O primeiro passo foi dado

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O primeiro passo foi dado
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Número 78
PSI
Projeto Setorial Integrado de Farmoquímicos e Farmacêuticos
O primeiro passo foi dado
Autoridades sanitárias e representantes de laboratórios da América
Latina aplaudem a primeira grande ação do projeto setorial que
pretende reforçar a participação da cadeia produtiva da indústria
farmoquímica farmacêutica no comércio exterior Páginas 2 e 3
Projeto Imagem Sanitária
Projeto Comprador
CPhI Worldwide 2009
Representantes de órgãos
reguladores do Peru, Chile e
Colômbia visitam ANVISA em
Brasília e aferem instalações
de laboratórios brasileiros
Páginas 4 a 7
Executivos e gerentes de
laboratórios do México, Argentina
e Venezuela receberam
informações sobre a indústria e
o marco regulatório brasileiros
Páginas 6 a 9
Pelo 15° ano consecutivo, o
Pavilhão Brasileiro reúne alguns
dos principais laboratórios do
País na Feira Internacional de
Farmoquímicos e Intermediários
Páginas 10 a 12
Um bom começo
Editorial
Neste semestre demos a partida no Projeto
Setorial Integrado (PSI) de Farmoquímicos
e Farmacêuticos, que tem a parceria técnicafinanceira da Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Este projeto, que visa a incrementar o comércio
exterior da nossa indústria, se concretizou graças ao
esforço conjunto das principais entidades
do setor, que entenderam a importância
de reforçarmos a nossa imagem e a nossa
presença na América Latina.
As autoridades sanitárias e representantes de
laboratórios latino-americanos reconheceram
a excelência das plantas fabris brasileiras visitadas,
dentro do escopo do PSI, que incluiu ainda
uma visita à Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), em Brasília, na qual
todos tiveram a oportunidade de esclarecer
dúvidas em relação ao marco regulatório
brasileiro neste setor.
Todos aplaudiram esta iniciativa que, sem dúvida,
irá incrementar as pesquisas e gerar bons
negócios e parcerias estratégicas que
vão resultar na expansão e na ampliação
das exportações brasileiras.
Um Olhar Sobre o Mundo
2
PSI
Ser um dos dez maiores mercados
mundiais de farmoquímicos e
medicamentos não basta: é importante
também mostrar que o Brasil tem um
marco regulatório que já se tornou
referência na América Latina e uma
indústria de excelência, que movimenta
anualmente US$ 18 bilhões e desponta
como o segundo maior mercado
emergente, depois da China.
Com este objetivo, as entidades
representativas dos segmentos que compõe esta cadeia produtiva se reuniram
para criar o Projeto Setorial Integrado
de Farmoquímicos e Farmacêuticos,
que tem a parceria técnica-financeira
da Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex
Brasil) e o respaldo da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Esta iniciativa inédita prevê um
conjunto de ações que visam a reforçar
a imagem de qualidade e confiabilidade da indústria farmoquímica e
farmacêutica local, que se desenvolve
dentro de um marco regulatório moderno, alinhado com os mais exigentes
padrões internacionais. Um trinômio
de excelência que avaliza esta indústria,
integrada por cerca de 470 empresas
e mais de oitenta distribuidores atacadistas, a ampliar sua participação no
comércio exterior do País.
Este é o objetivo final deste Projeto
Projeto Setorial Integrado de Farmoquímicos e Farmacêuticos
Trinômio da excelência
Projeto Setorial Integrado de Farmoquímicos e Farmacêuticos busca fomentar
as oportunidades de negócios deste setor no mercado internacional, por
meio de uma série de ações que destacam a qualidade e alta confiabilidade
dos processos fabris e produtos dos laboratórios brasileiros dentro de um
ambiente regulatório moderno.
Setorial Integrado (PSI), que também
propicia oportunidades de parcerias entre laboratórios latino-americanos, com
o intuito de fortalecer este mercado que
tem um alto potencial de crescimento –
7% a 8% este ano, o dobro do projetado
para o mercado mundial.
Primeira missão cumprida
Implementado no segundo semestre deste ano, o PSI 2009 estabeleceu
três linhas de ações, que previam um
conjunto de atividades – os projetos
Imagem, Comprador e CPhI 2009 –,
com foco na América Latina
Os projetos Imagem e Comprador
envolveram diretores e técnicos de
agências reguladoras e representantes de
laboratórios latino-americanos, os quais
visitaram a sede da ANVISA em Brasília (DF) e instalações dos laboratórios
Cristália (Itapira), EMS (Hortolândia),
ABL (Cosmópolis), Eurofarma (Itapevi)
e Diosynth (Barueri), todos no estado
de São Paulo.
A programação destas duas iniciativas foi encerrada com uma palestras
na sede do Sindicato da Indústria
Farmacêutica do Estado de São Paulo
(Sindusfarma), em São Paulo, nos dias
4 de setembro (Projeto Imagem) e
2 de outubro (Projeto Comprador),
coordenada pelo presidente da Abiquif,
José Correia da Silva.Também integrou
a mesa de debates o gestor do PSI de
Farmoquímicos e Farmacêuticos da
Apex-Brasil, Hélio Lobo.
