Floresta Estacional Decidual

Transcrição

Floresta Estacional Decidual
Volume II
Floresta Estacional Decidual
Editores
Alexander Christian Vibrans
Lucia Sevegnani
André Luís de Gasper
Débora Vanessa Lingner
Blumenau 2012
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
© Alexander Christian Vibrans, Lucia Sevegnani,
André Luís de Gasper, Débora Vanessa Lingner
(Editores)
UNIVERSIDADE REGIONAL DE
BLUMENAU
Editora da FURB
REITOR
Rua Antônio da Veiga, 140
89012-900 Blumenau-SC, BRASIL
Fone: (47) 3321-0329
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Governo do Estado de Santa Catarina
VICE-REITOR
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CONSELHO EDITORIAL
Revisão: Roberto Belli
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Distribuição: Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
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Edson Luiz Borges
Elsa Cristine Bevian
João Francisco Noll
Jorge Gustavo Barbosa de Oliveira
Roberto Heinzle
Marco Antônio Wanrowsky
Maristela Pereira Fritzen
EDITOR EXECUTIVO
Internet: www.iff.sc.gov.br
Maicon Tenfen
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável
Secretário Paulo Bornhausen
Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina
Presidente Sergio Luiz Gargioni
Serviço Florestal Brasileiro
Diretor-Geral Antônio Carlos Hummel
Universidade Regional de Blumenau
Reitor João Natel Pollonio Machado
Universidade Federal de Santa Catarina
Reitora Roselane Neckel
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina
Presidente Luiz Hessmann
Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme Lei nº 10.994 de 14 de dezembro de 2004.
“Impresso no Brasil / Printed in Brazil”
Floresta Estacional Decidual
Dedicatória
Esta obra é dedicada à memória dos botânicos
Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein
Floresta Estacional Decidual
A
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDS faz chegar à
comunidade técnico-científica o presente trabalho, ciente de sua importância para os
estudos da flora catarinense e do Sul do Brasil.
A edição desta obra objetiva, em parte, reconhecer o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos
10 anos no planejamento, execução e divulgação dos resultados do Inventário Florístico Florestal do
Estado de Santa Catarina e, em parte, apresentar os resultados dos levantamentos de dados sobre a
diversidade de plantas vasculares, composição florística, estrutura e estado de conservação da cobertura
florestal, a diversidade genética de espécies ameaçadas de extinção e a importância socioeconômica e
cultural dos recursos florestais do Estado.
Os resultados deste projeto servirão de base para fomentar a pesquisa científica relacionada à
biodiversidade catarinense, mas acima de tudo constituem um marco no planejamento, formulação e
desenvolvimento de uma Política Florestal Sustentável para o Estado de Santa Catarina.
Diversas ações do Estado, como o Zoneamento Ecológico Econômico, o Programa de Pagamento
por Serviços Ambientais e as atividades de monitoramento, fiscalização e conservação ambiental do
Estado, possuem agora sólida base para seu desenvolvimento.
A execução deste trabalho esteve a cargo da Universidade Regional de Blumenau (FURB), da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão
Rural de Santa Catarina (EPAGRI), incentivado e financiado pela FAPESC, tendo a Diretoria de
Saneamento e Meio Ambiente da SDS reunido as condições para sua publicação.
Paulo Bornhausen
Secretário de Estado do
Desenvolvimento Econômico Sustentável
Alexander Christian Vibrans
Editores
Lucia Sevegnani
André Luís de Gasper
Débora Vanessa Lingner
É
com enorme prazer que publicamos os resultados do Inventário Florístico Florestal
de Santa Catarina (IFFSC), conduzido numa parceria entre a Universidade Regional
de Blumenau (FURB), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Empresa de
Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI). Esse estudo recebeu apoio
financeiro do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado
de Santa Catarina (FAPESC).
O IFFSC foi conduzido por uma equipe multidisciplinar que percorreu quase a totalidade do
território catarinense, excetuando-se apenas áreas extremamente íngremes e de difícil acesso, com o
intuito de inventariar seus remanescentes florestais e gerar uma sólida base de dados. Estas informações
servem de subsídios para a formação de políticas públicas voltadas à conservação das florestas
catarinenses e para adoção de medidas concretas do uso sustentável dos recursos florestais.
O manejo sustentável de uma floresta permite que ela gere renda sem comprometer sua
biodiversidade ou outros aspectos importantes de seu tipo de cobertura vegetal. Permite, também,
destacar a importância de manter áreas de proteção integral, como a criação de Unidades de Conservação,
a fim de preservar a biodiversidade relevante existente nestas áreas. O IFFSC define áreas prioritárias
a serem recuperadas, sinaliza para ecossistemas degradados que merecem serem recompostos e aponta
para a necessidade premente da elaboração do zoneamento econômico-ecológico das atividades
extrativistas do Estado, conduzindo a mecanismos que permitam pagar pelos serviços ambientais em
Santa Catarina.
O Inventário proporcionou trabalhar na identificação genética de algumas espécies ameaçadas
de extinção e/ou de relevância econômica. Com isto foi possível estudar as espécies e áreas que
apresentavam maior diversidade, bem como identificar as populações que apresentavam alta similaridade
entre si, sendo, por conseguinte, mais ameaçadas de extinção.
Dentro do escopo da proposta do IFFSC, foi dada ênfase à avaliação socioeconômica e cultural
dos recursos florestais – especialmente das espécies ameaçadas de extinção, através de entrevistas
realizadas com as comunidades locais de cada região catarinense.
No total, foram investidos mais de R$ 5,3 milhões de recursos públicos em mais de 5 anos de
pesquisa científica. A divulgação destes resultados à comunidade é de suma importância. Os últimos
dados datavam das décadas de 1950 e 1960, com um nível de detalhamento e cobertura bem mais
carentes.
Esse Inventário utilizou metodologia compatível com a proposta do Inventário Florestal
Nacional, garantindo a integração dos resultados obtidos com os dados de outros Estados da Nação.
Santa Catarina apresenta-se como pioneira neste tipo de estudo, no entanto, se faz necessário
que seja dada a devida importância aos resultados destacados pelo IFFSC e que seja dada continuidade
na melhoria e atualização de seus dados.
Sergio Luiz Gargioni
Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa
e Inovação de Santa Catarana
Floresta Estacional Decidual
O
s recursos florestais ganharam enorme importância nos últimos anos, notadamente após
a Rio92, e, desde então, em decorrência de suas convenções, como a da Diversidade
Biológica e das Mudanças do Clima. A sua importância é hoje reconhecida por uma
gama de bens e serviços que podem gerar, muito além do que apenas a produção de madeira. Os
serviços ambientais decorrentes das florestas, tais como a conservação da biodiversidade e a regulação
do clima, ganharam o mundo e a simpatia da sociedade. No âmbito nacional, as florestas também têm
ganhado enorme espaço nas discussões e atenções da sociedade. A cada dia observa-se uma demanda
maior por políticas públicas que conciliem a necessidade de conservação das florestas com as demandas
da sociedade, seja por seus produtos e serviços, seja pelo espaço que as florestas ocupam, competindo
com outros usos da terra.
A produção de informações e conhecimento sobre os recursos florestais nunca foi tão necessária
para dosar, de forma equilibrada, a formulação de políticas que incidem sobre regiões, biomas e,
muitas vezes, sobre todo o país, influenciando os padrões de uso da terra. No caso do Brasil, a situação
merece ainda maior atenção, uma vez que cerca de 60% de seu extenso território ainda são cobertos por
florestas. No entanto, também é fato conhecido, que, nos últimos anos, maior atenção tem sido dada à
perda de florestas, o desmatamento, pela perda de biodiversidade e pelo aumento de emissões de gases
do efeito estufa que causa. Reduzir a perda de florestas é de fato importante, mas conhecer melhor as
florestas de que ainda dispomos é um pré-requisito fundamental para a sua conservação. Como país,
estamos trabalhando para que o Inventário Florestal Nacional seja realidade e uma política de Estado
consolidada e estruturada para produzir informações sobre as florestas de todo o país a cada cinco anos.
Ao longo dos últimos anos, o caminho para a construção dessa política tem-se mostrado árduo, pois,
de certa forma, é difícil mostrar o seu valor com resultados concretos, antes que estejam disponíveis,
sobretudo para aqueles que tomam decisões estratégicas e precisam crer na sua utilidade.
Santa Catarina iniciou, de forma pioneira, a implementação de seu Inventário Florístico
Florestal para atender a uma demanda da própria sociedade, motivada por proteger espécies ameaçadas
e, além disso, dispor de recursos para a sua gestão, agora e no futuro. Tendo como estrutura básica
a metodologia nacional proposta para o Inventário Florestal Nacional, Santa Catarina concluiu com
êxito essa importante tarefa, produzindo informações ainda mais detalhadas sobre as suas florestas.
Desde a área, a distribuição e as condições de suas florestas até a distribuição da diversidade genética
das espécies consideradas mais importantes, os resultados apresentados nesta publicação são a prova
concreta de até onde se pode chegar com a produção de informações sobre os recursos florestais, para
o uso estratégico e em benefício da sociedade.
Trata-se de um conjunto de dados tão precioso que certamente ainda servirá para a geração
de conhecimento por anos à frente, refinando e proporcionando novas leituras sobre o que se tem
e o que deve ser feito para conservar as florestas do estado. Para o Inventário Florestal Nacional,
ainda em implementação em outros estados, o exemplo de Santa Catarina demonstra aonde podemos
chegar com a produção de informações florestais sobre todo o país. São os resultados concretos que nos
faltavam para avançar e convencer. Estão de parabéns todas as instituições estaduais que trabalharam
nesse projeto, todos os pesquisadores, gestores públicos, funcionários, profissionais e estudantes que
dedicaram o seu tempo e o seu talento para produzir um resultado tão importante para Santa Catarina,
tão importante para o Brasil.
Joberto Veloso de Freitas
Diretor de Pesquisa e Informações do
Serviço Florestal Brasileiro
Alexander Christian Vibrans
Editores
Lucia Sevegnani
André Luís de Gasper
Débora Vanessa Lingner
A
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano
(1992), teve como principal tema a discussão sobre o desenvolvimento sustentável
e sobre como reverter o processo de degradação ambiental. Reuniu 117 governantes
de países que buscavam encontrar soluções para diminuir desigualdades sociais e enfrentar a crise
da biodiversidade. A contribuição acadêmica foi extensa e inúmeros documentos foram produzidos,
ressaltando questões e serviços essenciais da biodiversidade, sem os quais a vida na Terra torna-se
comprometida: equilíbrio do clima, qualidade e quantidade de água, produção de alimentos, bem-estar
humano, entre outros.
Após a assinatura da Convenção de Diversidade Biológica (CDB), foram iniciadas discussões
sobre as possíveis alternativas para reverter o quadro crítico da questão ambiental na escala planetária.
Mudanças climáticas, uso sustentável de recursos e a conservação da biodiversidade tornaram-se os
pontos centrais da agenda global. A CDB fomentou a criação de tratados e outros instrumentos que
orientam políticas sobre conhecimento, conservação e uso sustentável da biodiversidade. Para plantas,
um dos principais mecanismos propostos a partir da CDB, foi a Estratégia Global para Conservação
de Plantas (GSPC). Sua versão atualizada (ver http://www.plants2020.net/implementing-the-gspctargets/) possui cinco objetivos e 16 metas destinadas a buscar o consenso e facilitar sinergias nos
níveis global, nacional e regional, de forma a impulsionar o conhecimento, a conservação e o uso
sustentável de plantas de 2011 a 2020.
Considerando que o alcance dos objetivos e metas da GSPC, requer a geração de conhecimento
e de informações científicas em bases acessíveis, pode-se afirmar que os resultados alcançados pelo
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina – IFFSC conferem ao estado de Santa Catarina uma
situação privilegiada, não só pela quantidade e qualidade dos dados e informações atualizadas sobre
sua flora, como também por facilitar o alcance das metas da GSPC e das diretrizes estabelecidas
pela Política Nacional de Biodiversidade. O histórico de busca de conhecimento sobre sua flora, que
remonta do Plano de Coleções de R. Reitz (1965), o Inventário Florestal Nacional na década de 1980
e os resultados advindos do IFFSC, permitirão ao estado fundamentar suas políticas públicas com base
em dados científicos, embasando as tomadas de decisões relativas ao uso e à conservação da flora,
permitindo um planejamento territorial adequado, conciliando assim, as políticas de desenvolvimento
social e econômico. Além de ampliar o conhecimento sobre as espécies, permitem avaliar o estado de
conservação das espécies e ecossistemas, assim como as potencialidades de utilização e recuperação de
espécies de valor econômico do estado.
Os dados e as informações da cobertura dos remanescentes florestais, do uso e da diversidade
genética das espécies de valor econômico registrados pelo IFFSC, contribuem de forma efetiva para
que o estado possa avaliar de forma cientifica e consistente, o risco de extinção das espécies e assim,
orientar as ações de conservação, das Metas 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 da GSPC. Com estes exemplos da
importância do IFFSC, o Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina consolida-se como um
exemplo a ser seguido por outros estados brasileiros.
Gustavo Martinelli
Coordenador do Centro Nacional de Conservação da Flora
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Floresta Estacional Decidual
Agradecimentos
O Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina não teria sido realizado sem a contribuição
de um grande número de pessoas que, com entusiasmo e perseverança apoiaram a ideia de realizar o
inventário das florestas catarinenses e fizeram com que os inúmeros obstáculos que este empreendimento
enfrentou fossem superados.
Agradecemos aos Governadores do Estado de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira e João
Raimundo Colombo, ao Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo
Bornhausen, aos Presidentes da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (FAPESC)
Antônio Diomário de Queiroz e Sergio Luiz Gargioni, aos Diretores de Pesquisa Agropecuária,
Zenório Piana e de Pesquisa Científica e Inovação da FAPESC, Mario Vidor, ao Diretor de Pesquisa
e Informações do Serviço Florestal Brasileiro, Joberto Veloso de Freitas; às gerentes de projetos da
FAPESC, Adriana Dias Trevisan e Caroline Heidrich Seibert; aos Gerentes Florestais da Secretaria de
Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Maria Eliza Martorano Bathke (in memoriam) e Silvio Tadeu
de Menezes (in memoriam); à CAPES pelo apoio financeiro para a editoração deste livro.
Um especial agradecimento devemos às equipes de trabalho do IFFSC e aos proprietários
das florestas inventariadas; às primeiras, pelo entusiasmo, pelo incansável empenho e pela seriedade
e responsabilidade com que realizaram o levantamento dos dados em campo, seu processamento e
sua análise, sob condições muitas vezes adversas; aos segundos pela generosidade, compreensão e
confiança com que abriram as portas de suas propriedades para as nossas equipes de trabalho.
Agradecemos à administração da Universidade Regional de Blumenau que sempre atendeu às
demandas do projeto e tornou possíveis trâmites administrativos às vezes inéditos.
Aos consultores externos agradecemos pela cooperação e pela revisão dos manuscritos, aos
taxonomistas pela valiosa e indispensável colaboração na identificação de mais de 20.000 exsicatas.
Alexander Christian Vibrans
Lucia Sevegnani
André Luís de Gasper
Débora Vanessa Lingner
Floresta Estacional Decidual
Sumário
Apresentação do IFFSC...................................................................................................................... 17
Equipe executora IFFSC..................................................................................................................... 18
1 Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina................ 25
2 Amostragem dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.................... 33
2.1 Introdução.................................................................................................................................. 34
2.2 Análise estatística dos dados dendrométricos levantados......................................................... 42
2.2.1 Representatividade da amostragem realizada..................................................................... 43
2.2.2 Variabilidade de dados entre grupos florísticos e bacias hidrográficas.............................. 54
2.3 Estimativa das variáveis dendrométricas para a Floresta Estacional Decidual......................... 57
2.3.1 Estimativa das variáveis dendrométricas por espécie......................................................... 63
2.3.2 Estimativa das variáveis dendrométricas por Unidade Amostral....................................... 65
2.4 Discussão...................................................................................................................................75
3 Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina ...........................................................................................................................81
3.1 Introdução.................................................................................................................................. 82
3.2 Modelos para estimativa da altura total das árvores................................................................. 82
3.2.1 Metodologia........................................................................................................................ 82
3.2.2 Resultados........................................................................................................................... 84
3.3 Modelos para estimativa do volume do fuste com casca das árvores....................................... 94
3.3.1 Metodologia........................................................................................................................ 94
3.3.2 Resultados........................................................................................................................... 98
3.4 Modelos para estimativa do peso seco total das árvores......................................................... 106
3.4.1 Metodologia...................................................................................................................... 106
3.4.2 Resultados......................................................................................................................... 108
4 Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina...............................................115
4.1 Introdução................................................................................................................................ 116
4.2 Metodologia............................................................................................................................ 117
4.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 117
4.3.1 Resultado do componente arbóreo/arbustivo e regeneração natural................................ 119
4.3.2 Resultado do levantamento florístico extra...................................................................... 121
4.3.3 Esforço amostral............................................................................................................... 121
5 Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina....................... 129
5.1 Introdução................................................................................................................................ 130
5.2 Metodologia............................................................................................................................ 131
5.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 132
6 Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.......... 143
6. 1 Introdução............................................................................................................................... 144
6.2 Metodologia............................................................................................................................ 144
6.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 145
6.3.1 Florística do componente arbóreo/arbustivo.................................................................... 145
6.3.2 Análise fitossociológica do componente arbóreo/arbustivo............................................. 156
7 Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.....................................167
7.1 Introdução................................................................................................................................ 168
7.2 Metodologia............................................................................................................................ 169
7.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 171
7.3.1 Análise florística............................................................................................................... 171
7.3.2 Análise fitossociológica da regeneração natural das bacias hidrográficas do Leste......... 179
7.3.3 Análise fitossociológica da regeneração natural das bacias hidrográficas do Oeste......... 184
8 Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina..........................................................................................................................................191
8.1 Introdução................................................................................................................................ 192
8.2 Metodologia............................................................................................................................ 192
8.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 193
8.3.1 Distribuições diamétricas gerais....................................................................................... 193
8.3.2 Distribuição diamétrica por Unidade Amostral................................................................ 194
8.3.3 Distribuição diamétrica por espécie................................................................................. 202
9 Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina................................... 213
9.1 Introdução................................................................................................................................ 214
9.2 Metodologia............................................................................................................................ 215
9.3 Resultados............................................................................................................................... 216
9.3.1 Análise discriminatória..................................................................................................... 216
9.3.2 Caracterização dos estádios sucessionais......................................................................... 217
10 Considerações finais sobre a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina........................... 229
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual................................................. 236
Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare........................... 257
Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual.............. 269
Apêndice IV: Distribuição diamétrica por espécie da Floresta Estacional Decidual........................ 283
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual....... 291
Floresta Estacional Decidual
Apresentação do IFFSC
Um inventário florestal tem por finalidade obter dados qualitativos e quantitativos dos recursos
florestais de uma determinada área, fornecendo aos gestores desta área informações básicas para o
planejamento de atividades de manejo e conservação das florestas. Realizado em escala regional ou
nacional, o inventário subsidia a tomada de decisão num nível mais amplo; fundamenta o direcionamento
de políticas públicas relativas ao uso e à conservação dos recursos florestais e a adoção de medidas
concretas para sua implementação.
A realização de um inventário florestal em Santa Catarina foi motivada pelas Resoluções nº
278/2001 e nº 309/2002 do CONAMA, que vincularam autorizações para corte e exploração de espécies
ameaçadas de extinção, constantes da lista oficial, em populações naturais no bioma Mata Atlântica, à
elaboração de “critérios técnicos, baseados em inventário florestal que garantam a sustentabilidade da
exploração e a conservação genética das populações”.
Após ampla discussão do seu escopo e de sua metodologia, o objetivo do Inventário Florístico
Florestal de Santa Catarina (IFFSC) foi então ampliado, no sentido de gerar uma sólida base de dados
para fundamentar políticas públicas que visem a efetiva proteção das florestas nativas mediante a adoção
de medidas de conservação, recuperação e utilização dos recursos florestais, além de um planejamento
territorial adequado.
O inventário foi realizado pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa
Catarina (EPAGRI), com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina
(FAPESC) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) no período entre 2007 e 2011 e teve como objetivos
específicos:
- Caracterizar a composição florística e estrutura dos remanescentes florestais por meio de um
inventário sistemático e detalhado;
- Caracterizar a diversidade e estrutura genética de populações de espécies ameaçadas empregando
marcadores alozímicos;
- Realizar um levantamento socioambiental por meio de entrevistas, focado nos usos tradicionais
dos recursos florestais e na percepção da população rural;
- Criar uma estrutura que permite a todas as pessoas o acesso às informações obtidas através do
uso da internet.
Neste Volume II são apresentados os resultados dos estudos realizados na Floresta Estacional
Decidual no período entre 2008 e 2010, através do Convênio 16.603/2008-0, firmado entre a FAPESC
e a Universidade Regional de Blumenau.
A metodologia de todos os levantamentos do IFFSC está detalhadamente descrita no Volume I
desta obra e foi abordada apenas resumidamente no presente volume. Foi objetivo publicar, além dos
resultados de análises qualitativas e quantitativas dos dados coletados, listas de espécies e tabelas com
dados de variáveis dendrométricas e fitossociológicas por espécie, por unidade amostral e por classe de
diâmetro, para futuras consultas e para possibilita a realização de novos estudos.
No Volume I são apresentados os resultados gerais para Santa Catarina, no contexto das três
regiões fitoecológicas, além dos resultados dos estudos genéticos, sócioambientais e outros correlatos.
O Volume III é dedicado aos resultados obtidos na Floresta Ombrófila Mista e o Volume IV aos da
Floresta Ombrófila Densa. O Volume V aborda as plantas epifíticas da Floresta Ombrófila Densa e o
Volume VI contem um guia de campo para identificação de epífitas. No Volume VII serão abordadas as
espécies raras e ameaçadas de extinção.
Informações atualizadas estão disponíveis no portal do IFFSC: www.iff.sc.gov.br
17
Alexander Christian Vibrans
Editores
Lucia Sevegnani
André Luís de Gasper
Débora Vanessa Lingner
Equipe executora IFFSC
A equipe do IFFSC foi formada por integrantes das seguintes instituições executoras:
Universidade Regional de Blumenau (FURB), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e
Empresa de Pesquisa e Extensão Agropecuária de Santa Catarina (EPAGRI). Esta equipe contou com
a valiosa colaboração dos proprietários das florestas inventariadas e dos consultores e taxonomistas
externos, oriundos de várias instituições entre universidades e instituições de pesquisa brasileiras e
estrangeiras.
Coordenador institucional:
Eng. Agron. MSc. Sílvio Tadeu de Menezes (Secretaria de Agricultura e da Pesca) (in memoriam)
Equipe da Universidade Regional de Blumenau (FURB)
Coordenação
Alexander Christian Vibrans
Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Regional de Blumenau
Equipe científica
Floresta Estacional Decidual
Anita Stival dos Santos
Bióloga
Annete Bonnet
Bióloga, Dra. (Epífitas)
Carlos Anastácio Júnior
Engenheiro Florestal
Eduardo Brogni
Engenheiro Florestal, MSc.
Guilherme Klemz
Engenheiro Florestal
Jaison Leandro
Engenheiro Florestal
Juliane Luzia Schmitt
Bióloga (Epífitos)
Marcela Braga Godoy
Bióloga
Marcio Verdi
Biólogo
Ronnie Schmitt
Engenheiro Florestal
Susana Dreveck
Bióloga
Volnei Rodrigo Pasqualli
Engenheiro Florestal
Alexandre Uhlmann
Biólogo, Dr., Embrapa Florestas
Tiago João Cadorin
Biólogo (Epífitos)
Annete Bonnet
Bióloga, Dra., Embrapa Florestas
César Pedro Lopes de Oliveira
Rapelista
Julio Cesar Refosco
Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Regional de Blumenau
Eder Caglioni
Rapelista
Karin Esemann de Quadros
Bióloga, Dra., Universidade Regional de Blumenau
Raphael Borsoi Saulo
Escalador
Lauri Amândio Schorn
Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Regional de Blumenau
Renato Schmitz
Escalador
Lucia Sevegnani
Bióloga, Dra., Universidade Regional de Blumenau
Simone Silveira
Escaladora
Marcos Eduardo Guerra Sobral
Biólogo, Dr., Universidade Federal de São João del Rei
Felipe Borsoi Saulo
Escalador
Moacir Marcolin
Engenheiro Florestal, MSc., Universidade Regional de Blumenau
José Francisco Torres
Escalador
Ademar Hilton Kniess
Auxiliar de campo
Consultores externos
Ary Teixeira de Oliveira Filho
Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Federal de Minas Gerais
Aline Luíza Tomazi
Auxiliar de campo
Daniel Piotto
Engenheiro Florestal, Dr., Serviço Florestal Brasileiro
Ary Francisco Mohr Filho
Auxiliar de campo
Doádi Antônio Brena
Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Federal de Santa Maria
Bruna Grosch
Auxiliar de campo
Ernestino Guarino
Engenheiro Florestal, Dr., Embrapa Acre
Caroline Cristofolini
Auxiliar de campo
João André Jarenkow
Biólogo, Dr., Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Claus Leber
Auxiliar de campo
Solon Jonas Longhi
Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Federal de Santa Maria
Deunízio Stano
Auxiliar de campo
Ronald E. McRoberts
Matemático, Dr., U.S. Forest Service, Saint Paul, Minnesota
Diego Henrique Klettenberg
Auxiliar de campo
Vanilde Citadini-Zanette
Bióloga, Dra., Universidade do Extremo Sul Catarinense
Douglas Meyer
Auxiliar de campo
Yeda Maria Malheiros de Oliveira
Engenheira Florestal, Dra., Embrapa Florestas
Eduardo Francisco Pedro
Auxiliar de campo
Emílio Boing
Auxiliar de campo
Equipes de campo
Alexandre Korte
Biólogo
Eusébio Afonso Welter
Auxiliar de campo
Andres Krüger
Engenheiro Florestal
Evair Legal
Auxiliar de campo
André Luís de Gasper
Biólogo, MSc.
Francisco Estevão Carneiro
Auxiliar de campo
18
19
Alexander Christian Vibrans
Editores
Lucia Sevegnani
André Luís de Gasper
Débora Vanessa Lingner
Floresta Estacional Decidual
Francys João Balestreri
Auxiliar de campo
Adilson Luiz Nicoletti
Bolsista, Engenharia Florestal
Hélio Tomporowski
Auxiliar de campo
Ary Gustavo Brignoli Wolff
Bolsista, Engenharia Florestal
Herison José de Melo
Auxiliar de campo
Bruno Burkhardt
Bolsista, Engenharia Florestal
Jair Ivan Rodrigues da Fonseca
Auxiliar de campo
Camila Mayara Gessner
Bolsista, Engenharia Florestal
Luís Cláudio
Auxiliar de campo
Carla Marcolla
Bolsista, Engenharia Florestal
Marcelo Devid Ferreira Silva
Auxiliar de campo
Cláudia Mariana Kirchheim da Silva
Bolsista, Engenharia Florestal
Marco Antônio Florêncio
Auxiliar de campo
Débora Cristina da Silva
Bolsista, Engenharia Florestal
Naiara Maria Bruggemann
Auxiliar de campo
Diego Knoch Sampaio
Bolsista, Engenharia Florestal
Otávio Júnior Jeremias
Auxiliar de campo
Eder de Lima
Bolsista, Engenharia Florestal
Pedro Rodrigues dos Santos
Auxiliar de campo
Gabriel Eduardo Marroquin Choto
Bolsista, Engenharia Florestal
Rafaela Tamara Marquardt
Auxiliar de campo
Helena Koch
Bolsista, Engenharia Florestal
Reginaldo José de Carvalho
Auxiliar de campo
João Paulo de Maçaneiro
Bolsista, Engenharia Florestal
Ricardo Zimmermann
Auxiliar de campo
Luana Silveira e Silva
Bolsista, Engenharia Florestal
Robson Carlos Avi
Auxiliar de campo
Maiara Jade Panca
Bolsista, Engenharia Florestal
Rony Paolin Hasckel
Auxiliar de campo
Morgana dos Santos Neckel
Bolsista, Engenharia Florestal
Sabrina De Moraes Clems
Auxiliar de campo
Murilo Schramm da Silva
Bolsista, Engenharia Florestal
Simone de Andrade
Auxiliar de campo
Raphaela Noêmia Dutra
Bolsista, Engenharia Florestal
Valdir de Oliveira
Auxiliar de campo
Sivonir Ricardo Fuchs
Bolsista, Engenharia Florestal
Heitor Felipe Uller
Bolsista Engenharia Florestal
Stefanie Cristina De Souza
Bolsista, Engenharia Florestal
Jefferson Tachini
Bolsista Engenharia Florestal
Thiago Michael Barth
Bolsista, Engenharia Florestal
Paulo Roberto Lessa
Bolsista Engenharia Florestal
Alexandre Amilton de Oliveira
Bolsista, Engenharia Florestal
Regiane Richartz
Bolsista Engenharia Florestal
Daniel Augusto da Silva
Bolsista, Engenharia Florestal
Deise Clarice Melchioretto
Bolsista Engenharia Florestal
Kathlen Heloise Pfiffer
Bolsista, Engenharia Florestal
Diego Marcos Feldhaus
Bolsista Engenharia Florestal
Herbário
Eron Marcus Santos
Bolsista Engenharia Florestal
André Luís de Gasper
Biólogo, MSc.
Leila Meyer
Bióloga
Processamento de dados
Débora Vanessa Lingner
Engenheira Florestal, MSc.
Morilo José Rigon Jr.
Biólogo
Deisi Cristini Sebold
Engenheira Florestal
Alciane Cé Valim
Bolsista, Ciências Biológicas
Karine Heil Soares
Engenheira Florestal
Aline Haverroth
Bolsista, Ciências Biológicas
Shams Sabbagh
Engenheiro Florestal
Arthur Vinícius Rodrigues
Bolsista, Ciências Biológicas
Suélen Schramm Schaadt
Engenheira Florestal, MSc.
Camila Bernadete Ptermann
Bolsista, Ciências Biológicas
Vilmar Orsi
Analista de Sistemas
Emily Daiana do Santos
Bolsista, Ciências Biológicas
Paolo Moser
Matemático
Heitor Felipe Uller
Bolsista, Engenharia Florestal
Adam Henry Marques Gonçalves
Bolsista, Engenharia Florestal
Itamara Kureck
Bolsista, Nutrição
20
21
Alexander Christian Vibrans
Editores
Lucia Sevegnani
André Luís de Gasper
Débora Vanessa Lingner
Floresta Estacional Decidual
Kamila Vieira
Bolsista, Ciências Biológicas
Ariane Luna Peixoto
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Mariana Sara Custódio
Bolsista, Ciências Biológicas
Armando Cervi
Universidade Federal do Paraná
Nayara Lais de Souza
Bolsista, Ciências Biológicas
Denilson Fernandes Peralta
Instituto de Botânica de São Paulo
Thiago Alberto Beckhauser
Bolsista, Ciências Biológicas
Eliane de Lima Jacques
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Vanessa Bachmann
Bolsista, Ciências Biológicas
Elsie Guimarães
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Erik Koiti Okiyama Hattori
Universidade Federal de Minas Gerais
Alunos de Pós-graduação
André Luís de Gasper
Biologia Vegetal, Universidade Federal de Minas Gerais
Fábio de Barros
Instituto de Botânica de São Paulo
Anita Stival dos Santos
Botânica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Gustavo Martinelli
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Cláudia Fontana
Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau
Hilda Longhi-Wagner
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Débora Vanessa Lingner
Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau
João Aranha
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Mariana
Eder Caglioni
Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná
João Renato Stehmann
Universidade Federal de Minas Gerais
Eduardo Brogni
Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau
Leandro Giacomin
Universidade Federal de Minas Gerais
Gisele Müller Amaral
Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau
Lidyanne Aona
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Gustavo Antonio Piazza
Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau
Lúcia Lohmann
Universidade de São Paulo
Marcelo Bucci
Engenharia Florestal, Universidade Regional de Blumenau
Luciano Moreira Ceolin
Universidade Federal do Paraná
Marcio Verdi
Botânica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Mara Rejane Ritter
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Paolo Moser
Engenharia Florestal, Universidade Regional de Blumenau
Marcus Nadruz
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Suélen Schramm Schaadt
Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau
Maria de Fátima Freitas
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Talita Macedo Maia
Engenharia Florestal, Universidade Regional de Blumenau
Maria Leonor Del Rei
Universidade Federal de Santa Catarina
Maria Salete Marchioretto
Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS
Administração
Dirce Harnisch
Auxiliar administrativo
María Silvia Ferrucci
Instituto de Botánica del Nordeste
Maria José Santana Barros
Auxiliar administrativo
Massimo Bovini
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Regiane Patrícia de Souza
Auxiliar administrativo
Mizue Kirizawa
Instituto de Botânica
Solange Maria Krug
Auxiliar administrativo
Rafael Trevisan
Universidade Federal de Santa Catarina
Taysa Cristina Nardes
Auxiliar administrativo
Rafaela Campostrini Forzza
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Regina Andreata
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Taxonomistas
Adriana Lobão
Universidade Federal Fluminense
Renato Goldenberg
Universidade Federal do Paraná
Alain Chautems
Conservatoire et Jardin botanique de la Ville de Genève
Rodrigo Augusto Camargo
Universidade Estadual de Campinas
Alexandre Quinet
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Alexandre Salino
Universidade Federal de Minas Gerais
Alice Calvente
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Ana Cláudia Fernandes
Universidade Federal de Minas Gerais
Ana Odete Santos Vieira
Universidade Estadual de Londrina
Andrea Costa
Museu Nacional do Rio de Janeiro
23
Capítulo
1
Floresta Estacional Decidual
Extensão original e remanescentes da Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina1
Original and present forest cover of Seasonal
Deciduous Forest in Santa Catarina
Alexander Christian Vibrans, Ronald Edward McRoberts,
Débora Vanessa Lingner, Adilson Luiz Nicoletti, Paolo Moser
Resumo
De acordo com o mapa fitogeográfico de Klein, a Floresta Estacional Decidual cobria em Santa Catarina
7.670 km² ou 8% do território. A Floresta Ombrófila Densa cobria aproximadamente 31% e a Floresta
Ombrófila Mista 45%, enquanto os campos cobriam 14% e outras formações 2%. A cobertura florestal
atual foi estimada com base na avaliação da acuracidade de quatro recentes mapeamentos e nos dados de
campo do IFFSC. Estes mapas foram elaborados por instituições governamentais e não-governamentais
entre 2005 e 2009, a partir da interpretação de imagens orbitais multiespectrais de resolução espacial
média. Os resultados, no entanto, mostraram grandes discrepâncias, com estimativas de cobertura
florestal que variam entre 9,6% e 24,6% para a Floresta Estacional Decidual. Considerando vários
parâmetros estatísticos de uma amostragem aleatória simples bem como de estimativas baseadas em
modelagem com tendências ajustadas pelos dados terrestres do IFFSC, chegou-se a uma estimativa de
1.231 km² com um intervalo de confiança relativamente grande compreendido entre 733 e 1.730 km²,
equivalentes a uma cobertura florestal de 16,1% para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
A fragmentação dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual é maior do que nas demais regiões
fitoecológicas no estado, com fragmentos de até 50 hectares representando 89% do total dos fragmentos
e 52% de toda área coberta por florestas.
Abstract
According to Klein’s phytogeographic map, Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina originally
covered 7,670 km² or 8% of the state’s territory. Dense Ombrophylous Forest covered nearly 31% and
Mixed Ombrophylous Forest 45%, while natural grasslands covered 14% and other formations 2%.
The present forest cover was estimated based on an accuracy assessment of four recent cover maps
using IFFSC ground data. The maps were produced by governmental and non-governmental institutions
between 2005 and 2009, based on classification of medium resolution imagery. Large discrepancies of
forest cover of Seasonal Deciduous Forest were observed, ranging from 9.6% to 24.6%. Considering
different statistic parameters of plot-based, simple random sampling and bias adjusted model-assisted
estimates, the present forest area is estimated in 1,231 km² with a relatively large 95% confidence
interval, ranging from 733 to 1,730 km². This estimated forest area represents a current forest cover of
16.1% within the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Fragmentation of forests in Seasonal
Deciduous Forest was more intense than otherwere in Santa Catarina, with small forest remnants
(<50ha) representing 89% of all forest remnants and 52% of total forest area.
Vibrans, A.C.; McRoberts, R.E.; Lingner; D.V. Nicoletti, A.L.; Moser, P. 2012. Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de
Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.
1
25
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
1 | Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
O Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina utiliza como divisão fitogeográfica do estado
aquela proposta por Klein (1978). De acordo com seu mapa fitogeográfico (Figura 1.1), a região
fitoecológica da Floresta Estacional Decidual cobria originalmente uma área de aproximadamente
7.946km², equivalente a 8% da superfície do estado, enquanto a Floresta Ombrófila Mista cobria 45%,
os Campos Naturais 14% e a Floresta Ombrófila Densa 31% (Tabela 1.1).
SC/FATMA, com base em classificação não-supervisionada de imagens multiespectrais dos satélites
SPOT-4 e SPOT-5 do ano de 2005 (Geoambiente 2008). Os resultados destes dois levantamentos,
bem como os do projeto PROBIO/MMA (Vicens & Cruz 2008) e do Atlas 2008 (Fundação SOS
Mata Atlântica 2009), foram validados com os dados de campo do IFFSC por Vibrans et al. (2013),
baseado em metodologia de McRoberts (2010; 2011) e são apresentados na Tabela 1.2. Os valores
da cobertura florestal remanescente tanto de Santa Catarina, como da área originalmente coberta pela
Floresta Estacional Decidual variam de acordo com cada mapeamento. A validação com dados de
campo do IFFSC mostrou que os mapeamentos Atlas 2008 e PROBIO/MMA subestimaram a extensão
dos remanescentes, enquanto os mapas LCF/SAR e PPMA-SC/FATMA superestimaram a cobertura
remanescente. Considerando um conjunto de parâmetros estatísticos e os trabalhos de campo do
IFFSC, é possível afirmar que, baseado no mapeamento Atlas 2008 (Fundação SOS Mata Atlântica
2009) e com probabilidade de 95%, a cobertura florestal remanescente em 2008 na Floresta Estacional
Decidual era de 1.231,10 km² (equivalentes a 16,1% de sua área original), com um intervalo de
confiança entre 732,71 e 1.729,89 km² (equivalente a uma cobertura florestal entre 9,6 e 22,6%) para
um nível de probabilidade de 95% (Vibrans et al. 2013). Nas Figuras 1.2 a 1.5 foram reproduzidos os
remanescentes florestais de acordo com os arquivos originais dos levantamentos citados, gentilmente
cedidos ao IFFSC pelos responsáveis das respectivas instituições executoras.
Tabela 1.2. Remanescentes florestais em Santa Catarina e da Floresta Estacional Decidual; p̂ SRS = Área e percentual
de cobertura florestal equivalente à proporção da amostragem aleatória simples;
= Área e percentual de cobertura
florestal ajustada a partir de matriz de erro considerando os dados de campo do IFFSC, de acordo com Vibrans et al. (2013).
Table 1.2. Forest cover of Santa Catarina and of Seasonal Deciduous Forest. p̂ SRS = estimation of forest cover using simple
random sampling (SRS);
= Model assisted forest cover estimation based on IFFSC ground data, according to Vibrans
et al. (2013).
Base de dados e ano de
referência
Figura 1.1. Mapa fitogeográfico do estado de Santa Catarina (Klein 1978).
Figure 1.1. Phytogeographic map of Santa Catarina (Klein 1978).
IFFSC (campo; 2008/10)
Tabela 1.1. Extensão original das regiões fitoecológicas em Santa Catarina, de acordo com Klein (1978).
Table 1.1. Original extension of vegetation types in Santa Catarina, according to Klein (1978).
Região Fitoecológica
Superfície original em km²
Percentual da superfície do estado
Floresta Ombrófila Densa
29.282,00
30,71
Floresta Ombrófila Mista
42.851,56
44,94
Campos Naturais
13.543,00
14,20
Floresta Estacional Decidual
7.670,57
8,04
Outras (Restinga, Manguezais)
1.999,05
2,10
95.346,18
100
Total
LCF/SAR (2003/04)
PROBIO (2000)
Atlas 2008 (2008)
PPMA (2005)
Santa Catarina
Estimador
Área (km2)
%
Área (km2)
%
p̂ SRS
26.337, 8
27,8
1.250,6
16,3
p̂ SRS
35.498,7
37,2
1.749,3
22,8
31.326,2
32,9
1.921,4
25,0
25.680,3
26,9
737,2
9,6
30.563,0
32,1
1.600,1
20,9
21.340,7
22,4
798,3
10,4
27.555,0
28,9
1.231,3
16,1
39.531,2
41,5
1.887,8
24,6
35.092,3
36,8
1.813,2
23,6
p̂ SRS
p̂ SRS
p̂ SRS
Para identificar os remanescentes florestais a serem amostrados foi realizado o mapeamento
dos remanescentes florestais e do uso do solo através de interpretação visual de imagens orbitais
multiespectrais dos satélites Landsat-5 TM e Landsat-7 ETM+ dos anos de 2003 e 2004 LCF/SAR (SAR
2005). Além destes dados, o IFFSC utilizou o mapeamento temático realizado pelo projeto PPMA26
Floresta Estacional Decidual
27
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Figura 1.2. Mapa dos remanescentes florestais de Santa Catarina “LCF/SAR” (SAR 2005).
Figure 1.2. “LCF/SAR” forest cover map of Santa Catarina (SAR 2005).
Figura 1.3. Mapa dos remanescentes florestais de Santa Catarina “Atlas 2008” (Fundação SOS Mata Atlântica
2009).
Figure 1.3. “Atlas 2008” forest cover map of Santa Catarina (Fundação SOS Mata Atlântica 2009).
28
1 | Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Figura 1.4. Mapa dos remanescentes florestais de Santa Catarina “PROBIO” (Cruz & Vicens 2007).
Figure 1.4. “PROBIO” forest cover map of Santa Catarina (Cruz & Vicens 2007).
Figura 1.5. Mapa dos remanescentes florestais de Santa Catarina “PPMA-SC/FATMA” (Geoambiente 2008).
Figure 1.5. “PPMA-SC/FATMA” forest cover map of Santa Catarina (Geoambiente 2008).
29
1 | Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Analisando a frequência dos fragmentos florestais por classe de tamanho na Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina (Tabela 1.3), percebe-se que a cobertura florestal atual está altamente
fragmentada. Isto significa que os fragmentos pequenos com área de até 20 hectares representam 60%
do número total dos fragmentos mapeados e aqueles com até 50 hectares somam 89% dos fragmentos
(“Atlas 2008”). Fragmentos maiores que 200 hectares são raramente encontrados e áreas contínuas com
mais de 500 hectares são raríssimas. Este processo de fragmentação ocorreu de forma mais intensiva
na Floresta Estacional Decidual do que na Floresta Ombrófila Mista e na Floresta Ombrófila Densa,
como mostra a Figura 1.6. Enquanto na Floresta Estacional Decidual fragmentos de até 50 hectares de
área somam 52% do total da área coberta por florestas, no estado de Santa Catarina a média é de 14%.
Considerando os remanescentes até 200 hectares, aqui são 78% e na média estadual 28%, baseado nas
informações extraídos do mapeamento “Atlas 2008” (Fundação SOS Mata Atlântica 2009) que obteve
o melhor desempenho na avaliação de uma série parâmetros estatísticos, quando comparado com os
dados de campo do IFFSC (Vibrans et al. 2013).
Tabela 1.3. Número de fragmentos florestais mapeados na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina e percentual do
total acumulado de acordo com os quatro mapeamentos avaliados.
Table 1.3. Number of forest fragments mapped by four thematic maps and percentage of accumulated number of fragments.
LCF/SAR
%
<5
1.018
19,1
2.776
34,0
331
12,0
959
45,6
5 a 10
1.374
44,9
1.985
58,3
442
28,0
283
59,1
10 a 20
1.213
67,7
1.387
75,3
892
60,3
288
72,8
20 a 50
1.042
87,3
1.139
89,2
814
89,9
297
86,9
Referências
50 a 100
396
94,7
469
94,9
204
97,2
162
94,6
100 a 200
188
98,2
241
97,9
55
99,2
80
98,4
Cruz, C.B.M.; Vicens, R.S. 2007. Levantamento da Cobertura Vegetal Nativa do Bioma
Mata Atlântica. Relatório Final. Rio de Janeiro. IESB/IGEO/UFRJ/UFF.
200 a 500
75
99,6
122
99,4
14
99,7
26
99,7
500 a 1.000
12
99,9
28
99,7
3
99,9
2
99,8
7
100,0
23
100,0
4
100,0
5
100,0
2.759
2.102
Classe (ha)
> 1.000
Total
5.325
8.170
%
ATLAS
2008
%
PROBIO
%
Figura 1.6. Número de fragmentos da Floresta Estacional Decidual e área acumulada dos fragmentos em
percentual da área total, por classe de tamanho (ha), para Santa Catarina, Floresta Estacional Decidual (FED),
Floresta Ombrófila Mista (FOM) e Floresta Ombrófila Densa (FOD), de acordo com “Atlas 2008” (Fundação
SOS Mata Atlântica 2009).
PPMA-SC/
FATMA
Figure 1.6. Number of forest fragments of Seasonal Deciduous Forest and accumulated area as percentage of
total forest area, by size class (ha) for Santa Catarina, Seasonal Deciduous Forest (FED), Mixed Ombrophylous
Forest (FOM) and Dense Ombrophylous Forest (FOD), according to “Atlas 2008” (Fundação SOS Mata
Atlântica 2009).
Fundação SOS Mata Atlântica. 2009. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica,
período 2005-2008. Relatório Final. São Paulo. Fundação SOS Mata Atlântica/ Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais.
Geoambiente Sensoriamento Remoto Ltda. 2008. Projeto de Proteção da Mata Atlântica em
Santa Catarina (PPMA/SC). Relatório Técnico do Mapeamento Temático Geral do Estado de Santa
Catarina. São José dos Campos. Geoambiente.
Klein, R.M. 1978. Mapa fitogeográfico do Estado de Santa Catarina. In: Reitz, R. (ed.).
Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí. Herbário Barbosa Rodrigues.
McRoberts, R.E. 2010. Probability- and model-based approaches to inference for proportion
forest using satellite imagery as ancillary data. Remote Sensing of Environment 114: 1015-1025.
McRoberts, R.E. 2011. Satellite image-based maps: scientific inference or pretty pictures?
Remote Sensing of Environment 115: 715-724.
SAR. Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de Santa Catarina. 2005. Inventário
Florístico Florestal de Santa Catarina. Relatório do Projeto Piloto. Florianópolis. SAR (mimeo).
Vibrans, A.C.; McRoberts, R.E.; Moser, P.; Nicoletti, A. 2013. Using satellite image-based
maps and ground inventory data to estimate the remaining Atlantic forest in the Brazilian state of Santa
Catarina. Remote Sensing of Environment 130: 87-95.
30
31
Capítulo
2
Floresta Estacional Decidual
Amostragem dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina1
Sampling of Seasonal Deciduous Forest remnants in Santa Catarina
Alexander Christian Vibrans, Paolo Moser,
João Paulo de Maçaneiro, Débora Vanessa Lingner,
Luana Silveira e Silva
Resumo
Na área da Floresta Estacional Decidual foram instaladas, nas interseções de uma grade de 5 x 5 km, 78 Unidades
Amostrais, formadas por conglomerados compostos por quatro subunidades de 1.000 m² (20 x 50 m) de área cada
uma. Estas Unidades Amostrais foram implantadas em áreas onde pelo menos um dos dois mapas temáticos
disponíveis na época indicava a existência de florestas. O número de Unidades Amostrais foi suficiente para
estimar número de árvores, área basal, volume do fuste e peso seco com uma margem de erro de 10% e
uma probabilidade de acerto de 95%. O esforço amostral também foi adequado para registrar a riqueza de
espécies na região de estudo, de acordo com a curva de rarefação, baseada na relação espécie/área amostral.
Diferenças de número de indivíduos, área basal, volume e peso seco entre as regiões florísticas e entre as
bacias hidrográficas foram analisadas. Variáveis dendrométricas como DAP, altura do fuste, altura total, área
basal, volume do fuste e peso seco foram calculados com seus intervalos de confiança para toda a Floresta
Estacional Decidual e para cada Unidade Amostral baseada na variabilidade intra-conglomerado dos dados.
Os seguintes valores médios foram obtidos: número de indivíduos com DAP ≥ 10 cm (460 ind.ha-1), riqueza
de espécies (38,4 Unidade Amostral-1), DAP (19,55 cm), altura do fuste (5,0 m), altura total (10,0 m), área
basal (21,29 m².ha-1), volume do fuste (84,01 m³.ha-1), peso seco das árvores vivas com DAP ≥ 10 cm (135,92
Mg.ha-1), peso seco das árvores mortas em pé (DAP ≥ 10 cm) (4,28 Mg.ha-1), estoque de carbono das árvores
vivas (67,96 Mg.ha-1) e estoque de carbono das árvores mortas em pé (2,14 Mg.ha-1).
Abstract
Within the study area of Seasonal Deciduous Forest, field crews installed 78 Sample Plots in the form of a
cluster of four crosswise 1,000 m² subplots (20 x 50 m) at the intersections of a 5 x 5 km grid in areas predicted
to have forest cover according to at least one of the two forest cover maps available when the inventory was
conducted. As a result, number of Sample Plots was sufficient to allow estimates within a 10% error bound
with 95% probability (α=0.05) for tree density, basal area, stem volume and total biomass. The conducted
sampling effort also resulted in effective measurement of species richness, based on species-area relationship
and sample-based rarefaction curves. Differences of tree density, basal area, stem volume and total biomass
between floristic regions and main watersheds in the study region were assessed. Descriptive statistics for tree
density, species richness, tree diameter and height, basal area, stem volume and biomass were calculated for
each Sample Plot (based on intra-plot data variability), for each tree species and for the whole study region.
The following mean values were computed: tree density (460 ind.ha-1), species richness (38.4 Sample Plot-1),
DBH (19.55 cm), stem height (5.0 m), total height (10.0 m), basal area (21.29 m².ha-1), stem volume (84.01
m³.ha-1), living tree (DBH ≥ 10 cm) biomass (135.92 Mg.ha-1), dead standing tree (DBH ≥ 10 cm) biomass
(4.28 Mg.ha-1), living tree carbon stock (67.96 Mg.ha-1) and standing dead tree carbon stock (2.14 Mg.ha-1).
Vibrans, A.C.; Moser, P., Maçaneiro, J.P. de; Lingner, D.V.; Silveira e Silva, L. 2012. Amostragem dos remanescentes da Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico
Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.
1
33
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
2.1 Introdução
O Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina utilizou o processo de amostragem de
múltiplas ocasiões com possibilidade de repetição total da amostragem, com distribuição sistemática
das Unidades Amostrais, a partir de uma rede de pontos sistematizados (grade), com distância de 10
x 10 km, cobrindo todo o estado (Capítulo 2 do Volume I). Este procedimento resultaria na instalação
de 16 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual, número considerado insuficiente para
atender os requisitos e objetivos do IFFSC. A utilização, no entanto, de uma grade com distância de
5 x 5 km resultou em 112 pontos amostrais, nos quais foram instaladas 78 Unidades Amostrais, o
que permitiu amostrar de forma suficiente essa região fitoecológica, considerando ainda o alto grau
de fragmentação dos seus remanescentes. A proposta constituiu, ao mesmo tempo, uma quantidade
operacionalmente viável de Unidades Amostrais. A seleção das Unidades Amostrais foi realizada a
partir de uma estratificação preliminar em floresta e não-floresta, baseada em interpretação de imagens
orbitais (SAR 2005; Geoambiente 2008). Adotou-se, inicialmente, para a definição do termo “floresta”
o conceito da FAO (2008): terras com área mínima de 0,5 ha, árvores com altura > 5 m e cobertura
das copas ≥ 10%. No decorrer do inventário, no entanto, percebeu-se que, ao utilizar imagens orbitais
multiespectrais de média resolução espacial (Landsat-5, Landsat-7 e Spot-4) para o mapeamento dos
remanescentes e, assim, para a escolha dos pontos amostrais, o termo “floresta” deveria ser definido,
embora, de fato, a posteriori, de maneira diferente: em consonância com Ribeiro et al. (2009) e Vibrans
et al. (2013), o IFFSC amostrou áreas cobertas por vegetação arbórea contínua com altura do dossel >
10 m e idade > 15 anos, envolvendo assim todas as formações secundárias incluídas nestes limites, pois
são estas as formações florestais detectáveis com imagens de média resolução. Plantações de espécies
florestais exóticas não são incluídas nesta definição, nem pomares, quebra-ventos e outras culturas
agrícolas perenes.
Unidades Amostrais que, apesar de estarem localizadas fora dos limites da Floresta Estacional
Decidual, indicados por Klein (1978), mostraram uma composição de espécies característica desta
região fitoecológica (Unidade Amostral 398, 435, 438, 487, 494, 537, 597, 712, 918), estão incluídas no
grupo das 78 Unidades Amostrais atribuídas à Floresta Estacional Decidual e ao ecótono com a Floresta
Ombrófila Mista. Unidades localizadas dentro dos limites, porém com composição florística remetendo
à Floresta Ombrófila Mista, foram atribuídas a esta região fitoecológica e não à Floresta Estacional
Decidual (Unidade Amostral 483, 529, 677, 727, 830, 886, 1190, 1191, 1980). O método de amostragem foi o de Área Fixa em Unidades Amostrais (conglomerados)
compostas por quatro subunidades perpendiculares a partir de um ponto central (Figura 2.1). Cada
Unidade Amostral foi composta por uma área total de 4.000 m², constituído por quatro subunidades,
com área de 1.000 m² cada, medindo 20 m de largura e 50 m de comprimento, orientadas na direção
dos quatro pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste), mantendo, cada uma, 30 m de distância do
centro da Unidade Amostral, com área de inclusão de 2,56 ha. Cada subunidade de 20 m x 50 m,
constituída por 10 unidades básicas de 10 x 10 m (100 m²), foi destinada ao levantamento de todos os
indivíduos com diâmetro à altura do peito (DAP) maior ou igual a 10 cm. Destes, foram registradas as
suas coordenadas x e y dentro da subunidade, de modo a possibilitar o processamento dos dados com
base na unidade básica de 100 m², bem como facilitar o controle de qualidade do trabalho de campo e
futuras remedições. As variáveis levantadas foram: espécies, número de fustes, o(s) DAP(s) (através
da medição do(s) CAP(s)), a altura do fuste, altura total, qualidade do fuste, sanidade da árvore e a sua
posição sociológica. Cada subunidade contém uma subparcela de 5 x 5 m, destinada ao levantamento
da regeneração natural, considerando as plantas com altura ≥ 1,50 m e DAP < 10 cm; nesta subparcela
foram registrados, além de indivíduos regenerantes de espécies do dossel, também espécimes exclusivas
do sub-bosque. As variáveis levantadas foram a espécie e a altura total da planta.
34
Figura 2.1. Unidade Amostral (conglomerado) do IFFSC para a Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figure 2.1. Sample Plot (cluster) of IFFSC used in Seasonal Deciduous
Forest in Santa Catarina.
Além das unidades regulares da referida grade foi instalada uma Unidade Amostral
“complementar” em floresta supostamente bem conservada (Unidade Amostral 6005 no município de
Palma Sola). As demais formações florestais, principalmente as formações iniciais de sucessão, não
foram detectadas pelos mapeamentos utilizados. Estas constituem, em conjunto com árvores esparsas
e plantios em linha (quebra-ventos, aleias), os recursos florestais chamados “fora da floresta” (FAO
2008) e foram amostrados por meio de uma grade de pontos com distância de 20 x 20 km, resultando
em outras 27 Unidades Amostrais.
A Figura 2.2 e as Tabelas 2.1 a 2.4 mostram a localização de todas as Unidades Amostrais
instaladas, bem como aquelas que foram descartadas por motivos diversos. Entre estes motivos constam
a falta ou a reduzida área de cobertura florestal no local, a falta de autorização dos proprietários para
realizar o levantamento ou dificuldades de acesso.
35
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Figura 2.2. Localização das Unidades Amostrais instaladas e descartadas do IFFSC na Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina.
Figure 2.2. Localization of installed and cancelled Sample Plots by IFFSC in Seasonal Deciduous Forest in Santa
Catarina.
Tabela 2.1. Unidades Amostrais (UA) levantadas por município, microregião e bacia hidrográfica na Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina.
Table 2.1. Installed Sample Plots by municipality, district and watershed in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
UA
Município
Microregião
Bacia
Hidrográfica
Coordenadas UTM
E
S
398
Capinzal
Joaçaba
Rio do Peixe
443.836
435
Concórdia
Concórdia
Rio Jacutinga
438
Ouro
Joaçaba
487
Concórdia
494
Altitude
(m)
Data do
levantamento
6.973.454
717
21/11/2008
399.059
6.983.036
702
21/01/2009
Rio do Peixe
425.803
6.983.583
779
23/11/2008
Concórdia
Rio Jacutinga
398.974
6.993.215
768
20/01/2009
Herval d’Oeste
Joaçaba
Rio do Peixe
461.633
6.993.681
808
22/11/2008
537
Guatambu
Chapecó
Rio Chapecó
318.560
7.002.272
480
20/01/2009
597
Chapecó
Chapecó
Rio Chapecó
336.161
7.012.905
724
25/01/2009
712
Xanxerê
Xanxerê
Rio Chapecó
353.879
7.032.686
700
24/03/2009
918
Anchieta
Rio das Antas
272.537
7.071.222
830
23/03/2009
941
Anita Garibaldi
Rio Pelotas
487.998
6.923.741
784
22/01/2009
São Miguel
do Oeste
Campos de
Lages
36
Bacia
Hidrográfica
Coordenadas UTM
E
S
Rio Canoas
470.158
Rio Canoas
Curitibanos
Celso Ramos
1318
Altitude
(m)
Data do
levantamento
6.938.759
627
28/01/2009
470.204
6.943.782
749
16/12/2008
Rio Canoas
474.309
6.943.847
707
19/03/2009
Campos de
Lages
Rio Canoas
457.295
6.948.493
742
30/01/2009
Campos Novos
Curitibanos
Rio Canoas
448.156
6.953.621
657
17/03/2009
1388
Zortéa
Curitibanos
Rio Canoas
439.371
6.958.683
661
18/03/2009
1461
Piratuba
Concórdia
Rio do Peixe
421.438
6.963.447
615
31/03/2009
1536
Alto Bela Vista
Concórdia
Rio do Peixe
403.611
6.968.242
450
27/11/2008
1542
Capinzal
Joaçaba
Rio do Peixe
430.205
6.968.500
584
01/04/2009
1616
Peritiba
Concórdia
Rio do Peixe
412.475
6.973.357
611
29/11/2008
1618
Ipira
Concórdia
Rio do Peixe
421.275
6.973.438
653
01/12/2008
1619
Ipira
Concórdia
Rio do Peixe
425.822
6.973.398
575
29/11/2008
1693
Concórdia
Concórdia
Rio Jacutinga
403.562
6.978.412
548
26/11/2008
1694
Concórdia
Concórdia
Rio Jacutinga
407.993
6.978.330
511
25/11/2008
1703
Campos Novos
Curitibanos
Rio do Peixe
447.956
6.978.002
585
20/11/2008
1770
Chapecó
Chapecó
Rio Chapecó
332.205
6.982.532
605
22/01/2009
1774
Concórdia
Concórdia
Rio Jacutinga
381.104
6.983.216
608
27/11/2008
1775
Concórdia
Concórdia
Rio Jacutinga
385.676
6.983.131
503
28/11/2008
1787
Ouro
Joaçaba
Rio do Peixe
439.191
6.983.723
647
19/11/2008
1859
Paial
Concórdia
Rio Irani
349.979
6.987.736
470
04/02/2009
1861
Itá
Concórdia
Rio Jacutinga
359.234
6.988.064
540
23/02/2009
1864
Seara
Concórdia
Rio Jacutinga
372.063
6.988.039
531
17/12/2008
1869
Concórdia
Concórdia
Rio Jacutinga
394.548
6.988.291
741
27/11/2008
1959
Chapecó
Chapecó
Rio Irani
345.228
6.993.131
666
23/01/2009
UA
Município
1123
Celso Ramos
1187
Celso Ramos
1188
Campos Novos
1249
Microregião
Campos de
Lages
Campos de
Lages
37
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
UA
Município
Microregião
Bacia
Hidrográfica
Coordenadas UTM
E
S
Altitude
(m)
Data do
levantamento
UA
Município
Microregião
Bacia
Hidrográfica
Coordenadas UTM
E
S
1965
Seara
Concórdia
Rio Jacutinga
372.210
6.992.971
620
29/01/2009
2425
Xavantina
Concórdia
Rio Irani
363.075
1970
Concórdia
Concórdia
Rio Jacutinga
394.361
6.993.287
530
25/11/2008
2510
Tunápolis
224.837
6.995.536
259
14/02/2009
2512
Tunápolis
Rio
Peperi-Guaçu
Rio
Peperi-Guaçui
246.973
6.995.906
309
11/02/2009
2515
Iporã do Oeste
Rio Irani
354.319
6.997.760
546
02/02/2009
São Miguel
do Oeste
São Miguel
do Oeste
São Miguel
do Oeste
2051
Itapiranga
2056
São João do
Oeste
São Miguel
do Oeste
São Miguel
do Oeste
Rio
Peperi-Guaçu
Rio
Peperi-Guaçu
2077
Seara
Concórdia
2530
2079
Seara
Concórdia
Rio Irani
363.136
6.997.964
471
11/12/2008
2081
Seara
Concórdia
Rio Jacutinga
372.159
6.997.955
687
27/01/2009
2083
Arabutã
Concórdia
Rio Jacutinga
381.153
6.998.121
497
24/11/2008
2088
Concórdia
Concórdia
Rio Jacutinga
403.378
6.998.237
652
26/11/2008
2099
Luzerna
Joaçaba
Rio do Peixe
452.327
6.998.543
704
18/11/2008
Altitude
(m)
Data do
levantamento
7.012.816
649
25/03/2009
233.380
7.015.545
380
18/02/2009
242.337
7.015.904
393
17/02/2009
Rio das Antas
255.800
7.016.095
372
04/03/2009
Nova Itaberaba Chapecó
Rio Chapecó
322.933
7.017.429
590
02/03/2009
2531
Chapecó
Chapecó
Rio Chapecó
327.281
7.017.360
604
27/02/2009
2623
Santa Helena
São Miguel
do Oeste
Rio
Peperi-Guaçu
237.670
7.020.842
373
19/02/2009
2645
Coronel Freitas Chapecó
Rio Chapecó
335.998
7.022.546
479
04/03/2009
2987
Ipuaçu
Xanxerê
Rio Chapecó
349.292
7.037.756
542
05/05/2009
3082
Barra Bonita
São Miguel
do Oeste
Rio das Antas
260.240
7.041.324
467
19/03/2009
3097
Quilombo
Chapecó
Rio Chapecó
326.939
7.042.293
592
02/04/2009
3197
São Miguel da
Boa Vista
Chapecó
Rio das Antas
273.202
7.046.369
352
09/03/2009
3309
Romelândia
Rio das Antas
272.983
7.051.350
559
03/03/2009
Rio das Antas
259.192
7.056.491
464
05/03/2009
Rio das Antas
268.275
7.056.227
610
07/03/2009
2100
Herval d’Oeste
Joaçaba
Rio do Peixe
456.893
6.998.537
742
18/11/2008
2101
Ibicaré
Joaçaba
Rio do Peixe
461.379
6.998.462
762
20/11/2008
São Miguel
do Oeste
São Miguel
do Oeste
São Miguel
do Oeste
Rio
Peperi-Guaçu
234.066
Rio das Antas
251.213
7.001.269
338
05/03/2009
Rio das Antas
260.529
7.001.403
341
09/03/2009
3414
Barra Bonita
2166
Itapiranga
7.000.984
340
12/02/2009
São Miguel
do Oeste
São Miguel
do Oeste
São Miguel
do Oeste
2170
Mondaí
2172
Mondaí
2179
Palmitos
Chapecó
Rio Chapecó
291.781
7.001.697
320
29/01/2009
3416
Romelândia
2194
Seara
Concórdia
Rio Irani
363.244
7.002.815
651
15/12/2008
3427
São Lourenço
do Oeste
Chapecó
Rio Chapecó
317.882
7.057.519
738
01/04/2009
2195
Seara
Concórdia
Rio Irani
367.862
7.002.599
866
12/12/2008
3520
Anchieta
São Miguel
do Oeste
Rio das Antas
259.530
7.061.399
524
27/05/2009
2216
Ibicaré
Joaçaba
Rio do Peixe
461.150
7.003.378
713
22/11/2008
2281
Tunápolis
Rio
Peperi-Guaçu
233.654
7.005.866
250
13/02/2009
2287
Mondaí
São Miguel
do Oeste
São Miguel
do Oeste
Rio das Antas
260.358
7.006.012
292
06/03/2009
2294
São Carlos
Chapecó
Rio Chapecó
291.739
7.006.971
396
26/01/2009
2310
Xavantina
Concórdia
Rio Irani
363.172
7.007.828
898
20/02/2009
2406
Caibi
Chapecó
Rio das Antas
278.138
7.011.882
430
07/03/2009
38
Tabela 2.2. Unidade Amostral (UA) “complementar” levantada por município, microregião e bacia hidrográfica na Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table.2.2. Complementary Sample Plot installed in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
UA
Município
Microregião
Bacia
Hidrográfica
Coordenadas UTM
E
S
6005
Palma Sola
São Miguel do
Oeste
Rio das Antas
262.987
39
7.069.866
Altitude
(m)
Data do
levantamento
709
13/05/2009
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 2.3. Unidades Amostrais (UA) descartadas por município e bacia hidrográfica, com motivo do descarte. 1 =
descartado no escritório com base em imagens Google Earth; 2 = acesso negado pelo proprietário; 3 = cultura agrícola; 4 =
reflorestamento; 5 = Terra Indígena; 6 = fragmento muito pequeno; 7 = outro motivo.
Table 2.3. Cancelled Sample Plots by municipality and watershed with cancelling reason. 1= cancelled at office based on
Google Earth images; 2 = access denied by landowner; 3 = agriculture; 4 = forest plantation; 5 = indigenous land; 6 = very
small forest remnant; 7 = others.
Coordenadas UTM
E
S
UA
Município
Microregião
Bacia
Hidrográfica
546
Lindóia do
Sul
Concórdia
Rio Jacutinga
398.878
7.003.186
25/11/2008
7
Rio Canoas
465.977
6.938.751
2008
1
Rio Canoas
492.601
6.943.781
2008
1
Campos de
1122 Celso Ramos
Lages
Abdon
1192
Curitibanos
Batista
Data do
Motivo do
levantamento Descarte
1316 Zortéa
Curitibanos
Rio Canoas
439.276
6.953.602
2008
1
1541 Piratuba
Concórdia
Rio do Peixe
425.856
6.968.483
2008
1
1691 Concórdia
Concórdia
Rio Jacutinga
394.628
6.978.225
27/11/2008
2
Coordenadas UTM
E
S
Microregião
Bacia
Hidrográfica
Chapecó
Rio Chapecó
304.942
7.017.032
2008
1
Chapecó
Rio Chapecó
322.743
7.022.283
03/03/2009
4
2985 Entre Rios
Xanxerê
Rio Chapecó
340.431
7.037.478
06/05/2009
5
3075 Paraíso
São Miguel
d’Oeste
Rio PeperiGuaçu
228.437
7.040.558
2008
1
3096 Quilombo
Chapecó
Rio Chapecó
322.463
7.042.225
2008
1
3196 Romelândia
São Miguel
d’Oeste
Rio das Antas
268.647
7.046.344
2008
1
3211 Quilombo
Chapecó
Rio Chapecó
335.828
7.047.391
2008
1
Chapecó
Rio Chapecó
335.763
7.052.377
30/03/2009
6
263.891
7.061.221
04/03/2009
3
268.375
7.061.303
2008
1
268.285
7.066.290
2008
1
UA
Município
2526 Saudades
2642
3323
Coronel
Freitas
Santiago do
Sul
3521 Anchieta
São Miguel do
Rio das Antas
Oeste
São Miguel
Rio das Antas
d’Oeste
São Miguel
Rio das Antas
d’Oeste
1776 Concórdia
Concórdia
Rio Jacutinga
390.131
6.983.172
2008
1
1780 Concórdia
Concórdia
Rio Jacutinga
407.949
6.983.317
25/11/2008
7
1949 Mondaí
São Miguel do
Rio das Antas
Oeste
251.817
6.991.149
14/02/2009
2
1982 Joaçaba
Joaçaba
Rio do Peixe
447.995
6.993.519
2008
1
São Miguel
d’Oeste
São Miguel
d’Oeste
Rio PeperiGuaçu
Rio PeperiGuaçu
229.298
7.000.658
2008
1
242.690
7.000.942
2008
1
UA
2192 Arvoredo
Concórdia
Rio Irani
354.261
7.002.745
30/01/2009
6
258
Celso Ramos
Rio Canoas
470.541
2215 Luzerna
Joaçaba
Rio do Peixe
456.876
7.003.522
22/11/2008
6
393
Concórdia
Rio Jacutinga
2217 Ibicaré
Joaçaba
Rio do Peixe
465.798
7.003.549
2008
1
Rio PeperiGuaçu
Capinzal
Rio do Peixe
2280 Itapiranga
São Miguel
d’Oeste
397
229.190
7.005.646
2008
1
474
2290 Caibi
Chapecó
Rio das Antas
273.844
7.006.534
07/03/2009
2
2309 Arvoredo
Concórdia
Rio Irani
358.666
7.007.781
25/03/2009
3
Iporã do
2399
Oeste
Iporã do
2402
Oeste
São Miguel
d’Oeste
São Miguel
d’Oeste
Rio das Antas
246.952
7.011.007
2008
1
Rio das Antas
260.353
7.011.271
2008
1
2410 São Carlos
Chapecó
Rio Chapecó
296.087
7.011.904
27/01/2009
2
2423 Xaxim
Xanxerê
Rio Irani
354.144
7.012.715
24/03/2009
7
2165 Itapiranga
2168
São João do
Oeste
40
3522 Anchieta
3616 Anchieta
Data do
Motivo do
levantamento Descarte
Tabela 2.4. Unidades Amostrais (UA) “fora-da-floresta” levantadas por município, microregião e bacia hidrográfica na
Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table 2.4. “Out-of-forest” installed Sample Plots by municipality, district and watershed in Seasonal Deciduous Forest in
Santa Catarina.
Bacia
Hidrográfica
Coordenadas UTM
E
S
Altitude (m)
Data do
levantamento
6.934.266
730
18/07/2011
399.122
6.973.277
389
14/04/2011
434.725
6.973.517
585
18/04/2011
Itapiranga
Rio Peperi-Guaçu 238.436
6.990.874
185
22/03/2011
475
Palmitos
Rio das Antas
274.115
6.991.566
250
24/03/2011
477
Caxambu do Sul
Rio Chapecó
309.788
6.992.177
362
24/03/2011
479
Chapecó
Rio Chapecó
327.625
6.992.423
423
30/03/2011
485
Arabutã
Rio Jacutinga
381.139
6.993.062
651
30/03/2011
586
Tunápolis
Rio Peperi-Guaçu 238.018
7.010.822
287
22/03/2011
Município
41
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
UA
Município
Bacia
Hidrográfica
Coordenadas UTM
S
E
Altitude (m)
Data do
levantamento
588
Iporã do Oeste
Rio das Antas
255.892
7.011.173
352
22/03/2011
590
Caibi
Rio das Antas
273.754
7.011.520
280
24/03/2011
592
Cunhataí
Rio Chapecó
291.616
7.011.833
339
25/03/2011
594
Águas de Chapecó
Rio Chapecó
309.486
7.012.116
330
24/03/2011
598
Xaxim
Rio Irani
345.214
7.012.606
613
28/03/2011
699
Belmonte
Rio Peperi-Guaçu 237.595
7.030.768
446
22/03/2011
701
Descanso
Rio das Antas
255.499
7.031.124
448
23/03/2011
705
Saudades
Rio Chapecó
291.275
7.031.782
448
25/03/2011
707
Pinhalzinho
Rio Chapecó
309.187
7.032.063
401
25/03/2011
709
Quilombo
Rio Chapecó
327.077
7.032.312
327
28/03/2011
711
Marema
Rio Chapecó
344.969
7.032.543
545
28/03/2011
813
Paraíso
Rio Peperi-Guaçu 237.184
7.050.721
520
23/03/2011
815
Barra Bonita
Rio das Antas
255.116
7.051.078
369
23/03/2011
821
Irati
Rio Chapecó
308.884
7.051.994
558
26/03/2011
823
Santiago do Sul
Rio Chapecó
326.801
7.052.258
702
26/03/2011
2.2.1 Representatividade da amostragem realizada
A questão de que a amostragem realizada é representativa para a população amostrada é de
suma importância na avaliação dos resultados de um inventário florestal. Esta representatividade foi
avaliada de duas maneiras, através do cálculo da suficiência amostral com base na variabilidade dos
dados quantitativos mensurados, bem como por meio da avaliação da curva espécie-área.
Suficiência amostral para a Floresta Estacional Decidual
O cálculo da suficiência amostral feito a partir da variabilidade dos dados mensurados baseouse em Péllico & Brena (1997), com detalhamento no Volume I.
