo e no espaço; Trabalho e renda dos afros-descendentes; Prática e segregação racial, entre outros; CONTEÚDOS 8ª SÉRIE ESTRUTURANTES: A Dimensão Econômica da Produção do / no Espaço; Geopolítica; Dimensão Socioambiental; Dinâmica Cultural Demográfica. ESPECIFICOS: Mundo desenvolvido a partir da Europa. 1ºBIMESTRE: A globalização e seus efeitos no espaço geográfico; As relações econômicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social do / no espaço geográfico; Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações culturais e socioambientais; Organizações internacionais: ONU, OMC, FMI, Otan, Banco Mundial, entre outros, e suas influências na reorganização do espaço geográfico; A guerra Fria e suas influências na configuração dos sistemas políticos e do mapa político do mundo; 2º BIMESTRE: Consumo, consumismo e cultura: As influências dos meios de comunicação nas manifestações culturais e na (re) organização social do espaço geográfico; Terrorismo, narcotráfico, prostituição, contrabando, biopirataria, entre outros, e suas influências na reorganização do espaço geográfico; 105 Mundo desenvolvido: características gerais: Europa, Ásia, Oceania; 3º BIMESTRE: Sistemas (redes) de produção industrial, econômica, política e sua espacialidade nos continentes: Europeu, Asiático, Africano e Oceania. África – regionalização e características naturais. África: O subdesenvolvimento, práticas e segregação racial. África: A questão do HIV/AIDS e outras doenças. 4º BIMESTRE: Formação étnico-religiosa: Distribuição e organização espacial e conflitos; Regiões Polares: Características gerais; ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS POR BIMESTRE: CONTEÚDOS 1º ANO ESTRUTURANTES: A Dimensão Econômica da Produção do / no Espaço; Geopolítica; Dimensão Socioambiental; Dinâmica Cultural Demográfica. ESPECÍFICOS: 1º BIMESTRE: Introdução à Geografia – Escolas e pensadores; Os atuais conceitos de Estado-nação, país, fronteira e território - cartografia e localização; Dinâmica da natureza e formação dos objetos naturais; 2º BIMESTRE Meio ambiente e as grandes paisagens naturais do planeta; Atividades humanas e transformação da paisagem natural nas diversas escalas geográficas; Produção do espaço geográfico e impactos ambientais sobre a água, o solo, o ar, o clima; 3º BIMESTRE: Patrimônios culturais e ecológicos; Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem e no espaço urbano e rural – relação homem - meio; Teorias demográficas; 4º BIMESTRE Migrações do povo africano no tempo e no espaço; Contribuições do negro na construção da nação brasileira; 106 Observação: Geografia do Paraná – será inserida ao longo das temáticas trabalhadas. CONTEÚDOS 2º ANO ESTRUTURANTES: A Dimensão Econômica da Produção do / no Espaço; Geopolítica; Dimensão Socioambiental; Dinâmica Cultural Demográfica. ESPECÍFICOS: Destaque para o Brasil: 1º BIMESTRE: Formação do território brasileiro; Distribuição espacial da população afro-descendente no Brasil; Aspectos Políticos e culturais das entidades regionais; População brasileira e miscigenação dos povos; 2º BIMESTRE: Movimentos migratórios e suas implicações: Econômico-culturais e socioespaciais; População urbana e população rural: Composição etária, de gênero e de emprego; Composição demográfica dos lugares: Geração, gênero e etnia; Trabalho e renda dos afros-descendentes; 3º BIMESTRE: Conflitos rurais e estrutura fundiária; Questões territoriais indígenas; Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano; Urbanização e hierarquia das cidades: Megalópoles, metrópoles, cidades grandes, médias e pequenas; Territórios urbanos marginais: Narcotráfico, prostituição, Sem Teto, entre outros; 4º BIMESTRE: Diferentes grupos socioculturais e suas marcas na paisagem e no espaço urbano e rural; O meio ambiente e as grandes paisagens naturais do Brasil; Produção do espaço geográfico os impactos ambientais sobre a água, o solo, o ar, o clima no Brasil; Atividades humanas e transformação da paisagem natural Brasileiro nas diversas escalas geográficas; 3º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: 107 A Dimensão Econômica da Produção do / no Espaço; Geopolítica; Dimensão Socioambiental; Dinâmica Cultural Demográfica. ESPECÍFICOS: 1º BIMESTRE: Introdução à Geografia; Sistemas sociais; Colonização da África pelos Europeus; Fim do Estado de bem-estar social e o Neoliberalismo; 2º BIMESTRE: Os novos papéis das organizações internacionais; Regionalização do espaço mundial; A nova ordem mundial no início do século XXI: O fim dos três mundos e a atual oposição Norte-Sul; Posição Norte-Sul e aspectos econômicos da produção; 3º BIMESTRE Redefinição de fronteiras: Conflitos de base territorial, tais como: Étnicos, culturais, políticos, econômicos, entre outros; Nacionalismos, minorias étnicas, separatismo e xenofobia; Diferentes grupos étnicos e o racismo: Migração e desemprego; Reestruturação do Segundo Mundo e economias de transição; Configuração espacial do continente africano; Prática e segregação racial, entre outros; 4º BIMESTRE: Crise ambiental: Conflitos políticos e interesses econômicos. Biotecnologia e impactos ambientais; Recursos naturais, conservacionismo (uso sustentável de bens naturais) e preservacionismo (áreas protegidas). 3 METODOLOGIA É fundamental que o professor crie e planeje situações de aprendizagem em que os alunos possam conhecer e utilizar os procedimentos de estudos geográficos. A observação, descrição, analogia e síntese são procedimentos importantes e podem ser praticados para que os alunos possam aprender e representar os processos de construção dos diferentes tipos de paisagens, territórios e lugares. O espaço vivido pelos alunos continua sendo importante na compreensão da realidade local relacionada com o global. 108 Para efetivamente trabalhar e valorizar o imaginário do aluno, não se pode manter a idéia de que seu espaço esteja limitado apenas a sua paisagem imediata. É essencial que se destaque as mediações de seu lugar com o mundo, percebendo como local e o global interagem. O estudo dos espaços local/global não se deve restringir a mera constatação sem explicar e compreender os processos de interação entre a sociedade e a natureza, situando-as em diferentes escalas espaciais e temporais, comparando-as, conferindo-lhes significados. Os problemas sócio-ambiental e econômico podem ser abordados a fim de promover um estudo mais amplo de questões sociais, econômicas, políticas e ambientais relevantes na atualidade. O próprio processo de globalização demanda maior compreensão das relações e de interdependência entre os lugares, bem como das noções de territorialidade intrínsecas a esse processo. Ao pretender os estudos das paisagens, territórios, lugares e regiões, a Geografia busca um trabalho interdisciplinar através de produções musicais, fotografias, cinemas, literatura, etc...,Obtendo informações para interpretar as paisagens e construir conhecimento sobre os espaços geográficos. E entre as várias metodologias a serem utilizadas, destacam – se: I. Aulas teóricas expositivas, através de explicações orais e de exposição e interpretação de imagens por meio de multimídia, mapas, tabelas, livros; II. Aulas práticas de observação do espaço, como trabalho de campo e ou de análise de fotos, figuras e imagens; III. Utilização de recursos audiovisuais, como rádio, T.V., multimídia, retoprojetor de imagens, apresentação de vídeo-clips, conforme os conteúdos; IV. Interpretação de textos didáticos e científicos dos conteúdos; V. Dinâmicas e pesquisa em grupo ou individual, tais como: jogos, brincadeiras, desenhos, recortes e colagem, produção de cartazes, reprodução de mapas, croquis, gráficos e maquetes de textos, de desenhos e apresentação de seminários; VI. Utilizar eventos e fatos históricos que ocorram durante o ano; VII. Reprodução de textos a partir de referenciais teóricos; VIII. Consulta bibliográfica e de pesquisa On Line e na biblioteca a ser selecionada. 4 AVALIAÇÃO O processo de avaliação deve estar articulando com os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a relação sociedade-natureza 109 e as relações de poder, contemplando a escala local e vice-versa. A avaliação seja diagnostica e continuada, e que contemplam diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens e principalmente diferentes tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo entre outros, cuja uma das finalidades seja a apresentação de experiência práticas de aulas de campo ou laboratório, construção de maquetes; produção de mapas, mentais, entre outros. A avaliação poderá ser através de: Aplicações de provas discursivas, conclusivas, somatórias e ou orais; De propostas de trabalhos e de pesquisa individuais ou coletivas, os quais poderão ser produções de textos, de artigos, resenhas, debates, redações, de cartazes, confecções de mapas, de maquetes, de desenhos, de gráficos, bem como sua exposição por meio de seminários, feiras, gincanas, etc; A recuperação paralela é para aquele educando que faltou no dia da atividade proposta de avaliação ou que o mesmo não atingiu o objetivo proposto. Tal recuperação será antecipada de revisão com formas diferenciadas de avaliação (aqui já apresentado ) para reavaliá-lo de forma que considerará a nota maior. A avaliação deve ser um processo não linear de construções e reconstruções, assentando na interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor e aluno. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOLIGIAN, Levon; MARTINEZ, Rogério; GARCIA, Wanessa; ALVES, Andressa Coleção Geografia: Espaço e Vivencia. São Paulo: Editora Atual, 2001. Currículo Básico Para Escola Pública do Paraná. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Geografia DCE DE ALMEIDA, A. M. L; RIGOLIN, B. T. Geografia. São Paulo, Ática, 2005. LACOSTE, Yves. A Geografia- isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra. Campinas, Papirus, 1998. 110 MAGNOLI, D. ; ARAUJO, R. Projeto de Ensino de Geografia. São Paulo: Moderna 1998. MARINA, Lúcia e Tércio. Geografia: Série Novo Ensino Médio. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2006. MOREIRA, Igor. Construindo o Espaço. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2006. Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998. PIFFER, Osvaldo. Ensino de Geografia. Coleção Caderno do Futuro. IBEP. SANTOS, M. A natureza do espaço. São Paulo, Hucitec,1996. ___________ Pensando o espaço do homem. São Paulo, Hucitec, 1986. 111 3.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A História é por excelência, a ciência do conhecimento da humanidade; de suas organizações e seu desenvolvimento utiliza métodos universalmente aceitos para o estudo do passado, com o objetivo de trazer o conhecimento da evolução até o presente. A História é a ciência responsável para situar o aluno no tempo, na estrutura organizacional da sociedade; política, economia e cultura. Portanto, é esta disciplina que tem a responsabilidade com a formação cultural plena do aluno para atuar na vida civil e pública. A História como disciplina é importante por possibilitar ao aluno conhecimento para compreender o conjunto das transformações realizadas pelas ações humanas, seja o modo como homens e mulheres em suas relações sociais produziram e transformam sua existência, mediadora da prática social, ou seja, das relações sociais diversas construídas no cotidiano do viver em sociedade. Vai dar base de sustentação teórica par o indivíduo compreender sua realidade social, proporcionando consciência de sua real importância no contexto histórico percebendo – se como cidadão transformador da história, que não é único valorizando e respeitando valores e práticas das várias etnias. Pois o estudo da História contempla fatos, ideologias, lutas, interesses, costumes, cultura no tempo passado, relacionado com o momento presente nos diversos aspectos. Desenvolve de forma harmônica o crescimento intelectual, espiritual, econômico, político, conceitos e atitudes que propõe suscitar reflexões a respeito do saber histórica. Contribui para que o ser humano tenha acesso e apropriação do conhecimento científico e possa organizar – se no coletivo como sujeito histórico, incluído de forma crítica numa perspectiva transformadora. Compreende a cidadania como participação social e política exercendo seus direitos e deveres, tendo atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio as injustiças, posicionando – se de maneira crítica e responsável nas diferentes situações sociais utilizando o conhecimento histórico no diálogo para mediar os conflitos. Conhecendo as transformações históricas produzidas por homens e mulheres, as depredações ao meio ambiente decorrentes de necessidades, buscar soluções para garantir sua existência. 112 2.CONTEÚDOS ETRUTURANTES PLANO DE HISTÓRIA PARA : 5ª SÉRIE OU 6º ANO OS DIFERENTES SUJEITOS SUAS HISTÓRIAS SUAS CULTURAS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: -RELAÇÕES DE TRABALHO – RELAÇÕES DE PODER - RELAÇÕES CULTURAIS CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRES: - OS DIFERENTES SUJEITOS SUAS CULTURAS SUAS HISTÓRIAS; - A EXPERIÊNCIA HUMANA NO TEMPO; - OS SUJEITOS SUAS RELAÇÕES COM O OUTRO NO TEMPO. - AS CULTURAS LOCAIS E A CULTURA COMUM CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:- SUJEITOS DA HISTÓRIA (os alunos): Identificação civil, suas fontes históricas específicas, sua localidade, formas de pensar, diversões, vestuário ou moda, tecnologias utilizadas, monumentos, líderes ou “heróis” ícones de identificação sociais e de grupo, organizações, História do Bairro onde vive, etc.; - HISTÓRIA LOCAL: Denominação e origem, localização, povoamento, personalidades pioneiras, atos e datas legislativas de criação e/ou emancipação, instituições e poderes, produção e posição econômica local e regional, índices educacionais e sociais, locais de memória e preservação histórica, praças de destaque, Bairros que mereçam destaque, manifestações culturais próprias, festas, tradições, cerimoniais e celebrações identitárias e de passagem, etc.; - INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS: A ciência História, o Homem como produtor da História, As diferentes Fontes ou Documentos Históricos, A Cultura, conceito, tipos e fonte como significação da produção humana; - O TEMPO E A HISTÓRIA: Tempo como Convenção, Referência para contar e organizar o tempo. Por que o homem organiza o tempo, unidades de tempo, diferentes temporalidades históricas e civis, diferentes Calendários históricos e civis; - AS ORIGENS DO SER HUMANO: Teorias do surgimento, Espécies do processo evolutivo e suas características, A África como berço do surgimento da humanidade e a riqueza histórica e cultural do continente, Conceito e divisão da Pré-história, Períodos da Pré-história domínio da natureza, produção, propriedade da terra, realizações técnicas e culturais do homem; - O POVOAMENTO DA AMÉRICA: Hipóteses de povoamento, os sítios arqueológicos como fontes históricas, Paleoíndio, Arcaico e Formativo e as realizações técnicas, culturais do homem em cada um dos períodos da Pré-história americana, O Brasil Pré-histórico revelado através dos Sambaquis, Concheiros e Sítios Arqueológicos, O homem primitivo ou nativo brasileiro suas realizações técnicas e culturais (Os indígenas do Brasil: organização, mitos e lendas, religiosidade, relações de poder, produção de subsistência e cultural, condições socioeconômica, empresas e 113 proprietários invasão e massacre, legislação de proteção e garantias do indígena, organizações governamentais e indígenas de defesa e proteção, etc.); - CONSTRUÇÃO DE UM PROCESSO OU POSSIBILIDADE DE “CIVILIZAÇÃO”: A região do Crescente Fértil e seus aspectos geográficos e naturais, O surgimento da civilização, do poder, das leis, das relações de poder político, econômico e religioso, da desigualdade socioeconômica e do comércio; - CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE ORIENTAL: Mesopotâmia, Egito, Fenícios, Hebreus e Persas - Aspectos e legados próprios que possibilitaram a construção do processo histórico e cultural vivido na atualidade no que se refere as instituições, letramento gráfico e numérico (considerando os povos ágrafos do atual contexto social onde não é considerado fator de desenvolvimento cultural ou social escrever), técnicas e legislação civil, diversidade de sujeitos, religiosidades e manifestações culturais; Outra possibilidade: Povoamento, organização, formação, política, realizações técnicas, religiosas, científicas, literárias e culturais. Países e povos que resultaram ou ocupam os territórios onde se estabeleceram as Civilizações da Antiguidade Oriental na atualidade e seus aspectos próprios. - CIVILIZAÇÕES DO EXTREMO ORIENTE: China e Índia – Características identitárias próprias no que se refere a aspectos políticos, sociais e cultuais e suas contribuições técnicas, literárias, filosóficas, científicas, culturais e seu enfrentamento das questões socioeconômicas na atualidade; - CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE OCIDENTAL: Grécia Antiga - Aspectos e legados próprios que possibilitaram a construção do processo histórico e cultural vivido na atualidade no que se refere Rica Mitologia, Democracia, Olimpíadas, Filosofia, Ciência, Medicina, Teatro, Objetivo do Padrão de Beleza Grego em contraponto com o Padrão de Beleza atual para o mercado; - Outra possibilidade: Povoamento, organização, formação, política, realizações técnicas, religiosas, científicas, literárias e culturais. País e povos que resultaram ou ocupam o território onde se estabeleceu a Grécia Antiga na atualidade e seus aspectos próprios. - Roma Antiga ; Aspectos e legados próprios que possibilitaram a construção do processo histórico e cultural vivido na atualidade no que se refere à origem do Senado, Organização Militar, Imperialismo Político e Econômico (diferenças entre o praticado pelos romanos antigos e o praticado por alguns países na atualidade) Formação da República, Estabelecimento do Direito e suas Categorias, Lutas Sociais, A questão da Terra, Arquitetura função política e social, Mecanismo de Divulgação, Controle e dominação (Pão e circo) em comparativo com o atual, políticas públicas, mídia, música, objetos de consumo e pertencimento social, etc.; - Outra possibilidade: Povoamento, organização, formação, política, realizações técnicas, religiosas, científicas, literárias e culturais. Transformações sociais, políticas, econômicas e crises que forjaram um novo período histórico; País e povos que resultaram ou ocupam o território onde se estabeleceu a Roma Antiga na atualidade e seus aspectos próprios. 114 PLANO DE HISTÓRIA – 6ª SÉRIE OU 7º ANO A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: RELAÇÕES DE TRABALHO - RELAÇÕES DE PODER - RELAÇÕES CULTURAIS. CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE: - AS RELAÇÕES DE PROPRIEDADE, - A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO DO CAMPO E DO MUNDO DA CIDADE, - A RELAÇÃO ENTRE CAMPO E A CIDADE, - A PRODUÇÃO CILTURAL DO CAMPO E DA CIDADE. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: - Desenvolvimento do Feudalismo: As características próprias dos tempos medievos e as contribuições dos povos germânicos que colaboraram para formar uma nova organização da produção econômica, a mão-de-obra utilizada, a sociedade e a cultura específica desta determinada temporalidade. Trabalhar um comparativo entre a cultura medieval e a cultura pós-moderna; Trabalhar as condições socioeconômicas dos trabalhadores medievais com os trabalhadores assalariados da atualidade. - Organização de grandes reinos: Africanos, Franco ou Carolíngio, Bizantino e Árabe ou Islâmico suas influências próprias na formação da mentalidade do ocidente e oriente no que se refere a política, legislação, técnicas, literatura, ciência, religiosidade e cultura. - Transformações e crises que marcaram a constituição da modernidade: Renascimento do comércio e das cidades, nascimento da burguesia, as organizações de comerciantes e trabalhadores artesanais, peste negra, revoltas camponesas, o Cisma do Ocidente, A Guerra dos Cem Anos; - A Constituição da Modernidade: Estados Modernos como território de desenvolvimento de um novo sistema econômico e a mentalidade predominante na Educação, Artes, Literatura e Ciências; - Uma nova mentalidade ligada a produção econômica: Renascimento Cultural e Reforma Religiosa – Os sentidos da produção cultural e das manifestações religiosas na atualidade no que se refere às aspirações do homem e os sujeitos da História local. - Internacionalização de um sistema de produção econômica: Estados Nacionais, nobres, burguesia, sistema mercantilista e a expansão marítimo-comercial portuguesa, espanhola, francesa e holandesa; - As altas culturas americanas: Astecas, Maias e Incas, sua diversidade cultural, produção técnica e econômica, educação, religiosidade, mitos, enfrentamento com o conquistador domínio, massacre e drástica redução demográfica; 115 - Exploração dos impérios coloniais na América: Organização, administração e órgãos de controle, atividades econômicas e mão-de-obra nos territórios de domínio espanhol. Desinteresse inicial dos portugueses pelas terras americanas, o Brasil pré-colonial: primeiras expedições, exploração econômica e da mão-de-obra escrava indígena e africana, início da colonização e os órgãos da administração da colônia portuguesa. - Economia e sociedade no Brasil colonial: O tripé da economia colonial (Latifúndio, Monocultor e Escravista), a empresa açucareira colonial, exploração da mão-de-obra e o tráfico de escravos africanos, a luta e organizações de resistência, a formação da sociedade no entorno do engenho açucareiro colonial e suas características específicas; - A expansão do território do Brasil colonial: União Ibérica ou Peninsular, bandeirantismo, missões jesuíticas, movimentos de contestação colonial: As revoltas reivindicatórias e emancipatórias. PLANO DE HISTÓRIA – 7ª SÉRIE OU 8º ANO O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: RELAÇÕES DE TRABALHO - RELAÇÕES DE PODER - RELAÇÕES CULTURAIS. CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE: - HISTÓRIA DAS RELAÇÕES DA HUMANIDADE COM O TRABALHO; - O TRABALHO E AS CONTRADIÇÕES DA MODERNIDADE; - OS TRABALHADORES E AS CONQUISTAS DE DIREITO. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: - Constituição do sistema de governo dos Estados Nacionais: Absolutismo, Conceito, Teóricos, Formação do Absolutismo francês e inglês, O terceiro Estado vida cotidiana e trabalho; - Ocupação e colonização da América do Norte: Caso inglês, francês e holandês; - Atividade mineradora no Brasil colonial: Descobridores das minas e locais de mineração, Administração das minas, Mão-de-obra utilizada, Conflitos com governo e pela disputa das minas, sociedade organizada no entorno da mineração e as mudanças provocadas pela atividade mineradora no Brasil colonial. - Desenvolvimento processo de industrialização: Fatores que provocaram o processo, tecnologias, pioneirismo inglês, fases de desenvolvimento, organizações e lutas dos operários; - Rompendo com a sociedade de ordens e privilégios: Iluminismo: conceito, suas características, autores e propostas políticas, sociais e econômicas, Independência dos Estados Unidos: Ideologia que orientou o processo, personagens, principais acontecimentos e realizações do processo de independência, A Revolução francesa: significado da revolução, principais acontecimentos e realizações do processo revolucionário e o desfecho da revolução; - Rompendo com o domínio colonial: Período Napoleônico e seus desdobramentos e a Independência das Colônias Espanholas na América – Antecedentes, personalidades libertárias 116 envolvidas, o projeto de independência para as colônias espanholas da América do Sul e seus desdobramentos; - Luta pela independência na colônia portuguesa na América: As revoltas emancipatórias no Brasil colônia, acontecimentos e realizações que se destacaram no processo de independência do Brasil. Relações políticas internas e externas do Brasil independente e os fatos que se destacaram no período do Primeiro Reinado. - Novas idéias políticas e econômicas: As revoluções liberais e nacionalistas que possibilitaram processos de unificação de países e a Guerra de Secessão na América do Norte; - Disputas políticas e opressão da população urbana e rural provocam uma nova organização política e administrativa no Brasil do século XIX: Principais acontecimentos e transformações políticas, sociais e econômicas do Período Regencial e do Segundo Reinado. PLANO DE HISTÓRIA – 8ª SÉRIE OU 9º ANO RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: RELAÇÕES DE TRABALHO - RELAÇÕES DE PODER - RELAÇÕES CULTURAIS. CONTEÚDOS BÁSICOS OU GERADORES DA SÉRIE E BIMESTRE: - A CONSTITUIÇÃO DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS; - A FORMAÇÃO DO ESTADO; - SUJEITOS GUERRA E REVOLUÇÕES. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: - Expansão política, econômica e tecnológica das potências européias: Segunda Revolução Industrial, Imperialismo, Neocolonialismo e a formação dos impérios coloniais; - Instituição de uma nova forma de governo no Brasil: Movimento republicano, questões republicanas, Proclamação da República, principais realizações e acontecimentos dos governos militares e oligárquicos, revoltas urbanas, camponesas e militares, industrialização, imigração e movimento operário. - Guerra e Revolução: Primeira Guerra – Antecedentes e países envolvidos, alianças militares, principais acontecimentos e realizações no período de desenvolvimento do conflito e resultados da guerra; - Condições socioeconômicas da Rússia pré-revolucionária, ideologia e líderes da revolução, principais acontecimentos e realizações no desenvolvimento do processo revolucionário, a constituição da União Soviética e seu posicionamento político, militar e econômico geoestratégico mundial; -Crise, autoritarismo e guerra: Expansão econômica dos anos 1920, fatores que provocaram a crise, seus efeitos e medidas socioeconômicas como possibilidade de recuperação da crise; - Antecedentes que possibilitaram a organização de Estados Totalitários na Europa, suas características e formas próprias de ação divulgação e repressão; 117 - Segunda Guerra Mundial antecedentes, países envolvidos, alianças militares, desenvolvimento do conflito e resultados da guerra. - Governo populista e ditatorial no Brasil: Desacordo político dos governos oligárquicos, a “Revolução de 1930”, realizações e acontecimentos das fases do governo Vargas no Brasil; - A geopolítica bipolar do após guerra: Desenvolvimento da Guerra Fria e seus desdobramentos na Europa, Ásia, África (descolonização) e América Latina. Os conflitos regionais no período de desenvolvimento da Guerra Fria; - Brasil democracia e ditadura: Principais realizações e acontecimentos nos períodos Democrático (1946 a 1964), Regime Ditatorial Militar (1964 a 1985) e Redemocratização (1985 a 2009) no Brasil; - A geopolítica multipolar: Crise política e econômica do Socialismo Russo e seus desdobramentos. Desenvolvimento da Globalização e seus efeitos políticos, econômicos, militar, socioculturais e ambientais. Repensando a nacionalidade brasileira: do século XX ao XXI elementos constitutivos da contemporaneidade. Política Econômico – Social, Cultural A semana de 22 e o repensar da nacionalidade; Economia; Organização social; Organização político – administrativo; Manifestações culturais; Coluna Prestes. A Revolução de 30 e o Período Vargas (1930 1945) Leis trabalhistas; Voto feminino; Ordem e disciplina no trabalho; mídia e divulgação do regime; Criação do SPHAN, IBGE; Futebol e carnaval; contestação da ordem; Integralismo; Participação do Brasil na II Guerra Mundial. 118 Populismo no Brasil Vargas, Jânio Quadros e João Goulart. Construção do Paraná Moderno Governos de Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhos da Rocha Neto e Ney Braga; Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa; Copel, Banestado, Sanepar, Codepar; movimentos culturais; Movimentos sociais no campo e na cidade, ex: revolta dos colonos da década de 50 – Sudoeste; os xetas. O regime militar no Paraná e no Brasil. Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação; O uso ideológico do futebol na década de 70. Tricampeonato mundial, a criação da liga nacional, campeonato brasileiro; Cinema novo; Teatro; Itaipu, sete quedas e a questão da terra. Movimentos de contestação no Brasil Resistência armada; Tropicalismo; Jovem guarda; Novo sindicalismo; Movimento estudantil. Paraná no contexto atual Redemocratização; Constituição de 1988; Movimentos populares rurais e urbanos: MST, MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia) CUT, Marcha Zumbi dos Palmares, etc.; MERCOSUL; 119 ALCA. Cultura Afro – brasileira O Brasil no contexto atualidade A comemoração do 500 anos do Brasil e reflexão. Conteúdos complementares 1. Crise de 1929; 2. Ascensão dos regimes totalitários da Europa; 3. Movimentos populares da América Latina; 4. Segunda Guerra Mundial; 5. Independência das Colônias Afro – Asiáticas; 6. Guerra Fria; 7. Guerra Fria e os regimes militares na América Latina; 8. Política de boa vizinhança; 9. Revolução Cubana; 10. 11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende; 11. Censura dos meios de comunicação; 12. O uso ideológico do futebol na década de 70; 13. A Copa na Argentina – 1978. Movimento de contestação no mundo Maio de 68 – França; Movimento Negro; Movimento Hippie; Movimento homossexual; Movimento feminista; Movimento ambiental; Movimento punk. Fim da bipolarização mundial. Desintegração do bloco socialista. Neoliberalismo; 11 de setembro nos EUA; 120 Globalização. África e América Latina no contexto atual. DISTRIBUIÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA DE ACORDO COM A DCE DO PARANÁ HISTÓRIA – 1º ANO – ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRURANTES: RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS. CONTEÚDOS BÁSICOS OU TEMAS GERADORES DA SÉRIE: - TRABALHO ESCRAVO, SERVIL, ASSALARIADO E O TRABALHO LIVRE; - URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO OBSERVAÇÃO: Não se pode aplicar mais no Ensino Médio a chamada História Total. FOCO DA DCE DE HISTÓRIA: “Formação do pensamento histórico”. Criando consciência histórica para produção de narrativas históricas. O QUE ENVOLVE: A História é produzida pela visão de diferentes sujeitos, conceitos, espaços, temporalidades e experiências históricas. NESTA PERSPECTIVA: Se desfazem os objetivos e se desenvolvem justificativas sobre os conteúdos trabalhados. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: - A ciência História e as diferentes unidades e temporalidades; - A Pré-história Geral, Americana, Brasileira e Paranaense; - Civilizações da Antiguidade: Mesopotâmia, Hebreus, Fenícios e Persas; - Civilizações Africanas: Egito Antigo, Gana, Mali, Kongo, Hauças, Ndongo; - Civilizações do Extremo Oriente: Índia e China; - Civilizações da Antiguidade Ocidental: Grécia e Roma Antiga; - Os Reinos da Alta Idade Média Ocidental e Oriental: Bizantino, Franco e Árabe, Muçulmano ou Islâmico; - O modo de produção Feudal; - O poder e a influência da Igreja Ocidental, a Educação e a Cultura Medieval; - As novas condições da Baixa Idade Média – Período de Transformações e Crises; - Formação das Monarquias Nacionais, Absolutismo, Mercantilismo, Renascimento Cultural, Reforma e Contra-Reforma Religiosa; - Expansão Comercial e Marítima Européia; 121 - Indígenas ou primitivos habitantes do Brasil e o território brasileiro Pré-colonial e início da colonização; - Indígenas ou primitivos habitantes do Paraná e ocupação (Encomiendas, Reduções e as Obrages), caminhos (Peabiru, Graciosa, Itupava, Arraial, e Viamão) povoamento, tropeirismo e as primeiras vilas paranaenses; - O tripé da economia colonial, empresa açucareira e a Sociedade colonial Brasileira – África: aspectos próprios e a riqueza cultural do continente; - História local e regional. DISTRIBUIÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA DE ACORDO COM A DCE DO PARANÁ HISTÓRIA – 2º ANO – ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRURANTES: RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS. CONTEÚDOS BÁSICOS OU TEMAS GERADORES DA SÉRIE: - O ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER; -CULTURA E RELIGIOSIDADE. OBSERVAÇÃO: Não se pode aplicar mais no Ensino Médio a chamada História Total. FOCO DA DCE DE HISTÓRIA: “Formação do pensamento histórico”. Criando consciência histórica para produção de narrativas históricas. O QUE ENVOLVE: A História é produzida pela visão de diferentes sujeitos, conceitos, espaços, temporalidades e experiências históricas. NESTA PERSPECTIVA: Se desfazem os objetivos e se desenvolvem justificativas sobre os conteúdos trabalhados. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: - América Colonial Espanhola e Inglesa; - Iluminismo; - Atividade Mineradora, sociedade mineradora colonial, revoltas reivindicatórias – Pecuária e mineração no Paraná; - Revolução inglesa; - Independência das 13 colônias inglesas da América do Norte; - Revolução Francesa; - Independência das Colônias Espanholas, do Brasil na América do Sul e Emancipação política do Paraná – Revolução Federalista e do Contestado; - Revolução Industrial; 122 -Movimentos do século XIX: Liberalismo, Nacionalismo, Anarquismo, Socialismo e Unificações; - Ampliação das fronteiras, Guerra da Secessão e o Imperialismo Norte Americano na América Latina; - Período Imperial brasileiro (1º Reinado, Período Regencial e 2º Reinado – Paraná em relação da Guerra do Paraguai); - Imperialismo e Neocolonialismo na África e Ásia; - História local e regional. - Economia Paranaense – Erva-Mate, Café (Norte Velho,Norte Novo, e Norte Novíssimo) e Madeira; - Desenvolvimento das idéias e do processo de Proclamação da República no Brasil. - História local e regional. DISTRIBUIÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA DE ACORDO COM A DCE DO PARANÁ HISTÓRIA – 3º ANO – ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS ESTRURANTES: RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS. CONTEÚDOS BÁSICOS OU TEMAS GERADORES DA SÉRIE: - OS SUJEITOS, AS REVOLTAS E AS GUERRAS; - MOVIMENTOS SOCIAIS, POLÍTICOS, E CULTURAIS E AS GUERRAS E REVOLUÇÕES OBSERVAÇÃO: Não se pode aplicar mais no Ensino Médio a chamada História Total. FOCO DA DCE DE HISTÓRIA: “Formação do pensamento histórico”. Criando consciência histórica para produção de narrativas históricas. O QUE ENVOLVE: A História é produzida pela visão de diferentes sujeitos, conceitos, espaços, temporalidades e experiências históricas. NESTA PERSPECTIVA: Se desfazem os objetivos e se desenvolvem justificativas sobre os conteúdos trabalhados. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: - Primeira Guerra Mundial; - Período entre guerras: Revolução Russa, Crise Cíclica do Capitalismo de 1929 e Os Estados Totalitários Europeus; - República da Espada (1889 a 1891), República Velha, Das Oligarquias ou do Café-com-leite (1891 a 1930) e o Movimento Paranista no Paraná; - A Segunda Guerra Mundial. A Imigração japonesa no Paraná; - Período Getulista no Brasil. O Paraná: Companhias de Colonização, Guerra do Porecatu e Criação 123 do Estado do Iguaçu; - Brasil democracia e ditadura: República populista democrática (1946 a 1964) – Companhias de povoamento e Reforma Agrária no Oeste do Paraná, República da Ditadura ou Regime Militar (1964 a 1985) e República da Redemocratização (1985 a 2009); - A geopolítica bipolar do após guerra: Desenvolvimento da Guerra Fria e seus desdobramentos na Europa, Ásia, África (descolonização) e América Latina. Os conflitos regionais no período de desenvolvimento da Guerra Fria; - A geopolítica multipolar: Crise política e econômica do Socialismo Russo e seus desdobramentos. Desenvolvimento da Globalização e seus efeitos políticos, econômicos, militar, socioculturais e ambientais. - Paraná na atualidade: Disputas pela terra, movimentos sociais, movimento quilombola paranaense, as condições socioeconômicas dos indígenas paranaenses, Cultura, festas e manifestações artísticas paranaenses; - Transformações Socioeconômicas no Brasil Imperial do Século XIX (Industrialização, atividades agropecuaristas e extrativistas, Imigração e Abolição); 4. AVALIAÇÃO Será contínua, buscando superar suas dificuldades. Dispondo de: leitura, interpretação, produção de textos, seminários de relatos, relatos de experiências, partindo do senso comum para o científico. Apresentação de painéis e murais, debates, criação de cartazes, charges, histórias em quadrinhos, textos, poesias, plagio de músicas, reflexões de áudio visuais, filmes e documentários, reportagem notícias, uso de tecnologia da informática, avaliação oral e escrita. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOBIO, Norberto; METTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. 5.ed. Brasília. Ed. Da UNB, 1995. BURNS, Edward McNall. História da civilização ocidental: do homem das cavernas até a bomba atômica: o drama da raça humana. Porto Alegre. Ed. Globo, 1968. 124 GIDDENS, Anthony. Sociologia. 6ed. Porto Alegre: Artmed, 2005 ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1985. HOBSBAWN, Eric J. Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Rio BOURDON, Raymond; BOURRICAUD, François. Dicionário crítico de Sociologia. São Paulo: Ática, 1993. ARQUIDIOCESSEDE SÃO PAULO Brasil Nunca Mais. Petrópolis: Vozes, 1985. HELLER, Milton Ivan. Resistência democrática: a repressão política do Paraná. Rio de Janeiro: Paz e Terra; Curitiba: Secretaria de Cultura do Estado do Paraná; 1988. FURQUIN, Guy. História econômica do ocidente medieval. Rio de Janeiro Edições 70,1991,p 265. FREDERIKSEN, MW. Cidades e habitações. In: Balsdon, J.P.V (org). O mundo romano. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1968. GIORDANI, Mário Curtis. História do mundo árabe medieval. Petrópolis: Vozes, 1976, p 216-217. ARISTÓFANES. A greve dos sexos (Lisístrata): A revolução das mulheres. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. BLOCH, Leon. Lutas sociais na Roma Antiga. Lisboa: Publicações Europa América, 1956. DUBY, Georges; Perrot, Michele (org). História das mulheres no ocidente: a antiguidade. Porto: Edições Afrontamento, 1993, V.1. DUBY, GEORGES. Ano 1000 ano 2000 na pista dos nossos medos. São Paulo: UNESP/Imprensa Oficial do Estado, 1999. MACEDO, José Rivar. Movimentos Populares na Idade Média. São Paulo. São Paulo: moderna, 1993. MOLLAT, Michel. Os pobres na Idade Média. Rio de Janeiro: Campus, 1989. 125 3.