A ORIGEM DA VIDA Uma das primeiras hipóteses acerca da origem

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A ORIGEM DA VIDA Uma das primeiras hipóteses acerca da origem
10- Uma substância irá se difundir para o meio externo quando:
A. sua concentração externa estiver maior.
B. sua concentração externa estiver igual à interna.
C. sua concentração interna estiver maior.
D. sua concentração interna estiver menor.
E. tiver energia disponível para o transporte.
11. Fuvest –SP Para a ocorrência de osmose, é necessário que:
A. as concentrações de soluto dentro e fora da célula sejam iguais.
B. as concentrações de soluto dentro e fora da célula sejam diferentes.
C. haja ATP disponível na célula para fornecer energia ao transporte de água.
D. haja um vacúolo no interior da célula no qual o excesso de água é acumulado.
E. haja uma parede celulósica envolvendo a célula, o que evita sua ruptura.
12-O transporte de Na+ e K+ através da membrana plasmática, com gasto de energia, é caracterizado como:
A. transporte ativo.
B. transporte passivo.
C. difusão facilitada.
D. difusão simples.
E. osmose.
13-Considerando os glóbulos vermelhos, verifica-se que a concentração de K+ é
muito maior no interior que no exterior da célula. O mesmo não acontece com os
íons Na+, cuja concentração é maior no exterior que no interior da célula.
A entrada de K+ e a saída de Na+ dos glóbulos vermelhos podem ocorrer por:
A.
B.
C.
D.
E.
transporte passivo.
hemólise.
difusão.
transporte ativo.
nenhuma das anteriores.
14-UFBA As células de nosso organismo utilizam a glicose como fonte de energia,
queimando-a através de reações de oxidação. Para tanto, o consumo de glicose
é grande, e já se observou que, freqüentemente, a célula absorve essa substância, mesmo quando a sua concentração intracelular é maior que a extracelular;
portanto, contra um gradiente de concentração. Isso, porém, exige algum dispêndio de energia pela célula – uma espécie de investimento de energia.
Identificamos nesse enunciado um caso de:
A.
B.
C.
D.
E.
difusão simples.
equilíbrio osmótico.
transporte ativo.
transporte passivo.
absorção direta pela membrana plasmática.
A ORIGEM DA VIDA
Uma das primeiras hipóteses acerca da origem da vida foi a da geração espontânea ou abiogênese (a = “sem”; bio = “vida”; gênese =
“origem”), segundo a qual a vida poderia surgir da matéria sem vida. Essa
hipótese era supostamente comprovada pelo surgimento de moscas na
carne em decomposição, de ratos em trapos sujos, etc.
As experiências de Redi e Pasteur contra a abiogênese
Francesco Redi (1626-1698), com auxílio do método científico, foi o
primeiro a lançar sérias dúvidas sobre essa hipótese. Ele colocou carne e
outros alimentos em vários vidros, mantendo alguns deles cobertos com
gaze e deixando outros abertos. Se apenas a carne fosse suficiente para a
formação de larvas, estas deveriam aparecer em todos os vidros. Após
alguns dias, porém, surgiram larvas somente nos vidros abertos, o que
permitiu concluir que as larvas se originaram de ovos depositados por moscas e não por abiogênese.
Redi generalizou suas conclusões afirmando que todos os seres
vivos vêm sempre de outros seres vivos: era a teoria da biogênese.
Mas os defensores da geração espontânea voltaram à carga, afirmando que, para seres simples como os micróbios, a hipótese ainda era
verdadeira. Em 1862, entretanto, Louis Pasteur (1822-1895) ferveu caldo
de carne e conseguiu conservá-lo estéril por muito tempo num vidro cujo
formato, embora permitisse a entrada de ar (o que, segundo os defensores
da geração espontânea, era essencial
para que micróbios surgissem da matéria
sem vida), impedia que a poeira penetrasse no caldo. Depois de vários meses,
fez com que o caldo entrasse em contato
com a poeira, quando então surgiram
micróbios no líquido. Estava definitivamente derrubada a teoria da geração
espontânea.
A TEORIA ATUAL
A hipótese aceita pela maioria dos cientistas atuais está baseada principalmente nos trabalhos do bioquímico russo Aleksandr Ivanovich Oparin (1894-1980) e
do geneticista escocês John B. S. Haldane (1892-1964).
