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REFERENCIAL TEÓRICO
Os principais pressupostos teóricos utilizados nesta pesquisa são apresentados neste
capítulo. Inicia-se com uma discussão da importância da bacia hidrográfica como uma unidade
natural para o planejamento dos recursos naturais, bem como a importância da dinâmica dos
fluxos da água e de outros elementos que nela ocorrem.
A importância da realização do mapeamento geoambiental também é abordada,
enquanto um subsídio para o planejamento bem como a evolução do uso deste procedimento
na sociedade e que cada vez mais ganha importância no Brasil. Esta discussão segue após a
apresentação da bacia hidrográfica e por fim, apresenta-se uma abordagem do conceito de
geoambiente e suas relações e inter-relações com o meio ambiente dentro de seus componentes,
como o meio físico, o meio antrópico e o meio sócio-econômico.
Com estes subsídios parte-se para a compreensão da dinâmica natural do meio físico
para que se possam analisar as perspectivas do uso do solo e da qualidade ambiental da pesquisa,
sempre com vistas a estes conceitos que aqui estão apresentados.
Da bacia hidrográfica
O espaço pode ser utilizado e ocupado de diversas formas pelo homem. Conforme sua
evolução e seu domínio sob os instrumentos que produz visando garantir sua sobrevivência,
estas atuações sobre o meio se intensificam causando sempre alguma conseqüência para o
ambiente. É importante, logo no início deste trabalho, afirmar que toda e qualquer alteração no
espaço provoca no ambiente alguma modificação. Estas modificações, por sua vez, poderão
exercer uma alteração significativa ou não, a partir do momento em que construímos na
realidade experiências com as variáveis tempo e intensidade destes usos e de do funcionamento
dos instrumentos manipulados pelo homem.
Estes fatores ocorrem desde o início da vida no planeta e por todo o tempo, são
controlados por forças físicas que “regulam” todos os processos garantindo sempre que
encontremos atividades regulares ou periódicas para os fatos naturais. Contudo, no caso da
espécie humana e da organização em sociedade, temos preocupações mais relevantes sobre este
tema, já que destes processos naturais é que podemos criar condições de sobrevivência e
conforto. Por estes fatores encontramos hoje em várias ciências, discussões sobre como este
espaço tem sido ocupado e transformado pelo homem. Estes estudos são ainda mais importantes
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a partir de grandes fenômenos que possam causar grandes alterações no meio, como a
Revolução Industrial, onde não só novas formas de alterações no meio, que também são
poluidoras, foram mais utilizadas, mas a população mundial começou a encontrar condições
favoráveis à multiplicação de sua reprodução cada vez mais rápida.
Assim, somos hoje mais de 6 bilhões de indivíduos que necessitam sobreviver e que
estão permanentemente alterando o meio em que vivem. Os estudos de análise deste uso e do
planejamento da ocupação deste espaço são importantes para compreender e criticar como este
modo de convivem no espaço tem sido administrado. A Geografia é uma ciência que possui,
desde suas principais categorias, condições suficientes para realizar este tipo de estudo. Para
isso ela utiliza-se de divisões do espaço, para melhor classificá-lo e entendê-lo. Várias
categorias são utilizadas como o território, o lugar, a região, paisagem e um outro conceito
relativamente recente como categoria de análise do espaço, que é a bacia hidrográfica.
Esta categoria de análise pode ser qualificada como tal, pois pode ser delimitada
facilmente, já que seus limites são definidos por meio de características físicas no espaço. Ela
pode ser localizada na maior parte do planeta. Enfim, as unidades físicas de cada bacia, em
conjunto, formam o espaço; principalmente, aquele ocupado pelo homem.
Dentro de cada bacia, sempre podem ocorrer alterações promovidas pelo homem.
Estas alterações podem ser produzidas por todas as ordens imaginadas, desde escalas pequenas
até grandes escalas. Mas as formas de alteração podem ser diretamente promovidas pela ação
humana ou indiretamente, resultante das ações humanas onde estas áreas são alteradas por
diversos meios.
