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Transcrição

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Aldeia
ano 1
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nº 1
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novembro / dezembro de 2009
i30
O hatch que vai
sacudir o mercado
ALDEIA NEWS
ÁFRICA DO SUL
Conheça as cores do
país-sede da Copa 2010
Campeonato de pesca, dia das
crianças, inauguração do campo,
café da manhã de confraternização
CINEMA
PARA
O
MUNDO
A revista Aldeia entrevista o jovem cineasta Antonio Guerino
Pelo segundo ano consecutivo e
de arquitetos e decoradores s
o empresa de destaque pelo júri
selecionados pela revista Casa&Flora.
Av. T-7, 566, St. Bueno - 3285-6440
Av. T-9, 2654, Jd. América - 3286-3333
Av. T-63, 272, St. Bela Vista - 3255-6361
sumário
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Aldeia News – Café da Manhã
Aldeia News – Dia das Crianças
Aldeia News – Campo de futebol
Saúde – Wellness є fitness ou fitness є wellness? por André Pereira
i 30 – Coreano com sabor europeu
Aldeia News – Pescaria Infantil
Aldeia News – Torneio de Pesca
Antonio Guerino – “Quero fazer cinema para o mundo”
Moda - Para todas as praias por Marlene Candida Faria
África do Sul - País de todas as cores
Registro - Design do movimento por Sandra Camargo
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16
ESTA É UMA PUBLICAÇÃO DA SOCIEDADE
DOS AMIGOS DO RESIDENCIAL ALDEIA DO VALE
Diretora Presidente: Milena de Fátima Fragoso de Oliveira
Diretora Vice-Presidente: Hamilton Canova
Diretor Tesoureiro: Waldomiro Kairalla Riemma
Diretora de Eventos: Elizabeth Falluh Haddad Khoury
Diretor de Esportes: Daniel José da Silva júnior
Diretora Secretária: Vanessa M. Paro de Simone
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EXPEDIENTE
Direção Geral: Bruno Brasil
Direção de Arte: Thiago Luis Gomes
Projeto gráfico e logomarca Aldeia
DuMato studio – www.dumato.com
Colaboradores:
Fotógrafos: Pedro Morais (capa) e Ivan Erick
Jornalista: Cássia Fernandes
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editorial
O
fim de 2009 no Aldeia do
Vale chega com novidades.
A primeira você tem nas
mãos. Lançamos, após cuidadoso planejamento, a 1ª
edição da Aldeia, uma revista de variedades e assuntos do interesse dos moradores do condomínio. A equipe da Aldeia quer levar até você
um produto com layout arrojado e leve, fruto do
novo projeto gráfico.
O conteúdo editorial é diversificado. Há,
nesta edição, reportagens sobre carros, moda
praia e fitness. Na seção de turismo, você vai conhecer o país-sede da Copa do Mundo de
2010, a África do Sul. Em todas as edições, um
Milena Fragoso de Oliveira
Presidente da SAALVA
morador será personagem da nossa entrevista. Será um espaço para valorizarmos as pessoas que fazem o condomínio melhor a cada dia. A 1ª edição traz um papo agradável
com o cineasta Antônio Guerino.
Outra inovação é a finalização do Centro Ecumênico do
Aldeia do Vale. A obra já está com 75% do projeto concluídos. A estrutura do Centro é toda em madeira e vidro e tudo
deve ficar pronto até o fim do ano, quando teremos um espaço especial para as nossas orações e reflexões.
E como atenção nunca é demais quando o assunto é
saúde pública e o bem-estar do condomínio, não se esqueça que os cuidados para evitar a dengue devem ser redobrados durante o período de chuvas.
Tenha uma boa leitura.
ALDEIA NEWS
Café
da manhã
No dia 27 de Setembro aconteceu mais um café da manhã de confraternização no Bistro d’aldeia. Vários associados estiveram presentes para saborear o delicioso e nutritivo café da
manhã que estava recheado de guloseimas maravilhosas. Após
o café aconteceu uma palestra ministrada pelo Sr. Fernando Pinheiro sobre “Assistência Social”. Fernando Pinheiro impressionou a todos falando sobre o trabalho realizado na creche Aldeia
dos Sonhos e mostrou como o amor ao próximo pode realmente
mudar o mundo para melhor. Uma lata de sardinha por pessoa foi
a colaboração para participar do café da manhã, tudo o que foi arrecadado foi revertido para creche Aldeia dos Sonhos.
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ALDEIA NEWS
Dia das
crianças
Foi realizado no dia 5 de outubro a comemoração do dia
das Crianças, o evento contou com o apoio da bebidas Imperial que distribuiu pitchulas a vontade para criançada.
As criancas brincaram durante todo o dia no pula pula,
elástico, campo de futebol de sabão e na piscina de bolinhas.
E para repor as energias nada melhor que pitchula, pipoca,
algodão doce e deliciosos Churros que foram distribuídos durante todo o dia. Que tempo bom!
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ALDEIA NEWS
Campo de
futebol
Inaugurado no dia 26 de setembro o terceiro campo de
futebol do Aldeia do Vale. O campo impressiona muito pelo
tamanho (o maior campo de todos os condomínios de Goiânia), a qualidade da grama e da drenagem. Diversos “craques”
do Aldeia estiveram presentes e jogaram bola durante toda a
manhã. E como não poderia faltar, após a peleja, rolou aquele churrasco regado ao geladíssimo chopp e refrigerantes Imperial. A festa rolou até o final do dia. A diretoria de esportes do
Aldeia aproveita para convidar os associados para participar
das atividades desportivas.
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ORDEM DO CORPO
Wellnes
fitness ou
fitness
wellness?
André Pereira
Formado em Educação Física pela UFG;
Pós graduado em treinamento de força e fisiologia
do exercício pela Universidade Gama Filho
Formado em bioeneria corporal pela Core Energetics
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Fotos: Ivan Erick
partir do momento em que o primeiro ser
humano veio a existir no mundo, houve a
necessidade de aprender a carregar peso.
Para se mover, quer seja da postura fetal para postura deitado, ou da força de preensão
dos dedos para postura sentado, e ainda
do engatinhar depois caminhar; foi necessário em cada etapa aprender a sustentar o próprio peso do
corpo para se mover.
Houve ainda um tempo onde a receita médica básica para qualquer enfermidade física era o tal “repouso”. Hoje bem
sabemos que o corpo humano responde muito bem ao estímulo do movimento. E o movimento é solução simples de estímulo e resposta. Na musculação o peso é o estímulo e o movimento a resposta, melhor dizendo, a sustentação do movimento será a resposta.
O mercado de academias amadurece a prática da atividade física e suas diversas modalidades ao tempo em que “levantamento de peso” se amplia para um conceito real chamado musculação. Perde-se a idéia de sofrimento ou tortura e dase então espaço a conhecer o exercício saudável.
Para dar acesso ao que chamamos de bem estar, a forma
física da beleza estética também se faz pertencer ao bem estar. Porém, não é possível uma criança aprender a engatinhar
primeiro antes de experienciar força de preensão dos dedos.
Antes de disparar a levantar pesos é preciso saber desce-los.
A elaboração de um programa de treinamento exigirá individualidade biológica reconhecida. Pois cada pessoa tem um
ritmo de exigência corporal, quer seja para a qualidade de postura no trabalho que requer horas de uma mesma postura, ou
qualidade atlética de competição; enfim o corpo está sujeito a
interferência de um potencial humano que pode ser construtivo ou sabotador das metas, é a carga emocional da pessoa.
