Situado - Argentina

Transcrição

Situado - Argentina
O Reflexo do que somos
E
buscam novas experiências, únicas e inesquecíveis.
Todo aquele que tenha visitado a Argentina e presenciado algum jogo de futebol conhece a paixão e
o fervor com o qual o povo vive cada encontro, nos
estádios, nas casas ou nas ruas de todas as cidades.
Camisetas, globos, bandeiras, cantos e o constante
incentivo da torcida arrepiam a pele de todos aqueles
que se perguntam se o espetáculo se encontra no
campo de futebol ou nas arquibancadas dos estádios.
Ao longo destas páginas, os que tenham vivido o
futebol na Argentina, encontrarão a lembrança mais
linda de um dos espetáculos mais impactantes que
existe. Todos aqueles que não nos hão visitado ainda
descobrirão algo novo sobre nós.
Como sempre, “La Che” continua apresentando o
mais destacado da arte e da gastronomia da Argentina,
um recorrido único através dos nossos Parques Nacionais com suas experiências que põem em contato
aos visitantes com cada uma das maravilhas naturais
deste solo. Além de personalidades e empresas que
representam o país, todas as atividades promocionais
do Inprotur e alguns detalhes que põem a vista
essas pequenas coisas que fazem desta terra e sua
gente um lugar único.
“La Che” segue sendo o reflexo do que somos.
PH: CLEO BOUZA PARA VIRGEN FILMS
stou muito contente de lhes apresentar esta
nova edição de “La Che”. Ao longo de três
números temos logrado marcar uma impronta
na forma de plasmar todo o realizado desde o
Instituto Nacional da Promoção Turística e conseguimos
criar um produto que nos permite mostrar ao mundo,
todo o trabalho que realizamos em prol de promover
nosso país no exterior. Mas também, a missão é
fazer ver a nossa cultura, nossa gente e cada uma
das maravilhosas experiências que fazem da Argentina
um país único.
Nesta nova edição decidimos apostar por um dos
matizes que mais representam ao nosso país, um
dos ícones que nos distingue e que forma parte do
nosso DNA cultural: o futebol. Mas não mostrando
como esporte, senão plasmando nas páginas o sentimento, a paixão e a idiossincrasia de um jogo que
se vive nestas terras como em nenhum outro lugar.
Inumeráveis são as personalidades do futebol que
deixam todos os dias o nosso país no mais alto do
esporte mundial. Alguns destes esportistas nos representam como embaixadores da nossa “Marca
País” ao redor do planeta, como Lionel Messi ou
Diego Simeone. Com suas conquistas esportivas
conseguiram posicionar a Argentina como um destino
para ser conhecido por milhares de pessoas que
ENRIQUE MEYER
PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL
DE PROMOÇÃO TURÍSTICA
SUMARIO
CHE.UMA REVISTA SOBRE A ARGENTINA
ANO 1 NÚMERO 4
8
Os que fazemos
"La Che"
12
Enrique Meyer
Ministro de Turismo da Nação e Presidente
do INPROTUR
16
Daniel Aguilera
Secretário de Turismo da Nação
22
Roberto Palais
Secretário Executivo
Marcela Cuesta
Diretora de Promoção
38
Ariel Cohen
Unidade Operativa de E-Marketing e
Novos Meios
46
Sebastián Pérez Callegari
Desenho e criatividade
61
Pablo Manuel de Lima
Imprensa
76
78
Arte:
Livros, música, pintura, teatro e cinema.
Redescobri:
O futebol, muito mais que um esporte: uma paixão inexplicável.
Gourmet:
Juliana López May, uma cultora da comida saudável e da mesa bem apresentada.
Experiências:
Para deixar se seduzir pelos Parques Nacionais.
Nota de capa:
Verso a verso, uma conversa íntima com Sandra Mihanovich, mulher
versátil, cantora e baladista destacada.
Toma 10:
Como viveu a torcida argentina a última Copa do Mundo.
O mundo é
uma figurinha
Impulso:
Ir a escola com a
Novidades e próximos eventos no nosso país.
esperança de conseguir
a difícil, se
transformou, em nossa
Nossa:
infância, no único que
Havanna, os alfajores que já deixaram de ser sinônimo de verão e nos
importava. Nola e
representam no mundo.
foram os vocábulos
com os que se
Argentin@s:
manejava o tempo.
Santiago Bilinkis e Andrea Juan, dos empreendedores inquietos que
Pág. 57
souberam unir suas paixões e a ciência.
Novidades de arte
POR MARYSOL ANTÓN
arte
Livros
tecnópolis
Mondo Babosa
A maior mostra de arte, ciência e
tecnologia da América Latina
abre suas portas por quarto anos
consecutivos e te convida a
jogar, participar, experimentar,
transformar e a surpreender-se.
Em suas ruas e corredores a arte
os avance tecnológicos, a
natureza, a ciência e os destinos
turísticos da Argentina se
reúnem para mostrar a todos o
melhor do nosso país. Um dos
stands mais destacados é o
apresentado pelo Ministério de
Turismo da Nação, chamado
Sensorium onde público poderá
descobrir as imponentes
paisagens da Argentina que hão
sido declarados pela UNESCO
como Patrimônio Mundial.
Adriana Hidalgo Editora
Editorial Sudamericana
A historia se torna historieta,
desenhos. Um gato se empenha
em agarrar uma borboleta e as
páginas começam a mostrar um
mundo psicodélico criado por
Mariano Diaz Prieto.
Aquilo que parecia cotidiano
quase ordinário abre passagem
ao desconhecido, ao onírico, a
um espaço interminável. O
trabalho de Diaz Prieto se
equilibra em uma polaridade
entre o doce e o macabro,
misturando insetos gigantes
com caracóis e gatos, crianças e
paisagens da grande Buenos Aires.
Buenos aires na mira
exposição
Editorial Sudamericana
O historiador Daniel Balmaceda
plasma em este livro uma
investigação fotográfica que
revela a vida da metrópole
portenha entre 1880 e 1960.
Desde uma piscina olímpica em
Retiro até a primeira vez que
alargaram a Avenida General
Paz, passando pelos ônibus de
antes, a moda, a cultura e os
costumes. Tal como o define seu
autor, este livro é um "álbum de
emoções que pode ser muito útil
para exercitar a observação e
fotos antigas".

arte
No canal “Encuentro”
Um recorrido pelas províncias
argentinas para realizar
encontros com produções
artísticas contemporâneas que
nascem dos seus entornos. O
ponto de partida são as obras; e,
transitando pelas artes visuais, o
teatro, a dança, o desempenho,
o vídeo, a fotografia e outras
linguagens, conhecemos
algumas expressões do século
XXI desenvolvida pelos autores e
ônibus que não circulam mesmo
nos âmbitos mais conhecidos ou
populares do campo cultural.
Mais informações:
www.encuentro.gov.ar
El Calafate
Situado na Patagônia, este museu
analisa em profundidade a
origem e o desenvolvimento dos
glaciares no extremo austral do
país. Com o objetivo de
sensibilizar aos visitantes, cada
espaço conta com estímulos
visuais, sonoros e táteis, para que
cada pessoa possa compreender a
importância destes blocos de
gelo. Além de aproveitar para
incentivar o cuidado do meio
ambiente e possuir um grande
acervo cultural da região.
Mais informação:
http://glaciarium.com
Museus a céu aberto
Museus
Glaciarium
Nova arte argentina
tv
Chaco
A Bienal Internacional de
Esculturas 2014 aconteceu de 12
a 19 de julho na cidade de
Resistencia. Reuniu a 10 artistas
consagrados representando a
distintos países dos cinco
continentes que competiram a
céu aberto e em público,
realizando uma obra original e
inédita, que se inspira no “Homo
Novus”. Além disso, foram
realizadas outras expressões da
arte contemporânea, como arte
efêmera, intervenções,
instalações aquáticas, obras
coletivas com originárias
jornadas de arte lúdica para as
crianças e o suporte teórico de
ateliês e conferências.
Mais informação:
www.bienaldelchaco.com
CiNeMa
pérez Celis: 1939-2008, liberdade e paixão,
relatos selvagens
Museo Lucy Mattos
Até 28 de setembro próximo, com
a curadoria Julio Sapollnik, podese visitar esta mostra que reúne
uma seleção de dezoito obras,
como A Bombonera (A Doze),
Dança Solar, Explicável
lembranças, White and black,
Preludio, Solaris Antaris, Quemú,
quemú, Autorretrato e Força da
origem, entre outras.
Mais informação:
www.museolucymattos.com
Vem de ser ovacionado no Festival
de Cannes e agora deslumbra no
cinema das salas argentinas. Este
filme de Damián Szifrón,
protagonizado por Ricardo Darín,
Oscar Martínez, Darío Grandinetti
e Leonardo Sbaraglia, está paltado
em seis episódios, todos com uma
grande dose de humor que faz
que cada relato seja impactante.
app
Guia Bariloche
piNtura
Trata-se de uma aplicação
perfeita para encontrar os
melhores hotéis, restaurantes e
atrações onde você estiver.
Desenhada e testada em
Bariloche, outorga qualidade de
informação e atualizações
permanentes. Conheça as
ofertas especiais que Bariloche
tem para você. Através da
tecnologia de posição geográfica
saiba a que distância está de
cada lugar e o melhor caminho
para chegar. Pode usar esta app
sem conexão de dados e em
qualquer lugar.
Descarregue desde
http://guiasmoviles.com

REDESCUBRÍ
POR PABLO DE LIMA
O futebol pisou na Argentina e voltou a nascer. Nestas terras, passou
de ser só um esporte e se transformou em um fenômeno de massas,
em uma paixão popular.
T
inha quatro ou cinco anos, não mais do que isso. Bermudinha curta, camiseta listrada, penteado com gel e os tênis brancos, tão sujos, que já estavam marrons. Levava a bola de borracha, essa que tinha me encantado desde uma vitrine, apertadinha
de baixo do braço e fiquei parado na borda, justo no limite lateral da linha de cal que
marcava o interior e o exterior do mundo das minhas fantasias. O campo de futebol.
Dentro do campo jogava meu pai. Todo transpirado e com a camiseta da argentina
agarrava todas as bolas, enquanto eu olhava desde longe, sonhando, talvez, com estar
dentro, agarrar as bolas até não poder respirar, jogar um jogo de verdade e não uma
pelada com os meninos da quadra, receber um lance, baixar com o peito, balançar as
redes, fazer um gol.
O futebol é – para quase todos os garotos argentinos– o primeiro e único sonho. Disse
Maradona antes de ser D10s: “Meu primeiro sonho é jogar a Copa do Mundo e o segundo é ser campeão”. Mas, bem longe de todos chegarem a ser um Maradona - porque Diego tem somente um – e talvez sendo um pouquinho menos ambicioso, jogar
futebol, pôr a camiseta do time e sair correndo do recreio para fazer gols com uma latinha de refrigerante, são esses pequenos sonhos que fazem que todos os dias se convertam em uma aventura diferente.
Com o futebol alguns choram, outros ficam bravos. Estão os que cantam sem parar e os
que sofrem tanto, que preferem não olhar durante todo o jogo. Cada pessoa o vive de jeito

REDESCUBRÍ
diferente. Vejamos, por acaso, o que me aconteceu em 2010. Esse
ano marcava a final de 4 anos de espera e a Argentina ainda não
estava classificada. Lembro que chovia muito e, ainda que o volume da TV estavesse muito alto, se escutava bem pouco. A seleção
jogava no estádio do River a classificação para a Copa do Mundo.
Não alcançava em empatar, porque com esse resultado, a Argentina ficava fora. A bola voava pelo ar desesperada até que
um par de pernas azuis conseguiu baixá-la. O pontapé saiu disparado e a bola atravessou a área completa, enquanto que milhões de argentinos se esticavam em seus sofás querendo
empurrá-la para dentro do gol. Quando tudo parecia perdido,
um chute grotesco de esquerda de um loiro platinado devolveu
a vida a um país inteiro. Gol, nada mais que gol. Foi a última
vez que chorei.
Identidade, cultura
Se alguém perguntar pela rua, cada argentino terá uma versão distinta sobre esse momento e sobre muitos outros que ficaram na
memória do inconsciente coletivo futebolista. A mão de Deus, o fenômeno voador e o gol mais lindo da história formam parte da
nossa bagagem cultural mais autêntica, essa que se nutre em cada
estádio e campinho de futebol todos os fins de semana.
O futebol na Argentina é muito mais que um esporte. Ao longo dos
anos se transformou em um fenômeno cultural. Famílias inteiras
esperam o jogo do domingo para tomar uns chimarrões e gritar os
gols do seu time. Pais e filhos caminham cantando pelas calçadas
dos estádios, com as caras pintadas e as camisetas postas, esperando
o apito inicial de um novo espetáculo dominical.
O país se detém cada vez que a Argentina joga. As ruas vazias parece
o cenário de um filme hollywoodiano depois da extinção. Se
algum turista chegasse nesse momento pensaria que todos
foram embora, que o deixaram sozinho no mundo. Mas não,
está mais acompanhado do que nunca.
Na Argentina o futebol não é só futebol. O futebol é também
o ritual, é gozar ao companheiro de trabalho que é torcedor
do time que perdeu, é pôr a mesma camiseta todos os domingos porque é “a da sorte”, é a “linguiça” do estádio. O futebol
é a desculpa para se reunir, correr com amigos detrás da bola
todos os sábados e depois comer um churrasco.
Os gols armados com jaquetas dobradas e o time que fizer o primeiro gol ficam com as camisetas postas são algumas das regras
que todos conhecem, e que ninguém discute. Pão e queijo, um
passo na frente do outro, um toquinho com a ponta do talão. O
que consegue pisar no outro escolhe os seus companheiro primeiro e o que chega último é o principal goleiro completam o regulamento das ruas, praças terrenos baldios que são o cenário dos
jogos mais autênticos.
Nas arquibancadas os cantos nascem do mais profundo das gargantas dos protagonistas. Os torcedores dançam, pulam, riem,
choram e muitas vezes até, nem assistem o jogo. Porque o futebol é isso, é muito mais que só futebol. Deixou de ser um substantivo para ser um verbo. O futebol é paixão, alegria, tradição,
é tudo isso que somos, mas plasmado em uma bola e em um
abraço de gol.
Na Argentina futebol é um pouquinho mais futebol.