O cálculo do número de parcelas mínimas a serem inventariadas foi feito tomando-se como
α = 0, 05 e baseando-se na variabilidade (por Unidade Amostral) do número de indivíduos, área basal
total, volume do fuste com casca total e peso seco total. Conforme citado na metodologia, utilizou-se o
processo de amostragem aleatória simples com estimativa por razão, visto que as Unidades Amostrais
possuem áreas distintas entre si, porque nem sempre foi possível implantar a área de amostragem
prevista de 4.000 m², devido ao tamanho reduzido do fragmento amostrado ou devido a impedimentos
físicos diversos.
a
, onde
A
é a fração de amostragem propriamente dita, é a área inventariada e é a área total populacional.
Pode-se considerar infinita uma população, daqual menos do que 2% da área total populacional
tenha sido amostrada. Para a Floresta Estacional Decidual, obteve-se α = 28 ha e A=123.100,30
ha, o que caracteriza uma fração f ≅ 0, 02% , confirmando a suposição de população infinita. Para
esta situação, a intensidade (suficiência) amostral, em função da variabilidade de uma determinada
O indicador que permite realizar esta classificação é a fração de amostragem, dada por f =
n
variável
, é dada por
, dado que r =
, onde
∑X
i =1
n
∑Y
i =1
916
São José do Cedro
Rio das Antas
254.736
7.071.026
543
23/03/2011
924
Jupiá
Rio Chapecó
326.537
7.072.199
536
31/03/2011
4303
Seara
Rio Jacutinga
363.295
6.992.872
379
14/04/2011
2.2 Análise estatística dos dados dendrométricos levantados
Neste capítulo será abordada a análise estatística das 78 Unidades Amostrais da grade de 5 x 5
km implantadas nos remanescentes da Floresta Estacional Decidual. Em consequência dos resultados
das análises estatísticas do Volume I, que mostraram a inexistência de diferenças significativas entre as
subunidades para as variáveis a) número de espécies, b) número de indivíduos e c) área basal em 80%
das Unidades Amostrais. O conglomerado com suas subunidades foi tratado como uma única Unidade
Amostral para realização das estimativas das variáveis dendrométricas por unidade de área.
42
i
.
i
Todas as estimativas foram realizadas utilizando-se 10% como limite de erro amostral. Na
Tabela 2.5 são apresentados os resultados dos cálculos da intensidade de amostragem.
Tabela 2.5. Número de Unidades Amostrais necessárias para alcançar erro amostral de 10% (E) com probabilidade de
α=0,05 na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table 2.5. Sample size required to estimate means with 10% error bound (E) at probability α=0,05 in Seasonal Deciduous
Forest in Santa Catarina.
Unidades Amostrais necessárias
Variável
Número de indivíduos (ind.ha-1)
30
Área basal total (m2.ha-1)
42
Volume do fuste total (m3.ha-1)
56
Peso seco total (Mg.ha-1)
73
43
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Sabendo-se que, ao todo, foram inventariadas 78 Unidades Amostrais para a Floresta Estacional
Decidual, concluiu-se que o levantamento é substancialmente suficiente para a realização de estimativas
relativas às variáveis dendrométricas, apresentadas a diante, neste Volume.
Curvas de rarefação para a Floresta Estacional Decidual
A curva de acumulação de espécies (curva-do-coletor, curva espécie-área, curva espécieindivíduo), bem como as respectivas curvas de rarefação são ferramentas para detectar o tamanho
mínimo da amostra para representar suficientemente a riqueza florística da vegetação, considerando ou
a área mínima amostral (através da geração da curva espécie-área) ou o número mínimo de indivíduos
a serem amostrados (através da curva espécie-indivíduo). Para a geração destas curvas, estabelecem-se
áreas de parcelas sucessivamente maiores, computando-se o número acumulado de espécies presentes
em cada uma delas.
A análise de uma curva espécie-área é feita levando-se em conta sua aproximação à assíntota
horizontal. Teoricamente, neste ponto a curva passa a admitir a característica de uma função constante,
apresentando evidências de suficiência florística. As curvas espécie-indivíduo são mais acentuadas
quando comparadas com as curvas espécie-área, pois parcelas geralmente contêm indivíduos agregados
no seu espaço (Kersten & Galvão 2011); além disso, a aleatorização dos indivíduos causa um aumento
mais acentuado no número de espécies do que a curva espécie-área.
Para fins práticos, Cain & Castro (1959) propuseram que a hipótese de suficiência pode ser
corroborada quando o aumento de 10% na área amostral corresponda a um aumento de, no máximo,
10% no número total de espécies. Um aumento de rigorosidade pode ser adotado: o aumento de 10%
na área amostral implica em um aumento de 5% no número de espécies.
As curvas de rarefação foram desenvolvidas para excluir efeitos de aleatoriedade da análise da
curva do coletor e são resultados da autorreamostragem dos dados das diversas Unidades Amostrais
(Gotelli & Colwell 2001; Kersten & Galvão 2011). No presente estudo, foram geradas as curvas de
rarefação para as Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual, tanto para a área amostral
como para os indivíduos amostrados (Magurran 2004) pelo método Mao Tau (Colwell et al. 2004) no
software Past versão 2.14 (Capítulo 2 do Volume I).
As curvas do coletor e de rarefação para área amostral acumulada e número de indivíduos
acumulados constam na Figura 2.3. Os valores dos desvios padrões mínimos, médios e máximos para
a curva de rarefação da área amostral acumulada foram 3,35, 6,34 e 6,67, respectivamente. Já para a
curva de rarefação do número acumulado de indivíduos os valores mínimos, médios e máximos para
o desvio padrão foram 0,17, 3,94 e 2,38, respectivamente. Na Figura 2.3 pode-se observar a curva
de acumulação de espécies e indivíduos (linhas irregulares), a curva de rarefação (linhas contínuas
suavizadas) com seus respectivos desvios padrões positivos e negativos (linhas pontilhadas). A curva
de rarefação para o número acumulado de Unidades Amostrais indicou uma tendência à estabilização,
sendo 83,18% das espécies registradas com metade das Unidades Amostrais. Para a curva de rarefação
baseada no número acumulado de indivíduos, 89,52% das espécies foram amostradas com metade do
número de indivíduos.
44
Figura 2.3. Curvas de acumulação de espécies e indivíduos (linhas irregulares) intervalos de confiança
de 95% (linhas cinza) e curvas de rarefação (linhas contínuas vermelhas suavizadas) para as 78 Unidades
Amostrais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figure 2.3. Species-area accumulation (black line) and rarefaction curve (red line) of 78 Sample Plots in
Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, with standard deviation (dotted line).
Suficiência amostral por Unidade Amostral
Para avaliar a representatividade das próprias Unidades Amostrais para o remanescente florestal
amostrado, realizou-se o cálculo de suficiência amostral relativo às duas variáveis, número de indivíduos
e área basal, utilizando-se as 40 subparcelas de cada Unidade Amostral (Capítulo 2 do Volume I), com
20% de expectância de erro. Notou-se que o número mínimo de subparcelas amostradas para a primeira
variável foi suficiente na maioria das Unidades Amostrais (79,5% do total), enquanto para a variável
área basal, a suficiência teórica foi atingida em poucas Unidades Amostrais (21,8% do total). Este
resultado foi causado pela significativa variabilidade da área basal entre as subparcelas da maioria das
Unidades Amostrais (Tabelas 2.6 e 2.7).
45
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Curvas de Suficiência e Estabilidade por Unidade Amostral
Para a avaliação da adequada representação da riqueza de espécies arbóreas nos remanescentes
amostrados pelo IFFSC, foram geradas para cada Unidade Amostral a curva espécie-área, a curva
espécie-indivíduo, a curva de média corrente por espécie e a curva da variância do número de espécies
(Capítulo 2 do Volume I), com base nos dados das 40 subparcelas de 100 m² de cada Unidade Amostral.
Após a geração das curvas para cada Unidade Amostral em separado, gerou-se uma “curva média” para
todas as Unidades Amostrais (Figura 2.4), com exceção da curva espécie-indivíduo, uma vez que esta
depende do número variável de indivíduos em cada Unidade Amostral.
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
A análise visual dos gráficos permite concluir que as três curvas corroboram a hipótese de
suficiência amostral. Para a curva da média corrente de espécies, percebe-se que 26 das 40 subparcelas
estão dentro da faixa de estabilidade de 5%, gerada a partir da última subparcela. Como o critério
proposto no Volume I é de que, pelo menos cinco Unidades Amostrais estejam dentro desta faixa, a
condição foi satisfeita. Para a curva de variância do número de espécies, é possível constatar a tendência
de estabilização em torno do valor 1 (situação esperada para suficiência), validando a respectiva curva
média.
Finalmente, para a curva do coletor (espécie-área), utilizando-se do recurso “10/10%”, graças
à mesma escala utilizada no eixo x e no eixo y, pôde-se encontrar o ponto de suficiência fazendo-se a
intersecção da curva com a reta identidade (y = x), também chamada de bissetriz dos quadrantes ímpares.
Esta reta (identidade) ocasiona, para incrementos em x, o mesmo incremento em y. Sob esta lógica, é
possível concluir que, após o ponto de intersecção da reta identidade com a curva espécie-área (dada
a natureza da última), incrementos de 10% no número de parcelas causam, necessariamente, menos
de 10% de incremento no número de espécies (visto que esta está abaixo da identidade), conforme
esperado. A reta identidade encontra-se traçada juntamente com a curva do coletor, com sua respectiva
função de regressão e o coeficiente de determinação (R²), na Figura 2.5, evidenciando-se o ponto de
intersecção (suficiência) entre as duas curvas.
Figura 2.5. Curva espécie-área média e reta identidade para 78 Unidades Amostrais da Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figure 2.5. Average species-area curve and identity function of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous
Forest in Santa Catarina.
De posse da função de regressão da curva espécie-área média ( f ( x) =
−0, 0145 x 2 + 1,3932 x + 3,9456),
é possível encontrar, analiticamente, o ponto de intersecção entre esta e a função identidade ( f ( x) = x ). A
resolução desta igualdade determinou o ponto de intersecção como sendo 35 subparcelas, corroborando
o resultado explicitado na figura anterior, logo, a curva espécie-área média apresenta características de
suficiência amostral, de acordo com a metodologia adotada pelo IFFSC.
Figura 2.4. Curva espécie-área média (a); curva média da média corrente do número de espécies (b) e curva
média da variância do número de espécies (c) para 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina.
Figure 2.4. Average species area curve (a); average curve of current mean of species number (b) and average
species number variance curve (c) of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
46
Dado que as três curvas médias demostraram ter atingido a suficiência amostral, procedeu-se
o teste Kolmogorov-Smirnov (Volume I) para comparação das curvas médias com as curvas de cada
Unidade Amostral para validar as mesmas quanto à suficiência para o número de espécies. As Figuras
2.6 e 2.7 apresentam exemplos de curvas que são estatisticamente iguais e diferentes comparadas com
as curvas médias.
47
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Figura 2.6. Curvas de suficiência amostral idênticas (teste Kolmogorov-Smirnov) às curvas médias
(Unidade Amostral n° 398) da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina: curva espécie-área média
(a); curva média da média corrente do número de espécies (b) e curva média da variância do número de espécies (c).
Figure 2.6. Species sufficiency curves identical (Kolmogorov-Smirnov test) with average curves (Sample
Plot n° 398) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina: average species area curve (a); average curve of
current mean of species number (b) and average species number variance curve (c).
48
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Figura 2.7. Curvas de suficiência amostral não-idênticas (teste Kolmogorov-Smirnov) às curvas médias
(Unidade Amostral n° 435) da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina: curva espécie-área média
(a); curva média da média corrente do número de espécies (b) e curva média da variância do número de espécies (c).
Figure 2.7. Species sufficiency curves not-identical (Kolmogorov-Smirnov test) with average curves
(Sample Plot n° 435) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina: average species area curve (a); average
curve of current mean of species number (b) and average species number variance curve (c).
49
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Os resultados da análise de aderência à curva média, detalhados por Unidade Amostral, estão
relacionados na Tabela 2.6, juntamente com os resultados do cálculo da suficiência amostral e do erro
amostral relativo, considerando as variáveis número de indivíduos (ind.ha-1) e área basal (m².ha-1).
EspécieÁrea
Média
Corrente
Variância
Nº de
Indivíduos
Erro
amostral
(%)
Critério: AB (m².ha-1)
Variância
Nº de
Indivíduos
Erro
amostral
(%)
1693
Aceita
Aceita
Aceita
43
21,65
214
48,68
1694
Aceita
Aceita
Aceita
25
18,31
26
18,82
Critério: AB (m².ha-1)
1703
Rejeitada
Rejeitada
Rejeitada
26
23,08
333
83,66
Erro
amostral
(%)
1774
Rejeitada
Aceita
Aceita
41
24,10
133
43,56
1775
Aceita
Aceita
Aceita
28
16,90
28
16,96
Suficiência Amostral (Subparcelas de 100m²)
(Péllico & Brena 1997)
Critério: ind.ha-1
Critério: ind.ha-1
Média
Corrente
Table 2.6. Results of sufficiency tests of 78 Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. ind =
number of trees with DBH ≥ 10 cm; AB = basal area.
UA
UA
Suficiência Amostral (Subparcelas de 100m²)
(Péllico & Brena 1997)
EspécieÁrea
Tabela 2.6. Resultados da investigação da suficiência amostral detalhada para 78 Unidades Amostrais (UA) da Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina. ind = número de indivíduos com DAP ≥ 10 cm; AB = área basal.
Hipótese de Aderência à Curva Média
(teste Kolmogorov-Smirnov)
Hipótese de Aderência à Curva Média
(teste Kolmogorov-Smirnov)
Área Basal
Área Basal
Erro
amostral
(%)
398
Aceita
Aceita
Aceita
23
14,91
41
20,00
1787
Rejeitada
Aceita
Aceita
43
21,51
39
20,29
435
Rejeitada
Rejeitada
Rejeitada
15
14,27
33
21,14
1859
Aceita
Aceita
Aceita
38
20,53
62
26,05
438
Aceita
Aceita
Aceita
29
18,11
35
19,79
1861
Aceita
Aceita
Aceita
29
17,24
77
28,47
487
Aceita
Aceita
Aceita
27
17,81
144
45,30
1869
Aceita
Aceita
Aceita
37
20,06
76
28,93
494
Aceita
Aceita
Aceita
27
16,94
36
19,54
1959
Aceita
Aceita
Aceita
18
13,17
25
15,54
537
Aceita
Aceita
Aceita
21
14,56
70
26,68
1961
Aceita
Aceita
Aceita
29
17,08
89
30,19
597
Aceita
Aceita
Aceita
29
16,96
53
23,02
1965
Aceita
Aceita
Aceita
46
26,06
84
35,20
712
Aceita
Aceita
Aceita
16
12,48
36
19,20
1970
Aceita
Aceita
Aceita
31
17,75
37
19,37
918
Aceita
Aceita
Aceita
32
18,07
45
21,28
2051
Aceita
Aceita
Aceita
25
17,27
162
44,27
941
Rejeitada
Rejeitada
Aceita
22
20,91
34
25,83
2056
Aceita
Aceita
Aceita
29
21,10
35
23,15
1000
Rejeitada
Rejeitada
Aceita
79
44,41
62
40,59
2077
Aceita
Aceita
Aceita
21
16,41
73
28,71
1123
Aceita
Aceita
Aceita
16
13,29
25
17,07
2079
Aceita
Aceita
Aceita
32
21,72
66
31,26
1187
Aceita
Aceita
Aceita
23
15,02
33
17,94
2081
Aceita
Aceita
Aceita
23
15,50
56
24,55
1249
Aceita
Aceita
Aceita
12
11,08
31
17,76
2083
Aceita
Aceita
Aceita
30
18,22
62
26,12
1318
Aceita
Aceita
Aceita
15
12,11
17
13,01
2088
Aceita
Aceita
Aceita
19
13,72
32
17,66
1388
Aceita
Aceita
Aceita
32
20,68
200
52,47
2099
Aceita
Aceita
Aceita
27
16,55
71
26,91
1461
Aceita
Aceita
Aceita
24
15,81
70
27,41
2100
Aceita
Aceita
Aceita
30
17,55
44
21,38
1536
Aceita
Aceita
Aceita
37
19,23
194
43,95
2101
Aceita
Aceita
Aceita
49
24,55
72
28,97
1542
Aceita
Aceita
Aceita
21
14,67
135
37,16
2170
Aceita
Aceita
Aceita
46
26,53
109
40,89
1616
Aceita
Aceita
Aceita
30
17,27
45
21,03
2172
Aceita
Aceita
Aceita
28
16,81
72
27,12
1618
Aceita
Aceita
Aceita
25
15,97
42
20,83
2179
Aceita
Aceita
Aceita
40
21,94
61
27,12
1619
Aceita
Aceita
Aceita
20
17,61
19
17,24
2194
Aceita
Aceita
Aceita
58
27,69
90
34,62
50
51
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Hipótese de Aderência à Curva Média
(teste Kolmogorov-Smirnov)
UA
Suficiência Amostral (Subparcelas de 100m²)
(Péllico & Brena 1997)
Critério: ind.ha-1
Critério: AB (m².ha-1)
EspécieÁrea
Média
Corrente
Variância
Nº de
Indivíduos
Erro
amostral
(%)
2195
Aceita
Aceita
Aceita
23
15,33
45
21,39
2216
Aceita
Aceita
Aceita
24
15,34
48
21,82
2281
Aceita
Aceita
Aceita
37
20,39
52
24,22
2287
Aceita
Aceita
Aceita
23
15,69
70
27,33
2294
Aceita
Aceita
Aceita
16
12,51
103
32,08
2310
Aceita
Aceita
Aceita
41
21,91
86
31,78
2406
Aceita
Aceita
Aceita
30
18,61
43
21,75
2414
Aceita
Aceita
Aceita
29
17,48
70
27,44
2425
Aceita
Aceita
Aceita
23
18,38
73
32,68
2512
Aceita
Aceita
Aceita
34
19,67
48
23,41
2515
Aceita
Aceita
Aceita
38
23,70
93
37,09
2530
Aceita
Aceita
Aceita
34
18,70
40
20,51
2531
Aceita
Aceita
Aceita
18
14,46
74
29,44
2623
Aceita
Aceita
Aceita
37
27,09
64
35,77
2645
Aceita
Aceita
Aceita
38
21,12
56
25,48
2987
Aceita
Aceita
Aceita
31
17,39
57
23,81
3097
Aceita
Aceita
Aceita
26
16,58
111
34,53
3197
Aceita
Aceita
Aceita
48
33,59
71
40,72
3309
Aceita
Aceita
Aceita
31
17,43
154
39,21
3414
Aceita
Aceita
Aceita
33
18,89
81
30,00
3416
Aceita
Aceita
Aceita
20
14,65
70
27,35
3427
Aceita
Aceita
Aceita
32
18,82
158
41,88
3520
Aceita
Aceita
Aceita
25
18,63
82
34,09
Área Basal
Erro
amostral
(%)
O erro médio amostral relativo por Unidade Amostral foi de 18,76%, considerando o número de
indivíduos e de 29,1%, considerando a área basal. Aplicou-se o teste Kolmogorov-Smirnov para testar a
normalidade destes erros relativos; verificou-se que ambos os conjuntos de dados possuem distribuição
aproximadamente normal com valores p > 0,01. Os histogramas das distribuições de frequências destes dados
com os pontos médios das classes no eixo horizontal são apresentados na Figura 2.8.
52
Figura 2.8. Histograma da distribuição das frequências por classe de erro relativo médio para a variável ind.
ha-1 (a) e para a variável AB.ha-1 (b) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina.
Figure 2.8. Histogram of frequency distributions of relative sample error considering the variable tree number
(ind.ha-1) with DBH ≥ 10cm (a) and basal area (AB.ha-1) (b) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest
in Santa Catarina.
De posse de todas as comparações e cálculos de suficiência amostral individual (por Unidade
Amostral), pôde-se quantificar o número de Unidades Amostrais que atingiram suficiência para a
riqueza de espécies, número de indivíduos e área basal. Notou-se que a suficiência amostral para a
riqueza de espécies foi atingida para todos os três critérios adotados (curva espécie-área, curva da média
corrente e curva da variância) em mais de 90% das Unidades Amostrais, evidenciando que a riqueza
de espécies foi, de fato, amostrada de forma suficiente (Tabela 2.7). Para o número de indivíduos, o
resultado também foi satisfatório, com aproximadamente 86% das Unidades Amostrais cumprindo
a suficiência para α=0,05 e 20% de expectância de erro. A área basal foi a variável que apresentou
resultados insatisfatórios de suficiência amostral. Este resultado é explicado pela alta variabilidade da
área basal, que ocorreu entre as subparcelas, provavelmente causada pelas influências antrópicas que
levaram à abertura do dossel e à heterogeneidade da vegetação nos fragmentos florestais amostrados.
53
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 2.7. Resultados da investigação de suficiência amostral detalhado para as 78 Unidades Amostrais da Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table 2.7. Results of sufficiency tests of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Critério de avaliação
Suficiência
atingida
Número de Unidades Amostrais
Suficiência
%
não atingida
%
Curva Espécie-Área
72
92,31
6
7,69
Curva Média Corrente
74
94,87
4
5,13
Curva Variância
76
97,44
2
2,56
Nº de Indivíduos (ind.ha )
67
85,90
11
14,10
Área Basal (m².ha-1)
18
23,08
60
76,92
-1
2.2.2 Variabilidade de dados entre grupos florísticos e bacias hidrográficas
Nesta seção será abordada a variabilidade das variáveis dendrométricas a) número de indivíduos
(N), b) número de espécies (S), c) área basal (AB) e d) altura dominante média (Hdom) nos grupos
florísticos (áreas “Leste” e “Oeste”, Capítulo 5) e nas bacias hidrográficas localizadas dentro da área
de abrangência da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina (Figura 2.9). A altura dominante
descreve a altura média do dossel da floresta e é definida como a média das alturas do grupo das árvores
(Volume I), sendo DP o desvio padrão dos dados de altura.
que possuem altura total >
Grupos florísticos (bacias hidrográficas do Oeste e Leste)
Para a comparação das Unidades Amostrais das bacias hidrográficas do Oeste e do Leste,
utilizou-se o teste t para comparação de médias em amostras independentes (Volume I). Este teste
requer, antes de tudo, inferências a respeito das variâncias das duas amostras. Neste caso, o teste
apresentou evidências de que as variâncias das duas amostras são equivalentes, permitindo a utilização
do teste t adequado. Os resultados estão resumidos na Tabela 2.8. Notou-se que as quatro variáveis
analisadas não apresentaram evidências para rejeição da hipótese de igualdade entre suas médias, ou
seja, não há diferença significativa entre as médias destas variáveis nos grupos florísticos das bacias
do Oeste e do Leste para α=0,01. Neste contexto é importante salientar que, no caso das espécies, a
igualdade refere-se apenas ao número destas e não a diferenças na composição florística.
Tabela 2.8. Resultado do teste t na Floresta Estacional Decidual para as variáveis dendrométricas entre as áreas Leste e
Oeste (α=0,01).
Table 2.8. Results of t-test in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina for dendrometric variables between eastern and
western floristic regions (Leste; Oeste) (α=0,01).
Variável
Hipótese de igualdade
Número de indivíduos
Aceita
Área basal
Aceita
Número de espécies
Aceita
Altura dominante média
Aceita
Bacias hidrográficas
A bacia hidrográfica, como delimitação do espaço geográfico, é amplamente utilizada como
unidade de análise e planejamento ambiental. Comparam-se as mesmas variáveis (número de indivíduos,
área basal, número de espécies e altura dominante média) entre as Unidades Amostrais das bacias dos
rios Canoas, Chapecó, das Antas, do Peixe, Irani, Jacutinga e Peperi-Guaçu. A bacia do rio Pelotas
não pôde ser comparada por possuir apenas duas Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual.
Primeiramente realizou-se o teste de ANOVA para detectar a existência de diferenças significativas
entre as bacias hidrográficas. Os resultados são apresentados na Tabela 2.9.
Tabela 2.9. Resultado do teste de ANOVA realizado para as variáveis dendrométricas entre as bacias hidrográficas da
Floresta Estacional Decidual (α=0,01).
Table 2.9. Results of ANOVA in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina for dendrometric variables between main
watersheds (α=0,01).
Variável
Hipótese de igualdade
Número de indivíduos
Rejeitada
Área basal
Rejeitada
Figura 2.9. Localização das 78 Unidades Amostrais instaladas por região florística (Oeste e Leste) e
bacia hidrográfica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Número de espécies
Aceita
Figure 2.9. Localization of 78 installed Sample Plots by floristic regions (western and eastern groups)
and main watersheds in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Altura dominante média
Aceita
54
55
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Após identificadas as variáveis que apresentaram diferença estatística (número de indivíduos e
área basal), procedeu-se o teste de Tukey-Kramer, com o intuito de identificar as igualdades/diferenças
pareadas entre as bacias. Nas Tabelas 2.10 e 2.11 são apresentados os resultados obtidos. Enquanto
o número de indivíduos mostra diferenças significativas entre 12 dos 36 pares de bacias, a variável
área basal mostrou uma variabilidade menor, com valores significativamente diferentes em apenas
três casos, entre as bacias do rio das Antas e do rio Chapecó, do rio das Antas e do rio Peperi-Guaçu e
entre a do rio Peperi-Guaçu e o rio do Peixe. Pode-se concluir que os valores das variáveis número de
espécies, área basal e altura dominante média são bastante homogêneos e não apresentam diferenças
significativas (com as três exceções citadas) entre as bacias. Como estas variáveis são indicadoras
importantes para avaliar o estado de conservação dos remanescentes, é possível afirmar que neste
aspecto as bacias analisadas não diferem estatisticamente entre si.
Tabela 2.10. Resultado do teste de Tukey-Kramer da variável número de indivíduos para as bacias hidrográficas da Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina (α=0,01).
Table 2.10. Results of Tukey-Kramer test for variable tree density and main watersheds in Seasonal Deciduous Forest in
Santa Catarina (α=0,01).
Bacia Hidrográfica
Canoas
Chapecó
Hipótese de igualdade
Antas
Peixe
Irani
Jacutinga
Chapecó
Rejeitada
Antas
Rejeitada
Aceita
Peixe
Aceita Aceita
Rejeitada
Irani
Aceita Rejeitada
Rejeitada
Aceita Jacutinga
Rejeitada
Aceita
Aceita Aceita
Rejeitada
Peperi-Guaçu
Rejeitada
Rejeitada
Aceita
Rejeitada
Rejeitada
Rejeitada
Tabela 2.11. Resultado do teste de Tukey-Kramer para a variável área basal e as bacias hidrográficas da Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina (α=0,01).
Table 2.11. Results of Tukey-Kramer test for basal area and main watersheds in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina
(α=0,01).
Bacia Hidrográfica
Hipótese de igualdade
Antas
Peixe
Canoas
Chapecó
Irani
Antas
Aceita
Rejeitada
Peixe
Aceita
Aceita
Aceita
Irani
Aceita
Aceita
Aceita
Aceita
Jacutinga
Aceita
Aceita
Aceita
Aceita
Aceita
Peperi-Guaçu
Aceita
Aceita
Rejeitada
Rejeitada
Aceita
Jacutinga
2.3 Estimativa das variáveis dendrométricas para a Floresta Estacional Decidual
As seguintes variáveis dendrométricas foram estimadas para toda a Floresta Estacional Decidual
(FED) a partir do conjunto das 78 Unidades Amostrais implantadas: número de indivíduos (N), número
de espécies (S), diâmetro à altura do peito (DAP), altura do fuste (Hf), altura total (Ht), área basal
(AB), número de espécies (S), volume do fuste com casca (Vf c/c ), peso seco total (PS) e estoque de
carbono (C). Cada variável dendrométrica foi expressa na forma de seu valor médio e dos respectivos
intervalos de confiança, com grau 0,95 (95%). Estes intervalos de confiança foram construídos a partir
do desvio padrão e do número de indivíduos do respectivo grupo analisado. Este intervalo é dado
é a estimativa da média populacional e E é a
por x − E < µ < x + E , onde é a média amostral,
margem de erro. No caso, tem-se E = t(α ; n −1) .
56
n
, onde t é o valor crítico bi-caudal da distribuição
graus de liberdade, é o número de elementos e σ
de student, ao nível de significância , com
), o valor de t limita-se
é o desvio padrão da amostra. Vale lembrar que, se a amostra for grande (
,
).
ao valor , obtido da tabela de distribuição normal padronizada (neste caso, para
A variável altura total e altura do fuste das árvores foram estimadas visualmente pela equipe de campo.
As estimativas da altura total foram comparadas com as estimativas preditas pelos modelos ajustados (baseados
em alturas medidas com hipsômetro) e consideradas equivalentes (Capítulo 3). O volume do fuste com casca foi
estimada a partir dos valores obtidos pelos modelos ajustados. Para Nectandra megapotamica e Ocotea puberula
foram ajustados modelos específicos; para o conjunto das demais espécies da Floresta Estacional Decidual
utilizou-se um modelo ajustado para “Demais espécies” (Capítulo 3). O valor do peso seco total foi obtido a
partir do modelo de Vogel et al. (2006). O carbono estocado nas árvores foi estimado por meio da multiplicação
das estimativas de biomassa obtidas pelo fator 0,5, considerando-se que o peso seco contém aproximadamente
50% de carbono. Nota-se que o valor do peso seco total estimado é coerente, pois a razão volume/peso seco
apresenta o valor de, aproximadamente, 62%, indicando que a maior parte do peso seco na Floresta Estacional
Decidual encontra-se no fuste das árvores.
Os resultados destas estimativas para as árvores vivas e as árvores mortas em pé, com seus respectivos
intervalos de confiança de 95%, são apresentados nas Tabelas 2.12 e 2.13.
Tabela 2.12. Estimativa das variáveis dendrométricas para as árvores vivas na Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina. DP = desvio padrão; CV = coeficiente de variação; IC = intervalo de confiança; MIN = valor mínimo; MAX =
valor máximo.
Table 2.12. Estimates of dendrometric variables of living trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. DP =
standard deviation; CV = coefficient of variation; IC = confidence interval; MIN = minimum value; MAX = maximum
value.
Variável
DAP (cm)
Estimativa das variáveis dendrométricas
Média
DP
CV (%)
IC (α=0,05)
MIN
MAX
19,55
3,30
16,88
0,74
18,80
20,29
4,97
0,90
18,03
0,20
4,77
5,17
10,00
2,02
20,21
0,46
9,55
10,46
422,37
140,02
33,15
31,57
390,80
453,94
Área basal total (m².ha-1)
18,30
7,00
38,22
1,58
16,72
19,88
Nº de espécies
38,37
8,98
23,40
2,02
36,35
40,40
Volume do fuste c/ casca (m³.ha-1)
77,75
44,83
57,66
10,11
67,65
87,86
Peso seco (Mg.ha-1)
125,66
59,73
47,53
13,47
112,20
139,13
Carbono (Mg.ha-1)
62,83
29,87
47,53
6,73
56,10
69,57
Altura do fuste (m)
Altura total (m)
Nº de indivíduos (ind.ha-1)
Aceita
σ
57
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Seguindo a mesma metodologia, as variáveis dendrométricas (com exceção da variável número
de espécies) foram estimadas também para as árvores mortas a partir da média e do desvio padrão nas
75 Unidades Amostrais nas quais ocorreram árvores mortas. Os resultados destas estimativas, com seus
respectivos intervalos de confiança de 95%, estão apresentados na Tabela 2.12.
Tabela 2.13. Estimativa das variáveis dendrométricas para as árvores mortas na Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina. DP = desvio padrão; CV = coeficiente de variação; IC = intervalo de confiança; MIN = valor mínimo; MAX =
valor máximo.
Table 2.13. Estimates of dendrometric variables of dead standing trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. DP
= standard deviation; CV = coefficient of variation; IC = confidence interval; MIN = minimum value; MAX = maximum
value.
Estimativa das variáveis dendrométricas
Variável
Média
DP
CV (%)
IC (α=0,05)
MIN
MAX
DAP (cm)
21,79
5,70
26,13
1,3104
20,48
23,10
Altura do fuste (m)
4,80
1,86
38,86
0,4287
4,37
5,22
Altura total (m)
6,84
1,93
28,27
0,4451
6,40
7,29
27,64
15,24
55,16
3,5071
24,13
31,14
1,35
0,94
69,37
0,2153
1,13
1,56
Volume do fuste c/ casca (m³.ha )
3,63
5,26
144,96
1,2104
2,42
4,84
-1
Peso seco (Mg.ha )
9,32
7,49
80,33
1,7229
7,60
11,04
Carbono (Mg.ha-1)
4,66
3,74
80,33
0,8615
3,80
5,52
Nº de indivíduos (ind.ha-1)
Área basal total (m2.ha-1)
-1
Figura 2.11. Número médio de espécies por Unidade Amostral do componente arbóreo/arbustivo para as
árvores vivas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha vermelha representa a média geral
da variável analisada.
Figure 2.11. Mean species richness of tree/shrub component by Sample Plot, considering living trees in
Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The red line represents the mean value of the variable.
Nas Figuras 2.10 a 2.18 são apresentadas as estimativas das variáveis dendrométricas para
as árvores vivas e mortas das 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em ordem
decrescente.
Figura 2.10. Número médio de indivíduos vivos e mortos do componente arbóreo/arbustivo por hectare (ind.ha-1) nas 78
Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha vermelha representa a média geral das árvores
vivas.
Figure 2.10. Mean tree density of living and dead trees in tree/shrub component (ind.ha-1) in 78 Sample Plots in Seasonal
Deciduous Forest in Santa Catarina. The red line expresses the mean value of living trees.
58
Figura 2.12. DAP médio (cm) das árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo nas 78 Unidades
Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha cheia representa a média das árvores
vivas, a tracejada a média das árvores mortas.
Figure 2.12. Mean DBH (cm) of tree/shrub component of living and dead trees in 78 Sample Plots in Seasonal
Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dached one the
mean of dead trees.
59
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Figura 2.13. Altura do fuste média (m) das árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo
nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha cheia representa
a média das árvores vivas, a tracejada a média das árvores mortas.
Figure 2.13. Mean stem height (m) of tree/shrub component of living and dead trees in 78 Sample Plots
in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees,
the dached one the mean of dead trees.
Figura 2.14. Altura total média (m) para as árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo em
78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha cheia representa a
média das árvores vivas, a tracejada a média das árvores mortas.
Figure 2.14. Mean total tree height (m) of tree/shrub component of living and dead trees in 78 Sample
Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living
trees, the dached one the mean of dead trees.
60
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Figura 2.15. Área basal média (m².ha-1) das árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo em
78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figure 2.15. Mean basal area (m².ha-1) of tree/shrub component of living and dead trees in 78 Sample Plots
in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the
dashed line the mean of dead trees.
Figura 2.16. Volume do fuste médio por Unidade Amostral (m³.ha-1) das árvores vivas e mortas do
componente arbóreo/arbustivo nas 78 Unidades Amostrais amostradas na Floresta Estacional Decidual em
Santa Catarina.
Figure 2.16. Mean stem volume (m³.ha-1) of living and dead trees of tree/shrub component by Sample Plot
in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the
dashed line the mean of dead trees.
61
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
2.3.1 Estimativa das variáveis dendrométricas por espécie
A seguir serão apresentadas as estimativas por hectare das seguintes variáveis dendrométricas:
número de indivíduos (N), diâmetro à altura do peito (DAP), altura do fuste (Hf), altura total (Ht), área
basal (AB), volume do fuste com casca (Vf c/c), peso seco total (PS) e estoque de carbono (C). Estas
variáveis foram estimadas por espécie amostrada na Floresta Estacional Decidual, a partir da média e
do desvio padrão das mesmas em todas as 40 subparcelas de 100 m², localizadas nas quatro subunidades
do conglomerado (Figura 2.1). Cada variável dendrométrica foi expressa na forma de seu valor médio
e dos respectivos intervalos de confiança, a um nível de significância de 95%. Estes intervalos de
confiança foram construídos a partir do desvio padrão e do número de indivíduos da respectiva espécie
, onde é a média amostral, é a estimativa da
analisada. Este intervalo é dado por
σ
, onde t é o valor crítico
média populacional e é a margem de erro. No caso, tem-se E = t(α ; n −1) .
n
graus de liberdade,
bi-caudal da distribuição t de student, ao nível de significância , com
é o número de elementos e é o desvio padrão da amostra. Vale lembrar que, se a amostra for grande
), o valor de t limita-se ao valor , obtido da tabela de distribuição normal padronizada (neste
(
, z = 1, 96 ).
caso, para
Figura 2.17. Peso seco total médio por Unidade Amostral (Mg.ha-1) das árvores vivas e mortas do componente
arbóreo/arbustivo na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figure 2.17. Total mean dry weight (Mg.ha-1) of living and dead trees of tree/shrub component by Sample Plot in
Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dashed line
the mean of dead trees.
A variável volume do fuste com casca foi estimada a partir dos valores obtidos pelos modelos
ajustados para o conjunto de dados da Floresta Estacional Decidual (Capítulo 3). O valor do peso seco
total foi obtido a partir do modelo de Vogel et al. (2006). O carbono estocado nas árvores foi estimado
por meio da multiplicação das estimativas de biomassa obtidas pelo fator 0,5, considerando-se que o
peso seco contém aproximadamente 50% de carbono.
Na Tabela 2.14 são apresentadas as estimativas das variáveis dendrométricas para as 30
espécies com maior valor de importância na Floresta Estacional Decidual. Nota-se que o coeficiente de
variação para algumas espécies foi superior a 100%, devido à variabilidade do número de indivíduos
destas espécies nas 40 subparcelas de 10 x 10 m (100 m²) do conglomerado. Quanto maior o coeficiente
de variação de uma determinada espécie, mais irregular é sua distribuição na Unidade Amostral;
um coeficiente de variação menor indica uma distribuição mais uniforme desta espécie na Unidade
Amostral.
Figura 2.18. Estoque de carbono total médio por Unidade Amostral (Mg.ha-1) das árvores vivas e mortas do
componente arbóreo/arbustivo na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figure 2.18. Total mean carbon stock (Mg.ha-1) of living and dead trees of tree/shrub component by Sample Plot in
Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dashed line
the mean of dead trees.
62
63
27,89 ± 7,45
19,43 ± 6,53
20,07 ± 7,2
15,96 ± 4,93
12,96 ± 4,79
10,93 ± 3,57
Luehea divaricata
Nectandra lanceolata
Cupania vernalis
Machaerium stipitatum
Syagrus romanzoffiana
Cedrela fissilis
64
6,36 ± 3,56
6,54 ± 2,77
8,5 ± 6,06
3,79 ± 2,27
5,5 ± 3,27
6,82 ± 2,97
6,54 ± 4,78
5,64 ± 1,96
5,71 ± 2,33
2,82 ± 1,55
3,96 ± 3,15
2,93 ± 2,32
5,93 ± 4,08
6,32 ± 23,94
Cabralea canjerana
Lonchocarpus campestris
Trichilia clausseni
Cordia americana
Prunus myrtifolia
Allophylus edulis
Machaerium paraguariense
Chrysophyllum gonocarpum
Balfourodendron riedelianum
Phytolacca dioica
Diatenopteryx sorbifolia
Apuleia leiocarpa
Annona sylvatica
Helietta apiculata
Aspidosperma australe
3,89 ± 2,94
7 ± 8,37
9,11 ± 9,86
Matayba elaeagnoides
Pilocarpus pennatifolius
6,29 ± 2,84
6,79 ± 4
12,04 ± 19,84
11,93 ± 9,36
Chrysophyllum marginatum
Myrocarpus frondosus
Hovenia dulcis
Casearia sylvestris
6,32 ± 4,76
32,78 ± 5,67
Nectandra megapotamica
Parapiptadenia rigida
35,18 ± 12,6
ind.ha-1
Ocotea puberula
Espécie
95,2
107,4
160,4
114,1
92,7
94,0
80,9
85,5
69,1
134,7
89,4
96,1
88,4
127,5
101,4
104,4
151,2
76,1
127,5
200,2
199,1
114,0
98,5
118,4
90,5
118,5
99,1
97,6
68,6
119,1
CV
(%)
17,81 ± 2,2
12,56 ± 0,48
19,71 ± 2,57
16,45 ± 1,6
29,87 ± 7,41
31,13 ± 7,04
30,62 ± 5,44
18,14 ± 1,55
19,04 ± 1,55
21,08 ± 3,42
15,95 ± 1,42
22,54 ± 4,54
28,5 ± 5,55
14,87 ± 1
18,93 ± 2,46
20,93 ± 2,34
18,3 ± 2,72
23,95 ± 3,03
20,72 ± 2,73
18,52 ± 1,72
15,57 ± 1,05
32 ± 6,36
21,8 ± 2,28
20,18 ± 0,82
17,42 ± 1,37
15,65 ± 1,02
27,83 ± 3,39
23,96 ± 4,29
23,63 ± 1,73
23,73 ± 2,38
DAP
(cm)
36,0
9,7
26,2
30,4
70,0
63,8
55,6
29,0
27,4
52,8
30,2
63,0
60,1
21,6
46,3
36,4
45,3
40,0
45,4
26,6
24,3
63,0
40,5
16,2
30,1
26,1
46,4
74,0
31,2
40,4
CV
(%)
5,6 ± 1,26
3,85 ± 0,43
5,5 ± 0,84
4,05 ± 0,56
5,96 ± 1,09
5,11 ± 0,83
4,6 ± 0,7
5,32 ± 0,57
4,21 ± 0,56
4,95 ± 0,74
3,99 ± 0,47
4,83 ± 0,53
4,77 ± 0,87
3,8 ± 0,48
4,84 ± 0,69
4,87 ± 0,56
4,09 ± 0,51
5,16 ± 0,65
5,06 ± 0,63
7,13 ± 1,08
3,45 ± 0,38
5,68 ± 1,1
5,19 ± 0,55
8,26 ± 0,68
4,5 ± 0,45
4,13 ± 0,4
5,71 ± 0,52
4,01 ± 0,39
5,21 ± 0,36
5,83 ± 0,47
Hf
(m)
58,1
23,9
27,4
39,7
49,9
41,8
41,5
35,1
40,7
45,4
34,2
31,6
48,6
33,0
44,8
34,6
35,6
37,0
42,7
43,4
32,6
59,8
39,8
32,3
36,2
35,8
33,1
38,6
29,1
32,4
CV
(%)
11,1 ± 1,58
8,27 ± 0,56
11,54 ± 1,11
8,47 ± 0,76
12,85 ± 2,4
12,47 ± 1,83
10,37 ± 1,33
11,09 ± 0,89
9,01 ± 0,74
11,17 ± 1,33
8,77 ± 0,77
10,67 ± 1,09
10,77 ± 1,2
8,26 ± 0,64
10,88 ± 1,08
10,26 ± 0,89
9,54 ± 0,78
11,1 ± 1,01
11,25 ± 1,18
12,57 ± 1,31
8,45 ± 0,6
12,87 ± 1,75
11,55 ± 0,93
10,77 ± 0,69
9,99 ± 0,74
9,57 ± 0,64
12,79 ± 0,79
10,27 ± 0,92
11,75 ± 0,65
12,29 ± 0,87
1,91 ± 0,51
1,93 ± 0,38
1,55 ± 0,37
1,33 ± 0,38
0,45 ± 0,13
0,44 ± 0,13
0,43 ± 0,12
0,45 ± 0,13
0,61 ± 0,26
0,26 ± 0,15
0,37 ± 0,26
0,3 ± 0,15
0,38 ± 0,15
0,27 ± 0,12
0,3 ± 0,16
0,25 ± 0,09
0,19 ± 0,09
0,39 ± 0,16
0,29 ± 0,13
0,18 ± 0,07
0,21 ± 0,08
0,21 ± 0,07
0,18 ± 0,06
0,36 ± 0,17
0,31 ± 0,14
0,31 ± 0,17
0,13 ± 0,05
0,23 ± 0,17
0,1 ± 0,05
0,12 ± 0,05
28,5
23,5
37,1
23,4
26,9
28,4
25,5
31,2
43,2
25,3
29,8
36,1
28,7
24,7
28,3
35,2
24,9
34,3
32,0
30,0
38,6
27,6
27,3
40,2
41,4
52,7
27,9
19,4
17,1
41,3
0,54 ± 0,24
0,82 ± 0,35
179,2
169,1
0,62 ± 0,31
1,32 ± 0,68
195,8
178,5
1,72 ± 0,96
182,8
0,27 ± 0,19
0,27 ± 0,14
212,7
239,2
1,06 ± 0,47
157,0
1,03 ± 0,81
1,16 ± 0,55
232,7
332,4
0,99 ± 0,46
190,8
0,42 ± 0,23
1,48 ± 0,64
172,2
178,6
1,61 ± 0,97
225,9
1,65 ± 0,93
2,33 ± 1,79
314,8
239,4
0,84 ± 0,66
252,1
1,47 ± 0,78
3,14 ± 1,44
192,2
202,5
2,24 ± 0,76
133,2
1,39 ± 0,7
2,69 ± 0,71
119,7
212,9
1,65 ± 0,65
128,0
0,6 ± 0,26
1,75 ± 0,64
126,1
0,91 ± 0,34
6,49 ± 2,34
128,0
145,3
5,85 ± 1,93
107, 2
147,8
97,6
222,0
304,7
347,2
243,3
248,5
235,7
222,7
167,3
189,5
188,5
194,2
227,0
247,0
225,3
195,3
209,6
204,8
190,8
266,6
340,7
350,3
203,0
151,6
117,7
174,7
161,3
160,2
146,2
128,3
8,64 ± 1,9
0,73 ± 0,31
0,48 ± 0,27
1,3 ± 0,93
0,71 ± 0,31
2,66 ± 1,59
2,47 ± 1,28
3,18 ± 1,87
1,13 ± 0,4
1,34 ± 0,48
1,29 ± 0,49
1,04 ± 0,46
2,01 ± 0,96
3,29 ± 1,49
1,06 ± 0,53
1,64 ± 0,61
2,25 ± 1,39
1,63 ± 0,69
2,86 ± 1,35
2,13 ± 1,16
2,19 ± 1,61
1,46 ± 0,83
4,99 ± 2,32
2,98 ± 1,03
2,55 ± 0,68
2,66 ± 0,84
2,49 ± 0,71
9,5 ± 2,87
11,05 ± 3,16
13,52 ± 2,93
12,64 ± 3,34
CV
PS
-1
(Mg.ha
)
(%)
10,04 ± 2,91
-1
(m³.ha )
Vf c/c
87,9
118,5
Variáveis dendrométricas
Ht
CV
CV
AB
2
-1
(m)
(%) (m .ha ) (%)
190,3
246,9
316,6
192,3
264,8
229,9
260,9
157,5
157,9
169,0
197,5
213,2
200,3
221,2
165,4
274,9
187,8
208,5
241,2
325,9
251,3
205,8
153,0
118,5
139,7
126,9
134,3
126,6
96,2
117,3
CV
(%)
0,37 ± 0,16
0,24 ± 0,13
0,65 ± 0,46
0,36 ± 0,15
1,33 ± 0,79
1,24 ± 0,64
1,59 ± 0,94
0,56 ± 0,2
0,67 ± 0,24
0,65 ± 0,25
0,52 ± 0,23
1 ± 0,48
1,65 ± 0,74
0,53 ± 0,26
0,82 ± 0,31
1,13 ± 0,7
0,82 ± 0,35
1,43 ± 0,67
1,06 ± 0,58
1,09 ± 0,8
0,73 ± 0,41
2,5 ± 1,16
1,49 ± 0,51
1,27 ± 0,34
1,33 ± 0,42
1,24 ± 0,36
4,75 ± 1,44
5,53 ± 1,58
6,76 ± 1,47
6,32 ± 1,67
C
(Mg.ha-1)
190,3
246,9
316,6
192,3
264,8
229,9
260,9
157,5
157,9
169,0
197,5
213,2
200,3
221,2
165,4
274,9
187,8
208,5
241,2
325,9
251,3
205,8
153,0
118,5
139,7
126,9
134,3
126,6
96,2
117,3
CV
(%)
Tabela 2.14. Estimativas das variáveis dendrométricas para as 30 espécies com maior valor de importância (VI) na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, em ordem
decrescente de VI. Valores médios com intervalo de confiança (95%) e coeficiente de variação (CV). ind.ha-1 = número de indivíduos; DAP = diâmetro à altura do peito; Hf = altura
do fuste; Ht = altura total; AB = área basal total; Vf c/c = volume total do fuste com casca; PS = peso seco total; C = estoque de carbono total; PI = população insuficiente.
Table 2.14. Estimates of dendrometric variables of 30 tree species with major importance value (VI) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, in
decrescent order of VI. Mean values with 95% confidence interval and coefficient of variation (CV). ind.ha-1 = number of trees; DAP = DBH; Hf = stem height;
Ht = total tree height; AB= total basal area; Vf c/c = stem volume with bark; PS = total dry weight; C = total carbon stock e; PI = insufficient population size.
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
2.3.2 Estimativa das variáveis dendrométricas por Unidade Amostral
A seguir serão apresentadas as estimativas por hectare das seguintes variáveis dendrométricas:
número de indivíduos (ind.), número de espécies (S), diâmetro à altura do peito (DAP), altura do
fuste (Hf), altura total (Ht), área basal (AB), volume do fuste com casca (Vf c/c), peso seco total (PS)
e estoque de carbono (C). Estas variáveis foram estimadas para cada fragmento amostrado por sua
Unidade Amostral, a partir da média e do desvio padrão das mesmas em todas as 40 subparcelas de 100
m², localizadas nas quatro subunidades do conglomerado (Figura 2.1). Cada variável dendrométrica foi
expressa na forma de seu valor médio e dos respectivos intervalos de confiança, com grau 0,95 (95%).
Estes intervalos de confiança foram construídos a partir do desvio padrão e do número de indivíduos
, onde é a média amostral,
do respectivo grupo analisado. Este intervalo é dado por
σ
é a estimativa da média populacional e E é a margem de erro. No caso, tem-se E = t(α ; n −1) .
, onde
n
t é o valor crítico bi-caudal da distribuição t de student, ao nível de significância , com
graus
de liberdade, n é o número de elementos e σ é o desvio padrão da amostra. Vale lembrar que, se a
amostra for grande ( n > 30 ), o valor de t limita-se ao valor z , obtido da tabela de distribuição normal
padronizada (neste caso, para α = 0, 05 , z = 1, 96 ).
A variável volume do fuste com casca foi estimada a partir dos valores obtidos pelos modelos
ajustados para o conjunto de dados da Floresta Estacional Decidual (Capítulo 3). O valor do peso seco
total foi obtido a partir do modelo de Vogel et al. (2006). O carbono estocado nas árvores foi estimado
por meio da multiplicação das estimativas de biomassa obtidas pelo fator 0,5, considerando-se que o
peso seco contém aproximadamente 50% de carbono.
Árvores vivas
Na Tabela 2.15 são apresentadas as estimativas das variáveis dendrométricas para as árvores
vivas do componente arbóreo/arbustivo (DAP ≥ 10 cm) por Unidade Amostral da Floresta Estacional
Decidual. Nota-se que o coeficiente de variação das variáveis em algumas Unidades Amostrais foi
superior a 100%, isto se deve ao fato de o desvio padrão ser maior que a média do conjunto de dados
analisado, ocasionando uma elevada variância entre os dados.
65
ind.ha-1
732,5 ± 103,29
370 ± 90,23
497,5 ± 108,27
490,42 ± 207,79
570 ± 109,65
370 ± 57,12
475 ± 80,57
525 ± 70,87
522,5 ± 98,1
267,5 ± 101,75
395 ± 206,37
550 ± 104,2
692,5 ± 104,05
412,5 ± 93,92
702,5 ± 85,84
717,5 ± 86,87
435 ± 123,87
612,5 ± 115,92
512,5 ± 101,96
ind.ha-1
597,5 ± 92,89
525 ± 90,67
402,5 ± 70,77
291,25 ± 91,6
492,5 ± 118,65
337,5 ± 90,66
200,63 ± 80,9
437,5 ± 87,42
217,5 ± 69,05
414,17 ± 74,76
395 ± 92,17
285 ± 67,77
367,5 ± 68,86
482,5 ± 69,05
452,5 ± 102,68
605 ± 79,65
530 ± 94,48
345 ± 117,22
505 ± 93,3
192,5 ± 43,69
352,5 ± 115,42
442,5 ± 115,63
350 ± 106,44
UA
398
435
438
487
494
537
597
712
918
66
941
1000
1123
1187
1188
1249
1318
1388
1461
1536
UA
1542
1616
1618
1619
1693
1694
1703
1770
1774
1775
1787
1859
67
1861
1864
1869
1959
1961
1965
1970
2051
2056
2077
2079
95,1
81,7
102,4
71,0
57,8
106,2
55,7
41,2
70,9
44,7
58,6
74,3
73,0
56,4
99,3
62,5
126,1
84,0
75,3
98,3
55,0
54,0
48,6
CV (%)
62,2
59,2
89,0
37,9
38,2
71,2
47,0
59,2
163,4
118,9
58,7
42,2
53,0
48,3
60,1
132,5
68,0
76,2
44,1
CV (%)
18,98 ± 2,68
15,80 ± 1,32
16,12 ± 1,83
24,52 ± 3,84
18,33 ± 1,61
20,35 ± 2,53
20,73 ± 2,31
17,96 ± 1,26
22,86 ± 3,25
21,22 ± 2,42
21,65 ± 2,91
24,56 ± 2,97
23,80 ± 3,53
22,27 ± 2,30
14,23 ± 1,22
17,62 ± 1,31
13,97 ± 0,95
19,30 ± 2,58
14,48 ± 0,89
19,72 ± 2,98
15,97 ± 0,77
19,42 ± 2,43
17,23 ± 1,16
DAP (cm)
17,47 ± 1,28
18,35 ± 2,13
20,35 ± 1,23
17,68 ± 1,07
15,41 ± 0,80
16,31 ± 1,30
19,87 ± 1,76
15,69 ± 0,78
18,87 ± 3,31
16,03 ± 1,66
14,42 ± 1,01
19,05 ± 1,45
24,86 ± 3,07
25,01 ± 3,46
22,05 ± 3,28
21,43 ± 2,56
17,25 ± 1,09
16,38 ± 1,19
17,69 ± 0,96
DAP (cm)
35,7
24,2
28,2
44,2
27,1
31,4
34,4
22,0
42,0
35,1
40,8
35,7
44,5
31,5
22,1
22,3
14,1
35,1
18,1
36,6
14,7
39,1
20,7
CV (%)
22,9
34,8
15,9
18,9
15,9
22,9
27,8
14,2
31,6
22,2
21,7
23,5
38,6
42,7
44,6
30,8
18,4
19,1
17,0
CV (%)
4,68 ± 0,51
4,02 ± 0,54
3,73 ± 0,6
6,3 ± 1,05
6,33 ± 0,4
4,33 ± 0,58
4,58 ± 0,64
4,11 ± 0,38
7,58 ± 0,54
4,67 ± 0,73
5,15 ± 1,29
4,38 ± 0,86
5,55 ± 0,76
6,41 ± 0,88
4,29 ± 1,07
3,91 ± 0,37
2,93 ± 0,42
7,01 ± 1,02
4,08 ± 0,64
4,78 ± 0,71
3,98 ± 0,44
5,89 ± 0,7
4,61 ± 0,42
Hf (m)
5,42 ± 0,61
5,17 ± 0,72
4,44 ± 0,63
5,26 ± 0,63
4,01 ± 0,43
3,78 ± 0,46
5,58 ± 0,41
5,39 ± 0,46
4,55 ± 1,16
3,84 ± 0,89
4,33 ± 0,33
5,74 ± 0,68
6,14 ± 0,47
5,83 ± 0,49
6,92 ± 0,5
3,59 ± 0,46
4,86 ± 0,73
4,46 ± 0,73
4,86 ± 0,46
Hf (m)
25,84
31,08
38,73
45,47
19,29
30,90
42,19
28,89
20,89
46,40
65,98
43,21
40,53
41,99
50,20
28,00
29,38
38,35
44,58
32,88
30,25
35,48
28,18
CV (%)
31,29
40,66
36,83
37,60
32,28
34,96
22,82
24,65
44,19
48,04
23,46
29,94
24,20
26,04
21,77
30,77
43,01
39,80
29,47
CV (%)
12,56 ± 1,12
9,23 ± 0,54
6,63 ± 0,52
9,91 ± 1,33
11,79 ± 0,61
10,79 ± 1,16
9,51 ± 0,65
9,12 ± 0,59
13,57 ± 0,93
11,9 ± 0,94
10,7 ± 0,8
10,81 ± 0,83
9,46 ± 1,12
10,43 ± 1,09
5,77 ± 0,80
8,78 ± 0,64
6,03 ± 0,59
10,62 ± 1,36
6,50 ± 0,70
12,78 ± 0,95
13,25 ± 0,67
9,25 ± 0,88
8,64 ± 0,61
Ht (m)
13,63 ± 1,32
9,46 ± 0,95
8,22 ± 0,86
10,17 ± 0,67
7,39 ± 0,55
7,61 ± 0,73
11,65 ± 0,46
8,63 ± 0,57
7,02 ± 1,15
6,03 ± 0,89
8,90 ± 0,29
10,45 ± 0,79
12,23 ± 0,66
11,65 ± 0,94
13,26 ± 0,68
11,40 ± 1,03
8,20 ± 0,71
9,88 ± 0,68
9,34 ± 0,53
Ht (m)
22,4
16,9
19,5
37,9
16,1
27,1
21,0
20,1
20,1
24,2
22,7
22,7
35,4
31,7
35,6
21,8
20,4
33,7
31,9
17,9
15,5
29,8
21,7
CV (%)
30,2
30,0
27,6
20,5
22,9
27,4
12,3
18,9
29,5
31,7
9,9
23,3
16,8
24,8
15,3
23,2
25,3
18,0
17,7
CV (%)
12,69 ± 4,7
14,33 ± 4,43
9,07 ± 3,01
12,61 ± 5,84
18,63 ± 3,73
16,98 ± 6,98
22,98 ± 7,04
20,08 ± 3,12
28,99 ± 8,91
22,6 ± 6,17
16,42 ± 4,07
18,65 ± 5,71
23,32 ± 8,73
21,81 ± 5,59
5,09 ± 2,41
14,68 ± 3,72
4,17 ± 1,77
14,44 ± 5,8
11,73 ± 3,47
13,69 ± 5,13
13,44 ± 2,72
20,86 ± 4,91
18,74 ± 2,82
AB (m².ha-1)
16,89 ± 4,81
19,93 ± 5,81
18,46 ± 5,55
25,44 ± 3,66
17,55 ± 2,73
14,95 ± 4,46
26,9 ± 4,83
17,13 ± 3,72
11,54 ± 5,9
7,5 ± 3,05
13,31 ± 2,91
22,58 ± 4,48
30,61 ± 7,05
27,62 ± 7,5
26,64 ± 5,74
26,96 ± 13,39
15,99 ± 3,66
12,87 ± 3,71
26,81 ± 5,15
AB (m².ha-1)
115,77
96,66
103,77
144,79
62,63
128,55
95,74
48,60
96,12
85,36
77,59
95,75
117,04
80,11
148,45
79,15
132,67
125,62
92,62
117,27
63,23
73,56
47,00
CV (%)
89,05
91,12
94,08
44,98
48,67
93,29
56,10
67,91
159,75
127,25
68,41
62,11
71,98
84,88
67,35
155,22
71,55
90,04
60,06
CV (%)
2,70 ± 0,63
3,63 ± 0,72
58,8
57,9
38,9
46,8
2,00 ± 0,33
3,69 ± 0,58
61,9
51,9
45,7
34,3
48,8
42,4
49,9
63,7
58,4
56,1
59,8
48,1
55,3
49,1
55,5
39,2
42,4
54,1
44,1
CV (%)
45,0
60,1
43,3
36,9
33,6
49,0
41,6
36,6
75,9
44,9
54,7
32,4
41,2
42,5
42,8
49,5
46,3
34,6
38,7
CV (%)
3,41 ± 0,68
3,67 ± 0,75
4,15 ± 0,62
4,15 ± 0,46
3,69 ± 0,61
3,79 ± 0,52
3,45 ± 0,57
2,72 ± 0,59
3,46 ± 0,67
3,29 ± 0,61
2,43 ± 0,56
4,08 ± 0,65
2,58 ± 0,69
3,55 ± 0,66
3,72 ± 0,70
2,88 ± 0,47
2,34 ± 0,33
4,10 ± 0,71
3,74 ± 0,53
S
3,83 ± 0,55
3,11 ± 0,62
4,79 ± 0,79
4,13 ± 0,49
4,62 ± 0,50
3,56 ± 0,61
4,98 ± 0,66
4,35 ± 0,56
4,27 ± 1,79
3,75 ± 0,79
3,31 ± 0,59
3,97 ± 0,42
3,48 ± 0,46
3,28 ± 0,45
3,11 ± 0,44
4,14 ± 0,79
4,23 ± 0,67
3,76 ± 0,49
4,85 ± 0,60
S
44,74 ± 19,7
23,67 ± 11,02
33,56 ± 13,01
73,48 ± 41,14
112,65 ± 22,95
51,75 ± 23,13
80,67 ± 35,77
89,93 ± 15,25
204,44 ± 65,53
80,72 ± 31,4
36,72 ± 14,52
35,01 ± 16,83
126,7 ± 53,77
119,94 ± 41,06
16,91 ± 10,9
68,91 ± 20,23
13,38 ± 6,79
89,71 ± 48,16
47,08 ± 22,04
30,3 ± 11,84
28,99 ± 11,6
113,23 ± 33,57
84,99 ± 17,31
Vf c/c (m³.ha-1)
60,57 ± 17,72
102,67 ± 36,7
72,11 ± 25,33
118,14 ± 23,41
66 ± 14,75
65,04 ± 24,26
143,75 ± 26,85
84,83 ± 19,93
41,51 ± 23,28
24,78 ± 14,75
61,81 ± 14,37
49,76 ± 26,23
181,6 ± 48,94
155,22 ± 44,18
180,66 ± 43,74
64,25 ± 34,91
70,72 ± 20,65
31,98 ± 13,15
129,96 ± 28,19
Vf c/c (m³.ha-1)
137,70
145,57
121,23
175,05
63,71
139,75
138,63
53,03
100,22
121,62
123,67
150,36
132,70
107,04
201,54
91,79
158,61
167,87
146,37
122,24
125,12
92,70
63,69
CV (%)
91,46
111,76
109,82
61,95
69,88
116,65
58,39
73,46
175,35
186,09
72,68
164,83
84,26
89,00
75,71
169,87
91,30
128,62
67,82
CV (%)
82,98 ± 35,12
85,01 ± 29,11
52,16 ± 18,98
100,29 ± 65,44
108,7 ± 22,89
129,34 ± 61,88
169,9 ± 65,45
123,4 ± 23,37
201,79 ± 66,41
162,3 ± 58,73
113,11 ± 32,23
140,69 ± 50,17
185,81 ± 96,38
150,91 ± 45,33
29,1 ± 15,55
91,06 ± 26,04
21,59 ± 9,49
95,39 ± 47,68
67,39 ± 23,73
86,69 ± 35,17
73,98 ± 15,78
137,57 ± 37,31
107,89 ± 17,98
PS (Mg.ha-1)
104,27 ± 33,71
123,02 ± 40,63
122,01 ± 38,36
149,67 ± 23,74
97,19 ± 17,33
87,56 ± 28,47
174,52 ± 36,67
94,35 ± 22,02
70,91 ± 37,19
41,83 ± 17,6
71,61 ± 17,22
145,2 ± 35,89
234,28 ± 64,44
219,47 ± 71,56
180,78 ± 54,35
207,87 ± 125,43
96,63 ± 24
75,04 ± 23,66
165,14 ± 35,49
PS (Mg.ha-1)
132,35
107,07
113,78
204,03
65,83
149,60
120,45
59,23
102,90
113,15
89,08
111,50
162,19
93,92
167,11
89,41
137,43
156,28
110,12
126,87
66,71
84,80
52,11
CV (%)
101,07
103,27
98,30
49,59
55,77
101,65
65,69
72,99
164,00
131,58
75,19
77,28
86,00
101,95
94,00
188,67
77,65
98,61
67,19
CV (%)
41,49 ± 17,56
42,5 ± 14,55
26,08 ± 9,49
50,15 ± 32,72
54,35 ± 11,44
64,67 ± 30,94
84,95 ± 32,72
61,7 ± 11,69
100,9 ± 33,21
81,15 ± 29,36
56,55 ± 16,11
70,34 ± 25,08
92,91 ± 48,19
75,45 ± 22,66
14,55 ± 7,78
45,53 ± 13,02
10,79 ± 4,74
47,7 ± 23,84
33,7 ± 11,87
43,34 ± 17,59
36,99 ± 7,89
68,79 ± 18,65
53,95 ± 8,99
C (Mg.ha-1)
52,14 ± 16,85
61,51 ± 20,32
61 ± 19,18
74,84 ± 11,87
48,59 ± 8,67
43,78 ± 14,23
87,26 ± 18,33
47,17 ± 11,01
35,46 ± 18,6
20,91 ± 8,8
35,81 ± 8,61
72,6 ± 17,94
117,14 ± 32,22
109,73 ± 35,78
90,39 ± 27,17
103,93 ± 62,72
48,31 ± 12
37,52 ± 11,83
82,57 ± 17,74
C (Mg.ha-1)
132,35
107,07
113,78
204,03
65,83
149,60
120,45
59,23
102,90
113,15
89,08
111,50
162,19
93,92
167,11
89,41
137,43
156,28
110,12
126,87
66,71
84,80
52,11
CV (%)
101,07
103,27
98,30
49,59
55,77
101,65
65,69
72,99
164,00
131,58
75,19
77,28
86,00
101,95
94,00
188,67
77,65
98,61
67,19
CV (%)
Tabela 2.15. Estimativas das variáveis dendrométricas para as árvores vivas em 78 Unidades Amostrais amostradas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Valores
médios com intervalo de confiança (95%) e coeficiente de variação (CV). ind.ha-1 = número de indivíduos; S = número médio de espécies por subparcela (10 m x 10 m); DAP =
diâmetro à altura do peito; Hf = altura do fuste; Ht = altura total; AB = área basal total; Vf c/c = volume total do fuste com casca; PS = peso seco total; C = estoque de carbono total.
Table 2.15. Estimates of dendrometric variables of living trees species within 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Mean values with 95% confidence
interval and coefficient of variation (CV). ind.ha-1 = number of trees; S = average number of species by subplot (10 m x 10 m); DAP = DBH; Hf = stem height; Ht = total tree height;
AB = total basal area; Vf c/c = stem volume with bark; PS = total dry weight; C = total carbon stock.
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
363,61 ± 92,75
260 ± 59,63
425 ± 83,76
302,5 ± 87,06
170 ± 55,25
282,5 ± 65,14
202,5 ± 65,38
ind.ha-1
392,5 ± 78,8
417,5 ± 82,54
160 ± 66,3
468,75 ± 114,67
477,5 ± 83,05
250 ± 75,27
415 ± 78,52
103,1 ± 50,2
408,61 ± 69,75
297,5 ± 63,65
430,83 ± 84,51
436,07 ± 93,65
295 ± 82,56
2406
2414
2425
2510
2512
2515
UA
2530
2531
2623
2645
2987
3082
3097
3197
3309
3414
3416
3427
3520
332,5 ± 109,93
2194
2310
242,5 ± 63,92
2179
577,5 ± 72,24
520 ± 91,38
2172
2294
185 ± 65
2170
701,19 ± 184,29
350 ± 68,32
2166
2287
505 ± 147,35
2101
360 ± 82,83
572,5 ± 108,87
2100
2281
518,13 ± 93,66
2099
585 ± 89,74
565 ± 77,51
2088
2216
422,86 ± 89,26
2083
445 ± 67,14
432,5 ± 77,8
2081
2195
ind.ha-1
UA
68
69
87,5
67,2
61,3
66,9
53,4
152,2
59,2
94,1
54,4
76,5
129,6
61,8
62,8
CV (%)
100,9
72,1
101,6
90,0
61,6
71,7
79,8
39,1
82,2
71,9
48,0
47,2
103,4
82,4
54,9
109,9
61,0
91,2
59,5
56,5
42,9
66,0
56,2
CV (%)
23,60 ± 3,94
23,74 ± 3,07
18,40 ± 1,73
27,25 ± 2,87
22,74 ± 2,57
28,50 ± 8,89
24,13 ± 2,93
18,02 ± 2,01
25,25 ± 2,43
17,60 ± 1,47
21,97 ± 2,65
25,78 ± 3,08
17,80 ± 1,23
DAP (cm)
22,86 ± 3,17
17,10 ± 1,29
21,70 ± 3,14
24,06 ± 4,90
23,46 ± 3,65
25,86 ± 2,94
27,18 ± 3,25
18,15 ± 1,72
15,78 ± 0,92
14,71 ± 1,33
17,82 ± 1,69
17,17 ± 0,92
19,90 ± 2,75
27,65 ± 3,48
17,49 ± 1,72
22,24 ± 6,67
19,23 ± 2,22
15,72 ± 1,18
15,78 ± 0,86
19,45 ± 1,72
18,63 ± 1,09
24,41 ± 3,23
17,48 ± 1,63
DAP (cm)
43,1
38,2
28,1
31,1
35,4
60,7
36,4
28,8
30,1
23,9
25,7
34,3
21,0
CV (%)
35,1
22,0
40,1
51,5
46,6
33,6
34,3
29,6
17,5
26,3
29,7
16,5
37,0
35,5
30,3
74,3
34,1
21,6
16,6
27,3
18,3
39,2
27,9
CV (%)
5,8 ± 0,5
4,72 ± 1,05
4,85 ± 0,37
5,23 ± 0,44
4,92 ± 0,41
4,73 ± 0,55
5,43 ± 0,84
5,28 ± 0,53
6,42 ± 0,54
4,93 ± 1,08
5,8 ± 1,37
5,63 ± 0,83
4,78 ± 0,87
Hf (m)
5,96 ± 1,11
4,08 ± 0,56
6,49 ± 1,12
5,22 ± 1,32
5,05 ± 0,46
4,86 ± 0,56
5,35 ± 0,93
4,54 ± 0,38
4,04 ± 0,74
3,64 ± 0,54
4,72 ± 0,53
3,86 ± 0,6
4,54 ± 0,98
5,24 ± 0,59
5,5 ± 0,78
6,38 ± 1,51
5,15 ± 0,59
4,52 ± 0,77
3,85 ± 0,43
5,17 ± 0,56
5,01 ± 0,46
4,81 ± 0,66
3,9 ± 0,5
Hf (m)
22,38
51,41
22,62
24,65
25,01
20,85
32,96
24,18
26,41
45,54
50,65
37,35
44,31
CV (%)
45,92
38,31
46,13
49,11
27,47
32,80
44,15
26,04
52,91
38,88
34,73
45,59
46,12
31,75
43,33
53,40
32,12
43,98
33,48
33,03
28,98
38,70
33,92
CV (%)
11,87 ± 0,66
10,95 ± 0,8
9,34 ± 0,44
9,83 ± 0,65
8,87 ± 0,72
10,63 ± 0,78
11,13 ± 0,71
8,85 ± 0,92
12,48 ± 0,66
9,75 ± 0,60
9,66 ± 1,40
12,43 ± 1,25
8,24 ± 0,77
Ht (m)
10,2 ± 1,55
7,51 ± 0,59
10,51 ± 1,41
9,58 ± 0,86
9,73 ± 0,77
9,44 ± 0,84
12,12 ± 1,06
9,40 ± 0,51
6,91 ± 0,67
6,55 ± 0,67
13,02 ± 1,11
12,02 ± 0,64
10,88 ± 0,91
10,33 ± 0,83
9,2 ± 0,75
9,49 ± 2,22
8,89 ± 0,92
11,57 ± 1,11
10,58 ± 1,24
12,63 ± 1,02
16,21 ± 0,9
13,8 ± 1,08
9,40 ± 0,47
Ht (m)
14,3
21,6
14,0
19,6
25,3
14,2
19,1
26,7
16,6
17,6
31,0
28,7
28,3
CV (%)
38,5
22,8
37,1
22,8
23,9
26,4
25,0
17,1
29,3
29,9
26,5
16,4
22,4
22,8
25,3
57,9
30,5
27,5
35,6
25,0
17,3
23,2
15,0
CV (%)
17,65 ± 7,08
29,49 ± 12,81
17,13 ± 5,06
23,45 ± 7,39
26,44 ± 9,91
10,4 ± 7,5
31,29 ± 11,14
9,78 ± 4,45
34,06 ± 8,11
15,91 ± 4,7
7,38 ± 3,47
32,69 ± 10,24
10,79 ± 2,35
AB (m².ha-1)
11,58 ± 4,94
9,03 ± 2,33
8,13 ± 3,48
19,33 ± 7,55
26,65 ± 7,69
16,93 ± 4,32
33,4 ± 11,44
20,42 ± 6,55
18,71 ± 5,68
7,99 ± 2,66
22,39 ± 4,88
19,14 ± 3,92
13,46 ± 5,21
18,81 ± 5,78
17,27 ± 4,76
8,92 ± 4,12
14,29 ± 4,31
13,51 ± 4,28
18,41 ± 4,16
20,6 ± 5,65
24,93 ± 4,41
24,59 ± 6,93
16,88 ± 4,42
AB (m².ha-1)
125,49
135,81
92,29
98,57
117,20
225,33
111,35
142,24
74,45
92,48
147,11
97,93
68,07
CV (%)
133,42
80,77
134,03
122,17
90,21
79,81
107,10
100,32
94,92
103,91
68,22
64,07
121,08
96,07
86,25
144,25
94,37
99,18
70,63
85,77
55,31
88,10
81,83
CV (%)
3,68 ± 0,71
4,08 ± 0,69
3,62 ± 0,47
3,00 ± 0,55
3,63 ± 0,67
1,76 ± 0,50
4,11 ± 0,65
2,96 ± 0,57
3,90 ± 0,57
3,74 ± 0,62
2,95 ± 0,85
4,03 ± 0,73
3,21 ± 0,51
S
2,67 ± 0,64
2,80 ± 0,45
49,7
50,1
39,2
54,6
57,5
55,0
47,6
49,9
45,6
47,7
61,7
52,0
48,7
CV (%)
60,6
46,5
65,8
44,9
3,74 ± 0,66
1,91 ± 0,45
51,4
50,6
54,0
42,8
42,4
54,9
45,3
44,8
55,4
62,0
58,4
49,6
45,9
59,4
42,6
47,7
38,7
47,3
39,1
CV (%)
3,65 ± 0,62
2,64 ± 0,45
3,62 ± 0,68
3,98 ± 0,54
4,43 ± 0,63
3,06 ± 0,58
3,88 ± 0,56
3,21 ± 0,47
3,60 ± 0,74
2,67 ± 0,59
2,74 ± 0,52
2,50 ± 0,50
3,28 ± 0,51
3,79 ± 0,79
3,76 ± 0,53
4,05 ± 0,63
3,60 ± 0,45
3,94 ± 0,63
3,30 ± 0,43
S
101,67 ± 42,13
94,55 ± 67,94
80,79 ± 28,62
109,51 ± 34,73
133,73 ± 58,84
37,78 ± 29,77
55,84 ± 37,96
42,18 ± 19,15
217,59 ± 55,29
22,44 ± 13,89
38,63 ± 20,42
138,77 ± 57,41
19,68 ± 8,21
Vf c/c (m³.ha-1)
71,01 ± 33,49
39,96 ± 14,58
50,78 ± 24,25
40,56 ± 20,76
157,16 ± 48,49
76,06 ± 22,85
112,22 ± 52,27
105,88 ± 41,5
68,34 ± 27,48
24,2 ± 11,23
82,19 ± 26,32
45,42 ± 16,28
35,63 ± 18,81
102,9 ± 33,75
90,39 ± 31,3
49,72 ± 26,36
70,01 ± 26,6
50,02 ± 17,97
61,38 ± 16,41
115,46 ± 39,56
87,69 ± 17,92
84,58 ± 28,95
37,14 ± 19,16
Vf c/c (m³.ha-1)
129,55
224,67
110,78
99,16
137,59
246,36
212,58
141,98
79,45
193,53
165,31
129,35
130,49
CV (%)
147,47
114,12
149,30
160,05
96,48
93,92
145,65
122,55
125,73
145,04
100,14
112,05
165,07
102,54
108,29
165,77
118,77
112,34
83,60
107,13
63,90
107,04
161,30
CV (%)
136,62 ± 66,65
252,18 ± 153,54
108,84 ± 38,14
183,03 ± 70,53
215,99 ± 110,89
85,02 ± 68,82
262,26 ± 117,2
65,62 ± 38,18
268,51 ± 79,46
98,18 ± 32,81
48,33 ± 23,81
263 ± 93,37
63,59 ± 14,96
PS (Mg.ha-1)
83,82 ± 39,38
53,69 ± 15,69
56,37 ± 27,59
150,29 ± 69,02
210,67 ± 69,92
124,31 ± 36,38
278,52 ± 109,46
133,44 ± 57,72
106,99 ± 37,35
43,86 ± 17,43
140,19 ± 34,27
114,33 ± 26,04
91,48 ± 41,55
147,23 ± 50,47
110,75 ± 39,04
66,58 ± 37,63
95,59 ± 33,62
75,36 ± 24,71
106,42 ± 25,9
136,02 ± 42,91
155,04 ± 29,9
181,59 ± 63,27
109,75 ± 39,22
PS (Mg.ha-1)
152,55
190,38
109,58
120,50
160,53
253,09
139,73
181,95
92,54
104,49
154,05
111,01
73,54
CV (%)
146,91
91,35
153,02
143,61
103,78
91,50
122,89
135,25
109,16
124,23
76,44
71,22
142,00
107,20
110,23
176,74
109,97
102,52
76,10
98,64
60,31
108,95
111,74
CV (%)
68,31 ± 33,33
126,09 ± 76,77
54,42 ± 19,07
91,51 ± 35,27
107,99 ± 55,44
42,51 ± 34,41
131,13 ± 58,6
32,81 ± 19,09
134,25 ± 39,73
49,09 ± 16,4
24,17 ± 11,91
131,5 ± 46,69
31,79 ± 7,48
C (Mg.ha-1)
41,91 ± 19,69
26,84 ± 7,84
28,18 ± 13,79
75,14 ± 34,51
105,33 ± 34,96
62,15 ± 18,19
139,26 ± 54,73
66,72 ± 28,86
53,5 ± 18,68
21,93 ± 8,71
70,09 ± 17,14
57,17 ± 13,02
45,74 ± 20,77
73,61 ± 25,24
55,37 ± 19,52
33,29 ± 18,82
47,8 ± 16,81
37,68 ± 12,35
53,21 ± 12,95
68,01 ± 21,45
77,52 ± 14,95
90,79 ± 31,64
54,87 ± 19,61
C (Mg.ha-1)
152,55
190,38
109,58
120,50
160,53
253,09
139,73
181,95
92,54
104,49
154,05
111,01
73,54
CV (%)
146,91
91,35
153,02
143,61
103,78
91,50
122,89
135,25
109,16
124,23
76,44
71,22
142,00
107,20
110,23
176,74
109,97
102,52
76,10
98,64
60,31
108,95
111,74
CV (%)
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Árvores mortas
As variáveis dendrométricas calculadas para as árvores mortas são as mesmas quantificadas
para as árvores vivas (com exceção da variável número de espécies por hectare, que não existe para
as árvores mortas). O volume do fuste para as árvores mortas foi estimado a partir do uso da equação
ajustado para o grupo “Todas as espécies” da Floresta
Estacional Decidual. Seguindo a mesma metodologia, estas variáveis foram estimadas a partir da
média e do desvio padrão das mesmas nas 40 subparcelas de cada uma das 75 Unidades Amostrais
que apresentavam árvores mortas. Os intervalos de confiança foram construídos da mesma forma que
para as árvores vivas. Os resultados destas estimativas, com seus respectivos intervalos de confiança
de 95%, estão apresentados na Tabela 2.16. Note que o coeficiente de variação para algumas Unidades
Amostrais foi superior a 100%, devido ao desvio padrão ter sido maior que a média do conjunto de
dados analisados, ocasionando uma elevada variância entre os dados.