A formação de moléculas orgânicas simples
Evidências geológicas e o estudo comparado da atmosfera de outros planetas permitem concluir que a atmosfera da Terra era composta por gases diferentes
dos atuais. Oparin achava que tomavam parte na mistura gasosa o metano (CH 4), o
amoníaco (NH3), o hidrogênio (H2) e o vapor de água (H2O). Desses gases, teriam
sido formadas as primeiras moléculas orgânicas que, após muito tempo, originariam
os primeiros seres vivos.
O gás oxigênio (O2) devia estar ausente da atmosfera primitiva: se estivesse
presente desde o início, este gás teria oxidado e destruído os primeiros compostos
orgânicos, impedindo-os de se acumular e originar os primeiros seres vivos. Outros
cientistas acham que devia haver também monóxido de carbono (CO), sulfeto de
hidrogênio (H2S) e gás carbônico (CO2).
As fortes descargas elétricas das tempestades e os raios ultravioleta do Sol
teriam representado uma excelente fonte de energia, que teria promovido, ao longo do tempo, as mais variadas reações químicas entre as substâncias da atmosfera. Em virtude do longo tempo disponível, podemos supor que se formou uma
incalculável quantidade de substâncias, inclusive moléculas orgânicas simples,
como álcoois, aminoácidos e açúcares, constituídas por pequenas cadeias de
carbono.
TEORIA DA BIOGÊNESE
Em 1860, Louis Pasteur, por meio de vários experimentos, derrubou definitivamente a teoria da abiogênese. Provou que os seres vivos só se originam de outros
seres vivos. Pasteur mostrou que o líquido nutritivo, ao ser fervido, não perde a
“força vital”, como defendiam os adeptos da abiogênese. Pasteur constatou, ainda,
a presença de microorganismos no ar atmosférico.
05-UFSCar-SP (modificado) A Escherichia coli é um organismo procarionte. Isto
significa que:
A. é um parasita intracelular obrigatório.
B. sua síntese protéica depende do RER.
C. são desprovidos de parede celular.
D. os mesossomos participam da divisão celular e podem estar envolvidos com a
respiração celular.
E. possuem organização celular complexa.
06. Os seres procariontes não apresentam a carioteca envolvendo o material genético. São exemplos de seres procariontes:
A. algas e protozoários.
B. vírus e bactérias.
C. bactérias e cianobactérias.
D. fungos e protozoários.
E. animais e vegetais.
07. PUC-MG Sobre as cianobactérias, é incorreto afirmar que:
A. não possuem núcleo individualizado.
B. possuem clorofila como pigmento fotossintetizante.
C. possuem cloroplastos.
D. possuem ribossomos.
E. não possuem organelas membranosas.
08-Descascou-se uma mexerica, retirando-lhe, em seguida, um gomo e a película
que o recobre, deixando expostos os favos. A seguir, colocou-se uma pitada de
sal sobre os favos. Após 5 minutos, observou-se o surgimento de um líquido
nesta região.
A partir desse resultado, assinale a alternativa correta.
A. Houve a passagem do líquido do meio hipotônico para o meio hipertônico.
B. O líquido foi ativamente transportado do meio hipertônico para o meio hipotônico.
C. As células vegetais da mexerica apresentam membranas permeáveis, que permitem o livre trânsito de substâncias dissolvidas, como proteínas e lipídios.
D. Por diferenças de concentração do meio, ocorreu a deplasmólise da célula vegetal, fazendo surgir o líquido.
09-UERGS-RS Quando o feijão é cozido em água com sal, observa-se que ele
murcha, pois:
A. o grão perde água por osmose.
B. os sais do grão passam para a água por difusão.
C. o calor estimula o transporte das proteínas da água para o grão.
D. o transporte passivo das proteínas ocorre do grão para a água.
E. o grão perde proteínas por osmose.
EXERCÍCIOS
01.Existe uma série de características que distinguem os seres vivos da matéria
bruta. Analise as características a seguir e, depois, assinale aquelas características que são exclusivas dos seres vivos:
I. metabolismo;
II. ausência de moléculas;
III. reprodução;
IV. material genético.
Estão corretas:
A. apenas I e III
B. I, II e IV
C. I, III e IV
D. II, III e IV
E. Apenas III e IV
02. Assinale uma das características da célula procariótica, como as bactérias.
A. Apresenta uma carioteca dupla e rica em poros.
B. Mostra o material nuclear difuso pelo citoplasma.
C. Apresenta uma parede celular rica em celulose.
D. Possui organelas membranosas, como, por exemplo, retículo endoplasmático.
E. Como nas células animais, possui parede celular.
03. Uma célula bacteriana não possui:
A. material hereditário e carioteca.
B. parede celular e centríolo.
C. ribossomos e complexo golgiense.
D. membrana plasmática.
E. nucléolo e carioteca.
04. (Fuvest-SP) Um pesquisador estudou uma célula ao microscópio eletrônico,
verificando a ausência de núcleo e de compartimentos membranosos. Com
base nessas observações, ele conclui que a célula pertence a:
A. uma bactéria.
B. uma planta.
C. um animal.
D. um fungo.
E. um vírus.
TERRA PRIMITIVA
Embora a Terra se tenha formado há cerca de 4,5 bilhões de anos, registros
importantes do passado surgiram muito tempo depois, com o aparecimento das
rochas. Antes que estas se solidificassem, a superfície do planeta era provavelmente formada por material fluido e quente, com intensa atividade vulcânica.
Acredita-se que a Terra primitiva fosse constituída pelos seguintes gases: amônia (NH3), hidrogênio (H2), metano (CH4), vapor d’água (H2O).
O vapor d’água formava densas nuvens, que se resfriavam nas altas camadas
atmosféricas, condensando-se e caindo na forma de chuva. Ao atingir a crosta
ainda quentíssima do planeta, a água evaporava e retornava à atmosfera. Dessa
forma, chuvas torrenciais caíram sem cessar por milhares de anos, até que a
camada mais superficial do planeta esfriou a ponto de permitir a presença de água
líquida na superfície.
PRECURSORES DA VIDA
Admitindo-se que os elementos químicos que entram na constituição dos seres
vivos poderiam estar presentes na Terra primitiva, os cientistas Oparin e Haldane
criaram uma hipótese para a origem da vida na Terra.
Segundo eles, suas condições antes do aparecimento dos primeiros seres
vivos eram muito diferentes das atuais. Ela estava passando por mudanças intensas e profundas. As rochas iam formando-se por resfriamento, originando a crosta
terrestre. As erupções vulcânicas muito intensas liberavam gases e partículas em
grande quantidade, os quais, por ação da força da gravidade, ficaram retidos e passaram a compor a atmosfera primitiva.
Em virtude do resfriamento, houve acúmulo de água nas depressões da crosta.
As descargas elétricas, provenientes das fortes tempestades, e as radiações que
atingiam o planeta teriam fornecido energia para que algumas moléculas na
atmosfera se unissem, surgindo, então, moléculas maiores e mais complexas, as
primeiras moléculas orgânicas.
DA MICROSFERA OU DO COACERVADO AO PRIMITIVO SER VIVO
Sabemos que proteínas aquecidas e misturadas à água fria podem agruparse, formando pequenas gotas chamadas microsferas. Outro tipo de aglomerado de
moléculas orgânicas foi obtido por Oparin, misturando ácidos a uma solução de proteínas em água: as
proteínas se aproximam e formam aglomerados
visíveis ao microscópio óptico: são os coacervados.
O coacervado ou a microsfera que tivesse aprisionado em seu interior proteínas enzimáticas e uma molécula de ácido nucléico (originada das sínteses de
moléculas orgânicas da atmosfera primitiva) seria
considerado o primeiro ser vivo, isso porque ele seria
capaz de realizar metabolismo, de reproduzir-se, de
apresentar hereditariedade e de evoluir.
A FORMAÇÃO DE MOLÉCULAS ORGÂNICAS COMPLEXAS
As moléculas orgânicas simples teriam sido arrastadas da atmosfera para o
mar pelas chuvas. No mar, elas teriam se reunido e originado moléculas orgânicas
complexas, como proteínas, polissacarídeos, etc.
