Volume 20 - Nº 6 Dezembro 2013 - Sociedade Brasileira de Diabetes

Transcrição

Volume 20 - Nº 6 Dezembro 2013 - Sociedade Brasileira de Diabetes
Volume 20 – número 06 – dezembro 2013
Momento de Transição:
Dr. Walter Minicucci conta
sobre os novos projetos
como presidente da SBD e
Dr. Balduíno Tschiedel faz
um balanço dos dois anos
de trabalho.
Programa Step by
Step, ou Passo a
Passo, resgata o
Projeto Salvando o
Pé no Brasil
Endocrinologistas e educadores
físicos, com diabetes, explicam como
a atividade física e o tratamento vão
além da teoria.
Individual como as necessidades
de cada paciente.
NovoRapid® FlexPen®
e Levemir® FlexPen®:
Agora em embalagens
com 1 caneta.
Levemir® (insulina detemir). Indicação: diabetes mellitus. Uso adulto e pediátrico acima de 6 anos. Contraindicações: hipersensibilidade à insulina detemir ou excipientes. Advertências: A dosagem inadequada ou a descontinuação
pode causar hiperglicemia e cetoacidose diabética. Hipoglicemia pode ocorrer se a dose de insulina for muito alta em relação à necessidade. A transferência de outro tipo ou marca de insulina pode levar a alteração na dosagem. Casos
de insuficiência cardíaca congestiva foram relatados no uso combinado de insulinas e tiazolidinedionas, especialmente em pacientes com fatores de risco para ICC. Levemir® não deve ser administrado intravenosamente. A absorção na
administração intramuscular é mais rápida e superior que a absorção na administração subcutânea. Levemir® não deve ser diluído ou misturado com nenhuma outra preparação de insulina e não deve ser usado em bombas de infusão
de insulina. Há limitada experiência clínica com insulina detemir durante a gravidez e lactação. Interações: antidiabéticos orais, inibidores da monoaminooxidase, beta-bloqueadores não seletivos, inibidores da ECA, salicilatos, tiazidas,
glicocorticoides, hormônios da tireóide, beta-simpatomiméticos, hormônio de crescimento, danazol, octreotida, lanreotida e álcool. Reações adversas: hipoglicemia, reações no local da injeção, lipodistrofia, edema, reações alérgicas,
urticária, rash, erupções cutâneas, distúrbios de refração, retinopatia diabética e neuropatia periférica. Posologia: Em combinação com antidiabéticos orais, iniciar com a dose de 10 U ou 0,1-0,2 U/Kg uma vez ao dia. A dosagem deve ser
ajustada individualmente. Em regime basal-bolus, recomenda-se administração uma ou duas vezes ao dia, dependendo da necessidade do paciente. Para pacientes que requerem duas doses diárias, a dose noturna pode ser administrada
com a refeição noturna, ou antes de dormir, ou 12 horas após a dose matinal. A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Registro MS: 1.1766.0019.
Este medicamento não deve ser utilizado em caso de hipersensibilidade à insulina detemir ou a qualquer um de seus excipientes. O álcool pode intensificar e prolongar o efeito
hipoglicêmico da insulina.
NovoRapid® FlexPen®, Penfill® e Frasco (insulina asparte). Indicação: diabetes mellitus. Uso adulto e pediátrico acima de 2 anos. Contraindicações: hipoglicemia e hipersensibilidade à insulina asparte ou a qualquer
excipiente. Advertências e precauções: A dosagem inadequada ou a descontinuação do tratamento pode, especialmente no diabetes Tipo 1, levar à hiperglicemia e cetoacidose diabética. A administração de NovoRapid®
deve estar diretamente relacionada com a refeição. O rápido início da ação deve ser considerado em pacientes com doenças ou medicação concomitantes em que uma absorção retardada dos alimentos é esperada. Doenças
concomitantes nos rins, no fígado, ou que afetam as glândulas adrenais, hipófise ou tireóide podem requerer alteração da dose de insulina. A alternância contínua do local de injeção dentro de uma mesma área ajuda a reduzir
ou prevenir a hipersensibilidade local. NovoRapid® pode ser usada durante a gravidez (categoria de risco B). Lactação: Não há restrições ao tratamento com NovoRapid® durante a amamentação entretanto, pode ser necessário
ajustar a dosagem. Posologia: NovoRapid®, geralmente, deve ser administrada imediatamente antes da refeição ou quando necessário logo após a refeição. Normalmente, NovoRapid® deve ser utilizada, em associação com
uma insulina de ação intermediária ou de ação prolongada. A necessidade individual de insulina em adultos e crianças encontra-se normalmente entre 0,5 e 1,0 U/Kg/dia, sendo que 50 a 70% da dose total diária de insulina
pode ser fornecida por NovoRapid® e o restante por insulina de ação intermediária ou de ação prolongada. NovoRapid® é administrada via subcutânea na parede abdominal, na coxa, na parte superior do braço, na região deltóide
ou na região glútea. Quando injetada via subcutânea, o início de ação irá ocorrer dentro de 10-20 minutos após a injeção. O máximo efeito ocorre entre 1-3 horas após a injeção. A duração da ação é de 3 a 5 horas. NovoRapid®
pode ser usada em um sistema de bomba de infusão. Interações medicamentosas: antidiabéticos orais, inibidores da monoaminooxidase (IMAOs), beta-bloqueadores, inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA),
salicilatos, esteróides anabólicos, sulfonamidas, contraceptivos orais, tiazidas, glicocorticóides, hormônios da tireóide, simpatomiméticos, hormônio de crescimento, danazol e álcool. NovoRapid® pode causar doping. Reações
adversas: hipoglicemia, edema, anomalias de refração e hipersensibilidade local (dor, rubor, prurido, inflamação, equimose, edema e urticária). Devido à menor duração de ação, quando comparada à insulina humana solúvel,
NovoRapid® apresenta um menor risco de causar episódios de hipoglicemia noturna. A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Registro MS: 1.1766.0016.
Este medicamento não deve ser utilizado em caso de hipersensibilidade à insulina asparte ou qualquer um de seus excipientes. Os contraceptivos orais podem aumentar as
necessidades de insulina dos pacientes.
NNK-001-01/2013
Palavra do Presidente
Caros amigos:
N
o discurso de posse, em janeiro
de 2012, lembro de ter parafraseado Marta Medeiros, dizendo:
“o que justifica uma vida não são
nossas boas intenções, nossas ideias jogadas ao vento, nossos quases: vida é a
coisa realizada. O que se fez e o que se
sentiu.”
Vocês verão, na retrospectiva nessa
Revista, os nossos principais pontos de
atuação nesses dois anos. Certamente
muito há por fazer, mas pelo menos
temos a certeza do dever cumprido.
Nosso Brasil é ainda muito desigual, e
precisamos estar presentes em todos os
estados. Talvez ainda com mais ênfase
naqueles em que poucas vozes existem
para tentar melhorar a situação dos pacientes com diabetes. Dentro dessa filosofia de atuação é que nos atiramos de
corpo e alma no projeto “A SBD vai ao
gestor”. Estivemos presentes em 13 estados brasileiros, sempre com a assessora
de imprensa da SBD, a eficiente Beth
Camarão, que fazia a aproximação com
os veículos de comunicação. Gostaríamos de ter ido a mais, mas a tarefa é
gigantesca, pois exige, além de um desprendimento total na questão tempo, a
participação decisiva de lideranças médicas locais, na viabilização do encontro
com os secretários de saúde. Não por
acaso, o primeiro estado que visitei foi o
Ceará, fruto da decidida liderança exercida pela Adriana Costa e Forti, sempre
disposta a colaborar, a quem escolho
para render minhas homenagens, representando a todos que me receberam
tão bem nos estados que visitei, mas que
seria impossível nominá-los. Nossa revista científica é a melhor colocada no Brasil na questão do índice de impacto. É
uma conquista e tanto, e eu cumprimento a Marilia de Britto Gomes pela visão
de estruturar a Revista, na sua gestão, e
ao Daniel Gianella pelo trabalho incansável como editor. Ao Marcio Krakauer,
pelo entusiasmo na condução do Dia
Mundial do Diabetes - que esse ano teve
a forte concorrência da Urologia, com
o câncer de próstata, mas soubemos
conviver harmonicamente, pois ambas
as campanhas são meritórias – fica tam-
bém o nosso muito obrigado. O Laerte
Damaceno foi outro colaborador que
me ajudou muito, pois aceitou assumir
o site quando ficamos sem editor responsável, no início da gestão, tendo que
inteirar-se de toda a situação rápida e
efetivamente. A campanha “Diabetes:
mude seus Valores”, brilhantemente
pensada pelo Luis Turatti, alcançou
ampla repercussão em vários estados do
Brasil, sem qualquer ônus para nossa
Sociedade, pois obteve grande apoio de
patrocinadores.
A disposição impressionante do João
Salles para o trabalho foi algo que deve
ser ressaltado, pois ele sempre estava
disposto a colaborar, e obviamente é
da natureza humana solicitar a realização de alguma tarefa àquele que mais
se disponibiliza, e isso eu segui à risca,
cobrindo-o de tarefas, as quais ele sempre realizou sem qualquer empecilho.
Você foi demais, João! Lembro também
da Lenita Zajdenverg, do Carlos Eduardo Couri, da Hermelinda Pedrosa, do
Marcello Bertolucci, do Marcos Troian,
da Geísa Macedo, do Lerário, da Cristina Façanha, do Malerbi, do Levimar,
da Reine, da Silmara, do Mauro Scharf,
da Denise Franco, da Sandra Vivolo,
do Negrato, do Rodrigo Lamounier, da
Claudia Pieper, do Walmir Coutinho,
da Graça Câmara, dos organizadores
do nosso brilhante XIX Congresso da
SBD, o Luiz Antonio de Araújo e a Amely Balthazar, do José Egídio e do Sergio
Vêncio, notáveis organizadores das
nossas Diretrizes, agora anualizadas, do
Pimazoni, sempre com ideias inteligentes. De fato, é impossível citar todos os
colaboradores, pois nunca houve uma
deserção na hora H.
Essa Revista que vocês estão lendo
é o resultado de um trabalho forte do
Leão Zagury, que dedica muito do seu
tempo a ela, tendo uma equipe formidável, capitaneada pela Cristina Dissat.
Continuem assim, pois a Revista da SBD,
embora eu seja suspeito para falar, está
ótima!
Obviamente, tudo isso não seria
possível se não tivéssemos uma equipe
(apenas três!) muito eficiente de colaboradoras, capitaneada pela Anna Maria Ferreira, que, para mim, representa
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1
a imagem da SBD. Elas fazem milagres,
e as terei sempre no coração.
Quanto ao nosso sucessor, Walter Minicucci, agradeço o tempo sempre disponível para questionamentos e ponderações, no cargo honorífico de assessor
especial da presidência, o qual tive a
honra de criar e ver aceito o convite
para ele preencher esse cargo. Walter,
agora é tudo com você! Tenho certeza
que a SBD sairá ainda mais forte após o
seu mandato.
Voltando ao nosso primeiro parágrafo, agora posso dizer, eu vivi
Mas continuamos na luta! Em abril,
24 a 26, teremos o International Diabetes Forum 2014, em Foz do Iguaçu,
uma promoção conjunta da IDF-SACA,
ALAD e SBD, com o apoio da ADJ Brasil
e da FENAD. Espero vocês !
Um grande abraço,
Balduíno Tschiedel
Presidente da SBD 2012/2013
Índice
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
2
1Palavra do Presidente
3Palavra do Editor-Chefe
4Saúde e Ciência
6Dra. Marília Brito Gomes
8Didática na Prática: Sem Ela Não Há Solução...
9Atividade Física: na Teoria e na Prática
12 Balduíno Tschiedel: Retrospectiva 2012/2013
14 2014-2015: Uma Gestão Participativa
16 Revista Diabetes: Versão Digital e Novos Planos
18 O Resgate do Programa Salvando
Pé Diabético no Brasill
20
Dietas de Baixo Índice Glicêmico em
Gestantes Diabéticas
21
22
24
26
27
28
Vitaminoterapia: Benefícios ou Malefícios
Pelo Brasil
WDC 2013 Reúne 10 Mil Pessoas em Melbourne
Pelo Mundo
Comunicados da SBD
Agenda
Editorial
E
ste é mais um momento de transição onde uma gestão se encerra e
outra começa a traçar os rumos da
SBD para os próximos dois anos.
Como já vem acontecendo em outras
ocasiões, temos uma passagem feita com
muita tranquilidade, onde a troca de informações entre as diretorias é algo que
faz parte desse processo natural de continuidade do crescimento da entidade.
O amigo Balduíno Tschiedel deixa
o cargo de presidente, que ocupou no
período de 2012 e 2013, e a SBD passa
a ter Walter Minicucci como gestor até
2015. Os dois têm particularidades nos
estilos de gerir, mas uma delas é comum
aos dois que é a vontade de ver a SBD
crescer. Cada qual tem projetos distintos
que dão o toque pessoal nas suas passagens como presidentes. Os traços de
cada presidente da SBD, inclusive, estão
sendo resgatados a cada edição nas nossas Páginas Azuis, como nesta em que a
ex-presidente Marília Brito Gomes fala
sobre seu período a frente da entidade.
De 2012 a 2013, a SBD contou com
um presidente com perfil de gestor, que
usou toda a experiência a frente de grandes projetos, como o Instituto da Criança
em Porto Alegre, para gerir a entidade.
Foram inúmeros projetos executados
pelo Balduíno, como o SBD Vai ao Gestor, que marcou a presença política da
Sociedade. Sem dúvida, foi uma de suas
iniciativas preferidas. Ele acredita que a
SBD precisa estar no cenário político do
país para conseguir espaço e melhoria no
tratamento para os pacientes.
Acompanhamos todas as suas visitas
aos mais variados estados brasileiros.
Um resumo dos dois anos, vocês irão
encontrar na Retrospectiva 2012/2013
nesta edição. Outro fato que deve ser
comentado foi o apoio na criação e inclusão da versão digital da nossa revista,
com novos recursos, dentro do site da
SBD. Foi um trabalho em ótima sintonia
com o Laerte Damaceno, editor do site
da SBD, a publicação alcançou novos
leitores e mais visibilidade na internet.
Balduíno completa esse balanço no seu
editorial, o último desta gestão.
E 2014 começa com um novo presidente, eleito no Congresso em Brasília,
em 2011: Walter Minicucci. Para quem
já conhece um pouco desse meu grande amigo sabe que as ideias devem estar
fervilhando na sua cabeça. Com foco especial no paciente, ele já vem traçando
alguns planos há algum tempo. Conversamos muito durante o Congresso em
Florianópolis, registrado em vídeo e publicado na versão digital da Revista. Nem
precisamos dizer que ele se emocionou
ao resgatarmos momentos importantes.
Assim é o Minicucci. Emocional e com
uma vontade enorme que seu dia tivesse
mais de 48 horas para fazer tudo o que
sonha em relação ao diabetes. Aqui, meu
agradecimento pela confiança de ter me
concedido a oportunidade de continuar
como editor-chefe da Revista Diabetes.