Os estudos de análise do espaço, na Geografia, partindo da categoria da Bacia
Hidrográfica são registrados por Vitte e Guerra:
A bacia hidrográfica é reconhecida como unidade espacial na Geografia Física desde
o fim dos anos 60. Contudo, durante a última década ela foi, de fato, incorporada
pelos profissionais não só da Geografia, mas da grande área das chamadas Ciências
Ambientais, em seus estudos e projetos de pesquisa. Entendida como célula básica
de análise ambiental, a bacia hidrográfica permite conhecer e avaliar seus diversos
componentes e os processos e interações que nela ocorrem. A visão sistêmica e
integrada do ambiente está implícita na adoção desta unidade fundamental.
A distinguirmos o estado dos elementos que compõem o sistema hidrológico (solo,
água, ar, vegetação etc.) e os processos a eles relacionados (infiltração, escoamento,
erosão, assoreamento, inundação, contaminação etc.), somos capazes de avaliar o
equilíbrio do sistema ou ainda a qualidade ambiental nele existente. (VITTE;
GUERRA, 2004, p. 153).
Os estudos baseados na temática ambiental acompanham assim as perspectivas de
análises interdisciplinares e sistêmicas sempre considerando a importância de uma análise
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integrada do meio. Os elementos do sistema ambiental como o solo, ar, água, vegetação podem
ser analisados na bacia hidrográfica e por podermos individualizar esta unidade do espaço é
possível avaliar suas condições de preservação e qualidade destes meios naturais. Os eventos
promovidos pelo homem, da mesma forma também podem ser avaliados, principalmente em
sua potencialidade de degradação do meio. No Brasil os estudos feitos em bacias hidrográficas
são feitos a partir da década de 1980. Com o avanço das preocupações com o meio ambiente,
esta categoria vem sendo cada vez mais usada na Geografia.
O conceito de bacia hidrográfica é definido por Karmann in Teixeira et al. (2003, p.
116.) como “uma área de captação da água de precipitação, demarcada por divisores
topográficos, onde toda água captada converge para um único ponto de saída, o exutório”.
Para Cristofoletti (1980, p. 102) a bacia hidrográfica é “composta por um conjunto de canais
de escoamento inter-relacionados que formam a bacia de drenagem, definida como a área
drenada por um determinado rio ou por um sistema fluvial”. A Figura 1 apresenta um esquema
de como é uma bacia hidrográfica.
Figura 1: Esquema representativo de uma bacia hidrográfica com seu interflúvio e canais de drenagem.
Fonte: http://www.caminhodasaguas.ufsc.br/bacia.jpg
Devido ao aumento dos estudos promovidos nesta categoria os estudos em
planejamento do espaço, no caso também no meio urbano são promovidos cada vez mais como
uma forma de amenizar os graves problemas causados pela má ocupação do solo nos grandes
municípios. Para o meio rural os estudos são também consideráveis, mas usualmente a escala
neles utilizada é de grande porte, como as grandes bacias hidrográficas onde os estudos
promovidos visam a manutenção da qualidade dos cursos fluviais e controle da erosão e
assoreamento.
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Os estudos baseados em bacias hidrográficas são, por sua vez, classificados e
caracterizados conforme muitas vezes a área da bacia e as condições em que esta se encontra
bem como os objetivos que as pesquisas pretendem investigar. Vitte e Guerra utilizam as
categorias de “bacias estratégicas” e “bacias representativas”:
No caso, principalmente, das micro bacias hidrográficas, por possuírem dimensões
relativamente reduzidas, estas precisam ser cuidadosamente selecionadas. Mesmo
para projetos desenvolvidos em grandes áreas, mas para os quais se deseja alcançar
um nível de informação mais detalhado, é possível adotar a microbacia como unidade
espacial de analise, desde que ela seja representativa das condições físicas e
socioeconômicas de porção significativa do território considerado. Desse modo, os
resultados e experiências gerados a partir dela poderão ser implementados com
sucesso nas demais micro bacias da região.
