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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES INSTITUTO DE PSICOLOGIA CURSO DE PSICOLOGIA O USO DA HIPNOSE EM HOSPITAL PÚBLICO ESTUDO DE UMA EXPERIÊNCIA Lauro Rodriguez de Pontes Maio de 2000 AGRADECIMENTOS A minha prima Rosita Rodriguez Koshar, por toda amizade e compreensão desde a escolha da faculdade, durante todos os períodos e certamente agora como uma colega de profissão. A minha mãe, Eliana Rodriguez, que sempre ajudou e esteve presente em minha formação. Ao professor Helmuth Ricardo Krüger por sua capacidade, paciência e dedicação em aceitar orientar esse trabalho. E a todos que, direta ou indiretamente colaboraram para realização deste trabalho. Muita Paz! SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 1 1 – INTRODUÇÃO....................................................................................................... 2 1.1 - SOBRE O TEMA ..................................................................................................... 2 1.2 - METODOLOGIA EMPREGADA ................................................................................ 4 2 - HISTÓRICOS E USO CLÍNICOS DA HIPNOSE .............................................. 5 2.1 - A DESCOBERTA DA HIPNOSE................................................................................. 5 2.2 - APLICAÇÕES CLÍNICAS INICIAIS ............................................................................ 8 2.2.1 Franz Anton Mesmer ..................................................................................... 8 2.2.2 Marquês de Puisegur ..................................................................................... 8 2.2.3 Jose Custódio de Faria .................................................................................. 9 2.2.4 James Braid ................................................................................................... 9 2.2.5 Jean Charcot ................................................................................................ 10 2.2.6 Ambroise Liébeault ...................................................................................... 11 2.2.7 Hippolyte Bernheim ..................................................................................... 11 2.3 - USOS ATUAIS NA HIPNOSE CLÍNICA..................................................................... 13 2.3.1 Dissociassionismo........................................................................................ 13 2.3.2 Teoria Sociocognitiva .................................................................................. 14 2.3.3 Teoria Alternativa ........................................................................................ 14 2.3.4 Relaxamento................................................................................................. 14 2.3.5 Neodissociacionismo ................................................................................... 15 2.3.6 Crença, Submissão e Conformidade............................................................ 15 2.3.7 Milton Erickson e a nova hipnose................................................................ 15 3. O SETOR DE HIPNOSE DO HMMC.................................................................. 18 3.1 A ORGANIZAÇÃO DO SETOR ................................................................................. 18 3.1.1 O doutor Fernando Rabelo .......................................................................... 18 3.1.2 O Curso de Formação ................................................................................. 19 3.1.3 Recursos do Setor ........................................................................................ 20 3.1.4 Problemas encontrados ............................................................................... 21 3.2 TÉCNICAS TERAPÊUTICAS EMPREGADAS .............................................................. 22 3.2.1 Neurofisiologia da hipnose .......................................................................... 23 3.2.2 O potencial de repouso e ação: ................................................................... 23 3.2.3 Reflexologia pavloviana e fisiologia ocidental ............................................ 24 3.2.4 Os estados de fase ........................................................................................ 24 As fibras nervosas e a bainha de mielina ............................................................. 25 Sistemas e freqüência cerebrais ........................................................................... 26 Os estados de consciência: ................................................................................... 28 A Medicina Oriental, Física Quântica e hipnose. ................................................ 29 O YIN E O YANG: ................................................................................................ 31 A Cromoacupuntura ............................................................................................. 32 Os chackras........................................................................................................... 33 Os sinais de transe hipnótico ................................................................................ 34 A Terapia de vidas pasadas - TVP ......................................................................... 2 3.3 O ATENDIMENTO DE PACIENTES ............................................................................. 3 A triagem coletiva ................................................................................................... 3 3.4 RESULTADOS OBTIDOS ........................................................................................... 5 4. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 6 BIBLIOGRAFIA ANEXO I ANEXO II ANEXO III ANEXO V ANEXO VI 1 APRESENTAÇÃO Ao saber sobre a intenção do meu estagiário e amigo Lauro Rodriguez, de escrever sua monografia sobre o trabalho que realizamos no Hospital Municipal Miguel Couto, fiquei muito emocionado. Ele se identificou com o nosso trabalho já no primeiro dia de aula, quando se ofereceu para cuidar da parte tecnológica e de registro em vídeo e fotos do trabalho. O período em que pudemos trabalhar juntos foi curto porém muito intrínseco e participativo, pois o nosso curso introdutório, chamado “curso informativo” começou em setembro de 1998 e em abril de 2000 fui obrigado a me afastar da organização e coordenação do Setor por motivos alheios a minha vontade, dando a oportunidade para que ele fosse fechado pelo diretor do hospital. Assim após um ano de mudanças e tentativas frustradas, estamos começando a reerguer o trabalho com a criação do Instituo brasileiro de hipnose holística, com o lançamento em breve de toda nossa teoria em livro e com esse trabalho e pesquisa e organização de nossa história, que o meu grande amigo e irmão Lauro, dentro da sua parcela de contribuição está registrando como marco da sua formação como psicólogo e como registro de nossa luta, tudo que foi realizado nesses quase 10 anos de tentativas de levar para toda população, carente ou não, um método novo, bem intencionado e com ótimos resultados obtidos pela prática com os estagiários no nosso Setor Que Deus nos ajude a continuar lutando para que o nosso trabalho continue, assim um dia quem sabe veremos um setor de hipnose holística em cada hospital público ou privado do Brasil Fernando Luiz de Azevedo Rabelo 2 1 – INTRODUÇÃO Neste primeiro capítulo, serão apresentados os motivos pelos quais esse trabalho está sendo escrito, e a metodologia aplicada para a realização do mesmo. 1.1 - SOBRE O TEMA Quando comecei a estudar Psicologia, ainda desconhecendo os caminhos que essa área tão grande do conhecimento podia me proporcionar, deparei-me com as dificuldades iniciais de uma mudança tão radical. Afinal, havia concluído o 2º grau técnico em mecânica no Cefet e trabalhava com consultoria de Informática. Por que então eu estava começando um curso superior tão distinto da minha realidade? Com um pouco de dúvida e indo contra todos os conselhos das pessoas que eu conhecia, iniciei o curso de Psicologia e nos 2 primeiros períodos quase o abandonei, pois a Informática me tomava cada vez mais tempo. No começo do 4º período, fazendo a disciplina eletiva de Tanatologia, é que eu tive a resposta, pois ali encontrei nas aulas do professor Celso Lugão e em textos de Milton Erickson, Elizabeth Kübler-Ross, dentre outros, o verdadeiro motivo que me levou a estudar Psicologia: a psicoterapia clínica e suas possibilidades mais diversas no que tange o relacionamento clienteterapeuta. Empenhei-me então, a partir desse contato, a aprender a terapia que um psicoterapeuta pode e deve usar e, de todas as que tive a oportunidade de conhecer, a técnica da hipnose foi a que mais chamou a atenção. Fiz cursos, comecei a pesquisar em sites e grupos de discussão na Internet, tudo que era relativo ou acerca da hipnose. No próprio currículo da faculdade, disciplinas como Psicofisiologia e Neuroanatomia, me fizeram prestar atenção ao aspecto fisiológico da hipnose e procurei entender os processos hipnoidais a que alguém pode ser submetido. Em setembro de 1998, um cartaz no mural da faculdade me chamou atenção: um curso de hipnose em um hospital para médicos, psicólogos e odontólogos e estudantes dos cursos correspondentes a partir dos 4 últimos períodos. Procurei me informar com colegas que já tivessem feito esse curso, e tive boas recomendações. Resolvi então fazer o curso. Na aula inicial fechou-se em mim a gestalt que me levou a fazer Psicologia. Estava ali, no método 3 desenvolvido pelo médico e psicoterapeuta Fernando Rabelo, tudo que eu admitia e acreditava, sobre a solidariedade ao cliente e a eficácia terapêutica, com todas as teorias embasadas pela medicina ocidental, oriental e pela física quântica. Senti a necessidade do trabalho realizado ser documentado para que outras pessoas vissem como era o processo. Me ofereci para filmar e fotografar o que estava sendo realizado, não só nas aulas mas também nas triagens e aulas práticas. Assim, filmei várias triagens coletivas de pacientes, onde eram realizadas anamneses iniciais e pequenas intervenções terapêuticas e algumas aulas práticas, e fotografei todos esses processos. Na triagem de março de 1999, a saúde do doutor Fernando não estava boa, os trabalhos foram divididos entre os estagiários. No começo de abril o doutor Fernando descobriu que estava com um tumor no cérebro. As triagens e os atendimentos foram suspensas, pois o diretor do Hospital, Doutor Edison Rodrigues da Paixão, logo após a licença medica do doutor Fernando, mandou fechar o setor de hipnose do Hospital Miguel Couto. O curso continuou com aulas dos estagiários mais antigos, escolhidos pelo próprio Doutor Fernando. Problemas políticos e burocráticos ainda não deixaram nosso trabalho continuar em outro hospital, o que é uma promessa do Secretário de Saúde do município. Enquanto isso, mais de 2000 pacientes, entre os que estavam em atendimento e os que estavam aguardando serem chamados estão sem serem atendidos, pois ainda não existe um local no sistema de saúde do município para o setor de hipnose. Após duas cirurgias, o doutor Fernando vem lutando contra essa doença tão avassaladora, felizmente recuperando-se de forma lenta e gradativa, nós estudantes e admiradores do seu trabalho, tentamos não deixar a chama acendida por ele se apagar e o objetivo dessa monografia é esse, dar a todos uma visão da teoria e da prática da hipnose e do método desenvolvido por ele e do que aconteceu nesse 7 anos do setor de hipnose do Hospital Miguel Couto, o berço de todo esse trabalho. Tenho certeza que todos nós somos contemporâneos de um grande estudioso dos processos mentais e psicológicos do ser humano. Assim, espero contribuir para a continuidade desse grande trabalho. 4 1.2 - METODOLOGIA EMPREGADA Na realização desta monografia, foram empregados dois métodos distintos, mas complementares: o estudo teórico, necessário à elaboração dos dois capítulos iniciais deste trabalho; e, o levantamento de dados disponíveis nos arquivos do setor de Hipnose do Hospital Miguel Couto. Pesquisa em outros livros, revistas e sites relacionados ao tema completam os dados que deram origem a esse trabalho. 5 2 - HISTÓRICOS E USO CLÍNICOS DA HIPNOSE Esse capítulo trata da base do trabalho desenvolvido no hospital Miguel Couto, a hipnose, seu histórico, técnicas desenvolvidas e suas aplicações pelos grandes nomes da hipnose dentro da psicoterapia. 