Além dessas duas matérias especiais,
fizemos um balanço, com críticas inclusive, sobre o Congresso Mundial da International Diabetes Federation. Convidamos o Alexandre Hohl, de Santa
Catarina, que este ano foi aos três grandes congressos internacionais para uma
comparação e uma avaliação do WDC,
ou World Diabetes Congress, que aconteceu em Melbourne. Nessa reportagem
DIRETORIA BIÊNIO 2012-2013
Presidente: Dr. Balduíno Tschiedel; vice-presidentes: Dra.
Hermelinda Cordeiro Pedrosa, Dra. Lenita Zajdenverg,
Dr. Levimar Rocha Araújo, Dr. Luiz Alberto Andreotti Turatti e Dra. Reine Marie Chaves Fonseca; primeiro secretário: Dr. Domingos Malerbi; segunda secretária:
Dra. Cristina Figueiredo Sampaio Façanha; tesoureiro:
Dr. Antônio Carlos Lerário; segundo tesoureiro: Dr. João
Eduardo Nunes Salles; conselho fiscal: Dra. Geísa Maria
Campos de Macedo, Dr. Luiz Antônio de Araujo, Dr.
Marcos Cauduro Troian e Dra. Silmara Oliveira Leite.
SEDE
Rua Afonso Brás, 579, salas 72/74, Vila Nova
Conceição, São Paulo, SP, CEP 04511-011; Email:
[email protected],
Site: www.diabetes.org.br; Tel.: (11) 3846-0729; Gerente:
Anna Maria Ferreira; Secretária: Maria Izabel Homem de
Mello e Eliana Andrade.
Filiada à International Diabetes Federation.
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vale observar os novos números divulgados pela sexta edição do “Diabetes Atlas”.
Ainda temos muitas coisas interessantes como o material sobre Pé Diabético,
com a incansável Hermelinda Pedrosa;
histórias desconhecidas por muitos sobre a vida de Luiz Carlos Espínola; e uma
reportagem sobre atividade física, com
detalhes debatidos recentemente, depoimentos de médicos que são atletas e
diabéticos e uma entrevista com Michael
Riddel, convidado internacional que esteve em nosso congresso em Florianópolis.
Hora de começar a leitura e espero
que gostem das nossas escolhas.
Saúde para todos.
Leão Zagury
Editor Chefe
Revista da SBD
Leão Zagury
Presidente da SBD: Dr. Balduíno Tschiedel
Equipe de Jornalismo: DC Press
Editora: Cristina Dissat – MTRJ 17518; Redação: Paula Camila Rodrigues,
André Dissat, Tainá Oliveira, Monique Siqueira e Fávia Garcia.
Colunistas: Dr. Augusto Pimazoni, Dra. Deise Regina Baptista e Dr. Ney
Cavalcanti.
Redação: Rua Haddock Lobo, 356 sala 202- Tijuca - Rio de Janeiro - RJ;
Tels.: (21) 2205-0707; E-mail: [email protected]
As colunas e artigos assinados são de inteira responsabilidade de
seus autores.
Comercialização: AC Farmacêutica, tel.: (11) 5641-1870 e
(21) 3543-0770, [email protected]
Projeto gráfico: DoisC Editoração Eletrônica e Fotografia
([email protected]); Diagramação: André Borges
Fotos: Celso Pupo; Periodicidade: Bimestral
Impressão e CTP: Melting Color Grafica e Editora Ltda; Tiragem: 4000
exemplares.
Editor-chefe: Dr.
Editoração Eletrônica e Fotografia
Saúde e Ciência
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4
Acarbose e Longevidade
U
m estudo feito pela Universidade de Michigan, Laboratório Jackson e Health Sciences Center da Universidade
do Texas, descobriu que a acarbose pode aumentar o
tempo de vida médio de ratos machos em 22%, de acordo
com a análise do envelhecimento celular. Já nas fêmeas, o
aumento foi de 5%.
“Os novos resultados sobre a acarbose indicam que o medicamento pode atuar na prevenção de muitas doenças ao
mesmo tempo, retardando o processo de envelhecimento em
si”, diz o autor sênior do estudo, Dr. Richard Miller, professor
de patologia na Faculdade de Medicina e diretor adjunto do
Geriatric Center, ambos da Universidade de Michigan.
A pesquisa também concluiu que o efeito sobre a vida útil
máxima foi semelhante em ratos machos e fêmeas, com aumento da longevidade em 11 % e 9%, respectivamente. Os
autores disseram que a maior expectativa de vida dos ratos
tratados com acarbose sugere que a droga pode ajudar a prevenir cânceres provenientes do envelhecimento.
Como a acarbose é segura para uso humano em longo
prazo, Dr. Miller diz que é possível que pesquisadores clínicos
avaliem os efeitos da substância nas doenças do envelhecimento e relacionadas com a idade, tanto em pessoas que tomam o medicamento para tratar diabetes, quanto em voluntários saudáveis. Os autores também disseram que as diferenças
de resultados entre machos e fêmeas reforçam a ideia de que
algumas intervenções têm efeitos específicos por gênero. n
Atlas e Aumento
no Número de Pacientes
A
Ilustração: Marrius
International Diabetes Federation divulgou que 10% da população mundial terá diabetes em 2035. O dado está em um relatório,
lançado no Dia Mundial do Diabetes, pela entidade internacional
que revelou que haverá 382 milhões de pessoas com diabetes até o final
deste ano, e 592 milhões pessoas com diabetes em 2035. No atlas de
diabetes ainda estão incluídos informes sobre o crescimento da doença em vários países; análise da situação socioeconômica relacionada ao
diabetes; e o crescimento entre diabetes tipo 1 e tipo 2. n
Gordura Marrom Contra o Diabetes
P
Ilustração: Alemon cz
esquisadores da Universidade de
Utah acreditam que as células-tronco de gordura marrom em
humanos adultos podem levar a novos
tratamentos para doenças do coração e
do sistema endócrino.
Um estudo liderado por Dr. Amit N.
Patel, diretor da Clínica de Medicina
Regenerativa e Engenharia de Tecidos
e professor associado da Divisão de Cirurgia Cardiotorácica da School of Medicine da Universidade de Utah, confirmou que as crianças têm uma grande
quantidade de gordura marrom. Esse
é um dos motivos que as fazem ingerir grandes quantidades de comida e
não ganhar peso em excesso. Dr. Patel
aponta que os adultos muitas vezes têm
muita gordura branca em seu corpo, o
que leva ao ganho de peso e às doenças
cardiovasculares. Conforme as pessoas
envelhecem, ocorre um aumento da
gordura branca e redução da gordura
marrom. “Se você tem mais gordura
marrom, provavelmente é porque é metabolicamente eficiente, o que nos leva
a garantir que você tem menos chances
de ser diabético e ter alto níveis de colesterol”, explicou o pesquisador.
Os cientistas do estudo isolaram
tronco humanas a partir da gordura
marrom de um adulto. Aseguir, foram
implantadas em outro modelo pré-humano e têm mostrado efeitos positivos
sobre os níveis de glicose. A descoberta
pode ajudar na identificação de medicamentos que podem aumentar a própria capacidade do corpo de produzir
gordura marrom ou encontrar maneiras de aplicar diretamente as células
nos pacientes. n
Obesos Saudáveis e
Risco de Diabetes
P
Diabulimia
Os pesquisadores monitoraram o índice de massa corporal e saúde metabólica de cada participante. Ao longo do
estudo, 9,3 % dos participantes tiveram
diabetes e 3,4% desenvolveram doenças
cardiovasculares.
De acordo com os autores do estudo,
os resultados comprovam as recomendações do National Heart, Lung and
Blood Institute: durante as consultas, os
médicos devem gastar mais tempo com
obesidade e seus tratamentos. n
Foto: IPGGutenbergUKLtd
essoas obesas, mas metabolicamente saudáveis ainda têm um risco
significativamente aumentado de
diabetes e doenças cardiovasculares. Em
um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, os
pesquisadores analisaram um grupo de
4.202 pessoas por um período de sete
anos, com o objetivo de observar os
maiores fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares
e diabetes.
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D
ra. Cláudia Pieper, presidente do Departamento de
Transtornos Alimentares da
SBD, é a autora do livro “Diabulimia: uma combinação perigosa”.
Depois do lançamento oficial durante o Diabetes 2013, em Florianópolis (SC), a médica e os co-autores também fizeram um happy
hour no dia 5 de novembro, na
Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro (RJ), para apresentar o livro.
De acordo com Dra. Cláudia, em
menos de um mês e meio a edição
de 500 exemplares se esgotou.
A especialista tem 15 anos de
experiência clínica na área de
transtornos alimentares. Ao longo
desse tempo, Dra. Cláudia acompanhou jovens diagnosticados
com diabetes tipo 1 que, frequentemente, desenvolvem diabulimia.
“Também temos observado que os
portadores de compulsão alimentar periódica (TCAP) acabam desenvolvendo obesidade e diabetes
mellitus tipo 2”, explica.
Para quem tem acesso ao Facebook, pode conferir mais detalhes
sobre o livro na Fan Page: www.facebook.com/diabulimia. n
Guia de Sobrevivência
Na edição digital da Revista Diabetes os leitores poderão acessar os links dos estudos apresentados na coluna Saúde & Ciência.
Foto: bahrialtay
C
om o intuito de auxiliar profissionais de saúde e pacientes que estão em locais atingidos pelas chuvas nesse fim de ano, a SBD reeditou um guia com diversas
orientações em relação a melhor forma de conservar a insulina e os cuidados com a higiene na hora da aplicação;
cuidados com os pés; dieta ideal do diabético, mesmo em
áreas e situações de emergência.
As recomendações estão no site da SBD que também publicou um vídeo com o Dr. Walter Minicucci, novo presidente da SBD, com diversas explicações em relação à insulina. n
Páginas Azuis
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6
Dra. Marília
Brito Gomes
M
uito ligada à vida acadêmica,
a Dra. Marília Brito Gomes –
que presidiu a SBD nos anos
de 2008 e 2009 – desenvolveu
com a entidade ações de grande importância como a criação da revista Diabetology & Metabolic Syndrome (http://
www.dmsjournal.com/), a publicação
oficial da SBD de artigos científicos.
Além disso, fez importantes parcerias
que resultaram em projetos como o
Educando Educadores e um dos maiores estudos de diabetes do país.
Atualmente, a médica ocupa o cargo
de Chefe da Unidade Docente Assistencial de Diabetes do Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade
do Estado do Rio de Janeiro (HUPE-UERJ), sendo responsável pelo recém-inaugurado Centro de Referência em
Diabetes do Estado, que entrou em
funcionamento no final de agosto de
2013, com investimentos da UERJ e da
FAPERJ (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), e presta
serviços gratuitos à população.
Recentemente, foi homenageada
como Benemérita do Estado, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio
de Janeiro (ALERJ), em reconhecimento aos seus esforços pela saúde do paciente com diabetes.
A Dra. Marília já havia recebido, em
2010, a outorga de Cientista do Estado
do Rio de Janeiro pela FAPERJ, por sua
extensa trajetória e envolvimento com
pesquisas acadêmico-científicas.
Em sua terceira reportagem das Páginas Azuis, esta coluna traz uma entre-
vista com a médica e cientista que sempre teve como foco central uma atenção
digna e de qualidade ao paciente com
diabetes.
Revista Diabetes: Como a endocrinologia e
o diabetes entraram na sua vida?
Dra. Marília: Sempre tive ideia de trabalhar com endocrinologia, especificamente na área de diabetes. Quando me
graduei em Medicina, pela UERJ, fui
para a pós-graduação no IEDE (Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do Rio de Janeiro) trabalhar com
o Professor Francisco Arduíno. Isso foi
decisivo para a minha opção. Ali, escolhi
trabalhar com o paciente diabético. Tive
professores excelentes no IEDE, naquele ano, inclusive o ex-presidente da SBD,
o professor Arduíno.
o curso Educando Educadores, que foi
uma proposta com o objetivo de replicar a educação para lugares onde identificássemos a necessidade de melhorias no conhecimento dos profissionais
na área de educação. Apesar de termos
tido poucas edições no primeiro ano,
depois ele se perpetuou e é um sucesso.
Afinal, hoje, cinco anos após ter sido
criado, o curso já chegou a quase 30
edições. A parceria com a ADJ Diabetes
Brasil, uma entidade mais voltada para
o paciente, foi muito importante para
este passo.
O ponto alto da minha gestão foi redirecionar a atenção para a área cientifica e para o amadurecimento da mesma. Ela já tinha recursos humanos de
padrão muito alto para alavancar neste
aspecto.
Revista Diabetes: Que fato julga mais importante na sua gestão?
Dra. Marília: Minha gestão foi marcada
por algumas ações inovadoras. Sempre achei que a Sociedade tinha que
ter um lado científico e acadêmico, e
que já tinha maturidade para ter uma
revista científica. Na época, lançamos
a Diabetology & Metabolic Syndrome,
que é hoje uma das melhores publicações científicas do país, abrindo um canal para os pesquisadores brasileiros,
na área de diabetes, terem a chance de
publicar em uma revista com qualidade e fator de impacto importante. Essa
revista é o carro chefe da Sociedade, eu
acho.
Na minha gestão também começou
Revista Diabetes: Como foi o trabalho para
o lançamento desta revista científica?
Dra. Marília: Quando lancei a ideia da
revista, tinha um compromisso que ela
desse certo, mas, na época, as pessoas
não achavam que valia a pena investir
um trabalho original em uma revista
que estava começando. Então, tivemos
a ideia de transformar os Simpósios da
SBD em artigos de revisão. As apresentações foram todas descritas como artigos
científicos e traduzidas para inglês, para
que pudéssemos publicá-las nas primeiras edições. Foi muito trabalhoso, mas
deu certo. Isso fez com que tanto a revista quanto as revisões ganhassem mais
visibilidade.
Recebo muitos emails de pessoas pe-
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
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“Eu sempre achei que
a Sociedade tinha que
ter um lado científico
e acadêmico, e que
já tinha maturidade
para ter uma revista
cientifica. Quando
assumi, a SBD já tinha
recursos humanos
de padrão muito alto
para alavancar neste
aspecto.”
Revista da SBD: Como o Estudo Multicêntrico foi realizado? Quantos profissionais e
pacientes estão envolvidos?
Dra. Marília: O Estudo Multicêntrico de
Diabetes Tipo 1 pesquisa pacientes com
Foto: André Borges
Revista Diabetes: Parcerias renderam frutos na sua gestão e como o meio acadêmico
viu a SBD?
Dra. Marília: Na minha gestão, um fato
muito importante neste contexto foi a
parceria com a Fiocruz, que permitiu o
desenvolvimento do primeiro trabalho
cientifico, coordenado pela SBD, que
é o Estudo Multicêntrico de Diabetes
Tipo 1. Este estudo rende frutos até
hoje, pois dele já foram publicados diversos trabalhos, em várias revistas internacionais, e sempre com a divulgação do nome da SBD, reforçando que
a sociedade científica médica tem o seu
lado acadêmico bem trabalhado.
