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FACULDADE MAX PLANCK IAGO THOMÉ VERRILLO EXERCÍCIOS PROPRIOCEPTIVOS COMO PREVENÇÃO DA ENTORSE DE TORNOZELO NO VÔLEI DE QUADRA INDAIATUBA 2015 Pág. 517 FACULDADE MAX PLANCK IAGO THOMÉ VERRILLO EXERCÍCIOS PROPRIOCEPTIVOS COMO PREVENÇÃO DA ENTORSE DE TORNOZELO NO VÔLEI DE QUADRA Seminário de Pesquisa apresentado à disciplina de Seminário de Pesquisa ministrado pelo professor Ricardo Stochi do curso de Graduação em Educação Física da Faculdade Max Planck de Indaiatuba, sob orientação do Eduardo. INDAIATUBA 2015 Pág. 518 Professor Antonio Carlos Ribeiro EXERCÍCIOS PROPRIOCEPTIVOS COMO PREVENÇÃO DA ENTORSE DE TORNOZELO NO VÔLEI DE QUADRA. Proprioceptive exercises as prevention of ankle sprains in volleyball court. IAGO THOMÉ VERRILLO FACULDADE MAX PLANCK RESUMO O Vôlei de quadra tem como predominância o salto vertical em ângulos diferentes, e como consequência pode ocorrer um risco grande de lesão no tornozelo por inversão, isso por causa do stress acarretado pela repetição deste fundamento, de onde muitas vezes ocorre nos treinos específicos decorrente de uma má elaboração do treino pelos técnicos. Tendo assim a entorse de tornozelo como o maior índice de lesões no vôlei. Como podemos prevenir esse acontecimento? Método estudado foi a propriocepção como prevenção. Este artigo tem como objetivo, por meio da revisão bibliográfica, comprovar os benefícios do método apresentado como prevenção para a entorse de tornozelo no vôlei de quadra. Palavras chave: Entorse de tornozelo; vôlei de quadra; propriocepção; salto vertical. ABSTRACT The volleyball has the predominance vertical jump at different angles, and as a result there may be a greater risk of ankle injury by inversion, that because of stress brought about by the repetition of this plea, from which often occurs in specific training due to a bad preparation of training for technicians. Thus having the ankle sprain as the highest injury rate in volleyball. How can we prevent this happening? Studied method was proprioception as prevention. This article aims, through literature review, prove the benefits of the method presented as to prevent ankle sprains in volleyball. Keywords: Ankle sprains; volleyball; proprioception; vertical jump. 1 Pág. 519 INTRODUÇÃO Atualmente uma das mais praticadas modalidades esportivas pela população brasileira e conhecida pelo mundo é o vôlei de quadra (SANTOS et. al. 2012; PERES et. al. 2014). Um esporte já ensinado no período escolar do Brasil como outras modalidades tradicionais sendo eles, o futsal, o basquete e o handebol. Isso, com o intuito de formar um cidadão apto a viver em comunidade, saber respeitar o próximo e também para promover um individuo ativo com uma boa qualidade de vida. Por isso são trabalhadas nas escolas de ensino brasileiro (ROSÁRIO e DARIDO, 2005). Segundo a Federação Internacional de Volleyball (2015), o vôlei de quadra é praticado em uma quadra de 9 metros de largura por 18 metros de comprimento e com uma rede dividindo seu lado do adversário. A altura da rede varia conforme o sexo, sendo 2,43m no masculino e 2,24m no feminino. Seu objetivo para marcar ponto é passar a bola por cima da rede e cair na área delimitada do adversário. Rodrigues (2004) discorre que o vôlei é um esporte rápido tendo que manter a bola no ar, com isso não há muito tempo para pensar na hora da jogada. Isso faz com que o praticante tenha de fazer tomadas de decisões. O movimento predominante no vôlei é o salto vertical em diversas direções presente na maioria dos fundamentos, isso como no ataque, no levantamento, na defesa, no bloqueio (GALDI e BANKOFF, 2001) assim, podendo-se ocorrer vários tipos de lesão decorrente do salto vertical isso pela velocidade que o jogo acontece (SUDA, 