Participaram destes eventos executivos e profissionais de empresas da
cadeia produtiva farmoquímica-farmacêutica e representantes das demais
entidades que integram o projeto:
Associação Brasileira das Indústrias
de Química Fina, Biotecnologia e
suas Especialidades (Abifina), Associação dos Laboratórios Farmacêuticos
Nacionais (Alanac), Associação da
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Indústria Farmacêutica de Pesquisa
(Interfarma) e Associação Brasileira
das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos)
Já o projeto Feira, que tem como
mote principal o Pavilhão Brasileiro
na CPhI, organizado pela Abiquif,
reuniu 10 empresas expositoras, representantes de órgãos governamentais
e de entidades do setor industrial
no evento realizado em Madri, na
Espanha.
Todas as ações foram executadas
com sucesso entre agosto e outubro
passados, conforme demonstram os
depoimentos feitos pelos participantes
estrangeiros em cada etapa, assim como
os laboratórios que integraram o Pavilhão Brasileiro. O que indica o acerto
desta estratégia que busca dar maior
visibilidade a indústria farmoquímica
e farmacêuticas do Brasil.
Textos: Beatriz Cardoso
Um Olhar Sobre o Mundo
Projeto Imagem Sanitária
Muito além da imagem
O Projeto Imagem America Latina
2009, uma das três linhas de ações
implementadas dentro do escopo do
Projeto Setorial Integrado de Farmoquímicos e Farmacêuticos, é uma
iniciativa pioneira que está possibilitando a troca de experiência entre os
órgãos reguladores da América Latina,
a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) e a indústria
brasileira.
Com o objetivo de ampliar e
difundir o conhecimento sobre o
marco regulatório vigente na região
e reforçar as relações entre governos,
empresas e mercados, o projeto prevê
visitas de autoridades sanitárias a plantas fabris de empresas farmoquímicas
e farmacêuticas no Brasil.
Dentro da programação deste ano,
representantes das agências reguladoras do Peru, Chile e Colômbia visitaram a sede da ANVISA, em Brasília, e
conheceram as instalações de alguns
laboratórios sediados no estado de São
Paulo, entre os dias 31 de agosto e 4
de setembro.
No primeiro dia, em Brasília, na
sede da ANVISA, os visitantes assistiram a uma apresentação preparada pela
área internacional e setores técnicos da
agência, tendo como tema central o
Fortalecimento das Autoridades Sanitárias Estratégicas da América Latina.
A comitiva foi acompanhada pelo
presidente da Abiquif, José Correia da
Silva, Serafim Branco Neto, diretor
financeiro da ABIQUIF, Marinete Miniero, gerente do PSI, e Juliana Kunzel,
estagiária do projeto, que está sendo
conduzindo pela Abiquif.
Durante a apresentação foram
abordados características do mercado e
Um Olhar Sobre o Mundo
Fotos: Antônio Larghi
A cadeia produtiva farmacêutica-farmoquímica abre suas portas para
autoridades sanitárias da América Latina, que aferiram as boas práticas
de fabricação, a diversidade da produção local e a modernidade do
parque fabril brasileiro.
Balanço final do Projeto Imagem reuniu mais de 80 pessoas no Sindusfarma
da indústria brasileira e, principalmente, a legislação relacionada à produção,
importação, exportação e registro de
produtos farmacêuticos.
Por dentro dos laboratórios
O ineditismo desta iniciativa está
também no fato de laboratórios brasileiros terem aberto suas portas a autoridades sanitárias de outros países, que
geralmente visitam laboratórios apenas
quando em processos de fiscalização
ou certificação.
A série de visitas começou no
dia 1° de setembro, em Itapira, no
Laboratório Cristália, criado há 27
anos, com patentes no Brasil, Estados
Unidos da América, União Européia e
China e exportações para 40 países da
América Latina, Oriente Médio, Ásia
e África. Os visitantes conheceram a
planta fabril e ficaram impressionados
com o trabalho realizado no Núcleo
de PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento
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e Inovação), que fez a Cristália ser
escolhida como reference standards para
a United States Pharmacopeia Farmacopéia Americana (até agora com
cinco farmoquímicos).
No dia seguinte, as autoridades
sanitárias visitaram as instalações da
EMS, líder do mercado farmacêutico
que tem entre suas especialidades a
fabricação de genéricos. Localizado
em Hortolândia, também no interior
de São Paulo, esta unidade da empresa,
criada em 1950, é uma das mais modernas da América Latina, construída
segundo os padrões estabelecidos pelo
Federal Drug Administration (FDA).
Neste mesmo complexo está o Centro
de Pesquisa & Desenvolvimento da
empresa, que tem uma segunda unidade industrial em São Bernardo do
Campo (Grande ABC) e exporta para
mais de 30 países.
A comitiva seguiu para Cosmópolis,
onde visitou as instalações da empresa
Antibióticos do Brasil (ABL), criado
Impacto positivo
A modernidade das instalações dos
laboratórios visitados, a diversidade de
farmoquímicos e produtos gerados no
País e o desenvolvimento da indústria
brasileira neste setor foram destacados
pelas autoridades sanitárias da Colômbia,
Chile e Peru, em entrevista ao Um Olhar
sobre o Mundo. Todos também consideraram excelente a oportunidade de
conhecer melhor a legislação brasileira,
afirmando que o intercâmbio e troca de
idéias proporcionada por esta iniciativa
vai contribuir para a harmonização das
normas regulatórias na América Latina.
“Ficamos extremamente felizes
por termos sido incluídos nesta iniciativa que possibilitou conhecermos de
perto as plantas brasileiras”, afirmou
a doutora Clara Isabel Rodriguez
Serrano, subdiretora de Registros
Sanitários do Instituto Nacional de
Vigilancia de Medicamentos y Alimentos (Invima), o órgão regulador
da Colômbia criado em 1993.