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Compreender a importância do ensino e do aprendizado de Línguas Estrangeiras Modernas na Educação Básica implica conhecer o percurso histórico percorrido para o reconhecimento e adoção desta disciplina no currículo escolar. Conforme demonstram as Diretrizes Curriculares Estaduais desta disciplina, desde a época da colonização, o conhecimento de uma língua estrangeira remete ao conhecimento de outra cultura, o que representa que o sujeito que a domina se torna de certa forma, mais independente, já que é capaz de compreender uma língua diferente da sua. Por isso, ao longo da história, dependendo da ascensão cultural, política e econômica de países desenvolvidos, línguas como o latim, grego e, posteriormente, francês, italiano, alemão, espanhol e inglês foram estudadas nas escolas brasileiras. Atualmente, a motivação mercadológica, relacionada principalmente à ascensão econômica de determinados países e à necessidade de formação de mão de obra qualificada para se aprender uma língua estrangeira foi superada nas escolas públicas. O que de fato leva a integração de uma Língua Estrangeira no currículo é a possibilidade de formar cidadãos mais críticos, capazes de compreender outra língua e, por meio deste aprendizado, conhecer e compreender valores e implicações históricas de outras culturas. 1.1 OBJETIVOS O ensino de uma ou mais Línguas Estrangeiras Modernas nas Escolas Públicas do Estado do Paraná tem por objetivo as seguintes metas: a) atender às necessidades da sociedade moderna brasileira, em particular no que diz respeito à diversidade linguistica e cultural; b) contribuir para que o aluno perceba as possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive a partir do estudo de uma língua estrangeira; c) superar a ideia de que o objetivo de se ensinar uma língua estrangeira na escola se restringe ao aspecto meramente linguistico; 126 d) possibilitar ao aluno usar a língua em situações de comunicação oral e escrita, vicenciando, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe permitam estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; e) fazer com que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; f) contribuir para o reconhecimento da consciência sobre o papel das línguas na sociedade, além de auxiliar na compreensão d a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país. 2. CONTEÚDOS Os conteúdos são organizados a partir de um único conteúdo estruturante, considerado como o conhecimento que identifica e organiza os campos de estudo de Língua Estrangeira Moderna (DCE, 27: 2009). A partir deste, advém os conteúdos básicos, os quais são desdobrados, por sua vez, em conteúdos específicos. 2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE A partir do entendimento, conforme disposto nas Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna (2009), de que o objeto de estudo desta disciplina é a própria língua, concebe-se o Discurso como prática social como seu único conteúdo estruturante. Deste modo, o Discurso como prática social se realiza total ou parcialmente por intermédio dos diferentes tipos e gêneros de textos que circulam na sociedade, tendo em vista suas condições de produção, isto é, seu contexto sócio-histórico e ideológico. 2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS Os conteúdos básicos correspondem aos gêneros discursivos e aos conteúdos das práticas de escrita, leitura e oralidade. Nesta proposta, são apresentados os conteúdos das práticas discursivas, conforme tabela proposta pelas DCEs/LEM. Os gêneros discursivos a serem trabalhados dependem da seleção realizada pelo professor, sendo os mesmos apresentados no Plano de Trabalho Docente. 127 Destaca-se que conteúdos relativos aos Desafios Contemporâneos e temáticas relacionadas à Diversidade, tais como, sexualidade, drogadição, relações étnico-raciais, história e cultura africana e afro-brasileira, história e cultura indígena, inclusão de alunos com necessidades especiais, dentre outros, são contemplados nesta proposta pedagógica curricular. As atividades trabalhadas constam igualmente nos PTDs. LEITURA · Tema do texto; · Interlocutor; · Finalidade do texto; · Informatividade; · Situacionalidade; · Informações explícitas · Discurso direto e indireto; · Elementos composicionais do ênero; · Repetição proposital de palavras; · Léxico; · Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA · Tema do texto; · Interlocutor; · Finalidade do texto; · Discurso direto e indireto; · Elementos composicionais do gênero; · Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; · Acentuação gráfica; 128 ORALIDADE Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações lingüísticas; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica. 3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Tomando como ponto de partida o Conteúdo Estruturante da disciplina de Língua Estrangeira, o Discurso como Prática Social, serão abordadas questões lingüísticas, discursivas, sóciopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua (leitura, escrita e oralidade) por meio da leitura, compreensão e problematização de textos de diferentes gêneros (DCE, 29: 2009). Serão, para tanto, utilizadas estratégias de leitura por meio de atividades de pré-leitura (apresentação de vocabulário, estruturas e expressões que possibilitem a decodificação e interpretação do texto) e pós-leitura (questões para reflexão, problematização, atividades de pesquisa, apresentação e produção textual). As discussões, conforme orientações dispostas nas Diretrizes desta disciplina poderão ocorrer em língua materna, já que o que se tem vista o é desenvolvimento de uma prática analítica e crítica que visa à ampliação dos conhecimentos lingüístico-culturais, suas implicações sociais, históricas e ideológicas. Neste sentido, destaca-se que conteúdos que trabalham a diversidade na escola e os desafios contemporâneos, conforme apresentado no item 2 Conteúdos, devam proporcionar reflexões construtivas aos alunos, livres de preconceitos e estereótipos construídos ao 129 longo da história que circulam em discursos que privilegiam o senso comum. Serão utilizados materiais diversos, tais como: revistas, livros didáticos, imagens, vídeos, dentre outros. Os recursos, por sua vez, compreendem multimídias, CDs, DVDs, Laboratório de Informática da escola, quadro de giz. Ressalta-se a adaptação de encaminhamentos metodológicos sempre que houver a demanda de atendimento de alunos que apresentarem necessidades educacionais especiais, sendo que em cada caso, serão avaliados os devidos procedimentos, de acordo com as necessidades individuais de cada aluno. 4. AVALIAÇÃO A avaliação partirá do acompanhamento do professor com relação ao engajamento discursivo do aluno em sala de aula, bem como sua interação verbal, interação com textos e atitudes de busca a soluções de problemas nas atividades propostas. Serão utilizados instrumentos diversos para avaliação das práticas discursivas, tais como, debates, apresentações orais, interpretações de textos com questões discursivas e objetivas, atividades com recursos audiovisuais, dentre outros. Serão considerados, como critérios para avaliação da aprendizagem: - na leitura: a compreensão do texto, levando em consideração suas condições de produção, informações explicitas e implícitas, além do papel dos interlocutores; emissão de opiniões a respeito do tema e do conteúdo do texto; conhecimento e utilização da língua estrangeira como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais. - na escrita: a produção de textos atendendo as circunstancias da proposta; identificação dos níveis de linguagem (formal/informal); uso adequado dos recursos lingüísticos; ampliação do vocabulário na língua estrangeira. - na oralidade: reconhecimento de elementos extralingüísticos e marcas linguisiticas típicas da 130 oralidade em seu uso formal e informal. A avaliação, do mesmo modo que os encaminhamentos metodológicos, prevê adaptação e flexibilização do currículo de acordo com necessidades educacionais especiais dos alunos, quando existirem. 5. REFERÊNCIAS PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência De Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para Educação Básica. Curitiba, 2009. 131 3.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do séc. XIX, mas a preocupação com a formação do professor iniciou - se nos anos 30 do século XX. Após a institucionalização da Língua Portuguesa como disciplina, as primeiras práticas de ensino se limitavam ao ensino do latim; tratava - se de uns ensinos eloquentes, retóricos, imitativos, elitistas e ornamentais voltados para um passado patriarcal e colonial que priorizava uma prática não pedagógica. Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o seu estudo foi incluído no currículo como disciplina concernente à Gramática, à retórica e à Poética (a Poética abrangendo a Literatura). A Gramática ganhou a denominação de português somente no séc. XIX (DCE de Língua Portuguesa, p.40). O ensino de Língua Portuguesa manteve a característica elitista até 1967, quando se iniciou no Brasil um processo de democratização de ensino (ampliação de vagas, eliminação dos exames de admissão), a partir de então, a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, bem como as necessidades e as exigências culturais passam a serem outras. A partir desse momento, começam a frequentar a escola um número maior de usuários da língua portuguesa com diversidades linguísticas distantes do modelo tradicional cultivado pela escola. Houve um choque entre modelos e valores escolares e a realidade dos seus usuários. Inserido neste contexto o ensino da Língua Portuguesa vislumbrava por novas propostas pedagógicas que suprissem as necessidades trazidas pelo corpo discente. Surge a lei número 5692/71 a qual prevê a vinculação da educação com a industrialização que visa o ensino voltado para a qualificação para o trabalho, a instituição de uma pedagogia tecnicista, que não se preocupava em aprimorar as capacidades linguísticas do falante. A disciplina de português, com esta lei, passou a chamar - se no 1º Grau: Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (quatro últimas). A gramática deixa de ser o enfoque principal e a teoria da comunicação torna - se o referencial, embora predominasse ainda o normativismo nas salas de aulas (exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura). Com base no livro didático, tem - se um ensino de literatura focando na historiografia literária e no trabalho com fragmentos de textos apenas, ao invés dos textos integrais. No ensino da língua moderna são dados exercícios estruturais (complete as lacunas ou questionários de verificação de Aprendizagem). Esse quadro gera repetência, evasão, arrocho salarial e abertura indiscriminada de faculdades que comprometeram 132 a qualidade do ensino. Os estudos linguísticos, centrados no texto e na interação social das práticas discursivas, e as novas concepções sobre a aquisição da língua moderna chegaram ao Brasil em meados da década de setenta e contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista. O ensino tradicional da língua Portuguesa cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo questões de uso contextuais valorizando o texto como unidade fundamental de análise. No Brasil, essas ideias tomaram consistência, a partir dos anos 80, com os estudos teóricos sobre Bakhtin. Para o autor, “a língua configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem através dessa interação”. A língua, só se constitui pelo uso, movido pelos sujeitos que interagem com ela. Quanto ao ensino da Literatura – o principal instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias. A leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua com base em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. Como tentativas de rompimento com essa prática, a abordagem do texto literário passa a centrar - se numa análise literária simplificada (personagens principais e secundários, tempo, e espaço da narrativa). A partir dos anos 70, o ensino de Literatura restringiu - se ao 2º Grau, com abordagens estruturais ou historiográficas do texto literário. Coube ao professor a condução da análise literária e aos alunos a condição de ouvintes. Essa prática, ainda que exclua (e exclui) o aluno de um papel ativo no processo de leitura, ao colocá - lo em contato com listas de valores e resumos de obras nos quais devem ser encontradas características de época, não promovem nenhum estímulo à reflexão crítica ( DCE de Língua Portuguesa, p. 45). Atualmente, os livros didáticos, em sua maioria, tendem a perpetuar essa situação. Contudo a busca da superação do ensino normativo e historiográfico tem permeado os estudos circulares, particularmente, os ensinos de Língua e Literatura, seja por meio dos pensadores contemporâneos , seja através dos novos campos de saber ou espaço teóricos. A partir dos anos 80, estudos linguísticos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua moderna e para reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula. (Geraldi, João Wanderley - O texto na sala de aula) incluindo textos de linguísticas como Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Persival Leme Britto, presentes até hoje nos estudos e pesquisas concernentes à Língua Portuguesa, Linguística e ensino da língua moderna. O ensino da Língua Portuguesa justifica - se pelo fato que é por meio da linguagem que os homens se reconhecem como seres humanos, pois ao comunicar - se com os outros e trocar experiências certifica - se do seu conhecimento de mundo e dos outros com quem interage. Isso permite a ele compreender melhor a realidade em que está inserido e o seu papel como sujeito social ( DCE de Língua Portuguesa, p. 47). O trabalho com a Língua Portuguesa deve propiciar ao aluno, a conscientização de que por meio da linguagem, atribuímos sentido ao mundo, que por meio dessa influenciamos e somos influenciados, enfim, é preciso possibilitar uma visão geral que dê condições ao educando de compreender a dimensão do processo comunicativo como um mecanismo que estabelece relação de poder. 133 Pensar no ensino da Língua Portuguesa implica pensar também nas contradições, nas diferenças e nos paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade. A rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a percepção das inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que atravessam o campo social, construindo - o e recebendo seus influxos, estão a requerer, dos professores, umas mudanças de posicionamento no que se refere a sua própria ação pedagógica ( DCE de Língua Portuguesa, p. 48). A ação pedagógica, assumida ou ditada pelos livros didáticos, seguiu, historicamente, uma concepção normativista de linguagem que excluía, do processo de aquisição e aprimoramento da linguagem materna, a história, o sujeito e o contexto, pautando - se no ensino da língua materna, no repasse de regras e nomenclatura da gramática tradicional. O tratamento dado à literatura, nesse contexto, direcionava - se a uma prática pedagógica que primara o aluno do contato com a integralidade dos textos literários na medida em que propunha a leitura de resumos, lidos nos fechados limites da historiografia literária e na perspectiva da biografia de seus autores. Na perspectiva de superação efetiva dessa postura, o trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa/Literatura, considera o processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela interagem. Nessa concepção de língua, o texto é visto como lugar em que os participantes da interação dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é assim, articulação de discurso, são vozes que se materializam, é ato humano, é linguagem em uso efetivo. Um texto não objeto fixo num dado momento, ele lança seus sentidos no diálogo intertextual que dá curso aos enunciados que o antecederam. Lança também seus sentidos adiante, no dever que as composições da literatura suscitarão como forma de dar - lhes continuidade. Nesse processo, os interlocutores vão contribuindo sentidos e significados ao longo das suas trocas linguísticas, orais ou escritas. Tais sentidos e significados são influenciados, também pelas relações que os interlocutores mantêm com a língua e entre si, com o tema sobre o qual se fala ou escreve, ouve ou lê; pelos seus conhecimentos prévios, atitudes e preconceitos; e pelo contexto social em que ocorre a interlocução. Tudo isso é potencializado no texto. Considere - se, ainda, a perspectiva do multiletramento nas práticas a serem adotados na disciplina de Língua Portuguesa/Literatura, tendo em vista o papel de suporte para todo o conhecimento exercido pela língua materna. Diante do exposto, pode - se entender que as práticas da linguagem, enquanto fenômeno, de uma interlocução viva, perpassa todas as áreas do agir humano, potencializando na escola, a perspectiva interdisciplinar. 2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE Entende - se como conteúdo estruturante, o conjunto de saberes e conhecimentos maiores, que irão 134 identificar e organizar uma disciplina escolar. A partir deles virão os conteúdos específicos que serão trabalhados no cotidiano da escola. Nas DCES de Língua Portuguesa tem - se como concepção de língua a prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo o objeto de estudo da disciplina a Língua e o conteúdo estruturante, o Discurso como prática social. Nas práticas discursivas estarão presentes os conceitos oriundos da linguística, sociolinguística, semiótica, pragmática, estudos literários, semântica, morfologia, sintaxe, fonologia, análise do discurso, gramáticas normativa/descritiva e de uso, que irão aprimorar a competência linguística dos estudantes. 2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS 2.1.1 ENSINO FUNDAMENTAL Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. Deve-se lembrar que cada Gênero Discursivo poderá ser usado em séries diferentes, adaptando-se ao grau de compreensão de cada faixa etária. É importante contemplar as mais variadas esferas sociais de circulação do gênero: cotidiana, literária/artística, escolar, imprensa, publicitária, política, jurídica, produção e consumo, midiática. 5ª Série/ 6º Ano (Sugestão de gêneros textuais: Adivinhas , Contos de fada, Fábulas, Lendas, Cartum, Charge, poemas, Resumo, Notícias, Músicas, Desenho Animado, Rótulo. Conforme observado acima “deve - se lembrar que cada Gênero Discursivo poderá ser usado em séries diferentes, adaptando - se ao grau de compreensão de cada faixa etária”. LEITURA •Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,recursos 135 gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Argumentatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Divisão do texto em parágrafos; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,pontuação,recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Argumentatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos. 6ª Série/ 7º Ano (Sugestão de gêneros textuais: Cartazes, Exposição Oral, Cartum, Charge, Paródias, Narrativas de Aventura, Resenha, Resumo, Notícias, Resenha Crítica, Debate, Panfleto). LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; 136 • Aceitabilidade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Informações explícitas e implícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Ambiguidade; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA •Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,pontuação,recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Semântica. 