2006). Devido a vários trabalhos falarem os tipos de lesões encontrados no Vôlei de Quadra encontramos uma predominância na entorse de tornozelo. Isso é um problema tanto para um atleta como para uma pessoa que busca essa modalidade como laser. Um treinamento preventivo muito usado e estudado são os exercícios proprioceptivos. “A propriocepção e o reflexo ligamento-muscular apresentam algumas limitações, como o tempo necessário para responder ao estímulo externo, que seria insuficiente para proteger a articulação. O ajuste dinâmico e contínuo da rigidez através da co-contração muscular permite que o indivíduo esteja preparado para lidar com as perturbações impostas durante atividades funcionais...” (AQUINO et. al 2004) 2 Pág. 520 Com a aplicação da propriocepção como metodologia de treino preventivo da entorse de tornozelo no vôlei de quadra, podemos melhorar assim a percepção do individuo quando ocorre o contato com o solo na queda de modo irregular, fortalecendo a musculatura e aumentando a velocidade de sua resposta se baseando em um estudo teórico baseado em outros artigos? METODOLOGIA Tem como método para comprovação do tema abordado neste artigo a revisão bibliográfica a fim de avaliar a eficácia do trabalho a ser desenvolvido com os recursos de artigos científicos e livros que abordam temas correspondentes. Criando assim uma base teórica atual para a solução dos problemas aqui referentes ao artigo, buscando solucionar todos os problemas encontrados no decorrer deste trabalho. O presente estudo utilizou os parâmetros da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) como formatação geral do trabalho desenvolvido. Recursos utilizados para a busca de referenciais bibliográficas foi, Scielo, Google Acadêmico e bibliotecas online de faculdades. REVISÃO DE LITERATURA 1. Vôlei. Segundo a Federação Paulista de Volleyball (2015) o vôlei teve inicio no ano de 1895 como uma alternativa para a terceira idade praticar um esporte. Onde há quatro anos o basquetebol tinha sido criado, estando em moda, mas, como era um esporte muito cansativo e de contato, os associados mais velhos tinham dificuldade em participar, assim o pastor Lawrence Rinder sugeriu uma mudança a William G. Morgan diretor de Educação Física da Associação Cristã de Moços (ACM) na cidade de Holyoke, em Massachusetts, nos Estados Unidos. Que criou um esporte menos cansativo, onde seu primeiro nome foi mintonette antes do sucesso que é atualmente 3 Pág. 521 conhecido como vôlei. Morgan conhecido como “armário” pelo seu físico faleceu com 72 anos em 27 de dezembro de 1942. O vôlei foi sofrendo varias alterações, melhorias e adaptações durante sua história até chegar aos dias de hoje em 2015. Por ser um esporte que possibilita o individuo vivenciar novas habilidades e movimentos não presentes em outros esportes ou em nosso dia-a-dia, ele foi incluido nas escolas fazendo parte do arsenal do professor de educação física (ROSÁRIO e DARIDO, 2005; MOSCARDE et. al., 2013). O vôlei caracterizasse por ser um esporte que induz ao praticante utilizar seu raciocio de maneira rápida para tomar suas decisoes e assim marcar um ponto enquanto a bola ainda estiver no ar, como em uma levantada aonde o levantador precisa passar a bola para um dos atacantes marcarem de modo que o bloqueio não os pegue, o atacante marcado precisa saber aonde largar, ou, utilizar o bloqueio a seu favor (RODRIGUES, 2004). É presente no esporte o coletivo, trabalho em equipe e diversas habilidades e movimentos constantes (MOSCARDE et. al., 2013) Apresenta um jogo rápido no decorrer do ponto, sendo impressindivel que o praticante consiga chegar à bola ou posição com rapidez e precisão, isso para bloquear, para atacar, para defender, e tudo isso em um curto espaço de tempo. Fazendo com que o praticante tenha de pensar rápido na estratégia para fazer o ponto, executando os fundamentos de maneira rapida e com precisão (RODRIGUES, 2004; BORDINI et. al. 2013). Onde há predominancia do salto vertical é enorme por estar presente na maioria dos fundamentos do vôlei de quadra, sendo eles: o ataque, o bloqueio, o levantamento em suspensão ou até uma salvada de bola expirrada (GALDI e BANKOFF, 2001; JUNIOR, 2004). 