Ela confessou ter ficado impressionada com a forma como tem se
desenvolvido a indústria
farmoquímica e farmacêutica no Brasil. “Pudemos
aferir, in loco, que houve um
grande avanço tecnológico
neste setor. Mais ainda: que
há uma preocupação muito
grande desta indústria em
ter os melhores processos
e procedimentos na fabricação de farmoquímicos e
farmacêuticos”, acrescentou
a subdiretora da Invima.
“Esperamos trabalhar
junto com o Brasil na busca
da harmonização de nossos
Autoridades sanitárias do Chile, Peru e Colômbia
marcos regulatórios”, finalaboratórios farmoquímicos do País, lizou Clara Isabel Rodriguez Serrano,
foi a última planta industrial visitada destacando que esta normatização
pelas autoridades sanitárias do Chile, contribuirá não somente para a saúde
Colômbia e Peru. Em atividade no pública, mas também para a melhoria
Brasil desde 1971, o laboratório pro- das condições de competitividade da
duz cloridrato de morfina, codeína, indústria latino-americana.
A produção de Insumos Farmacêudesogestrel, estradiol, estriol, fosfato de
ticos
Ativos (IFAs) no Brasil surpreencodeína, gonadotrofina coriônica humana, heparina bovina sódica, heparina deu Luz Mendoza, inspetora da Invima,
suína crua, heparinóide, noroximorfona que acompanhou a subdiretora de Registros Sanitários. “Em minha rotina de
e sulfato de morfina.
em janeiro de 2003, quando adquiriu
a linha de medicamentos da norteamericana Eli Lilly do Brasil. Devido
à sua fusão com o grupo italiano ACS
Dobfar, um dos maiores fabricantes e
fornecedores de matérias-primas para a
fabricação de antibióticos cefalosporânicos no mundo, a ABL tem hoje uma
das plantas mais modernas na produção
destes medicamentos, exportando para
cerca de 30 países.
No dia 3, a comitiva visitou os
laboratórios da Eurofarma (Itapevi)
e da Diosynth (Barueri), ambas na
Grande São Paulo. Terceira maior fabricante de medicamentos genéricos
do País, a Eurofarma, que tem a meta
de estar presente em 90% do mercado
latino-americano até 2015, adquiriu
em outubro a argentina Quesada Farmacêutica, com mais de 60 anos no
mercado. A empresa, fundada em 1972,
que começou suas atividades fabricando
medicamentos para terceiros, hoje atua
em praticamente todos os segmentos
farmacêuticos, possuindo cinco plantas
em operação no Brasil.
A Diosynth, um dos principais
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trabalho, que é inspecionar plantas fabris
na América Latina, não tem sido usual
encontrar o Brasil como um provedor
de IFAs”, observou.
Por isso mesmo, ela destaca a importância deste projeto setorial, que cria a
oportunidade para autoridades sanitárias
e empresas da América Latina visitarem
laboratórios e conhecerem de perto
não somente o processo de produção
de farmoquímicos no País, assim como
as normas regulatórias aplicadas a este
segmento. “Acredito que o Brasil tem
muito a contribuir na regulação da produção de IFAS na América Latina”, frisa
a inspetora da Invima.“Este intercâmbio
será altamente positivo, do ponto de vista
comercial e sanitário, tanto para os órgãos
reguladores como para os laboratórios”.
Bons exemplos
“Estou impressionado com tudo
que tivemos oportunidade de conhecer
nestes poucos dias”, afirmou o chefe do
Departamento de Políticas Farmacêuticas e Profissões Médicas da Divisão de
Políticas Públicas Saudáveis e Promoções do Ministério da Saúde do Chile,
doutor Gonzalo Ramos Nunez.
“Não somente pela abertura dos
laboratórios em nos mostrar suas instalações, forma de trabalho e excelência
de seus processos, mas também pelos
benefícios que estas empresas dão aos
seus quadros, para garantir um aprimoramento contínuo de seu capital humano”, pontuou o químico-farmacêutico.
Em relação à parte normativa, ele
ressaltou que este intercâmbio é essencial
para conhecer melhor o marco regulatório. “É uma oportunidade também para
aferir como cada país está trabalhando
para equacionar problemas que são
comuns a todos, no que diz respeito à
produção de IFAs e medicamento”.
Além de destacar a importância
dos programas de qualificação dos
fornecedores de IFAs, ele vai mais
além, citando iniciativas exemplares
implementadas no Brasil. “É o caso das
medidas que vem sendo adotadas em
relação à rastreabilidade dos produtos
farmoquímicos, de forma a garantir a
qualidade do mesmo”.
A iniciativa de abrir as portas dos
Um Olhar Sobre o Mundo
certeza nos deu maior amplitude do
nível tecnológico e desenvolvimento
desta indústria no País”.
A inspetora da Digemid frisa que é
fundamental saber como estão trabalhando as indústrias desta cadeia produtiva na América Latina, afirmando que
todas hoje buscam melhorias que assegurem a qualidade e confiabilidade dos
farmoquímicos e farmacêuticos.“Tenho
hoje uma imagem altamente positiva,
de que os laboratórios brasileiros estão
altamente equipados, trabalhando com
as melhores práticas de fabricação”.
“Pudemos aferir
que houve um
grande avanço
tecnológico neste
setor. Mais ainda:
que há uma preocupação muito
grande desta indústria em ter os
melhores processos e procedimentos na fabricação de farmoquímicos
e farmacêuticos”.