Em 1953, o cientista americano Stanley Miller (1930-) construiu um aparelho
no qual colocou hidrogênio, amoníaco e metano. Essa mistura foi submetida a
fortes descargas elétricas, ao mesmo tempo em que recebia vapor de água. Após
uma semana de funcionamento, Miller constatou no líquido formado a presença de
compostos orgânicos, inclusive aminoácidos. Como vemos, Miller simulou as condições que supunha ocorrer na Terra primitiva e testou experimentalmente a hipótese
de Oparin. Essa experiência não chega a provar que foi exatamente assim que ocorreu a formação dos compostos orgânicos, mas apóia, em vez de negar, a hipótese apresentada
A FAGOCITOSE E A PINOCITOSE
A membrana plasmática tem a capacidade de englobar material externo, levando-o
para o interior das células. Proteínas receptoras selecionam e se ligam às moléculas que vão capturar. A membrana se eleva, envolvendo a partícula que é encerrada numa bolsa e despregada para o interior do citoplasma da célula. Qualquer
processo de captura é chamado endocitose. Há dois tipos de endocitose:
A) FAGOCITOSE (FAGO = COMER):
Neste processo a célula engloba partículas sólidas, relativamente grandes. A célula,
entrando em contato com a partícula, emite pseudópodos que a englobam,
formando um vacúolo alimentar (fagossomo).
A fagocitose é observada principalmente em células isoladas
como amebas e leucócitos.
No caso da ameba, trata-se de
um processo nutritivo; no caso
dos leucócitos, é um processo
de defesa contra bactérias que
invadem o organismo.
B) PINOCITOSE (PINO = BEBER):
É um processo mais delicado do que a fagocitose, sendo difícil sua observação ao
microscópio óptico. Partículas líquidas muito pequenas são capturadas por esse
processo. A membrana plasmática, na região de contato com a partícula, se invagina, aprofundando-se no interior do citoplasma, forma-se um canal. Por fim, a
partícula é envolvida por um pedaço da membrana que solta-se, formando uma
vesícula de pinocitose (pinossomo). É provável que a maioria das células seja
capaz de realizar a pinocitose; esse processo é então geral, enquanto a fagocitose
se restringe a alguns tipos de células apenas.
A EVOLUÇÃO DOS PRIMEIROS SERES VIVOS
Para os seres vivos iniciais, conseguir alimento não teria sido problema, pois
o mar que os envolvia devia estar repleto de moléculas orgânicas simples. Portanto,
o primeiro ser vivo poderia simplesmente absorvê-las e utilizá-las numa nutrição
heterotrófica por absorção (saprobiose). Como não havia O2 na atmosfera, ele
deveria conseguir energia de forma anaeróbica, por fermentação.
Com o passar do tempo, as condições ambientais de nosso planeta foram
se modificando. À medida que os gases da atmosfera se transformavam em
moléculas orgânicas simples, sua quantidade diminuía na atmosfera. Esse fato,
juntamente com o resfriamento da Terra, reduzindo a freqüência de tempestades,
fez diminuir a síntese de moléculas orgânicas. Com isso, a quantidade de alimento
para os heterotróficos diminuiu.
Enquanto o ambiente se modificava, os seres vivos iam sofrendo mutações.
Em conseqüência dessas mutações, surgiram organismos autotróficos, capazes de
realizar fotossíntese, sintetizando as substâncias orgânicas que formam seus organismos a partir de substâncias minerais.
Tanto na fagocitose como na pinocitose, as vesículas ou vacúolos produzidos
poderão receber enzimas digestivas, que degradarão o alimento englobado.
Certas células, para a expulsão de materiais, empregam o método inverso à endocitose. Uma vesícula formada internamente se liga à membrana. Nesse ponto, o seu
conteúdo é expelido. O processo é chamado clasmocitose.
C) OSMOSE EM CÉLULA VEGETAL
As células vegetais apresentam dois tipos de membranas:
Membrana celulósica (parede celular): permeável, composta porcelulose
(polissacarídeo) e de grande resistência mecânica. Aparece externamente à membrana plasmática oferecendo proteção à célula (como se fosse uma armadura).
Membrana plasmática (membrana celular): composição lipoprotéica, elástica e
semipermeável. É responsável pela seletividade das substâncias que poderão entrar ou sair da célula.
D) TRANSPORTE ATIVO
Já vimos que na difusão e na osmose,
por processos puramente físicos, as moléculas tendem a se deslocar do local de
sua maior concentração para a região de
menor concentração. Contudo o inverso
também pode ocorrer em células vivas.