É correto dizer que no espaço da educação física a carga emocional deve ser trabalhada através da respiração. Aprender a executar exercícios é um aspecto, aprender a respirar no
exercício é outro aspecto mais importante ainda, pois sem oxigênio não existirá metabolismo saudável nem tampouco atividade física que a pessoa consiga ter prazer.
Um exemplo desse mecanismo é aquele no qual a pessoa
tem um trabalho que exige muito do raciocínio e pouco do movimento corporal. Essa demanda fará com que ao longo do dia
o cérebro receberá maior oxigenação; a sístole e diástole car- 
A
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Momento expiratório completo, faz-se
necessário utilizar da força consciente
do abdômen para tal feito
Executando movimento respiratório de
inspiração
díaca favorecerão a pequena circulação que abastece a mente
e diminuirá o fluxo de sangue para a grande circulação do todo o
corpo. Então essa pessoa chega à academia depois de seu expediente de trabalho executa alongamentos nos quais ela se
preocupa em quanto tempo deve segurar cada postura e nunca
se lembra de observar se em cada postura ela consegue respirar. Posteriormente executa exercícios onde o estímulo do peso
servirá para mais movimentos de apnéia ou seja, bloqueio respiratório. Muito se fala de freqüência cardíaca e monitoramento
por números, porém esses números sofrem direta alteração de
acordo com o esquema emocional do indivíduo.
A bioenergia corporal traduz conceitos teóricos da ciência
estabelecendo esclarecimentos precisos sobre a personalidade e o caráter individual manifesto no corpo e também na mente. E a bioenergia é o fundamento do elemento respiração e segurança para a atividade física eficiente e segura. A respiração
é a identidade expressa em pulsação corporal.
A pulsação engloba a ação cardíaca e respiratória trabalhando juntas durante as atividades físicas quer sejam de ordem aeróbia ou
anaeróbia. É fluxo de energia que percorre o
corpo ou fica bloqueado em algumas partes trazendo desarmonia corporal.
É a respiração que abastece três cen-
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Momento de começar a soltar a
respiração em sua força expiratória,
em seguida retomar o movimento de
descida do agachamento
tros de energia e saúde: cabeça (energia mental),
peitoral (energia emocional ) e abdominal (energia
instintiva ). Assim o pulso quer dizer ida e volta do
movimento corporal, centro e periferia de cada
músculo e de todo o conjunto, tanto dentro quanto fora.
Teorias arcaicas descreviam os indivíduos com características de acordo
com a forma da imagem externa,
a energia descreve a carga que
o indivíduo carrega dentro de
seu esquema corporal. Assim
sendo a seqüência de exercícios a ser executada como programa de treinamento ordena
exercícios que mantenham o
foco do grupo muscular e a escolha por posturas que a pessoa se
sinta mais apta a executar uma respiração completa. A
A musculação consiste em
variações de movimentos
que o ser humano experiencia
num simples ato de se levantar
O lifestyle proposto pela moda fitness
conquista mais seguidores a cada dia e
extrapola o universo das academias.
A grife de moda esportiva BrasilSul,
nascida em Porto Alegre há 26 anos,
chegou à capital goianiense. Além de
lojas no Brasil e no exterior, a grife
exporta ainda o seu conceito para mais
de 1000 pontos de venda em todo o
mundo, como as exclusivas lojas da
Victoria´s Secret nos Estados Unidos.
A alta tecnologia dos tecidos é um dos
diferenciais da marca que possui diversas
opções para quem busca por conforto,
leveza e até um desempenho melhor.
Outra grande novidade é a BrasilSul Baby.
Uma coleção exclusiva para crianças de
um a três anos que acompanham o estilo
de vida alegre e descontraído dos pais.
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i 30
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Coreano
com sabor europeu
i30 o novo hatchback da Hynday
promete sacudir o mercado com
design moderno e arrojado,
tecnologia de ponta, muito conforto
e preços competitivos!
arece que a Hyundai se especializou em abalar o mercado de carros. Primeiro veio o Tucson, que se tornou o SUV da moda e líder de
vendas na categoria. No começo de 2008,
chegou o luxuoso sedã Azera, que vale R$ 140
mil, mas é vendido por apenas R$ 98 mil. Já
no seu primeiro mês de vendas, ele se tornou
o novo líder do segmento, superando Honda Accord, GM Omega, Chrysler 300C e outros excelentes concorrentes.
E pra completar, chegou às revendas da Hyundai a principal atração da marca no Salão do Automóvel de São Paulo
: o hatch i30, lançado no Salão de Genebra do ano passado.
Os alvos principais dele são Golf, Vectra GT/GT-X, Peugeot
307, Stilo, Nissan Tiida e Citroën C4 , além dos novos Ford
Focus, e do Fiat Bravo, que deve chegar no ano que vem.
Quais as armas do i30 para, mais uma vez, superar seus concorrentes? Primeiro, o preço, que vai de 54 mil da versão menos sofisticada, e chega até a 64 mil para a mais completa.
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Se para você não pareceu tão barato, veja o que está incluído neste valor (prepare-se, a lista é longa): SEIS airbags,
câmbio automático, ar-condicionado digital, disqueteira para
seis CDs com USB, conexão para iPod e comandos no volante, controle de estabilidade (ESP), painel com LEDs e fundo
azul, computador de bordo, freios a disco nas quatro rodas
com ABS e EBD, encostos de cabeça ativos, teto-solar, porta
óculos, retrovisor interno com escurecimento automático, volante com regulagem de altura e profundidade, porta-luvas refrigerado, retrovisores rebatíveis eletricamente, bancos em couro, sensor de estacionamento e faróis automáticos... UFA!
Qual outro modelo oferece tudo isso por esse preço? Nenhum. Ou seja, o i30 certamente tem a melhor relação custobenefício da categoria de hatches médios.
Além de muito bem equipado, o i30 tem mais qualidades,
a começar pelo motor 2.0 de 143 cv com comando variável.
O I30 tem duas versões de cambio, manual e automático, na
versão caixa automática de quatro marchas, o hatch acelera
de 0 a 100 km/h em pouco mais de dez segundos e atinge a
máxima de 205 km/h, com consumo de 13,2 km/l (média cidade/estrada). A transmissão, embora sem opção seqüencial,
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permite que o motorista selecione qualquer uma
das marchas usando a alavanca, e tem funcionamento bastante suave.
Ao volante, o i30 comporta-se excepcionalmente: a direção com assistência elétrica progressiva é leve e tem respostas precisas, todos
os comandos ficam bem à mão, a posição ao volante (com regulagem ampla de altura e profundidade) é boa e as respostas do motor eficientes,
principalmente acima de 4.000 rpm.
Desenvolvido para o mercado europeu, a segurança é seu forte. Além dos airbags, ESP e ABS,
a suspensão capricha na segurança e esportividade, sem ficar devendo conforto. Tem sistema
MacPherson na dianteira e suspensão traseira independente multi-link, com comportamento exemplar em curvas e emergências.
O design é marcante, com linhas traseiras inspiradas no BMW Série 1. Impressionam também
os seus 2,65 metros de entreeixos. Como referência, a distância no Golf é de 2,52 metros, e no
Vectra GT, 2,60 metros. Isso significa mais espaço
(ele é generoso com quem viaja no banco traseiro
– e porta-malas de 340 litros.