70
42,5 ± 33,88
5 ± 7,06
62,5 ± 24,76
15 ± 11,57
17,5 ± 14,28
35 ± 21,18
30 ± 24,24
27,5 ± 20,47
30 ± 20,74
1123
1187
1188
1249
1318
1388
1461
1536
32,5 ± 24,44
597
1000
15 ± 11,57
537
7,5 ± 8,53
40 ± 23,8
494
941
7,5 ± 11,19
487
17,5 ± 14,28
22,5 ± 15,34
438
918
22,5 ± 15,34
435
27,5 ± 16,17
67,5 ± 34,27
398
712
ind.ha-1
UA
71
216,2
232,7
252,6
189,2
255,1
241,1
123,9
441,4
249,3
355,7
255,1
183,9
235,1
241,1
186,1
466,5
213,2
213,2
158,7
CV (%)
31,37 ± 17,56
28,4 ± 14,72
22,06 ± 6,79
15,86 ± 2,95
18,81 ± 2,2
11,46 ± 0,94
17,05 ± 2,52
24,67 ± 6,07
18,63 ± 5,91
13,48 ± 5,72
16,18 ± 5,38
18,91 ± 4,61
21,81 ± 7,41
27,32 ± 16,9
17,14 ± 5,33
31,43 ± 110,21
22,66 ± 8,44
25,38 ± 5,13
17,17 ± 2,9
DAP (cm)
72,8
56,0
33,3
27,7
11,1
7,9
30,7
2,7
37,9
17,1
31,7
34,1
44,2
58,9
43,4
39,0
44,5
24,2
31,7
CV (%)
5 ± 0,9
-
-
-
-
-
3,28 ± 0,54
-
-
-
6
6
3,46 ± 0,65
4,6 ± 0,29
5,35 ± 0,54
6 ± 0,9
3
3,75 ± 0,79
-
Hf (m)
56,6
-
-
-
-
-
51,8
-
-
-
-
-
59,0
19,4
31,4
47,1
-
66,0
-
CV (%)
8,57 ± 3
10,07 ± 5,14
4,56 ± 1,73
7,24 ± 2,36
4,5 ± 1,05
3,5 ± 1,45
5,88 ± 1,34
3,25 ± 22,24
6,74 ± 1,51
4,67 ± 7,17
8,97 ± 0,53
6,35 ± 1,96
4,76 ± 2,77
9,5 ± 4,29
8,95 ± 2,46
9 ± 12,71
6,81 ± 3,56
8,3 ± 2,36
5,25 ± 1,1
Ht (m)
45,5
55,2
41
48,6
22,2
39,4
47,4
76,1
26,7
61,9
5,6
43,1
75,9
43
38,5
15,7
62,5
34
39,5
CV (%)
3,33 ± 3,27
2,99 ± 3,78
1,37 ± 1,37
0,75 ± 0,46
1,05 ± 0,99
0,16 ± 0,12
1,56 ± 0,71
0,24 ± 0,34
1,4 ± 1,11
0,11 ± 0,13
0,41 ± 0,39
0,95 ± 0,75
2,5 ± 3,45
1,13 ± 1,4
1,16 ± 0,9
0,54 ± 0,78
1,11 ± 0,87
1,81 ± 1,33
1,91 ± 0,96
AB (m².ha-1)
307,0
394,9
311,9
191,5
294,9
244,0
142,1
441,8
248,2
368,5
300,5
245,0
432,3
385,3
242,7
447,6
245,0
230,8
157,4
CV (%)
3,8 ± 7,1
-
-
-
-
-
2,67 ± 1,9
-
-
-
0,54 ± 1,08
0,48 ± 0,97
7,65 ± 12,85
4,39 ± 5,54
3,11 ± 2,33
2,8 ± 4,36
0,11 ± 0,22
2,13 ± 3,82
-
Vf c/c (m³.ha-1)
584,7
-
-
-
-
-
222,9
-
-
-
-
-
525,6
394,8
234,5
487,0
-
561,3
-
CV (%)
28,22 ± 29,2
26,59 ± 38,22
8,93 ± 9,33
4,04 ± 2,54
6,28 ± 5,94
0,71 ± 0,55
8,89 ± 4,28
1,48 ± 2,1
8,41 ± 6,72
0,53 ± 0,64
2,27 ± 2,28
5,97 ± 5,09
19,77 ± 30,37
8,72 ± 12,08
6,85 ± 5,94
3,86 ± 5,61
7,2 ± 5,88
11,56 ± 8,61
10,9 ± 5,73
PS (Mg.ha-1)
323,6
449,4
326,6
196,7
295,8
245,2
150,5
441,9
249,8
373,1
313,9
266,4
480,4
433,1
271,0
454,7
255,1
232,8
164,3
CV (%)
14,11 ± 14,6
13,3 ± 19,11
4,47 ± 4,66
2,02 ± 1,27
3,14 ± 2,97
0,35 ± 0,28
4,44 ± 2,14
0,74 ± 1,05
4,21 ± 3,36
0,27 ± 0,32
1,13 ± 1,14
2,98 ± 2,54
9,88 ± 15,18
4,36 ± 6,04
3,43 ± 2,97
1,93 ± 2,8
3,6 ± 2,94
5,78 ± 4,3
5,45 ± 2,86
C (Mg.ha-1)
323,6
449,4
326,6
196,7
295,8
245,2
150,5
441,9
249,8
373,1
313,9
266,4
480,4
433,1
271,0
454,7
255,1
232,8
164,3
CV (%)
Tabela 2.16. Estimativas das variáveis dendrométricas para as árvores mortas em 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Valores médios com
intervalo de confiança (95%) e coeficiente de variação (CV). ind.ha-1 = número de indivíduos; DAP = diâmetro à altura do peito; CV = coeficiente de variação; Hf = altura do fuste;
Ht = altura total; AB = área basal total; Vf c/c = volume total do fuste com casca; PS = peso seco total; C = estoque de carbono total.
Table 2.16. Estimates of dendrometric variables of dead trees species within 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Mean values with 95% confidence
interval and coefficient of variation (CV). ind.ha-1 = number of trees; DAP = DBH; Hf = stem height; Ht = total tree height; AB = total basal area; Vf c/c = stem volume with bark;
PS = total dry weight; C = total carbon stock.
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
30 ± 16,52
15 ± 18,54
30 ± 19,43
7,5 ± 11,19
17,5 ± 12,31
20 ± 16,52
12,5 ± 12,93
ind.ha-1
22,5 ± 16,97
27,5 ± 19,14
40 ± 21,48
28,13 ± 16,51
40 ± 27,86
27,5 ± 19,14
10 ± 9,72
10 ± 9,72
20 ± 14,84
62,5 ± 25,8
7,5 ± 8,53
12,5 ± 12,93
47,5 ± 26,1
7,5 ± 8,53
30 ± 20,74
10 ± 9,72
15 ± 13,65
47,5 ± 26,1
20 ± 12,96
20 ± 16,52
30 ± 19,43
17,5 ± 14,28
7,5 ± 8,53
1965
1970
2051
2056
2077
2079
UA
2081
2083
2088
2099
2100
2101
2166
2170
2172
2179
2194
2195
2216
2287
2294
2310
2406
2414
2425
2515
2530
2531
2623
20 ± 16,52
1787
1961
32,5 ± 18,3
1775
45 ± 27,05
20 ± 18,03
1774
1959
32,5 ± 20,97
1770
12,5 ± 10,71
55,63 ± 37
1703
1869
32,5 ± 23,34
1694
32,5 ± 16,81
62,5 ± 33,73
1693
1864
42,5 ± 23,9
1619
35 ± 19,9
25 ± 15,78
1618
1861
57,5 ± 23,9
1616
20 ± 14,84
50 ± 19,16
1542
1859
ind.ha-1
UA
72
73
355,7
255,1
202,5
258,2
202,5
171,8
284,4
303,8
216,2
355,7
171,8
323,4
355,7
129,1
232,0
303,8
303,8
217,7
217,8
183,6
167,9
217,7
235,8
CV (%)
323,4
258,2
219,9
466,5
202,5
386,4
172,1
188,0
267,9
161,7
177,8
232,0
258,2
176,1
281,9
201,8
208,0
224,6
168,7
175,8
197,4
130,0
119,8
CV (%)
21,11 ± 30,34
24,59 ± 9,38
15,93 ± 4,18
23,32 ± 10,08
27,33 ± 18,85
22,36 ± 5,79
24,73 ± 7,64
36,76 ± 26,04
15,37 ± 2,57
13,48 ± 7,17
21,82 ± 6,02
20,11 ± 10,53
24,72 ± 57,75
24,06 ± 9,08
19,58 ± 11,66
35,01 ± 23,61
20,61 ± 5,6
17,97 ± 3,65
19,7 ± 4,85
17,19 ± 5,57
22,91 ± 5,24
22,14 ± 7,57
21,86 ± 10
DAP (cm)
26,38 ± 5,7
14,91 ± 3,99
17,37 ± 9,55
11,78 ± 8,09
21,56 ± 7,45
24,37 ± 27,46
27,4 ± 10,34
20,35 ± 6,43
30,15 ± 16,82
26,27 ± 8,19
28,73 ± 6,67
17,62 ± 7,42
20,05 ± 15,59
22,72 ± 4,34
18,25 ± 3,82
20,18 ± 5,32
16,54 ± 3,77
19,42 ± 6,82
16,4 ± 3,42
23,13 ± 5,02
16,28 ± 4,32
18,76 ± 3,72
18,28 ± 3,82
DAP (cm)
57,8
36,4
34,2
41,2
82,5
40,7
24,9
44,5
21,7
21,4
47,7
32,9
94,0
75,9
64,4
42,4
17,1
26,4
34,4
45,3
36,0
44,5
49,5
CV (%)
13,6
25,5
59,4
7,6
44,9
45,4
56,2
49,7
44,9
49,1
36,5
45,5
74,1
28,4
16,9
36,8
31,9
49,1
36,1
34,1
34,6
39,9
42,1
CV (%)
-
9 ± 2,71
-
-
-
2,93 ± 0,14
-
6
2,73 ± 0,27
-
5,38 ± 1
4
-
3 ± 0,33
-
-
-
4,56 ± 0,64
5,11 ± 0,81
5,13 ± 0,77
2,5 ± 0,23
5,67 ± 1,21
6
Hf (m)
3,5 ± 0,23
-
-
-
4,72 ± 0,77
4,5
3,88 ± 0,5
3,03 ± 0,57
5,07 ± 0,68
4,5 ± 0,55
3
3
-
-
-
4,2 ± 0,53
-
1
-
8,17 ± 0,72
8
-
-
Hf (m)
-
94,3
-
-
-
15,4
-
-
30,4
-
57,9
-
-
34,5
-
-
-
44,1
49,4
46,7
28,3
66,8
-
CV (%)
20,2
-
-
-
51,1
-
39,9
58,9
42,0
38,5
-
-
-
-
-
39,1
-
-
-
27,6
-
-
-
CV (%)
5,33 ± 7,59
8,17 ± 4,06
5,17 ± 1,82
5,96 ± 3,84
6,75 ± 2,59
6,16 ± 1,72
3,5 ± 2,48
6,75 ± 3,98
5 ± 1,22
3,67 ± 2,87
9,79 ± 2,06
5,67 ± 4,31
5 ± 6,57
5,28 ± 1,06
5 ± 2,45
5 ± 5,36
4,5 ± 0,92
8,72 ± 3,49
6,4 ± 1,66
6,9 ± 1,89
9,49 ± 1,67
7,56 ± 2,83
6,25 ± 0,85
Ht (m)
7,38 ± 3,97
6,83 ± 2,52
4,29 ± 1,83
3,75 ± 9,53
9,83 ± 3,47
8 ± 2,48
5,18 ± 1,15
5,26 ± 1,76
10,47 ± 5,33
7,92 ± 2,53
6,36 ± 1,78
5,86 ± 2,03
5,58 ± 2,78
6,93 ± 2,09
5,3 ± 1,43
6,03 ± 2,18
4,27 ± 0,56
7,75 ± 3,11
5,01 ± 1,12
10,9 ± 1,8
7,33 ± 2,27
6,54 ± 1,71
7,61 ± 1,43
Ht (m)
57,3
47,4
45,9
61,5
45,8
44
57,1
37
31,6
31,5
36,5
47,8
52,9
40,2
52,9
67,3
12,8
52
36,2
38,3
27,6
48,7
14,8
CV (%)
33,8
35,1
46,1
28,3
46
12,5
32,9
52,7
41
50,4
44,1
37,4
47,5
44,9
21,7
50,5
18,2
56
38,8
25,9
40,3
52,8
37,7
CV (%)
0,32 ± 0,5
1,03 ± 1,11
0,59 ± 0,42
0,84 ± 0,77
1,87 ± 2,55
2,51 ± 1,78
0,71 ± 0,66
1,22 ± 1,44
0,68 ± 0,6
0,11 ± 0,13
2,36 ± 1,7
0,44 ± 0,48
0,57 ± 1,06
3,96 ± 2,82
0,75 ± 0,87
1,09 ± 1,32
0,34 ± 0,35
0,83 ± 0,55
1,92 ± 1,45
0,88 ± 0,8
2,65 ± 1,81
1,17 ± 0,91
1,21 ± 1,05
AB (m².ha-1)
0,7 ± 0,73
0,36 ± 0,31
0,54 ± 0,65
0,09 ± 0,13
1,62 ± 1,28
0,96 ± 1,32
2,34 ± 1,93
1,75 ± 1,15
1,3 ± 1,32
2,47 ± 1,98
2,57 ± 1,71
0,76 ± 0,9
0,9 ± 1,08
1,68 ± 1,26
0,66 ± 0,64
1,15 ± 0,8
1,36 ± 0,92
1,54 ± 1,25
1,91 ± 1,47
2,14 ± 1,49
0,81 ± 0,67
1,81 ± 0,93
1,66 ± 1,05
AB (m².ha-1)
483,8
336,1
224,2
284,3
425,6
221,8
290,7
369,0
273,9
375,0
225,5
338,2
576,9
222,6
362,3
378,2
318,6
207,8
235,5
284,9
213,7
244,1
272,7
CV (%)
326,4
270,7
374,6
481,9
247,0
429,4
258,4
204,7
318,4
250,5
208,7
368,7
375,6
234,6
305,8
218,3
212,0
254,7
240,4
217,6
259,6
160,4
197,8
CV (%)
-
1,75 ± 2,49
-
-
-
2,2 ± 2,07
-
5,16 ± 7,32
1,38 ± 1,52
-
4,37 ± 3,72
0,27 ± 0,56
-
8,14 ± 7,85
-
-
-
3,42 ± 2,71
2,69 ± 3,63
2,99 ± 3,99
0,17 ± 0,25
1,07 ± 1,59
0,15 ± 0,3
Vf c/c (m³.ha-1)
1,38 ± 2,22
-
-
-
8,17 ± 6,76
2,15 ± 4,34
3,35 ± 5,06
2,55 ± 2,94
6,6 ± 7,24
7,13 ± 10,02
0,84 ± 1,7
0,16 ± 0,32
-
-
-
2,33 ± 2,4
-
0,04 ± 0,08
-
4,86 ± 7,32
0,61 ± 1,24
-
-
Vf c/c (m³.ha-1)
-
445,5
-
-
-
294,2
-
-
345,3
-
265,9
-
-
301,6
-
-
-
247,4
423,0
416,9
445,7
464,9
-
CV (%)
501,8
-
-
-
258,9
-
473,1
360,3
342,7
439,1
-
-
-
-
-
322,8
-
-
-
471,2
-
-
-
CV (%)
2,13 ± 3,52
7,01 ± 7,95
3,22 ± 2,52
5,46 ± 5,3
16,4 ± 25,32
17,89 ± 13,47
4,48 ± 4,35
9,69 ± 11,9
3,67 ± 3,34
0,54 ± 0,66
15,84 ± 11,8
2,57 ± 2,89
4,61 ± 8,86
31,25 ± 24,64
5,14 ± 6,77
8,5 ± 10,96
2 ± 2,07
4,65 ± 3,19
11,78 ± 9,46
5,49 ± 5,46
17,59 ± 12,59
7,65 ± 6,38
7,69 ± 6,98
PS (Mg.ha-1)
4,56 ± 4,8
1,88 ± 1,67
3,5 ± 4,8
0,39 ± 0,61
10,45 ± 8,83
6,62 ± 9,17
17,9 ± 16,15
11,26 ± 7,77
9,38 ± 9,87
18,86 ± 16,54
18,21 ± 12,65
5,18 ± 6,73
6,43 ± 8,36
10,92 ± 8,79
3,76 ± 3,72
7,09 ± 5,16
7,5 ± 5,23
9,57 ± 7,93
11,3 ± 9,6
14 ± 10,32
4,54 ± 3,88
11,17 ± 6,29
10,3 ± 7,58
PS (Mg.ha-1)
517,1
354,3
244,6
303,7
482,7
235,3
303,3
384,0
284,7
381,4
233,0
351,4
601,0
246,5
411,7
403,4
325,1
214,4
251,2
311,0
223,8
260,9
283,8
CV (%)
329,0
278,0
428,6
485,4
264,2
432,9
282,2
215,8
329,0
274,2
217,2
406,2
406,5
251,7
309,4
227,4
218,2
259,0
265,4
230,4
267,2
176,0
230,1
CV (%)
1,06 ± 1,76
3,51 ± 3,97
1,61 ± 1,26
2,73 ± 2,65
8,2 ± 12,66
8,95 ± 6,73
2,24 ± 2,17
4,84 ± 5,95
1,84 ± 1,67
0,27 ± 0,33
7,92 ± 5,9
1,29 ± 1,44
2,3 ± 4,43
15,62 ± 12,32
2,57 ± 3,38
4,25 ± 5,48
1 ± 1,04
2,33 ± 1,6
5,89 ± 4,73
2,74 ± 2,73
8,79 ± 6,29
3,83 ± 3,19
3,85 ± 3,49
C (Mg.ha-1)
2,28 ± 2,4
0,94 ± 0,83
1,75 ± 2,4
0,2 ± 0,31
5,22 ± 4,41
3,31 ± 4,59
8,95 ± 8,08
5,63 ± 3,89
4,69 ± 4,93
9,43 ± 8,27
9,1 ± 6,33
2,59 ± 3,37
3,21 ± 4,18
5,46 ± 4,4
1,88 ± 1,86
3,54 ± 2,58
3,75 ± 2,62
4,79 ± 3,96
5,65 ± 4,8
7 ± 5,16
2,27 ± 1,94
5,59 ± 3,14
5,15 ± 3,79
C (Mg.ha-1)
517,1
354,3
244,6
303,7
482,7
235,3
303,3
384,0
284,7
381,4
233,0
351,4
601,0
246,5
411,7
403,4
325,1
214,4
251,2
311,0
223,8
260,9
283,8
CV (%)
329,0
278,0
428,6
485,4
264,2
432,9
282,2
215,8
329,0
274,2
217,2
406,2
406,5
251,7
309,4
227,4
218,2
259,0
265,4
230,4
267,2
176,0
230,1
CV (%)
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
217,7
2.4 Discussão
A partir dos dados obtidos pelas estimativas das variáveis dendrométricas da Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina, foi possível comparar estes valores com outros trabalhos
desenvolvidos no âmbito da Floresta Estacional Decidual no Brasil. É importante salientar que as
variáveis dendrométricas estimadas representam um conjunto de 78 Unidades Amostrais inseridas na
Floresta Estacional Decidual. Outros trabalhos encontrados na literatura, são realizadas muitas vezes
pontualmente num único local, não representando uma área de abrangência ampla, como representa a
amostragem realizada pelo IFFSC.
217,7
207,1
200,1
4,39 ± 2,81
29,2
10,31 ± 1,82
26,6
A Tabela 2.17 mostra detalhadamente a comparação entre as variáveis dendrométricas de
alguns trabalhos encontrados na literatura com os valores obtidos pelo IFFSC.
Tabela 2.17. Comparação entre as variáveis dendrométricas das árvores vivas na Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina com sete trabalhos no Brasil. 1 = Scolforo et al. (2008); 2 e 3 = Brun (2004); 4 = Vogel et al. (2006); 5 e 6 = Ruschel
et al. (2009); 7 = Kilca & Longhi (2011).
Table 2.17. Comparison of dendrometric variables of living trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with seven
other studies. 1 = Scolforo et al. (2008); 2 e 3 = Brun (2004); 4 = Vogel et al. (2006); 5 e 6 = Ruschel et al. (2009); 7 = Kilca
& Longhi (2011).
VARIÁVEL
Limite de inclusão DAP (cm)
IFFSC
OUTROS TRABALHOS
1
2
3
4
5
6
7
5
5
9,6
10
5
3,2
3,2
3,2
19,55
-
7,50
8,0
-
13,3
14,6
21,8
Altura do fuste (m)
5,03
-
5,60
6,0
-
5,7
6,9
-
Altura total (m)
10,0
7,91
9,10
9,7
-
8,5
9,1
12,54
Nº de indivíduos (ind.ha-1)
459,78
973
4167,0
-
-
-
714,0
Área basal total (m².ha-1)
19,83
16,21
28,5
-
-
-
28,55
Nº de espécies
38,37
-
-
-
-
-
-
50,7
Volume do fuste c/c (m³.ha-1)
84,01
-
-
-
-
-
-
-
Peso seco (Mg. ha-1)
135,92
88,69
-
-
-
Carbono (Mg. ha-1)
67,96
38,10
-
-
-
DAP (cm)
5167,0
26,60
102,26
-
157,64 210,0
-
-
A comparação entre as estimativas das variáveis dendrométricas do IFFSC com as obtidas pelos
diferentes trabalhos mostrou semelhança em alguns parâmetros.
156,2
37,5 ± 18,73
3520
35,85 ± 9,87
45,6
8,45 ± 0,72
27,06 ± 17,92
35,36 ± 24,61
17,68 ± 12,31
377,9
377,9
348,2
0,56 ± 0,62
32,5
6,3 ± 2,54
286,1
17,5 ± 16,01
3427
18,49 ± 6,16
26,8
-
-
3,46 ± 4,19
1,73 ± 2,09
261,6
261,6
242,2
2,01 ± 1,56
207,7
43,33 ± 28,79
3416
22,66 ± 8,73
57,3
-
-
8,73 ± 1,05
18
-
13,6 ± 11,38
6,8 ± 5,69
239,4
239,4
228,3
1,89 ± 1,38
201,2
30,63 ± 19,71
3414
26,17 ± 7,27
36,1
-
-
9,69 ± 0
-
-
13,34 ± 10,22
6,67 ± 5,11
314,2
314,2
485,8
289,9
2,53 ± 2,35
8,02 ± 1,52
70,7
205,6
42,5 ± 27,94
3309
22,57 ± 6,43
39,8
2 ± 0,45
26,4
0,28 ± 0,44
18,77 ± 18,86
9,39 ± 9,43
632,5
632,5
632,5
0,26 ± 0,53
10,26 ± 0
632,5
2,5 ± 5,06
3197
36,61 ± 0
-
-
-
-
1,92 ± 3,88
0,96 ± 1,94
254,0
254,0
235,9
1,17 ± 0,88
175,4
25 ± 14,02
3097
20,87 ± 6,61
41,2
9
-
8,33 ± 2,21
34,5
0,38 ± 0,77
7,76 ± 6,3
3,88 ± 3,15
269,4
269,4
543,7
247,6
0,68 ± 0,54
8,23 ± 1,14
28,3
188,0
22,5 ± 13,53
3082
18,36 ± 5,57
39,5
5 ± 0,45
18,1
0,99 ± 1,72
4,07 ± 3,51
2,03 ± 1,75
262,7
262,7
265,0
251,1
3,66 ± 2,94
8,65 ± 2,48
39,1
152,4
35 ± 17,06
2987
29,12 ± 8,8
50,0
5,93 ± 0,74
47,5
21,58 ± 18,29
27,69 ± 23,26
13,85 ± 11,63
273,5
0,99 ± 0,87
273,5
1,98 ± 1,74
266,9
0,38 ± 0,33
6,11 ± 1,12
29,8
275,4
22,5 ± 19,82
2645
15,01 ± 4,69
6
17,5
0,55 ± 1,11
CV (%)
CV (%)
CV (%)
AB (m².ha-1)
CV (%)
CV (%)
ind.ha-1
UA
DAP (cm)
Hf (m)
CV (%)
Ht (m)
CV (%)
Vf c/c (m³.ha-1)
PS (Mg.ha-1)
C (Mg.ha-1)
CV (%)
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
O DAP médio (cm) encontrado pelo IFFSC (19,55) foi superior aos encontrados pelos trabalhos
de Brun (2004) (7,5 e 8,0), Vogel et al. (2006) (13,3) e Ruschel et al. (2009) (14,6) respectivamente,
porém inferior ao encontrado por Kilca & Longhi (2011) (21,8).
A altura total média (m) encontrada pelo IFFSC (10,0) foi superior quando comparada com
os estudos Scolforo et al. (2008) (7,91), Brun (2004) (9,1 e 9,7), Ruschel et al. (2009) (8,5 e 9,1)
respectivamente, porém, inferior aos resultados de Kilca & Longhi (2011) (12,54).
74
75
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
O número de indivíduos por hectare (ind.ha-1) do IFFSC (459,8) foi muito inferior quando
comparado com os trabalhos Scolforo et al. (2008) (973), Brun (2004) (5.167 e 4.167) e Kilca &
Longhi (2011) (714) respectivamente. Este resultado, como aquele do DAP, certamente é influenciado
pelo critério de inclusão adotado na medição das árvores, pois no IFFSC se utilizou como critério de
inclusão o DAP ≥ 10 cm, enquanto para os trabalhos 1, 2, 3 e 7 usaram-se a circunferência à altura do
peito (CAP) ≥ 15, 7, 10, 10 e 30 cm, respectivamente.
SAR. Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de Santa Catarina. 2005. Inventário
Florístico Florestal de Santa Catarina. Relatório do Projeto Piloto. Florianópolis. SAR (mimeo).
A área basal média por hectare (m².ha-1) encontrada pelo IFFSC (19,83) foi inferior quando
comparada com os trabalhos de Brun (2004) e Kilca & Longhi (2011), que apresentaram 26,6, 28,5 e
28,55 m².ha-1, respectivamente, porém superior ao trabalho de Scolforo et al. (2008) (16,21 m².ha-1).
Vibrans, A.C.; McRoberts, R.E.; Moser, P.; Nicoletti, A. 2013. Using satellite image-based
maps and ground inventory data to estimate the remaining Atlantic forest in the Brazilian state of Santa
Catarina. Remote Sensing of Environment 130: 87-95.
O número de espécies médio encontrado pelo IFFSC (38,37) foi inferior quando comparado ao
estudo de Kilca & Longhi (2011), no qual foram encontradas, em dez fragmentos de Floresta Estacional
Subtropical no Rio Grande do Sul, em média 50,7 espécies.
Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Lingner, D.V.; Gasper, A.L. de; Sabbagh, S. 2010. Inventário
florístico florestal de Santa Catarina (IFFSC): aspectos métodológicos e operacionais. Pesquisa
Florestal Brasileira 30(64): 291-302.
Vogel, H.L.M.; Schumacher, M.V.; Trüby, P. 2006. Quantificação da biomassa em uma floresta
estacional decidual em Itaara, RS, Brasil. Ciência Florestal 16(4): 419-425.
O peso seco (Mg.ha-1) encontrado no IFFSC (135,92) foi superior quando comparado com
os trabalhos de Scolforo et al. (2008) e Brun (2004) que apresentaram 88,69 e 102,26 Mg.ha-1,
respectivamente. Já os trabalhos de Brun (2004) e Vogel et al. (2006) encontraram peso seco superior
ao do IFFSC, acusando 157,64 e 210 Mg.ha-1, respectivamente.
Poucos trabalhos no âmbito da Floresta Estacional Decidual abordam o estoque de carbono
médio contido nas árvores. Dentre os trabalhos analisados, apenas o de Scolforo et al. (2008) quantificou
o estoque de carbono, encontrando 38,1 Mg.ha-1, valor inferior ao obtido pelo IFFSC (67,96).
Brun (2004) analisou uma Floresta Estacional Decidual secundária em Santa Tereza, Rio Grande
do Sul, encontrando valores médios para a biomassa total de 157,64 Mg.ha-1, enquanto a biomassa total
correspondeu a 52,41% da madeira do fuste.
Vogel et al. (2006), na quantificação da biomassa total acima do solo em uma Floresta Estacional
Decidual em Itaara, Rio Grande do Sul, encontraram valores de 210 Mg.ha-1, sendo que a madeira do
fuste das árvores corresponderam a 43,3% do total da biomassa.
Referências
Colwell, R.K.; Mao, C.X.; Chang, J. 2004. Interpolating, extrapolating, and comparing
incidence-based species accumulation curves. Ecology 85: 2717-2727.
FAO. Food and Agriculture Organization. 2009. National Forest Monitoring and Assessment –
Manual for integrated field data collection. NFMA Paper37/N. Roma.
Geoambiente Sensoriamento Remoto Ltda. 2008. Projeto de Proteção da Mata Atlântica em
Santa Catarina (PPMA/SC). Relatório Técnico do Mapeamento Temático Geral do Estado de Santa
Catarina. São José dos Campos. Geoambiente.
Gotelli, N.J.; Colwell, R.K. 2001. Quantifying biodiversity: procedures and pitfalls in the
measurement and comparison of species richness. Ecology Letters 4: 379-391.
Kersten, R.A.; Galvão, F. 2011. Suficiência Amostral em Inventário Florísticos e
Fitossociológicos. In: Felfili, J.M.; Eisenlohr, P.V.; Melo, M.M.R.F.; Andrade, L.A.; Neto, J.A.A.M.
(eds.). Fitossociologia no Brasil: Métodos e estudos de casos. Viçosa. UFV.
Pellico, N.S.; Brena, D.A. 1997. Inventario florestal. Curitiba. Edição dos autores.
Ribeiro, M.C.; Metzger, J.P.; Martensen, A.C.; Ponzoni, F.J.; Hirota, M.M. 2009. The Brazilian
Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for
conservation. Biological Conservation 142: 1141-1153.
76
77
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
78
Capítulo
3
Floresta Estacional Decidual
Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina1
Diameter-height, tree volume and biomass equations for Seasonal Deciduous Forest
in Santa Catarina
Alexander Christian Vibrans, Paolo Moser,
João Paulo de Maçaneiro, Débora Vanessa Lingner,
Luana Silveira e Silva
Este capítulo é dedicado aos escaladores José Francisco Torres,
Deunízio Stano, Eder Caglioni, Felipe Borsoi Saulo, Raphael Borsoi Saulo,
Renato Schmitz e Simone Silveira
Resumo
Modelos hipsométricos, volumétricos e de peso seco foram avaliados com base nos dados coletados em 78
Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, entre 2008 e 2009. Modelos hipsométricos
foram ajustados a partir de 271 alturas medidas e também a partir de 388 alturas estimadas, sorteadas entre 14.714
alturas estimadas. Os resultados de dez modelos diferentes para Nectandra megapotamica, Ocotea puberula e
o grupo das “Demais espécies” foram ranqueados de acordo com o R² e erro padrão relativo. A análise residual
foi realizada para assegurar normalidade, independência e homocedasticidade dos resíduos. A identidade dos
melhores modelos foi testada usando o teste F modificado por Graybill. As melhores equações de ambas as bases
de dados foram consideradas estatisticamente iguais mediante teste z (p>0.01). Equações para o volume com
casca foram ajustadas com base em 300 cubagens rigorosas de árvores em pé, para Nectandra megapotamica,
Ocotea puberula, “Demais espécies” e “Todas as espécies”, usando nove modelos diferentes. Ranking e controle
de qualidade foram realizados assim como para os modelos hipsométricos. Equações alométricas para estimativas
de peso seco oriundas de outros estudos em Florestas Estacionais Deciduais no Sul e Sudeste do Brasil foram
comparadas e aplicadas para estimar peso seco e estoque de carbono de árvores vivas e mortas em pé.
Abstract
Diameter-height, tree volume and biomass equations for trees of the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina
were derived from a data set collected by the IFFSC in 78 Sample Plots during 2008 and 2009. Tree height
equations were adjusted using data from 271 measured tree heights and from 388 estimated tree heights, randomly
chosen from 14.714 trees. Results of ten diameter-height models for Nectandra megapotamica, Ocotea puberula
and “Other tree species” were ranked following R² and relative standard error. Residual normality, independence
and homoscedasticity were analyzed, both based on measured and estimated heights. Identity of best fitting
equations was tested by Graybill’s modified F test. Equations from the two data sets were considered statistically
equal by z test (p>0.01). Stem volume (including bark) equations were adjusted based on taper measurements of
300 standing trees of Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, “Other tree species” and “All tree species”,
using nine different tree volume models. Ranking and quality checking were performed for all stem volume
equations. Allometric biomass equations developed in other sites within Seasonal Deciduous Forest in southern
Brazil were compared and used to estimate total living and standing dead tree biomass and carbon stocks.
Vibrans, A.C.; Moser, P., Maçaneiro, J.P. de; Lingner, D.V.; Silveira e Silva, L. 2012. Equações hipsométricas, volumétricas e de peso
seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.).
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.
1
81
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
3.1 Introdução
O diâmetro ou a circunferência das árvores na altura padrão (a 1,30 m do solo) é uma variável
que pode ser medida mais facilmente e com maior precisão entre as variáveis dendrométricas em
inventários florestais. A medição do diâmetro nas demais alturas do fuste das árvores, bem como da
altura deste fuste e da altura total das árvores são variáveis indispensáveis para a estimativa de volume e
do peso seco das árvores, mas são de difícil e dispendiosa medição, considerando precisão, tempo, mãode-obra e custo. Como estas são correlatas ao diâmetro à altura do peito (DAP), foram estimadas para
toda a população (ou comunidade) a partir do ajuste de modelos baseados em medições de diâmetro e a
variável dependente em questão numa subamostra de árvores (Finger 1992, Husch et al. 2003).
Como na literatura não foram encontradas equações descrevendo a relação hispométrica para
as florestas de Santa Catarina, a coleta de dados para ajuste de modelos hipsométricos foi realizada
de duas maneiras: a) em cada uma das Unidades Amostrais foi medido com hipsômetro a altura de
até oito árvores, totalizando 271 árvores, abrangendo todas as classes diamétricas; b) paralelamente a
estas medições, as alturas total e do fuste de todas as 14.714 árvores do componente arbóreo/arbustivo
(DAP ≥ 10 cm), foram estimadas pelo engenheiro de campo durante os levantamentos, além do
registro das demais variáveis de cada árvore (Capítulo 2 do Volume I). O objetivo deste procedimento
foi obter dados para o ajuste de modelos hipsométricos, considerando toda variabilidade de valores
causada pelas diferentes condições de sítio e fatores ambientais ao longo da área de abrangência da
Floresta Estacional Decidual. O segundo objetivo foi de comparar os modelos resultantes com modelos
baseados nas estimativas de altura feitas em campo, para validar os primeiros e subsidiar a definição
de rotinas de trabalho em futuros ciclos do IFFSC. O ajuste de modelos volumétricos para o volume
do fuste, por sua vez, baseou-se na cubagem rigorosa em pé do fuste de 300 árvores, realizada pelo
escalador de cada equipe de campo. Entende-se como fuste o tronco principal da árvore até a inserção
dos primeiros galhos da copa. Diante das impossibilidades legais e das dificuldades administrativas de
realizar levantamentos de peso seco em florestas pelo método destrutivo (quando árvores são cortadas
para esta finalidade), foram usadas as equações encontradas na literatura para florestas estacionais
no Sul e Sudeste do Brasil para as estimativas de peso seco a partir do diâmetro e da altura total das
árvores. Embora, em campo, tenha sido levantada a circunferência à altura do peito (CAP) das árvores,
utilizou-se, neste capítulo, o diâmetro (DAP) como variável independente no ajuste dos modelos, com
exceção de alguns modelos para estimativa do peso seco.
3.2 Modelos para estimativa da altura total das árvores
3.2.1 Metodologia
Após ajuste de modelos para os dados medidos com hipsômetro e para os dados estimados pelo
engenheiro de campo, os dois modelos para cada classe foram comparados, por meio do teste z e do
teste de identidade de modelos.
Tabela 3.1. Número de indivíduos medidos e utilizados para o ajuste das equações de regressão nos dados medidos com
hipsômetro e estimados pelo engenheiro de campo na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, com intervalo de
DAP.
Table 3.1. Number of trees measured and used to adjust diameter-height equations for measured and estimated heights in
Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, with DBH range.
Hipsômetro
Estimativa de campo
Número de
Amostra
DAP (cm)
indivíduos
utilizada min./max.
estimados
Número de
indivíduos
medidos
Amostra
utilizada
DAP (cm)
min./max.
Nectandra megapotamica
46
46
10 / 61
958
282
10 / 60
Ocotea puberula
89
89
10 / 61
1.151
296
10 / 68
Demais espécies
206
136
11 / 62
12.605
388
10 / 61
Espécie
Os modelos hipsométricos testados, com os coeficientes βi determinados e os parâmetros
estatísticos listados, foram organizados pelo ranking sugerido por Bartoszeck (2000).
Em seguida, foram executadas a análise visual dos gráficos dos resíduos de cada modelo e,
para eliminar qualquer intervenção subjetiva, efetuaram-se os seguintes testes: Kolmogorov-Smirnov
(para aderência à normalidade), sequências/runs test (para aleatoriedade) e Brown-Forsythe (para
homocedasticicidade). Apresentaram-se, de forma a corroborar as conclusões, os valores p relativos a
cada teste. Considerando a quantidade massiva de dados dos modelos ajustados com base nos dados
estimados, foram sorteados 80 resíduos do conjunto residual destes modelos, com o intuito de aprimorar
a apresentação residual e facilitar os testes estatísticos. Apresentaram-se também o resultado do teste
z , com seu respectivo valor p, para determinar se os dois modelos medem, em média, um conjunto de
alturas estatisticamente iguais. Por fim, realizou-se o teste de identidade de modelos, para investigar se
ambos os modelos (medido e estimado) são iguais do ponto de vista estatístico. O valor p deste teste
também é reportado. Para todos os testes de hipóteses foi adotado α = 0, 01 .
Foram ajustados 10 modelos de relação hipsométrica para estimativa da altura total do fuste cujas
Os modelos hipsométricos foram ajustados a partir de duas bases de dados, uma contendo
as alturas das árvores medidas com o hipsômetro e outra contendo as alturas estimadas em campo
pelo engenheiro da equipe. Para duas espécies com número suficiente de árvores medidas, Nectandra
megapotamica e Ocotea puberula, foram ajustados modelos específicos; para o grupo das “Demais
espécies”, no qual foram desconsideradas do conjunto de dados as duas espécies a cima citadas, foi
ajustado um modelo genérico.
variáveis independentes são: d, d², d³,
Ht, log Ht, ln Ht, log (Ht – 1,3),
Tabela 3.2.
1 1
,
e ln d. Os ajustes tiveram como variáveis dependentes:
d d2
1
H
t − 1,3
e
1
(Ht − 1,3)
Para facilitar a manipulação dos dados estimados pelos engenheiros de campo, realizou-se uma
amostragem aleatória dos mesmos com o objetivo de reduzir o número de dados, mantendo, entretanto,
a significância estatística da amostra. Para os dados medidos pelo hipsômetro, este procedimento não
foi necessário, face ao reduzido número de árvores amostradas. O número de indivíduos utilizados
para cada regressão (sem outliers, excluídos, seguindo metodologia detalhada no Volume I) consta na
Tabela 3.1.
82
83
1
3
. As equações utilizadas estão representadas na
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 3.2. Equações hipsométricas ajustadas para a estimativa da altura total do fuste na Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina. β 0 , β1 , β 2 e β 3 = coeficientes de regressão; ε = erro aleatório; Ht = altura total da árvore (m); d = diâmetro
à altura do peito (cm).
Table 3.2. Diameter-height equations adjusted for estimates of tree height in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
β 0 , β1 , β 2 e β 3 = regression coefficients; ε = residual error; Ht = total tree height (m); d = DBH (cm).
N°
Modelo
Autor
1
Finger
árvores de Nectandra megapotamica, Ocotea puberula e “Demais espécies”, juntamente com seus
indicadores de qualidade, seguidos de sua classificação no ranking de melhor modelo. Apresentam-se,
em negrito, os modelos mais eficientes segundo esta classificação de cada grupo de árvores.
Tabela 3.3. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pela medição com hipsômetro de Nectandra
megapotamica na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão, F = valor da
distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.3. Adjusted diameter-height equations based on measured heights (hypsometer) of Nectandra megapotamica in
Seasonal Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error, F = value of F-distribution;
RP = partial classification ranking; RG = general ranking.
R²
RP
R² aj.
RP
Sxy
(%)
RP
F
RP
RG
1
0,22
3
0,20
4
22,48
5
12,1
5
17
2
0,23
2
0,20
4
22,50
6
6,5
8
20
3
0,23
2
0,18
5
22,75
7
4,3
9
23
4
0,19
4
0,18
5
22,80
8
10,6
6
23
5
0,24
1
0,22
2
8,87
1
13,7
4
8
6
0,24
1
0,22
2
8,87
1
13,9
2
6
7
0,24
1
0,23
1
13,48
4
14,1
1
7
8
0,24
1
0,22
2
10,29
3
13,8
3
9
9
0,24
1
0,21
3
8,96
2
6,8
7
13
10
0,24
1
0,22
2
8,87
1
14,1
1
5
N°
2
Modelo
Finger
3
Finger
4
Finger
5
Loetsch
6
Loetsch
7
Finger
8
Finger
9
Barros et al.
10
Petterson
Os testes estatísticos foram executados em planilhas Microsoft Excel v. 2011; os gráficos 3D
foram gerados no software Maple v.12 © Maplesoft, Waterloo Maple Inc. 2012.
3.2.2 Resultados
3.2.2.1 Ajuste dos modelos hipsométricos
Nas Tabelas 3.3 a 3.8 são apresentados os resultados dos ajustes dos dez modelos hipsométricos
testados, tanto para as alturas medidas como para as alturas estimadas em campo, para o grupo das
84
85
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 3.4. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pelas estimativas dos engenheiros de campo de
Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão;
F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.4. Adjusted diameter-height equations based on estimated heights (forester) of Nectandra megapotamica in Seasonal
Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial
classification ranking; RG = general ranking.
Tabela 3.5. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pela medição com hipsômetro de Ocotea puberula na
Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor
da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.5. Adjusted diameter-height equations based on measured heights (hypsometer) of Ocotea puberula in Seasonal
Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial
classification ranking; RG = general ranking.
R²
RP
R² aj.
RP
Sxy
(%)
RP
F
RP
RG
N°
1
0,35
9
0,35
9
28,13
9
151,30
6
33
2
0,37
8
0,36
8
27,85
8
80,48
9
3
0,37
7
0,36
7
27,79
7
54,66
4
0,33
10
0,33
10
28,52
10
5
0,39
3
0,39
2
11,82
6
0,39
5
0,39
5
7
0,39
6
0,38
8
0,39
2
9
0,39
10
0,39
N°
Modelo
R²
RP
R² aj.
RP
Sxy
(%)
RP
F
RP
RG
1
0,40
5
0,39
5
30,40
8
57,6
6
24
33
2
0,47
4
0,45
4
32,83
10
37,4
9
27
10
31
3
0,47
4
0,45
4
28,89
7
25,1
10
25
139,46
7
37
4
0,40
5
0,39
5
30,49
9
56,9
7
26
2
180,50
2
9
5
0,51
1
0,50
1
11,52
1
90,0
2
5
11,85
4
178,31
4
18
6
0,49
3
0,48
3
11,78
3
82,3
5
14
6
17,49
6
175,31
5
23
7
0,49
3
0,49
2
18,97
6
84,6
4
15
0,39
1
14,52
5
180,87
1
9
8
0,51
1
0,50
1
13,85
5
90,1
1
8
1
0,39
3
11,83
3
90,39
8
15
9
0,51
1
0,50
1
11,57
2
44,8
8
12
4
0,39
4
11,38
1
178,49
3
12
10
0,50
2
0,50
1
12,09
4
87,6
3
10
86
Modelo
87
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 3.6. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pelas estimativas dos engenheiros de campo de Ocotea
puberula na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão;
F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.6. Adjusted diameter-height equations based on estimated heights (forester) of Ocotea puberula in Seasonal
Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial
classification ranking; RG = general ranking.
Tabela 3.7. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pela medição com hipsômetro para o grupo das
“Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor
da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.7. Adjusted diameter-height equations based on measured heights (hypsometer) of “Other tree species” in Seasonal
Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial
classification ranking; RG = general ranking.
RP
Sxy
(%)
RP
F
RP
RG
0,48
3
20,69
10
162,44
1
17
2
0,49
1
20,52
7
84,54
8
18
0,49
1
0,49
2
20,57
8
56,13
10
21
4
0,39
10
0,39
10
22,39
9
113,37
7
36
16
5
0,44
6
0,43
6
9,40
4
134,38
3
19
3
20
6
0,46
5
0,45
5
9,22
2
146,70
2
14
160,67
6
31
7
0,40
9
0,39
9
14,37
6
114,71
6
30
5
166,09
1
13
8
0,43
7
0,43
7
11,46
5
130,91
4
23
13,19
2
83,36
9
18
9
0,46
4
0,46
4
9,21
1
74,13
9
18
12,99
1
163,37
4
20
10
0,41
8
0,41
8
9,29
3
120,71
5
24
R²
RP
R² aj.
RP
Sxy (%)
RP
F
RP
RG
N°
1
0,36
9
0,35
8
30,58
9
161,94
5
31
1
0,48
3
2
0,37
2
0,36
2
30,39
8
84,27
8
20
2
0,49
3
0,37
1
0,36
1
30,38
7
56,61
10
196
3
4
0,30
5
0,30
10
31,86
10
126,03
7
32
5
0,36
6
0,36
5
13,20
3
165,40
2
6
0,36
7
0,36
6
13,20
4
165,09
7
0,35
10
0,35
9
20,05
6
8
0,36
4
0,36
3
16,17
9
0,36
3
0,36
4
10
0,36
8
0,36
7
N°
Modelo
88
Modelo
R²
RP R² aj.
89
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 3.8. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pelas estimativas dos engenheiros de campo para
o grupo das “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro
padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.8. Adjusted diameter-height equations based on estimated heights (forester) of “Other tree species” in Seasonal
Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial
classification ranking; RG = general ranking.
R²
RP
R²
aj.
RP
Sxy
(%)
RP
F
1
0,41
3
0,41
3
29,97
9
268,66
1
16
2
0,42
2
0,42
2
29,82
8
138,13
8
20
3
0,42
1
0,42
1
29,73
7
93,80
10
19
4
0,34
8
0,34
8
31,78
10
196,49
5
31
5
0,36
6
0,36
6
13,93
4
213,77
3
19
6
0,37
4
0,37
4
13,82
2
223,32
2
12
7
0,32
10
0,31
10
19,20
6
177,21
7
33
8
0,35
7
0,35
7
17,97
5
206,39
4
23
9
0,37
5
0,36
5
13,85
3
110,87
9
22
10
0,33
9
0,33
9
12,59
1
187,28
6
25
N°
Modelo
RP RG
e homocedasticidade residual foram aceitas ( p > 0, 01 ). Nota-se que os pressupostos de normalidade,
aleatoriedade e homocedasticidade foram atendidos em todos os casos com exceção da homocedasticidade
para o grupo das “Demais espécies”. Neste último caso, o valor p para homocedasticidade, no entanto, foi
muito baixo ( p > 0, 01 ), o que leva à rejeição da hipótese de homocedasticidade. Esta rejeição não faz com
que a regressão não seja válida, porém, indica que os coeficientes βi não são os melhores possíveis. Outra
consequência é que os estimadores das variâncias dos parâmetros do modelo são viesados, o que afeta o erro
padrão dos estimadores dos mínimos quadrados. Isso significa que os testes t e F (bem como os intervalos de
confiança) ficam comprometidos.
Em termos gerais, o atendimento dos três pressupostos, na maioria dos casos analisados, nos permite
concluir que é possível estabelecer estatisticamente uma correlação entre o diâmetro e a altura para Nectandra
megapotamica e Ocotea puberula e para o conjunto restante das espécies da Floresta Estacional Decidual.
3.2.2.2 Análise Residual
Os modelos mais eficientes foram submetidos à análise residual, com o intuito de investigar a
normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade dos resíduos.
Num primeiro momento, foi feita a análise visual dos gráficos residuais (Figura 3.1); para evitar
subjetividade inerente à análise visual, são apresentados nas Tabelas 3.9 a 3.11 os resultados dos testes
de hipóteses residuais previstos na metodologia proposta no Volume I com seus respectivos valores p e
consequentes conclusões a respeito das hipóteses lançadas. As hipóteses de normalidade, aleatoriedade
90
Figura 3.1. Distribuição dos resíduos das alturas medidas (à esquerda) e estimadas (à direita) para o melhor modelo das
árvores na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, de (a) e (b) Nectandra megapotamica, (c) e (d) Ocotea puberula
(e) e (f) “Demais espécies”.
Figure 3.1. Distribution of residuals of measured (left) and estimated (right) heights by best fitting models in Seasonal
Deciduous Forest in Santa Catarina for (a) and (b) Nectandra megapotamica, (c) and (d) Ocotea puberula, (e) and (f)
“Other tree species”.
91
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 3.9. Resultados dos testes de hipóteses residuais de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade para os modelos
hipsométricos (para alturas medidas e estimadas) de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina ( p > 0, 01 ).
Table 3.9. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted diameter-height models of
Nectandra megapotamica (for measured and estimated heights) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ).
Modelo
Teste
Kolmogorov-Smirnov Teste das Sequências
Valor p
Norm.
Valor p
Aleat.
Brown-Forsythe
Valor p
Homoc.
0,489
Aceita
0,60
Aceita
0,161
Aceita
0,960
Aceita
0,576
Aceita
0,039
Aceita
Tabela 3.10. Resultado dos testes de hipóteses residuais de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade para os modelos
hipsométricos (para alturas medidas e estimadas) de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual ( p > 0, 01 ).
Table 3.10. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted diameter-height models of
Ocotea puberula (for measured and estimated heights) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ).
Modelo
Teste
Kolmogorov-Smirnov Teste das Sequências
Valor p
Norm.
Valor p
Aleat.
Brown-Forsythe
Valor p
Homoc.
0,830
Aceita
0,013
Aceita
0,102
Aceita
0,149
Aceita
0,021
Aceita
0,034
Aceita
Tabela 3.11. Resultados dos testes de hipóteses de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade residual para os modelos
(para alturas medidas e estimadas) relativos ao grupo das “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual ( p > 0, 01 ).
Table 3.11. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted diameter-height models of
“Other tree species” (for measured and estimated heights) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ).
Modelo
Teste
Kolmogorov-Smirnov Teste das Sequências
Valor p
Norm.
Valor p
Aleat.
Brown-Forsythe
Valor p
Homoc.
0,798
Aceita
0,365
Aceita
0,000
Rejeitada
0,399
Aceita
0,057
Aceita
0,001
Aceita
3.2.2.3 Identidade dos modelos ajustados
Procedendo-se o teste z para médias, concluiu-se que tanto para Nectandra megapotamica,
como para Ocotea puberula e para o conjunto restante das espécies, os modelos ajustados com base nas
alturas medidas e nas estimadas são estatisticamente iguais, validando a hipótese de que os modelos
estimam, em média, as mesmas alturas. Este fenômeno pode ser conferido visualmente através da
sobreposição das curvas apresentadas na Figura 3.2.
92
Figura 3.2. Gráfico dos modelos hipsométricos medidos e estimados de (a) Nectandra
megapotamica, (b) Ocotea puberula e (c) “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina.
Figure 3.2. Graphics of adjusted models based on measured and estimated tree heights of
(a) Nectandra megapotamica, (b) Ocotea puberula and (c) “Other tree species” in Seasonal
Deciduous Forest in Santa Catarina.
93
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
O teste F (Zar 1984), descrito no Volume I, foi realizado para a identificação de curvas de
regressão coincidentes, o qual, em caso de resultado positivo, fornece subsídios para afirmação de que
ambas as bases de dados representem estatisticamente a mesma população. Com isso, verifica-se que
as bases de dados medidos e estimados são equivalentes, podendo-se utilizar qualquer uma das duas
para cálculos de estimativas dendrométricas e afins. Para possibilitar a comparação entre curvas de
regressão, a estrutura dos modelos deve ser a mesma, uma vez que o teste F leva em consideração a
soma dos quadrados residuais dos mesmos. Por esta razão, foi adotado, para Nectandra megapotamica,
também para as alturas estimadas o modelo Nº 10, uma vez que seus indicadores apresentaram diferença
insignificante se comparados ao modelo Nº 5 (melhor posicionado no ranking). O mesmo foi feito para
o modelo N° 5 de Ocotea puberula em substituição ao modelo N° 8 (com melhor posicionamento no
ranking). Os modelos N° 10 para Nectandra megapotamica e N° 5 para Ocotea puberula também
atendem aos pressupostos de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade (Tabelas 3.12 e 3.13).
Tabela 3.12. Resultados dos testes de hipóteses residuais de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade para as alturas
estimadas e o modelo hipsométrico N° 10 de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
( p > 0, 01 ).
Table 3.12. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted diameter-height model N° 10
of Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ).
Modelo
Kolmogorov-Smirnov
Valor p
Norm.
0,289
Aceita
Teste
Teste das Sequências
Valor p
Aleat.
0,257
Aceita
Brown-Forsythe
Valor p
Homoc.
0,16
Aceita
Tabela 3.13. Resultados dos testes de hipóteses residuais de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade para modelo
hipsométrico N° 5 de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina ( p > 0, 01 ).
Table 3.13. Results of residual normality, independence and homoscedasticity tests of adjusted diameter-height model N°
5 of Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ).
Modelo
Kolmogorov-Smirnov
Valor p
Norm.
0,126
Aceita
Teste
Teste das Sequências
Valor p
Aleat.
0,131
Aceita
Brown-Forsythe
Valor p
Homoc.
0,656
Aceita
Em seguida, foi realizado o teste F de identidade de modelos, ajustando-se uma regressão
única para as bases de dados combinadas e comparando-as às regressões ajustadas especificamente.
A hipótese nula de igualdade entre as regressões foi testada com os valores p obtidos para Nectandra
megapotamica, Ocotea puberula e “Demais espécies” foram maiores que 0,01, corroborando a hipótese
de que os modelos ajustados para as bases de dados medidas e estimadas são estatisticamente idênticos.
fita métrica a 0,3 m (toco); 1 m; 2 m; 3 m e, assim sucessivamente, de 1 em 1 metro, ao longo do
fuste, até o início da copa (Capítulo 2 do Volume I; Vibrans et al. 2010). O cálculo do volume do
fuste com casca (Vf c/c ) foi obtido através do uso da cubagem rigorosa pelo método de Smalian,
descrito por Finger (1992).
A partir dos dados totais da Floresta Estacional Decidual, realizou-se uma estratificação por
espécie. O critério para o ajuste de modelos individuais para uma espécie foi o de a mesma possuir
ao menos 30 indivíduos medidos. Nos casos em que houve um número substancial de indivíduos em
um estrato, foi realizada uma amostragem do mesmo a fim de facilitar a manipulação dos dados. Os
“outliers” (pontos discrepantes) foram extraídos das amostras a fim de evitar tendenciosidades entre os
modelos de regressão (metodologia detalhada no Volume I). Das 300 árvores cubadas restaram após a
remoção dos outliers 285 árvores que foram utilizadas para o ajuste das equações de regressão (Tabela
3.14). Assim foram ajustadas equações volumétricas para as espécies Nectandra megapotamica e
Ocotea puberula, para o grupo denominado “Demais espécies” e para o grupo “Todas as espécies”.
Tabela 3.14. Número de indivíduos utilizados para ajuste das equações de regressão para o volume do fuste com casca na
Floresta Estacional Decidual, com intervalo de DAP.
Table 3.14. Number of trees measured and used to adjust stem volume equations by species group in Seasonal Deciduous
Forest in Santa Catarina, with DBH range.
Espécie
Número de indivíduos
Amostra
DAP (cm) mín./máx.
Nectandra megapotamica
35
32
17 / 43
Ocotea puberula
72
68
18 / 57
Demais espécies
184
168
18 / 55
Todas as espécies
285
275
17 / 60
Na Tabela 3.15, constam as frequências por classe diamétrica dos 285 indivíduos utilizados
para ajuste dos modelos volumétricos.
Tabela 3.15. Distribuição das frequências das árvores utilizadas para o ajuste de modelos volumétricos por classe diamétrica
na Floresta Estacional Decidual.
Table 3.15. Frequency distribution of trees used to adjust stem volume equations by diameter class in Seasonal Deciduous
Forest in Santa Catarina.
Unidade Amostral
Centro das classes de diâmetro (cm)
15
20
25
30
35
40
45
50
55
≥ 60
TOTAL
3.3 Modelos para estimativa do volume do fuste com casca das árvores
435
3
1
-
-
-
1
-
-
-
-
5
3.3.1 Metodologia
438
2
-
-
-
1
-
-
-
-
-
3
O ajuste de modelos volumétricos foi realizado com base de dados de cubagem rigorosa do
fuste de 300 árvores em 57 das 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina. Os DAPs mínimos, médios e máximos das árvores cubadas foram 17,92 cm, 29,92 cm e
84,35 cm, respectivamente. Antes de realizar a cubagem rigorosa do fuste, foram medidos o DAP (d),
a altura do fuste até a inserção dos galhos da copa (Hf) e altura total (Ht) das árvores selecionadas com
fita métrica e hipsômetro, respectivamente. A cubagem do fuste foi realizada pelo escalador da equipe
de campo. De baixo para cima, as medidas dos diâmetros em diferentes alturas foram tomadas com
487
-
1
-
-
1
1
-
-
-
-
3
494
1
-
-
-
1
-
-
-
-
-
2
537
2
-
-
-
-
1
-
-
-
-
3
94
95
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral
Centro das classes de diâmetro (cm)
TOTAL
Unidade Amostral
15
20
25
30
35
40
45
50
55
≥ 60
597
-
1
2
1
2
1
-
-
-
-
7
1123
-
4
1
-
1
-
-
-
-
-
1187
1
1
2
1
-
-
-
-
-
1188
4
5
1
1
-
-
-
-
1249
2
2
2
2
-
-
-
1318
-
-
4
2
1
-
1388
-
2
3
-
2
1461
-
4
-
1
1542
1
3
3
1616
-
1
1618
-
1693
Centro das classes de diâmetro (cm)
TOTAL
15
20
25
30
35
40
45
50
55
≥ 60
2088
-
1
2
4
2
3
-
-
-
-
12
6
2100
-
4
3
1
-
-
-
-
-
-
8
-
5
2101
-
3
5
-
-
-
-
-
-
-
8
-
-
11
2166
-
1
3
1
1
1
-
-
-
-
7
-
-
-
8
2170
-
1
4
2
-
-
-
-
-
-
7
1
-
-
-
8
2172
1
3
-
3
2
-
-
-
-
-
9
-
-
-
-
-
7
2179
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
1
2
1
-
-
-
-
8
2192
-
-
1
1
-
1
-
-
-
-
3
1
-
-
-
-
-
-
8
2195
-
-
3
-
-
-
-
-
-
-
3
1
2
-
-
-
-
-
-
4
2216
-
1
3
1
3
1
-
-
-
-
9
2
2
-
-
-
-
-
-
-
4
2287
-
4
4
-
-
-
-
-
-
-
8
-
1
3
2
-
-
-
-
-
-
6
2310
-
-
-
1
1
1
1
-
-
1
5
1775
-
1
2
2
-
3
-
-
-
-
8
2414
-
-
1
-
2
-
-
-
-
-
3
1787
1
2
2
1
1
-
-
-
-
-
7
2510
-
-
2
1
1
3
-
-
-
-
7
1859
-
-
1
1
-
-
-
-
-
-
2
2515
-
3
-
2
-
1
-
-
-
-
6
1861
-
-
1
1
-
-
-
-
-
-
2
2531
-
-
1
-
1
-
2
-
1
1
6
1864
-
-
1
-
1
3
-
-
-
-
5
2987
-
-
2
2
1
1
-
-
-
-
6
1869
-
-
1
1
2
-
-
-
-
-
4
3097
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
1
1959
-
-
3
1
1
-
-
-
-
-
5
3309
-
1
1
1
-
-
-
1
-
-
4
1961
-
-
3
1
-
-
1
-
-
-
5
3414
-
3
-
1
-
-
-
-
-
-
4
1970
-
-
1
1
-
-
-
-
-
-
2
3416
-
1
-
2
-
1
-
-
-
-
4
2051
1
4
1
1
1
-
-
-
-
-
8
TOTAL
21
67
79
50
31
26
5
2
2
2
285
2079
1
-
-
1
-
-
-
-
1
-
3
96
97
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Foram ajustados nove modelos volumétricos para estimativa do volume total do fuste com
casca cujas variáveis independentes são: d, d², h, d²h, ln d²hf, ln d, ln h, ln CAP² e ln CAP²hf. Os ajustes
juntamente com seus indicadores de qualidade, seguidos de sua classificação no ranking do melhor modelo,
destacando em negrito o modelo N° 8 que, em todos os casos, mostrou ser o mais eficiente.
tiveram como variáveis dependentes: Vf, ln Vf e
na Tabela 3.16.
Tabela 3.17. Ajuste dos modelos para o volume do fuste com casca de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional
Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de
classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.17. Adjusted volume equations for estimates of stem volume with bark of Nectandra megapotamica in Seasonal
Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial
classification ranking; RG = general ranking.
. As equações utilizadas estão representadas
Tabela 3.16. Equações volumétricas ajustadas para a estimativa do volume total do fuste com casca na Floresta Estacional
Decidual. β 0 , β1 , β 2 e β 3 = coeficientes de regressão; ε = erro aleatório; Vf = volume total do fuste com casca (m3); d
= o diâmetro à altura do peito (cm); CAP = a circunferência da árvore na altura do peito (cm); Hf = a altura do fuste até a
inserção dos galhos da copa (m).
Table 3.16. Volume equations adjusted for estimates of stem volume with bark of trees in Seasonal Deciduous Forest in
Santa Catarina. β 0 , β1 , β 2 e β 3 = regression coefficients; ε = o residual ror; Vf = stem volume with bark (m3); d = DBH
(cm); CAP = CBH (cm); Hf = stem height (m).
N°
Modelo
Autor
1
S. H. Spurr
2
Stoate
N°
Modelo
R²
RP R²aj. RP Sxy (%) RP
F
RP RG
1
0,95
3
0,95
3
12,03
6
596,1
3
15
2
0,97
2
0,97
2
9,59
4
318,7
4
12
3
0,97
2
0,97
2
9,86
5
955,3
1
10
4
0,98
1
0,98
1
8,37
3
668,6
2
7
5
0,90
4
0,90
4
17,40
8
269,2
5
21
6
0,90
4
0,90
4
17,28
7
137,1
6
21
3
lnVf = β 0 + β1 ln(d h f ) + ε
Spurr
4
lnVf = β 0 + β1 ln d + β 2 ln h f + ε
Schumacher
7
0,88
5
0,87
5
19,72
9
108,5
7
26
5
Kopezky – Gehrhardt
8
0,98
1
0,98
1
1,12
1
668,6
2
5
6
Hohenadl e Krenn
9
0,97
2
0,97
2
1,32
2
955,3
1
7
7
2
lnVf = β 0 + β1 log d + β 2
1
+ε
d
Brenac
8
Adaptado de Schumacher-Hall
9
Adaptado de Schumacher-Hall
Após o ajuste dos modelos, as equações hipsométricas (com os coeficientes βi determinados)
e os respectivos parâmetros estatísticos listados, foram organizados pelo ranking sugerido por
Bartoszeck (2000). Em seguida, foram executadas as análises residuais de cada modelo. Procedeu-se
a análise visual dos gráficos do resíduo e, para eliminar qualquer intervenção subjetiva, efetuaramse os seguintes testes: Kolmogorov-Smirnov (para aderência à normalidade), sequências/runs test
(para aleatoriedade) e Brown-Forsythe (para homocedasticidade). Apresentam-se também, de forma a
corroborar as conclusões, os valores p relativos a cada teste. Por fim, apresentam-se à comparação entre
o volume estimado pelas equações volumétricas com o volume medido a partir da cubagem rigorosa
do fuste.
3.3.2 Resultados
3.3.2.1 Ajuste de modelos volumétricos
Nas Tabelas 3.17 a 3.20 constam os resultados dos ajustes de nove modelos volumétricos para os
grupos de árvores Nectandra megapotamica e Ocotea puberula, “Demais espécies” e “Todas as espécies”,
98
Tabela 3.18. Ajuste dos modelos para o volume do fuste com casca de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual.
R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação
parcial; RG = ranking geral.
Table 3.18. Adjusted volume equations for estimates of stem volume with bark of Ocotea puberula in Seasonal Deciduous
Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error, F = value of F-distribution; RP = partial classification
ranking; RG = general ranking.
N°
Modelo
R²
RP R²aj. RP Sxy (%) RP
F
RP
RG
1
0,97
2
0,97
2
9,36
6
2215,8
1
11
2
0,98
1
0,98
1
7,92
5
1040,8
4
11
3
lnVf = -8,5157 + 0,8756 ln d 2 h
0,96
3
0,96
3
8,77
6
1745,1
2
14
4
lnVf = -8,4847 + 1,8576 ln d + 0,6798 ln h
0,97
2
0,97
2
7,38
3
1247,7
3
10
5
0,89
5
0,89
5
18,00
9
551,4
5
24
6
0,90
4
0,90
4
17,48
8
294,9
6
25
7
0,87
6
0,86
6
16,86
7
212,5
7
26
8
0,97
2
0,97
2
0,98
1
1247,7
3
8
9
0,96
3
0,96
3
1,16
2
1745,1
2
10
99
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 3.19. Ajuste dos modelos para o volume do fuste com casca do grupo das “Demais espécies” na Floresta Estacional
Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão, F = valor da distribuição F; RP = ranking de
classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.19. Adjusted volume equations for estimates of stem volume with bark of “ Other tree species” in Seasonal
Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy= standard error, F = value of F-distribution; RP = partial
classification ranking; RG = general ranking.
N°
Modelo
R²
RP
R²aj. RP Sxy (%) RP
F
RP
RG
1
0,95
2
0,95
2
14,04
5
2728,6
1
10
2
0,96
1
0,96
1
12,46
3
1168,5
4
9
3
0,95
2
0,95
2
14,92
6
2561,9
2
12
4
0,96
1
0,96
1
13,30
4
1631,6
3
9
5
0,84
3
0,84
3
25,15
8
751,3
5
19
6
0,84
3
0,84
3
25,05
7
379,6
6
19
7
0,82
4
0,82
4
27,59
9
324,7
7
24
8
0,96
1
0,96
1
1,54
1
1631,6
3
6
9
0,95
2
0,95
2
1,73
2
2561,9
2
8
Tabela 3.20. Ajuste dos modelos para o volume do fuste com casca do grupo de “Todas as espécies” na Floresta Estacional
Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de
classificação parcial; RG = ranking geral.