A bacia ou microbacia estratégica, diferentemente da bacia representativa, é
selecionada a partir de condições específicas, não encontradas no restante da região
ou porção do território considerada ou, ainda, mais frequentemente, selecionada em
função da existência de problemas críticos que requerem compreensão e/ou ações
urgentes, tornando-a prioritária. Um exemplo desse caso seria uma bacia hidrográfica
com forte incidência de cicatrizes erosivas de grande porte, como voçorocas, inserida
em uma área onde tais feições não são comuns. Dessa forma, ela passa a ser um
estudo de caso, pelo qual se pretende conhecer suas especificidades e atuar na solução
dos seus problemas. (VITTE; GUERRA, 2004, p. 159-160).
Os estudos denominados “de caso” apenas seriam convenientes em bacias que
apresentassem características específicas e que diferissem das demais características
encontradas nas demais bacias vizinhas ao espaço. Seriam assim, uma área representativa de
exceção do que se mostra como geral no lugar de estudo; nelas, os estudos deveriam buscar um
nível de descrição e compreensão muito completo do objeto de estudo de caso.
Para o trabalho ora apresentado, as áreas utilizadas são classificadas como rurais,
embora não se deve desconsiderar a atuação uma área urbana localizada na bacia hidrográfica.
Nestas áreas, as relações naturais promovidas pelo meio, bem como as ações
promovidas pelo homem são diferentes das que são identificadas no meio urbano. Em áreas
rurais são encontrados geralmente dois usos do solo, principalmente: a parcela agricultável e as
porções de vegetação natural ou preservada que geralmente se encontram próximas aos cursos
de água.
Vários estudos realizados já avaliaram o papel do ciclo hidrológico no interior do
sistema da bacia hidrográfica. Segundo Maranesi (2002, p. 9) define que o complexo sistema
do ciclo hidrológico só pode ser entendido em nível global. No entanto, em cada bacia
hidrográfica parte deste ciclo se processa, e caso sérias alterações ocorram na área da bacia,
conseqüências para o ciclo hidrológico também ocorrerão. A Figura 2 apresenta como este ciclo
se completa.
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Figura 2: Esquema representativo do clico hidrológico em escala global.
Fonte: http://ga.water.usgs.gov/edu/graphics/watercycleportuguesehigh.jpg
Para Karmann in Teixeira et al. (2003, p. 116.) a bacia hidrográfica é o local onde
podemos quantificar o ciclo da água. Neste espaço, as principais conseqüências do mau uso do
solo ou da degradação da vegetação natural são a erosão do solo que provoca o desgaste da
qualidade deste e as perdas residuais que são transferidas para os cursos fluviais provocando o
assoreamento dos mesmos. Por sua vez, conhecendo o ciclo deste recurso, podemos saber
também quais os problemas e fragilidades ambientais são encontradas naquela bacia
hidrográfica.
As análises das diferentes conseqüências do uso do solo nos meios urbanos e rural são
diferenciadas e são também comentadas por Vitte e Guerra:
A bacia hidrográfica em ambientes florestados, ou mesmo com atividades agrárias,
apresenta funcionamento que muito difere das áreas urbanas. Por mais que as
atividades agrárias sejam responsáveis por uma diminuição na taxa de infiltração de
água no solo, ainda há infiltração de uma parcela significativa de água no solo, ainda
há infiltração de uma parcela significativa de água proveniente das chuvas. O ciclo
hidrológico no ambiente rural (dependendo da atividade e das práticas de manejo
adotadas) ainda é próximo, ou mesmo semelhante, ao das áreas florestadas, não
havendo grande redução na entrada de água no solo. Porém, em ambientes urbanos,
onde há uma expressiva superfície impermeabilizada, ocorre a geração de
importantes fluxos superficiais e nenhuma ou quase nenhuma infiltração de água no
solo. (VITTE; GUERRA, 2004, p. 160).
Para a análise geoambiental da bacia hidrográfica, deve-se caracterizar a qualidade da
preservação do meio natural. Os elementos naturais do solo e da água podem ser os mais
evidentes, em um primeiro momento para avaliar como se dá a qualidade ambiental do sistema
da bacia hidrográfica em áreas rurais, pois o manejo adequado do solo promove uma alta taxa
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de infiltração da água da chuva no solo, colaborando para a realização completa do ciclo
hidrológico.
Na bacia hidrográfica, a maior área de uso do solo destinado para a agricultura é feito
em culturas que não são anuais, em sua maior parte, como o café. O sistema de plantio direto
nas áreas de cultura anual é pouco utilizado, devido até mesmo ao tipo de cultura que é feito.