Fotos: Divulgação
O I30 conta com vidros elétricos nas
quatro portas, computador de bordo,
relógio digital, alarme anti-furto, piloto
automático, consoles central e de teto
para objetos, teto-solar, entre outros
Para quem tem preconceito com carros coreanos, nas
avaliações do “Strategic Vision”, instituto de pesquisas americano, a Hyundai foi a marca com mais veículos no topo da
lista de qualidade em 2008, superando Toyota e Honda. Em
2006, na avaliação de qualidade das marcas, bateu a Toyota
e ficou atrás apenas da Porsche e da Lexus.
A conclusão, como já foi dito, é clara: o i30 tem potencial para “detonar” o segmento de hatches médios e se tornar um sucesso extraordinário. Além de tudo, ainda tem cinco anos de garantia sem limite de quilometragem, como toda a linha Hyundai. E, como se o modelo 2.0 não fosse suficiente, no ano que vem chega também a versão 1.6 automática (com 122 cavalos!), com os mesmos equipamentos
e preço mais baixo, na casa dos R$ 52/55 mil. E a fábrica da
Hyundai no Brasil, que produz o Tucson, no ano que vem vai
iniciar a produção do i30. E que ela seja grande, pois vai ter
muita gente querendo comprá-lo! A
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Pescaria
infantil
Aconteceu no dia 3 de outubro o campeontao de pesca infantil. O evento realizado pela comissão de pesca em
parceria com a diretoria de esportes do condomínio foi o começo da comemoração pelo dia das crianças. O vencedor
foi determinado pela soma de peixes pescados e o grande
campeão foi Frederic Chapelle, que venceu com 10 peixes
pescados.
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Rede
R
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de lojas
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chocolates
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nidades e amplia
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unidades
país
Quem fez seu ano mais doce,
merece brasil cacau de presente.
ZERO11
A Brasil Cacau, rede de lojas
especializadas em chocolates, chega
à região centro-este e abre a sua
primeira loja em Goiânia (GO).
A marca atua há menos de um ano e
comemora a sua 18ª loja. A nova loja
confirma a consolidação do plano de
expansão da Brasil Cacau e comprova
a grande aceitação do brasileiro pela
marca e seus produtos.
Em Goiânia, a Brasil Cacau –
integrante do portfólio do Grupo
CRM, junto à Kopenhagen e Dan
Top – será administrada pelas
advogadas e sócias Fernanda Freitas
e Cláudia Peixoto. Fernanda afirma
que o primeiro contato com a marca
foi feito na ABFF, feira de franquias em
São Paulo. “T
Tomamos
o
conhecimento
da
marca
e
percebemos
a
oportunidade em abrir um negócio
na nossa região. O interesse surgiu
por vermos a chance de crescimento
junto a uma marca forte e que
está em amplo desenvolvimento”,
diz Fernanda.
Com decoração inspirada na
brasilidade da marca, a Brasil
Cacau de Goiânia conta com café
e fonte de chocolate para que
o consumidor possa se deliciar com
frutas e bebidas quentes preparadas
com chocolate Brasil Cacau. Entre as
mais de 120 opções da bomboniere,
estão bombons diversos, trufas,
tabletes, drageados e diversas
opções para presentes.
Situada na Rua 9, 1606 - Loja 2,
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possui estacionamento próprio
e ambiente aconchegante, com
mesas e cadeiras para acomodarr,
pelo menos, dez pessoas. O horário
de funcionamento será das 9h às
19h, segunda a sexta, e aos sábados,
das 8h às 13h.
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O espírito natalino verde e amarelo
vai ser novidade neste mês de dezembro.
Nas ceias, nos presentes e nas mais diversas
manifestações de carinho, a Brasil Cacau
estará presente, oferecendo mais de 120 produtos
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ALDEIA NEWS
Pesca
Foi realizado nos dias 24 e 25 de outubro o sétimo torneio de pesca do Aldeia do Vale. O Evento foi realizado pela
comissão de pesca e contou com a participação de vários
associados e convidados. O clima bastante animado e uma
disputa intensa entre os participantes predominou durante os
dois dias. Na categoria Associados o grande vencedor foi Saba Alberto Matrak, entre os convidados quem levou o prêmio
foi Eurípedes Rodrigues do Nascimento. O evento contou com
o patrocínio da Construtora Moreira Ortence, Clube de Pesca Engenho Velho, Bentec, Sementes Agrosol, Lajes Serra
Dourada e da Me Leva Tur. A Centro Oeste Caça e Pesca foi
a patrocinadora oficial do torneio de pesca.
Saba Alberto Matrak, campeão da categoria Associado:
além de bom pescador ele é um ótimo churrasqueiro
Vencedores Associados
1º) Saba Alberto Matrak
2º) Marco Antonio Aques de Amorim
3º) Marcos Motta
4º) Eduardo Albernaz do Nascimento
5º) Kalil do Carmo Cunha Porto
Vencedores Convidados
1º) Eurípedes Rodrigues
do Nascimento
2º) Hercílio José Ribeiro Gomes
3º) Wilson José Pires
4º) Rui Marques Martins
5º) Rodrigo Siqueira
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Eurípedes Rodrigues do Nascimento,
campeão da categoria Convidado
ANTONIO GUERINO
“Quero fazer
Cinema
para o mundo”
“Essa fita é para os arqueólogos. Isso é uma denúncia”. Assim tem
início o curta-metragem Nenhum Abraço, dirigido e produzido por
Antonio Guerino. O filme, com roteiro de Peppe Siffredi, fala dos
absurdos da vida em uma metrópole como São Paulo
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sta entrevista mantém o mesmo tom
do curta. Denuncia absurdos. Transpira indignação, mas também muito
entusiasmo. Certamente vai interessar a quem quiser saber um pouco
do cenário do audiovisual em Goiás.
Cenário que está sendo desenhado
por jovens apaixonados por cinema, entre eles esse
jovem de 27 anos, morador do Aldeia do Vale, que
nascido em Goiânia, foi estudar em São Paulo e, ao
voltar para casa, não teve receio de comprar brigas
cujo desfecho pode ser decisivo para o futuro da
produção audiovisual no Estado.
Formado em Publicidade e Propaganda pela
FAAP, Guerino começou a produzir ainda estudante. Sua vocação inicial, porém, era a música. Já teve bandas de rock e hoje produz a banda Mugo em
Goiânia. Foi em São Paulo, vivendo a noite boêmia
da Vila Mariana, juntamente com outros estudantes da FAAP e da ESPM, que ele descobriu a paixão
pelo cinema. Seu primeiro curta, Bolachas, foi vencedor do Festival Goiânia Mostra Curtas em 2002.
A produção Nenhum Abraço, venceu o Festival do
Minuto de São Paulo. E seu último curta, Ao Vivo,
profissionalizou sua produção. No portfólio traz ainda vídeos publicitários, que lhe renderam prêmios,
como o de Melhor Filme Institucional para TV no 23°
Prêmio Jaime Câmara.
A arte do cinema está tão entranhada nele como está o homem no sertão. Não por acaso sua
produtora, mantida em sociedade com Pedro Novaes, Arturo Lúcio e Paulo Paiva, chama-se Sertão
Feelmes, nome composto a partir do verbo inglês to
feel (sentir) e do substantivo filme. Guerino faz questão de dizer que não mexe com cinema, mas que
trabalha com cinema. E quer mostrar aos goianos e
particularmente aos empresários que o cinema é
uma indústria lucrativa, que deve ser apoiada.
E
Aldeia – Você decidiu trabalhar com cinema
ainda quando cursava Publicidade?
Sonhava ser músico. Tinha uma banda de rock. Decidi pelo curso, pois era uma coisa meio eclética. Eu
cursava a FAAP, mas era bastante amigo do pessoal da ESPM, que era praticamente meu quintal.