2.1 - A DESCOBERTA DA HIPNOSE A história da hipnose se confunde com a história da humanidade em seus registros mais remotos. Nas cerimônias religiosas e curativas de todos os povos primitivos existiam elementos essenciais para que um transe hipnótico ocorresse; a indução era realizada através de cantos rítmicos, batidas monótonas de tambor, junto com fixações dos olhos acompanhadas por catalepsia do resto do corpo. O foco central da atenção, em áreas neurológicas circunvizinhas de inibição, é fator responsável por 95% da indução do transe hipnótico. Não importa se o processo se dava por meio de cerimônias religiosas, cerimônias curativas ou uma combinação das duas, o fato é que o transe existia e era de caráter hipnótico, embora a palavra 'hipnose' nunca tivesse sido aplicada a eles, pois este termo só foi usado a partir de 1842. O texto que poderá ser lido a seguir, acerca da hipnose foi escrito com base no livro de Gauld (1995) e em textos do próprio doutor Fernando Rabelo. Os hindus, faquires, iogues, encantadores de serpentes, e os mágicos orientais induziam em si mesmos estados de transe variados para poderem executar feitos físicos incomuns e eliminar dor, fome, sede e baixar o metabolismo do corpo.O registro escrito mais antigo de curas por hipnose foi obtido do Papiro de Ebers que nos dá uma idéia sobre a teoria e prática de uso da hipnose no Egito antes de 1552 ac. Tais práticas ocorriam nos templos de SERAPIS e de OSIRIS no antigo Egito, onde em câmaras reservadas ao sono de caráter curativo, aparecem indícios reveladores dos primeiros métodos de investigação de estados alterados de consciência. No Papiro de Ebers, o registro escrito mais antigo sobre hipnose já encontrado, há a descrição um tratamento no qual o médico-sacerdote colocaria as mãos na cabeça do paciente e, reivindicando poderes terapêuticos sobre-humanos, sugeriria expressões vocais medicinais estranhas aos pacientes. Usando a forma de transe cinético o médicosacerdote usava a hipnose para curar os pacientes ou hipnotizava alguém que, estando em 6 estado alterado de consciência, curava os enfermos. Templos edificados para fins médicos foram populares no Egito, e se espalharam ao longo da Grécia e Ásia Menor. Hipócrates, o médico grego freqüentemente referido como "o pai da medicina" é conhecido por ter discutido o fenômeno dizendo, " a aflição sofrida pelo corpo, a alma vê bastante bem com os olhos fechados". Esculápio colocava freqüentemente seus pacientes em um "sono profundo" e os acalmava da dor acariciando, com sua mão a dos pacientes. O advento de Cristianismo teve uma grande influência para que o declínio do uso do transe que curava porque era considerado então como feitiçaria. Assim, seu uso ficou restrito a sociedades secretas. Apesar disso, Jesus provavelmente empregou hipnose e, pela imposição de mãos realizou curas. No século XI, Avicena, um grande médico, declarou "A Imaginação pode fascinar e pode modificar o corpo do homem, o fazendo doente ou o restabelecendo a saúde". No século XVI, Theophrastus Paracelsus produziu uma teoria nova, relativa à produção de doenças. Ele afirmava que certos corpos celestes, especialmente as estrelas e a Lua, influenciariam no comportamento dos homens, e que também os homens influenciariam um ao outro, que ainda é um postulado básico no estudo da psicologia. Muitos casos e fatores históricos estão ligados ao desenvolvimento da hipnose. Existem na história da humanidade centenas de casos de práticas terapêuticas com usos de técnicas hipnoidais, ainda que quem as fizesse, não tivesse o conhecimento dos processos neurofisiológicos que ocorrem durante os estado alterado de consciência. Acontece por exemplo, na maioria das tribos dos índios americanos (do norte e do sul), nas civilizações da América Central, em tribos africanas, entre os aborígines australianos e ainda em quase todas as sociedades de estudos herméticas, através dos seus rituais. Segundo Bryan (1963), é irônico que a história moderna de hipnose veio a começar não com um médico, mas com um clérigo, Gere Gassner que, de acordo com sua teoria, entendia que os doentes eram possuídos por seres malignos que deveriam ser tirados deles para que pudessem alcançar a cura. O padre obteve aprovação da Igreja para suas intervenções. Ao contrário de outros homens do seu tempo, padre Gassner não era reservado com os métodos dele, e freqüentemente permitia que os médicos observassem a administração 7 do seu tratamento. Os médicos assistiam à prática como se estivessem em um teatro, com o paciente no “palco” esperando pelo padre Gassner que aparecia com uma longa capa preta, segurando um crucifixo de ouro no alto. Os pacientes eram informados com antecedência que quando Gassner tocasse com o crucifixo neles, eles cairiam prontamente ao chão, desfalecidos. Gassner então dizia que eles haviam morrido e que ele expulsaria os diabos do corpo deles e então os levaria a vida normal. Os médicos examinavam os pacientes, e não sentiam nenhum pulso, não ouviam o coração, e afirmavam a morte do paciente, então padre Gassner ordenaria que o demônio partisse, e logo depois, o paciente reavivaria e surgiria completamente curado. Não podemos deixar de citar as civilizações milenares orientais e seus vastos conhecimentos sobre o que chamamos de prática alternativa, como a medicina chinesa ou a medicina védica, que entende a fisiologia do homem de maneira diferente da medicina ocidental e suas religiões e crenças, com seus mantras e práticas de meditação, onde estados alterados de consciência fazem parte do cotidiano médico-religioso dessas culturas. 8 2.2 - APLICAÇÕES CLÍNICAS INICIAIS 2.2.1 FRANZ ANTON MESMER A história da hipnose moderna utilizada de maneira experimental e com fins terapêuticos acadêmicos tem como pioneiro o austríaco Franz Anton Mesmer (1734-1815), médico que nasceu em Iznang, Swabia, Alemanha, em 23 de maio de 1734. Mesmer não acreditou na hipótese de Padre Gassner que os pacientes estavam possuídos por demônios, e sim que de algum modo o crucifixo de metal segurado pelo Padre talvez fosse o responsável para magnetizar o paciente. Conseqüentemente desenvolveu suas e explicou os resultados em uma teoria de magnetismo animal. Ele acreditava que existiria um fluido universal interligando os astros e os corpos em geral com algumas das seguintes propriedades: Existiria uma influência mútua entre os corpos celestes, a terra e os corpos animados. As propriedades da matéria e dos corpos organizados dependeriam dos fluxos e refluxos deste fluido. O corpo animal seria atingido pelos efeitos deste agente que afetaria os nervos. Ele também teria propriedades semelhantes aos imãs com pólos iguais e opostos. Porém seria diferente do magnetismo mineral. A Ação desse magnetismo animal poderia ser comunicada a outros corpos animados e teria lugar a uma distância considerável, sem a ajuda de qualquer corpo intermediário. Mesmer era muito carismático e fez muito sucesso com seus clientes. Ele era muito hábil para induzir transes com muita facilidade e freqüentemente parecia efetuar curas milagrosas. Segundo Gauld (1995), As curas de Mesmer despertaram grande interesse porém logo ele foi acusado de charlatão. No entanto, para os estudiosos do transe e da hipnose as suas teorias chamaram a atenção para a influência de fatores como a sugestão no tratamento. Os desdobramentos das teorias de F. A. Mesmer em diversas disciplinas das décadas seguintes frutificaram mesmo quando não se tributava o devido crédito ao seu nome. 2.2.2 MARQUÊS DE PUISEGUR O Marquês Armand de Puiségur era um militar aposentado que se tornou discípulo de Mesmer. Foi ele que reconheceu o estado chamado de sonambulismo artificial. Nesse estados 9 os pacientes podiam abrir seus olhos, caminhar, falar e responder aos desejos do terapeuta. Puiségur efetuou uma revisão das teorias de F.A. Mesmer. Ele foi o responsável pela descrição das três características básicas da Hipnose: Concentração dos sensos no operador Aceitação de sugestão sem dúvida Amnésia para eventos em um transe. Ele descobriu que não era necessário provocar uma crise para curar o paciente. A abordagem usada por Puiségur incluía perguntar ao paciente, em estado sonambúlico, sobre seu problema. Também supôs que era possível fazer circular o fluido produzindo um perfeito rapport entre um terapeuta são e o paciente. Ele foi um grande fomentador da teoria de Mesmer espalhando mesmerismo rapidamente ao longo de Europa, inclusive na Suíça, na Itália e até mesmo no escandinavos. Isto produziu muitos peritos inclusive Eschenmayer, Kerner, Lallemant, Schelling, Passavant,. Kluge, Passo, Ostermeyer, Pfaff, Pezold, Selle, Bartels e muitos outros. 2.2.3 JOSE CUSTÓDIO DE FARIA José Custódio de Faria era de uma colônia portuguesa na Índia. Ele acreditava que o sonambulismo era produzido pelas expectativas do sujeito. Os passes mesméricos, os magnetos e demais artifícios usados na técnica mesmérica só obtinham efetividade por causa da receptividade dos pacientes. Faria fez uso de técnicas de indução apenas verbais desprezando todo o aparato dos mesmeristas. 2.2.4 JAMES BRAID J. Braid (1795-1860) interessou-se pelo mesmerismo e o experimentou por si próprio. Ele observou o transe mesmérico e julgou que a fadiga dos músculos dos olhos causada por longos períodos de fixação era a responsável pelo sono induzido. Por causa disso ele acreditou que tinha descoberto a chave para o fenômeno e as curas. J. Braid efetuou uma revisão da confusa terminologia da época. Termos como “hipnotismo”, “hipnotista”, “neurohipnologia” e “monoideismo” foram empregados por ele. Segundo, Linn, (1988), J. Braid procurou estabelecer definições que pudessem ser simples sem fazer referência a conceitos como “fluido vital”, etc..., caros aos mesmeristas. Braid fez uso inicial de um modelo teórico de 10 hipnotismo baseado no sono e na fisiologia. Posteriormente ele passou a acreditar que o fenômeno tinha uma explicação muito mais psicológica. A técnica de J. Braid, além da fixação do olhar, também fazia uso do “monoideismo” estado onde o sujeito está sobre a influência de uma idéia dominante. Para ele o monoideismo artificialmente induzido era bastante semelhante a algumas desordens mentais como monomania, delírios e paralisias histéricas onde o paciente parece ter algum tipo de idéia fixa. Depois de trabalhar na Escócia por pouco tempo, ele se mudou para Manchester onde viveu até sua repentina morte no dia 25 de março de 1860. Braid escreveu muitos documentos e monografias sobre hipnose. 2.2.5 JEAN CHARCOT Jean Martin Charcot (1825-1893) foi diretor do Hospital Salpêtrière em Paris. Charcot trabalhava com muitas pacientes histéricas e observou uma grande semelhança entre os sintomas histéricos (cegueira, catalepsia, etc...) e os provocados por transe hipnótico. A partir daí acreditou que sintomas histéricos poderiam ser induzidos ou removidos por hipnose. Logo Charcot generalizou que a hipnose seria uma forma de neurose, um estado mórbido próximo à histeria e que somente as pessoas com predisposição histérica poderiam ser hipnotizadas. Charcot realizou diversos experimentos com metais e imãs mas acabou concluindo que as curas obtidas com metais são evanescentes. Também percebeu que um sintoma removido de um lado do corpo podia reaparecer imediatamente do outro lado correspondente do corpo, fenômeno que ele chamou de “transferência”. Ele acreditava que existiam três estágios distintos de hipnose. Catalepsia, Letargia e Sonambulismo. O estado da Catalepsia pode ser induzido por se olhar um objeto brilhante bem perto dos olhos ou por um som inesperado. Nesse estado os pacientes ficam particularmente receptivos à sugestão. Chega-se ao estado da Letargia pelo prolongamento da fixação do olhar sobre o objeto brilhante além do período da catalepsia ou apertando as pálpebras fechadas. O sujeito parece dormir profundamente e não existe receptividade às sugestões. 11 O estágio de sonambulismo é atingido esfregando-se o topo da cabeça de um paciente que esteja no estado de catalepsia ou letargia. Nesse estado o sujeito é altamente sugestionável e podem ser observadas hiperacuidade de audição ou visão. Diferente do sujeito em estado cataléptico que responde como um autômato, no estado sonambúlico o sujeito responde inteligentemente de diversas maneiras podendo usar palavras, gestos ou outras formas de comunicação. O estado de sonambulismo é freqüentemente seguido de amnésia ao despertar. J. M. Charcot e outros pesquisadores de Salpêtrière foram chamados de “Grupo de Paris” em oposição à Bernheim e a “Escola de Nancy”. 2.2.6 AMBROISE LIÉBEAULT Ambroise August Liébeault (1823-1904) interessou-se por hipnose e descobriu que combinando o método de fixação do olhar de J. Braid com sugestões verbais de dormir era possível induzir um transe em 85% dos seus pacientes. Seu trabalho foi ignorado até ser finalmente descoberto 20 anos depois por H. Bernheim. 2.2.7 HIPPOLYTE BERNHEIM Hippolyte Marie Bernheim (1840-1919) foi um professor da faculdade de medicina de Nancy. Ele investigou o trabalho de A. Liébeault julgando ser uma fraude. Ao utilizar esses métodos em seus próprios pacientes percebeu que faziam efeito. H. Bernheim resolveu estudar principalmente a “sugestão” que fazia parte das técnicas usadas por A.Liébeault Escreveu o livro “De la suggestion dans l‟état hypnotique et dans l‟état de veille” que teve grande influência por várias décadas. H. Bernheim começa descrevendo sua técnica de hipnotizar que é claramente derivada da obra de A. Liébeault. Ele então diz para o paciente para olhar para ele e fixar sua mente na idéia de dormir e procede com reiteradas sugestões de cansaço, peso dos membros e pálpebras, fechamento dos olhos, sono, etc. Algumas vezes ele introduz gestos, passando suas mãos em sentido descendente diante dos olhos do sujeito; e ele diz “durma” em tom de comando. Segundo, Gauld (1995), H. Bernheim nega a relação entre a histeria e a hipnose, como propunha J. Charcot. A influência de H. Bernheim e da escola de Nancy incrementou um movimento de Hipnoterapia e Psicoterapia em toda a Europa. A hipnose, com o beneplácito das autoridades científicas da época, passou a ser respeitada e largamente utilizada no tratamento de diversas doenças. 12 H. Bernheim introduziu uma escala de estados de hipnotibilidade que fez enorme sucesso e foi bastante usada por muitos hipnotistas. Essa escala é dividida em classes e degraus. ESCALA DE BERNHEIM 1ª classe: Lembrança conservada ao acordar. 1.° degrau: torpor, sonolência, ou sensações como calor e embotamento por sugestão. 2.° degrau: impossibilidade de reabrir os olhos por si. 3.° degrau: catalepsia que pode ser interrompida pelo sujeito.` 4.° degrau: catalepsia irresistível que o sujeito não pode interromper. 5.° degrau: contratura involuntária sugestiva (em geral analgesia sugerida). 6.° degrau: obediência automática. 2a classe: Amnésia ao despertar. 