Table 3.20. Adjusted volume equations for estimates of stem volume with bark of “All tree species” in Seasonal Deciduous
Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy= standard error, F = value of F-distribution; RP = partial classification
ranking; RG = general ranking.
N°
Modelo
R²
RP R²aj. RP Sxy (%) RP
F
RP
RG
1
0,95
3
0,95
3
13,77
6
4981,9
2
14
2
0,96
2
0,96
2
11,61
4
2372,9
4
12
3
0,95
3
0,95
3
12,57
5
5478,8
1
12
4
0,97
1
0,97
1
10,66
3
3860,9
3
8
5
0,85
4
0,85
4
23,71
9
1499,0
5
22
6
0,85
4
0,85
4
23,60
8
758,3
6
22
7
0,84
5
0,84
5
22,85
7
734,5
7
24
8
0,97
1
0,97
1
1,31
1
3860,9
3
6
9
0,95
3
0,95
3
1,54
2
5478,8
1
9
100
3.3.2.2 Análise Residual
O modelo N° 8 com seus respectivos coeficientes para todos os grupos de árvores analisadas
foi submetido à análise residual prevista na metodologia, com o intuito de investigar a normalidade,
aleatoriedade e homocedasticidade dos resíduos. A análise visual do gráfico residual da Figura 3.3
revelou que há indícios de que os pressupostos de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade
foram atendidos.
Figura 3.3. Distribuição do modelo N° 8 para estimativa do volume com casca de (a) Nectandra megapotamica, (b) Ocotea
puberula, (c) Demais espécies, (d) Todas as espécies.
Figure 3.3. Distribution of residuals of estimated stem volume with bark by model N° 8 for (a) Nectandra megapotamica,
(b) Ocotea puberula, (c) Other tree species. (d) All tree species.
Para evitar subjetividade inerente à análise visual, foram realizados os testes de hipóteses
residuais com seus respectivos valores p e consequentes conclusões a respeito das hipóteses lançadas
( p > 0, 01 ) (Tabelas 3.21 a 3.24).
101
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 3.21. Resultados dos testes de hipóteses para normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade residual do modelo
volumétrico N° 8 para Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table 3.21. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted stem volume model N° 8 for
Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Modelo
ln
Vf
=
−17, 7183 + 0,94998ln CAP 2 + 0, 6897 ln h
1000
Kolmogorov-Smirnov
p
Norm.
0,66
Aceita
Teste
Teste das
Sequêcias
p
Aleat.
0,5
Aceita
Brown-Forsythe
p
Homoc.
0,88
Aceita
Tabela 3.22. Resultados dos testes de hipóteses residuais para o modelo volumétrico N° 8 relativos à espécie Ocotea
puberula na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table 3.22. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted stem volume model N° 8 for
Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Modelo
Kolmogorov-Smirnov
p
Norm.
0,125
Aceita
Teste
Teste das
Sequêcias
p
Aleat.
0,044
Aceita
Brown-Forsythe
p
Homoc.
0,319
Aceita
Tabela 3.23: Resultados dos testes de hipóteses residuais para o modelo volumétrico N° 8 relativos ao grupo das “Demais
espécies” na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table 3.23. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted stem volume model N° 8 for
“Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Modelo
Kolmogorov-Smirnov
p
Norm.
0,196
Aceita
Teste
Teste das
Sequências
p
Aleat.
0,032
Aceita
Modelo
Kolmogorov-Smirnov
p
Norm.
0,275
Aceita
0,016
Aceita
p
Homoc.
0,521
Aceita
Brown-Forsythe
p
Homoc.
0,848
Aceita
3.3.2.3 Comparação entre volumes medidos e estimados
Nas Figuras 3.4, 3.6, 3.8 e 3.10 são apresentados em representação gráfica os valores do
volume do fuste com casca em função do DAP das árvores; constam os valores observados (medidos
na cubagem rigorosa dos fustes) e os valores estimados usando o modelo volumétrico N° 8. Nota-se um
agrupamento entre as nuvens de pontos dos valores observados e estimados, mostrando que o modelo
escolhido é representativo para o conjunto de dados analisados.
102
Como o modelo possui duas variáveis independentes (CAP e h), a representação gráfica de
todos os resultados possíveis resume-se a uma superfície (tridimensional). Nas Figuras 3.5, 3.7, 3.9
e 3.11 é apresentada no gráfico (a) esta superfície com os respectivos dados observados (medidos na
cubagem rigorosa dos fustes) plotados nas adjacências da mesma.
(a)
(b)
(c)
Brown-Forsythe
Tabela 3.24. Resultados dos testes de hipóteses residuais para o modelo volumétrico N° 8 relativos ao grupo de “Todas as
espécies” na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Table 3.24. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted stem volume model N° 8 for
“All tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Teste
Teste das Sequências
p
Aleat.
Figura 3.4. Valores de volume do fuste com casca medido e estimado pelo modelo N° 8 de
Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual, em função do DAP.
Figure 3.4. Comparison of observed and estimated stem volume with bark (model N° 8) for
Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, as function of DBH.
Figura 3.5. Análise da superfície dos valores preditos pelo modelo para volume do fuste com casca (Modelo N° 8) com
os dados observados (medidos) de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual; eixo x = altura do fuste (m),
eixo y = CAP (cm), eixo z = volume (m³) (a), relação binária entre o CAP (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (b) e relação
binária entre altura do fuste (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (c).
Figure 3.5. Surface analysis of predicted values of stem volume model N° 8 and observed (measured) values for Nectandra
megapotamica in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina; x axis = stem height (m), y axis = CBH (cm); z axis =
volume (m³) (a), binary relation between CBH (x axis) and stem volume (y axis) (b) and between stem height (x axis) and
stem volume (y axis) (c).
Nas figuras, o gráfico (b) apresenta a visão do plano CAP x Volume, evidenciando a relação
entre estas duas variáveis. Percebe-se que a taxa de variação do volume em função do aumento do CAP é
sensivelmente maior em árvores de grande porte, enquanto em árvores pequenas, pequenos incrementos
no CAP ocasionam pequenos incrementos no volume (esta conclusão pode ser corroborada pensandose nas derivadas ao longo da curva gerada pela borda superior da superfície planificada acima). O
gráfico (c), por sua vez, apresenta a visão do plano Altura x Volume, evidenciando a relação entre estas
duas variáveis. Neste, percebe-se o comportamento inverso: a taxa de variação do volume em função
do incremento da altura é sensivelmente maior em árvores de pequeno porte, enquanto em árvores bem
desenvolvidas, incrementos na altura ocasionam menores taxas de variação no volume (esta conclusão
103
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
também pode ser corroborada pensando-se nas derivadas ao longo da curva gerada pela borda superior
da superfície planificada acima).
Figura 3.6. Valores de volume do fuste com casca medido e estimado pelo modelo N° 8
de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual, em função do DAP.
Figure 3.6. Comparison of observed and estimated stem volume with bark (model N°
8) for Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, as function of
DBH.
Figura 3.8. Valores de volume do fuste com casca medido e estimado pelo modelo N° 8
das “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual, em função do DAP.
Figure 3.8. Comparison of observed and estimated stem volume with bark (model N°
8) for “Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, as function
of DBH.
(a)
(a)
(b)
(c)
(c)
Figura 3.7. Análise da superfície dos valores preditos pelo modelo para volume do fuste com casca (Modelo N° 8) com os
dados observados (medidos) de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual; eixo x = altura do fuste (m), eixo y = CAP
(cm), eixo z = volume (m³) (a), relação binária entre o CAP (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (b) e relação binária entre
altura do fuste (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (c).
Figure 3.7. Surface analysis of predicted values of stem volume model N° 8 and observed (measured) values for Ocotea
puberula in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina; x axis = stem height (m), y axis = CBH (cm); z axis = volume
(m³) (a), binary relation between CBH (x axis) and stem volume (y axis) (b) and between stem height (x axis) and stem
volume (y axis) (c).
104
(b)
Figura 3.9. Análise da superfície dos valores preditos pelo modelo para volume do fuste com casca (Modelo N° 8)
com os dados observados (medidos) de “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual; eixo x = altura do fuste
(m), eixo y = CAP (cm), eixo z = volume (m³) (a), relação binária entre o CAP (eixo x) e volume do fuste (eixo y)
(b) e relação binária entre altura do fuste (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (c).
Figure 3.9. Surface analysis of predicted values of stem volume model N° 8 and observed (measured) values for
“Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina; x axis = stem height (m), y axis = CBH (cm); z
axis = volume (m³) (a), binary relation between CBH (x axis) and stem volume (y axis) (b) and between stem height
(x axis) and stem volume (y axis) (c).
105
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Os valores da densidade básica da madeira das espécies foram obtidos de dados da literatura e
da base de dados do Instituto de Investigaciones de la Amazonia Peruana (IIAP) (Zanne et al. 2009).
Para 176 espécies, entre as 246 encontradas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, foram
encontradas valores de densidades na literatura. A densidade das espécies restantes (70) foi estimada a
partir da média do conjunto de espécies pertencentes ao mesmo gênero ou família.
Foram testados 18 modelos para estimativa do peso seco total das árvores vivas e mortas, com
as seguintes variáveis independentes: CAP, d, d², d²h, ln d²h, ln d, ln d², ln d³, ln h, h, p, pd²h, ln p e
d²hp, sendo d - diâmetro à altura do peito em centímetros; CAP - a circunferência à altura do peito em
centímetros; h - altura total da árvore em metros; p - densidade específica da madeira em g/cm³. Os
modelos tiveram como variáveis dependentes: PS, ln PS, BS e ln BS, sendo PS - o peso seco do fuste
da árvore em kg e BS - biomassa seca do fuste da árvore em kg. As equações constam na Tabela 3.25.
Figura 3.10. Valores de volume do fuste com casca medido e estimado pelo modelo N° 8 das
“Todas as espécies” na Floresta Estacional Decidual, em função do DAP.
Figure 3.10. Comparison of observed and estimated stem volume with bark (model N° 8) for
“All tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, as function of DBH.
(a)
(b)
(c)
Tabela 3.25. Equações testadas para estimativa do peso seco total das árvores na Floresta Estacional Decidual. PS = o peso
seco do fuste da árvore em kg; d = diâmetro à altura do peito em centímetros; CAP = a circunferência à altura do peito em
centímetros; BS = biomassa seca do fuste da árvore em kg; h = altura total do fuste da árvore em metros; p = densidade
específica da madeira em g.cm-3.
Table 3.25. Equations tested for estimates of total dry weight of trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. PS
= dry weight (kg); d = DBH (cm); CAP = CBH (cm); BS = dry biomass of tree stem (kg); h = stem height (m); p = specific
wood density (g.cm-3).
N°
Modelo
Autor
1
Burger & Delitti (2008)
2
Burger & Delitti (2008)
3
Burger & Delitti (2008)
4
Burger & Delitti (2008)
5
Burger & Delitti (2008)
6
Burger & Delitti (2008)
7
Burger & Delitti (2008)
8
Vogel et al. (2006)
9
Burger & Delitti (2008)
10
Burger & Delitti (2008)
11
Burger & Delitti (2008)
3.4 Modelos para estimativa do peso seco total das árvores
12
Burger & Delitti (2008)
3.4.1 Metodologia
13
Chaves et al. (2005)
Diante da impossibilidade de usar o método destrutivo, por conta de impedimentos legais e da
falta de autorização pelo órgão ambiental competente, a estimativa do peso seco (ou biomassa) total
das árvores foi realizada por meio de equações ajustadas por outros estudos realizados em Florestas
Estacionais no Sul e Sudeste do Brasil.
14
Chaves et al. (2005)
15
Chaves et al. (2005)
16
Chaves et al. (2005)
17
Chaves et al. (2005)
18
Chaves et al. (2005)
Figura 3.11. Análise da superfície dos valores preditos pelo modelo para volume do fuste com casca (Modelo N° 8)
com os dados observados (medidos) de “Todas as espécies” na Floresta Estacional Decidual; eixo x = altura do fuste
(m), eixo y = CAP (cm), eixo z = volume (m³) (a), relação binária entre o CAP (eixo x) e volume do fuste (eixo y)
(b) e relação binária entre altura do fuste (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (c).
Figure 3.11. Surface analysis of predicted values of stem volume model N° 8 and observed (measured) values for
“All tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina; x axis = stem height (m), y axis = CBH (cm); z
axis = volume (m³) (a), binary relation between CBH (x axis) and stem volume (y axis) (b) and between stem height
(x axis) and stem volume (y axis) (c).
O carbono estocado nas árvores com casca foi estimado por meio da multiplicação das estimativas
de biomassa obtidas pelo fator 0,5, considerando-se que o peso seco contém aproximadamente 50% de
carbono como constataram Fukuda et al. (2003), Soares & Oliveira (2002) e Fang et al. (2001).
106
107
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
3.4.2 Resultados
A estimativa do peso seco total na Floresta Estacional Decidual, foi realizada para as árvores vivas
e para as árvores mortas, separadamente. Levando em consideração a similaridade das características
estruturais (DAP, área basal, alturas mínimas, médias e máximas) entre as florestas estudadas pelos
autores citados e das florestas catarinenses, selecionaram-se seis modelos (N° 7, 8, 15, 16, 17 e 18) que
se mostraram mais adequados para a aplicação. O modelo logarítmico N° 8 (Figura 3.12), desenvolvido
por Vogel et al. (2006) para um remanescente da Floresta Estacional Decidual em Itaara, Rio Grande do
Sul, foi escolhido pela menor distância geográfica em relação à Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina.
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Tabela 3.26. Número total de indivíduos (N), peso seco total (PS) e estoque total de carbono por classe diamétrica das
árvores vivas amostradas da Floresta Estacional Decidual.
Table 3.26. Tree number (N), dry weight (PS) and total carbon stock by diameter class of all sampled living trees in
Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Intervalo entre
classes (cm)
Centro da
classe (cm)
N
%
PS (Mg)
%
Carbono
(Mg)
PS p/árvore
(Mg)
5 ˫ 15
10
7435
48,50
417,6
10,83
208,8
0,06
15 ˫ 25
20
5206
33,96
853,0
22,12
426,5
0,16
25 ˫ 35
30
1588
10,36
710,3
18,42
355,1
0,45
35 ˫ 45
40
632
4,12
578,3
15,00
289,2
0,92
45 ˫ 55
50
247
1,61
384,4
9,97
192,2
1,56
55 ˫ 65
60
106
0,69
261,3
6,78
130,7
2,47
65 ˫ 75
70
56
0,37
198,5
5,15
99,3
3,54
75 ˫ 85
80
24
0,16
120,1
3,11
60,0
5,00
85 ˫ 95
90
19
0,12
127,6
3,31
63,8
6,72
>95
-
16
0,10
204,7
5,31
102,4
12,79
100,0
3855,8
100,0
Total
15329
1927,9
Tabela 3.27. Número total de indivíduos (N), peso seco total (PS) e estoque total de carbono por classe diamétrica das
árvores mortas amostradas da Floresta Estacional Decidual.
Table 3.27. Tree number (N), dry weight (PS) and total carbon stock by diameter class of all sampled dead trees in Seasonal
Deciduous Forest in Santa Catarina.
Figura 3.12. Relação entre o peso seco e o DAP das árvores vivas na Floresta Estacional Decidual, de acordo
com a equação N° 8 (Vogel at al. 2006).
Figure 3.12. Relationship between dry weight of living trees and DBH in Seasonal Deciduous Forest in Santa
Catarina, according to equation N° 8 (Vogel at al. 2006).
Nas Tabelas 3.26 e 3.27 encontram-se os valores de peso seco total e por árvore, separados
por classe diamétrica, para as árvores vivas e mortas. Observa-se que o peso seco total das árvores
decresce nas classes dos maiores diâmetros, devido ao decréscimo do número de indivíduos amostrados
nas classes superiores, mantendo-se uma concentração maior do peso seco nas classes inferiores por
conterem um número muito maior de indivíduos.
Intervalo entre
classes (cm)
Centro da
classe (cm)
N
%
PS morto
total (Mg)
%
Carbono
(Mg)
PS p/árvore
(Mg)
5 ˫ 15
10
328
35,9
18,6
6,4
9,3
0,06
15 ˫ 25
20
338
37,0
59,3
20,3
29,7
0,18
25 ˫ 35
30
140
15,3
63,2
21,6
31,6
0,45
35 ˫ 45
40
63
6,9
55,5
19,0
27,7
0,88
45 ˫ 55
50
28
3,1
44,8
15,3
22,4
1,60
55 ˫ 65
60
9
1,0
21,6
7,4
10,8
2,40
65 ˫ 75
70
5
0,5
17,3
5,9
8,6
3,46
75 ˫ 85
80
1
0,1
5,0
1,7
2,5
5,00
85 ˫ 95
90
1
0,1
7,1
2,4
3,6
7,10
100,0
292,4
100,0
146,2
Total
108
913
109
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Referências
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3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
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110
111
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
112
113
Capítulo
4
Floresta Estacional Decidual
Flora vascular da Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina1
Vascular Flora of the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina
André Luís de Gasper, Lucia Sevegnani, Leila Meyer,
Marcos Guerra Sobral, Marcio Verdi, Anita Stival dos Santos,
Susana Dreveck, Alexandre Korte, Alexandre Uhlmann
Resumo
O presente trabalho apresenta as espécies constantes da Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina, como resultado do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. Foram estudadas 79
Unidades Amostrais, com área de 4.000 m2 cada. As espécies de todas as sinúsias encontradas em
estádio fértil, em cada fragmento inventariado e no seu entorno, também foram consideradas. Ao todo,
foram registradas 477 espécies. Esse conjunto representa 104 famílias e 303 gêneros. No componente
arbóreo/arbustivo e regeneração natural foram amostradas 236 espécies, sendo 207 com diâmetro na
altura do peito DAP ≥ 10 cm – componente arbóreo/arbustivo e, 162 com diâmetro na altura do peito
DAP ≤ 10 cm e altura ≥ 1,50 m – regeneração natural. Dessas, 56% são comuns a ambas as sinúsias,
sendo exclusivas da arbórea 74 espécies e da regeneração 29. A coleta de material fértil no entorno e
na Unidade Amostral - florístico extra - registrou 331 angiospermas, 58 de pteridófitas, além de uma
gimnosperma (Araucaria angustifolia), contribuindo com os resultados obtidos. Das 389 espécies, 194
foram árvores ou arbustos, 137 ervas terrícolas, 34 epífitos e 43 lianescentes. Entre as ameaçadas de
extinção foram registradas Dicksonia sellowiana, Ocotea odorifera e Araucaria angustifolia.
Abstract
This chapter lists the vascular species collected in Seasonal Deciduous Forest of Santa Catarina during
the IFFSC (Forest Floristic Inventory of Santa Catarina). A total of 79 Sample Plots were studied. Each
Sample Plot had 4,000 m2. Species with fertile material found in Sample Plots and its surroundings
were also collected, recording 477 species to Seasonal Decidual Forest. This collection represents 104
families and 303 genera, 207 of them were sampled in the tree/shrub component (diameter at breast
height DBH ≥ 10 cm) and 162 species in the regeneration/understory component (DBH < 10 cm and
height ≥ 1.50 m). 56% of these species are common to both strata; 74 species were only found in the
tree/shrub component and 29 species in the natural regeneration. The collection of fertile material in
the surroundings and in Sample Plots - named floristic sampling - registered 331 angiosperms, 58 ferns
and one gymnosperm (Araucaria angustifolia). Among 389 species, 194 were trees or shrubs, 137
terrestrial herbs, 34 epiphytic and 43 lianescent. Endangered species such as Dicksonia sellowiana,
Ocotea odorifera and Araucaria angustifolia were also recorded.
Gasper, A.L. de; Sevegnani, L.; Meyer, L.; Sobral, M.G.; Verdi, M.; Santos, A.S. dos; Dreveck, S.; Korte, A.; Uhlmann, A. 2012. Flora
vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.).
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.
1
115
4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
4.1 Introdução
4.2 Metodologia
A Floresta Estacional Decidual, em Santa Catarina, distribui-se na bacia do rio Uruguai,
especialmente na parte média e baixa dos vales formados por seus afluentes e o rio principal, com maior
extensão no Sudoeste do estado. Ela tem área original de 7.962 km², em altitudes preferenciais de 150
m a 800 m e, excepcionalmente, em alguns pontos, próximos a 900 m (Klein 1978). Esta floresta foi
estudada de 1957 a 1964, pela equipe da Flora Ilustrada Catarinense, do Herbário Barbosa Rodrigues,
Itajaí, SC, conforme descrito no Plano de Coleção (Reitz 1965).
A relação florística aqui apresentada resulta das coletas de campo do Inventário Florístico
Florestal de Santa Catarina (IFFSC), especificamente da Floresta Estacional Decidual. Foram incluídas
as espécies de plantas vasculares. A metodologia de instalação das Unidades Amostrais e coletas segue
o descrito no Capítulo 2 do Volume I, tendo sido inventariadas 78 Unidades Amostrais (27,9 ha) e, uma
Unidade Amostral complementar (0,4 ha), por ter sido instalada fora da grade sistemática de pontos,
distantes 5 x 5 km.
Desde a segunda metade do século XX, esta mesma região fitoecológica está sob intensa
exploração dos recursos florestais e, por isso, os remanescentes se encontram muito reduzidos e
fragmentados, com grande perda de diversidade (Aldrich & Hamrick 1998), sendo extensa área, outrora
coberta por floresta, convertida em área agrícola e de pastagem. Segundo Klein (1972; 1978), à época,
esta já sofria com a exploração indiscriminada de madeira e com a sua substituição pela agricultura,
dada a fertilidade dos solos da região, tanto que as florestas primárias eram representadas por poucos e
pequenos núcleos.
Neste trabalho, o componente arbóreo/arbustivo refere-se às espécies medidas em campo, com
DAP ≥ 10 cm, a 1,3 m do solo, em área de 4.000 m2 e a regeneração natural refere-se aos indivíduos
medidos em campo com DAP < 10 cm e altura ≥ 1,50 m, em área de 100 m2. No entanto, o componente
aqui denominado florístico extra, refere-se a todas as coletas de plantas férteis feitas no interior e nos
arredores das Unidades Amostrais, mesmo que esteja fora dos critérios de inclusão acima citados, bem
como, durante a caminhada de acesso às Unidades Amostrais.
Com relação à origem da Floresta Estacional, Bigarella (1964) supõe que ela representa uma
vegetação recente em Santa Catarina, sendo seu ingresso posterior àquele dos campos e da Floresta
Ombrófila Mista. Assim, ela seria considerada um prolongamento das florestas da bacia do rio Paraná e
teria migrado pela província de Missiones, na Argentina (Rambo 1951; 1956), o que parece confirmar
a tese de Pennington et al. (2009), que nominaram o bloco vegetacional contido nesta região como
“núcleo Missiones”, dentro do que ele considerou Florestas Estacionais Tropicais Secas.
Se comparada com as demais regiões fitoecológicas presentes no estado, a floresta da bacia do
Uruguai, ou Floresta Estacional, apresenta-se mais pobre em espécies que as demais (Murphy & Lugo
1986), no entanto, é composta de espécies típicas, tais como Apuleia leiocarpa, Albizia niopoides e
Ruprechtia laxiflora. O número de espécies arbóreas é relativamente pequeno e epífitos estão quase
completamente ausentes, mas há uma bem marcada deciduidade das espécies do dossel e das emergentes
(Klein 1972; 1978). Ruschel et al. (2003) comentaram que essa região fitoecológica possuía o maior
número de espécies madeireiras do estado, contudo, a densidade delas foi fortemente reduzida em
virtude das décadas consecutivas de exploração.
Recente síntese das florestas estacionais do Rio Grande do Sul, especialmente as existentes
ao longo da borda sul da Serra Geral, foi efetuada por Schumacker et al. (2011), com Scipioni et al.
(2011) caracterizando seus aspectos florísticos, Kilca & Longhi (2011) os fitossociológicos e Alberti et
al. (2011) os fenológicos; os fatores determinantes de sua presença, clima e solo, foram estudados por
Ferraz & Roberti (2011) e Pedron & Dalmolin (2011), respectivamente.
Apenas os indivíduos identificados em nível de espécie ou gênero foram listados. No caso da
determinação ter sido possível apenas até gênero, somente foram listados aqueles que não tiveram
outras espécies, evitando assim superestimativas2.
Além da florística, utilizou-se o software ArcGIS 10 (ESRI 2011) para analisar a riqueza de
espécies. Sobre o mapa do estado de Santa Catarina, foram plotados os pontos de alocação das Unidades
Amostrais, bem como as quadrículas de 20 x 20 km (em linhas de latitude e longitude medida na linha
do Equador). Como cada quadrícula possuía mais que uma Unidade Amostral, o algoritmo do programa
calculou o número de espécies contidas nas amostras circunscritas a cada quadrícula, permitindo assim
identificar as variações espaciais da riqueza específica amostrada.
As espécies exóticas encontradas nos fragmentos foram excluídas da listagem apresentada
neste trabalho. Para as angiospermas, a circunscrição das famílias adotada é o APG III (2009). Para
monilófitas (samambaias e xaxins) foi seguida a classificação de Smith et al. (2006) e para as licófitas
(licopódios) a de Kramer & Green (1990) estas duas divisões são chamadas geralmente de pteridófitas.
Após sinonimização, foi efetuada comparação entre as espécies arbóreas listadas por Reitz et
al. (1979) para a Floresta Estacional Decidual e as deste trabalho. As espécies amostradas pelo IFFSC,
mas não listadas pelo trabalho de Reitz et al. (1979), tiveram descritas as suas preferências ecológicas
conforme especificado nos fascículos da Flora Ilustrada Catarinense. Foi registrada para cada espécie a
bacia hidrográfica na qual houve coleta de amostra botânica incorporada ao Herbário FURB.
Na Argentina, no limite com Santa Catarina, estudo feito no Parque Provincial Cruce Caballero,
Misiones (Ríos et al. 2010), caracterizou a estrutura fitossociológica do componente arbóreo de áreas
cobertas por Floresta Estacional ou por Floresta Ombrófila Mista, buscando estabelecer suas relações
com as tipologias de solo. Os autores avaliaram também a similaridade destas com outras florestas
existentes na Argentina e no Brasil.
4.3 Resultados e discussão
Em Santa Catarina, como se pode constatar, exceto por levantamentos florístico e fitogeográfico
históricos de Klein (1972; 1978), Reitz et al. (1979) e, mais recentemente, de modo pontual a avaliação
da estrutura efetuada por Ruschel et al. (2003; 2005; 2009), a Floresta Estacional Decidual tem sido
pouco estudada.
Para as angiospermas, a família com maior riqueza específica foi Fabaceae (41 espécies), seguida
de Myrtaceae (35) e Asteraceae (33). Os gêneros com maior riqueza foram: Solanum (17 espécies),
Eugenia (12), Peperomia (oito), Myrcia e Piper (sete cada). Diversos pesquisadores destacam Fabaceae
e Myrtaceae como sendo uma família importante dentro das Florestas Estacionais (Reitz et al. 1979;
Klein 1972; 1978; Pennington et al. 2009; Ruschel et al. 2009; Ríos et al. 2010).
O presente trabalho tem como objetivo caracterizar a composição florística atual da Floresta
Estacional Decidual, a partir dos dados do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC),
bem como analisar a distribuição da riqueza de espécies nesta área de estudo.
116
O levantamento total resultou na amostragem de 57 espécies de pteridófitas, uma de gimnosperma
e 419 de angiospermas. Esse conjunto representa 104 famílias (Figura 4.1) e 303 gêneros (Apêndice I
e Tabela 4.1), evidenciando grande riqueza dentro dos grupos taxonômicos (Figura 4.2).
Os valores neste capítulo podem variar em relação aos demais pela adição da Unidade Amostral complementar e, pela junção das listas
da florística com as do componente arbóreo/arbustivo e da regeneração natural. Destas, as espécies em nível genérico foram excluídas,
quando havia um espécime identificado no levantamento florístico.
2
117
4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
O esforço de amostragem efetuado pelo IFFSC abrangeu 62% das espécies relacionadas por
Stehmann et al. (2009) para a Floresta Estacional Decidual, considerando todo bioma Mata Atlântica
no Brasil, o que demonstra a riqueza florística desta região fitoecológica de Santa Catarina.
Brack et al. (1985), em trabalho de florística realizado no Parque Estadual do Turvo, no extremo
Noroeste do Rio Grande do Sul, nas proximidades da divisa com Santa Catarina, encontraram 658
espécies de angiospermas (de todas as sinúsias), reunidas em 121 famílias, até o momento a maior
diversidade de espécies para esta região florestal em um mesmo trabalho.
Cabe destacar que constam na lista das espécies ameaçadas de extinção (MMA 2008), Dicksonia
sellowiana, Araucaria angustifolia e Ocotea odorifera, essas registradas pelo presente estudo.
4.3.1 Resultado do componente arbóreo/arbustivo e regeneração natural
Figura 4.1. Distribuição do número de espécies entre as famílias com mais de 10 espécies cada, amostradas na Floresta
Estacional Decidual de Santa Catarina.
Figure 4.1. Distribution of species among families with more than 10 species each, sampled in the Seasonal Deciduous
Forest of Santa Catarina
Tabela 4.1. Síntese da florística amostrada no âmbito da Floresta Estacional Decidual e seus ecótonos com a Floresta
Ombrófila Mista e Estepe Ombrófila, no Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina.
Table 4.1. Summary of floristic sampled within the Seasonal Deciduous Forest and its ecotones with the Mixed Ombrophylous
Forest and grasslands in the Floristic and Forest Inventory of Santa Catarina.
Florística do Inventário Florestal de Santa Catarina
N°.
Famílias de angiospermas
90
Famílias de angiospermas com 10 ou mais espécies
11
Gêneros de angiospermas
275
Famílias de pteridófitas
13
Gêneros de pteridófitas
27
Famílias de gimnospermas
1
Gêneros de gimnospermas
1
Espécies amostradas
477
Espécies de angiospermas
419
Espécies de pteridófitas
57
Espécies de gimnospermas
1
Espécies do componente arbóreo/arbustivo
204
Espécies exclusivas de regeneração natural
29
Espécies exclusivas do componente arbóreo/arbustivo
74
Espécies levantadas exclusivamente do florístico extra
419
Espécies ameaçadas de extinção (MMA 2008)
3
Espécies arbóreas citadas por Reitz et al. (1979) não encontradas no IFFSC
118
36
Considerando somente árvores e arbustos, foram registradas, no total, 236 espécies (três
samambaias, uma gimnosperma e 232 angiospermas), das quais 207 pertencentes ao componente
arbóreo/arbustivo e 162 pertencentes à regeneração natural. Deste total, 56% (133 espécies) são comuns
a ambos os componentes, mas muitas foram encontradas em apenas um deles, sendo 74 exclusivamente
do arbóreo e 29 do de regeneração natural.
Comparativamente, Reitz et al. (1979) citam um número menor de espécies arbóreas (164
espécies) para o Oeste catarinense que o registrado neste trabalho. Contudo, ainda assim 36 das
espécies citadas por Reitz et al. (1979) não foram encontradas por este trabalho (Tabela 4.2). Dentre
estas, destaca-se Euterpe edulis, que é muito frequente na bacia do rio Paraná e também encontrada em
Missiones, ocorria somente em manchas esparsas no Alto Uruguai e atualmente, possivelmente, está
extinta nesta área (Klein 1972; Reitz 1974; Reitz et al. 1979; Tortorelli 2009). Terminalia australis,
Pouteria salicifolia, Calliandra selloi e Sebastiania schottiana são espécies características das
associações existentes nos barrancos e ilhas dos rios do planalto segundo Exell & Reitz (1967) e,
possivelmente, não foram amostradas em decorrência da destruição das matas ciliares ao longo do
rio Uruguai e dos seus afluentes, mas também podem não ter sido abrangidas pela grade de Unidades
Amostrais. No entanto, Ocotea porosa ocorre na bacia do rio Uruguai somente nas zonas de transição
entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Estacional Decidual em altitudes entre 600 m e 800 m. Não
há registro para Santa Catarina de Faramea porophylla e Guarea guidonia, sendo a última encontrada
em Missiones, segundo Pennington et al. (1981). Senna oblongifolia, segundo Bortoluzzi et al. (2010)
ocorre preferencialmente na Floresta Ombrófila Mista, na Floresta Ombrófila Densa Altomontana e na
Matinha Nebular.
Alguns trabalhos, que se dedicaram à descrição da estrutura da vegetação através de métodos
fitossociológicos, permitem comparações com a riqueza específica encontradas nas Unidades Amostrais
do presente trabalho. O trabalho de Ruschel et al. (2005; 2009), em Santa Catarina, indicou que a
riqueza de espécies em fragmentos analisados pelos autores variou entre 57 e 91 espécies.
Outros trabalhos realizados no Rio Grande do Sul podem contribuir para entender o número
médio de espécie em levantamentos deste tipo, como os de Tabarelli (1992), Farias et al. (1994),
Jarenkow & Waechter (2001), Hack et al. (2005), Ruschel et al. (2007) e Longhi et al. (2009), que
registraram entre 51 e 112 espécies. Para o município de Santa Tereza, levantamentos efetuados com
base em bibliografia e em campo, Vaccaro (1997) registrou 93 espécies e 37 famílias.
Embora, no conjunto total das Unidades Amostrais, este trabalho tenha apontado para uma
elevada riqueza de espécies, quando observadas individualmente, nota-se que muitas áreas apresentavam
baixíssima diversidade, possivelmente reflexo da intensa exploração e degradação ambiental a qual está
sujeita a região como um todo.
119
4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 4.2. Espécies arbóreas citadas por Reitz et al. (1979) para a Floresta Estacional Decidual, mas não encontradas pelo
Inventário Florestal de Santa Catarina, com respectivas informações sobre sua distribuição, com base em fascículos da
Flora Ilustrada Catarinense.
Table 4.2. Tree species related to the Seasonal Deciduous Forest by Reitz et al. (1979) but not sampled in Floristic Forest
Inventory of Santa Catarina, including information on their distribution based on Flora Ilustrada de Santa Catarina.
Família
Espécie
Observação
Annonaceae
Annona neosalicifolia H.Rainer
Pouco frequente
Aquifoliaceae
Ilex dumosa Reissek
Frequente
Arecaceae
Euterpe edulis Mart.
Muito rara
Bignoniaceae
Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. ex DC.
Muito rara
Handroanthus pulcherrimus (Sandwith) S.O. Grose
Muito rara
Cardiopteridaceae Citronella gongonha (Mart.) R.A.Howard
Muito rara
Celastraceae
Maytenus muelleri Schwacke
Muito rara
Clusiaceae
Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi
Rara
Combretaceae
Terminalia australis Camb.
Muito frequente
Cunnoniaceae
Weinmannia paulliniifolia Pohl ex Seringe
Raríssima
Euphorbiaceae
Croton urucurana Baill.
Muito rara
Sebastiania schottiana Müll.Arg.
Muito frequente
Pachystroma longifolium (Nees) I.M.Johnst.
Pouco frequente
Albizia polycephala (Benth.) Killip
Muito rara
Calliandra tweediei Benth.
Frequente
Inga sessilis (Vell.) Mart.
Frequente
Lonchocarpus guilleminianus (Tul.) Malme
Pouco frequente
Senna oblongifolia (Vog.) H.S.Irwin & Barneby
De altitude
Sweetia fruticosa Spreng.
Bastante rara
Ocotea acutifolia (Nees) Mez
Muito rara
Ocotea porosa (Nees) Barroso
Rara
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer
Sem registro em SC
Monimiaceae
Mollinedia elegans Tul.
Muito rara
Moraceae
Ficus cestrifolia Schott ex Spreng.
Bastante comum
Myrtaceae
Eugenia florida DC.
Bastante rara
Calyptranthes concinna DC.
Muito rara
Campomanesia eugenioides (Camb.) D.Legrand ex Landrum
Muito rara
Myrcia laruotteana Cambess.
Muito rara
Myrciaria tenella (DC.) O.Berg
Muito rara
Rhizophoraceae
Erythroxylum microphyllum A.St.-Hil.
Muito rara
Rubiaceae
Faramea porophylla (Vell.) Müll.Arg.
Sem registro em SC
Salicaceae
Banara parviflora (A. Gray) Benth.
Rara
Sapotaceae
Pouteria gardneriana (A. DC.) Radlk.
Muito rara
Pouteria salicifolia (Spreng.) Radlk.
Muito frequente
Brunfelsia uniflora (Pohl) D.Don
Frequente
Solanum rantonnei Carr. ex Lescuyer
Bastante rara
Fabaceae
Lauraceae
Solanaceae
120
4.3.2 Resultado do levantamento florístico extra
A coleta de material fértil oriundo de plantas encontradas no entorno e na Unidade Amostral
fora dos critérios de inclusão dos outros componentes, aqui denominada de componente florístico extra,
registrou 57 pteridófitas, 331 angiospermas e uma gimnosperma (Araucaria angustifolia), contribuindo
sobremaneira para enriquecer a amostra. Das 389 espécies, 194 são árvores e arbustos, 137 ervas
terrícolas, 34 espécies de epífitos (sendo 47% pteridófitas) e 43 lianas.
Nesse componente, das angiospermas foram registradas 79 famílias, sendo Asteraceae (com
28 espécies), Fabaceae (26), Solanaceae (18), Myrtaceae (15), Piperaceae, Poaceae e Rubiaceae (13),
Malvaceae (11), Euphorbiaceae e Sapindaceae (10), famílias que acumularam 36,8% das espécies
encontradas (Tabela 4.1). Foram registrados, ainda, 239 gêneros, sendo os mais ricos: Solanum (13
espécies), Peperomia (oito), Eugenia, Piper e Senegalia (cinco cada), Cyperus, Psychotria e Myrsine
(quatro cada).
Para as pteridófitas foram registradas 14 famílias, 27 gêneros e 57 espécies. Pteridaceae (com 14
espécies), Polypodiaceae (12) e Dryopteridaceae (sete), são as famílias mais ricas. Quanto aos gêneros,
destaca-se Blechnum (com cinco espécies) e Asplenium, Doryopteris e Pteris (com quatro cada). Para a
Floresta Estacional Decidual, o número de espécies de pteridófitas pode ser considerado elevado. Nesta
região, havia até o momento o registro de apenas 38 espécies para toda a região fitoecológica no Bioma
Mata Atlântica (Salino & Almeida 2009).
As espécies aqui citadas são comumente observadas na região Sul, Sudeste e Norte do país,
de acordo com o descrito para Floresta Estacional Decidual, que é formada principalmente por
representantes das floras da Bacia Amazônica e do Brasil Central (Rambo 1956). Alguns gêneros
merecem destaque, seja por sua riqueza ou abundância, pois são típicos, de acordo com Sarmiento
(1972): Annona, Eugenia, Machaerium, Myrcia, Pisonia, Rauvolfia e Trichilia.
Rogalski & Zanin (2003) estudaram os epífitos vasculares no Estreito de Augusto César, situado
no município Marcelino Ramos (RS), divisa com Santa Catarina, região de mata ciliar e com maior
umidade, e registraram 70 espécies pertencentes a oito famílias. A baixa diversidade de epífitos deste
trabalho pode ser explicada pela falta de equipes especializadas em escalada e coleta do grupo, porém
esta característica já foi constatada por Klein (1972; 1978) e Leite & Klein (1990) e, segundo eles,
uma sinúsia escassa nessa região fitogeográfica. No Parque Provincial Teyú Cuaré e arredores, foram
registradas apenas oito epífitas, sendo cinco delas de samambaias (Biganzoli & Romero 2004), dentre
as 622 angiospermas listadas.
A grande riqueza de lianas, se comparada aos epífitos, pode estar vinculada à fragmentação
intensiva da floresta, o que possibilita o desenvolvimento deste grupo de plantas (Teramura et al. 1991).
Tamanha riqueza pôde ser observada em campo, pois gerou grande dificuldade de locomoção das
equipes, bem como na visualização e coleta de material arbóreo no interior dos fragmentos, por vezes
as mesmas cobriam muitas das copas. Klein (1983) comenta que as lianas constituem um dos traços
característicos desta floresta. Das espécies mensuradas no componente arbóreo/arbustivo e regeneração
e sub-bosque, 68% estavam cobertas por lianas.
4.3.3 Esforço amostral
Na Figura 4.2, está registrado o esforço amostral no âmbito do IFFSC na Floresta Estacional
Decidual. As quadrículas com menor número de Unidades Amostrais podem ser resultantes de área
de contato com a Floresta Ombrófila Mista que foram excluídas deste trabalho ou no local não havia
floresta para ser inventariada. Apenas quatro áreas se destacam com riqueza superior a 126 espécies,
com média observada entre 52 e 100 espécies.
121
4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
A degradação constatada durante os trabalhos de campo do IFFSC na região de estudo teve
reflexo sobre algumas espécies, tanto que as mesmas não foram amostradas. Essa degradação pode
provocar redução do número de espécies existentes nos fragmentos, levando à formação de florestas
simplificadas, com área restrita, diferentes daquelas originais desta região fitoecológica em Santa
Catarina.
Igualmente, os resultados aqui apresentados reforçam a relevância deste inventário para a
caracterização da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, bem como a importância das coletas
externas às Unidades Amostrais, no registro da biodiversidade existente.
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Figura 4.2. Esforço amostral e riqueza de espécies da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, plotadas em
células de 20 km x 20 km.
Figure 4.2. Sampling effort and species richness in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, plotted on 20 x
20 km cells.
A manutenção dos fragmentos com maior riqueza, bem como, ações de enriquecimento na
restauração dos demais fragmentos é fundamental para que a Floresta Estacional Decidual possa se
recuperar das grandes interferências antrópicas que a tem tornado cada vez mais simplificada em
sua composição. Como já mencionado, embora o conjunto possua elevada riqueza de espécies em
sua integralidade, o mesmo não ocorre quando os remanescentes são analisados em particular. No
entanto, mesmo internamente simplificados e perturbados cumprem um papel importante como fonte
de diásporos e abrigo de espécies da fauna.
Stehmann et al. (2009) destacam a importância da conservação da Floresta Estacional Decidual,
que, juntamente com a Floresta Estacional Semidecidual e das formações campestres, contém cerca de
50% da diversidade do bioma Mata Atlântica.
Com intuito de esclarecimento, foram adicionadas as bacias em que ocorrem as espécies com
amostras coletadas e incorporadas ao herbário FURB. Contudo, o esforço amostral diferente em cada
quadrícula e em cada bacia impossibilita comparações. Ao todo, 28 espécies foram coletadas em todas
as bacias hidrográficas. Outras 33 espécies apareceram em todas as bacias exceto na do rio Pelotas,
que possui apenas duas Unidades Amostrais (941 e 1000), ambas situadas no município de Anita
Garibaldi. A não coleta de uma espécie em determinada bacia não significa que ela não ocorra nela,
pois esta espécie pode ter sido medida em campo pelo inventário, com coleta de amostras estéreis para
identificação, que não foram incorporadas ao acervo do herbário FURB.
Relativo à conservação da riqueza específica, deve-se ressaltar que esta pode ser drasticamente
reduzida, especialmente com a ampliação do complexo hidrelétrico ao longo do rio Uruguai e dos seus
principais afluentes, pois estes têm atingido importantes remanescentes florestais ao longo das suas
margens (Prochnow 2005).
122
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126
Capítulo
5
Floresta Estacional Decidual
Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina1, 2
Structural floristic groups in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina
André Luís de Gasper, Alexandre Uhlmann,
Alexander Christian Vibrans,
Lucia Sevegnani, Leila Meyer
Resumo
O objetivo deste trabalho foi identificar as possíveis similaridades estruturais entre remanescentes da Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina. Associado a este objetivo primário, também se buscou a identificação das zonas de contato
entre esta região fitoecológica e a Floresta Ombrófila Mista. Foram analisados os dados de 78 Unidades Amostrais
instaladas em remanescentes da Floresta Estacional Decidual entre 2008 e 2009. Os dados foram tratados através da
Análise de Correspondência Corrigida (DCA) e Análise de Agrupamentos, valendo-se de uma matriz de densidade
de espécies por bacia hidrográfica. A análise foi feita tanto para o componente arbóreo/arbustivo quanto para a
regeneração natural. A proporção da variância explicada pelos três primeiros eixos da DCA foi de 58,1% e 60,2%
(arbóreo e regeneração, respectivamente). Observada somente a ordenação provocada pelo primeiro eixo da DCA, vêse a disposição das bacias do Leste, em um extremo, e das bacias do Oeste, no outro extremo deste eixo. Na extremidade
direita do primeiro eixo, estão dispostas as bacias dos rios Canoas, Pelotas e do Peixe, caracterizadas pela presença de
espécies como Ocotea pulchella, Zanthoxylum fagara, Lithrea brasiliensis, Matayba elaeagnoides, Cinnamodendron
dinisii, comumente associadas com a Floresta Ombrófila Mista. Na extremidade esquerda, estão distribuídas as bacias
de Oeste, grupo que inclui as bacias dos rios Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas e Peperi-Guaçu. Dentre as espécies
que mais fortemente influenciaram os resultados na análise, cabe destacar Apuleia leiocarpa, Rauvolfia sellowii,
Bastardiopsis densiflora, Chrysophyllum gonocarpum, Cordia trichotoma, Holocalyx balansae, Myrocarpus frondosus
e Pisonia ambigua, frequentes em florestas estacionais do interior meridional do Brasil. Considerando que as altitudes
tendem a declinar das porções Leste para Oeste, propõe-se a existência de uma zona de transição entre as duas regiões
fitoecológicas na faixa dos 600 m s.n.m., onde ocorre a interdigitação de elementos da flora estacional e aqueles da
Floresta Ombrófila Mista, resultando na delimitação de uma área núcleo da Floresta Estacional Decidual abaixo deste
patamar altimétrico.
Abstract
The purpose of this study was to identify possible structural similarities between remnants of Seasonal Deciduous Forest forest
in Santa Catarina. Associated with this primary objective, we also tried to identify transition areas with influence of Mixed
Ombrophyllous Forest. Data from 78 Sample Plots were collected between 2008 and 2009 during the Forest Inventory Floristic
of Santa Catarina (IFFSC). Data were analyzed through the Detrended Correspondence Analysis (DCA) and cluster analysis,
using a density matrix of species by watershed. The analysis was performed for both the tree/shrub component and the natural
regeneration. The proportion of variance explained by the first three axes of DCA was 58.1% and 60.2% (tree/shrub and
regeneration, respectively). For the first ordination axis of DCA, the arrangement of the watersheds of the east was characterized
by the presence of species such as Ocotea pulchella, Zanthoxylum fagara, Lithrea brasiliensis, Matayba elaeagnoides,
Cinnamodendron dinisii, commonly associated with the Mixed Ombrophyllous Forest. On the other extreme, we observed
watersheds of the west with Apuleia leiocarpa, Rauvolfia sellowii, Bastardiopsis densiflora, Chrysophyllum gonocarpum,
Cordia trichotoma, Holocalyx balansae, Myrocarpus frondosus and Pisonia ambigua, which are common in seasonal forests of
the southern interior of Brazil. As altitude tends to decline from east to west, the authors hypothesize the existence of a transition
zone between the two phytoecological regions in the range of 600 m a.s.l. At this altidudinal level elements of both the seasonal
flora and the Mixed Ombrophyllous flora coexist; below this level, a core area of Seasonal Deciduous Forest was delineated.
1
Parte deste trabalho foi submetido à revista Ciência Florestal em 06/07/2011.
Gasper, A.L. de; Uhlmann, A.; Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Meyer, L. 2012. Grupos florísticos da Floresta Estacional Decidual em
Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina,
Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.
2
129
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
5.1 Introdução
5.2 Metodologia
Florestas estacionais são caracterizadas por atributos estruturais relacionados à caducifolia
condicionada por sazonalidade climática de temperatura e/ou precipitação. Baseado nestes atributos,
o sistema de classificação da vegetação brasileira reconhece duas tipologias, a Floresta Estacional
Semidecídual e a Floresta Estacional Decídual, as quais estão distribuídas principalmente no interior do
Brasil, vinculadas essencialmente aos Biomas Mata Atlântica e Cerrado (Veloso et al. 1991).
A área de estudo inclui parte das bacias dos afluentes do rio Uruguai em Santa Catarina (Figura
5.1) e que foi incluída por Klein (1978) na região fitoecológica da Floresta Estacional Decidual.
Em Santa Catarina, esta floresta expressa a deciduidade das folhas no período entre maio e
setembro, como resultado de fatores climáticos restritivos, como o frio e o menor fotoperíodo do
semestre de inverno. A deciduidade, segundo Klein (1972; 1978) e IBGE (1991), ocorre especialmente
nas plantas do dossel e emergentes, atingindo valores superiores a 50% das espécies componentes,
o que levou os proponentes do sistema de classificação da vegetação brasileira a enquadrá-la como
uma Floresta Estacional Decídual (Veloso et al. 1991). Neste estado, sua área original ocupava 7.967
km2 distribuídos em parte da bacia hidrográfica do rio Uruguai, incluindo as porções médias e baixas
dos seus tributários rios Pelotas, Canoas, do Peixe, Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas e PeperiGuaçu (Klein 1978). A flora frequentemente associada à Floresta Estacional Decidual inclui espécies
como Aspidosperma polyneuron, Handroanthus heptaphyllus, Gallesia integrifolia, Balfourodendron
riedelianum, Peltophorum dubium, Cordia trichotoma e Apuleia leiocarpa (Leite 1994).
Esta representa uma vegetação recente em Santa Catarina (Bigarella 1964), com seu ingresso
posterior àquele dos campos e da Floresta Ombrófila Mista, sendo considerada um prolongamento das
florestas da bacia do rio Paraná e migrações da província de Missiones (Rambo 1951; 1956; Spichiger
et al. 2004; Pennington et al. 2009). Spichiger et al. (2004) ressaltaram o papel dos corredores formados
pelos canais fluviais da bacia do Paraná na difusão de elementos bióticos, conforme pode ser deduzido
por meio da visualização dos mapas de vegetação dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul (Klein 1978; Maack 1947; 1968; Rambo 1951). Como consequência desta possível expansão,
zonas de contato com a Floresta Ombrófila Mista (floresta com araucária) e com a Estepe (campos
naturais) são formadas em Santa Catarina recebendo contribuições florísticas destas. No Paraná, ao
longo do vale do rio Tibagi, Torezan (2002) descreveu a ocorrência de uma zona de contato entre a
Floresta Estacional e a Floresta Mista estabelecida em uma faixa altimétrica situada entre 500 e 800 m.
Apesar de ser uma região fitoecológica importante sob o ponto de vista biológico, Pennington
et al. (2000) ressaltaram que estas florestas estariam recebendo pouca atenção da sociedade, tanto no
que diz respeito aos esforços de conservação, quanto por parte de pesquisas visando a compreensão
dos padrões disjuntos de sua distribuição no Neotrópico. Nos três estados da região Sul do Brasil,
as florestas estacionais ocupam destaque, pois sua distribuição original está vinculada à região de
grande desenvolvimento agrícola e pecuário. No estado de Santa Catarina, poucos são os trabalhos que
abordam as florestas estacionais.
Diante desta carência de dados, este trabalho pretende contribuir com a exposição de novos
conhecimentos sobre a floresta estacional do estado de Santa Catarina, baseando-se nos dados de um
extensivo levantamento feito através do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC).
Deseja-se verificar se existem variações expressivas na estrutura das florestas estacionais catarinenses
e que estas são o resultado de variações de caráter ambiental, principalmente relacionadas com o clima
(em última análise, ligadas à variação altimétrica). Um segundo aspecto que constitui objetivo deste
trabalho é verificar a ocorrência de uma zona de transição no contato entre a Floresta Ombrófila Mista
e a Floresta Estacional Decidual.
130
Figura 5.1. Área de distribuição da Floresta Estacional Decidual no Oeste de Santa Catarina e as Unidades
Amostrais localizadas nas bacias hidrográficas dos tributários de margem direita do rio Uruguai.
Figure 5.1. Distribution area of ​​the Seasonal Deciduous Forest in western Santa Catarina and the Sample Plots
located in the watersheds of the right bank tributaries of Uruguai river.
Os dados das 78 Unidades Amostrais foram utilizados para a construção de uma matriz de densidades
das espécies em cada bacia hidrográfica (tanto para o componente arbóreo/arbustivo quanto para o da regeneração
natural). Nesta matriz, as linhas representaram as espécies e as colunas, as bacias hidrográficas, sendo cada célula
preenchida pelo valor da densidade média (número de indivíduos por hectare) das espécies em cada bacia (conforme
exemplo da Tabela 5.1).
No componente arbóreo/arbustivo as espécies raras com menos de um indivíduo por hectare foram
removidas, já que estas não contribuem para a análise, segundo Gauch-Junior (1982). Também foram removidos
indivíduos mortos e não identificados, restando 79 espécies. Com isso, originou-se uma matriz constituída por 79
espécies (linhas) e oito Unidades Amostrais (colunas), a qual foi submetida à Análise de Correspondência Corrigida
(Detrended Correspondence Analisys – DCA) e à Análise de Agrupamentos. As duas análises apontam para os
mesmos resultados e foram aqui apresentadas, pois facilitam a visualização dos resultados.
O mesmo procedimento foi feito para a regeneração natural, onde 109 espécies foram mantidas, dentre
as 176 amostradas. Assim, a matriz constituída por 109 espécies (linhas) e oito Unidades Amostrais (colunas) foi
submetida à Análise de Correspondência Corrigida.
A fim de classificar as Unidades Amostrais, de acordo com as suas similaridades florísticas, um dendrograma
foi construído a partir de uma análise de agrupamento aplicada a uma matriz de similaridade (construída através
do uso da distância euclidiana) e valendo do método de ligação de Ward’s. Antes da análise, contudo, as Unidades
Amostrais foram identificadas como aquelas do grupo de Leste e de Oeste. Estas análises foram feitas com os dados
do componente arbóreo/arbustivo.
131
5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
O processamento dos dados e as análises foram feitas com auxílio dos softwares Mata Nativa 2 (Cientec
2002), Microsoft Office Excel (2007) e PC-ORD 6 (McCune & Mefford 2011).
Tabela 5.1. Modelo de matriz utilizada para as análises multivariadas da Floresta Estacional Decidual
Table 5.1. Matrix model used for multivariate analysis of the Seasonal Deciduous Forest
Espécie
Canoas
Pelotas
Peixe
Jacutinga
Irani
Chapecó
....
Annona emarginata
5,13
0,00
2,50
0,00
0,00
2,50
0,00
Erythrina falcata
0,00
3,45
0,00
0,00
2,50
0,00
0,00
Cinnamodendron dinisii
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Bauhinia forficata
0,00
10,34
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Cordyline spectabilis
0,00
6,90
0,00
0,00
7,50
0,00
0,00
Pisonia ambigua
0,00
0,00
0,00
3,25
0,00
0,00
0,00
Ilex paraguariensis
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Trema micrantha
0,00
0,00
10,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Cryptocarya aschersoniana
0,00
0,00
0,00
6,50
5,00
0,00
0,00
Rauvolfia sellowii
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Bastardiopsis densiflora
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Casearia decandra
7,69
0,00
0,00
0,00
7,50
7,50
5,00
Celtis iguanaea
0,00
10,34
0,00
0,00
2,50
0,00
0,00
Dalbergia frutescens
5,13
3,45
2,50
0,00
0,00
2,50
0,00
Banara tomentosa
0,00
0,00
0,00
3,25
2,50
0,00
5,00
Vitex megapotamica
15,38
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2,50
Zanthoxylum fagara
0,00
0,00
2,50
3,25
0,00
0,00
0,00
Solanum sanctaecatharinae
2,56
3,45
2,50
16,24
0,00
0,00
0,00
Myrsine coriacea
0,00
0,00
0,00
0,00
2,50
0,00
0,00
Ficus luschnathiana
0,00
6,90
2,50
0,00
0,00
0,00
2,50
Ruprechtia laxiflora
0,00
3,45
0,00
0,00
0,00
5,00
0,00
Allophylus puberulus
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
A ordenação permitiu identificar as espécies que caracterizam os dois grupos de bacias
hidrográficas. As espécies associadas ao grupo de bacias hidrográficas do Oeste no componente
arbóreo/arbustivo foram: Aloysia virgata, Apuleia leiocarpa, Bastardiopsis densiflora, Campomanesia
xanthocarpa, Casearia sylvestris, Chrysophyllum gonocarpum, Cordia trichotoma, Cyathea
corcovadensis, Ficus luschnathiana, Holocalyx balansae, Inga marginata, Myrocarpus frondosus,
Pisonia ambigua, Rauvolfia sellowii e Vasconcellea quercifolia (Figura 5.2).
Com relação às bacias hidrográficas do Leste no componente arbóreo/arbustivo, as espécies
que influenciaram sua separação foram: Ocotea pulchella, Zanthoxylum fagara, Lithrea brasiliensis,
Helietta apiculata, Matayba elaeagnoides, Sebastiania commersoniana, Parapiptadenia rigida,
Dalbergia frutescens, Cinnamodendron dinisii, Aspidosperma australe, Myrsine coriacea, Ateleia
glazioveana e Cryptocarya aschersoniana (Figura 5.2).
...
5.3 Resultados e discussão
No componente arbóreo/arbustivo, a aplicação da Análise de Correspondência Corrigida (DCA)
à matriz constituída pelos dados de densidade média das espécies em cada uma das bacias hidrográficas
mostrou resultados satisfatórios. Os três primeiros autovalores explicaram 58,1% da variância original
dos dados (DCA1 = 42,2%; DCA2 = 9,7%; DCA3 = 6,2%). A Figura 5.2, que apresenta o resultado da
DCA, permite observar a tendência de separação das bacias hidrográficas situadas mais a Leste – bacias
dos rios Canoas, do Peixe e Pelotas (à direita da figura), das bacias situadas a Oeste – bacias dos rios
Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas e Peperi-Guaçu (à esquerda da figura).
Figura 5.2. Ordenação obtida para componente arbóreo/arbustivo por meio da aplicação de DCA em uma matriz de
dados de densidade média das espécies em cada bacia hidrográfica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figure 5.2. Ordination yielded to tree/shrub component from DCA applied on a matrix composed by mean density of
species surveyed in each watershed in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
A mesma análise, para os dados da regeneração natural, também apontou uma segregação das
bacias localizadas a Leste das bacias a Oeste, conforme Figura 5.3. Os três primeiros eixos explicaram
60,2% da variação dos dados na regeneração natural (DCA1 = 35,4%; DCA2 = 18,8%; DCA3 = 6,0%),
valores e resultados muito similares ao componente arbóreo/arbustivo.
Para os dados da regeneração as espécies importantes que levaram à separação das bacias
hidrográficas do Oeste, foram: Eugenia hiemalis, Senegalia tucumanensis, Aloysia virgata, Guarea
macrophylla, Inga marginata, Chrysophyllum gonocarpum, Holocalyx balansae, Actinostemon
132
133
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
concolor, Esenbeckia grandiflora, Calliandra foliolosa, Sapium glandulosum e Allophylus puberulus.
E, para segregação das bacias hidrográficas do Leste foram: Albizia edwallii, Allophylus edulis, Cletra
scabra, Cinnamodendron dinisii, Citronela paniculata, Helietta apiculata, Matayba elaegnoides,
Myrcia oblongata, Ocotea odorifera, O. pulchella, Vitex megapotamica, Zanthoxylum fagara, Z.
rhoifolium, dentre outras (Figura 5.3).
Figura 5.4. Classificação obtida para o componente arbóreo/arbustivo por meio da aplicação da Análise de Agrupamentos
em uma matriz de dados de densidade média das espécies em cada bacia hidrográfica na área de abrangência da Floresta
Estacional Decidual em Santa Catarina.
Figure 5.4. Classification obtained for the tree/shrub component by application of cluster analysis in a data matrix of mean
density of species in each watershed in areas covered of the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Segundo Klein (1972), Apuleia leiocarpa, Parapiptadenia rigida, Cordia trichotoma, Cordia
americana, Diatenopteryx sorbifolia, Lonchocarpus leucanthus, Cabralea canjerana, Peltophorum
dubium, Cedrela fissilis, Balfourodendron riedelianum e Enterolobium contortisiliquum são as espécies
mais importantes da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. Por vezes, Myrocarpus frondosus
se torna bastante comum. Três destas espécies citadas pelo autor (Apuleia leiocarpa, Cordia trichotoma
e Myrocarpus frondosus) são responsáveis pela delimitação dos grupos de bacias de Oeste.
Figura 5.3. Ordenação obtida para regeneração natural por meio da aplicação da DCA em uma matriz de dados de
densidade média das espécies em cada bacia hidrográfica na área de abrangência da Floresta Estacional Decidual em
Santa Catarina.
Figure 5.3. Ordination yielded to natural regeneration component from DCA applied on a matrix composed by mean
density of species surveyed in each watershed located in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
As mesmas espécies são citadas como sendo importantes para a caracterização da Floresta
Ombrófila Mista do extremo Oeste catarinense (Klein 1978), dentre outras como: Araucaria angustifolia,
Parapiptadenia rigida, Cordia americana, Diatenopteryx sorbifolia, Lonchocarpus leucanthus,
Nectandra lanceolata, Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Cedrela fissilis, Phytolacca dioica,
Peltophorum dubium, Balfourodendron riedelianum e Myrocarpus frondosus. Estas espécies dão
caráter transicional para a Floresta Ombrófila Mista nesta região geográfica, porque são consideradas
como características da Floresta Estacional Decidual, exceto por Araucaria angustifolia.
A Análise de Agrupamentos apresentou resultados semelhantes ao observados na DCA (como
pode ser visualizado na Figura 5.4). A Análise de Agrupamento aponta para a formação de dois grandes
grupos, um deles constituído pelas bacias de Leste (do Peixe, Canoas e Pelotas) e outro constituído
pelas bacias de Oeste (Peperi-Guaçu, das Antas, Chapecó, Irani e Jacutinga).
134
135
5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Na Figura 5.5 pode ser observado o dendrograma construído através do uso da distância e
valendo-se do método de ligação de Ward´s. O grande agrupamento das espécies do Oeste (em preto) se
destaca (com poucas Unidades Amostrais como outlier). Nas duas extremidades do agrupamento (em
vermelho), encontram-se as Unidades Amostraisdas bacias do Leste.
Por outro lado, Matayba elaegnoides, Cupania vernalis, Myrcia guianensis, Cinnamodendron
dinisii, Campomanesia xanthocarpha, Lamanonia ternata, Quillaja brasiliensis, Clethra scabra, Prunus
myrtifolia, Myrcianthes gigantea, Ilex theezans e Luehea divaricata são espécies que caracterizam,
segundo Klein (1978), a Floresta Ombrófila Mista das bacias do alto Canoas e Pelotas.
O que se observa a partir destas comparações feitas com a literatura é que, de um modo geral,
as bacias do Leste incluem Unidades Amostrais que caracterizam tipos intermediários entre a Floresta
Estacional Decidual e a Floresta Ombrófila Mista. Por outro lado, as bacias do Oeste incluem um
grande número de espécies características da flora das florestas estacionais.
A altitude média (Tabela 5.2) das Unidades Amostrais inseridas nas bacias dos rios Canoas,
Pelotas e Peixe foi de 757, e 691 e 663 m, respectivamente. Embora estas médias não estejam distantes
daquelas verificadas para as Unidades Amostrais localizadas na bacia do rio Irani (640 m), esta média
vai diminuindo gradativamente na direção das bacias do Oeste, podendo assim levar à compreensão
das razões que aproximam estruturalmente as florestas localizadas naquelas bacias com a Floresta
Ombrófila Mista. No mapa de vegetação do estado de Santa Catarina (Klein 1978), vê-se esta segregação
associada à distribuição da Floresta Ombrófila Mista ao Leste e ao Norte, nas porções mais elevadas,
assim como da Floresta Estacional Decidual, nas porções de menor altitude do estado, proximamente
ao vale do rio Uruguai.
Tabela 5.2. Parâmetros ambientais médios das Unidades Amostrais inseridas em cada bacia hidrográfica considerada no
presente estudo. Fonte: Epagri (2008).
Table 5.2. Mean environmental parameters of the Sample Plots located at each watershed in the study area. Source: Epagri
(2008).
Altitude
(m)
Precipitação
média anual
(mm)
Temperatura
média anual
(oC)
Frequência
média anual
de geadas
(dias por ano)
Umidade
Relativa do ar
(%)
Peperi-Guaçu
329
1.800
19,1
6,79
79,0
Das Antas
465
1.917
19,0
8,92
77,8
Chapecó
553
1.846
18,5
9,27
77,5
Irani
640
1.889
18,4
8,61
77,2
Jacutinga
603
1.829
18,5
9,21
77,9
Peixe
663
1.480
18,0
10,43
77,7
Canoas
691
1.733
18,3
9,50
77,3
Pelotas
757
1.800
18,0
9,50
79,0
Bacia hidrográfica
Figura 5.5. Dendrograma construído através do uso da distância euclidiana e valendo do método de ligação de Ward´s.
Figure 5.5. Dendrogram prepared by using the Euclidean distance and Ward’s connection method.
136
A dissecação do relevo provocada pelo rio Uruguai, somado aos processos morfogenéticos
que deram origem aos sistemas de patamares elevados (toda a área considerada inclui-se na bacia
do Paraná, mais especificamente sobre os derrames basálticos da Formação Serra Geral, segundo
Petri & Fúlfaro 1983; Mizusaki & Thomaz-Filho 2004 – ou ainda do derrame do Trapp – conforme
denominou Maack 1947), soerguidos por processos epirogenéticos, foi responsável pela conformação
altimétrica e pela configuração das geoformas da área estudada. As flutuações climáticas pretéritas, as
quais condicionaram processos de expansão e retração dos tipos vegetacionais (Behling 1997; Behling
& Negrelle 2001; Behling et al. 2005), certamente contribuíram para o estabelecimento de conexões
137
5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
florísticas que devem ser consideradas na avaliação destes resultados, tendo em vista a geração de
zonas de contato entre diferentes tipos florestais. Maack (1968) considerou a possibilidade de retração
da Floresta Ombrófila Mista, levando-a a ficar confinada a áreas de clima subtropical no estado do
Paraná. Reitz & Klein (1966) já haviam descrito que a zona de araucária encontrava-se em recuo frente
ao avanço progressivo da “mata branca” (floresta sem pinheiros) a partir das calhas dos rios formadores
da bacia do rio Uruguai.
Se, por um lado, as condições em altitude são aparentemente mais adequadas ao estabelecimento
dos elementos da Floresta Ombrófila Mista, por outro, em menor altitude, a entrada de elementos das
florestas estacionais parece ser impulsionada por condicionantes ambientais que, embora não possam
ser profundamente discutidos aqui, devem estar associados a fatores climáticos relacionados com
gradientes altitudinais. Para isso, concorre a dissecação do relevo promovida pelos grandes sistemas
fluviais, ocasionando o gradual rebaixamento das superfícies constituintes das bacias hidrográficas.
Neste caso, é necessário admitir que os canais fluviais das grandes bacias hidrográficas teriam um
papel considerável no favorecimento de rotas migratórias para as espécies entre regiões fitoecológicas
distintas.
Indicativos disso foram observados pela penetração da floresta estacional para dentro dos
espaços ocupados pela Floresta Ombrófila Mista através dos canais dos grandes rios nos estados do
Paraná e Santa Catarina, conforme pode ser visto nos mapas publicados por Klein (1978) e Maack
(1947; 1968) e no Rio Grande do Sul (Rambo 1951; Jarenkow & Waechter 2001). Analogamente a este
processo, alguns autores citam que a Araucaria angustifolia (e provavelmente toda a flora associada à
Floresta Ombrófila Mista) durante o quaternário recente (a partir de 3.000 anos AP) teve sua expansão
a partir de zonas mais úmidas associadas aos cursos dos rios (Oliveira et al. 2005; Pillar et al. 2009).
Hoje, contudo, vários autores parecem admitir a redução da Floresta Ombrófila Mista frente ao avanço
das florestas estacionais (Reitz & Klein 1966; Maack 1968).
Seria razoável propor, portanto, que as bacias de Leste representem zonas de transição entre
a Floresta Estacional Decidual e a Floresta Ombrófila Mista. Reitz & Klein (1966) discutiram sobre
a expansão das florestas estacionais até uma altitude entre 500 e 700 m, de certa forma, coincidindo
com a zona de transição proposta por Torezan (2002) na bacia do rio Tibagi, a qual, segundo os
autores, está compreendida no intervalo entre as cotas 500 a 800 m, constituindo a região do médio
rio Tibagi. Considerando a necessária correção latitudinal em relação ao estado do Paraná, é uma cota
muito aproximada àquela considerada pelos autores acima citados para Santa Catarina. Os dados aqui
apresentados indicam haver esta transição a partir da faixa dos 600 m s.n.m.
Para fundamentar ainda mais esta discussão, os 800 m foram considerados por Blum (2006) o
limite transicional entre os tipos climáticos Cfa e Cfb, na vertente oriental da Serra do Mar paranaense,
o qual coincide com o ponto de transição entre a Floresta Ombrófila Densa montana e submontana.
A extensão geográfica desta transição, entretanto, pode ser muito maior que a extensão de pontos
amostrais analisados neste trabalho, isto porque a ausência de cobertura florestal quando da condução
dos trabalhos de campo, impede qualquer conjectura analítica nos extensos “vazios” florestais do estado
catarinense.
Concluindo, pode-se afirmar que os resultados das análises permitiram a observação de uma
tendência de mudança estrutural da vegetação de Oeste para Leste. As Unidades Amostrais alocadas nas
áreas de abrangência das bacias de Leste estão posicionadas em regiões mais elevadas, onde a ocorrência
de geadas é mais frequente e as temperaturas médias mais baixas. Nestas Unidades Amostrais, foi
possível detectar a presença de espécies características da Floresta Ombrófila Mista em meio àquelas
de maior abundância, o que sugere a existência de uma região de transição, aproximadamente na faixa
dos 600 m de altitude. Nos patamares de menor altitude, onde estão inseridas a maioria das Unidades
Amostrais contidas nas áreas das bacias do Oeste, sob condições climáticas diferenciadas, as regiões
fitoecológicas Floresta Estacional Decidual e Semidecidual do Sul do Brasil passam a figurar dentre
138
as espécies dominantes. Propõe-se que estas regiões constituam a área núcleo da Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina, uma vez que as espécies aí encontradas são típicas da área e a influência
das demais regiões fitoecológicas, principalmente da Floresta Ombrófila Mista, é pequena.
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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
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140
Capítulo
6
Floresta Estacional Decidual
Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina1
Structure of tree component of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina
Lauri Amândio Schorn, Débora Vanessa Lingner, Alexander Christian Vibrans, André Luís de Gasper,
Lucia Sevegnani, Marcos Guerra Sobral, Leila Meyer, Guilherme Klemz, Ronnie Schmidt, Carlos
Anastácio Junior, Volnei Rodrigo Pasqualli
Resumo
Este estudo teve como objetivo avaliar a composição de espécies e a estrutura do componente arbóreo/arbustivo da
Floresta Estacional Decidual, em Santa Catarina, sul do Brasil. Foram utilizados dados de 78 Unidades Amostrais
instaladas sistematicamente, incluindo indivíduos com DAP (diâmetro à altura do peito) ≥ 10 cm. Na área total
amostrada, de 28 ha foram registrados 12.899 indivíduos, pertencentes a 210 espécies, 135 gêneros e 62 famílias
botânicas. Fabaceae (33 espécies), Myrtaceae (28), Lauraceae (14), Rutaceae (9), Sapindaceae (8) e Euphorbiaceae
(8) foram as famílias mais ricas em número de espécies. Os gêneros com maior número de espécies foram: Eugenia
(11 espécies), Inga (6), Solanum (5) e Ocotea (5). A estrutura de dois grupos de bacias hidrográficas estabelecidos
na área de estudo foi comparada, identificando-se algumas diferenças estruturais entre eles. O grupo de bacias do
Leste (bacias do rio Canoas, do Peixe e Pelotas) apresentou uma densidade média de 561,19 ind.ha-1, média de
área basal de 20,04 m².ha-1 e os índices de Shannon-Wiener e de Pielou variaram entre 1,79 e 3,64 nats.ind.-1 e 0,61
e 0,9, respectivamente. O grupo de bacias do Oeste (bacias do rio das Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga e PeperiGuaçu) teve uma densidade média de 419,16 ind.ha-1, média de área basal de 20,03 m².ha-1 e os índices de ShannonWiener e de Pielou variaram entre 2,3 e 3,66 nats.ind.-1.ind.-1 e 0,62 e 0,96, respectivamente. Foram identificadas
124 espécies comuns entre os dois grupos de bacias hidrográficas. Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra
megapotamica e Nectandra lanceolata obtiveram o maior valor de importância em ambos os grupos. Entre as espécies
que contribuíram para separar os dois grupos observou-se Matayba elaeagnoides e Prunus myrtifolia nas bacias do
Leste e Casearia sylvestris e Cabralea canjerana nas bacias do Oeste. Algumas evidências demonstram que a Floresta
Estacional encontra-se altamente impactada e empobrecida.