Clara Isabel Rodriguez Serrano,
Invima (Colômbia)
Projeto Comprador
Um canal de negócios
Representantes de laboratórios do México, Argentina e Venezuela
firmam que querem reforçar as relações comerciais com o Brasil depois
de visitarem algumas das principais instalações farmoquímicas e
farmacêuticas do País.
Expandir o comércio exterior
da cadeia produtiva farmoquímicafarmacêutica do Brasil, que tem um
dos dez maiores mercado do mundo e
uma indústria competitiva neste setor é
uma das metas do Projeto Comprador
America Latina 2009, que promoveu a
visita de representantes de laboratórios
da região a plantas fabris brasileiras.
Segunda linha de ação prioritária do
Projeto Setorial Integrado de Farmoquímicos e Farmacêuticos, esta iniciativa visa
mostrar as estruturas organizacionais desta
indústria que vem crescendo e se consolidando no mercado mundial devido à
diversidade de seus produtos, capacidade
instalada, modernidade das plantas fabris
que atuam dentro dos mais altos padrões
de Boas Práticas de Fabricação, com
documentação certificada e controle de
qualidade dos insumos produzidos no País.
Entre os dias 28 de setembro e 2 de
outubro, a Abiquif conduziu o primeiro
grupo de representantes de laboratórios
Um Olhar Sobre o Mundo
do México, Venezuela e Argentina em
visitas às instalações farmoquímicas e
farmacêuticas que já haviam recebido
as autoridades sanitárias, na primeira
etapa desta iniciativa.
Marco regulatório moderno
Com o intuito de facilitar esta integração regional e dar maiores subsídios
sobre o marco regulatório e os acordos
comerciais bilaterais estabelecidos com o
Brasil, a programação foi aberta com uma
palestra na sede da ANVISA, em Brasília.
As palestras técnicas da agência foram
conduzidas por Marília Coelho Cunha,
gerente geral de Inspeção e Controle
de Insumos, Medicamentos e Produtos
(GGIMP); Laura Gomes Castanheira,
gerente de Avaliação de Segurança e
Eficácia (GESEF) da gerência geral de
Medicamentos, e Marta Fonseca Veloso,
chefe do Núcleo de Assessoramento em
Assuntos Internacionais.
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“A ANVISA é a reguladora de um
setor que representa 25% do PIB (Produto Interno Bruto Brasileiro), com mais
de 4.500 empresas da cadeia produtiva de
medicamentos, 44.500 farmácias e quase
5.400 hospitais”, pontuou Marília Cunha
ao falar sobre as atribuições da agência.
Ao destacar o programa de melhoria
contínua do marco regulatório brasileiro,
ela sublinhou a questão da harmonização das normas de inspeção nacionais
com as do mercado mundial, de forma
a possibilitar que a indústria nacional e
os farmoquímicos e medicamentos produzidos no País tenham competitividade
internacional.
Marília Cunha falou também sobe
o papel de sua gerência no processo de
concessão, alteração e cancelamento de
licenças de funcionamento de empresas, do certificado de cumprimento de
Boas Práticas de Fabricação e Controle
(BPFC), alinhado com as normas da Federal Drug Administration (FDA), dos
Fotos: Antônio Larghi
laboratórios par as autoridades sanitárias
de outros países também foi um dos
aspectos que mais chamou a atenção
da doutora Miriam Cavalier Martinez,
Inspetora Especialista em Boas Práticas
de Fabricação da Dirección General
de Medicamentos, Insumos y Drogas
(Digemid), órgão regulador do Peru.
“Não é comum vermos laboratórios
abrindo suas portas para mostrar suas
instalações, como estão trabalhando,
seus procedimentos e cuidados no
que diz respeito à fabricação e IFAs e
medicamentos”, afirmou. “Isso, com
“Acredito que o
Brasil tem muito a
contribuir na regulação da produção
de IFAS na América Latina. Este
intercâmbio será
altamente positivo, do ponto de
vista comercial e sanitário, tanto
para os órgãos reguladores como
para os laboratórios”.
“Estou impressionado com tudo que
tivemos oportunidade de conhecer
nestes poucos
dias. Não somente
pela abertura dos
laboratórios, mas
também pelos benefícios que estas empresas dão
aos seus quadros, para garantir um
aprimoramento contínuo”.
“Não é comum vermos laboratórios
abrindo suas portas
para mostrar instalações e cuidados
no que diz respeito
à fabricação e IFAs.
Tenho hoje uma imagem altamente positiva, de que os laboratórios brasileiros
estão trabalhando com as melhores
práticas de fabricação”.
Luz Mendoza,
Invima (Colômbia)
Gonzalo Ramos Nunez,
Ministério da Saúde do Chile
Miriam Cavalier Martinez,
Digemid (Peru)
Fotos: Beatriz Cardoso
Laboratório de intercâmbio
Representantes de laboratórios do México, Argentina e Venezuela visitam a
sede da ANVISA acompanhados pelo presidente da Abiquif, José Correia da Silva
Estados Unidos, e da Agência Européia
de Medicamentos (Emea), entre outras
ações que visam assegurar a qualidade e
a confiabilidade dos produtos brasileiros.
Um dos segmentos no qual o Brasil
tem um destaque internacional, a produção de genéricos, foi o tema central da
apresentação feita por Laura Castanheira,
que discorreu sobre o papel da Gerência
de Avaliação de Segurança e Eficácia
(GESEF) na avaliação de estudos clínicos
e de bioequivalência, para a concessão
de registro, pós-registro e renovação de
medicamentos, entre outras atribuições.