Isto é evidentemente contrário à tendência natural da difusão, e para poder ocorrer, necessita de um gasto de energia:
é o transporte ativo. Quando analisamos o conteúdo de uma hemácia, encontramos nela concentrações de íons de
sódio (Na+) muito menor do que a concentração de sódio no plasma (solução aquosa do sangue). Ora, se raciocinarmos
em termos de difusão deveria entrar na célula até que as concentrações fora e dentro se igualassem.
No entanto, isto não ocorre, enquanto a hemácia estiver viva, sua concentração
interna de Na+ é baixa.
A explicação para este fenômeno é a
seguinte: na realidade está ocorrendo
difusão e íons de Na+ estão continuamente penetrando na célula. Porém ao
mesmo tempo a membrana está expulsando íons Na+ da célula, sem parar.
Esta expulsão se faz por transporte
ativo. Desta forma, a concentração
interna de Na+ continua baixa, porém,
às custas de um trabalho constante
por parte da célula.
Já a situação do íon potássio (K+) na
hemácia é inversa: encontramos sempre na célula concentração de potássio
(K+) muito superior à do plasma.
O K+, por difusão, tende a "fugir" da célula, porém a membrana o reabsorve
constantemente. Ou seja, a membrana "força" a passagem do K+ de um local de
menor concentração (plasma), para o de maior concentração gastando energia no
processo.
Apesar dos íons Na+ e K+ terem aproximadamente o mesmo tamanho, e, portanto
igual difusibilidade percebemos que a membrana plasmática se comporta de
maneira totalmente diferente em relação a cada um deles. Aqui se pode falar, sem
dúvida, em permeabilidade seletiva.
Muitas são as situações em que se verifica o transporte ativo: certas algas marinhas concentram o iodo em porcentagem centenas de vezes maior do que existe
na água do mar; as células da tireóide retiram o iodo do sangue por transporte
ativo.
Como o alimento dissolvido no mar diminuía cada vez mais, esse fato lhes
trazia uma grande vantagem: eles não dependiam de substâncias orgânicas escassas e, conseqüentemente, tinham maior possibilidade de sobrevivência. Assim
sendo, através da seleção natural, aumentavam de número na população.
Com a atividade dos autotróficos, uma nova modificação foi imposta ao
ambiente, que passou a ter o O2 livre em sua composição química.
Com o tempo e em consequência de mutações, surgiram seres vivos
capazes de usar o O2 pela respiração aeróbia. Esse tipo de respiração, produzindo
mais energia do que a fermentação, foi vantajoso e espalhou-se na população.
Os primeiros seres vivos deviam ter uma estrutura muito simples, semelhante à dos atuais procariontes. Com o tempo, surgiram seres com células mais
complexas, os eucariontes. Algumas dessas células podem ter se reunido formando
colônias e, a partir daí, originando os primeiros seres pluricelulares.
EVOLUÇÃO DAS FORMAS DE VIDA
Aceitando-se a hipótese da evolução gradual dos sistemas químicos, é
lógico pensar que as primeiras formas de vida eram bastante simples.
Os registros fósseis indicam que os procariontes, organismos dotados de
uma única célula, sem núcleo individualizado, foram a única forma de vida existente
em nosso planeta até 1,5 bilhão de anos atrás. A partir daí, apareceram os eucariontes, primeiros seres dotados de células com núcleo individualizado, as células
eucarióticas. Estas têm maior complexidade estrutural em comparação com a
procariótica, pois seu material genético encontra-se separado do citoplasma pela
membrana nuclear, e seu citoplasma apresenta um labirinto de túbulos e sacos
membranosos.
AGORA É A SUA HORA DE PRATICAR !!!!
1- (UFU - MG) Receita de Jean Baptiste van Helmont, séc. XVII: “Colocar uma
camisa suja de suor e um pouco de germe de trigo em um canto escuro e sossegado. O suor funciona como ‘princípio ativo’ e dentro de 21 dias a partir da camisa e do trigo nascerão vários camundongos.”.
