Fatores Ecológicos

Transcrição

Fatores Ecológicos
Fatores Ecológicos
Módulo 1
PROFESSORA: ANDRÉA RODRIGUES
MONITORA: MARINA BORGES
FATORES ECOLÓGICOS: CONCEITO
São conjuntos de fatores físicos e biológicos de
um determinado ambiente que atuam sobre o
desenvolvimento de uma comunidade.
Podem constituir elementos de resistência,
diminuindo a sobrevivência dos seres vivos.
FATORES ECOLÓGICOS
FATORES BIOLÓGICOS
Bióticos
Relacionados
aos Seres Vivos
Alimentação
Proteção
Locomoção
Reprodução
Abióticos
Relacionados as condições
do Meio Ambiente
Clima
Relevo
Hidrografia
FATORES ECOLÓGICOS: BIÓTICOS
BIO = VIDA
Fatores ocasionados pela presença de seres vivos ou
suas relações.
Os seres vivos se associam com outros da mesma
espécie ou de espécies diferentes, surgindo assim as
relações ecológicas.
A relação entre seres vivos se dá com o intuito de suprir
as suas necessidades básicas.
RELAÇÕES BIÓTICAS: CLASSIFICAÇÃO
As relações bióticas podem ser classificadas em:
Intraespecíficas
• Ocorre com indivíduos de
mesma espécie
Interespecíficas
• Ocorre com indivíduos de
espécies diferentes
Harmônicas
• Não ocorre prejuízo para
nenhuma espécie
Desarmônicas
• Ocorre prejuízo para pelo
menos uma espécie
RELAÇÕES HARMÔNICAS
INTRA-ESPECÍFICAS
Colônias
Organismos de mesma espécie
que se mantêm anatomicamente
unidos entre si formando um
conjunto funcional.
Corais
Formigas
Associação de indivíduos que
não estão unidos, mas formam
uma organização social.
Sociedade
RELAÇÕES HARMÔNICAS
INTER-ESPECÍFICAS
Forésia
Transporte de um ser vivo,
seus ovos ou sementes
por outro
Aedes Aegipty x
vírus da dengue
Um exemplo de forésia é
a relação entre o
mosquito Aedes aegipty
e o vírus da dengue. O
vírus utiliza o mosquito
para o transporte. A
relação é neutra para o
Aedes e positiva para o
vírus da dengue.
RELAÇÕES HARMÔNICAS
INTER-ESPECÍFICAS
Mutualismo
Troca de benefícios entre seres vivos
com ou sem interdependência
Árvore e formiga
Pássaro-palito e
crocodilo
Algumas espécies de
formigas vivem
dentro dos troncos
de árvores, que lhes
fornecem abrigo e
alimento em troca
de proteção contra
insetos
desfolhadores.
RELAÇÕES HARMÔNICAS
INTER-ESPECÍFICAS
Protocooperação
As duas espécies se beneficiam,
mas não é indispensável
à sobrevivência.
É o ato da transferência de
grãos de pólen de uma flor
para o estigma de outra
flor, ou para o seu próprio
estigma.
Abelha na flor
Forésia
RELAÇÕES HARMÔNICAS
INTER-ESPECÍFICAS
Comensalismo
Outro exemplo é a
Entamoeba coli, uma
ameba comensal que
vive no intestino
humano, onde se nutre
dos restos da digestão
do seu hospedeiro, sem
prejudicar o homem.
Uma espécie se beneficia
enquanto a outra não leva
qualquer vantagem.
Rêmora e tubarão
RELAÇÕES HARMÔNICAS
INTER-ESPECÍFICAS
Uma espécie procura abrigo
ou suporte no corpo de
outra espécie.
Plantas epífitas
Inquilinismo
RELAÇÕES DESARMÔNICAS
INTRA-ESPECÍFICAS
Um animal mata e
devora o outro da mesma
espécie.
Aranhas
Canibalismo
Raro.
Ocorre em
superpopulações
quando há falta de
alimento.
Em algumas espécies é
comum a fêmea devorar
o macho após a
fecundação.
RELAÇÕES DESARMÔNICAS
INTRA-ESPECÍFICAS
Urso Polar
Canibalismo
O aquecimento global fez diminuir
em 20% a calota polar ártica nas
últimas três décadas, reduzindo o
território de caça dos ursos-polares.
Muitos deles ficaram sem alimento.
A mudança radical de seu habitat
provocada pelo homem está
custando caro aos ursos.
Recentemente, no Alasca,
pesquisadores americanos que há
24 anos estudam a região
identificaram um caso inédito de
canibalismo na espécie: duas
fêmeas, um macho jovem e um
filhote foram atacados e comidos