137 7ª Série/ 8º Ano (Sugestão de gêneros textuais: Cartum, Charge, Memórias, Exposição Oral, Músicas, Paródias, Resenha, Resumo, Notícia, Debate, Panfleto). LEITURA • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Concordância verbal e nominal; • Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • Semântica: 138 - operadores argumentativos; - ambiguidade; significado das palavras; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas: • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 8ª Série/ 9º Ano (Sugestão de gêneros textuais: Artigo de opinião, carta ao leitor, Cartum, Charge, Crônica Jornalística, Editorial, Entrevista, Publicidade Comercial, Resenha, Resumo, Músicas, Debate). LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade Intencionalidade do texto; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Discurso ideológico presente no texto;; 139 • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; •Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia. 140 ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 2.1.2 ENSINO MÉDIO (Sugestão de gêneros: Contos, Crônicas, Poemas, Artigo de Opinião, Anúncio de Emprego, Entrevista, Músicas, Requerimentos, Debate). LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto ; • Intencionalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso ideológico presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Contexto de produção da obra literária; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Progressão referencial; • Partículas conectivas do texto; 141 • Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem; - sentido conotativo e denotativo. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência textual; • Vozes sociais presentes no texto; • Ideologia presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Progressão referencial; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,conectores, pontuação,recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Vícios de linguagem; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Intencionalidade; 142 • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 2.2 CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA Em razão da lei 10.639/03, que incluiu o ensino da História e cultura afro-brasileira africana na escola, a disciplina de Língua Portuguesa e literatura no Ensino fundamental e e Médio contemplará um trabalho de conteúdos relacionados a essa temática, tais como: estudos sobre a linguagem e alimentação dos afro-descendentes, racismo, etc., como também pesquisas e exposições sobre poemas, músicas, obras literárias relacionadas a essa cultura. 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA 3.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS Considerando todo o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa, desde que esta começou a ser ensinada no Brasil, através da educação jesuítica, até os dias atuais, em que existe o analfabetismo funcional, a grande dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos pelos alunos, propõe - se um trabalho que dá ênfase a uma língua viva, dinâmica, em permanente reflexão e produção e que a linguagem é vista como uma prática interacionista. Um trabalho que possibilite ao educando participar de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com o objetivo de inseri - los em uma sociedade cheia de conflitos sociais, políticos, raciais e religiosos, marcando com suas vozes, esse contexto. Sob essa perspectiva, o ensino aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que os mesmos possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses discursos. Para que isso ocorra efetivamente, é necessária a leitura de múltiplas linguagens, que envolva o sujeito com as práticas discursivas. Nesse processo de ensino, o texto não é somente a formalização do discurso verbal ou não-verbal; é uma articulação de discursos, vozes que se 143 materializam, ato humano, é linguagem em uso efetivo. O texto é uma atitude responsiva a outros textos, e apresenta sentidos nas relações dialógicas. Desse modo, o trabalho em sala de aula com a disciplina de Língua Portuguesa deve priorizar um trabalho com os gêneros do discurso, com o objetivo de que a competência linguística do aluno seja aperfeiçoada, nas práticas de leitura, escrita oralidade, e análise linguística. Considerando essa abordagem metodológica e a concepção interacionista de linguagem, o Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa é o Discurso como prática social. O discurso é efeito de sentidos entre os interlocutores, é o resultado da interação – oral ou escrita – entre sujeitos, é “a língua em sua integridade concreta e viva” (BAKHTIN, 1997, p.181). Assim, a língua será trabalhada, na sala de aula, a partir da linguagem em uso, vai considerar os gêneros discursivos que circulam na sociedade, abordando em cada gênero trabalhado seu conteúdo ideológico, sua forma composicional e seu estilo. Sendo assim, o processo de ensino-aprendizagem na língua materna visa que o educando: empregue a língua oral em diferentes situações de uso, saiba adequá - la a cada contexto e interlocutor, reconheça as intenções implícitas nos discursos do cotidiano; desenvolva o uso da escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o tema e o contexto de produção; analise os textos produzidos, ampliando seu conhecimento linguístico - discursivo; aprofunde, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e sensibilidade estética; aprimore os conhecimentos linguísticos, expressão e compreensão dos processos discursivos, adequando a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando - se, também da norma padrão da língua. Com o objetivo de melhorar o trabalho e o aprendizado em sala de aula, propõem - se um trabalho pedagógico que utiliza - se de recursos variados como: exposição oral, uso da TV pendrive, multimídia, DVD, músicas, filmes e laboratório de informática. Visando o sucesso do processo de ensino-aprendizagem é ofertado o programa de Sala de Apoio de Língua Portuguesa para alunos da 5ª série/ 6º ano. Com relação aos alunos com necessidades educacionais especiais, que freqüentam a Sala de Recursos, busca-se garantir a adaptação curricular e avaliação diferenciada em sala de aula regular. Oferta - se ainda o CELEM e o programa Viva a Escola. Com o intuito de buscar uma educação de qualidade centrada nos desafios contemporâneos, procura - se trabalhar através de atividades diferenciadas (leituras, debates, filmes, músicas, trabalhos orais e escritos) atingindo as questões de Educação Ambiental, Cidadania, Educação para as Relações Étnico Raciais, Prevenção ao uso de drogas e Inclusão. 3.2 PRÁTICA DA ORALIDADE A prática discursiva predominante cotidianamente é a fala. Para que esta seja fluente, com várias situações formais, faz - se necessário adequar as atividades orais às circunstâncias. Sendo assim, a aprendizagem acontece através da prática oral por meio de operações linguísticas, complexas e também 144 através dos recursos expressivos, tal como a entonação. Reconhecendo as variantes linguísticas, como legítimas, pois são expressões de grupos sociais. A língua inevitavelmente sofre alterações, porque esta como qualquer produto social, está em processo evolutivo. Ou seja, toda e qualquer forma de expressão de interação sofre alterações, conforme o meio em questão, o qual influencia essas expressões. Porém, deve - se reconhecer que a norma padrão, além de variante de prestígio social e de uso dessas classes dominantes, é fator de agregação social e cultural. Então, sendo função da escola transmitir conhecimentos, o aluno, indiferente de sua condição social tem direito ao acesso dessa norma, para que ele possa tanto usar a variante linguística, como a norma padrão, isso claro, dependendo de determinados contextos sociais. Dessa forma, o aluno terá condições de se posicionar criticamente diante às relações mais complexas, ou seja, esferas sociais, adequando - se a elas. Os gêneros orais são diversos, e devem ser trabalhados no Ensino Fundamental e Médio, sendo eles, simulados em atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação, reflexão, sobre os usos da linguagem e suas características. Para que assim se obtenha um aprimoramento linguístico na fala do aluno. 3.3 PRÁTICA DA ESCRITA De acordo com as Diretrizes, a prática da escrita deve abranger as relações entre o uso e o aprendizado da língua, levando - se em conta de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são construções coletivas. Desse modo percebe - se o texto como uma forma de atuação no mundo. A compreensão do funcionamento de um texto escrito por parte do aluno leva - o a perceber também que a escrita apresenta elementos significativos próprios que não estão presentes na fala, por exemplo. Na produção escrita o produtor do texto deve assumir - se como locutor. Para tanto leva - se em conta que as propostas de produção seja gêneros que têm uma função social determinada. Para aprimorar a prática da escrita citam - se alguns exemplos:convite, cartaz, notícia, resumos, contos, poemas, receitas, email, blog, etc. A produção textual deve ser planejada pelo professor e pelo aluno. É preciso ler vários textos do gênero solicitado, delimitar o tema de produção, definir objetivos, prever interlocutores, organizar ideias. A seguir o educando fará a escrita da primeira versão levando - se em conta o planejamento anterior. Após essa etapa reescreve - se o texto refletindo e avaliando se a escrita seguiu os objetivos propostos. Muitas vezes no decorrer da produção textual, outros gêneros podem ser trabalhados até chegar ao gênero pretendido. Através do processo de planejar, escrever, revisar e reescrever seus textos, o educando passa a perceber que a revisão e reescrita dos textos é um processo de compreensão e ampliação de ideias. 3.4 PRÁTICA DA LEITURA Na concepção de linguagem assumida pelas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa, a leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e 145 para se efetivar como co - produtor, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio cultural. Ler é ter contato com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais - jornalística, artística, judiciária, científica, didático - pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que também fazem parte com intensidade crescente do nosso universo cotidiano. Trata - se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade. Através de uma leitura aprofundada, o aluno é capaz de enxergar os implícitos, e depreender as reais intenções que cada texto traz. Mas para que isso aconteça, o professor deve planejar as atividades em sala de aula a partir de estratégias de leitura que possibilitem ao aluno a se posicionar diante do que lê. No trabalho com os gêneros discursivos, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado e de outros textos. De acordo com o exposto, para o encaminhamento da prática de leitura, é relevante que o professor realize atividades que propiciem a reflexão e discussão, tendo em vista o gênero a ser lido: do conteúdo temático, da finalidade, dos possíveis interlocutores, das vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam, das ideologias apresentadas no texto, da fonte, dos argumentos elaborados, da intertextualidade. Para a seleção dos textos é importante avaliar o contexto da sala de aula, as experiências de leitura dos alunos, os horizontes de expectativas deles e as sugestões sobre textos que gostariam de ler, para, então, oferecer textos cada vez mais complexos, que possibilitem ampliar as leituras dos educandos. 3.4.1 LITERATURA O trabalho com a literatura na Disciplina de Língua Portuguesa é baseado no Método Recepcional, tendo em vista o papel que se atribui ao leitor, uma vez que este é visto como um sujeito ativo no processo de leitura, tendo voz em seu contexto. Além disso, esse método proporciona momentos de debates, reflexões sobre a obra lida, possibilitando ao aluno a ampliação dos seus horizontes de expectativas. Essa proposta de trabalho, de acordo com Bordini e Aguiar (1993), tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural; transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola e comunidade. 146 Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças entre o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há a preocupação, por parte do professor, em garantir o estudo das Escolas Literárias. Contudo, ambos os níveis devem partir do mesmo ponto: o aluno é o leitor, e como leitor é ele quem atribui significados ao que lê, é ele quem traz vida ao que lê, de acordo com seus conhecimentos prévios, linguísticos, de mundo. Assim, o docente deve partir da recepção dos alunos para, depois de ouvi-los, aprofundar a leitura e ampliar os horizontes de expectativas dos alunos. Deve-se ressaltar, que no Ensino Médio, o professor não ficará mais preso somente à linha do tempo da historiografia literária, mas fará uma análise contextualizada da obra, no momento de sua produção e no momento de sua recepção. Essa proposta de metodologia de ensino da literatura potencializa uma prática diferenciada com o Conteúdo Estruturante, e que é capaz de fazer aprimorar o pensamento. 3.5 ANÁLISE LINGUÍSTICA A análise linguística complementa as práticas de leitura, oralidade e escrita, pois provoca a análise dos elementos gramaticais e textuais no momento da leitura ou da produção textual. O estudo da língua deve visar a exploração das atividades textuais e discursivas. Para que o trabalho com a língua seja bem desenvolvido é preciso ter em mente os quatro tipos básicos de gramática: -Normativa: estudo de regras da língua culta, com ênfase na escrita; -Descritiva: estudo da variante linguística em uso, com ênfase na oralidade; -Internalizada: regras dominadas pelo falante; -Reflexiva: Observação e reflexão da língua. Preocupa - se mais com o processo do que com o resultado. Sendo a interlocução o início do trabalho com o texto, a gramática precisa ser estudada a partir do seu aspecto funcional, levando - se em conta os quatro tipos de gramáticas citadas acima. Após a seleção do gênero discursivo é necessário perceber o conteúdo temático e o contexto de produção/circulação. A seguir analisam - se as marcas linguísticas enunciativas na oralidade, leitura e escrita. Na oralidade observa - se a adequação da linguagem ao contexto; as marcas linguísticas típicas da conversação; as diferenças que caracterizam a fala formal e informal; conectivos de coesão e coerência. Na leitura devem ser observadas as diferenças no registro de textos formais e informais; a repetição de palavras e seu efeito de sentido; o uso de figuras de linguagem e de pensamento e seus efeitos no texto; os discursos direto, indireto e indireto livre. O trabalho com a escrita deve partir da reestruturação do texto do aluno analisando - se os seguintes aspectos: -Discursivos: (argumentos, vocabulário, etc.) -Estruturais: (composição do gênero proposto) -Normativos: (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado, etc.) Conforme observado, o estudo da organização sintático - semântico de um texto permite a 147 exploração das categorias gramaticais, de acordo com cada texto analisado. 4. AVALIAÇÃO É fundamental ressaltar que a forma de avaliação presente na proposta pedagógica de Língua Portuguesa tem como função diagnosticar o processo de ensino-aprendizagem, sempre com uma dimensão formadora, para que haja uma reflexão sobre a prática pedagógica na escola, e não uma simples verificação do conteúdo por parte do educando. Assim, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas. Então, o professor, no momento em que avaliar seus alunos, deve contribuir para a compreensão das dificuldades dos mesmos, com a preocupação de que haja uma mudança necessária para que a aprendizagem se concretize de fato e com a formação de sujeitos que construam sentidos para a sociedade em que vivem. Quando se concebe a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para aprimorar sua capacidade linguística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita, considerando - se a avaliação formativa e somativa. Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e processos de aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua condição de contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica aconteça, informando os sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando - os a refletirem e tomarem decisões. Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa entrevista, num contar de história, as exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve ser considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário, também, que o aluno se posicione como avaliador de textos orais com os quais convive (noticiários, discursos políticos, programas televisivos, etc.) e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado esperado. A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os alunos empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa considerar as diferenças de leitura de mundo e repertório de experiências dos alunos. Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. Posteriormente o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa posicionar - se como avaliador tanto dos textos que o rodeia quanto de seus próprio texto. A avaliação somativa será realizada ao final de um programa, e usada para definir uma nota. Oferta - se aos alunos que não dominam um conteúdo uma recuperação paralela, em que este é retomado, 148 afim de que possa apropriar - se desse conhecimento. Os instrumentos de avaliação utilizados são: Seminários, debates, apresentação de trabalhos, paródias, teatros, avaliação escrita individual e em grupos. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, Vera Teixeira de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura e Formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993. BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e Filosofia da Linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999. CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. (orgs). Diálogos com Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2006. FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho . 3 ed. São Paulo: Cortez, 2002. _____. Linguagem & diálogo: as ideias linguísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar, 2003. GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W. (org). O texto na sala de aula . 5 ed. São Paulo: Ática, 2004. KOCH, Ingedore: TRAVAGLIA, Luiz C. A. coesão textual. 3ª ed. São Paulo: Contexto, 1991. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 2001. MARCUSCHI, Luis Antonio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa. Curitiba, SEED, 2008. PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1992. ______. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 5ª edição. São Paulo: Ática 1991. 149 ROJO, Roxane. Gêneros do discurso e gêneros textuais: questões teóricas e aplicadas. In: MEURER, J. L.; BONINI, D. (orgs.) Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola, 2005. 