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Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE EEL002 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA TEORIA Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 1 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE CIRCUITOS TRIFÁSICOS 1 Geração de F.E.M.s Senoidais 1.1 Monofásicas Da física tem-se que, quando um condutor é colocado em um campo magnético, desde que haja uma variação deste campo no condutor, será induzida no mesmo uma força eletromotriz - f.e.m. - dada pela equação: e = EMÁX ⋅ sen(ω ⋅ t ) (1) onde: EMÁX = BSω sendo: B - Indução ou Densidade de fluxo S - Área da espira ω - freqüência angular Esta situação fica melhor esclarecida através da figura abaixo: Figura 1 – Geração de f.e.m. senoidal. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 2 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE No caso da figura 1 a variação do campo magnético se dá pelo fato do condutor estar girando embora os pólos indutores (N e S) permaneçam fixos. Mas no caso de geradores reais, pode ocorrer que o condutor esteja fixo e os pólos serem girantes, havendo, portanto, como anteriormente, uma variação de campo magnético sobre o condutor. A figura 2 ilustra: a a' + - S a a' - representa o condutor (ou espira) ω N Figura 2 - Esquemático de um gerador monofásico. Em realidade no gerador monofásico real não existe um único condutor, mas uma série deles ligados entre si, de forma que tenhamos dois terminais, o que caracteriza o sistema monofásico. 1 Trifásicas As f.e.m.s trifásicas são geradas da mesma forma que as monofásicas. Um sistema trifásico nada mais é que um conjunto de três sistemas monofásicos que estão defasados entre si de 120º elétricos (defasagem dos fasores das f.e.m.s); para tanto os condutores (espiras) estão conectados convenientemente como mostra a figura 3 a seguir. Pelo sentido de giro dos pólos indutores (NS) na figura 3, teremos que na espira bb’ haverá a indução de f.e.m. cujo valor máximo ocorre 120º após a ocorrência do valor Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 3 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE máximo da f.e.m. da espira aa' e o valor máximo da f.e.m. da espira cc' ocorrerá 240º após o da f.e.m. da espira aa', de forma que pode-se escrever: a b' N ω + - c' c S b a' Figura 3 - Esquemático de um gerador trifásico. eaa ' = E MÁX sen(ω ⋅ t ) 2 ebb ' = E MÁX sen(ω ⋅ t − π ) 3 4 ecc ' = E MÁX sen(ω ⋅ t − π ) 3 (2) ou eaa ' = E MÁX sen(ω ⋅ t ) 2 ebb ' = E MÁX sen(ω ⋅ t − π ) 3 2 ecc ' = E MÁX sen(ω ⋅ t + π ) 3 (3) Nota: Atente-se ao fato de que nos geradores trifásicos reais aa', bb' e cc' são bobinas constituídas de diversas espiras e que ocupam todo o espaço, diferentemente daquilo mostrado no modelo da Figura 3. A partir do conjunto de equações (2) ou (3) pode-se fazer a representação fasorial das f.e.m.s como a seguir: Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 4 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE • E aa ' = Ee j 0 • E D bb ' • E D = Ee − j120 (4) D cc ' D = Ee − j 240 = Ee j120 E= onde: EMAX 2 2 Seqüência de Fases O conjunto de equações (2) e (3) são válidas para o indutor (pólos indutores) girando no sentido indicado na figura 3. Entretanto o mesmo poderia girar em sentido contrário e então eaa ' = E MÁX sen(ω ⋅ t ) 2 ebb ' = E MÁX sen(ω ⋅ t + π ) 3 2 ecc ' = E MÁX sen(ω ⋅ t − π ) 3 (5) cujos fasores seriam: • E aa ' = Ee j 0 • D • E bb ' = Ee j120 • • • • • D E cc ' = Ee − j120 D (6) • Fazendo E aa ' = E 1 , E bb ' = E 2 , E cc ' = E 3 , têm-se os seguintes diagramas fasoriais, correspondendo a chamada seqüência de fases direta ou positiva - equações (4) - e seqüência de fases inversa ou negativa - equações (6): Figura 4 - Seqüência de fases. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 5 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 3 F.E.M.s de Fase e de Linha 3.1 F.E.M.s Geradas por Gerador Conectado em Y (Estrela) Como foi dito anteriormente o sistema trifásico nada mais é que a combinação de três sistemas monofásicos defasados entre si de 120º. A representação de tal assertiva pode ser feita como abaixo: c' c a a' b' b Figura 5 - Três sistemas monofásicos. Em termos práticos é interessante, todavia, que, por exemplo, ligue-se os terminais a', b' e c' entre si resultando em: fase c c a' ≡ b' ≡ c' a fase a neutro b fase b Figura 6 - Gerador Trifásico em Y. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 6 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE À conexão da figura 6 dá-se o nome de conexão Estrela e representa-se por Y. Ainda mais, o ponto de coincidência entre a', b' e c' é chamado de ponto neutro e o condutor dali retirado é chamado de fio neutro ou simplesmente neutro. Os condutores retirados dos terminais a, b e c, são chamados de, respectivamente, fase a, fase b e fase c. A partir daí pode-se construir o diagrama de fasores das f.e.m.s geradas em cada bobina, ou seja: E cn E an OBS.: A seqüência de fases adotada é a direta E bn Figura 7 - Diagrama fasorial para as f.e.m.s de fase. As f.e.m.s acima representadas são aquelas entre fase e neutro, ou seja são as f.e.m.s nas próprias bobinas. Entretanto, em termos práticos é bastante comum o interesse e a necessidade das f.e.m.s entre, por exemplo, a fase a e a fase b, daí pode-se obter: • • E ab - f.e.m. entre as fases a e b E bc - f.e.m. entre as fases b e c • E ca - f.e.m. entre as fases c e a E agora define-se: • • • E an , E bn e E cn - f.e.m.s entre fase e neutro ou f.e.m.s DE FASE • • • E ab , E bc e E ca - f.e.m.s entre fases ou f.e.m.s DE LINHA Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 7 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Por outro lado, a análise da Figura 6 mostra: • • • E an = E a − E n − • • • E bn = −( E b − E n ) • • • • • • • • • E an − E bn = E a − E n − E b + E n = E a − E b = E ab Logo: • • • E ab = E an − E bn Analogamente: • • • E bc = E bn − E cn • • • e E ca = E cn − E an • • Como • • • • E na = − E an , E nb = − E bn e E nc = − E cn então pode-se escrever: • • • • • • E ab = E an + E nb E bc = E bn + E nc • • (7) • E ca = E cn + E na Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 8 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE A união do conjunto de equações (7) com a figura 7, leva-nos a: Eca E nb Ecn E ab E an E na E nc E bn E bc Figura 8 – Diagrama Fasorial para as f.e.m.s de fase e de linha - Conexão Y. Se se tomar, de acordo com a figura 8, as f.e.m.s de fase como sendo: • E an = E e j 0 º • E bn = E e − j120 º • E cn = E e j120 º Tem-se, por exemplo: • • • E ab = E an + E nb = E e j 0º + E e j 60º = E [ cos 0º + j sen 0º + cos 60º + j sen 60º ] = ⎡ ⎡3 1 3⎤ 3⎤ = E ⎢1 + j 0 + + j ⎥= E ⎢ +j ⎥= 2 2 ⎦ 2 ⎦ ⎣ ⎣2 ⎡ 3 1⎤ 3 E⎢ + j ⎥= 2⎦ ⎣ 2 = 3 E [ cos 30º + j sen 30º ] • ∴ Eab = 3Ee j 30º Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 9 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Desenvolvimentos análogos levariam a: • Ebc = 3 E e − j 90 º • Eca = 3 E e j150 º Portanto: "F.e.m.s de linha são, na conexão Y, 3 vezes maior que as de fase e estão desfasadas das mesmas, na seqüência de fases direta, de 30º ”, ou • • E L = 3 E f e + j 30 º (8) • • onde: E L - f.e.m. de linha 3.2 E f - f.e.m. de fase correspondente F.E.M.S Geradas por Gerador Conectado em ∆ (Delta ou Triângulo) Agora, poder-se-ia tomar as três bobinas da figura 5 e ligá-las da seguinte forma: fase c a(≡b') c(≡a') fase a b(≡c') fase b Figura 9 – Gerador Trifásico ligado em ∆ Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 10 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE À conexão da figura 9 dá-se o nome de conexão Triângulo ou Delta e representase por ∆. Note que as f.e.m.s de linha, neste caso, são as próprias f.e.m.s geradas nas bobinas, logo: "F.e.m.s de linha são, na conexão ∆, as próprias f.e.m.s de fase" • Pode-se , por exemplo, fazer a seguinte representação fasorial, tomando E ab na referência: Eca E ab E bc Figura 10 – Diagrama Fasorial para as f.e.m.s de fase e de linha – Conexão ∆ 4 Cargas Trifásicas As cargas elétricas podem ser classificadas segundo diversas formas, a saber: 4.1 Tipos de Carga Quanto ao Ângulo → a ) Z = Z e jϕ , ϕ = 0 º Sendo ϕ = 0º, não haverá defasagem entre a tensão aplicada a esta impedância e a corrente que por ela circula, tem-se então a chamada carga Puramente Resistiva. → Z = Z cos ϕ + jZ sen ϕ fazendo Z cosϕ = R Z senϕ = X, Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 11 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE → logo Z = R + jX entretanto ϕ = 0º, portanto R = Z e X = 0, logo: → Z=R → b) Z = Z e jϕ , ϕ = 90º Sendo ϕ = 90º a corrente na impedância estará defasada de 90º em atraso com relação à tensão aplicada à mesma, tem-se então a chamada carga Puramente Indutiva. → Z = Z cos ϕ + jZ sen ϕ sendo Z cosϕ = R → Z senϕ = X, vem Z = R + jX Como ϕ = 90º, tem-se R = 0 e X = Z, portanto: → Z = jX → c) Z = Z e jϕ , ϕ = −90º Sendo ϕ = -90º, a corrente nesta impedância estará defasada de 90º adiantada com relação à tensão na impedância, tem-se então a chamada carga Puramente Capacitiva. → Z = Z cos ϕ + jZ sen ϕ → sendo Z cosϕ = R e Z senϕ = X, vem Z = R + jX Porém, sendo ϕ = -90º, tem-se R = 0 e -X = Z, portanto: → Z = − jX → d ) Z = Z e jϕ , 0º < ϕ < 90º Neste caso, a impedância faz com que haja um defasamento da corrente para a tensão de –90º < ϕ < 0º, portanto a carga é do tipo Resistiva e Indutiva. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 12 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE → → Z = Z cos ϕ + jZ sen ϕ ∴ Z = R + jX R - parte Resistiva X - parte Indutiva Como 0º< ϕ < 90º, vem: → Z = R + jX → e) Z = Z e jϕ , − 90º < ϕ < 0º Agora o defasamento da corrente com relação a tensão será de 0º < ϕ < 90º,. logo a carga é do tipo: Resistiva e Capacitiva. → → Z = Z cos ϕ + jZ sen ϕ Z = R + jX Como -90º< ϕ < 0º: → Z = R − jX R - parte Resistiva X - parte Capacitiva f) Carga com R, L, C Este caso não é independente dos outros, pois dependendo das particularidades da impedância em estudo tem-se ou o caso a) ou o d) ou o e). f.1) R, L, C com equivalência de aspectos. Se o aspecto indutivo da carga for equivalente a seu aspecto capacitivo, tem-se a chamada ressonância, e então a carga será "vista" como sendo simplesmente uma resistência, logo tem-se o caso a). f.2) R,L,C, com preponderância do aspecto indutivo. Se o aspecto indutivo da carga for preponderante ao aspecto capacitivo, a carga será "vista" como sendo resistiva e indutiva e portanto aplica-se o caso d). Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 13 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE f.3) R,L,C, com preponderância do aspecto capacitivo. Por outro lado, se o aspecto capacitivo da carga for preponderante ao indutivo, a mesma será "vista” como sendo resistiva e capacitiva, logo tem-se o caso e). Todos estes casos são melhores visualizados através dos diagramas de fasores de tensões e correntes: Caso a I V R V Z=R I Caso b I V V L Z = j XL I Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 14 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Caso c I I V C V Z=-jX C Caso d I R V L Z =jX V ϕ Z =R I ϕ = tg-1 X R L Caso e I V I R C Z =R ϕ V Z = -jX C Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 15 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 4.2 Tipos de Cargas Quanto à Conexão No item anterior, viu-se todos os tipos de cargas possíveis, quanto a variação do ângulo da impedância. Agora , dependendo da forma como são conectadas, tem-se as possibilidades existentes nos sistemas trifásicos. Tomadas três impedâncias quaisquer, estas podem ser ligadas como a seguir: a) Carga em Delta ou Triângulo (∆) a c b a Z Z 3 1 ou Z 3 Z 1 Z 2 c Z b 2 Figura 12 - Carga trifásica ligada em ∆. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 16 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE ou como abaixo: b) Carga em Estrela (Y) b a a Z ou 1 Z 3 Z 1 c Z 2 n Z Z 2 n 3 b c Figura 13 - Carga trifásica ligada em Y. 4.3 Tipos de Cargas Quanto à Igualdade ou não das Impedâncias - Cargas Equilibradas e Desequilibradas Se as três impedâncias das figuras 12 ou 13, forem de tal forma que: → → → Z 1 = Z 2 = Z 3 - diz-se que a carga é Equilibrada. Por outro lado, se: → → → → → → → → → → → → Z 1 ≠ Z 2 ≠ Z 3 ou Z 1 ≠ Z 2 = Z 3 ou Z 1 = Z 2 ≠ Z 3 ou Z 1 = Z 3 ≠ Z 2 , diz-se que a Carga é Desequilibrada. OBS.: Para os objetivos deste trabalho, sempre serão consideradas carga equilibradas. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 17 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 5 Correntes de Linha e de Fase Seja um gerador alimentando uma carga como na figura a seguir, IA B A IB b a Zg ZC ZC Zg IN N Ib Ia Ic Carga Zg Gerador ZC IC c C Figura 14 - Gerador em Y alimentando carga em Y. Na figura 14, tem-se: - Gerador Trifásico Y Carga Trifásica Y Zc - Impedância da carga Zg - Impedância do gerador - I A , I B , I C - correntes do gerador para a carga (correntes de linha) - I n - corrente da carga para o gerador - I a , I b , I c - correntes na carga (correntes de fase) • • • • • • • ⎛• • • ⎞ As correntes nas linhas que chegam à carga ⎜ I A , I B , I C ⎟ , são chamadas de correntes de ⎝ ⎠ linha ⎛• • • ⎞ As correntes nas impedâncias da carga ⎜ I a , I b , I c ⎟ , são chamadas de correntes de fase ⎝ ⎠ Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 18 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 5.1 Correntes de Linha e de Fase em uma Carga Ligada em Y • • Pela figura 14 observa-se que I A é a própria corrente I a , o mesmo acontecendo • • • • com e I B e I b , e com I C e I c , ou seja para a carga em Y as correntes de linha são as próprias correntes de fase. Cálculo das Correntes • • Ia = • • Van Ib = → ZC • • Vbn Ic = → ZC Vcn → ZC Como não se considerou impedâncias para as linhas Aa, Bb e Cc (Vide figura 14), pode-se dizer que: • • • V an =V AN • • • • V bn =V BN • V cn =V CN • • • • 1) V AN , V BN e V CN diferem das f.e.m.s E AN , E BN e E CN pelas quedas de tensão internas ao gerador e são chamadas de tensões. Para a fase A, p.ex., poderia ser • • → • escrito: E AN = V AN + Z g ⋅ I A , onde: • E AN - f.e.m. gerada • V AN - Tensão nos terminais A e N → • Z g ⋅ I A - Queda de tensão no gerador Logo: • • IA = Ia = • V AN → • • IB = Ib = Zc • VBN → Zc Revisão: José Eugenio L. Almeida • • IC = Ic = • VCN → Zc Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 19 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Por outro lado, suponha-se que os terminais A, B, C e N do gerador estejam curto-circuitados, então : • • IA = • • E AN IB = → IC = → Zg • • E BN E CN → Zg • • Zg • Como E AN , E BN e E CN tem mesmo módulo e estão defasadas entre si de 120º e • • • a impedância é sempre a mesma, pode-se afirmar que: I A , I B e I C têm mesmo módulo e estão defasados entre si de 120º. • • • • • • Por extensão do raciocínio V AN , V BN e V CN e portanto V an , V bn e V an estariam também defasados de 120º e teriam mesmo módulo, respectivamente. Cálculo das Correntes Seja: • • • V bn = V e − j120 º V an = V e j 0 º V cn = V e + j120 º → Z c = Z e jα Então: • Ia = V − jα e = I e − jα Z • Ic = • Ib = V − j (120+α ) e = I e − j (120+α ) Z V j (120−α ) e = I e j (120−α ) Z Na figura 14, tem-se: • • • • In = Ia+ Ib+ Ic Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 20 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE logo: • I n = I {(cosα − j sen α ) + [cos(120º +α ) − j sen(120º +α )] + [cos(120º −α ) + j sen(120º −α )]} = = I {cosα − j sen α + cos120º cosα − sen120º sen α − j sen 120º cosα − j sen α cos120º + + cos120º cosα + sen 120º sen α + j sen 120º cosα − j sen α cos120º } = = I {cos α − j sen α + 2 cos120 cos α −2 j sen α cos120} = ⎧ ⎛ 1⎞ ⎛ 1 ⎞⎫ = I ⎨cos α − j sen α +2 ⋅ ⎜ − ⎟ ⋅ cos α −2 j sen α ⋅ ⎜ − ⎟ ⎬ = ⎝ 2⎠ ⎝ 2 ⎠⎭ ⎩ = I {cos α − j sen α − cos α + j sen α } = I {0} (9) • In = 0 Conclusão: "Se a carga for equilibrada, a corrente no neutro da Y, será nula". Pode-se, então fazer o seguinte quadro para a conexão Y: • V f = V e jβ • • V L = 3 V f e ± j 30 º (1) ±30º, dependendo então da seqüência de fases tomada. No caso da (1) seqüência direta temos +30º, e no caso da seqüência inversa tem-se -30º. • I f = I e jγ • • IL = I f (10) • In =0 Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 21 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 5.2 Correntes de Linha e de Fase em uma Carga Ligada em ∆ Seja e figura 15 abaixo: IA IB b B A Zg Zg ZC ZC N I bc I ca c Zg Gerador I ab a ZC Carga IC C Figura 15 - Gerador em Y alimentando carga em ∆ Na figura 15, tem-se: - Gerador trifásico em Y - Carga trifásica em ∆ - Zc - impedância de carga • • • - I A , I B , I C - correntes de linha - I ab , I bc , I ca - correntes de fase • • • Cálculo das Correntes de Fase Seja: • V ab = V e jϕ • V bc = V e − j (120−ϕ ) • V ca = V e j (120+ϕ ) Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 22 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE → então, sendo Z = Z e jϕ , vem: • I ab = • V j 0º e = I e j 0º Z I bc = • V − j120 º e = I e − j120 º Z I ca = V j120 º e = I e j120 º Z Cálculo das Correntes de Linha Aplicando Kirchoff à carga da figura 15, vem: • • • I A = I ab − I ca • • • • I B = I bc − I ab • • I C = I ca − I bc • Calcule-se então. por exemplo I A : • • • I A = I ab − I ca = I e j 0 º − I e j120 º = = I [cos 0º + j sen 0º − cos120º − j sen 120º ] = ⎡ ⎡3 3⎤ 3⎤ ⎛ 1⎞ = I ⎢1 + j 0 − ⎜ − ⎟ − j ⎥ = I⎢ − J ⎥= 2 2 2 2 ⎝ ⎠ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎡3 3⎤ =I ⎢ − j ⎥ 2 ⎦ ⎣2 Multiplicando e dividindo por • ⎡ 3 1⎤ I A = 3 I⎢ −j ⎥ 2⎦ ⎣ 2 3 , vem: como 1 3 = cos(±30º ) e = sen(−30º ou 210º ) 2 2 Vem: • I A = 3 I e − j 30 º Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 23 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Analogamente: • • I B = 3 I e − j150 º I C = 3 I e + j 90 º ou seja: "Na conexão ∆, as correntes de linha são 3 vezes maior que as correntes de fase e estão defasadas das respectivas correntes de fase de ±30º (1) (1) ” ±30º dependendo aqui também, da seqüência de fases adotada. No caso desenvolvido –30º que é de seqüência de fases direta. Com isso, pode-se fazer o seguinte quadro para a conexão • V f = V e jβ • • • V L =V • I f = I e jγ f • I L = 3 I f e ± j 30 º (11) Conclusão Final → Supondo três impedâncias em Y de valor Z = Z e jψ , tem-se o seguinte Diagrama Fasorial para a Seqüência de Fases Direta: Vca V ab Vcn I 30° C ϕ 30° ϕ ϕ I B V an I A 30° V bn V bc Figura 16 – Diagrama Fasorial de tensões e correntes para carga equilibrada em Y. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 24 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Se as impedâncias estivessem agora em ∆, ter-se-ia: Vca V ab I I c ca 30° ϕ ϕ I ab 30° ϕ I I 30° b I a bc V bc Figura 17 – Diagrama Fasorial de tensões e correntes para carga equilibrada em ∆. 6 Conversão ∆-Y e Y-∆ Por vezes é muito útil transformar uma carga ∆ em uma equivalente em Y e vice-versa. Neste caso, a equivalência de cargas significa dizer que: estando as cargas equivalentes em ∆ ou Y, as tensões e correntes de linha não são alterados, ou seja, continuam as mesmas. Sejam as cargas como as da figura abaixo: IA A IA A B IB Z5 Z3 Z4 Z1 IB Z6 B IC Z2 IC C C Figura 18 - Cargas Equilibradas. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 25 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Para a carga em Y, pode-se escrever: • • • V AB = V AN − V BN • → • → • ∴V AB = Z 4 I A − Z 5 I B (A) Para a carga em ∆, tem-se: • • • • • • V AB + V BC + V CA = 0 V AB = − V BC − V CA • → • → • V AB = − Z 2 I BC − Z 3 I CA • • (B) • I B = I BC − I AB Mas: • • (C) • I BC = I B + I AB • • • I A = I AB − I CA • • • I CA = I AB − I A (D) Substituindo (C) e (D) em (B), vem: • → • → • → • → • V AB = − Z 2 I B − Z 2 I AB − Z 3 I AB − Z 3 I A Da figura 18, tem-se: • • I AB = V AB → , logo: Z1 • → • → V AB = − Z 2 I B − Z 2 • V AB → → −Z3 • V AB → → • + Z3 I A Z1 Z1 → → ⎞ ⎛ • ⎜ Z2 Z3 ⎟ → • → • ∴V AB ⎜1 + → + → ⎟ = Z 3 I A − Z 2 I B ⎜ Z1 Z1 ⎟ ⎠ ⎝ • ∴V AB → → → Z1+ Z 2 + Z 3 → → • → • = Z3 I A − Z 2 I B Z1 Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 26 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE • → → ∴V AB → → • Z1 Z 3 Z1 Z 2 • IA− → → → I B → → → Z1+ Z 2 + Z 3 Z1+ Z 2 + Z 3 (E) Comparando (A) e (E), vem: → → → Z4 = Z1 Z 3 → → (F) → Z1+ Z 2 + Z 3 → → → Z5 = Z1 Z 2 → → → Z1+ Z 2 + Z 3 Por analogia: → → Z6 = → Z2 Z3 → → → Z1+ Z 2 + Z 3 → → → → → → Como Z 1 = Z 2 = Z 3 (carga em ∆, equilibrada) e Z 4 = Z 5 = Z 6 (carga em ∆, equilibrada), pode-se fazer: → → → → → → → → Z1 = Z 2 = Z 3 = Z ∆ Z 4 = Z 5 = Z 6 = Z Y , donde a partir, por exemplo, de (F), vem: → → ZY = → Z∆ Z∆ → → → ⎛→ ⎞ ⎜Z∆ ⎟ =⎝ ⎠ Z∆ +Z∆+Z∆ 2 → 3Z ∆ → → Z∆ ∴Z Y = 3 (12) por outro lado: → → Z ∆ = 3Z Y (13) Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 27 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 7 Circuito Monofásico Equivalente a um Circuito Trifásico Desde que a carga do sistema trifásico seja equilibrada, uma simplificação pode ser operada nos sistemas trifásicos. Uma vez que em sendo a carga equilibrada as correntes e as tensões apenas diferem entre si quanto ao angulo de fase, pode-se calcular uma grandeza e obter as outras duas através de defasagem de ±120º. 7.1 Carga em Y Seja e carga Y a seguir: A B C Z Z Z IA IB IC N Sendo • V AB = V e j 0 º • V BC = V e − j120 º • V CA = V e + j120 º → Z = Z e jψ Tem-se: • IA = • • V V V e − j (30+ψ )º I B = e− j (150+ψ )º I C = e j (90−ψ )º 3 Z 3 Z 3 Z • • • • Ora, bastava calcular, por exemplo, I A e com ±120º obtém-se I B e I C . I A pode ser obtido do seguinte circuito: Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 28 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE IL VL e √3 -j30° Z • Como V AN • V AB − j 30 º = e , poder-se-ia para a Seqüência de Fases Direta, fazer: 3 Figura 19 - Circuito 1∅ Equivalente, com carga em Y e SF Direta 7.2 Carga em ∆ No item anterior viu-se a equivalência ∆-Y, portanto a simplificação desenvolvida no sub-item 7.1 pode ser agora aplicada para carga em ∆, como aquela a seguir: A B C IA IB Z I CA Z IC I AB Z I BC Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 29 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Supondo: • • • I AB = Vem: • V BC = V e − j120 º V AB = V e j 0 º • V − jα e Z → Z = Z e jα V CA = V e j120 º I BC = • V − j (120+α ) e Z I CA = V j (120−α ) e Z E portanto: • IA = 3 • V − j (30+α ) e Z IB = 3 • V − j (150+α ) e Z IC = 3 V j (90−α ) e Z Podemos simplificar a partir de: A A B B C C IA IB Z I CA Z IC Z 3 I AB Z Z 3 IA I BC Z 3 IB IC N e portanto equivale a, por exemplo: IA V AN ~ Z 3 Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 30 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE • • V AN V AB − j 30 º V − j 30 º = e = e 3 3 logo: • V IA = 3⋅ Z 3 • IB = e e − j (30+α )º = 3 ⋅V − j ( 30+α )º − j120 º e e Z • IB = Donde: 3 ⋅ V − j (30+α )º e Z 3 ⋅V − j ( 30+α )º j120 º e e Z • IC = 3 ⋅V − j (15 0+α )º e Z • IC = 3 ⋅ V j (9 0+α )º e Z Portanto, para SF direta e carga em ∆, tem-se: IL VL e -j30° Z 3 √3 Figura 20 - Circuito 1∅ equivalente com carga em ∆ e SF direta. De posse dos conhecimentos para o cálculo das correntes e das tensões em cargas trifásicas, em Y ou ∆, resta agora o cálculo e a medição da potência nos sistemas trifásicos. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 31 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 8 Cálculo e Medição de Potência em Sistemas Trifásicos Seja uma carga ligada a um sistema monofásico como na figura 21 I jϕ V Z=Ze Figura 21 - Circuito monofásico. → A potência "consumida” pela carga Z é dada por: a) Potência Ativa, Real ou Wattada P = VI cos ϕ (14) Onde ϕ além de ser o ângulo da carga é também o ângulo de defasagem entre a tensão aplicada à carga e a corrente na carga. b) Potência Reativa ou Dewattada Q = VI sen ϕ (15) c) Potência Aparente S = VI (16) Sendo as unidades: | P | = W, kW, MW, etc. | Q | = VAr, kVAr, MVAr, etc. | S | = VA, kVA, MVA, etc. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 32 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Das equações (14), (15) e (16) pode-se montar o chamado triângulo de Potências: S = VI Q ϕ P Figura 22 - Triângulo de Potências. → Por outro lado considerando uma carga do tipo Z = R + jX = Z e jϕ ϕ = tg −1 onde X , vem: R Z X ϕ R Figura 23 - Triângulo de Impedâncias. Das figuras 22 e 23, temos: P = VI cosϕ Como I = R = Z cosϕ cosϕ = R Z P = VI R Z V , vem: Z P=IIR P = RI 2 * (17) E Q = VI sen ϕ Como I = Q=IIX X = Z sen ϕ sen ϕ = X Z Q = VI X Z V , vem: Z Q = XI 2 * (18) Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 33 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE E mais: S = VI S=ZII S = ZI 2 (19) Resumindo: P = VI cos ϕ P = RI 2 * Q = VI sen ϕ Q = XI 2 * S = VI S = ZI 2 (20) * Desde que R e X estejam em série. 8.1 Potências para Carga em Y Seja agora uma carga trifásica, por exemplo, ligada em Y. A B IB IA Z C Z IC Z N Figura 24 – Circuito Trifásico em Y. Na seqüência de fases direta tem-se: • • • V AN = V∠ − 30º , V BN = V∠ − 150 º e V CN = V∠90º , logo: • • V I A = → = e − j (30+α ) Z Z V AN fazendo • • V I B = → = e − j (120+α ) Z Z V BN • IC = • V CN → Z = V j ( 90+α ) e Z V = I e de acordo com o que foi mostrado para circuito monofásico, vem: Z PA = VI cosα PB = VI cosα PC = VI cosα Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 34 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE onde: PA - potência ativa consumida pela impedância da fase A; PB - potência ativa consumida pela impedância da fase B; PC - potência ativa consumida pela impedância da fase C; α - É sempre o ângulo entre a tensão na impedância (tensão de fase) e, a corrente na • • • • • • impedância (corrente de fase) (Vide ângulo entre V AN e I A , V BN e I B , V CN e I C ) que é o próprio ângulo da impedância. A potência ativa total consumida pelas três impedâncias é: PTOT = 3VI cosα (21) • • • • • • Como V é o módulo de V AN , V BN e V CN e I é o módulo de I A , I B e I C pode-se rescrever: PTOT = 3V f I f cosα (22) Onde: V f - tensão de fase I f - corrente de fase Portanto: A potência ativa total é dada por três vezes o produto entre o módulo da tensão de fase, o módulo da corrente de fase e o cosseno do ângulo entre o fasor tensão de fase e o fasor corrente de fase. Analogamente: Q A = VI sen α QB = VI sen α QTOT = 3VI sen α QC = VI sen α (23) Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 35 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Ou QTOT = 3V f I f senα (24) E mais: S A = VI S B = VI S C = VI STOT = 3VI (25) Ou STOT = 3V f I f (26) Por outro lado, na conexão estrela, tem-se: VL = 3V f IL = I f Logo em (22) temos: PTOT = 3 VL V I L cosα = 3 3 L I L cosα 3 3 PTOT = 3VL I L cosα (27) Na equação (23), tem-se: QTOT = 3 VL 3 I L sen α = 3 3 VL I L sen α 3 QTOT = 3VL I L sen α (28) Finalmente na equação (26), vem: S TOT = 3 VL V IL = 3 3 L IL 3 3 S TOT = 3VL I L (29) Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 36 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Atenção: Como para a conexão Y, a tensão de linha está defasada da tensão de fase, • • o ângulo α não é, nas equações (27) e (28), o ângulo entre V L e I L . 8.2 Potências para Carga em ∆ Se a carga agora estiver em ∆, tem-se: A C B IA Z IB Z I CA IC Z I AB I BC Figura 25 – Circuito Trifásico em ∆. Para este caso: • I AB = • V AB → = V − jα e Z = V − j (120+α ) e Z = V j (120−α ) e Z Z • I BC = • V BC → Z • I CA = • V CA → Z Fazendo V Z = I e de acordo com o que foi mostrando para circuito monofásico, tem-se: PA = VI cosα PB = VI cosα Revisão: José Eugenio L. Almeida PC = VI cosα Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 37 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Note que α é sempre o ângulo entre tensão na impedância (tensão de fase) e • • • corrente na impedância (corrente de fase), veja o ângulo entre V AB e I AB , V BC e • • • I BC , V CA e I CA . Logo: PTOT = 3VI cos α (30) Ou ainda PTOT = 3V f I f cosα (31) E mais: QTOT = 3VI sen α (32) ou QTOT = 3V f I f sen α (33) E STOT = 3VI (34) Ou STOT = 3V f I f (35) Por outro lado na conexão ∆, tem-se: VL = V f IL = 3 I f Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 38 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Logo em (31) vem: PTOT = 3VL IL I cos α = 3 3 VL L cos α 3 3 PTOT = 3 VL I L cos α (36) Em (33), vem: QTOT = 3 VL IL I sen α = 3 3 VL L sen α 3 3 QTOT = 3 VL I L sen α (37) Finalmente em (35), vem: STOT = 3 VL IL I = 3 3 VL L 3 3 STOT = 3 VL I L (38) ATENÇÃO: Como para a conexão ∆, a corrente de linha está defasada da corrente • • de fase, o ângulo α não é, nas equações (36) e (37), o ângulo entre V L e I L . 