Fiz muitos amigos lá. Um deles, Renato Chiappetta, que foi meu padrinho de cinema, me convidou
para trabalhar como platô (produtor de set), em um
videoclipe. Rolou uma sinergia muito forte. Fazer cinema é diferente de tudo o que você conhece. A sensação de estar num set
pode ser comparada à sensação de um médico salvando uma
vida. Foi ali que o cinema me picou. Depois disso, fiz estágio em
agências de publicidade e produzi alguns documentários com o
Chiappetta, logo depois segui uma linha autodidata. Bolachas e
Nenhum Abraço foram feitos enquanto eu ainda estudava. Nessa fase, iniciei a parceria com Siffredi mantida até hoje.
Aldeia – Foi uma surpresa seu primeiro curta Bolachas
ganhar logo de cara o 2º Goiânia Mostra Curtas?
A idéia do Bolachas surgiu num bar no Centro de São Paulo, onde trazem as bolachas, como os paulistanos chamam os portacopos, para contabilizar o número de chopes que você toma.
Levei as bolachas pra casa e começamos um jogo. Estava tão
imerso nesse universo do cinema, que tudo era um roteiro. Pensava: se isso fosse um filme, como seria? No mesmo dia, com a
idéia fresca na cabeça e uma câmera emprestada, a gente rodou o curta. Não imaginava que pudesse ser premiado, o filme
era uma boa e despretensiosa brincadeira. Inscrevemos no festival e ganhei o prêmio de melhor direção. Foi uma surpresa.
Aldeia – E como foi a produção de Nenhum Abraço?
Em 2004 estava sendo realizado o 1º Festival do Minuto de São
Paulo, com a temática Mínima Diferença. No mesmo ano São
Paulo completava 450 anos. Peppe tinha esse roteiro na manga,
embora não tivesse formatação de cinema. Foi um exercício experimental, meio documental. A gente foi para o meio da cidade
com uma van e uma câmera emprestada. O tripé era da faculdade, assim como o pessoal envolvido na produção. A gente saía
percorrendo a cidade, filmando tudo. E aí, num determinado ponto, parava porque estava rolando uma manifestação, por exemplo.
Foi um exercício muito bom, como a arte expressionista, jogando a favor do acaso. Nenhum Abraço foi selecionado ainda para
o Festival de Gramado (Mostra Paralela) e convidado para a 18ª
Mostra do Audiovisual Paulista (Melhores do ano).
Aldeia – Como foi rodar ao Ao Vivo, um curta mais
complexo, com um elenco já conhecido nacionalmente,
como Antônio Abujamra e Mel Lisboa?
Foi um sonho e um pesadelo (risos). Eu e Peppe codirigimos.
A gente começou logo depois de Nenhum Abraço, em janeiro
de 2005. Só rodamos em 2006. Ficamos uns dois anos na pendência de captação e finalização. Vivemos uma imersão total.
Esse filme foi minha pós-graduação. Tivemos muito tempo para amadurecer, ler e reler o roteiro que ao todo chegou ao 18º
tratamento. Além de ter sido aprovado integralmente pela Lei 
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Rouanet, a gente teve uma grana a mais de uma produtora francesa que quis coproduzir. Já fomos selecionados no V Prêmio
Fiesp/Sesi do Cinema Paulista, no 9º Goiânia Mostra Curtas, no
3rd Brazilian Film Festival of Toronto e no 10th AluCine Toronto
Latin Media Festival no Canadá, no 20º Festival Internacional de
Curtas-Metragens de São Paulo, no 9º Festival Internacional da
Nova Arte Brasileira e por último no 16º Vitória Cine Vídeo.
Aldeia – Em Nenhum Abraço, você utiliza planos curtos,
cortes rápidos e uma montagem acelerada. Isso é próprio
de uma geração que cresceu assistindo a videoclipes?
Eu nasci em 1982, sou dos anos 90, da geração do rock independente, do início da MTV. Sou fissurado em videoclipe. A música está na minha veia. Mas acredito que cada filme é um filme.
É claro que tenho uma pegada visceral, dos cortes frenéticos, cirúrgicos até. Gosto de picotar frame a frame, para desfrutar pedaço por pedaço. Isso é um pouco da minha linguagem de montagem, com a qual procuro não só dar um contexto para a história, mas tentar criar uma estética, uma sensação. O Ao Vivo tem
mesmo uma linguagem jovem, de TV, de clipe, pois a gente trata da sociedade do espetáculo, da história de uma menina de
vinte e poucos anos que sonha em ser famosa a qualquer custo.
Já o Nenhum Abraço tem um minuto para contar a história. Eu
até poderia ter contado com um plano só, mas o roteiro pedia
aquilo. O surrealismo que busquei era de imagens frenéticas, produzidas não só na edição, mas já captadas assim. Só usei cortes
secos. Foi uma edição muito elogiada em São Paulo. Mas vale
lembrar que o roteiro é o principal. Se for bom, o filme vai ser bom,
independente de você rodar em película ou em câmera de celular. Por isso, não abro mão dele, sempre mantenho uma parceria
com o roteirista. Sem um bom roteiro, não adianta sair pra rodar.
Aldeia – Quais são suas referências em cinema?
Meus diretores preferidos são Michel Gondry, Chris Cunningham, Spike Jonze, Darren Aronofsky, além de Stanley Kubrick,
David Lynch, Mark Foster, Fernando Meirelles e J.J. Abrams, entre outros é claro. Já entre os roteiristas, gosto muito de Charlie
Kaufman, que trabalha com realismo fantástico e, claro, não posso deixar de destacar “meu roteirista” Peppe Siffredi.
Aldeia – Você faz publicidade para viver e cinema para
se satisfazer?
Imagina (risos). Minha trajetória sempre foi cinema. Mas a publicidade é essencial. É uma ótima forma de se reciclar, de estar rodando e sempre, estendendo seu network. Fiz algumas coisas
pontuais aqui em Goiânia. A Feelmes começou com o Ao Vivo,
mas existe juridicamente desde 2007. A fusão com a Sertão re-
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presenta nosso segmento na produção audiovisual.
Mas nós temos uma produtora de publicidade que
é a Centoeonze, de São Paulo, uma boutique de
produção, com um formato de coletivo. São vários
diretores, vários criativos, um híbrido entre “macacos velhos” do mercado e uma galera mais jovem.
Hoje a Sertão e a Centoeonze faz o mercado Centro-Sul, Goiânia-São Paulo e coordenamos a operação no Centro-Oeste. Estamos com um portfólio
brasileiro e internacional. Temos condições de produzir em qualquer lugar do mundo, pelo material humano e network que dispomos. Se a gente tem um
roteiro e determinado diretor é melhor para dirigir, a
gente contrata. É um pensamento meio hollywoodiano, de indústria mesmo. Ninguém faz isso no Brasil e em Goiânia principalmente. Por aqui, os empresários preferem fazer um VT de R$ 5 mil, o que
não paga nem o diretor, comprar mídia por seis meses na TV e contratar atores globais. Gastam 500
mil com mídia, 100 com cachê e investem pouco
na produção. As empresas precisam planejar mais.
Devem entender que o gasto com uma boa produção, não é perda, mas investimento. Devem se lembrar que a Publicidade não é bem vinda, ela invade
a casa das pessoas. É o momento de fazer uma ligação, colocar a pipoca no Microondas ou ir ao banheiro. A publicidade tem que ter conteúdo, ser ousada, bem feita, ter diferencial. No mesmo horário
tem produções nacionais, internacionais. De grandes produtoras, grandes criativos, E não dá pra regional ganhar no grito. É um tiro no pé. Desperdício
mesmo. Fui obrigado a escutar de um dos maiores
publicitários do estado, um grande amigo, que meu
único problema é que eu sou profissional demais, e
a cidade não está preparada.