Fotos: Celso Pupo
dindo a inclusão de artigos na DM&S.
Isso significa que é uma publicação com
grande reconhecimento. E, até hoje, alguns dos artigos que foram feitos a partir de simpósios da minha gestão são os
mais lidos da revista, como o de Nefropatia e o de Síndrome Metabólica em
adolescentes.
mais de 10 anos, cadastrados e tratados
em 13 centros de diabetes, divididos nas
cinco regiões do país. Acompanha atualmente entre 1500 e 1800 pacientes e
possui cerca de 30 professores envolvidos. Estão dentro do projeto, pesquisadores de diferentes níveis de formação,
pois as pesquisas realizadas a partir dele
servem tanto para bolsas de iniciação
cientifica, como para alunos de mestrado e doutorado.
Ele é realizado, desde 2008, com o
apoio da SBD, da FAPERJ, do CNPq e
da Fiocruz. É o maior estudo de diabetes tipo 1 já feito no Brasil. Alguns resultados foram apresentados em 2013
na conferência da ONU, realizada na
China, em maio; no XIX Congresso da
SBD, em Florianópolis, em outubro; no
EASD 2013 (European Association for
the Study of Diabetes), em Barcelona,
também em outubro; e no Congresso
da IDF (Internacional Diabetes Federation), na Austrália, em dezembro.
Revista Diabetes: Como vê a evolução da
SBD?
Dra. Marília: Acho que a SBD está seguindo uma linha de maturidade. Essa
gestão do Dr. Balduíno foi muito dinâmica e empreendedora. n
Atualidades
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
8
Dr. Augusto Pimazoni Netto
Coordenador dos Grupos de Educação e
Controle do Diabetes do
Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade
Federal de São Paulo – UNIFESP.
[email protected]
A
educação em saúde não se resume apenas à transmissão do
conhecimento, o que é um requisito necessário, porém não
suficiente. O objetivo último das estratégias de promoção à saúde e de controle de doenças é a efetiva obtenção
dos resultados clínicos desejados, sem
o qual os esforços educacionais não se
justificam.
O processo educacional inicia-se pela
exposição ao conhecimento, através da
promoção das estratégias educacionais.
A etapa seguinte é o armazenamento
dos conceitos pelos indivíduos. Mais importante ainda é a efetiva incorporação
do conhecimento pela população alvo,
um requisito fundamental para a etapa
seguinte que é a implementação do conhecimento adquirido no dia-a-dia dos
Didática na Prática:
Sem Ela Não Há
Solução...
indivíduos. Passadas essas etapas iniciais,
são necessárias estratégias específicas necessárias à garantia da adesão desses indivíduos às orientações de saúde, uma
tarefa que exige o desenvolvimento de táticas motivacionais simples e efetivas que
garantam a plena e duradoura utilização
prática do conhecimento adquirido. Somente com a viabilização sequencial dessas diferentes etapas é que os resultados
clínicos desejado serão materializados. A
figura 1 resume as etapas da Cascata do
Conhecimento.
Conceitualmente, a didática pode ser
definida como “a ciência e a arte de transformar o conhecimento importante no
fato interessante”. Ou seja, transferir o conhecimento de forma simplificada, objetiva, e clara o suficiente para despertar o
interesse e motivação dos indivíduos no
Exposição ao Conhecimento
Armazenamento
Incorporação
Implementação
ADESÃO ÀS ORIENTAÇÕES DE SAÚDE
RESULTADOS CLÍNICOS
Figura 1 – As várias etapas da Cascata do Conhecimento
sentido da efetiva incorporação e implementação do conhecimento adquirido.
Grandes cientistas não são necessariamente grandes didatas, da mesma
forma que renomados acadêmicos do
saber não conseguem transmitir os conceitos necessários para transformar o conhecimento importante no fato interessante. Muito pelo contrário: em geral,
cientistas e acadêmicos puros, majoritariamente, não apresentam o perfil ideal
dos grandes didatas.
Na prática, há dois tipos de comunicadores nas atividades de educação em
saúde: um deles dirige os conteúdos e
mensagens de suas falas tendo como
objetivo maior atingir seu público alvo;
o outro está bem mais preocupado em
mostrar profundo saber, sem maiores
preocupações com a assimilação de conceitos pela população alvo.
Em resumo, a didática é o componente mais primordial das estratégias
de educação em saúde. Sem ela, perde-se a perspectiva de educação em saúde
para a caracterização de simples cultura em saúde, na melhor das hipóteses.
Alguns pacientes com doenças crônicas
apresentam bastante cultura (conhecimento) sobre suas enfermidades, mas
apresentam pouca educação em termos
de utilizar adequadamente o conhecimento obtido. Nossa principal tarefa á
transformar indivíduos ignorantes ou
simplesmente cultos em pessoas efetivamente educadas e implementadoras
do conhecimento adquirido. n
Compartilhando Experiências
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
9
Fotos: Celso Pupo
Atividade Física: na
Teoria e na Prática
Endocrinologistas e educadores físicos, com diabetes, abordam a relação da
atividade física com o tratamento da doença que vai além da teoria.
Por Paula Camila Rodrigues
O
s profissionais de saúde que lidam com o tema diabetes são
unânimes em afirmar o quanto
a atividade física faz a diferença
no tratamento. Por isso, muitos deles se
dedicam ao estudo e atualização, para
saber qual a melhor forma de incluir os
exercícios na rotina do paciente e obter
bons resultados tanto no controle glicêmico, quanto na satisfação e no bem
estar. Alguns desses profissionais sabem,
na prática, como a atividade física é benéfica: eles têm diabetes mellitus (tipo 1
ou 2) e dedicam boa parte do seu tempo
à pratica de exercícios.
Durante o XIX Congresso da SBD,
vários simpósios e discussões foram dedicados a temas relacionados aos exercícios físicos. Alguns dos palestrantes
com diabetes expuseram o conhecimento científico e a experiência como
paciente e atleta.
Com a Palavra, os Médicos
No simpósio “Controle Glicêmico e Segurança da Atividade Física no Diabetes
Mellitus Tipo 1”, Dr. Michael Riddell,
canadense, exibiu algoritmos de controle, reposição de carboidrato e monitorização para pessoas com diabetes que
se exercitam. Segundo o especialista, é
preciso levar em conta fatores como:
tipo de atividade, tempo de duração,
intensidade, controle metabólico, esquema e absorção de insulina, horário
de alimentação, tipo de comida, estresse
ou situações de competição.
De acordo com Dr. Riddell, o controle é desafiador para pacientes com
diabetes tipo 1 e há algumas estratégias
para evitar hipoglicemias, como adequação das doses de insulina em dias
de treinos e ingestão adaptada de carboidratos, ou seja, é preciso haver flexibilidade nos algoritmos. O especialista
considera que os pacientes que utilizam
bomba de infusão de insulina têm van-
tagem sobre os demais, por poderem
fazer reduções temporárias na quantidade de insulina basal.
Ainda no mesmo simpósio, Dr. Rodrigo Lamounier, de Belo Horizonte
(MG), apresentou o projeto Volta Monitorada (VM), que busca a inserção
de pessoas com diabetes no ambiente
esportivo, melhorando a qualidade de
vida e diminuindo os preconceitos. Os
atletas com diabetes participam da Volta Monitorada, com acompanhamento
profissional multidisciplinar. O projeto
inclui não só as principais corridas de
rua da capital mineira, mas também de
outras pelo Brasil.
O médico apresentou dados coletados dos participantes, entre eles, resultados de glicemia registrados através de
monitoração contínua antes, durante e
algumas horas após a corrida. Além disso, contou histórias de pacientes que se
motivaram com o esporte e passaram a
cuidar melhor da saúde. “Ao participa-
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
10
rem dos treinos, as pessoas com diabetes sentem que são capazes de superar
dificuldades”, explicou o Dr. Rodrigo.
Vivência em Educação Física
Ainda no Congresso da SBD, a mesa
“Abordagem prática da atividade física
no DM1: encontro com o atleta e o professor”, coordenada pelo Dr. Rodrigo
Lamounier, contou com a participação
do Dr. Michael Riddell, além dos professores de Educação Física Emerson Bisan
e Flávio “Doce” Aguiar.
Conforme explicou na palestra,
Emerson prefere corridas de longa duração. Seu objetivo não é estar entre os
primeiros colocados, mas sim, completar as provas. “Trata-se de um exercício
de superação pessoal, de superação de
limites”, explicou.
Um ano após o diagnóstico, ele completou sua primeira maratona em Ribeirão Pires e não parou mais de participar de corridas. Quando fez 10 anos de
diagnóstico, em 2005, ele correu as sete
principais maratonas brasileiras. Além
disso, participou de várias ultramaratonas, individuais e de revezamento: 100
km de Cubatão, 24 horas Fuzileiros Navais Rio de Janeiro, 75 km Bertioga-Maresias e Brazil 135.
Sua estratégia é manter um excelente
controle glicêmico na noite anterior à
prova, além de medir a glicemia regularmente enquanto corre e, se necessário,
fazer uso de insulina ou ingerir carboidratos de ação rápida. Há pouco tempo, Emerson começou a usar a bomba
de infusão de insulina e disse que está
se adaptando ao aparelho. Ele sempre
se coloca à disposição para pesquisas e
estudos na área de diabetes e esportes.
Flávio Aguiar, educador físico, também pratica diversas atividades físicas,
como rapel em cachoeira, ciclismo, escalada, mergulho e corridas de longa
distância. Para Flávio, não existe atividade física ideal para a pessoa com diabetes. “É necessário achar o que seja divertido, traga bem estar e, de preferência,
que possa ser praticado com amigos”,
afirmou. Outro ponto destacado é que
não se deve desistir da atividade física:
nem todos os dias são perfeitos, algumas
vezes pode surgir desânimo, mas o importante é não parar.
Ele desenvolveu uma técnica especial
para medir glicemia enquanto corre e,
Lat quodicipid molo es
eum resecea sequatem
faces endanti oreicate
di temquo volupta
dolorem et fugia et
verum eos eum ipicimus
assim, evitar paradas e perdas de tempo
na prova. A técnica foi apresentada em
um vídeo, mostrando que até mesmo
em corridas a 17 km/h é possível medir
a glicemia, sem precisar diminuir a velocidade, nem pausar. O método consiste
basicamente em correr com uma bolsa
na cintura, que deixa os equipamentos
a um bom alcance, e prender os equipamentos entre os dedos quando a glicemia precisar ser medida.
Além das atividades da programação científica, houve o lançamento do
livro “Diabetes Mellitus – Ferramentas
Educativas: uma visão multidisciplinar
para equipes de saúde”, de Esther Pinto, educadora física. No livro, a técnica
de Flávio Aguiar para fazer as medições
de glicemia sem necessidade de parar a
corrida está descrita por completo.
Compreendendo o Paciente com Diabetes
Médico, atleta, pesquisador, professor
e pessoa com diabetes tipo 1, este é o
Dr. Michael Riddell. Em uma de suas
palestras, no Diabetes 2013, o especialista falou sobre desafios no controle de
diabetes tipo 1 em jovens praticantes de
esportes. Em entrevista, ele menciona
sobre como os profissionais de saúde
podem apoiar e convencer os pacientes
com diabetes em relação aos benefícios
de se exercitar.
Revista da SBD: O que os médicos devem
fazer quando se trata de um paciente jovem
cuja família se coloca contra a atividade física, por causa do medo de hipoglicemia? Como
convencer os pais?
Dr. Michael Riddell: Acredito que uma
boa sugestão é sugerir a participação em
um acampamento direcionado a jovens
com diabetes. Ao encontrar com pessoas na mesma situação e realizar as atividades, todos percebem que a pessoa
com diabetes pode fazê-las. Assim, ga-
nham confiança. Minha opinião é que,
quando os pais veem o filho ter sucesso no acampamento, ficam muito mais
confortáveis quando a criança está de
volta à escola e vai praticar outros esportes.
Revista da SBD: E quanto à socialização dessas crianças? Alguns pais relatam que pode
haver rejeição da criança pelos amigos, que
temem que o jovem com diabetes possa atrapalhar o time, por conta da hipoglicemia durante uma partida, por exemplo. Como motivar o
praticante de esporte a não desistir?
Dr. Michael Riddell: Infelizmente, ainda
há muito preconceito contra o diabetes.
Por exemplo, um treinador pode querer não incluir uma criança com diabetes, porque tem medo que possa haver
algum problema. Minha opinião é que
se deve fornecer material informativo e
orientação para a escola, para os treinadores e para os professores.
Há estratégias simples para ajudar
o pequeno atleta, como lanches com
alto teor de carboidratos, ou açúcar,
caso seja necessário. Se a escola não tiver informação, é preciso conversar e
educar. Muitas vezes o médico precisa
alertar os pais para que a criança conheça outras na mesma situação, para
ter confiança e saber que não é “uma
doente” e pode conseguir alcançar o
que deseja.
Isso dá bastante trabalho e todos
precisam ajudar. Os professores devem
colaborar com os pais, bem como médicos, enfermeiros, etc. Todos devem
incentivar a criança a praticar atividade
física.
Revista da SBD: E em relação ao tipo de atividade, o que é o ideal? Exercícios aeróbicos
ou anaeróbicos, ou ainda, a combinação de
ambos?
Dr. Michael Riddell: Os exercícios têm
diferentes benefícios para a saúde. Em
geral, é bom que se faça os dois tipos, por
uma série de motivos. Um estudo publicado por nossa equipe demonstrou que
fazer um exercício anaeróbico antes do
aeróbico, como um aquecimento, ajuda
a reduzir o risco de hipoglicemia.
Revista da SBD: E sobre o controle de peso?
Muitos jovens com diabetes tipo 1 se aborrecem com o uso de insulina, por conta do
ganho de peso. Como equilibrar o consumo
de carboidratos, atividade física e doses de
insulina?
Dr. Michael Riddell: É um enorme desafio. Muitas vezes, o uso de insulina pode
trazer o ganho de peso como efeito colateral. O ideal é que esse jovem pratique
atividade física todos os dias, variando
de 30 a 45 minutos. Assim, o médico
pode alterar as doses de insulina e, em
muitas vezes, a redução varia entre 30 a
40%. Exercitar-se todos os dias facilita
saber o quanto do hormônio será necessário e quanto de carboidrato é necessário ingerir. Com isso, são grandes
as chances de se conseguir a perda de
peso desejada pelo paciente.
Revista da SBD: Você tem diabetes tipo 1 desde jovem. Para os pacientes, qual o impacto
de haver atletas amadores e profissionais, bem
como profissionais de saúde lidando com o
controle do diabetes?