8.3 Medição de Potência Uma vez que já foi mostrado o cálculo das potências em sistemas trifásicos, mostrar-se-á agora como efetuar as medições. Apresenta-se direto ao uso de dois wattímetros, conhecido como Conexão Aron ou Processo de Blondel. A conexão Aron é efetuada como a seguir: Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 39 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE A W B (a) W C ou A W (b) B C W ou A B (c) W C W Figura 26 – Formas de medição de potência com dois wattímetros. 8.3.a Medição para carga em Y Supondo a medição sendo efetuada como da forma abaixo: IA A IB B C a Z b Z c Z W1 N W2 IC Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 40 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE O wattímetro W1 indicará: • • • • W1 = V AC I A cos(V AC I A ) • • ∴W1 = V AC I A cos(V AC I A ) Seja: • → Z = Z e jϕ , 0 < ϕ < 90º V AB = VL e j 0 º Logo: V CA V CN ϕ IB IC ϕ V AB ϕ IA V BN V AN V AC V BC Do Diagrama Fasorial, tem-se: • • V CA = V AC e j180 º ∴ • V AC = V L e j 300 º • ou V AC = V L e − j 60 º Logo: • • V AC V AB = 60º • • I A V AB = 30º +ϕ Portanto: • • V AC I A = 30º −ϕ Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 41 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Então, como V AC = VL e I A = I L , vem: W1 = VL I L cos(30º −ϕ ) (39) Já o wattímetro W2 indicará: • • • • W2 = V BC I B cos(V BC I B ) • • W2 = VBC I B cos(V BC I B ) Do Diagrama Fasorial, vem: • • • Como VBC = VL • • V BN I B = ϕ V BC V BN = 30º e • V BC I B = 30º +ϕ I B = I L , vem: W2 = VL I L cos(30º +ϕ ) (40) 8.3.b Medição para carga em ∆ Supondo a medição sendo efetuada como a seguir: IA A a I ab IB B C Z W1 W2 IC b I bc c Revisão: José Eugenio L. Almeida Z Z I ca Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 42 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE O wattímetro W1 indicará: • • • • • W1 = V AC I A cos(V AC I A ) • W1 = V AC I A cos(V AC I A ) • Se V AB = VL e j 0 º → Z = Z e jϕ , 0 < ϕ < 90º , vem VCA I ca ϕ ϕ IB I bc V AB I ab ϕ IA V AC V BC Do Diagrama Fasorial, vem: • • V AB I A = 30º +ϕ • • • • V AC V AB = 60º V AC = V CA e j180 º = V L e j 60 º Logo: • • V AC I A = 30º −ϕ Como V AC = VL e I A = I L , vem: W1 = VL I L cos(30º −ϕ ) (41) O wattímetro W2, por sua vez, indicará: • • • • W2 = V BC I B cos(V BC I B ) • • W2 = VBC I B cos(V BC I B ) Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 43 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Do Diagrama Fasorial, tem-se: • • I bc V BC = ϕ • • • I B I bc = 30º • ∴ V BC I B = 30º +ϕ Como VBC = VL e I B = I L , vem: W2 = VL I L cos(30º +ϕ ) (42) Das equações (39), (40) ou (41), (42), vem: W1 + W2 = VL I L [cos(30º −ϕ ) + cos(30º +ϕ )] = = VL I L [cos 30º cos ϕ + sen 30º sen ϕ + cos 30º cos ϕ − sen 30º sen ϕ ] = = VL I L [2 cos 30º cos ϕ ] ⎡ 3 ⎤ ∴W1 + W2 = VL I L ⎢2 cosϕ ⎥ = VL I L 3 cosϕ ⎣ 2 ⎦ ∴W1 + W1 = 3 VL I L cosϕ (43) Comparando-se a equação (43) com as equações (27) e (36), conclui-se: “A soma algébrica – adiante ver-se-á porque algébrica – das indicações dos dois wattímetros em conexão Aron é igual a potência ativa total da carga trifásica”. 8.3.c Particularidades da Conexão Aron c.1 Carga ôhmica - ϕ = 0º W1 = VL I L cos 30º W2 = VL I L cos 30º Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 44 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE W1 = W2 Ou seja: Conclusão: Os dois instrumentos indicam o mesmo valor, portanto bastaria o uso de um só, e multiplicar sua indicação por dois c.2 Carga indutiva - ϕ = 30º W1 = VL I L cos 0º W2 = VL I L cos 60º Logo: 1 W2 = VL I L 2 W1 = VL I L Conclusão: Um dos wattímetros acusa o dobro do outro. c.3 Carga indutiva - ϕ = 60º W1 = VL I L cos(−30º ) W2 = VL I L cos 90º Logo: W1 = 3 VL I L 2 W2 = 0 Conclusão: Um dos instrumentos tem indicação nula. Aumentando-se o ângulo acima de 60º, o instrumento que indicava zero, respectivo a cos(30º+ϕ), passará a indicar valores negativos; POR ISSO ANTERIORMENTE AFIRMOU-SE: SOMA ALGÉBRICA. c.4 Carga indutiva - ϕ = 90º W1 = VL I L cos(−60º ) W2 = VL I L cos120º Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 45 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Logo: 1 W1 = VL I L 2 1 W2 = − VL I L 2 Conclusão: Os dois wattímetros indicam os mesmos valores, porém com sinais contrários, o que resulta em WTOT = 0, que é coerente pois ϕ = 90º é para carga puramente indutiva, ou seja, não consome potência ativa. 8.3.d Potência Reativa Das equações anteriores temos: W1 = VL I L cos(30º −ψ ) W2 = VL I L cos(30º +ψ ) Então: W1 − W2 = VL I L [cos 30º cosψ + sen 30º sen ψ − cos 30º cosψ + sen 30º sen ψ ] Então: W1 − W2 = VL I L (2 sen 30º senψ ) W1 − W2 = VL I L senψ Portanto: 3 (W1 − W2 ) = 3 VL I L senψ Como 3 VL I L senψ = Q , vem: Q = 3 (W1 − W2 ) (44) Conclusão: Com a indicação dos dois wattímetros da Conexão Aron pode-se também obter a potência reativa “consumida” pela carga equilibrada. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 46 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 9 Correção do Fator de Potência 9.1 Definição O fator de potência é a relação entre a potência ativa e a potência aparente num sistema, ou seja: F .P. = P S No triângulo de potências de um sistema (figura 27), vê-se que o fator de potência nada mais é que o cosseno do ângulo (ϕ) entre a potência ativa e a potência aparente. S Q ϕ P Figura 27 - Triângulo de Potências. 9.2 O porquê do aumento do F.P. Veja alguns dos motivos que fazem com que haja a preocupação em aumentar (melhorar) o f.p. (cosϕ) de um sistema. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 47 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 9.2.1 Sobrecarga nos Cabos Na figura 28, observa-se que, para uma mesma potência ativa (produtora de trabalho), existem dois valores de potência aparente (S1) e (S2). S2 Q2 S1 Q1 ϕ1 ϕ2 P Figura 28 - Comparação para cosϕ1>cosϕ2. Ora observemos que para ϕ1 < ϕ2, temos S1 < S2, portanto Q1 < Q2 e P1 = P2. Logo o ideal é transmitir S1, pois: S1 = VI1 e S 2 = VI 2 Como S1 < S2, tem-se que: I1 < I 2 Ou seja sendo I 2 maior que I1 , ou todos os cabos estão sobrecarregados (foram dimensionados levando em conta I1 ) ou o seu custo foi mais alto (foram dimensionados levando em conta I 2 ). Portanto: "Para uma mesma tensão, quanto menor o f.p.., maior será a corrente", o que não é desejável. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 48 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 9.2.2 Aumento das quedas de Tensão Com relação a figura 29 pode-se escrever o seguinte: Zp IS ~ Eg VP Carga Figura 29 - Ilustração para aumento de quedas. • • → • V p = Eg −Z p Is Onde: • V p - tensão em qualquer ponto do sistema (neste caso nos terminais de carga) • E g - f.e.m. da geração • I s - corrente na sistema → Z p impedância total até a carga Bem, é óbvio que quanto maior for a corrente, maiores serão as quedas de tensão → • • Z p I s (Vide figura 29). Então é interesse diminuir o valor de I s . Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 49 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 9.2.3 Sobretaxa nas contas a pagar Uma vez que os problemas resultantes do exposto nos itens 9.2.1 e 9.2.2, afetam diretamente as concessionárias, as mesmas exigem que o f.p. mínimo de cada instalação seja 0,92. Se o f.p. de um determinado consumidor estiver abaixo desse mínimo o mesmo é obrigado a pagar uma sobretaxa às concessionárias. Isto faz com que os consumidores procurem melhorar (corrigir) o fator de potência de sua instalação. 9.3 Causas de Baixo Fator de Potência As causas mais comuns que fazem com que o f.p. de uma determinada instalação seja baixo, são: - nível de tensão elevada (acima do valor nominal); - motores que trabalham, sem justa causa, grande parte do tempo a vazio (sem carga); - transformadores de grande potência alimentando, durante longo período, pequenas cargas; - transformadores que ficam por longo período a vazio (sem carga); - motores superdimensionados para os respectivos acionamentos; - luminárias com reator (quando usados reatores de baixo f.p.). Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 50 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 9.4 Como Corrigir (melhorar) o Fator de Potência 9.4.1 Introdução Seja a instalação mostrada na figura 30.a, que tem o triângulo de potências mostrado na Figura 30.b. S=P+jQ Q= Q1 + Q2 ϕ P = P 1 + P2 M1 M2 P 1 + j Q1 P 2 + j Q2 (a) (b) Figura 30 - Configuração de uma instalação e seu triângulo de potências. Se: cosϕ = P < 0,92 S ou seja: f.p. < 0,92 É conveniente que se melhore o f.p. (ou seja diminuir ϕ). Como as cargas de uma maneira geral são do tipo indutivas (transformadores, reatores, motores, etc.), para que se diminua ϕ basta que se coloque junto a esses equipamentos, outros que tenham sob o aspecto da correntes, efeito contrário. ou seja "cargas" do tipo capacitivas. A figura 31 esclarece. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 51 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE QC S2 ϕ2 Q2 S 1 ϕ1 Q1 P Figura 31 - Correção do f.p.. Supôs-se que uma carga indutiva "puxe " do sistema a potência S2 = P + jQ2, e que o f.p. (cosϕ2) estava abaixo do desejável. Colocou-se então cargas capacitivas cuja potência era Qc, de forma que o f.p. (cosϕ1) melhorou com relação ao anterior. Para que se evite problemas futuros é importante que se mostre o novo jogo de potências: Q2 - potência reativa necessária à carga (indutiva); Qc - potência reativa imposta pela nova carga (capacitiva); Q1 - potência reativa entregue pelo sistema à carga, após a melhoria do f.p. Importante: "A carga do sistema sempre precisa de Q2 quando não há correção, Q2 é fornecido pelo sistema. Quando há a correção Q2 é parte fornecido pelo sistema (Q1) e parte pela carga capacitiva corretora (Qc). Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 52 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 9.4.2 Cálculo de Qc Observe-se na figura 31 que: Q2 P Q tgϕ1 = 1 P tgϕ 2 = Ora: ∴ Q2 = P tgϕ 2 ∴ Q1 = P tgϕ1 Q2 − Q 1= Qc Portanto: Qc = P(tgϕ 2 − tgϕ1 ) Nota: Há tabelas que dado o cosϕ2 (f.p. a ser corrigido) e o cosϕ1 (f.p. desejado) nos dão diretamente o valor de (tgϕ2-tgϕ1). Basta então multiplicar por P 9.4.3 Tipos de "cargas capacitivas" usadas para o fornecimento de Qc Fundamentalmente há dois tipos de equipamentos usados para correção do f.p., sejam: - capacitores estáticos - motores síncronos superexcitados Os capacitores estáticos constituem a solução mais prática para as indústrias em geral, pois os condensadores síncronos (motores síncronos superexcitados) a par das suas vantagens, têm pelo menos uma desvantagem muito grande, qual seja: contribuem para o curto-circuito (quando de sua ocorrência) no sistema. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 53 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 9.4.4 Como Ligar Deve-se ligar os capacitores em paralelo com a carga, pois em série acarretariam quedas de tensão entre a linha e a carga. No caso de sistemas trifásicos, a conexão triângulo (∆) é mais vantajosa que a conexão estrela (Y) (Vide observação no final). Seja: Qc = 3 VI sen ϕ ϕ = 90º ⇒ sen ϕ = 1 Qc = 3 VI Conexão Y: V XC I= V 3 Xc XC XC QC y = 3 V Revisão: José Eugenio L. Almeida V 3 Xc QC y = V2 Xc Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 54 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Conexão ∆: V XC XC XC If = V Xc IL = 3 I f = 3 V Xc Qc = 3 V 3 V 3V 2 = Xc Xc Portanto: Sob o aspecto de potência a conexão ∆ é melhor que a conexão Y. OBS: Entretanto, a tensão aplicada ao capacitor no sistema ∆ é 3 vezes maior que no sistema Y e portanto sob o aspecto de isolamento há o encarecimento do capacitor. Logo deve-se ter uma solução de compromisso!!! Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 55 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Tabela com os valores de (tgϕ2- tgϕ1) em função de cosϕ2 e cosϕ1 cosϕ2 a ser corrig ido 0,20 4,899 cosϕ1 desejado 4,279 Cosϕ2 a ser corrig ido 4,149 0,61 1,299 4,570 4,415 0,21 4,656 4,327 0,22 4,433 0,23 0,970 0,815 0,679 0,549 4,171 4,036 3,906 0,62 1,266 0,937 0,781 0,646 0,515 4,104 3,949 3,813 3,683 0,63 1,233 0,904 0,748 0,613 0,482 4,231 3,902 3,747 3,611 3,481 0,64 1,201 0,872 0,716 0,581 0,450 0,24 4,045 3,716 3,561 3,425 3,295 0,65 1,169 0,840 0,685 0,549 0,419 0,25 3,873 3,544 3,389 3,253 3,123 0,66 1,138 0,810 0,654 0,518 0,388 0,26 3,714 3,385 3,299 3,094 2,964 0,67 1,108 0,779 0,624 0,488 0,358 0,27 3,566 3,238 3,082 2,946 2,816 0,68 1,078 0,750 0,594 0,458 0,328 0,28 3,429 3,100 2,944 2,809 2,679 0,69 1,049 0,720 0,565 0,429 0,298 0,29 3,300 2,971 2,816 2,680 2,550 0,70 1,020 0,691 0,536 0,400 0,270 0,30 3,180 2,851 2,696 2,560 2,420 0,71 0,992 0,663 0,507 0,372 0,241 0,31 3,067 2,738 2,583 2,447 2,317 0,72 0,964 0,635 0,480 0,344 0,214 0,32 2,961 2,632 2,476 2,341 2,211 0,73 0,936 0,608 0,452 0,316 0,186 0,33 2,851 2,532 2,376 2,241 2,111 0,74 0,909 0,580 0,425 0,289 0,158 0,34 2,766 2,437 2,282 2,146 2,016 0,75 0,882 0,553 0,398 0,262 0,132 0,35 2,676 2,347 2,192 2,056 1,926 0,76 0,855 0,527 0,371 0,235 0,105 0,36 2,592 2,263 2,107 1,972 1,842 0,77 0,829 0,500 0,344 0,209 0,078 0,37 2,511 2,182 2,027 1,891 1,761 0,78 0,802 0,474 0,318 0,182 0,052 0,38 2,434 2,105 1,950 1,814 1,684 0,79 0,776 0,447 0,292 0,156 0,026 0,39 2,361 2,032 1,877 1,741 1,611 0,80 0,750 0,421 0,266 0,130 - 0,40 2,291 1,963 1,807 1,671 1,541 0,81 0,724 0,395 0,240 0,104 - 0,41 2,225 1,896 1,740 1,605 1,475 0,82 0,698 0,369 0,214 0,078 - 0,42 2,161 1,832 1,676 1,541 1,410 0,83 0,672 0,343 0,188 0,052 - 0,43 2,100 1,771 1,615 1,480 1,349 0,84 0,646 0,317 0,162 0,026 - 0,44 2,041 1,712 1,557 1,421 1,291 0,85 0,602 0,291 0,136 - - 0,45 1,985 1,656 1,501 1,365 1,235 0,86 0,593 0,265 0,109 - - Revisão: José Eugenio L. Almeida cosϕ1 desejado Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 56 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 0,46 1,930 1,602 1,446 1,310 1,180 0,87 0,567 0,238 0,082 - - 0,47 1,877 1,548 1,392 1,257 1,128 0,88 0,540 0,211 0,056 - - 0,48 1,826 1,499 1,343 1,208 1,077 0,89 0,512 0,183 0,028 - - 0,49 1,779 1,450 1,295 1,159 1,029 0,90 0,484 0,155 - - - 0,50 1,732 1,403 1,248 1,112 0,982 0,91 0,456 0,127 - - - 0,51 1,687 1,358 1,202 1,067 0,936 0,92 0,426 0,097 - - - 0,52 1,643 1,314 1,158 1,23 0,892 0,93 0,395 0,066 - - - 0,53 1,600 1,271 1,116 0,980 0,850 0,94 0,363 0,034 - - - 0,54 1,559 1,230 1,074 0,939 0,808 0,95 0,329 - - - - 0,55 1,518 1,189 1,034 0,898 0,768 0,96 0,292 - - - - 0,56 1,479 1,150 0,995 0,859 0,729 0,97 0,251 - - - - 0,57 1,442 1,113 0,957 0,822 0,691 0,98 0,203 - - - - 0,58 1,405 1,076 0,920 0,785 0,654 0,99 0,142 - - - - 0,59 1,368 1,040 0,884 0,748 0,618 1,00 - - - - - 0,60 1,333 1,004 0,849 0,713 0,583 - - - - - - Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 57 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE EEL002 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA EXERCÍCIOS Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 58 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE . . . . Exemplo 1: Dadas as tensões V12 = 6 30º , V 23 = 2 0º , V 24 = 6 −60º e V15 = 4 90º , determinar as tensões: . a) V14 b) V 43 c) V35 . . Solução: Apenas com o objetivo de facilitar o acompanhamento da solução, foi construído o diagrama mostrado na figura 7, pois ele não é necessário. 