GOURMET
POR DANIELA DINI
FOTOS: BB TESIO
Juliana
Lopez May
ao natural A
Cozinhar é muito mais que um ato em si
mesmo: é compartilhar, é dar amor através de
um saboroso prato. Com estilo próprio, esta
cozinheira faz da sua profissão uma filosofia
de vida onde honrar a boa mesa é
simplesmente o primeiro ponto de partida.
cozinha sempre fez parte do seu ser: a Juliana
López May a vocação a acompanha desde
que tem memória e diz, sem voltas, que não
poderia ter se dedicado a outra coisa. As lembranças
começam na cozinha da casa da família, com os
sabores da sua mãe Leonor, entre as brigas com os
seus outros três irmãos por ver quem podia se meter
e ajudar, misturar, e experimentar. Dos quatro, dois
tenderam de forma definitiva para a gastronomia:
Máximo López May – atualmente radicado no México–, que é também outro dos referentes da cozinha
argentina, e Juliana. “Em casa minha mãe cozinhava
muito, ela era filha de alemães assim que fazia muita
comida dessa origem: späetzle, goulasch, pastrón,
tortas com maçãs, bolachinhas de manteiga”, lembra.

GOURMET
Juliana é uma das caras do El Gourmet. Começou na televisão faz quase 10 anos, por
um casting que a recomendou Fernando Trocca. “Não era algo que sonhara, aconteceu
naturalmente. Está bom dar uma mensagem e ter consciência da mesma, de que te
escutem. A minhas é que as pessoas preparem uma mesa linda e voltem a cozinhar.”
O COMEÇO
Desfrutar por sobre todas as coisas. Para esta cozinheira,
que começou aos 19 anos com Francis Mallmann, seu
grande maestro, que estudou em distintas cidades do
mundo e que, mais tarde, se consagrou como empreendedora até se transformar em uma figura dentro
da gastronomia argentina, se trata de desfrutar do momento da mesa em si mesmo. “Comer vamos sempre,
assim que se lhe damos outra importância, se fazemos
que tenha mais graça, tudo é muito melhor. É algo que
depende de nós e de como um viva o momento de
sentar para comer”, agrega, ao mesmo tempo em que
destaca o fundamental de destinar o tempo necessário
a este ritual, inclusive na copa cozinha. “Tento fazer o
tempo todo na minha própria casa: eu gosto que as
pessoas comam coisas saborosas, mas simples, e nisso
há uma busca fundamental de produtos. Não pode
faltar um bom azeite de oliva, algum tipo de açúcar de
qualidade, legumes, cereais e muitas verduras e frutas
frescas”, agrega Juliana, que além de profissional, é
esposa e mãe de dois filhos de quatro e seis anos.
Seu espírito empreendedor esteve presente desde muito
jovem. Despois de fazer carreira com Mallmann e com
somente 26 anos, abriu Círculo, seu primeiro restaurante,
junto a dois sócios, em San Isidro. Manteve o empreendimento durante cinco anos e depois abriu COZINHA,
esta vez de comida saudável junto a Jackie e Jessica Lekerman. “Nasceu meu primeiro filho, e quando veio o
segundo, decidi começar a trabalhar desde casa”, lembra.
Sem perder a essência entrepreneur, se dispôs a encontrar
outra forma de fazer comida e criou um estilo com a
sua cara. Tudo foi acontecendo organicamente: sua
aparição na televisão no programa El Gourmet, os livros,
as aulas de culinária. Assim chegou o Boulevard Sáenz
Peña, o espaço que a melhor representa, onde desenvolve
todos sues projetos. “Por um lado faço o cardápio do
restaurante e por outro trabalho e produzo aqui mesmo”.
EQUILÍBRIO NATURAL
Se tiver que definir seu jeito de cozinhar, aponta a culinária
de estação. “Eu gosto de priorizar a qualidade do produto,
a estação. Para mim o fundamental está no versátil, em
aquilo que dá a possibilidade de repetir, não essas receitas
que ninguém nunca vai poder fazer. Eu gosto que o que
ensino seja real, repetido em todas as casas e que
transmita vontade de cozinhar. O ideal é não usar mais
Seu maestro foi Francis Mallman, e entre seus referentes
estão seu irmão Máximo e sua própria mãe. Do exterior
admira a Tessa Kirós e ao reconhecido Jamie Oliver: “que
muito mais do que como cozinha, gosto como pessoa.
Utilizou a cozinha como o meio para a causa que defende”.
Além dos sabores, da cozinha sempre cheia de produtos
frescos e da estação, Juliana destaca o ritual da mesa
familiar: “Era um momento ao que se dava muita importância, especialmente à noite, quando estávamos
todos”. Esses postais familiares deixaram gravados
nela a importância de desfrutar da mesa como algo
inseparável da boa cozinha: “pôr a louça, tomar um
minuto para eleger os pratos. É uma forma de honrar
esse momento e aos que amamos. Felizmente, é algo
que está voltando. Minha mãe e a geração dela ainda
o conservam, mas teve outra em que isso se perdeu”.

GOURMET
As viagens são um motor: “me apaixona viajar. É onde me
nutro, onde encontro inspiração, algo que necessito o tempo
todo para minhas aulas e meus livros. O viajar te abre para
outras cozinhas culturas, é sempre enriquecedor”.
A VOLTA DAS ORIGENS
ingredientes que os necessários. Como diz meu irmão
Máximo, menos é mais”, define.
Juliana não adere aos extremos e não se define vegetariana,
ainda que sua mensagem esteja em transmitir que é
possível comer coisas deliciosas sem consumir tantas
carnes. “É algo cultural, muito difícil de mudar no nosso
país, mas é possível. Com meus livros e minhas aulas
trato de ensinar a comer outros ingredientes e produtos.
Não dou aulas com carnes vermelhas nem frango.
Primeiro porque sabemos cozinhar isso perfeitamente,
somos argentinos; segundo, porque acho que tem que
diminuir um pouco o seu consumo”. Para ela, a chave
está em encontrar o equilíbrio, entre permitir algumas
vezes e em comer de um jeito que não seja proibitivo
senão saudável e sustentável com o tempo.
Em um momento em que estamos recuperando o interesse por saber de onde vem o que comemos, está
também a mão de quem a produz. “Conhecer ao produtor é muito importante para mim. É difícil porque
não é o que mais sucede: talvez a chance esteja nas
feiras, nos mercados. Hoje em dia há um ressurgir
deste tipo de lugares, como Masticar, Buenos Aires
Market, Sabor da Terra, que são espaços que te dão a
oportunidade de conversar com as pessoas, ver a sua
cara, conhecer sua história. E é algo apaixonante”.
Entender a origem dos produtos que elegemos comer,
também está vinculado com como cozinhamos e, para
Juliana, a chave é manipular o menos possível essa
matéria prima. “A Argentina é muito boa em produtos
italianos, queijos, azeites de oliva, vinhos. Produzimos
um monte de coisas, há boa fruta e verdura, e tem
que aproveitá-lo”.
Nas palavras da Juliana, no seu jeito de falar, tem
sempre uma alegria e um inconfundível sentimento
de gratidão. Aos 17 anos atravessou um linfoma e um
processo de quimioterapia e, a partir desse momento,
a cozinha se transformou em seu jeito de se curar.
“Sempre digo que me curei cozinhando. Passei muito
tempo em casa durante a recuperação e cozinhava
um montão, assistia programas. A cozinha foi um
jeito de me desconectar de tudo e de me curar.”
Talvez por essa experiência que lhe tocou viver, sua
mensagem em cada coisa que transmite, deixa ler, de
forma transparente, o amor pelo que faz. “O que
mais eu gosto é que transformei minha paixão em
minha profissão. Consegui fazer o que gosto todos os
dias e encontrei a versatilidade de sair de um restaurante
e poder seguir trabalhando disto.” Seu lema é sempre
otimista: “Em minha opinião tudo é possível”. O céu é
o limite. Tem que fazer as coisas como um as sente e
para isso temos que nos conhecer bem, saber por que
escolho fazer o que faço, e simplesmente, fazer. Dia a
dia, pondo o melhor. E sempre pensando em fazer algo
pelo outro. Se você pensar que o que faz beneficia a alguém mais, em seguida você mesmo vai se sentir beneficiado. “Assim as coisas sucedem, naturalmente”.
A beLezA eSTá nOS DeTALheS
Se tem algo que Juliana López May conseguiu foi mostrar não só uma forma de cozinhar, mas também um estilo de
vida. E nele há um critério estético que ela assume como outras das suas paixões. “Adoro a decoração. Gosto muito
do antigo, o recuperado, o herdado. Desde a louça, as toalhas de mesa, até as receitas mesmas. Acho que é algo que
fecha perfeitamente o círculo: uma comida não é a mesma se for servida em um prato branco tradicional ou se a faz
em uma tigela especial determinada, se dedica tempo a mesa de uma forma especial.”
Entre seus projetos a futuro está o lançamento da sua própria linha de louças. Também criou, junto a Vero Pasman,
Gastronomia de Papel, uma linha de jogo americano, porta-copos, cadernos e stickers para vestir a mesa e alegrar a
casa. Para o que resta de 2014, além de continuar com a sua linha de conservas feitas em Mendoza e com as aulas
de culinária, Juliana planeja lançar seu quinto livro, inspirado na Itália. A partir de setembro ela poderá ser vista em
um novo programa de TV no El Gourmet, onde ela vai poder misturar suas duas paixões: a cozinha e a decoração.
Mais informação: www.julianalopezmay.com
“Eu gosto que o que ensino seja real, repetida em todas as casas e que transmita
vontade de cozinhar. O ideal é não usar mais ingredientes que os necessários.
Como diz meu irmão Máximo, menos é mais.”

experiências

EXPERIÊNCIAS
ÁREAS PROTEGIDAS
Turismo sustentável:
Áreas
Protegidas
O Sistema Nacional de Áreas Protegidas tem por missão a
conservação do imenso mosaico ambiental que representa a
Argentina. Os sedutores circuitos turísticos que propõem estes
territórios de conservação tem demostrado um crescimento
sustentável e promovido tanto pela gestão da Administração de
Parques Nacionais como pelos investimentos estatais em serviços.

Foto: Ricardo Canga
EXPERIÊNCIAS
Parque Nacional El Leoncito
Cuyo
No céu da noite de San Juan, a 2.250 msnm, existe um lugar
único no mundo para a observação dos astros.
N
o sudoeste da província de
San Juan, o Parque Nacional
El Leoncito está localizado sobre os
faldeos ocidentais da Serra do Tontal,
no município de Calingasta. A 220
km da capital sanjuanina, permanecem abertas ao público duas estações astronômicas: O Complexo
Astronômico El Leoncito (CASLEO)
e o Observatório Astronômico Carlos
Ulrico Cesco (CESCO). No CASLEO,
ao qual se chega depois de transcorrer
um caminho custodiado por álamos
e sauces, o protagonista é um telescópio de 40 toneladas que funciona com dois espelhos, um deles
com um pouco mais de 2 metros
de diâmetro. No interior da cúpula
do Telescópio Astro Gráfico Duplo
pode-se apreciar uma interessante
coleção de fotografias de 1986 do
Cometa Halley.
A visita diurna se complementa com
o recorrido de várias trilhas interpretativas, guiadas por sinalizações
para a realização de uma caminhada
tranquila. A visita a El Leoncito
permite conhecer áreas de interesse
arqueológico e lugares de importância
histórica, como o casco da antiga
estancia El Leoncito, utilizado como
posto de avanço militar pelo Exército
dos Andes em sua campanha para
liberar a Argentina, Chile e Peru.
Além disso, existe uma trilha que
conduz até a Cascada da Amizade e
que propõe visitar o caminho Paisagem de Água.
Parque Nacional Serra das Quijadas
Trilhas entre enormes canais de água, nascimentos arqueológicos, pegadas de dinossauros e troncos petrificados.
N
o noroeste da província de San Luís, o Parque
Nacional Serra das Quijadas está a 116 km da
capital provincial. Ocupa uma superfície aproximada de
150 mil hectares, onde montes de rochas e pequenas
elevações escalonadas convivem com uma vasta planície
com suave pendente. É uma região de bosques xerófilos,
lençóis e pastagens nos que deambula uma fauna muito
similar a da estepa patagônica: guanacos, raposas cinzas,
pumas e majestosos condores. Por ser hábitat de espécies
protegidas, como o falcão peregrino, a águia coroada, o
pichiciego menor, o cardenal amarelo e a reina mora,
atrai observadores de pássaros do mundo todo.
Nas Quijadas há trilhas “autoguiadas”, de baixa dificuldade
e de só uma hora de duração, que conduzem aos miradores
desde os que se obtêm incríveis vistas e fotografias. A
trilha dos Miradores se recorre em umas duas horas e
permite caminhar pela explanada, desde onde se obtém
uma vista panorâmica única aos pés do Potreiro da
Aguada. A trilha da Pegada do Saurio, diferentemente,
exige umas três horas de caminhada e seu presente é
poder ver a Pegada do Saurópodo, impressa desde faz
milhões de anos. A trilha mais extensa são umas quatro
horas de caminhada e se a conhece como Canhão dos
Despenhadeiros. Recorrê-lo implica avançar rumo abaixo.
Uma vez finalizado o descenso, um se encontra rodeado
por paredes de vermelho furioso de 250 metros de altura.