Dr. Michael Riddell: É importante que
surjam bons exemplos. Os pacientes
acabam se identificando com eles, pois
esses modelos compreendem e vivem o
dia a dia de uma pessoa com diabetes. É
como fazer parte de um clube. n
Pessoas com Diabetes, Atletas e Profissionais de Saúde
Conheça um pouco sobre médicos e educadores físicos,
com diabetes, que são referência no assunto.
Dr. Michael
Riddell
Flávio “Doce”
Aguiar
Endocrinologista
Canadá
Educador Físico
Rio de Janeiro – RJ
Tem diabetes tipo 1
desde os 14 anos e é
considerado um dos maiores pesquisadores do mundo sobre diabetes e
atividades físicas, tendo vários trabalhos e livros publicados. É professor
associado e diretor de programa de
graduação da School of Kinesiology
& Health Science, Faculty of Health,
York University, Toronto, Canadá; e
professor adjunto do Sick Children’s’
Hospital, Research Institute, Physiology & Experimental Medicine.
Esther Pinto
Educadora Física
Rio de Janeiro – RJ
Tem diabetes tipo 1 e
é criadora e coordenadora do programa
Diabest, programa de promoção de
saúde e prevenção de doenças. O
projeto é baseado no MYD (Mastering Your Diabetes), do Diabetes Research Institute, e dirige uma equipe
multidisciplinar para prestar apoio
ao paciente com diabetes. No congresso, lançou o livro “Diabetes Mellitus – Ferramentas Educativas: uma visão multidisciplinar para equipes de
saúde”.
Tem diabetes tipo 1, desde 1988, e é professor
de Educação Física, com especialização
em Biomecânica. Desenvolve trabalhos
como treinador de corrida na Equipe
Filhos do Vento, guia de montanhismo
e instrutor de mergulho autônomo.
Jane Dullius
Educadora Física
Brasília – DF
Doutora em Ciências
da Saúde, Mestre e Especialista em Educação,
tem diabetes tipo 1 e realiza pesquisas
sobre diabetes e atividade física. É criadora e coordenadora do projeto Doce
Desafio, que promove aulas com atividades físicas supervisionadas, além de
educação em diabetes em todas as áreas.
Dr. Edson Perrotti
Endocrinologista
Maceió – AL
Delegado da SBD Regional Alagoas, possui título de mestre do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da
Universidade Federal de Alagoas (PPGNUT - UFAL). Tem diabetes tipo 1, pratica corrida e é criador e coordenador
do projeto Corrida contra o Diabetes.
Emerson Bisan
Educador Físico
São Paulo – SP
Formado em Educação Física, tem especialização em Treinamento Desportivo de alto nível na
Academia Estatal de Cultura Física de
Moscou - Rússia. Tem diabetes tipo
1, diagnosticado em 1995, e é Educador em Diabetes pela ADJ-Projeto
Educando Educadores, além de correr ultramaratonas com frequência.
Dr. Rodrigo
Lamounier
Endocrinologista
Belo Horizonte – MG
É Doutor em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (USP); Professor Visitante
da Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia, Filadélfia,
Estados Unidos; Diretor Clínico do
Centro de Diabetes de Belo Horizonte. Tem diabetes tipo 2 e é praticante
de corrida. Criou e coordena o projeto Volta Monitorada, que consiste em
montar tendas ao longo das provas de
corrida para prestar auxílio gratuito
aos atletas com diabetes.
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
11
Balanço
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
12
Balduíno Tschiedel:
Retrospectiva 2012/2013
O
Dr. Balduíno Tschiedel deixa o
cargo de presidente da SBD e faz
um balanço de suas principais
atividades nestes dois anos de trabalho. Entre os pontos destacados, uma
agenda de reuniões por diversos estados
brasileiros, onde procurou aproximar
a Sociedade dos gestores municipais e
estaduais.
Metas, Sonhos e Planejamento – “Felizes
os que podem olhar para trás e dizer ‘eu
ajudei a construir’”. Foi com essa frase
que o Dr. Balduíno iniciou seu discurso
de posse em 2012, em São Paulo, em
uma cerimônia que reuniu representantes de sociedades-irmãs, amigos, parceiros e os novos nomes que assumiriam a
entidade.
Foram várias reuniões ao longo do
dia, antes da cerimônia de posse, traçando as estratégias e apresentando suas
propostas. Além disso, o endocrinologista procurou passar o seu estilo de gestão, usado em outras iniciativas, para os
novos presidentes de Regionais, Departamentos e Delegados estaduais. A SBD
continuaria seguindo a linha da profissionalização. “Delegar é minha forma
de trabalhar porque ou você confia ou
não confia nas pessoas”, explicou o Dr.
Balduíno.
A participação do endocrinologista
na SBD começou bem antes de assumir à presidência. Como ele descreve,
conviveu e buscou inspiração em nomes como Procópio do Valle, Francisco
Arduíno, Emílio Mattar e outros fundadores e ex-presidentes. Em dois anos,
graças a um ótimo relacionamento com
outras entidades, como a SBEM, ADJ,
ALAD e FENAD, criou um excelente
ambiente de troca de informações. Suas
colocações eram sempre diretas e sinceras, sem intermediários.
uma tarefa fácil, surgiram dificuldades
em agendar com os gestores em algumas cidades, mas a maioria, principalmente no primeiro ano, foi feita com
muita regularidade.
Carro-Chefe da Gestão – Entre os projetos iniciais que estavam traçados, o SBD
Vai ao Gestor foi um dos principais. O
objetivo proposto era de tornar a SBD
ainda mais visível para a sociedade civil
e aproximá-la dos representantes políticos do país. O Dr. Balduíno explicou
que mensurar os resultados junto aos
Secretários Municipais e Estaduais é
muito difícil, mas o espaço obtido na
mídia, de forma gratuita e espontânea,
foi nítido. O trabalho foi bem planejado, com a ida da assessora de imprensa,
Beth Camarão, com antecedência para
um contato com os jornalistas locais. De
acordo com os relatórios, publicados
tanto no site da SBD quanto na Revista
Diabetes, o alcance foi ótimo, com várias participações nos programas “Bom
Dia” da TV Globo, fazendo com que o
nome da SBD chegasse até à população.
Foram, ao todo, 13 viagens, de março de 2012 a novembro de 2013: Fortaleza (março de 2013), Salvador (maio
de 2012), Goiânia (maio de 2012),
Brasília (junho de 2012), Belém (agosto de 2012), Recife (agosto de 2012),
Florianópolis (setembro de 2012), Maceió (outubro de 2012), Belo Horizonte (janeiro de 2013), Boa Vista (março
de 2013), João Pessoa (junho de 2013),
Porto Velho (outubro de 2013) e Manaus (novembro de 2013).
O Dr. Balduíno explicou que não foi
Publicações, Ações Online e Campanhas
– As Diretrizes da SBD passaram a ser
reeditadas anualmente. Para o Dr. Balduíno, o profissional de saúde precisa
ter a certeza que está em dia com as
condutas de tratamento. “Por isso, optamos por atualizar as Diretrizes, nos
mesmos moldes da American Diabetes
Association, mesmo que não tenham
passado por grandes alterações. Dessa
forma, o profissional sempre saberá
que está tendo em mãos um documento atual.”
Ainda na área de publicações, foi feito o lançamento do livro Diabulimia,
durante o XIX Congresso da SBD, tendo como editora Dra. Claudia Pieper.
No Dia Mundial do Diabetes contou
com a energia do Dr. Marcio Krakauer
na organização de atividades, que ganharam espaço em todo o país na mídia,
junto aos influenciadores digitais nas
redes sociais e com parceiros da SBD.
Mobilizou o Pão de Açúcar, clubes de
futebol e trouxe outras entidades para
trabalharem na campanha.
Na Revista Diabetes, manteve o
Dr. Leão Zagury como editor-chefe, e
apoiou a ideia da criação de uma versão
digital da publicação, que passou a ter
vídeos – através da criação de um canal
no Youtube - e áudios incluídos, que ampliaram o alcance da publicação.
Nomeou o Dr. Laerte Damaceno, que
iniciou o projeto da SBD Online em
1997, como editor responsável pelo site.
Com o alcance da internet, ganhando
espaço a cada dia, a carga de trabalho
foi pesada e só aumentou no período.
Foram mais de 6 milhões de views. Nas
redes sociais fez um trabalho diferenciado, a partir de junho de 2012, na Fan
Page da SBD.
A Campanha Mude seus Valores, coordenada pelo Dr. Luiz Turatti, também
se tornou um ponto forte da gestão. “Foi
uma ideia brilhante que conseguiu chamar a atenção da mídia sem nenhum
ônus para a Sociedade. Provocando fatos conseguimos a atenção da imprensa
e do público”, comentou. “O planejamento incluiu todos os tipos de veículos,
além de divulgação em aeroportos, coletivas de imprensa, metrô e busdoor”,
explicou.
Educação e Atualização – Os Simpósios
de Atualização continuaram fazendo
parte das estratégias em 2012 e 2013.
Em média, as atividades receberam entre 100 a 120 participantes nas quatro
edições: Diabetes Tipo 1 e Patologias Associadas, em Fortaleza, junho de 2013;
Atualização em Doença Cardiovascular,
em São Paulo, maio de 2013; Avanços
Terapêuticos no Diabetes Tipo 2, em
Salvador, março de 2013; Cirurgia Metabólica, em São Paulo, maio de 2012; e
Diabetes na Gestação, em Porto Alegre,
abril de 2012. O conteúdo dos simpósios
foi disponibilizado no site da SBD e com
acesso livre. Estava prevista a realização
de mais uma atividade ainda em 2013,
mas a proposta não se concretizou.
Na área de atualização científica, uma
conquista importantíssima da Revista
Científica da SBD – Diabetology & Metabolic Sydrome (D&MS Journal), criada
na gestão da Dra. Marília Brito Gomes
e tendo como editor, além da médica, o
Dr. Daniel Gianella. A revista recebeu 1.92
como fator de impacto e é o maior índice
no Brasil em qualquer especialidade.
O Educando Educadores, uma parceria entre a SBD, IDF e a ADJ Brasil, para
formação de profissionais qualificados,
realizou oito eventos (Juiz de Fora, Salvador, Florianópolis e cinco e edições
em São Paulo) com a presença de 411
participantes. A coordenação foi feita
pelas doutoras Denise Franco, Graça Câmara e Claudia Pieper, definidas pelo
Dr. Balduíno como “incansáveis bata-
deles”, elogiou o Dr. Balduíno ao falar
do Congresso da SBD, em Florianópolis.
1
2
3
4
1 - Lançamento das Diretrizes no Congresso
da SBD; 2 - Dr. Luiz Antonio Araújo, Dra. Amely
Balthazar e Dr. Balduíno Tschiedel, organização
do Diabetes 2013; 3 - Dr. Balduíno Tschiedel
e Dr. Luiz Turatti na coletiva de imprensa da
campanha Mude seus Valores; 4 - Dr. Balduíno
Tschiedel em uma das visitas do projeto SBD
Vai ao Gestor
lhadoras”. “No que dependia de mim,
sabem que tiveram um parceiro neste
projeto tão bonito e difícil de ser realizado”, comentou.
“Não poderia deixar de falar sobre o
sucesso do Diabetes 2013, o nosso congresso, com mais de 3 mil participantes
e organizado pela equipe do Luiz Antonio. Só recebi elogios que foram todos repassados. Tinha certeza absoluta
do sucesso. Sempre confiei no trabalho
Parcerias Internacionais – No projeto
Educando Educadores foi feita uma parceria com a World Diabetes Foundation,
com três anos de duração, que entrará
na gestão do Dr. Walter Minicucci (presidente 2014/2015), com a primeira
edição prevista para ser realizada em
Boa Vista (Roraima).
Outra parceria internacional foi desenvolvida com o Steno Diabetes Center, para o projeto Diabetes Education
Project Brazil, com o objetivo de realizar
um curso de educação, voltado a médicos e profissionais de saúde (duração de
três anos), com a primeira edição em
São Paulo, em 2013.
Apoiamos a realização do ATTDLA,
no Brasil, presidido pelo Dr. Minicucci.
“Nossa preocupação inicial era em relação a direcionamento de verbas, porém
isso não aconteceu”. Ele acredita que a
força do evento trouxe reflexos internacionais positivos.
Fechado durante a gestão para ser realizado em 2014, o Fórum Internacional em Foz do Iguaçu, em abril de 2014,
também foi uma conquista. O evento é
uma parceria com IDF, ADJ Brasil, Fenad e Alad.
Em Dubai, integrou a organização do
International Cardiology Symposium
and Diabetes Forum, um evento em parceria com diversas entidades, tendo cerca de oito presidentes de entidades médicas presentes. Foi mais um item para dar
visibilidade internacional à SBD.
Financeiro – A SBD manteve uma estabilidade nas contas, mantendo o investimento nos projetos educativos e de atualização científica. Dentro da filosofia da
gestão, e por ser uma entidade sem fins
lucrativos, as verbas obtidas foram revertidas para ações dentro da entidade.
Alguns investimentos tiveram retorno até acima do que havia se previsto,
como o caso da Mude seus Valores, assim como resultados positivos no congresso e demais atividades científicas.
Mensagem – “Tenho a consciência do meu
dever cumprido. Foi uma dedicação integral à SBD nesses dois anos e estarei sempre à disposição para tudo o que a Sociedade precisar. Boa sorte ao Minicucci e
conte comigo”, Balduíno Tschiedel. n
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
13
Projetos
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
14
2014-2015: Uma Gestão Part
E
m 2014 a SBD passa a ter uma
nova diretoria. Na presidência,
o Dr. Walter Minicucci, eleito no
XVIII Congresso, realizado em
Brasília, em 2011, que fala sobre seus
planos de trabalho para o próximo biênio.
Foram três anos de preparação para
assumir o cargo, a partir da eleição,
acompanhando tudo de perto na função – criada na última gestão – como
Assessor da Presidência.
O Dr. Minicucci já vem integrando
as diretorias da SBD há algum tempo e
acompanhando projetos e iniciativas da
entidade. Foi o primeiro editor da Revista Diabetes, ficou a frente do site da SBD
e depois integrando a comissão editorial
e fez parte de diversas diretorias. Sempre presente e com intensa participação
nas decisões.
Estilo Democrático e Tecnológico
O novo presidente tem uma grande familiaridade com novas tecnologias no
tratamento do diabetes, ao mesmo tempo em que lida com relações humanas
de uma forma diferenciada. Em geral, o
coração e a razão, volta em meia, travam
uma batalha na hora das decisões. Por
ter essa visão democrática está sempre
aberto a ouvir as mais variadas opiniões.
Além disso, se os argumentos são bons,
o especialista não tem nenhum problema em voltar atrás e acatar as novas sugestões.
Em uma conversa com o editor da Re-
vista Diabetes, Dr. Leão Zagury – veja
o vídeo da entrevista na edição digital
dentro do site da SBD – ele disse que sua
forma de gerir tem como pedra angular
“coletar opiniões e delegar funções”.
Ele também adota um estilo que não
considera muito comum hoje em dia.