2 . . V12 V 23 . V 24 . 1 . V14 3 V 43 . 4 V15 . V 35 5 Figura 7 . . . V14 = V12 + V 24 = 6 30º + 6 −60º = 5,196 + j3,000+3,000 − j5,196 a) = 8,196 − j2,196 = 8, 485 −15º . . . . . V 43 = V 23 + V 42 = V 23 − V 24 = 2 0º − 6 −60º = 2 0º + 6 120º = 2 + j0 − 3,000+j5,196 = −1, 000 + j5,196 b) = 5, 291100,89º Também poderia ter sido tomado . . . . . . . V 43 = V 23 + V12 + V 41 = V 23 + V12 − V14 . c) . Há várias possibilidades no cálculo de . . . . . V35 , por exemplo: . V35 = V15 + V 21 + V32 = V15 − V12 − V 23 Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 59 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE . . . . . . . . . . . . . . . . . . V 35 = V15 + V 21 + V 42 + V 35 = V15 − V12 − V 24 − V 43 V 35 = V15 + V 41 + V 24 + V 32 = V15 − V14 + V 24 − V 23 Mas, a melhor delas, porque menos trabalhosa, é: . . . . . . . V35 = V15 + V 41 + V34 = V15 − V14 − V 43 = 4 90º − 8, 485 −15º − 5, 291100,89 = (0 + j4) − (8,196 − j2,196) − (−1, 000 + j5,196) = −7,196 + j1, 000 = 7, 265 172, 09º Especificação e Rendimento Exemplo 2: Achar o rendimento de operação de um motor elétrico que desenvolve 1 [CV], enquanto absorve uma potência de 900 [W]. Solução: n = 1[ CV ] x736 [ W/CV ] Psaida .100 = .100 = 81,8% Pentrada 900 [ W ] Exemplo 3: Achar a potência absorvida por um motor de 5 [CV], completamente carregado – a plena carga, que opera com um rendimento de 80%. Solução: Pentrada = Psaida 5 [ CV ] x736 [ W/CV ] = = 4600[W] = 4, 6 [ KW ] n 0,8 Exemplo 4: Um motor elétrico ca aciona um gerador cc. Se o motor operar com um rendimento de 90% e o gerador com um rendimento de 80%, e se a potência absorvida pelo motor for de 5 [KW], qual a potência desenvolvida pelo gerador? n= Solução: Psaida = n M .n G Pentrada Psaida = n M .n G .Pentrada = 0,9x0,8x5 = 3, 6 [ KW ] Exemplo 5: Um motor elétrico desenvolve ½ [CV], enquanto está operando com um rendimento de 85%. Achar o custo para operá-lo continuamente durante um dia se o custo da energia (livre de impostos, taxa de iluminação pública, etc) é de CR$ 0,64 por KWh. Solução: A potência de entrada do motor é: Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 60 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Pe = 0,5x0, 736 [ KW ] 0,85 O consumo de energia durante 1 dia (24 horas) é: WE = Pe x24 0,5x0, 736x24 [ KW ] 0,85 E o custo total da energia é: Custo = WE x0,80 [ R$] portanto, 0,5x0, 736x24x0,8 Custo = = R$8,31 0,85 Seqüência de Fases Exemplo 6: Qual é a seqüência de fases de um alternador trifásico ligado em Y para o qual . . . E AN = 7200 20º [ V ] e E CN = 7200 −100º [ V ] ? E também , quanto vale E BN ? . Solução: Visto que . E CN se atrasa em relação a E AN em 120º, e que os primeiros subscritos são C e A, respectivamente, C segue A na seqüência de fases. Portanto, a seqüência de fases é ACB, a seqüência . de fases negativa ou inversa. Obviamente , E BN avança em 120º, mas tem o mesmo módulo (valor . [ ] eficaz). Então, E BN = 7200 20º +120º = 7200 140º V . A figura 30 ilustra a presente situação. w . E BN . E AN 140º 20º REFERÊNCIA R −100º . E CN Figura 30 Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 61 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE . [ ] Exemplo 7: Qual é a seqüência de fases de um circuito trifásico no qual V AB = 13.800 −10º V e . V BC = 13.800 110º [ V ] ? Que tensão de linha tem um ângulo que difere de 120º dos ângulos dos ângulos destas tensões? Solução: A seqüência de fases pode ser encontrada dos ângulos das tensões e dos primeiros (ou dos . . ângulos) subscritos. Visto que V BC avança V AB em 120º, e visto que os primeiros subscritos são B e A, respectivamente, B está imediatamente à frente de A na seqüência de fases. Portanto, a seqüência de fases tem que ser BAC ou, equivalente, ACB, a seqüência de fases negativa. . . A terceira tensão de linha é ou V CA ou V AC , porque apenas A e C de A-B-C não foram usadas juntas nos subscritos. A terceira tensão de linha correta, aquela que tem um ângulo diferindo em 120º daqueles . de . . V AB e V BC , é V CA , visto que duas tensões de linha de um grupo trifásico equilibrado não podem . ter subscritos começando com a mesma letra, como seria o caso se . V AC fosse usado. Assim, . . V CA = 13.800 −130º [ V ] . Este resultado também pode ser obtido calculando V AC e V CA : . . . V AC = V AB + V BC = 13.800 −10º + 13.800 110º = 13.800 ( cos10º − jsen10º + cos110º + jsen110º ) = 13.800 ( 0,9848 − j0,1736 − 0,3420 + j0,9397 ) = 13.800 ( 0, 6428 + j0,7661) = 13.800 50º [ V ] . . . V AC difere de V AB e V BC em 60º, e não pode mesmo se a resposta. Por outro lado, . . . . . . V CA = V CB + V BA = − V BC − V AB = − V AC = −13.800 50º = 13.800 −130º [ V ] NOTA: No caso de alternador trifásico ligado em delta ou triângulo ( ∆ ) , as f.e.ms. de linha são iguais às f.e.ms. de fase. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 62 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Cargas Trifásicas Exemplo 8: Converter o ∆ mostrado na figura 38 (a) no Y da figura 37 (a) para: a) Z1 = 3 + j5 [ Ω ] , Z2 = 60 20º [ Ω ] e Z3 = 4 −30º [ Ω ] b) Z1 = Z2 = Z3 = Z∆ = 12 36º [ Ω ] A Z3 Z1 B Z2 C Figura 38 (a) ZA A A ZB B N ZC C B (b) C (a) Figura 37 Solução: a) Todas as três fórmulas da conversão ∆ − Y tem o mesmo denominador, que é : Z1 + Z2 + Z3 = ( 3 + j5 ) + 6 20º + 4 −30º = 13,1 22, 66º [ Ω ] Então: ZA = ZB = ( 3 + j5 ) . ( 4 −30º ) = 23,3 29, 04º = 1, 78 6,38º Ω Z1Z3 = [ ] Z1 + Z2 + Z3 13,1 22, 66º 13,1 22, 66º ( 3 + j5) . ( 6 20º ) = 35 79, 04º = 2, 67 56, 4º Ω Z1Z2 = [ ] Z1 + Z2 + Z3 13,1 22, 66º 13,1 22, 66º Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 63 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE ZC = ( 6 20º ) . ( 4 −30º ) = 24 −10º = 1,83 −32, 7º Ω Z 2 Z3 = [ ] Z1 + Z2 + Z3 13,1 22, 66º 13,1 22, 66º b) Sendo todas as três impedâncias do ∆ iguais, todas as três impedâncias do Y são iguais e cada uma vale um terço da impedância comum do ∆ : Z∆ 12 36º = = 4 36º [ Ω ] 3 3 Exemplo 9: Converter o Y mostrado na figura 37 a no ∆ da figura 38 a para: Z A = Z B = ZC = Z Y = a) ZA = 10 [ Ω ] , ZB = 6 − j8 [ Ω ] , ZC = 9 30º [ Ω ] b) ZA = ZB = ZC = ZY = 4 − j7 [ Ω ] Z1 A Z3 Z1 Z2 B Z3 B Z2 C C (b) (a) Figura 38 Solução: a) Todas as três fórmulas da conversão Y − ∆ tem o mesmo numerador, que é ZA ZB + ZB ZC + ZA ZC = 10 ( 6 + j8 ) + ( 6 + j8 )( 9 30º ) + 10 ( 9 30º ) = 231, 6 −17, 7º [ Ω ] Então, Z1 = ZA ZB + ZB ZC + ZA ZC 231, 6 −17, 7º = = 25, 7 −47, 7º [ Ω ] ZC 9 30º Z2 = ZA ZB + ZB ZC + ZA ZC 231, 6 −17, 7º = = 23, 2 −17, 7º [ Ω ] ZA 10 Z3 = ZA ZB + ZB ZC + ZA ZC 231, 6 −17, 7º 231, 6 −17, 7º = = = 23, 2 35, 4º [ Ω ] ZB 6 − J8 10 −53,1º Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 64 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE b) Sendo todas as três impedâncias de Y iguais, todas as três impedâncias do ∆ são iguais e cada uma é igual ao triplo da impedância comum de Y. Portanto, Z1 = Z2 = Z3 = Z∆ = ZY = 3ZY = 3 (12 − j7 ) = 12 − j21=24,2 -60,3º [Ω ] Exemplo 10: Converter o Y indicado na figura 40 num equivalente ∆. A A Z Z N Z B N B Z C Figura 40 C Solução: Pelas fórmulas da conversão Figura 41 Y−∆ , Z1 = ZA ZB + ZB ZC + ZA ZC 0 + 0 + Z.Z = =Z ZC Z Z2 = ZA ZB + ZB ZC + ZA ZC 0 + 0 + Z.Z = =Z ZA Z Z3 = ZA ZB + ZB ZC + ZA ZC 0 + 0 + Z.Z = = ∞ (circuito aberto) ZB 0 O circuito ∆ equivalente está mostrado na figura 41. E uma rápida comparação das figuras 40 e 41 revelam que as mesmas são iguais. Cargas em Paralelo Exemplo 11: Determinar a estrela equivalente das cargas cargas a) ZA , ZB e ZC em estrela paralela ao delta das Z1 , Z2 e Z3 para: ZA = 10 [ Ω ] , ZB = 6 − j8 [ Ω ] , ZC = 9 30º [ Ω ] Z1 = 3 + j5 [ Ω ] , Z2 = 6 20º [ Ω ] , Z3 = 4 −30º [ Ω ] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 65 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE ZA = ZB = ZC = ZY = 4 − j7 [ Ω ] b) Z1 = Z2 = Z3 = Z∆ = 12 36º [ Ω ] Solução: a) Como as cargas são desequilibradas, a conexão em Y deve ser primeiramente convertida num ∆ equivalente. Esta conversão, no entanto, já foi realizada no exemplo 9, dando os valores seguintes: Z ' = 25, 7 −47, 7º [ Ω ] 1 Z ' = 23, 2 −17, 7º [ Ω ] 2 Z ' = 23, 2 35, 4º [ Ω ] 3 Agora as duas cargas em ∆ estão em paralelo, como indicado na figura 45 a, e podem ser convertidas num único ∆ equivalente (figura 45 b), combinando-se as impedâncias ligadas em paralelo, a saber: Z ' 1 com Z1 , Z ' com Z2 e Z ' com Z3 , para produzir Z" , Z " e Z " , respectivamente. Então, 2 Z" = 1 3 Z1.Z ' = 1 Z1 + Z ' 1 ( 3 + j5) . ( 25, 7 −47, 7º ) 3 + j5+25,7 −47,7º 2 3 = 6, 08 45,95º [ Ω] 1 Z" = 2 Z2 .Z ' 2 Z2 + Z ' = ( 6 20º ) . ( 23, 2 −17, 7º ) 6 20º+23,2 −17,7º = 4,94 12,52º [ Ω] 2 Z" = 3 Z3 .Z ' 3 Z3 + Z ' = ( 4 −30º ) . ( 23, 2 35, 4º ) 4 −30º+23,2 35,4º = 3, 69 −92, 48º [ Ω ] 3 A B C Z3 Z1 Z3 Z1 Z2 Z2 (a) Figura 45 Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 66 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE A A B B C C Z' Z" Z" 1 3 A Z' B Z' C Z" (c) (b) 2 Figura 45 Finalmente, o ∆ da figura 45b é convertido no Y equivalente mostrado na figura 45c, onde Z ' = A Z' = Z" .Z " 1 2 " ∑Z B e Z' = C Z" .Z " 1 3 ∑ Z" Z " .Z " 2 3 " ∑Z Sendo ∑ Z" = Z" + Z " + Z " = 6, 08 45,95º + 4,94 12,52º + 3, 69 −92, 48º = 9, 062 11,16º 1 2 3 Portanto, Z' = A Z' = B Z' = C ( 6, 08 45,95º ) .( 3, 69 −92, 48º ) = 2, 48 −57, 7º Ω [ ] 9, 062 11,16º ( 6, 08 45,95º ) . ( 4,94 12,52º ) = 3,31 47,3º Ω 9, 062 11,16º [ ] ( 4,94 12,52º ) .( 3, 69 −92, 48º ) = 2, 01 −91,1º Ω 9, 062 11,16º [ ] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 67 / 110 , Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE c) Agora as cargas são equilibradas e o ∆ deve ser inicialmente convertido num Y equilibrado equivalente. Esta conversão foi efetuada no exemplo 8 dando: ( 4 − j7 ) . ( 4 36º ) = 32, 249 −24, 26º = 3, 75 8, 46º Ω . ZY .Z'Y Z = = [ ] ZY + Z'Y 4 − j7 + 4 36º 8, 601 −32, 72º " Y . [ ] Exemplo 12: Uma carga trifásica equilibrada em Y tem uma tensão de fase V CN = 127 50º V . Se a . seqüência de fases é ACB, achar as tensões . . V CA , V AB e V BC . Solução: Fazendo-se o diagrama fasorial para a seqüência de fases inversa ou negativa, e das tensões . V CA têm um ângulo de 30º em de linha especificadas, pode-se notar que a tensão de linha . atraso com relação a tensão de fase V CN . Obviamente, seu módulo é maior por um fator igual . a 3 . Portanto, V CA = 127 3 50º −30º = 220 20º [ V ] . Da mesma forma, considerando que . . V AB está 120º em avanço relativamente a V CA , porque seu primeiro subscrito A está . imediatamente à frente do primeiro subscrito C de V CA na seqüência de fases ACB, . . . V AB = 220 20º +120º = 220 140º [ V ] . Da mesma forma, V BC deve atrasar V CA em 120º. . [ ] Logo, V BC = 220 20º −120º = 220 −100º V . Exemplo 13: Quais são as tensões de fase para uma carga trifásica em estrela, equilibrada, na qual . V BA = 13.800 −40º [ V ] ? A seqüência de fases é ABC. Solução: Partindo do diagrama fasorial para a seqüência de fases ABC, e do grupo de tensões de linha . . . V AB , pode-se notar que V BN avança V BA em 30º. Obviamente, o módulo de . 13.800 é menor por um fator 3 . Portanto, V BN = −40 + 30º = 7.967 −10º [ V ] 3 que inclui . V BN . . . Da seqüência de fases e da relação do primeiro subscrito, V AN avança V BN em 120º, e V CN atrasa-se . de V BN em 120º. Assim, . V AN = 7.967 −10º +120º = 7.967 110º [ V ] . V CN = 7.967 −10º −120º = 7.967 −130º [ V ] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 68 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE ∆ Equilibrada-Correntes de Linha e de Fase Carga em [ ] Exemplo 14: Uma carga trifásica equilibrada ligada em estrela tem a tensão de fase VCN = 254 45º V . . Se a seqüência de fases é ACB (negativa), achar as tensões de linha . V CA , V AB e . V BC . Solução: Do diagrama fasorial para uma carga equilibrada ligada em Y com seqüência ACB, pode-se . notar que a tensão em . V CA atrasa-se de 30º em relação a tensão de fase V CN . E também, . 3 . Portanto, do fato de que V AB tem um avanço de 120º que seu módulo é maior pelo fator . relativamente a V CA , porque seu primeiro subscrito A está imediatamente à frente do primeiro . subscrito C de V CA na seqüência de fases inversa . ACB, . VAB = 440 45º +120º = 440 135º [ V ] . Da mesma forma, V BC deve atrasar-se de V CA em [ ] 120º. Logo, VBC = 440 15º −120º = 440 −105º V . Exemplo 15: Quais são as tensões de fase para uma carga trifásica equilibrada ligada em estrela se . V AB = 13,8 −30º [ KV ] , com seqüência de fases direta? Solução: De açordo com o diagrama fasorial para uma carga Y com seqüência de fases positivas (ABC), . . e do grupo de tensões de linha que inclui VBA , pode-se notar que . V BN avança VBA em 30º. . V BN é menor por um fator igual a Obviamente, o módulo de . V BN = 3 . Portanto, 13.800 −30º +30º = 7.967 0º [ V ] . 