O texto exemplifica a:
A. teoria da biogênese.
B. teoria da abiogênese.
C. teoria da pré-formação.
D. hipótese heterotrófica.
E. hipótese autotrófica.
2- (UnB) Num balão de vidro com gargalo recurvado e aberto, Pasteur ferveu um
caldo nutritivo, deixando-o esfriar lentamente. O caldo permaneceu inalterado
por muitos dias. A seguir, o gargalo foi removido e, 48 horas depois, era evidente
a presença de bactérias e fungos no caldo.
Assinale as afirmações corretas, referentes ao experimento descrito.
A. As bactérias e fungos do ar foram incapazes de passar ao longo do gargalo e
atingir o caldo nutritivo após seu resfriamento.
B. O aquecimento matou as bactérias e fungos primitivamente existentes no caldo.
C. As bactérias e fungos que apareceram no caldo eram de espécies diferentes
daquelas que ocorrem no ar.
D. O aquecimento inativou, temporariamente, as substâncias do caldo capazes de
originar bactérias e fungos.
E. Os sinais evidentes da presença de bactérias e fungos, no caldo nutritivo, foram
conseqüência da multiplicação rápida desses microrganismos.
F. Todo ser vivo procede de outro ser vivo.
G. Bactérias e fungos são autótrofos.
3-(FCC - SP) Supondo que na atmosfera primitiva não houvesse CO2 nem O2 e
considerando-se os gases consumidos e liberados na respiração aeróbia,
fermentação alcoólica e fotossíntese, pode-se admitir que a seqüência evolutiva
dos três processos tenha sido:
A. fermentação alcoólica, fotossíntese, respiração aeróbia.
B. fermentação alcoólica, respiração aeróbia, fotossíntese.
C. fotossíntese, respiração aeróbia, fermentação alcoólica.
D. fotossíntese, fermentação alcoólica, respiração aeróbia.
E. respiração aeróbia, fotossíntese, fermentação alcoólica.
4-(Mack - SP) Admitindo-se que na atmosfera primitiva da Terra predominavam os
gases CH4, NH3, vapor de água e H2, supõe-se que os primeiros seres vivos eram (...) e obtinham a energia necessária a seus processos vitais através de (...).
As lacunas são preenchidas correta e respectivamente pelos termos:
A. autótrofos; absorção de luz ultravioleta.
B. autótrofos; fermentação.
C. heterótrofos: respiração.
D. autótrofos; respiração.
E. heterótrofos; fermentação.
5-(FMIT - MG) Em relação à evolução do homem, pode-se afirmar:
I - Todos os homens descendem do macaco.
II - Alguns homens primitivos, hoje extintos, vieram do macaco.
III - Homem e macaco provêm de um ancestral comum.
Assinale:
A. Se somente I é correta. B. Se somente II é correta. C. Se somente III é correta.
D. Se todas estão corretas. E. Se nenhuma é correta.
Quando uma célula é colocada num meio rico em determinado soluto (hipertônico),
passará a ter no seu interior moléculas desse
soluto, contanto que a membrana plasmática
seja permeável à substância. O interior
(citoplasma) da célula com menor quantidade
de soluto é hipotônico.
Normalmente, quanto menor for a partícula que se difunde, mais rápida será sua passagem através da membrana plasmática. Assim, água, sais minerais,
açúcares (monossacarídeos), aminoácidos, se
difundem através da membrana com relativa facilidade. Já macromoléculas, como
proteínas ou amido não atravessam a membrana, podendo ser, no entanto, capturados pela célula por outros métodos.
Um bom exemplo de difusão, através da membrana plasmática, é o caso da
entrada de oxigênio numa célula. Como há um consumo constante de oxigênio
pelas mitocôndrias na respiração, a concentração interna do gás é sempre baixa
em relação ao meio externo. Existe então entre a célula e o meio um gradiente de
concentração (diferença de concentração), e as moléculas de oxigênio tendem a se
mover do local de maior concentração (lado externo) para o local de menor concentração (citoplasma). Por outro lado, o gás carbônico estará sempre em concentração alta no citoplasma. Isto fará com que ocorra difusão constante desta substância
para fora da célula.
B) OSMOSE
Um caso especial de difusão.
Imagine uma situação em que o tamanho dos poros de uma determinada membrana permita apenas a passagem das moléculas de água, porém impeça a passagem
do soluto. Uma membrana deste tipo é chamada semipermeável. Osmose é então
um caso de difusão do solvente através de uma membrana semipermeável. O
solvente se difunde em direção à
região em que há menor concentração de suas moléculas.