“Gosto da ‘meritrocracia’. Acho fundamental dar mérito a quem realiza e batalha para alcançar seus objetivos. Isso
está no meu DNA e quero incentivar
muito essa forma de trabalhar entre os
integrantes da minha gestão. Em nosso
país, muitas vezes quem faz não leva a
glória nem o reconhecimento ”, explicou o Dr. Minicucci.
Metas e Projetos
Segundo o Dr. Minicucci, o biênio que
se inicia seguirá os caminhos das diretorias anteriores, dando continuidade
aos projetos que foram desenvolvidos.
“Além disso, quero investir no ‘novo’,
pois ele traz frescor para uma nova equipe. Mas manter projetos é essencial para
o fortalecimento da SBD”.
Nova Diretoria: Biênio – 2014-2015
Vice-Presidente:
Presidente:
Vice-Presidente:
Vice-Presidente:
Vice-Presidente:
Dr. Walter José
Minicucci (SP)
Dra. Hermelinda
Cordeiro
Pedrosa (DF)
Dr. Luiz Alberto
Andreotti
Turatti (SP),
Dr. Marcos Cauduro Dra. Rosane
Kupfer (RJ)
Troian (RS)
Vice-Presidente:
1º Secretário:
Dr. Ruy Lyra da
Silva Filho (PE
Dr. Domingo
Augusto
Malerbi (SP
ticipativa
Entre as novas propostas está o uso de
mais tecnologia para a área de educação
e na comunicação entre os vários setores da SBD; organização de corridas de
rua regulares e outras atividades físicas
pelo país; ampliação das ações pelo Dia
Mundial do Diabetes, que já vem sendo
realizada pelo Dr. Márcio Krakauer; entre outras.
“Estarei apoiando fortemente os Departamentos e Regionais, utilizando a
comunicação impressa e digital para
reforçar os contatos”, explicou o novo
presidente.
Estar próximo de organizações de
pacientes também está entre as metas
de trabalho, incentivando e apoiando
as ações mais significativas e que tragam
grandes melhorias a qualidade de vida
do paciente diabético.
Resgatando algumas questões que ficaram paradas, o Dr. Minicucci pretende retomar um projeto, que começou
em 2006, sobre o manejo do lixo, gerado pelo tratamento do diabetes. “O
cuidado com o meio ambiente é uma
obrigação social da SBD. Para onde vai o
material? Onde os pacientes descartam
as agulhas, seringas e tiras? Já estamos
conversando com a indústria farmacêutica, que tem grande interesse nesse
processo”, explicou o Dr. Minicucci.
Na área de educação, pretende incentivar os projetos de educação à distância, utilizando as novas ferramentas
de educação em massa. “Ainda não temos a estratégia definida de como será
realizada, mas estamos estudando as
possibilidades”.
O ebook da SBD – uma ação que começou com o Dr. Marcos Tambascia –
receberá incentivo e volta ao primeiro
editor. A publicação é um manual eletrônico e deve ficar pronto em agosto.
“Chamaria de versão 2.0, já que é uma
mídia eletrônica. Queremos que seja
mais interativa, com um foco prático
do tratamento”. A intenção é colocar à
disposição das faculdades de medicina,
enfermagem, farmácia etc e com acesso
livre, já que seria de uso dos estudantes
que precisam aprender a lidar com o tratamento.
Na área universitária, o diabetologista pretende apoiar a formação de Liga
de Diabetes na realização de atividades
científicas. Segundo o novo presidente,
vários eventos estão sendo realizados.
“Pensando mais adiante, já que sonhar é
a melhor opção, por que não criar uma
liga multiprofissional?”.
Dentro da SBD, o Dr. Minicucci quer
incentivar um relacionamento maior entre os vários segmentos com algumas novidades. Entre eles, está a criação de um
Comitê Editorial onde estariam os editores da Revista Diabetes, Site da SBD,
assessoria de imprensa, mídias eletrônicas e outras publicações não científicas.
A Comissão daria um tom unificado aos
meios de comunicação, mantendo as características de cada uma.
Também fazem parte dos planos os
seguintes itens:
• Divulgação do conhecimento científico;
• Fortalecimento da marca do diabetologista, aproveitando a Campanha
Mude Seus Valores;
• Educação dos profissionais de saúde
de atendimento primário, já que não
existem diabetologistas suficientes
para o atendimento de toda a população de pacientes diabéticos;
• Projeto de acesso a análogos de ação
rápida em crianças;
• Validação de glicosímetros;
• Atenção às questões ligadas à Farmacoeconomia;
• Apoio e incentivo ao projeto Oftalmologista amigo do diabético, da
UADERJ e da Dra. Solange Travassos;
• Avaliação para votação à distância
para questões administrativas da SBD;
• Criação de novas Regionais;
• Criação do Projeto Catástrofe, para
agir rapidamente em regiões que passaram por desastres naturais;
“Colocar uma pitada de loucura e de
ousadia faz parte do meu jeito de ser.
E se conseguirmos concretizar todos os
nossos sonhos é por causa dos nossos
colaboradores. As coisas só acontecem
se você empolga as pessoas com suas
ideias. Sei que são centenas de demandas e se a SBD depender só de mim,
não conseguiria fazer nada. Preciso de
todos. Mas só a possibilidade de fazer
te dá uma alegria difícil de mensurar.
Dinheiro... prestígio..., nada disso tem
importância” – Walter Minicucci. n
:
2º Secretário:
1º Tesoureiro:
2º Tesoureiro:
Conselho Fiscal:
Conselho Fiscal:
Conselho Fiscal:
os
Dr. Luis Antonio
de Araujo (SC)
Dr. Antonio Carlos
Lerário (SP)
Dr. Edson Perrotti
dos Santos (AL)
Dr. Antonio Carlos
Pires (SP)
Dr. Levimar Rocha
Araújo (MG)
Dra. Denise Reis
Franco (SP)
P)
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
15
Online e Impressa
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
16
Revista Diabetes:
Versão Digital e
Novos Planos
H
ora da equipe da Revista Diabetes avaliar os trabalhos realizados nos últimos dois anos e traçar os planos de trabalho para o
próximo biênio.
A linha editorial foi mantida, onde as
reportagens mesclam temas científicos,
abordados de uma forma diferente das
publicações mais técnicas, e histórias
com o dia a dia dos profissionais que
fazem parte da SBD. A opção adotada
vai de encontro a uma série de questões
discutidas pela equipe e pela diretoria
da SBD. Dessa forma, não há conflito de
informações entre as publicações científicas, como a DMS Journal e os Arquivos
Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, nem com o site da SBD. A proposta central é que os vários setores da
comunicação sejam complementares.
Outro cuidado na linha editorial é
manter os associados informados sobre
outras entidades e acompanhar os debates nos congressos nacionais e internacionais, trazendo novidades na área
do tratamento e educação em diabetes.
Além da distribuição aos associados,
a Revista tem assinaturas individuais e
em 2012 passou a ter uma versão digital,
que é acessada através do site da SBD,
e pode ser lida pelo público em geral.
A versão online é aberta e foi uma das
grandes novidades da última gestão,
que teve o apoio do presidente da SBD,
Dr. Balduíno Tschiedel.
Para quem não acessou, vale a pena
conferir, pois contém vídeos que podem ser assistidos sem sair da publicação. Uma “janela” com o vídeo é aberta
dentro da página onde está a reportagem e é possível ver detalhes que não
estão na versão impressa. Para que essa
opção fosse realizada, foi criado um canal no Youtube – www.youtube.com/revistadiabetes - que atualmente possui 20
vídeos, com os mais variados assuntos e
reportagens.
Outra boa opção na versão digital
é que todos os links – inclusive os dos
eventos da Agenda – podem ser acessados com um clique. Tudo para facilitar
a leitura.
O formato digital possibilitou, também, o envio da revista para órgãos internacionais, como a IDF (International Diabetes Federation) com muita
facilidade. O aviso aos associados que
a publicação está online é feita através
de boletins eletrônicos do site da SBD.
Isso agilizou a chegada de cada edição,
sem se preocupar com prazos do envio
do correio. Entretanto, a SBD entende
que a revista impressa ainda faz parte
da rotina de um grande número de leitores, por isso ela segue para todos os
associados.
Entre as novidades para 2014 está a
entrada da Revista nas redes sociais de
forma mais significativa. O editor-chefe
acredita que é preciso estar presente
nessas mídias de massa. Além do Youtube, será criada uma fanpage no Facebook, para compartilhar os bastidores e
andamento das reportagens, com curiosidades e particularidades interessantes.
Também será um canal importante para
receber sugestões de reportagens dos
mais variados públicos.
O Dr. Walter Minicucci, que foi o primeiro editor da Revista, durante a gestão do Dr. Marcos Tambascia, está participando de perto as mudanças. Ele foi
entrevistado pelo Dr. Leão Zagury, atual
editor e que continuará a frente da publicação. No vídeo da entrevista (na página 16 e 17), ele fala dos seus projetos
para 2014 e 2015 e abre seu coração em
uma conversa informal e muito gostosa
de assistir, gravada durante o Congresso
da SBD.
A equipe da Revista espera poder
contar com a colaboração de todos os
novos membros da diretoria, presidentes de Regionais e Departamentos participando mais ativamente com sugestões,
envio de projetos e ideias que possam
ser compartilhadas com todos. O espaço
da Revista é da SBD, feita para vocês e
por vocês, leitores. n
Passo a Passo
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
18
O Resgate do Programa
Salvando Pé Diabético no Brasil
D
epois de passar por problemas
de continuidade, os projetos
ligados ao Pé Diabético foram
retomados. Uma série de atividades pelo país e em outros países
aconteceram no último ano, fazendo
com que diversas iniciativas já estejam
planejadas para 2014.
A Dra. Hermelinda Pedrosa, presidente do Departamento de Pé Diabético da SBD, faz um balanço detalhado
sobre as ações do Departamento e do
Programa de Pé Diabético para a Região SACA-IDF (South America e Central America - International Diabetes
Federation) e comemora o resgate do
Projeto Salvando o Pé Diabético que foi,
inclusive, modelo em diversos países.
Implementação do Programa Passo a Passo
O Programa Step by Step (SbS), ou Passo a Passo, representa o resgate do Projeto Salvando o Pé Diabético, iniciado
em 1992, em Brasília, o qual se estendeu
a vários estados brasileiros entre 1994
a 2002, até sofrer solução de continuidade.
O Ministério da Saúde não apoiou a
continuidade dos treinamentos dos profissionais de saúde cuja tarefa era a de
implantar ambulatórios de pé diabético
(APD) em seus estados, após a capacitação de três dias no Distrito Federal. Até
2004, contabilizavam-se 60 APD no país.
A discussão da implantação do SbS
foi iniciada no Congresso da IDF em
Dubai, entre os doutores Karel Baker
(Holanda), Kristien Van ACker (Bélgica) e Hermelinda Pedrosa, a partir da
realização do Curso Train the Foot Trainers (TtFT – Treinando os Treinadores
em Pé Diabético).
O TtFT, que teve cobertura da Revista
Diabetes, foi o primeiro curso do gênero com o objetivo de reunir os principais líderes da área de Pé Diabético da
região SACA-IDF para capacitá-los na
condução de dois cursos em seus países,
posteriormente: o Básico e Avançado,
entre 2013 e 2014. O programa SbS tem
a duração mínima de dois anos e inclui
a coleta de dados para avaliar o impacto
da intervenção pós-capacitação de profissionais de saúde na redução de úlceras e amputação.
O TtFT foi realizado em Brasília, entre os dias 6 e 9 de dezembro de 2012,
no Hotel Brasília Palace. O colegiado
internacional e da IDF-SACA foi composto por: Hermelinda Pedrosa (Brasil), Z. Abbas (Tanzania), Yamile Jubiz
(Colombia), Stephan Morbach (Alemanha), Kristien Van Acher (Bélgica),
Daniel Braver (Argentina), Vilma Urbancic (Eslovenia), Nalini Campilo (Dominicana), Neil Baker (Reino Unido) e
Geísa Macedo (Brasil).
O Curso foi uma parceria do International Working Group on the Diabetic
Foot (IWGDF), que é uma seção oficial
da IDF, com a SBD e SBD-DF, e contou
com o apoio da Fundação de Apoio à
Pesquisa (FAP-DF). A coordenação foi
das Dras Kristien Van Acker (Bélgica)
e Hermelinda Pedrosa (Brasil), que foi
indicada como Project Leader na Região
IDF SACA. Todos os países da América
do Sul, exceto a Venezuela, enviaram
dois delegados, além de Cuba, Dominicana, México e Panamá. O Brasil enviou 20 delegados e sete observadores
(AP, BA, DF, GO, MG, PE, PB, PR, RJ,
RS, SC, SP). Empresas e outras instituições enviaram oito observadores. Várias
atividades foram conduzidas, com destaque para as práticas motivadoras.
Ao final do Curso, os grupos representados pelo SACA Brasil e SACA Espanhol, divididos para facilitar a comunicação, apresentaram resoluções. O
BrasPEDI, Grupo Brasileiro de Pé Diabético vinculado ao Departamento de
Pé Diabético da SBD, criado durante o
Curso, enfatizou a necessidade de se implantar uma política de prevenção e tratamento adequado aos pacientes com
problemas nos pés, ligado ao Ministério
da Saúde.
As principais resoluções do TtFT Course
foram:
• Conscientizar e alertar sobre o im-
pacto do Pé Diabetico na Região IDF
SACA;
• Apoio efetivo do governo e das sociedades científicas relacionadas;
• Estabelecer uma política nacional
para garantir as ações e a sustentabilidade e continuidade;
• Realizar os Cursos Básico e Avançado;
• Implementar - “Practical Guidelines
do IWGDF”;
• Formar equipes básicas em hospitais
e criar uma rede interligada, segundo modelos mínimo, intermediário e
máximo;
• Coletar dados e avaliar a intervenção pós-cursos: redução de úlceras e
amputações.
O BrasPEDI enviou um documento à
SBD e o presidente da SBD, Dr. Balduíno Tschiedel, encaminhou à Secretaria
de Assistência à Saúde do Ministério da
Saúde, em 17 de dezembro. A resposta
foi dada março de 2014, acenando com
a realização de ações com base na Portaria 252/2014.
Ao final do Curso, todos os delegados
assumiram o compromisso de realizar o
Curso Básico até o primeiro trimestre de
2014 e em seguida, o Curso Avançado.
Atividades em 2013
No Brasil, o primeiro Curso foi realizado em agosto, em Joinville, coordenado
pela Dra. Julia Appel e apoio do Dr. Luiz
Antonio Araújo (SC). Em outubro, foi
a vez do Distrito Federal, coordenado
pela Dra. Helena Madeira e Enfa. Leila Sousa, com vínculos com a FEPECS
(Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde, Curso de Medicina e
de Enfermagem da SES-DF).
Em novembro, foi realizado em Belo
Horizonte (MG), coordenado pela Dra.
Maria Regina Calsolari, e o mês finalizou com o da Paraíba, tendo à frente
a Dra. Marta Nóbrega, em Campina
Grande.