A área utilizada para agricultura está delimitada nos locais com menor declividade,
preferencialmente nos locais onde existe algum tipo de Latossolo. Nas maiores altitudes da
bacia hidrográfica é que este uso é implantado, restando aos locais mais baixos, próximos a
cursos hídricos maiores e em regiões de solo pouco espesso a implantação de pastagens, que se
assemelham muito a fitofisionomia de um campo sujo do bioma dos Cerrados.
As alterações no sistema de plantio ou a rápida devastação da cobertura vegetal
promovem a conseqüente compactação do solo impedindo a infiltração da água no interior da
superfície causando um aumento no escoamento superficial provocando erosão e transporte e
sedimentos com assoreamento dos canais fluviais e perda de fertilidade do solo. Em alguns
casos ocorrem também um aumento dos eventos de inundações nos fundos de vales das bacias.
Neste caso os problemas se agravam quando o curso fluvial atravessa centros urbanos.
O uso indevido de pesticidas também aumenta a degradação da qualidade ambiental
da bacia, conforme Vitte e Guerra:
O uso contínuo de pesticidas pode acarretar alguns problemas, como o
desenvolvimento de organismos resistentes aos agentes químicos, o que exige maior
dosagem ou desenvolvimento de novos compostos químicos. Alguns pesticidas não
são biodegradáveis e tendem a resistir durante muito tempo no meio ambiente, sem
falar nos efeitos prejudiciais dos produtos químicos em outros organismos, pois
grande parte dos pesticidas poderá movimentar-se para o interior do solo, afetando a
fauna e a flora, e toda a cadeia alimentar. (VITTE; GUERRA, 2004, p. 170).
Desta forma, entende-se que um dos principais objetivos para o planejamento de
bacias rurais é manter o ciclo hidrológico da forma mais completa possível e pelo tempo
necessário para equilibrar os fluxos de matéria e energia no ambiente.
O manejo inadequado de alguns dos elementos naturais que compõe a bacia
hidrográfica como o relevo, solo, a cobertura vegetal, a densidade de drenagem e a ocupação
humana provocam alterações graves no meio e proporcionam eventos indesejados no ambiente.
Para isso, foram criados, ao longo do tempo, instrumentos legislativos que visam contribuir
para melhorar a gestão e o uso das bacias hidrográficas pela ação humana. Os principais meios
legislativos são o decreto 94.076 de 05 de março de 1987, que cria o Programa Nacional de
Microbacia Hidrográfica; a lei 9.433 de 1997, que cria o Conselho Nacional de Recursos
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Hídricos, regulamentado pelo decreto 4.613 de 2003 e também a lei 9.984 de 2000, que cria a
Agência Nacional das Águas.
Da análise geoambiental
Toda a sociedade humana utiliza documentos cartográficos. Independentemente do
tempo histórico que estejam vivenciando, a sociedade sempre se instrumentalizou por meio da
construção e consulta aos mais variados tipos de documentos cartográficos, os quais permitiam
a representação do espaço.
Deste modo, a humanidade foi desenvolvendo as suas técnicas para a construção das
formas de representação do espaço geográfico sobre o qual viviam, ou também dos espaços que
imaginavam existir, e também daqueles que por algumas informações que até eles chegavam,
sobre outros pontos os quais ficavam distantes no espaço.
Estes registros cartográficos são muitas vezes conhecidos e divulgados com o nome
de mapa. Para Zuquette, (2004, p. 11) “considera-se documento cartográfico todo e qualquer
registro de dados e informações de um espaço geográfico, com ou sem escala, no qual haja
referência”. Considerando este conceito, é possível classificar como sendo um registro
cartográfico muitas imagens, figuras, e até mesmo algumas estruturas rudimentares feitas por
povos pré-históricos, incluindo nesta lista também belos e detalhados mapas produzidos por
pintores durante a idade média.
Durante a passagem do tempo, a sociedade, principalmente a ocidental, conseguiu
registrar sobre formas cada vez mais aperfeiçoadas os limites, naturais e imaginados sobre as
características do espaço geográfico com linhas sejam coloridas por carvão até a impressão por
máquinas que possuem uma altíssima capacidade de resolução em uma pequena área de papel.