Abstract
This study aimed to evaluate species composition and structure of tree/shrub component of Seasonal Forest in Southern
Brazilian State of Santa Catarina. Data from 78 plots placed systematically were used, including only individuals with DBH
(diameter at breast height) ≥ 10 cm. From a total sampling area of 28 ha, 12.899 individuals were recorded, divided in 210
species, 135 genera and 62 families. Fabaceae (33 species), Myrtaceae (28), Lauraceae (14), Rutaceae (9), Sapindaceae
(8) and Euphorbiaceae (8) were the richest families in number of species. The genera with higher number of species were:
Eugenia (11 species), Inga (6), Solanum (5) and Ocotea (5). The structure of two watershed groups established in study
area was compared. The eastern watershed group (Canoas, Peixe and Pelotas rivers) had a mean density of 561.19 ind.
ha-1, mean basal area of 20.04 m².ha-1 and Shannon-Wiener and Pielou indices ranged between 1.79 and 3.64 nats.ind.-1
and 0.61 e 0.9, respectively. The western group (Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga and Peperi-Guaçu rivers) had a mean
density of 419.16 ind.ha-1, mean basal area of 20.03 m² ha-1 and Shannon-Wiener and Pielou indices ranging from 2.3 to
3.66 nats.ind.-1 and 0.62 to 0.96, respectively. It was identified 124 common species between the two watershed groups.
Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica and Nectandra lanceolata had the greatest importance
value in both groups. Among the species which contributed to separate the two groups were Matayba elaeagnoides and
Prunus myrtifolia in eastern and Casearia sylvestris and Cabralea canjerana in the western watersheds. Pioneer and early
secondary tree species dominate both, showing that Seasonal Deciduous Forest are highly impacted and impoverished.
Schorn, L.A.; Lingner, D.V.; Vibrans, A.C.; Gasper, A.L. de; Sevegnani, L.; Sobral, M.G.; Meyer, L.; Klemz, G.; Schmidt, R.; Junior,
C.A.; Pasqualli, V.R. 2012. Estrutura do somponente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans,
A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional
Decidual. Blumenau. Edifurb.
1
143
6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
6. 1 Introdução
O estudo fitossociológico de uma floresta possibilita a caracterização do papel exercido por
cada espécie dentro da fitocenose (Grombone et al. 1990) e fornece informações essenciais sobre o
estado atual da floresta, gerando subsíduos para planos de recuperação e conservação da diversidade
(Rosa et al. 2008).
A análise da estrutura horizontal revela aspectos sobre a organização e distribuição espacial das
espécies que constituem uma comunidade. O método quantitativo para descrever a estrutura horizontal
com base na densidade, frequência, dominância e índice de valor de importância (Cain et al. 1956) é
amplamente empregado em pesquisas florestais.
A densidade indica o número de indivíduos de cada espécie em relação a uma unidade de área
(Rivera 2007); a dominância é caracterizada pela área basal acumulada dos indivíduos pertencentes a
uma determinada espécie enquanto a frequência é obtida pela proporção entre o número de Unidades
Amostrais em que a espécie se faz presente e o número total de Unidades Amostrais (Mueller-Dombois
& Ellenberg 1974). Já o valor de importância combina os parâmetros da densidade, dominância e
frequência, por meio da soma de seus índices relativos (Curtis & Mcintosch 1950).
Em relação ao conhecimento da estrutura da Floresta Estacional Decidual no sul do Brasil,
podem ser mencionados alguns trabalhos que abordaram o componente arbóreo/arbustivo, como
Vaccaro & Longhi (1995), Vaccaro (2002), Giehl & Jarenkow (2007), Ruschel et al. (2009), Floss
(2011), Kilca & Longhi (2011) e Scipioni et al. (2011).
Este capítulo tem como objetivo apresentar e discutir os principais resultados da análise
fitossociológica dos componentes arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual, em Santa Catarina.
Além da compartimentação vertical, os resultados também são apresentados de forma distinta para dois
grupos de bacias hidrográficas inseridas na área de ocorrência da Floresta Estacional Decidual em
Santa Catarina, denominadas bacias hidrográficas do Leste e bacias hidrográficas do Oeste.
6.2 Metodologia
Foram levantadas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual, em Santa Catarina,
conforme descrito no Capítulo 2 do Volume I (Vibrans et al. 2010). A localização das Unidades
Amostrais foi definida pelas interseções de uma grade sistemática com distância de 5 x 5 km.
O componente arbóreo/arbustivo foi amostrado nas Unidades Amostrais, compreendendo
todos os indivíduos com DAP superior a 10,0 cm (Vibrans et al. 2010). A área total de amostragem
do componente arbóreo/arbustivo foi de 280.018 m². Os valores dos parâmetros fitossociológicos são
meras extrapolações por hectare, não tratando-se de estimativas populacionais (Capítulo 2).
A composição florística foi avaliada através da distribuição dos indivíduos em famílias, gêneros
e espécies. Para a definição do número de espécies registradas no levantamento, foram consideradas as
espécies identificadas plenamente e até gênero, quando este apresentou apenas uma espécie. As espécies
exóticas foram mencionadas, porém não contabilizadas. As espécies foram classificadas quanto ao
grupo ecológico, em pioneira, secundária ou climácica, conforme classificação adotada pelo IFFSC que
teve como base a Flora Ilustrada Catarinense e a obra de Reitz et al. (1979). As espécies também foram
classificadas quanto ao hábito em: árvore, arvoreta ou arbusto, conforme estabelecido por Klein (1972)
ou descrito nos fascículos da Flora Ilustrada Catarinense. Quando persistia a falta de informação, as
espécies foram classificadas conforme observações em campo.
144
A estrutura fitossociológica foi avaliada segregando-se as Unidades Amostrais em grupos
florísticos, conforme resultado da análise de ordenação descrita no Capítulo 5. Um grupo foi constituído
pelas Unidades Amostraisdas bacias situadas a Leste – bacias dos rios Canoas, do Peixe e Pelotas e,
outro com as Unidades Amostrais das bacias a Oeste – bacias dos rios das Antas, Chapecó, Irani,
Jacutinga e Peperi-Guaçu. A análise fitossociológica envolveu o cálculo dos parâmetros da estrutura
horizontal, sendo densidade, dominância e frequência absoluta e relativa e valor de importância,
conforme Mueller-Dombois & Ellenberg (1974). A diversidade florística de cada Unidade Amostral
foi indicada pelos índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e de equabilidade de Pielou (J). O
processamento dos dados foi efetuado pelo software Mata Nativa 2.1 (CIENTEC 2006).
6.3 Resultados e discussão
6.3.1 Florística do componente arbóreo/arbustivo
No conjunto de 78 Unidades Amostrais implantadas em remanescentes da Floresta Estacional
Decidual foram encontradas 210 espécies identificadas plenamente, distribuídas em 62 famílias e 135
gêneros no componente arbóreo/arbustivo (Tabela 6.1). Além disso, foram identificadas 10 espécies
ao nível de gênero e três a nível de família. Com o enquadramento das espécies em grupos ecológicos,
foram encontradas no estrato arbóreo/arbustivo, 107 espécies secundárias representadas por 6.582
indivíduos, 54 espécies pioneiras com 5.143 indivíduos e, 29 espécies climácicas com 561 indivíduos.
Este resultado corrobora o estado atual de degradação da Floresta Estacional Decidual, que segundo
IBGE (1990), consiste na floresta mais ameaçada e menos protegida da Mata Atlântica no sul do Brasil.
Nas áreas florestais avaliadas pelo IFFSC, foram encontrados somente remanescentes secundários.
Tabela 6.1. Lista das espécies e famílias amostradas no componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional
Decidual de Santa Catarina e, respectivo número de indivíduos (N), hábito (H) e grupo ecológico (GE). A = árvore;
Arb = arbusto; Aro = Arborescente; Arv = arvoreta; P = pioneira; SE = secundária; C = climácica.
Table 6.1. List of species and families recorded in the tree/shrub component of Seasonal Forest in Southern
Brazilian State of Santa Catarina and respective number of individuals (N), habit (H) and ecological group (GE).
A = tree; Arb = shrub; Aro = arborescent; Arv = treelet; P = pioneer; SE = secondary; C = climax.
Família
Nome Científico
N
H
GE
Achatocarpaceae
Achatocarpus praecox
9
Arv
C
Adoxaceae
Sambucus australis
9
Arv
Anacardiaceae
Lithrea brasiliensis
81
Arv
SE
Schinus terebinthifolius
54
Arv
SE
Annonaceae
Annona emarginata
168
A*
P
Annona sylvatica
203
Arv
P
Annona sp.
31
Apocynaceae
Aspidosperma australe
111
A
SE
Rauvolfia sellowii
40
A
SE
Tabernaemontana catharinensis
12
Arv
P
Aspidosperma sp.
1
145
6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Família
Nome Científico
N
H
GE
Família
Nome Científico
N
H
GE
Aquifoliaceae
Ilex brevicuspis
18
A
SE
Cyatheaceae
Alsophila setosa
2
Aro
C
Ilex microdonta
8
Arv
SE
Cyathea corcovadensis
62
Aro
SE
Ilex paraguariensis
35
Arv
P
Cyathea sp.
27
Ilex theezans
5
A
SE
Dicksoniaceae
Dicksonia sellowiana
4
Aro
C
Araliaceae
Aralia warmingiana
3
A
C
Ebenaceae
Diospyros inconstans
1
Arv
P
Schefflera morototoni
7
A
SE
Elaeocarpaceae
Sloanea hirsuta
2
A
C
Araucariaceae
Araucaria angustifolia
6
A
P
Erythroxylaceae
Erythroxylum deciduum
15
Arv
SE
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
377
A
P
Euphorbiaceae
Actinostemon concolor
66
Arv
C
Asteraceae
Baccharis dracunculifolia
1
Arb
P
Alchornea sidifolia
5
A
P
Baccharis semiserrata
2
Arb
P
Alchornea triplinervia
7
A
SE
Dasyphyllum spinescens
3
Arv
SE
Manihot grahamii
1
Arb
SE
Dasyphyllum tomentosum
10
A
SE
Sapium glandulosum
88
A
P
Piptocarpha angustifolia
2
A
P
Sebastiania brasiliensis
103
Arv
P
Vernonanthura discolor
1
A
SE
Sebastiania commersoniana
96
Arv
P
Baccharis sp.
1
Tetrorchidium rubrivenium
3
A
SE
Raulinoreitzia sp.
2
Fabaceae
Albizia edwallii
98
A*
SE
Asteraceae
1
Albizia niopoides
19
A
n.c.
Bignoniaceae
Handroanthus heptaphyllus
1
A
SE
Apuleia leiocarpa
82
A
P
Jacaranda micrantha
3
A
SE
Ateleia glazioveana
153
A
P
Jacaranda puberula
18
Arv
SE
Bauhinia forficata
29
Arv
P
Boraginaceae
Cordia americana
76
A
C
Calliandra foliolosa
22
Arv
C
Cordia ecalyculata
113
A
SE
Dalbergia frutescens
35
Arv*
SE
Cordia trichotoma
218
A
P
Enterolobium contortisiliquum
13
A
P
Varronia polycephala
26
Arb
P
Erythrina crista-galli
3
A*
SE
Cactaceae
Cereus sp.
3
Erythrina falcata
30
A
SE
Canellaceae
Cinnamodendron dinisii
29
A
P
Gleditsia amorphoides
4
Arv
P
Cannabaceae
Trema micrantha
33
Arv
P
Holocalyx balansae
59
A
P
Cardiopteridaceae
Citronella paniculata
23
A*
Inga edulis
9
A
SE
Caricaceae
Jacaratia spinosa
50
A
C
Inga marginata
73
A
P
Vasconcellea quercifolia
53
A
P
Inga subnuda subsp. luschnathiana
8
A
P
Celastraceae
Maytenus aquifolia
6
A*
Inga vera subsp. affinis
69
Arv
SE
Schaefferia argentinensis
5
A*
Inga vera
15
A
SE
Celtaceae
Celtis iguanaea
35
Arv*
P
Inga virescens
16
A
SE
Clethraceae
Clethra scabra
14
Arv
SE
Leptolobium elegans
1
A
Cunoniaceae
Lamanonia ternata
8
A
SE
Lonchocarpus campestris
186
A*
SE
146
147
6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Família
Nome Científico
N
H
GE
Família
Nome Científico
N
H
GE
Lonchocarpus cultratus
13
A
SE
Malvaceae
Bastardiopsis densiflora
41
A
SE
Lonchocarpus muehlbergianus
6
A
SE
Ceiba speciosa
11
A*
P
Lonchocarpus nitidus
9
Arv
P
Heliocarpus popayanensis
7
A*
Machaerium hirtum
1
A
Luehea divaricata
783
A
SE
Machaerium nyctitans
1
A
P
Melastomataceae
Miconia cinerascens
1
Arv
P
Machaerium paraguariense
185
A*
SE
Meliaceae
Cabralea canjerana
180
A
SE
Machaerium stipitatum
452
A
SE
Cedrela fissilis
306
A
SE
Mimosa scabrella
3
A
SE
Guarea macrophylla
8
Arv
SE
Myrocarpus frondosus
191
A
SE
Trichilia catigua
24
Arv
C
Parapiptadenia rigida
178
A
SE
Trichilia clausseni
243
Arv
SE
Peltophorum dubium
13
A
P
Trichilia elegans
8
Arv
SE
Piptadenia gonoacantha
1
A
SE
Trichilia sp.
1
Senegalia recurva
1
Arb*
Monimiaceae
Hennecartia omphalandra
7
Arv
C
Inga sp.
4
Moraceae
Ficus adhatodifolia
9
A
P
Fabaceae
5
Ficus gomelleira
1
A*
SE
Lamiaceae
Aegiphila brachiata
1
Arb*
Ficus luschnathiana
43
A*
SE
Vitex megapotamica
40
A
SE
Maclura tinctoria
10
Arv*
Lauraceae
Cinnamomum amoenum
2
A*
SE
Morus nigra
2
Arv
Cryptocarya aschersoniana
36
A
SE
Sorocea bonplandii
65
Arv
SE
Cryptocarya mandioccana
1
A*
Ficus sp.
1
Endlicheria paniculata
1
Arv
SE
Myrtaceae
Blepharocalyx salicifolius
2
A
SE
Nectandra grandiflora
2
A
SE
Calyptranthes grandifolia
1
A
C
Nectandra lanceolata
544
A
SE
Calyptranthes tricona
19
Arv
C
Nectandra megapotamica
920
A
P
Campomanesia guaviroba
1
A
C
Nectandra membranacea
6
A
SE
Campomanesia guazumifolia
29
Arv
SE
Ocotea diospyrifolia
68
A
C
Campomanesia xanthocarpa
88
A
SE
Ocotea laxa
4
A*
SE
Eugenia brasiliensis
1
Arv
SE
Ocotea odorifera
17
A*
P
Eugenia burkartiana
1
Arv
C
Ocotea puberula
985
A
P
Eugenia gracillima
6
A*
Ocotea pulchella
52
A
P
Eugenia involucrata
5
A
SE
Persea americana
19
A
Eugenia pyriformis
6
A
SE
Persea sp.
1
Eugenia ramboi
6
A
P
Laxmanniaceae
Cordyline spectabilis
33
Arv*
SE
Eugenia rostrifolia
65
A
P
Loganiaceae
Strychnos brasiliensis
48
A*
SE
Eugenia subterminalis
1
A*
SE
Malpighiaceae
Bunchosia maritima
1
Arv*
C
Eugenia uniflora
49
Arv
P
148
149
6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Família
Nome Científico
N
H
GE
Família
Nome Científico
N
H
GE
Eugenia uruguayensis
1
Arv
C
Rutaceae
Balfourodendron riedelianum
165
A
SE
Eugenia verticillata
12
Arv
C
Citrus reticulata
1
Arb
Myrceugenia myrcioides
2
Arv
C
Citrus x limon
3
Arb
Myrcia hebepetala
7
A
C
Esenbeckia grandiflora
1
Arv
SE
Myrcia oblongata
3
Arv
P
Helietta apiculata
183
Arv
SE
Myrcia pubipetala
1
A
SE
Pilocarpus pennatifolius
197
Arv
C
Myrcia splendens
2
A
SE
Zanthoxylum fagara
36
A
SE
Myrcianthes gigantea
1
A
SE
Zanthoxylum petiolare
18
A
SE
Myrcianthes pungens
26
A
SE
Zanthoxylum rhoifolium
95
A
SE
Myrciaria floribunda
3
Arv
C
Salicaceae
Banara tomentosa
42
A
SE
Plinia rivularis
6
Arv
C
Casearia decandra
39
A
SE
Plinia trunciflora
3
A
SE
Casearia obliqua
14
A*
SE
Siphoneugena reitzii
1
A
SE
Casearia sylvestris
337
A
SE
Myrtaceae
5
Xylosma pseudosalzmannii
16
A*
SE
Nyctaginaceae
Pisonia ambigua
34
Arv
SE
Xylosma sp.
5
Oleaceae
Chionanthus trichotomus
1
A*
C
Sapindaceae
Allophylus edulis
192
Arv
SE
Opiliaceae
Agonandra excelsa
14
A*
Allophylus guaraniticus
2
Arv
C
Phytolaccaceae
Phytolacca dioica
79
A
SE
Allophylus petiolulatus
1
Arv
C
Seguieria aculeata
13
A*
SE
Allophylus puberulus
48
A*
Seguieria langsdorffii
1
A*
C
Cupania vernalis
562
A
P
Picramniaceae
Picramnia parvifolia
28
A*
SE
Diatenopteryx sorbifolia
117
A
P
Polygonaceae
Coccoloba argentinensis
2
Arv
Matayba elaeagnoides
256
A
SE
Ruprechtia laxiflora
45
A
Matayba intermedia
23
A
SE
Primulaceae
Myrsine coriacea
40
A*
P
Sapotaceae
Chrysophyllum gonocarpum
165
A
P
Myrsine guianensis
3
A*
P
1
A
SE
Myrsine loefgrenii
2
Arv*
SE
Chrysophyllum marginatum
179
A
P
Myrsine umbellata
108
Arv
SE
Simaroubaceae
Picrasma crenata
48
Arv
SE
Proteaceae
Roupala montana
5
A*
SE
Solanaceae
Cestrum intermedium
9
Arv
SE
Quillajaceae
Quillaja brasiliensis
1
A*
P
Sessea regnellii
15
Arv
SE
Rhamnaceae
Hovenia dulcis
337
A
P
Solanum bullatum
23
Arv
SE
Rosaceae
Prunus myrtifolia
162
A
SE
Solanum compressum
1
Arv
SE
Rubiaceae
Cordiera concolor
1
Arv
C
Solanum mauritianum
57
Arv
SE
Coussarea contracta
20
Arv
P
Solanum pseudoquina
2
Arv
P
Coutarea hexandra
7
Arv
SE
Solanum sanctaecatharinae
39
Arv
P
Randia ferox
23
Arv
P
Solanum sp.
3
150
Chrysophyllum inornatum
151
6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Família
Nome Científico
N
H
GE
Família
Frequência
Gêneros
Espécies
Indivíduos
% Indivíduos
% IA
Styracaceae
Styrax leprosus
60
Arv
SE
Apocynaceae
55,13
3
4
158
1,24
85,36
Symplocaceae
Symplocos tetrandra
4
Arv
SE
Rosaceae
51,28
1
1
154
1,21
86,57
Symplocos uniflora
8
Arv
SE
Primulaceae
46,15
1
4
153
1,20
87,78
Urticaceae
Coussapoa microcarpa
4
A*
SE
Solanaceae
61,54
3
8
146
1,15
88,92
Urera baccifera
84
Arb*
SE
Verbenaceae
20,51
1
1
137
1,08
90,00
Verbenaceae
Aloysia virgata
137
Arv
Moraceae
56,41
4
7
129
1,02
91,02
Violaceae
Hybanthus bigibbosus
1
Arb
Phytolaccaceae
53,85
2
3
93
0,73
91,75
8,97
2
3
91
0,72
92,47
Urticaceae
33,33
2
2
82
0,65
93,11
Anacardiaceae
20,51
2
2
81
0,64
93,75
Aquifoliaceae
20,51
1
4
66
0,52
94,27
Styracaceae
29,49
1
1
59
0,46
94,73
Caricaceae
20,51
2
2
53
0,42
95,15
Rubiaceae
33,33
4
4
51
0,40
95,55
Loganiaceae
29,49
1
1
48
0,38
95,93
Polygonaceae
26,92
2
2
47
0,37
96,30
Simaroubaceae
35,90
1
1
47
0,37
96,67
Lamiaceae
26,92
2
2
41
0,32
96,99
Celtaceae
25,64
1
1
35
0,28
97,27
Cannabaceae
25,64
1
1
33
0,26
97,53
Laxmanniaceae
19,23
1
1
33
0,26
97,79
Nyctaginaceae
26,92
1
1
33
0,26
98,05
Canellaceae
3,85
1
1
29
0,23
98,28
Picramniaceae
7,69
1
1
28
0,22
98,50
Asteraceae
10,26
6
9
23
0,18
98,68
Cardiopteridaceae
23,08
1
1
22
0,17
98,85
Bignoniaceae
14,10
2
3
20
0,16
99,01
Erythroxylaceae
11,54
1
1
15
0,12
99,13
Clethraceae
5,13
1
0
14
0,11
99,24
Opiliaceae
3,85
1
1
14
0,11
99,35
Symplocaceae
3,85
1
2
12
0,09
99,44
Achatocarpaceae
6,41
1
1
9
0,07
99,51
Araliaceae
8,97
2
2
8
0,06
99,57
Cunoniaceae
2,56
1
1
8
0,06
99,64
Adoxaceae
7,69
1
1
7
0,06
99,69
Cyatheaceae
* Espécie classificada quanto ao hábito a partir de observações de campo do IFFSC.
* Species classified according to IFFSC field observations.
As famílias mais representativas (Tabelas 6.2 e 6.3) quanto à riqueza foram Fabaceae (33
espécies), Myrtaceae (28), Lauraceae (14), Rutaceae (nove), Sapindaceae (oito) e Euphorbiaceae
(oito). Estas famílias abrangem 56,64% do número total de indivíduos amostrados e 46,51% do total de
espécies encontradas no levantamento. Em outros trabalhos realizados no componente arbóreo/arbustivo
da Floresta Estacional Decidual, como em Giehl & Jarenkow (2007), Scipioni et al. (2009) e Kilca &
Longhi (2011), as famílias mencionadas também foram as mais ricas, com Fabaceae apresentando a
maior diversidade de espécies. Segundo Giehl & Jarenkow (2007), a deciduidade da floresta é marcada
pela abundância de espécies emergentes caducifólias desta família.
Verificou-se também que do total de famílias encontradas, 32 (51,61%) estão presentes na área
com uma única espécie e 14 (22,58%) com duas ou três espécies.
Tabela 6.2. Lista das famílias do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, em
ordem decrescente de número de indivíduos. IA = Indivíduos acumulados.
Table 6.2. List of families recorded in the tree/shrub component of Seasonal Deciduous Forest in Southern Brazilian State
of Santa Catarina, in descending order of individuals number. IA = Accumulated number of individuals.
Família
Frequência
Gêneros
Espécies
Indivíduos
% Indivíduos
% IA
Lauraceae
98,72
6
15
2.652
20,88
20,88
Fabaceae
100,00
21
35
1.963
15,45
36,33
Sapindaceae
94,87
4
8
1.193
9,39
45,72
Malvaceae
88,46
4
4
838
6,60
52,31
Meliaceae
92,31
4
7
762
6,00
58,31
Rutaceae
91,03
6
9
683
5,38
63,69
Salicaceae
83,33
3
6
448
3,53
67,22
Arecaceae
82,05
1
1
363
2,86
70,07
Euphorbiaceae
79,49
6
8
362
2,85
72,92
Myrtaceae
71,79
11
29
342
2,69
75,61
Rhamnaceae
43,59
1
1
337
2,65
78,27
Sapotaceae
67,95
1
3
335
2,64
80,90
Boraginaceae
71,79
2
4
208
1,64
82,54
Annonaceae
65,38
1
3
200
1,57
84,12
152
153
6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Família
Tabela 6.3. Síntese da diversidade de famílias e gêneros do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina.
Tabela 6.3. Synthesis of families and genera diversity recorded in the tree/shrub component of Seasonal Forest in Santa
Catarina.
Frequência
Gêneros
Espécies
Indivíduos
% Indivíduos
% IA
Monimiaceae
6,41
1
1
7
0,06
99,75
Araucariaceae
3,85
1
1
6
0,05
99,80
Celastraceae
6,41
2
2
6
0,05
99,84
Família
Proteaceae
6,41
1
1
5
0,04
99,88
Fabaceae
35
Dicksoniaceae
3,85
1
1
4
0,03
99,91
Myrtaceae
29
11
Cactaceae
1,28
1
1
3
0,02
99,94
Rutaceae
9
Elaeocarpaceae
2,56
1
1
2
0,02
99,95
Asteraceae
Ebenaceae
1,28
1
1
1
0,01
99,96
Malpighiaceae
1,28
1
1
1
0,01
99,97
Melastomataceae
1,28
1
1
1
0,01
Oleaceae
1,28
1
1
1
Quillajaceae
1,28
1
1
Violaceae
1,28
1
135
Total
Espécies
Número
Gêneros Indivíduos
1.963
21
Gênero
Número
Espécies Indivíduos
Eugenia
11
64
342
Inga
6
99
6
683
Solanum
5
13
9
6
23
Allophylus
4
180
Sapindaceae
8
4
1.193
Ilex
4
116
Euphorbiaceae
8
6
362
Lonchocarpus
4
122
Solanaceae
8
3
146
Machaerium
4
99,98
Meliaceae
7
4
762
Myrcia
4
0,01
99,98
Moraceae
7
4
129
Myrsine
4
1
0,01
99,99
Família 6 spp.
1
Nectandra
4
1
1
0,01
100,00
Família 4 spp.
6
Gênero 3 spp.
7
210
12899
100
Família 3 spp.
5
Gênero 2 ssp.
13
Família 2 spp.
8
Gênero 1 sp.
82
Família 1 sp.
32
100
Quanto ao número de gêneros, as famílias que se destacaram foram Fabaceae (21 gêneros),
Myrtaceae (11), além de Lauraceae, Rutaceae, Euphorbiaceae e Asteraceae, cada uma com seis gêneros.
Estas famílias responderam por 38,89% do total de gêneros identificados e 47,43% da totalidade dos
indivíduos. Aproximadamente 60% das famílias botânicas identificadas foram representadas por apenas
um gênero.
Com relação ao número total de indivíduos amostrados, as famílias mais representativas
foram Lauraceae, Fabaceae, Sapindaceae, Malvaceae, Meliaceae e Rutaceae, somando 63,69% dos
indivíduos medidos. Estas mesmas famílias, com exceção da Malvaceae, ocorreram em mais de 90%
das Unidades Amostrais implantadas. A maior parte das famílias identificadas, correspondendo a
70,97%, foi encontrada em menos de 50% das Unidades Amostrais implantadas. As famílias Cactaceae,
Ebenaceae, Malpighiaceae, Melastomataceae, Oleaceae, Quillajaceae e Violaceae apareceram em uma
única Unidade Amostral (Tabela 6.2). Ressalta-se que a maior parte da diversidade destas famílias é
constituída por espécies arbustivas, herbáceas ou ainda epífitas.
Os gêneros com maior número de espécies foram Eugenia (11 espécies), Inga (seis), Solanum
(cinco) e Ocotea (cinco), os quais englobaram 11,84% do total de espécies registradas (Tabela
6.3). Estes gêneros, bem com o as famílias com maior riqueza de espécies, estão entre as mencionadas
por Oliveira-Filho & Fontes (2000) como características das Florestas Semideciduas do Sudeste do
Brasil.
Ainda foram verificados 30 (22,2%) gêneros com duas a quatro espécies e 101 (74,8%) dos
gêneros com somente uma espécie (Tabela 6.3). Os gêneros com maior riqueza também foram
amostrados com alta densidade, especialmente Ocotea com 1.122 indivíduos. Destacaram-se ainda
Nectandra (1.470 ind.), Machaerium (632), Casearia (387), Chrysophyllum (335) e Matayba (278),
além de alguns gêneros representados por somente uma espécie, como Luehea (781 ind.), Cupania
(562), Syagrus (113) e Cedrela (106).
154
As espécies que ocorreram com maior número de indivíduos foram: Ocotea puberula (985
indivíduos), Nectandra megapotamica (918), Luehea divaricata (781), Cupania vernalis (562),
Nectandra lanceolata (544), Machaerium stipitatum (447), Syagrus romanzoffiana (363), Casearia
sylvestris (334), Cedrela fissilis (306), Matayba elaeagnoides (255), Trichilia clausseni (243), Cordia
trichotoma (218) e Annona sylvatica (203), perfazendo 48% do total de indivíduos. Observa-se que
essas espécies pertencem aos grupos ecológicos das pioneiras e das secundárias, evidenciando que
a estrutura da Floresta Estacional Decidual encontra-se bastante alterada quando comparada com a
descrição efetuada por outros autores em décadas passadas, como é o caso de Reitz et al. (1979).
Os resultados mostraram também que a maioria das espécies amostradas (68%) apresentou
menos de 28 indivíduos, que corresponde a uma densidade menor que 1 ind.ha-1. Este fato denota, de
forma geral, o caráter pouco avançado em relação à qualificação sucessional da Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina, caracterizada pela elevada abundância de um pequeno número de espécies
pioneiras e secundárias.
Foram registradas cinco espécies exóticas no componente arbóreo/arbustivo, que estão na lista
florística, mas não foram contabilizadas. Com exceção da Hovenia dulcis (337 indivíduos, incluídos
aqueles numa Unidade Amostral instalada em um reflorestamento abandonado desta espécie), as
espécies exóticas foram representadas por poucos indivíduos, sendo Citrus x limon (três indivíduos),
Citrus reticulata (um), Morus nigra (dois) e Persea americana (19). O grande número de indivíduos
encontrados para Hovenia dulcis comprova seu potencial de invasão biológica, conforme verificado
também por Rosa et al. (2008). Os autores constataram a presença de Hovenia dulcis em todos os estratos
de uma floresta situada na Reserva Capão de Tupanciretã, no município de Tupanciretã (RS). Hovenia
dulcis também foi encontrada em uma área de capoeirão do município de Santa Tereza, correspondendo
a 67% dos indivíduos mensurados no trabalho de Longhi et al. (2005). Sua grande capacidade de
invasão pode estar associada à facilidade de multiplicação por sementes, rápido crescimento e dispersão
zoocórica estimulada pelo seu pedicelo entumescido (Lorenzi et al. 2003; Rosa et al. 2008).
155
Dentre as espécies registradas, foram encontradas Araucaria angustifolia (seis indivíduos),
Ocotea odorifera (14) e Dicksonia sellowiana (quatro), as quais são consideradas ameaçadas de
extinção, de acordo com MMA (2008). A Floresta Estacional Decidual não é a região fitoecológica
preferencial destas espécies, o que explica sua baixa representatividade.
6.3.2 Análise fitossociológica do componente arbóreo/arbustivo
Bacias Hidrográficas do Leste
Na análise fitossociológica do grupo das bacias hidrográficas do Leste (Figura 5.1) foram
utilizadas 23 Unidades Amostrais, onde foram amostrados 4.590 indivíduos e 151 espécies em uma área
total de 81.790 m². Estas espécies estão distribuídas em 53 famílias e 100 gêneros. Ocorreram ainda,
três espécies exóticas, sendo elas Citrus x limon, Hovenia dulcis e Persea americana. A densidade
absoluta média foi de 561,19 ind.ha-1 e a área basal resultou em 20,04 m².ha-1 (Tabela 6.4).
As espécies que mais contribuíram com o valor de importância da floresta foram Ocotea
puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Nectandra lanceolata, Cupania vernalis,
Machaerium stipitatum, Matayba elaeagnoides, Parapiptadenia rigida, Cedrela fissilis e Prunus
myrtifolia (Tabela 6.4). Estas espécies participaram com 52,37% da densidade absoluta total e 44,38%
do valor de importância. Luehea divaricata, Nectandra megapotamica e Cupania vernalis foram as
espécies mais frequentes, ocorrendo em aproximadamente 95% das Unidades Amostrais. As espécies
Ocotea puberula, Luehea divaricata e Nectandra megapotamica apresentaram os maiores valores de
densidade e dominância, observando-se que somente elas foram responsáveis por 29,86% e 37,71%
em relação ao total da floresta, respectivamente. As espécies mais representativas da estrutura atual
da floresta nas bacias hidrográficas do Leste não são espécies de estádios mais avançados e que
caracterizaram essa floresta no passado. Em geral, são espécies pioneiras e secundárias, comuns em
áreas de vegetação alterada nesta e em outras regiões fitoecológicas.
156
157
8,44
7,09
Machaerium paraguariense
Aspidosperma australe
1,26
1,50
1,02
1,20
1,59
1,39
1,90
1,29
2,00
2,70
1,61
2,11
1,79
2,98
2,85
56,52
47,83
39,13
65,22
26,09
65,22
52,17
69,57
82,61
13,04
69,57
73,91
56,52
60,87
78,26
95,65
178,14 31,66
561,19 100
5,75
Ocotea pulchella
Demais espécies (131)
Somatório
6,73
7,21
Syagrus romanzoffiana*
Albizia edwallii
11,25
Allophylus edulis
8,93
15,16
Ateleia glazioveana
Helietta apiculata
9,05
Prunus myrtifolia
7,83
11,86
Cedrela fissilis*
Lonchocarpus campestris*
10,03
Parapiptadenia rigida*
10,64
16,75
Matayba elaeagnoides
Annona sylvatica
16,02
Machaerium stipitatum*
6,51
0,17
0,18
0,34
0,16
0,33
0,18
0,18
0,28
0,21
0,47
0,41
0,35
0,58
0,35
0,35
0,73
1,31
62,77 5,91
100
20,04
1,59
1,35
1,10
1,84
0,74
1,84
1,47
1,96
2,33
0,37
1,96
2,08
1,59
1,72
2,21
2,70
2,45
29,53
100
0,85
0,87
1,68
0,80
1,66
0,91
0,91
1,41
1,03
2,35
2,05
1,72
2,91
1,74
1,77
3,64
6,52
10,39
123,96 Demais espécies (163)
300 Somatório
3,70 Balfourodendron riedelianum
3,73 Diatenopteryx sorbifolia
3,80 Apuleia leiocarpa
3,84 Lonchocarpus campestris*
3,98 Cordia americana
4,14 Chrysophyllum gonocarpum
4,28 Trichilia clausseni
4,66 Parapiptadenia rigida*
5,37 Myrocarpus frondosus
5,42 Chrysophyllum marginatum
5,63 Cabralea canjerana
5,92 Cupania vernalis*
6,29 Cedrela fissilis*
6,44 Casearia sylvestris
6,83 Machaerium stipitatum*
12,85 Syagrus romanzoffiana*
13,63 Nectandra lanceolata*
21,19 Luehea divaricata*
23,34 Ocotea puberula*
36,56
86,96
2,08
11,12
Cupania vernalis*
4,66
2,70
2,23
26,17
95,65
2,70
Nectandra lanceolata*
8,10
95,65
45,48
GRUPO/ ESPÉCIE
Nectandra megapotamica*
9,52
16,2
VI
53,43
3,25
DoR
Luehea divaricata*
2,57
DoA
31,02 Nectandra megapotamica*
91,30
FR
68,71 12,24
FA
Ocotea puberula*
DR
Bacias do Oeste
DA
Bacias do Leste
GRUPO/ ESPÉCIE
196,32
419,16
6,00
4,49
3,73
6,00
3,99
7,37
10,34
4,79
7,77
7,47
7,97
13,27
10,54
14,93
15,94
15,34
16,65
17,35
21,34
27,54
DA
46,69
100
1,43
1,07
0,89
1,43
0,95
1,76
2,47
1,14
1,85
1,78
1,90
3,17
2,52
3,56
3,80
3,66
3,97
4,14
5,09
6,57
DR
65,45
50,91
49,09
65,45
54,55
70,91
63,64
50,91
69,09
58,18
67,27
76,36
78,18
70,91
74,55
87,27
69,09
83,64
80,00
90,91
FA
0,21
0,38
0,45
0,30
0,50
0,29
0,24
0,60
0,37
0,48
0,44
0,33
0,48
0,36
0,49
0,48
1,39
1,29
1,38
1,92
DoA
64,12 7,66
100 20,03
1,71
1,33
1,29
1,71
1,43
1,86
1,67
1,33
1,81
1,52
1,76
2,00
2,05
1,86
1,95
2,29
1,81
2,19
2,10
2,38
FR
38,19
100
1,06
1,90
2,27
1,47
2,50
1,45
1,2
2,98
1,85
2,37
2,17
1,65
2,41
1,80
2,47
2,39
6,92
6,44
6,89
9,57
DoR
149,03
300
4,21
4,31
4,44
4,62
4,88
5,06
5,33
5,46
5,52
5,68
5,83
6,82
6,97
7,22
8,22
8,33
12,70
12,77
14,08
18,52
VI
Tabela 6.4. Lista das 20 espécies com o maior valor de importância em cada grupo pela análise fitossociológica. N = número de indivíduos; U = número de Unidade Amostral que a
espécie ocorre; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR = densidade relativa (%); FA = frequência absoluta; (%); FR = frequência relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1);
DoR = dominância relativa (%); VI = Valor de importância. *Espécies comuns entre as bacias do Leste e Oeste.
Table 6.4. List of the 20 species with the highest importance value of each group by the phytosociological analysis. N = number of individuals; U = number of plots where the species
occur; DA = absolute density (ind.ha-1); DR = relative density (%); FA = absolute frequency (%); FR = relative frequency (%); DoA = absolute dominance (m².ha-1); DoR = relative
dominance (%); VI = importance value. *Common species between eastern and western watersheds.
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
O índice de diversidade de Shannon e de equabilidade de Pielou ficaram entre 1,79 e 3,64 nats.
ind. e 0,61 e 0,9, respectivamente. A Unidade Amostral 1388 no município de Zortéa registrou o maior
valor para o índice de Shannon e maior número de espécies (57 espécies), enquanto a Unidade Amostral
1618 em Ipira teve o menor índice. Para a equabilidade, as Unidades Amostrais 1388 no município de
Zortéa e 2099 de Luzerna apresentaram o maior valor e a Unidade Amostral 1618 em Ipira ficou com
o menor valor. (Tabela 6.5).
-1
Tabela 6.5. Unidades Amostrais do componente arbóreo/arbustivo levantadas na Floresta Estacional Decidual de Santa
Catarina, separadas entre bacias hidrográficas do Leste e do Oeste, com respectivo município, número de indivíduos (Ind.)
e espécies (Spp.), índices de diversidade de Shannon (H’) e de equabilidade (J).
Table 6.5. Plots placed on tree/shrub component of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, separated by eastern and
western watersheds, with the municipality, number of individuals (Ind.) and species (Spp.), Shannon diversity index (H’)
and equability index (J).
Unidade Amostral
Número
Município
Índice
Ind.
Spp.
H’
J
Bacias do Leste
398
438
494
Capinzal
Ouro
Herval d’Oeste
286
199
229
45
49
31
3,13
3,33
2,35
0,82
0,86
0,69
941
Anita Garibaldi
107
21
2,59
0,85
1000
1123
1187
1188
1249
1318
Anita Garibaldi
Celso Ramos
Celso Ramos
Campos Novos
Celso Ramos
Campos Novos
96
221
277
165
280
287
23
29
48
30
36
43
2,79
2,77
3,20
2,78
2,82
3,12
0,89
0,82
0,83
0,82
0,79
0,83
1388
Zortéa
174
57
3,64
0,90
1461
1536
1542
1616
1618
1619
1703
1787
2099
2100
2101
2216
Piratuba
Alto Bela Vista
Capinzal
Peritiba
Ipira
Ipira
Campos Novos
Ouro
Luzerna
Herval d’Oeste
Ibicaré
Ibicaré
237
207
239
210
160
109
80
158
204
229
202
234
30
40
33
49
19
29
21
40
52
28
31
32
2,14
3,10
2,61
3,22
1,79
2,63
2,09
3,21
3,55
2,82
2,61
2,83
0,63
0,84
0,75
0,83
0,61
0,78
0,69
0,87
0,90
0,85
0,76
0,82
148
144
148
190
210
209
197
34
40
43
33
39
42
32
3,07
3,28
3,37
2,69
3,08
2,80
2,86
0,87
0,89
0,90
0,77
0,84
0,75
0,82
Bacias do Oeste
435
487
537
597
712
918
1693
Concórdia
Concórdia
Guatambu
Chapecó
Xanxerê
Anchieta
Concórdia
158
1694
1770
1774
1775
1859
1861
1864
1869
1959
1961
1965
1970
2051
2056
2077
2079
2081
2083
2088
2166
2170
2172
2179
2194
2195
2281
2287
2294
Concórdia
Chapecó
Concórdia
Concórdia
Paial
Itá
Seara
Concórdia
Chapecó
Paial
Seara
Concórdia
Itapiranga
São João do Oeste
Seara
Seara
Seara
Arabutã
Concórdia
Itapiranga
Mondaí
Mondaí
Palmitos
Seara
Seara
Tunápolis
Mondaí
São Carlos
Número
Ind.
Spp.
135
33
175
59
87
34
155
38
108
34
147
44
193
39
181
31
242
45
212
50
138
42
202
30
77
28
132
31
165
46
138
27
173
36
167
42
226
29
140
43
74
34
208
40
97
33
133
42
167
33
139
27
231
37
231
41
2310
Xavantina
144
51
3,57
0,91
2406
2414
2425
2510
2512
2515
2530
2531
Caibi
Nova Itaberaba
Xavantina
Tunápolis
Tunápolis
Iporã do Oeste
Nova Itaberaba
Chapecó
104
170
121
66
113
81
157
167
38
43
48
31
25
33
35
43
3,31
3,28
3,38
3,16
2,77
3,17
3,15
3,24
0,91
0,87
0,87
0,92
0,86
0,91
0,88
0,86
2623
Santa Helena
64
31
3,28
0,96
2645
2987
3082
3097
Coronel Freitas
Ipuaçu
Barra Bonita
Quilombo
177
191
100
166
36
51
36
44
3,27
3,44
3,12
3,43
0,91
0,88
0,87
0,91
Unidade Amostral
Município
159
Índice
H’
2,94
3,66
3,07
3,19
3,17
3,42
3,05
2,87
2,70
3,25
3,17
2,61
2,95
2,67
3,49
2,36
2,84
3,14
2,76
3,41
3,32
2,30
3,20
3,37
3,12
2,85
2,79
2,94
J
0,84
0,90
0,87
0,88
0,90
0,90
0,83
0,84
0,71
0,83
0,85
0,77
0,89
0,78
0,91
0,72
0,79
0,84
0,82
0,91
0,94
0,62
0,91
0,90
0,89
0,86
0,77
0,79
6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral
3197
3309
3414
3416
3427
3520
Número
Ind.
Spp.
35
13
161
46
118
45
163
48
174
48
118
44
Município
São Miguel da Boa Vista
Romelândia
Barra Bonita
Romelândia
São Lourenço do Oeste
Anchieta
Índice
H’
2,42
3,43
3,32
3,31
3,25
3,45
J
0,95
0,9
0,87
0,86
0,84
0,91
Bacias hidrográficas do Oeste
No conjunto de 55 Unidades Amostrais implantadas na floresta das bacias hidrográficas do Oeste
(Figura 5.1), foram amostrados 8.309 indivíduos e 183 espécies. Estas espécies estão distribuídas em
55 famílias e 126 gêneros. Foram encontradas, também, cinco espécies exóticas, sendo elas Citrus x
limon, Citrus reticulata, Hovenia dulcis, Morus nigra e Persea americana.
A densidade absoluta média encontrada foi de 419,16 ind.ha-1 e a área basal total foi de 20,03
m².ha (Tabela 6.4). A área basal encontrada foi similar ao valor verificado com as bacias hidrográficas
do Leste, porém a densidade das bacias do Oeste foi inferior, em média. Nos outros trabalhos listados
(Tabela 6.6) foram encontrados valores superiores de densidade, exceto com Vaccaro & Longhi (1995).
-1
Kilca & Longhi (2011) adotaram o mesmo critério de inclusão (≥ 10 cm DAP) e obtiveram
uma área basal um pouco superior ao observado no presente estudo. A área basal obtida nos demais
trabalhos listados foi superior a 30 m² ha-1.
As espécies que se destacaram quanto ao valor de importância foram Nectandra megapotamica,
Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Syagrus romanzoffiana, Machaerium
stipitatum, Casearia sylvestris, Cedrela fissilis, Cupania vernalis e Cabralea canjerana (Tabela 6.4).
Estas espécies responderam por 38,38% da densidade absoluta total e 33,81% do valor de importância
da floresta. Apenas Nectandra megapotamica, Luehea divaricata e Syagrus romanzoffiana ocorreram
em mais de 80% das Unidades Amostrais. Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Luehea
divaricata e Nectandra lanceolata ocorreram na floresta com o maior número de indivíduos e área
basal, contribuindo com 19,77% da densidade e 29,82% da dominância.
Das 183 espécies registradas nas bacias do Oeste, 124 (67,76%) espécies foram também
encontradas nas bacias do Leste. Dentre as 20 espécies com maior valor de importância, dez delas
foram comuns aos dois grupos de bacias hidrográficas. Destaca-se Ocotea puberula, Luehea divaricata,
Nectandra megapotamica e Nectandra lanceolata, cuja contribuição na importância estrutural da
floresta, foi a mais expressiva em ambos os grupos de bacias. O. puberula é raramente encontrada
na floresta primária inalterada, ocorrendo de forma esparsa, porém bem desenvolvida. L. divaricata
é particularmente frequente ao longo dos rios, terrenos rochosos e íngremes e nas capoeiras mais
desenvolvidas. N. megapotamica é característica de estádios finais de sucessão, ocupando geralmente
os estratos inferiores da floresta. Apresenta elevada abundância na Floresta Estacional Decidual, porém,
é encontrada também na Floresta Ombrófila Mista (Reitz et al. 1979). N. lanceolata ocorre na Floresta
Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista e raramente na Floresta Ombrófila Densa (Leite et al.
1986; Carvalho 2006).
Considerando apenas o conjunto das dez espécies com maior valor de importância, contata-se
Matayba elaeagnoides e Prunus myrtifolia como exclusivas das bacias do Leste, enquanto nas bacias
do Oeste, apareceram Casearia sylvestris e Cabralea canjerana. M. elaeagnoides começa a surgir na
160
fase de capoeirão, tornando-se bastante abundante na floresta secundária situada no início das encostas
(Reitz et al. 1983). P. myrtifolia é mais rara e esparsa no interior de florestas densas. C. sylvestris ocorre
preferencialmente nas capoeiras e capoeirões, situados em solos muito úmidos. C. canjerana apresenta
agressividade pronunciada por sobre os capoeirões e matas secundárias no Sul do Brasil (Reitz et al.
1979).
O índice de diversidade de Shannon e de equabilidade de Pielou das Unidades Amostrais
das bacias do Oeste ficaram entre 2,3 e 3,66 nats.ind.-1 e 0,62 e 0,96, respectivamente. A Unidade
Amostral 1770 no município de Chapecó registrou o maior valor para o índice de Shannon e maior
número de espécies (59 spp.), enquanto a Unidade Amostral 2172 em Mondaí teve o menor índice.
Para a equabilidade, a Unidade Amostral 2623 em Santa Helena apresentou o maior valor e a Unidade
Amostral 2172, em Mondaí, ficou com o menor valor (Tabela 6.5).
Floss (2011), em Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, e Vaccaro & Longhi (1995),
em Floresta Estacional Decidual no Rio Grande do Sul, registraram valores maiores aos encontrados
nos dois grupos de bacias hidrográficas, com 3,67 e 3,71 nats.ind.-1, respectivamente (Tabela 6.6).
Os resultados obtidos para a diversidade e equabilidade também contribuem para evidenciar
que a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina encontra-se bastante alterada, com uma irregular
distribuição de indivíduos por espécie, ou concentrada em poucas espécies, conforme já observado na
análise florística.
De forma geral, os remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina encontramse com a composição e a estrutura bastante alteradas em relação às descrições efetuadas por outros
autores em décadas passadas.
A estrutura fitossociológica da Floresta Estacional Decidual entre as duas regiões analisadas
é semelhante, porém a densidade de indivíduos nas bacias hidrográficas do Leste é superior. A
diversidade de espécies no componente arbóreo/arbustivo foi ligeiramente maior nas florestas das
bacias hidrográficas do Oeste.
Tabela 6.6. Dados de trabalhos que analisaram o componente arbóreo/arbustivo. RF = região fitoecológica; CI = critério
de inclusão; S = número de espécies; F = família; DA = densidade absoluta; DoA = dominância absoluta H’ = índice de
diversidade de Shannon; J = índice de equabilidade.
Tabela 6.6. Data from studies of the tree/shrub component. CI = inclusion criterium; S = species; F = families; DA =
absolute density (ind.ha-1); DoA = absolute dominance (m².ha-1); H’ = Shannon diversity index; J = equability index.
Área (m²)
CI
Vaccaro & Longhi (1995)
12.000
Ruschel et al. (2009)
Giehl & Jarenkow (2007)
Autor
Vaccaro (2002)
Floss (2011)
Kilca & Longhi (2011)
Scipioni et al. (2011)
Bacias do Leste
Bacias do Oeste
F
DA
DoA
> 9,5 cm DAP
66 26
490
32,35
3,71
11.200
> 5 cm DAP
69
1.116
33,90
3,03
0,71
10.000
> 4,8 cm DAP
58 26
1.513
4.000
> 3,2 cm DAP
47 22
2.085
51,67
> 5 cm DAP
86 35
1,13
3,67
0,823
100.000
> 10 cm DAP
168 49
1.429
714
22,65
3,08
11.200
81.790
> 9,5 cm DAP
61 28
655
34,50
3,35
0,81
> 10 cm DAP
151 53
561
20,04
1,79/3,64
0,61/0,90
198.228
> 10 cm DAP
183 55
419
20,03
2,3/3,66
0,62/0,96
15.600
S
161
H’
J
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
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162
163
Capítulo
7
Floresta Estacional Decidual
Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina1
Natural regeneration of the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina
Leila Meyer, André Luís de Gasper, Lucia Sevegnani,
Lauri Amândio Schorn, Débora Vanessa Lingner,
Alexander Christian Vibrans, Marcio Verdi,
Anita Stival dos Santos, Susana Dreveck,
Alexandre Korte
Resumo
Foram caracterizadas a composição e a estrutura da regeneração natural da Floresta Estacional
Decidual de Santa Catarina. Foram utilizados dados de 78 Unidades Amostrais, com área prevista
de 100 m2 cada, perfazendo um total de 6.860 m2, com inclusão de todos os indivíduos com altura
superior a 1,5 m e diâmetro a altura do peito menor que 10 cm. Também foi elaborada a lista florística.
Os parâmetros fitossociológicos foram determinados para cada grupo de bacias hidrográficas (bacias
situadas no Leste – bacias dos rios Canoas, do Peixe e Pelotas, e bacias situadas no Oeste – bacias dos
rios das Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga e Peperi-Guaçu). Foram calculados os índices de diversidade
de Shannon e de equabilidade e o coeficiente de mistura de Jentsch para cada Unidade Amostral. Foram
amostrados 3.325 indivíduos, 165 espécies, 109 gêneros e 47 famílias. Do total de espécies, 133 foram
comuns à regeneração natural e ao componente arbóreo/arbustivo, 78 exclusivas do arbóreo/arbustivo
e 32 exclusivas da regeneração natural. No grupo das bacias do Leste, a densidade absoluta foi de
6.260 ind.ha-1 e índice de Shannon e equabilidade ficaram entre 0,51 e 3,05 nats.ind.-1 e 0,28 e 0,96,
respectivamente. Para as bacias do Oeste a densidade foi de 4.355 ind.ha-1 e os índices de Shannon e
equabilidade foram 1,22 e 2,87 nats.ind.-1 e 0,64 e 1,00, respectivamente.
Abstract
We studied composition and structure of natural regeneration in the Seasonal Deciduous Forest of
Santa Catarina. We used data from 78 Sample Plots. Each Sample Plots had 100 m2. The natural
regeneration included all individuals with height ≥ 1.50 and DBH < 10 cm. We also compiled a species
list. Phytosociological parameters were calculated for each watershed group (eastern watersheds –
Canoas, Peixe and Pelotas rivers; western watersheds – Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga and PeperiGuaçu rivers). The Shannon diversity and equitability index and the Jentsch Coefficient of Mixture were
computed for each Sample Plot. The number of individuals sampled was 3,325, distributed into 165
species, 109 genera and 47 families. In the natural regeneration 32 species were recorded. 78 species
were sampled only in the tree/shrub component and 133 species were recorded in both components.
In the eastern watersheds the absolute density was 6,260 ind.ha-1 and Shannon diversity index ranged
between 0.51 and 3.05 nats.ind.-1. In the western watersheds the absolute density was 4,355 ind.ha-1 and
the Shannon diversity index ranged between 1.22 and 2.87 nats.ind.-1.
Meyer, L.; Gasper, A.L. de; Sevegnani, L.; Schorn, L.A.; Lingner, D.V.; Vibrans, A.C.; Verdi, M.; Santos, A.S. dos; Dreveck, S.; Korte,
A. 2012. Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de;
Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.
1
167
7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
7.1 Introdução
A Floresta Estacional Decidual no estado de Santa Catarina distribui-se ao longo do rio Uruguai
e seus afluentes e originalmente abrigava algumas espécies características como Apuleia leiocarpa,
Parapiptadenia rigida, Peltophorum dubium, Cedrela fissilis (Klein 1972; IBGE 1991). Atualmente,
encontra-se reduzida a fragmentos esparsos e isolados, que não mais apresentam a diversidade do
passado. Com a venda de lotes pelas empresas colonizadoras aos imigrantes europeus, sobretudo após
a Guerra do Contestado, o Oeste catarinense passou por uma ocupação de fato e as florestas foram
gradativamente perdendo suas árvores para indústrias madeireiras e substituídas pela agricultura, por
fim, restringindo-se, geralmente, aos locais inadequados para cultivo (Rosseto 1995; Silva 2010).
Em relação ao conhecimento da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, poucos são os
estudos encontrados que retratam tal biodiversidade, como os de Klein (1972) e Ruschel et al. (2003;
2005; 2009). Quanto à regeneração natural, apesar de sua relevância, não foram encontrados trabalhos
no estado. Felfili (1991) destaca que o estudo da regeneração natural pode auxiliar no entendimento
dos processos de manutenção da diversidade das florestas, por meio da comparação da composição,
estrutura e dinâmica da regeneração e das plantas adultas ao longo do tempo. Para Carvalho (1982),
num enfoque silvicultural, a avaliação da estrutura e composição da regeneração natural é fundamental
para elaboração e aplicação adequada de planos de manejo que permitam o uso racional das florestas.
O conceito de regeneração natural não está bem circunscrito, em geral é dependente dos
critérios estabelecidos para cada estudo. Segundo Tegelmark (1998), a regeneração natural abrange
uma cadeia de processos ao longo dos anos, a partir da floração das plantas adultas até a sobrevivência
ou mortalidade das plântulas. Finol (1971) trata a regeneração natural como o conjunto de descendentes
das plantas arbóreas que se encontram entre 0,1 m de altura até o limite de diâmetro pré-estabelecido.
Para Felfili (1991), a regeneração natural compreende o estudo dos indivíduos jovens da floresta, os
quais são classificados em três classes de acordo com o estádio de desenvolvimento: plântulas com
altura até 1,0 m, que são consideradas não estabelecidas; plantas com altura superior a 1,0 m e diâmetro
à altura do peito (DAP) inferior a 5,0 cm são definidas como jovens em fase de estabelecimento; plantas
com DAP entre 5,0 e 10,0 cm são consideradas já estabelecidas.
Grande parte dos autores concorda que a regeneração natural engloba os indivíduos jovens
das espécies adultas da floresta. No entanto, Rollet (1969) sugere que cada classe diamétrica pode ser
considerada como regeneração dos indivíduos da mesma espécie com diâmetros superiores a essa classe.
Assim, por exemplo, os indivíduos com 5,0 a 10,0 cm de DAP podem ser considerados regeneração dos
indivíduos com DAP superior a 10 cm da mesma espécie.
No Brasil, a maioria dos trabalhos estabelece regeneração natural de acordo com classes de
tamanho e os limites das classes adotados são determinados majoritariamente de forma empírica,
levando em consideração os objetivos de cada estudo e características da floresta (Longhi et al. 1999;
Longhi et al. 2000; Oliveira & Felfili 2005; Alves & Metzger 2006; Negrelle 2006; Carvalho et al.
2009; Garcia 2009). Constata-se que estão inclusas sob a denominação de regeneração natural espécies
arbustivas e arbóreas, em geral, esta última, em estádio jovem.
Segundo Garcia (2009), em grande parte dos levantamentos fitossociológicos em Floresta
Estacional Semidecidual do Brasil, a regeneração natural envolve os indivíduos com até 5,0 cm de
DAP. No entanto, em florestas com indivíduos de grande porte, como a Floresta Amazônica, limites
mais elevados de DAP são adotados.
Estudos realizados na Floresta Estacional Decidual do sul do Brasil, abordando a regeneração
natural com discriminação do local, objetivo e critério de inclusão estão relacionados na Tabela 7.1.
168
Tabela 7.1. Trabalhos que abordam regeneração natural da Floresta Estacional Decidual no Sul do Brasil. Cl = Classe; DAP
= diâmetro a altura do peito; H = altura; REG = regeneração.
Table 7.1. Natural regeneration studies at Seasonal Deciduous Forest in South Brazil. CI = class; DAP = diameter at breast
height; H = height; REG = natural regeneration.
Autores
Local
Objetivo
Critério de inclusão
Longhi et al. (1999)
Santa Maria – RS
Estrutura componente
arbóreo e REG
DAP ≥ 4,8 cm
Longhi et al. (2000)
Santa Maria – RS
Estrutura componente
arbóreo e REG
DAP ≥ 4,8 cm
Wedy (2007)
Parque Estadual do
Turvo – RS
Estrutura e dinâmica da REG
H ≥ 0,2 ≤ 1,0 m
Sccoti (2009)
Santa Maria – RS
Mecanismos de REG da floresta
DAP ≥ 1,0 ≤ 5,0 cm
Reserva Biológica do
Ibicuí-Mirim – RS
Dinâmica da REG e
correlações ambientais
DAP ≥ 1,6 ≤ 9,5 cm
Scipioni et al. (2009)
Kilca & Longhi (2011)
Santa Maria e
Santa Tereza – RS
Mudanças estruturais e funcionais
da REG condicionada por
distúrbios
Cl 1: H ≥ 0,1 ≤ 1,0 m;
Cl 2: H ≥ 1,0 m e DAP ≤ 4,7 cm
O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a regeneração natural da Floresta Estacional
Decidual de Santa Catarina quanto à composição florística e à estrutura fitossociológica e compará-la
com o componente arbóreo/arbustivo.
7.2 Metodologia
Foram levantadas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina,
conforme descrito no Capítulo 2 do Volume I (Vibrans et al. 2010). Em cada Unidade Amostral foi
amostrada a regeneração natural em área prevista de 100 m2 cada, correspondendo a uma área total de
6.860 m2. Destas Unidades Amostrais, 77 delas foram alocadas nos pontos da grade sistemática e, uma
Unidade Amostral complementar instalada fora daquela grade, por apresentar vegetação em estádio
avançado de sucessão.
Sob a denominação de regeneração natural, foram reunidos todos os indivíduos com altura
superior a 1,5 m e DAP inferior a 10,0 cm, incluindo espécies características de sub-bosque, bem
como jovens do dossel, conforme descrito por Vibrans et al. (2010). Os valores dos parâmetros
fitossociológicos são meras extrapolações por hectare, não tratando-se de estimativas populacionais.
Para avaliar a composição florística foi elaborada uma lista com as espécies e famílias a partir dos
dados levantados em campo. Para contagem de espécies considerou-se as identificadas até seu epíteto
específico e até gênero, quando este estava representado por apenas uma espécie. As espécies exóticas
não foram incluídas. As espécies foram classificadas quanto ao hábito em três categorias: arbusto,
arvoreta ou árvore, conforme descrito por Klein (1972); quando inexistente nesta obra, consultaram-se
os diferentes fascículos da Flora Ilustrada Catarinense e, persistindo a falta de informação, considerou169
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
se as observações das equipes em campo. As espécies também foram classificadas em grupo ecológico,
como pioneira, secundária ou climácica, conforme classificação adotada pelo IFFSC que teve como
base a Flora Ilustrada Catarinense e a obra de Reitz et al. (1979).
7.3 Resultados e discussão
Para avaliar a estrutura da vegetação optou-se em separar as Unidades Amostrais em grupos
florísticos, conforme resultados das análises de classificação e ordenação descritas no Capítulo 5. Um
grupo foi constituído pelas Unidades Amostrais das bacias situadas a Leste – bacias dos rios Canoas,
do Peixe e Pelotas e, outro com as Unidades Amostrais das bacias a Oeste – bacias dos rios das Antas,
Chapecó, Irani, Jacutinga e Peperi-Guaçu (Figura 7.1). Foram determinados os parâmetros de densidade
absoluta (DA) e relativa (DR), frequência absoluta (FA) e relativa (FR) e valor de importância (VI),
como apontado por Mueller-Dombois & Ellenberg (1974). A diversidade florística de cada Unidade
Amostral foi estimada pelos índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e de equabilidade de
Pielou (J). Foi calculado também o coeficiente de mistura de Jentsch. Estas análises foram executadas
no software Mata Nativa 2 (CIENTEC 2002).
Na regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, foram levantados
3.325 indivíduos, distribuídos em 165 espécies, sendo uma gimnosperma – Araucaria angustifolia e as
demais angiospermas, pertencentes a 109 gêneros e a 47 famílias (Tabela 7.2).
7.3.1 Análise florística
As famílias que se destacaram pela riqueza foram: Fabaceae (23 espécies), Myrtaceae (22),
Lauraceae (10), Solanaceae (nove), Asteraceae (oito), Euphorbiaceae e Rutaceae (sete). Estas famílias
também concentraram maior número de gêneros (Tabela 7.3). Fabaceae apresentou maior riqueza
de espécies e gêneros, bem como maior densidade, com 582 indivíduos. Nesta família, encontramse espécies características da Floresta Estacional Decidual, como Apuleia leocarpa, Parapiptadenia
rigida, Peltophorum dubium, que compõem o dossel da floresta e são decíduas na estação desfavorável
marcando tal região fitoecológica (Klein 1972; 1978). Em outros trabalhos que amostraram o componente
arbóreo, como Vaccaro & Longhi (1995), Jarenkow & Waechter (2001) e Ruschel et al. (2007), e a
regeneração natural, como Wedy (2007) e Scipioni et al. (2009), também constataram a importância de
Fabaceae e das demais famílias citadas. Estas famílias estão entre as mencionadas por Oliveira-Filho
& Fontes (2000) como marcantes das Florestas Estacionais do Sudeste do Brasil. Das 47 famílias, 21
(44,7%) delas estavam representadas por somente uma espécie (Tabela 7.3).
Dentre os gêneros, Eugenia apresentou oito espécies, seguida por Myrsine com seis, Ocotea
e Solanum com cinco cada, Lonchocarpus, Myrcia e Piper com quatro cada. Foram amostrados 20
(18,3%) gêneros com três ou duas espécies e 82 (75,2%) gêneros com somente uma espécie (Tabela
7.3). Nos trabalhos de Longhi et al. (1999) e Longhi et al. (2000), os gêneros Eugenia, Mysrine e
Ocotea também destacaram-se pela riqueza. Todos os gêneros citados apresentam espécies arbóreas
e arbustivas, com exceção de Piper, que é majoritariamente do sub-bosque da floresta. Dos gêneros
com maior riqueza, somente Lonchocarpus (180 indivíduos), Piper (122), Myrcia (116) e Myrsine (99)
estão entre os que foram amostrados com alta densidade. Destacaram-se ainda, Actinostemon (276
indivíduos), Cupania (160), Pilocarpus (129), Trichilia (216), Machaerium (126), Nectandra (113) e
Casearia (106) (Tabelas 7.2 e 7.3).
Figura 7.1. Localização das Unidades Amostrais com levantamento da regeneração na Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina.
Figure 7.1. Localization of the natural regeneration Sample Plots at the Seasonal Deciduous Forest in Santa
Catarina.
170
Os que concentraram maior número de indivíduos são 10 espécies: Actinostemon concolor
(276 indivíduos), Lonchocarpus campestris (161), Cupania vernalis (160), Trichilia elegans (153),
Pilocarpus pennatifolius (129), Myrcia oblongata (110), Machaerium stipitatum (93) Nectandra
megapotamica (91), Casearia sylvestris (81) e Myrsine umbellata (78), perfazendo 40,1% do total
de indivíduos amostrados (Tabela 7.2 e Figura 7.2). Destas espécies, A. concolor, T. elegans, P.
pennatifolius, M. oblongata e M. umbellata são arvoretas (Klein 1972), compõem o sub-bosque da
floresta, não atingindo os estratos superiores e as demais espécies são árvores. No entanto, deve-se
considerar que as condições do sítio podem alterar significativamente o crescimento e desenvolvimento,
levando os indivíduos a alcançarem alturas menores.
171
7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 7.2. Espécies e famílias amostradas na regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. N =
número de indivíduos; H = hábito; GE = grupo ecológico; A = árvore; Arb = arbusto; Arv = arvoreta; C = climácica; P =
pioneira; SE = secundária.
Família
Table 7.2. Species and families recorded in the natural regeneration at the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. N
= number of individuals; H = habit; GE = ecological group; A = tree; Arb = shrub; Arv = small tree; C = climax species; P
= pioneer species; SE = secondary species.
Espécie
N
H
GE
Bernardia pulchella**
3
Arb
SE
Manihot grahamii
13
Arb
SE
Sapium glandulosum
10
A
P
Sebastiania brasiliensis
46
Arv
P
Sebastiania commersoniana
29
Arv
P
Albizia edwallii
7
A*
SE
Família
Espécie
N
H
GE
Acanthaceae
Justicia brasiliana**
45
Arb
SE
Ruellia angustiflora**
2
Arb*
SE
Albizia niopoides
3
A
-
Achatocarpaceae
Achatocarpus praecox
2
Arv
C
Apuleia leiocarpa
4
A
P
Anacardiaceae
Lithrea brasiliensis
1
Arv
SE
Bauhinia forficata
31
Arv
P
Schinus terebinthifolius
37
Arv
SE
Calliandra foliolosa
38
Arv
C
Annona emarginata
12
A*
P
Dahlstedtia pinnata**
15
Arv
SE
Annona sylvatica
34
Arv
P
Dalbergia frutescens
22
Arv*
SE
Annona sp.
2
-
-
Erythrina falcata
1
A
SE
Aspidosperma australe
16
A
SE
Holocalyx balansae
8
A
P
Rauvolfia sellowii
1
A
SE
Inga marginata
25
A
P
Ilex microdonta
1
Arv
SE
Inga subnuda subsp. luschnathiana
3
A
P
Ilex paraguariensis
7
Arv
P
Inga vera subsp. affinis
2
Arv
SE
Araliaceae
Schefflera morototoni
2
A
SE
161
A*
SE
Araucariaceae
Araucaria angustifolia
2
A
P
Lonchocarpus cultratus
1
A
SE
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana
2
A
P
Lonchocarpus muehlbergianus
13
A
SE
Trithrinax brasiliensis**
1
Arv
P
Lonchocarpus nitidus
1
Arv
P
Asparagaceae
Cordyline spectabilis
6
Arv*
SE
Lonchocarpus sp.
4
-
-
Asteraceae
Austroeupatorium inulaefolium**
6
Arb
P
Machaerium paraguariense
33
A*
SE
Baccharis dracunculifolia
2
Arb
P
Machaerium stipitatum
93
A
SE
Baccharis punctulata**
4
Arb
P
Mimosa scabrella
1
A
SE
Dasyphyllum spinescens
3
Arv
SE
Myrocarpus frondosus
36
A
SE
Neocabreria malachophylla**
2
Arb
SE
Parapiptadenia rigida
59
A
SE
Piptocarpha angustifolia
1
A
P
Senegalia recurva
2
Arb*
-
Raulinoreitzia sp.
5
-
-
Senegalia tucumanensis**
19
Arb*
-
Trixis praestans**
1
Arb
SE
Lamiaceae
Vitex megapotamica
9
A
SE
Cordia americana
25
A
C
Lauraceae
Cinnamomum amoenum
1
A*
SE
Cordia ecalyculata
2
A
SE
Cryptocarya aschersoniana
1
A
SE
Cordia trichotoma
6
A
P
Nectandra lanceolata
20
A
SE
Celtis iguanaea
18
Arv*
P
Nectandra megapotamica
91
A
P
Trema micrantha
36
Arv
P
Nectandra membranacea
2
A
SE
Cannelaceae
Cinnamodendron dinisii
4
A
P
Ocotea diospyrifolia
8
A
C
Cardiopteridaceae
Citronella paniculata
4
A*
-
Ocotea laxa
1
A*
SE
Celastraceae
Maytenus aquifolia
3
A*
-
Ocotea odorifera
7
A*
P
Clethraceae
Clethra scabra
7
Arv
SE
Ocotea puberula
19
A
P
Euphorbiaceae
Acalypha gracilis**
7
Arv
SE
Ocotea pulchella
3
A
P
276
Arv
C
Ocotea sp.
1
-
-
Annonaceae
Apocynaceae
Aquifoliaceae
Boraginaceae
Cannabaceae
Actinostemon concolor
172
Fabaceae
Lonchocarpus campestris
173
7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Família
Espécie
N
H
GE
Família
Espécie
N
H
GE
Loganiaceae
Strychnos brasiliensis
39
A*
SE
Polygonaceae
Ruprechtia laxiflora
8
A
-
Malvaceae
Abutilon sp.**
1
-
-
Primulaceae
Myrsine balansae**
8
A*
-
52
A
SE
Myrsine coriacea
3
A*
P
2
Arv
P
Myrsine guianensis
7
A*
P
Luehea divaricata
Melastomataceae
Miconia cinerascens var. cinerascens**
Meliaceae
Cabralea canjerana
15
A
SE
Myrsine loefgrenii
2
Arv*
SE
Cedrela fissilis
23
A
SE
Myrsine parvula**
1
Arv*
P
Guarea macrophylla
5
Arv
SE
Myrsine umbellata
78
Arv
SE
Trichilia catigua
7
Arv
C
Proteaceae
Roupala montana
1
A*
SE
56
Arv
SE
Rhizophoraceae
Erythroxylum deciduum
7
Arv
SE
153
Arv
SE
Rosaceae
Prunus myrtifolia
21
A
SE
Rubiaceae
Coussarea contracta
7
Arv
P
Trichilia clausseni
Trichilia elegans
Monimiaceae
Hennecartia omphalandra
8
Arv
C
Moraceae
Ficus luschnathiana
1
A*
SE
Coutarea hexandra
1
Arv
SE
Sorocea bonplandii
75
Arv
SE
Psychotria carthagenensis**
1
Arb
SE
Calyptranthes grandifolia
1
A
C
Psychotria leiocarpa**
2
Arb
C
Calyptranthes tricona
4
Arv
C
Randia ferox
4
Arv
P
Campomanesia guazumifolia
12
Arv
SE
Balfourodendron riedelianum
24
A
SE
Campomanesia xanthocarpa
15
A
SE
Esenbeckia grandiflora
24
Arv
SE
Eugenia burkartiana
3
Arv
C
Helietta apiculata
69
Arv
SE
Eugenia hiemalis**
5
Arv
SE
Pilocarpus pennatifolius
129
Arv
C
Eugenia involucrata
5
A
SE
Zanthoxylum fagara
5
A
SE
Eugenia pyriformis
4
A
SE
Zanthoxylum petiolare
4
A
SE
Eugenia ramboi
6
A
P
Zanthoxylum rhoifolium
17
A
SE
Eugenia rostrifolia
14
A
P
Banara tomentosa
30
A
SE
Eugenia uniflora
22
Arv
P
Casearia decandra
17
A
SE
Eugenia verticillata
5
Arv
C
Casearia sylvestris
81
A
SE
Myrceugenia myrcioides
2
Arv
C
Casearia sp.
8
-
-
110
Arv
P
Allophylus edulis
62
Arv
SE
Myrcia palustris**
2
Arv
C
Allophylus guaraniticus
7
Arv
C
Myrcia pubipetala
3
A
SE
Allophylus puberulus
20
A*
-
Myrcia selloi**
1
Arv
SE
Cupania vernalis
160
A
P
Myrcianthes pungens
4
A
SE
Diatenopteryx sorbifolia
23
A
P
Myrciaria floribunda
2
Arv
C
Matayba elaeagnoides
30
A
SE
Myrrhinium atropurpureum**
3
Arv
SE
Chrysophyllum gonocarpum
22
A
P
Plinia rivularis
3
Arv
C
Chrysophyllum inornatum
1
A
SE
Plinia trunciflora
2
A
SE
Chrysophyllum marginatum
14
A
P
Phytolaccaceae
Seguieria aculeata
12
A*
SE
Simaroubaceae
Picrasma crenata
3
Arv
SE
Piperaceae
Piper aduncum**
43
Arb*
SE
Solanaceae
Aureliana sp.**
1
-
-
Piper amalago var. medium**
47
Arb
SE
Cestrum intermedium
20
Arv
SE
Piper caldense**
9
Arb
SE
Cestrum strigilatum**
3
Arv
P
Piper hispidum**
16
Arb
-
Sessea regnellii
1
Arv
SE
7
-
-
Solanum bullatum
1
Arv
SE
Myrtaceae
Myrcia oblongata
Piper sp.