7." degrau: amnésia ao despertar: ausência de alucinabilidade. 8.'' degrau: alucinabilidade durante o sono. 9." degrau: alucinabilidade durante o sono e pós-hipnótica. 13 2.3 - USOS ATUAIS NA HIPNOSE CLÍNICA A hipnose viveu uma idade de ouro no final do século XIX, as últimas décadas desse século representaram um extraordinário avanço para a compreensão dos fenômenos relacionados com o transe. Finalmente, eles puderam ser reconhecidos e estudados cientificamente. J. Charcot, que fazia experimentações em Salpetriere que demonstravam como sintomas histéricos podiam ser reproduzidos artificialmente através da hipnose. O Hipnotismo forneceu então a prova de que notáveis mudanças somáticas podiam ser ocasionadas unicamente por influências mentais. Isto recolocou o debate sobre o conceito de “inconsciente” e serviu de alicerce para a elaboração de teorias que pudessem explicar a etiologia das doenças nervosas. Para Freud, (Uma breve descrição da Psicanálise – Vol. XIX – obras completas) O „inconsciente‟, há muito tempo estivera sob discussão entre os filósofos como conceito teórico, mas agora, pela primeira vez, nos fenômenos do hipnotismo ele se tornava algo concreto, tangível e sujeito a experiência. Independentemente de tudo isso, os fenômenos hipnóticos mostravam uma semelhança inequívoca com as manifestações de algumas neuroses. Não é fácil superestimar a importância do papel desempenhado pelo hipnotismo na história da origem da psicanálise. Tanto de um ponto de vista teórico quanto terapêutico a psicanálise teve às suas ordens um legado que herdou do hipnotismo. 2.3.1 DISSOCIASSIONISMO P. Janet graduou-se em Paris e foi professor de Filosofia no Liceu de le Havre. Ele formulou a hipótese de que idéias ou padrões de comportamento que ocorrem juntos podem ser dissociados um do outro. Essa idéia permitiu explicar os fenômenos da escrita automática e também a emergência, durante o transe, de uma inteligência insuspeitada que parecia estar isolada da personalidade consciente. Essa “dissociação” entre a mente consciente e subconsciente poderia inclusive ser a origem de diversas patologias. Uma idéia subconsciente fixa poderia contrair o campo da consciência e ser a causa de amnésias. A terapia consistiria em restaurar as memórias dissociadas ao campo principal da consciência. Janet elaborou o “método da distração”. Por meio dele era possível chegar ao paciente quando distraído, com uma conversa por exemplo, e aproveitar o momento para introduzir 14 ordens e pedidos que eram cumpridos sem que a pessoa se desse conta disso tudo. A hipótese dissociassionista teve inicialmente uma grande influência na Europa, influenciando C. G. Jung, E. Bleuler, A. Adler e S. Freud (apud, Gauld, 1995, p.31), porém foi pouco a pouco sendo eclipsada pela teoria da sugestão de H. Bernheim e suas variações,(apud, Linn, 1988, p. 63) Na década de 40, R. W. White rejeitou a teoria dissociassionista e as ações ideomotoras apontando a capacidade do sujeito em improvisar uma história com criatividade e fragmentos do passado em resposta a uma sugestão do hipnotista. Essa tese de R. W. White e o conhecido fato do abandono da hipnose por S. Freud, relegaram as hipóteses dissociassionistas e a hipnose em geral a uma situação de considerável perda de prestígio. 2.3.2 TEORIA SOCIOCOGNITIVA Na década de 50 Theodore R. Sarbin rejeitou a noção de que a resposta hipnótica era causada por um estado alterado de consciência. A teoria de T. R. Sarbin enfatizava a “representação de um papel” e a importância do contexto social comunicando uma demanda que levaria o sujeito a atuar de acordo com as expectativas de como deve agir um sujeito hipnotizado. Mais tarde, Nicholas P. Spanos aprofundou as críticas de T. R. Sarbin e se tornou o defensor mais destacado da perspectiva sociocognitiva. Ele insistiu que o comportamento hipnótico é, acima de tudo, um comportamento social. O sujeito é capaz de utilizar “estratégias cognitivas” para elaborar as atitudes e comportamentos que o grupo social espera de um bom sujeito hipnotizado, (apud, Gauld, 1995, p. 277). 2.3.3 TEORIA ALTERNATIVA Nos anos 70 T. X. Barber defendeu o que foi chamado de “paradigma alternativo” em contraposição às hipóteses de um “transe especial” ou estado alterado de consciência”. Para ele, o sujeito tem atitudes, motivações e expectativas que permitem que ele imagine vividamente as coisas que são sugeridas deixando de lado os pensamentos contrários. (apud, Rowley, 1992, p.20) 2.3.4 RELAXAMENTO Nos anos 80, Willian E. Edmonston Jr. elaborou a teoria de que hipnose e relaxamento são estados essencialmente similares e que o comportamento hipnótico seria uma resposta psicobiológica ao relaxamento. Edmonston relacionou um grande número de evidências de 15 similaridades entre as duas condições utilizando as descrições que os sujeitos faziam de suas experiências (apud, Rowley, 1992, p.27) 2.3.5 NEODISSOCIACIONISMO Ainda na década de 70, algumas pesquisas sobre escrita automática e sobre o fato de sujeitos sob analgesia hipnótica serem capazes de, em algum nível, registrar a dor, levaram Ernest Hilgard a elaborar a hipótese da existência de um “observador oculto”, capaz de registrar tudo que acontece em todos os níveis de consciência. Para Hilgard, existem estruturas cognitivas alternativas de controle que estão hierarquicamente arranjadas sob o controle de um “ego executivo”. O neodissocianismo retomou a concepção de que existe um estado especial durante a hipnose, uma consciência secundária, onde o sujeito é capaz de exibir desempenhos muito além das que são conseguidas no estado de vigília normal. Hilgard também estendeu o conceito de dissociação à aprendizagem que acontece sob um estado especial. Se a informação adquirida em um estado, como sob a influência de uma nova droga, é esquecida no estado não-drogado, mas recordada de novo no estado de droga, esta é uma ilustração experimental de uma amnésia reversível. Esse conceito é por certo o paradigma da aprendizagem dependente-de-estado (apud, Rossy , 1992, p. 69) 2.3.6 CRENÇA, SUBMISSÃO E CONFORMIDADE Em 1981, Graham F. Wagstaff escreveu um livro expondo a teoria de que o comportamento hipnótico poderia ser explicado em termos de submissão e conformidade. A submissão à figura do hipnotista levaria o sujeito a procurar executar aquilo que evidentemente fosse da vontade dele. Conformidade seria o termo para descrever as atitudes que o sujeito acredita estarem de acordo com o comportamento público. Por exemplo: o sujeito agiria como se não tivesse dor, embora intimamente estivesse experimentando a dor (apud, Rowley, 1992, p.34) 2.3.7 MILTON ERICKSON E A NOVA HIPNOSE Milton Erickson desenvolveu uma forma de hipnose baseada em um conhecimento profundo sobre a comunicação humana e em métodos indiretos de indução de transe. Erickson fazia um largo uso de metáforas e foi considerado um grande contador de histórias com surpreendentes resultados terapêuticos. 16 Milton Erickson é considerado um dos maiores psicoterapeutas de todos os tempos. O seu trabalho representa um marco de referência na história da hipnose. A partir de Erickson, a hipnose entrou em uma era onde os métodos tradicionais de indução de transe foram revistos e o estado hipnótico passou a ser estendido a um número muito maior de situações. Erickson notabilizou-se pela habilidade de influenciar as pessoas utilizando-se largamente da comunicação indireta que acontece em múltiplos níveis. As intervenções terapêuticas de Erickson são recheadas de histórias que contava a seus pacientes. Nessas estórias cheias de trocadilhos, metáforas e sugestões indiretas ele procurava levar o paciente a ter uma visão mais positiva sobre si mesmo e sobre a vida. Na época atual observa-se uma tendência a se abandonar os métodos diretivos. A influência da hipnose ericksoniana foi grande na elaboração de métodos naturais e indiretos por parte dos hipnotistas. Seu trabalho foi fonte de inspiração para a Programação Neurolinguistica e a Psicoterapia Estratégica. Embora Erickson nunca tenha elaborado um sistema acabado do seu pensamento ele pode ser sintetizado como abaixo: (apud, Rossi, 1992, p.38) O inconsciente não necessita ser tornado consciente e processos inconscientes podem ser facilitados de tal forma que se tornam autônomos para resolver cada problema dos pacientes de um modo individual. Mecanismos mentais e características pessoais não necessitam serem analisados pelos pacientes: eles podem ser utilizados como processos, dinamismo ou caminhos facilitando avanços terapêuticos. Sugestões não necessitam ser diretas, e sugestões indiretas podem freqüentemente ultrapassar as limitações aprendidas dos pacientes e então podem facilitar melhor os processos inconscientes. Sugestões terapêuticas não são um processo de programação do paciente com o ponto de vista do terapeuta. Embora, elas envolvam uma ressíntese interior dos comportamentos do paciente realizada por ele (ou ela) mesmo. O surgimento da Programação Neurilinguística com John Grinder e Richard Bandler mostra uma maior preocupação com a rapidez e a criatividade junto ao trabalho terapêutico. A concepção interdisciplinar na compreensão do método hipnótico é hoje uma obrigatoriedade e nesse sentido o conhecimento de outras áreas da moderna psicoterapia tais como a própria psicanálise-tanto na leitura freudiana, quanto em outras correntes. Além da Gestalt, Bioenergética, Comportamental, Reflexologia, bem como o conhecimento da moderna 17 Neurofisiologia, Física quântica, Psicopedagogia, História Universal, Medicina Tradicional Chinesa e Energética.Tudo, enfim, na direção de municiar melhor a terapia hipnótica. No Brasil contamos com figuras de grande contribuição no campo da hipnoterapia O doutor David Akstein com a Terpsicorertranseterapia-, doutor João Jorge com a autoheteroscopia , doutora Laís Helena da Rocha com a hipnanálise, doutor Roberto Ângulo com os estudos de Kirlian em hipnose, o doutor Getúlio Lima Ferreira ministrando hipnose em tratamentos odontológicos, a doutora Cristina Zoein usando a hipnose em conjunto com a Programação Neurolinguística, o doutor Valter Masttocola em seu pioneirismo junto à Sociedade Brasileira de Hipnose, a doutora Sonia Davidson e a sua experiência com Terapias de Vivências Passadas, o Doutor. Paulo Paixão com o seu enfoque hipnótico ligado à prática da letargia, o Doutor. Jairo Mansilha eminente cardiologista e psiquiatra e tantos outros. Seguem abaixo algumas tentativas de definição de hipnose. Todas as definições abaixo foram obtidas mediante a consulta ao material didático do curso informativo do setor de hipnose coordenado pelo doutor Fernando Rabelo. “Hipnose é a imaginação guiada. O hipnotista, qualquer outra pessoa (hetero hipnose) ou o próprio (auto hipnose) atua como um guia para uma experiência considerada fantasia.” (Barber, Spanos & Chaves). “Hipnose é um “estado alterado de consciência” natural. A pessoa entra em estado hipnótico, um estado distintamente diferente do estado “normal” da pessoa, por meio de um processo natural não envolvendo ingestão de nenhuma substância ou outro tratamento físico” (Ludwig & Lavine). “Hipnose é um relaxante estado hipersugestionável. A pessoa entra em um estado muito relaxante da mente e do corpo e subseqüentemente fica mais responsiva a sugestão.” (Edmonston). Hipnose é um estado de intensa concentração, um envolvimento enfocado e maximizado com uma idéia ou estímulo sensorial de cada vez. (Spiegel and Spiegel). 18 3. O SETOR DE HIPNOSE DO HMMC Passando por toda a história do Setor, esse capítulo trata das técnicas desenvolvidas e aplicadas pelo doutor Fernando Rabelo, bem como o atendimento aos pacientes, o método de triagem e os resultados conseguidos com a utilização da técnica e seus números. 3.1 A ORGANIZAÇÃO DO SETOR As atividades começaram no início de 1991, quando pela primeira vez foi realizada a experiência de curso informativo sobre o tema, aberto à comunidade em geral. A partir dessa experiência, chegou-se à conclusão de que esse tipo de atividade não deveria ser aberto para todos os setores.Em 1992, uma nova experiência de curso informativo, dessa vez aberto somente à área de saúde foi feita, mas a partir de 1993 o curso tornou-se restrito apenas às áreas psicológica, médica, odontológica, em concordância com a Sociedade de Hipnose do Rio de Janeiro e com a Sociedade Brasileira de Hipnose, às quais se fizeram representar por dois membros da diretoria, na oportunidade deste último curso. Nesse mesmo ano, foi enviado um projeto de oficialização do curso à SMS (Secretaria Municipal de Saúde) e, com o apoio do DGRH (Departamento Geral de Recursos Humanos) e de outros setores do próprio hospital, como a Coordenação de Saúde Mental, o curso se tornou oficial e reconhecido pela SMS. 3.1.1 O DOUTOR FERNANDO RABELO O responsável pela criação do Setor é médico formado pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil no ano de 1977. Fez residência médica em Cardiologia no Hospital de Cardiologia de Laranjeiras com grupo ligado à escola cardiológica do professor Carvalho de Azevedo e diplomado como cardiologista clínico pela Sociedade Brasileira de Cardiologia . Exerceu Clínica Médica e Cardiologia por um período de 10 anos e nos últimos dez mudou de especialidade fazendo formação em Psicoterapia Comportamental e em Psiquiatria Reflexológica com o grupo ligado ao doutor Maurício Schüller. É dessa época o início das atividades em hipnoterapia, na qual adquiriu conhecimento autodidaticamente. Depois tornou-se membro da Sociedade de Hipnose de Minas Gerais , filiada à International Hypnosis Society , como sócio fundador da mesma. 