A necessidade de se localizar e registrar o espaço levou a humanidade a produzir
mapas com grande quantidade de informação e precisão desde o século XV. Por isto, podemos
dizer que desde o século XV, os mapas produzidos registram quantidades informação similares
às dos mapas feitos atualmente. Por outro lado, é inquestionável o aperfeiçoamento nas formas
e métodos para que se possa fazer o registro destas informações, bem como na capacidade que
temos hoje de oferecer uma grande medida de precisão nos registros que são feitos no plano,
como o uso de GPS, máquinas de processamento de dados muito mais volumosos do que se
poderia imaginar no passado.
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Para Zuquette (2004), este avanço dos processos de mapeamento dos componentes do
meio físico que hoje podem ser produzidos, são muito importantes para várias áreas do
conhecimento, considerando a configuração da sociedade que temos hoje. Certamente, somente
é possível proporcionar o crescimento social com uma adequada análise do espaço ocupado, e
para este fim, a composição de mapas que representam os elementos deste espaço é essencial e
oportuna.
Ainda segundo as idéias do autor apresentado acima, a partir da segunda metade do
século XX surgiram discussões e argumentações a respeito das formas e métodos que eram
empregados para a confecção dos mapas desta época, fato que resultava no questionamento
sobre a veracidade dos dados que eram demonstrados, se a medida de exatidão na localização
dos dados era adequada à necessidade de informação e se, a partir do trabalho e análise destes
mapas, era possível produzir outros sem resultar em erros grosseiros quando se modificavam,
por exemplo, os níveis de escala para aqueles mais diminutos.
Estes tópicos apresentados, certamente não surgiram a partir de uma evolução do modo
de trabalho cartográfico do período somente. É extremamente importante lembrar que a partir
da segunda metade do século XX a sociedade necessitava cada vez mais de estruturas que
fossem capazes de conter, por exemplo, o seu crescimento exponencial, e também a rápida
migração do ambiente rural para a concentração urbana, além de outras necessidades como o
fornecimento de alimentos, circulação da produção para proporcionar o consumo, dentre outros
elementos.
Certamente estes fatores influenciaram muito a necessidade cada vez mais premente
de se aperfeiçoarem os métodos e as técnicas de registro das informações nos mapas, porque
era justamente por meio destes documentos que se realizavam as obras nas cidades, se
buscavam as áreas mais altas ou baixas, os solos possivelmente mais férteis, a adequada
geologia, fonte de matéria prima ou segura para abrigar novas construções, e além disso,
controlar o expressivo crescimento das áreas urbanas. Zuquette, (2004) afirma que os
questionamentos apresentados acima foram feitos por profissionais que trabalhavam com as
informações do meio físico em áreas urbanas e periurbanas.
Durante este século, muitas tentativas de aperfeiçoamento deste trabalho, portanto
foram feitas. Como exemplo, na Feira da Construção, realizada em 1913 em Leipezig
(Alemanha) foi apresentado o primeiro conjunto de registros cartográficos que reunia
informações geológico-geotécnicas denominado mapa geotécnico ou carta geotécnica por
Langen (ZUQUETTE, 2004, p.12). A partir deste fato, cada vez mais houve a discussão e a
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preocupação sobre como representar graficamente e o tipo de informação que poderia ser
fornecido para a sociedade.
No Brasil, o primeiro trabalho de mapeamento Geotécnico surge em 1966, sendo
publicado por Haberlener que tratava de aspectos teóricos a respeito desta temática. A partir
desta data, surgiram no país cada vez mais documentos e novas metodologias que se propunham
a realizar o mapeamento geotécnico no território brasileiro.