por um grupo de machos.
Estimativas apontam que os ursospolares podem desaparecer em
vinte anos.
RELAÇÕES DESARMÔNICAS
INTER-ESPECÍFICAS
Amensalismo ou Antibiose
Uma espécie tem seu crescimento e
reprodução inibidos por substâncias
secretadas por outra espécie.
O exemplo mais clássico de
amensalismo são os
antibióticos produzidos por
fungos que impedem a
proliferação das bactérias.
Esses antibióticos são
largamente utilizados pela
medicina, no combate às
infecções bacterianas
Fungos x Bactérias
RELAÇÕES DESARMÔNICAS
INTRA E INTER-ESPECÍFICA
Competição
Indivíduos de mesma espécie ou espécies
diferentes, que concorrem pelos mesmos
fatores do ambiente, fatores existentes
em quantidades limitadas.
Luta pela Fêmea
Intra-específica
Corujas x cobras
Disputa por alimento
Inter-específica
RELAÇÕES DESARMÔNICAS
INTRA E INTER-ESPECÍFICA
Competição
Algumas espécies desenvolvem
adaptações por meio da seleção natural,
que lhes permite reduzir ou evitar a
competição por recursos com outras
espécies.
RELAÇÕES DESARMÔNICAS
INTER-ESPECÍFICAS
Parasitismo
Carrapato x Boi
Um ser vive às custas de
outro absorvendo
Alimentos.
Erva-de-passarinho
RELAÇÕES DESARMÔNICAS
INTER-ESPECÍFICAS
Predatismo
Um animal ataca e devora
outro de espécie
diferente.
Leoa x Zebra
Frequente.
Aplicado no
controle biológico
(parasita x praga).
Endoparasita
(interno, exemplo:
ameba) e
ectoparasita
(externo, exemplo:
piolho).
CURIOSIDADES
Como os predadores aumentam suas chances de
obter uma refeição ?
Alguns predadores são rápidos o
suficiente para alcançar suas
presas, alguns se escondem e
esperam, outros injetam
substâncias químicas paralisantes.
Perseguição ,
tocaia e
camuflagem.
CURIOSIDADES
Como as presas se defendem de predadores e os evitam?
Capacidade de correr, voar, nadar,
visão e olfato altamente
desenvolvidos, substâncias
venenosas, irritantes, gosto e
cheiro ruim, coloração de
advertência. Inflar, imitar o
predador.
Algumas presas fogem dos seus
predadores ou se utilizam de seus
cascos ou espinhos protetores,
outras se camuflam e há as que
utilizam substâncias químicas
para repelir ou envenenar os
predadores.
CURIOSIDADES
CURIOSIDADES
Com base na coloração, o biólogo Edward Wilson
nos apresenta duas regras para avaliar os possíveis
perigos de uma espécie animal desconhecida que
encontramos na natureza.
PRIMEIRA: Se ela for pequena
e muito bonita, provavelmente
é VENENOSA.
SEGUNDA: Se for muito
Bonita e fácil de pegar,
provavelmente MORTAL.
CONTROLE BIOLÓGICO
Algumas relações têm importância vital para o
equilíbrio ecológico. O predatismo é utilizado pelo
homem para o controle biológico.
biológico
Consiste no emprego de organismos que atacam
outros que estejam causando danos às lavouras,
florestas e outros ambientes.
Vantagens
Não polui o ambiente com produtos químicos.
Quando bem planejado, não causa desequilíbrios
ecológicos.
CONTROLE BIOLÓGICO
Psilídeo-de-concha x Eucalipto
Controle biológico Vespa (Psyllaephagus bliteus)
FATORES ECOLÓGICOS: ABIÓTICOS
A – AUSÊNCIA
BIO - VIDA
Constituem todas as influências que os seres vivos
possam receber em um ecossistema, derivadas de
aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio
ambiente
Cada tipo de ambiente sofre os efeitos de fatores
abióticos particulares, por exemplo:
Marinho
Costa
Floresta
Salinidade
Marés
Solo e Clima
FATORES ECOLÓGICOS: ABIÓTICOS
FATORES ECOLÓGICOS MAIS RELEVANTES
Temperatura
Luz
Água/umidade
Nutrientes
Pressão
Salinidade
Vento
pH
TEMPERATURA
•
Influencia:
Metabolismo
Apetite
Fotossíntese
Desenvolvimento
Atividade sexual
Fecundação
