Capital anjo investe pouco, mas espalha rede no Brasil

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Capital anjo investe pouco, mas espalha rede no Brasil
B2
F I NA N Ç A S |
DCI
Terça-feira, 31 de julho de 2012
I N V E ST I M E N TO S
AÇÕ E S
Capital anjo investe pouco,
mas espalha rede no Brasil
Eike Batista anuncia
que fará oferta para
fechar capital da llx
Banco Nacional de
Desenvolvimento
Econômico e Social
deve aportar R$ 1 bilhão
em projetos inovadores
de empresas nascentes
até o fim de 2014
são paulo
são paulo
Comum nos Estados Unidos e na
Europa, o investimentode capital
em
empresas
nascentes
(start-ups) começa a espalhar
umaredecoletora deprojetospeloBrasil. Em2012,aAnjos doBrasil, organização com 200 investidores associados, iniciou mais
três núcleos regionais: em Porto
Alegre (RS), Belo Horizonte (MG)
e Brasília (DF). Em 2011 foram
implantados os núcleos de São
Paulo e de Campo Grande (MS).
De acordo com dados da associação, no Brasil há mais de 5 mil
investidores que aplicam em empresas nascentes, que já investiram R$ 450milhões em empresas
nascentes.Oinvestidor anjoécaracterizado por aportar entre R$
50 mil e R$ 100 mil por projeto
aprovado, eo grupode investidores aplica no máximo entre R$ 400
mil e R$ 500 mil por proposta.
“O processo de seleção é profissional, háum filtro paraa escolha dos melhores empreendimentos. Diferente da interpretação do termo anjo, o investidor
quer rentabilidade para o negócio”, explicou Cássio Spina, fundador da Anjos do Brasil.
Em palestra no DCI, o consultor da Pavarini Associados Jeffer-
son Freitas Amâncio de Oliveira companhia. “Nos Estados Unicontou que a organização São dos o volume de capital anjo é
Paulo Anjos recebeu mais de 180 quase semelhante ao de venture
projetos no primeiro semestre de capital. No Brasil, esse volume
2012. “Entre10% e 15%dos proje- ainda é muito pequeno”, compatos são selecionados para uma se- rou o consultor da Pavarini.
gunda fase, que prevê a apresenO presidente da Associação
tação aos investidores”,
Brasileira de Private
explicou Oliveira.
Equity& VentureCapital
As organizações co(Abvcap), Clóvis Meurer,
letoras de projetos se esexplicou que a diferença
palham. Além da Anjos
entre os segmentos está
do Brasil e da São Paulo
no porte e no estágio de
Anjos, outras organizamaturidade. “O capital
ções foram criadas reanjo
investe
em
Clóvis Meurer
centemente como aBastart-ups, enquanto o
hia Anjos, Floripa Anjos
venture capital busca
«ENTRE
e a Gávea Angels. “Elas
empresas consolidadas
MIL E 2 MIL
recebem os empreenque faturam até R$ 100
dedores eprojetos, ana- PROPOSTAS DE milhões por ano, com
lisam, realizam entre- VENTURE CAPITAL aportes de até R$ 10 mivistas iniciais e aprovam SÃO RECEBIDAS, E lhões por companhia.”
os projetos em fóruns. É CERCA DE 1% A
Segundo o presidente
2% SÃO
um processo que pode
da entidade, cada uma
APROVADOS»
durar até seis meses”,
das 100 gestoras assodescreveu Oliveira.
ciadas recebe uma méParaosegundo semestre,aAn- dia de 10 projetos por mês para
jos do Brasil está divulgando 14 análise. “Entre 1 mil e 2 mil proeventos de start-ups no mês de postas são recebidas e cerca de
agosto em capitais do nordeste e 1% a 2% são aprovados.”
dosudeste,com oeventoDesafio
Osassociados daAbvcapaproBrasil, agendado para outubro.
vamentre 10a40projetos devenNos Estados Unidos, o investi- ture capital por semestre. “Dois
mento anjo movimentou US$ terços das propostas são de ven22,5 bilhões em 66.230 negócios ture, e um terço é de private equiem 2011, de acordo com dados do ty, mas, do volume total, 90% dos
Centro de Pesquisa de Venture recursos vão para private equity e
Capital da Universidade de New 10% para venture”, exemplificou
Hampshire.A médiadeaplicação Clóvis Meurer.
por investidor americano é de
Com base em números do ano
US$ 340 mil por proposta.
passado, é possível dizer que, dos
Para efeito de comparação, os US$ 7 bilhões aplicados em 2011,
americanos aplicaram US$ 29,1 US$ 700 milhões o foram no segbilhões no segmento de venture mento de venture capital, encapital em 3.752 negócios, com quanto a diferença dedicou-se às
média de US$ 7,8 milhões por participações em empresas mé-
dias e grandes atendidas por fundos deprivate equity.