EXPERIÊNCIAS
Parque Nacional Los Glaciares
Patagônia
Com os olhos fechados se escuta a rouca voz do glaciar, que em ocasiões
não é mais que um sussurro.
O
mítico Glaciar Perito Moreno,
o gigante Congelado, avança
lentamente até tocar a terra e formar
uma ponte. É um espetáculo imprevisível, e seu derrube é o momento
mais esperado. Na localidade de El
Calafate, na província de Santa Cruz,
é possível contratar excursões até
as passarelas desta massa de gelo.
O glaciar, situado no Parque Nacional
Los Glaciares, na mesma província,
dispõe de um circuito de vários quilômetros de cômodas e amplas passarelas, dispostas a diferentes alturas,
acessível para pessoas com capacidade reduzida, que permitem uma
visão panorâmica.
Se de conhecer ao gigante gelado
se trata, as caminhadas sobre o
Perito Moreno são uma opção tradicional e imperdível, sendo também
possível de admirar desde a água,
através das navegações em catamarãs
que se dirigem em direção tanto as
frentes norte e sul, mostrando cada
vez uma perspectiva diferente.
Huella Andina
P
egada Andina é a primeira
Ao longo de 577 km, um recorrido
trilha de comprimento recorrido
atravessa bosques autóctones,
da Argentina. Une Villa Pehuenia e
espelhos de águas transparentes
a zona do Lago Aluminé, em Neue aves majestosas.
quén, com a área de Baguilt, na
província de Chubut. Passa pelas
imediações das localidades de Junín
dos Andes, San Martín de los Andes,
Villa Traful, Villa La Angostura, San
Carlos de Bariloche, El Bolsón, Lago
Puelo, Epuyén, Cholila e Esquel.
Um caminho que atravessa, além,
dos Parques Nacionales Lanín, Nahuel Huapi, Arrayanes, Lago Puelo
e Los Alerces, reservas provincianas,
territórios fiscais e privados.
Para armar a rota trocal foram utilizadas pegadas e trilhas preexistentes, com o objetivo de valorizar
os recursos naturais e culturais através de uma atividade de baixo impacto ao redor. As partes das trilhas
conectam as principais localidades
turísticas da área, garantindo a disponibilidade de serviços de hospedagem e prestações turísticas. O
silencio que reina na trilha só é interrompido pelo canto dos pássaros
ou a caída de alguma cascada que
convida ao descanso.

EXPERIÊNCIAS
Parque
Nacional Mburucuyá
Litoral
N
Todos os contrastes da
natureza em um Parque
Nacional de lenda.
a região Litoral da Argentina, na província de Corrientes, encontrase o Parque Nacional Mburucuyá, a 167 km da cidade homônima.
Esta zona pertence aos Esteros do Iberá, uma eco região que tem grande
influencia da região chaquenha , da selva paranaense e do espinal, o que
lhe aporta uma grande diversidade de paisagens e a transforma em um
atrativo único.
Lagoas, mangues e pequenos montes formam uma paisagem onde a no
ambiente se respira umidade. As pastagens e as palmeiras de jataí lhe
outorgam uma atmosfera rústica ao entorno. Os bosques chaquenhos
conseguem impor glaciais aos quebraços. Entre a espessa vegetação se
movem capivaras, raposas de monte e jaguaretês. Infinidade de espécies
autóctones entre as que se destacam o jacaré negro, jacaré oveiro, a
raposa gigante, a raposa de monte, o macaco leão dourado, o mão
pelada, o veado pardo e o alce dos pântanos. Também, a capivara, o ratão-do-banhado o lobinho do rio e aves próprias de ambientes aquáticos.
Os amantes da natureza disfrutarão de caminhar pelas trilhas do Yatay e
Che Roga, aguardam o incipiente pôr do sol.
Parque Nacional Iguazú
Seus caminhos levam a um lugar único
no mundo, donde o estrondoso da água
faz a natureza vibrar.
S
ituado no noroeste da província
de Missiones, o Parque Nacional
Iguaçu encontra-se somente a 17
km da localidade do Porto Iguaçu.
O ecossistema que se encarrega de
preservar pertence a eco região Selva
Paranaense, que cobre quase todo
o território missioneiro. O tesouro
natural que alberga são as Cataratas
do Iguaçu, que compreende 275
saltos de água que alcançam até 80
metros de altura. Declaradas uma
das novas 7 Maravilhas Naturais do
Mundo, são também Patrimônio
Natural da Humanidade.
A visita ao Parque Nacional Iguaçu
requer, pelo menos, um dia inteiro. Entre as propostas recreativas
destacam-se: o Centro de Interpretação Yvirá Retá; o passeio
Inferior, de 1.400 metros de passarelas com escadas; o Passeio
Superior, de 1.300 metros de
passarelas sem escadas; a trilha
da Garganta do Diabo, de 1.100
metros de passarelas sem escadas;
o cruze a Ilha San Martín; a Trilha
Macuco, e o Jacaratiá. Também
há excursões alternativas que propõem descobrir o Parque e se
aproximar as Cataratas através de
atividades de pura adrenalina.

EXPERIÊNCIAS
Parque Nacional Talampaya
Norte
Um deserto vermelho de paredões que se perdem no horizonte, lar dos dinossauros mais antigos.
D
eclarado Patrimônio da Humanidade, junto ao seu vizinho
sanjuanino o Parque Provincial Ischigualasto, O Parque Nacional Talampaya se encontra situado no centro-oeste da província de La Rioja, a
231 km da capital riojana e a 74 km
do povoado da Vila União. Belo e
misterioso deserto vermelho, surgiu
das profundidades da terra quando
surgiu a Cordilleira dos Andes. Ocupa
uma superfície de 215 mil hectares
e faz 250 milhões de anos que foi o
lar do Lagosuchus Talampayensis,
um dos primeiros dinossauros que
habitaram a terra.
O Talampaya se recorre exclusivamente
com um guia autorizado. A aventura
pode ser vivida a pé, de bicicleta ou
em vehículo 4x4. A principal atração
é o Canhão de Talampaya, “talhado”
sobre o cenário da Serra dos Tartajos,
que destaca uns 3 km de extensão e
paredões que chegam a 150 metros
de altura. Aqui se observam curiosas
figuras esculpidas pela água e o vento
ao longo dos séculos. Entre elas se
destacam a Chaminé, o Monge, o
Ascensor, as Falésias e a Catedral.
Igualmente interessantes são os circuitos alternativos da Cidade Perdida
e Arco Iris, em programas que se recorrem durante cinco ou seis horas
pelos leitos dos rios secos, dunas
avermelhadas e pampas de areia povoada de Lhamas/Guamacos.
Parque Nacional Copo
Um lugar no mundo onde a natureza há encontrado um refúgio para as espécies ameaçadas.
L
ocalizado no noroeste da
província de Santiago del
Estero, no Norte da Argentina,
o Parque Nacional Copo é uma
reserva natural que protege 114
mil hectares da eco região Chaco
Seco. Este Parque Nacional, que
pode chegar através da localidade
Pampa dos Guanacos, a uns 300
km da capital provincial, protege
a várias espécies que se encontram em perigo de extinção. É o
caso do nobre Quebracho Avermelhado santiagueño, uma árvore que por sua boa madeira
há sofrido, historicamente, a derrubada indiscriminada.
Entre extensas e secas pastagens
vive uma fauna variada e peculiar.
Espécies entre as que se destacam
o jaguaretê, o tatú carreta e o porco
espinho – um pecari que se alimenta dos frutos do quimil, cactos
típico da região –. Também é significativa a presença de outras espécies ameaçadas da fauna nativa
como tamanduá grande, a águia
coroada e jiboia das tocas.
Recorrer o Parque Nacional Copo é
um desafio para os amantes da
natureza. Localizado na zona que
se conhece como “o impenetrável
santiagueño”, é uma das terras
menos exploradas pelo homem.
Para conhecê-lo é recomendável
contatar a guias especializados e
informar ao guarda florestal local.

EXPERIÊNCIAS
Reserva natural e
cultural Cerro Colorado
Córdoba
Trilhas vermelhas atravessa a vegetação serrana e convidam a descobrir as
lendas que deixaram as pegadas do passado.
A
165 km ao norte da cidade de Córdoba, a Reserva natural e cultural
do Cerro Colorado, localizada em uma
zona que esteve habitada pelas culturas
Ayampitín, Sanavirones e Comechingones,
conserva pinturas rupestres que datam
de tempos milenários as ladeiras do Cerro
Colorado mostram as imagens que os
povos originários plasmaram faz mais de
mil anos. Através delas é possível imaginar
como viviam aqueles antigos povoados,
conhecer seus rituais e relação com o
entorno natural. Declarada Área Nacional
Protegida em 1992 – com o objetivo de
preservar os recursos culturais–, as normas
da Reserva permitem o acesso às pinturas
rupestres, unicamente, sob a presença
de um guia experto.
A experiência se completa com a visita
ao Museu Arqueológico, momento de
apreciar cuidadas produções artesanais e
de encontrar a lembrança ideal para levar
de regresso a casa. Como fechamento
pelo passeio pago de Cerro Colorado,
torna-se uma visita obrigatória-museu
do poeta e cantor argentino Atahualpa
Yupanqui, quem escolheu a zona conhecida
como “Água Escondida” como moradia.

EXPERIÊNCIAS
Buenos Aires
Reserva Ecológica Costaneira Sul
Uma experiência de vista
espetacular de primeiro nível
a uns poucos passos do centro
da Cidade de Buenos Aires.
A
uns minutos do centro, justo
detrás do moderno bairro de
Puerto Madero, encontra-se Reserva
Ecológica Costaneira Sul. Seus 350
hectares protegidas são o lar de 250
espécies de aves. Caracteriza-se por
ter sido criada artificialmente a partir
de terrenos próximos ao rio, com a
missão de se transformar no hábitat
idôneo para aves aquáticas como
os macas, anhingas, mirasoles, barzas,
colhereiros, flamingos, patos, cisnes
e galinhas de água de pescoço negro,
jaçanã, maçaricos, pitotos, gaivotas.
Entre a vegetação que você vai encontrar papagaios, cucos, pirinchos,
pombas, maçaricos, beija-flores, padeiros e inclusive três espécies de
João de barro. Como também, águias,
falcões, corujas e chimangos são
vistos com facilidade.
Enquanto a flora, grande parte da
área está coberta pelo cortaderal,
uma pastagem que comumente se
conhece como “rabo de raposa”.
Também há entornos de mangues,
com ciclos de seca e inundação.
Outra seção contém bosques de árvores exóticas. Nos bancos de areia
cresce o junco, que contribui para
retardar o efeito erosivo da água.
Entre os arbustos destacam a acácia,
a murta e o pau amarelo.

NOTA DE CAPA - MATE
POR MARYSOL ANTÓN
FOTOS: BB TESIO
O mundo da
Sandra
Decidida e coerente, Sandra Mihanovich ostenta mais
de três décadas como expoente da canção argentina.
Com uma voz privilegiada, um caráter decidido e o sorriso sempre
a ponto de aparecer, deu personalidade a melodias que hão
acompanhado a várias gerações.

NOTA DE CAPA - MATE
T
inha visto-a infinitas vezes, e nem falar de quantas vezes escutei a sua
voz. Sua fisionomia não
me era alheia, mas a calidez do
seu olhar no encontro cara a cara,
me surpreendeu. Totalmente receptiva, os olhos deixam claro que
o mundo interno de Sandra Mihanovich é um componente essencial para que esta artista seja
um ícone da canção argentina.
Natural, desenvolta, atriz, cantora,
hoje se mostra agradecida e vai à
busca de novos desafios.
-Está a ponto de interpretar tango
por primeira vez?
-Estou preparando o show. Já tenho
38 anos cantando e 20 discos gravados. Tempo atrás, quando gravei
o número 19, com as canções de
Eladia Blázquez, senti que meu argentinismo se acomodava de um
modo particular. Adoro Eladia, a
admiro, e desde aí é que me animei
a incursionar no tango. Antes, tive
convites para tocar com a orquestra
Filiberto e também em uma homenagem a Carlos Gardel, em
1995, mas agora estou em uma
transição. Em conversas com amigas
pensei que era momento de fazer
algo distinto: cantar tangos, mas
desde Sandra. É um trabalho onde
não tenho estado ensaio e o disfruto.
Os tangos tem uma letra sutil, te
crava 200 punhais quando os senti.
Por isso se fosse o tempo inteiro,
não sei se o suportaria, porque
cada vez que volta a interpretá-lo,
é mais dolorosa que a anterior.
-Como foi o processo de acomodar
seu argentinismo?
-Passou com as canções da Eladia,
porque ela fala de nós. Sou uma
cantora argentina, não tenho dúvidas do que somos e do que o
sou. E mais, vou fazer Sou o que
sou em ritmo de tango, muda a
onda, fica divertida.
-Em que se sente argentina?
-Em tudo, tanto nos defeitos como
nas virtudes. Acho que temos um
país maravilhoso e necessitamos
aprender muitas coisas para sobreviver, para nos mantermos em
pé. Se tem algo que não podemos
perder é nossa capacidade de assombro, sempre pode acontecer
algo impensado, como que os bancos fiquem com a sua poupança e
não te deixe tirar. Isso aconteceu e
nos acomodamos. E está bem, porque de algum jeito te gera a capacidade de adaptação. Também somos todos um pouco de cada ofício,
e isso às vezes nos gera bronca e
outra, alegrias. Sinto que estamos
aprendendo a funcionar como equipe: não por nada temos seleções
em boas posições no ranking em
muitos esportes. A Argentina 2014
é bastante evoluída. A balança tem
muitas coisas boas; prefiro ser sempre otimista.
-O que acontece/sente quando
canta no exterior? Se sente representante do seu país?
-Claro, o levo no meu jeito de sentir:
vê o mundo e se sente mais argentina. Na Europa, por exemplo, sente
o peso da história; quando vai aos
“
Sinto que estamos aprendendo a funcionar como equipe:
não por nada temos seleções em boas posições no ranking
em muitos esportes. A Argentina 2014 é bastante evoluída. "

NOTA DE CAPA - MATE
“
A música é algo espontâneo, visceral, forma parte dos momentos
de cada um. Com música festejamos, choramos, dançamos,
sonhamos, nos apaixonamos, nos desapaixonamos. "
Estados Unidos vê que são os reis
do conforto e do consumo, que nos
hão ensinado que o importante é
consumir mais e esse livreto o aprendemos bem. Mas, quando cresce,
isso muda e compreende que o que
tem valor é o tempo e a capacidade
de desfrutá-lo.
-Te escuto e inevitavelmente penso
na doação de órgãos (ver recuadro).
-Foi algo surpreendente, o administramos com absoluta privacidade.
Ficaram sabendo da notícia, mas
não era a primeira vez que um paciente recebia um órgão de um
doador vivo, ainda que evidentemente gerou notoriedade porque
se tratava de mim. É um tema que
me faz feliz, principalmente porque
estamos as duas estamos super
bem. Eu não tomo nada de medicamentos. Além disso, se formou
uma campanha espontânea a favor
da doação, as pessoas o viveram
como uma boa notícia. É um tema
fundamental, há mais de 7000 pessoas esperando essa oportunidade
também há mitos por derrubar,
muitos medos ainda tem que ser
superados. As pessoas devem saber
a importância da doação. O momento complicado é o de entregar
o interior do ser querido logo depois
da sua morte, por isso as famílias
devem saber da decisão de ser doador. Desde que isto aconteceu me
transformei em uma espécie de
porta-voz.
Como foi o processo de tomar a
decisão?
-Quando vimos à saúde dos Sonsoles se deteriorava era óbvio que
ia necessitar de um segundo transplante, e sabia que em seu grupo
familiar não havia doador, assim
que me perguntei: “será que tenho
que ser eu?” Então fizemos as provas de compatibilidade e o resultado
foi uma compatibilidade como a
de uma mãe e filha. Só nos diferencia que ela é de River e eu de
Boca. (times do futebol Argentino).
A justiça também se comportou
de maneira impecável: foi rápida
e não pulamos nenhuma etapa.
-Por que a notícia impactou tanto
a sociedade?
- Dá credibilidade que tenha
NA AgeNDA
Além do espetáculo de tango, Sandra já se
prepara para se apresentar, em Mar del
Plata, e a fins de outubro brindará um
show, junto a Alejandro Lerner, no teatro
Opera Allianz. “Conhecemo-nos fazendo
“Aqui não podemos fazê-lo” e desde então
é meu irmão musical, mas nunca
havíamos feito um show juntos, cada um
colaborou nos shows do outro com
participações especiais”.