Foram, ao todo, 193 profissionais treinados para rastrear e realizar os cuidados básicos dos pacientes. Em Fortaleza,
o Curso envolveu apenas enfermeiros e
será reestruturado. Já estão sendo programados outros Cursos Básicos, para o
primeiro semestre de 2014.
Software – DIAFI
O software para coleta dos dados do
Programa Passo a Passo está sendo finalizado em Paris, para uso na SACA-IDF. As facilitadoras no Brasil, doutoras
Geísa Macedo (PE), Fernanda Tavares
(DF) e Julia Appel (SC) e as enfermeiras Monica Gamba e Soraia Rizzo (SP)
participaram da avaliação da coleta de
dados -piloto, em novembro.
O total de profissionais treinados
no Brasil é de 193 (sem os dados da
Paraíba) e nos países latinos onde o Curso Básico foi realizado (Cuba, Dominicana, México, Panamá, Bolívia, Colombia, Peru e Argentina) foram 629. Não
há dados ainda de Porto Rico, Chile,
Equador, Paraguai e Uruguai.
Congresso da SBD
Várias atividades foram realizadas programadas pelo Departamento de Pé
Diabético, a pedido dos presidentes Dr.
Luiz Antonio Araújo e Dra. Amely Balthazar. Os convidados internacionais foram os doutores Solomon Tesfaye (Reino Unido) e Rodica Pop-Busui (Estados
Unidos). O programa contou com as seguintes atividades:
• Simpósio: Disfunção Autonômica no
Diabetes
• O estado da arte no diagnostic e fatores prognósticos da NAC (The state
of art in the diagnosis and prognostic
factors of CAN) - Rodica Pop Busui
(USA).
• Manifestações da disfunção autonômica no diabetes e no envelhecimento: efeitos da atividade física
- Helena Schmid (RS).
• Tratamento das manifestações clínicas da NAC – Luiz Clemente Rolim
(SP).
• XVII Workshop Nacional em Neuropatia e Pé Diabético com a seguinte
programação:
• Dados do estudo nacional de neuropatia periférica e pé diabético –
Candida Parisi (SP).
• Diagnóstico da neuropatia periférica na prática clínica diária – Hermelinda Pedrosa (DF).
• O que há de novo para tratar a neuropatia periférica? (What´s new to
treat peripheral neuropathy?) Solomon
Tesfaye (Reino Unido).
• Abordagem do pé ulcerado – Geisa
Macedo (PE).
• Estações Práticas
• Screening e diagnóstico da polineuropatia diabética assintomática e
dolorosa – Maria Regina Calsolari
(MG) e Hermelinda Pedrosa (DF).
• Implementação de cuidados podiátricos – Maria Aparecida Saigg (DF),
Nilce Dompiere (SP), Monica Gamba (SP) e Maria Verônica P. G. Coelho (RS).
• Abordagem do pé de Charcot –
Candida Parisi e Fernanda Tavares
(DF).
• Como intervir no pé diabético infectado? – Geísa Macedo (PE) e Julia
Appel (SC).
• Encontro com o Professor: Rodica
Pop Busui (USA) – com o tema: Cardiovascular Autonomic Neuropathy in
Diabetes: lessons from large clinical trials
• Reunião do BrasPEDI – Grupo Brasileiro de Pé Diabético: O programa
Step by Step: (IWGDF-IDF) no Brasil:
onde estamos?
• Encontro com o Professor: Solomon
Tesfaye (Reino Unido) – com o tema:
A epidemiologia, patogênese e terapia baseada em evidências na neuropatia diabética (The epidemiology, pathogenesis and evidence based management of
diabetic neuropathy).
• Destaque especial - O Prof. Tesfaye
fez uma brilhante apresentação e foi
aplaudido de pé por todos os presentes. Ficou encantado com o nível das
discussões durante a sua participação
e manifestou o desejo publicamente
de voltar ao Brasil.
• Prêmio Salvando o Pé Diabético –
Departamento de Pé Diabético SBD
– 2013 para a Dra. Maria Regina Calsolari (MG).
• Lançamento do livro: Neuropatias e
Pé Diabético, tendo como editores:
Dra. Hermelinda Pedrosa, Dr. Lucio
Vilar e Dr. Andrew Boulton. Uma se-
gunda edição será disponibilizada em
fevereiro de 2014.
• Vila Brasil: Envio de pôsteres com
as atividades do Curso TtFT – com a
presença das doutoras Maria Regina
Calsolari e Hermelinda Pedrosa, Programa SbS.
• Fichas Clínicas
• No Congresso da SBD o BrasPEDI
aprovou as Fichas Clínicas para a
Atenção Básica e para o Ambulatório Hospitalar de Neuropatia e Doença Arterial Periférica, que estarão
disponibilizadas aos sócios da SBD
no site e membros da BrasPEDI.
IWGDF Newsletter
O Dr. Karel Bakker inseriu notícias na
página do IWGDF sobre o Passo a Passo
e o lançamento do livro Neuropatias e
Pé Diabético.
Congresso da ALAD – Cancún, México – 12
a 15 de Novembro
• Lançamento das Guias NeurALAD,
coordenado pelo Dr. Ariel Odrozola
(Espanha), com a participação dos
Dra. Hermelinda Pedrosa, Dr. Clemente Rolim e Dra. Helena Schmid,
representando o Brasil.
• Simpósio GLEPED – Grupo Latino
Americano de Pé Diabético: apresentação das Guias para o Pé Diabético
(disponíveis no site da ALAD).
• Reunião do Programa Passo a Passo
(Paso a Paso), coordenada pela Dra.
Hermelinda Pedrosa e Dr. Daniel Braver (Argentina).
Congresso da IDF, Austrália, 2 a 6 de dezembro
Envio de dados do Programa SbS para o
Diabetic Foot Coffee, apresentados pelo
Vice-Coordenador do Programa na IDF-SACA, Dr. Daniel Braver (Argentina).
Reunião Qualidia
O Departamento de Pé Diabético finaliza o ano de 2013 participando da avaliação do Qualidia, que afere em 17 de
dezembro, a metodologia a ser lançada
pelo Ministério da Saúde para o auto-cuidado dos pés pelos pacientes diabéticos.
O Departamento de Pé Diabético seguirá com o apoio ao Programa SbS na
gestão 2014-2015. n
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
19
Nutrição & Diabetes
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
20
Jordana Carolina Marques Godinho
Nutricionista, Especialista em Nutrição Materno-Infantil
e Mestranda em Nutrição e Saúde pela Universidade
Federal de Goiás.
C
Dietas de
Baixo Índice
Glicêmico em
Gestantes
Diabéticas
om o propósito de disponibilizar
nutrientes preferencialmente para
o feto durante a gestação, ocorre
naturalmente uma resistência à ação da
insulina pelo aumento dos hormônios
contra insulínicos ou “diabetogênicos”.
Dentre esses hormônios destacamos
a progesterona, cortisol, prolactina e
lactogênio placentário humano. Por
outro lado, o excesso de adiposidade
materno, ingestão calórica excessiva e
ausência de prática de exercícios físicos
também auxiliam nesse panorama, sendo a disglicemia considerada a desordem metabólica mais comum nessa fase
e responsável por 7% das complicações
gestacionais no Brasil.
O bom controle glicêmico depende
da completa adesão ao tratamento, envolvendo o tripé dieta, exercício físico
e, tradicionalmente, a insulinoterapia.
Para uma resposta efetiva, o acompanhamento nutricional deve ser individualizado, tendo como metas a adesão ao
estilo de vida saudável, o controle metabólico e o adequado ganho de peso
gestacional.
As concentrações plasmáticas de glicose e insulina variam de acordo com
a qualidade e a quantidade do carboidrato consumido. Assim, atualmente,
um método muito utilizado e que fornece maior flexibilidade ao paciente é
a prescrição de alimentos de baixo índice glicêmico. O índice glicêmico é um
indicador da velocidade de transformação do carboidrato em glicose. O índice mostra o quão rápido um alimento
ingerido consegue aumentar a glicemia,
sendo calculado por meio da divisão da
área sob a curva da resposta glicêmica,
duas horas após o consumo de uma
porção de alimento-teste contendo 50
g de carboidratos, pela área sob a curva
da resposta glicêmica correspondente
ao consumo da mesma porção de carboidratos do alimento-referência, que
normalmente é a glicose ou pão branco. O resultado, expresso em porcentagem, reflete o comportamento de cada
alimento quanto à sua velocidade de
digestão e absorção, bem como a resultante resposta glicêmica.
Essa estratégia interessante deve ser
conduzida de maneira criteriosa, com
acompanhamento nutricional, considerando os hábitos alimentares das
gestantes assistidas e o monitoramento
da glicemia. Além disso, deve-se manter elevado o fracionamento das refeições, evitando episódios de hiperglicemia, hipoglicemia ou cetose e estar
atento as doses de insulina, quando
houver a insulinoterapia. As dietas de
baixo índice glicêmico não restringem
a variedade de alimentos, baseando-se
apenas na substituição de um alimento
por outro de menor índice glicêmico.
Por outro lado, os alimentos de alto índice glicêmico poderiam ser ingeridos
em associação com alimentos fontes em
proteínas, fibras, ácidos graxos mono e
poliinsaturados, já que estes retardam
o processo de digestão e absorção dos
nutrientes.
Um estudo de coorte realizado em
Dublin, Irlanda, com 235 gestantes no
grupo intervenção, as quais receberam
orientação quanto às práticas de alimentação saudável e dieta de baixo índice
glicêmico e 285 gestantes no grupo
controle com orientações padrões de
alimentação saudável, a partir da 22а
semana de gestação, mostrou que a gli-
João Felipe Mota
Nutricionista, Professor da Universidade Federal de
Goiás, Membro do Depto. de Nutrição e Metabologia
da SBD.
cemia materna foi significativamente
menor no grupo intervenção nos 2°e
3° trimestres. Além disso, o grupo que
recebeu dieta de baixo índice glicêmico apresentou maior consumo de fibras,
menor consumo energético e menor
propensão ao ganho de peso excessivo.
Estudos demonstram que dietas de
baixo índice glicêmico melhoram desfechos clínicos como a redução da hemoglobina glicada, do risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2, após o
parto, e melhor controle metabólico em
gestantes com diagnóstico de diabetes
anterior à gestação.
Logo, dietas de baixo índice glicêmico
em gestantes diabéticas, no contexto de
uma alimentação saudável, são importantes na redução dos desfechos adversos, tanto para mãe como para o bebê.
O bebê de uma mãe diabética pode ter
maiores riscos durante a gravidez e no
nascimento. Problemas durante a gravidez podem incluir aumento do risco de
defeitos congênitos e morte fetal. Além
disso, é observada alta prevalência de
prematuridade, má formação, macrossomia, hipoglicemia, policitemia, imaturidade pulmonar e doença cardíaca. n
Leituras indicadas
1- McGowan CA, Walsh JM, Byrne J, Curran S, McAuliffe FM. The influence of a low glycemic index dietary intervention on maternal
dietary intake, glycemic index and gestational weight gain during
pregnancy: a randomized controlled trial. Nutrition Journal 2013,
12:140. doi:10.1186/1475-2891-12-140
2- McGowan CA, McAuliffe FM: The influence of maternal glycaemia
and dietary glycemic index on pregnancy outcome in healthy
mothers. Br J Nutr 2010, 104:153–159.
3- Rhodes ET, Pawlak DB, Takoudes TC, Ebbeling CB, Feldman HA, Lovesky MM, et al. Effects of a low-glycemic load diet in overweight and obese pregnant women: a pilot randomized controlled
trial. Am J Clin Nutr 2010, 92:1306–1315.
Ponto de Vista
Foto: Ricardo Oliveira
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
21
Dr. Ney Cavalcanti
Vitaminoterapia:
Benefícios ou Malefícios
A
s vitaminas são substâncias que têm
importantes ações nas milhões de
reações químicas que ocorrem no
nosso organismo. Verduras, frutas e leite são algumas de suas principais fontes.
Uma dieta equilibrada, normalmente, nos fornece as quantidades adequadas de que necessitamos. Já a vitamina
D, existente em pequenas quantidades
nos alimentos, nos é fornecida principalmente pela ação do sol na nossa pele.
Quando existe um déficit vitamínico
acentuado no nosso organismo, temos
repercussões muito negativas na nossa
saúde.
Isso só ocorre, porém, em condições
muito adversas da ingesta alimentar: pobreza ou incapacidade de acesso à alimentação, problemas psicológicos (anorexia nervosa), doenças intestinais que
prejudicam a absorção alimentar etc.
Dependendo do déficit vitamínico
predominante, várias doenças, algumas
muito graves, podem surgir e, inclusive,
acarretar a morte. Pelagra, raquitismo,
beribéri, anemias e cegueira são alguns
exemplos. É importante esclarecer, entretanto, que estas condições só aparecem quando existe um alto déficit vitamínico.
Inquéritos alimentares em grandes
cidades revelam que partes importantes de suas populações não ingerem a
quantidade desejável de cada vitamina.
Apesar disso, não há prejuízos detectáveis na saúde dos indivíduos.
O grande estímulo ao consumo de
medicamentos vitamínicos veio mesmo
por conta da descoberta de outras ações
destas substâncias. As reações químicas
que ocorrem constantemente no nosso organismo, além de cumprirem a
sua função especifica, produzem substâncias que são lesivas aos tecidos. Os
chamados radicais livres e a substâncias
oxigênio reativas.
Existem evidências de que estes dois
produtos tóxicos, resultantes do nosso
metabolismo, têm papel importante no
surgimento e agravamento das doenças
cardiovasculares e do câncer.
Também ficou evidenciado em laboratórios que algumas vitaminas, por suas
ações antioxidantes, minimizariam os
efeitos deletérios destes resíduos.
Imaginou-se assim que a vitaminoterapia teria um papel importante para
evitar o surgimento e a evolução das doenças cardiovasculares e do câncer, as
duas maiores causas de mortalidade na
população adulta.
O consumo das vitaminas, então,
disparou. Mais de 30% da população
adulta americana utiliza regularmente
complexos multivitamínicos.
Infelizmente, o efeito preventivo não
se confirmou. Pelo contrário. A quase
totalidade das pesquisas demonstra que
estas ações não ocorrem. E o uso desses
complexos ainda podem trazer alguns
malefícios. Pesquisas demonstram que
o uso das vitaminas A, C e E, ao invés
de prevenir, aumenta a incidência de
infarto e de câncer, assim como a mortalidade.
Os efeitos mais maléficos são constatados principalmente com as vitamina
E, e o beta caroteno, precursor da vitamina A. A grande maioria da comunidade científica não tem mais dúvidas de
que elas aumentam a possibilidade do
surgimento do câncer de pulmão.
Por conta disso, dois importantes
documentos foram emitidos este ano.
Um do Conselho Federal de Medicina
do Brasil, que proíbe que os médicos
anunciem e utilizem a vitaminoterapia
para prevenção ao tratamento de qualquer doença.