C) DIFUSÃO FACILITADA
A superfície da membrana plasmática possui proteínas especiais,
receptoras ou permeases, que
reconhecem
e
transportam
(carregadoras) substâncias alimentares de fora para o interior
das células ou vice-versa. É um
processo de facilitação que segue
o gradiente de concentração, sem
gasto de energia, como acontece
também na osmose.
AS DIFERENCIAÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA
Em algumas células, a membrana plasmática mostra modificações ligadas a uma
especialização de função. Algumas dessas diferenciações são particularmente bem
conhecidas nas células da superfície do intestino.
A) MICROVILOSIDADES
6-(PUC - MG) O bioquímico russo Oparin, em seu livro A Origem da Vida, admitiu
que a vida sobre a
Terra surgiu há mais ou menos 3,5 bilhões de anos. Segundo Oparin, responda
aos itens a seguir.
B) DESMOSSOMOS
A. Cite dois gases presentes na atmosfera primitiva.
B. A que condições estavam submetidos os gases da atmosfera primitiva?
C. Que compostos químicos se originaram a partir dos gases iniciais?
D. Atualmente sabemos que seres autótrofos constituem fonte básica de alimento.
No entanto, admite-se que os primeiros organismos devem ter sido heterótrofos.
A partir de onde os heterótrofos conseguiam seu alimento na Terra primitiva?
E. Qual o mecanismo utilizado pelos primeiros organismos para obtenção de
energia?
São regiões especializadas que ocorrem nas membranas adjacentes de duas células vizinhas. São espécies de presilhas que aumentam a adesão entre uma célula e
a outra.
7- Assinale a opção que indica o cientista que contribuiu, significativamente, para
elucidar a teoria de Oparin, a qual se baseia nas observações dos coacervados,
para sugerir a forma de aparecimento dos seres vivos primordiais.
C) INTERDIGITAÇÕES
A. Pasteur, provando a impossibilidade da abiogênese.
B. Miller, produzindo em laboratório aminoácidos.
C. Watson e Crick, desvendando a dupla-hélice do DNA.
D. Virchow, afirmando que uma célula se origina de outra preexistente.
São dobras da membrana plasmática, na superfície da célula voltada para a cavidade do intestino. Calcula-se que cada célula possui em média 2.500 microvilosidades. Como conseqüência de sua existência, há um aumento apreciável da superfície da membrana em contato com o alimento.
Como os desmossomos também têm um papel importante na coesão de células
vizinhas.
8-Existem teorias sobre a origem da vida na Terra que relacionam a constituição
química de componentes celulares dos seres vivos da atualidade com evidências
geológicas. A presença de átomos de hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio
nas moléculas dos seres vivos pode estar relacionada com a abundância, na
atmosfera primitiva da Terra, das seguintes substâncias:
A. gás nitrogênio, gás oxigênio, gás carbônico e vapor d’água.
B. nitrato de potássio, mercúrio, ácido clorídrico e metano.
C. cloro-flúor-carbono, nitratos, gás oxigênio e cloreto de sódio.
D. vapor d’água, gás hidrogênio, gás metano e amônia.
E. gás metano, ácido cianídrico, cloro-flúor-carbono e vapor d’água.
PERMEABILIDADE
O TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA
a) Difusão
No fenômeno de difusão, as moléculas de soluto e solvente, num meio líquido,
tendem a se distribuir de maneira homogênea. O movimento das moléculas se dá
no sentido de equilibrar a concentração da solução.
9-Segundo a teoria de Oparin, a vida na Terra poderia ter sido originada a partir de
substâncias orgânicas formadas pela combinação de moléculas, como metano,
amônia, hidrogênio e vapor d’água, que compunham a atmosfera primitiva da
Terra. A esse processo seguiram-se a síntese protéica nos mares primitivos, a
formação dos coacervados e o surgimento das primeiras células, Considerando
os processos de formação e as formas de utilização dos gases oxigênio, dióxido
de carbono, a sequência mais provável dos primeiros seres vivos na Terra foi:
A. autotróficos, heterotróficos anaeróbicos e heterotróficos aeróbicos.
B. heterotróficos anaeróbicos, heterotróficos aeróbicos e autotróficos.
C. autotróficos, heterotróficos aeróbicos e heterotróficos anaeróbicos.
D. heterotróficos anaeróbicos, autotróficos e heterotróficos aeróbicos.
E. heterotróficos aeróbicos, autotróficos e heterotróficos anaeróbicos.
10-Organismos semelhantes às bactérias heterotróficas anaeróbicas teriam sido os
primeiros seres vivos a surgir na terra.