Para o segundo semestre, a
Abvcap prepara três eventos, chamados Venture Forums. Dois
acontecem no mês de outubro: o
do setor de Óleo e Gás, que será
realizado no Rio deJaneiro, e o do
setor de Tecnologia da Informação, em São Paulo. “O terceiro
evento é com a Apex [Agência
Brasileira de Promoçãode Exportações e Investimentos], agendado para 11 de dezembro”, alerta
Meureraos empreendedoresque
desejarem preparar seus projetos
para a seleção dos investidores.
Anjo do BNDES
Para os empreendedores que desejam candidatar seus projetos
deempresas nascentesaocapital
anjo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),a instituiçãofederal
recebe propostas para seu fundo
de capital semente (Criatec).
O Criatec já investiu R$ 64,6 milhões em 36 empresas. O banco
planeja aportar R$ 1 bilhão em
projetos de venture capital até
2014. Se cumprir o cronograma
terá que desembolsarcerca de R$
200milhões porsemestreaté ofinal do governo de Dilma.
“O BNDES tem feito seus investimentos, aporta uma parte
[20%] e os fundos privados entram com recursos. Ninguém entra sozinho”, afirma Meurer.
ernani fagundes
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INVESTIMENTOS
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O empresário Eike Batista, do
grupo EBX, fará uma oferta pública para fechar o capital da
empresa de logística LLX que
pode movimentar cerca de R$
620 milhões, numa estratégia
conjunta com o fundo de pensão de professores do Canadá
para aumentar suas participações na companhia.
A oferta por 100% das ações
em circulação no mercado envolve preço máximo por papel
de R$ 3,13, um ágio de 25% sobre
a média dos últimos 20 pregões,
segundo fato relevante da empresa de logística divulgado ontem. A ação da companhia encerrou a sexta-feira passada cotada a R$ 2,85.
A LLX tem 693.741.377 ações
ordinárias, das quais cerca de
54% estãoem poder deBatista, e
28,5%, nas mãos do Ontario
TeachersPension Plan,queparticipará da oferta “para aumentar sua participação minoritária”. O volume em circulação é
de 197.677.270 papéis.
A operação acontece em um
momento em que as ações da
LLX acumulam valorização de
25,5% em julho, em meio a rumores no mercado sobre uma
operação que envolve a empresa. Alguns analistas consultados
já esperavam pela iniciativa de
Eike Batista para o fechamento
de capital da empresa.
Mas os rumores e a consequente alta das ações não anularam perdas anteriores dos papéis, que aindaacumulam queda no ano, de cerca de 17% até a
sexta-feira passada.
Representantes da LLX e do
fundodeOntário, quetemcerca
de US$ 116,5 bilhões em ativos,
não comentaram de imediato
sobre os motivos da operação
proposta nesta segunda-feira
ou para quanto pretendem elevar suas fatias na empresa.
Uma decisão para fechar o
capital daLLX dariamaior liberdade aos controladores para administrar o investimento no
projeto doPorto doAçu, queestásendoerguido nonortedoEstado do Rio de Janeiro.
Os bancos propostos pelos
controladores para elaboração
do laudo de avaliação do valor
daLLXsão BTG Pactual,Bank of
America Merrill Lynch e Santander Brasil.
Logo após o anúncio, as ações
da LLX chegaram a disparar
mais de 5%, alcançando R$ 3, no
início dos negócios na
BM&FBovespa, massem atingir
os R$ 3,13 propostos pelos controladores.
Na última sexta-feira, a Anglo
American informou que o projeto de minério de ferro Minas-Rio, desenvolvido em parceria com a LLX, sofrerá um
atraso de pelo menos um ano
por problemas judiciais.