19 Complementando sua formação, nesses últimos dez anos fez o Curso de Formação de Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa do Instituto de Acupuntura do Rio de Janeiro – IARJ e de Medicina Ortomolecular promovido pelo Dr. Jorge Martins de Oliveira - didata da Universidade Federal do Rio de Janeiro 3.1.2 O CURSO DE FORMAÇÃO A base do Setor de hipnose é o curso de formação que gera recursos financeiros para que o Setor se mantenha e forme os profissionais que irão atender à demanda de pacientes A partir da oficialização, o curso foi padronizado e dividido em 3 etapas : 1ª “Curso Informativo” É primeira etapa do curso. Era realizado no período de setembro à dezembro, uma vez por semana, em aulas de 3 horas e um total de 40 horas, nessas aulas apresentava-se aos interessados o tipo de trabalho que era realizado no âmbito da hipnoterapia. Abaixo a programação do curso informativo de 1998: “Introdução e histórico da hipnose”. “Teorias contemporâneas relativas à hipnose”. “A neurofisiologia da hipnose”. “Energia: aspectos quânticos na prática da hipnose”. “Poderes, limites e indicações em hipnose”. “A técnica clássica e a hipnose ericksoniana”. “A hipnose e a PNL”.(Drª.Cristina Zoein CRP 1688) “Hipnose e odontologia”.(Dr.Getúlio L.Ferreira CRO:9059 Drª.Elenira Domiciano CRO:7250) Aula prática das 14:00 às 19:00 h.No auditório do hospital. Aula 1 “hipnanálise”.(Drª.Lais Helena da Rocha CREMERJ 5209981) de 10:00 às 11: 25 h Aula 2 “cura mente corpo.” (Dr.João Jorge C.Nogueira CREMERJ 52 03420 9) 06/11 Aula prática das 14:00 às 19:00 h. No auditório do hospital. 10/11 “As terapias das vidas passadas”. e encerramento do curso informativo. 08/09 15/09 22/09 29/09 06/10 13/10 20/10 27/10 30/10 03/11 Ao final do informativo os alunos interessados podiam fazer o estágio teórico prático e dar continuidade ao curso. Os que não o desejassem, recebiam o diploma apenas do informativo sem nenhuma carga de estágio. Cerca de 85% dos inscritos no informativo realizavam a segunda etapa. 2ª “Estágio Teórico Prático” Nessa segunda fase, que ia de março até setembro do ano seguinte ao curso informativo, em um total de 56 horas era dado aprofundamento teórico e prático, com a finalidade de atendimento posterior em nível ambulatorial.A turma interessada era divida em dois grupos para um melhor aproveitamento.As aulas são ministradas nas 20 segundas e quintas feiras em locais como o auditório do hospital e as dependências do centro de estudos. 3ª “Estágio Supervisionado” Os alunos que passaram pela etapa preparatória passavam a atender e a fazerem supervisão dos casos triados para tratamento ambulatorial. As supervisões ocorriam, oficialmente, as segundas feiras de 11:00 às 13:00 h, como horário para a respectiva supervisão.A carga horária mínima era de 220 horas Para participar o estagiário vinculava-se ao município e assim devia ler e assinar um contrato de trabalho não remunerado, comprometendo-se a respeitar a teoria e as normas do Setor. No anexo I encontra-se o conteúdo original do contrato de trabalho do Setor: 3.1.3 RECURSOS DO SETOR O Setor contava com recursos próprios arrecadados durante os cursos informativos realizados todos os anos. Dessa verba, 40% eram doados ao Centro de Estudos do Hospital Miguel Couto e à Sociedade de Amigos do HMMCouto pelo apoio que davam as atividades do Setor. Em 1998 foram comprados 8 gravadores, 8 ventiladores (para as salas de atendimento), um computador para registro e controle dos casos, uma máquina de fotografia profissional para registro fotográfico de casos interessantes como vitiligo e outros, uma máquina filmadora para registro das atividades do Setor, além de todo o gasto com material de consumo, de escritório e todo o conjunto de outros materiais e equipamentos para a administração do atendimento aos pacientes e para bom funcionamento das atividades. Eram captados recursos financeiros do Sistema Único de Saúde – SUS, do município desde outubro de 1997, através do código fornecido pelo Serviço de Saúde Mental, afim de que os atendimentos realizados pudessem ser computados. Com isso, foram obtidas produtividades mensais de até 155 %. Foram aplicados no Setor cerca de R$ 24000,00 de 1994 até 1998, com recursos obtidos com nosso curso informativo, que era a única fonte de receita para o funcionamento do Setor. Em 1999, o Setor cedeu dois mil reais à administração do hospital para a compra de lençóis que estavam faltando nos leitos de outros setores e emprestamos mais mil reais ao Centro de Estudos. 21 Percebe-se com esses números que o Setor de Hipnose foi um caso raro dentro do serviço público, pois não só não dava prejuízo, como também gerava lucro, investindo recursos na unidade e em outros setores do hospital. Projetos de criação e/ou ampliação de atividades: Todos os recursos humanos envolvidos no Setor eram formados por estagiários, assim uma das grandes metas do Setor era a ampliação desse modelo para a rede básica de postos de saúde.Para isso deveria haver uma realocação de funcionários do município, simpáticos ao trabalho realizado, para que outros coordenadores assumissem outras unidades de hipnose em outros hospitais e postos do município. 3.1.4 PROBLEMAS ENCONTRADOS Desde a sua criação, o Setor não foi visto com bons olhos por vários outros setores do hospital bem como pela diretoria. Enfrentava-se muita resistência com relação ao método empregado, as inter-relações pessoais eram delicadas e sendo um Setor novo e de visível sucesso causava mal estar nos mais tradicionais. Muitos conflitos surgiram com o agendamento de eventos no horário reservado para o curso, na utilização dos ambulatórios e na burocracia interna do próprio hospital. Mesmo estando com agendamento para o Setor. Prejudicava-se assim, o bom andamento do curso e dos outros eventos, pois era sempre o Setor de hipnose que acabava cedendo a sua vez e espaço. No anexo II encontra-se a bibliografia e outras indicações bibliográficas do curso, fornecidas e comentadas pelo doutor Fernando Rabelo. 22 3.2 TÉCNICAS TERAPÊUTICAS EMPREGADAS Hipnose é uma espécie de sono acordado, ao contrário do que se imagina, ela se processa em total consciência do paciente, tendo este o total controle da situação, em estado normal do ponto de vista físico e mental. As técnicas terapêuticas empregadas no Setor de hipnose, foram criadas e experimentadas com sucesso pelo doutor Fernando Rabelo. Baseado em sua experiência e formação ele desenvolveu um método próprio e original, que visa não só a melhora do quadro apresentado pelo paciente, mas também o bem-estar futuro, alcançado pelo paciente com uma mudança postural em relação a sua própria vida. Tendo uma preocupação eclética quanto ao ensino e à prática da hipnoterapia, há a convicção de que sem as bases clássicas da hipnoterapia não se pode alcançar com resolução satisfatória, resultados positivos. Mas não se pode abrir mão da moderna visão ligada à Hipnose Ericksoniana e à Programação Neurolinguística, bem como o valor das técnicas ligadas à Medicina Tradicional Chinesa e Acupuntura como formas facilitadoras. Enfocam-se as bases metafísicas mínimas, no sentido de lidar melhor com o imaginário popular naquilo que participa dos arquétipos fundamentais que norteiam a população dentro do mais puro princípio ligado às formas transpessoais no lidar psicoterápico com base nos trabalhos de Stanislav Grof (1989), Pierre Weil (1989), e outros. Trabalha-se com a moderna sistemática ligada à física das altas energias - a Física Quântica, para melhor compreensão de muito da fenomenologia ligada à memória, consciência e aprendizado. Tudo, rigorosamente, baseado e apoiado em trabalhos e publicações científicas de nomes mundialmente conhecidos como Fred Allan Volf, Fritjof Capra, David Bohm, Roger Penrose, Werner Heisemberg, Thomas E. Bearden, e o biólogo Ruppert Scheldrake, entre outros Não se admite na técnica qualquer tipo de proselitismo, tanto no sentido das visões mais conservadoras, quanto no sentido de quaisquer nominações paradigmáticas modernas e esotéricas, deixando ao paciente a liberdade de manifestação de qualquer forma específica deste se relacionar com a natureza concreta ou mística, dentro dos pressupostos básicos da moderna psicoterapia. 23 3.2.1 NEUROFISIOLOGIA DA HIPNOSE O cérebro, que no recém-nascido pesa 400 gramas, no adulto chega a pesar 1500 gramas. São 100 bilhões de células nervosas em atividade compondo 100 trilhões de conexões entre elas através de seus prolongamentos de chegada e saída dos estímulos nervosos. É um sistema que funciona à base de estímulos, de exercício, pois o ser nasce geneticamente dotado apenas para manter suas funções básicas. Nesse sentido, todo desenvolvimento da criança (fala, visão, raciocínio espacial, controle emocional, sociabilidade, vocabulário ou mesmo o aprendizado de uma segunda língua), deve ser estimulado. Forma-se assim indivíduos mais ou menos predispostos a determinados procedimentos de base hipnoterapêutica, tais como: visualização de imagens mentais, respostas ideomotoras congruentes e sensibilidade cinestésica. A célula nervosa ou neurônio, desempenha um papel de grande significado durante o trabalho hipnótico, pois a função celular está vinculada à transmissão do estímulo nervoso. O metabolismo dos neurônios juntamente com as funções do tecido de conexão (as células Gliais), constitui-se no cerne de todos os processos neuronais. 3.2.2 O POTENCIAL DE REPOUSO E AÇÃO: O neurônio possui um status elétrico e possui um potencial de repouso e um potencial de ação. A face interna de toda célula apresenta carga negativa em relação à face externa, positiva. A diferença de cargas externas com as internas é de -70mvolts e denominada de potencial de repouso. A partir do processo da bomba de sódio-potássio ocorre a despolarização da célula nervosa aumentando a sua condutância ao íon para +45mvolts. A partir da troca energética do processo da chamada bomba de sódio-potássio, a célula volta ao estado natural.Se não houver déficit de energia nesse processo, a célula tenderá a ficar despolarizada, excitada. Isso acontece em detrimento de um bom desempenho do trabalho hipnótico. São pacientes de pior resposta à indução do transe, pois suas condições energéticas não ajudam. Deve-se então primeiramente equilibrar a energia desses pacientes através das técnicas descritas abaixo para melhorar o desempenho deles na prática hipnoterápica. Ansiedade, cansaço, dificuldade para dormir, de concentração, tensão etc. traduzem esse estado de desequilíbrio energético e são as queixas iniciais mais comuns desses pacientes. 24 3.2.3 REFLEXOLOGIA PAVLOVIANA E FISIOLOGIA OCIDENTAL A teoria fisiológica que mais se aproxima de uma coerência com o que acontece no tecido nervoso durante a indução de hipnose é a teoria pavloviana ligada à escola reflexológica de Ivan Petrovich Pavlov. Para a Reflexologia a hipnose acontece quando estimulações monótonas, débeis e intermitentes, bem como intensas e agudas produzem focos de excitação em torno dos quais ocorre o aparecimento de áreas de inibição que tendem a uma difusão inicial com recuo, e num segundo momento novo movimento de difusão desta inibição agora de maneira constante e direcionado a outras áreas do tecido nervoso em torno dela, preservando a áreas nobres, onde encontramos núcleos de neurônios que não podem ser inibidos, como os núcleos responsáveis pela respiração, controles cardiovasculares etc. Concluímos que o cérebro possui pontos vigis, áreas de excitação, de onde partem substâncias inibidoras do tecido nervoso, como é o caso do ácido gama aminobutírico (GABA), com isso garantindo a inibição do sistema a partir de uma área de estimulação permanente. A esse processo de criação de uma orla de inibição a partir de uma área excitada denominamos em Reflexologia (Fisiologia Pavloviana) de indução recíproca. A reação ao contrário também se dá, com a formação de área de excitação a partir de um núcleo central de inibição, a essa reação dá-se o nome de indução negativa, sendo a primeira denominada de indução positiva. 