O outro, do governo americano, emitido em outubro passado, afirma que a
vitamina E e o beta caroteno aumentam
a incidência de tumor de pulmão, além
de que inexiste a comprovação científica de algum beneficio no uso de vitaminas na prevenção e no tratamento
de doenças.
Mas, apesar destes conhecimentos,
ainda existem aqueles que são os grandes
beneficiários dos complexos vitamínicos:
os fabricantes, com faturamento de mais
de 30 bilhões de dólares anuais. n
Pelo Brasil
Ex-alunos
do IEDE
Mutirão Natalino
A
conteceu no dia 14 de dezembro
o Mutirão de Natal pelo Diabetes,
em Sergipe, no estacionamento do Condomínio Sebastião Celso de
Carvalho. A iniciativa teve o apoio do
Centro de Diabetes de Sergipe, além
da Associação Sergipana de Proteção
ao Diabético (ASPAD).
O Dr. Raimundo Sotero esteve à
frente de diversas ações no mesmo
gênero durante o ano de 2013, tendo como temas datas comemorativas,
sendo algumas delas: “Mutirão do Dia
dos Pais”, “Mutirão da Independência”, “Mutirão do Dia das Mães” entre
outros. n
F
Férias Saudáveis
O
Acampamento ADJ Unifesp – promovido pela ADJ Diabetes Brasil e
Universidade Federal de São Paulo - está em sua 34ª edição, e tem como
objetivo reunir diversos adolescentes
do Brasil e ensiná-los a serem independentes e aprenderem, cada vez mais, sobre diabetes, além de promover a troca
de experiências. As atividades acontecem no Acampamento Nosso Recanto
(NR1), em Sapucaí Mirim, Minas Gerais, no período do dia 28 de janeiro
até dia 2 de fevereiro.
O evento tem a participação de profissionais voluntários em diversas áreas
- endocrinologistas, educadores físicos,
nutricionistas, enfermeiras, psicólogos,
dentistas – e por uma equipe de monitores especializados em diabetes. São
24 horas dedicadas ao atendimento aos
jovens presentes. Um aprendizado diferenciado também para as equipes de
trabalho.
Além dos cuidados com o diabetes, a
rotina do acampamento é formada por
orientação alimentar individualizada e
refeições variadas e balanceadas. Cada
uma delas é explicada aos acampantes
que aprendem com erros e acertos do
dia a dia.
A atividade é direcionada para jovens
entre 9 a 14 anos de idade. n
CATD 2014
A
oitava edição do Curso de
Atualização no Tratamento
do Diabetes – CATD 2014 – já
tem data definida. Será realizado
nos dia 9 e 10 de maio, no Windsor Atlântica Hotel, na Av. Atlântica
1.020 – Copacabana. Para quem deseja participar, as inscrições estarão
abertas no site do evento a partir de
1 de fevereiro de 2014.
Para médicos, o valor é de R$ 550;
residentes e sócios da SBD, R$ 385.
As inscrições pelo site - www.acfarmaceutica.com.br/catd2014 - vão até o
dia 6 de maio. No mesmo endereço na internet estará disponível, em
breve, a programação completa do
evento. n
oi realizado no período do
dia 13 a 15 de dezembro mais
um encontro do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), promovido pela ASSEX, Associação
dos Ex-alunos do IEDE, presidida
pelo Dr. Alexander Benchimol.
O evento fecha as atividades da
endocrinologia e mistura um clima de confraternização e atualização. Familiares presentes e um
tempo agradável ajudaram a criar
um ótimo clima que não tirou os
participantes das atividades, muito pelo contrário. Salas com ótima
presença e debates proveitosos.
Realizado em Itaipava, região
serrana do Rio de Janeiro, o 42º
Encontro do IEDE teve como tema
os 100 anos de nascimento do professor José Schermann. Um dos
paineis do programa científico,
proposto pelo diretor do IEDE, Dr.
Ricardo Meirelles, analisou trabalhos desenvolvidos pelo professor
Scherman da década de 50 e comparou com o tratamento atual de
algumas doenças. A avaliação dos
apresentadores, Dr. Walmir Coutinho, Dra. Ruth Clapauch e Dr.
Maurício Barbosa Lima foi de um
endocrinologista visionário, mesmo sem ter tido à disposição tantos
recursos.
Dr. Alexander também destacou o Encontro com o Professor
realizado no café da manhã. Um
bate papo diferenciado sobre ciência que aproxima os especialistas e
possibilita um debate detalhado. n
Foto: Celso Pupo
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
22
CODDhi:
Próxima Edição
A
P
ela terceira vez a cidade de Curitiba, no Paraná, receberá uma
edição do Congresso Endocrinologia e Metabologia (CBEM). O
período do evento é de 5 a 9 de setembro e a promoção é da Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). O Dr. Cesar Luiz Boguszewski é o presidente do congresso.
Em sua 31ª edição, o evento tem
como tema central “Endocrinologia e
Sustentabilidade”, onde haverá vários
Foto: Celso Pupo
próxima edição do CODDhi
- Controvérsias em Obesidade, Diabetes, Dislipidemias
e Hipertensão (CODDHi) acontecerá entre os dias 14 a 16 de
agosto de 2014, no Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel, no
Rio de Janeiro, mesmo local do
ano de 2013. Informações sobre
inscrições serão disponibilizadas
em breve.
O CODDHi é um fórum de
discussão com o objetivo de compartilhar experiências, discussão
de controvérsias e deliberação de
condutas e tratamentos relacionados aos temas como: obesidade,
diabetes, dislipidemia e hipertensão arterial. A atividade também
tem proporcionado uma boa interação entre endocrinologistas,
cardiologistas, geriatras, diabetologistas e profissionais de outras
especialidades. n
CBEM 2014
Curso em
Diabetes
N
o período do dia 4 a 6 de
abril será realizada a décima
sexta edição do Curso Avançado em Tratamento do Diabetes.
O evento acontecerá no Hotel
Sheraton, São Paulo WTC, em São
Paulo, e é presidido pelo Dr. Antonio Roberto Chacra.
Aos interessados em participar
do curso a inscrição deve ser feita
na página de www.fernandapresteseventos.com.br. Os valores são
de: R$ 650 para médicos e R$600
para Residentes e Outros profissionais de saúde até o dia 15 de
fevereiro. n
debates ligando a especialidade ao
meio ambiente. Sete palestrantes farão
um highlights do Congresso de Endocrinologia de 2013 e 2014. Outra atração do Congresso será o simpósio com
a Sociedade Internacional de Hormônio de Crescimento, que trará quatro
palestrantes para abordarem sobre o
tema.
Os especialistas interessados em enviar trabalhos científicos devem ficar
atentos a data limite, que é 5 de abril.
Segundo o Dr. Cesar, o objetivo atingir
mil trabalhos inscritos.
Para quem deseja participar do CBEM
2014, as inscrições devem ser feitas na
página oficial do evento. Os valores até
o dia 6 de março são: R$500 para Sócios
SBEM, R$500 para Sócios SBD, ABESO,
Abrasso, R$950 para Não Sócios, R$300
para Residentes/ Pós-Graduandos e Sócios da SBEM; R$550 para Residentes,
Pós-graduandos e Não Sócios da SBEM,
R$300 para Estudantes de graduação,
R$150 para Acompanhantes.
Um toque mais divertido do congresso fica por conta do “EndoBolão” é uma
brincadeira para saber quem acertará
mais resultados dos jogos da Copa do
Mundo 2014. n
Endocrinologistas no Sul
E
ndocrinologistas podem marcar
compromisso para os dias 21 e
22 de novembro de 2014 em
suas agendas. Neste período, será realizado o 9º EndoSul, no Costão do
Santinho Resort, mesmo lugar que
sediou a terceira edição do encontro
no ano de 2008, na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina. O evento
tem como presidente o Dr. Itairan da
Silva Terres.
Os temas principais que fazem
parte da programação científica
são: ​Diabetes Mellitus, Obesidade,
Dislipidemia e Aterosclerose, Tireoide, Metabolismo Ósseo e Mineral, Endocrinologia Feminina e
Andrologia, Endocrinologia Pediá-
trica, Neuroendocrinologia, Adrenal e Hipertensão. Além disso, haverá um módulo especial voltado para
os médicos de família e clínicos,
abordando o tratamento de diabetes e doenças da tireoide.
Todos aqueles que desejam participar do EndoSul devem efetuar
a inscrição no site oficial do encontro. As taxas são de: R$200 para Sócios quites da Sbem/Sbd/Abeso;
R$450 para Sócios não quites, não
sócios SBEM, SBD e Abeso; R$150
para Residentes; R$100 para Acadêmicos de medicina; e R$450 para
outros profissionais de Saúde. Esses valores são válidos até o próximo
dia 20 de março. n
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
23
Internacional
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
24
WDC 2013 Reúne 10 Mil
Pessoas em Melbourne
M
ais uma edição do World Diabetes Congress, realizado pela International Diabetes Federation,
foi realizada em dezembro, em Melbourne, na Austrália, recebendo 10.300 participantes de 140 países; 400 palestrantes,
distribuídos em 275 sessões científicas;
e 1.000 trabalhos entre pôsteres e abstracts.
Mais uma vez, a participação de brasileiros como congressistas, apresentando projetos e dentro da programação
científica foi significativa. A SBD, assim
como a ADJ Brasil e a ANAD estiveram
presentes na área destinada às associações-membro da IDF. Diferente dos congressos de 2006, 2009 e 2011, o espaço
destinado à Global Village foi mais reduzido. A decoração do espaço utilizou
os círculos azuis, símbolo do diabetes,
como base de todos os estandes onde
os representantes ficaram.
O endocrinologista Dr. Alexandre
Hohl (SC) esteve presente ao Congresso, assim como nos eventos da Ameri-
can Diabetes Association, Endocrine
Society e European Association for
the Study of Diabetes. Isso possibilitou uma avaliação das características
e particularidades do evento em Melbourne.
Para o especialista cada congresso internacional tem seu papel. “Os
norte-americanos têm uma visão muito particular e peculiar do problema,
com abordagem da ciência, medicamento e tecnologia. No Europeu temos um foco na área clínica e no paciente. Já o da IDF traz o outro lado
do diabetes, com destaques para a área
de educação e prevenção. Ou seja, são
eventos que se complementam e quem
tem a oportunidade de acompanhar
os três têm uma visão ampla e nítida
do tratamento.”
Para o Dr. Alexandre, as informações
no World Diabetes Congress (WDC)
agregam muito valor no dia a dia e dão
uma visão ampla sobre questões relativas à saúde pública, educação e preven-
ção. “Em vários momentos a abordagem
sai do eixo central, como as dos Estados
Unidos e Europa. Existe espaço para
divulgação de diversas experiências importantes como a da Dra. Maria Inês
Schmidt, no Brasil”, explicou o endocrinologista.
A Dra. Maria Inês, de Porto Alegre,
pesquisadora e uma das maiores especialistas sobre diabetes gestacional no
Brasil, apresentou o tema na programação científica. “Os nossos dados levaram
o cenário brasileiro para um congresso
mundial e que foi compartilhado por
outros pesquisadores”, explicou o Dr.
Hohl.
Outro destaque, na opinião do
Dr. Alexandre, foi a apresentação do
Dr. Roman Hovorka, de Cambridge,
com a evolução e o estágio do pâncreas
artificial, que pode ser considerado um
tratamento de ponta no tratamento do
diabetes tipo 1. Ele explica que é possível observar cenários muito díspares em
um mesmo evento, com países vivendo
em extrema pobreza e outros que utilizam das mais modernas tecnologias. “É
uma característica forte nos congressos
da IDF, com participantes do mundo
inteiro, de culturas completamente diferentes, mas para tratar uma doença
universal”.
Menção também à participação da
Dra. Denise Franco e a ADJ Brasil no
início dos trabalhos do projeto Kids, lançado pela IDF e que será desenvolvido
no Brasil em conjunto com a Índia, começando em São Paulo. A endocrinologista participou de uma reunião com
a IDF para alinhar a participação que
será focado em crianças com diabetes
nas escolas. A previsão é que os trabalhos comecem em março de 2014.
O Brasil também contou com participações de três jovens brasileiros com
diabetes envolvidos em atividades que
promovem maior conscientização so-
Dr. Alexandre Hohl presente ao WDC 2013
bre o diabetes, educação e melhores
condições de tratamento: Cláudia Labate, Ronaldo Wieselberg e Mark Barone.
Mark, biólogo e doutor em Fisiologia,
é o mentor do projeto Young Leaders in
Diabetes no Brasil. Eles fazem parte do
grupo Blue Power, que realiza ações em
prol do diabetes nas redes sociais, como
em grupos no Facebook.
Durante o WDC 2013, Cláudia e
Ronaldo tiveram cinco trabalhos inscritos, realizaram uma palestra e uma
apresentação da região SACA-IDF
(South and Central America). Cláudia
Labate apresentou dois pôsteres, sendo um sobre a percepção das crianças
sobre o diabetes e outro sobre o grupo
Blue Power. Além disso, ela também
foi responsável por uma abordagem
sobre os usos das mídias sociais e o diabetes. Ronaldo Wieselberg descreveu
em um dos posteres o trabalho feito
no Treinamento Brasileiro de Jovens
Líderes em Diabetes; outro sobre os
efeitos do treinamento sobre o controle glicêmico dos jovens líderes no
Brasil; e o terceiro sobre um jogo de
cartas “Controlando a Glicemia”, que
ensina jovens com diabetes sobre autocuidado, facilita a troca de informações e possibilita uma melhor relação
entre o médico e o paciente. Por fim,
Mark Barone apresentou um pôster
sobre os acampamentos de diabetes na
América Latina, além de uma palestra
durante a sessão de Lunch & Learn
sobre o mesmo tema.
Mudança no Formato da Comunicação
– Apesar da IDF ter utilizado diversas
ferramentas para divulgação do Congresso, participantes e quem não esteve
presente sentiram falta de mais informação sobre os debates mais rapidamente
e também da divulgação de highlights
para a imprensa internacional.
Entre as mídias usadas foi criado
um canal no Youtube – o WDC TV;
imagens em rede de compartilhamento de fotos (Flickr); e informes gerais
no Twitter e Facebook, mas no site do
Congresso as atualizações não ocorreram como em edições anteriores do
evento. Para o Dr. Alexandre, a informação do que estava acontecendo em
Melbourne teve falhas. “No europeu
e no americano havia notícias em jornais internos e programas de televisão,
além de informações divulgadas nos
ônibus que faziam a rota do evento.
Não temos como estar simultaneamente em todos os lugares e esse tipo
de notícia é precioso para nos ajudar a
entender o Congresso como um todo.
Senti falta da informação jornalística
mais rápida”.
O Dr. Alexandre menciona, por
exemplo, a campanha Diabetes 2013,
realizada dentro do Centro de Convenções e desconhecida de um grande
número de brasileiros que estavam no
Congresso.