Ela falou também sobre as perspectivas de implementação do registro
eletrônico de farmoquímicos e farmacêuticos, que vai agilizar e dar maior
segurança a todo este processo, além
das revisões das RDCs (Resolução de
Diretoria Colegiada) da ANVISA referentes ao pós-registro, bulas e rotulagens,
genéricos e similares, entre outros.
Marta Veloso falou sobre a estrutura
geral e as funções da ANVISA e atuação em todos os assuntos relacionados
à vigilância sanitária, destacando a forte
interação com o Ministério da Saúde e
o Ministério de Relações Exteriores no
sentido de promover maior interação com
as agências reguladoras de outros países.
Após as apresentações, os representantes de laboratórios internacionais
tiveram a oportunidade de esclarecer
suas dúvidas relacionadas ao marco
regulatório, principalmente no que
diz respeito ao registro e fabricação de
farmoquímicos e farmacêuticos no País.
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A segunda etapa do Projeto Comprador America Latina 2009 foi um verdadeiro “laboratório de integração” para
as empresas visitadas e os representantes
estrangeiros, que, em três dias, visitaram
as instalações da Cristália (Itapira), EMS
(Hortolândia), ABL (Cosmópolis), Eurofarma (Itapevi) e Diosynth (Barueri),
no estado de São Paulo.
Além de terem acesso às diferentes
unidades de produção, áreas de pesquisa
e desenvolvimento e de controle de
qualidade dos laboratórios visitados, e
serem informados sobre as principais
ações das empresas na área de qualificação profissional, os visitantes participaram de rodadas de informações técnicas
e de negócios após cada visita.
Para os representantes de laboratórios
de distintos países que conheceram por
dentro algumas das mais modernas plantas
fabris brasileiras, esta foi uma oportunidade única, que demonstra também a
qualificação e a capacidade da indústria
local. “Embora tenha parceria no Brasil
com a Aché Laboratórios, desconhecia a
amplitude do trabalho que vem sendo realizado pela indústria brasileira”, afirmou
José Antonio López Sabido (México),
diretor de Engenharia e Inovação dos
Laboratorios Silanes, do México, com
mais de 60 anos no setor farmacêutico.
“Estamos felizes em ver o grande
avanço da indústria brasileira, tanto do
ponto de vista de instalações e tecnolo-
Um Olhar Sobre o Mundo
e capacidade produtiva dos laboratórios brasileiros”, salientou o gerente da
HealthMart, uma das marcas do grupo
mexicano Medix, com mais de 50 anos
de atividades no setor farmacêutico.
“Temos que fortalecer ainda mais as
relações comerciais entre os dois países,
que tem os dois maiores mercados da
América Latina e uma indústria competitiva no cenário mundial”.
Suas palavras são endossadas por
Sergio Ávila Morales, gerente deVendas
da Área Internacional dos Laboratórios
Probiomed, outra empresa mexicana
do setor. “O Brasil tem uma indústria
extremamente competitiva na América
México S.A. também confessou ter ficado
impressionado com a evolução da cadeia
produtiva farmoquímica-farmacêutica
brasileira. “Pudemos ver e aferir o grau
desenvolvimento que teve esta indústria,
a alta capacitação e complexidade das
plantas de produção”, destacou o gerente
do laboratório, mais conhecido como Dr.
Reddys, que tem representação no Brasil
e atua em diversos países.
Grupo de origem indiana criado
em 1984, o Dr. Reddys foi criada por
Anji Reddy, filho de um agricultor que
começou sua carreira em uma farmacêutica estatal e hoje comanda uma das
maiores companhias verticalizadas do
Fotos: Antônio Larghi
gias como de pesquisas e inovação”, disse
o executivo da Silanes que há dois anos
tem uma parceria com a Aché. Firmado
em agosto de 2007, na Cidade do México, durante a Sétima Plenária MéxicoBrasil, na presença dos presidentes dos
dois países, o acordo entre os laboratórios
tem possibilitado a inserção dos produtos
Aché e Silanes nos dois mercados.
“Sem dúvida o Brasil hoje tem uma
grande competência no setor farmoquímico e farmacêutico, como pudemos
aferir nesta visita”, acrescentou o diretor
de Engenharia e Inovação da Silanes, que
aplaude a iniciativa brasileira de criar o
projeto setorial integrado, programando
Candida Francis,
Vincenti
(Venezuela)
Carlos Matthews,
Roemmer’s
(Argentina)
visitas a laboratórios nacionais.
“Ações como estas são fundamentais
para avançarmos no processo de harmonização dos nossos marcos regulatórios e
gerar boas oportunidades de negócios entre
os dois países”, afirmou José Antonio López Sabido, observando que sua empresa,
assim como os laboratórios brasileiros, vem
investindo em pesquisa e desenvolvimento
de novas moléculas e produtos.
Novas perspectivas
O biólogo Raúl Guillermo Torres
Jardón, gerente de Exportações da
HealthMart, afirma que tem uma nova
percepção das indústrias farmoquímica
e farmacêutica no Brasil. “Reconheço
que tinha uma visão muito parcial de
como este setor vinha evoluindo, da
dimensão e grau de modernidade do
parque fabril instalado”, observou.