2. Indices e motivos de lesões no vôlei de quadra. Segundo Farina e Mansoldo (2006), em seu estudo com atletas da categoria de base que participaram da FPV em 2004, comprovou que o maior número de lesões ocorre pela entorse de tornozelo por inversão. Onde foram analisados 541 atletas de idade entre 11 a 19 anos, dos quais 212 sofreram algum tipo de lesão e foram afastadas temporariamente das atividades do esporte estudado, já 176 sofreram 4 Pág. 522 alguma lesão, mas continuaram suas atividades esportivas e 153 não houve constatação de qualquer lesão. Sendo que o tornozelo teve 44,3 % de indice das lesões encontradas no desporto, entre elas os dedos da mão teve 22,2 %, no joelho 10,8 % entre outros menores. Sendo as lesões ocorridas em 74 % dos casos em treinamento de fundamentos. Agora Marques (2004) crítica à elaboração dos treinos de vôlei, alertando ser uma das maiores causas das lesões do esporte analisado. Isso pode estar ligado diretamente ao que Farina e Mansoldo (2006) constataram, que o maior indice de lesões ocorreram durante os treinos em exercícios especificos, diferente de partidas, sendo elas jogos ou coletivos. Essas lesões podem estar diretamente ligadas à falta de alongamento e treino de flexibilidade de seus atletas confirma Simas e Gonçalves (2012). Isso pode ocorrer quando o treinador acaba priorizando o resultado, assim ele precisa melhorar o rendimento de seus atletas, e acaba impondo a eles treinos excessivos e disgastantes diariamente, acarretando em stress muscular, psicologico e deixando de previni-los de possiveis lesões que podem surgir ao decorrer da temporada. Onde o alongamento e treino de flexibilidade acabam sendo trocados por mais treinos técnicos e táticos. ‘‘... A entorse de tornozelo e claramente a lesão mais comum no voleibol e a maioria delas ocorre na zona de rede, durante o contato tanto com um companheiro de equipe ou um oponente, ou na aterrissagem apos atacar ou bloquear. Em uma entorse por inversão pode ocorrer à lesão do ligamento talofibular anterior, da região anterolateral da cápsula articular e do ligamento calcâneo fibular, resultando na presença de dor aguda, redução da amplitude de movimento, déficit da função física e instabilidade, sendo esta ultima considerada a maior consequência desta lesão. A instabilidade do tornozelo pode existir apos uma ou mais entorses, sendo definida como a tendência do tornozelo a sofrer falseios, preferencialmente após as entorses do tipo grau II que muitas vezes se tornam instável cronicamente... ’’. (RERES et. al. 2014). 5 Pág. 523 3. Propriocepção e seus beneficios. Segundo Callegari et.al. (2010) propriocepção refere-se à percepção dos mecanorreceptores para discriminar a posição do corpo e movimentos articulares, bem como tensões sobre os tendões na fase estática ou dinâmica da marcha. Quando ocorre lesão no sistema musculoesquelético, há comprometimento da estabilização neuromuscular reflexa normal, propiciada pelos mecanismos proprioceptores, predispondo a novas lesões. Segundo Aquino et. a.l. (2004) e Lopes (2008) a propriocepção consiste nessa sensibilidade do movimento e posição articular, onde essas informações são captadas por receptores presentes no músculo e outros. Os receptores da parte muscular teve maior importância, sendo eles o fuso muscular e o órgão tendinoso de Golgi. Esse mecanismo ocorre decorrente