3.2.4 OS ESTADOS DE FASE Existem dois grandes ciclos pelos quais o ser humano passa a vida inteira: os ciclos de sono e vigília. Esses ciclos se complementam e são interdependentes para o equilíbrio no cérebro e da psique humana. Entre esses ciclos, detectam-se determinados comportamentos da excitabilidade da célula nervosa denominados de estados de fase. São eles: Fase de Igualação - Para pequenos ou grandes estímulos as respostas são desprezíveis ou inexistentes. Fase Paradoxal - Para pequenos estímulos ocorrem grandes respostas. É esse estado de fase que caracteriza o estado hipnótico mais ou menos intenso específico em cada paciente, essa diferença tem causa desconhecida; algumas pessoas são mais suscetíveis a hipnose que 25 outras, talvez seja determinadas por condicionantes genéticos. Os mais hipnotizáveis desenvolvem melhor este estado de fase e com isso melhor resposta hipnótica. Fase Ultraparadoxal - para estímulos numa direção obtemos respostas na direção oposta. Ocorre em animais e em seres humanos portadores de desordens neuropsiquiátricas, decorrentes da ingestão de alguns medicamentos ou mesmo na gravidez. É muito freqüente em pacientes portadores de psicose. Mesmo em pacientes com queixas existenciais ou neuróticos, podemos perceber mais ou menos desse tipo de resposta principalmente se for usada metodologias mais sutis na percepção dessa resposta ultraparadoxal, como é o caso das respostas ideomotoras ou ideovisuais, com técnica bem apurada de aferição destas respostas. Através de exame de mineralograma, podemos reconhecer metais pesados como chumbo, que potencializam o aparecimento desse estado Fase Narcótica - É a fase do sono comum pouco susceptível a quaisquer estímulos , mais ou menos, consoante a cada pessoa. Essa fase em nada ajuda ao trabalho de sugestão do transe hipnótico. Sendo assim, não é verdade que os pacientes que estejam com sono respondam melhor ao trabalho de indução de hipnose. Ao contrário, são os que pior absorvem a sugestão, já que lhes faltam energia para levarem a efeito a inibição neuronal necessária ao estado alterado de consciência. O sono é momento de reposição dessas energias e junto com a alimentação e respiração adequada, constituem em elementos fundamentais à hipnoterapia. A fase narcótica não nos interessa à prática da hipnose. Para um bom procedimento hipnótico, o paciente deve ter tido uma boa noite de sono. 3.2.5 AS FIBRAS NERVOSAS E A BAINHA DE MIELINA Os neurônios apresentam, basicamente, dois tipos de prolongamentos:os dendritos e os axônios. Os dendritos são prolongamentos em que os estímulos nervosos chegam até a célula nervosa e são vários para um mesmo neurônio. Já os axônios são prolongamentos nos quais o estímulo nervoso sai do neurônio indo contactar outro neurônio ou um Setor efetor da resposta nervosa (músculos, glândulas etc.). Nos axônios percebemos a presença, maior ou menor, de uma espécie de capa celular denominada de bainha de mielina. Esta bainha, na verdade são células que envolvem os axônios. Tais componentes são da maior importância na fisiologia neuronal e na compreensão de alguns procedimentos que acontecem no estado hipnótico, pois 26 quanto mais mielinizado for o axônio mais rapidamente será conduzido o estímulo nervoso nesta determinada célula. Assim classificam-se as fibras nervosas em 3 tipos básicos: A, B e C, sendo A mais veloz que B e C a mais lenta. A estimulação hipnótica (débil intermitente, intensa e aguda) segue pela fibra do tipo A, como quando esfregamos uma pancada, esse estímulo segue também pelas fibras do tipo A, provocando uma melhor estimulação para superação da dor localizada. A dor aguda também segue pelas fibras do tipo A, o que compete e dificulta o trabalho hipnótico Já as dores crônicas são conduzidas por fibras do tipo C e, por conseguinte, conseguimos melhores resultados com hipnose neste tipo de caso. 3.2.6 SISTEMAS E FREQÜÊNCIA CEREBRAIS O sistema nervoso divide-se em central e periférico. O sistema nervoso central dividese em encéfalo e medula. O Periférico apresenta-se como nervos periféricos e gânglios periféricos, e os respectivos núcleos de neurônios centrais. No encéfalo encontramos o córtex e o subcórtex. O córtex é uma camada de poucos milímetros em que se concentram os neurônios responsáveis pela consciência. No subcórtex existem os núcleos neuronais responsáveis por uma série de funções fisiológicas inconscientes no ser humano, sendo, portanto, a sede física do inconsciente. No córtex, também encontramos importantes centros de controle da função motora e sensorial as quais guardam-se grande relação com uma série de eventos que acontecem durante o processo da hipnose ao nível neuronal. A atividade elétrica do córtex cerebral pode ser aferida através do exame de eletroencefalograma (EEG). Quatro tipos de ondas podem ser detectados com esse procedimento: ondas alfa, beta, teta e delta. Ondas alfa - São as ondas que apresentamos quando estamos sob estímulo hipnótico. São de 8 a 13 ciclos por segundo. É essa frequência que deve ser atingida na indução de um paciente ao transe de natureza hipnótica. Ondas beta - Significam o estado de vigília. Apresentam frequência acima de 14 cps, até no máximo de 25 cps e raramente de 50 cps. 27 Ondas teta - De 4 a 7 cps, ocorrem em estados de frustração e desapontamento sendo muito raramente encontradas em distúrbios cerebrais. Ondas delta - Com 3,5 cps, e às vezes um ciclo a cada 2 ou 3 segundos. Ocorrem no sono profundo, no lactente e em enfermidades cerebrais muito graves, bem como em transsecções cerebrais separando o córtex cerebral do tálamo. Esse é o tipo de onda que acontece na fase narcótica, correspondente ao sono fisiológico, e não nos interessa como base eletroencefalográfica para desenvolvimento de um trabalho de transe, pois não há contacto com a realidade sensorial suficiente para que haja contato terapêutico. No subcórtex encontramos o sistema límbico, que vem de limbus - palavra latina que significa orla, pois o mesmo circunda o tronco cerebral do qual se origina. Esse sistema, à medida que foi evoluindo, amadureceu a memória e o aprendizado dentro da história filogenética dos seres humanos. Nele estão os núcleos responsáveis por boa parte das respostas emocionais, de nossos relacionamentos interpessoais, e por conseguinte de nosso trabalho no campo da hipnoterapia A evolução, o desenvolvimento cerebral começa no tronco cerebral, que regula funções primárias, (respiração, metabolismo, movimentos estereotipados, etc.) do tronco cerebral, precisamente onde se localizam os centros emocionais. O desenvolvimento das camadas cerebrais a partir do subcórtex mostra que o “cérebro pensante” desenvolveu-se a partir do cérebro emocional. Esse cérebro emocional, ou o sistema límbico, é composto de vários núcleos neuronais entre eles, o hipotálamo, a amígdala, o hipocampo, porções dos gânglios basais, núcleos anteriores do tálamo, septo, área pré-olfativa e área pré-óptica. Entre elas a sede da emoção é a amígdala, uma estrutura em forma de duas amêndoas, dispostas uma em cada lado do cérebro. A amígdala dos humanos é muito mais desenvolvida do que a dos primatas. Isso confere particularidades à espécie humana de maior desenvoltura, não só no campo emocional propriamente dito, mas em tudo o que depende da relação com as áreas emocionais do cérebro. Joseph LeDoux, neurocientista do Centro de Ciência Neural da Universidade de Nova York, descobriu o papel das amígdalas no cérebro emocional. Utilizando mapeamento cerebral, ele provou que sinais sensoriais dos olhos ou ouvidos viajam no cérebro primeiro 28 para o tálamo, e depois, por uma única sinapse, para a amígdala. Um segundo sinal do tálamo é encaminhado para o neocortex, o cérebro consciente e pensante. Essa ramificação é que permite que a amígdala dê algumas respostas, em adiantamento à atividade do neocórtex, que virá logo adiante com um tipo de resposta mais detalhada. Isso explica o descontrole emocional em relação a racionalidade. Segundo Golleman (1995), outra pesquisa demonstrou que, nos primeiros milésimos de segundo de nossa percepção de alguma coisa, não apenas compreendemos inconscientemente o que é, mas decidimos se gostamos ou não dela. O inconsciente cognitivo apresenta à nossa consciência não apenas a identidade do que vemos, mas uma opinião sobre o que vemos. Nesse caso, a mente emocional teria opinião própria, independente da mente racional. Essas opiniões inconscientes seriam memórias emocionais guardadas na amígdala. O papel do hipocampo, não está tão vinculado assim as reações emocionais e sim ao registro e a atribuição de sentido aos padrões perceptivos. O hipocampo registraria o fato e as amígdalas a emoção desta experiência. Pode-se assim compreender de toda a função que desempenha o sistema límbico bem como sua importância no trabalho em hipnoterapia. É fundamental avaliar cada passo na direção de procedimentos utilizados com toda uma variedade de pacientes em que se fazem presentes situações tipicamente funcionais e anatômicas1. 3.2.7 OS ESTADOS DE CONSCIÊNCIA: Pode-se considerar estado de consciência “normal” um estado de homeostase no estado vigília, livre da influência de qualquer substância não natural ao organismo e estando o mesmo física e psicologicamente em equilíbrio. Essa situação é impossível, pois sempre estaremos sob a influência de fatores externos e de valores e estados emocionais pessoais. Mas para efeito de entendimento, tal como para o cálculo físico, temos fio ideal que não deforma, vamos considerar este estado como o estado de consciência ou vigília. Qualquer 1 Todas essas conclusões foram descritas em artigo publicado na revista DISCOVER junho-1994- matéria publicada por David H. Freedman e na SCIENTI FIC AMERICAN-julho - 1994 - por John Horgan. 29 estado diferente deste, será um estado alterado de consciência, logo o homem vive alterando seus estados de consciência o tempo todo.Por exemplo, na concentração ao ler um texto ou ao ouvir uma música que pode remeter a uma emoção, ele estará flutuando sob vários estados momentâneos, onde seu nível perceptivo e sua estrutura psico-fisiológica estão sob constante mudança. Em outras situações sua consciência pode se encontrar bastante distante desse estado de vigília, onde suas ondas cerebrais passam a outra freqüência, modificando sua percepção e alterando sua estrutura psicofisiológica. Chamamos essa situação de estado alterado de consciência. Esses estados podem se formar a partir de várias situações, conforme listamos a seguir: Meditação e êxtases místicos (samadhi, satory, Nirvana); Estados de fase paradoxal e ultraparadoxal; Interações medicamentosas (cortisona, antialérgicos, neurolépticos, benzodiazepínicos, barbitúricos, anestésicos gerais, beta-bloqueadores, analgésicos, antieméticos, etc.); Interações tóxicas (maconha, lsd,cocaína,álcool, fumo em geral, ecstasy, etc.); Níveis elevados de metais pesados no sangue (chumbo, mercúrio, Arsênico, etc.); Níveis elevados Oligoelementos (manganês, magnésio, cálcio, sódio, potássio etc.); Estados psicóticos (esquizofrenia, psicose afetiva, estados depressivos, autismo,etc.); Neuroses (fobias, pânico, distúrbio obsessivo compulsivo, angústia, etc.) 3.2.8 A MEDICINA ORIENTAL, FÍSICA QUÂNTICA E HIPNOSE. A Medicina Oriental, referenciada pela acupuntura, shiatsu, fitoterapia chinesa, dietética energética, Tai Tchi Tchuan, e tantas outras tradições provenientes da tradição do taoísmo, possui mais de 5000 anos e enxergando o homem de uma forma global, prevê a necessidade de equilíbrio. A Medicina ocidental prima pelo tratamento sintomático. A Medicina Oriental por sua vez, há uma preocupação com a causa, sem com isso desmerecer a manifestação aguda e sintomática de cada doença. Isso evita o deslocamento da energia psíquica que é citado na psicanálise com o nome de catexis e na Medicina tradicional chinesa como QI (tchi), o orgônio da Bioenergética de Reich, ou o prana da Medicina védica. Essa forma de tratar da Medicina ocidental faz com que se perca a possibilidade do tratamento de um número grande de manifestações funcionais, só tratáveis à luz da compreensão energética e holística. Por exemplo, uma gastrite é tratada com medicamento para aliviar a dor e remover ou reduzir essa gastrite, provavelmente com algum efeito colateral em outra área do organismo. Os agentes causadores, muitas vezes de fundo emocional e energético, são postos de lado. Nem tudo tem sua causa em fatos traumáticos do passado, não raro, má alimentação, 30 condições sociais ligadas à falta de recursos mínimos de vida, intoxicação por metais pesados vinculados à má qualidade da água, e dos alimentos que ingerimos, e tantas outras coisas, podem interferir de forma causal em muitos dos males físicos e mentais do ser humano. Nesse casos a Medicina oriental, têm priorizado recursos que se preocupam com estas limitações e interferências, não dividindo o homem em especialidades, mas vendo-o como um organismo que faz parte de um ecossistema e que precisa de equilíbrio para coexistir com outros organismos na realidade física e social em que se encontrar. Para os trabalhos com hipnose, a Medicina oriental atua como mecanismo regulador do organismo, tornando equilibrado, para que a hipnose ocorra de maneira adequada. Um paciente com metal pesado em excesso não consegue visualizar bem cenas mentais, muito usadas no ato da sugestionabilidade. Considerar o homem como ser holístico é partir do pressuposto da energia universal, origem de todas as coisas. Simplesmente a energia que não se cria e não se perde, apenas se transforma. Os pressupostos físicos universais definem bem a idéia de energia, que é correlata com as bases da Medicina oriental, sendo o organismo matéria que precisa ser equilibrada para que o homem viva em harmonia. Para Física quântica, matéria é o espectro da energia, é energia congelada em um paradigma espaço-tempo, ou seja, a energia geraria e orientaria a matéria, invertendo a posição cartesiana-materialista-cientificista da primazia da matéria sobre a energia. Depois de Einstein, a matéria passou a ser considerada manifestação de energia. Estudos feitos com partículas em aceleradores lineares demosntraram que no chamado vazio ou no espaço onde não há matéria, o que existe é energia em uma forma que não é matéria. É o chamado Quanta, ou energia escalar Segundo Capra, (1986) experiências em Física quântica mostram que a idéia de vazio é um erro mecanicista. Não existe vazio. O que existe é uma real limitação sensorial de percepção na substrutura da matéria. Diz Capra (1986) “:.. A relação entre partículas virtuais e o vácuo é uma relação essencialmente dinâmica : na verdade, o vácuo é um Vácuo vivo que pulsa num ritmo sem fim. A descoberta da qualidade dinâmica do vácuo é vista por muitos físicos como uma das descobertas mais importantes da Física moderna. De seu papel de recipiente vazio dos fenômenos físicos, o vácuo emergiu como uma quantidade dinâmica da maior importância.” 