Aldeia – E como é o mercado da publicidade
em Goiás?
Já foi melhor, e isso é um dado histórico que todos
conhecem. É uma tarefa difícil competir por um mercado que não se valoriza. As agências arriscam pouco, com receio de perder a conta. Chegamos a rodar em 35mm e S16, além de RED 4K, coisa rara
por aqui. A gente tem personalidade e não abre mão
da qualidade. Produção é cara mesmo. E um bom
filme custa. Imagina na contrução civil se você economiza no cimento, não preciso nem terminar a fra- 
se né. E outra, o filme é do cliente. Não é meu, nem da produtora. Nas produtoras locais todos os profissionais são contratados,
mensalmente. Não é assim nos outros lugares. No mundo todo,
cada filme é um filme. O diretor é específico para aquele roteiro.
Não temos sindicato (Sindcine), nem piso salarial. É claro que há
diretores excelentes, mas eles não têm tempo de pesquisar, de ir
a uma locação, de fazer um story board. Para fazer um bom filme
publicitário, é preciso ter reuniões de pré-produção, ter funções
bem definidas, como diretor de arte, produtor de objetos, de locação, casting, resumindo, uma equipe completa. Aqui o produtor faz tudo, é o produtor Bombril, 1001 utilidades. É desumano
com os que produzem e desonesto com quem está pagando.
Não posso deixar de citar a falta de investimentos e isso é o essencial, a alma do negócio. Tudo é possível no cinema. Não existe não, quando o assunto é criar e produzir. Mas precisamos aliar
boas idéias a bons investimentos, assim voltaríamos a ser boa e
velha Goiânia que nos anos 70 e 80 foi referência no País.
Aldeia – As leis de incentivo à cultura são um mecanismo
eficiente para fomentar a produção cinematográfica ?
O filme Ao Vivo foi nossa grande empreitada. Ele foi custeado pela Lei Rouanet. A gente levou dois anos e meio para captar 100%
do projeto. Era um roteiro complicado, com muitas locações.
Aprovamos integralmente o projeto e captamos rapidamente uma
fatia do orçamento. Decidimos então rodar o filme e captar o resto depois. Foi um grande equívoco, mas um excelente aprendizado. A gente se descapitalizou. Foi preciso vender carro e contrair empréstimos. Mas foi importante também, porque a gente
não deixou de dar as caras para o mercado. Semanalmente, ligava para os fornecedores e renegociava. Isso foi muito bem visto, pois tem gente que compra carro, faz coisas absurdas com
o dinheiro captado. Nós procuramos trabalhar dentro da ética.
Aliás, nem dá pra pisar na bola, pois o Ministério Público Federal
está na “cola”. Ainda assim, há quem “queime o filme”. Eu elogio
muito a Lei, porque ela funciona. Ela respeita o produtor. O que
critico é o fato da marca ser mais importante do que o filme em
si. O engraçado é que 95% da produção Nacional é estatal. A fatia de investimento que seria destinada a arrecadação de IR, a
empresa deixa de pagar e investe nos projetos. Não podemos
apoiar apenas projetos grandes, de massa, pois esse projetos
tem capacidade de se viabilizarem sozinhos. Mesmo assim eles
se utilizam dos mecanismos de incentivo diminuindo o acesso de
novos realizadores, da democratização do conhecimento, do incentivo à criação artística e da valorização da diversidade cultural. Não digo que eles não merecem, mas que devemos apoiar
toda a cadeia, de A a Z, em todos os cantos do país.
Aldeia – E a lei municipal de incentivo à cultura? E a Lei
34 Aldeia
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Goyazes, do governo estadual?
Precisam urgente de mudanças, precisam se adequar. As pessoas nessas secretarias entendem pouco de produção cinematográfica. Não é só culpa
delas não, a produção no estado ainda é muito pequena, falta experiência até para nós realizadores.
Cada um ainda pensa no seu filme e não no todo.
O empresariado não está familiarizado com esses
mecanismos, precisam entender mais. Até por que
é uma forma de aumentar a verba de Marketing e
de promover a empresa por outras vias que não a
publicidade tradicional. Investir em cultura é uma forma de responsabilidade social. A Goyazes, você fica sem condições de captar devido a lobbystas. Aí
se por acaso você captar e o patrocinador der o ok,
ainda dependemos do bom humor da Sefaz para liberar a grana. Um captador famoso já exigiu um percentual absurdo e chegou a me dizer que tinha abertura, que podia aumentar meu orçamento por lá...
tentou me seduzir com esse papo mole. E as justificativas da Secult, com as informações técnicas de
indeferimento dizendo que seu orçamento está errado?! (risos). Como eles explicam nossos projetos
aprovados na Rouanet, sem cortar nenhum centavo?!. Como explicam os dois longas aprovados integralmente, na Ancine esse ano. A Secult já me indeferiu 3 vezes. A Rouanet e Ancine, nos aprovaram em todas. Tenho um projeto de documentário
sobre a história da Monstro Discos que foi indeferido.
Deram ponto mínimo à “relevância cultural do projeto para a cidade”. Acredita? A Monstro simplesmente
repaginou a história cultural e a personalidade de
Goiânia. O Brasil inteiro e o mundo conhecem a cidade como a capital do rock independente, por causa dos festivais como Goiânia Noise e Bananada.
Não sou eu que estou falando, mas a Folha de São
Paulo, o Estadão, a Bravo, a Trip. Em resumo, nós
realizadores precisamos nos mobilizar e potencializar
essa articulação. As políticas públicas de incentivo
à cultura precisam acelerar suas reformas, respeitar
mais o diáogo com os realizadores, mudar os critérios para aprovação dos orçamentos, que não podem ser simplesmente cortados, e aumentar os tetos para captação. Os empresários precisam entender de uma vez por todas o quanto é importante
para suas marcas investir na cultura.
Aldeia – Como você encara a realização
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vários festivais de cinema em Goiás, como o Fica, o
Goiânia Mostra Curtas e o Festcine?
O Goiânia Mostra Curtas é o nosso grande legado.É sério, completamente democrático. Traz gente do Brasil inteiro, sempre as
melhores produções e é realizado por uma produtora privada, o
Icuman, da Maria Abdala. É um festival que ela leva sozinha nas
costas. Não tenho bairrismo nenhum. Não vou fazer cinema goiano. Isso não existe. Fernando Meirelles não faz cinema paulista e
Cacá Diegues não faz o alagoano. A gente faz cinema para o
mundo. Nenhum Abraço foi desclassificado no Fica, porque entenderam que a produção não foi feita em Goiânia, que investi
grana fora, que não investi no estado. Me acusaram de não ser
goiano. O filme custou apenas 600 reais, 200 de cada produtor.
No último mês, tive a surpresa de receber a notícia que o Ao Vivo
não tinha sido inscrito no Festcine, quando eu mesmo pessoalmente o levei no endereço do edital e ainda liguei para o responsável para avisar pessoalmente. Como o festival é uma grande
desorganização não protocolaram nenhum filme. No entanto, não
culpo os festivais e sim as manobras dos oportunistas, que não
trabalham e ficam dependendo de premiações, pequenas indicações em cargos públicos, interesses individuais. E isso vai acabar. Pelo bem do estado, tem que acabar.
Aldeia – Então, os festivais não estão ajudando a
fomentar a produção de cinema no Estado?