“Fiquei surpreendido com a alta
competitividade, tecnologia, expertise
Um Olhar Sobre o Mundo
Javier de la Vega,
Falcon
(México)
José Antonio
López Sabido,
Silanes
(México)
Latina, pelo que pude ver nas visitas
que fizemos às instalações de alguns
laboratórios. São plantas modernas,
que, seguramente, tem uma produção
diversificada de alta qualidade”, afirma.
Lembrando que a empresa já fez algumas parcerias no passado, ele aposta na
possibilidade de novas associações com laboratórios brasileiros.“Esta iniciativa abriu
fronteiras, possibilitando-nos estabelecer
uma nova relação com a indústria local.
Sem dúvida, abre perspectivas positivas de
expansão das atividades e dos negócios
dos laboratórios mexicanos e brasileiros
na América Latina”, frisou o gerente da
Probiomed, que há mais de três décadas
fornece farmoquímicos para a indústria
de medicamentos do México e hoje
produz seus próprios medicamentos, com
foco no mercado oficial, para o qual são
direcionados 60% de suas vendas.
Javier de la Vega, gerente de Asseguração da Qualidade e Assuntos Regulatórios da Industrias Químicas Falcon de
8
Marisol Gonzalez,
Vincenti
(Venezuela)
Raúl Guillermo
Torres Jardón,
HealthMart
(México)
setor farmacêutico da Índia. Primeiro
laboratório farmacêutico da Ásia a
vender ações na Bolsa de Valores de
NovaYork, no final de outubro, o grupo
anunciou lucro de US$ 51,7 milhões no
terceiro semestre, consolidando uma alta
de 176,8% respaldada no lançamento de
novos genéricos em diversos mercados.
“Há um mundo de oportunidades há
explorar em termos de negócios e parcerias”, concluiu Javier de laVega depois
de visitar laboratórios brasileiros.
Relações reforçadas
“Temos um conhecimento maior da
indústria e do mercado brasileiro graças a
iniciativas como estas”, destacou o engenheiro Carlos Matthews, gerente de Abastecimento do Laboratórios Roemmer´s,
um dos mais importantes da Argentina.
Destacando os aspectos mais relevantes dos
dois mercados, Brasil e Argentina, ele avalia
que há um grande potencial de incremento
OPINIÕES
dos negócios no setor farmacêutico.
“Com certeza, ações como estas vão
reforçar as relações e o posicionamento dos laboratórios dos dois países no
mercado regional”, afiança o gerente
da empresa argentina, que tem quase
90 anos de atividades no setor farmacêutico e cinco plantas de produção.
“Este é um passo importante para o
estabelecimento de possíveis parcerias”,
finaliza Carlos Matthews.
A farmacêutica Candida Francis,
regente-patrocinante do Laboratorio
Vincenti, da Venezuela, que trabalha na
área de desenvolvimento de produtos,
também acredita que o intercâmbio viabilizado pelo Projeto Setorial
Integrado de Farmoquímicos e Farmacêuticos,
conduzido pela Abiquif,
em parceria técnico-financeira com a Apex Brasil vai
render bons frutos.
“Fiquei impressionado
com o que vi em ter­mos
de instalações e qualificação
dos laboratórios brasileiros”,
Sergio Ávila
Morales,
observou a farmacêutica do
Probiomed
labora­tório venezuelano,
(México)
que hoje concentra seus negócios no mercado interno, mas busca novas oportunidades de negócios na América
Latina. “O Brasil tem uma forte indústria
de farmoquímicos e medicamentos, que
geram grandes possibilidades de sinergia
com os labora­tórios de outros países, no
sentido de todos crescermos juntos neste
mercado latino-americano”.
Marisol Gonzalez, da área de compras
de insumos do LaboratorioVincenti, que
tem mais de 60 anos de atividades no País,
preferiu ressaltar a relevância desta ação.
“Creio que o mais importante em tudo
isso, além da oportunidade de conhecer
o marco regulatório brasileiro e as instalações dos laboratórios, é a iniciativa da indústria local, de se reunir em torno de um
projeto que busca o fortalecimento de sua
posição no mercado latino-americano”,
sublinhou. “Este é um bom exemplo a
ser seguido por todos os laboratórios
da região que tem consciência de que é
fundamental termos um a indústria forte
para assegurar a saúde da população”.
Convergência gera integração
O Projeto Setorial Integrado de Farmoquímicos e
Farmacêuticos reflete o esforço conjunto da cadeia-produtiva
na busca de ampliar seus negócios no mercado externo
Conhecer melhor as empresas e o mercado de outros países da região
é fundamental para quem deseja ir além de suas fronteiras, na opinião de
executivos das empresas que apoiaram o Projeto Setorial Integrado de
Farmoquímicos e Farmacêuticos, abrindo suas portas para autoridades
sanitárias e representantes de laboratórios da Argentina, Chile, Colômbia,
México, Peru e Venezuela.
“Conhecer de perto, ver, olho no olho, o que o seu potencial
parceiro de negócios pensa, é fundamental para resultados mais
efetivos”, afirma Eduardo Sterza , dire­tor de Desenvolvimen­
to de Novos Negócios da Apsen, que vem reforçando sua
estratégia de internacionalização.
“Este contato direto com outras empresas e agentes sanitários vai agilizar e facilitar a proposição de negócios para avançarmos no mercado externo”, diz o executivo, parabenizando
a Abiquif pela forma vem conduzindo esta iniciativa. “Ela tem o nosso
total apoio para seguir adiante no projeto.