Qual a proposição que, dentre as apresentadas, sustentaria tal hipótese?
A. ausência de oxigênio livre na atmosfera e ambiente aquático rico em substâncias nutritivas.
B. escassez de alimento e grande concentração de CO2 na atmosfera.
C. produção artificial de proteínas semelhantes a enzimas oxidantes, sob condições da atmosfera primitiva.
D. ausência de oxigênio e formação de pigmentos fotossintetizantes dissolvidos no
interior dos coacervados.
A) PROPRIEDADES E CONSTITUIÇÃO QUÍMICA.
A membrana plasmática é invisível ao microscópio óptico comum, porém sua presença já havia sido proposta pelos citologistas muito antes do surgimento do microscópio eletrônico. Mesmo hoje ainda restam ser esclarecidas muitas dúvidas a
seu respeito.
A membrana celular é composta de fosfolipídios e proteínas, assim como todas as
membranas que fazem parte das estruturas membranosas da célula, tais como:
retículos, lisossomos, mitocôndrias, plastos, etc. Ela apresenta certa elasticidade e
permeabilidade seletiva, isto é, para certos tipos de moléculas ela é permeável e
para outras ela é impermeável.
B) ESTRUTURA.
VIDA NA CÉLULA
INTRODUÇÃO
Existem dois tipos de células: as células PROCARIOTAS, que embora tenham material genético
(DNA e RNA), não apresentam membrana nuclear
(carioteca) e nem organelas citoplasmáticas. A única estrutura presente no citoplasma dessas células
são os ribossomos, estruturas necessárias para a
síntese de proteínas. Organismos formados de células procariotas são os procariontes. Como exemplo, temos todos os organismos pertencentes ao reino Monera,
isto é, bactérias e cianobactérias
Atualmente o modelo mais aceito é o MODELO DO MOSAICO FLUIDO proposto
por Singer e Nicholson. Segundo esse modelo, a membrana seria composta por
duas camadas de fosfolipídios onde estão depositadas as proteínas. Algumas dessas proteínas ficam aderidas à superfície da membrana, enquanto outras estão
totalmente mergulhadas entre os fosfolipídios; atravessando a membrana de lado a
lado. A flexibilidade da membrana é dada pelo movimento contínuo dos fosfolipídios; estes se deslocam sem perder o contato uns com os outros.
As moléculas de proteínas também têm movimento, podendo se deslocar pela
membrana, sem direção.
O outro tipo de célula que existe são as células EUCARIOTAS. Estas, além de terem carioteca, apresentam vários tipos de organelas citoplasmáticas. Os organismos eucariontes, são aqueles formados por células eucariotas. Todos os outros
reinos de seres vivos são compostos por organismos eucariontes.
Quando estudamos as células eucariotas, notamos que existe uma grande variedade de tipos, mas embora existam tipos muito diferentes, todas elas apresentam uma
série de estruturas em comum. Muitas vezes o que torna uma célula diferente de
outra é a quantidade de um certo tipo de estrutura ou a sua ausência ou presença.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA - MODELOS; FUNÇÕES; ESPECIALIZAÇÕES
A membrana plasmática será selecionadora das substâncias que a célula troca
com o ambiente externo. Devido à sua fragilidade, na maioria das vezes apresenta
envoltório externo que lhe dá proteção ou sustentação física: membrana celulósica (células vegetais) e glicocálix (células animais). O glicocálix é composto por
emaranhado de moléculas glicídicas: dá proteção contra agentes físicos ou químicos externos à célula; retém nutrientes ou enzimas na sua superfície.
C) FUNÇÕES
A membrana plasmática contém e delimita o espaço da célula, mantém condições
adequadas para que ocorram as reações metabólicas necessárias. Ela seleciona o
que entra e sai da célula, ajuda a manter o formato celular, ajuda a locomoção e
muito mais.

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