IDF ATLAS – Durante o WDC 2013 foi
lançada a sexta edição do Diabetes
Atlas, que já é uma referência na busca de informações e dados epidemiológicos no mundo inteiro. O objetivo do
documento é mostrar a necessidade de
ações rápidas e com a versão digital – e
um site dedicado só a este material – a
divulgação de atualizações ganhou muito mais agilidade.
Segundo a versão recente do Atlas,
hoje, existem 382 milhões de pessoas
com diabetes e 316 milhões com intolerância à glicose no grupo de alto risco.
Para 2035, a estimativa é que o número
de diabéticos chegue a 471 milhões. As
WDC TV – Canal de
Entrevistas da IDF
Foram publicados vídeos com
entrevistas e depoimentos de participantes, realizados dentro do
Centro de Convenções. Na versão
digital da Revista Diabetes – publicada no site da SBD – os leitores
podem acessar diversos vídeos com
depoimentos e entrevistas.
evidências apresentadas mostram que
80% das pessoas com diabetes estão nas
classes média e baixa.
O documento enfatiza que as transições econômicas em diversos países
estão alterando as taxas de obesidade
e diabetes e os recursos não são suficientes para proteger a população. Até
o final de 2013, o diabetes terá causado 5,1 milhões de mortes e U$ 548.000
milhões em despesas na área de saúde.
Para a IDF, sem uma ação concentrada
em menos de 25 anos haverá 592 milhões de pessoas diabéticas.
Para o Dr. Michael Hirst, presidente
da IDF, diante do quadro apresentado
é essencial que os profissionais de saúde
– especialmente os que atuam no setor
primário – recebam treinamento mais
adequado para atuar na “linha de frente
contra o diabetes”.
Para o Dr. Hirst, entre os pontos que
merecem mais atenção no documento
estão o aumento “inexplicável” e rápido
do diabetes tipo 1 em jovens em várias
regiões do planeta, assim como crescimento do diabetes tipo 2 em populações mais jovens .
O Professor Nam Han Cho, presidente do Comitê do IDF-Atlas, explica que,
pela primeira vez, o documento incluiu
estimativas da doença durante a gravidez, já que podem levar a um aumento
no risco do diabetes tipo 2.
Outros números divulgados:
• 175 milhões de pessoas com diabetes
não são diagnosticados;
• Diabetes causou 5,1 milhões de mortes em 2013; cada seis segundos uma
pessoa morre de diabetes;
• Mais de 79 mil crianças desenvolveram diabetes tipo 1 em 2013;
• Mais de 21 milhões de recém nascidos
foram afetados pelo diabetes durante
a gravidez em 2013;
• Na África, 76% das mortes por diabetes são em pessoas com menos de 60
anos;
• A Europa tem a maior prevalência de
diabetes tipo 1 em crianças;
• Na África do Oriente Médio e do
Norte, 1 em cada 10 adultos tem diabetes;
• Na América do Sul e Central, o número de pessoas com diabetes irá aumentar em 60% até 2035;
• No Sudeste da Ásia, quase metade das
pessoas com diabetes não são diagnosticados. n
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
25
Pelo Mundo
ATTD 2014
V
iena, capital da Áustria, recebe
o 7th International Conference
on Advanced Technologies &
Treatments for Diabetes (ATTD 2014),
entre os dias 5 e 8 de fevereiro. O evento
é presidido pelos doutores Moshe Phillip
e Tadej Battelino. As inscrições podem
ser feitas no local do evento e o valor
definido, após a finalização dos prazos é
de €550 e €395. Para quem sai do Brasil
com temperaturas muito elevadas, vale
lembrar que em Viena, os termômetros
estão marcando entre 3 e 15 graus.
A versão brasileira do ATTD, realizada no Rio de Janeiro em 2012, mostrou que o assunto vem demonstrando
enorme interesse dos especialistas. Novos medicamentos para o tratamento de
diabetes; bombas de insulina; sensores
de glicose (invasiva e não invasiva); novos sistemas de administração de insulina: inalatórios, transdérmico, dispositivos implantados; novos análogos de
insulina; dispositivos para prevenção do
diabetes; pâncreas artificial; telemedicina; software e outras tecnologias; tecnologias médicas avançadas para serem
usadas em hospitais; e novas tecnologias
para o tratamento da obesidade estão
entre os temas a serem discutidos e
apresentados pelos especialistas. n
Diabetes Technology
A
European Association for the
Study of Diabetes (EASD) promove a EASD Diabetes Technology
2014, nos dias 26 e 27 de fevereiro, em
Düsseldorf, na Alemanha. Presidido
pelo Dr. Andrew Boulton, o evento tem
como objetivo fornecer conhecimento
científico para orientar os profissionais
de saúde quanto às tecnologias usadas
no tratamento do diabetes. No dia 31
de janeiro termina o período de ins-
A
terceira edição da International Conference on Prehypertension,
Hypertension and Cardio Metabolic Syndrome acontece em Varsóvia,
Polônia, entre os dias 27 e 30 de março. Até o dia 3 de fevereiro, é possível fazer inscrições com desconto: €575 para profissionais de saúde e €400
para estudantes.
A conferência, coordenada pelo Dr. Reuven Zimlichman, pretende abordar todos os aspectos relacionados ao diagnóstico precoce, incluindo tecnologia e tratamento, além de reunir profissionais das áreas de hipertensão,
nefrologia, endocrinologia, medicina interna, cardiologia, diabetes, dislipidemia, imagem e diagnósticos, medicina de família, pesquisas clínicas, nutrição,
atividade física, obesidade, síndrome cardiometabólica, pediatria, ginecologia. O site do evento é http://prehypertension.org. n
Fórum Internacional
ADA e
ENDO 2014
O
rganizado pela IDF, ALAD e SBD,
o próximo Fórum Internacional
de Diabetes acontecerá no Brasil,
no Bourbon Cataratas Convention, em
Foz do Iguaçu. O evento será realizado
de 24 a 26 de abril e possui inscrições
com desconto até 14 de março, conforme divulgado no site www.idf2014.com.
Fazem parte do Comitê Científico os
doutores Balduíno Tschiedel e Douglas
Villarroel (ambos co-chair) e, ainda,
Adriana Costa e Forti, Airton Golbert,
Ana Lìa Cagide, Carlos Olimpo Mendivil, Denise Franco, Hermelinda Pedrosa, Ivan Darío Sierra, Manuel Vera
Gonzales e Walter Minicucci. Vale ressaltar que o Congresso terá a pontuação
da Comissão Nacional de Acreditação
(CNA) para médicos. n
crições online pelo site www.easd.org/
images/easdwebfiles/Devices/index.
html. Sócios quites pagam €190 e profissionais não membros, €290.
Uma integração com outras sociedades científicas mundiais para
debater o tema foi programada. Por
isso, foi incluído um simpósio com a
presença do Robert E. Ratner, Chief
Scientific & Medical Officer da American Diabetes Association. n
PreHT 2014
D
Foto: S J Francis
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
26
ois dos principais eventos internacionais na área de diabetes estão com suas datas definidas. O
74th Scientific Sessions, da American
Diabetes Association (ADA 2014), e
da 96th Annual Meeting & Expo, da
Endocrine Society (ENDO 2014), acontecem, respectivamente entre os dias
13 a 17 de junho e 21 a 24 de junho.
Em 2014, o International Congress of
Endocrinology (ICE) acontece simultaneamente ao ENDO 2014.
Aproveite para reservar a data na
agenda e programar sua participação
com antecedência. O ADA 2014 acontecerá em São Francisco e o ICE/ENDO
2014 em Chicago. n
Comunicados da SBD
27
25
A
Dra. Adriana Costa e Forti, diretora de Relações Governamentais da
entidade, se encontrou com o Secretário Estadual de Saúde do Amazonas,
Dr. Wilson Alecrim, e com o Secretário
Municipal de Saúde, Dr. Evandro Melo,
no dia 29 de novembro, com a finalidade
de propor uma parceria entre a Sociedade e o Estado do Amazonas, com o “SBD
vai ao Gestor”.
O projeto tem como objetivo realizar uma cooperação técnico-científica,
visando o desenvolvimento de atividades de formação em recursos humanos,
aprimoramento profissional, educação
permanente e cooperação tecnológica
e científica com o diabetes em todo o
estado.
Também esteve presente na reunião,
a Dra. Deborah Jazini, presidente da
SBD Regional Amazonas. Segundo os
participantes, o encontro teve boa receptividade por parte dos secretários
que se mostraram sensíveis à falta de
capacitação na área da saúde.
Para a SBD, a presença da Dra. Deborah foi fundamental, em função do
grande do trabalho que realiza no estado e respeito dos secretários. O convênio com a SBD foi prontamente aceito
e encaminhado ao departamento jurídico das duas secretarias, para posterior
assinatura.
Além do encontro realizado, a Dra.
Adriana, foi entrevistada pela TV Amazonas, programa Bom Dia Amazônia, da
TV Globo, e pela Rádio Tiradentes, do
grupo CBN para falar sobre o convênio
e o trabalho que a SBD vem realizando
em todo o Brasil. n
Posse da Nova Diretoria
N
o começo de 2014 acontece a cerimônia da posse da nova diretoria, gestão 2014/2015, da SBD.
O evento será dia 27 de janeiro, às 20h,
no espaço Villa Vérico, em São Paulo.
Na solenidade, serão nomeados
como novo presidente da Sociedade, o Dr. Walter Minicucci; vice-presidentes, a Dra. Hermelinda Pedrosa,
Dr. Luiz Alberto Turatti, Dr. Marcos
Troian, Dra. Rosane Kupfer e o Dr.
Ruy Lyra; 1º secretário, o Dr. Domingos Malerbi; 2º secretário, Dr. Luis Antonio de Araujo; 1º tesoureiro, Dr. Antonio Carlos Lerário; 2º tesoureiro, Dr.
Edson Perrotti; e no conselho fiscal,
Dr. Antonio Carlos Pires, Dr. Levimar
Araujo e Dra. Denise Reis Franco. n
Regionais
A
lém da nova diretoria da SBD,
assumirão novos presidentes
das Regionais. Os nomes serão:
• Regional Santa Catarina
Dr. Fulvio Thomazelli;
• Regional Minas Gerais
Dra. Adriana Bosco;
• Regional Brasília
Dra. Hermelinda Pedrosa;
• Regional Sergipe
Dr. Raimundo Sotero Filho;
• Regional Bahia
Odelissa Silva de Matos;
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
SBD Vai ao Gestor
• Regional Rio Grande do Sul
Dr. Marcello Cassaccia Bertoluci;
• Regional Pernambuco
Dra. Geísa Maria Campos de Macedo;
• Regional Rio de Janeiro
Dra. Anna Gabriela Fuks;
• Regional Paraná
Dra. Rosangela Roginski Réa;
• Regional Ceará
Dra. Tânia Maria Bulcão Louzada
Ferraz;
• Regional Goiás
Dr. Nelson Rassi.
Multimídia
A
SBD mantém em seu site uma
área onde é possível encontrar
Simpósios, Entrevistas e Congressos. No link o usuário pode escolher entre cinco diferentes opções:
Nutrição e Diabetes e Você Pergunta
e a SBD Responde, que são voltados
ao público em geral e Simpósios 2012,
Webcasts Diabetes 2011 Brasília e Entrevistas.
Na área Nutrição e Diabetes, voltada
para o público em geral, estão disponíveis para download livros e manuais
como o Manual de Nutrição e também
vídeos explicativos.
Caso a opção escolhida sejam os Simpósios, uma nova janela abrirá e nela
é possível assistir palestras dos eventos
que aconteceram em 2013. Estão disponíveis, em link, as conferências dos
Simpósios: Atualização em Doença Cardiovascular no Paciente com Diabetes,
que aconteceu em São Paulo; Avanços
terapêuticos no diabetes tipo 2, realizado em Salvador; ambos em 2013 e
outros que aconteceram no ano de
2012. n
Agenda
Vol. 20 - nº 06 - dezembro 2013
28
Janeiro 2014
XV Congresso Português de Endocrinologia,
65ª Reunião Anual
||
||
||
23 a 26
Vilamoura, Portugal
Informações: www.spedm.org
Data:
Março 2014
9º Simpósio de Síndrome Metabólica do
HC-FMUSP
|| 8São Paulo, SP
||
www.sindromemetabolicahc.
||
||com.br
Data:
Local:
Informações:
Abril 2014
16º Curso Avançado em Tratamento do
Diabetes
Junho 2014
74th Scientific Session – American Diabetes
Association
||
||
||
13 a 17
São Francisco, EUA
Informações: www.diabetes.org
Data:
Local:
96th Annual Meeting & Expo – Endo 2014 –
Endocrine Society
||
||
||
21 a 24
Chicago, EUA
Informações: www.endocrine.org
Data:
Local:
Agosto 2014
CODDHI 2014 - Controvérsias em Obesidade,
|| 4 a 6
São
Paulo,
SP
Diabetes, Dislipidemias e Hipertensão
||
www.fernandapresteseventos.
||com.br/eventos_16diabetes.html || 14 a 16
de Janeiro, RJ
||
|| Rio www.coddhi.com.br
||
International Diabetes Forum
26
Diacor 2014
|| 24Foza do
Iguaçu,
PR
23
||
|| 22Sãoe Paulo,
SP
www.idf2014.com
||
||
www.diacor.com.br
||
Data:
Local:
Informações:
Data:
Local:
Informações:
Data:
Local:
Data:
Informações:
Local:
8ª CATD – Curso de Atualização no
Tratamento do Diabetes
||
||
||
||
9 e 10
Local: Rio de Janeiro, RJ
Informações: Tel.: (21) 3543-0770 /
(11) 5641-1870
Data:
Outubro 2014
TODDA – Curso Avançado no Tratamento da
Obesidade, Diabetes e Doenças Associadas
|| 17 e 18
de Janeiro, RJ
|| Rio Tel.:
(21) 3543-0770 /
||
|| (11) 5641-1870
Data:
Local:
Informações:
Novembro 2014
I Congresso Regional de Diabetes do Rio de
Janeiro
Setembro 2014
15
|| 13Rioa de
Janeiro, RJ
||
www.diabetesrio.org.br;
|| (21) 2548-5141
||
31º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e
Metabologia
9º Congresso de Endocrinologia e
Metabologia da Região Sul (ENDOSUL)
Informações:
Maio 2014
Foto: PerseoMedusa
Local:
||
||
||
5a9
Curitiba, PR
Informações: www.cbem2014.com.br
Data:
Local:
Data:
Local:
Informações:
||
||
||
21 e 22
Florianópolis, SC
Informações: www.endosul2014.com.br
Data:
Local:
A SBD e a Comissão de
Campanhas agradecem a
todos que de alguma forma
contribuiriam para o sucesso
do Dia Mundial do Diabetes
em 2013. Contamos com
vocês em 2014.
Foto: Cezar Perelles
Agende-se para o Fórum Internacional de Diabetes.
De 24 a 26 de abril de 2014, em Foz do Iguaçu.
Acesse: www.idf2014.com

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