31 Esse novo modelo de depósito de energia quântica apresenta uma coerência teórica bastante satisfatória à concepção uma espécie de sistema de memória, consciência e pensamento coletivo. É nesse vazio que estão conceituados fisicamente o inconsciente coletivo de Carl G. Jung e o campo de ressonância mórfica de Ruppet Scheldrake, ou seja, este vazio contém informações, registros e conteúdos universais do homem onde estados alterados como a hipnose podem levar ao encontro de rememorações trazidas para o consciente do indivíduo. A Física moderna confirma o que os orientais sabem há muito tempo: o conceito de vazio e nada, enquanto ausência de energia, é falho. Segundo o taoísmo, o que existe são estados energéticos que se agrupam em duas grandes polaridades: O Yin e o Yang, que regem o equilíbrio do universo. O próprio vazio é um estado energético. O conhecimento da Filosofia e as leis do universo se constituem em uma só coisa, e todo esse conhecimento provém de um aprofundamento nas observações da natureza. Nesse sentido, tudo no universo evolui em ciclos e tais ciclos se fazem entre aspectos diametralmente opostos que foram designados de Yin e Yang, na filosofia chinesa radicional. O Tao estaria em toda a parte, e o vazio seria a melhor representação deste. O princípio da incerteza de Heisemberg, motivo de seu prêmio Nobel de 1930, seria a base do livre arbítrio, assim como a teoria da relatividade de Albert Einstein se constitui na base da lei de causa e Efeito ou lei do karma e dharma da Filosofia hindu, na direção de um espaço-tempo em que cada passo pode ser estabelecido naquilo que a Física moderna denomina de probabilidade de onda e suas relações com as formas pensamento. Os estudos mais aprofundados em Medicina chinesa levaram a formulação de uma teoria baseada nos princípios dessa Medicina na Filosofia da Medicina védica para leis de causa e efeito. Respeitando os princípio da energia universal e dos movimentos de Yin e Yang, criaram-se teorias e práticas que envolvem também a própria fisiologia humana, tanto na visão da Medicina tradicional quanto na oriental. 3.2.9 O YIN E O YANG: A melhor maneira de compreender as idéias de Yin e Yang é enumerar qualidades ou condições opostas que se relacionam com um e com o outro. 32 YANG YIN CALOR FRIO MOVIMENTO INÉRCIA EXTERIOR INTERIOR LUZ ESCURIDÃO VIDA MORTE PLENITUDE VAZIO ENERGIA MATÉRIA EXPANSÃO RECOLHIMENTO RAZÃO EMOÇÃO MASCULINO FEMININO 3.2.10 A CROMOACUPUNTURA É baseada em uma forma de metáfora e com aplicações práticas da maior importância no trabalho de base hipnótico. Para Medicina chinesa são cinco os elementos principais que se correlacionam diretamente com a existência humana: a madeira, o fogo, a terra, o metal e a água. Esses elementos são cotransformáveis e complementares. Onde há madeira pode haver fogo. As cinzas do fogo geram a terra. A terra comprimida gera o metal. A água nasce das rochas, que em última análise representam o elemento metal, gerador dessa água. Da água nascem as árvores dando origem à madeira. Este é o ciclo de geração, base do movimento energético da natureza. Para cada elemento descrito, contamos com representações à nível de orgãos, visceras, cores, emoções, sabores, estações do ano, tecidos do corpo, órgãos dos sentidos, fator natureza (vento, umidade, secura, frio, calor), hemisfério terrestre, processo corporal (nascimento, crescimento, transformação, envelhecimento e morte), som, área de manifestação, planeta do sistema solar, animal doméstico, tipo de grão e número. Uma das aplicações em hipnose desse sistema, é no raciocínio de técnicas mentais e acompanhadas de exercícios respiratórios para o equilíbrio mínimo do cliente submetido ao trabalho hipnoterapêutico, sem que seja necessário o uso de agulhas. Essa técnica é chamada de cromoacupuntura que leva em consideração as 5 cores relativas aos 5 movimentos. Essas cores atuam como mecanismo de equilíbrio energético e dentre outras aplicações melhoram a visualização de cenas e equilibram a respiração. Abaixo a correspondência dos elementos e das cores: 33 Movimento Madeira Fogo Terra Metal Água Cor Verde Vermelho Amarelo Branco Preto 3.2.11 OS CHACKRAS A acupuntura trata os problemas através de pontos onde a equilibração das energias referentes ao corpo e a seus órgãos ocorre. Na verdade, podemos considerar que todos os pontos do corpo estão relacionados, ou seja cada ponto tem uma relação direta com a energia vital , já que eles fazem parte do totalidade energética corporal, que flui pelo corpo inteiro. Existem pontos de grande concentração energética, que atuam como grandes canais de distribuição e equilíbrio de energia, esses pontos são chamados de Chakras. São ao todo, 7 chakras cada qual dotado de uma cor específica sendo representados no corpo por pontos que vão da base da coluna até a cabeça, na parte da frente do corpo e nas costas, como descrito abaixo: 1º CHAKRA - PERÍNEO (base ou kundalini): Entre os órgãos genitais e o ânus - vermelho. 2º CHAKRA – UMBILICAL: - na altura da região lombar - laranja. 3º CHAKRA - BOCA DO ESTÔMAGO (plexo solar): - região torácica inferior - amarelo 4º CHAKRA - MÚSCULOS PEITORAIS(cardíaco): - na altura do coração - verde. 5º CHAKRA – LARÍNGEO: – garganta e pescoço - azul. 6º CHAKRA - DA TESTA - (cabeça): entre as sobrancelhas - violeta. 7º CHAKRA - NO ALTO DA CABEÇA – (coroa): - branco. A equilibração desses chakras também é fundamental para o trabalho da hipnose. A técnica de equilibração dos chakras deve ser realizada para que a freqüência mental do paciente esteja em harmonia, facilitando o transe hipnótico. No trabalho do doutor. Michael Smith, diretor do PENN STATES MRI RESEARCH LABORATORY, publicado na revista DISCOVER, em junho de 1995, verificou-se através de um procedimento de ressonância magnética tridimensional a formação na imagem da ressonância a forma colorida dos três últimos chakras (sétimo, sexto e quinto). Os pacientes são aconselhados a exercitar 2 a 3 vezes ao dia durante uns 10 a 15 minutos. Isso deverá ser feito até a chamada para o atendimento ambulatorial individual, e mesmo durante a época do atendimento. 34 3.2.12 OS SINAIS DE TRANSE HIPNÓTICO Vários sinais de que o paciente está sob transe, podem ser observados pelo terapeuta são eles: Musculatura do rosto relaxada; A boca abre naturalmente; A simetria facial aumenta; Mioclonias súbitas; Crescimento do lábio inferior; Respiração modificada ; Cor da pele modifica - rubor; Suor em maior quantidade; Mãos mais quentes e rosadas ; Contração das pupilas - miose; Olhos fora de foco; Olhos revirando para dentro da cabeça.; Alvoroçar das pálpebras e REM Tremores antes da levitação de um braço; Levitação - normal e invertida; Catalepsia ; Calor induzido ; Respostas ideomotoras; Fenômenos paranormais outros; Alucinações positivas e negativas; Representações mentais - visuais , auditivas e cinestésicas; Sensações específicas - corpo aumentando de volume etc.; Rememorações espontâneas, premonições; 2 A TERAPIA DE VIDAS PASADAS - TVP Com relação às chamadas terapias de vidas passadas,deve ser dito que nem todas as pessoas têm indicação de tal terapia. Nem sempre as pessoas podem ser submetidas a tal procedimento, por razões energéticas ou psicológicas. As questões acerca do que ocorre durante o processo da TVP, sua veracidade de fatos e sua questão religiosa são meramente especulativas e só enfraquecem a afirmação desta técnica, que, que sendo bem utilizada, é uma ferramenta poderosa no processo terapêutico. Não interessa saber se o paciente foi Napoleão ou Cleópatra e sim qual o significado dentro do contexto da queixa que a história apresentada terá e qual o desdobramento que essa rememoração terá na vida do paciente. 3 3.3 O ATENDIMENTO DE PACIENTES 3.3.1 A TRIAGEM COLETIVA Ao procurar o Setor para tratar-se, o paciente era informado sobre a data e hora da próxima triagem coletiva, que era o ponto de partida para o começo do tratamento. O controle da entrada de pacientes no Setor eram feitos através dessa triagem, que se realiza uma vez por mês, aos Sábados. O Dr. Fernando e cerca de 20 estagiários faziam a triagem inicial em uma média de 50 a 60 pessoas, (com picos de 80 a 90). Nesse dia os trabalhos eram iniciados às 9 horas da manhã, chegando às vezes até as 22 horas. algumas recomendações eram dadas aos futuros pacientes, estagiários e colaboradores em geral: Não fumar; Não estabelecer relações sexuais nas recentes 48 horas antecipando o encontro; Não ingerir bebidas alcoólicas, substâncias tóxicas ou mesmo psicotrópicos; Não ingerir carnes, frituras, alimentos condimentados, pelo menos 48 horas, antes do atendimento; Guardar brandura em suas atitudes no lidar com qualquer pessoa, junto a elas ou não; Evitar ao máximo pensamentos não edificantes e de baixa vibração; Dormir o suficiente na véspera do encontro; Estar o melhor possível em equilíbrio tanto de parte física quanto clínica E, especificamente para os estagiários: Verificação da pressão arterial, freqüência cardíaca, entre outros dados clínicos, exames complementares. A chegada de um novo paciente, era preenchida uma ficha com os dados pessoais (anexo III) e um pedido de autorização para que o trabalho realizado possa ser filmado ou fotografado que geralmente era bem aceito por eles. Essa ficha era colocada em uma pasta com nome e um número (que crescia mediante a ordem de chegada). Baseado na Medicina chinesa, os pacientes recebem também um folheto com instruções e conselhos sobre alimentação e energia (anexo IV). Por volta de 10 horas o coordenador do Setor fazia uma breve reunião, para divulgar avisos referentes ao Setor a todos os estagiários, realizando em seguida um trabalho de concentração coletiva no trabalho a ser realizado. A seguir os pacientes eram chamados ao auditório. Após uma pequena palestra de abertura, os futuros pacientes tinham suas histórias colhidas pelos estagiários do Setor através de uma anamnese padrão (anexo III), que era uma continuação da ficha posta na pasta do paciente. Em seguida, 4 aguardavam serem chamados para serem atendidos pelo doutor Fernando. Casos de emergência (como dores agudas, depressão, melancolia e outros quadros em que os pacientes estivessem na eminência de um surto), pessoas com problema de saúde em outras áreas e deficientes e idosos eram atendidos primeiro. O coordenador fazia o diagnostico inicial, receitava, se necessário algum tratamento de fitoterapia chinesa, aplicava, se necessário, auricoacupuntura, e marcava o dia para o começo do tratamento. Por volta das 15 horas era servido para todos os presentes, um lanche balanceado, preparado em conjunto com o Setor de Nutrição do hospital. Ao final da triagem o grupo se reunia em uma última discussão e revisão sobre o trabalho realizado naquele dia. Outros tratamentos eram aplicados na triagem, para melhorar casos agudos e dar suporte a pacientes que necessitassem de ajuda imediata, como acupuntura, Reiki, cromoterapia, etc. Ao iniciar o tratamento, o paciente começava a ser atendido pelos estagiários habilitados, que já estivessem na última etapa do curso, fazendo supervisão. Eles eram atendidos no ambulatório do Setor de Hipnose (sala 102) que era dividido com o Setor de Nutrição. Com horários marcados previamente, os pacientes eram atendidos em sessões psicoterápicas, que duram em média 1 hora, com aplicações das técnicas aprendidas no curso.O acompanhamento dos casos era feito pelo coordenador nas supervisões todos os casos eram discutidos e analisados. Cada atendimento era considerado como consulta, para os trâmites internos do hospital. Sendo assim cada atendimento do Setor era contabilizado como atendimento do hospital para a população em geral. Em números de atendimento o Setor ocupava a segunda posição perdendo apenas para Medicina física (que computa em seus atendimentos todos os atendimentos de trauma emergencial e consultas comuns). Como o numero de ambulatórios e estagiários era reduzido criava-se uma fila de espera que chegou a 2500 pessoas, demorando às vezes 1 ano para inicio do tratamento. Ao final do tratamento era preenchida uma ficha de alta (anexo V), que era anexada à pasta do paciente e o caso arquivado. 5 3.4 RESULTADOS OBTIDOS Os casos mais comuns atendidos no setor eram de depressão, pânico, bulimia, anorexia nervosa, dores de coluna, gagueira, doenças terminais (AIDS, neoplasias, doenças autoimunes) etc. Obteve-se no setor sucesso com alguns sintomas incontornáveis na medicina ortodoxa, como era o caso de pacientes portadores de vitiligo que vinham obtendo resultado positivo com o atendimento, repigmentando de modo significativo as lesões cutâneas de hipocromia. Em levantamento feito, verificou-se resultado de 90 % de melhora com a prática da hipnoterapia que era realizada pelos estagiários. Pacientes com doenças incuráveis, obviamente não ficam curados, (como o vitiligo e aids), mas, tem os sintomas amenizados substancialmente. O setor era o segundo colocado em termo de captação de recursos ambulatoriais no Hospital, existia uma fila de espera, de aproximadamente 2000 pessoas aguardando serem atendidas. Era realizada uma média de 800 atendimentos mensais, só perdendo em produtividade para a Medicina Física. Foram realizados, desde outubro de 1997 cerca de 7800 atendimentos, com o código do serviço de Saúde Mental do hospital, conforme mostrado no anexo VI O setor funcionava com um total de 112 estagiários (39 dos quais atendendo ambulatorialmente, com supervisão, e 73 em fase de treinamento), além de alguns voluntários nos trabalhos das aulas semanais e na triagem coletiva que acontece uma vez em cada mês. Esses dados levaram o setor a ser citado e respeitado pela imprensa, que muito ajudou a divulgar o trabalho realizado, como também no meio científico. Assim o setor já foi chamado para apresentar os resultados no VIII Congresso de Hipnose e Medicina Psicossomática, com 10 trabalhos publicados nessa oportunidade, bem como recentemente no I Congresso Nacional sobre Reencarnação e Terapias de Vidas Passadas, junto com outros profissionais ligados ao tema. 6 4. CONCLUSÃO A hipnoterapia não é uma terapia que cura tudo, mas se presta muito bem ao tratamento de sintomas de difícil resolução através dos meios convencionais. A hipnose é apenas, e tão somente, um estado híbrido de sono e vigília, induzido