A produção? Não. É política de pão e circo. Temos que repensar
essa obsessão por eventos muito grandes, de promoção do estado na Mídia. É claro que temos que nos divulgar, mas infelizmente não se investe nos realizadores locais. De novo cito o Goiânia Noise, festival realizado na raça. Com ou sem patrocínio, todo ano está lá. Desculpem os que não gostem de rock, mas o
Goiânia Noise é um grande exemplo em como criar uma imagem
sólida e respeitada Brasil a fora. Um prefeito já quis fazer daqui a
“capital sertaneja”. Com muito menos mas com muito mais personalidade e garra, alguns malucos foram lá e redefiniram essa
história. A sensação que se tem é que estamos investindo nos
de fora. Que é mais importante premiar o cara de fora do que investir no local. E pra quem deixou o mercado de São Paulo como
opção em contribuir com sua terra natal, é quase um desrespeito. Se não fosse a lei federal, eu mesmo por exemplo, estava sem
produzir. O certo seria o contrário, apostarmos num melhor e mais
agressivo modelo de produção. Pensar em toda a cadeia. Assim
nossos filmes chegariam em qualquer festival do mundo com a
qualidade necessária para enfrentar outros estados e países. Estou aqui para representar meu estado, mas será que ele quer ser
representado, ou melhor, será que ele me representa? O Fica divulga que no festival passam 120 mil pessoas por ano. Mentira!
36 Aldeia
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Menos de cinco mil vão para ver o festival, e outras
115 mil para a “farofa”. Ligam o som alto e fazem
carnaval. Claro que é legal do ponto de vista econômico, para geração de empregos e turismo. Mas
não é um festival de nível A. As figuras internacionais
só vêm, porque recebem passagem e hospedagem, e a premiação é fantástica. Como resposta ao
Fica, o município, de uma forma vaidosa, criou o
Festcine, que é ainda pior. É realizado em uma sala
de cinema onde som e imagem não funcionam, e
ainda estendem um tapete vermelho para gente de
fora. Este ano, homenagearam Claudia Ohana. Por
quê? O ano passado o Selton Melo veio e ganhou
R$ 150 mil de prêmio. E onde está a produção? Se
utilizassem os R$ 2 milhões do Fica e cerca de R$ 1
milhão do Festcine para a produção local, a gente
faria curtas de R$ 200 mil e iria competir lá fora de
igual pra igual. Nos preparar para os longas. Todos
esses festivais têm ações de capacitação, oficinas,
mas que não são interligadas. Não se comunicam.
Então temos uma má formação dos futuros realizadores. Poderíamos estar todos ligados, fazendo uma
mobilização cultural conjunta. Se de uma vez por todas, os realizadores entenderem que o cinema é a
arte do coletivo. Que ninguém faz nada sozinho. Que
alianças são importantes e fundamentais. Mas alguns não estão preocupados com isso e esses vão
ficar pra traz. Já ficaram.
Aldeia – É possível fazer cinema em Goiás?
Esse distanciamento dos grandes eixos não
dificulta a produção local?
Exatamente por isso é possível. O distanciamento
do eixo Rio-São Paulo faz com que você regionalize.
A produção está se regionalizando, o caminho é o
pensamento global com ação local. A gente está
em terra que tem petróleo e ninguém ainda furou. O
que falta aqui é entendimento de indústria. O que as
empresas têm que entender é que não é só o filme
que vai representar o Brasil, mas o diretor, a produtora. Isso faz um país melhor, mais culto. É assim
que todos os países se venderam, cresceram. É assim que o mundo conheceu e se curvou diante do
american way of life. A indústria do cinema é poderosa, extremamente lucrativa. Bruxa de Blair custou
menos de US$ 40 mil, e ganhou US$ 260 milhões.
É necessário que os realizadores deixem um pou-
co a vaidade de lado, abandonem a linha demasiadamente autoral e produzam filmes que se relacionem com o mercado. O próprio Tarantino é um excelente exemplo. Ele mesmo se considera cool e
não cult. Ele faz cinema divertido. É sua assinatura.
Aldeia – Sua volta para Goiânia está
relacionada com esse desejo de regionalizar
a produção?
Goiânia tem uma efervescência total, não só cultural. É uma cidade em ebulição, oitava economia nacional. Ao lado de Brasília, está constituindo o terceiro eixo nacional. E a qualidade de vida é indiscutível. Eu vim para fazer algo diferente, para ser pioneiro. O endereço não importa mais. A vida agora é
online. Fica fácil dialogar com o mundo todo. Os empresários goianos precisam entender que o cinema
é uma profissão, que ninguém “mexe” com cinema.
Há um milhão de exemplos de filmes que deram certo. Para isso precisaram de investimento. Produzir
filmes é exatamente como montar uma indústria. Você monta o parque industrial, contrata o pessoal, desenvolve um projeto para conseguir financiamento
junto ao BNDES. No cinema, a gente também não
abre mão de trabalhar assim, com profissionais especializados, escopo bem definido, equipe jurídica.
Mas precisamos de confiança. Viemos para fazer a
diferença, crescer junto com o estado. Tem gente
que veio ao mundo a passeio. Nós viemos pra deixar a nossa marca. Não vou fazer um filme pra ninguém ver, mas para lotar as salas de cinema. Ao produzir filmes, você resgata e mostra suas raízes para
o mundo. Se der bilheteria, o Brasil inteiro vai conhecê-las e isso é publicidade indireta. Vamos parar de pensar que publicidade é só anúncio. Os empresários argumentam que suas verbas de marketing são pequenas. Podem aumentá-las investindo
em cultura. O Estado precisa mais da cultura do que
a cultura do Estado. É essa equação que vim mudar. Já a publicidade precisa de mais conteúdo. Sinto que o interesse é apenas em manter a conta, não
em buscar resultados tangíveis, romper barreiras,
ser ousado. Tem muita gente preocupada em tornar marcar memoráveis mas ninguém entendeu que
é possível torná-las imortais. Produzindo cultura você deixa sua marca na História, literalmente.
Aldeia – O que falta para fomentar a
produção audiovisual em Goiás? Uma política para o
setor?
Em Goiânia, há gente que tem feito um trabalho muito sério. Estamos formando uma mobilização essencial para o futuro do cinema em Goiás, lutando pelo desenvolvimento cultural. Unidos
em uma entidade como a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas (ABD), podemos negociar políticas públicas para o audiovisual. Precisamos mudar a relação da gente
com a gente mesmo, parar de acolher indiscriminadamente o que
vem de fora. Falta autoestima no goiano sim. Falta a gente esquecer essa sensação de que tudo que vem de fora é melhor. E
os empresários daqui, são respeitados? E os realizadores? E os
artistas? Estou entrando nessa briga, que é coletiva. Vamos sofrer
retaliações, mas estamos preparados. Precisamos parar de comer migalha. Falta uma restruturação geral nas políticas públicas.
Falta afastar pessoas incapacitadas de seus cargos. Falta valorizar os profissionais capacitados. Existe gente honesta, de bom
senso e com uma energia inacreditável para fazer a diferença. E
são nesses que aposto e fecho minhas parcerias.
Aldeia – Quais são seus próximos projetos?