NOTA DE CAPA - MATE
“
Me hão catalogado de mulher
valente, mas acho que é o que
me sai naturalmente.
Não sei se sou valente, mas sim
consequente. Não digo uma
coisa e faço outra, e isso as
pessoas valorizam."
acontecido comigo: pus o corpo
e isso é uma certeza. No meu caso
vivi como algo natural, depois de
um mês já estava cantando.
-Você se sente uma representante
da canção argentina?
-As pessoas têm elegido minhas
canções e sinto que formo parte
das suas histórias. A música é algo
espontâneo, visceral, forma parte
dos momentos de cada um. Com
música festejamos, choramos, dançamos, sonhamos, nos apaixonamos, nos desapaixonamos. Sim,
sinto que através de todos estes
anos pude adquirir identidade
como cantora, que tenho um estilo
próprio e que tem muitas canções
com as que o público foi se adaptando.
-Nisto de que tem sempre que fazer mais, também se animou a
atuar.
-Isso foi por Alejandro Doria. Animei-me a atuação desde a cantora
e intérprete. É uma atividade que
comecei a disfrutar depois de haver
feito nos 90 um espetáculo infantil
com canções de Maria Elena Walsh.
Aos 20, um pouco o sofria.
- Sempre se arriscou? É doadora,
prova estilos, atua…
-Sinto vou e faço. Me dou bem
agindo assim. Me hão catalogado
de mulher valente, mas acho que
é o que me sai naturalmente. Não
sei se sou valente, mas sim consequente. Não digo uma coisa e faço
outra, e isso as pessoas valorizam.
O mundo da Sandra, o mundo segundo Sandra, onde a identidade e
o tempo são os principais valores.

TOMA 10
PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA
Durante a última
Copa do Mundo, o
Brasil ficou lotado de
argentinos. Com ou
sem entrada,
animaram-se a ir e
viver a festa até o
final irradiando nossa
idiossincrasia.
Pablo Elías
Nosso mundial

TOMA 10
PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA
Miles de torcedores argentinos
chegou ao Brasil para estar na
Copa do Mundo. A praia de
Copacabana foi clave para
diminuir os gastos do hotel.

TOMA 10
PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA
Torcedores jujeños cruzaram
o Brasil de ônibus equipado
para a aventura da Copa do
Mundo. O boulevard da
Av. Atlântica na praia de
Copacabana do Rio de Janeiro
foi sede oficial da previa para
a banda de El Capo del Norte.

TOMA 10
PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA

+ Info: peliasphotos.blogspot.com
TOMA 10
No primeiro jogo da seleção (contra a Bósnia), um correntino (pessoa que nasceu em Corrientes) talhou uma reprodução da Copa da FIFA
ao redor do estádio Maracanã. Não fiz para juntar dinheiro, senão “para dar esperança aos torcedores argentinos”, disse.
ÁLBUM DE FIGURINHAS

A
inda é de noite. A cama se abre como um casulo que esteve de
repouso todo o inverno e deixa sair o calor noturno. Bocejo.
Tiros as remelas e me penteio mal com o pente de cor âmbar recém-molhado. Carrego a mochila. Abotoo o guarda pó de forma
irregular e, enquanto recorro o quarto para checar que nada
necessário tenha sido esquecido, percebo de que sim, estava me
esquecendo de algo. O mais importante o que ia dar sentido ao
resto do dia repartido em dois recreios. Essa torre babilônica de
imagens. Esse maço gigante das “repetidas”.
Amanhece. À medida que vou caminhando os quarteirões que
separam minha casa da escola, o céu vai clareando e o nariz, avermelhado pelo frio. O vento e os galhos sem folhas que se movem
me obrigam a botar as mãos nos bolsos, repletos de figurinhas,
fazendo que o cheiro da cola, tinta e papel fiquem por várias horas
na pele. Escuto o sinal de longe, e as lajotas parecem temer por
Agora lembro que esse mês o meu objetivo eram três dinossauros
para completar a página dupla das transparentes. O triceratops
estava super difícil e não queria aparecer em nenhum envelope.
Um par de super-heróis sem importância e muitos monstros de
um álbum de terror, tampouco. Absolutamente nenhuma estava
colada em uma página que mais parecia um deserto por causa do
azar. “Ei cabeção diz meu companheiro Paulo - olha o que eu consegui”. Ele estava juntando o especial duplo dos Falcões Galácticos
e os Thundercats. Não figuravam entre meus favoritos, mas tinha
que reconhecer o fino trabalho da cromada que meu amigo havia
conseguido. “Terminou me dizendo que custaram 15 do Dragon
Ball Z”, agitado pela felicidade.
Paulo começou a dizer algo, mas o interromperam três meninos de
outras séries menores que a nossa que tinham ficado sabendo de
que ele tinha muitas de todas, e, principalmente, das séries japonesas.
Bolsillos
Bolsos Repletos
cheios
selvagens
contra
paredes
descascadas, com
e amigos
Entre"“Entre
salvajes
patios,pátios,
contra
paredes
descascaradas,
con rivais
rivalescasuais
casuales
y
eternos,en
emcada
cadageneración
geração a juventude
argentina
criou uma
que passou
a
amigos eternos,
la juventud
argentina
creóarte
un arte
que pasó
a formarformar
parteparte
de lada
cultura
popular:
coleccionar
figuritas.
cultura popular: colecionar figurinhas”.
Por Sebastián
Pérez
Callegari
De Sebastián
Pérez
Callegari
meu estrépito sapateio e o de centos de crianças que estamos
chegando tarde.
A eles e a mim a corrida nos resulta difícil pela apreciada carga que
levamos nos bolsos para a troca. A professora disse algo incompreensível. Algo sobre os principais rios da Europa e sobre um
bilhete que ia mandar para os nossos pais: nada importa. De novo
o sinal, mas desta vez mais forte, mais emocionante. A adrenalina
sobe e os olhares cumplices viajam de pupila a pupila. Alguns
fechando tratos já estabelecidos; outros cheios de expectativas.
A professora abre a porta. Todas as suas companheiras nas
outras salas a imitam e começa avalanche. Meu lugar geralmente
é uma esquina, entre a janela do 5º“B” e a porta do 3º “A”.
Desde esse lugar é possível ver todo o pátio e, por haver
rondado a mesma zona nos últimos dois anos, vários companheiros
sabem onde me encontrar.
Langelotti, Cornaccioli e Gonzalo Blanco eram os futebolistas. Eles só
se concentravam no Encerramento, na Abertura, nas Copas do
Mundo e, unicamente em toda a linha de base da seleção brasileira.
Ronaldo, Rivaldo, Roberto Carlos, Cafu e Taffarel. Olhavam de rabo
de olho as minhas e eu ria e sabia que não tinham ideia da
dimensão do que era colecionar de verdade, o lindo que é.
Quando um coleciona, principalmente no caso das figurinhas,
deve ter uma memória privilegiada para distinguir em poucos
segundos, enquanto as imagens passam rapidamente entre os
dedos dos companheiros, quais figurinhas precisam para seguir
completando o álbum.
Agora, ciências naturais. A fotossíntese de ponta a ponta. Paulo
dois bancos na minha frente ainda continua apreciando a cromada
e várias mais que ganhou. Teve uma excelente manhã e parece que
se continua assim, termina o álbum. “Gutiérrez deixe isso”, grita
secamente a professora. Bronca injusta. Ela não sabe o
que significa ter A Cromada. Mas eu sabia e que se
continuava provando a sua sorte, corria o risco de perdê-la para sempre na bolsa violeta de couro da mais
adulta da classe. Acho que nesse, momento, todos
pensaram: “guarde-a tonto”. Tenho certeza que ele recebeu a mensagem telepaticamente, porque, pálido,
guardou-a imediatamente no bolso do coração.
SEGUNDA OPORTUNIDADE
Termino de copiar e 15 segundos depois toca o
sinal de novo. Pego novamente a pilhona saio mais
decidido, ainda que intimamente me conforme
com algum dos super-heróis de segunda: Os Gêmeos
Fantásticos, o Lanterna Verde.
Miles de guarda-pós brancos vai e vem. Sánguches
(como todos dizem), grupos brincando de pula
sela, carrinhos e, gritos, muitos gritos, é tudo o que
se vê. De repente um alarido estridente modifica o
cenário do pátio. Ao gordo Morales, outro companheiro, bom, grandalhão, acaba de cair seu
principal maço, onde tem muitas figurinhas de
carro, futebol e avião. Como um viking, começa a
brandir seus longos braços para evitar que venham
por cima dele trinta e cinco meninos.
Sigo caminhando e vejo que dois ou três meninos
com o guarda-pó pintado e escrito, trocam algumas,
quase em segredo. Meninos maiores, meninos da
sétima. Tem que ser muito corajoso para se aventurar
e correr risco de trocar figurinhas com um grandalhão:
são mais rápidos, mais fortes… E, além disso, tem
algo que o resto das outras séries não: as raras. E
não só as difíceis, também as “extravagantes”, de
anos anteriores por serem mais velhas.
Então tento a sorte e me aproximo. Como um relâmpago vejo a um dos X-MEN entre seus maços e o
meu coração dispara. Ninguém da minha série as
junta. Nem todos gostam desses super-heróis mutantes.
Mais o grandalhão gosta. Tinha três meses que eu
vinha completando o álbum e só faltava uma. Uma
só do álbum mais raro que tinha tido. Faltava uma do
Magneto. Não era a mais linda, nem a com melhor
desenho. Nem sequer uma importante, era a parte
final de uma perna que, junto com as outras cinco,
formava uma página inteira composta por duas
colunas verticais de três figurinhas cada uma.
Mas era a difícil. Era “a minha difícil”. Era a que me
faltava para completar o álbum.
Então, todos ficaram quietos. Um me pergunta o
que tenho. Nervoso, mostro três maços. O ruivo
com aparelhos do meio me diz, sorridente: “Ché,
não sabia que você tinha X-MEN, cara quero ver”.
Mordeu a isca! Tinha visto bem e as palpitações me
retumbam nos ouvidos. Bate, bate, bate, bate. Bate,
parece ser a única palavra que o menino conhece.
Tenho as mãos molhadas e as figurinhas começam
a se ondular por causa da umidade. Passo 35 e
nenhuma delas me interessam. Mostra interesse,
mas não me detém nunca. Fico olhando fixo para
ele e toca o sinal. Não tinha podido ver o que ele
tinha e os amigos dele batem suavemente no braço
e lhe dizem: “Vamos Marcos”.
Vamos Marcos. Que? Vamos? Onde? Tinha vontade
de gritar, mas apenas posso emitir tremendo: “Posso
ver o que você tem?” Fastidioso vira e me diz:
“pode, mas rápido”. As passava até de três em
três. Outras nem via. As professoras se assomam
gritando aos atrasados para que entrem e entendo
que meu tempo se esgota.
E de repente aparece. Ali está: violeta e vermelha.
Uma bota e um joelho. Ali está a perna do Magneto
que me falta. Grito. Me engasgo. E grito de novo:
“ESSA! PARA!” NEM bola, nem nenhum código. Me
olha como olhavam os grandalhões e me diz: “bom,
todas”. Queria todos os maços. Duvido uns segundos,
mas a do Damocles é importante e não posso
deixar a oportunidade passar. Uma professora grita
meu nome, outra o do Marcos.
Um pouco mais tarde, meu avô me trás torrada
com chá e leite. Sempre ficava com eles até que
minha mãe voltava do trabalho para me buscar. Ele
sorri e me pregunta: “te trago uma caneta?” Devolvo
o sorriso e agradeço. Com a azul na mão, abro a
última página do álbum e risco a que estava
faltando. A da perna do Magneto.