As temperaturas mais favoráveis à vida estão
na faixa de 10 a 30°C
Divide os seres em grupos e dá origem a alguns
fenômenos como migração e hibernação
TEMPERATURA:DIVISÃO DE GRUPOS
Seres HOMEOTÉRMICOS Conseguem manter
a temperatura corporal, apesar das variações
do meio. Exemplo: AVES E MAMÍFEROS.
Seres HETEROTÉRMICO A temperatura
corporal desses seres acompanha as variações
do meio. Exemplo: REPTÉIS E ANFÍBIOS.
Seres ESTENOTÉRMICOS São aqueles que não
suportam grandes variações de temperatura.
Exemplo: Lagartixas, samambaias, peixes.
Seres EURITÉRMICOS São aqueles que
suportam grandes variações de temperatura.
Exemplo: Lobos.
TEMPERATURA:DIVISÃO DE GRUPOS
estenotérmica
euritérmica
Lagarto
Temperatura
Lobo
TEMPERATURA:FENÔMENOS
Hibernação
É a diminuição da atividade vital de um
indivíduo devido ao frio. Ex.: Ursos e morcegos
É a diminuição da atividade vital de um
indivíduo devido ao calor. Ex.: Canguru e
lagartos.
Urso
Estivação
Crocodilo
TEMPERATURA:FENÔMENOS
Migrações
Deslocamentos anuais de aves e outros animais
para lugares mais quentes.
É a morte aparente observada em determinadas
estruturas dos seres vivos. Ex.: Esporos de
Vida latente
bactérias e protozoários, sementes.
Cegonha-negra
Sementes
TEMPERATURA: ADAPTAÇÕES
Permitem aos animais resistir às condições de
temperatura
Regiões Frias
Grande teor de
gorduras
Orelhas e focinhos
curtos
Pêlos densos e
compridos
Estas características fazem com que a
perda de calor seja mínima, permitindo
assim a sobrevivência.
TEMPERATURA: ADAPTAÇÕES
Regiões Quentes
Menos
gorduras
Pêlos menos densos
e mais curtos
Maior superfície corporal
em contato com o exterior
Estas características facilitam a perda de
calor para o meio e evitam o sobreaquecimento.
LUZ
ESSENCIAL
• Produção de alimentos
• Processos ópticos
• Pigmentação da pele
ORIENTA O MOVIMENTO DOS VEGETAIS
REGULA
• Ritmos biológicos diários e anuais
• Atividade motora dos animais
Divide os seres em alguns grupos e dá origem a
alguns fenômenos
LUZ: DIVISÃO EM GRUPOS
Mariposa
Eurifóticos
Suportam grandes
variações de luz.
Estenofóticos Não suportam grandes
variações de luz.
Lucífilos
São atraídos pela luz. Ex.:
Mariposa
Lucífobos
Fogem da luz.
Ex.: Toupeira
Ambrófitos
Vegetais adaptados à
sombra
Toupeira
LUZ: FENÔMENOS
Fotossíntese
Processo pelos quais seres autotróficos
produzem seu alimento.
Heliotropismo
Fenômeno que orienta o movimento dos
vegetais.
Bioluminescência
Girassol
Processo no qual alguns animais e
vegetais produzem luz.
Vagalume
LUZ: DIVISÃO DOS AMBIENTES AQUÁTICOS
Principais zonas do Oceano
• Zona Eufótica ou Fótica a
luz penetra bem na água, de
forma que a fotossíntese ocorre
acima do ponto de compensação
• Zona Afótica a intensidade
da luz nessa região é insuficiente
para a realização da fotossíntese
ÁGUA/UMIDADE
•
•
•
•
•
A água faz parte da composição da célula
Esta presente em todos os processo metabólicos
É solvente universal
Promove a lixiviação dos nutrientes através da
chuva
Tem papel fundamental
Na temperatura corporal
Na regulação do clima
Na distribuição dos seres vivos na biosfera
Divide os seres em alguns grupos
ÁGUA: DIVISÃO EM GRUPOS
Hidrófitos
Xerófitos
Cactos
Vivem na água. Ex.: Vitória-régia, peixes
São adaptados a locais com pouca água,
áridos. Ex.: Cactos, mamíferos do deserto
Vitória-régia
NUTRIENTES
• São necessários ao crescimento e à reprodução
•
•
dos seres vivos.
Podem se tornar fatores limitantes, por falta ou
excesso.
Constituem, juntamente com outras características
do solo (pH, textura, umidade), os fatores edáficos
São divididos em grupos e seu suprimento é
mantido através dos ciclos biogeoquímicos