Um deles é Alto Retrato, que terá no elenco Marco Nanini. O projeto já foi aprovado pela Rouanet e Goyazes e aguarda patrocínio. Vamos rodar tudo na Cidade de Goiás e Goiânia. Temos também três projetos de longa em andamento. Cartas do Kuluene,
que tem roteiro e direção de Pedro Novaes, é um documentário,
mas com aspecto emocional, de ficção. A história consiste em
uma troca de cartas entre Pedro, um anarquista francês e um antropólogo americano. Os dois últimos morreram em aldeias indígenas no Brasil, quando vieram pesquisar. Já Slaves House é um
filme internacional de suspense que estamos produzindo juntamente com Paulo Echebbaria (Miami), produtor brasileiro, diretor
de projetos especiais da HBO América Latina. O filme vai ser o
primeiro longa rodado em Goiânia, falado em inglês, distribuído lá
fora, com foco internacional e logística única. Além desses trabalhos, tenho o projeto do meu primeiro longa Em terra de cowboy
quem toca guitarra é doido, que espero realizar até 2014. O filme
vai fazer uma análise dos anos 90, mostrando como uma cidade calcada no campo virou referência de Rock. Há uma São Paulo, uma Nova York, mas há muitas Goiânias. Essa sensação de
cidades menores, fora do eixo, todo mundo tem, no mundo inteiro. É com esse povo que quero falar. O Terra de cowboy vai ser
o nosso primeiro longa de ficção 100% goiano. Será uma oportunidade de fazer um grande filme. Se a gente conquistar bilheteria, e nós vamos, vai ser o pulo do gato para a empresa e para
o estado. Estamos confiantes já que o filme será um direto no coração dos amantes do bom e velho Rock and Roll. A
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Aldeia
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MODA
Para todas as
praias
alta pouco para o verão chegar, mas desde já
trago algumas notícias boas pra vocês. As tendências de biquínis de 2010, é claro. Nos desfiles das semanas de moda brasileira (Fashion
Rio e spfw) a moda praia se mostrou mais comportada. A volta das décadas de 30,50,60 e 70
se mostrou um pouco mais sofisticada para a
estação do calor. Os modelos cortininhas com laterais finas cedem para biquínis laterais largos, com muitos detalhes em laços, babados, recortes e aviamentos. Os
biquínis 2010 combinam com o clima mais chique, mas
prometem conquistas a todas as mulheres. Os modelos de biquínis que mais aparecem são tomara que caia
com bojo, um ombro só e a frente única. Agora tanto
os biquínis quantos os maiôs, vieram cobrindo mais o
corpo, a exploração de drapeados, franzidos e assimetrias garantiram a sofisticação de uma moda praia
mais glamorosa.
As cores da coleção 2010 forneceram looks monocromáticos (compostos por top e calcinhas da mesma cor) nas estampas. O estilo retrô fica por conta
de listras, Poá e se destacam também florais, tribais
e efeitos marmorizados. Para completar a moda
praia verão 2010, grandes acessórios complementam os visuais, lenços, chapéus, faixas e óculos grandes deixam ainda mais retro a tendência.
Agora é só escolher bem como usar o biquíni certo para o seu corpo.
F
Marlene Cândida Faria
Formada em Fashion Business
pela London Colege
[email protected]
38 Aldeia
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ÁFRICA DO SUL
País
de todas
as cores
Dos vastos desertos às densas florestas
subtropicais, a África do Sul é conhecida pelos
seus extraordinários contrastes cênicos
Elefante african0 - um
dos representates do
“Big Five” passeia
tranquilamente pela
majestosa savana africana
40 Aldeia
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país abrange regiões litorâneas, montanhas, rios, lagos, lagoas, desertos
semi-áridos, imensas savanas e caatingas. Esta riqueza fenomenal de
ambientes naturais sustenta uma variedade incalculável de flora e fauna.
São mais de 290 espécies de animais,
desde o minúsculo musaranho pigmeu até o enorme e imponente elefante africano. Estas atrações naturais privilegiadas em
um pais de infra-estrutura turística altamente avançada – com excelentes hotéis e atendimento eficiente e acolhedor – proporcionam
um incomparável destino turístico, a menos de 8 horas de São Paulo.
O
CAPE TOWN
A bela cidade de Cape Town (“Cidade do Cabo”), situada entre a majestosa Montanha da
Mesa e as águas azuis do Oceano Atlântico, é considerada por muitos como a cidade mais bonita da África e uma das mais belas do Mundo! Fundada em 1652, Cape Town é considerada
ainda como o coração histórico e cultural da África do Sul. É aqui que as embarcações da Companhia Holandesa das Índias Orientais vinham se reabastecer. Os vestígios de arquitetura holandesa são evidentes nos seus castelos e nas suas belas e antigas casas. Esta enorme diversidade cultural resultante das influências dos colonizadores Indonésios, Franceses, Holandeses, Ingleses e Alemães, e das Tribos Locais – dão à Vida de do Cabo o seu caráter único!
BIG FIVE
Um encontro de perto com os “cinco grandes” (elefante, leão, leopardo, rinoceronte negro e
búfalo africano). Um safári fotográfico, é sempre o ponto alto de qualquer viagem a África do Sul.
Hospedado durante duas noites num Game Lodge particular, o hóspede tem direito a pensão
completa e quatro safáris fotográficos, sendo dois por dia; ao amanhecer e ao entardecer quando aumentam as chances de ver os animais.
SUN CITY
Complexo turístico situado entre as montanhas Pilanesburg. Foi idealizado e construído para oferecer puro divertimento 24 horas por dia, sendo conhecido como “a cidade que nunca dorme”. Cassinos, piscinas com ondas artificiais, cinemas, restaurantes, teatros, jogos para crianças e um superbowl, são apenas algumas das principais atrações. Há quatro hotéis entre eles o
The Palace of the Lost City, hotel suntuoso, decorado em grande estilo e famoso por seu luxo e
riqueza evidenciados na decoração com mosaicos e esculturas, tudo trabalhado por artistas. Cativou a curiosidade dos brasileiros ao se auto-intitular “primeiro hotel 6 estrelas do mundo” .
ROTA JARDIM
O percurso costeiro entre Elizabeth e Cape Town, a famosa “Garden Route” (ou “Rota Jardim”)
recebe este nome pela rica vegetação e belas paisagens que se apresentam pelo caminho. Praias
de areias brancas, intercaladas com lagos e lagoas azuis, exuberantes florestas verdes, com as 
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Aldeia
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Cidade do Cabo (Cape Town), uma das
mais belas cidades do mundo, possui
paisagens cinematográficas, praias
parasidíacas, culinária internacional e
arquitetura exuberante. É uma das sedes da
Copa do Mundo de 2010
montanhas de Outeniqua ao fundo. Prática de esportes aquáticos, roteiro das vinícolas, um pouco
de safári, trilhas na floresta e até uma fazenda de
criação de avestruzes são algumas das opções,
com certeza um dos passeios cênicos mais belos do mundo.
Levando em conta a excelente infra-estrutura rodoviária, uma das melhores maneiras de conhecer a região é alugando um carro . As principais atrações são: Mossel Bay, um pequeno porto com um excelente museu onde há uma réplica
da caravela de Bartolomeu Dias; Knysna, uma
charmosa cidadezinha à beira de um lago; e Plettenberg Bay, um sofisticado balneário muito procurado no verão pelos executivos de Johannesburg. Do outro lado das montanhas, vale a pena
conhecer Oudtshoorn, um centro de criação de
avestruzes e ainda conhecer as impressionantes
cavernas de Cango.
Na região da Costa Ocidental, as montanhas
encontram-se perto da linha da costa com as suas
praias, baías e flores selvagens, de cores vivas.