NO ENVELOPE
Protagonista das páginas menos destacadas do futebol argentino, Eber
Ludueña lembra quando e porque formou parte de um álbum de
figurinhas.
- Que álbuns de figurinhas você colecionou?
- Colecionei todos das Copas do Mundo, desde 70 até agora, sempre
tentando ver se em algum eu aparecia. Guardava a secreta ilusão de
ficar sabendo que ia jogar uma Copa do Mundo pelas figurinhas,
ou aparecer, por engano, no lugar do Hacha Ludueña. Mas não.
Meu favorito é o da Itália de 90, A última Copa do Mundo
romântica, com shorts curtinhos, muitos jogadores com bigodes,
muitos cabelos cacheados rebeldes. Uma Copa do Mundo
com glamour.
- Que figurinha você lembra ter sido a mais
difícil de conseguir?
- A do Carrascosa da Copa do Mundo de 74. E
das últimas, a do Schweinsteiger, do difícil que
é pronunciar. Faltava essa, fui ao parque
Rivadavia trocar, e não pude. Não
porque ninguém tinha, senão
porque não conseguia
pronunciar o nome. Muito
difícil.
-Alguma vez você foi
figurinha?
-Fui, iam fazer figurinha de
famosos e eu estava na
página das atrizes. Aparecia
de mão dada com a Laura Bove.
Mas houve uma confusão com a Silvia
Peyrou, porque o da Laura foi algo passageiro.
Mas como de tanto em tanto tinha que trocar a imagem o
projeto não saiu.
-Quando você era criança brincava de figurinha? De que?
- Sim! Brincava de bater figurinha, ao ponto e ao
espelhinho com as figurinhas de papelão e as de
chapa. Como no futebol, era muito limitado. Saiam
bolhas na palma das mãos de jogar com tanta violência.
Mas um dia consegui: joguei com as figurinhas de chapa
e fiz com que se dessem volta. Ainda hoje, aos 35 anos
daquela façanha tenho um amigo que sempre me faz lembrar.
Eber Ludueña
impulso

IMPULSO
ENCONTRO
Argentina
tem sua casa em
SAO PAULO
A Casa Argentina no Brasil tem como objetivo fomentar a
promoção da Argentina nesse país. Funciona como um
espaço de encontro, um centro permanente de promoção
turística, comercial, industrial e cultural.
E
ste multe espaço permitirá desenvolver atividades que demonstrem o potencial turístico da
Argentina. Desta maneira, se poderão
otimizar recursos materiais e humanos, e concentrar em um só lugar a
presença argentina em São Paulo.
Para desenvolver estas ações se
restaurou uma casa de estilo –
de 1.500 m2, estrategicamente
localizada no coração de São Paulo– no bairro dos jardins, com
instalações modernas e equipamentos avançados. A casa possui
um auditório para 400 pessoas,
salão de eventos, salas para reuniões e um restaurante.
O ministro de Turismo da Nação e
presidente do INPROTUR, Enrique
Meyer, destacou: “O Brasil é um
mercado importantíssimo para o
setor turístico da Argentina e seu
aporte a economia nacional. Com
os olhos postos nessa irmandade
hoje elegemos destacar a alegria
de continuar abrindo portas, como
as desta casa, nesta América Latina
vital, valente e inclusiva”.
A casa conta com um espaço
gourmet especialmente desenhado
para mais de 60 comensais. Acompanha o Wine Bar representativo
“Terra de Vinhos”; ambos são um
complemento ideal para apoiar
nossa tarefa de promoção. Na
Casa Argentina também é possível
organizar semanas gastronômicas
onde podem ser exibidas as delícias
das diferentes regiões da Argentina
e catas de vinhos realizadas por
reconhecidos sommeliers que provocaram encontros inesquecíveis
para suas ações de difusão.
Os salões para eventos oferecem
alternativas para a organização de
eventos promocionais de alto impacto para o trade turístico e o
público em geral. Shows artísticos
de tango e folclore, acompanhados
por coquetéis ou degustações de
queijos e vinhos, com capacidade
para 400 pessoas, transformam
cada encontro em alternativas que
o mercado turístico brasileiro busca
e elege. Suas diferentes configurações também permitem encontros de treinamento, com espaço
para mais de 300 participantes, e
se a proposta for culinária poderão
desfrutar do encontro 220 comensais comodamente sentados.
Deste modo a casa se apresenta
como um espaço único desde que
se buscará afiançar os laços de irmandade com o país vizinho e continuar consolidando os trabalhos
promocionais relacionadas à matéria
turística para convidar todos os brasileiros para que conheçam cada
uma das maravilhas argentinas.
NEVE
NA ARGENTINA
Propostas para toda a família em entornos fascinantes
permitem desfrutar do manto frio e branco sobre esqui,
snowboard, raquetes de neve, trenós e muito mais.
A
rgentina iniciou sua temporada de
inverno com a oferta turística de neve em
cada um dos centros de inverno ao longo do
país. Os parques se distribuem ao longo das
províncias de Mendoza, Neuquén, Rio Negro,
Chubut, Santa Cruz e Terra do Fogo. Alguns
estão localizados entre os picos mais altos da
América, enquanto outros se formam próximo
de bosques e lagos, de pitorescas localidades
ou de algumas das cidades mais bonitas do sul
argentino. Todos oferecem variedade de experiências gastronômicas e culturais que se
combinam perfeitamente com as atividades
das montanhas.
A Argentina possui oito importantes centros de
esqui, localizados em entornos naturais de
grande beleza e com uma infraestrutura de
primeiro nível. Em cada um deles é possível
praticar esqui e snowboard em todas as suas
variações, ou realizar as mais diversas atividades recreativas. Com excelentes serviços – que
incluem instrutores profissionais para aprender ou aperfeiçoar técnicas, aluguel e conserto
de equipamentos, escolas para crianças e creches –, os centros complementam sua oferta
com hospedagens e gastronomia. Visitá-los
garante uma experiência intensa aproveitada
pela família inteira.
No entanto, a temporada de inverno não se
baseia somente nas atividades nos centros de
inverno. A oferta de turismo conta com uma
grande quantidade de experiências que
todos aqueles que visitem cada um dos destinos poderão realizar, combinando-as com
dias de pura ação na neve.
A gastronomia de cada um dos lugares talvez
seja um dos atrativos mais destacados. No
“Fim do Mundo”, deliciarem-se de exclusivos
defumados, intensos frutos do mar, verduras
orgânicas, doces tentações e deliciosos jantares são algumas das opções. Na região de
Cuyo, recorrer as Rotas do Vinho e degustar
alguns dentre todas as excepcionais variedades de cada uma das suas regiões é uma
experiência impossível de repetir. Visitar também algumas das melhores chocolatarias do
país, restaurantes, defumados e cervejarias
na Patagônia resultam imperdíveis.
Para aqueles que buscam a aventura mais
além do esqui ou o snowboard, a Argentina
também apresenta uma grande quantidade
de possibilidades para desfrutar em família,
com amigos ou sozinho. Subir em um
recorrido histórico a bordo de “La Trochita” ou
do “Trem do Fim do Mundo”, passear em trenós puxados por cachorros ou realizar
cavalgatas nas brancas paisagens repletas de
neve são algumas das opções mais destacadas.
PARQUES
DE NEVE
Aos que não se animam a praticar
esqui e querem desfrutar da neve
a argentina conta com uma
grande quantidade de parques de
neve onde toda a família poderá
realizar atividades recreativas
como caminhar em raquetes,
fazer passeios em trenós puxados
por cachorros, travessias em
motos de neve, esqui andino e
aventuras em 4x4.
Alguns dos centros mais
destacados são os Puquios e
Vallecitos, em Mendoza; Batea
Mahuida y Primeros Pinos, en
Neuquén; Baguales, em Rio Negro;
Calafate Mountain Park, em Santa
Cruz; Haruwen, Solar del Bosque,
Tierra Mayor, Llanos del Castor,
Valle de Lobos e Valle Hermoso,
em Terra de Fogo.
Mais informação sobre os parques
de neve em:
+ Info: www.bit.ly/parquesnieve

IMPULSO
Centros de esqui
NEVE
PENITENTES
LAS LEÑAS
CAVIAHUE
CHAPELCO
Na província de Mendoza e a
poucos quilômetros do Aconcágua, o pico mais alto da América, se encontra o centro de esqui
Penitentes. Este possui 25 pistas
com longitudes e desníveis. Nele
é possível praticar esqui alpino,
nórdico, de competição e extremo, com uma interessante alternativa fora de pista. Também
snowboard, freestyle, freeride e
extremo. Entre a oferta complementar destaca-se a pista de
trenós e o parque de tobogãs
para deslizar com boias. Além
disso, no pé do cerro tem hospedarias, aluguel de equipamentos, roupa e acessórios e variadas opções gastronômicas,
entre outros serviços.
+ Info: www.bit.ly/penitentestur
No sul da cordilheira mendocina, a uns 80 quilômetros da cidade de Malargüe, encontra-se
o complexo turístico da alta
montanha “Las Leñas”. Este
centro de esqui – um dos mais
reconhecidos e tradicionais do
país– conta com 30 pistas de
todos os níveis, que se encontram numa imensa superfície
de 17.500 hectares esquiáveis.
Aqui se pode praticar heli-esqui, snowboard, moto de neve,
esqui de travessia e circuito de
raquetes. O Valle de Las Leñas
possui hotéis de 5 a 3 estrelas,
com acesso direto as pistas,
uma pousada, serviço de transporte interno gratuito e uma
variada oferta de estabelecimentos gastronômicos.
+ Info: www.bit.ly/lasleñastur
Na província de Neuquén e aos
pés do vulcão, a cordilheira patagônica abriga a Caviahue, um
pequeno povoado de neve com
apenas 900 habitantes, ideal
para desfrutar e relaxar. Vinte e
duas pistas, doze meios de elevação e mais de 325 hectares de
superfície próprias para esquiar
são algumas das características
deste centro de esqui na qual os
turistas também poderão ter aulas, alugar equipamentos, desfrutar de seus restaurantes e nos
tempos livres aproveitar as termas vulcânicas mais destacadas
do país.
+ Info: www.bit.ly/caviahuetur
Situado nas proximidades de San
Martín de los Andes, Chapelco
Ski Resort é um dos maiores e
mais tradicionais centros de esqui da Argentina. Está composto
por 1.600 hectares aptos para
esquiar, 27 quilômetros de pistas
e 12 quilômetros para o esqui
livre. Este centro de esportes invernais é ideal para as famílias
pela variedade de pistas que
oferece para todos os níveis.
Onde funcionam escolas de esqui e snowboard, com 200 instrutores altamente capacitados,
que propõem aulas individuais
ou grupais de esqui alpino,
snowboard, telemark, snowboard. Na hora de descansar,
Chapelco conta com múltiplos
paradores com uma oferta de
gastronomia que contempla
desde comidas rápidas até elaborados pratos da cozinha regional patagônica.
+ Info: www.bit.ly/chapelctur
A nove quilômetros da lindíssima Villa La Angostura, na província de Neuquén, Cerro Bayo
é um Centro de Esqui Boutique,
de alto desempenho, que se orgulha de ter uma das melhores
pistas do mundo. Vinte e cinco
pistas, dezesseis meios de elevação e mais de 280 hectares
de superfície própria para esquiar fazem de Cerro Bayo uma
proposta que não pode ser
melhor para desfrutar da neve
num entorno sofisticado e exclusivo. Obviamente que acompanham a proposta atividades
gastronômicas e esportivas
ideais para aproveitar ao máximo, entre as que se destacam
Chef en altura e as competições
Snow Polo e Rugby Xtreme.
+ Info: www.bit.ly/cbayotur
CERRO
CATEDRAL
No Parque Nacional Nahuel Huapi
e a 20 quilômetros da cidade de
San Carlos de Bariloche, ponto iniludível e epicentro turístico da Patagônia argentina, encontra-se o Cerro Catedral, o primeiro centro de
esqui do país e o mais desenvolvido
da América do Sul.
A metade dos 1.200 hectares do
Cerro Catedral está surcado por
mais de 60 pistas e caminhos que
abrangem 120 quilômetros de percurso, enquanto a outra metade
está composta por florestas, canhadas e espetaculares pendentes para
a prática do freeride fora de pista.
O Cerro conta com dezenove paradores distribuídos por toda a montanha, que oferecem uma ampla
variedade de propostas para descansar e recuperar energias. A base
do cerro é a mais equipada e desenvolvida da América do Sul, pois
conta com mais de 7000 cama e
todos os serviços necessários para
que as jornadas na neve sejam
uma experiência muito satisfatória.
+ Info: www.bit.ly/ccatedral
LA HOYA
A treze quilômetros da cidade de
Esquel, o centro de esqui La
Hoya está envolvido em uma
paisagem de florestas, lagos e
rios de excepcional beleza. La
Hoya é ideal para desfrutar em
família e viver jornadas de puro
prazer. Com um desenho natural
que protege as pistas do sol, La
Hoya se encontra em uma zona
de abundantes nevadas, o que
permite que a temporada se estenda até meados do mês de
outubro. Entre os serviços oferecidos, podemos mencionar a escola de esqui e snowboard para
adultos e crianças, aluguel de
equipamentos, creche infantil,
caminhadas com raquetes e variada oferta gastronômica.
+ Info: www.bit.ly/lahoyatur
CERRO
CASTOR
Situado a 26 quilômetros da cidade de Ushuaia, Cerro Castor é
o centro de esqui mais austral
do mundo e o mais exclusivo da
Argentina. Em seus 650 hectares esquiáveis, o Cerro Castor
tem 31 pistas com diferentes níveis de dificuldade, muitas delas
homologadas pela Federação
Internacional de Esqui (FIS), o
torna Cerro Castor um lugar
ideal para competições nacionais e internacionais. Além de
ter snowpark. No Cerro há uma
interessante oferta gastronômica, com seis estabelecimentos
situados em diversas alturas na
ladeira do cerro. Pode-se eleger
entre opções de comidas rápidas até os mais sofisticados pratos da cozinha local.
+ Info: www.bit.ly/ccastortur
http://nieve.argentina.travel
CERRO BAYO