Para Zuquette (2004, p. 12) no país existem outras denominações que são utilizadas
para o mapeamento geotécnico, como os mapas e cartas geoambientais. Este autor, apud
(Aswathanarayana, 1995 e Bobrowsky, 2002) “Geoambiente é a porção da Terra afetada por
atividades humanas, a qual compreende rochas, solos, fluidos, gases e organismos”. Então:
...considerando que o conceito Geoambiente é composto de elementos que são
influenciados pela atmosfera, clima e cobertura vegetal, conclui o autor que a reflexão
do geoambiente só é possível com um número elevado de documentos cartográficos,
o que vai além do mapeamento geotécnico (...) De acordo com Thompson et al (1998),
um conjunto de mapas hidrológicos, hidrogeológicos, geológicos, geotécnicos,
geomorfológicos, pedológicos e de Geologia de Engenharia devem ser combinados
para que representem o geoambiente e permitam avaliar o potencial de uso, as
necessidades de conservação e a capacidade de recuperação da região mapeada.
(ZUQUETTE, 2004, p. 12)
Percebe-se claramente, que o conceito de geoambiente abrange muitos elementos a
mais do que o mapeamento geotécnico. Mas é importante lembrar também que o conceito de
geoambiente retrata com mais abrangência a inter-relação entre os vários elementos
componentes do espaço, o que torna possível uma análise e representação das informações do
meio de modo a buscar a representação também desta dinâmica natural, ou ao menos de sua
importância para a conservação dos atributos e características do meio.
Os produtos feitos segundo estas diferentes orientações, segundo Zuquette, são
diferentes e não podem ser confundidos. Ele ressalta ainda que, para que o documento seja
considerado como uma carta ou mapa geotécnico é preciso levar em conta aspectos necessários
para determinar as características que foram destacadas acima, como escala, finalidade e
metodologia de elaboração.
No entanto, muitos estudos têm sido feitos no Brasil utilizando o termo mapeamento
geoambiental e análise geoambiental, em cursos de pós-graduação nas universidades
brasileiras, em que as linhas de pesquisa se denominam como Geotecnia. Apesar desta questão,
não existem nos estudos produzidos uma preocupação latente em definir as diferenças ou
conceituar o que seria um e mapeamento ou análise geoambiental e o que seria um mapeamento
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ou análise geotécnica. As nomenclaturas parecem estar sendo utilizadas de modo pacífico entre
os pesquisadores.
Até mesmo o sítio eletrônico da ABGE, em seu glossário, define a carta geotécnica e
a carta geoambiental de modo muito similar, como se vê:
carta geoambiental: Documento cartográfico representativo de características físicoambientais de uma determinada área ou região geográfica, produzido em face de
potenciais ou reais interferências humanas, contemplando o resultado de aquisição e
interpretação de dados e informações acerca da ocorrência e distribuição espacial de
aspectos e parâmetros de geologia de engenharia, mecânica dos solos, mecânica das
rochas, geomorfologia e pedologia, além de outros do meio biótico e sócioeconômicos. Visa, sobretudo, subsidiar as ações de planejamento e gestão ambiental
por parte do poder público, tendo aplicação potencial a todos os impactos ambientais
associados ao meio físico.
carta geotécnica: Documento cartográfico representativo de características do meio
físico de uma determinada área ou região geográfica, produzido em face de potenciais
ou reais interferências humanas, contemplando o resultado de aquisição e
interpretação de dados e informações acerca da ocorrência e distribuição espacial de
aspectos e parâmetros de geologia de engenharia, mecânica dos solos e mecânica das
rochas, podendo incluir outros como de geomorfologia e de pedologia. Visa,
sobretudo, subsidiar as ações de planejamento e gestão de uso do solo e a instalação
de empreendimentos civis e mineiros, tendo aplicação potencial a todos os impactos
ambientais associados ao meio físico.
Enfim, independentemente destas discussões teóricas, existem grandes e importantes
estudos neste tema sendo desenvolvidos no Brasil cada vez mais por mais institutos de pesquisa
e pesquisadores. O trabalho mais significativo na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba
feito refere-se ao município de Uberlândia, na escala de 1:100.000 no ano de 1998 por Luiz
Nishiyama.
É importante que cada vez mais possam ser feitos produtos desta natureza, pois este
tipo de mapeamento proporciona grandes facilidades nas ações de planejamento do território,
tanto municipal quanto regional.