3 . . Da seqüência de fases e da relação do primeiro subscrito, V AN avança V BN em 120º. Logo: . . V AN = 7.967, 43120º [ V ] e V CN = 7.967, 43 −120º [ V ] Exemplo 16: Num circuito trifásico trifilar, achar as correntes fasoriais de linha para uma carga [ ] equilibrada ligada em estrela na qual cada impedância de fase é ZY = 30 20º Ω . A . [ ] seqüência de fases é ABC e V AN = 120 35º V . Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 69 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE . Solução: A corrente de linha fase Z Y : . I A é obtida pelo quociente da tensão da fase V AN pela impedância da 120 35º = 4 15º [ A ] 30 20º . IA = . IA As outras correntes de linha podem ser determinadas de e da seqüência de fases. Elas . tem o mesmo módulo de em 120º. Portanto, . I A e, para a seqüência de fases ABC dada, atrasam e avançam I A . I B = 4 15º −120º = 4 −105º [ A ] . IC = 4 15º +120º = 4 135º [ A ] Exemplo 17: Num circuito trifilar trifásico, equilibrado, com seqüência de fases ABC, a corrente de linha . I B = 40 20º [ A ] . Achar as outras correntes de linha. Solução: Estando o circuito equilibrado, todas as três correntes de linha tem o mesmo módulo: 40 [A]. E . sendo a seqüência de fases a direta (ABC), com A precedendo B, I A avança . Pela mesma razão (C segue B), . I B em 120º. . IC atrasa em relação a I B em 120º. Conseqüentemente, . I A = 40 20º +120º = 40 140º [ A ] . IC = 40 20º −120º = 40 −100º [ A ] . Exemplo 18: Qual é a corrente de linha . I A num circuito trifilar trifásico, desequilibrado, no qual . I B = 40 85º [ A ] e IC 70 230º [ A ] ? Solução: De acordo com a lei de Kirchhoff, a soma das três correntes de linha é zero, isto é: . . . I A + IB + IC = 0 Então, . . . I A = − I B − IC = −40 85º − 70 230º = 43, 74 18, 4º [ A ] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 70 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Exemplo 19: Cada fase de um alternador trifásico ligado em estrela (figura 15) libera uma corrente de 25[A] para uma tensão de fase de 220[V] e um fator de potência ( cos φ ) de 80% indutivo. Qual é a tensão no terminal do gerador? Qual a potência desenvolvida em cada fase? Qual a potência trifásica (total) desenvolvida? . In a . Eab . . Ean Eca . IA n . E bn . . IB Ecn c . E bc b . IC Figura 15 Solução: A tensão no terminal do gerador é a tensão de linha: VL = 3.VF = 381[ V ] A potência desenvolvida em cada fase é dada por : PF = VF .I F .cosφ = 220x25x0,8 = 4.400 [ W ] = 4, 4 [ KW ] A potência trifásica é a soma das potências liberadas pelas três fases do alternador. Como a potência liberada em cada fase é a mesma, PT = 3.PF = 3x4.400= 13.200 [ W ] = 13, 2 [ K W ] . [ ] Exemplo 20: Uma carga ligada em Y, equilibrada, de impedâncias Z Y = 50 −30º Ω é excitada por uma fonte de 12.470 [V], trifilar trifásica. Achar a corrente (eficaz) de linha. [ ] = 50 [ Ω ] . Portanto, I L = 7200 / 50 = 144 [ A ] . Solução: Cada corrente de linha é igual a tensão de fase da carga 12.470 / 3 = 7200 V dividida pelo módulo da impedância de fase: ZY Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 71 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Exemplo 21: Achar as correntes fasoriais de linha para uma carga equilibrada ligada em Y, constituída de impedâncias ZY = 60 20º Ω , excitada por uma fonte trifásica. Uma das tensões de [ ] . [ ] fase é V BN = 120 35º V e a seqüência de fases é positiva (ABC). . Solução: A corrente de linha . I B pode ser encontrada dividindo-se a tensão da fase V BN pela . impedância de fase ZY . E as outras correntes de linha podem ser encontradas de ajuda de fases. Portanto, I B coma a . V BN 120 35º IB = = = 2 15º [ A ] ZY 60 20º . . . Visto que a sequência de fases é ABC, o ângulo de I A é 120º a mais que o de I B . . [ ] Obviamente, os módulos das correntes são iguais. Logo, I A = 2 15º +120º = 2 135º A . Da . mesma forma, o ângulo de . IC é 120º menor : IC = 2 15º −120º = 2 −105º [ A ] . Exemplo 22: Achar as correntes fasoriais de linha para uma carga ligada em Y, equilibrada, constituída de impedâncias Z Y = 50 −35º Ω , alimentada por um sistema trifilar no qual [ ] . V CB = 220 60º [ V ] . A seqüência de fases é ABC. . Solução: De acordo com a figura 37, a tensão de fase V CN tem um ângulo que é 30º maior do que . aquele de . V CN = V CB e um módulo que é menor por um fator de 1/ 3 . Portanto, 220 60º +30º = 127 90º [ V ] 3 . A corrente de linha I C é . V CN 127 90º IC = = = 2,54 125º [ A ] ZY 50 −35º . Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 72 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE ZA A A ZB B N ZC C B (b) C (a) Figura 37 . Visto que A segue C na seqüência de fases (...ABCA...), . . I A atrasa com relação a IC em 120º. [ ] Donde I A = 2,54 125º −120º = 2,54 5º A Como B precede C na seqüência de fases, . IB . avança em relação a IC em 120º. Logo: . I B = 2,54 125º +120º = 2,54 245º = 2,54 −115º [ A ] . ∆ na qual Exemplo 23: Qual é a seqüência de fases de um circuito trifásico equilibrado com uma carga . [ ] duas das correntes de fase são I BA = 12 −20º A . [ ] e I CB = 12 100º A ? Quanto vale . I AC ? . . Solução: Visto que I CB , com primeiro subscrito C, tem um ângulo 120º maior que aquele de I BA , com o primeiro subscrito B, a letra C precede a letra B na seqüência de fases. Logo, a seqüência de . fases tem que ser ACB, a seqüência de fases negativa. Nesta seqüência, I AC , com primeiro . subscrito A, tem um ângulo que é 120º menor do que aquele de . I BA . Obviamente, o módulo é [ ] o mesmo: I AC = 12 −20º −120º = 12 −140º A . . . . Exemplo 24: Achar as correntes de fase I BC , I AB e I CA de uma carga trifásica equilibrada ligada em . ∆ [ ] sabendo que uma corrente de linha é I B = 75 −45º A e que a sequência de fases é ABC. Solução: De acordo com a figura 49, que é para a seqüência de fases ABC e para o grupo de correntes . de fase em ∆ especificado, pode-se notar que I BC tem um ângulo que é 30º maior do que . aquele de . I BC = I B , e tem módulo menor por um fator de 1/ 3 . Conseqüentemente, 75 −45º +30º = 43,3 −15º [ A ] 3 Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 73 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE . . . I C = I CA − I BC . V CA . . ICA I CB φ 30º φ IBA 30º 30º Re . V AB . I . I AB φ . . I AC IBC . . . . I B = I BC − I AB . . I A = I AB − I CA . V BC Figura 49 . Da mesma figura 49, ou do fato de que . I AB tem um ângulo que é maior em 120º ao de I BC , . porque seu primeiro subscrito A está imediatamente à frente do primeiro subscrito B de I BC , . [ ] na seqüência de fases ABC, I AB = 43,3 −15º +120º = 43,3105º A . . [ ] Assim I CA = 43,3 −15º −120º = 43,3135º A . Exemplo 25: Uma carga trifásica equilibrada ligada em ∆ tem uma corrente de fase I BA = 20 10º [ A ] . A seqüência de fases é ACB. Achar as outras correntes de fase e as correntes de linha. Solução: As outras correntes de fase procuradas são aquelas que tem ângulos diferindo 120º daquele de . . . I BA . Elas tem que ser I AC e ICB , como se pode obter da relação dos subscritos: Duas correntes não podem ter as mesmas letras como primeiros ou como segundos subscritos; a mesma letra só pode aparecer uma vez como primeiro subscrito e uma vez . como segundo subscrito. Visto que a seqüência de fases é ACB, ou inversa, . avançar ICB deve . I BA e, 120º, porque na seqüência de fases a letra C (primeiro subscrito de ICB ) . precede a letra B (primeiro subscrito de I BA ). Conseqüentemente, . . . ICB = 20 10º +120º = 20 130º [ A ] . Então I AC deve se atrasar com relação a I BA em 120º: . . . I AC = 20 10º −120º = 20 −110º [ A ] . Na figura 50, I A atrasa com relação a I AC em 30º, e . visto que ela tem módulo 3 vezes maior, I A = 20 3 −110º −30º = 34, 64 −140º [ A ] . . Sendo a seqüência de fases ACB, as correntes . I B e IC , respectivamente, avançam e atrasam . de I A em 120º: . I B = 34, 64 −140º +120º = 34, 64 −20º [ A ] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 74 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE . IC = 34, 64 −140º −120º = 34, 64 −260º = 36, 64 100º [ A ] Exemplo 26: Quais são as correntes fasoriais de linha pra uma carga trifásica equilibrada ligada em . ∆ [ ] se uma corrente de fase é I CB = 25 35º A e se a seqüência de fases é ABC? Solução: Partindo da figura 49, que é para uma seqüência de fases ABC e do grupo de correntes de fase . que inclui . . ICB , pode-se notar que IC avança ICB em 30º Obviamente, seu módulo é . . . 3 35º +30º = 43,3 65º [ A ] . Da seqüência de fases, I B avança I C em 120º e I A atrasa-se . em relação a IC em 120º. Logo, . I B = 43,3 65º +120º = 43,3180º = −43,3 5º [ A ] . I A = 43,3 65º −120º = 43,3 −55º [ A ] Exemplo 27: Um sistema trifásico de 220 [V] tem uma carga equilibrada ligada em [ ] ∆ constituída de resistores de 40 Ω . Achar a corrente (eficaz) de linha. Solução: A corrente de linha I L pode ser encontrada da corrente de fase I F , que é igual a tensão de [ ] linha VL = 220 V (igual, também à tensão de fase VF ) dividida pela resistência de fase Z∆ = 40 [ Ω ] . Assim, I F = 220 / 40 = 5,5 [ A ] . A corrente de linha é 3 vezes maior: I L = 3I F = 9,53[ A ] . Exemplo 28: Achar as correntes fasoriais de linha para uma carga trifásica equilibrada em . [ ] ∆ constituída [ ] de impedâncias Z ∆ = 50 −35º Ω se uma tensão de fase é V CB = 220 60º V e se a seqüência de fases é ACB. . Solução: O primeiro passo é achar a corrente de fase ICB : . . ICB V CB 220 60º = = = 4, 4 95º [ A ] Z∆ 50 −35º Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 75 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Do diagrama fasorial para uma seqüência de fases ACB, e do grupo de correntes de fase que . inclui ICB , a corrente de linha IC se atrasa em relação à ICB em 30º. Obviamente, seu módulo 3 vezes maior. é Portanto, . IC = 4, 4 3 95º −30º = 7, 62 65º [ A ] . . Visto que a seqüência de fases é ACB, as correntes I A e I B , nas outras duas linhas, . respectivamente, avançam e atrasam relativamente à IC em 120º. Assim, . I A = 7, 62 65º +120º = 7, 62 185º = −7, 62 5º [ A ] . I B = 7, 62 65º −120º = 7, 62 −55 [ A ] Exemplo 29: Um circuito de 440 [V], trifásico, trifilar tem duas cargas equilibradas ligadas em [ ] uma delas formada de resistores de 10 Ω [ ] ∆ , sendo e a outra de resistores de 40 Ω . Achar a corrente (eficaz) total de linha. Solução: A situação é aquela ilustrada na figura 42. Estando os resistores correspondentes das cargas em ∆ em paralelo, as resistências podem ser combinadas para produzir um único ∆ [ ] equivalente de resistores de (10 x 40 ) : (10 + 40 ) = 8 Ω . A corrente de fase deste ∆ é igual a fase tensão de linha (igual a de fase) dividida pela resistência 8 [ Ω ] : I F = 440 / 8 = 55 [ A ] . E, é claro, a corrente de linha é de de 3 vezes maior: I L = 3.55 = 95,3[ A ] . A B C Figura 42 Exemplo 30: Um circuito trifásico, trifilar de 220[V] tem duas cargas equilibradas ligadas em Y, sendo [ ] [ ] uma delas formada por resistores de 5 Ω e a outra de resistores de 20 Ω . Achar a corrente (eficaz) total de linha. Solução: A configuração é aquele ilustrada na figura 43. Visto que as cargas são equilibradas, os nós centrais estão ao mesmo potencial, mesmo não havendo nenhuma conexão entre eles. Conseqüentemente, os resistores estão em paralelo e podem ser combinados, resultando Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 76 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE [ ] uma resistência de ( 5 x 20 ) : ( 5 + 20 ) = 4 Ω nas fases do Y equivalente. A tensão de fase 220 / 3 = 127 [ V ] dividida por este valor de resistência dá a corrente de linha: I L = 127 / 4 = 31,8 [ A ] . A N2 N1 B C Figura 43 [ ] Exemplo 31: Três resistências de 20 Ω cada, estão ligadas em Y a um circuito trifásico, trifilar, de 220[V], funcionando com um fator de potência unitário. Calcule a potência consumida pelas três resistências. Repita para o caso em que as três resistências são religadas em ∆. Solução: A tensão de fase é 3 vezes menor que a tensão de linha: VF = VL / 3 = 220 = 127 [ V ] . [ ] A corrente de fase é I F = VF / Z Y = 127 / 20 = 6,35 A . A potência consumida pelas três resistências, ou potência total, PT , é igual a três vezes a potência consumida em cada resistência, ou potência por fase PF . Então, PT = 3.PF = 3.VF .I F .cos φ = 3 (127 )( 6,35 )(1) = 2.419, 4 [ W ] , ou PT = 3.R.I 2F = 3. ( 20 ) . (127 / 20 ) = 2.419, 4 [ W ] 2 [ ] cada, religadas em ∆ , a corrente de fase é = 220 / 20 = 11[ A ] . Então, a potência consumida é: Para as mesmas três resistências de 20 Ω I F = VF / Z∆ = VL / Z∆ PT = 3.PF = 3.VF .I F .cos φ = 3 ( 220 )(11)(1) = 7.260 [ W ] ou ( PT = 3.R.I 2F = 3 20 (11) 2 ) = 7.260 [ W ] . Exemplo 32: Um sistema bifásico com tensões de fase de 220 [V] alimenta uma carga equilibrada ligada [ ] em triângulo, constituída por Z ∆ = 10 50º Ω . Calcular as correntes de linha e a potência total consumida. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 77 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE A A . IA . V AB = 169, 7 −45º Z∆ . . V AN = 120 0º I AB B . Z∆ Z∆ N B IB . V AN = 1 2 0 9 0 º . I BN C . I AN . IN Figura 51 Solução: No sistema bifásico, as duas tensões entre linha e neutro (tensões de fase) estão defasadas de . . 90º. Assim, se V AN é tomada como referência, V BN resulta 90º avançada, como indicado na figura 51. a tensão entre linhas (tensão de linha) é . . 