IMPULSO
O trabalho de
divulgar a Argentina
O Secretário Executivo do INPROTUR,
Roberto Palais, conta os detalhes sobre o
trabalho que é realizado para posicionar
turisticamente a Argentina no mundo e
consolidar a chegada de visitantes ao
nosso país. As campanhas de divulgação,
os trabalhos online, o esforço em conjunto
com o setor privado e os lineamentos do
Plano de Marketing ConectAR são alguns
dos eixos da comunicação turística.
- Que função cumpre o Inprotur no setor turístico argentino?
- O INPROTUR nasce com o objetivo de profissionalizar a divulgação
turística argentina no exterior e afiançar o posicionamento do nosso país
no mundo. O trabalho começado há mais de dez anos pelo Ministro de
Turismo da Nação e Presidente do INPROTUR, Enrique Meyer, marcou um
antes e um depois para o setor na Argentina. O trabalho em conjunto entre
todas as partes que conformam o setor sejam privados, públicos e de cada
um dos estados (cada uma das províncias), são o eixo central de uma
gestão que há conseguido fazer do turismo algo que nunca havia sucedido,
posicionando-o como uma política de estado.
O INPROTUR nasce como o produto deste trabalho constantemente
associado ao setor privado, no qual as partes entendam que a indústria
turística requer do esforço e do trabalho de todos para sua consolidação , e
que a divulgação do nosso país no mundo é uma parte vital para seu desenvolvimento.
A importância que o setor turístico começou a representar para o desenvol-
vimento econômico do nosso país teve como consequência
a necessidade de profissionalizar a promoção da oferta
turística argentina no mundo, com o objetivo de que
seja possível conhecer cada um dos atrativos que nosso
país tem para oferecer, somados a diversidade e qualidade
dos seus serviços turísticos. Este é o objetivo central e a
meta do nosso trabalho no INPROTUR.
- Que ações estão sendo realizadas durante 2014 em
quanto a divulgam?
- Um dos pontos destacados na divulgação deste ano é o
desenvolvimento e a implementação da nova campanha
“Argentina, por vos”. Decidimos terminar com o uso da
exitosa campanha que há recorrido o mundo “Argentina
late com vos” e afiançar nossos trabalhos de promoção
através de uma nova estratégia que busca vender o nosso
país como um destino de experiências. Desta forma “Argentina, por vos” propõe aos turistas diagramar sua
própria viagem a partir das mais de 200 experiências desenhadas especialmente em cada região e destino do
nosso país. Recorrer suas maravilhas naturais, desfrutar
dos vinhos e da autentica gastronomia argentina, viver
experiências de aventura e planejar um viagem em
família, com amigos, em grupo ou sozinho.
Nosso objetivo desde o INPROTUR é que todos conheçam
cada uma dessas maravilhosas experiências que fazem
da Argentina um país único e para conseguir nos
apoiaremos em distintas estratégias, todas alinhadas em
um Plano de Marketing Internacional ConectAR. A presença
na Internet e nas redes sociais talvez seja uma das ferramentas vitais através das quais um país pode trabalhar
vinculado a divulgação. A importância que hoje em dia
tem para um viajante a informação que recebe desde a
web é chave na hora de definir uma viagem. É por isto
que desde o INPROTUR se trabalhou para desenvolver
uma página web na qual os turistas poderão encontrar
mais de 200 experiências desenhadas para recorrer nosso
país e conhecer cada uma das suas atrações.
A participação em feiras de turismo ao redor do mundo,
a organização de workshops, treinamentos, seminários e
ateliês em diferentes destinos e a consolidação da oferta
turística argentina, através de distintos produtos e tipologias
turísticas, ajudam a continuar realizando este trabalho. O
país há incrementado substancialmente as ações promocionais no mundo a partir da criação do INPROTUR, conseguindo deste modo aumentar notoriamente a chegada
de turistas do mundo todo. Desde o ano 2009 se tem
produzido máximos históricos na chegada de estrangeiros
ao nosso país através do Aeroporto Internacional de
Ezeiza e o Aeroparque Metropolitano Jorge Newbery.
Quais acredita que são os principais pontos para fortalecer
a divulgação?
-Estamos convencidos de que a importância que tem
a divulgação através da Internet é uma das chaves.
Atualmente, os turistas utilizam a rede para manter
informações sobre os destinos, como chegar a eles,
que atividades podem realizar, e conhecer a opinião
de outros viajantes que tenham tido a oportunidade
de conhecer o destino. É por isso que existe uma forte
presença online, e brindar um canal de informação
oficial através do qual os turistas possam solucionar
todas as suas inquietudes, é de vital importância.
Outro dos elementos que acreditamos ser fundamental
é a realização de grandes eventos internacionais em
nosso país. Ter concretado a chegada do Rally Dakar
no ano 2009 nos permitiu promover o nosso país em
centos de países e a milhões de telespectadores em
uma época do ano na que não se realizam outros
eventos esportivos. Em 2015 o Dakar terá sua sétima
edição no nosso país e será uma nova oportunidade
para mostrar o melhor do nosso ao mundo. O GPMoto
é outro das grandes conquistas da gestão encabeçada
pelo Ministro Meyer. A competição de motociclismo
mais importante do mundo, GPMoto, é outro dos
eventos internacionais que se realizam no nosso país
desde 2014 e permite que a Argentina continue com
o posicionamento e o desenvolvimento turismo.
"A importância
que hoje em dia
tem para um
viajante a
informação que
recebe desde a
web é chave na
hora de definir
uma viagem. É por
isto que desde o
INPROTUR se
trabalhou para
desenvolver uma
página web na
qual os turistas
poderão encontrar
mais de 200
experiências
desenhadas para
recorrer nosso
país e conhecer
cada uma das suas
atrações."

IMPULSO
Mikhail Baryshnikov,
na terra do sol e o bom vinho.
G
raças ao trabalho do Ministério de Turismo da
Nação, o Governo de Mendoza, através dos Ministérios de Turismo e Cultura, pôde concretar a
transcendente visita de Mikhail Baryshnikov.
Podia ser visto encantado de passear por esta bendita
terra e, com uma enorme curiosidade, preguntou tudo
sobre o bom vinho nacional. Mikhail Baryshnikov, genial
bailarino e ator, esteve em Mendoza e realizou passeios
vitivinícolas com uma palestra no Teatro Independência,
onde compartilhou com o público etapas da sua vida em
uma retrospectiva sobre sua carreira nos teatros mais
importantes do mundo.
“Na minha cidade (Letonia) ser bailarino clássico era um
direito e uma obrigação. Lá, a dança é tão popular e
parte da identidade de cada um como o futebol é para
vocês”, sinalou o artista. O artista confessou ser um apaixonado desse esporte e do tango argentino, razão pela
qual dá uma escapada por esses lados cada vez que seus
compromissos o permitem. Mas também, como um
amante e conhecedor do vinho. “Primeiro foi Borges e
depois o tango os que me abriram a porta para conhecer
a Argentina e a América Latina”, destacou Baryshnikov.
Logo depois da sua passada pelo teatro Independência,
Baryshnikov visitou a Bodega Séptima, onde recorreu
às instalações e degustou vinhos de distintas bodegas
mendocinas, junto a reconhecidos enólogos criadores
como Pedro Rosell, Roberto de la Motta, Marcelo
Peleretti e Paula Borgo.
Sobre esta visita, Javier Espina, Ministro de Turismo de
Mendoza, disse: “Conhecemos um artista muito simples,
curioso e grande conhecedor do vinho que se elabora no
mundo. E o fato de que Mikhail tenha feito um espaço
na sua apertada agenda na Argentina para interiorizar-se
sobre nosso turismo do vinho, nos faz sentir orgulhosos.
Sabemos com certeza que agora contamos com um
referente de imagem forte do vinho argentino”.
Baryshnikov teve a oportunidade de degustar vinhos espumantes criados por Pedro Rosell, da bodega Cruzat (Cruzat
Cuvee Reserve extra brut e Cruzat top 2006). De tanto que
Paula Borgo, winemaker da Bodega Séptima, fez chegar ao
bailarino russo às propostas do seu vinho espumante María
Codorniu Brut Nature, Séptima Obra cabernet sauvignon e
Séptima Gran Reserva 2011. O bailarino terminou a degustação com a Séptima colheita tardia. Marcelo Perelitti
também foi da partida de sabores com que acolheu ao
artista russo, com vinhos Linda Flor 2005 e 2002; e Roberto
da Mota, com Semillon Mendel, La Gran Revancha 2011, e
Mendel Finca Remota malbec 2010.
Allí Misha (tal como o chamam no ambiente artístico)
desfrutou de um cardápio de quatro passos, que constou
de sopa de fungos como aperitivo e uma entrada composta
por um prato típico feito com batata e carne moída conhecido
como “pastel de papa”, provolone fundido em ferro com
salada verde, bacon crocante e tomates confeitados, tudo
marinado com vinho Semillon de Mendel Sétima Obra
cabernet e La Revancha blend de Mendell. Depois, os comensais provaram o filet mignon croûte de ervas e verduras
assadas junto a Séptima Gran Reserva, Linda Flor 2005 e
Linda Flor 2002 de bodega Monteviejo de Marcelo Pelleritti.
Finalmente, para a sobremesa Baryshnikov foi acolhido
com maçãs assadas ao chardonnay com molho toffee e
praliné de amêndoas com vinho colheita tardia de Gewurztraminer de Séptima e uma degustação de vinhos de
Bodega Catena Zapata. A elaboração dos pratos e sabores
argentinos, em um menu especialmente desenhado para a
ocasião, esteve sob a responsabilidade de Graciela Isa, chef
do Restaurante Maria, da própria Bodega Séptima.
Depois do almoço, um casal de bailarinos mendocinos surpreendeu aos presentes com um espetacular tango ao som
de “Adiós Nonino” e “La Comparsita”.
ARGENTINA, TERRA DE VINHOS.
De norte a sul ou de sul a norte, a Argentina é um lugar único no mundo
para recorrer, surpreender-se e desfrutar de mais de 2400 quilômetros de
montanhas, experimentando sabores associados ao vinho e do bom viver.
Trata-se de um grande recorrido acompanhado por paisagens surpreendentes
e alguns dos picos mais altos da Cordilheira dos Andes.
A Argentina não só oferece impressionantes paisagens, como também
a calidez com que compartilha sua cultura e tradição. Ao longo da Cordilheira dos Andes, o país alberga múltiplos lugares, cheios de aromas
e sabores dos vinhos que se elaboram.
O ano todo se vive experiências de turismo do vinho que são inesquecíveis e
cheias de paixão, que combinam cultura, desfrute e sabores. Cada província
apresenta uma paisagem que a identifica e tradições milenares que são a
alma de cada povo. O itinerário, longe de ser linear, convida a passear por
cada região para descobrir os segredos que lá guardam. Os visitantes
vivenciam e participam de experiências em vinhedos, assim como das festas
populares dedicadas ao vinho, a tradição e ao trabalho do ano todo.
O Ministério de Turismo da Argentina, nove províncias e instituições
que promovem o Vinho Argentino vem instrumentando um grande
plano de marketing e desenvolvimento para o produto turístico
“Turismo do Vinho”, que tanto a nível nacional como internacional se
instrumenta sob a marca “Argentina, terra dos vinhos”; o realiza em
uma plataforma de desenvolvimento com múltiplas ações: via pública,
eventos relevantes, distribuição de panfletos merchandising e referentes
ou “Embaixadores da experiência”.