174
Rutaceae
Salicaceae
Sapindaceae
Sapotaceae
175
7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Solanum mauritianum
2
Arv
SE
Solanum pabstii**
1
Arv
P
Solanum sanctaecatharinae
6
Arv
P
Solanum variabile**
1
Arb
SE
Solanum sp.
2
-
-
Styracaceae
Styrax leprosus
16
Arv
SE
Thymelaeaceae
Daphnopsis racemosa**
1
Arv
SE
Urticaceae
Boehmeria caudata**
14
Arv*
P
Urera baccifera
61
Arb*
SE
Aloysia virgata
10
Arv
-
Lantana camara**
2
Arb*
P
Hybanthus bigibbosus
41
Arb
-
Verbenaceae
Violaceae
* Espécie classificada quanto ao hábito a partir de observações de campo do IFFSC.
** Espécie amostrada somente na regeneração natural.
* Species classified according to IFFSC field observations.
** Species sampled only in the natural regeneration.
Figura 7.2. Espécies com maior número de indivíduos na regeneração natural da Floresta
Estacional Decidual de Santa Catarina.
Figure 7.2. Species with the higher number of individuals in the natural regeneration of
Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Tabela 7.3. Síntese da diversidade de famílias e gêneros da regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa
Catarina.
Table 7.3. Diversity synthesis of the families and genera sampled in the natural regeneration in the Seasonal Deciduous
Forest in Santa Catarina.
Família
Número
Espécies
Gêneros
Indivíduos
Fabaceae
23
15
582
Myrtaceae
22
9
Lauraceae
10
Solanaceae
Gênero
Número
Espécies
Indivíduos
Eugenia
8
64
228
Myrsine
6
99
4
154
Ocotea
5
39
9
4
38
Solanum
5
13
Asteraceae
8
7
35
Lonchocarpus
4
180
Euphorbiaceae
7
6
384
Myrcia
4
116
Rutaceae
7
5
272
Piper
4
122
Família com 6 spp.
3
Gênero com 3 spp.
7
Família com 5 spp.
1
Gênero com 2 ssp.
13
Família com 4 spp.
1
Gênero com 1 sp.
82
Família com 3 spp.
3
Família com 2 spp.
11
Família com 1 sp.
21
176
Comparando as espécies amostradas no componente arbóreo/arbustivo e na regeneração natural,
tem-se 133 (54,7%) espécies comuns a ambos os componentes, 78 (32,1%) exclusivas do componente
arbóreo/arbustivo e 32 (13,2%) exclusivas da regeneração natural (Figura 7.3a). Dentre as espécies
exclusivas da regeneração natural foi encontrada como árvore apenas Myrsine balansae, as demais são
arbustos ou arvoretas que compõem o sub-bosque da floresta e, possivelmente, pelo critério de inclusão
adotado, não foram levantadas no componente arbóreo/arbustivo.
Dentre as 78 espécies exclusivas do componente arbóreo/arbustivo estão: Ateleia glazioveana,
Aralia warmingiana, Handroanthus heptaphyllus, Jacaranda puberula, Peltophorum dubium, dentre
outras. Estas espécies podem apresentar dificuldades em manter-se futuramente na floresta ou podem
sofrer redução de suas populações se este quadro de regeneração se mantiver. No entanto, Klein (1972)
aponta A. warmingiana e H. heptaphyllus como espécies raras nas florestas do Sul, J. puberula como
rara na Floresta Estacional Decidual, P. dubium como não muito frequente no interior da floresta e, A.
glazioveana ocorrendo preferencialmente na borda dos fragmentos. A ausência de regenerantes nas
Unidades Amostrais pode estar aliada às características ecológicas de cada espécie, ou ainda, elas
podem não ter sido incluídas na amostra como resultado do critério de inclusão adotado, bem como do
tamanho da área amostral.
Ressalta-se que, das 133 espécies comuns a ambos os componentes, algumas foram encontradas
com baixa densidade na regeneração natural, como Erythrina falcata, amostrada com somente um
indivíduo, Ocotea pulchella (três), Apuleia leiocarpa (quatro), Cordia trichotoma (seis) e Ilex
paraguariensis (sete).
Quanto ao hábito das espécies amostradas na regeneração natural, tem-se 77 (46,7%) árvores,
67 (40,6%) arvoretas e 21 (12,7%) arbustos (Figura 7.3b). As espécies arbóreas amostradas foram
representadas por indivíduos jovens que futuramente poderão atingir o dossel, enquanto as espécies
arbustivas e arvoretas constituem o sub-bosque, portanto são espécies intersticiais da floresta.
177
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Foram amostradas três espécies exóticas na regeneração natural, que não foram incluídas na
listagem florística, sendo, Citrus x limon (dois indivíduos), Hovenia dulcis (10) e Persea americana
(um). As três espécies também foram amostradas no componente arbóreo/arbustivo. No estudo da
regeneração natural de Kilca & Longhi (2011), em florestas secundárias que sofreram corte seletivo,
também foram registradas as mesmas espécies exóticas encontradas no presente trabalho. Destas, H.
dulcis, espécie arbórea, heliófita e pioneira, nativa da China, Japão e Coreia (Carvalho 1994), pode
apresentar-se como invasora, alcançando alta densidade em fragmentos florestais em estádio inicial
e médio de regeneração. No entanto, Morus nigra e Citrus reticulata, amostradas no componente
arbóreo/arbustivo, não foram encontradas na regeneração natural. Estas podem ser reflexo de antigas
áreas abertas ou de cultivo, atualmente ocupadas por florestas.
Figura 7.3. (a) Percentual das espécies amostradas em três categorias: comuns ao componente arbóreo/arbustivo
(ARB) e regeneração natural (REG), bem como exclusivas de cada componente; (b) Distribuição (%) das
espécies quanto ao hábito.
Figure 7.3. (a) Percentage of species sampled in three categories: Commons = species recorded in the natural
regeneration and in the tree/shrub component; Exclusives ARB = species recorded only in the tree/shrub
component; Exclusives REG = species recorded only in the natural regeneration. (b) Percentage of trees, small
trees and shrubs.
Classificando as espécies em grupos ecológicos, foram encontradas 87 espécies secundárias
representadas por 1.792 indivíduos, 46 espécies pioneiras com 833 indivíduos e, 18 espécies climácicas
com 524 indivíduos (Figura 7.4). Tal distribuição reflete o histórico de ocupação da Floresta Estacional
Decidual no estado. No início do século XX, sobretudo após a Guerra do Contestado, o Oeste catarinense
passou por um processo de ocupação efetivo por imigrantes majoritariamente europeus e as florestas
primárias foram gradativamente exploradas pela indústria madeireira e/ou substituídas pela agricultura
(Rosseto 1995; Silva 2010). Com a implantação do Decreto n° 750 (Brasil 1993) e posterior Lei nº
11.428/2006 (Brasil 2006), algumas áreas anteriormente exploradas ou utilizadas pelo homem foram
abandonadas permitindo a recuperação das florestas, tanto que o maior número de espécie pertence às
secundárias.
Dentre as espécies ameaçadas de extinção (MMA 2008) encontram-se Araucaria angustifolia
(dois indivíduos) e Ocotea odorifera (sete). No componente arbóreo/arbustivo, estas também foram
as espécies ameaçadas de extinção amostradas e suas ocorrências na regeneração natural denotam
tendência de ocupação permanente nas florestas avaliadas, embora com densidade baixa. Araucaria
angustifolia foi encontrada em Unidades Amostrais de ecótono entre Floresta Estacional Decidual e
Floresta Ombrófila Mista.
7.3.2 Análise fitossociológica da regeneração natural das bacias hidrográficas do Leste
Foram incluídas na análise seis Unidades Amostrais pertencentes à bacia do rio Canoas, 14
Unidades Amostrais à do Peixe e duas Unidades Amostrais à do Pelotas (Figura 7.1), num total de
22 Unidades Amostrais, com 2.000 m2 de área amostrada. Foram registrados 1.252 indivíduos e 121
espécies, além de duas exóticas, Persea americana e Hovenia dulcis.
A densidade absoluta média calculada foi de 6.260 ind.ha-1. No estudo de Scipioni et al. (2009),
em Floresta Estacional Decidual com área amostral e critério de inclusão aproximados ao presente
trabalho, foram registrados somente 2.485 ind.ha-1, enquanto que Narvaes et al. (2005), em Floresta
Ombrófila Mista registraram 7.984 ind.ha-1, valor próximo ao encontrado, no entanto, com área amostral
muito superior. Longhi et al. (2000) e Wedy (2007), em Floresta Estacional Decidual, registraram
respectivamente 40.250 e 20.666 ind.ha-1, valores mais altos que do presente estudo, possivelmente
resultantes da área amostral e dos critérios de inclusão adotados (Tabela 7.5).
Dentre as espécies que se destacaram em decorrência dos maiores valores de densidade e
frequência absoluta estão: Lonchocarpus campestris (595 ind.ha-1 e 68,2%), Cupania vernalis (485,0
ind.ha-1 e 72,7%), Actinostemon concolor (270,0 ind.ha-1 e 40,9%), Allophylus edulis (230,0 ind.ha-1
e 50,0%), Trichilia elegans (210,0 ind.ha-1 e 59,1%), Machaerium stipitatum (210,0 ind.ha-1 e 45,5%)
e Nectandra megapotamica (185,0 ind.ha-1 e 54,6%) (Tabela 7.4). Destas, Actinostemon concolor,
Allophylus edulis e Trichilia elegans são arvoretas constituindo o sub-bosque da floresta e, as demais,
representam indivíduos jovens das espécies arbóreas.
Ocorrem preferencialmente em capoeirões e florestas secundárias Cupania vernalis,
Machaerium stipitatum e Allophylus edulis, enquanto, Trichilia elegans é encontrada nas florestas
primárias e é pouco frequente no interior da Floresta Estacional Decidual. Nectandra megapotamica
é encontrada na Floresta Ombrófila Mista e na Floresta Estacional Decidual, nesta última em alta
densidade; Actinostemon concolor também assume alta densidade e frequência na Floresta Estacional
Decidual (Klein 1972; 1978; Reitz et al. 1979).
Figura 7.4. Número de espécies (preto) e dos indivíduos (verde) por grupo ecológico.
Figure 7.4. Number of species (black) and individuals (green) by ecological group.
178
Myrcia oblongata foi a segunda espécie com maior densidade absoluta (550,0 ind.ha-1), mas
apresentou baixa frequência absoluta (9,1%), sendo registrada somente na bacia do rio Canoas nas
Unidades Amostrais 1318 e 1388, áreas de transição entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta
179
7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Estacional Decidual, possivelmente, por ocorrer preferencialmente na Floresta Ombrófila Mista e
Densa, segundo Reitz et al. (1979).
Nas Unidades Amostrais das bacias do Leste, o índice de diversidade de Shannon ficou entre
0,51 e 3,05 nats.ind.-1 e o índice de equabilidade entre 0,28 e 0,96. O menor valor para os índices de
diversidade de Shannon e equabilidade foram registrados na Unidade Amostral 1388, no município
de Zortéa, possivelmente, resultado da alta densidade (124 ind.) distribuída em somente seis espécies.
Enquanto isso, a Unidade Amostral 1188, em Campos Novos, e a Unidade Amostral 1536, em Alta
Bela Vista, apresentaram os maiores valores de índice de diversidade de Shannon e equabilidade,
respectivamente (Tabela 7.6). Nos trabalhos de Wedy (2007) e Scipioni et al. (2009), em Floresta
Estacional Decidual no Rio Grande do Sul, o índice de Shannon foi de 2,32 e 3,21 nats.ind.-1 e,
equabilidade de 0,67 e 0,78, respectivamente. Narvaes et al. (2005), em Floresta Ombróflia Mista,
registraram índice de Shannon de 2,22 nats.ind.-1 (Tabela 7.5).
O coeficiente de mistura de Jentsch indica, de forma empírica, a média de indivíduos de cada
espécie, por meio da relação do número de espécies e o número total de indivíduos de um determinado
local (Oliveira & Rotta 1982). Nas bacias do Leste, e o índice ficou entre 1,33 e 5,15 indivíduos por
espécies, com exceção da Unidade Amostral 1388, em Zortéa, que apresentou valor de 20,67 indivíduos
em decorrência do alto número de indivíduos (124) e somente seis espécies (Tabela 7.6).
Tabela 7.4. Espécies mais importantes em cada grupo de bacias hidrográficas (Leste e Oeste) pela análise fitossociológica.
DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR = densidade relativa (%); FA = frequência absoluta (%); FR = frequência relativa
(%); N = número de indivíduos; U = número de Unidade Amostral que a espécie ocorre; VI = valor de importância.
Table 7.4. Main species of each watershed groups (east and west) according to the phytosociological analysis. DA =
absolute density (ind.ha-1); DR = relative density (%); FA = absolute frequency (%); FR = relative frequency (%); N =
number of individuals; U = Sample Plots where species occurred; VI = importance value.
Bacias hidrográficas do Leste
Espécie
N
U
DA
Lonchocarpus campestris
119
15
595,0
Cupania vernalis*
97
16
Myrcia oblongata
110
Trichilia elegans*
FA
FR
VI
9,5
68,2
4,0
13,5
485,0
7,8
72,7
4,3
12,0
2
550,0
8,8
9,1
0,5
9,3
42
13
210,0
3,4
59,1
3,5
6,8
Actinostemon concolor*
54
9
270,0
4,3
40,9
2,4
6,7
Allophylus edulis
46
11
230,0
3,7
50,0
2,9
6,6
Nectandra megapotamica*
37
12
185,0
3,0
54,6
3,2
6,1
Machaerium stipitatum
42
10
210,0
3,4
45,5
2,7
6,0
Casearia sylvestris*
29
7
145,0
2,3
31,8
1,9
4,2
Luehea divaricata
23
8
115,0
1,8
36,4
2,1
4,0
653
273
3.265,0
52,2
1.241,2
72,8
124,8
1.252
22
6.260,0
100,0
1.709,1
100,0
300,0
Actinostemon concolor*
222
35
456,8
10,5
62,5
4,3
14,8
Trichilia elegans*
111
28
228,4
5,2
50,0
3,5
8,7
Pilocarpus pennatifolius
106
20
218,1
5,0
35,7
2,5
7,5
Cupania vernalis*
63
30
129,6
3,0
53,6
3,7
6,7
Sorocea bonplandii
74
25
152,3
3,5
44,6
3,1
6,6
Urera baccifera
60
25
123,5
2,8
44,6
3,1
5,9
Nectandra megapotamica*
54
27
111,1
2,6
48,2
3,3
5,9
Myrsine umbellata
62
16
127,6
2,9
28,6
2,0
4,9
Casearia sylvestris*
52
17
107,0
2,5
30,4
2,1
4,6
Trichilia clausseni
41
21
84,4
1,9
37,5
2,6
4,5
Demais espécies (118)
1.272
565
2.617,3
60,1
1.009,0
69,8
129,9
Somatório
2.117
56
4.356,0
100,0
1.444,6
100,0
300,0
Demais espécies (111)
Somatório
DR
Bacias hidrográficas do Oeste
* Espécies comuns entre os dois grupos de bacias hidrográficas (do Leste e do Oeste). *Species sampled both watershed
groups (east and west).
180
181
7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 7.5. Estudos que analisaram a regeneração natural. CI = critério de inclusão; DA = densidade absoluta; FED =
Floresta Estacional Decidual; FOM = Floresta Ombrófila Mista; H’ = índice de diversidade de Shannon; J = índice de
equabilidade; RF = região fitoecológica; S = número de espécies.
Table 7.5. Studies of natural regeneration. CI = inclusion criterion; DA = absolute density; FED = Seasonal Deciduous
Forest; FOM = Mixed Ombrophylous Forest; H’ = Shannon diversity index; J = equitability index; RF = phytoecological
region; S = number of species.
Autor
RF
Área (m2)
Wedy (2007)
FED
120
Longhi et al. (2000)
FED
160
Scipioni et al. (2009)
FED
Narvaes et al. (2005)
CI
S
DA
H’
J
H ≥ 0,2 m ≤ 1,0 m
32
20.666
2,32
0,67
H ≥ 10 cm; DAP ≤ 9,5 cm
64
40.250
28.00
DAP ≥ 1,6 cm ≤ 9,5 cm
59
2.485
3,21
0,78
FOM
18.000
DAP ≥ 1,0 cm ≤ 9,5 cm
109
7.984
2,22
Este estudo – Leste
FED
2.000
H ≥ 1,5 m; DAP ≤ 10 cm
121
6.260
0,51 a 3,05 0,28 a 0,96
Este estudo – Oeste
FED
4.860
H ≥ 1,5 m; DAP ≤ 10 cm
126
4.355
1,22 a 2,87 0,64 a 1,00
Tabela 7.6. Unidades Amostrais da regeneração natural levantadas na Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina,
separadas entre bacias hidrográficas do Leste e do Oeste, com respectivos municípios, número de indivíduos (Ind.) e
espécies (Spp.), índices de diversidade de Shannon (H’) e de equabilidade (J) e coeficiente de mistura de Jentsch (QM).
Table 7.6. Sample Plots of natural regeneration in eastern and western watersheds with respective municipality, number of
individuals (Ind.), number of species (Spp.), Shannon diversity index (H’), equitability index (J) and Jentsch Coefficient of
Mixture (QM).
Unidade Amostral
Município
Bacias hidrográficas do Leste
398
Capinzal
438
Ouro
494
Herval do Oeste
941
Anita Garibaldi
1000
Anita Garibaldi
1123
Celso Ramos
1187
Celso Ramos
1188
Campos Novos
1249
Celso Ramos
1318
Zortéa
1388
Zortéa
1461
Piratuba
1536
Alto Bela Vista
1542
Capinzal
1616
Peritiba
1618
Ipira
1703
Campos Novos
1787
Ouro
2099
Luzerna
2100
Herval do Oeste
2101
Ibicaré
2216
Ibicaré
Número
Ind.
Spp.
41
45
53
50
26
34
47
97
103
122
124
81
24
30
79
38
39
35
45
48
49
42
182
15
16
19
15
6
13
24
30
20
32
6
24
18
16
17
13
15
11
16
14
17
19
Índice
H’
J
2,17
2,35
2,60
2,29
1,08
2,33
2,82
3,05
2,40
2,96
0,51
2,73
2,77
2,51
2,31
2,08
2,55
1,87
2,47
2,20
2,42
2,62
0,80
0,85
0,88
0,85
0,60
0,91
0,89
0,90
0,80
0,85
0,28
0,86
0,96
0,91
0,82
0,81
0,94
0,78
0,89
0,83
0,86
0,89
QM
1: 2,73
1: 2,81
1: 2,79
1: 3,33
1: 4,33
1: 2,62
1: 1,96
1: 3,23
1: 5,15
1: 3,81
1: 20,67
1: 3,38
1: 1,33
1: 1,88
1: 4,65
1: 2,92
1: 2,60
1: 3,18
1: 2,81
1: 3,43
1: 2,88
1: 2,21
Unidade Amostral
Número
Ind.
Spp.
Município
Bacias hidrográficas do Oeste
435
Concórdia
487
Concórdia
712
Xanxerê
918
Anchieta
1693
Concórdia
1694
Concórdia
1770
Chapecó
1774
Concórdia
1775
Concórdia
1859
Paial
1861
Itá
1864
Seara
1869
Concórdia
1959
Chapecó
1961
Paial
1965
Seara
1970
Concórdia
2051
Itapiranga
2056
São João do Oeste
2077
Seara
2079
Seara
2081
Seara
2083
Arabutã
2088
Concórdia
2166
Itapiranga
2170
Mondaí
2172
Mondaí
2179
Palmitos
2194
Seara
2195
Seara
2281
Tunápolis
2287
Mondaí
2294
São Carlos
2310
Xavantina
2406
Caibi
2414
Nova Itaberaba
2425
Xavantina
2510
Tunápolis
2512
Tunápolis
44
35
49
95
53
34
51
33
24
8
20
47
48
20
39
8
25
27
16
14
13
38
32
48
54
15
57
20
45
28
78
41
32
33
47
50
33
10
57
183
19
12
21
21
13
12
16
18
13
4
9
11
22
8
10
6
14
13
9
6
10
18
14
14
18
9
19
9
13
10
19
19
16
18
20
12
11
4
20
Índice
H’
J
2,69
2,18
2,77
2,46
1,97
2,03
2,05
2,58
2,31
1,39
1,90
1,90
2,66
1,33
1,87
1,73
2,48
2,27
2,01
1,54
2,25
2,71
2,22
2,35
2,46
2,08
2,54
1,77
2,25
1,99
2,17
2,67
2,59
2,69
2,72
1,94
2,06
1,22
2,71
0,91
0,88
0,91
0,81
0,77
0,82
0,74
0,89
0,90
1,00
0,86
0,79
0,86
0,64
0,81
0,97
0,94
0,89
0,91
0,86
0,98
0,94
0,84
0,89
0,85
0,95
0,86
0,80
0,88
0,87
0,74
0,91
0,94
0,93
0,91
0,78
0,86
0,88
0,90
QM
1: 2,32
1: 2,92
1: 2,33
1: 4,52
1: 4,08
1: 2,83
1: 3,19
1: 1,83
1: 1,85
1: 2,00
1: 2,22
1: 4,27
1: 2,18
1: 2,50
1: 3,90
1: 1,33
1: 1,79
1: 2,08
1: 1,78
1: 2,33
1: 1,30
1: 2,11
1: 2,29
1: 3,43
1: 3,00
1: 1,67
1: 3,00
1: 2,22
1: 3,46
1: 2,80
1: 4,11
1: 2,16
1: 2,00
1: 1,83
1: 2,35
1: 4,17
1: 3,00
1: 2,50
1: 2,85
7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral
Município
Número
Índice
Ind.
Spp.
H’
J
QM
2531
Chapecó
50
13
1,92
0,75
1: 3,85
2623
Santa Helena
12
5
1,23
0,76
1: 2,40
3082
Barra Bonita
81
26
2,72
0,83
1: 3,12
3097
Quilombo
44
16
2,42
0,87
1: 2,75
3197
São Miguel da Boa Vista
33
11
1,81
0,75
1: 3,00
3309
Romelândia
61
23
2,87
0,91
1: 2,65
3414
Barra Bonita
33
17
2,58
0,91
1: 1,94
3416
Romelândia
43
23
2,78
0,89
1: 1,87
3427
São Lourenço do Oeste
35
13
1,99
0,78
1: 2,69
3520
Anchieta
31
18
2,71
0,94
1: 1,72
6005
Palma Sola
44
18
2,68
0,93
1: 2,44
7.3.3 Análise fitossociológica da regeneração natural das bacias hidrográficas do Oeste
Foram incluídas nestas bacias 13 Unidades Amostrais pertencentes à bacia do rio das Antas, 13
Unidades Amostrais à do rio Chapecó, nove Unidades Amostrais à do rio Irani, 14 Unidades Amostrais
à do rio Jacutinga e sete Unidades Amostrais à do Peperi-Guaçu (Figura 7.1), num total de 56 Unidades
Amostrais e 4.860 m2 de área amostral. Foram amostrados 2.117 indivíduos e 126 espécies, além de
duas exóticas, Citrus x limon e Hovenia dulcis.
A densidade absoluta foi de 4.355 ind.ha-1, valor menor que o registrado nas bacias hidrográficas
do Leste (6.260 ind.ha-1). Dentre os trabalhos listados (Tabela 7.5), apenas o estudo de Scipioni et al.
(2009) registrou densidade abaixo (2.485 ind.ha-1) que a do presente estudo.
As espécies que apresentaram maior densidade e frequência absoluta foram: Actinostemon
concolor (456,6 ind.ha-1 e 62,5%), Trichilia elegans (228,4 ind.ha-1 e 50,0%), Pilocarpus pennatifolius
(218,1 ind.ha-1 e 35,7%), Sorocea bonplandii (152,3 ind.ha-1 e 44,6%), Cupania vernalis (129,6 ind.ha-1 e
53,6%), Urera baccifera (123,5 ind.ha-1 e 44,6%) e Nectrandra megapotamica (111,1 ind.ha-1 e 48,2%).
Ainda, dentre as espécies com alta densidade está Myrsine umbellata (127,6 ind.ha-1) e, com maior
frequência, Trichilia clausseni (37,5%) (Tabela 7.4). Destas, apenas C. vernalis e N. megapotamica são
espécies arbóreas e, as demais, arbustos ou arvoretas que constituem o sub-bosque da floresta.
Dentre as oito espécies que apresentaram os maiores valores de densidade e frequência absoluta
nos dois grupos de bacias hidrográficas (do Leste e do Oeste), quatro destas foram comuns, sendo elas
A. concolor, C. vernalis, N. megapotamica e T. elegans. No entanto, estas espécies diferiram quanto aos
valores de densidade absoluta, com exceção de T. elegans, que teve valores muito próximos (bacias do
Leste com 210,0 ind.ha-1 e do Oeste com 218,4 ind.ha-1).
Ocorrem na Floresta Estacional Decidual e na Floresta Ombrófila Densa, segundo Klein
(1972) e Reitz et al. (1979), Pilocarpus pennatifolius, distribuindo-se no interior da floresta onde pode
formar agrupamentos, M. umbellata, que é bastante rara na Floresta Estacional Decidual, T. clausseni,
encontrada no interior da floresta, e S. bonplandii, que é uma das arvoretas de maior importância no subbosque da Floresta Estacional Decidual. Ruschel et al. (2006) estudaram a demografia de S. bonplandii
em fragmentos de Floresta Estacional Decidual e verificaram que sua densidade corresponde a 10%
184
das espécies lenhosas com DAP ≥ 5 cm. Urera baccifera é encontrada desde a América Central até a
Argentina, principalmente em florestas secundárias (Romaniuc Neto et al. 2009).
Nas Unidades Amostrais das bacias do Oeste os índices de diversidade de Shannon e equabilidade
ficaram ente 1,22 e 2,87 nats.ind.-1 e 0,64 e 1,00, respectivamente. O menor valor para o índice de
diversidade de Shannon (1,22 nats.ind.-1) foi registrado na Unidade Amostral 2510, no município de
Tunápolis, na qual foram amostradas somente quatro espécies e 10 indivíduos, sendo que o maior
valor (2,87 nats.ind.-1), na Unidade Amostral 3309, em Romelândia, com 23 espécies. Para o índice
de equabilidade, a Unidade Amostral 1959, em Chapecó apresentou menor valor (0,64) e a Unidade
Amostral 1859, em Paial teve índice de 1,00, resultante da amostragem de somente quatro espécies com
dois indivíduos cada. Para o coeficiente de mistura de Jentsch, os valores para cada Unidade Amostral
ficaram entre 1,30 e 4,52. (Tabela 7.6). Comparando os resultados dos índices de diversidade de
Shannon e de equabilidade e do coeficiente de mistura entre os dois grupos, verificou-se que as Unidades
Amostrais das bacias do Leste apresentaram maior amplitude nos valores quando comparados com as
do Oeste (Tabela 7.5 e 7.6). Esta maior amplitude, deve-se ao fato da maior diversidade encontrada na
área, provida, provavelmente, pelas zonas de ecótono com a Floresta Ombrófila Mista.
Concluindo, pode-se afirmar que a composição florística da regeneração natural da Floresta
Estacional Decidual do estado abriga significativa riqueza, sendo que metade das espécies é comum
ao componente arbóreo/arbustivo e, um terço das espécies arbóreo/arbustivas não foi amostrado
na regeneração natural. Se a regeneração natural não tivesse sido amostrada, 13,2% das espécies
deixariam de ser registradas, portanto este estudo contribuiu para o entendimento e conhecimento da
biodiversidade desta região fitoecológica.
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a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica,
e dá outras providências. Diário Oficial da União de 11 de fevereiro de 1993.
Brasil. 2006. Lei 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da
vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Diário Oficial da União de 9 de
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7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
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186
187
Capítulo
8
Floresta Estacional Decidual
Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina1
Diameter distribution of remnants of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina
Alexander Christian Vibrans, Débora Vanessa Lingner,
Paolo Moser, Camila Mayara Gessner
Resumo
Distribuições diamétricas são uma importante ferramenta para avaliar a estrutura de classes de tamanho
e de idade de uma floresta, seu histórico de uso e exploração, sua dinâmica (atual e histórica), sua
regeneração e, de forma geral, seu estado de conservação. Neste capítulo, as distribuições de 78
Unidades Amostrais, considerando número de indivíduos e área basal, foram analisadas, bem como as
distribuições das 30 espécies com maior valor de importância. Como esperado, as distribuições gerais
com todas as espécies mostram curvas com forma exponencial inversa (em forma de J invertido). 47
Unidades Amostrais foram estatisticamente iguais à curva geral, 31 foram diferentes, de acordo com
teste de Kolmogorov-Smirnov (α=0,05). Espécies como Ocotea puberula, Nectandra megapotamica,
Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Cedrela fissilis e Parapiptadenia rigida mostraram
distribuição decrescente e regular, características de espécies secundárias tardias ou climácicas. Outras
espécies, como as secundárias iniciais e as superexploradas mostraram distribuições irregulares e
frequências deficitárias em muitas classes de diâmetro. A comparação das distribuições por espécie
mostrou que poucas são diferentes entre si e a maioria não mostra diferenças significativas (KolmogorovSmirnov). Espécies historicamente exploradas para fins madeireiros apresentaram alarmantes níveis de
frequência, tanto nos diâmetros inferiores como nos maiores, pondo em risco sua futura presença na
Floresta Estacional Decidual.
Abstract
Diameter distributions are an important tool for analyzing population or community structure, stand
history, dynamics, regeneration and conservation status and also for management planning. In this
chapter diameter distributions, considering tree density and basal area of 78 Sample Plots in Seasonal
Deciduous Forest were analyzed, as well as distributions of the 30 tree species with greater importance
value. In general terms, considering all species in all Sample Plots, distribution showed an inverted
J shape, as expected. Kolmogorov-Smirnov test (α=0,05) showed that 47 Sample Plots had similar
distributions to the general one, while 31 plots were significantly different, with frequency gaps
specially in the higher diameter classes. Species as Ocotea puberula, Nectandra megapotamica, Luehea
divaricata, Nectandra lanceolata, Cedrela fissilis and Parapiptadenia rigida had regular decreasing
distributions, typical for late secondary tree species. Other species, like early secondary species and
overexploited climax species showed irregular distributions. Comparing all species distribution which
each other, we found that only four of them had significant differences, while the great majority of
the 210 tree species had similar distributions (Kolmogorov-Smirnov). Species of merchantable timber
value showed alarmingly low frequencies both in lower and in higher diameter classes, which puts at
risk their survival as constituents of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Vibrans, A.C.; Lingner, D.V.; Moser, P.; Gessner, C.M. Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em
Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). 2012. Inventário Florístico Florestal de Santa
Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.
1
191
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
8.1 Introdução
8.3 Resultados e discussão
A análise da distribuição diamétrica de uma população ou comunidade florestal a partir do
número de indivíduos, área basal ou volume por classe de diâmetro, constitui uma importante ferramenta
que permite inferir sobre estrutura de classes de tamanho e de idade de uma floresta, seu histórico de
uso e exploração, sua dinâmica (atual e histórica), sua regeneração e, de forma geral, sobre seu estado
de conservação (Odum 1988; Whitmore 1998). Niklas et al. (2003) apontam para a importância das
correlações entre distribuição diamétrica, densidade, os diâmetro máximo, mínimo e médio das árvores
e o papel destas variáveis como indicadores para mudanças e perturbações sofridas por comunidades
florestais.
8.3.1 Distribuições diamétricas gerais
Além disso, as distribuições diamétricas são base para a modelagem de incremento e o
planejamento de intervenções de manejo (Meyer 1952; Davis & Johnson 1987), especificamente em
florestas tropicais (Lamprecht 1988; Vanclay 1994; Cunha et al. 2002; Souza & Souza 2005). Neste
capítulo, serão abordados alguns dos dados referentes à distribuição diamétrica das 78 Unidades
Amostrais, considerando as comunidades como um todo, bem como os resultados por Unidade Amostral
e para algumas das espécies no conjunto das Unidades Amostrais nas quais foram encontrados. Os
dados aqui apresentados fornecem informações generalizadas, uma vez que os levantamentos foram
realizados em 78 remanescentes diferentes, distantes entre si e formando uma metacomunidade no
sentido de Hubbel (2001). Análises pormenorizadas precisam ser realizadas das diversas espécies
separadamente por remanescente florestal para caracterizar suas populações; estas análises, no entanto,
ultrapassam os propósitos deste capítulo e devem ser objetos de futuros estudos, baseados nos dados
coletados pelo IFFSC.
8.2 Metodologia
Os dados avaliados neste capítulo são provenientes da medição de 78 Unidades Amostrais, com
4.000 m² cada uma, implantadas na Floresta Estacional Decidual. No total foram amostrados 12.899
indivíduos com DAP ≥10 cm, em 28,0 hectares de efetiva área amostral. As classes diamétricas têm
amplitude de 10 cm, abrangendo densidade absoluta (número de indivíduos por hectare) e dominância
absoluta (área basal por hectare) apenas dos indivíduos vivos do componente arbóreo/arbustivo (com
DAP ≥ 10 cm).
As distribuições totais das densidades absolutas das 78 Unidades Amostrais foram avaliadas
em relação à similaridade com a distribuição geral da Floresta Estacional Decidual, mediante aplicação
do teste de Kolmogorov-Smirnov. Da mesma forma, as distribuições totais das 30 espécies com maior
valor de importância na Floresta Estacional Decidual foram comparadas entre si para investigar se há
similaridade entre eles.
A Figura 8.1 mostra a distribuição diamétrica do conjunto de árvores amostradas nas 78
Unidades Amostrais, considerando tanto o número de indivíduos por classe diamétrica, quanto o total
de área basal por classe diamétrica, caracterizada pelo centro da classe em centímetros (cm). Como
é baseada em valores médios para todos os remanescentes, a distribuição do número de indivíduos
por classe de DAP assemelha-se, como era esperado, à curva de uma função exponencial negativa.
Na distribuição da área basal, no entanto, a classe com menor diâmetro, naturalmente, tem área basal
desproporcional ao número de indivíduos e diâmetros muito elevados proporcionam maior participação
na área basal.
Figura 8.1. Distribuição diamétrica dos 78 remanescentes amostrados na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
(a) densidade (ind.ha-1); (b) dominância (m2.ha-1).
Figure 8.1. Diameter distribution of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina (a) tree density (ind.
ha-1); (b) basal area (m2.ha-1).
Quando analisadas separadamente por estádio sucessional nos dois grupos florísticos (bacias
hidrográficas Leste e Oeste, de acordo com resultados do Capítulo 5), é possível observar que as
distribuições diamétricas gerais dos dois estádios sucessionais (médio e avançado de regeneração
(Capítulo 9), não diferem significativamente (α=0,05) entre si, pelo teste Kolmogorov-Smirnov (Figura
8.2). Isto mostra que os grupos sucessionais são caracterizados, de forma nítida, pela sua composição
de espécies, enquanto a sua estrutura de tamanhos (ainda) é semelhante, o que pode mudar, contudo, ao
longo do processo de sucessão.
Este teste de Kolmogorov-Smirnov foi desenvolvido como um método analítico para testar a
aderência de uma distribuição qualquer (empírica) à distribuição normal (teórica). Apesar disto, este
teste pode ser utilizado para comparar duas distribuições de frequências empíricas, com o intuito de
averiguar semelhanças/diferenças entre as mesmas (Siegel & Castellan 2006). A fundamentação teórica
do teste consta no Volume I.
Figura 8.2. Distribuição diamétrica dos 78 remanescentes amostrados na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina,
por grupo florístico e estádio sucessional.
Figure 8.2. Diameter distribution of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, separated by floristic
group and successional stage.
192
193
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
8.3.2 Distribuição diamétrica por Unidade Amostral
Nas Figuras 8.3 a 8.6 são apresentadas as estruturas diamétricas totais das 31 Unidades Amostrais
que mostram distribuições diferentes da distribuição geral da Floresta Estacional Decidual, de acordo
com o teste de Kolmogorov-Smirnov. As demais 47 Unidades Amostrais têm distribuições semelhantes
à distribuição geral. Tendo em vista que a distribuição geral (Figura 8.1) representa uma distribuição
regular, incluídas todas as espécies, percebe-se que as Unidades Amostrais com distribuição diferente
mostram frequências deficitárias em uma ou mais classes diamétricas, principalmente nas classes de
diâmetros maiores. A Tabela 8.1 expõe os valores de densidade (ind.ha-1) como para a dominância
absoluta (m².ha-1) das 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual.
Figura 8.4. Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual, com distribuições
diamétricas diferentes da distribuição geral (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).
Figure 8.4. Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with diameter
distribution different from general distribution (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).
Figura 8.3. Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual, com distribuições
diamétricas diferentes da distribuição geral (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).
Figure 8.3. Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with
diameter distribution different from general distribution (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).
194
195
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Figura 8.6. Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual, com distribuições
diamétricas diferentes da distribuição geral (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).
Figure 8.6. Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with diameter
distribution different from general distribution (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).
Figura 8.5. Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual, com distribuições
diamétricas diferentes da distribuição geral (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).
Figure 8.5. Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with diameter
distribution different from general distribution (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05).
196
197
8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Tabela 8.1. Distribuição diamétrica dos 78 remanescentes amostrados na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.
N = número de indivíduos (ind.ha-1); AB = área basal (m2.ha-1).
Table 8.1. Diameter distribution of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. N = number of
individuals (ind.ha-1); AB = basal area (m2.ha-1).
Centro da classe de DAP (cm)
Unidade Amostral
1542
Centro da classe de DAP (cm)
Unidade Amostral
398
435
438
487
494
537
597
712
918
941
1000
1123
1187
1188
1249
1318
1388
1461
1536
Variável
15,0
25,0
35,0
45,0
55,0
65,0
75,0
≥ 80,0
N
487
131
46
28
5
5
3
AB
8,13
5,78
4,56
4,42
1,21
1,48
N
321
128
48
10
3
AB
4,93
6,08
4,53
1,35
N
320
115
33
AB
4,97
5,51
N
260
AB
Variável
15,0
25,0
35,0
45,0
55,0
65,0
75,0
≥ 80,0
Total
N
378
173
40
8
-
-
-
-
598
AB
5,93
8,16
3,54
1,11
-
-
-
-
18,74
Total
1616
N
320
125
38
20
13
-
-
-
515
0
705
1618
N
243
120
33
5
-
-
-
-
400
1,05
-
26,63
AB
3,87
5,79
2,94
0,84
-
-
-
-
13,44
-
-
-
510
N
222
99
39
14
7
-
4
-
384
0,86
-
-
-
17,75
AB
3,58
4,77
3,50
2,34
1,50
-
1,76
-
17,46
15
0
-
-
-
483
N
400
72
25
3
0
3
-
-
503
3,08
2,26
-
-
-
-
15,82
AB
6,02
3,06
2,21
0,36
-
0,97
-
-
12,61
120
55
16
6
-
-
10
N
217
80
21
24
3
0
-
3
348
4,13
5,51
5,37
2,59
1,42
-
-
8,32
AB
3,35
3,89
2,11
3,55
0,53
-
-
1,87
N
335
140
60
23
8
5
-
3
N
323
56
10
-
-
-
-
-
389
AB
5,77
6,62
5,66
3,52
1,65
1,66
-
1,74
AB
4,87
2,39
0,93
-
-
-
-
-
8,19
N
210
53
38
38
15
5
5
8
N
303
78
40
13
-
3
-
-
435
AB
3,28
2,47
3,71
5,85
3,70
1,63
2,06
4,92
AB
4,77
3,68
3,66
1,82
-
0,72
-
-
14,66
N
268
85
53
33
18
8
10
3
N
250
58
8
4
-
-
-
-
319
AB
4,08
4,00
4,97
5,13
3,89
2,76
4,29
1,49
AB
3,49
2,71
0,82
0,66
-
-
-
-
7,68
N
311
129
63
18
8
-
3
-
532
N
222
105
43
30
8
8
3
-
419
AB
4,96
6,38
5,96
2,78
1,75
-
1,05
-
22,86
AB
3,92
4,73
3,98
4,50
1,75
2,62
1,26
-
22,75
N
400
100
13
5
5
-
-
-
523
N
223
88
45
13
10
10
-
3
390
AB
6,00
4,51
1,06
0,69
1,06
-
-
-
13,31
AB
3,58
4,17
4,26
1,93
2,56
3,26
-
3,53
N
380
110
35
10
-
-
-
-
535
N
154
69
34
29
6
3
9
3
AB
5,70
5,21
2,77
1,29
-
-
-
-
14,97
AB
2,44
3,02
3,23
4,39
1,40
1,05
4,00
1,44
N
552
147
43
78
9
-
-
-
828
N
225
80
33
18
8
5
-
-
368
AB
9,53
6,72
3,59
11,54
1,71
-
-
-
33,09
AB
3,80
3,71
2,88
2,63
1,86
1,54
-
-
16,42
N
444
144
50
12
-
-
-
-
650
N
290
108
58
15
3
8
-
3
483
AB
7,10
6,63
4,75
1,67
-
-
-
-
20,15
AB
4,79
4,88
5,39
2,24
0,66
2,65
-
1,97
N
428
180
53
10
18
5
-
-
693
N
215
115
65
25
15
15
3
-
453
AB
7,40
7,81
4,67
1,45
3,85
1,71
-
-
26,89
AB
3,37
5,41
6,53
4,15
3,54
4,75
1,24
-
28,99
N
270
93
35
10
3
-
3
-
413
N
413
128
50
13
-
3
-
-
605
AB
4,16
4,68
3,18
1,40
0,50
-
1,03
-
14,95
AB
6,63
6,09
4,50
1,97
-
0,88
-
-
20,08
N
543
120
28
5
5
-
-
-
700
N
395
85
13
21
18
8
3
3
544
AB
8,04
5,22
2,31
0,80
1,19
-
-
-
17,55
AB
5,61
4,15
1,38
3,08
4,02
2,37
1,22
1,75
N
470
163
63
13
8
3
-
-
718
N
325
93
21
29
7
7
7
4
AB
7,10
7,96
5,87
1,96
1,76
0,79
-
-
25,44
AB
4,36
4,38
1,89
4,32
1,55
2,12
3,21
2,44
N
337
147
67
17
13
-
-
-
580
N
268
185
43
8
3
-
-
-
505
AB
5,63
7,22
6,37
2,30
3,10
-
-
-
24,61
AB
4,30
8,73
3,65
1,27
0,68
-
-
-
18,63
N
456
99
48
19
3
3
-
-
627
N
105
43
33
5
3
-
3
3
193
AB
7,12
4,58
4,27
2,91
0,54
0,79
-
-
20,22
AB
1,99
2,37
3,18
0,81
0,56
-
1,03
2,68
N
363
132
34
13
-
3
-
-
545
N
412
76
36
4
-
-
-
-
198
468
1619
1693
1694
27,34
573
1703
26,63
370
1770
27,62
475
1774
30,60
1775
1787
1859
1861
1864
1869
1959
1961
1965
1970
2051
2056
199
15,30
23,28
306
20,98
22,60
23,57
493
24,26
12,62
528
8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Centro da classe de DAP (cm)
Unidade Amostral
15,0
25,0
35,0
45,0
55,0
65,0
75,0
≥ 80,0
N
372
82
7
4
18
4
4
-
489
AB
5,98
3,82
0,77
0,59
3,97
1,05
1,44
-
17,61
N
303
105
29
8
5
-
3
3
455
AB
5,19
5,07
2,58
1,18
1,12
-
1,11
1,53
17,77
AB
3,66
5,09
4,80
3,40
2,39
2,28
-
3,40
25,02
N
338
100
83
38
5
3
-
-
565
AB
4,98
4,63
7,76
5,70
1,15
0,71
-
-
24,93
N
326
101
58
28
-
-
3
-
515
AB
5,03
4,99
5,35
4,08
-
-
1,06
-
20,52
N
383
128
43
13
5
-
-
-
570
AB
5,54
5,86
4,02
1,87
1,09
-
-
-
18,39
N
348
138
18
3
-
-
-
-
505
AB
5,14
6,46
1,53
0,38
-
-
-
-
13,51
N
223
73
28
18
5
5
-
-
350
AB
3,44
3,13
2,46
2,60
1,09
1,57
-
-
14,29
N
182
39
14
14
11
-
-
4
264
AB
2,91
1,81
1,29
1,92
2,66
-
-
2,15
N
395
70
33
10
8
3
3
-
520
AB
6,29
3,14
2,97
1,34
1,63
0,85
1,05
-
17,27
N
103
65
28
28
5
5
8
3
243
AB
1,68
3,03
2,52
4,28
1,12
1,78
3,07
1,32
N
244
78
28
11
-
8
-
-
369
AB
3,85
3,95
2,73
1,69
-
2,74
-
-
14,95
N
263
103
45
21
3
5
-
-
439
AB
4,09
5,10
4,57
3,34
0,72
1,62
-
-
19,45
N
393
103
63
15
10
3
-
-
585
AB
6,29
5,30
5,61
2,19
2,26
0,74
-
-
22,39
N
320
69
6
3
-
-
-
-
397
AB
4,56
2,79
0,48
0,40
-
-
-
-
8,21
N
503
100
28
6
3
3
-
-
642
AB
7,85
4,57
2,27
0,93
0,76
0,81
-
-
17,18
N
400
138
13
13
5
3
5
-
575
AB
6,99
5,98
1,16
2,07
1,18
0,83
2,17
-
20,38
N
165
68
55
35
10
10
5
13
AB
2,63
3,08
5,50
5,57
2,38
3,20
2,30
8,77
N
123
68
33
18
13
5
3
-
260
AB
2,22
2,93
2,98
3,03
2,94
1,68
1,17
-
16,93
2414
N
279
66
42
21
21
8
5
5
447
2425
N
227
83
53
20
3
7
-
10
403
AB
3,57
4,02
5,23
3,28
0,94
2,18
-
6,55
2079
2081
2088
2099
2100
2101
2166
2170
2172
2179
2194
2195
2216
2281
2287
2294
2310
2406
Variável
Centro da classe de DAP (cm)
200
Total
Unidade Amostral
15,0
25,0
35,0
45,0
55,0
65,0
75,0
≥ 80,0
N
154
54
19
19
-
8
-
-
254
AB
2,94
2,33
1,89
3,12
-
2,44
-
-
12,71
N
188
65
25
3
3
0
-
-
283
AB
2,86
3,03
2,18
0,43
0,54
-
-
-
9,03
N
150
57
30
20
-
13
-
-
270
AB
2,70
2,75
2,85
2,81
-
4,34
-
-
15,45
2530
N
278
95
15
5
-
-
-
-
393
2531
N
205
93
43
25
28
15
5
5
418
AB
3,25
4,25
4,12
4,12
6,48
4,92
2,19
3,36
N
150
86
41
9
5
-
-
-
291
AB
2,87
4,23
3,94
1,39
1,00
-
-
-
13,43
N
393
110
31
13
6
3
-
-
557
AB
6,15
5,11
2,82
1,94
1,29
1,03
-
-
18,33
N
250
110
55
28
15
-
10
10
AB
4,28
4,81
5,27
4,27
3,40
-
4,49
7,54
N
153
68
23
5
-
-
-
3
250
AB
2,60
3,02
2,00
0,74
-
-
-
1,43
9,78
N
228
93
25
33
10
13
5
10
415
AB
3,64
4,09
2,22
5,19
2,28
4,00
2,18
7,68
66
27
15
4
12
8
4
-
135
AB
0,94
1,26
1,24
0,64
2,63
2,55
1,54
-
10,80
N
220
94
43
30
8
3
3
5
405
AB
3,77
4,36
4,09
4,73
1,60
0,91
1,09
6,15
N
120
90
43
32
16
11
-
3
AB
2,11
4,26
4,05
4,79
3,74
3,35
-
2,52
N
256
104
39
16
8
-
-
-
422
AB
4,15
4,76
3,42
2,49
1,92
-
-
-
16,73
N
281
83
40
24
21
5
5
5
465
AB
4,48
3,86
3,45
3,83
4,56
1,69
2,54
6,93
N
240
70
40
27
7
3
-
7
AB
3,97
3,51
3,89
4,12
1,54
1,20
-
5,30
N
292
99
38
17
7
4
2
2
AB
4,63
4,62
3,49
2,58
1,53
1,15
0,71
1,32
2510
2512
2515
2623
2645
2987
3082
12,74
3097
3197
18,81
3309
3414
3416
3427
3520
Total
Variável
N
361
33,43
25,78
201
Total
32,69
478
34,06
31,29
26,70
314
24,83
31,33
393
23,54
459
20,01
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
8.3.3 Distribuição diamétrica por espécie
Tabela 8.2. Distribuição diamétrica das 30 espécies com maior VI da Floresta Estacional Decidual, em ordem decrescente
de VI. DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DoA = dominância absoluta (m².ha-1).
Na Tabela 8.2 constam os valores da distribuição diamétrica das 30 espécies mais importantes,
considerando seu valor de importância (VI), tanto para a densidade (ind.ha-1) como para a dominância
absoluta (m².ha-1) em ordem decrescente de VI. No Apêndice IV são apresentados os dados para todas
as espécies do componente arbóreo/arbustivo em ordem alfabética. Na (hipotética) situação de poder
considerar as distribuições diamétricas das espécies como pertencentes às mesmas populações, as
distribuições de Ocotea puberula, Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata,
Cedrela fissilis e Parapiptadenia rigida podem ser descritas como decrescentes e regulares, típicas de
espécies secundárias tardias ou climácicas (Figura 8.7). As distribuições de outras espécies, no entanto,
são restritas às classes de diâmetros menores, o que pode indicar a existência de restrição natural do seu
crescimento em diâmetro, da espécie pertencer ao grupo ecológico das espécies secundárias iniciais,
como em Cupania vernalis, Machaerium stipitatum, Syagrus romazoffiana e Casearia sylvestris (Figura
8.8), ou existir sobre-exploração da espécie e descaracterização de sua população original, como em
Myrocarpus frondosus, Chrysophyllum marginatum, Matayba elaeagnoides, Cabralea canjerana,
Lonchocarpus campestres, Trichilia clausseni, Cordia americana, Prunus myrtifolia, Allophylus edulis,
Machaerium paraguariense, Chrysophyllum gonocarpum, Balfourodendron riedelianum e Apuleia
leiocarpa (Figuras 8.9 e 8.10). O conjunto destas 30 espécies citadas totaliza 62,8% do VI da Floresta
Estacional Decidual amostrada pelas 78 Unidades Amostrais.
Table 8.2. Diameter distribution of 30 species with major importance value (VI) in Seasonal Deciduous Forest in Santa
Catarina. DA = tree density (ind.ha-1); DoA = basal area (m2.ha-1).
O teste de similaridade das distribuições (Kolmogorov-Smirnov) mostrou, que apenas as
populações de Ocotea puberula e Cupania vernalis, bem como de Luehea divaricata e Chrysophyllum
marginata têm distribuições significativamente diferentes, embora todas pertençam ao grupo das
espécies secundárias. As diferenças entre si podem ser causadas tanto por eventos aleatórios como
pelo histórico de exploração dos fragmentos onde ocorrem. Os testes das combinações Cordia
americana x Phytolacca dioica, Cordia americana x Apuleia leiocarpa, Phytolacca dioica x
Diatenopteryx sorbifolia, Phytolacca dioica x Apuleia leiocarpa, Phytolacca dioica x Aspidosperma
australe, Diatenopteryx sorbifolia x Apuleia leiocarpa e Apuleia leiocarpa x Aspidosperma australe
não puderam ser realizados pelo número insuficiente de indivíduos. As demais combinações entre
as 30 espécies com maior VI não mostraram diferenças estatisticamente significativas de suas
distribuições diamétricas. Entre as espécies com as maiores frequências nos diâmetros menores e,
com isso, indicadores para a composição futura das comunidades, encontram-se as onipresentes
Ocotea puberula e Nectandra megapotamica, além de Luehea divaricata, Cupania vernalis,
Macchaerium stipitatum, Casearia sylvestris e da exótica Hovenia dulcis. Esta última, introduzida
na segunda metade do século XX, já está estabelecida em praticamente todos os fragmentos da
Floresta Estacional Decidual e ocupa entre todas as espécies, a 11a posição em termos de valor de
importância. Espécies com valor comercial mais elevado como Myrocarpus frondosos, Cabralea
canjerana, Cedrela fissilis, Balfourodendron riedelianum, Parapiptadenia rigida e Cordia americana
mostram frequências baixíssimas, mesmo nas classes de menor diâmetro, e estão ausentes nas classes
maiores. Apuleia leiocarpa apresenta a situação mais preocupante, uma vez que se tornou tão rara
que sua frequência média na Floresta Estacional Decidual é de um indivíduo entre 10 e 20 cm, meio
indivíduo na classe de 20 a 30 cm e 0,2 e 0,3 indivíduos nas classes maiores, o que significa que tem
um indivíduo maduro (com DAP > 50 cm) a cada 3 ou 4 hectares. Em termos gerais, a densidade das
30 espécies com maior VI, nas classes de diâmetro maiores, varia de 0,04 a 1 indivíduo por hectare
(Figuras 8.7 a 8.10) o que significa que de muitas das espécies ocorre um indivíduo com diâmetro >
40 cm a cada 1 a 25 (!) hectares.
Centro da classe de DAP (cm)
Nome Científico
DA
DoA
DA
Nectandra megapotamica
DoA
DA
Luehea divaricata
DoA
DA
Nectandra lanceolata
DoA
DA
Cupania vernalis
DoA
DA
Machaerium stipitatum
DoA
Ocotea puberula
Syagrus romanzoffiana
Cedrela fissilis
Parapiptadenia rigida
Casearia sylvestris
Hovenia dulcis
Myrocarpus frondosus
Chrysophyllum
marginatum
Matayba elaeagnoides
Cabralea canjerana
Lonchocarpus campestris
Trichilia clausseni
Cordia americana
202
Variável
15,0
25,0
15,0 11,8
0,27 0,57
14,4
9,3
0,24 0,45
15,6
7,1
0,25 0,34
7,9
5,8
0,14 0,28
16,3
2,9
0,24 0,12
12,1
2,6
0,20 0,12
35,0
45,0
55,0
65,0
75,0
≥ 80,0
Total
5,3
0,48
5,0
0,48
2,9
0,26
3,1
0,30
0,6
0,06
0,8
0,07
1,7
0,26
2,6
0,39
1,2
0,19
1,4
0,22
0,1
0,02
0,3
0,05
0,6
0,13
0,9
0,21
0,2
0,05
0,6
0,13
0,0
0,01
0,4
0,12
0,3
0,11
0,3
0,08
0,4
0,13
0,0
0,01
0,1
0,06
0,1
0,04
0,2
0,10
0,1
0,06
-
0,0
0,02
0,1
0,04
0,4
0,29
0,1
0,10
-
35
1,92
33
1,96
28
1,56
19
1,36
20
0,45
16
0,45
DA
7,1
5,5
0,3
0,0
0,0
-
-
-
13,0
DoA
0,15
0,23
0,02
0,01
0,01
-
-
-
0,42
DA
7,0
2,2
0,9
0,5
0,2
0,0
0,0
-
10,8
DoA
0,12
0,10
0,08
0,07
0,04
0,01
0,02
-
0,44
DA
3,3
0,9
0,6
0,6
0,2
0,3
0,1
0,2
6,3
DoA
0,05
0,05
0,06
0,10
0,05
0,09
0,06
0,13
0,59
DA
9,4
2,1
0,3
0,0
0,0
-
-
-
11,8
DoA
0,14
0,10
0,02
0,01
0,01
-
-
-
0,28
DA
8,8
2,5
0,5
0,1
0,1
-
0,0
-
12,0
DoA
0,15
0,11
0,05
0,02
0,02
-
0,02
-
0,36
DA
4,5
1,0
0,6
0,4
0,1
-
0,0
0,0
6,8
DoA
0,07
0,05
0,06
0,06
0,03
-
0,02
0,02
0,31
DA
3,4
1,5
0,6
0,4
0,3
0,0
-
0,0
6,3
DoA
0,06
0,07
0,06
0,07
0,06
0,01
-
0,05
0,38
DA
7,0
1,4
0,3
0,2
0,1
0,0
-
-
9,0
DoA
0,11
0,07
0,02
0,03
0,02
0,01
-
-
0,26
DA
4,1
1,1
0,4
0,4
0,1
0,1
-
0,1
6,4
DoA
0,07
0,05
0,04
0,07
0,02
0,04
-
0,04
0,33
DA
4,1
1,3
0,8
0,3
0,1
-
-
-
6,5
DoA
0,06
0,07
0,07
0,05
0,02
-
-
-
0,26
DA
7,3
0,8
0,4
0,1
0,0
-
-
-
8,5
DoA
0,11
0,04
0,03
0,01
0,00
-
-
-
0,19
DA
1,8
0,8
0,3
0,3
0,1
0,2
0,1
0,2
3,8
DoA
0,03
0,04
0,03
0,05
0,02
0,06
0,05
0,13
0,40
203
8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Centro da classe de DAP (cm)
Nome Científico
Prunus myrtifolia
Allophylus edulis
Machaerium
paraguariense
Chrysophyllum
gonocarpum
Balfourodendron
riedelianum
Phytolacca dioica
Diatenopteryx sorbifolia
Apuleia leiocarpa
Annona sylvatica
Helietta apiculata
Pilocarpus pennatifolius
Aspidosperma australe
Outras espécies
Total
Variável
15,0
25,0
35,0
45,0
55,0
65,0
75,0
≥ 80,0
Total
DA
3,0
1,3
0,7
0,3
0,1
0,1
-
0,0
5,5
DoA
0,05
0,06
0,07
0,05
0,02
0,03
-
0,02
0,30
DA
5,5
1,0
0,3
0,1
-
-
-
-
6,8
DoA
0,09
0,05
0,02
0,02
-
-
-
-
0,18
DA
4,7
1,1
0,4
0,2
0,1
0,0
-
0,0
6,5
DoA
0,07
0,05
0,03
0,03
0,02
-
-
-
0,21
DA
3,1
1,7
0,6
0,2
-
-
-
-
5,6
DoA
0,05
0,07
0,06
0,03
-
-
-
-
0,22
DA
3,9
1,3
0,4
0,1
0,0
-
-
-
5,7
DoA
0,06
0,06
0,04
0,02
0,01
-
-
-
0,19
DA
1,0
0,5
0,5
0,5
0,3
0,0
0,1
0,1
2,8
DoA
0,02
0,03
0,04
0,07
0,06
0,01
-3
0,08
0,34
DA
1,9
1,0
0,4
0,3
0,1
0,3
-
0,1
3,9
DoA
0,03
0,04
0,03
0,04
0,03
0,09
-
0,04
0,31
DA
1,0
0,7
0,3
0,3
0,4
0,1
-
0,1
2,9
DoA
0,02
0,03
0,03
0,04
0,09
0,03
-
0,08
0,33
DA
4,8
1,0
0,1
0,1
-
-
-
-
5,9
DoA
0,07
0,05
0,01
0,01
-
-
-
-
0,13
DA
3,9
1,9
0,4
0,0
-
-
-
-
6,3
DoA
0,07
0,09
0,04
0,01
0,01
0,00
-
0,00
0,21
DA
6,7
0,2
0,0
0,0
-
-
-
-
6,9
DoA
0,08
0,01
0,00
0,00
-
-
-
-
0,10
DA
2,6
1,0
0,2
0,1
-
-
-
-
3,9
DoA
0,04
0,05
0,02
0,01
-
-
-
-
0,12
DA
100,9
25,6
9,7
3,9
2,0
0,9
0,6
0,3
143,8
DoA
1,50
1,17
0,90
0,59
0,48
0,30
0,26
0,28
5,47
DA
292,1
98,7
37,5
16,7
6,6
3,5
1,6
1,7
458,6
DoA
4,63
4,62
3,49
2,58
1,53
1,15
0,71
1,32
20,01
Figura 8.7. Distribuição diamétrica da densidade média (ind.ha-1) das oito espécies com maior valor de
importância (VI) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual.
Figure 8.7. Diameter distribution of mean tree density (ind.ha-1) of eight species with major importance value
(VI) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
204
205
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Figura 8.8. Distribuição diamétrica da densidade média (ind.ha-1) das espécies com 9° a 16° maior valor de
importância (VI) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual.
Figure 8.8. Diameter distribution of mean tree density (ind.ha-1) of species with 9th to 16th major importance
value (VI) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
206
8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Figura 8.9. Distribuição diamétrica da densidade média (ind.ha-1) das espécies com 17° a 24° maior valor de
importância (VI) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual.
Figure 8.9. Diameter distribution of mean tree density (ind.ha-1) of species with 17th to 24th major importance
value (VI) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
207
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
apontam para populações intactas ou pouco impactadas. Somente estudos da distribuição diamétrica
por espécie e por Unidade Amostral podem expressar o estado atual de conservação das espécies
e do fragmento florestal amostrado e, em analogia (como a amostragem é sistemática), permitirão
afirmações sobre o estado de conservação das referidas espécies e dos remanescentes da Floresta
Estacional Decidual, de forma geral. São evidentes a concentração de grande número de indivíduos
com diâmetros nas três primeiras classes (até 39 cm) e a ausência de árvores com diâmetros maiores:
a densidade nas classes de diâmetro maiores das 25 espécies com maior VI variou de 0,04 a 1 ind. ha-1
(Figuras 8.7 a 8.10).
As distribuições diamétricas gerais e por Unidade Amostral (fragmento) mostram valores
semelhantes às encontradas pela maioria dos trabalhos realizados em florestas exploradas e degradadas
no âmbito da Mata Atlântica, especialmente às descritas por Longhi et al. (1999), Araujo et al. (2005)
e Kilca & Longhi (2011), na Floresta Estacional Decidual no Rio Grande do Sul, e por Scolforo et al.
(2008), na mesma região fitoecológica em Minas Gerais. Nos levantamentos no estado vizinho do Rio
Grande do Sul, o rol de espécies e os dados estruturais considerando as espécies com maiores valores
de importância (VI) são muito semelhantes aos encontrados pelo presente trabalho, o que mostra a
homogeneidade desta região fitoecológica, apesar de alguns sítios comparados estarem a mais de 300
km de distância das florestas catarinenses.
Referências
Araujo, M.M.; Longhi, S.J.; Brena, D.A.; Barros, P.C.; Franco, S. 2004. Análise de agrupamento
da vegetação de um fragmento de Floresta Estacional Decidual Aluvial, Cachoeira do Sul, RS, Brasil.
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Cunha, U.S.; Machado, S.A.; Figueiredo, A.F.; Sanquetta, C.R. 2002. Predição da estrutura
diamétrica de espécies comerciais de terra firme da Amazônia por meio de matriz de transição. Ciência
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Davis, K.P.; Johnson, K.N. 1987. Forest Management. New York. McGraw-Hill.
Figura 8.10. Distribuição diamétrica da densidade média (ind.ha-1) das espécies com 25° a 30° maior valor de
importância (VI) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual.
Figure 8.10. Diameter distribution of mean tree density (ind.ha-1) of species with 25th to 30th major importance
value (VI) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina.
Entre as 228 espécies do componente arbóreo/arbustivo na Floresta Estacional Decidual, 43
espécies ocorreram com apenas um indivíduo, 17 espécies com dois e 14 espécies com três indivíduos
em todas as 78 Unidades Amostrais. Estas espécies podem ser naturalmente “raras” ou de ocorrência
ocasional, ou podem ter suas populações reduzidas pela exploração madeireira, pelo próprio desmate
para mudanças do uso do solo com a consequente redução da cobertura florestal que hoje não passa dos
16% na Floresta Estacional Decidual (Capítulo 1). A amostragem realizada leva a crer que muitas destas
espécies têm apenas indivíduos de ocorrência esporádica e isolada o que dificulta ou impossibilita sua
reprodução e sobrevivência, caracterizando sua situação como crítica.
É importante salientar que também nesta abordagem geral, quando consideradas as 78 Unidades
Amostrais nos fragmentos amostrados como um todo, distribuições regulares não necessariamente
208
Hubbel, S.P. 2001. The unified neutral theory of bBiodiversity and biogeography. Princeton.
Princeton University Press.
Kilca, R.V.; Longhi, S.J. 2011. A composição florística e a estrutura das florestas secundárias
no rebordo do Planalto Meridional. In: Schumacher, M.V.; Longhi, S.J.; Brun, E.J.; Kilca, R.V. (eds.).
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Composição florística e estrutura da comunidade arbórea de um fragmento florestal no município de
Santa Maria, Brasil. Ciência Florestal 9(1): 115-133.
Meyer, H.A. 1952. Structure, growth, and drain in balanced uneven-aged forests. Journal of
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209
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Whitmore, T.C. 1998. An introduction to tropical rain forests. Oxford. University Press.
210
Capítulo
9
Floresta Estacional Decidual
Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina1
Sucessional stages of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina
Lucia Sevegnani, Alexander Christian Vibrans,
Alexandre Uhlmann, André Luís de Gasper, Leila Meyer,
Débora Vanessa Lingner, Anita Stival dos Santos,
Marcio Verdi, Susana Dreveck
Resumo
A legislação estabelece para os estádios sucessionais quatro categorias: floresta primária, vegetação em
estádio inicial de regeneração, em estádio médio e avançado de regeneração. Contudo, observaram-se
muitas dificuldades na aplicação dos critérios previstos na legislação para a identificação dos estádios
em campo. Por isso, foram utilizados os dados provenientes das descrições elaboradas em campo e das
variáveis fitossociológicas mensuradas tanto no componente arbóreo/arbustivo como no da regeneração
natural para propor um novo método. Selecionaram-se três variáveis por meio de uma PCA, que, juntas
com a classificação elaborada em campo, foram submetidas à análise discriminatória de Fischer. A
aplicação da análise discriminatória sobre o total de 78 Unidades Amostrais circunscritas à Floresta
Estacional Decidual apontou para um coeficiente de correlação canônico elevado (r = 0,45) e significativo
estatisticamente, conforme atestado pelas permutações Monte Carlo (p = 0,001). Com estes resultados,
pode-se afirmar que a equação com os coeficientes obtidos mediante a análise discriminatória para as
três variáveis consideradas nesta análise (número de espécies arbóreas, número de indivíduos com DAP
≥ 10 cm e área basal) é robusta e condizente com as classificações feitas em campo. Assim, a equação
pode ser utilizada na classificação dos estádios sucessionais da vegetação. As comunidades segregadas
por este método foram descritas e suas espécies mais importantes listadas, separadamente, por grupo
florístico (bacias do Leste e do Oeste) e estádio sucessional (médio e avançado de regeneração).
Abstract
Environmental legislation establishes four successional stages: primary forest, initial, medium
and advanced secondary successional stages. However the application of criteria to classify natural
vegetation according to legislation is not straightforward. Therefore floristic and structural data from
tree/shrub component (DAP ≥ 10 cm) and regeneration/understory component of 78 Sample Plots, as
well as the in loco classification made by field crews were used to perform Fisher’s linear discriminant
analysis. We obtained a relatively high and significant (Monte Carlo p = 0.001) canonic correlation
coefficient (r = 0.45). The equation with its three coefficients for tree density, species richness and basal
area showed to be robust and consistent with in loco classification of vegetation by field crews. As a
result, this model may be useful to classifiy successional stages in Seasonal Deciduous Forest in Santa
Catarina. Classsified communities were described and their species with greatest importance values
were listed, separately by floristic group (western and eastern watersheds) and by sucessional stage
(medium and advanced secondary stage).
Sevegnani, L.; Vibrans, A.C.; Uhlmann, A.; Gasper, A.L. de; Meyer, L.; Lingner, D.V.; Santos, A.S. dos; Verdi, M.; Dreveck, S. Estádios
sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.).
2012. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.
1
213
9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
9.1 Introdução
O processo de modificações que ocorrem ao longo do tempo na composição de espécies e na estrutura
de ecossistemas é chamado sucessão ecológica (Odum 1988). As fases transitórias da sequência destes
processos são os estádios da sucessão. Existem diversas abordagens para a descrição destes estádios nas
regiões (neo-) tropicais (Corlett 1995; Finegan 1996; Chokkalingam & de Jong 2001; Guariguata & Ostertag
2001) e na Mata Atlântica brasileira (Klein 1980; Tabarelli et al. 1993; Liebsch et al. 2008; Groeneveld et al.
2009; Siminski et al. 2011). A definição dos estádios sucessionais na Mata Atlântica ganhou importância
para o licenciamento ambiental quando as modalidades de uso e normas para a supressão da vegetação
foram regulamentadas pela legislação para cada estádio de forma separada (Decreto 750/1993; Brasil
1993); Lei 11.428/2006 (Brasil 2006) e Resoluções CONAMA 10/1993 e 04/1994, convalidadas pela
Resolução CONAMA 388/2007 (CONAMA 1993;1994; 2007).
Adotando a denominação para os estádios sucessionais estabelecida pela Resolução CONAMA
04/1994, pode-se segregar a vegetação secundária em:
1. Estádio Inicial de regeneração – também chamado de estádio pioneiro, secundário inicial e
capoeirinha. A vegetação é dominada por arbustos e ervas e se alguma árvore existir, esta é préexistente ao abandono da área. A comunidade de plantas lenhosas apresenta pequeno diâmetro e
altura média, sendo que o diâmetro médio apresenta baixo coeficiente de variação (Clark 1996).
Em geral, pequeno número de espécies lenhosas, baixa complexidade da estrutura da vegetação, ou
seja, com poucas sinúsias (IBGE 1992), epífitos vasculares ausentes ou raros, trepadeiras herbáceas,
serapilheira formando fina camada. A resolução CONAMA 04/1994 apresenta alguns parâmetros
quantitativos como: altura média (até 4 m), área basal até 8 m2.ha-1, diâmetro médio até 8 cm, com
pequena amplitude.
2. Estádio Médio de Regeneração – também chamado de capoeira (Klein 1980), secundário inicial
(Clark 1996). Na vegetação predominam arvoretas e arbustos, sobre as herbáceas e se alguma árvore
com maior porte existir esta é pré-existente ao abandono da área. A comunidade de plantas lenhosas
apresenta pequeno diâmetro e altura média, mas os valores são superiores ao do estádio inicial, sendo
que o diâmetro médio apresenta ainda baixo coeficiente de variação (Clark 1996). Domínio de espécies
lenhosas, apesar do aumento, ainda é restrita a complexidade da estrutura da vegetação, ou seja, com
poucas sinúsias (IBGE 1992), epífitos vasculares presentes em maior número que no estádio inicial,
trepadeiras lenhosas com pequeno diâmetro, serapilheira presente variando de espessura. A resolução
CONAMA 04/1994 apresenta alguns parâmetros quantitativos como: altura média (até 12 m), área
basal até 15 m2.ha-1, diâmetro médio entre 8 e 15 cm, com amplitude moderada.
Perante esta situação buscou-se no presente capítulo uma nova abordagem para a definição de
critérios que possam ser usados para segregar os estádios sucessionais “médio” e “avançado” de regeneração
no âmbito da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. São estes os estádios de maior ocorrência e que
apresentam a maior dificuldade para reconhecimento e definição em campo, tanto em trabalhos científicos
como no licenciamento ambiental.
9.2 Metodologia
Foram usadas as seguintes variáveis dendrométricas e parâmetros fitossociológicos oriundos de 78
Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual: a) do componente arbóreo/arbustivo – densidade absoluta
(DA ind.ha-1), número de espécies (Nsp.arb.), DAP, altura total (Ht), altura do fuste (Hf), altura dominante (Hdom),
área basal (AB), índices de diversidade de Shannon & Wiener (H´), Simpson (S) e de equabilidade de Pielou
(J) (Magurran 2004); b) do componente da regeneração - número de espécies (N°sp.Reg) e número de indivíduos
da regeneração (NI.Reg); além destes, as classificações do estádio sucessional feitas em campo foram usadas na
análise (Apêndice 5).
Uma matriz constituída por 78 colunas (Unidades Amostrais) e 12 linhas (contendo as variáveis acima
citadas) foi primeiramente submetida à Análise de Componentes Principais (PCA) para eliminar as variáveis
colineares (Figura 9.1). A seleção das variáveis que seriam usadas nas análises seguintes foi feita com base
na matriz de carregamentos derivada da rotação dos três primeiros eixos da PCA. Com esta matriz foram
segregados três grupos de variáveis; muitas destas puderam ser descartadas em virtude de apresentarem forte
associação umas com as outras, trazendo redundância às análises. Por consequência, somente uma variável de
cada um dos grupos formados foi selecionada, adotando-se como critério aquela que pudesse ser mais fácil e
corretamente obtida em campo, ou seja, o número de indivíduos do componente arbóreo/arbustivo por hectare
(DA), a área basal (AB) e o número de espécies (Nsp.arb).
3. Estádio Avançado de Regeneração – também chamado de capoeirão e mata secundária (Klein
1980) e secundário avançado (Clark 1996). Na vegetação predominam árvores sobre as arvoretas
e arbustos; as herbáceas são em menor quantidade e estas especializadas na condição de sombra.
A comunidade de plantas lenhosas apresenta diâmetro e altura elevados, mas o diâmetro médio
apresenta intermediário coeficiente de variação (Clark 1996). Domínio de espécies lenhosas, com
grande complexidade da estrutura da vegetação, ou seja, com várias sinúsias (IBGE 1992), epífitos
vasculares presentes em abundância, trepadeiras lenhosas bem desenvolvidas, serapilheira presente e
espessa. A resolução CONAMA 04/1994 apresenta alguns parâmetros quantitativos como: altura total
média (maior que 12 até 20 m), área basal de 15 a 20 m2.ha-1, diâmetro médio entre 15 a 25 cm, com
maior amplitude.