A LLX chegou à bolsa em
2008, após uma cisão dos ativos
da MMX, empresa de mineração de Eike. O principal projeto
da empresa é o porto do Açu,
que terá, além do espaço para
escoamento de minério de ferro, um complexo industrial voltado parasetores comosiderurgia e petróleo.
agências
B A N CO S
I N V E ST I M E N TO S
Itaú prepara emissão externa
com vencimento de 10 anos
Principal tem recorde
de ativos sob gestão
Agência de classificação de risco Fitch já começou
a análise dos títulos, e informa que os recursos
captados serão utilizados para finalidades gerais
são paulo
O Itaú Unibanco fará em breve
uma emissão externa, cujo valor
ainda não está definido. Segundo
aagênciade classificaçãoderisco
Fitch Ratings,os títulosterãovencimentode 10anos,e fazemparte
de um programa que prevê a
emissão total de US$ 10 bilhões
em papéis pelo banco.
A Fitch atribuiu o Rating Preliminar de Longo Prazo em Moeda
Estrangeira “BBB” às notas subordinadas que serão emitidas
pela instituição.
As notas serão emitidas pela
agência do IUH nas Ilhas Cayman. O principal vencerá em
agosto de 2022, e os pagamentos
dos juros serão semestrais. O
montante do principal e a taxa de
juros serão determinados quando a emissão ocorrer. Os recursos
líquidosserão utilizadospeloItaú
para finalidades gerais do banco,
informa a Fitch em relatório.
As notas se classificarão, no mínimo, namesma condiçãode outras dívidas subordinadas semelhantes do banco e contarão com
um mecanismo cumulativo de
diferimento do cupom que poderá serexercido, senecessário, diza
Fitch no documento. Este diferimento só acontecerá se o Itaú não
estiveratendendo àsuaexigência
de capital regulatório.
Kinea lança novo fundo
A Kinea, empresa de investimentos do Itaú, lançou um novo fundo de investimento imobiliário, o
Kinea II Real Estate FII. Com captação inicialmente prevista para
R$ 150 milhões, o fundo teve demanda para toda a oferta e ainda
teve o lote aumentado em 35%, o
máximo decrescimento permitido para o fundo. No final, o total
da emissão chegou em R$ 197,2
milhões.
são paulo
O novo fundo foi distribuído
para clientes de alta renda, majoritariamente para o segmento
private e para alguns investidores
institucionais. “O sucesso da demanda deve-se ao bom momento econômico, somado ao fato de
já termos um produto semelhante, o Kinea I Real Estate FIP, que
demonstra histórico da Kinea na
execução de ummandato focado
em desenvolvimento imobiliário”,diz CarlosMartins,responsável pela área imobiliária da Kinea.
O Kinea II Real Estate busca
preferencialmente investir recursos em projetos de incorporação
residencial, podendo também
alocarrecursos emprojetos deincorporação comercial.
agências
O Principal Financial Group,
que atua no setor de produtos
de investimento, incluindo serviços de previdência, seguros e
gestão de recursos, anunciou
ontem os seus resultados do segundo trimestre de 2012. A empresa, que é listada na Bolsa de
Valores de Nova York (Nyse), registrou recorde de ativos sob
gestão, fechando o trimestre
com US$ 367 bilhões, o que representa crescimento acima de
9% na comparação com o mesmo período do ano passado.
“O segundo trimestre registrou continuação dos fundamentos de fortes negócios dos
últimos trimestres. Esperamos
que este impulso nos ajude a
continuar crescendo, apesar
dos ventos contrários macro em
curso”, disse Larry D. Zimple-
man, presidente e diretor-executivo do Principal Financial
Group Inc. “A diversificação da
nossa gestão de investimentos
mais estratégia nos permite gerar capital, mesmo em tempos
de desafios”, adicionou Terry
Lillis, vice-presidente sênior e
diretor-financeiro.
No primeiro trimestre do
ano, o Principaladquiriu 60% da
gestora independentebrasileira
Claritas, passando a ter, pela primeira vez, operação de asset
managementnoPaís. Ogrupo já
atuava no Brasil em gestão de
fundos de previdência, em parceria com a Brasilprev. O Principal atende 18 milhões de clientesem todoo mundo,contando
com escritórios na Ásia, Austrália, Europa, América Latina e
nos Estados Unidos.
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