IMPULSO
O INPROTUR
amplia sua oferta online
Foram apresentados seus novos mini sites promocionais do Turismo de Reuniões, Turismo Educativo e Neve. O objetivo destes
sites especiais é afiançar a presença online da oferta turística argentina e brindar informação específica aos que desejam visitar o
país, seja para realizar negócios ou uma viagem vinculada ao turismo invernal.
Cada um dos mine sites responde esteticamente aos conceitos da campanha proposta pelo INPROTUR e plasmados na página
web principal www.argentina.travel. A sua vez, contém informação específica de cada um dos produtos que permitam aos
visitantes obter dados concretos em pró de planificar sua próxima estadia.
TURISMO DE
REUNIÕES
www.argentina.travel/es/meetings
O mini site de Turismo de Reuniões
brinda informação sobre cada um
dos destinos sede que oferece o
nosso país, as instalações preparadas para a organização de congressos e eventos em cada região
cidades da Argentina. Contém também depoimentos de personalidades vinculadas ao setor e incentivos turísticos que os visitantes
podem encontrar nestas terras e
que proporcionam um valor agregado a viagem de negócios.
Também poderão encontrar dados
sobre grandes congressos organizados na Argentina, eventos esportivos que se realizam anualmente
e canais de contato direto com os
referentes de cada setor em todos
os estados (províncias).
NEVE
http:// nieve.argentina.travel
O mini site de neve é apresentado
junto ao começo da temporada de
inverno do nosso país e conta com
todos os dados necessários para que
os turistas possam planejar sua viagem. Informação sobre os centros
de esqui, parques de neve e atividades
vinculadas ao turismo invernal são
mostrada ao público em uma interfase
inovadora e atraente.
Além disso, o site provê informação
sobre cada um dos serviços disponíveis
nos centros de esqui e parques de
neve, épocas do ano nas que funcionam, localização geográfica e formas
de acesso a cada um deles. O site
brinda dados sobre atividades relacionadas com cada um dos destinos,
como a oferta gastronômica e cultural
para que conheçam e possam aproveitar cada uma das possibilidades e
experiências que a Argentina possui.
TURISMO
EDUCATIVO
www.estudia.argentina.travel (em breve)
O mini site de Turismo Educativo põe a disposição
dos interessados em estudar na Argentina os dados
das 120 universidades, centros de idiomas e escolas
de espanhol que formam parte das possibilidades
educativas do nosso país. A oferta de centros de
idiomas e universidades completa um panorama
decisivo para todos aqueles que estejam buscando
um destino no qual se desenvolver e aperfeiçoar academicamente. Também oferece informação turística
sobre cada um dos atrativos culturais e experiências
turísticas que os estudantes possam desfrutar na
região ou cidade em que decidam se capacitar.
Os interessados também poderão realizar um teste de
espanhol com o objetivo de determinar seus conhecimentos do idioma e poder empreender de melhor
jeito sua busca em cada um dos centros de idiomas e
instituições educativas certificadas pela Associação de
Centros de Idiomas da Argentina (SEA). Para terminar,
contam com os passos a seguir para poder se inscrever
em algum curso.
Com objetivo de celebrar a irmandade entre os povos da Argentina
e do Brasil, o Ministério de Turismo
da Nação, através do INPROTUR,
organizou uma ação na que se
iluminou o Cristo Redentor do Rio
de Janeiro com as cores da Argentina e o Obelisco de Buenos
Aires, com as do Brasil. Este foi o
marco da “Campanha Fair Play”,
proposta pela FIFA.
A “troca das cores” do Cristo Redentor e do Obelisco teve como
fim fortalecer os laços de fraternidade entre os dois países e incentivar o respeito e a camaradagem entre os jogadores, os juízes,
os adversários e os torcedores.
Sendo os dois ícones iluminados
em forma simultânea.
Aproveitando a Copa do Mundo,
o desenvolvimento desta atividade
surgiu do acordo entre o Instituto
Nacional da Promoção Turística da
Argentina e do Governo do Estado
de Rio de Janeiro, com o fim de
realizar ações de promoção na Argentina e no Brasil, para simbolizar
a interação e a amizade entre ambas às nações.
Cresce a chegada de turistas
As cores da Argentina e Brasil
ConectAR nas províncias
Com uma série de reuniões no interior
do país, se apresentaram os avances
na aplicação do Plano de Marketing
Internacional ConectAR 2012–2015.
Os ateliês estiveram organizados pelo
Ministério de Turismo da Nação através
do INPROTUR, do Conselho Federal de
Turismo e os órgãos de turismo de
cada uma das províncias. Nos encontros,
os Operadores Turísticos de cada uma
das províncias obtiveram informação
sobre os benefícios de participar de o
Plano ConectAR e de como facilitar o
trabalho aos que quiserem buscar dados
no site www.argentina.travel.
O Plano de Marketing Internacional
ConectAR é a ferramenta central através
da qual o INPROTUR busca posicionar
a Argentina como um destino turístico
de excelência mundial, sobre a base
de estratégias promocionais para os
turistas que desejam visitar nosso país.
O Conecta 3000 – que forma parte do
ConectAR– é uma base de dados de
prestadores turísticos criada a partir
dos ateliês realizados em 2013 e que
se completará com a participação de
ditos operadores nos encontros que
estão sendo organizados este ano em
todas as províncias. Cada um dos fornecedores, ao formar parte de Conecta
3000, pode anunciar sua oferta turística
na web www.argentina.travel.
Este ano já foram realizados encontros
em La Pampa, Formosa, San Juan, Rio
Negro e Neuquén e se prevê mais reuniões no resto do país.
Estima-se que a chegada de turistas
na Argentina no último ano cresceu
7,5%. Isto inclui as chegadas por
todas as vias, e marca um forte
incremento de viajantes procedentes do Brasil e Uruguai, via
Ezeiza e Aeroparque.
Segundo as estimativas da Pesquisa
de Turismo Internacional (ETI), difundidas pelo Ministério de Turismo
da Nação, os viajantes chegaram
por todos os meios de transporte
e o número de não residentes
cresceram 16% no último mês
de maio, em relação ao mesmo
mês do último ano. No entanto, e
sempre segundo a mesma fonte,
a chegada de turistas desde o exterior via Ezeiza e Aeroparque, aumentaram 7,5 %.
“O turismo receptivo, igual que o
interno, segue fazendo um aporte
contundente a economia nacional,
gerando postos de trabalho e impulsando a atividade produtiva nas
diversas regiões do país”, disse o
ministro de Turismo da Nação, Enrique Meyer.
Confrontando maio 2013/2014, surge
que as chegadas desde o Brasil
subiram 26,4% e os procedentes
do Uruguai superaram 41,3%.
Por outro lado, os dados informados
pela ETI revelam que o turista permaneceu em média 11,5 dias na
Argentina, com um gasto diário
de 92,6 dólares.
Durante os jogos que disputou a seleção Argentina
na Copa do Mundo, foram convidados jornalistas e
representantes do intercambio turístico do Rio de
Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo
os quais disfrutaram do jogo da Seleção e receberam,
ao mesmo tempo, informação promocional sobre
o nosso país.
A ação teve como objetivo convidá-los para que
compartilhassem uma jornada no marco dos quatro
primeiros jogos que disputou a Argentina na Copa
do Mundo. Lá lhes brindaram informações turística
sobre nosso país a todos os interessados e se ofereceu
um coquetel tipicamente argentino.
O ministro de Turismo da Nação, Enrique Meyer, destacou: “A Copa do Mundo é uma grande oportunidade
para que turistas do mundo todo possam conhecer
nossas atrações e programar uma viagem ao nosso
país”. Do mesmo modo ressaltou: “O Brasil é um dos
mercados mais importantes para nosso país e é fundamental continuar trabalhando para que cada vez
mais turistas brasileiros nos visitem”.
O Mundial e a grande quantidade de turistas que
recorreram às estradas e caminhos do Brasil, também
foram uma oportunidade para a organização de
uma campanha em via pública sobre a oferta de turismo de inverno da Argentina. Assim, se instalaram
placas publicitárias em Brasília, Rio de Janeiro e São
Paulo. A campanha teve como objetivo remarcar a
proximidade que existe entre os destinos do Brasil e
Argentina, o que permite que os viajantes possam
se deslocar via aérea em poucas horas desde seu
destino até as localidades argentinas, que oferecem
produtos vinculados ao turismo da neve.
Rally Dakar 2015
O INPROTUR na Copa do Mundo
IMPULSO
O ministro de Turismo da nação, Enrique Meyer, junto
ao Presidente Provisional do Senado, Gerardo Zamora, e
o vice-governador da província de Santiago de Estero,
José Emilio Neder, encabeçaram a apresentação do Rally
Dakar 2015, que largará 4 de janeiro próximo desde a
Plaza de Mayo de Buenos Aires. As Termas de Rio Hondo
receberão a competição, por primeira vez em 15 de
janeiro, no acampamento que se localizará no Autódromo
Internacional dessa localidade santiaguenha.
Meyer manifestou: “Nós argentinos estamos muito
felizes em receber novamente o Dakar em nosso país
e que a largada se realize frente à Casa do Governo,
na Plaza de Mayo”. Além disso, ressaltou que “nesta
oportunidade se incorpora uma nova província, como
Santiago de Estero, e a cidade de Termas do Rio
Hondo será o cenário privilegiado para hospedar a
todos os competidores do Dakar”.
“Esta nova edição do Dakar será mais competitiva, o
que significa que os mais de 900 veículos participantes
estarão no acampamento mais moderno e tecnológico
da América do Sul”, resumiu Meyer.
Durante a gira do Rally Dakar 2015, o Ministério de
Turismo da Nação e Amaury Sport Organization apresentarão oficialmente a competição pelas províncias
por onde passará a próxima edição. A gira começou
na segunda, 30 de junho em Salta, continuou La
Rioja, Termas de Rio Hondo e finalizou em Córdoba,
San Juan e Rosário.
De primeiro a três de janeiro próximo se realizarão as
verificações técnicas e administrativas no prédio de
Tecnópolis, na província de Buenos Aires. A largada
simbólica será quatro de janeiro na Plaza de Mayo e o
certame finalizará em 18, também na capital portenha.
Durante a edição 2014, 3,9 milhões de espectadores
seguiram o Dakar, dos quais 2,5 milhões vieram à
competição na Argentina. A corrida foi transmitida a
190 países, com mais de 1.200 horas de difusão.
Taste of London 2014
Turismo Médico no Uruguai
O Ministério de Turismo da Nação, através do INPROTUR,
apresentou por primeira vez no mercado uruguaio a
oferta de turismo médico, com o objetivo de estabelecer
alianças entre os profissionais de ambos os países para
a derivação de pacientes internacionais. Da atividade
participaram professionais da saúde, agencias de viajes
e as maiores operadoras de turismo, quem receberam
informação atualizada sobre as oportunidades de tratamentos ou práticas complementárias que os médicos
podem oferecer a seus pacientes na Argentina.
Nosso país possui grandes valores diferenciais com
respeito a outros destinos que fomentam este tipo
de comércio bilateral. Sua qualidade médica e tecnológica, e neste caso a proximidade com a República
Oriental do Uruguai, fazem da Argentina um destino
excelente. O Turismo Médico na Argentina há começado
a se desenvolver conseguindo se destacar pela qualidade dos seus profissionais como também especificamente em cirurgia estética cosmética, cirurgia
bariátrica, fertilidade, oftalmologia, odontologia, cardiologia, termalismo e bem estar.
Durante a atividade estiveram presentes a coordenadora
de Turismo Médico do INPROTUR, Graciela Mundielli;
a agregada Comercial da Embaixada da Argentina em
Montevideo, Andrea Rosconi; o gerente Geral das Aerolíneas Argentinas no Uruguai, Gustavo Carceglia; e
o presidente da Câmara de Turismo do Uruguai,
Fernando Cambón. Por sua parte, o secretário de
Turismo da cidade de Rosário, Diego Paladini, apresentou
a oferta do destino em matéria de saúde. Além do
vice-presidente da Câmara de Instituições Argentinas
para a Promoção da Saúde (CIAPSA) e Gerente Geral
da Clínica Bazterrica, Alejandro Muñiz, ressaltou a importância da articulação do trabalho conjunto público-privado, e destacou as características do produto,
ao mesmo tempo em que apresentou as instituições
de saúde aos membros das Câmaras.
O maior festival de comidas e bebidas do Reino
Unido, Taste of London, reúne a mais de 200 expositores, restaurantes e marcas vinculadas a gastronomia
do mundo. Nesta edição, participaram mais de
55.000 pessoas, e a Argentina esteve presente
através do Ministério do Turismo da Nação com um
stand localizado num lugar estratégico dentro da
feira, denominado Taste of Argentina Gourmet” e
organizado em três setores.
O primeiro deles estava destinado a restaurantes
argentinos estabelecidos em Londres. Este espaço
contou com duas churrasqueiras e um forno profissional nos quais se prepararam as degustações dos
quatro restaurantes participantes, “Constância Argentine Grill”, “Santa Maria do Sul”, “Buenos Aires
Restaurante” e “Portenha”. Deste modo os assistentes
puderam desfrutar de alguns dos pratos típicos de
nosso país e conhecer mais de perto a cultura gastronômica argentina.
O segundo espaço esteve dedicado à promoção
venda e degustação dos vinhos argentinos, convocados
por Wines of Argentina, A Embaixada argentina no
Reino Unido, o INPROTUR e a Fundação ExportAr.
Participaram quatro bodegas: Luigi Boca, Norton,
Tapiz e Mevi. Cada uma preparou uma degustação
dos seus vinhos mais destacados.
O terceiro espaço foi reservado para a degustação,
promoção e venda da “erva mate” (erva para chimarrão), mate cozido, doce de leite e alfajores por
parte da importadora Building Bridges, largamente
estabelecida no Reino Unido. Além disso, o stand
argentino contou com shows de Tango e um espetáculo
musical que atraíram uma grande quantidade de
visitantes.

O Ministério de Turismo da Nação através do INPROTUR
organizou uma série de seminários nas cidades de
Dresden, Leipzig e Hannover, na Alemanha, com o
objetivo de que as pessoas conheçam os atrativos
turísticos do nosso país. A atividade esteve dirigida
aos agentes turísticos, agentes de viagens, representantes do setor e linhas aéreas.
A ideia foi credenciar aos agentes de vendas dos
pacotes turísticos para a Argentina sobre a diversidade
de destinos e experiências que os visitantes podem
disfrutar em nosso país. Durante as apresentações,
os assistentes puderam conhecer a nova campanha
promocional Argentina por Vos e as distintas ferramentas que o INPROTUR põe a disposição.
Foram assistidos por mais de 150 pessoas das
cidades que resultam estratégicas para a Argentina.
Os seminários seguiram um esquema baseado em
uma apresentação audiovisual da nova campanha
Argentina por Vos. Durante a mesma, detalharamse os principais atrativos turísticos, deu-se a conhecer
as novas infraestruturas e o incremento da conectividade aérea interna. Também se difundiram algumas das experiências únicas que o viajante pode
encontrar no país, como a possibilidade de realizar
caminhadas pelo glaciar Perito Moreno, encontrar
com as baleias nos Mares do Sul ou passear baixo
as Cataratas do Iguaçu.
Turismo de Reuniões
Seminários de capacitação sobre a Argentina
IMPULSO
Segundo dados do Observatório Econômico de Turismo
de Reuniões, o setor gerou na Argentina mais de 18
bilhões de pesos durante 2013. Além disso, se contabilizaram 4.203 Congressos e Convenções, 505
Feiras e Exposições e 166 Eventos Esportivos Internacionais, que representam um total de mais de 17
milhões de participantes.
A apresentação dos resultados foi encabeçada pelo
ministro de Turismo da Nação, Enrique Meyer; o secretário Executivo do INPROTUR, Roberto Palais; o
presidente da Associação Argentina de Organizadores
e Fornecedores de Exposições, Congressos e Eventos
(AOCA), Diego Gutiérrez; o vice-presidente da Câmara
Argentina de Turismo, Fernando Gorbarán; o decano
da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade
de Buenos Aires, José Luis Giusti, e o vice-presidente
da Câmara Argentina de Turismo, Fernando Gorbarán.
Os destinos argentinos que se posicionam como os
principais receptores de eventos são a Cidade de
Buenos Aires, com 24%; e Córdoba, Mar del Plata,
Mendoza, Rosário, Santa Fe, Salta, La Plata, San
Miguel de Tucumán e Santiago del Estero, com 68%
do total de reuniões identificadas no país. A partir
de 2008, com o desenvolvimento e a instrumentação
do Plano de Marketing Estratégico de Turismo de
Reuniões do INPROTUR, a Argentina conseguiu um
posicionamento internacional que a posiciona no
posto 17º do Ranking Mundial de países sedes, com
223 eventos internacionais.
WTCC 2014
Convênio com Wines of Argentina
O acordo assinado entre o ministro de Turismo da
Nação, Enrique Meyer, e a presidente do Wines of Argentina, Susana Balbo, busca aprimorar as ações de
promoção internacional da marca e imagem dos vinhos
locais, fazendo com que conheçam todas as regiões
produtoras. Em um marco de colaboração recíproca, o
convênio aponta a construção e consolidação da Marca
País Argentina, assim como dos conceitos “Vinho Argentino” e “Argentina, terra de vinhos”.
Entre os objetivos combinados, encontra-se a consolidação estratégica do país entre os principais exportadores de vinho do mundo e entre os líderes latinos
americanos receptores de turismo internacional. Para
ele, se seguirá promovendo internacionalmente o desenvolvimento e consumo de produtos simbólicos da
Argentina e representativos da produção e cultura nacional. Para ele se organizou uma agenda de trabalho,
que contempla ações, acontecimentos e eventos de
cooperação conjunta.
Durante a assinatura do acordo, Meyer e Balbo anunciaram
a realização em São Paulo, Brasil, deArgentina Premium
Tasting, que se realizará na Casa Argentina da dita
cidade, em 16 e 17 de setembro. É a primeira vez que
este evento, nascido e consolidado em Mendoza, terá
caráter internacional, com a mira em um mercado estratégico para a Argentina. Durante o primeiro dia serão
realizados diversos workshops e palestras, onde serão
abordados e debatidos temas de interesse, tanto para a
indústria como para a imprensa e os amantes do bom
vinho. No segundo, se realizará o Tasting principal. Trata-se de uma grande cata a cegas – para mais de 140
pessoas–, dirigida por profissionais, na qual se degustarão
os melhores exponentes da vitivinicultura argentina,
segundo os críticos mais influentes do mundo.
+ Info: www.premiumtasting.com.ar | Twitter: @premiumTasting | Facebook: Premium Tasting Argentina
O World Touring Car Championship é uma competição
automobilística de velocidade, que se disputa com
automóveis de turismo e que é organizada pela Federação Internacional de Automóvel (FIA). Este ano
se realizará a segunda edição da competição em
nosso país e contará com a participação do argentino
José María López, quem se encontra liderando o
campeonato mundial da categoria. O ministro de
Turismo da Nação e presidente do INPROTUR,
Enrique Meyer, encabeçou a apresentação da data
argentina, que serão nos dias dois e três de agosto,
nas Termas do Rio Hondo.
“Estamos muito felizes de continuar recebendo
eventos internacionais que nos permitem seguir
posicionando-nos –destacou o Ministro Meyer –.
O WTCC trata-se de uma nova e enorme oportunidade
de promover o turismo no nosso país, já que permite
a difusão das imagens do nosso território e da
nossa gente. E isto, poderá posicionar a Argentina
como destino turístico de nível internacional ante
nada menos que 45 milhões de espectadores de
150 nações, e ante 30 milhões de leitores de 700
jornais do mundo todo”.
Termas de Rio Hondo receberá três destacadas
competições do esporte motor em menos de um
ano: o GPMoto que se realizou em Abril, no WTCC
que será realizado em agosto e o Rally Dakar, que
terão aí seu acampamento em janeiro de 2015.
Participarão também da apresentação o presidente
do Automóvel Clube Argentino, Jorge Rosales; o
subsecretário de Turismo de Santiago del Estero,
Ricardo Sosa, e o diretor de Operações do Europsports
Events, Francoise Ribeiro.