de um estimulo que o tire de estabilização articular, precisando-o de um tempo de resposta, pois é preciso processar as informações no sitema nervoso central para que com isso o indivíduo detecte seu posicionamento articular no espaço que se encontra, e daí em diante o organismo poder tomar as medidas de preservação do proprio. Conforme Rodrigues e Seixas (2011) muitos estudos de casos mostram melhoria, mas, também muitos não apresentam melhorias com o treino da propriocepçao de modo à previnir futuras lesões. O treinamento funcional proprioceptivo é livre de complicações, enquanto o cirúrgico apresenta algumas complicações sérias, apesar de infreqüentes. O tratamento funcional não produz mais sintomas tardios (falseio, dor, edema, rigidez ou fraqueza muscular) do que a recuperação cirúrgica e mobilização gessada, ou imobilização gessada isolada. Além do mais, a reparação cirúrgica secundária da ruptura dos ligamentos do tornozelo (reparação anatômica tardia) pode ser realizada mesmo anos após a lesão, se necessário, com bons resultados, comparáveis àqueles obtidos com a reparação primária (RENSTROM e LYNCH, 1999). A propriocepção ajuda na prevenção da entorse do tornozelo, onde cria ao individuo um alicerce preparado para o salto vertical no vôlei de quadra e sua aterrissagem ao solo (PRADO et al 2013). Assim este é um método eficaz na prevenção da entorse de tornozelo no vôlei de quadra. Trazendo ao individuo uma 6 Pág. 524 melhora em sua resposta nervosa com contrações que o auxiliaram em seu equilíbrio e proteção da articulação (AQUINO et. al. 2004). CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO. Após os trabalhos analisados, podemos identificar vários aspectos pertinentes sobre o assunto. Dentre eles foi constatado o maior índice de lesão presente no vôlei de quadra, a entorse de tornozelo por inversão segundo estudo de casos, motivos por tal lesão ocorrer, como citados, a má elaboração de treinos e preparo físico como exemplo a flexibilidade. Assim, confirmamos a importância de um trabalho preventivo para os praticantes desse desporto que é o vôlei de quadra. Foi analisado o treinamento proprioceptivo e seus respectivos benefícios ao praticante. Foi comprovada significativamente uma melhora no desempenho proprioceptivo dos indivíduos, mas como em alguns artigos encontrados, mostram que a lesão pode ocorrer do mesmo modo, pelo fato que a propriocepção é um processo de informações advindas dos mecanorrecptores ao sistema nervoso central, dificultando assim sua eficácia pela demora da reposta ao estimulo do meio que o individuo se encontra isso quando exausto. Assim o treinamento da propriocepção pode minimizar as lesões quando de fato são geradas por descuido do mesmo. Decorrente dos dados pesquisados e selecionados existe uma melhoria significativa na propriocepção de indivíduos que a treinam, deixando assim seus mecanismos receptores mais aguçados e eficazes. Mas pela falta de estudos de caso, não há uma segurança de que a propriocepção treinada pode prevenir, mas sim minimizar o acontecimento da entorse de tornozelo por inversão ocasionada pelo salto vertical no vôlei de quadra, mesmo que em alguns artigos confirmem a possível prevenção também. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AQUINO, C. F.; VIANA, S. O.; FONSECA, S. T.; BRICIO, R. S.; VAZ, D. V. Mecanismos neuromusculares de controle da estabilidade articular. R. bras. Ci. e Mov. Brasília v. 12 n. 2 p. 35-42. 2004 7 Pág. 525 BORDINI, F. L.; COSTA, M. A.; MEDINA, J.; RIBEIRO, D. A.; OKAZAKI, V. H. A.; MARQUES, I. – Efeito da oclusão de informações espacias na cortada do voleibol sobre a tomada de decisão defensiva em atletas com diferentes níveis de experiência. Rev. Educ. 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