Observaram-se, no entanto, muitas dificuldades na aplicação dos critérios previstos na legislação para
a identificação dos estádios em campo (Siminski et al. 2011). A maioria delas é causada pela heterogeneidade
estutural das formações florestais secundárias, resultado da influência, muitas vezes cumulativa, de uma série
de interferências antrópicas nas comunidades vegetais.
214
Figura 9.1. Ordenação por PCA das Unidades Amostrais gerada com
base nos parâmetros fitossociológicos usados para seleção.
Figure 9.1. PCA ordination of Sample Plots generated based on
phytosociological parameters used for selection.
215
9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Em seguida, foi montada uma matriz contendo os dados das três variáveis selecionadas (nas
colunas) e nas 78 Unidades Amostrais (nas linhas), com uma quarta coluna contendo a classificação das
Unidades Amostrais em estádios sucessionais (médio e avançado), definida em campo pelas equipes do
levantamento (conforme as descrições do Apêndice 5).
A esta matriz foi aplicada à análise discriminatória de Fischer, também conhecida como análise
discriminatória linear. Esta análise tem dois objetivos: testar a eficiência da classificação feita em campo
com base nas três variáveis selecionadas e gerar uma equação cuja aplicação permita classificar novas
Unidades Amostrais que não estejam inseridas no levantamento original. A fim de testar a significância
estatística dos resultados, as associações entre os três parâmetros selecionados e as duas categorias
sucessionais (expressas pelo coeficiente de correlação de Pearson) foram testadas por meio da geração
de um modelo nulo através de 999 aleatorizações Monte Carlo. A segregação das Unidades Amostrais
foi ainda testada através do cálculo do lambda de Wilks. As análises foram realizadas utilizando os
algoritmos dos softwares CANOCO for Windows 4.5 (Ter Braak & Smilauer 2002) e JMP (2004).
9.3 Resultados
9.3.1 Análise discriminatória
A aplicação da análise discriminatória sobre o total de 78 Unidades Amostrais circunscritas à
Floresta Estacional Decidual resultou na extração de somente um eixo canônico que expressou 21% da
variância original dos dados. Contudo, o coeficiente de correlação canônico mostrou-se elevado (r =
0,45) e significativo estatisticamente, conforme atestado pelas permutações Monte Carlo (p = 0,001).
Isto significa que, embora o total da variância dos dados não possa ser atribuído somente ao único
eixo extraído pela análise, ainda assim, a geração do modelo nulo pelo teste acima citado demonstra
haver associações significativas entre a os parâmetros analisados (DA, AB e Nsp.arb) e a classificação
em estádios sucessionais. Além disso, o valor calculado para o lambda de Wilks demonstra haver
segregação significativa entre os dois grupos avaliados (p = 0,0006).
Com estes resultados, pode-se afirmar que as classificações feitas em campo são, de fato, robustas
quando baseadas nos três parâmetros considerados nesta análise (Nsp.arb, DA, AB) e que a equação (1)
pode ser utilizada na definição dos estádios sucessionais dos remanescentes da Floresta Estacional
Decidual, classificando os remanescentes com estádio médio quando Y < 3,86 e como estádio avançado
quando Y > 3,86:
Y = (0,0287462 . Nsp.arb) + (-0,000946 . DA) + (0,1450475 . AB)
(1)
Após a aplicação da equação (1), 16 Unidades Amostrais tiveram seus estádios sucessionais
alterados, pois a reanálise das descrições evidenciou que para 14 delas a alteração era pertinente,
sendo seis reclassificadas como de médio para avançado (Unidade Amostral 494 em Herval do Oeste,
Unidade Amostral 1775 em Concórdia, Unidade Amostral 1864 em Seara, Unidade Amostral 1961
em Paial, Unidade Amostral 1965 em Seara, Unidade Amostral 2425 em Xavantina). Outras oito
foram reclassificadas de avançado para médio (Unidade Amostral 1859 em Paial, Unidade Amostral
2051 em Itapiranga, Unidade Amostral 2100 em Herval do Oeste, Unidade Amostral 2216 em Ibicaré,
Unidade Amostral 2294 em São Carlos, Unidade Amostral 2406 em Caibi, Unidade Amostral 2530 em
Nova Itaberaba, Unidade Amostral 2515 em Iporã do Oeste). Comparando as classificações do estádio
preditas com as realizadas em campo, constatou-se que em somente duas unidades - Unidade Amostral
438 em Herval do Oeste e Unidade Amostral 2101 em Ibicaré a descrição do estádio em campo não
corresponde à predita, representando um erro em 2,5% dos casos analisados. Para todas as demais
Unidades Amostrais, a categorização resultante da equação (1) foi adotada. No Apêndice 5, no entanto,
foram mantidos os estádios sucessionais originais da descrição realizada em campo.
216
9.3.2 Caracterização dos estádios sucessionais
O número de espécies (Nsp.arb) variou de 14 até 60 por Unidade Amostral, sendo que cinco das
30 Unidades Amostrais consideradas em estádio avançado tiveram menos de 38 espécies na amostra e
35 das 48 Unidades Amostrais categorizadas como estádio médio tiveram entre 14 e 38 espécies. Em
38 Unidades Amostrais, foi encontrada riqueza de 39 a 60 espécies; destas, 25 Unidades Amostrais
foram categorizadas como estádio avançado e 13 Unidades Amostrais como médio. Em geral, as
Unidades Amostrais com maior número de espécies encontram-se em estádio avançado. Em relação à
densidade absoluta, as 78 Unidades Amostrais continham de 135 a 828 indivíduos por hectare. Destas,
39 Unidades Amostrais apresentaram densidade absoluta menor que a média de 460 ind.ha-1, sendo
destas 26 Unidades Amostrais consideradas como estando em estádio médio e 13 Unidades Amostrais
em estádio avançado; 39 Unidades Amostrais tiveram valores superiores a 460, destas, 22 Unidades
Amostrais categorizadas em estádio médio e 17 em estádio avançado. Estes números evidenciam que
a densidade absoluta pode variar muito dentro dos estádios sucessionais médio e avançado, decorrente
dos fatores de perturbação da floresta, antropogênicos ou não.
Em relação à área basal, os valores variaram entre 7,82 e 34,06 m2.ha-1, com 42 Unidades
Amostrais apresentando valores inferiores ao valor médio de 19,83 m2.ha-1, todas classificadas como
estando no estádio médio de regeneração. Há 36 Unidades Amostrais que apresentaram valores
superiores a 19,83 m2.ha-1, sendo 30 Unidades Amostrais em estádio avançado e apenas seis em estádio
médio. Portanto, a área basal por hectare mostrou-se como um forte descritor, para os estádios avançado
e médio, conforme evidenciado pelo coeficiente 3 da equação (1), coadjuvado pela densidade absoluta
e pelo número de espécies.
Cabe ressaltar que nenhuma Unidade Amostral foi categorizada como floresta primária, apesar
de apresentar valores elevados de área basal por hectare. Por exemplo, sete Unidades Amostrais, a
saber: 597 (Chapecó), 3097 (Quilombo), 3427 (São Lourenço do Oeste), 2531 (Chapecó), 1000 (Anita
Garibaldi), 2310 (Xavantina) e 2987 (Ipuaçu) apresentaram valores entre 30,6 a 34,1 m2.ha-1. No
entanto, quando se recorre aos registros efetuados in loco, constatou-se a forte influência de fatores de
degradação, como a exploração seletiva histórica ou atual, presença de estradas cortando a Unidade
Amostral, corte raso em parte desta, roçada de sub-bosque e/ou pastejo.
Quanto às espécies indicadoras dos estádios médio e avançado, considerou-se pertinente
segregar as 23 Unidades Amostrais pertencentes às bacias do Leste (rios Pelotas, Canoas, do Peixe)
das 55 Unidades Amostrais das bacias do Oeste (dos rios Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas, PeperiGuaçu), conforme descrito no Capítulo 5.
Em decorrência da segregação mencionada, para o Leste, no estádio avançado, as espécies
características (Tabelas 9.1 e 9.3), com destaque para as 10 espécies com maior valor de importância,
são: Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Luehea divaricata, Cupania vernalis, Nectandra
lanceolata, Matayba elaeagnoides, Prunus myrtifolia, Parapiptadenia rigida, Machaerium stipitatum
e Allophylus edulis. No estádio médio, destacam-se: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra
megapotamica, N. lanceolata, Cupania vernalis, Ateleia glazioveana, Cedrela fissilis, Syagrus
romanzoffiana, Lonchocarpus campestris. Se comparado com o estádio médio verifica-se que, das 10
primeiras espécies do estádio avançado, somente quatro espécies diferem.
Relativo ao Oeste, as espécies mais características do estádio avançado (Tabelas 9.1 e 9.3),
com maiores valores de importância são: Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Nectandra
lanceolata, Ocotea puberula, Chrysophyllum marginatum, Machaerium stipitatum, Cedrela fissilis,
Cabralea canjerana, Syagrus romanzoffiana e Cupania vernalis. Para o estádio médio, embora as
10 primeiras espécies não estejam na mesma ordem de valor, somente duas (Casearia sylvestris e
Aloysia virgata) não estão entre as 10 primeiras do avançado. Destacadas em negrito, estão as espécies
comuns entre as 10 primeiras do avançado Leste e Oeste, sendo estes, portanto, 60% semelhantes
floristicamente.
217
9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apesar dos fragmentos classificados como estádio sucessional avançado serem muito
semelhantes entre si, quanto às espécies com maior valor de importância, existe um conjunto de 13
espécies exclusivas do grupo das bacias do Leste e de 24 espécies do grupo das bacias do Oeste (Figura
9.1 e Tabela 9.3). Esta diferença é evidenciada quando se leva em conta o total das espécies, inclusive
aquelas com baixo número de indivíduos e de pequenos tamanhos. Como os dados representam as
florestas distribuídas numa extensão de 300 km de longitude, o conjunto principal de espécies se
assemelha, mas diferenças existem no grupo das espécies com menores valores de importância.
Tabela 9.1. Ranking das espécies de acordo com seu valor de importância no conjunto das Unidades Amostrais instaladas
nas bacias do Leste e Oeste, na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. M = estádio médio; A = estádio avançado.
Table 9.1. Ranking of species according to their importance value in Sample Plots of eastern (Leste) and western (Oeste)
watersheds. M = medium stage, A = advanced successional stage.
Espécie
Leste
Oeste
A
M
A
M
Nectandra megapotamica
1
3
1
2
Ocotea puberula
2
1
4
1
Luehea divaricata
3
2
2
4
Cupania vernalis
4
5
6
10
Nectandra lanceolata
5
4
3
3
Matayba elaeagnoides
6
19
21
32
Parapiptadenia rigida
7
15
15
14
Prunus myrtifolia
8
22
28
27
Machaerium stipitatum
9
9
7
7
Allophylus edulis
10
12
25
31
Helietta apiculata
11
28
60
24
Ruprechtia laxiflora
12
-
48
61
Lithrea brasiliensis
13
30
-
-
Sebastiania commersoniana
14
42
35
58
Chrysophyllum marginatum
15
104
5
26
Aspidosperma australe
16
26
41
41
Machaerium paraguariense
17
23
27
19
Annona sylvatica
18
17
39
29
Syagrus romanzoffiana
20
10
10
5
Albizia edwallii
21
18
63
40
Phytolacca dioica
22
21
30
23
Cedrela fissilis
23
7
11
9
Myrocarpus frondosus
24
29
9
18
Cinnamodendron dinisii
25
-
135
-
Cordia americana
26
35
20
16
Campomanesia xanthocarpa
27
67
31
37
Styrax leprosus
28
108
51
48
Ocotea pulchella
29
14
-
95
218
Leste
Espécie
A
Oeste
M
A
M
Lonchocarpus campestris
30
11
18
21
Casearia decandra
31
60
54
79
Diatenopteryx sorbifolia
32
57
13
33
Pilocarpus pennatifolius
33
61
12
52
Casearia sylvestris
34
25
14
8
Eugenia uniflora
35
-
40
72
Inga vera
36
24
58
69
Banara tomentosa
37
75
55
54
Trichilia clausseni
38
36
8
20
Zanthoxylum rhoifolium
39
13
88
39
Dentre as 20 espécies com maior valor de importância no Leste (estádios avançado e médio)
não se registram espécies de Myrtaceae, que estão presentes com poucos indivíduos e pequenos
tamanhos. Campomanesia xanthocarpa e C. guazumifolia aparecem entre as espécies generalistas
para a Floresta Estacional Decidual. Como exclusivas do estádio avançado, foram encontradas Myrcia
oblongata, Myrcia pubipetala, Myrcianthes gigantea, características de florestas e Myrcia splendens,
muito comum em áreas abertas, porém na Floresta Ombrófila Densa (Klein 1980). No estádio médio,
foram constatadas cinco espécies de Myrtaceae (Eugenia involucrata, Campomanesia guazumifolia,
C. xanthocarpa, Calyptranthes tricona, Myrciaria floribunda), sendo apenas uma (Calyptranthes
grandifolia) exclusiva, mas novamente não entre as 20 com maior valor de importância. Algumas
espécies desta família são exigentes quanto à qualidade do ambiente, tais como M. floribunda,
Calyptranthes tricona, C. grandifolia, E. involucrata.
A ocorrência de espécies mais exigentes em estádio médio pode estar relacionada aos mosaicos
de tamanhos e de qualidade que constituem os fragmentos florestais. Estes podem conter pequenas
manchas com floresta em melhor qualidade, entremeada em uma matriz mais degradada ou mesmo
agropecuária. Além disso, em muitas áreas, o processo sucessional ocorre com frequentes interferências
antropogênicas.
No estádio avançado das bacias do Leste, entre as 20 espécies com maior valor de importância,
que abrangem 64,7% dos indivíduos amostrados, 14 espécies não são decíduas (nas bacias do Oeste são
dez espécies), o que evidencia o caráter nem sempre decíduo da vegetação.
Árvores atingindo até 40 m de altura, conforme registrado por Klein (1972), são raríssimas,
como pode ser observado nos dados quantitativos de diâmetros, alturas e área basal (Capítulos 6 e 8;
Tabela 9.3) . Algumas das espécies com potencial de compor o estrato emergente são Apuleia leiocarpa,
Parapiptadenia rigida, Cedrela fissilis, Diatenopteryx sorbifolia e Peltophorum dubium (Klein 1972).
A manutenção da suspensão de sua explotação irá permitir o desenvolvimento da floresta e, com o
passar do tempo, haverá novamente árvores emergentes de grande tamanho na floresta estacional.
219
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Tabela 9.2. Espécies dos estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. OA = Oeste Avançado;
OM = Oeste Médio; LA = Leste Avançado; LM = Leste Médio.
Table 9.2. Species of successional stages in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. OA = western advanced stage;
OM = western medium stage; LA = eastern advanced stage; LM = eastern medium stage.
Estádios
Generalistas – AO/OM/LA/LM
Figura 9.2. Percentual de espécies presentes (total 212) em cada estádio sucessional e grupo de bacias da
Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. OA = Oeste Avançado; OM = Oeste Médio; LA = Leste
Avançado; LM = Leste Médio; Três = espécies presentes em três grupos; Dois = espécies presentes em dois
grupos.
Figure 9.2. Percentage of species (total 212) within successional stages and watershed groups in Seasonal
Deciduous Forest in Santa Catarina. OA = western advanced stage; OM = western medium stage; LA =
eastern advanced stage, LM, eastern medium stage; Três = species present in three groups; Dois = species
present in two groups.
Levando-se em consideração as espécies exclusivas de cada um dos estádios constata-se que
há espécies que são abundantes em outras regiões fitoecológicas: Dicksonia sellowiana, Quillaja
brasiliensis (Floresta Ombrófila Mista), Myrcia pubipetala, Myrceugenia myrcioides, Esenbeckia
grandiflora, Vernonanthura discolor, Myrcia splendens (Floresta Ombrófila Mista e Densa), Nectandra
membranacea (Floresta Ombrófila Densa), mas também um conjunto característico desta região
fitoecológica, como Eugenia uruguayensis, Eugenia gracillima, Machaerium hirtum, Schaefferia
argentinensi.
220
Actinostemon concolor, Albizia edwallii, Allophylus edulis, Allophylus puberulus, Annona emarginata,
Annona sylvatica, Apuleia leiocarpa, Aspidosperma australe, Ateleia glazioveana, Balfourodendron
riedelianum, Banara tomentosa, Cabralea canjerana, Campomanesia guazumifolia, Campomanesia
xanthocarpa, Casearia decandra, Casearia sylvestris, Cedrela fissilis, Chrysophyllum gonocarpum,
Chrysophyllum marginatum, Citronella paniculata, Cordia americana, Cordia trichotoma, Cordyline
spectabilis, Cryptocarya aschersoniana, Cupania vernalis, Dalbergia frutescens, Diatenopteryx sorbifolia,
Enterolobium contortisiliquum, Erythrina falcata, Erythroxylum deciduum, Ficus adhatodifolia, Helietta
apiculata, Inga vera subsp. affinis, Inga virescens, Lonchocarpus campestris, Lonchocarpus cultratus,
Luehea divaricata, Machaerium paraguariense, Machaerium stipitatum, Matayba elaeagnoides, Myrocarpus
frondosus, Myrsine umbellata, Nectandra lanceolata, Nectandra megapotamica, Ocotea diospyrifolia, Ocotea
puberula, Parapiptadenia rigida, Phytolacca dioica, Picrasma crenata, Pilocarpus pennatifolius, Prunus
myrtifolia, Randia ferox, Roupala montana, Sapium glandulosum, Sebastiania commersoniana, Solanum
bullatum, Solanum mauritianum, Solanum sanctaecatharinae, Strychnos brasiliensis, Styrax leprosus, Syagrus
romanzoffiana, Trichilia clausseni, Vitex megapotamica, Zanthoxylum fagara, Zanthoxylum rhoifolium.
Exclusivas OA
Campomanesia guaviroba, Chrysophyllum inornatum, Coccoloba argentinensis, Cordiera concolor, Coussapoa microcarpa, Eugenia subterminalis, Eugenia uruguayensis, Gleditsia amorphoides, Hybanthus bigibbosus, Machaerium nyctitans, Miconia cinerascens, Myrceugenia myrcioides, Myrcia hebepetala, Myrsine
loefgrenii, Piptadenia gonoacantha, Schaefferia argentinensis, Vernonanthura discolor
Exclusivas OM
Allophylus petiolulatus, Aloysia virgate, Aralia warmingiana, Baccharis dracunculifolia, Chionanthus trichotomus, Cryptocarya mandioccana, Diospyros inconstans, Endlicheria paniculata, Esenbeckia grandiflora, Eugenia brasiliensis, Eugenia burkartiana, Handroanthus heptaphyllus, Heliocarpus popayanensis, Jacaranda
micranta, Jacaratia spinosa, Leptolobium elegans, Machaerium hirtum, Maclura tinctoria, Manihot grahamii, Plinia rivularis, Siphoneugena reitzii, Tetrorchidium rubrivenium, Varronia polycephala
Exclusivas LA
Allophylus guaraniticus , Bunchosia marítima, Cereus sp., Maytenus aquifolia, Myrcia oblongata, Myrcia
splendens, Myrcianthes gigantea, Ocotea laxa, Quillaja brasiliensis, Seguieria langsdorffii, Senegalia recurva
Exclusivas LM
Aegiphila brachiata, Baccharis semiserrata, Calyptranthes grandifolia, Dasyphyllum spinescens, Dicksonia
sellowiana, Ficus gomelleira, Myrcia pubipetala, Myrsine guianensis, Raulinoreitzia sp., Solanum compressum, Solanum pseudoquina, Symplocos uniflora
221
222
0,63
5,47
Erythrina falcata
Eugenia rostrifolia
14,48
19,41
12,68
11,82
7,64
15,87
12,78
15,00
11,91
10,45
13,84
10,11
10,5
11,09
12,11
9,72
11,00
13,03
10,56
15,72
10,41
-
10,78
7,70
Ht
0,65
1,26
3,31
0,50
3,05
7,89
15,53
4,71
14,00
9,67
9,80
14,13
39,85
4,32
14,00
4,32
2,03
3,69
17,18
4,20
1,52
7,13
4,20
0,76
4,96
1,52
12,47
16,29
4,83
0,38
Holocalyx balansae
Ilex paraguariensis
Inga marginata
Lonchocarpus campestris
Luehea divaricata
Machaerium paraguariense
Machaerium stipitatum
Matayba elaeagnoides
Myrocarpus frondosus
Nectandra lanceolata
Nectandra megapotamica
Ocotea diospyrifolia
Ocotea puberula
Parapiptadenia rigida
223
Phytolacca dioica
Picrasma crenata
Pilocarpus pennatifolius
Prunus myrtifolia
Ruprechtia laxiflora
Sebastiania brasiliensis
Sebastiania commersoniana
Solanum mauritianum
Sorocea bonplandii
Styrax leprosus
Syagrus romanzoffiana
Trichilia clausseni
Urera baccifera
Zanthoxylum fagara
0,02
0,08
0,37
0,41
0,10
0,13
0,01
0,19
0,13
0,16
0,29
0,24
0,10
0,49
0,95
3,04
1,91
0,70
0,37
0,59
0,27
1,99
0,42
0,04
0,00
0,40
0,35
1,14
Ficus luschnathiana
0,24
3,18
DoA
12,67
5,34
8,89
11,10
11,75
9,17
10,33
10,63
9,48
12,71
10,45
9,16
10,26
11,35
15,65
16,00
14,12
13,50
15,52
13,57
11,7
11,11
12,96
12,82
12,37
8,44
7,53
11,83
12,56
11,74
Ht
Oeste Aavançado
0,52
0,15
0,69
0,44
0,01
0,10
0,69
0,00
0,91
0,39
0,59
0,37
0,04
0,20
0,58
0,01
0,05
0,30
0,10
0,62
0,15
-
0,24
0,08
DoA
Eugenia uniflora
DA
7,51
Diatenopteryx sorbifolia
1,91
Cordia trichotoma
0,76
3,56
Cordia americana
15,66
0,12
Cinnamodendron dinisii
Cordyline spectabilis
12,47
Chrysophyllum marginatum
Cupania vernalis
9,80
Chrysophyllum gonocarpum
6,62
Cabralea canjerana
9,04
1,01
Bauhinia forficata
Cedrela fissilis
1,40
Banara tomentosa
13,36
7,38
Balfourodendron riedelianum
Casearia sylvestris
2,92
Ateleia glazioveana
1,65
4,45
Apuleia leiocarpa
Casearia decandra
3,82
Annona sylvatica
4,45
-
Aloysia virgata
Campomanesia xanthocarpa
6,23
6,87
Actinostemon concolor
Allophylus edulis
DA
Oeste Aavançado
27,38
14,22
15,97
19,90
27,14
15,72
17,24
21,07
15,02
31,88
24,91
13,04
17,84
45,27
45,72
30,91
40,76
27,82
36,9
26,43
20,27
20,81
24,02
31,27
23,75
13,78
13,53
35,22
45,58
28,1
DAP
31,29
53,24
28,96
17,59
12,84
23,92
41,49
12,41
25,6
21,22
25,95
17,26
17,68
22,71
28,03
14,68
21,04
20,64
20,31
37,09
20,68
-
19,29
12,36
DAP
0,58
3,17
6,43
17,21
2,42
2,00
3,25
1,42
2,17
1,42
3,92
2,59
0,66
3,09
5,09
26,15
1,17
19,46
18,29
6,43
3,50
17,21
6,43
18,54
4,76
3,59
1,08
2,17
2,42
1,17
DA
0,75
1,75
2,50
11,69
0,66
4,51
4,26
-
4,17
5,76
11,53
15,95
0,58
2,59
8,85
1,17
1,75
5,09
0,50
3,25
4,09
11,44
3,76
0,83
DA
0,01
0,07
0,14
0,51
0,06
0,03
0,09
0,04
0,05
0,04
0,22
0,03
0,01
0,28
0,36
1,45
0,10
1,17
1,04
0,15
0,12
0,42
0,18
0,82
0,20
0,07
0,04
0,17
0,09
0,02
DoA
8,57
4,76
8,24
9,3
8,14
8,07
8,76
7,65
7,18
8,94
10,09
7,82
9,26
9,82
11,11
11,39
11,93
11,22
10,89
8,74
8,66
9,07
9,68
8,83
10,88
7,83
6,3
11,58
8,18
8,36
Ht
Oeste Médio
11,44
11,8
0,19
0,04
10,13
9,59
6,72
10,66
10,30
-
9,84
8,68
9,59
8,25
9,29
9,00
8,94
8,71
7,71
11,11
9,50
12,64
7,74
5,6
8,38
6,60
Ht
0,17
0,25
0,01
0,11
0,37
-
0,19
0,22
0,40
0,35
0,01
0,07
0,33
0,01
0,04
0,15
0,03
0,33
0,08
0,17
0,11
0,01
DoA
Oeste Médio
16,64
16,1
16,02
19,03
17,28
13,31
18,19
17,95
15,97
17,36
24,25
13,2
15,84
30,53
24,25
24,01
29,73
24,74
23,97
16,06
18,4
16,47
17,45
21,28
20,96
15,76
19,49
27,45
20,13
15,09
DAP
26,21
31,11
23,97
15,7
14,12
17,08
26,62
-
21,57
20,18
18,71
15,88
17,51
17
19,27
12,62
18,05
17,99
23,98
30,02
15,3
13,39
17,95
12,70
DAP
3,74
-
5,62
6,24
5,30
0,15
-
0,07
0,24
0,18
0,00
0,00
0,62
0,10
0,81
0,87
0,10
0,08
0,29
1,08
2,53
0,20
2,80
1,14
0,20
0,61
0,55
0,29
2,49
0,12
-
-
-
-
0,19
DoA
0,36
0,31
-
8,50
8,85
9,68
6,00
12,00
10,79
10,96
10,35
7,19
11,58
7,29
10,57
12,65
9,33
-
8,63
10,86
15,97
10
8,30
-
9,39
5,80
Ht
12,00
-
6,28
11,19
9,36
4
8,5
8,34
6,82
12,66
11,05
6,41
10,00
12,18
11,58
13,29
11,5
11,61
12,92
10,00
8,34
10,2
9,21
10,89
9,28
-
-
-
-
8,89
Ht
Leste Avançado
-
0,02
0,28
1,13
0,01
0,04
0,28
0,28
0,34
0,06
0,21
0,09
0,07
0,25
0,04
-
0,07
0,08
0,14
0,01
0,19
-
0,32
0,01
DoA
10,93
5,30
4,99
15,30
7,80
2,49
3,43
13,42
50,28
3,12
55,27
17,17
4,68
30,60
21,86
13,42
43,09
4,99
-
-
-
-
2,81
DA
-
0,62
5,30
44,9
1,56
1,24
5,30
8,74
8,43
2,49
4,68
4,68
4,37
5,30
0,93
-
2,49
2,18
1,24
0,31
9,99
-
14,67
1,56
DA
Leste Avançado
21,62
-
12,76
21,85
19,69
9,87
11,14
18,35
14,82
35,93
24,64
12,58
19,91
30,22
28,26
22,93
27,14
22,96
26,94
20,01
15,22
17,14
16,35
23,77
16,15
-
-
-
-
26,90
DAP
-
21,01
22,92
16,73
11,27
18,78
23,69
19,21
20,51
17,49
21,96
15,07
14,36
22,58
22,94
-
18,9
20,92
37,05
21,96
14,88
-
16,02
11,65
DAP
2,61
0,40
3,01
7,83
0,20
-
1,80
2,00
-
-
5,02
1,00
0,40
3,01
7,83
80,57
1,20
39,10
31,94
4,21
7,83
12,25
5,22
60,07
9,64
1,00
3,61
-
0,80
-
DA
2,21
0,40
1,00
31,14
2,81
0,20
2,00
-
0,20
0,80
16,47
4,62
1,00
1,00
3,41
1,40
0,40
6,83
24,11
1,40
11,05
-
9,04
0,40
DA
DoA
0,06
0,00
0,09
0,30
0,00
-
0,06
0,02
-
-
0,11
0,01
0,00
0,23
0,26
3,70
0,01
1,61
1,40
0,13
0,17
0,22
0,09
2,06
0,22
0,01
0,07
-
0,12
-
10,64
12,00
5,80
6,97
4,25
6,50
8,24
-
10,00
7,50
11,17
8,68
9,30
10,20
11,06
8,86
12,27
10,58
10,33
7,1
7,83
-
8,67
12,50
Ht
5,79
7,00
9,73
8,91
8
-
7,53
5,44
-
-
9,00
8,50
5,00
10,69
8,87
12,34
10,00
11,66
11,75
10
8,64
8,79
7,91
9,24
10,31
11,2
9,33
-
9,30
-
Ht
Leste Médio
0,07
0,02
0,01
0,46
0,03
0,00
0,04
-
0,00
0,01
0,42
0,07
0,01
0,02
0,06
0,01
0,01
0,15
0,68
0,02
0,17
-
0,13
0,005
DoA
Leste Médio
16,03
11,30
18,53
21,44
13,37
-
19,79
11,52
-
-
15,68
11,71
15,44
27,71
18,61
22,37
11,94
21,03
21,97
17,22
15,83
14,74
14,66
19,15
15,69
14,47
15,52
-
35,34
-
DAP
19,24
25,79
14,39
13,44
12,62
10,82
16,43
-
16,55
14,17
17,13
13,46
12,22
17,70
15,26
11,28
20,4
15,96
16,89
15,38
13,87
-
13,36
12,26
DAP
Tabela 9.3. Descritores fitossociológicos para bacias do Leste e Oeste, com vegetação em estádio médio e avançado. DoA = dominância absoluta (m2.ha-1); DA = densidade absoluta
(ind.ha-1); Ht = altura total (m); DAP = Diâmetro na altura do peito (cm).
Table 9.3. Structural descriptors for western and eastern watersheds with vegetation at medium and advanced successional stages. DoA = absolut dominance (m2.ha-1); DA = absolute
density (ind.ha-1); Ht = total height (m); DAP = DBH (cm).
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Corlett, R.T. 1994. What is secondary forest? Journal of Tropical Ecology 6:1-31.
Quando avaliados em conjunto, os grupos de bacias do Leste e do Oeste não mostram diferenças
significativas no número de indivíduos, número de espécies, área basal e altura dominante (Tabela
2.8, Capítulo 2). Considerando, no entanto, os estádios sucessionais, percebe-se que há diferenças
significativas dos valores da área basal e do número de espécies entre os estádios, como esperado, mas
não entre os grupos de bacias (Tabela 9.4). As demais variáveis não mostram comportamento uniforme
em relação aos testes de igualdade.
Finegan, B. 1996. Pattern and process in neotropical secondary rain forests: the first 100 years
of sucession. Tree 11(3): 119-124.
Tabela 9.4. Síntese dos estádios sucessionais das bacias de Leste e do Oeste na Floresta Estacional Decidual em Santa
Catarina. Nsp = número de espécies; N = número de indivíduos totais amostrados; UA = Unidade Amostral; DA = densidade
absoluta; AB = área basal; Ht = altura total; DAP = diâmetro na altura do peito. Os grupos com letras diferentes diferem
estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey-Kramer (α = 0,01).
Table 9.4. Synthesis of successional stages in western (Oeste) and eastern (Leste) watersheds in Seasonal Deciduous Forest
in Santa Catarina. Nsp = species number; N = number of sampled trees; UA = Sample Plot; DA = tree density; AB = basal
area; Ht = total tree height; DAP = DBH. The areas with different characters differ at α = 0,01, by Tukey-Kramer test.
Guariguata, M.R.; Ostertag, R. 2001. Neotropical secondary forest succession: changes in
structural and functional characteristics. Forest Ecology and Management 148: 185-206.
Bacias/Estádio
Leste avançado
Oeste avançado
Leste médio
Oeste médio
N°
UA
9
21
14
34
Nsp
N
118
155
123
168
1.921
3.494
2.669
4.815
Nsp
por UA
44,1 a
43,4 a
31,6 b
36,5 a
DA
(ind.ha-1)
617,6 a
444,4 b, c
530,0 a, c
398,6 b
AB(m².
ha-1)
25,37 a
27,25 a
16,72 b
15,06 b
Ht
(m)
9,9 a, b
11,4 a
9, 8 a, b
9,3
b
DAP
(cm)
19,2
22,9
16,7
18,8
Groeneveld, J.; Alvesc, L.F.; Bernacci, L.C.; Catharino, E.L.M.; Knogge, C.; Metzger, J.P.;
Pütza, S.; Hutha, A. 2009. The impact of fragmentation and density regulation on forest succession in
the Atlantic rain forest. Ecological Modelling 220: 2450-2459.
IBGE. 1992. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro. IBGE.
Klein, R.M. 1963. Observações e considerações sobre a vegetação do Planalto Nordeste
catarinense. Sellowia 15: 39-56.
b
a
b
b
Pode-se afirmar que todos os remanescentes florestais estudados apresentaram alterações na
composição florística e na sua estrutura de tamanhos ocasionada pelas ações antrópicas diretas ou
indiretas; estas afetam o componente estrutural (as árvores) e o intersticial (as espécies da flora, fauna
e microrganismos vivendo entre aquelas). Cabe destacar que Apuleia leiocarpa não se encontra entre
as dez espécies mais importantes destas florestas, como ainda observou Klein (1972) na metade do
século passado. Isso deve-se ao intenso processo de exploração de que foi alvo, seguida de redução
drástica do tamanho e da conectividade dos remanescentes. Sua regeneração natural está presente em
pouquíssimos fragmentos, com apenas quatro indivíduos encontrados em duas Unidades Amostrais.
Referências
Brasil. 1993. Decreto nº 750, de 10 de fevereiro de 1993. Dispõe sobre o corte, a exploração e
a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica,
e dá outras providências. Diário Oficial da União de 11 de fevereiro de 1993.
Brasil. 2006. Lei 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da
vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Diário Oficial da União de 9 de
janeiro de 2007.
Klein, R.M. 1972. Árvores nativas da floresta subtropical do Alto Uruguai. Sellowia 24: 9-62.
Klein, R.M. 1980. Ecologia da flora e vegetação do vale do Itajaí (continuação). Sellowia 32:
165-373.
Liebsch, D.; Marques, M.C.M.; Goldenberg, R. 2008. How long does the Atlantic Rain Forest
take to recover after a disturbance? Changes in species composition and ecological features during
secondary succession. Biological Conservation 141: 1717-1725.
Magurran, A.E. 2004. Measuring biological diversity. Oxford. Blackwell Publishing.
Odum, E.P. 1988. Ecologia. Rio de Janeiro. Editora Guanabara.
SAS. 2004. JMP Statistics and Graphics Guide, Version 5, Release 5.1.2. Statistical Analysis
System, Cary. North Carolina.
Siminski A.; Fantini, A.C.; Guries, R.P.; Ruschel, A.R.; Reis, M.S. 2011. Secondary Forest
Succession in the Mata Atlantica, Brazil: Floristic and Phytosociological Trends. ISRN Ecology 2011:
1-19.
Tabarelli, M.; Villani, J.P.; Mantovani, W. 1993. Aspectos da sucessão secundária em floresta
atlântica no Parque Estadual da Serra do Mar, SP. Revista do Instituto Florestal 5(1): 99-112.
Ter Braak, C.J.F.; Smilauer, P. 2002. CANOCO reference manual and CanoDraw for
Windows user’s guide: software for canonical community ordination (version 4.5). Microcomputer
Power, Ithaca. New York.
Chokkalingam, U.; Jong, W. 2001. Secondary forest: a working definition and typology
International Forestry Review 3(1): 19-26.
Clark, D.B. 1996. Abolishing virginity. Journal of Tropical Ecoloy 12: 435-43
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). 1994. Resolução CONAMA 04/94,
de 4 de maio de 1994. Diário Oficial da União de 17 de junho de 1994, nº 114.
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). 1994. Resolução CONAMA 04/94,
de 4 de maio de 1994. Diário Oficial da União de 17 de junho de 1994, nº 114.
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). 2007. Resolução CONAMA
388/2007, de 23 de fevereiro de 2007. Diário Oficial da União de 26 de fevereiro de 2007, nº 38.
224
225
Capítulo
10
Floresta Estacional Decidual
Considerações finais sobre a Floresta Estacional Decidual
em Santa Catarina1
Final considerations about Seasonal Deciduous Florests in Santa Catarina
Alexander Christian Vibrans, Lucia Sevegnani,
André Luís de Gasper
Os dados apresentados neste volume mostram que os remanescentes da Floresta Estacional
Decidual cobrem aproximadamente 1.231 km2, equivalentes a apenas 16,1% de sua extensão original
de acordo com o mapa fitogeográfico de Klein (1978). Mostram também que os remanescentes são
menores e mais fragmentados do que nas demais regiões fitoecológicas de Santa Catarina, uma vez
que 89,8% de todos os fragmentos florestais possuem área de até 50 hectares e a soma das áreas destes
pequenos fragmentos representa 52% de toda a cobertura florestal na Floresta Estacional Decidual.
A amostragem destes remanescentes realizada pelo IFFSC foi adequada para retratar o estado
atual da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, seja do ponto de vista de sua diversidade
como de seus aspectos quantitativos e de sua estrutura. Também é possível afirmar que se dispõe de
dados representativos para a situação de cada um dos 78 fragmentos amostrados.
Ao todo, foram registradas 477 espécies vasculares. Esse conjunto representa 104 famílias e
303 gêneros. No componente arbóreo/arbustivo e regeneração natural foram amostradas 236 espécies,
sendo 207 com diâmetro na altura do peito DAP ≥ 10 cm – componente arbóreo/arbustivo e, 162 com
diâmetro na altura do peito DAP ≤ 10 cm e altura ≥ 1,50m – regeneração natural. Dessas, 56% são
comuns a ambas as sinúsias, sendo exclusivas da arbórea 74 espécies e da regeneração 29. A coleta de
material fértil no entorno e na Unidade Amostral – florístico extra - registrou 331 angiospermas, 58
pteridófitas, além de uma gimnosperma (Araucaria angustifolia). Das 389 espécies, 194 são árvores
ou arbustos, 137 ervas terrícolas, 34 epífitos e 43 lianescentes. Entre as ameaçadas de extinção foram
registradas Dicksonia sellowiana, Ocotea odorifera e Araucaria angustifolia. Este elevado número de
espécies (predominantemente florestais) corresponde a 61,8% das listadas por Stehmann et al. (2009)
para toda a Floresta Estacional Decidual do bioma Mata Atlântica no Brasil, destacando Santa Catarina
como um estado bem amostrado em relação à sua biodiversidade nesta região fitoecológica. Apesar
do grande esforço amostral empreendido pelo IFFSC, quando comparado com outros trabalhos até
então realizados, não foi possível registrar 36 espécies arbóreas citadas para a Floresta Estacional
Decidual em Santa Catarina. Desconsiderando que algumas podem não ter sido encontradas por conta
do critério de inclusão, este número mostra a fragilidade destas espécies, por ocorrerem com uma forma
de raridade ou restrição populacional que não permitiram o seu registro.
Apesar da grande riqueza geral registrada, o baixo número de espécies por fragmento é alarmante:
foram encontradas, em média, apenas 38 espécies no componente arbóreo/arbustivo (variando de 14 a
60) e 15 espécies no estrato da regeneração natural e do sub-bosque (variando de 4 a 32 espécies). As
florestas remanescentes são compostas em média por 460 árvores com DAP > 10 cm por hectare, com
diâmetro (DAP) de 19,6 cm, altura de 10,0 metros e fustes de 5,0 m de comprimento. Por hectare, a área
basal destes fragmentos soma 19,8 m².ha-1, enquanto o volume dos fustes com casca soma 84,0 m³.ha-1
e o peso seco total das árvores (incluídos as árvores mortas em pé) 140,2 Mg.ha-1, com um estoque total
de carbono de 70,1 Mg.ha-1.
Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de. Considerações finais sobre a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans,
A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). 2012. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta
Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb.
1
229
10 | Considerações finais sobre a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
A busca por agrupamentos florísticos e estruturais dos remanescentes resultou na segregação de
dois grupos: 1) um grupo das bacias hidrográficas dos rios Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas e PeperiGuaçu, localizadas no lado Oeste e configurando uma área núcleo da Floresta Estacional Decidual. Esta
área é caracterizada pela presença de Apuleia leiocarpa, Rauvolfia sellowii, Bastardiopsis densiflora,
Chrysophyllum gonocarpum, Cordia trichotoma, Holocalyx balansae, Myrocarpus frondosus e Pisonia
ambigua, espécies frequentes em florestas estacionais do interior meridional do Brasil; 2) o grupo das
bacias do rio Canoas, Pelotas e do Peixe, localizadas mais ao Leste e em altitudes de aproximadamente
600 m s.n.m., possui forte presença de espécies comumente associadas à Floresta Ombrófila Mista, como
Ocotea pulchella, Zanthoxylum fagara, Lithrea brasiliensis, Matayba elaeagnoides, Cinnamodendron
dinisii, constituindo uma zona de ecótono com a mesma.
As dez espécies com maior valor de importância foram Ocotea puberula, Nectandra
megapotamica, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum,
Syagrus romanzoffiana, Cedrela fissilis, Parapiptadenia rigida e Casearia sylvestris. Estas espécies
são generalistas em termos de exigências de sítio, todas com caráter pioneiro ou secundário inicial,
beneficiadas pela abertura de clareiras e comuns nas bordas de florestas. Portanto, fragmentos
com pequena área, explorados e com estradas em seu interior apresentam condições ideais para o
desenvolvimento destas espécies. São apenas estas espécies generalistas que mostram uma distribuição
diamétrica regular e decrescente, enquanto as demais, principalmente as mais exigentes em termos de
qualidade do ambiente, mostram baixíssimas frequências e estruturas deficitárias nas classes inferiores
(das árvores jovens) ou das classes das árvores adultas, com diâmetros maiores. Esta constatação
corrobora o cenário crítico em que se encontram estas florestas.
Para classificar o estado de desenvolvimento dos remanescentes amostrados foi desenvolvido
um processo analítico como alternativa ao uso dos critérios quantitativos da Resolução 04/1994 do
CONAMA. Nenhuma floresta madura (“primária”) foi amostrada, todos os 78 fragmentos analisados
encontram-se em sucessão secundária, 48 em estádio médio e 30 em estádio avançado de regeneração;
muitas vezes, remanescentes encontram-se isoladas por extensas áreas agrícolas ou pastoris; além
disso, fatores degradadores como pastoreio, exploração seletiva ou corte raso dentro da floresta foram
constatados frequentemente, impactando certamente muito mais profundamente do que é possível
avaliar no momento.
Os fatores principais de degradação ambiental constatados no interior dos remanescentes no
Oeste de Santa Catarina, foram: o corte seletivo atual ou histórico de espécies arbóreas, em 60% dos
fragmentos, o pastejo pelo gado em 36%, a presença de estradas (41%), a roçada do sub-bosque (12%)
e a presença de espécies exóticas, principalmente de Hovenia dulcis, em 43%. Na maior parte dos
fragmentos ocorre a combinação de dois ou mais fatores de alteração. A sinergia dos fatores degradadores
afeta a estrutura de tamanhos dos indivíduos que compõem o fragmento, causa redução no número de
espécies e provoca abertura e até mesmo a eliminação do dossel; causa exclusão e redução das espécies
exclusivas de sub-bosque (sinúsias dos micro e nanofanerófitos - arbustos), dos caméfitos (ervas),
favorecendo lianas (cipós e trepadeiras) e espécies invasoras ou as anteriormente citadas especialistas
em áreas degradadas. A roçada do sub-bosque e o pastejo subtraem indivíduos jovens, diminuindo
assim o número de sinúsias presentes no remanescente florestal. Em muitos casos constata-se ‘sucessão
secundária regressiva’, descrita por Richards (1996), isto é, um permanente processo de degradação e
empobrecimento da vegetação, resultante da ação constante de fatores de degradação, que impedem que
a vegetação avance e passe para estádios de sucessão mais complexos; ao invés disto, ela permanece no
seu estado degradado ou até regride para estádios cada vez mais simplificados e degradados.
A ação do gado sobre a floresta, presente em 36,3% dos fragmentos estudados, é extremamente
danosa, sendo relatada como um fator de alto impacto por Sampaio e Guarino (2007) na bacia do rio
Pelotas, em Santa Catarina. No Oeste, assim como no Planalto Catarinense, é hábito dos pecuaristas
ampliarem as áreas de pastagens através da roçada do sub-bosque das florestas, as quais, no inverno,
servem como abrigo para o gado, denominado popularmente de ‘invernada’. A busca de abrigo sob
230
a floresta evidencia também a falta de conjuntos de árvores permeando as pastagens e que possam
amenizar o calor e a radiação durante o dia e o frio e os ventos durante a noite.
Somam-se a estas perturbações os fatores externos aos remanescentes que têm modificado as
condições e os recursos na borda e no interior dos fragmentos, que são: a agricultura (no entorno de
66% dos remanescentes), a pecuária (47%), as plantações florestais, principalmente dos gêneros Pinus e
Eucalyptus (32%), além de outros usos como mineração e obras de infraestrutura (rodovias e ferrovias)
e ações impactantes (queimada, caça, desmate e conversão de uso em andamento). Enquanto isso, em
apenas 25% dos casos, existe na proximidade outro remanescente florestal, embora de tamanho e estado
de conservação variável. O uso intensivo de agrotóxicos e de fertilizantes na agricultura circundante
dos pequenos fragmentos florestais deve modificar ou destruir as teias de interações, comprometendo
os fluxos de matéria e energia nos ecossistemas naturais.
Estes fatores de degradação são similares aos que ocorrem na Floresta Ombrófila Mista no
planalto de Santa Catarina (Vibrans et al. 2011), no entanto, certamente impactam a Floresta Estacional
Decidual potencializados pelo reduzido tamanho e pela maior fragmentação dos remanescentes.
Entre as espécies exóticas, destaca-se Hovenia dulcis (uva-do-japão) que foi encontrada com
337 indivíduos com DAP >10 cm em 34 das 79 Unidades Amostrais (43%), mas apenas em 4 Unidades
Amostrais na regeneração, num total de 10 indivíduos regenerantes. A espécie compõe a fisionomia
da vegetação e provoca aumento da área basal dos remanescentes. Ela, no entanto, é espécie invasora,
contaminante biológica e tem forte interação com a fauna autóctone fornecendo néctar e pólen aos
insetos polinizadores e pseudofrutos apreciados pelos animais, o que favorece a sua dispersão. Além
desta, foram encontradas apenas as espécies exóticas Persea americana (presente em duas Unidades
Amostrais) e Morus nigra (em uma Unidade Amostral), Tipuana tipu (em uma Unidade Amostral),
além das espécies herbáceas Cirsium vulgare, Elephantopus mollis, Leonurus japonicus, Lilium regale,
Pennisetum latifolium, Torilis arvensis, entre outras.
A restrição do tamanho populacional de Apuleia leiocarpa, Cordia trichotoma, Parapiptadenia
rigida, Balfourodendron riedelianum e Diatenopteryx sorbifolia, entre outras, demonstra de modo
contundente o estado degradado da vegetação e a ameaça às espécies. O corte seletivo efetuado pelos
proprietários rurais exige, além de maior rigor na fiscalização, também e de forma urgente, políticas
públicas de incentivo aos proprietários que ainda possuem em suas propriedades remanescentes florestais
biodiversos. Áreas contendo espécies ameaçadas ou características desta região fitoecológica devem
ser mantidas para continuar fornecendo os serviços ecossistêmicos, bem como, servir de reserva de
germoplasma para a realização de medidas de recuperação e restauração dos remanescentes degradados.
Referências
CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). 1994. Resolução CONAMA 04/94,
de 4 de maio de 1994. Diário Oficial da União de 17 de junho de 1994, nº 114.
Klein, R.M. 1978. Mapa fitogeográfico de Santa Catarina. In: Reitz, R. Flora Ilustrada
Catarinense. Itajaí. Herbário Barbosa Rodrigues.
Press.
Richards, P.W. 1996. The tropical rain forest: an ecological study. Cambridge University
Sampaio, M.B.; Guarino, E.S.G. 2007. Efeitos do pastoreio de bovinos na estrutura populacional
de planta em fragmento de Floresta Ombrófila Mista. Revista Árvore 31(6): 1035-1046.
231
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Stehmann, J.R.; Forzza, R.C.; Salino, A.; Sobral, M.; Costa, D.P.; Kamino, L.H.Y. 2009. Plantas
da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Uhlmann, A.; Schorn, L.A.; Sobral, M.; Gasper, A.L. de; Lingner,
D.V.; Brogni, E.; Klemz, G.; Godoy, M.B.; Verdi, M. 2011. Structure of mixed ombrophyllous forests
with Araucaria angustifolia (Araucariaceae) under external stress in Southern Brazil. Revista de
Biologia Tropical 59(3): 1371-1387.
232
Apêndice
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual
I
Floresta Estacional Decidual
Nome científico/ Família
Apêndice I. Lista das espécies coletadas no Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, na Floresta Estacional
Decidual. A = coletada no componente arbóreo/arbustivo; B = coletada na regeneração natural; H = coletada no componente
florístico. Bacias hidrográficas: 1 = rio Canoas; 2 = rio Chapecó; 3 = rio das Antas; 4 = rio do Peixe; 5 = rio Irani; 6 = rio
Jacutinga; 7 = rio Pelotas; 8 = rio Peperi-Guaçu.
Apendix I. List of species collected on Floristic and Forest Inventory of Santa Catarina State on Seasonal Deciduous
Forest. A = collected on tree/shrub component; R = collected on natural regeneration; H = collected on floristic component.
Watershed s: 1 = rio Canoas; 2 = rio Chapecó; 3 = rio das Antas; 4 = rio do Peixe; 5 = rio Irani; 6 = rio Jacutinga; 7 = rio
Pelotas; 8 = rio Peperi-Guaçu.
A
R
H
Bacia
Anemiaceae
Anemia phyllitidis (L.) Sw.
x
1/4
Anemia raddiana Link
x
5/8
Anemia tomentosa (Savigny) Sw.
x
4/5
Asplenium brasiliense Sw.
x
3
Asplenium claussenii Hieron.
x
3
Asplenium gastonis Fée
x
3/5/6/8
Asplenium inaequilaterale Willd.
x
3/4/6
Blechnum australe (Cav.) de la Sota subsp. auriculatum
x
3/4/5
Blechnum austrobrasilianum de la Sota
x
3/4/5/6
Blechnum binervatum (Poir.) C.V.Morton & Lellinger subsp. acutum
x
2
Blechnum brasiliense Desv.
x
2
Blechnum occidentale L.
x
2
x
5
Aspleniaceae
Blechnaceae
Cyatheaceae
Alsophila setosa Kaulf.
x
Cyathea corcovadensis (Raddi) Domin
x
2/3/4
Dennstaedtiaceae
Dennstaedtia dissecta (Sw.) T.Moore
x
2/3/4
Dennstaedtia globulifera (Poir.) Hieron.
x
2/3/4/6
x
2/3/4/6/8
Dicksoniaceae
Dicksonia sellowiana Hook.
x
236
R
H
Bacia
Ctenitis falciculata (Raddi) Ching
x
2/3
Ctenitis pedicellata (H.Christ.) Copel.
x
2/3
Ctenitis submarginalis (Langsd. & Fisch.) Ching
x
2/3/5/6/8
Didymochlaena truncatula (Sw.) J.Sm.
x
2/3/4/5/6/8
Lastreopsis effusa (Sw.) Tindale
x
1/2//4/6
Megalastrum connexum (Kaulf.) A.R.Sm. & R.C.Moran
x
1/2/3/4/6
Megalastrum oreocharis (Sehnem) Salino & Ponce
x
1/2/3/4/6
x
6
x
1/2/3/4/5/6/8
x
2
Campyloneurum acrocarpon Fée
x
2
Campyloneurum minus Fée
x
2
Campyloneurum nitidum (Kaulf.) C.Presl
x
2
Campyloneurum rigidum Sm.
x
2//4/6
Microgramma squamulosa (Kaulf.) de la Sota
x
1/2/3/4/6/7/8
Niphidium crassifolium (L.) Lellinger
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Pecluma robusta (Fée) M.Kessler & A.R.Sm.
x
1/4/6
Pecluma sicca (Lindm.) M.G.Price
x
1/4/5/6
Pecluma singeri (de la Sota) M.G.Price
x
1/5/6
Pleopeltis hirsutissima (Raddi) de la Sota
x
4/6
Pleopeltis minima (Bory) J.Prado & R.Y.Hirai
x
4/6
Pleopeltis pleopeltifolia (Raddi) Alston
x
5/6
Adiantopsis chlorophylla (Sw.) Fée
x
4
Adiantopsis perfasciculata Sehnem
x
4
Adiantum pseudotinctum Hieron.
x
4
Dryopteridaceae
Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual
Nome científico/ Família
A
Hymenophyllaceae
Vandenboschia radicans (Sw.) Copel.
Lomariopsidaceae
Nephrolepis pectinata (Willd.) Schott
Ophioglossaceae
Botrychium virginianum (L.) Sw.
Polypodiaceae
Pteridaceae
237
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice
I : Lista
Nome
científico/ Família
Florística geral da Floresta Estacional
A R H Decidual
Bacia
Adiantum raddianum C.Presl
Apêndice
II: Estimativas
Anogramma
chaerophylla
(Desv.) Link
Doryopteris collina (Raddi) J.Sm.
x
4
das variáveis dendrométricas por
espécie e 3
x
por hectare
x
2/3/8
Doryopteris concolor (Langsd. & Fisch.) Kuhn
x
2/5/6
Apêndice III: Variáveis fitossociológicas das espécies da Floresta
Estax
2/6
cional Decidual
Doryopteris majestosa Yesilyurt
Doryopteris pentagona Pic.Serm.
x
2/6/8
Hemionitis tomentosa (Lam.) Raddi.
x
8
Apêndice IV: Distribuição diamétrica por espécie da Floresta EstacioPteris deflexa Link
x
6
nal Decidual
Nome científico/ Família
H
Bacia
Chamissoa acuminata Mart.
x
1/
Chamissoa altissima (Jacq.) Kunth
x
2/3/6/8
Iresine diffusa Humb. & Bonpl. ex Willd.
x
2/3/6/8
x
3
Hippeastrum reticulatum Herb.
Anacardiaceae
Lithrea brasiliensis Marchand
6
Schinus terebinthifolius Raddi
Pteris lechleri Mett.
x
6
Annonaceae
x
1/4/7
x
4
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7
Annona emarginata (Schltdl.) H.Rainer
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Annona sylvatica A.St.-Hil.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
x
4
x
2/3/4/5/6
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Fischeria stellata (Vell.) E.Fourn.
x
3
Oxypetalum pannosum Decne.
x
1/6
x
2/3/5/6
x
8
x
x
2/4/5/8
Ilex brevicuspis Reissek
x
x
1/2/3/6
Ilex microdonta Reissek
x
x
Ilex paraguariensis A.St.-Hil.
x
x
Ilex theezans Mart. ex Reissek
x
Thelypteris hispidula (Decne.) C.F.Reed
x
6
Apiaceae
Thelypteris scabra (C.Presl) Lellinger
x
6
Daucus pusillus Michx.
Woodsiaceae
x
Schinus lentiscifolius Marchand
x
Thelypteridaceae
R
Amaryllidaceae
Pteris denticulata Sw. var. denticulata
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta
Pteris splendens Kaulf.
x
6
Estacional Decidual
A
Apocynaceae
Diplazium cristatum (Desr.) Alston
x
2/3/4/58
Diplazium herbaceum Fée
x
2/3/6
Araucariaceae
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
x
x
x
2/4/6/7
Asclepias curassavica L.
Aspidosperma australe Müll.Arg.
x
Rauvolfia sellowii Müll.Arg.
Acanthaceae
Justicia brasiliana Roth
x
Justicia carnea Lindl.
Ruellia angustiflora (Nees) Lindau ex Rambo
x
1/2/3/4/5/6/8
x
2/4
x
3
Achatocarpaceae
Achatocarpus praecox Griseb.
x
x
x
3/8
Adoxaceae
Sambucus australis Cham. & Schltdl.
x
x
2/3/5/6/8
Alstroemeriaceae
x
x
x
Schubertia sp.
Tabernaemontana catharinensis A.DC.
Aquifoliaceae
2/3/5/6
x
2/3/4/6
x
1/2
Philodendron bipinnatifidum Schott
x
3
Spathicarpa hastifolia Hook.
x
6
Araceae
Bomarea edulis (Tussac.) Herb.
x
3/4/6
Amaranthaceae
Alternanthera micrantha R.E.Fr.
x
238
3/8
Araliaceae
239
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Nome científico/ Família
A
Aralia warmingiana (Marchal) J.Wen
x
R
Hydrocotyle quinqueloba Ruiz & Pav.
Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al.
x
x
H
Bacia
x
3
x
3
x
2/3/4/5/8
Arecaceae
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman
x
Trithrinax brasiliensis Mart.
x
1/2/3/4/5/6/8
x
4
Nome científico/ Família
A
H
Bacia
Pterocaulon alopecuroides (Lam.) DC.
x
2/6
Pterocaulon polystachyum DC.
x
6
Raulinoreitzia crenulata (Spreng.) R.M.King & H.Rob.
x
1
Senecio brasiliensis (Spreng.) Less.
x
4
Smallanthus connatus (Spreng.) H.Rob.
x
1
Solidago chilensis Meyen
x
1/2/3
Trixis praestans (Vell.) Cabrera
Aristolochiaceae
Aristolochia triangularis Cham. & Schltdl.
x
4/8
Asparagaceae
Cordyline spectabilis Kunth & Bouché
x
x
x
1/2/3/4/5/6
x
Achyrocline satureioides (Lam.) DC.
Austroeupatorium inulifolium (Kunth) R.M.King & H.Rob.
x
6
x
1/2/4
x
1
x
x
1/4/6
x
x
4/5
x
Baccharis anomala DC.
Baccharis dracunculifolia DC.
x
Baccharis punctulata DC.
Baccharis semiserrata DC.
x
4
Urolepis hecatantha (DC.) R.M.King & H.Rob.
x
5
Verbesina sordescens DC.
x
1
Vernonanthura chamaedrys (Less.) H.Rob.
x
1
Vernonanthura discolor (Spreng.) H.Rob.
Asteraceae
R
x
5
Vernonanthura montevidensis (Spreng.) H.Rob.
x
1
Vernonanthura tweedieana (Baker) H.Rob.
x
2/3
x
2/3/8
x
4
Basellaceae
Anredera cordifolia (Ten.) Steenis
Begoniaceae
1
Begonia descoleana L.B.Sm. & B.G.Schub.
Bignoniaceae
Campuloclinium macrocephalum (Less.) DC.
x
1
Chromolaena laevigata (Lam.) R.M.King & H.Rob.
x
1/4
Adenocalymma marginatum (Cham.) DC.
x
2/3/8
Chromolaena odorata (L.) R.M.King & H.Rob.
x
2/4
Amphilophium crucigerum (L.) L.G.Lohmann
x
1/3
Chromolaena pedunculosa (Hook. & Arn.) R.M.King & H.Rob.
x
3/4/5
Fridericia sp.
x
2/3/5/8
Chrysolaena platensis (Spreng.) H.Rob.
x
3
x
1/4/7
Dasyphyllum spinescens (Less.) Cabrera
x
Dasyphyllum tomentosum (Spreng.) Cabrera
x
x
3/4
Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos
x
x
3
Jacaranda micrantha Cham.
x
x
3/8
Jacaranda puberula Cham.
x
x
1/2/3/4/5/6
x
2/4
Erechtites hieraciifolia (L.) Raf. ex DC.
x
4
Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera
x
1
Boraginaceae
Jungia floribunda Less.
x
5/6/8
Kaunia rufescens (P.W.Lund ex DC.) R.M.King & H.Rob.
x
2/5
Mikania micrantha Kunth
x
x
Neocabreria malachophylla (Klatt) R.M.King & H.Rob.
Piptocarpha angustifolia Dusén
x
x
240
x
Cordia americana (L.) Gottschling & J.S.Mill.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Cordia ecalyculata Vell.
x
x
x
2/3/5/6/8
2
Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
4
Heliotropium transalpinum Vell.
x
3/4/6/8
Tournefortia paniculata Cham.
x
2/4/6
1/4/5
241
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Nome científico/ Família
A
Varronia polycephala Lam.
x
R
H
Bacia
x
2/5
Bromeliaceae
Nome científico/ Família
A
R
H
Bacia
Clethra scabra Pers.
x
x
x
1/4
x
1/2/3
Combretaceae
Aechmea calyculata (E.Morren) Baker
x
1
Combretum fruticosum (Loefl.) Stuntz
Aechmea recurvata (Klotzsch) L.B.Sm.
x
3
Commelinaceae
Tillandsia tenuifolia L.
x
6
Commelina villosa C.B.Clarke ex Chodat & Hassl.
x
6
Dichorisandra hexandra (Aubl.) Kuntze ex Hand.-Mazz
x
2/3/4/5/6/8
1
Tradescantia fluminensis Vell.
x
3
Tripogandra diuretica (Mart.) Handlos
x
2
Ipomoea indivisa (Vell.) Hallier f.
x
3
Ipomoea quamoclit L.
x
3
x
2
Cactaceae
Cereus sp.
x
Lepismium warmingianum (K.Schum.) Barthlott
x
4
Pereskia aculeata Mill.
x
2/3/6/8
Rhipsalis baccifera (J.S.Muell.) Stearn
x
4
Campanulaceae
Lobelia exaltata Pohl
x
5
Lobelia hassleri Zahlbr.
x
4/6
Siphocampylus verticillatus G.Don
x
5
Convolvulaceae
Cucurbitaceae
Melothria pendula L.
Cunoniaceae
Lamanonia ternata Vell.
Cannabaceae
x
1/4
Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Cyperaceae
Trema micrantha (L.) Blume
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Carex sellowiana Schltdl.
x
4
Cyperus andreanus Maury
x
4
Cyperus burkartii Guagl.
x
6
Cyperus hermaphroditus (Jacq.) Standl.
x
2/6
Cyperus incomtus Kunth
x
1/4/6/7/8
Cannaceae
Canna indica L.
x
3/6
Cannelaceae
Cinnamodendron dinisii Schwacke
x
x
1/6/7
Cardiopteridaceae
Dioscoreaceae
Citronella paniculata (Mart.) R.A.Howard
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Dioscorea multiflora Mart. ex Griseb.
3
Dioscorea piperifolia Humb. & Bonpl. ex Willd.
Caricaceae
Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC.
x
x
3/8
Vasconcellea quercifolia A.St.-Hil.
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Celastraceae
x
4
Ebenaceae
Diospyros inconstans Jacq.
x
3
x
1/2
Elaeocarpaceae
Maytenus aquifolia Mart.
x
Pristimera celastroides (Kunth) A.C.Sm.
Schaefferia argentinensis Speg.
x
x
1/4/5/6
Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth.
x
4
Erythroxylaceae
x
2
Erythroxylum deciduum A.St.-Hil.
x
Erythroxylum myrsinites Mart.
Clethraceae
242
243
x
x
1/2/3/4/6/8
x
4
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Nome científico/ Família
A
R
H
Bacia
Euphorbiaceae
Acalypha gracilis Spreng.
x
x
2/3/4/5/6/8
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Nome científico/ Família
A
R
H
Bacia
Inga subnuda Salzm. ex Benth.
x
x
Inga vera Wild.
x
x
Inga virescens Benth.
x
1/2/4/6/7
Leptolobium elegans Vogel
x
2
1/2/6/8
x
1/2/3/4/5/6/8
Actinostemon concolor (Spreng.) Müll.Arg.
x
Alchornea sidifolia Müll.Arg.
x
2/3
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg.
x
2/4/8
Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
x
3/5/6
Lonchocarpus cultratus (Vell.) A.M.G.Azevedo & H.C.Lima
x
x
x
4/6/7/8
Croton sp.
x
2
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl.
x
x
x
2/3/4
Euphorbia heterophylla L.
x
3/5/6
Lonchocarpus nitidus (Vogel) Benth.
x
x
Bernardia pulchella (Baill.) Müll.Arg.
x
3/4/6
Manihot grahamii Hook.
x
x
x
1/2/4/5/6/8
Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld
x
8
Sapium glandulosum (L.) Morong
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Machaerium nyctitans (Vell.) Benth.
x
6
Sebastiania brasiliensis Spreng.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Machaerium paraguariense Hassl.
x
x
Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B.Sm. & Downs
x
x
x
1/2/3/4/6/7/8
Machaerium stipitatum (DC.) Vogel
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Tetrorchidium rubrivenium Poepp.
x
Mimosa scabrella Benth.
x
x
x
1/4/6
Myrocarpus frondosus Allemão
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.
x
x
2/3/8
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr.
x
2/6
Tragia volubilis L.
x
6
Fabaceae
Albizia edwallii (Hoehne) Barneby & J.W.Grimes
x
x
Albizia niopoides (Spruce ex Benth.) Burkart
x
x
1/2/3/4/8
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr.
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Ateleia glazioveana Baill.
x
Bauhinia forficata Link
x
x
Calliandra brevipes Benth.
Calliandra foliolosa Benth.
x
Dahlstedtia pinnata (Benth.) Malme
Dalbergia frutescens (Vell.) Britton
x
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong
x
Erythrina crista-galli L.
x
Erythrina falcata Benth.
x
Gleditsia amorphoides (Griseb.) Taub.
x
Holocalyx balansae Micheli
x
Inga edulis Mart.
x
Inga marginata Willd.
x
244
x
1/2/3/4/5/6/7/8
x
1/2/4/5/8
x
1/2/3/4/5/6/7/8
x
6
x
2
Senegalia nitidifolia (Speg.) Seigler & Ebinger
Senegalia recurva (Benth.) Seigler & Ebinger
x
x
Senegalia tenuifolia (L.) Britton & Rose
Senegalia tucumanensis (Griseb.) Seigler & Ebinger
1/2/3/4/5/6/8
x
x
4/8
x
1/3/4/6
x
5
x
2/5/8
2/3/4/5/6/8
Senegalia velutina (DC.) Seigler & Ebinger
x
6
Senna occidentalis (L.) Link
x
3
x
x
1/3/4/5/6/8
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Vicia sp.
x
4
x
2/3/4/5/8
Vigna sp.
x
1/8
x
6
x
1/4/5
Ocimum carnosum (Spreng.) Link & Otto ex Benth.
x
1/4/5/8
Rhabdocaulon strictum (Benth.) Epling
x
1
4/6
x
x
1/3/4/5/6/8
2/3
x
2/3/8
1/2/3/4/5/6/8
x
x
2/3/4/5/6/8
Hypericaceae
Hypericum connatum Lam
Lamiaceae
Aegiphila brachiata Vell.
x
245
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Nome científico/ Família
A
R
Salvia sp.
Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke
x
x
H
Bacia
x
8
x
1/2/3/4/5/6/8
Lauraceae
Cinnamomum amoenum (Nees & Mart.) Kosterm.
x
x
Cryptocarya aschersoniana Mez
x
x
Cryptocarya mandioccana Meisn.
x
Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F.Macbr.
x
Nectandra grandiflora Nees
x
Nectandra lanceolata Nees
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb.
x
x
Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez
x
x
Ocotea laxa (Nees) Mez
x
x
4
Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer
x
x
2/4/5/6
Ocotea puberula (Rich.) Nees
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Ocotea pulchella (Nees & Mart.) Mez
x
x
x
2/3/4/6/7
1/8
x
4/5/6
6
x
x
x
x
R
H
Bacia
Pavonia communis A.St.-Hil.
x
7
Pavonia sepium A.St.-Hil.
x
1/2/5/8
Sida rhombifolia L.
x
2/4/5/6/8
x
6
Maranthaceae
Ctenanthe muelleri Petersen
Melastomataceae
Leandra australis (Cham.) Cogn.
x
6
6
Leandra regnellii (Triana) Cogn.
x
4/6
Leandra xanthocoma (Naudin) Cogn.
x
4
x
2/6
x
3
1/2/3/4/5/6/8
Loganiaceae
Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart.
A
2/5
4
x
Nome científico/ Família
1/2/3/4/5/6/7/8
Malpighiaceae
Miconia cinerascens Miq.
x
x
Miconia pusilliflora (DC.) Naudin
Meliaceae
Cabralea canjerana (Vell.) Mart.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Cedrela fissilis Vell.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Guarea macrophylla Vahl
x
x
x
2/3/5/6/8
Trichilia catigua A.Juss.
x
x
x
2/3/8
Trichilia claussenii C.DC.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Trichilia elegans A.Juss.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
x
x
x
2/3/4/5/6
Monimiaceae
Bunchosia maritima (Vell.) J.F.Macbr.
x
1
Hennecartia omphalandra J.Poiss.
Dicella nucifera Chodat
x
3
Moraceae
Heteropterys intermedia (A.Juss.) Griseb.
x
2/3
x
Malvaceae
Abutilon umbelliflorum A.St.-Hil.
Bastardiopsis densiflora (Hook. & Arn.) Hassl.
x
Byttneria australis A.St.-Hil.
Ficus adhatodifolia Schott
x
4/6
Ficus gomelleira Kunth
x
4
x
4
Ficus luschnathiana (Miq.) Miq.
x
x
3
Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud.
x
x
3/6
Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al.
x
x
x
x
2/3/8
Heliocarpus popayanensis Kunth
x
x
8
Acca sellowiana (O.Berg) Burret
x
3
Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O.Berg
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Calyptranthes grandifolia O.Berg
x
x
x
5
Calyptranthes tricona D.Legrand
x
x
Luehea divaricata Mart. & Zucc.
x
Malvastrum coromandelianum Garcke
246
x
2/3/4/5/6
x
2/3/5/8
x
Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna
Hibiscus sp.
x
2/3/4/5/6/8
Myrtaceae
x
247
4
4/5
4
x
2/3/4/5/6/8
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Nome científico/ Família
A
Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk.
x
Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O.Berg
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O.Berg
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Eugenia burkartiana (D.Legrand) D.Legrand
x
x
x
3/8
Onagraceae
Eugenia gracillima Kiaersk.
x
x
2/6
Oenothera sp.
Eugenia hiemalis Cambess.
R
H
Bacia
Nome científico/ Família
A
6
Pisonia ambigua Heimerl
x
R
H
Bacia
x
4/3/5/6/8
Oleaceae
Chionanthus trichotomus (Vell.) P.S.Green
x
8
2/3/4/6/8
Agonandra excelsa Griseb.
Orchidaceae
x
3
x
4
x
1/3
Opiliaceae
Eugenia involucrata DC.
x
x
Eugenia pyriformis Cambess.
x
x
x
1/2/3/5/6
Eugenia ramboi D.Legrand
x
x
x
2/3/4/5
Alatiglossum longipes (Lindl.) Baptista
x
6
Eugenia rostrifolia D.Legrand
x
x
2/3/4/5
Baptistonia riograndensis (Cogn.) Chiron & V.P.Castro
x
5
Eugenia subterminalis DC.
x
Corymborkis flava (Sw.) Kuntze
x
2/6
Eugenia uniflora L.
x
Galeandra beyrichii Rchb.f.
x
1
Eugenia uruguayensis Cambess.
x
Gomesa recurva R.Br.
x
2/3
Eugenia verticillata (Vell.) Angely
x
x
Govenia urticulata (Sw.) Lindl.
x
1/3/4
Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg
x
x
Grandiphyllum divaricatum (Lindl.) Docha Neto
x
1/6
Mesadenella cuspidata (Lindl.) Garay
x
1/3
x
4
Passiflora amethystina J.C.Mikan
x
1
6
x
1/2/3/4/5/6/8
5
Myrcia guianensis (Aubl.) DC.
x
4/6
x
Myrcia hebepetala DC.
x
Myrcia oblongata DC.
x
Myrcia palustris DC.
Myrcia pubipetala Miq.
x
Myrcia selloi (Spreng.) N.Silveira
4/5/6
1
2/5/6
x
x
1/7
x
x
1
Oxalidaceae
Oxalis cytisoides Mart. ex Zucc.
Passifloraceae
x
2/4
x
1
Passiflora caerulea L.
x
3
x
4
x
2/5/6
x
1/2/3/4/5/6/7/8
x
1/2/3/4/5/6/8
x
5
Myrcia splendens (Sw.) DC.
x
4
Passiflora capsularis L.
Myrcianthes gigantea (D.Legrand) D.Legrand
x
1
Phytolaccaceae
Myrcianthes pungens (O.Berg) D.Legrand
x
x
Myrciaria floribunda (H.West ex Willd.) O.Berg
x
x
Myrrhinium atropurpureum Schott
1/2/3/5/6
x
x
Plinia rivularis (Cambess.) Rotman
x
x
Plinia trunciflora (O.Berg) Kausel
x
x
Psidium australe Cambess.
x
x
Nyctaginaceae
Phytolacca americana L.
Phytolacca dioica L.
x
7
Seguieria aculeata Jacq.
x
3
Seguieria americana L.
4/6
1/3
x
Siphoneugena reitzii D.Legrand
x
Seguieria langsdorffii Moq.
1
Picramniaceae
6
Picramnia parvifolia Engl.
x
x
Piperaceae
248
x
249
4
x
1/4/6
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Nome científico/ Família
A
R
H
Bacia
Peperomia blanda (Jacq.) Kunth
x
2/3/8
Peperomia corcovadensis Gardner.
x
1/4/5/6
Peperomia delicatula Henschen
x
6
Coccoloba argentinensis Speg.
Peperomia pereskiifolia (Jacq.) Kunth
x
1
Polygonum punctatum Elliott
Peperomia tetraphylla (G.Forst.) Hook. & Arn.
x
2
Ruprechtia laxiflora Meisn.