NOSSA
POR MARYSOL ANTÓN
Para os argentinos é
sinônimo de Mar del Plata;
para os turistas, um dos
símbolos da Argentina.
Havanna conserva em seus
alfajores uma parte do DNA
que nos dá identidade.
Irresistível tentação
FOTOS SILVIA CAROZO
Q
ue tem mais de 35 anos seguramente lembra que era
imperial ir até a costa atlântica
para poder degustar um desses
alfajores que sentíamos falta de
verão a verão. Havia inclusive, os
que traziam provisões para guardar
nos armários da cozinha e assim
poder esticar o prazer ao máximo
possível. Hoje Havanna é uma
marca que tem crescido que se
instalou na vida cotidiana dos argentinos e que nos representa
cruzando fronteiras.
O produto é simples: uma tampa,
recheio, outra tampa e uma cobertura. No entanto, como a maior
parte das ordens da vida: tudo é
mais do que a soma das partes. Na
Argentina os alfajores são as gulosinas
mais vendidas, os números garantem
que é vendido dia a dia algo por
volta de milhões de unidades em
todo o país. “O êxito está no fato de
que o consumidor o percebe como
um prazer que pode ser permitido
e que, além disso, o ajuda a enganar
a fome”, diz Alan Aurich, gerente
geral de Havanna.
“Em nosso caso a premissa é jamais
economizar em produto. Os alfajores
continuam sendo feitos em Mar
del Plata e desde lá exportamos a
todos os locais, inclusive os da
América Latina”, conta Aurich. Quase
como a fórmula do famoso refrigerante cola, na fábrica garantem
que o segredo do gosto distinto de
Havanna está na massa. É um sabor
que está tão presente nos paladares
argentinos que foi usado o nome
da marca para batizar sorvetes,
bolos e sobremesas.
DA ARGENTINA AO MUNDO
Nascida no coração de Mar del Plata,
a empresa demorou muitos anos
em sair da cidade costeira. Antes de
transformar-se em um produto que
combina a venda dos alfajores e outros produtos e cafeteria, a empresa
havia feito tentativa que terminaram
frustradas. “O ponto de inflexão foi
quando começamos a utilizar o café
Illy, primeiro se tomava em pé e depois foram colocadas cadeiras. Com
esse modelo que incluía a cafeteria
– neste momento bastante básico
– começamos a ter mais consumidores, então pensamos em rearmar
o negócio e montar locais mais equipados e nos quais se vendiam os
produtos da marca. “Hoje temos
quase 200 lojas”, esclarece Aurich.
Com o crescimento de Havanna
também chegou à expansão internacional, mas no sabor não se toca.
“Os alfajores e os demais produtos
que vão a outros países são exatamente iguais aos que comemos
aqui, só mudamos o pacote e utilizamos uma embalagem a vácuo,
que também se utiliza na Argentina
aos alfajores que são vendidos em
supermercado. Além disso, fizemos
projetos com a Alfândega e somos
a primeira empresa que tem uma
alfândega dentro dos seus depósitos.
Então, tudo o que fazemos ali está
controlado desde a origem e podemos passar por um canal verde
nos ingressos e o produto chega
mais rápido aos consumidores.”
Tanto no exterior como fronteiras
adentro, os alfajores são percebidos
como algo muito argentino, principalmente porque inclui no seu centro
o doce de leite, sabor que cada dia
está conquistando mais paladares.
“Os alfajores e os demais
produtos que vão a outros
países são exatamente iguais
aos que comemos aqui”.

ARGENTIN@S
POR MARYSOL ANTÓN
Argentin@s
Empreender,
essa é a questão
Curioso, ativo e
inquieto, Santiago
Bilinkis tem muitos,
mas o que o
fascina e, em parte,
o define: a
tecnologia e os
negócios.
É
difícil defini-lo. E não é porque
lhe faltem características, ao
contrário: sobram. Depois de um
longo caminho conseguiu manter
tantas atividades em um coletivo
que abarca a todas: ser empreendedor. Assim se apresenta hoje Santiago Bilinkis.
-O que é um empreendedor?
-Sustenho que um visionário é aquele
que vê o que o outro não chega a
deslumbrar, enquanto que o empreendedor vê o mesmo que os outros, mas quando não gosta encontra
um jeito para mudar. Um empreendedor possui valentia e determinação. Esta afirmação pode ser
aplicada a todas as ordens da vida,
é uma atitude.
-Como se aprende?
-Em minha opinião, acho que tem
pessoas a qual lhe gosta mais a
adrenalina. Enquanto uns encontram
esportes extremos, outros o fazem
nas atividades cotidianas, no desafio
de transformar a realidade. Ser empreendedores é um estilo de vida.
Um empreendimento se baseia mais
na prática que na teoria. Aprendese fazendo, acertando e errando. É
estar disposto a fracassar, um deve
ter em mente que mudar algo é
muito difícil. É algo que não tem a
ver com êxito, senão a estar disposto
a fazer o que gosta.
- E que coisas você gosta? Porque
está envolvido em tantas coisas,
tem um blog, é o organizador de
TEDxRíodelaPlata, faz uma coluna
na rádio, está em empresas…, hacés
una columna en la radio, estás en
empresas…
-(Risos). Eu gosto de muitas coisas,
mas percebi que posso agrupá-las

+ Info: http://bilinkis.com
ARGENTIN@S
em duas áreas: em empreendimentos
de negócios (criar companhias que
dê excelência em serviços) e na difusão da tecnologia. Nesta segunda
parte entram a rádio, o blog, TEDxRíodelaPlata.
-Não entra em colapso?
-O tempo todo, no bom sentido. A
vida é curta e demasiada linda, me
resulta difícil dizer não ao que me
interessa. A busca do equilíbrio é
um desafio. É verdade que quantas
mais atividades você tem, mais te
surgem, e isso é divertido. Para
mim, ter sorte é poder ter o privilégio
que o prazer e o trabalho sejam a
mesma coisa. Por isso não me custa:
começo às 07h00 e trabalho até a
hora do jantar.
-Ainda te perguntam por OfficeNet
(companhia que criou junto a Andy
Freire, outra voz autorizada para
falar de empreendimentos). É uma
etapa que já quer deixar para trás?
-Foi uma experiência super linda.
Meu orgulho é que foi uma empresa
que conseguiu dar uma qualidade
de serviço fora do comum na Argentina. E, com certeza, é um prazer
que ainda lembrem.
-Foi um bom chão?
-Mais que chão foi um teto, nunca
voltei a ser o número um em uma
empresa – brinca –. Agora estou
trabalhando com Restorando e
também com Avenida, um site de
e-commerce.
- Você é obsessivo?
-Em muitos sentidos sou, mas também muito esquecido, assim que
seria algo assim como aspirante a
obsessivo.
-Quando conhece alguém, como se
apresenta?
-As pessoas em seguida te perguntam: o que você faz? Mas é um formalismo, não uma resposta elaborada, querem que seja rápida. Até
faz pouco tempo não podia contar
facilmente o que faço, agora tenho
uma frase: sou empreendedor e
tecnologista. Mas, de certa forma,
está bem não poder defini-lo em
poucas palavras.
Santiago Bilinkis, não fica claro a
que se dedica?
Cenário natural
O cuidado do meio
ambiente e uma filosofia
sustentável foram dando
forma ao estilo de vida de
Andrea Juan, dois
elementos que também se
trasladaram a sua paixão:
a arte visual. Graças a sua
forma de agir conseguiu
impulsar a área de
Projetos Culturais da
Direção Nacional do
Antártico.
A
natureza lhe ofereceu o lenço
mais branco que tem, e ela
soube aproveitar tão tremendo cenário. Interessada no futuro do meio
ambiente, sua determinação para
retratar e expressar que passa aos
distintos ecossistemas a levou a Antártida, onde voltou mais 8 vezes.
Assim, Andrea Juan é hoje a chefe
de Projetos Culturais da Direção Nacional do Antártico, dependente do
Ministério das Relações Exteriores e
Culto da República Argentina.
Suas obras deram volta ao mundo, e
muitos artistas internacionais hão
chegado a estas terras graças a suas
intervenções, pois entre seus projetos
mais ambiciosos está o Programa
Residência de Arte na Antártida, que
coloca a Argentina como o único
país que oferece bolsas de estudo
artísticas. “Acreditamos que todo intercambio enriquece e multiplica. As
pessoas desconhecem a Antártida e
que a arte possa ajudar a difundir
parte da ciência é muito interessante.
Ao sair das mostras o público reflete,
analisa o que atualmente acontece
com a natureza”, conta esta criativa
que desde os 4 anos experimenta
com a cor, as formas, os fundos.
“Estudei fotografia, cine, vídeo. Venho
de uma família de médicos, geólogos,
bioquímicos e talvez isso tenha me
guiado a ser uma investigadora e
artista. O primeiro que fiz foi buscar
materiais não tóxicos para os trabalhos
gráficos e isso marcou uma mudança
na minha vida: comecei a ter um
ritmo de trabalho mais natural e saudável”, lembra Andrea.
Atenta ao entorno, a redução dos
glaciares captou sua atenção desde
as notícias que se publicavam nos
meios de comunicação, foi assim
que se perguntou o que estava acontecendo com o hábitat. Uma inquietude que deu origem ao Projeto Antártida. “A primeira viagem foi em
2005. Levei para lá vídeos sobre os

+ Info: www.andreajuan.net/
ARGENTIN@S
glaciares e os projetei sobre o gelo
com a cor saturada. Também projetamos imagens de girassóis. Ao
artístico se somaram as investigações
sobre a mudança climática, tomar
consciência de como as barreiras
de gelo se vão derretendo e a fisionomia já não é a que tinha. Foi
assim que no ano seguinte fiz Metano, um desempenho que manifestava como esse gás havia começado a sair à superfície já que a
permafrost – o solo congelado da
Antártida- foi se debilitando; isto
contribui para reforçar o famoso
efeito estufa”, alerta.
Para pôr cor e beleza as suas denuncias e chamados de atenção,
Andrea Juan continuou fortalecendo
suas expressões artísticas. Assim,
algas gigantes de telas estridentes
contrastaram com a geografia o
Continente Branco e suas fotografias
As instalações
da Andrea Juan
na Antártida
recorreram o
mundo. Aqui,
novas espécies
de girassóis
projetadas
sobre o gelo.
foram expostas no México, no Reino
Unido, Espanha, França, Holanda,
nos Estados Unidos, Canadá, China,
Coreia e outros. “Todo movimento
é bom, porque pessoas tem contato
com o que acontece. Começaram
a encontrar novas espécies com as
que podemos ter contato porque a
barreira de gelo de Larsen está desaparecendo. Também sabe o que
é estar trabalhando na Antártida,
um lugar totalmente comunitário,
onde não existe o dinheiro, os tempos são outros. É um destino que
me revitaliza.”
“Agora estou estudando as tempestades solares, cuja radiação cai na
Terra, especialmente no hemisfério
sul. Para este trabalho com telas brilhantes que equivalem à poética do
sol”, resume Andrea, sempre interessada em difundir e sensibilizar.