“O PSI tem total aderência à estratégia da Eurofarma, que pretende
estar em 90% do mercado latino-americano. Ter contato com as empresas
destes países é fundamental para a empresa, que já tem algumas
parcerias em andamento”, destacou Wesley Marucci Pontes ,
diretor da Área Internacional & Exportação da empresa, que
abriu suas portas para a visita de autoridades sanitárias e representantes de empresas latino-americanas.
“Eventos como este abrem novas portas para participarmos
de forma mais efetiva deste mercado, pois nossa meta é ser uma
empresa regional, seja por meio de parcerias ou pela aquisição
de novos ativos na América Latina”, assegura o executivo da Eurofarma.
Ele considera importante também a interação entre as autoridades
sanitárias destes países e as empresas que atuam nesta cadeia produtiva,
para que haja um canal contínuo de informações sobre a legislação na
busca de harmonização dos marcos regulatórios para que as
empresas possam atuar no mercado regional.
Carlos Alberto Manzo , gerente de Exportações da
Cristália, outro laboratório que recebeu os visitantes do PSI,
também ficou satisfeito com os resultados desta ação.“A grande
dificuldade é estabelecer este contato direto com empresas e
autoridades, para abrir oportunidades de negócios com outros
países. Estabelecendo estas relações criamos uma ponte para
atuarmos em outros países”, observa.
Lembrando que a Cristália foi uma das pioneiras na busca da internacionalização, Manzo afirma que o PSI se constitui também em uma boa
oportunidade para o Brasil mostrar que tem uma indústria farmacêutica
de referencia e um marco regulatório consolidado.
“A Abiquif foi extremamente feliz ao fazer o projeto em duas
etapas, trazendo antes as autoridades sanitárias e, depois, os representantes dos laboratórios. Com certeza, eles vão divulgar tudo o que
viram aqui e se perguntar: por que não fazemos mais negócios com
os brasileiros?”
9
Um Olhar Sobre o Mundo
OPINIÕES
Uma estratégia de
sucesso
Para a Apex-Brasil, a iniciativa da
Abiquif em propor um Projeto Setorial
Integrado de Produtos Farmoquímicos
e Farmacêuticos tem tudo para ter sucesso, ajudando a ampliar participação
das empresas brasileiras na América
Latina. “Devido ao seu grau de confiabilidade e qualidade de seus produtos,
a indústria brasileira está habilitada para
fornecer a países importadores com
distintos marcos regulatórios”,
afirma Hélio Lobo , gestor
do PSI de Farmoquímicos e
Farmacêuticos da Apex-Brasil,
que acompanhou as visitas das
autoridades sanitárias na primeira etapa.
“As empresas que aderiram
ao PSI têm exposição internacional, o
que possibilita um maior intercâmbio
de informações e conhecimento das
tendências e exigências do setor de
farmoquímicos e farmacêuticos nos
diferentes mercados mundiais, seja
obtendo dados novos ou confirmando
conhecimentos existentes”, destacou
Helio Lobo.
“A minha percepção é que os
visitantes voltam para os seus países
com outra imagem deste
s e t o r n o B r a s i l ” , ava l i a
Marinete Miniero , gerente
do PSI, que acompanhou as
visitas, afirmando que todos
se manifestaram surpreendidos com a alta qualificação da
indústria brasileira e com o
marco regulatório brasileiro. “Acredito que todos, brasileiros e estrangeiros, tem alguma coisa a aprender
com esta iniciativa, que possibilitou
uma integração maior, mais efetiva,
entre empresas e autoridades sanitárias da América Latina. Ou seja, mais
além dos negócios, é um processo de
aprendizagem que também estamos
consolidando com o PSI”, conclui.
Um Olhar Sobre o Mundo
CPhI 2009:
Há 15 anos assegurando
maior visibilidade internacional
à indústria farmoquímica
nacional, o Pavilhão Brasileiro
foi incorporado ao
Projeto Setorial Integrado
(PSI) de Farmoquímicos
e Farmacêuticos.
Maior evento do mundo no setor,
a CPhI Worldwide – Feira Internacional de Farmoquímicos e Intermediários, realizada anualmente na Europa,
é hoje uma importante vitrine para a
indústria brasileira.
A participação de laboratórios
nacionais neste evento, por 15 anos
consecutivos, foi consolidada pela criação do Pavilhão Brasileiro, organizado
há mais de uma década pela Abiquif.
A iniciativa, consagrada e reconhecida
pela própria organização da CPhI, tem
assegurado a visibilidade internacional
dos principais agentes do setor brasileiro
de farmoquímicos e de intermediários.
Por esta razão, o Projeto Setorial
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Integrado de Farmoquímicos e Farmacêuticos estabeleceu como sua terceira
linha de ação prioritária a participação
do Pavilhão Brasileiro na CPhI 2009.
Realizada em Madri, na Espanha, entre
os dias 13 e 15 de outubro, o evento
apresentou as tendências e novidades
em matérias-primas, embalagens, equipamentos, terceirização e serviços.
Dez laboratórios brasileiros integraram o Pavilhão Brasileiro, que ocupou
uma área de 207m² em local privilegiada e de grande visibilidade para os
visitantes. Quase todos são expositores
que tradicionalmente participam deste
evento, que tem gerado bons negócios
e parcerias estratégicas: Cristália, Eurofarma, Gênix (subsidiária da Purifarma),
Kin Master, Nortec Química, Pharma
Nostra, EMS, União Química, Formil
Química e Neo Química.