2 vezes a tensão de fase. Diretamente, . V AB = V AN − V BN = 120 0º − 120 90º = 120 − j120=120 2 −45º = 169, 7 −45º [ V ] . As correntes de fase são: . . I AB V AB 169, 7 −45º = = = 16,97 −95º [ A ] Z∆ 10 50º . . I AN V AN 120 0º = = = 12 −50º [ A ] Z∆ 10 50º . . I BN V BN 120 90º = = = 12 40º [ A ] Z∆ 10 50º E as correntes de linha são obtidas em função das correntes de fases como segue: . . . . . . I A = I AN + I AB = 12 −50º + 16,97 −95º = 26,83 −76, 6º [ A ] I B = I BN − I AB = 12 40º − 16,97 −95º = 26,83 66, 6º [ A ] . . . I N = − I AN − I BN = −12 −50º − 12 40º = 16,97 175º [ A ] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 78 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE A potência de cada fase vale: 2 PAB = Re [ Z∆ ] .I AB = 10.cos 50º . (16,97 ) = 1851[ W ] 2 2 PAN = Re [ Z∆ ] .I AN = 10.cos 50º. (12 ) = 925, 6 [ W ] 2 2 PBN = Re [ Z∆ ] .I BN = 10.cos 50º. (12 ) = 925, 6 [ W ] 2 Por conseguinte, a potência total é PT = PAB + PAN + PBN = 3.702, 6 [ W ] Circuito Monofásico Equivalente, ou Circuito Equivalente de uma Linha, para Cargas Equilibradas Exemplo 33: Um sistema trifásico a quatro condutores, com seqüência de fases negativas e . V AN = VF −90º [ V ] , tensão eficaz de linha de 220 [V], contém três impedâncias de 20 −30º [ Ω ] ligadas em estrela. Determinar as correntes de linha pelo método do equivalente monofásico. [ ] Solução: O valor eficaz da tensão de fase é VF = VL / 3 = 220 / 3 = 127 V . Referindo-se ao equivalente monofásico da figura 54, tem-se que: . IL = VLN 0º 127 0º = = 6,35 30º [ A ] ZY 20 −30º . . Com a seqüência de fases é negativa, os verdadeiros ângulos das tensões de fase V AN , V BN . e V CN são 90º, +30º e +150º, respectivamente. Então, . I A = 6,35 −90º +30º = 6,35 −60º [ A ] . I B = 6,35 30º +30º = 6,35 60º [ A ] . IC = 6,35 150º +30º = 6,35 180º [ A ] iL 127 0º [ V] 20 −30º [Ω] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 79 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Figura 54 Exemplo 34: Um sistema trifásico ACB, com tensão de linha de 220[V], tem uma carga equilibrada ligada em triângulo constituída de impedâncias Z∆ = 60 30º Ω . Obtenha as correntes de linha [ ] e de fase pelo método do equivalente de uma linha. [ ] Solução: A impedância da conexão estrela equivalente é Z Y = Z ∆ / 3 = 20 30º Ω , e a tensão . VLN = VF = 220 / 3 = 127 [ V ] . Com estes valores construiu-se o equivalente monofásico mostrado na figura 55. ∆ L iL 127 0º [ V] 20 30º [Ω ] N Figura 55 Da figura 55, . IL = 127 0º = 6,35 −30º [ A ] 20 30º . . . Para se determinar as correntes de linha verdadeiras: I A , I B e I C , deve-se estabelecer, em primeiro lugar, os ângulos de fase verdadeiros das tensões de fase, na seqüência de fases ACB dada, pois as correntes de linha estarão atrasadas de 30º em relação às correspondentes tensões de fase da Y equivalente. Como os verdadeiros ângulos das . tensões de fase . não foram dados, considera-se que: V AN = 127 0º [ V ] , . V BN = 127 120º [ V ] e V CN = 127 −120º [ V ] . Então, as correspondentes de linha ficam sendo . I A = 6,35 0º −30º = 6,35 −30º [ A ] . I B = 6,35 120º −30º = 6,35 90º [ A ] . IC = 6,35 −120º −30º = 6,35 −150º [ A ] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 80 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Considerando que na ligação em triângulo, com seqüência de fases negativas, as correntes de fase estão atrasadas das correntes de linha correspondentes de 30º, e com módulo vezes menores, resulta que as correntes de fase (nas fases de ligação em delta) são: . 6,35 −30º −30º = 3, 67 −60º [ A ] 3 . 6,35 90º −30º = 3, 67 60º [ A ] 3 . 6,35 −150º −30º = 3, 67 −180º = −3, 67 0º [ A ] 3 I AB = I BC = ICA = 3 Exemplo 35: Um sistema trifásico, trifilar, com tensão de linha de 220 [V], alimenta duas cargas e outra em estrela com equilibradas, uma em delta com Z ∆ = 15 10º Ω [ ] ZY = 10 30º [ Ω ] . Obtenha a corrente (eficaz) de linha. Solução: Convertendo, inicialmente, a carga ligada em delta numa estrela equivalente, pode-se construir o circuito monofásico equivalente mostrado na figura 56. portanto, a corrente fasorial de linha é: . IL = 127 0º 127 0º + = 37, 6 −16, 6º [ A ] 5 10º 10 30º A corrente eficaz de linha é, pois, 37,6 [A]. ∆ Y L iL 127 0º [ V ] 5 10º [ Ω] 10 30º [ Ω ] N Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 81 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Figura 56 Visto que as duas impedâncias de carga estão em paralelo no circuito equivalente de uma linha da figura 56, pose-se substituí-las por uma única equivalente: Z= ( 5 10º )(10 30º ) = 5 10º + 10 30º 5 40º = 3,38 16, 6º [ Ω ] 14,8 23, 4º Então, a corrente eficaz de linha é: IL = 127 127 = = 37, 6 [ A ] Z 3,38 [ ] Exemplo 36: Três impedâncias 30 20º Ω são ligadas em triângulo a um sistema trifásico trifilar, de [ ] 220[V], por condutores de impedâncias Z L = 0, 4 + j0,6 Ω . Determinar o módulo de tensão de linha na carga delta. Solução: A figura 57 mostra o circuito monofásico equivalente. Nele, a impedância da linha está em série com a da carga, e a impedância total vista pela fonte é: Z = ZL + ZY = 0, 4 + j0,6+10 20º = 10, 6 22,3º [ Ω ] Então, a corrente de linha vale . VF 127 0º IL = = = 11,98 −22,3º [ A ] Z 10, 6 22,3º . A tensão de fase na carga é: . . . V BT = I L .ZY = 11,98 −22,3º.10 20º = 119,8 −2,3º [ V ] Então, a tensão de linha solicitada, na carga ∆ , é: . V L = 119,8 3 = 207,5 [ V ] Assim, a tensão de 220 [V] do sistema caiu para 207,5 [V] na carga, devido à impedância das linhas. A Revisão: José Eugenio L. Almeida 0, 4 + j0,6 [ Ω] B iL ∆ Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 82 / 110 . VF = 127 0º [ V] 10 20º [ Ω] Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Figura 57 A queda de tensão na linha é: . . V B = ZL .I L = (0, 4 + j0,6).11,98 -22,3º = 8, 63 34º [ V ] Na figura 58, está mostrado o correspondente diagrama fasorial T . . . 2,3º 0,4 I L j0,6 IL VAT . 22, 3º V AB . V BT . IL Figura 58 Exemplo 37: Determinar a tensão de linha, na carga do exemplo 36, depois de se ligar em paralelo com [ ] aquela carga um banco de capacitores em ∆ , com reatâncias de − j90 Ω . [ ] e a carga de impedância equivalente Solução: No circuito equivalente de uma linha da figura 59, a reatância de − j30 Ω 10 20º [ Ω ] ZY = estão em paralelo, produzindo uma 10 20º ( − j30º ) 300 −70º = = 10, 64 0,53º [ Ω ] 10 20º − j30º 28,19 −70,53º Então, a impedância vista pela fonte é: Z = ZL + ZY = 0, 4 + j0,6 + 10, 64 0,53º = 11, 06 3, 62º [ Ω ] A corrente de linha é: . IL = 127 0º = 11, 48 −3, 62º [ A ] 11, 06 3, 62º Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 83 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE A tensão de fase na carga vale: . . V BT = ZY .I L = 10, 64 0,53º.11, 48 −3, 62º = 122,15 −3,1º [ V ] Assim, a tensão de linha solicitada na carga é: VL = 3.122,15 = 211, 6 [ V ] 0, 4 + j0,6 [ Ω ] ∆ A ∆ B − j30 [ Ω] 127 0º [ V] 10 20º [ Ω ] T T T Figura 59 Sabe-se que o fator de potência melhora quando se acrescenta capacitores em paralelo com a carga. E isso acarreta uma redução na queda de tensão na linha. Neste exemplo, a tensão do sistema caiu de 220 [V] para 211,6 [V] e não para 207,5 [V], como no exemplo 36. Carga Desequilibrada Ligada em triângulo Exemplo 38: Um sistema trifásico trifilar ABC de 220 [V], tem uma carga ligada em ∆ (figura 60) com ZAB = 10 15º [ Ω ] , ZBC = 10 50º [ Ω ] e ZCA = 20 −25º [ Ω ] . Calcular as correntes de fase e de linha e construir o correspondente diagrama fasorial. . IA A . A I CA 220 120º [ V ] 220 0º [ V ] IC C ZAB ZCA ZBC . C B . I BC 220 −120º [ V ] B . Figura 60 IB Revisão: José Eugenio L. Almeida . I AB Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 84 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Solução: Conforme indicado na figura 60, as correntes de fase (correntes de laço) são independentes e dadas por: . . I AB V 220 0º = AB = = 22 −15º [ A ] ZAB 10 15º . . I BC V 220 −120º = BC = = 22 −170º [ A ] ZBC 10 50º . . ICA V 220 120º = CA = = 11 −145º [ A ] ZCA 20 −25º E as correntes de linha são: . . . . . . . . . I A = I BA − ICA = 22 −15º − 11145º = 32,56 −21, 6º [ A ] I B = I BC − I AB = 22 −170º − 22 −15º = 42,96 177,5º [ A ] IC = ICA − I BC = 11145º − 22 −170º = 16, 21 37, 7º [ A ] . . . Observa-se de passagem, que I A + I B + IC = 0 , o mesmo neste caso em que as correntes de linha não são simétricas. O diagrama fasorial solicitado está mostrado na figura 61, com módulos de tensões e de correntes tomados em escalas diferentes. FALTA FIGURA 61 Carga Desequilibrada Ligada em Estrela, em Sistema a Quatro Condutores Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 85 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Exemplo 39: Um sistema trifásico a quatro fios, a seqüência de fases negativas, 220 [V], tem uma carga ligada em Y, com ZA = 8 10º Ω , ZB = 5 35º Ω , e ZC = 6 40º Ω . Determinar as [ ] [ ] [ ] correntes de linha e a corrente no neutro, e construir o diagrama fasorial. Solução: O diagrama do circuito está indicado na figura 62. Como a seqüência de fases é a negativa, ou . . [ ] . [ ] [ ] inversa, V AB = 220 0º V , V BC = 220 120º V , e V CA = 220 −120º Ω . A A ZA . V AN = 127 30º . IA . IN N N . IB ZB . IC . V CN = 127 −90º ZC C B C . V BN = 127 150º B Figura 62 Então: . . . V AN = 127 30º [ V ] , V BN = 127 150º [ V ] e V CN = 127 −90º [ V ] As correntes de linha (de laço) são independentes e dadas por: . V AN 127 30º IA = = = 15,88 20º [ A ] ZA 8 10º . . V BN 127 150º IB = = = 25, 40 115º [ A ] ZB 5 35º . . V CN 127 −90º IC = = = 21,17 −130º [ A ] ZC 6 40º . A corrente no fio neutro é calculada de . . . ⎛. ⎞ I N = − ⎜ I A + I B + IC ⎟ , ⎝ ⎠ e vale . I N = − (15,88 20º + 25, 40 115º + 21,17 −130º ) = 9, 420 − j12,234=15,44 −52, 4º [ A ] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 86 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE O diagrama fasorial pedido está na figura 63. . IB . V AN . . V BN IA Re . IN . IC . V CN Figura 63 Carga Desequilibrada Ligada em Estrela, em Sistema Trifilar Simétrico Exemplo 40: A figura 64 a, mostra o mesmo sistema do exemplo 39, com a diferença que o fio neutro já não se acha mais presente. Determinar as correntes de linha e calcular a tensão de deslocamento do neutro. A . IA . Z"A 8 10º VAO . . IA VCA . V AB Z"B 5 35º Z"C 6 40º 220 0º . . . VCO IC VBO B C . V BC . IB . IB Figura 64 (a) . . . Solução: Tomando o terminal B da carga como nó de referência, resulta que V OB = V O − V B e o circuito . . pode ser visualizado como mostrado na figura 46b, do qual pode-se obter V O = V OB pelo método modal. . . . . . VO − VA VO VO − VC + + =0 ZA ZB ZC Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 87 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE ou . . ⎛ 1 1 1 ⎞ VA VC VO .⎜ + + + ⎟= ⎝ Z A Z B ZC ⎠ Z A Z C . Onde . . . . . V A = V AB = 220 0º e V C = V CB = − V BC = −220 120º [ V ] . Então . ⎛ 1 1 1 ⎞ 220 0º 220 120º VO .⎜ + + − ⎟= 6 40º ⎝ 8 10º 5 35º 6 40º ⎠ 8 10º De onde se obtém que . . V O = V OB = 95,31 −32, 69º [ V ] Logo . . V BO V OB 95,31 −32, 69º IB = =− = = −19, 06 −67, 69º [ A ] ZB ZB 5 35º . De . . . I A = I AO . . . . V AO V A − V O V AB − V OB , = = = ZA ZA ZA Determina-se que . IA = 220 0º − 95,31 −32, 69º 8 10º = 148,96 20, 22º 8 10º = 18, 62 10, 22º [ A ] . E de . . . IC = ICO . IC = − . . . . . . V CO V C − V O V CB − V OB V BC + V OB , que = = = = ZC ZC ZC ZC 220 120º + 95,31 −32, 69º 6 40º = 142, 20 −77,91º 6 40º = 23, 70 −117,91º [ A ] . O ponto 0 é deslocado do neutro N por uma tensão fasorial V ON , dada por Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 88 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE . . . V ON = V OA + V AN = −148,96 20, 22º + 127, 00 30º = 32,13158, 04º [ V ] As correntes de linha também podem ser obtidas pelo método das malhas: . . . ( ZA + ZC ) IA + ZC .IB = − V CA . . . ZC .I A + ( ZB + ZC ) .I B = V BC ou . . (8 10º + 6 40º ) .IA + ( 6 40º ) .IB = −220 −120º . . ( 6 40º ) .IA + ( 5 35º + 6 40º ) .IB = 220 120º A solução deste sistema de equações fornece: . . I A = 18, 62 10, 22º [ A ] e I B = 19, 06 112,30º [ A ] Então, . . ⎛. ⎞ IC = − ⎜ I A + I B ⎟ = −23, 69 62, 09º = 23, 69 −117,91º [ A ] ⎝ ⎠ As tensões nas três impedâncias são obtidas multiplicando-se as correntes de linha pelas respectivas impedâncias: . . . . . . . . . V A0 = I A .ZA = 18, 62 10, 22º .8 10º = 148,96 20, 22º [ A ] V B0 = I B .ZB = 19, 06 112,30º . 5 35º = 95,30 147,30 [ V ] V C0 = IC .ZC = 23, 69 −117,91º . 6 40º = 142,14 −77,91º [ V ] O diagrama fasorial destas três tensões, mostrado na figura 65 a, forma um triângulo eqüilátero de lados iguais às tensões do sistema (tensões de linha). Na figura 65b foi reconstituído o triângulo eqüilátero, acrescentando o ponto neutro N, aparecendo, assim, a . tensão de deslocamento do neutro V ON Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 89 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE . B V AB A . V BC . . 147,3º V BC V AO 202º Re 0º −77,9º . V CO . C V CA Figura 65 (a) A B . V BN . V AN 0 N . V CN C Figura 65 (b) Método do Deslocamento do Neutro [ ] [ ] [ ] Exemplo 41: Uma carga ligada em estrela, com ZA = 10 0º Ω , ZB = 10 60º Ω e ZC = 10 −60º Ω , é alimentada por um sistema trifásico, trifilar, ABC de 220 [V]. Empregando o método do deslocamento do neutro, determinar as correntes de linha. . Solução: Como a seqüência de fases é a direta, tomando-se V AB como referência, tem-se que: . . . V AB = 220 0º [ V ] , V BC = 220 −120º [ V ] e V CA = 220 120º [ V ] Logo, . . . V AN = 127 −30º [ V ] , V BN = 127 −150º [ V ] e V CN = 127 90º [ V ] As admitâncias de carga são: Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 90 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE YA = 1/10 = 0,1 0º [S] ; YB = 1/ (10 60º ) = 0,1 −60º = 0, 0500 − j0,0866 [S] e YC = 1/ (10 −60º ) = 0,1 60º = 0, 0500 + j0,0866 [S] Então, YA + YB + YC = 0, 2000 + j0,0000=0,2 [S] e e . YA .V AN = 0,1 0º .127 -30º = 12, 7 −30º = 10,9985 − j6,3500 . YB .V BN = 0,1 −60º .127 −150º = 12, 7 −210º = −10,9985 + j6,3500 Onde . . . YA .V AN + YB .V BN + YC .V CN = 10,9985 + j6,3500 = 12, 7 150º [ A ] Portanto, . V ON = 12, 7 150º = 63,5 150º = −54,9926 + j31,7500 [ V ] . 