com a finalidade de potencializar respostas terapêuticas de natureza subjetiva e objetiva. De um modo geral, a hipnose só ajuda, quando bem indicada e bem desenvolvida no paciente certo, no momento certo e mediante orientação de um terapeuta capacitado. Ela não substitui outras terapias. A teoria e o trabalho realizado pelo doutor Fernando Rabelo é uma forma séria e inovadora de se conduzir a psicoterapia, que tenta juntar o que há de mais essencial no conhecimento humano, sem nunca abrir mão dos conceitos mais eficazes e funcionais das diversas linhas de psicoterapia. A hipnose moderna precisa ser combinada a noções de energética ligadas à Medicina tradicional chinesa,à Medicina védica e à conceitos metafísicos ligados à questão da espiritualidade, sem com isso se distanciar nem um milímetro sequer da leitura científica do processo vinculada à Fisiologia e à Medicina, mesmo que não praticada por médicos. A técnica hipnótica contribui no crescimento psíquico do ser humano, valorizando o respeito mútuo, dentro de um processo natural a qualquer ser humano. A visão holística encara o ser humano, não como um órgão, mas como um organismo vivo, que eternamente está em relação com o meio e consigo mesmo. Qualquer prática psicoterápica, assim como as relações interpessoais, não devem dissociar o ser humano do meio, a parte do todo, o homem de suas relações, capacidades e limitações. Assim, buscando seu caminho, sua afirmação e seu lugar, o homem estará contribuindo para o entendimento de ser tão próximo e tão misterioso que desde sempre ele vem tentando entender: ele mesmo. Esta monografia foi escrita com o objetivo de apresentar um relato da experiência realizada pelo doutor Fernando Rabelo, na criação do Setor de Hipnose do Hospital Municipal Miguel Couto, 1991, mas que, infelizmente teve suas atividades encerradas em abril de 1999. além disso este estudo também pode ser considerado uma homenagem a esse médico que tentou colocar em prática, com muita dedicação seu projeto profissional, e que de certo modo 7 vai ser continuado através do Instituto Brasileiro de Hipnose Holística, fundado pelo próprio doutor Fernando no dia 29 de abril de 2000. BIBLIOGRAFIA William J. Bryan Jr., Legal aspects of hypnosis, 1963, Internet Alan Gauld A History of Hypnotism, Cambridge University Press,1995 Steven J. Linn, Theories of Hypnosis, 1988 Freud, Uma breve descrição da Psicanálise – Vol. XIX – obras completas, Ed. Imagorio de janeiro, 1996 Rossy, Ernest L., A Psicobiologia de Cura Mente-Corpo, 1992 Rowley, David T. Hypnosis & Hypnotherapy,1992 Daniel Golleman (Inteligência emocional, Ed. Objetiva), 1995 SINCRONICIDADE; C.G.Yung; Ed.Vozes. SYNOPSIS OF CHINESE ACUPUMTURE .; W.C.Cheong; C.P.Yang; Ed.Andrei VIVENCIANDO ERICKSON; Jeffrey K.Zeig, Ph.D.; Ed.Editorial Psi . ANEXO I CONTRATO DE TRABALHO DO SETOR DE HIPNOSE ESTÁGIO TEÓRICO-PRÁTICO / SUPERVISIONADO - HMMCOUTO O Estágio Teórico-Prático / Supervisionado do Setor de Hipnose deste hospital obedecerá às seguintes condições: Só terão acesso às atividades do Estágio Teórico-Prático / supervisionado aqueles que freqüentaram o Curso Informativo de Hipnose com mais de 3/4 de presença . Por conseguinte , somente Médicos , Psicólogos e Odontólogos receberão essa permissão de acordo com os postulados da Sociedade de Hipnose do Rio de Janeiro e Sociedade Brasileira de Hipnose . Durante a fase de Estágio Supervisionado, que se segue ao Estágio Teórico-Prático , será permitido um período de apenas 30 dias de férias , divididas em 15 dias em Janeiro ou Fevereiro e 15 dias em Julho. Sempre segundo os interesses da coordenação do setor , aliado aos interesses da direção do HMMC , pois este período será caracterizado como o momento do retorno em trabalho para a unidade hospitalar , através dos recursos repassados do SUS pelo atendimento ambulatorial que prestamos com captação dos destes por cada paciente atendido. É o pagamento pelo investimento que o Setor de Hipnose, o HMMC , a Secretaria Municipal de Saúde e a população fizeram para construírem esse desafio . Portanto, fica claro que tomaremos como oportunismo àqueles que passando pelas duas etapas iniciais, ao estarem prestes ao início do Estágio Supervisionado , se retirarem de nosso processo, exceto naqueles casos excepcionais devidamente comprovados . Entretanto, solicitamos aos interessados em continuarem com as atividades de nosso curso de formação que reflitam muito sobre essa opção, antes que atitudes menores venham a prevalecer ,sempre lembrando que o maior atingido nesse tipo de processo é nossa população , que em última análise somos nós mesmos . Que não haverá tolerância com atrasos nas aulas teóricas e práticas, pois isso é condição básica ao nosso trabalho didático. Haverá tolerância de no máximo 15 minutos, sendo que três atrasos de mais de quinze minutos equivalerão à duas faltas que serão incluídas no currículo de cada estagiário contabilizando negativamente para o mínimo necessário de presenças ao término do estágio . Contamos com muitas dificuldades de infra-estrutura em nosso curso de formação e não negaremos nunca essa realidade, dividindo com todos o ônus das mesmas e o trabalho na direção de idéias para que possamos superar nossos problemas de ordem estrutural e pedagógica. Vale avisar, que somos nômades , hoje poderemos estar em determinado lugar , amanhã em outro dependendo do disponível. Isto pode parecer anômalo, mas se constitui na pura realidade na qual estamos inseridos e avançando de modo crescente. Poderemos no final do estágio Teórico-Prático instituir um teste teórico e/ou prático como critério, à primeira vista, para seleção de local de estágio consoante o rendimento de cada aluno. Lembramos que o Estágio Teórico-Prático poderá acontecer nas dependências do HMMCouto ou em alguma unidade de saúde pública da rede do município. A utilização de outras unidades de saúde pública (Estado, INAMPS) para complementação de nosso atendimento ainda é motivo de discussão junto ao DGRH -SMS, que decidirá quanto à essa alternativa para o melhor encaminhamento político-administrativo desse processo. Não será permitida a entrada de pessoas acompanhantes de cada estagiário para qualquer atividade didática, exceto em casos excepcionais em comum acordo com a coordenação do estágio e nunca em caráter repetitivo. Embora a coordenação esteja providenciando um texto com as premissas principais de nossa fundamentação teórica, no momento ainda não contamos com nenhum material específico apostilhado, ficando para cada tema ministrado alguma sinalização de referência bibliográfica que cada aluno irá consultar Alertamos mais uma vez de que as condições de trabalho são adversas por tudo o que já conhecemos do serviço público, mas nem por isso deixamos de ocupar uma posição invejável junto aos resultados obtidos nas mãos de estagiários. Por tudo isso, pensem bem na opção que fazem agora. Preferimos que aqueles que estão em dúvida se definam logo, ficando ou saindo, nesta fase inicial. Assim nem o setor, nem o aluno se decepcionam no transcurso de nossas atividades. Por tudo sinalizado acima, eu _________________________________________________ concordo com os termos desse estágio não remunerado. Rio de Janeiro , de de ANEXO II BIBLIOGRAFIA DO CURSO: A base bibliográfica do curso é extensa. Abaixo, os livros indicado e comentados em aula pelo Dr. Fernando Rabelo nos cursos, palestras e aulas práticas. Esta bibliografia, esta relacionada da forma simples e em ordem alfabética, não estando de acordo com as regras propostas pela associação brasileira de normas técnicas (ABNT) ALFAGENIA E HIPNOSE; Erimá Moreira; Ed.Rocco. A ARTE DE CURAR NO BUDISMO TIBETANO; Terry Clifford; Ed.Pensamento . A ARTE DE FAZER MILAGRES; Paul Pearsall; Ed.Pensamento . A AUSÊNCIA DE AMOR; Zulma Reyo; Ed.Ground A CIÊNCIA À PROCURA DA VERDADEIRA LUZ; Walter De Sousa; Ed.Cultrix. A CONSCIÊNCIA CÓSMICA; Pierre Weil; Ed.Vozes A CONSCIÊNCIA ENCARNADA E O CORPO HUMANO; Geraldo Meiros Jr.; Ed.Icone. A CURA CÓSMICA; Rebecca Clark; Ed.Nova Era. A CURA E A MENTE.; Bill Moyers;; Ed.Rocco A CURA PELAS MÃOS; Richard Gordon; Ed.Pensamento . A CURA PELOS FLUIDOS; Celina Fioravanti; Ed.Pensamento. A CURA QUÂNTICA; Deepak Chopra; Ed.Best Seller. A ENERGIA CURATIVA ATRAVÉS DAS CORES; Theo Gimbel; Ed.Pensamento . A ESSÊNCIA DA MENTE; Steve Andreas E Connirae Andreas; Ed.Summus Editorial . A ESTRUTURA DA MAGIA; Richard Bandler E John Grinder; Ed.Guanabara Koogan . A EXPERIÊNCIA DA KUNDALINI; Lee Sannella , M.D.; Ed.Cultrix. A GNOSE DE PRINCETON; Raymond Ruyer; Ed.Cultrix. A INFLUÊNCIA À DISTÂNCIA; Paul Clément Jagot; Ed.Pensamento. A INVENÇÃO DA MEMÓRIA; Israel Rosenfield; Ed.Nova Fronteira . A INVENÇÃO DA MEMÓRIA;; Israel Rosenfield;; Ed.Nova Fronteira . A LOUCURA SOB UM NOVO PRISMA; Dr.Adolfo Bezerra De Menezes; Ed.Feb A MENTE HOLOGRÁFICA; Stanislav Grof, M.D.; Ed.Rocco . A OBSESSÃO E SEU TRATAMENTO ESPÍRITA; Celso Martins; Ed.Edicel A PARTE E O TODO; Heisenberg; Ed.Contra –Ponto . A PSICOBIOLOGIA DA CURA MENTE CORPO NOVOS CONCEITOS DE HIPNOSE TERAPÊUTICA; Ernest Lawrence Rossi; Ed.Editorial Psy. A PSICOBIOLOGIA DE CURA MENTE CORPO.; Ernest Laurence Rossi.; Ed.EDITORIAL PSY II A PSICOLOGIA TRANSPESSOAL;; Márcia Tabone; Ed.Cultrix A REDESCOBERTA DO POTENCIAL HUMANO; Jean Houston; Ed.Cultrix . A SAÚDE DO ESPÍRITO DA ORAÇÃO À TERAPÊUTICA; Carl Fabert.; Ed.Imago . A TERAPIA DA LINHA DO TEMPO E A BASE DA PERSONALIDADE; Vários; Ed.Eco. ACONSCIÊNCIA CÓSMICA INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA TRANSPESSOAL; Pierre Weil; Ed.Vozes ALÉM DA MEDICINA AS CURAS ALTERNATIVAS E TRATAMENTOS PSÍQUICOS NÃO ORTODOXOS; Hans Holzer; Ed.Record. ALEM DO CÉREBRO; Stanislav Grof; Ed.Mcgraw Hill. ALÉM DO CÉREBRO;; Stanislav Grof; Ed.Mc Graw Hill ALFAGENIA E HIPNOSE; Erimá Moreira; Ed.Roca. ALFAGENIA E HIPNOSE;; Erimá Moreira; Ed.Roca ALQUIMIA INTERIOR; Zulma Reyo; Ed.Ground AMOR , MEDICINA E MILAGRES; Bernie S.Siegel M.D.; Ed.Best Seller APOMETRIA NOVOS HORIZONTES DA MEDICINA ESPIRITUAL; Jose Lacerda De Azevedo; Ed.Comunicação Impressa AS CHAVES DO INCONSCIENTE; Renate Jost Moraes; Ed.Agir AS PALAVRAS CURAM; Larry Dossey; Ed.Cultrix ATRAVESSANDO PASSAGENS EM PSICOTERAPIA;; Richard Bandler E John Grinder;; Ed.Summus CÉREBRO , NEURÔNIO , SINAPSE TEORIA DO SISTEMA FUNCIONAL; K.Anohin; Ed..Icone CÉREBRO ESQUERDO , CEREBRO DIREITO; Sally P.Springer E Georg Deutsch; Ed.Summus Editorial CHAKRAS E A CURA ESOTÉRICA; Zachary F.Landsowne; Ed.Roca. COM A VIDA DE NOVO; Carl Simonton; Ed.Summus Editorial . COMO A HIPNOSE PODE AJUDAR VOCÊ; Dr.Arthur S.Freese; Ed.Pensamento CONDOMÍNIO ESPIRITUAL; Hermínio C.Miranda; Ed.Fe. CONVERSAS SOBRE O INVISÍVEL; Jean Audouze, Michel Cassé,Jean Claude Carrière; Ed.Brasiliense. CURA ESPIRITUAL E IMORTALIDADE; Patrick Drouot; Ed.Nova Era. CURA PRÂNICA AVANÇADA; Choa Kok Sui; Ed.Ground . DESPERTE O GIGANTE INTERIOR; Anthony Robbins; Ed.Record. DIÁLOGOS SOBRE A VISÃO INTUITIVA; Krishna Murti .; Da Cultrix DINÂMICA PSI; Jorge Andréa; Ed.Espiritualista F.V.Lorenz. EM CONVERSA COM FÍSICOS TEÓRICOS –; Varios; Ed.Cultrix . EMERGÊNCIA ESPIRITUAL; Stanislav Grof E Christina Grof.; Ed.Cultrix. ENERGÉTICA DA ESSÊNCIA; John C.Pierrakos, M.D.; Ed.Pensamento . ENERGÉTICA DA ESSÊNCIA;; John C.Pierrakos, M.D.; Ed.Pensamento . ENERGIA PSÍQUICA; Torkom Saraydarian; Ed.Aquariana. ESPÍRITO , PERISPÍRITO E ALMA; Hernani Guimarães Andrade; Ed.Pensamento ESTENSÕES DA MENTE A CAPACIDADE PSÍQUICA POSTA À PROVA PELA CIÊNCIA; Russell Targ E Harold E.Puthoff; Ed.Francisco Alves ESTRUTURA DA MAGIA,; Richard Bandler E John Grinder; Ed.Summus; EXPERIÊNCIA DA KUNDALINI; Lee Sannella , M.D.; Ed.Cultrix EXPLORAÇÕES CONTEMPORÂNEAS DA VIDA DEPOIS DA MORTE; Gary Doore , Ph.D.