Além de empresários, executivos,
gerentes e profissionais do setor de
compra e vendas de empresas da cadeia
farmoquímica e farmacêutica, também
participam da feira especialistas da área de
pesquisa e desenvolvimento (P&D) para
Brasil sempre presente
aferir as novidades e tendências do setor.
Representantes de laboratórios brasileiros que não participam como expositores
também utilizam o pavilhão como ponto
de encontro e base de reuniões.
O Pavilhão Brasileiro dispõe de uma
área comum para uso dos expositores e
demais visitantes brasileiros que vão à
CPhI para prospectar oportunidades de
negócios. A infraestrutura do pavilhão
abrange ainda profissionais bilíngues,
salas reservadas para reuniões, internet,
impressoras e outros serviços, além de
um cafezinho bem brasileiro.
Os números do evento refletem sua
importância mundial e abrangência:
mais de 25 mil pessoas visitaram a feira,
que teve cerca de 1.800 expositores
de 60 países. Deste total, nada menos
que 114 empresas fizeram sua primeira
participação – um aumento de 20%
no número de estreantes em relação
à CPhI 2008, realizada em Frankfurt
(Alemanha). Em termos gerais, segundo
a organização do evento, a UBM International Media, houve um crescimento
de 5% no número de visitantes.
Este crescimento se refletiu também
no Pavilhão Brasileiro, que a cada ano
recebe um número maior de visitantes.
Uma tendência confirmada por todos
os expositores, que tem se esforçado
para atender a um número crescente de
solicitações de agendamento de reuniões.
A iniciativa teve o apoio da APEX
e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que durante os três dias
do evento disponibilizou profissionais
para atendimento tanto de empresários
brasileiros como de estrangeiros interessados em fazer negócios com o Brasil.
bastante satisfatória tanto na prospecção
de novos negócios como na identificação
de fornecedores de matérias-primas para
as áreas farmoquímica e farmacêutica.
“Tivemos ainda a oportunidade de aferir várias novas práticas que vem sendo
implementadas no mercado mundial”.
Posição privilegiada
“Esta edição da CPhI foi melhor dos
que as anteriores, devido especialmente
à posição do Pavilhão Brasileiro, que foi
decisiva, permitindo uma maior exposição das empresas associadas à Abiquif ”,
afirmaram os diretores da Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos, Edson
Lima (Farmoquímica) e Klaus Larsen
(Exportações e Novos Negócios).
Segundo eles, a feira deste ano foi
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O Pavilhão Brasileiro mais uma vez é o ponto
de encontro de empresários e representantes
de entidades brasileiras na CPhI
Ambos asseguram que as expectativas foram alcançadas e até superadas,
confirmando o acerto da estratégia da
empresa em participar do pavilhão Brasileiro na CPhI. “Estamos conscientes
de que este é o maior evento mundial
Um Olhar Sobre o Mundo
do setor farmacêutico, reunindo os mais
importantes produtores de matériasprimas, equipamentos e prestadores de
serviços para a indústria farmacêutica”,
destacaram os dois executivos.
Segundo eles, os três dias do evento
agregaram valor aos negócios da empresa,
especialmente na área comercial. “Durante a CPhI recebemos a visita de várias
empresas interessadas em nossos produtos
e práticas, tanto em termos de fornecedores como de clientes”. Segundo eles,
são muitos os benefícios desta participação, principalmente para aferir quais são
as novas matérias-primas e ainda novas
tecnologias para o laboratório Cristália.
Os dois executivos destacaram alguns
aspectos que chamaram a atenção das
empresas na edição deste ano. “É o caso
dos fornecedores de equipamentos e
serviços, particularmente os CROs, que
vem ocupando um espaço maior a cada
ano. É muito bom perceber esta expansão do fornecimento de equipamentos
e novos serviços para o nosso mercado”.
O modelo de pavilhão e o suporte
total da Abiquif na CPhI é visto como
uma importante ferramenta de marketing e vendas. “É muito mais fácil e
econômico centralizar toda a operacionalização na Abiquif. Adicionalmente,
a visibilidade do bloco é muito maior
para empresas participantes do que se
elas estivessem espalhadas pela feira, com
estandes isolados”, afirmam Edson Lima
e Klaus Larsen.
ApexBrasil
FINEP
Cristália
Eurofarma
Gênix (Purifarma)
Kin Master
Nortec Química
Pharma Nostra
EMS
União Química
Formil Química
Neo Química
EXPEDIENTE
Associação Brasileira da
Indústria Farmoquímica
Um Olhar Sobre o Mundo
Conselho DE ADMINISTRAÇÃO da ABIQUIF:
Presidente: José Correia da Silva (Formil); Vice-Presidente e Diretor-Tesoureiro: Serafim Branco Neto (Formil); Diretores: Edson Luiz da Silva
Lima (Cris­­tália), Jacó Vandir Tormes (Eli Lilly) e Vanessa Batista (Diosynth); Presidente-Executivo: Onésimo Ázara Pereira; Editor: Renato Libanio
(MT-7.896/29/63)
Sede Social - Av. Calógeras, 15 / 10º andar - Centro - CEP: 20030-070 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil - Tel.: 55 21 2220-3005
Fax: 55 21 2524-6506 - hp: www.abiquif.org.br - e-mail: [email protected]
Projeto gráfico - LCM Comunicação Ltda. (Novembro de 2009)
Rua Senador Vergueiro, 197/804 - Flamengo - Rio de Janeiro - CEP 22230-000 - Tel./Fax: 21 2553-6391 - e-mail: [email protected]
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