ROTA DO VINHO
Os vinhedos do Cabo são uma das grandes
atrações da África do Sul. Situadas numa região
de paisagens lindas que dá a oportunidade a
amantes de vinho de degustar de alguns dos melhores vinhos do país. Alem disso, a oportunidade
de explorar os Manor Houses (casas senhoriais)
de estilo arquitetônico Cape Dutch (holandesas)
como a de Nederburg. E por fim, poderá desfrutar da saborosa comida numa das muitas propriedades vinícolas que existem nesta rota! As condições meteorológicas do Cabo, chuvas no Inverno
e clima de tipo mediterrâneo juntamente com o tipo de solo, variedade de uvas e tipos de cultivo
utilizados nesta região, são as responsáveis pela
enorme variedade de vinhos na África do Sul (doces, semi-doces, ligeiramente secos e muito secos brancos ou tintos).
A grande maioria das vinícolas são abertas ao
público, algumas oferecem restaurantes, centro
de convenções, teatro arena, alem da degustação dos vinhos da fazenda. Os vinhos podem ser
comprados diretos da fazenda, cujos preços variam de US$3 a US$20,00 dólares.
42 Aldeia
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VIAGENS EM TREM
Rovos Rail – o mais luxuoso trem do mundo.
Leva dois dias para cumprir um roteiro ao longo da
África do Sul, saindo da cidade do Cabo e chegando a Pretoria. Cada um de seus vagões – todos construídos nas primeiras décadas do século
passado – foi resgatado pelo aficionado Rohan Vos
e reformado levando em conta os detalhes. No ultimo vagão do comboio, um exemplar das savanas africanas. No lugar de poltronas, há sofás. Além
disso, conta com um bar aberto 24horas.
Blue Train – destaca-se pela rapidez e elegância. Viaja a 110 kms por hora. O Blue Train faz o
mesmo trajeto do Rovos Rail. Ou seja, segue da Cidade do Cabo a Pretoria – um dos trechos mais bonitos da África do Sul. Só que com muito mais rapidez, em apenas um dia. O segundo vagão, também chamado de panorâmico possui amplas janelas e de todo o
conforto, incluindo bar, bibliotecas. Luxo e conforto também se
mesclam nas suítes privativas.
O vagão do restaurante oferece especialidades africanas em finos serviços de
talheres de pratas e cristais, porcelana chinesa e
flores frescas.
COPA DE 2010
Pela primeira vez na história a Copa do Mundo será disputada em um país do continente africano. São 32 seleções, jogando em 10 cidades diferentes (de 11 de junho a 11 de Julho).
A África do Sul costuma receber eventos desportivos internacionais e desde 1994 tem organizado alguns dos maiores, mas a Copa do Mundo de Futebol da FIFA, o maior evento futebolístico mundial – em termos de audiência televisiva,
maior do que os Jogos Olímpicos – é por si só um marco.
Os jogos da Copa do Mundo da FIFA 2010 vão ser realizados em 10 estádios: dois em Johannesburg e um em cada uma das oito cidades anfitriãs (Cidade do Cabo, Durban,
Pretória, Port Elizabeth, Bloemfontein, Rustenburg, Nelspruit,
Polokwane). Juntos, os 10 estádios irão receber 64 jogos e
ter mais de 570.000 espectadores ao longo da copa.
Cinco desses estádios foram reformados, como a Soccer City, onde será a abertura e a final da Copa.
O restante foi contruido especialmente para o evento.
De Acordo com o comitê de
inspeção da FIFA,o setor hoteleiro na África do Sul é de primeira classe. “Existem camas
suficientes para alojar todos
os que quiserem participar na
Copa do Mundo FIFA 2010,
incluindo imprensa e fãs de todo o mundo.” A
Fotos: Divulgação
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Aldeia
43
®
egistro
por Sandra Camargo
[email protected]
Sandra Camargo, arquiteta e
especialista em paisagismo,
exibe umas das criações de
Jacqueline Terpins, a poltrona
Quatro. “Gosto de usar móveis
da Jacqueline para compor o
ambiente. Dão sempre um
toque diferenciado”
Fotografia: Ivan Erick
46 Aldeia
Ambientação: Armazém da Decoração
novembro / dezembro de 2009
Roupas e acessórios: Bis Wear
Design do
movimento
O trabalho de Jacqueline
Terpins foi consagrado
com o vidro, mas depois
desse material vieram outros.
Seu amadurecimento pôde
ser conferido na 7ª Mostra
Brasileira de Design do
Armazém da Decoração
omo começa a obra criativa da designer
Jacqueline Terpins? Com a busca de projetos, elementos e materiais que vão surpreender ela mesma. A explicação dada
por Terpins é simples: “quanto mais me
surpreendo, maior será o alcance de minha obra”. Com seu jeito decidido e palavras firmes, Terpins compartilhou (expressão que faz questão
de frisar), na noite de 5 de novembro, sua experiência com o vidro, cristal, madeira e corian, material francês, que é uma mistura de minerais naturais e de resina acrílica, com os visitantes
da 7ª Mostra Brasileira de Design, do Armazém da Decoração,
que aconteceu de 6 a 21 de novembro, em Goiânia.
Jacqueline Terpins teve sua formação inicial no Museu
de Arte Moderna (MAM), 1971. Depois disso, pegou ares das
produções de Londres, Carolina do Norte e Seattle. Essa paraibana, radicada em São Paulo, representou o país na exposição “Brasil faz Design”, de Milão, em 1995. Já recebeu
diversos prêmios em design de objetos comemorativos e figurinos. Atualmente, divide-se em criar novas peças e ministrar palestras pelo Brasil.
Durante duas décadas, Jacqueline dedicou-se a dar formas diferenciadas ao vidro e cristal. Exemplo disso, é a poltrona Quatro. A peça, que num primeiro olhar parece simples
junção de partes simétricas de vidro, ganha leveza e unicidade quando observado o equilíbrio das quatro placas iguais do
material. A mesma singularidade é encontrada quando a peça é exibida em vinil ou tecido.
Sua busca pela leveza e movimento continua presente
a mudança de material. Depois de trabalhar com o cristal, que
a consagrou, outras matérias-primas ganharam espaço, como
madeira e estofados. A experimentação de Jacqueline Terpins ganha nova roupagem com a utilização do corian.
Mesmo alternando a matéria de trabalho, suas peças nos
remetem a transparência, consistência e movimento. Exemplo
disso, é a releitura da mesa Besame Mucho, com o corian,
que manteve a ideia insinuante antes obtida com do alumínio
curvado.
C
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Aldeia
47
Os poucos números de apoias nas
peças de madeira traduzem
plasticidade e movimento
48 Aldeia
novembro / dezembro de 2009
Também em corian, a mesa Tapede Voador
tem empolgado admiradores de suas criações
pela inusitada fluidez e flexibilidade. Móvel que
tem se firmado como diferencial na composição
do ambiente. Sinais da natureza, mesmo os mais
simples como gotas de água podem ganhar vida e transformar num inovador desenho de mesa como a D’água. Terpins adianta que para criação dessa peça buscou inspiração em diferentes viagens com culturas e paisagens diversas.
O resultado foi um belíssimo móvel que mescla
organicidade e geometria.
Seja qual for a matéria-prima utilizada por
Jacqueline Terpins, não há como negar sua proposta de transparência, consistência e plasticidade sem deixar de lado a ideia de movimento
constante e balanço. Inovadora sempre. A sinuosidade e mudanças no material de trabalho
são contínuas, e para a alegria de seus admiradores, ela garante que pretende continuar compartilhando sua experiência. Terpins espera continuar espalhando seus passos de criação e execução para ver “desabrochar” seus traços
em diferentes lugares. ®

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