150 3.12 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que compõem a Matemática conforme é conhecida hoje. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros que hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Como campo de conhecimento, a Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas. Da ênfase à memorização de princípios e fórmulas, de caráter pragmático e mecanicista, o ensino da Matemática percorreu um longo processo. Nessa perspectiva de compreensão histórica de uma área do conhecimento humano é que assumimos, conforme explicitado nas Diretrizes Curriculares, “a Matemática como um saber vivo, dinâmico, construído historicamente para atender às necessidades sociais e teóricas” (DCE, 2007, p.12). Nesse contexto, o ensino d a matemática é assumido como instrumento p ara a compreensão, a investigação a inter-relação co m o ambiente e seu pap el de agente de mod ificação do ind ivíduo, provocando mais qu e o simples acú mu lo d e conhecimento técnico, abrangend o o discernimento po lítico . A Educação Matemática tem co mo finalid ad e fazer com qu e o estudante compreenda e se aproprie da p rópria Matemática co ncebid a como um co nju nto de resultados, método s, pro ced imentos, algoritmos e ou tros, por meio do s qu ais é po ssível, inclu sive, construir valo res e atitud es d e natu reza diversa. O ensino da Matemática implica em co ntemplar p ráticas contextu alizad as, ou seja, partindo d e situações do cotidiano do alu no onde tais situações sejam analisadas e interp retad as co m o au xílio do conhecimento elab orado cientificamente, sup erando sab eres fragmentado s e/ou parciais, com o ob jetivo d e desenvolvê-la enq uanto campo de investigação e d e produ ção d e conhecimento d e natureza científica, primand o p ela melhoria d a qualid ade do ensino e d a aprend izagem d os co nceito s matemáticos. Amparado s nas Diretrizes Curricu lares Estadu ais reforçamo s aqui o objeto d e estudo da matemática: A história da Ciênci a Matemática demarca a construção histórica do objeto matemático. Na concepção de Ribnikov (1987) este objeto é composto p elas formas espaciais e as quantidades. Um dos objetivos da disciplina Matemática é transp or, para a prática docente, o objeto matemático construí do historicamente e 151 possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse obj eto (SEED, 2007, p. 18). A Educação Básica prevê a formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais. Para isso, é necessário que ele se aproprie de conhecimentos que dêem conta de auxiliá-lo na inserção social de forma consciente e comprometida, para tanto, os conhecimentos matemáticos considerados fundamentais para esse processo encontram-se organizados em campos denominados de conteúdos estruturantes. 2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO FUNDAMENTAL Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a sua compreensão. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais. Os Conteúdos Estruturantes propostos nestas Diretrizes Curriculares, para a Educação Básica da Rede Pública Estadual, são: h) Números e Álgebra i) Grandezas e Medidas j) Geometrias k) Funções l) Tratamento da informação Esses conteúdos estruturantes estão assim divididos: 5ª Série/ 6º Ano Números e Álgebra Sistemas de numeração; Números Naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e radiciação; Números fracionários; 152 Números decimais. Grandezas e Medidas IX. Medidas de comprimento; X. Medidas de massa; XI. Medidas de área; XII. Medidas de volume; XIII. Medidas de tempo; XIV. Medidas de ângulos; XV. Sistema monetário. Geometrias III. Geometria Plana; IV. Geometria Espacial. Tratamento da Informação XXVIII. XXIX. Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem. 6ª Série/ 7° Ano Números e Álgebra b) c) d) e) f) Números Inteiros; Números Racionais; Equação e Inequação do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três simples. Grandezas e Medidas f) Medidas de temperatura; g) Medidas de ângulos. Geometrias XLI. XLII. XLIII. Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias não-euclidianas. Tratamento da Informação c) d) e) f) Pesquisa Estatística; Média Aritmética; Moda e mediana; Juros simples. 153 7ª Série/ 8º Ano Números e Álgebra VIII. Números Racionais e Irracionais; IX. Sistemas de Equações do 1º grau; X. Potências; XI. Monômios e Polinômios; XII. Produtos Notáveis. Grandezas e Medidas I. Medidas de comprimento; II. Medidas de área; III. Medidas de volume; IV. Medidas de ângulos. Geometrias V. Geometria Plana; VI. Geometria Espacial; VII. Geometria Analítica; VIII. Geometrias não-euclidianas. Tratamento da Informação III. Gráfico e Informação; IV. População e amostra. 8ª Série/ 9º Ano Números e Álgebra III. Números Reais; IV. Propriedades dos radicais; V. Equação do 2° grau; VI. Teorema de Pitágoras; VII. Equações Irracionais; VIII. Equações Biquadradas; IX. Regra de Três Composta. Grandezas e Medidas II. Relações Métricas no Triângulo Retângulo; III. Trigonometria no Triângulo Retângulo. Funções 154 c) Noção intuitiva de Função Afim; d) Noção intuitiva de Função Quadrática. Geometrias XI. Geometria Plana; XII. Geometria Espacial; XIII. Geometria Analítica; XIV. Geometrias não-euclidianas. Tratamento da Informação II. Noções de Análise Combinatória; III. Noções de Probabilidade; IV. Estatística; V. Juros Compostos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO MÉDIO Os Conteúdos Básicos de Matemática no Ensino Médio deverão ser abordados articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também através da intercomunicação dos Conteúdos Estruturantes. As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e servem de aporte teórico para as abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, visando desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. É importante a utilização de recursos didático-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática. Em relação às abordagens, destacam-se a análise e interpretação crítica para resolução de problemas, não somente pertinentes à ciência matemática, mas como nas demais ciências que, em determinados momentos, fazem uso da matemática. Para o ensino médio da Rede Pública Estadual os conteúdos estruturantes são: 155 m) n) o) p) q) Números e Álgebra Grandezas e Medidas Geometrias Funções Tratamento da informação 1ª Série do Ensino Médio Números e Álgebra II. Números Reais; III. Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares. Funções IV. Função Afim; V. Função Quadrática; VI. Função Exponencial; VII. Função Logarítmica; VIII. Função Modular; IX. Função trigonométrica; X. Progressão Aritmética; XI. Progressão Geométrica; Geometrias Geometria Plana; Grandezas e Medidas Medidas de Área; Trigonometria; Medidas de Grandezas Vetoriais. Tratamento da informação IX. Estatísticas; 2º Série do Ensino Médio Números e Álgebra XII. Matrizes; XIII. Determinantes; XIV. Sistemas Lineares; Funções XV. Funções Trigonométricas. 156 Geometria XVI. Geometria métrica e espacial; Tratamento da Informação XVII. Análise Combinatória; XVIII. Binômio de Newton; XIX. Estudo das Probabilidades; XX. Estatística. Grandezas e Medidas § 4Medidas de Volume; § 5Medidas de Área. 3º Série do Ensino Médio Números e Álgebra XXI. XXII. Números Complexos. Polinômios. Funções VII. VIII. Funções polinomiais; Funções trigonométricas; Geometrias XXIII. XXIV. Geometria Analítica; Geometrias não euclidianas. Tratamento da Informação XXV. XXVI. Probabilidade e estatística; Matemática Financeira; Grandezas e Medidas § 2Medidas de Informática; §3 Medidas de Energia; § 4Trigonometria. 157 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Os conceitos serão trabalhados segundo uma perspectiva histórico, sem deixar de trabalhar a lógica de sua elaboração haverá entre os conteúdos estruturantes e específicos um interrelacionamento de modo assegurar uma visão da totalidade do conhecimento matemático, utilizando-se das tendências matemáticas que fundamentam a prática docente, das quais citamos: resolução de problemas; modelagem matemática; mídias tecnológicas; etnomatemática; história da matemática e investigações matemática. Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor devem garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores e capacitá-lo na aplicação de conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, das ciências, da própria ciência matemática e nas demais ciências que em determinado momento fazem uso da matemática. 4. AVALIAÇÃO A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre como está se realizando o processo ensino aprendizagem como um todo tanto para o professor e a equipe pedagógica conhecerem e analisarem os resultados de seu trabalho, como para o aluno verificar seu desempenho. Ela deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e compreensão dos avanços , dos limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os objetivos da atividade de que participam. A ação avaliativa deve ser continua para constatar o que está sendo construído e assimilado pelos alunos, também cumpre o papel, de identificar dificuldades para que sejam programadas atividades diversificadas de recuperação paralela ao longo do ano letivo de modo que não se acumulem e solidifiquem. Para isso devemos dispormos de instrumentos de observação registros que permitam o acompanhamento das atividades, no dia a dia dos alunos, especialmente nas aulas que dão oportunidades de participação nas quais o aluno pergunta, imite opiniões, levanta hipótese, constroem novos conceitos e buscam novas informações. Essa observação permite ao professor obter informações sobre as habilidades cognitivas, as atitudes de responsabilidade, cooperação, organização e outros modos de agir em situações naturais espontâneas. A avaliação será feita como instrumento diagnostico no decorrer e após as atividades, possibilitando o aluno a fazer a auto avaliação em relação à participação em sala de aula, freqüência, responsabilidade com as tarefas, trabalhos individuais e grupos, testes, podendo o professor entrevir quando houver necessidade,segundo as normas para o ano letivo de comum 158 acordo com o aluno. Normas essas apresentadas e trabalhadas pelo professor e de comum acordo com o aluno, o qual deve fazer uma analise critica de seu próprio desempenho descrevendo as facilidades ou dificuldades encontradas e o que deve ser feito para melhorar. Para que se concretize a avaliação contínua e formativa visando aprendizagem e a formação do aluno, se faz necessário a diversificação dos instrumentos de avaliação, que são: atividade de leitura compreensiva de textos, projeto de pesquisa bibliográfica, produção de texto, apresentação oral, atividades experimentais, projeto de pesquisa de campo, relatório, seminário, debate, atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalho em grupo, questões discursivas, questões objetivas. Recuperação paralela Sua finalidade é reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar a recuperar apenas notas ou conceitos. Ela deve abrir espaço para o aluno repensar o conteúdo, no auxilio mutuo para descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento. Os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do professor e o aluno na busca dos objetivos não atingidos. Entre as intervenções que podem ser feitas, destacam-se: A retomada de conteúdo, as mudanças de estratégias, definindo os instrumentos e os momentos de avaliação com monitoria do professor ou trabalho em grupo. Com esses princípios de avaliação a recuperação passa a enfocar o aprendizado levando o aluno a desenvolver suas habilidades na busca do conhecimento. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Matemática. Curitiba 2008. DANTE, L.R. Tudo é Matemática, São Paulo, Ática, 2008. Dante, Luiz Roberto –Matemática,,Versos Aplicações, Volume único, Editora Àtica, São Paulo; Giovanni, José Ruy,– Matemática Fundamental, Uma Nova Abordagem, Editora FTD , São Paulo; Marcondes, Sérgio Gentil, Matemática Novo Ensino Médio, Volume Único, 6ª edição,Editora 159 Ática,São Paulo; FACCHINI, Walter, Matemática Volume Único, Ed. Saraiva, 2001; PAIVA, Manoel, Matemática, Ed. Moderna; LONGEN, Adilson, Matemática, Coleção Nova Didática, Ed. Positivo, 2008; FILHO, Benigno Barreto, SILVA, Cláudio Xavier, Matemática, Aula Por Aula, Ed FTD, 2000; Livro Didático Público. 160 3.13 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 1.1. Dados de Identificação: a) Professores: Silvana Teresinha Castaman e Eleandro Miguel da Silva. b) Disciplina: Química c) Curso: Ensino médio d) Séries: 1ºA, 1ºB, 1ºC, 1ºD, 1ºE, 2ºA, 2ºB, 2ºC, 2ºD, 2ºE, 3ºA, 3ºB, 3ºC e 3ºD. e) Turno: Matutino e Noturno 1.1. Apresentação da Disciplina A química está intimamente ligada a todo o desenvolvimento das civilizações, a partir das primeiras necessidades do homem pré – histórico, pois como ciência, tornou – se um dos meios de interpretação do mundo físico. A química tem papel essencial na formação do sujeito, pois, além de estar diretamente ligada à vida, é uma ciência que leva ao estudo das substâncias materiais e suas transformações. A sobrevivência do ser humano exige cada dia mais o domínio dos conhecimentos químicos, os quais permitem a utilização competente e responsável de materiais, reconhecendo suas implicações sócio – políticas, econômicas e ambientais do seu uso. A cultura também não pode ser deixada de lado, é preciso que seja vinculada no desenvolvimento dos conteúdos científico. Portanto, se o educador ao ensinar Química relacionar essa ciência com o tempo, trabalho, cultura e tecnologia, poderá, com sucesso, passar aos educandos o conhecimento científico. A sociedade atual, bem como os alunos, buscam a formação cidadã e não mais a formação tecnista, cabe, portanto ao professor e ao Estado acompanhar esta mudança de objetivo social. Na disciplina de química devemos abordar temas cuja relevância social nos permita acrescentar conhecimentos, possibilitando maior qualidade de vida ao aluno e em consequência em toda a sociedade. Com o avanço tecnológico, devemos fazer uma reflexão, sobre o papel esperado pela sociedade desse conhecimento, repassado nas escolas e seu efeito cotidiano. Devemos incentivar a busca a busca de novos conhecimentos e aprimoramento pessoal e profissional, e a preparação do indivíduo para uma sociedade justa. Para que os conceitos básicos de química sejam disponibilizados a todos se faz necessário 161 que sua transmissão ocorra de maneira formal, após a assimilação dos conceitos formais e preferencialmente deverá ser estimulada pelo professor para que venha a partir do aluno, servindo o professor como mediador e condutor do processo. 1.1. Fundamentação Teórico – Metodológico A correlação entre ciência e vida cotidiana há muito tempo vem sendo apontada como uma das formas de melhorar os processos de ensino-aprendizagem em Ciências. Sendo a química uma ciência que estuda a matéria e suas transformações, e, considerando que o universo é feito de matéria, certamente não faltariam exemplos para serem usados como temas geradores no ensino. A relação com o cotidiano do aluno é um dos fatores que pode garantir a adequação dos conteúdos de ensino às necessidades da comunidade na qual ele está inserido, cabendo aos professores defini-lo. Contextualizar seria problematizar, investigar e interpretar situações/fatos significativos para os alunos de forma que os conhecimentos químicos auxiliassem na compreensão e resolução dos problemas. Sendo reconhecida a importância de se ensinar conhecimentos químicos inseridos em um contexto social, político, econômico e cultural, o cenário que se apresenta atualmente nas escolas pode ser melhorado ao interagir a ciência com a sociedade. O termo interdisciplinaridade significa uma relação de reciprocidade, de mutualidade, que pressupõe uma atitude diferente a ser assumida rente ao problema do conhecimento, ou seja, é a substituição de uma concepção fragmentária para uma concepção unitária de ser humano. De fato a interdisciplinaridade é nada mais nada menos do que um sistema de troca conceitual entre as diversas disciplinas com o objetivo principal de promoção do conhecimento. 1.2. Objetos de Estudo O Objeto de estudo na disciplina de química está concentrado nas propriedades gerais da matéria e substâncias; trabalhando de forma que o educando veja a utilização do conhecimento químico com competência e responsabilidade. Desta forma a ciência se mostrará de grande interesse e essencial para o equilíbrio em geral. Para tanto se faz necessário o conhecimento da constituição da matéria suas inúmeras transformações e as substância que se pode obter e/ou trabalhar visando melhor qualidade de vida para todos. 1.3. Objetivos da disciplina Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (BRASIL, 2000), os currículos de ensino de química devem conter elementos que propiciem ao aluno entender os fenômenos existentes em nosso mundo e da crescente evolução das tecnologias através da 162 apresentação de teorias que expliquem os mesmos e que este conhecimento formado, sirva, não somente com objetivo profissional, mas acima de tudo, como parte integrante da formação de cidadãos que virão a formar a sociedade futura. Como objetivos, devem-se então, encarar a química não como uma disciplina isolada, mas com o devido uso da interdisciplinaridade, inseri-la em um contexto mais amplo, facilitando ao aluno, entender e formar opiniões críticas sobre seu dia-a-dia, valorizando o diálogo e a consulta, proporcionando desenvolver a capacidade de comunicação, bem como a curiosidade e a confiança em si próprio no questionamento e nas investigações, observando a evolução da Ciência Química juntamente com os seus benefícios e prejuízos, formando indivíduos pensantes e produtivos em busca da melhoria de qualidade de vida com compreensão das ideias fundamentais da ciência oportunizando ao educando a vivência da metodologia cientifica e reconhecendo a importância da química no sistema produtivo, compreendendo a evolução dos meios tecnológicos através da dinâmica da ciência na sociedade. A interdisciplinaridade e a contextualização são fundamentais para se alcançar tais objetivos, ou seja, a formação do cidadão depende da compreensão da evolução das ciências e do desenvolvimento tecnológico, considerando seu impacto social e no cotidiano, permitindo assim a construção do conhecimento químico associado a outras disciplinas. 2. CONTEÚDOS Com base no exposto anteriormente, alguns conteúdos foram pontualmente escolhidos, formando um processo interligado e sucessivo entre todas as séries do nível médio, tratando-se de uma prática pedagógica maleável, utilizando-se da interdisciplinaridade e da contextualização como pontos chave para o alcance dos objetivos propostos, inserindo o aluno (cidadão formador da sociedade futura) dentro de um sistema capaz de lhe fornecer requisitos necessários para o bom entendimento dos acontecimentos de seu cotidiano preparando-o ainda para sua vida profissional. Para tal, O educando será conduzido a interagir com o conhecimento químico por diferentes meios, como a tradição cultural, com fundamentos no ponto de vista químico e científico e nas crenças populares. Desta forma, a química será apresentada como uma ferramenta útil e necessária no controle das fontes poluidoras e no melhoramento dos processos químicos industriais, assim o educando adquiri uma melhor compreensão do papel da química na sociedade. 