0, 2 As tensões nas impedâncias de carga são: . . . . . . . . . V AO = V AN + V NO = 127 −30º − 63,5 150º = 190,5000 −30º [ V ] V BO = V BN + V NO = 127 −150º − 63,5 150º = 109,9852 −120º [ V ] V CO = V CN + V NO = 127 90º − 63,5 150º = 109,9852 60º [ V ] E as correntes de linha são: . I A = YA .VAO = 0,1 0º.190,5 −30º = 19, 05 −30º [ A ] . I B = YB .VBO = 0,1 −60º.110 −120º = 11, 0 −180º [ A ] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 91 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE . IC = YC .VCO = 0,1 60º.110 60º = 11, 0 120º [ A ] O correspondente diagrama fasorial será mostrado na figura 66, com tensões e correntes marcadas em escalas diferentes. C . . V CO IC . V CN 0 . V ON . IB . . V BO . V BN V AN A B . IA Figura 66 Potência em Cargas Trifásicas Equilibradas Exemplo 42: Um gerador ligado em Y fornece 100 [KW] a um f.p. de 0,90. Se a tensão de linha for de 220 [V], qual a corrente de linha? Solução: A corrente obtida de E vale: I L = P = 3.VL .I L .cos φ , P 100.000 = = 291, 6 [ A ] . 3.VL .cos φ 3 x 220 x0,90 Exemplo 43: Uma carga ligada em ∆ consome 400 [KW] de uma linha de 4 [KV] com um fator de potência indutivo. Se cada fio conduz 60 [A], qual o fator de potência e o ângulo de atraso? Solução: O fator de potência é obtido de f.p. = cosφ = P = 3.VL .I L .cos φ , e vale: P 400.000 = = 0,962 indutivo. 3VL I L 3x 4000 x60 Logo, φ = arccos0,962=15,790 Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 92 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Exemplo 44: Num circuito trifásico de 220 [V], uma carga equilibrada ligada em ∆ absorve 2,4 [KW] com um fator de potência em avanço de 0,80. Achar a impedância Z∆ . Solução: A corrente de fase é obtida de P = 3VF .I F cos φ , e vale: IF = P 2.400 = = 4,55 [ A ] 3.VF .cos φ 3x 220 x0,80 Visto que a tensão de linha também é a tensão de fase, o módulo da impedância é: Z∆ = VF 220 = = 48, 4 [ Ω ] . I F 4,55 O ângulo da impedância é o ângulo do fator de potência: [ ] φ = −arccos0,80=-36,9º . Portanto, a impedância de fase é Z ∆ = 48, 4 −36,9º Ω . Exemplo 45: Um motor de indução trifásico libera 20 [CV], operando um rendimento de 88%, num fator de potência em atraso de 0,82, alimentado por um sistema de 440 [V]. Qual é a corrente eficaz de linha? Solução: A potência de entrada do motor é PE = PS / η , onde PS = 20 x0, 736 = 14, 72 [ KW ] = 14, 720 [ W ] é a potência de saída no eixo do motor. [ ] [ ] Portanto, PE = 14, 720 / 0,80 = 16.727,3 W = 22, 73 CV . A corrente eficaz de linha é obtida de IL = PE = 3VL .IL .cos φ , vale PE 16727,3 = = 26,8 [ A ] 3VL cos φ 3x 44 x0,82 Exemplo 46: Um circuito trifásico de 440 [V] tem duas cargas equilibradas ligadas em ∆ , uma de impedâncias de 50 30º Ω e outra de impedância 40 −60º Ω . Achar a corrente eficaz [ ] [ ] total de linha e a potência média total consumida. Solução: Estando em paralelo, as impedâncias em ∆ correspondentes podem ser combinadas para: Z= 50 30ºx 40 −60º 2000 −30º = 50 30º + 40 −60º 64, 03 −8, 66º = 31, 24 −21,34º = 29,10 − j11,37 [ Ω ] = R ∆ + jX ∆ Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 93 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE A corrente eficaz de fase para o ∆ combinado é igual a tensão de fase (igual a de linha) dividida pelo módulo desta impedância: I F = VL / Z∆ = 440 / 31, 24 = 14, 08 [ A ] E a corrente eficaz de linha é I L = 3I F = 24, 40 [ A ] . A potência média total absorvida pose ser encontrada usando-se a resistência e a corrente de fase para o ∆ equivalente: P = 3.R ∆ .I2F = 3x 29,10 x (14, 08 ) = 17.306 [ W ] = 17,3[ KW ] 2 Alternativamente, ela pode ser encontrada das grandezas de linha e do fator de potência: PE = 3.VL .I L .cos φ = 3x 440 x 24, 4 x cos ( −21,34º ) = 17,3[ KW ] Exemplo 47: Um circuito trifásico de 220 [V] alimenta duas cargas equilibradas, uma ligada em ∆ com [ ] [ ] impedâncias de 72 30º Ω e outra ligada em Y de impedâncias de 10 −60º Ω . Achar a corrente eficaz total de linha e a potência média total absorvida. Solução: As duas cargas podem ser combinadas num ∆ equivalente, ou num Y equivalente. Se o ∆ for convertido num Y, o Y terá uma impedância de fase de ( 72 30º ) / 3 = 24 30º Ω . Visto que o [ ] circuito agora tem duas cargas equilibras em Y, as impedâncias correspondentes estão em paralelo e, portanto, podem ser combinadas em: ZY = 24 30ºx10 −60º 240 −30º = = 9, 23 −37,38º = 7,33j5,60 [ Ω ] 24 30º + 10 −60º 26 7,38º [ ] A corrente eficaz de linha é igual à tensão de fase VF = 220 3 = 127 V dividida pelo módulo da impedância de fase do Y equivalente: I L = I F = VF / ZY = 127 / 9, 23 = 13, 76 [ A ] [ ] Visto que esta corrente, efetivamente, passa pela resistência RY de 7,33 Ω do Y equivalente, a potência média total absorvida é : P = 3.R Y .IL2 = 3x7,33x (13, 76 ) = 4,164 [ W ] = 4, 2 [ KW ] . 2 Alternativamente, pode-se usar a fórmula da potência em função das grandezas de linha e do fator de potência: P = 3.VL .I L .cos φ = 3x 220 x13, 76 x cos ( −37,38º ) = 4.166 [ W ] = 4, 2 [ KW ] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 94 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE NOTA: Nos problemas que ocorrem freqüentemente nos quais a ligação não é especificada, e não é importante para a solução, pode-se considerar seja uma ligação em Y, seja uma ligação em ∆ . A ligação Y é mais comumente escolhida. Na análise do desempenho do motor trifásico, por exemplo, as ligações reais dos enrolamentos não precisam ser conhecidas, a menos que a investigação deva concluir condições detalhadas nas próprias bobinas. Exemplo 48: Achar a potência média absorvida por uma carga trifásica equilibrada num circuito ABC . [ ] . [ ] (seqüência de fases positivas) no qual V CB = 220 20º V e I B = 4 100º A . Solução: Pode-se usar a fórmula P = 3.VL .I L .cos φ = 3 x 220 x 4 x cos φ se o fator de potência puder ser encontrado. Visto que ele é o cosseno do ângulo da impedância carga, é preciso apenas . o ângulo entre uma tensão e uma corrente de uma mesma fase de carga. Com I B conhecida, . . a tensão de fase mais conveniente é V BN , porque o ângulo desejado é aquele entre V BN e . . . ⎛ ⎞ I B ⎜ φ = ) V BN − ) I B ⎟ . Este procedimento está baseado na hipótese de uma carga em Y, ⎝ ⎠ que é válida porque qualquer carga equilibrada pode ser convertida numa Y equivalente. A . figura 47, que é para uma carga ligada em Y, com seqüência de fases ABC, mostra que V BN . avança V CB em 150º e, portanto, tem um ângulo de 20º+150º=170º. O ângulo do fator de . . potência, ou seja, o ângulo entre V BN e I B , é φ = 170º −100º = 70º . Então, a potência 3.VL .I L .cos φ = 3x 220 x 4 x cos 70º = 521,3 [ W ] média absorvida pela carga vale P = . V cb . . Ic V cn . . V ab V ca 3.V 30º φ 30º . φ V an Re φ . Ia 30º . . V ba V ac . Ib . V bn . V bc Figura 47 . [ ] Exemplo 49: Sabendo que V AB = 440 35º V num circuito trifásico ABC, achar as correntes fasoriais de linha para uma carga equilibrada que absorve 6 [KW] com um fator de potência em atraso de 0,75. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 95 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Solução: Acorrente eficaz de linha é: P 6000 = = 10,5 [ A ] 3VL cos φ 3x 440 x0, 75 IL = Como o resultado é o mesmo com a carga equilibrada ligada em triângulo ou em estrela, . . admitindo-se a carga na conexão estrela, então, da figura 47, V AN se atrasa de V AB em 30º . e , portanto, tem um ângulo de fase de . 35º −30º = 5º . Visto que I A se atrasa de V AN de um . φ = cos −1 0, 75 = 41, 4º , I A ângulo igual ao fator de potência, que é tem um ângulo de . 5º −41, 4º = −36, 4º . Conseqüentemente, I A = 10,5 −36,1º [ A ] e, da seqüência de fases (ABC). . I B = 10,5 −36, 4º −120º = 10,5 −156, 4º [ A ] . IC = 10,5 −36, 4º +120º = 10,5 83, 6º [ A ] Exemplo 50: Um circuito trifásico de 440 [V] tem duas cargas equilibradas. Uma delas é um aquecedorresistivo de 7 [KW] e a outra um motor de indução que libera 15 [CV] operando com rendimento de 80%, num fator de potência de atraso de 0,90. Achar a corrente eficaz de linha. Solução: Um bom método é achar a potência complexa de cada carga individual, achar a potência complexa total S, e achar a corrente eficaz de linha I L da potência aparente N = S = 3.VL .I L . Visto que o aquecedor pe uma carga puramente resistiva, sua [ ] potência complexa SA = PA 0º = 7 0º KVA . [ ] A potência de entrada do motor é PM = 15 x 736 / 0,8 = 13,8 KW . E a potência complexa tem um módulo, a potência aparente, que é igual à potência de entrada PM dividida pelo fator de potência, e um ângulo que é o ângulo do fator de potência: SM = N M φ M = P 13800 φ M= cos −1 0,90 = 15.333,3 25,84º φ cos M 0,90 = 13.800 + j6.683 [ VA ] = 13,8 + j6,68 [ KVA ] A potência complexa total é Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 96 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE S = SA + SM = 7000 + 13800 + j6683 = 20800 + j6683 = 21847 17,8º [ VA ] = 21,85 17,8º [ KVA ] Portanto, a corrente eficaz de linha é N 21,85 x103 = = 28, 7 [ A ] IL = 3.VL 3.440 Exemplo 51: Um circuito trifásico de 440 [V] alimenta duas cargas equilibradas. Uma delas é um motor síncrono que libera 20 [CV] operando com rendimento de 85%, num fator de potência de 0,77 em avanço. A outra é um motor de indução que libera 50 [CV] operando com rendimento de 82%, num fator de potência de 0,87 em atraso. Achar a corrente eficaz total de linha. Solução: A potência média absorvida pelo motor síncrono é : 20 x736 = 17.318 [ W ] 0,85 PMS = Então, a potência aparente vale N MS = PMS 17.318 = = 22.491[ VA ] cosφMS 0, 77 E a potência complexa é SMS = N MS −φ MS = 22491 −39, 65º [ VA ] A potência média absorvida pelo motor de indução é PMI = 50 x736 = 44.878 [ W ] 0,82 Então, a potência aparente vale N MI = PMI 44.878 = = 51,584 [ VA ] cosφMI 0,87 E a potência complexa é SMI = N MI φ M I = 51584 29,54º [ VA ] Portanto, a potência complexa total é S = SMS + SMI = 22491 −39, 65º + 51584 29,54º Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 97 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE = 63175 10,1º [ VA ] E a corrente eficaz total de linha é IL = N 63175 = = 82,9 [ A ] 3VL 3.440 Exemplo 52: Determinar o valor eficaz de cada corrente de linha no circuito da figura 68. A seqüência de fases é ACB, e a tensão de linha é de 220 [V]. A . . IA IA . B . I1 . C . D IB IC IB . V BC . E IC 20 KW Carga equilibrada de 40 KW, f. p. = QS em atraso f. p. = 1 figura 68 Solução: O resultado é o mesmo esteja a carga equilibrada ligada em triângulo ou em estrela. A corrente eficaz de linha para a carga equilibrada é: I'L = P 40.000 = = 131[ A ] 3.VL .fp 3 x 220 x0,8 . Do diagrama fasorial da figura 69, no qual a tensão de fase V AN foi escolhida como referência, .' . I A = I L − cos −1 0,8 = 131 −37º [ A ] = I A .' I B = 131 83º [ A ] .' IC = 131 −157º [ A ] . Como I1 = 20.000 90º = 91 90º [ A ] , 220 . .' . .' . Nó D: I B = I B + I1 = 131 83º + 91 90º = 222 86º [ A ] . Nó E: IC = IC − I1 = 131 −157º − 91 90º = 186 −130º [ A ] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 98 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Os valores eficazes de cada corrente são I A = 131 , I B = 222 e IC = 186 ampères. . V BC . . V BN V NC . .' I IB . -37º REF V AN .' IC .' IA . VCN Figura 69 Particularidades da Conexão Aron . [ ] Exemplo 53: Num circuito trifásico e trifilar, com seqüência de fases ABC, I A = 12 −20º A , . . I B = 10 40º [ A ] e V AB = 220 60º [ V ] . Achar a leitura de um vatímetro ligado com sua bobina de corrente na linha C e sua bobina de tensão entre as linhas B e C. O terminal ± da bobina de corrente está na direção da fonte, e o terminal ± da bobina de tensão está na linha C. Solução: A figura 78 ilustra a descrição feita, e permite concluir que . . . . ⎛ . ⎞ ⎛ . ⎞ P = VCB . IC .cos ⎜ ) V CB − )IC ⎟ = VL .IC .cos ⎜ ) V CB − )IC ⎟ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 99 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE . IA A . IB B . IC CARGA C ± ± W Figura 78 [ ] Obviamente, VL = 220 V . . . . [ ] Por outro lado, I C = − I A − I B = −12 −20º − 10 40º = 19, 08 −173º A . . Da figura 34, pode-se notar que . V CB avança V AB em 60º. Portanto, . V CB = 220 60º +60º = 220 120º [ V ] . Então, a leitura do watímetro é P = 220 x19, 08cos (120º +173º ) = 1, 64 [ KW ] . [ ] Exemplo 54: Uma carga equilibrada de resistores de 30 Ω é alimentada por uma fonte trifásica e trifilar ABC de 440 [V]. Achar a leitura de um watímetro ligado com sua bobina de corrente na linha A e sua bobina de tensão entre as linhas A e B. o terminal ± da bobina de tensão está na linha A. Solução: A figura 79 ilustra a descrição que foi feita, e permite concluir que a leitura do vatímetro é . . . . ⎛ . ⎞ ⎛ . ⎞ P = V AB . I A .cos ⎜ ) V AB − )I A ⎟ = VL .I L .cos ⎜ ) V AB − )I A ⎟ . ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ . Considerando o fasor V AB como referência, já que o enunciado do problema não considerou . [ ] nenhum outro como tal, então V AB = 440 0º V . . Supondo a carga equilibrada ligada em estrela, a corrente I A pode ser encontrada na tensão . ( ) [ ] [ ] de fase V AN = 440 / 3 0º −30º = 254 −30º V e da resistência de fase R Y = 30 Ω . . I A = 254 −30º / 30 = 8, 47 −30º [ A ] . Portanto, a leitura do vatímetro é P = 440.8, 47.cos ⎡⎣0º − ( −30º ) ⎤⎦ = 3.227,5 [ W ] . Essa leitura do vatímetro é a metade da potência média total absorvida Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 100 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE 3xVL xI L x1, 00 = 6.455 [ W ] . Como se pode notar das fórmulas do método dos dois vatímetros para cargas equilibradas, VL .I L cos ( 30º +φ ) e VL .I L cos ( 30º −φ ) , este resultado é realmente verdadeiro para uma carga puramente resistiva (φ = 0º ) . [ ] Exemplo 55: Uma carga equilibrada de indutores de j20 Ω , ligada em ∆ , é alimentada por uma fonte trifásica ACB de 220 [V]. Achar a leitura de um vatímetro ligado com sua bobina de corrente na linha B e sua Bobina de tensão entre as linhas B e C. O terminal ± da bobina de corrente está na direção da fonte, e o terminal ± da bobina de tensão está na linha B (figura 80) A A j20 [ Ω] . I0 I AB B ± B j20 [ Ω] . ± C j20 [ Ω ] w . I BC C Figura 80 ⎛ ⎝ ⎞ ⎠ . . Solução: A leitura do vatímetro é P = VL .I L .cos ⎜ ) V BC − )I B ⎟ . Tomando V BC como referência, . . V BC = 220 0º [ V ] , então V BA = 220 −120º [ V ] , em decorrência da relação existente entre a seqüência de fases ACB especificada e os primeiros subscritos. Portanto, do nó B da carga ∆, . . . . I B = I BC − IAB . V BC V AB 220 0º 220 −120º = − = − Z∆ Z∆ j20 j20 = 11 −90º − 11 −120º = 19, 05 −60º [ A ] Então, a leitura do vatímetro é: P = 220.19, 05.cos ⎡⎣ 0º − ( −60º ) ⎤⎦ = 2.095,5 [ W ] . Essa leitura não tem, é claro, nenhuma relação com a potência média absorvida pela carga, a qual deve ser zero porque a carga é puramente indutiva. Exemplo 56: Um circuito de 220 [V], ABC, tem uma carga equilibrada ligada em Y de impedâncias iguais a 30 −60º Ω . Dois vatímetros são ligados em conexão Aron com as bobinas de [ ] corrente na s linha A e C (figura 81). Achar as leituras destes vatímetros para a seqüência de fases ACB. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 101 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE ± A ± WA B ± C ± WC 30 −60ºΩ 30 −60ºΩ 30 −60ºΩ Figura 81 Solução: Visto que o módulo da tensão de linha e o ângulo da impedância são conhecidos, VL = 220 V e φ = −60º , respectivamente, é necessário apenas o módulo da corrente de [ ] linha para se determinar as leituras dos vatímetros. Este módulo da corrente é: IL = IF = VF 220 / 3 = = 4, 23 [ A ] . ZY 30 Para a seqüência de fases positiva (ABC), o vatímetro com a bobina de corrente na linha A tem uma leitura de PA = VL .I L .cos ( 30º +φ ) = 220.4, 23.cos ( 30º −60º ) = 806 W , porque [ ] A precede B na seqüência de fases ABC e não há bobina de corrente na linha B. A leitura do outro vatímetro é: PC = VL .I L .cos ( 30º +φ ) = 220.4, 23.cos ⎡⎣30º − ( −60º ) ⎤⎦ = 0 [ W ] . Observa-se que uma leitura é zero e a outra representa a potência média total absorvida pela carga, como é verdadeiro quando uma carga equilibrada tem um fator de potência de 0,5, isto é, φ = ±60 . Para a seqüência de fases negativa (ACB), as leituras dos vatímetros se comutam, porque C precede B na seqüência de fases negativas e não há nenhuma bobina de corrente na linha B. portanto, PA = 0 W e PC = 806 W . [ ] A potência [ ] total consumida pode ser confirmada fazendo P = 3 xR Y xI = 3 x30 cos 60º x ( 4, 23) . 2 2 L Exemplo 57: Um circuito de 220 [V] tem uma carga equilibrada ligada em ∆ de impedâncias iguais a 35 20º Ω . Dois vatímetros estão ligados em conexão Aron com as bobinas de [ ] corrente nas linha A e B. Achara as leituras dos vatímetros para a seqüência de fases ABC. Solução: É necessária a corrente eficaz de linha para usar nas fórmulas das leituras dos vatímetros. Esta corrente é: I L = 3.I F = 3. VF V 220 = 3. L = 3. = 10,89 [ A ] Z∆ Z∆ 35 Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 102 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Visto que não há nenhuma bobina de corrente na linha C, e que B precede C na seqüência de fases mencionada, a leitura do vatímetro com a bobina de corrente na linha B é: PB = VL .I L cos ( 30º −φ ) = 220.10,89 cos ( 30º +20º ) = 1540 [ W ] A outra leitura é: PA = VL .I L cos ( 30º −φ ) = 220.10,89 cos ( 30º −20º ) = 2359 [ W ] Exemplo 58: Uma carga Y equilibrada está ligada a uma fonte trifásica de 440 [V]. O método dos dois vatímetros é usado para medir a potência média absorvida. Se as leituras dos vatímetros são 4,7 e 3,2 [KW], achar a impedância de cada ramo de carga. Solução: Como não foi mencionada a forma como os vatímetros estão ligados, nem a seqüência de ases, apenas o módulo do ângulo da impedância de cada fase da carga pode ser encontrado das leituras dos vatímetros. Este módulo do ângulo é: ⎡ ⎣ φ = arc tg ⎢ 3. 4, 7 − 3, 2 ⎤ 4, 7 + 3, 2 ⎥ = 18, 2º , ou φ = ± 18,2º . ⎦ O módulo da impedância de fase ZY pode ser encontrado da relação entre tensão e corrente [ ] de fase. A tensão de fase é 440 / 3 = 254 V . E a corrente de fase, que é igual à de linha, pode ser obtida da potência total absorvida P=4,7+3,2=7,9 [KW]: IF = IL = P 7900 = = 10,91[ A ] 3.VL .cos φ 3.440.cos18, 2º Então, ZY = VF 254 = = 23, 28 [ Ω ] I F 90,91 [ ] [ ] Portanto, a impedância de fase ou é ZY = 23, 28 18, 2º Ω ou ZY = 23, 28 −18, 2º Ω . Exemplo 59: Dois vatímetros tem leituras iguais de 3,6 [KW] quand ligados em conexão Aron com as bobinas de corrente nas linhas A e B de um circuito de 440 [V], seqüência positiva, com uma carga equilibrada ligada em ∆ . Achar a impedância de fase do ∆ . Solução: Para a seqüência de fases ABC e as bobinas de corrente nas linha A e B, o ângulo da impedância da carga é dado por ⎡ φ = tg −1 ⎢ 3. ⎣ PA − PB ⎤ 3, 6 − 3, 6 ⎤ −1 ⎡ = 0º . Como ⎥ = tg ⎢ 3. PA + PB ⎦ 3, 6 + 3, 6 ⎦⎥ ⎣ φ = 0º , a carga é puramente resistiva, e Z∆ = R ∆ . A resistência de fase vale R ∆ = VF / I F = VL / I F . Sendo P = 3VF I F cos φ = 3VF I F cos φ , IF = PA + PB 3600 + 3600 = = 5, 45 [ A ] 3.VL .cos φ 3 x 440 x1 Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 103 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE [ ] Então, R ∆ = 440 / 5, 45 = 80, 73 Ω . Exemplo 60: Dois vatímetros estão ligados em conexão Aron com as bobinas de corrente nas linha B e C de um circuito de 440 [V], seqüência de fases ACB, que tem uma carga equilibrada ligada em ∆ . Se as leituras do vatímetro são 4 e 2 [KW], respectivamente, achar a impedância Z∆ da carga. Solução: O ângulo da impedância de fase Z∆ é: ⎡ φ = tg −1 ⎢ − 3. ⎣ ⎛ 3⎞ PB − PC ⎤ 4 − 2⎤ −1 ⎡ = tg −1 ⎜⎜ ⎟⎟ = −30º ⎥ = tg ⎢ − 3. ⎥ PB − PC ⎦ 4 + 2⎦ ⎣ ⎝ 3 ⎠ A corrente de fase é: IF = P +P P 4000 + 2000 = B C = = 5, 25 [ A ] 3VF .cos φ 3.VL .cos φ 3x 440 x cos ( −30º ) Conseqüentemente, Z∆ = 440 −30º = 83,8 −30º [ Ω ] 5, 25 Exemplo 61: Dois vatímetros estão ligados em conexão Aron com as bobinas de corrente nas linha A e C de um circuito de 220 [V], seqüência de fases ACB, que tem uma carga equilibrada ligada em Y. Achar a impedância ZY se as leituras dos dois vatímetros são –1 e 2 [KW], respectivamente. Solução: O ângulo da impedância de fase ZY é: ⎡ φ = tg −1 ⎢ − 3. ⎣ PC − PA ⎤ 2 + 1⎤ −1 ⎡ = tg −1 −3 3 = −79,1º ⎥ = tg ⎢ − 3 ⎥ PC + PA ⎦ 2 −1⎦ ⎣ ( Sendo P = 3.VL .IL .cos φ = 3.VL .I F .cos φ IF = P −1000 + 2000 = = 13,9 [ A ] . 3VL .cos φ 3 x 220 x cos ( −79,1º ) ) Portanto, Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 104 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE ZY = VF 127 φ= −79,1º = 9,14 −79,1º [ Ω ] IF 13,9 Exemplo 62: Um circuito trifásico de 220 [V], seqüência de fases ABC, tem uma carga desequilibrada e ligada em ∆ consistindo das resistências R AC = 40 Ω , R BA = 35 Ω [ ] [ ] R CB = 45 [ Ω ] . Dois vatímetros estão ligados em conexão Aron com as bobinas de corrente nas linhas A e B. Quais são as leituras dos vatímetros e a potência média total absorvida? Solução: De acordo com as conexões dos vatímetros, as suas leituras são dadas por: . ⎛ . ⎞ PA = VAC .I A .cos ⎜ ) V AC − ) I A ⎟ ⎝ ⎠ . ⎛ . ⎞ PB = VBC .I B .cos ⎜ ) V BC − ) I B ⎟ ⎝ ⎠ . . . . Para o cálculo destas potências, são necessários os fasores V AC , V BC , I A e I B . Visto que . nenhum ângulo está especificado, o ângulo de V AC pode ser tomado como 0º, resultando que . . . V AC = 220 0º [ A ] . Para a seqüência de fases ABC, V AC avança V BC em 60º e, portanto, . . . . V BC = 220 −60º [ V ] . Também, V BA = 220 −120º [ V ] . As correntes das linhas, I A e I B , podem ser determinadas das correntes de fase do ∆ : . . . . . . I A = I AC − I BA I B = I BA − ICB . . . . V CA V BA 220 0º 220 −120º = − = − = 10, 22 32, 2º [ A ] R AC R BA 40 35 V BA V BC 220 −120º 220 −60º = − = + = 9, 70 −94,1º [ A ] R BA R CB 35 45 Então, as leituras dos vatímetros são: PA = 220.10, 22.cos ( 0º −32, 2º ) = 1.902, 6 [ W ] = 1,90 [ KW ] PB = 220.9, 70.cos ( −60º +94,1º ) = 1767,1[ W ] = 1, 77 [ KW ] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 105 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE É oportuno observar que, embora a carga ∆ seja puramente resistiva, as leituras dos dois vatímetros não são iguais, e que isto se deve ao desequilíbrio da carga. [ ] A potência total absorvida pela carga trifásica é P = PA − PE = 1,90 + 1, 77 = 3, 67 KW . Este 2 resultado pode ser confirmado somando-se as potências V /R consumidas nos resistores individuais: P= 2202 2202 2202 + − = 3, 67 [ KW ] 40 35 45 Ligações entre Transformadores Trifásicos Exemplo 63: Se a tensão de linha V for de 2200 [V] para um banco trifásico de transformadores monofásicos, qual a tensão em cada enrolamento do primário para os quatro tipos de ligação de figura 84? Solução: Y/∆ : Tensão do enrolamento primário = V 2200 = = 1270 [ V ] 3 1, 732 ∆/Y : Tensão do enrolamento primário = V = 2.220 [ V ] ∆/∆ : Tensão do enrolamento primário = V = 2.200 [ V ] Y/Y : Tensão do enrolamento primário = V = 1.270 [ V ] 3 Exemplo 64: Se a corrente de linha I for de 20,8 [A] num transformador trifásico, qual a corrente através de cada enrolamento do primário para as quatro ligações da figura 84? Solução: Y/∆ : Corrente do enrolamento do primário = I = 20,8[A] ∆/Y : Corrente do enrolamento do primário = I 20,8 = = 12 [ A ] 3 1, 732 ∆/∆ : Corrente do enrolamento do primário = I 20,8 = = 12 [ A ] 3 1, 732 Y/Y : Corrente do enrolamento do primário = I = 20,8[A] Exemplo 65: Para cada tipo de ligação da figura 84, calcular a corrente de linha e a corrente de fase do secundário se a corrente de linha do primário for I=10,4 [A] e a razão de espiras for 2:1. Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 106 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Solução: Sendo a = N1 / N 2 = 2 Y/∆ : Corrente de linha do secundário = 3 a I = 1, 732 x 2 x10, 4 = 36 [ A ] [ ] Corrente de fase no secundário = aI = 2 x10, 4 = 20,8 A ∆/Y : Corrente de linha no secundário = aI/ 3 = 2 x10, 4 /1, 732 [ A ] [ ] Corrente de fase no secundário = aI/ 3 = 2 x10, 4 /1, 732 A ∆/∆ : Corrente de linha do secundário = aI = 2 x10, 4 = 20,8 [ A ] [ ] Corrente de fase do secundário = aI/ 3 = 12 A Y/Y : Corrente de linha do secundário = aI = 2 x10, 4 = 20,8 [ A ] [ ] Corrente de fase do secundário = aI = 2 x10, 4 = 20,8 A Exemplo 66: Numa ligação Y − ∆ trifásica, cada transformador monofásico tem uma razão ideal de tensões de 4:1. Se a tensão de linha do primário for de 660 [V], calcular: a) A tensão de linha do secundário, b) A tensão em cada enrolamento do primário e c) A tensão em cada enrolamento do secundário. Solução: Da figura 84 a, [ ] a) V=660 [V] e a=4. Logo, a tensão de linha do secundário é V/a 3 = 660 / 4 3 = 95,3 V b) Tensão no enrolamento do primário: V/ 3 = 660 / 3 = 381,1[ V ] c) Tensão no enrolamento do secundário = Tensão de linha do secundário = 95,3 [V]. Exemplo 67: A tensão de linha do secundário de um banco trifásico de transformadores ∆ − Y é de 411 [V]. Os transformadores tem uma razão de espiras de 3:1. Calcular: a) a tensão de linha do primário, b) a corrente em cada bobina (enrolamento) do secundário se a corrente em cada linha do secundário for 60 [A], e c) a corrente de linha do primário. Solução: Da figura 84b Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 107 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE a) Tensão de linha do secundário 411 = 3Va . Logo: [ ] Tensão de linha do primário V = 411.a/ 3 = 411x3 / 3 = 712 V b) Corrente de cada rolamento do secundário = corrente de linha = 60 [A] c) Corrente do secundário 60 = aI/ 3 . Logo: Corrente de linha do primário I = 60 3 = 34, 6 [ A ] 3 Exemplo 68: Quais são as especificações de corrente do primário e do secundário de um transformador trifásico de 500 [KVA], abaixando de um triângulo de 440 [V] para uma estrela de 127/220 [V]? Solução: Com dois níveis de tensão, é claro que o secundário do transformador é de quatro fios, o qual é usado na construção de sistemas elétricos que devem alimentar tanto cargas monofásicas quanto motores trifásicos. Do lado do primário: N = 3.VL .IL Então, I L = N 500.000 = = 656,1[ A ] 3.VL 3x 400 Do lado secundário IL = N 500.000 = = 1.312, 2 [ A ] 3.VL 3x 220 Exemplo 69: Um conjunto de transformadores de distribuição formado por três transformadores monofásicos está ligado em ∆ − Y (figura 85). A razão de espiras do transformador é 100:1. Os secundários do conjunto alimentam um sistema trifásico de quatro fios de 220 [V]. A carga do sistema é formada por um motor trifásico de indução de 72 [KW] com f. p.=0,9 e tensão terminal de 220 [V]; três circuitos de iluminação monofásicos de 12 [KW] cada, com tensão terminal 127 [V]; e três motores monofásicos de 10 [KVA] cada, f. p.=0,8 em atraso, e tensão nominal de 220 [V]. Calcular: a) A carga total do circuito em KVA; b) A especificação em KVA do conjunto de transformadores se dispõe somente das especificações de 100 [KVA], 112,5 [KVA] e 150 [KVA]; d) A especificação em KVA dos transformadores individuais; e)A tensão de linha de primário; f) A corrente de linha do primário. Falta figura 85 Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 108 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE Solução: Para o motor trifásico de 72 [KW], cos φ = 0,9 , 220 [V], N = P/cosφ = 72 /, 09 = 80 [ KVA ] φ = arc cos 0,9 = 25,84º senφ = 0, 436 Q = N senφ = 34,87 [ KVAr ] S = 72 + j34,87 = 80 25,84º [ KVA ] Para os circuitos de iluminação de 12 [KW] cada, 127 [V] P = 3 x12 = 36 [ KW ] cos φ = 1 φ = 0 senφ = 0 Q = 0 [ KVAr ] N=P S = 36 + j0 = 36 0º [ KVA ] Para motores monofásicos de 10 [KVA], cos φ = 0,8 , 220 [V] N = 3 x10 = 30 [ KVA ] (porque o cos φ é o mesmo para os três, três triângulos de potências rigorosamente iguais) φ = arc cos0,8=36,87º, senφ = 0, 6 P = N cosφ = 30 x0,8 = 24 [ KW ] Q = N senφ = 30 x0, 6 = 18 [ KVAr ] S = 24 + j18 = 30 36,87º [ KVA ] S = 80 25,84º + 36 0º + 30 36,87º = portanto, = 132 + j52,87=142,194 21,83º [ KVA ] [ a) Carga total do circuito em KVA: N = 142,194 KVA ] b) A especificação maior disponível é o banco de transformadores de 150 [KVA] Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 109 / 110 Grupo de Estudos da Qualidade da Energia Elétrica Prof. José Policarpo GQEE c) O conjunto exige três transformadores monofásicos de 50 [KVA] cada um. d) A corrente de linha do secundário é obtida de IL = N = 3.VL .I L , e vale : 142194 = 373,16 [ A ] 3 x 220 e) A tensão de linha do primário, que também é a tensão de fase do primário, é igual à tensão de fase do secundário multiplicada pela relação de espiras: VL = 127 x100 = 12700 [ V ] = 12, 7 [ KV ] f) A corrente de linha do primário vale: IL = 142,194 = 6, 46 [ A ] 3 x12700 Revisão: José Eugenio L. Almeida Colaboração: Thiago Clé e William Carneiro 110 / 110