NUTRIENTES: DIVISÃO EM GRUPOS
Macronutrientes
Entra em grande quantidade na composição dos
tecidos vivos. Ex.: carbono, oxigênio, hidrogênio,
nitrogênio
Micronutrientes
Necessário em quantidades relativamente
pequenas. Ex.: manganês, cobre, zinco, magnésio
PRESSÃO : DIVISÃO EM GRUPOS
Suportam grandes variações de
pressão. Ex.: Baleias e alguns
cefalópodos
Euribáricos
Não suportam grandes variações
de pressão. Ex.: a maioria dos
mamíferos
Estenobáricos
Baleia
Lebre
Polvo
Macaco
SALINIDADE : DIVISÃO EM GRUPOS
Suportam grandes variações de
salinidade. Ex.: Salmão, truta e
enguia
Não suportam grandes variações de
salinidade. Ex.: A maioria dos
animais aquáticos e anfíbios
Eurialinos
Estenoalinos
Enguia
Salmão
Rã
SALINIDADE : DIVISÃO EM GRUPOS
Halófitos
São vegetais que vivem em
ambientes com muito sal.
São peixes ou outros animais aquáticos que se
reproduzem no mar, mas se desenvolvem até a
forma adulta em águas doce. Ex.: Enguia
Catádromos
São peixes ou outros animais que se reproduzem
em água doce, mas se desenvolvem até a forma
adulta no mar. Ex.: Salmão
Anádromos
VENTO E pH
Importante na dispersão de esporos e
sementes.
Vento
Conforme sua variação, pode haver ou não
condições de sobrevivência dos seres vivos
Vento
pH
pH
FATORES LIMITANTES
Para cada fator ecológico, os seres vivos têm
limites de tolerância de sobrevivência
Fatores limitantes bióticos:
competição, predatismo e
parasitismo.
Fatores limitantes abióticos:
temperatura, água, luz e
nutrientes
Quanto mais ampla for a faixa de tolerância de
um organismos aos fatores do meio, mais
ampla será sua distribuição geográfica
Através da tecnologia o homem tem ampliado a sua faixa de
tolerância, de modo a sobreviver em várias regiões da biosfera
e fora dela.
Parte do material dessa aula foi gentilmente cedido pelas Profªs Selma de Araújo e Kénia Barros
ESTUDO DE CASO
PORQUE OS ANFÍBIOS ESTÃO DESAPARECENDO?
As rãs são particularmente
vulneráveis a perturbações
ambientais em diversas fases do seu
ciclo de vida. Ao ovos das rãs não
apresentam casca protetora para
bloquear a radiação ultravioleta
(UV) ou a poluição. Quando adultas,
as rãs vivem a maior parte do tempo
em terra e comem insetos que podem
expô-las aos pesticidas, absorvem a
água e ar por meio de suas peles
permeáveis e finas, que podem
absorver de imediato os poluentes da
água, do ar e do solo.
ESTUDO DE CASO
Porque devemos nos importar com a extinção de diversas
espécies de anfíbios?
1º) O desaparecimento de diversas espécies de anfíbios pode
indicar decadência na qualidade ambiental em diversas partes
do mundo.
2º) Os anfíbios adultos desempenham importantes papéis
ecológicos nas comunidades biológicas. Comem mais insetos
que as aves e também servem de alimento para répteis, aves,
peixes, mamíferos.
3º) Os anfíbios representam um armazém genético de produtos
farmacéuticos. Os compostos das secreções da sua pele são
utilizados como analgésicos e antibióticos e como tratamento
para queimaduras e doenças cardíacas.

Documentos relacionados

Aula4 - Fatores Ecológicos

Aula4 - Fatores Ecológicos alimentação, proteção, transporte e reprodução, os seres vivos associam-se com outros seres vivos, surgindo as relações

Leia mais

FATORES ECOLÓGICOS

FATORES ECOLÓGICOS Ocorre em superpopulações quando há falta de alimento; Em algumas espécies é comum a fêmea devorar o macho após a fecundação.

Leia mais

Fatores ecológicos

Fatores ecológicos Fatores limitantes bióticos  competição, predatismo e parasitismo. Fatores limitantes abióticos  temperatura, água, luz e nutrientes;

Leia mais