2.1Conteúdos Estruturantes Matéria e sua natureza; conceitos do que é matéria. Como a natureza está organizada e a necessidade de se conhecer as propriedades físicas e químicas dos elementos que constituem a 163 matéria e constroem o nosso meio. Biogeoquímica; relaciona matéria e vida. Como a natureza é organizada de forma complexa com os mesmos elementos, formando vida e matéria bruta e a interação entre a matéria viva e não viva. Química sintética; a transformação da matéria em produtos úteis seja como medicamentos farmacêuticos, como agrotóxicos e fertilizantes, para maximização da produção de alimentos. A tecnologia em favor da eficácia na produção industrial. 2.2. Conteúdos Específicos Série/ Turma1ºA, 1ºB, 1ºC, 1ºD, 1ºE Conteúdo Estruturante: Matéria e sua Natureza 1° BIMESTRE Introdução a História da Química; Conhecimento da Matéria e suas transformações Substâncias simples e compostas Substâncias puras e misturas; Métodos de separação; Caracterização de fenômenos físicos e químicos; Estados físicos da matéria e suas transformações; Estrutura atômica; Modelos atômicos; Elementos químicos, número atômico, massa atômica, massa molecular Configuração eletrônica nos níveis e subníveis do átomo. 2° BIMESTRE Tabela periódica; Evolução da tabela periódica; Grupos e períodos; Classificação dos elementos na tabela periódica; Propriedades aperiódicas e periódicas; Ligações químicas; Ligação iônica; Ligação covalente, normal e coordenada; Polaridade das ligações; Geometria molecular e polaridade de moléculas; 164 Ligação metálica; Ligações intermoleculares: Van der Waals e Pontes de Hidrogênio; Números de oxidação. 3° BIMESTRE Funções inorgânicas; Ácidos; Bases; Sais; Óxidos; 4° BIMESTRE Reações Químicas; Reações de Deslocamento; Reações de dupla troca; Reações de síntese; Poluição do ambiente aquático; Objetivos Específicos Entender que a Química é uma ciência que estuda os materiais e os processos pelos quais eles são retirados; Perceber e classificar fenômenos químicos e físicos presentes em seu dia a dia; Perceber que a ciência está em constante evolução; Perceber que novas observações e novas idéias produzem um outro modelo para o átomo, que por sua vez, explicará melhor os fenômenos da natureza. Entender o que é necessário para que duas substâncias reajam quimicamente; Entender a importância da reunião e da análise dos dados científicos que levaram a determinação das propriedades químicas dos elementos, o que possibilitou a organização desses elementos em uma sequência lógica. Entender o que é uma ligação iônica, covalente e metálica; Prever o tipo de ligação que ocorrerá e entender determinados elementos químicos; Representar as ligações covalentes pelas fórmulas estrutural e molecular; Diferenciar compostos iônicos de moleculares; Compreender a importância de alguns ácidos, bases, sais e óxidos em seu dia-a-dia; Compreender a relações proporcionais presentes na química; Série/ Turma 2ºA, 2ºB, 2ºC, 2ºD, 2ºE 165 Conteúdo Estruturante: Biogeoquímica 1° BIMESTRE Soluções Soluções; Classificação quanto ao estado físico das partículas dispersas, à proporção entre soluto e solvente. Concentração das soluções: percentagem (m/m, V/V), concentração em g/L e mol/L; Diluição e mistura de soluções; Propriedades Coligativas 2° BIMESTRE Termoquímica Conceito; Entalpia: reações endotérmicas e exotérmicas; Fatores que influem na variação da entalpia; Calor de reação: formação, combustão e energia de ligação, neutralização e solução; Lei de Hess; 3° BIMESTRE Cinética Química Velocidade de reação: Conceito; Fatores que influencia nas velocidades das reações: energia de ativação, temperatura, concentração, pressão, superfície de contato, catalisadores; Tipos de catálise. 4° BIMESTRE Equilíbrio Químico Condições de ocorrência do equilíbrio; Constante de equilíbrio: Kc e Kp; Deslocamento do equilíbrio: Principio de LêChatelier, influência da pressão, da temperatura e da concentração no equilíbrio químico; Equilíbrio iônico: pH e pOH; Hidrólise de sais: caráter ácido e básico de sais. Eletroquímica 166 Reações de oxi-redução; Série de reatividade química; Pilhas; Eletrólise em meio aquoso. Objetivos Específicos Compreender dados quantitativos, estimativas e medidas; Conceituar, definir, classificar e caracterizar dispersões; Perceber a existência de diferentes tipos de soluções e a diversidade da utilização delas na prática; Compreender o significado de diluir e concentrar; Perceber que o estudo das quantidades de calor liberadas ou absorvidas durante as reações químicas auxiliam na compreensão de fatos observados no dia-a-dia. Identificar os fatores que influenciam as velocidades das reações químicas, representações, condições fundamentais para a ocorrência, leis de velocidade e inibidores; Perceber a aplicação da eletroquímica em problemas práticos das propriedades dos metais como conseqüência da ligação metálica. Série/ Turma 3ºA, 3ºB, 3ºC, 3ºD Conteúdo Estruturante: Química Sintética 1° BIMESTRE Introdução a Química Orgânica Evolução da Química Orgânica; Química orgânica nos dias atuais; Características do átomo de carbono; Classificação dos átomos de carbono em uma cadeia; Tipos de cadeia orgânica; Formula estrutural. Hidrocarbonetos Alcanos; Alcenos; Alcadienos; Alcinos; Ciclanos; Hidrocarbonetos aromáticos. 2° BIMESTRE 167 Funções Orgânicas Oxigenadas Álcoois; Fenóis; Éteres; Aldeídos e cetonas; Ácidos carboxílicos; Derivados dos ácidos carboxílicos. Funções Orgânicas Nitrogenadas Aminas; Amidas; Nitrilas; Nitrocompostos. 3° BIMESTRE Estrutura e Propriedades Físicas das Moléculas Orgânicas; Estrutura das moléculas orgânicas; Ponto de fusão, ponto de ebulição e estado físico dos compostos orgânicos; Solubilidade dos compostos orgânicos; Densidade dos compostos orgânicos. Isomeria Reações de Substituição Reações de Adições Reações de Eliminação 4° BIMESTRE Glicídios. Definição; Classificação; Estrutura; Reações; Principais glicídios. Lipídios Glicerídios; Cerídios; Química da limpeza. Sabões e detergentes. Aminoácidos e Proteínas Definição; Classificações; Estrutura das proteínas; Hidrolise das proteínas; Enzimas; Alimentação humana. Polímeros Sintéticos Os polímeros sintéticos e o cotidiano. 168 Objetivos Específicos Compreender que o átomo de carbono tem características especiais que o diferem de outros elementos; Diferenciar compostos orgânicos e inorgânicos; Identificar, caracterizar, nomear e relacionar compostos orgânicos; Reconhecer as relações do desenvolvimento científico e tecnológico da química; Perceber a importância de diversos hidrocarbonetos na vida diária por meio da observação de seu uso e aplicações; 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA A disciplina será desenvolvida de forma que o aluno possa interagir com os colegas de classe e com o professor de forma a ter contato com ideia e opiniões diversas. Para o desenvolvimento de tal metodologia se faz importante a leitura de textos, onde o importante é a discussão das idéias; experimentação formal, como discussão pré e pós laboratório e visando a construção e ampliação dos conceitos; demonstrações experimentais, como recurso para coleta de dados e posterior discussão; estudo do meio, através do qual se pode ter idéias interdisciplinares dos campos do conhecimento aulas dialógicas nas quais o professor deve instigar o diálogo sobre o objeto de estudo; o trabalho audiovisual, da mesma forma que o experimental, envolve períodos de discussão pré e pós atividades e deve facilitar a construção e ampliação dos conceitos; informática como fontes de dados e informações. 3.1. Recursos Utilizados Quadro-negro, livro didático público, livro do autor Ricardo Feltre adotado no colégio e distribuído as alunos, TV pen drive, laboratório de informática e laboratório de ciências. 4. AVALIAÇÃO Avaliação é diagnostica, formadora e continua, investigando os conhecimentos prévios do aluno, sua participação e desempenho, realização das tarefas, provas escritas, realização de exercícios em classe, relatórios de aulas praticas, trabalhos (individuais ou em grupos), buscando, ainda, garantir a qualidade cientifica do processo de aquisição de conhecimento e fazendo com que os educandos criem seus próprios conceitos. Essa avaliação será de forma continuada. Durante esse processo de ensino-aprendizagem, envolvendo não somente o professor, mas também alunos, pais e comunidade escolar, participando passo a passo do progresso do educando, a avaliação será de forma variada, dando oportunidade ao aluno de perceber e demonstrar sua evolução. 169 4.1. Critérios de Avaliação A avaliação do processo de ensino e aprendizagem consiste no acompanhamento do desenvolvimento das ações educativas do aluno, auxiliando-o no aperfeiçoamento de todo o processo que ocorrerá ao longo do ano letivo. A avaliação deve garantir a qualidade do processo educacional desenvolvido no coletivo da escola. No entanto, deve ser feita de forma processual e formativa, sob as condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, mostra de ciências, entre outros. Estes instrumentos devem ser relacionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino. 4.2. Instrumentos Avaliativos Auto-avaliação; Observação; Relatório; Prova; Questionário; Acompanhamento; Discussão em grupo; leitura e interpretação de textos; pesquisas bibliográficas; Relatório. 4.3. Recuperação de Estudos A recuperação se faz necessário quando os resultados avaliativos não forem satisfatórios, fornecendo uma nova oportunidade para melhorar seus resultados. Após cada avaliação, o aluno terá direito á recuperação de conteúdos/estudos. Nela, será revisto para o aluno com aproveitamento insuficiente, a área de estudos e os conteúdos da disciplina. Na recuperação de conteúdos será feito uma síntese para a turma com determinação do seu registro por parte dos alunos. A recuperação será dada no final do bimestre para os alunos com notas insuficientes após a somatória das mesmas e, após a correção das avaliações em sala de aula como forma de revisão do conteúdo. A avaliação de recuperação será fornecida em forma de prova individual com valor de 0,0 a 10,0 substituindo as notas anteriores. O resultado final será dado para a maior nota entre as avaliações e a recuperação. 170 4.4. Livro Didático Adotado Feltre Ricardo, 1928 – Química Ricardo Feltre – 6 ed. – São Paulo: Moderna, 2004. Livro didático público de química 5. REFERÊNCIAS MEC – Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Ciências Matemáticas e da Natureza e sua Tecnologias. Brasília, v. 3, 1999. Russel, JB, Química Geral. São Paulo, Editora McGraw-Hill, 1981. Santos, Wildson Luiz Pereira; MÓL, Gerson de Souza. Química e Sociedade. /volume único. São Paulo: Nova Geração, 2005. 171 3.14 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA 1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A sociologia no contexto do conhecimento científico surge como um corpo de idéias voltadas para a discussão do processo de constituição e consolidação da sociedade capitalista. Neste mundo de grandes transformações sociais, políticas e econômicas diferentes as perspectivas teóricas são elaboradas para compreender e interferir de algum modo nesta sociedade. Podemos destacar Augusto Comte e Émille DurKheim como pensadores preocupados em conservar a ordem capitalista. Karl Marx já numa perspectiva transformadora procura explicar e superar as contradições do modo de produção vigente. Max Weber compreende a sociedade de seu tempo através da racionalização da vida, onde a educação sistemática teria um papel legitimador dos fins capitalista. Possui um campo teórico capaz de orientar o estudo da cultura, dos processos de socialização – informal e formal – as relações entre política, poder e ideologia, os movimentos sociais, a indústria cultural, os processos de trabalho e produção num mundo globalizado, a violência – institucionalizada ou não – as desigualdades sociais e, assim, ajudar os alunos a confrontar com a realidade de seu bairro, cidade, município, estado, país e mundo. Os objetivos de ensinar Sociologia no Ensino Médio é introduzir o estudante nas principais questões conceituais e metodológicas da disciplina. A grande preocupação é promover reflexões sobre as questões que se desenvolveram historicamente e perduram até os dias de hoje, avaliando a operacionalidade dos conceitos e categorias sociológicas utilizados pelos autores clássicos e contemporâneos no que se refere à compreensão da complexidade da vida em sociedade no mundo atual. Assim, com conhecimentos de sistematização sociológica, o estudante pode construir uma postura mais reflexiva e crítica diante dos problemas cotidianos, compreendendo a dinâmica da sociedade em que está inserido e o seu papel social dentro dela, percebendo-se como elemento ativo, dotado de força política e capacidade de transformar, exercitando a cidadania. O ensino da Sociologia está amparado ainda, no fornecimento de instrumentos teóricos, para que os estudantes entendam o processo de mundialização do capital e das revoluções tecnológicas que geram um reordenamento da vida social, política e cultural. 172 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E TEORIAS SOCIOLÓGICAS; O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS; CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL; TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS; PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA; DIREITO,CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS. CONTEÚDOS BÁSICOS XVI. O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E TEORIAS SOCIOLÓGICAS: Formação e consolidação da Sociedade Capitalista, desenvolvimento do pensamento social e a “Ciência da Sociedade”; Sociologia acadêmica; Teorias Sociológicas Clássicas: August Comte e o Positivismo; Durkheim e os fatos sociais; Engels e Marx, classes sociais; Weber e a ação social; Autores contemporâneos das Ciências Sociais. O desenvolvimento da Sociologia no Brasil: Principais Teóricos das Ciências Sociais no Brasil e suas produções; Florestan Fernandes; Gilberto Freyre; Darcy Ribeiro, entre outros. O desenvolvimento da Sociologia no Paraná. XVII. O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS: Processo de socialização; O conceito de Instituição Social para os clássicos da Sociologia; Instituição Familiar: Instituição Escolar: Instituição Religiosa: Instituições de Reinserção: prisões, manicômios, educandários, asilos, orfanatos, entre outros; 173 O conceito de violência. XVIII. CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL. Desenvolvimento antropológico do conceito de Cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; Diversidade Cultural; Identidade; Indústria Cultural; Meios de Comunicação de Massa; Sociedade de Consumo; Indústria Cultural no Brasil; Questões de Gênero; Cultura afro-brasileira e africana; Culturas indígenas; Os Conceitos de Cultura e Ideologia; Cultura Popular X Cultura Erudita: o que são e quem as produz? Cultura Popular e Cultura Erudita no Brasil e a questão do Folclore. XIX. TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS. O Conceito de trabalho para os principais teóricos das Ciências Sociais; O conceito de trabalho nas diferentes sociedades: -Sociedades Tribais; -Sociedade Greco- Romana; -Sociedade Feudal; -Sociedade Capitalista; -Mudanças na concepção de trabalho; -Trabalho e Capital: relação de conflitos; -O conceito de Fordismo; -Pós Fordismo; Desigualdades Sociais: Desigualdades como produto das relações sociais; Desigualdades Sociais no Brasil; Estamentos: Reciprocidade, força e sua Organização; A Sociedade de Castas; 174 Estratificação Social: conceito desenvolvido por Max Weber; As Classes Sociais: Karl Marx e a dinâmica das Classes Sociais; As lutas de classe; Organização do Trabalho nas Sociedades Capitalistas e suas Contradições; Globalização e Neoliberalismo; Relações de Trabalho; Trabalho no Brasil; O trabalho e os indígenas no Brasil; O trabalho escravo no Brasil; A emergência e o desenvolvimento do trabalho livre no Brasil; A situação dos trabalhadores no Brasil após e na atualidade. XX. PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA. Formação e Desenvolvimento do Estado Moderno; Principais Conceitos ligados as formas de governo e sua relação com o Estado Moderno: Democracia; Autoritarismo; Totalitarismo; Absolutismo; Militarismo; Parlamentarismo; Socialismo; Comunismo; Nazismo e Facismo; Liberalismo; Neoliberalismo; Conceitos de poder; Conceitos de Política; Conceito de partido político; Comportamento eleitoral; Conceitos de Ideologia; Conceitos de Dominação e Legitimidade; Ideologia e Classe Social: Classe Dominante, idéias dominantes; 175 Aspectos do Estado no Brasil: O Estado Brasileiro na fase Monárquica; O Estado Brasileiro na fase Republicana; As expressões da violência nas sociedades contemporâneas; Sociologia das Profissões: Perfil das principais profissões. XXI. DIREITO,CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS. Direitos: civis, políticos e sociais; Direitos Humanos; Conceito de cidadania; Movimentos Sociais; Movimentos Sociais no Brasil; A Questão Ambiental e os movimentos Ambientalistas; A Questão da ONG’s. 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA A linguagem é a das mais importantes formas de mediação entre o homem e o mundo, entendido nas relações sociais, culturais e de poder. Neste contexto o professor de sociologia é o mediador do conhecimento científico que possibilitará aos alunos interpretar a realidade e desenvolver um pensamento crítico, construindo uma concepção livre do senso comum. Os conteúdos serão abordados considerando para cada trabalho, independente de recurso didático utilizado, a fundamentação teórica referenciado nos clássicos, concomitantemente aos fatos sociais, expressos na realidade e ainda o sentido amplo dos conceitos sociológicos. Para aprofundamento dos conteúdos ulilizar-se-á de diferentes técnicas e recursos de ensino, como seminários, mesas redondas, filmes, análise de textos verbais e não verbais, músicas, pesquisas de campo, dramatização, e outros recursos possíveis que venha a surgir. Como encaminhamentos metodológicos básicos, seguindo as DCE's para o ensino são propostos: Aulas expositivas e dialogadas; exercícios escritos e orais (discussão e debates); Leitura de textos literários, jornalísticos, didáticos; Debates e Seminários; Análises críticas de filmes, textos, documentários e música. 4. AVALIAÇÃO 176 Compreendendo a apropriação do conhecimento como um processo contínuo, a avaliação dar-se-á de forma constante, pensada e elaborada coletivamente com transparência, levando educadores e educandos ao envolvimento nesse processo pedagógico, considerando-se os objetivos propostos pela disciplina, que passa pela superação do senso comum. Para tanto, partindo da abordagem do conhecimento científico e dos fatos sociais elencando através de pesquisas de campo e bibliográfica, o aluno será avaliado através da sua produção textual observando-se coerência, concordância e fundamentação teórica: oralidade e escrita. De acordo com a DCE de Sociologia “A avaliação no ensino de Sociologia, proposta pela DCE, pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise a “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso critico e a conquista de uma maior participação na sociedade.” (DCE, 2008). 