–Com Vários Autores .; Ed.Cultrix. FRONTEIRAS DA ALMA; Jorge Andréa; Ed.Espiritualista F.V.Lorenz . GUIA PRÁTICO DE REGRESSÃO A VIDAS PASSADAS; Florence Wagner Mcclain; Ed.Siciliano. HIPNOANÁLISIS; Lewis R.Wolberg Editorial Paidós; Ed.Buenos Aires . HIPNOSE – CONSIDERAÇÕES ATUAIS; Moraes Passos E Isabel Labate –; Ed.Atheneu . HIPNOSE CENTRADA NA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS;; O"Hanlon; Ed.Editorial Psy HIPNOSE MÉDICA E ODONTOLÓGICA E APLICAÇÕES PRÁTICAS –; Milton H.Erickson M.D., Seymour Hershman M.D.; Ed.Editorial Psi. HIPNOSE MEDICA E ODONTOLOGICA;; Rossi/Erickson;; Ed.Editorial Psy IMAGENS QUE CURAM; Gerald Epstein; Ed.Xenon IMAGINAÇÃO NA CURA; Jeanne Achterberg; Ed.Summus Editorial . INVESTIGANDO VIDAS PASSADAS; Raymond A .Moody Jr.M.D.; Ed.Cultrix. KNOW – HOW; Leslie Cameron, David Gordon E Michael Lebeau; Ed.Summus Editorial . LETARGIA E HIPNOSE MODERNA; Paulo Paixão E Cesar Santos Silva; Ed.Andrei . LIDERANÇA E NOVA CIÊNCIA; Margaret J.Wheatley; Ed.Cultrix/Amana Key. LING SHU –BASES DE ACUPUMTURA TRADICIONAL CHINESA; Ming Wong; Ed.Andrei LONGEVIDADE DO CÉREBRO; Dharma Singh Khalsa,M.D.; Ed.Objetiva LOUCURA E OBSESSÃO; Divaldo P.Franco; Ed.Feb. LUZ A MEDICINA DO FUTURO; Jacob Liberman; Ed.Siciliano. LUZ EMERGENTE; Barbara Ann Brennan .; Ed.Cultrix/Pensamento MAGIA DA HIPNOSE EM PSICOTERAPIA;; J.A.Mendonca; Ed.Editorial Psy MANTRAS PALAVRAS SAGRADAS DE PODER; John Blofeld; Ed.Cultrix/Pensamento. MANUAL DA AURA; Laneta Gregory E Geoffrey Treissman; Ed.Pensamento. MANUAL DE HIPNOSE MÉDICA E ODONTOLÓGICA; Osmard Andrade De Faria; Ed.Atheneu MANUAL PRACTICO DEL ZAHORI; Tom Graves; Ed.Edaf Madrid Espanha . MÃOS DE LUZ; Barbara Ann Brennan; Ed.Pensamento . MÃOS QUE CURAM; J.Bernard Hutton; Ed.Pen Samento. MATERIALIZAÇÕES LUMINOSAS; R.A Ranieri; Ed.Feb MEDICINA VIBRACIONAL; Richard Gerber; Ed.Cultrix MEMÓRIAS DE UM VIAJANTE DO TEMPO; Patrick Drouot; Ed.Nova Era. MIND BODY THERAPY –METHODS OF IDEODYNAMIC HEALING IN HYPNOSIS; Ernest L.Rossi E David B.Cheek –; Ed.Norton . MINHA VOZ IRÁ CONTIGO OS CONTOS DIDÁTICOS DE MILTON ERICKSON; Sidney Rosen, M.D.; Ed.Editorial Psi. NERGÉTICA DO PSIQUISMO FRONTEIRAS DA ALMA; Jorge Andréa; Ed.Espiritualista F.V.Lorenz . NOS ALICERCES DO INCONSCIENTE; Jorge Andrea; Ed.Edicel. NOS BASTIDORES DA OBSESSÃO; Divaldo Pereira Franco; Ed.Feb NÓS SOMOS TODOS IMORTAIS; Patrick Drouot; Ed.Nova Era. NOVO PARADIGMA A CIÊNCIA À PROCURA DA VERDADEIRA LUZ; Walter De Sousa; Ed.Cultrix. NOVOS RUMOS À MEDICINA VOL.I E II; Dr.Inácio Ferreira; Ed.Feb O CORPO CAUSAL E O EGO; Ade Arthur E.Powell; Ed.Pensamento . O DESAFIO DO DESTINO; Thorwald Thlefsen; Ed.Pensamento . O ESPÍRITO ESTE DESCONHECIDO; Jean E.Charon; Ed.Melhoramentos. O HIPNOTISMO; Medeiros E Albuquerque; Ed.Leite Ribeiro E Maurílio O HOMEM DE FEVEREIRO; Milton Erickson, M.D.E Ernest Lawrence Rossi ,Ph.D.; Ed.Editorial Psi . O MAIS ELEVADO ESTADO DE CONSCIÊNCIA; John White E Vários Autores –; Ed.Cultrix – Pensamento. O MERCADOR E O PAPAGAIO; Nossrat Peseschkian; Ed..Papirus O MÉTODO EMPRINT; Leslie Cameron Bandler , David Gordon E Michael Lebeau; Ed.Summus Editorial. O PARADÍGMA HOLOGRÁFICO E OUTROS PARADOXOS; Vários Autores; Ed.Cultrix. O PONTO DE MUTAÇÃO; Fritjof Capra; Ed.Cultrix O REFÉM EMOCIONAL; Leslie Cameron, Bandler , Michael Lebeau; Ed.Summus Editorial . O SONHO DE EINSTEIN; Barry Parker; Ed.Universoda Ciência O TAO DA FÍSICA; Fritjof Capra; Ed.Cultrix. O UNIVERSO AUTOCONSCIENTE COMO A CONSCIÊNCIA CRIA O MUNDO –; Amit Goswami; Ed.Rosa Dos Ventos. OBSESSÃO E SEU TRATAMENTO ESPÍRITA; Celso Martins; Ed.Edicel. OS CÁTAROS E A REENCARNAÇÃO; Arthur Guirdham; Ed.Pensamento. OS CURADORES DO ESPÍRITO; Celina Fioravanti; Ed.Pensamento . OS ESPIRITOS SE COMUNICAM POR GRAVADORES; Peter Banr; Ed.Coleçãocientífica Edicel PANORAMAS SOBRE A REENCARNAÇÃO VOLS.1 E 2; Hans Tendan; Ed.Summus Editorial. PERTENCENDO AO UNIVERSO; Fritjof Capra; Ed.Cultrix/Amana. PODER DA FÉ; John L.Fitzpatrick.; Ed.Pensamento. PODER DO TOQUE; Phyllis K.Davis; Ed.Best Seller. PODER SEM LIMITES; Anthony Robbins; Ed.Best Seller . PONTE ENTRE O AQUI E O ALÉM; Hildegard Schäfer; Ed.Pensamento. PORQUE SOBREVIVO À AIDS; Niro Asistent E Paul Duffy; Ed.Gente. POSSESSÃO ESPIRITUAL; Dra.Edith Fiori; Ed.Pensamento. POSSIBILIDADES HUMANAS A PESQUISA PSÍQUICA NA URSS E NO LESTE EUROPEU; Stanley Krippner,Ph.D.; Ed.Francisco Alves PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA; Shad Helmstetter; Ed.Record. PSICOLINGÍSTICA APLICADA; Renzo Titone; Ed.Summus Editorial. PSICOLOGIA TRANSPESSOAL; Marcia Tabone; Ed.Cultrix. PSICOTERAPIA PRÂNICA; Choa Kok Sui; Ed.Ground. PSICOTERAPIAS E ESTADOS DE TRANSE;; Livio Pincherle E Outros;; Ed.Summus PSICOTRANSE; Eliezer C.Mens; Ed.Pensamento . RAIZES PROFUNDAS FUNDAMENTOS DA TERAPIA E DA HIPNOSE; Milton Erickson; Ed.Editorial Psi. RECORDANDO VIDAS PASSADAS; Dra.Helen Wambach; Ed.Pensamento . REENCARNAÇÃO A DESCOBERTA DAS VIDAS PASSADAS; Manuela Pompas; Ed.Maltese. REENCARNAÇÃO E IMORTALIDADE; Patrick Drouot; Ed.Nova Era. REENCARNAÇÃO SEGUNDO A BÍBLIA E A CIÊNCIA; J.R.Chaves; Ed.Ser. REFLEXOLOGIA ATUAL NA PRÁTICA PSIQUIÁTRICA; Cristian Astrup; Ed.Livr.Atheneu REIKI EL CAMINO DEL CORAZÓN; Walter Lübeck; Ed .Irio. REIKI GUIA PRÁTICO PARA EL SENDERO DEL AMOR CURATIVO; Walter Lübeck; Ed.Irio . RENASCIMENTO E REENCARNAÇÃO; J.R.Chaves Da; Ed.Ser. RESSIGNIFICANDO; Richard Bandler E John Grinder; Ed.Summus Editorial . SABEDORIA INCOMUN; Fritjof Capra; Ed.Cultrix. SAPOS EM PRINCIPES; Richard Bandler E John Grinder;; Ed.Summus SEMINARIOS DIDÁTICOS DE HIPNOSE; M.H.Erickson; J.K.Zeig;; Ed.Editorial Psy SINCRONICIDADE; C.G.Yung; Ed.Vozes. SOLUÇÕES; Leslie Cameron Bandler; Ed.Summus Editorial. SONHOS CRIATIVOS; Patricia Garfield; Ed.Nova Fronteira. SYNOPSIS OF CHINESE ACUPUMTURE .; W.C.Cheong; C.P.Yang; Ed.Andrei TÉCNICAS PSIQUIÁTRICAS; Milton Erickson; Ed.Eitorial Psy TEORIA DOS CHAKRAS; Hiroshi Motoy Ama; Ed.Pensamento TERAPIA NÃO CONVENCIONAL; Jay Haley; Ed.As TRANSCOMUNICAÇÃO; Theo Locher E Maggy Harsch; Ed.Pensamento. TRANSFORMANDO SE; Steve Andreas E Connirae Andreas; Ed.Summus Editorial . USANDO SUA MENTE, AS COISAS QUE VOCE NÃO SABE QUE NÃO SABE;; Richard Bandler;; Ed.Summus VAMPIRISMO; J.Herculano Pires; Ed.Paidéia. VIDAS PASSADAS ,VIDAS FUTURAS; Dr.Bruce Goldberg; Ed.Nórdica. VIVENCIANDO ERICKSON; Jeffrey K.Zeig, Ph.D.; Ed.Editorial Psi . VIZUALIZAR PARA MUDAR; Patrick Fanning; Ed.Siciliano. VOCÊ E A SUA AURA; Joseph Ostrom; Ed.Ground. ANEXO III ANAMNESE DO SETOR DE HIPNOSE DO HOSPITAL MIGUEL COUTO PROTOCOLO DE HIPNOTERAPIA: SETOR DE HIPNOSE - HMMC = NOME: _________________________________________DATA: __/__/____ DATA DE NASCIMENTO: ___/__/___NATURAL: _________________ NACIONALIDADE: _____________________SEXO: ___ IDADE: ______ ENDEREÇO RESIDENCIAL: ______________________________________ _______________________________________________________________ BAIRRO: _____________________TELEFONES: ______________________ ENDEREÇO PROFISSIONAL: ______________________________________ ________________________________________________________________ BAIRRO: _____________________TELEFONES: ______________________ PROFISERAM : ________________HÁ QUANTO TEMPO?____________ APOSENTADO: ______________HÁ QUANTO TEMPO?____________ ESTADO CIVIL: __________________ FILHOS : SIM NÃO ( ) ( ) QUANTOS? _______ IDADES: ____________________ GRAU DE ESCOLARIDADE: 1º Grau ( ) 2º Grau ( ) Técnico ( ) QUAL? ____________________SUPERIOR( ) QUAL ?_______________ RELIGIÃO: _________________________________________________ QUAIS OS MELHORES DIAS PARA ATENDIMENTO ? SEG- M( ) T ( ) TER- M( ) T( ) QUA- M( ) T( ) QUI- M( ) T( ) SEX- M( ) T( ) R E F E R E N C I A M E N T O D E C L I E N T E S: _ ATENDIMENTO PRIMÁRIO ( REFERENCIADO DO ) HMMC ( ) DE QUE SERVIÇO? ________________________ REFERENCIADO EXTERNO ( ) DE ONDE VEM ?__________________________________________ OBS:_________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________ Queixa Principal e História da Doença Atual : _____________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________ História Familiar : _____________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _______________________________________ História Patológica Pregressa: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________ História Social : ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ História Fisiológica (sono, sexualidade, menarca, menopausa, gravidez) ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Usa Medicamentos?: Não Sim ( ) ( ) Tempo de uso ? _______________________ Qauis ?_______________________________ Hábitos e costumes : Fumo ( ) Alcool ( ) Outros ( ) Quais ?________________________________ Quais as expectativas quanto à Hipnoterapia ? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Já tentou outros tratamentos ? Não Sim ( ) ( ) Quais?: __________________________________________________________ Evolução : ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ANEXO IV INSTRUÇÕES E CONSELHOS SOBRE ALIMENTAÇÃO E ENERGIA CAFÉ DA MANHÃ - mamão papaia com aveia, flocos de milho sem açúcar e gérmen de trigo, um suco de laranja lima ou pêra doce, uma fatia de pão integral com geléia de banana ( cozinhar a banana d‟água até secar a água da mesma, guardando-a num pote plástico e usando como geléia no pão.) DURANTE O DIA - ( ATÉ ÀS 14 HS. ) -Cereais, carnes, oleaginosos( Amendoim, Nozes, etc ). grãos ( Arroz, feijão, lentilha, soja, grão de bico e etc ), ovos (Preferir ovos caipira ). DURANTE À NOITE - Só raízes cozidas ( Inhame, aipim batatas, cenoura, abóbora, beterraba, nabo, etc) OBSERVAÇÕES GERAIS - Toda a vez que ingerir alimentos crus, ou frios, ingerir algum alimento ou chá quente ( menta, hortelã, casca de maçã, etc.. ). Isto evitará que estômago roube calor do rim para digerir os alimentos o que com o tempo geraria desequilíbrio energético deficitando a energia do rim que era a sede de toda a energia do organismo. Observações: Preferir carnes brancas (peixe de água doce - trutas - e galinha caipira). A soja tem subprodutos, tais como: LEITE (usar com frutas, açúcar mascavo ou mel), queijo de soja, cujo nome era TOFU (para comer, temperar com salsa, cebola e cebolinha, etc,), MISSO (Pasta de soja que serve para sopa a ser tomada de dia e não à noite), CARNE DE SOJA - que era vendida na forma de bifes ou carne moída, saborosa quando bem temperada. Preferir o grão integral - pão integral, arroz integral, biscoito integral, etc. Frutas, ingerir de dia e evitar MANGA, MELANCIA, MELÃO, principalmente no inverno. Verduras, ingerir durante o dia. O açúcar refinado deve ser evitado, e substituído por ESTÉVIA (açúcar de planta) ou mascavo e mel. Evitar - leite e derivados, não beber água durante às refeições. Somente uns 10 minutos após. Não ver tv durante às refeições Evitar o uso de excitantes, tais como: café, mate, chimarrão, guaraná natural, chocolate, açaí. Mastigar bem os alimentos, comer com tranqüilidade, não mudar a qualidade dos alimentos subitamente de um dia para o outro, procurar horários fixos e regulares para as refeições. A maçã é a fruta por excelência e que pode ser ingerida com freqüência. ANEXO V FICHA DE ALTA: NOME: ______________________________________________________ DATA DA ALTA: ______/______/________ TEMPO DE PERMANÊNCIA : _______________________________ TIPO DE ALTA: À REVELIA ( ) Eram clientes que se desligaram do Setor , com ou sem a comunicação prévia ao terapeuta , ou que foram excluídos por rompimento do contato de trabalho inicial. À CRITÉRIO TERAPÊUTICO ( ) Eram clientes que obtiveram a alta por encaminhamento de seus terapeutas , esteja ou não concluído o trabalho previsto. QUALIDADE DA RESPOSTA TERAPÊUTICA : ÓTIMA ( ) BOA ( ) REGULAR ( ) RUIM PÉSSIMA ( ( PIORA CLÍNICA ) ) ( ) OBSERVAÇÕES: ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ _______________________________________________ ANEXO VI NÚMEROS DE ATENDIMENTOS REALIZADOS PELO SETOR DE HIPNOSE ATÉ 26/03/1999. Data Atendimentos Subtotal 400 400 03/11/97 29 429 04/11/97 4 433 05/11/97 45 478 06/11/97 24 502 07/11/97 8 510 10/11/97 7 517 11/11/97 32 549 13/11/97 50 599 14/11/97 19 618 19/11/97 28 646 20/11/97 61 707 21/11/97 26 733 22/11/97 5 738 27/11/97 46 784 03/11/97 26 810 04/12/97 50 860 05/12/97 26 886 08/12/97 16 902 10/12/97 37 939 11/12/97 42 981 12/12/97 29 1010 (Acumulado até) 31/10/97 15/12/97 58 1068 17/12/97 37 1105 18/12/97 37 1142 19/12/97 27 1169 22/12/97 14 1183 05/01/98 40 1223 07/01/98 11 1234 12/01/98 92 1326 14/01/98 7 1333 15/01/98 41 1374 16/01/98 14 1388 21/01/98 16 1404 22/01/98 35 1439 23/01/98 24 1463 26/01/98 4 1467 28/01/98 41 1508 29/01/98 24 1532 30/01/98 15 1547 02/02/98 6 1553 04/02/98 31 1584 05/02/98 26 1610 06/02/98 26 1636 09/02/98 5 1641 11/02/98 36 1677 13/02/98 16 1693 16/02/98 48 1741 18/02/98 23 1764 19/02/98 32 1796 20/02/98 17 1813 26/02/98 5 1818 27/02/98 8 1826 02/03/98 6 1832 04/03/98 40 1872 06/03/98 42 1914 08/03/98 21 1935 11/03/98 38 1973 13/03/98 45 2018 18/03/98 50 2068 20/03/98 61 2129 20/03/98 6 2135 25/03/98 41 2176 26/03/98 47 2223 27/03/98 27 2250 30/03/98 5 2255 01/04/98 34 2289 02/04/98 22 2311 03/04/98 34 2345 06/04/98 5 2350 08/04/98 36 2386 13/04/98 35 2421 15/08/98 42 2463 16/04/98 25 2488 17/04/98 16 2504 20/04/98 8 2512 22/04/98 56 2568 23/04/98 40 2608 24/04/98 22 2630 27/04/98 8 2638 29/04/98 38 2676 30/04/98 26 2702 04/05/98 19 2721 06/05/98 32 2753 07/05/98 41 2794 08/05/98 16 2810 11/05/98 5 2815 13/05/98 37 2852 15/05/98 13 2865 18/05/98 40 2905 20/05/98 37 2942 21/05/98 32 2974 25/05/98 8 2982 27/05/98 32 3014 29/05/98 44 3058 01/06/98 10 3068 03/06/98 27 3095 04/06/98 61 3156 08/06/98 24 3180 10/06/98 33 3213 15/06/98 15 3228 18/06/98 59 3287 22/06/98 69 3356 24/06/98 23 3379 26/06/98 55 3434 05/08/98 360 3794 06/08/98 38 3832 07/08/98 21 3853 08/08/98 8 3861 10/08/98 10 3871 12/08/98 40 3911 13/08/98 35 3946 17/08/98 5 3951 19/08/98 26 3977 24/08/98 24 4001 26/08/98 36 4037 27/08/98 29 4066 28/08/98 18 4084 31/08/98 9 4093 02/09/98 40 4133 03/08/98 37 4170 04/08/98 16 4186 09/09/98 5 4191 10/09/98 41 4232 14/09/98 59 4291 16/09/98 38 4329 23/09/98 94 4423 24/09/98 36 4459 24/09/98 23 4482 28/09/98 4 4486 30/09/98 21 4507 01/10/98 32 4539 02/10/98 21 4560 05/10/98 3 4563 07/10/98 23 4586 08/10/98 32 4618 10/10/98 19 4637 14/10/98 26 4663 15/10/98 46 4709 16/10/98 36 4745 19/10/98 58 4803 20/10/98 32 4835 21/10/98 26 4861 23/10/98 48 4909 26/10/98 19 4928 28/10/98 80 5008 29/10/98 17 5025 04/11/98 76 5101 05/10/98 42 5143 06/11/98 47 5190 09/11/98 26 5216 11/11/98 82 5298 12/11/98 48 5346 13/11/98 50 5396 13/11/98 17 5413 17/11/98 45 5458 18/11/98 30 5488 19/11/98 47 5535 20/11/98 39 5574 23/11/98 14 5588 24/11/98 60 5648 25/11/98 39 5687 26/11/98 48 5735 27/11/98 42 5777 30/11/98 62 5839 01/12/98 59 5898 02/12/98 33 5931 03/12/98 47 5978 04/12/98 47 6025 07/12/98 22 6047 08/12/98 65 6112 09/12/98 32 6144 10/12/98 29 6173 11/12/98 50 6223 15/12/98 74 6297 16/12/98 36 6333 17/12/98 47 6380 21/12/98 105 6485 23/12/98 80 6565 28/12/98 42 6607 30/12/98 82 6689 04/01/99 29 6718 06/01/99 83 6801 07/01/99 49 6850 07/01/99 52 6902 11/01/99 22 6924 14/01/99 51 6975 15/01/99 42 7017 18/01/99 69 7086 21/01/99 94 7180 22/01/99 49 7229 25/01/99 14 7243 17/01/99 70 7313 28/01/99 26 7339 29/01/99 45 7384 01/02/99 20 7404 03/02/99 65 7469 04/02/99 32 7501 05/02/99 56 7557 08/02/99 11 7568 09/02/99 36 7604 10/02/99 37 7641 11/02/99 30 7671 12/02/99 41 7712 18/02/99 28 7740 22/02/99 37 7777 23/02/99 57 7834 24/02/99 22 7856 25/02/99 40 7896 26/02/99 30 7926 01/03/99 66 7992 03/03/99 22 8014 04/03/99 49 8063 05/03/99 120 8183 08/03/99 23 8206 10/03/99 84 8290 11/03/99 42 8332 12/03/99 36 8368 15/03/99 25 8393 17/03/99 86 8479 18/03/99 42 8521 19/03/99 42 8563 26/03/99 111 8674 TOTAL 8674 atendimentos