Do geoambiente
O
conceito
mais
utilizado
para
o
termo
geoambiente
é
atribuído
à
ASWATHANARAYNA (1995) que diz ser:
geoambiente ou o ambiente geológico como a parte superior da litosfera afetada pelo
homem, compreendida por rochas, solos, fluidos, gases e organismos. É ligado e
influenciado pela atmosfera, clima, terreno e cobertura vegetal. As atividades
humanas influenciam os processos geológicos, físicos, químicos e bioquímicos
acontecendo nas rochas e solos.
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A Figura 1 a seguir ilustra o sistema descrito por ASWATHANARAYNA.
Figura 1: Apresentação esquemática das ligações e interações no geoambiente.
Fonte: Adaptado de Menezes, 1998, p. 7 apud ASWATHARAYANA, 1995
Como se observa, o geoambiente comporta os elementos que costumeiramente
denominamos de meio físico, relacionado como uma parte do meio ambiente. O grande
diferencial mostrado na Figura 1 é que a relação entre estes elementos fica demonstrada,
gerando assim o conceito que temos para o geoambiente.
Este sistema elaborado por Aswathanarayna está muito fundamentado nas teorias e
conceitos sobre o meio físico oriundos da relação homem-meio físico elaborados por Tricart,
em sua classificação apresentada na obra Ecodinâmica, dos Meios Ambientes. Por exemplo, na
Teoria Geral dos Sistemas, onde o conceito de geossistema, elaborado por Sotchava aliado à
análise de Tricart, fornecem fundamentos para a análise do espaço geográfico, possibilitando
seu mapeamento. A seguir, a Figura 2 apresenta o diagrama do fluxo da energia solar no sistema
meio ambiente, já apresentado por Tricart (1997, p. 21).
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Figura 2: Fluxo da energia no sistema meio ambiente
Fonte: Adaptado de Tricart (1977, p. 21)
A análise mais importante que está ressaltada nestas duas abordagens é a de que, em
qualquer um dos dois modelos apresentados, independentemente da inter-relação que se
observe entre dois fatores isolados, existe uma única forma de interação entre os mesmos, na
formação do geoambiente. Porém, esta interação não se dá de forma aleatória, porque,
dependendo do fluxo de energia que esteja sendo aplicado nestes fatores, dos quais dependem
todos os outros fatores presentes no sistema. Ou seja, em uma interação A envolvendo os fatores
x e y, por exemplo, todos os demais fatores externos a esta relação exercem indiretamente uma
força que condiciona o processo natural a se desenvolver de uma maneira que se reflita nas
interações posteriores, na medida em que a energia considerada anteriormente for sendo
transferida.
Existe uma tendência no sistema do meio ambiente que é a manutenção de uma tensão
de equilíbrio entre todos os seus fatores, não impedindo isto que a energia pare de circular pelas
interações. É na verdade uma situação de um equilíbrio dinâmico, onde por vezes há uma
flutuação do nível de energia entre os fatores, mas que acontecendo de um modo cíclico, estas
variações demonstram um padrão de equilíbrio dinâmico.
Este equilíbrio pode ser interrompido por diversos fatores. No caso da pesquisa, e nas
interações mais cotidianas que se presencia atualmente é a ação antrópica que causa esta
interrupção no equilíbrio dinâmico do meio.
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É a partir da ação antrópica sem planejamento no meio que muitos problemas
ambientais surgem, como uma forma de aumento ou diminuição grande do fluxo de energia
entre a interação de determinados fatores, gerando um desequilíbrio no meio, que antes era
considerado estável.
É interessante observar que a grande parte das interações possíveis entre os elementos
do meio físico, bem como os problemas gerados pelo seu desequilíbrio são originados,
diretamente ou são agravados indiretamente pela circulação da água no ambiente, afirmando
assim a importância do ciclo hidrológico e principalmente da análise deste ciclo na bacia
hidrográfica, já que todas estas interações que ocorrem no geoambiente aqui demonstradas,
estão inseridas em uma determinada bacia hidrográfica, que por si só é um sistema que ordena
o fluxo da água no meio físico.
A interpretação destes conceitos, portanto, revela-se altamente próxima e interrelacionada. É por este motivo que as análises ambientais devem envolver a maior parte dos
fatores possíveis, naturais, sociais e antrópicos, a fim de se buscar compreender, de um modo
mais claro e completo, as interações do geoambiente para encontrar uma solução para o
problema que se procura.
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