5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHAUI, Marilena. Filosofia, Editora Ática – São Paulo, 2003. TOMAZI, Nelson D. Iniciação à Sociologia. Editora Atual – São Paulo, 2000. OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. Editora Àtica – São Paulo, 2004. SILVA, Benedito. Dicionário de Ciências Sociais. Fundação Getulio Vargas – Rio de Janeiro , 1986. RAISON, Timothy (orgs). Os Precursores da Ciências Sociais. Zahar Editores – Rio de Janeiro, 1971. Diretrizes Curriculares da Educação básica de Sociologia, Paraná, 2008. VÁRIOS AUTORES, Sociologia. Curitiba: SEED-Pr, 2006. SILVA, José Otacílio da. Elementos da Sociologia Geral – Marx, Durkheim, Weber e Bourdieu. 177 Edunioeste: Cascavel, 2006. CARVALHO, Lejeune Mato Grosso de (Org). Sociologia e Ensino em Debate, Experiências e Discussão de Sociologia no Ensino Médio. Unijuí. Ijuí, 2004. 178 4. PROJETOS DA ESCOLA 4.1. Desafio da Matemática. Justificativa Considerando que a matemática e uma disciplina que apresenta certo grau de rejeição por parte dos alunos, que na maioria das vezes apresenta certa inércia ao pensamento lógico, executam atividades sem analisar informações e/ou enunciados que os direcionam para uma solução. Este projeto visa proporcionar a participação coletiva de alguns alunos, sendo esses distribuídos por grupo, que discutirão entre si trocando informações que os levem a uma solução e análise de resultados das atividades propostas. Objetivo Geral Proporcionar aos alunos uma interação, de tal forma que envolva vários conhecimentos e estratégias diferenciadas que os levem a solução de atividades propostas, levando-os a manejar situações reais do momento enfatizando compreensão das idéias matemáticas e não no domínio mecânico. Objetivos Específicos Proporcionar entre os alunos a oportunidade de: Interagir com colegas uma ação coletiva e prazerosa; Articular a competitividade entre series, favorecendo a implementação de ações coletivas; Discutir idéias, definindo e concluindo tomadas de decisões estratégicas. Oportunizar aos discentes espaços competitivos que contribuam na emancipação dos receios de competição. 179 Fortalecer, dentro da competitividade, o compromisso voluntário aos estudos. Fundamentação Teórica A matemática pode ser um dos mais fortes fatores de progresso social, então, deve-se considerar para isso a sua utilidade como instrumentador para a vida e para o trabalho. E como conhecimento de base para tecnologia e para o modelo organizacional da sociedade moderna, respeitando o passado cultural de cada indivíduo, sensibilizando, por conseguinte, estados emocionais diversos, com atividades descontraídas de lazer ou competição, favorecendo o aperfeiçoamento coletivo e compromissos que a ação escolar deve ter para viabilizar a apropriação do conhecimento pelo aluno, tornando-o consciente de seu papel no processo social, a fim de garantir-lhe condições para o exercício da cidadania. O elevado nível de desenvolvimento tecnológico do mundo de hoje, torna, cada vez mais evidente, o descompasso entre a prática pedagógica escolar e as exigências. A intensa e rápida ação da globalização está exigindo um futuro trabalhador mais qualificado, mais eficiente, que trabalhe em grupo e aceite idéias diferentes das suas, no entanto, há décadas a Matemática vem sendo marcada mais pelo fracasso que pelo sucesso, sendo figurante entre as campeãs de reprovação A eficiência da escola está relacionada com sua capacidade de organizar processos, descobrir formas adequadas para socialização do saber e o crescimento dos educandos, que afetam profundamente nas mudanças sociais. Público-Alvo Os conteúdos envolvidos neste dia da olimpíada de matemática serão destinados aos ensinos Fundamental e Médio e este comporta: interpretação, raciocínio, lógica, curiosidade e calculo mental ou pequenos cálculos. 180 Metodologia Em um local organizado, com os educandos distribuídos em grupos de quatro elementos por série, recebendo cada um destes atividades desafiadoras mimeografadas a serem planejadas por professores de matemática da escola e que levem os alunos a discutirem no seu grupo e chegarem a uma solução, a partir do consenso de todos tendo os educando um período de tempo de aproximadamente duas aulas para a resolução das mesmas. Recursos Local adequado para a realização das provas, medalhas para a premiação , folhas sulfite, mimeógrafo, recursos humanos (professores, equipe pedagógica, direção). Cronograma O projeto deverá ser realizado no mês de junho, ocupando apenas 1 (um) dia letivo para sua realização. Organização A prova deverá ter dez questões de múltipla escolha, cada uma delas com cinco alternativas. Serão aplicadas por professores que tenham disponibilidade no dia da realização do projeto. A correção das provas será efetuada por professores da disciplina de matemática. Divulgação O resultado será divulgado pelos coordenadores do projeto em edital no saguão da escola, num prazo de máximo 15 dias com premiação para os três primeiros grupos classificados do Ensino Fundamental e os três primeiros classificados do Ensino Médio. 181 4.2. A Oratória como Gênero Discursivo Justificativa O presente projeto justifica-se pela necessidade que temos enquanto educadores e membros participativos do processo educativo, de estimular nos alunos o hábito pela leitura para que eles possam aprimorar se comunicar, e como construir uma identidade através de seu discurso. Considerando-se o discurso como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais como representação simbólica de experiências humanas manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social. Há, atualmente, de uma forma cada vez mais freqüente e desequilibrada, uma concorrência entre o interesse dos alunos pelas programações de televisão e pelas leituras propostas pelos professores. Cabe à escola desenvolver projetos criativos e desafiadores junto com os alunos para proporcionar aos mesmos o gosto e o prazer pela leitura, que os conduzirá, conseqüentemente, a um crescimento e desenvolvimento intelectual, afetivo e espiritual. Portanto, acreditamos que o projeto ora apresentado para contribuir para o alcance dessa finalidade. Objetivo Geral Demonstrar como os discursos são construídos sócio-historicamente e que, portanto, estes variam constantemente, haja vista, que a realidade social se configura dialetalmetne. Dessa forma, as temáticas serão atemporais, indo assim, ao encontro com as circunstâncias históricas que ora permeiam um dado tema qual se tona de fundamental importância em um dado momento, enquanto outros não estão em tanta evidência. As temáticas podem, assim, auxiliar nossos educandos a estarem aptos a interagirem em concursos dentre outras circunstâncias que se faz relevante aquele conhecimento. Objetivos Específicos 1. Identificar em um dado gênero textual as marcas de estilo conseqüente do contexto de produção. 2. Incentivar a oralidade, proporcionando crescimento individual, organização intelectual, clareza 182 na exposição de idéias e consistência argumetnativa na defesa de pontos de vista. 3. Oportunizar ao aluno condições para que construa discurso próprio, particularize seus estilo e expresse com objetividade e fluência as suas produções escritas e articulando-a em forma de discurso. 4. Distinguir o discurso da oratória em função de sua forma, finalidade e convencionalidade. 5. Compreender o discurso da oratória como manifestação cultural presente em diferentes épocas. 6. Aprender a língua e suas formas discursivas é aprender a interpretar não somente palavras, mas também expressões complexas, seus significados culturais, modos pelos quais as pessoas entendem e interpretam a realidade e a si mesmos. 7. Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora de mundo e da própria identidade através dos recursos. 8. Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação, na escola, no trabalho e em outros contexto relevantes para a sua vida. 9. Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos da oratória, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, manifestações, de acordo com as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e propagação de idéias). 10. Considerar a sua oratória e suas diferentes temáticas como fontes de legitimação de acordos e condutas sociais e sua representação simbólica como forma de expressão de sentidos, emoções e experiências do ser humano na vida social. 11. Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes temáticas discursivas como meios de: expressão cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressões, comunicações e informações. 12. Entender o impacto das tecnologias da comunicação televisiva na sua vida, no processo de produção, no desenvolvimento do conhecimento e da vida social. 13. Utilizar a língua na produção de textos orais, e na leitura e produção de texto. 14. Dominar ativamente o discurso nas diferentes situações comunicativas, sobretudo nas instâncias públicas de uso da linguagem, de modo a ampliar suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania. 15. Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos. 16. Perceber os processos de convencimento utilizados para atuar sobre o interlocutor/leitor. 17. Conhecer e valorizar variedades da língua portuguesa, procurando combater os preconceitos lingüísticos, ampliar o domínio da língua e da linguagem, aprendizagem fundamental para o 183 exercício da cidadania. 18. Expressar-se apropriadamente em situações de interação oral diferentes daquelas próprias do seu universo, construir argumentação consistente para defender seu ponto de vista. 19. Estimular no aluno o prazer pela leitura e a descoberta dos sentidos da oratória. 20. Levar os alunos a encontrar em definitivo e a dialogicidade do texto, a reconhecerem a importância de aspectos como fluência, entonação, dicção para leitura de um texto. 21. Proporcionar aos alunos o conhecimento de diferentes gêneros discursivos. 22. Levar os alunos a serem capazes de construir o enredo do texto, discorrer sobre o tema em situações similares. Fundamentação Teórica Um estudo centrado na leitura retórica de gêneros discursivos, tais como a oratória, deve levar em conta múltiplas determinações tais como as relações entre o “lastro cultura” aqui entendido como base ou herança cultural de uma sociedade, o auditório social e os discursos produzidos socialmente como resultado do lastro cultural. Segundo Reboul (2000:142), a regra de ouro da retórica é levarem conta o auditório. É impossível que um orador se dirija a um auditório se não houver acordo prévio entre ambos até mesmo porque o entendimento entre ambos estaria comprometido. Para o autor (op cit), “de fato, não há diálogo, nem mesmo argumentação, sem um entendimento mínimo entre os interlocutores, referente tanto aos fatos quanto aos valores. Pode-se até dizer, sem paradoxo, que o desacordo só é possível no âmbito de um acordo comum”. Foucault (2004:09) justificaria as informações de Reboul, ao dizer que: “Sabe-se bem que não se tem o direito de dizer tudo, que não se pode falar de tudo em qualquer circunstância, que qualquer um, enfim, não pode falar de qualquer coisa”. Ou seja, cada sociedade possui determinados discursos que lhes são próprios, naturais ou permitidos. O pertencimento a uma cultura ou grupo social esta no reconhecimentos desses discursos que lhes são próprios. Entre as premissas comuns que constituem o acordo entre orador e auditório, estariam “os fatos, verdades e presunções” (Reboul, 2000:164). A presunção varia segundo os auditórios e ideologias. Assim, na sociedade brasileira, as temáticas discursivas variam constantemente, haja vista, a repercussão de noticiários cotidianos, que veiculam determinados estereótipos sociais. Sendo que estes estereótipos são resultado do cultural da sociedade e por isso mesmo encontram respaldo no auditório social é manifestada. 184 Um discurso não se sustenta sem adesão de um auditório social. Isso é, a temática abordada pela oratória está explicita uma idéia que somente se compartilhada socialmente terá sua razão de existir. O objetivo discursivo só acontece se os sujeitos a quem é narrada compartilham das experiências culturais semelhantes de quem a narra. Por isso, não é raro encontrarmos graça alguma em discursos que não estejam em destaque ou cuja realidade cultural nos é reconhecida. A oratória, assim como quaisquer gêneros discursivos, são produzidos pela interação verbal entre as pessoas. Bakhtin (1999:113) afirma que toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém. Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra serve de expressão a um em relação ao outro. Através da palavra, defino-me em relação ao outro, isso é, em última análise, em relação à coletividade. A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apóia sobre mim numa extremidade, na outra apóia-se sobre o interlocutor. Assim, a oratória, enquanto produto de uma interação social e da interação verbal é capaz de contribuir para a construção ou a sustentação de determinadas identidades. Segundo Lopes (2001: 30) os significados sociais são construídos sob determinadas circunstância culturais, história e institucionais particulares. Comprova-se mais uma vez que a escolha do tema a ser proferido pelo orador pode ter sentido em determinada sociedade e não Ter em outra. Como conseqüência determinadas temáticas podem incitar um dado auditório (para um grupo de pessoas que tenham nela encontrado sentido), enquanto outro grupo, a temática não encontrará sustentação. Público-Alvo: Ensino Fundamental E Médio Disciplinas e Conteúdos que Permeiam o Projeto: Em especial a Língua Portuguesa, contudo valorizar-se-á a participação efetiva das demais disciplinas, pois o projeto assume características interdisciplinares. Cronograma Junho - julho: Apresentação da proposta do projeto para os alunos; pelos professores e debates 185 sobre a relação dessas com o cotidiano; reescrita textual pelos alunos. Metodologia 1. A proposta do projeto “A oratória como gênero discursivo” o professor fará uma breve revisitação sobre os diferentes gêneros discursivos. 2. O professor selecionará diferentes textos (contos de fada, fábulas entre outros) para serem lidos pelos alunos. O professor apresentará outras informações sobre o texto lido pelos seus alunos, para que estabeleçam intimidade com a oratória. 3. O encaminhamento do trabalho dessa maneira possibilitará ao professor encaminhar debates em sala de aula com seus alunos sobre a atualidade das temáticas e seus significados cotidianos. 4. O professor utilizará os textos trabalhados e debatidos para a introdução de diferentes gêneros discursivos. Assim, os alunos poderão rescrever os textos estudados e interpretados fazendo uso de outros gêneros, tais como: história em quadrinhos, cartas reportagens, entre outros. 5. O professor utilizará recursos televisivos para apresentar novas temáticas, tais como fitas de vídeo ou DVD. Atividades Desenvolvidas Conforme o cronograma. Recursos Físicos: sala de aula da escola. Humanos: professores e alunos. Materiais: livros de literatura, revistas, filmes, jornais, etc. Avaliação 186 A avaliação é parte integrante do processo educacional e é importante tanto para o professor quanto para o aluno. É nesta hora que ambos avaliam seus progressos e suas finalidades. A avaliação deverá ser gradativa, cumulativa, contínua e sistemática, oferecendo uma interpretação qualitativa do conhecimento construído através dos textos produzidos pelos educandos, bem como seu desempenho no tocante à postura, eloqüência, entonação de voz, fidelidade ao tema, controle emocional, uso correto da linguagem, aproveitamento do tempo. No que diz respeito à estrutura textual valorizar-se-á, a introdução, desenvolvimento, e conclusão sendo que estes devem fazer jus à coesão e coerência incessantemente. 4.3. Festival do Vôlei Misto Justificativa Sabendo da necessidade dos alunos em participarem de torneios esportivos organizados, para que demonstrem suas habilidades individuais e coletivas em determinado esporte, propomos o festival do vôlei misto. Um momento de lazer, competitividade, formação, integração e desenvolvimento pessoal e coletivo através do esporte. Festival esse que oportunizará a integração de alunos de diferentes turmas, numa única competição onde as diferenças sexuais sejam respeitadas e valorizadas. Objetivo Geral Estimular o gosto pela modalidade esportiva de voleibol, bem como desenvolver o espírito de equipe entre os participantes, buscando através do esporte a integração entre os alunos e um bom relacionamento, respeitando as regras do jogo e da organização. Objetivo Específico Respeitar a capacidade individual de desempenho de cada jogador da equipe. 187 Fazer com que os alunos compreendam as diferenças de destreza motoras, como por exemplo, força, flexibilidade, impulsão, existentes entre individuais do sexo oposto. Levar o aluno a pesquisar a modalidade de voleibol, de forma a compreendê-la como um fenômeno esportivo de grande abrangência no Brasil e no mundo, percebendo-a como um recurso valioso para a integração entre diferentes grupos sociais. Oportunizando aos alunos experimentos que resultem em novas situações de aprendizagem em relação a essa modalidade esportiva Fundamentação Teórica A disponibilidade de espaços para práticas da cultura corporal de movimentos, reflete-se na necessidade essencial do homem contemporâneo e, por isso direito do cidadão. Os alunos podem compreender que os esportes e as demais atividades corporais não devem ser privilegio apenas dos atletas profissionais ou de pessoas em condições de pagar por academias e clubes. A compreensão da organização institucional da cultura corporal de movimento na sociedade esportiva incluindo uma visão crítica do sistema esportivo profissional, deve dar subsídios para uma discussão sobre a ética do esporte profissional e amador sobre a discriminação sexual e racial que neles existem. Essa discriminação pode ser compreendida pela explicitação de atitudes cotidianas pautadas em preconceitos e exclusão dos “ditos”, não aptos à prática esportiva. Através do esporte visualizado neste momento, na realização do “Festival de Vôlei “ Pretendemos oportunizar um momento de integração e socialização dos alunos, favorecendo a formação de uma consciência individual e social pautada na promoção do bem-estar, em posturas não preconceituosas e não discriminatórias, e ainda, no cultivo de valores coerentes com a ética democrática. Por se tratar de uma modalidade esportiva de grande aceitação no meio escolar, o voleibol foi escolhido para o desenvolvimento do presente projeto, pois acreditamos que através da realização deste evento estaremos contribuindo para a construção de novos significados que implicam na vivência social de nossos alunos. Ao interagirem entre si, os alunos podem exercer o respeito mútuo, desenvolvendo atitudes de solidariedade e dignidade nos momentos em que , por exemplo, quem ganha é capaz de não provocar e não subestimar quem perde podendo reconhecer a vitória do outro sem se sentir humilhado diante do resultado do jogo. 188 Público-alvo: Todos os alunos dos ensinos Fundamental e Médio do colégio. Cronograma Março, treinamentos dos fundamentos técnicos e aperfeiçoamento individual e psicológico dos alunos de todas as séries do ensino fundamental e médio. Abril, organização das equipes que irão disputar, representando sua turma e discussão das regras dos jogo. No dia 26/05/06 data prevista para realização do festival de vôlei. Metodologia Para a realização do festival de vôlei, será necessário que cada turma dos ensinos Fundamental e Médio do período da manhã e da tarde monte uma equipe mista com no mínimo dez jogadores. Os jogos serão disputados da seguinte maneira 7ª E 8ª série e Ensino Médio jogarão no período da manhã e as 5ª e 6ª séries jogarão no período da tarde. O critério de disputa é o de eliminatória simples, com regras de acordo às vistas no decorrer das aulas, podendo até adaptar algumas de acordo com os interesses dos alunos, mas sem descaracterizar as regras oficiais. O critério de disputa é o de eliminatória simples e a arbitragem ficará a cargo dos próprios alunos com a supervisão e orientação dos professores de Educação Física. Recursos: Recursos humanos professores e alunos Recursos materiais: quadras de vôlei do colégio, redes, bolas e apitos 189 4.4. Meio Ambiente Justificativa A implementação deste projeto vai ao encontro da melhora da qualidade de vida da população do bairro, pois lhe mostrará a importância de um ambiente limpo e suas vantagens a curto, médio e longo prazo. Entende-se como educação ambiental e qualidade de vida como sendo a comunicação dos conceitos da conservação da vida no planeta para garantir a sobrevivência do homem em níveis satisfatórios. Dessa forma, propor uma discussão ampla a respeito de: o que se entende por qualidade de vida e educação ambiental? Será ter tudo aquilo que o dinheiro pode ter para consumir desenfreadamente sem pensar nas conseqüências e jogar todo o lixo no lixo? O atual modo de produção passa a todo instante, através dos seus instrumentos ideológicos, que a resposta para a última pergunta é sim. Portanto, a escola deve fazer um contraponto na questão ambiental, posicionando-a dialeticamente dentro de uma perspectiva local e de mundo, mostrando ao educando que o seu entorno faz parte do todo, e por isso, ele tem responsabilidades na preservação e conservação do espaço em que vive e, por conseqüência, do mundo e por isso, não deve compreender qualidade de vida e meio ambiente de forma deturpada e induzida e para isso, não deve se omitir dos debates em torno das questões vitais para a nossa sobrevivência. Objetivo Geral Oportunizar ao educando participação em atividades e discussões, nas quais envolva também a comunidade escolar, conscientizando-os em relação da importância em se mudar os hábitos quanto à produção, separação e destinação do lixo e os impactos que ele causa no meio ambiente. § 2Objetivo Específico 190 Dialogar com a comunidade escolar para conscientizá-los de que mais importante do que reciclar o lixo é lutar para diminuir sua produção; Mostrar ao educando e a comunidade escolar que, muitas vezes, o lixo vai parar em fontes de água, causando poluição e contribuindo com a proliferação de insetos causadores de doenças; Despertar para a analise crítica dos hábitos que prejudicam a saúde; Trabalhar com a comunidade escolar assuntos relacionados com sua realidade, como a queima, por exemplo; Discutir com a comunidade escolar fatores que interferem diretamente na qualidade da saúde das pessoas: higiene pessoal, doenças transmitidas por agentes como ratos, baratas e moscas, doenças sexualmente transmissíveis, etc; Fazer com que as pessoas tenham consciência ecológica interesse pela questão ambiental; Capacitar os indivíduos para uma analise sobre a interdependência dos elementos da natureza; Adquirir, junto ao poder público, recipientes para coleta seletiva do lixo da escola. Fundamentação Teórica Existem formas diferenciadas de transmitir conhecimentos em todas as áreas, sobretudo, na Química. No entanto, é na pedagogia sócio-histórica que buscara um referencial teórico de apoio as formas com que irá se abordar os conteúdos referentes à disciplina de Química, tanto experimentalmente quanto teoricamente. Uma proposta de trabalho que valorize a formação de conceitos que estejam relacionados com sua finalidade dentro de uma concepção sócio-histórica, não pode abrir mão dos conhecimentos que o aluno traz da sua experiência de vida. Porém, deve estar atento ao fato de que seus conhecimentos estão no campo do senso comum, e transpor essa barreira, de forma a demonstrar os limites ou a relação do senso comum com a Ciência é dever da escola. Ao mostrar ao educando que a Química tem conceitos fundamentais e a compreensão desses conceitos e base para o entendimento de muitas leis da natureza, sobretudo daquelas de transformação da matéria, deve se ter o cuidado de não perder o contado com aquilo que é essencial para a realidade das pessoas no seu dia a dia, ou seja, o aluno deve se identificar com o objeto de estudo da disciplina e essa por sua vez, deve subsidiar o aluno à adquirir um mínimo necessário do conhecimento científico e tecnológico para além do domínio restrito dos conceitos da Química. Trata-se de entendimento da inter-relação social do sujeito, que o mesmo entenda que uma atitude 191 crítica com uma compreensão histórica de suas dos fatos, contribui para uma transformação em direção à uma sociedade mais justa. Para Chassot (1995) uma Educação através da Química deve propor alternativas para um ensino com utilidade, que contribua com a alfabetização cientifica do cidadão e leve-o a fazer com mais compreensão uma leitura de mundo. A utilidade que se trata não deve ser compreendida somente no campo do que é útil na vida diária do aluno, visando apenas interesses materiais, se refere à reflexão que todos têm o direito de ter garantida suas necessidades básicas de sobrevivência e que sem elas não é contemplado uma participação social efetiva. Público-alvo Esse projeto pretende atingir o total de alunos matriculados nos três turnos na escola, bem como seus familiares e demais membros da comunidade escolar, com um público estimado de 3 mil pessoas. Cronograma O projeto será realizado durante todo o ano letivo de 2006, sem datas específicas para eventos e demais acontecimentos Metodologia O encaminhamento metodológico a ser desenvolvido dependerá da característica de cada turma, no que tange a idade e série em que o aluno se encontra. Serão utilizados recursos como textos, pesquisas, poesias, músicas, vídeos, fotografias para mostrar aos alunos, como é e como esta o meio ambiente. Pretende-se também, fazer experimentos em sala e no laboratório, realizar palestras e debates, bem como, propor excursões e passeios. Todos esses encaminhamentos serão propostos e realizados com alunos e demais membros da comunidade escolar, dentro dos limites técnicos e financeiros disponíveis, bem como dos objetivos de cada atividade. Com o intuito de proporcionar ao educando um contato com o solo, serão realizadas 192 atividades como: plantio de arvores, flores, gramas, limpeza no pátio da escola para observar a quantidade de lixo que é jogado irregularmente. A observação das mudanças no espaço delimitado para trabalhar, possibilitara uma análise crítica do quanto a preservação ambiental começa ao nosso redor, conservando os espaços que ocupamos diariamente, em nossas casas, trabalhos, espaços de lazer, etc. Será realizada uma pesquisa de campo para obter melhores informações da população, que ajudará na direção a ser dada para a execução do projeto. O questionário da pesquisa segue anexo. Recursos É sabido que o poder público não cumpre com seu dever legal e moral de financiamento total da educação pública, por isso, sabendo-se da escassez de recursos que vem pra escola, o projeto foi pensado para ser executado de forma prática, sem necessitar de quantidades significativas de recursos financeiros. Quando necessário, poderá ser pedido contribuição espontânea aos alunos, ser realizado ações entre amigos e se possível, recursos da escola. 193 4.5. Mostra de Talentos A contribuição das atividades culturais no desenvolvimento humano e intelectual. Justificativa O presente projeto justifica-se pela necessidade de estimulação da busca de novos conhecimentos, resgatando as habilidades do educando enquanto indivíduo inserido na sociedade, buscando a valorização cultural. Fundamentação Teórica “É de cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos, que vos quero falar.” Helena Vaz da Silva O processo educacional vai além da abordagem curricular organizada e sistematizada pelo ambiente escolar. Este acontece também na relação entre aluno e comunidade escolar, que transforma e é transformada pelas interações que nesse meio ocorrem. Vivemos num mundo onde o fluxo de informações é cada vez maior e a escola deve estar atenta às manifestações que surgem e dão significado à vida das pessoas no contexto onde elas se inserem. A arte, em todas as suas formas, desempenha papel fundamental para a formação do cidadão consciente, conhecedor de sua cultura e responsável pelos problemas de sua comunidade. Para tanto, a nossa Mostra de Talentos é uma iniciativa para divulgar trabalhos musicais, cênicos (dança e teatro) e de performance dos estudantes, instigando-os a usar a arte como área de conhecimento, bem como um instrumento de comunicação, de expressão de sonhos e de realização de projetos. Objetivo Geral 194 Proporcionar ao aluno a oportunidade de demonstrar suas aptidões artísticas, e, por meio delas, um maior desenvolvimento nos aspectos cognitivos. Objetivos Específicos Proporcionar momentos de interação entre os alunos; Estimular a leitura de textos teatrais, poesias, letras de música, e o desenvolvimento de habilidades nas artes plásticas; Desenvolver a criatividade e a habilidade na produção escrita; Despertar a capacidade de memorização e expressão nas apresentações; Descobrir novos talentos culturais; Envolver a participação da comunidade escolar(alunos, professores, funcionários e pais). Público-Alvo: Comunidade escolar. Cronograma Março: apresentação da proposta do projeto para professores e alunos. Abril: Inscrições: Prazo máximo - 18/04/06. Maio: Apresentação: 30/06 Metodologia Resgatar a origem da arte (teatral, musical, corporal); Pesquisar textos: teatro, música e poemas; Criar textos inéditos (paródias, teatros e poemas); Realizar ensaios; 195 Selecionar as apresentações por categoria; Criar e confeccionar cenários e figurinos. Recursos: Físicos: ambiente escolar. Humanos: professores, alunos, funcionários e comunidade. Materiais: livros, objetos para cenário e figurino, aparelhos de som. 4.6. Produção Do Livro-Texto “Portas Para A Imaginação” - Volume III. Justificativa Um dos grandes desafios da escola é transformar seus alunos em bons leitores e também, por que não, escritores. Isto se consegue com educadores que tenham sido contaminados pelo amor aos livros e percebam a leitura não só como um meio para conhecer o mundo e resolver problemas práticos, mas também como uma fonte de prazer. A escola deve oferecer condições para se explorar as muitas dimensões da leitura e da escrita. É interessante notar que uma obra literária, seja em prosa ou em verso, pode encantar igualmente tanto pessoas mais emotivas e intuitivas, quanto indivíduos mais racionais e pragmáticos. Tendo em vista que poucas pessoas se interessam pela leitura e pela escrita, ou cultivam esse hábito, e levando-se em conta a sua necessidade, nós nos propusemos a propiciar a oportunidade para que educandos e educadores se envolvam e desenvolvam a arte da escrita. A prática constante da leitura e da escrita tem implicações positivas para a escola, e acarretará, a médio e a longo prazo, ações modificadoras de comportamento, pois conscientiza e desperta o senso crítico. 196 Objetivo Geral Incentivar educandos e educadores a participarem do processo ensino-aprendizagem, na leitura e na escrita, através da produção de textos, expressando sua criatividade, desenvolvendo assim a criticidade na arte da produção literária, para que possam compreender que ler e escrever é um prazer que pode e deve ser construído. Objetivos Específicos Desenvolver as habilidades com a linguagem e encorajar o aluno a escrever poesia, contos, crônicas, fatos da vida real ou ficção, podendo expressar suas idéias de diferentes maneiras. Despertar nos alunos o gosto e o amor pelos livros. Refletir sobre a relação que já construíram com os livros e a leitura. Desenvolver o domínio de procedimentos que favoreçam a coerência e a coesão textuais, a clareza e a correção e o cultivo de recursos estilísticos. Fundamentação Teórica A atividade de produção de textos deve considerar não só a diversidade de códigos e de gêneros textuais, mas também a situação de interlocução. Escrever para quem, escrever por que, são questões fundamentais para que o escritor encontre sentido na atividade de produzir textos. Escrever é trabalhar a linguagem, é rasurar e rascunhar, reescrever e voltar a escrever. A idéia de autoria deve ser cultivada. Formar equipes de leitores e escritores, dividir tarefas, estabelecer funções, tratar o aluno como um autor é um bom começo para que ele sinta a importância do ato de produzir textos e perceber o volume de trabalho que a escrita impõe. A informalidade da motivação não exclui a formalidade da produção, isto é, uma flexibilidade para anotar, argumentar, rascunhar idéias, discutir, etc., mas é necessário aprender a escrever argumentando, a organizar o texto de modo que os leitores entendam-no. A produção de texto deve ser prazerosa e não um castigo. O prazer de escrever também se registra através de fatos do mundo real ou do imaginário do autor. 197 Enfim, essa produção literária busca aprimorar a capacidade de interagir com as pessoas e com o mundo em que vivemos. Público-alvo Educandos dos ensinos Fundamental e Médio e educadores envolvidos no projeto. Cronograma Este projeto será desenvolvido de março a outubro de 2006, quando então será feito o lançamento do livro-texto. Metodologia Os “escritores” produzirão textos de cunho artístico-literário para compor o livro, incentivados pelo professor-regente e demais educadores envolvidos no projeto, e serão corrigidos e selecionados por uma equipe de professores de Língua Portuguesa. Recursos Papel sulfite e digitação. 4.7. “A Contribuição da Leitura para o Estímulo a Aprendizagem nas Diversas Disciplinas”. Justificativa O presente projeto justifica-se pela necessidade de enquanto educadores e membros 198 participativos do processo educativo, estimularmos nos alunos o hábito pela leitura. Há, atualmente, de uma forma cada vez mais freqüente e desequilibrada, uma concorrência entre o interesse dos alunos pelas programações de televisão e pelas leituras propostas pelos professores. Cabe à escola desenvolver projetos criativos e desafiadores junto aos alunos para proporcionar aos mesmos o gosto e o prazer pela leitura que os conduzirá, conseqüentemente, a um crescimento e desenvolvimento intelectual, afetivo e espiritual. Portanto, acreditamos que o projeto ora apresentado possa contribuir para o alcance dessa finalidade. Objetivo Geral Despertar o interesse do aluno pela leitura, através das diversas literaturas visando seu aprimoramento no que diz respeito à produção oral e escrita. Observando as formações discursivas e ideológicas que se efetivam através desses discursos. Objetivos Específicos Estimular no aluno o prazer pela leitura, bem como o efeito de sentido gerado pela mesma; Levar os alunos a encontrarem o sentido e a dialogicidade do texto, a reconhecerem a importância de aspectos como fluência, entonação, dicção para a leitura de um texto; Proporcionar aos alunos o conhecimento de diferentes gêneros discursivos; Levar os alunos a serem capazes de construir o enredo do texto, discorrer sobre o tema e situações similares; Possibilitar que os alunos identifiquem vocábulos novos e os use em contextos diferentes; Mobilizar corpo docente e discente, bem como funcionários em geral ao hábito pela leitura. Fundamentação Teórica A leitura é, sem dúvida, uma ferramenta imprescindível no mundo moderno, com vistas à formação profissional, acadêmica ou pessoal. Contribui para o processo educacional como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades lingüísticas. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem, contribui a compreensão de como a linguagem funciona e 199 desenvolve maior consciência do funcionamento da própria língua materna. Também funciona como meio para se ter acesso ao conhecimento e, portanto, as diferentes formas de pensar, de criar, de sentir, de agir e de conceber a realidade, o que propicia ao aluno uma formação mais abrangente, ao mesmo tempo, mais sólida. A leitura é uma maneira de proporcionar ao aluno possibilidades de atuar como ser humano e como cidadão. Por isso, ela vai centrar-se no engajamento discursivo do aluno, ou seja, em sua capacidade de se engajar e engajar outros no discurso, de modo a poder agir no mundo social. Tal função está relacionada, principalmente, ao uso que se faz da literatura via leitura, embora se possam também considerar outras habilidades comunicativas, em função da especificidade dos diferentes gêneros discursivos. Público-Alvo: Comunidade escolar. Cronograma: Abril a novembro, ocorrendo em período integral. Metodologia: O desenvolvimento do projeto seguirá a seguinte ordem: A proposta do projeto “de leitura” será apresentada aos alunos. 1 1. O professor selecionará diferentes gêneros textuais para execução da leitura. 2. O encaminhamento do trabalho dessa maneira possibilitará ao professor abordagens discursivas para debates em sala de aula. 3. Outro recurso a ser utilizado pelo professor e alunos para o trabalho com a leitura é gravuras, ilustrações, charges, histórias em quadrinhos. 4. Os alunos poderão confeccionar cartazes ou escrever histórias a partir de suas leituras sobre ilustrações, charges, histórias em quadrinhos. 1 Para que o ato de ler seja prazeroso aos educandos, estes poderão trazer de casa diversos gêneros textuais, desde que seja adequável ao projeto. 200 5. Os alunos produzirão histórias inéditas que posteriormente serão publicadas nas edições do livro “PORTAS PARA IMAGINAÇÃO” da própria escola. Recursos: Físicos: salas de aula da escola. Humanos: professores e alunos, funcionários e comunidade escolar. Avaliação A avaliação é parte integrante do processo educacional, logo se faz relevante tanto para o professor quanto para o aluno. É neste momento que ambos avaliam seus progressos e suas dificuldades. A avaliação deverá ser gradativa, cumulativa, continua sistemática, oferecendo uma interpretação qualitativa do conhecimento construído. Os alunos serão avaliados através do interesse e participação permanente, criatividade, capricho, bem como realização dos trabalhos solicitados. 201 5 REFERÊNCIAS A historia da luta pela terra e o MST, Expressão popular, São Paulo- 2001 ABREU, A. S. A Arte de Argumentar: Gerenciando Razão e Emoção. São Paulo: Ateliê ed., 2003. ADAS, Melhem. Panorama geográfico do Brasil. Condições contradições impasses e desafios socioespaciais. 3ª ed. São Paulo, Moderna, 2001. ______. Geografia. 4ª ed. São Paulo: Moderna, 2002. 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