Peperomia trineura Miq.
x
5
Primulaceae
Peperomia trineuroides Dahlst.
x
6
Myrsine balansae (Mez) Arechav.
Peperomia urocarpa Fisch. & C.A.Mey.
x
1/2/6/8
Piper aduncum L.
x
x
2/3/4/5/6/8
Piper amalago L.
x
x
2/3/8
Piper caldense C.DC.
x
Piper gaudichaudianum Kunth
3
x
Piper hispidum Sw.
x
Nome científico/ Família
x
4/6
6
x
2
x
4
x
x
1/2/3/4/5/6/8
x
x
3/4
x
x
x
x
1/3/4/5/6/7/8
Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze
x
x
x
4
Myrsine loefgrenii (Mez) Imkhan.
x
x
2/4
x
1
Myrsine parvula (Mez) Otegui
Roupala montana Aubl.
x
x
x
x
Plantago sp.
x
6
Rosaceae
Stemodia verticillata (Mill.) Hassl.
x
8
Prunus myrtifolia (L.) Urb.
Andropogon bicornis L.
x
6
Eustachys distichophylla (Lag.) Nees
x
4/8
Lasiacis divaricata (L.) Hitch.
x
3/4/8
Melica macra Ness
x
Merostachys skvortzovii Send.
1/2/3/4/5/6
1/2/3/6
x
x
1
x
Rubus brasiliensis Mart.
Poaceae
x
Quillajaceae
Quillaja brasiliensis (A.St.-Hil. & Tul.) Mart.
Plantaginaceae
x
x
Proteaceae
Piper mikanianum (Kunth) Steud.
Bacia
Myrsine coriacea (Sw.) R.Br. ex Roem. & Schult.
2/3/6
4
H
Polygonaceae
Myrsine umbellata Mart.
x
R
Sporobolus pseudairoides Parodi
3/4/8
Piper macedoi Yunck.
A
x
1/2/3/4/5/6/7/8
x
4/5/6/7
Rubiaceae
Cordiera concolor (Cham.) Kuntze
x
Coussarea contracta (Walp.) Müll.Arg.
x
x
x
2/3/4/5/6
4
Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum.
x
x
x
1/3/4/5/6
x
4
Galium sp.
x
4
Olyra humilis Nees
x
4
Manettia luteo-rubra (Vell.) Benth.
x
2
Oplismenus hirtellus (L.) P.Beauv.
x
3
Manettia paraguariensis Chodat
x
3
Pharus latifolius L.
x
3
Mitracarpus sp.
x
6
Pseudechinolaena polystachya (Kunth) Stapf
x
1/6
Palicourea australis C.M.Taylor
x
1/4
Schizachyrium microstachyum (Desv. ex Ham.) Roseng.
x
4
Psychotria carthagenensis Jacq.
x
x
2/3/4/8
Setaria parviflora (Poir.) Kerguélen
x
4
Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl.
x
x
2/4/6
Setaria vulpiseta (Lam.) Roem. & Schult.
x
3/4/5/8
x
2/3/8
250
Psychotria myriantha Müll.Arg.
251
6
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Nome científico/ Família
A
R
Psychotria suterella Müll.Arg.
Randia ferox (Cham. & Schltdl.) DC.
x
x
Rudgea parquioides (Cham.) Müll.Arg.
H
Bacia
x
2/5/6
x
1/2/3/4/5/6
x
1/2/6
Rutaceae
Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Esenbeckia grandiflora Mart.
x
x
x
2/4
Helietta apiculata Benth.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Pilocarpus pennatifolius Lem.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Zanthoxylum fagara (L.) Sarg.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Zanthoxylum petiolare A.St.-Hil. & Tul.
x
x
x
1/2/3/4/5/6
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Nome científico/ Família
A
R
H
Bacia
Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex Miq.) Engl.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Chrysophyllum inornatum Mart.
x
x
Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7
x
x
2/4
x
1/4
Sapotaceae
Simaroubaceae
Picrasma crenata (Vell.) Engl.
Solanaceae
Aureliana sp.
Capsicum flexuosum Sendtn.
Cestrum intermedium Sendtn.
x
Cestrum strigilatum Ruiz & Pav.
x
x
Nicotiana alata Link & Otto
Salicaceae
Banara tomentosa Clos
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Sessea regnellii Taub.
Casearia decandra Jacq.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/8
Solanum americanum Mill.
Casearia obliqua Spreng.
x
Casearia sylvestris Sw.
x
Xylosma pseudosalzmannii Sleumer
x
1/2/4/7
x
x
1/2/3/4/5/6/8
2/3/4/6/8
Sapindaceae
Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Hieron. ex Niederl.
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk.
x
x
x
1/2/3/4/6/7/8
Allophylus petiolulatus Radlk.
x
Allophylus puberulus (Cambess.) Radlk
x
6
x
Cardiospermum halicacabum L.
Cupania vernalis Cambess.
x
x
Diatenopteryx sorbifolia Radlk.
x
x
Matayba elaeagnoides Radlk.
x
x
Matayba intermedia Radlk.
x
x
1/2/4/5/6
x
3
x
1/2/3/4/5/6/7/8
1/2/3/4/5/6/8
x
1/2/3/4/5/6/7/8
6
x
1/3/4/5/6/8
x
2/3/6/8
x
4
x
2/4/5/6
x
Solanum bullatum Vell.
x
Solanum compressum L.B.Sm. & Downs
x
x
4
4/5/6
4
Solanum corymbiflorum (Sendtn.) Bohs
x
1/4
Solanum diploconos (Mart.) Bohs
x
8
Solanum fusiforme L.B.Sm. & Downs
x
2
Solanum guaraniticum A.St.-Hil.
x
4
Solanum hirtellum (Spreng.) Hassl.
x
8
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Solanum mauritianum Scop.
x
Solanum pabstii L.B.Sm. & Downs
x
x
Solanum pseudocapsicum L.
4
x
Solanum pseudoquina A.St.-Hil.
x
Solanum sanctaecatharinae Dunal
x
4
1/4
x
x
1/3/4/5/6/8
4/5
Solanum sisymbriifolium Lam.
x
6
Paullinia meliifolia Juss.
x
3
Solanum trachytrichium Bitter
x
6
Serjania sp.
x
7
Solanum vaillantii Dunal
x
4
xxxxx
Solanum variabile Mart.
x
1/4/7
x
5/6
Thinouia sp.
Urvillea sp.
x
252
4
x
Vassobia breviflora (Sendtn.) Hunz.
253
Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Nome científico/ Família
A
R
H
Bacia
x
x
x
1/2/3/4/5/6/7/8
Styracaceae
Styrax leprosus Hook. & Arn.
Symplocaceae
Symplocos tetrandra Mart.
x
5
Symplocos uniflora (Pohl) Benth.
x
7
Talinaceae
Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn.
x
2/4/5/6
Thymelaeaceae
Daphnopsis racemosa Griseb.
x
1
Urticaceae
Boehmeria caudata Sw.
x
Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini
x
x
2/3/5/6/8
6
Pilea pubescens Liebm.
x
3
x
2/3/4/5/6/8
x
6
x
2/3/5/8
x
7
x
4/7
Lippia brasiliensis (Link) T.R.S.Silva
x
5
Lippia lippioides (Cham.) Rusby
x
1/6
Verbena bonariensis L.
x
3/4
Verbena litoralis Kunth
x
3
x
2/3/4/5/6/8
Cissus sulcicaulis (Baker) Planch.
x
5
Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E.Jarvis
x
3/6
x
1
Urera baccifera (L.) Gaudich. ex Wedd.
x
x
Valerianaceae
Valeriana scandens L.
Verbenaceae
Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Juss.
x
x
Citharexylum solanaceum Cham.
Lantana camara L.
x
Violaceae
Hybanthus bigibbosus (A.St.-Hil.) Hassl.
x
x
Vitaceae
Vivianiaceae
Caesarea albiflora Cambess.
254
255
Apêndice
II
Floresta Estacional Decidual
Estimativas das variáveis dendrométricas
por espécie e por hectare
257
258
1,06 ± 0,61
0,16 ± 0,16
5,75 ± 2,41
2,98 ± 1,23
PI
0,29 ± 0,41
4,03 ± 1,63
Annona emarginata
Annona sp.
Annona sylvatica
Apuleia leiocarpa
Aralia warmingiana
Araucaria angustifolia
Aspidosperma australe
259
1,33 ± 0,57
0,54 ± 0,49
11,28 ± 6,42
10,86 ± 3,05
0,41 ± 0,4
1,33 ± 0,67
Casearia decandra
Casearia obliqua
Casearia sylvestris
Cedrela fissilis
Ceiba speciosa
Celtis iguanaea
Chrysophyllum gonocarpum
Chionanthus trichotomus
Cestrum intermedium
5,65 ± 1,58
PI
0,24 ± 0,2
PI
2,96 ± 1,27
Campomanesia xanthocarpa
Cereus sp.
0,94 ± 0,53
PI
0,66 ± 0,6
PI
0,8 ± 0,65
Campomanesia guazumifolia
Campomanesia guaviroba
Calyptranthes tricona
Calyptranthes grandifolia
Calliandra foliolosa
6,12 ± 2,29
0,06 ± 0,09
Blepharocalyx salicifolius
Cabralea canjerana
1,07 ± 0,45
Bauhinia forficata
PI
1,32 ± 2,22
Bastardiopsis densiflora
Bunchosia maritima
1,41 ± 0,78
Banara tomentosa
PI
Baccharis sp.
5,6 ± 1,73
PI
Baccharis semiserrata
Balfourodendron riedelianum
PI
5,2 ± 7,82
PI
ind.ha-1
Baccharis dracunculifolia
Ateleia glazioveana
Asteraceae
Espécie
PI
0,06 ± 0,09
Alsophila setosa
Aspidosperma sp.
5,23 ± 3,94
Aloysia virgata
6,84 ± 2,16
Allophylus edulis
1,74 ± 1,5
0,23 ± 0,28
Alchornea triplinervia
Allophylus puberulus
0,17 ± 0,22
Alchornea sidifolia
PI
0,62 ± 0,43
Albizia niopoides
Allophylus petiolulatus
3,52 ± 1,4
Albizia edwallii
PI
0,45 ± 0,71
Agonandra excelsa
Allophylus guaraniticus
PI
2,23 ± 1,17
Actinostemon concolor
Aegiphila brachiata
0,31 ± 0,28
ind.ha
-1
Achatocarpus praecox
Espécie
124,0
PI
366,5
PI
222,0
441,2
124,5
252,6
397,3
189,3
190,9
248,9
PI
398,5
PI
361,0
166,4
PI
620,5
185,8
745,2
246,4
136,8
PI
PI
PI
667,8
PI
CV (%)
PI
179,8
618,3
PI
183,7
185,5
442,1
255,4
620,4
334,1
381,5
PI
PI
140,2
544,5
589,2
312,1
177,2
705,6
PI
232,9
411,0
CV (%)
19,04 ± 1,55
PI
11,83 ± 0,98
PI
13,28 ± 0,88
29,92 ± 19,38
21,8 ± 2,28
15,57 ± 1,05
15,21 ± 4,58
15,66 ± 1,7
18,35 ± 2,61
16,36 ± 2,98
PI
18,22 ± 7,35
PI
18,92 ± 11,06
20,93 ± 2,34
PI
29,92 ± 169,87
12,58 ± 1,2
23,31 ± 27,36
19,56 ± 2,88
18,14 ± 1,55
PI
PI
PI
19,24 ± 6,02
PI
DAP (cm)
PI
17,81 ± 2,2
58,46 ± 47,56
PI
29,87 ± 7,41
16,45 ± 1,6
17,97 ± 11,41
12,83 ± 1,03
13,05 ± 12,13
14,75 ± 1,81
13,97 ± 1,65
PI
PI
15,95 ± 1,42
19,99 ± 15,13
20,81 ± 17,18
17,69 ± 6,31
16,88 ± 1,86
14,25 ± 2,09
PI
12,13 ± 0,91
17,37 ± 6,29
DAP (cm)
27,4
PI
7,9
PI
14,1
61,7
40,5
24,3
32,6
25,1
40,8
34,2
PI
43,6
PI
76,1
36,4
PI
63,2
22,1
13,1
35,7
29,0
PI
PI
PI
33,8
PI
CV (%)
PI
36,0
32,7
PI
70,0
30,4
39,9
14,5
10,3
23,0
18,6
PI
PI
30,2
30,5
33,2
42,7
31,6
5,9
PI
16,1
29,2
CV (%)
4,21 ± 0,56
PI
3,83 ± 1,9
PI
3,52 ± 1,44
6,05 ± 2,22
5,19 ± 0,55
3,45 ± 0,38
5,75 ± 2,79
4,35 ± 0,64
4,72 ± 0,73
4,56 ± 1,36
PI
2,48 ± 0,89
PI
4,3 ± 2,22
4,87 ± 0,56
PI
PI
4,3 ± 1,82
5,56 ± 5,57
4,25 ± 0,82
5,32 ± 0,57
PI
PI
PI
5,32 ± 0,76
PI
Hf (m)
PI
5,6 ± 1,26
14,33 ± 7,99
PI
5,96 ± 1,09
4,05 ± 0,56
PI
4,3 ± 1,84
3,1 ± 11,44
2,76 ± 0,65
4,51 ± 2,26
PI
PI
3,99 ± 0,47
3 ± 2,48
2,57 ± 1,23
5,36 ± 2,26
4,57 ± 0,58
3,14 ± 1,98
PI
2,41 ± 0,82
3,42 ± 3,19
Hf (m)
40,7
PI
19,9
PI
49,1
29,6
39,8
32,6
39,1
28,6
40,5
44,3
PI
22,4
PI
41,6
34,6
PI
PI
59,1
11,1
37,5
35,1
PI
PI
PI
11,5
PI
CV (%)
PI
58,1
22,4
PI
49,9
39,7
PI
51,1
41,1
35,3
40,3
PI
PI
34,2
33,3
19,2
45,7
33,2
25,3
PI
40,7
37,5
CV (%)
PI
41,3
20,4
PI
52,7
27,9
17,3
40,3
17,7
26,2
37,0
PI
PI
30,0
27,0
30,2
27,1
21,2
16,5
PI
26,9
29,8
CV (%)
PI
0,12 ± 0,05
0,06 ± 0,07
PI
0,31 ± 0,17
0,13 ± 0,05
< 0,01
0,01 ± 0,01
< 0,01
0,08 ± 0,05
0,03 ± 0,03
PI
PI
0,18 ± 0,07
0,01 ± 0,02
0,01 ± 0,02
0,02 ± 0,02
0,09 ± 0,04
< 0,01
PI
0,03 ± 0,02
0,02 ± 0,02
AB (m².ha-1)
9,01 ± 0,74
PI
9,83 ± 2,77
PI
7,11 ± 1,17
11,86 ± 4,23
11,55 ± 0,93
8,45 ± 0,6
9,31 ± 3,37
9,59 ± 1,02
10,14 ± 1,01
9,23 ± 1,14
PI
7,31 ± 2,24
PI
9,64 ± 3,5
10,26 ± 0,89
PI
13,5 ± 19,06
9,09 ± 1,43
9,78 ± 1,69
9,63 ± 1,17
11,09 ± 0,89
PI
PI
PI
10,16 ± 3,14
PI
Ht (m)
27,6
PI
26,8
PI
35,1
34,0
31,2
25,3
39,1
24,6
28,5
23,2
PI
33,1
PI
47,3
28,3
PI
15,7
36,4
1,9
29,4
27,3
PI
PI
PI
33,4
PI
CV (%)
0,21 ± 0,07
PI
< 0,01
PI
0,03 ± 0,01
0,04 ± 0,05
0,45 ± 0,13
0,26 ± 0,15
0,01 ± 0,01
0,03 ± 0,01
0,12 ± 0,06
0,02 ± 0,01
PI
0,02 ± 0,02
PI
0,03 ± 0,02
0,3 ± 0,16
PI
< 0,01
0,01 ± 0,01
0,08 ± 0,13
0,05 ± 0,02
0,18 ± 0,06
PI
PI
PI
0,17 ± 0,21
PI
AB (m².ha-1)
Variáveis dendrométricas
PI
11,1 ± 1,58
16,61 ± 8,41
PI
12,85 ± 2,4
8,47 ± 0,76
8,5 ± 2,34
7,93 ± 1,77
4 ± 6,35
6,18 ± 0,86
7,77 ± 1,83
PI
PI
8,77 ± 0,77
8,42 ± 5,64
10,92 ± 8,2
10,4 ± 2,35
9,77 ± 0,72
7,62 ± 3,12
PI
7,48 ± 0,94
7,59 ± 2,81
Ht (m)
Variáveis dendrométricas
147,8
PI
380,2
PI
246,7
565,8
133,2
252,1
465,1
212,9
241,8
261,1
PI
415,8
PI
400,4
232,7
PI
775,1
211,7
732,3
226,7
145,3
PI
PI
PI
542,8
PI
CV (%)
PI
178,5
524,7
PI
239,4
178,6
573,7
258,3
627,1
304,6
403,4
PI
PI
179,2
615,2
654,6
449,9
178,0
653,8
PI
254,1
467,7
CV (%)
0,6 ± 0,26
PI
< 0,01
PI
0,03 ± 0,02
0,2 ± 0,25
2,24 ± 0,76
0,84 ± 0,66
0,04 ± 0,04
0,12 ± 0,06
0,5 ± 0,33
0,1 ± 0,07
PI
0,03 ± 0,04
PI
0,08 ± 0,1
1,16 ± 0,55
PI
0,03 ± 0,05
0,02 ± 0,02
0,42 ± 0,68
0,15 ± 0,09
0,91 ± 0,34
PI
PI
PI
0,82 ± 1,18
PI
Vf c/c (m³.ha-1)
PI
0,62 ± 0,31
0,58 ± 0,7
PI
1,65 ± 0,93
0,42 ± 0,23
0,01 ± 0,02
0,03 ± 0,02
< 0,01
0,11 ± 0,1
0,05 ± 0,06
PI
PI
0,54 ± 0,24
0,05 ± 0,07
0,05 ± 0,07
0,11 ± 0,14
0,36 ± 0,14
0,02 ± 0,03
PI
0,03 ± 0,03
0,03 ± 0,04
Vf c/c (m³.ha-1)
189,5
PI
504,7
PI
356,1
573,7
151,6
350,3
465,8
242,5
290,7
323,8
PI
548,7
PI
531,6
209,6
PI
883,2
295,2
726,6
264,6
167,3
PI
PI
PI
640,9
PI
CV (%)
PI
222,0
541,8
PI
248,5
243,3
883,2
343,0
623,0
399,9
519,0
PI
PI
194,2
608,1
672,7
547,7
177,0
585,6
PI
398,8
532,7
CV (%)
1,34 ± 0,48
PI
0,01 ± 0,01
PI
0,13 ± 0,08
0,36 ± 0,49
2,98 ± 1,03
1,46 ± 0,83
0,06 ± 0,07
0,15 ± 0,08
0,73 ± 0,42
0,13 ± 0,08
PI
0,13 ± 0,13
PI
0,17 ± 0,17
2,25 ± 1,39
PI
0,04 ± 0,07
0,07 ± 0,04
0,52 ± 0,84
0,27 ± 0,14
1,13 ± 0,4
PI
PI
PI
1,03 ± 1,24
PI
PS (Mg.ha-1)
PI
0,73 ± 0,31
0,52 ± 0,62
PI
2,66 ± 1,59
0,71 ± 0,31
0,03 ± 0,05
0,07 ± 0,04
< 0,01
0,37 ± 0,25
0,16 ± 0,15
PI
PI
1,04 ± 0,46
0,08 ± 0,11
0,08 ± 0,13
0,12 ± 0,14
0,5 ± 0,21
0,05 ± 0,07
PI
0,14 ± 0,08
0,12 ± 0,13
PS (Mg.ha-1)
157,9
PI
384,5
PI
259,5
615,1
153,0
251,3
474,7
222,2
254,5
274,9
PI
426,9
PI
442,8
274,9
PI
805,1
221,7
718,1
230,6
157,5
PI
PI
PI
534,0
PI
CV (%)
PI
190,3
532,2
PI
264,8
192,3
606,9
258,5
630,1
298,2
409,7
PI
PI
197,5
628,1
688,7
511,8
188,7
654,2
PI
268,3
475,7
CV (%)
0,67 ± 0,24
PI
< 0,01
PI
0,07 ± 0,04
0,18 ± 0,25
1,49 ± 0,51
0,73 ± 0,41
0,03 ± 0,03
0,08 ± 0,04
0,37 ± 0,21
0,06 ± 0,04
PI
0,07 ± 0,06
PI
0,09 ± 0,09
1,13 ± 0,7
PI
0,02 ± 0,04
0,04 ± 0,02
0,26 ± 0,42
0,14 ± 0,07
0,56 ± 0,2
PI
PI
PI
0,52 ± 0,62
PI
C (Mg.ha-1)
PI
0,37 ± 0,16
0,26 ± 0,31
PI
1,33 ± 0,79
0,36 ± 0,15
0,02 ± 0,02
0,04 ± 0,02
< 0,01
0,19 ± 0,13
0,08 ± 0,07
PI
PI
0,52 ± 0,23
0,04 ± 0,05
0,04 ± 0,06
0,06 ± 0,07
0,25 ± 0,11
0,02 ± 0,03
PI
0,07 ± 0,04
0,06 ± 0,07
C (Mg.ha-1)
157,9
PI
384,5
PI
259,5
615,1
153,0
251,3
474,7
222,2
254,5
274,9
PI
426,9
PI
442,8
274,9
PI
805,1
221,7
718,1
230,6
157,5
PI
PI
PI
534,0
PI
CV (%)
PI
190,3
532,2
PI
264,8
192,3
606,9
258,5
630,1
298,2
409,7
PI
PI
197,5
628,1
688,7
511,8
188,7
654,2
PI
268,3
475,7
CV (%)
Apêndice II. Estimativas das variáveis dendrométricas para as 230 espécies na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Valores médios com intervalo de confiança (95%).
ind.ha-1 = número de indivíduos por hectare; CV = coeficiente de variação; DAP = diâmetro à altura do peito; Hf = altura do fuste; Ht = altura total; AB = área basal total; Vf c/c =
volume total do fuste com casca; PS = peso seco total; C = estoque de carbono total; PI = população insuficiente.
Apendix II. Estimates of dendrometric variables of 230 tree species in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Mean values with 95% confidence interval. ind.ha-1 = number
of trees per hectare; CV = coefficient of variation; DAP = DBH; Hf = stem height; Ht = total tree height; AB = total basal area; Vf c/c = stem volume with bark; PS = total dry weight;
C = total carbon stock e; PI = insufficient population size.
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare
3,95 ± 1,43
0,92 ± 0,56
2,7 ± 1,07
Cordia americana
Cordia ecalyculata
Cordia trichotoma
260
0,32 ± 0,52
4 ± 1,67
Dasyphyllum tomentosum
Diatenopteryx sorbifolia
261
0,61 ± 0,45
PI
PI
PI
0,19 ± 0,27
0,16 ± 0,14
0,21 ± 0,16
0,19 ± 0,18
2,03 ± 2,28
Erythroxylum deciduum
Esenbeckia grandiflora
Eugenia brasiliensis
Eugenia burkartiana
Eugenia gracillima
Eugenia involucrata
Eugenia pyriformis
Eugenia ramboi
Eugenia rostrifolia
0,16 ± 0,26
0,29 ± 0,34
Fabaceae
Ficus adhatodifolia
0,07 ± 0,09
0,27 ± 0,41
Guarea macrophylla
PI
1,52 ± 0,93
Gleditsia amorphoides
Ficus sp.
Ficus luschnathiana
PI
0,4 ± 0,67
Eugenia verticillata
Ficus gomelleira
PI
1,67 ± 1,04
Eugenia uruguayensis
Eugenia uniflora
PI
1,09 ± 0,78
Erythrina falcata
Eugenia subterminalis
0,1 ± 0,15
Erythrina crista-galli
PI
Endlicheria paniculata
0,35 ± 0,28
PI
Diospyros inconstans
Enterolobium contortisiliquum
0,13 ± 0,15
Dicksonia sellowiana
ind.ha-1
0,16 ± 0,26
Dasyphyllum spinescens
Espécie
1,33 ± 0,84
PI
Dalbergia frutescens
Cyathea sp.
2,03 ± 3,32
PI
Cryptocarya mandioccana
Cyathea corcovadensis
1,23 ± 1,12
Cryptocarya aschersoniana
20,03 ± 6,29
0,26 ± 0,21
Coutarea hexandra
Cupania vernalis
0,67 ± 0,71
PI
Coussapoa microcarpa
Coussarea contracta
1,1 ± 0,68
Cordyline spectabilis
PI
0,07 ± 0,09
Coccoloba argentinensis
Cordiera concolor
0,45 ± 0,71
Clethra scabra
0,93 ± 0,53
Citronella paniculata
0,11 ± 0,13
0,06 ± 0,09
Cinnamomum amoenum
Citrus x lemon
1,07 ± 1,45
Cinnamodendron dinisii
PI
6,21 ± 1,98
Chrysophyllum marginatum
Citrus reticulata
PI
ind.ha-1
Chrysophyllum inornatum
Espécie
682,7
620,7
PI
271,0
PI
517,4
725,8
746,1
PI
275,6
PI
496,6
407,0
350,9
384,7
620,4
PI
PI
PI
324,4
316,8
662,0
356,4
PI
PI
534,9
CV (%)
185,3
726,1
726,1
277,6
PI
723,1
139,2
PI
403,8
360,1
474,3
PI
275,2
PI
175,8
269,4
159,9
620,6
699,8
510,7
PI
253,6
620,4
602,9
141,5
PI
CV (%)
13,48 ± 5,39
33,74 ± 16,18
PI
27,83 ± 13,29
PI
20,38 ± 9,47
60,04 ± 212,84
11,75 ± 13,75
PI
24,15 ± 4,56
PI
26,82 ± 7,9
19,15 ± 9,13
18,25 ± 11,72
25,18 ± 20,62
19,2 ± 20,32
PI
PI
PI
20,39 ± 9,33
29,91 ± 8,67
68,04 ± 332,66
28,1 ± 12,4
PI
PI
21,01 ± 7,79
DAP (cm)
31,13 ± 7,04
22,35 ± 55,81
14,56 ± 13,14
13,86 ± 1,62
PI
11,2 ± 1,06
15,65 ± 1,02
PI
30,71 ± 11,46
24,68 ± 12,65
12,98 ± 0,7
PI
12,45 ± 0,73
PI
18,46 ± 2,41
17,29 ± 2,53
28,5 ± 5,55
13,61 ± 5,06
20,54 ± 7,64
11,67 ± 4
PI
16,35 ± 3,89
16,79 ± 63,7
16,92 ± 9,78
23,95 ± 3,03
PI
DAP (cm)
4,5
5,3
PI
110,4
PI
37,4
39,5
13,0
PI
35,4
PI
38,3
38,4
61,2
66,0
42,6
PI
PI
PI
59,5
52,4
54,4
47,7
PI
PI
14,9
CV (%)
63,8
27,8
10,0
21,9
PI
5,9
26,1
PI
58,7
48,8
6,5
PI
10,6
PI
38,0
25,4
60,1
4,1
23,4
13,8
PI
47,9
42,2
23,3
40,0
PI
CV (%)
PI
5,5 ± 19,06
PI
4,44 ± 1,07
PI
4,33 ± 2,48
10,25 ± 47,65
< 0,01
PI
5,09 ± 1,4
PI
5,5 ± 1,08
5,9 ± 0,68
5,08 ± 3,22
5,75 ± 3,53
PI
PI
PI
PI
4,56 ± 1,32
6,04 ± 1,91
12,25 ± 3,18
6,33 ± 2,7
PI
PI
2 ± 6,35
Hf (m)
5,11 ± 0,83
3,7 ± 2,54
2,4 ± 7,62
3,54 ± 0,67
PI
4,2 ± 2,63
4,13 ± 0,4
PI
5,21 ± 1,39
4,63 ± 3,64
3,7 ± 1,36
PI
2,63 ± 0,96
PI
6,82 ± 0,92
3,36 ± 0,71
4,77 ± 0,87
3,5 ± 6,35
5,63 ± 4,38
< 0,01
PI
4,13 ± 1,08
PI
4,47 ± 5,36
5,16 ± 0,65
PI
Hf (m)
PI
38,6
PI
45,4
PI
36,0
51,7
0,0
PI
40,9
PI
23,4
9,3
60,4
38,6
0,0
PI
PI
PI
27,6
52,3
2,9
46,1
PI
PI
35,4
CV (%)
41,8
7,6
35,4
33,0
PI
25,2
35,8
PI
37,2
49,4
29,6
PI
35,0
PI
36,3
31,6
48,6
20,2
48,9
0,0
PI
41,4
0,0
48,3
37,0
PI
CV (%)
41,4
22,2
44,6
29,9
PI
34,0
26,9
PI
26,3
40,2
21,7
PI
35,8
PI
31,1
32,0
34,3
30,0
16,4
43,3
PI
32,2
32,6
19,1
28,7
PI
CV (%)
0,31 ± 0,14
0,02 ± 0,03
< 0,01
0,02 ± 0,02
PI
0,02 ± 0,03
0,45 ± 0,13
PI
0,11 ± 0,08
0,01 ± 0,01
< 0,01
PI
0,02 ± 0,01
PI
0,09 ± 0,04
0,03 ± 0,02
0,39 ± 0,16
< 0,01
0,01 ± 0,02
< 0,01
PI
0,03 ± 0,02
< 0,01
0,03 ± 0,05
0,38 ± 0,15
PI
AB (m².ha-1)
6,25 ± 13,77
12,5 ± 57,18
PI
10,1 ± 1,7
PI
9,7 ± 4,29
25,75 ± 54
8,55 ± 18,42
PI
10,77 ± 1,68
PI
11,82 ± 1,64
11,4 ± 3,89
11,5 ± 4,44
12 ± 3,93
8,04 ± 4,48
PI
PI
PI
10,81 ± 3,94
12,94 ± 3,47
22,5 ± 19,06
11,07 ± 3,27
PI
PI
2,75 ± 1,86
Ht (m)
24,5
50,9
PI
39,0
PI
35,6
23,3
24,0
PI
29,2
PI
18,0
27,5
36,8
26,4
22,4
PI
PI
PI
47,5
48,4
9,4
32,0
PI
PI
27,3
CV (%)
< 0,01
< 0,01
PI
0,16 ± 0,15
PI
0,01 ± 0,01
0,07 ± 0,12
< 0,01
PI
0,1 ± 0,07
PI
0,16 ± 0,22
< 0,01
< 0,01
0,01 ± 0,01
0,01 ± 0,02
PI
PI
PI
0,02 ± 0,02
0,14 ± 0,11
0,03 ± 0,05
0,04 ± 0,05
PI
PI
< 0,01
AB (m².ha-1)
Variáveis dendrométricas
12,47 ± 1,83
11,23 ± 22,45
7,3 ± 29,22
8,9 ± 1,42
PI
5,6 ± 3,03
9,57 ± 0,64
PI
14,62 ± 2,45
8,42 ± 3,55
9,19 ± 1,67
PI
5,68 ± 1,12
PI
12,02 ± 1,29
8,05 ± 1,49
10,77 ± 1,2
8,25 ± 22,24
12,66 ± 3,3
4 ± 4,3
PI
8,24 ± 1,32
9,75 ± 28,59
12,3 ± 5,82
11,1 ± 1,01
PI
Ht (m)
Variáveis dendrométricas
656,3
621,2
PI
407,8
PI
457,7
821,0
782,5
PI
314,7
PI
590,2
448,3
538,6
537,9
813,0
PI
PI
PI
365,6
331,2
667,5
574,4
PI
PI
505,8
CV (%)
202,5
719,3
696,2
305,7
PI
719,4
126,1
PI
299,7
462,5
490,9
PI
307,7
PI
198,6
301,2
182,8
650,1
598,6
586,2
PI
302,0
779,8
613,2
172,2
PI
CV (%)
< 0,01
0,03 ± 0,04
PI
0,64 ± 0,86
PI
0,04 ± 0,04
0,38 ± 0,67
< 0,01
PI
0,27 ± 0,21
PI
0,82 ± 1,08
0,03 ± 0,03
0,05 ± 0,06
0,06 ± 0,08
0,06 ± 0,11
PI
PI
PI
0,09 ± 0,09
0,87 ± 0,81
0,27 ± 0,39
0,26 ± 0,36
PI
PI
< 0,01
Vf c/c (m³.ha-1)
1,47 ± 0,78
0,07 ± 0,12
< 0,01
0,05 ± 0,03
PI
0,12 ± 0,19
1,75 ± 0,64
PI
0,48 ± 0,35
0,06 ± 0,08
0,03 ± 0,03
PI
0,03 ± 0,04
PI
0,53 ± 0,25
0,1 ± 0,08
1,72 ± 0,96
< 0,01
0,05 ± 0,05
< 0,01
PI
0,07 ± 0,05
< 0,01
0,19 ± 0,26
1,48 ± 0,64
PI
Vf c/c (m³.ha-1)
883,2
625,0
PI
593,5
PI
499,8
785,5
0,0
PI
347,0
PI
584,4
422,6
594,4
566,0
851,1
PI
PI
PI
429,7
410,4
656,3
629,5
PI
PI
622,0
CV (%)
235,7
718,6
668,3
241,8
PI
742,3
161,3
PI
321,6
580,9
497,0
PI
572,3
PI
212,8
341,4
247,0
635,0
467,4
0,0
PI
311,5
723,6
616,6
190,8
PI
CV (%)
0,02 ± 0,03
0,04 ± 0,06
PI
1,57 ± 1,93
PI
0,06 ± 0,06
0,65 ± 1,21
0,02 ± 0,04
PI
0,73 ± 0,54
PI
1,23 ± 1,69
0,03 ± 0,04
0,05 ± 0,06
0,08 ± 0,11
0,1 ± 0,2
PI
PI
PI
0,14 ± 0,13
1,12 ± 0,91
0,32 ± 0,5
0,29 ± 0,4
PI
PI
0,02 ± 0,03
PS (Mg.ha-1)
2,47 ± 1,28
0,11 ± 0,17
0,01 ± 0,02
0,11 ± 0,08
PI
0,09 ± 0,14
2,49 ± 0,71
PI
0,89 ± 0,63
0,1 ± 0,11
0,05 ± 0,05
PI
0,07 ± 0,05
PI
0,54 ± 0,27
0,17 ± 0,12
3,29 ± 1,49
< 0,01
0,08 ± 0,1
0,01 ± 0,01
PI
0,15 ± 0,1
0,02 ± 0,03
0,21 ± 0,28
2,86 ± 1,35
PI
PS (Mg.ha-1)
659,3
621,7
PI
545,4
PI
453,7
833,5
790,2
PI
328,3
PI
610,4
475,5
595,1
569,2
838,6
PI
PI
PI
405,4
360,5
700,3
622,5
PI
PI
504,7
CV (%)
229,9
710,0
690,2
306,6
PI
718,5
126,9
PI
314,5
492,1
496,6
PI
315,1
PI
226,4
310,4
200,3
648,8
567,9
598,1
PI
314,3
800,5
614,8
208,5
PI
CV (%)
0,01 ± 0,02
0,02 ± 0,03
PI
0,78 ± 0,96
PI
0,03 ± 0,03
0,32 ± 0,61
0,01 ± 0,02
PI
0,37 ± 0,27
PI
0,62 ± 0,85
0,02 ± 0,02
0,02 ± 0,03
0,04 ± 0,05
0,05 ± 0,1
PI
PI
PI
0,07 ± 0,07
0,56 ± 0,46
0,16 ± 0,25
0,14 ± 0,2
PI
PI
0,01 ± 0,01
C (Mg.ha-1)
1,24 ± 0,64
0,05 ± 0,09
< 0,01
0,06 ± 0,04
PI
0,04 ± 0,07
1,24 ± 0,36
PI
0,44 ± 0,31
0,05 ± 0,05
0,02 ± 0,03
PI
0,04 ± 0,03
PI
0,27 ± 0,14
0,09 ± 0,06
1,65 ± 0,74
< 0,01
0,04 ± 0,05
< 0,01
PI
0,07 ± 0,05
< 0,01
0,1 ± 0,14
1,43 ± 0,67
PI
C (Mg.ha-1)
659,3
621,7
PI
545,4
PI
453,7
833,5
790,2
PI
328,3
PI
610,4
475,5
595,1
569,2
838,6
PI
PI
PI
405,4
360,5
700,3
622,5
PI
PI
504,7
CV (%)
229,9
710,0
690,2
306,6
PI
718,5
126,9
PI
314,5
492,1
496,6
PI
315,1
PI
226,4
310,4
200,3
648,8
567,9
598,1
PI
314,3
800,5
614,8
208,5
PI
CV (%)
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare
1,87 ± 0,98
12,27 ± 8,96
Holocalyx balansae
Hovenia dulcis
262
0,26 ± 0,37
PI
2,25 ± 2,09
6,36 ± 2,08
0,64 ± 0,6
Lamanonia ternata
Leptolobium elegans
Lithrea brasiliensis
Lonchocarpus campestris
Lonchocarpus cultratus
263
0,17 ± 0,18
PI
Maytenus aquifolia
Miconia cinerascens
0,08 ± 0,11
0,25 ± 0,2
PI
PI
PI
PI
0,89 ± 0,55
0,1 ± 0,11
6,68 ± 2,7
1,5 ± 1,15
PI
Myrcia hebepetala
Myrcia oblongata
Myrcia pubipetala
Myrcia splendens
Myrcianthes gigantea
Myrcianthes pungens
Myrciaria floribunda
Myrocarpus frondosus
Myrsine coriacea
Myrsine guianensis
PI
Myrceugenia myrcioides
Morus nigra
0,13 ± 0,18
0,74 ± 1,4
Matayba intermedia
Mimosa scabrella
9,68 ± 5,2
PI
Manihot grahamii
Matayba elaeagnoides
0,34 ± 0,36
Maclura tinctoria
PI
Machaerium nyctitans
15,91 ± 4,23
PI
Machaerium hirtum
Machaerium stipitatum
27,63 ± 6,91
Luehea divaricata
6,36 ± 2,9
0,29 ± 0,45
Lonchocarpus nitidus
Machaerium paraguariense
0,19 ± 0,28
Lonchocarpus muehlbergianus
ind.ha-1
0,13 ± 0,15
Jacaratia spinosa
Espécie
0,51 ± 0,45
0,61 ± 0,35
Inga virescens
Jacaranda puberula
0,63 ± 0,58
Inga vera
PI
2,3 ± 1,21
Inga vera subsp. affinis
Jacaranda micrantha
0,3 ± 0,28
Inga subnuda
0,29 ± 0,46
Inga edulis
0,17 ± 0,17
0,16 ± 0,23
Ilex theezans
Inga sp.
1,14 ± 1,08
Ilex paraguariensis
2,44 ± 1,36
0,26 ± 0,3
Ilex microdonta
Inga marginata
0,59 ± 0,55
Ilex brevicuspis
PI
0,25 ± 0,24
Hennecartia omphalandra
Hybanthus bigibbosus
PI
6,92 ± 5,85
PI
ind.ha-1
Heliocarpus popayanensis
Helietta apiculata
Handroanthus heptaphyllus
Espécie
PI
340,5
179,5
503,4
276,3
PI
PI
PI
PI
362,8
629,0
PI
620,4
PI
452,8
844,2
238,3
PI
471,2
118,0
202,0
PI
PI
110,9
691,0
654,9
CV (%)
420,0
144,8
410,2
PI
640,0
512,4
386,8
PI
255,0
406,4
232,7
412,1
454,5
247,3
699,4
633,0
420,3
511,3
412,0
PI
323,8
231,2
430,4
PI
374,8
PI
CV (%)
PI
17,17 ± 3,43
20,72 ± 2,73
23,98 ± 24,68
24,18 ± 5,58
PI
PI
PI
PI
16,1 ± 5,5
12,73 ± 28,31
PI
32,23 ± 57,63
PI
11,36 ± 2,01
22,31 ± 129,02
18,3 ± 2,72
PI
19,2 ± 10,41
17,42 ± 1,37
21,08 ± 3,42
PI
PI
23,96 ± 4,29
12,16 ± 5,79
14,32 ± 15,17
DAP (cm)
15,61 ± 7,04
18,93 ± 2,46
18,07 ± 2,87
PI
21,42 ± 42,51
43,71 ± 35,77
21,83 ± 7,75
PI
14,99 ± 3,25
16,53 ± 5,82
15,43 ± 2,54
16,02 ± 2,23
18,86 ± 11,79
13,53 ± 1,59
13,71 ± 5,8
13,4 ± 10,45
15,04 ± 3,84
18,36 ± 11,86
19,77 ± 7,86
PI
18,52 ± 1,72
30,9 ± 6,73
12,05 ± 0,95
PI
19,71 ± 2,57
PI
DAP (cm)
PI
31,4
45,4
41,4
38,2
PI
PI
PI
PI
32,5
24,7
PI
19,9
PI
11,1
64,4
45,3
PI
43,7
30,1
52,8
PI
PI
74,0
19,2
11,8
CV (%)
43,0
46,3
22,2
PI
22,1
32,9
42,4
PI
34,2
33,6
39,0
11,2
39,3
25,8
17,0
8,7
30,6
40,6
47,5
PI
26,6
39,3
6,3
PI
26,2
PI
CV (%)
PI
4,88 ± 1,54
5,06 ± 0,63
5 ± 12,71
5,93 ± 1,17
PI
PI
PI
PI
5,5 ± 31,77
< 0,01
PI
5,75 ± 9,53
PI
PI
3,41 ± 10,08
4,09 ± 0,51
PI
6 ± 2,15
4,5 ± 0,45
4,95 ± 0,74
PI
PI
4,01 ± 0,39
PI
4,18 ± 0,95
Hf (m)
3,63 ± 1,97
4,84 ± 0,69
3,33 ± 1,06
PI
4,5 ± 13,98
7,33 ± 7,59
5,72 ± 2,8
PI
6,28 ± 2,5
4,38 ± 2,12
4,23 ± 0,74
4,58 ± 3,19
4,25 ± 15,88
3,74 ± 0,76
6,42 ± 20,12
4,25 ± 9,53
4,56 ± 1,6
5,04 ± 3,79
5,57 ± 1,69
PI
7,13 ± 1,08
5,95 ± 1,44
PI
PI
5,5 ± 0,84
PI
Hf (m)
PI
46,9
42,7
28,3
27,6
PI
PI
PI
PI
64,3
0,0
PI
18,4
PI
PI
32,9
35,6
PI
14,4
36,2
45,4
PI
PI
38,6
PI
2,5
CV (%)
34,1
44,8
41,4
PI
34,6
41,7
46,7
PI
51,8
46,2
36,5
43,8
41,6
35,0
34,9
25,0
33,5
47,2
36,3
PI
43,4
39,9
0,0
PI
27,4
PI
CV (%)
42,2
35,2
41,3
PI
1,3
41,7
20,2
PI
39,6
34,7
30,7
34,5
27,9
30,5
13,1
18,1
42,4
35,1
24,8
PI
29,8
24,9
43,4
PI
19,4
PI
CV (%)
0,01 ± 0,02
0,25 ± 0,09
0,09 ± 0,08
PI
0,02 ± 0,02
0,02 ± 0,03
0,03 ± 0,02
PI
0,01 ± 0,01
0,01 ± 0,01
0,06 ± 0,03
< 0,01
< 0,01
0,05 ± 0,03
< 0,01
< 0,01
0,03 ± 0,03
0,01 ± 0,01
0,02 ± 0,02
PI
0,37 ± 0,26
0,19 ± 0,12
< 0,01
PI
0,23 ± 0,17
PI
AB (m².ha-1)
PI
9 ± 2,29
11,25 ± 1,18
13,67 ± 8,72
11,55 ± 1,93
PI
PI
PI
PI
10,17 ± 2,34
8,75 ± 9,53
PI
9,25 ± 28,59
PI
6,38 ± 5,09
12,48 ± 62,5
9,54 ± 0,78
PI
9,06 ± 4,27
9,99 ± 0,74
11,17 ± 1,33
PI
PI
10,27 ± 0,92
10,24 ± 11,47
10,41 ± 20,17
Ht (m)
PI
40,1
36,1
25,7
27,6
PI
PI
PI
PI
21,9
12,1
PI
34,4
PI
50,2
55,7
24,7
PI
38,0
28,4
38,6
PI
PI
37,1
45,1
21,6
CV (%)
PI
0,03 ± 0,02
0,3 ± 0,15
< 0,01
0,05 ± 0,05
PI
PI
PI
PI
< 0,01
< 0,01
PI
0,01 ± 0,02
PI
< 0,01
0,01 ± 0,02
0,27 ± 0,12
PI
0,02 ± 0,02
0,44 ± 0,13
0,21 ± 0,08
PI
PI
1,55 ± 0,37
< 0,01
< 0,01
AB (m².ha-1)
Variáveis dendrométricas
8,96 ± 3,96
10,88 ± 1,08
7,48 ± 2,21
PI
12,11 ± 1,41
11,33 ± 11,74
10,73 ± 1,81
PI
9,46 ± 2,38
9,33 ± 3,4
9,86 ± 1,28
8,8 ± 3,77
9,5 ± 4,21
7,61 ± 1,06
11,48 ± 3,73
9,75 ± 15,88
9,04 ± 3,2
11,81 ± 6,6
11,69 ± 2,43
PI
12,57 ± 1,31
11,99 ± 1,65
7,13 ± 3,84
PI
11,54 ± 1,11
PI
Ht (m)
Variáveis dendrométricas
PI
310,4
225,9
579,4
405,5
PI
PI
PI
PI
416,2
631,3
PI
643,5
PI
480,8
727,3
190,8
PI
571,6
128,0
169,1
PI
PI
107,2
770,0
633,0
CV (%)
528,0
157,0
404,1
PI
620,4
584,4
405,7
PI
321,0
420,6
242,4
429,2
524,5
301,9
789,5
652,0
475,8
535,3
382,4
PI
314,8
277,3
457,3
PI
332,4
PI
CV (%)
PI
0,17 ± 0,12
1,61 ± 0,97
0,02 ± 0,03
0,26 ± 0,27
PI
PI
PI
PI
0,01 ± 0,02
< 0,01
PI
0,06 ± 0,08
PI
< 0,01
0,04 ± 0,07
0,99 ± 0,46
PI
0,09 ± 0,14
1,65 ± 0,65
0,82 ± 0,35
PI
PI
5,85 ± 1,93
< 0,01
0,02 ± 0,03
Vf c/c (m³.ha-1)
0,04 ± 0,05
1,06 ± 0,47
0,29 ± 0,33
PI
0,06 ± 0,09
0,13 ± 0,19
0,14 ± 0,14
PI
0,08 ± 0,08
0,07 ± 0,08
0,22 ± 0,14
0,03 ± 0,04
< 0,01
0,12 ± 0,09
0,04 ± 0,07
0,01 ± 0,02
0,05 ± 0,05
0,05 ± 0,05
0,1 ± 0,09
PI
2,33 ± 1,79
1,05 ± 0,71
< 0,01
PI
1,03 ± 0,81
PI
Vf c/c (m³.ha-1)
PI
317,5
266,6
621,2
455,5
PI
PI
PI
PI
649,9
0,0
PI
654,1
PI
883,2
680,6
204,8
PI
673,8
174,7
188,5
PI
PI
146,2
883,2
627,9
CV (%)
574,3
195,3
509,8
PI
694,3
626,0
442,1
PI
428,5
496,2
282,3
535,9
658,8
337,7
810,0
665,6
519,1
491,3
379,3
PI
340,7
300,0
697,2
PI
347,2
PI
CV (%)
PI
0,19 ± 0,13
2,13 ± 1,16
0,03 ± 0,04
0,37 ± 0,38
PI
PI
PI
PI
0,03 ± 0,03
< 0,01
PI
0,08 ± 0,11
PI
< 0,01
0,07 ± 0,11
1,63 ± 0,69
PI
0,12 ± 0,17
2,66 ± 0,84
1,29 ± 0,49
PI
PI
11,05 ± 3,16
0,02 ± 0,04
0,02 ± 0,03
PS (Mg.ha-1)
0,09 ± 0,11
1,64 ± 0,61
0,54 ± 0,51
PI
0,11 ± 0,15
0,17 ± 0,23
0,17 ± 0,16
PI
0,08 ± 0,07
0,08 ± 0,08
0,3 ± 0,17
0,04 ± 0,03
0,03 ± 0,04
0,24 ± 0,16
0,04 ± 0,07
0,01 ± 0,02
0,17 ± 0,19
0,07 ± 0,09
0,12 ± 0,1
PI
2,19 ± 1,61
1,54 ± 1
0,01 ± 0,01
PI
1,3 ± 0,93
PI
PS (Mg.ha-1)
PI
310,5
241,2
596,8
455,8
PI
PI
PI
PI
430,7
640,7
PI
653,1
PI
488,1
686,2
187,8
PI
602,9
139,7
169,0
PI
PI
126,6
785,1
641,1
CV (%)
584,8
165,4
412,0
PI
621,3
611,9
437,5
PI
354,7
445,7
242,3
434,6
561,4
303,3
800,8
657,0
489,0
593,8
396,4
PI
325,9
289,7
464,0
PI
316,6
PI
CV (%)
PI
0,1 ± 0,07
1,06 ± 0,58
0,02 ± 0,02
0,19 ± 0,19
PI
PI
PI
PI
0,02 ± 0,02
< 0,01
PI
0,04 ± 0,06
PI
< 0,01
0,04 ± 0,05
0,82 ± 0,35
PI
0,06 ± 0,08
1,33 ± 0,42
0,65 ± 0,25
PI
PI
5,53 ± 1,58
0,01 ± 0,02
0,01 ± 0,02
C (Mg.ha-1)
0,04 ± 0,06
0,82 ± 0,31
0,27 ± 0,25
PI
0,05 ± 0,07
0,08 ± 0,12
0,08 ± 0,08
PI
0,04 ± 0,03
0,04 ± 0,04
0,15 ± 0,08
0,02 ± 0,02
0,01 ± 0,02
0,12 ± 0,08
0,02 ± 0,03
< 0,01
0,08 ± 0,09
0,03 ± 0,05
0,06 ± 0,05
PI
1,09 ± 0,8
0,77 ± 0,5
< 0,01
PI
0,65 ± 0,46
PI
C (Mg.ha-1)
PI
310,5
241,2
596,8
455,8
PI
PI
PI
PI
430,7
640,7
PI
653,1
PI
488,1
686,2
187,8
PI
602,9
139,7
169,0
PI
PI
126,6
785,1
641,1
CV (%)
584,8
165,4
412,0
PI
621,3
611,9
437,5
PI
354,7
445,7
242,3
434,6
561,4
303,3
800,8
657,0
489,0
593,8
396,4
PI
325,9
289,7
464,0
PI
316,6
PI
CV (%)
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare
0,17 ± 0,15
0,07 ± 0,09
18,92 ± 5,54
32,72 ± 5,71
0,19 ± 0,32
2,28 ± 1,08
Myrtaceae
Nectandra grandiflora
Nectandra lanceolata
Nectandra megapotamica
Nectandra membranacea
Ocotea diospyrifolia
264
1,76 ± 0,7
6,82 ± 3,49
PI
0,06 ± 0,09
1,12 ± 0,48
PI
0,12 ± 0,13
5,47 ± 2,04
Picrasma crenata
Pilocarpus pennatifolius
Piptadenia gonoacantha
Piptocarpha angustifolia
Pisonia ambigua
Plinia rivularis
Plinia trunciflora
Prunus myrtifolia
0,18 ± 0,16
1,56 ± 0,8
0,25 ± 0,21
2,89 ± 1,45
Roupala montana
Ruprechtia laxiflora
Sambucus australis
Sapium glandulosum
265
0,49 ± 0,55
Seguieria aculeata
PI
2,13 ± 1,22
0,07 ± 0,1
1,48 ± 0,65
0,1 ± 0,11
2,18 ± 1,15
Solanum mauritianum
Solanum pseudoquina
Solanum sanctae-catharinae
Solanum sp.
Sorocea bonplandii
0,77 ± 0,58
Solanum bullatum
Solanum compressum
0,07 ± 0,11
PI
0,52 ± 0,47
Sloanea hirsuta
Siphoneugena reitzii
Sessea regnellii
PI
3,89 ± 2,04
Sebastiania commersoniana
Senegalia recurva
3,58 ± 1,78
Sebastiania brasiliensis
PI
0,99 ± 0,78
Schinus terebinthifolius
Seguieria langsdorffii
0,23 ± 0,19
Schefflera morototoni
PI
1,27 ± 0,97
Rauvolfia sellowii
Schaefferia argentinensis
PI
0,79 ± 0,48
PI
Raulinoreitzia sp.
Randia ferox
Quillaja brasiliensis
ind.ha-1
0,91 ± 1,01
Picramnia parvifolia
Espécie
3,07 ± 1,03
Phytolacca dioica
PI
0,71 ± 1,01
Persea americana
Persea sp.
0,46 ± 0,29
Peltophorum dubium
2,42 ± 2,02
Ocotea pulchella
6,95 ± 2,87
35,72 ± 11,04
Ocotea puberula
Parapiptadenia rigida
0,56 ± 0,56
Ocotea odorifera
PI
3,86 ± 1,9
Myrsine umbellata
Ocotea laxa
0,07 ± 0,09
ind.ha-1
Myrsine loefgrenii
Espécie
233,8
503,2
196,1
622,5
253,2
PI
336,0
626,9
PI
405,2
PI
PI
497,4
233,0
220,0
349,5
366,5
PI
222,9
362,9
226,9
388,7
339,3
PI
268,5
PI
CV (%)
165,1
507,5
PI
188,3
620,4
PI
227,2
176,7
492,5
149,1
PI
626,1
277,0
183,2
369,1
137,1
443,4
PI
210,2
746,2
77,4
129,7
620,6
387,4
217,8
620,8
CV (%)
12,65 ± 1,37
31,88 ± 48,76
16,3 ± 1,78
25,39 ± 114,26
15,82 ± 1,6
PI
22,07 ± 12,13
38,99 ± 240,65
PI
19,87 ± 6,49
PI
PI
14,91 ± 3,82
18,52 ± 3,15
14,37 ± 1,42
12,14 ± 1,27
26,53 ± 10,23
PI
20,95 ± 3,27
16,31 ± 3,49
30,83 ± 10,74
18,08 ± 8,4
21,98 ± 5,16
PI
12,97 ± 1,6
PI
DAP (cm)
22,54 ± 4,54
20,58 ± 8,89
PI
17,55 ± 2,62
25,15 ± 190,09
PI
12,56 ± 0,48
17,27 ± 2,29
21,6 ± 8,28
30,62 ± 5,44
PI
23,04 ± 51,6
39,54 ± 20,25
32 ± 6,36
20,94 ± 4,55
23,73 ± 2,38
20,16 ± 4,06
PI
27,47 ± 5,23
17,91 ± 90,02
23,63 ± 1,73
27,83 ± 3,39
23,48 ± 43,48
23,36 ± 13,83
14,77 ± 1,46
11,78 ± 8,09
DAP (cm)
24,5
61,6
25,3
50,1
23,9
PI
71,5
68,7
PI
39,1
PI
PI
20,6
47,2
22,8
13,6
36,7
PI
44,7
20,4
74,4
37,4
35,0
PI
22,2
PI
CV (%)
63,0
17,4
PI
32,8
84,1
PI
9,7
34,1
36,5
55,6
PI
24,9
76,2
63,0
34,2
40,4
16,2
PI
48,1
55,9
31,2
46,4
20,6
47,7
24,5
7,6
CV (%)
3,48 ± 0,83
8,5 ± 19,06
3,64 ± 1,19
4 ± 12,71
3,29 ± 1,07
PI
5,81 ± 1,79
5,5 ± 19,06
PI
4,73 ± 2,96
PI
PI
3,7 ± 18,38
3,96 ± 0,63
3,13 ± 0,61
2,37 ± 0,52
8,92 ± 2,78
PI
6,17 ± 0,7
< 0,01
5,87 ± 0,97
5,67 ± 3,79
5,46 ± 1,77
PI
4,72 ± 1,41
PI
Hf (m)
4,83 ± 0,53
2,67 ± 2,87
PI
2,86 ± 0,79
PI
PI
3,85 ± 0,43
4,62 ± 1,19
6,19 ± 3,09
4,6 ± 0,7
PI
4,25 ± 15,88
6,39 ± 1,73
5,68 ± 1,1
6,11 ± 2,04
5,83 ± 0,47
4,14 ± 0,67
PI
5,45 ± 0,86
3,88 ± 11,2
5,21 ± 0,36
5,71 ± 0,52
< 0,01
PI
4,27 ± 0,64
< 0,01
Hf (m)
33,6
25,0
48,6
35,4
58,9
PI
29,3
38,6
PI
50,4
PI
PI
55,3
39,2
36,6
20,8
29,8
PI
28,5
0,0
32,2
27,0
48,1
PI
35,7
PI
CV (%)
31,6
43,3
PI
43,5
PI
PI
23,9
51,8
47,6
41,5
PI
41,6
40,4
59,8
49,8
32,4
10,1
PI
38,3
32,1
29,1
33,1
0,0
PI
32,1
0,0
CV (%)
32,0
17,6
PI
36,1
32,6
PI
17,1
32,9
31,2
40,2
PI
42,4
31,4
43,2
31,5
28,5
30,2
PI
29,5
25,0
23,5
23,4
0,0
28,2
29,3
20,2
CV (%)
0,29 ± 0,13
< 0,01
PI
0,03 ± 0,02
< 0,01
PI
0,1 ± 0,05
0,05 ± 0,03
0,04 ± 0,05
0,36 ± 0,17
PI
0,04 ± 0,07
0,08 ± 0,08
0,61 ± 0,26
0,14 ± 0,12
1,91 ± 0,51
0,02 ± 0,03
PI
0,25 ± 0,15
0,01 ± 0,03
1,93 ± 0,38
1,33 ± 0,38
< 0,01
< 0,01
0,06 ± 0,03
< 0,01
AB (m².ha-1)
7,68 ± 0,98
12,5 ± 16,8
8,14 ± 1,26
12 ± 50,82
7,87 ± 1,44
PI
12,37 ± 2,27
10,5 ± 19,06
PI
11,73 ± 2,28
PI
PI
6,63 ± 4,09
8,7 ± 1,06
8,43 ± 0,98
5,23 ± 1,55
17,33 ± 7,17
PI
11,76 ± 1,04
8,13 ± 4,09
11,87 ± 1,89
11,6 ± 6,43
10,17 ± 1,54
PI
8,52 ± 1,36
PI
Ht (m)
28,9
54,1
35,7
47,1
43,4
PI
23,9
20,2
PI
23,3
PI
PI
49,7
33,6
27,0
38,6
39,4
PI
25,3
48,0
34,0
44,6
22,6
PI
28,8
PI
CV (%)
0,05 ± 0,05
0,01 ± 0,02
0,04 ± 0,02
< 0,01
0,06 ± 0,05
PI
0,04 ± 0,04
0,01 ± 0,02
PI
0,02 ± 0,02
PI
PI
< 0,01
0,14 ± 0,07
0,07 ± 0,04
0,01 ± 0,01
0,01 ± 0,01
PI
0,12 ± 0,06
< 0,01
0,15 ± 0,12
< 0,01
0,06 ± 0,05
PI
0,01 ± 0,01
PI
AB (m².ha-1)
Variáveis dendrométricas
10,67 ± 1,09
8,67 ± 3,79
PI
7,64 ± 1,26
13 ± 38,12
PI
8,27 ± 0,56
9,63 ± 1,23
13,81 ± 4,52
10,37 ± 1,33
PI
12,86 ± 49,01
12,15 ± 2,57
12,87 ± 1,75
10,53 ± 2,1
12,29 ± 0,87
9,42 ± 3,53
PI
11,98 ± 1,4
8,51 ± 19,14
11,75 ± 0,65
12,79 ± 0,79
PI
9,9 ± 3,47
8,76 ± 1,04
7 ± 12,71
Ht (m)
Variáveis dendrométricas
439,0
647,8
236,4
752,0
340,8
PI
445,1
812,7
PI
433,6
PI
PI
512,6
222,9
219,7
364,9
410,9
PI
215,5
380,9
354,8
500,4
363,0
PI
321,1
PI
CV (%)
195,8
535,3
PI
222,1
830,8
PI
239,2
237,3
538,1
212,9
PI
683,6
452,9
192,2
375,2
118,5
461,5
PI
259,7
863,6
87,9
128,0
725,2
499,7
198,3
622,2
CV (%)
0,08 ± 0,09
0,06 ± 0,11
0,07 ± 0,06
0,02 ± 0,03
0,15 ± 0,12
PI
0,17 ± 0,21
0,05 ± 0,09
PI
0,05 ± 0,05
PI
PI
0,03 ± 0,05
0,4 ± 0,23
0,18 ± 0,14
0,02 ± 0,02
0,1 ± 0,09
PI
0,66 ± 0,36
< 0,01
0,79 ± 0,66
0,03 ± 0,03
0,18 ± 0,12
PI
0,04 ± 0,05
PI
Vf c/c (m³.ha-1)
1,32 ± 0,68
0,01 ± 0,02
PI
0,07 ± 0,05
< 0,01
PI
0,27 ± 0,19
0,19 ± 0,17
0,23 ± 0,28
1,39 ± 0,7
PI
0,08 ± 0,13
0,5 ± 0,57
3,14 ± 1,44
0,76 ± 0,64
10,04 ± 2,91
0,08 ± 0,09
PI
1,23 ± 0,73
0,07 ± 0,13
8,64 ± 1,9
6,49 ± 2,34
< 0,01
< 0,01
0,17 ± 0,08
< 0,01
Vf c/c (m³.ha-1)
520,7
773,8
378,7
711,4
347,6
PI
566,2
779,6
PI
502,8
PI
PI
732,7
251,1
342,1
490,0
401,4
PI
240,7
0,0
373,0
591,9
304,9
PI
470,7
PI
CV (%)
227,0
574,1
PI
315,0
883,2
PI
304,7
404,4
524,7
222,7
PI
701,2
503,0
203,0
376,3
128,3
488,0
PI
262,7
866,5
97,6
160,2
0,0
883,2
207,0
0,0
CV (%)
0,3 ± 0,34
0,08 ± 0,13
0,22 ± 0,12
0,03 ± 0,05
0,33 ± 0,27
PI
0,29 ± 0,32
0,1 ± 0,2
PI
0,11 ± 0,11
PI
PI
0,05 ± 0,06
0,89 ± 0,47
0,38 ± 0,19
0,06 ± 0,05
0,09 ± 0,09
PI
0,82 ± 0,4
0,03 ± 0,03
1,39 ± 1,36
0,03 ± 0,04
0,4 ± 0,34
PI
0,07 ± 0,05
PI
PS (Mg.ha-1)
2,01 ± 0,96
0,02 ± 0,03
PI
0,2 ± 0,11
0,03 ± 0,06
PI
0,48 ± 0,27
0,33 ± 0,2
0,28 ± 0,33
3,18 ± 1,87
PI
0,32 ± 0,5
0,73 ± 0,89
4,99 ± 2,32
0,93 ± 0,81
12,64 ± 3,34
0,16 ± 0,18
PI
1,99 ± 1,21
0,09 ± 0,17
13,52 ± 2,93
9,5 ± 2,87
0,03 ± 0,05
0,06 ± 0,07
0,3 ± 0,13
< 0,01
PS (Mg.ha-1)
502,7
701,1
249,6
779,3
360,6
PI
487,2
835,4
PI
440,9
PI
PI
514,2
233,4
221,4
368,4
436,0
PI
219,6
387,2
434,2
533,1
373,2
PI
328,4
PI
CV (%)
213,2
546,6
PI
238,8
852,1
PI
246,9
270,2
537,5
260,9
PI
697,2
543,9
205,8
386,3
117,3
491,7
PI
269,5
869,7
96,2
134,3
740,8
541,6
196,2
623,4
CV (%)
0,15 ± 0,17
0,04 ± 0,06
0,11 ± 0,06
0,01 ± 0,02
0,17 ± 0,14
PI
0,15 ± 0,16
0,05 ± 0,1
PI
0,05 ± 0,05
PI
PI
0,03 ± 0,03
0,45 ± 0,23
0,19 ± 0,09
0,03 ± 0,02
0,04 ± 0,04
PI
0,41 ± 0,2
0,01 ± 0,01
0,7 ± 0,68
0,02 ± 0,02
0,2 ± 0,17
PI
0,04 ± 0,03
PI
C (Mg.ha-1)
1 ± 0,48
0,01 ± 0,01
PI
0,1 ± 0,05
0,02 ± 0,03
PI
0,24 ± 0,13
0,16 ± 0,1
0,14 ± 0,17
1,59 ± 0,94
PI
0,16 ± 0,25
0,36 ± 0,45
2,5 ± 1,16
0,47 ± 0,41
6,32 ± 1,67
0,08 ± 0,09
PI
0,99 ± 0,6
0,04 ± 0,09
6,76 ± 1,47
4,75 ± 1,44
0,02 ± 0,03
0,03 ± 0,04
0,15 ± 0,07
< 0,01
C (Mg.ha-1)
502,7
701,1
249,6
779,3
360,6
PI
487,2
835,4
PI
440,9
PI
PI
514,2
233,4
221,4
368,4
436,0
PI
219,6
387,2
434,2
533,1
373,2
PI
328,4
PI
CV (%)
213,2
546,6
PI
238,8
852,1
PI
246,9
270,2
537,5
260,9
PI
697,2
543,9
205,8
386,3
117,3
491,7
PI
269,5
869,7
96,2
134,3
740,8
541,6
196,2
623,4
CV (%)
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare
8,21 ± 3,63
0,26 ± 0,33
Trichilia clausseni
Trichilia elegans
266
0,17 ± 0,22
0,34 ± 0,26
0,26 ± 0,39
1,47 ± 1,4
0,55 ± 0,36
3,34 ± 1,48
6,79 ± 1,51
Xylosma pseudosalzmannii
Xylosma sp.
Zanthoxylum fagara
Zanthoxylum petiolare
Zanthoxylum rhoifolium
Não identificada
PI
Vernonanthura discolor
Xylosma ciliatifolia
1,83 ± 1,44
Vasconcellea quercifolia
1,42 ± 0,71
0,11 ± 0,16
Varronia polycephala
Vitex megapotamica
2,74 ± 1,26
Urera baccifera
PI
0,82 ± 0,55
Trichilia catigua
Trichilia sp.
1,15 ± 0,64
Trema micrantha
PI
Symplocos uniflora
0,1 ± 0,14
0,13 ± 0,2
Symplocos tetrandra
Tetrorchidium rubrivenium
13,3 ± 4,15
Syagrus romanzoffiana
0,39 ± 0,59
2,12 ± 1,22
Styrax leprosus
Tabernaemontana catharinensis
1,69 ± 0,84
ind.ha-1
Strychnos brasiliensis
Espécie
98,7
196,7
287,4
420,0
676,6
343,5
559,6
222,6
PI
349,4
667,4
203,9
PI
561,1
196,3
297,0
246,0
654,9
674,1
PI
695,2
138,6
254,8
221,4
CV (%)
19,86 ± 1,76
15,06 ± 1,36
22,04 ± 12,08
17,24 ± 4,83
18,04 ± 30,42
13,48 ± 2,78
11,64 ± 4,42
25,91 ± 10,69
PI
16,54 ± 3,67
15,52 ± 23,26
14,37 ± 1,07
PI
10,96 ± 1
14,87 ± 1
14,5 ± 2,17
12,44 ± 0,78
26,9 ± 42,47
14,62 ± 5,54
PI
18,89 ± 26,96
20,18 ± 0,82
21,73 ± 3,74
12,99 ± 1,23
DAP (cm)
35,2
24,6
81,6
48,5
67,9
22,3
15,3
88,2
PI
36,7
16,7
18,0
PI
3,7
21,6
22,2
13,4
17,6
15,2
PI
15,9
16,2
39,8
21,9
CV (%)
4,95 ± 0,64
4,37 ± 1,1
4,58 ± 2,48
3,73 ± 1,07
5,5 ± 6,35
PI
4,83 ± 14,82
4,17 ± 1,05
PI
3,68 ± 0,62
4,25 ± 3,18
2,7 ± 1,73
PI
3,67 ± 4,24
3,8 ± 0,48
4,33 ± 1,52
3,37 ± 1,25
4,5 ± 6,35
2,76 ± 3,07
PI
PI
8,26 ± 0,68
5,24 ± 1,05
3,31 ± 1,44
Hf (m)
44,2
56,6
75,6
40,3
12,9
PI
34,1
49,0
PI
23,7
8,3
51,7
PI
12,9
33,0
37,9
44,2
15,7
12,4
PI
PI
32,3
41,6
56,8
CV (%)
9,86 ± 0,82
8,99 ± 1,08
12 ± 3,87
9,12 ± 2,05
8,56 ± 12,89
8,55 ± 2,61
10,39 ± 4,94
10,55 ± 2,27
PI
7,69 ± 0,85
9 ± 12,71
5,27 ± 0,54
PI
7,94 ± 1,45
8,26 ± 0,64
8,72 ± 1,77
6,91 ± 1,06
12,25 ± 22,24
6,51 ± 3,73
PI
7,17 ± 10,59
10,77 ± 0,69
10,36 ± 0,99
6,28 ± 0,74
Ht (m)
33,2
32,6
48,0
38,9
60,7
33,1
19,1
46,0
PI
18,2
15,7
24,7
PI
7,4
24,9
30,2
32,9
20,2
23,0
PI
16,4
25,5
22,1
27,2
CV (%)
0,26 ± 0,07
0,06 ± 0,03
0,03 ± 0,03
0,05 ± 0,04
< 0,01
< 0,01
< 0,01
0,09 ± 0,06
PI
0,05 ± 0,04
< 0,01
0,05 ± 0,03
PI
< 0,01
0,19 ± 0,09
0,02 ± 0,01
0,01 ± 0,01
< 0,01
< 0,01
PI
< 0,01
0,43 ± 0,12
0,08 ± 0,04
0,03 ± 0,02
AB (m².ha-1)
Variáveis dendrométricas
112,7
202,6
480,0
382,2
591,9
404,6
544,5
317,2
PI
390,6
733,5
243,9
PI
566,2
212,7
362,1
242,7
623,7
692,7
PI
652,7
119,7
234,1
263,6
CV (%)
1,04 ± 0,36
0,24 ± 0,13
0,17 ± 0,23
0,15 ± 0,18
0,02 ± 0,03
< 0,01
< 0,01
0,33 ± 0,25
PI
0,12 ± 0,11
0,01 ± 0,02
0,01 ± 0,01
PI
< 0,01
0,27 ± 0,14
0,05 ± 0,05
0,03 ± 0,02
0,02 ± 0,03
0,02 ± 0,04
PI
< 0,01
2,69 ± 0,71
0,39 ± 0,22
0,05 ± 0,05
Vf c/c (m³.ha-1)
155,8
236,1
624,7
511,2
786,6
883,2
652,1
327,3
PI
407,8
722,0
439,7
PI
689,9
225,3
493,2
389,6
622,2
777,9
PI
883,2
117,7
253,6
450,4
CV (%)
1,74 ± 0,5
0,34 ± 0,16
0,2 ± 0,27
0,28 ± 0,24
0,03 ± 0,04
0,03 ± 0,03
< 0,01
0,71 ± 0,61
PI
0,27 ± 0,24
0,01 ± 0,02
0,28 ± 0,15
PI
0,01 ± 0,01
1,06 ± 0,53
0,09 ± 0,09
0,07 ± 0,04
0,03 ± 0,05
0,04 ± 0,06
PI
0,02 ± 0,03
2,55 ± 0,68
0,54 ± 0,28
0,19 ± 0,12
PS (Mg.ha-1)
127,1
209,3
581,0
385,4
623,7
424,6
544,6
382,0
PI
394,5
752,7
246,6
PI
567,2
221,2
409,4
243,0
621,4
692,8
PI
646,3
118,5
233,6
286,6
CV (%)
0,87 ± 0,25
0,17 ± 0,08
0,1 ± 0,13
0,14 ± 0,12
0,01 ± 0,02
0,01 ± 0,01
< 0,01
0,36 ± 0,31
PI
0,13 ± 0,12
< 0,01
0,14 ± 0,08
PI
< 0,01
0,53 ± 0,26
0,05 ± 0,04
0,03 ± 0,02
0,02 ± 0,02
0,02 ± 0,03
PI
< 0,01
1,27 ± 0,34
0,27 ± 0,14
0,09 ± 0,06
C (Mg.ha-1)
127,1
209,3
581,0
385,4
623,7
424,6
544,6
382,0
PI
394,5
752,7
246,6
PI
567,2
221,2
409,4
243,0
621,4
692,8
PI
646,3
118,5
233,6
286,6
CV (%)
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice
III
Floresta Estacional Decidual
Parâmetros fitossociológicos das espécies
da Floresta Estacional Decidual
269
270
vacum-mirim
baga-de-morcego
chal-chal
cambará
xaxim-setoso
araticum
Allophylus guaraniticus
Allophylus petiolulatus
Allophylus puberulus
Aloysia virgata
Alsophila setosa
Annona emarginata
109
vassoura
trupichava
Baccharis punctulata
Baccharis semiserrata
cabroré-mirim
louro-branco
pata-de-vaca
canela-de-virá
cambuí
assa-peixe
riteira
canjerana
cabelo-de-anjo
guamirim-chorão
guamirim-ferro
guabirobão
sete capotes
guabirobeira
cambroé
Banara tomentosa
Bastardiopsis densiflora
Bauhinia forficata
Bernardia pulchella
Blepharocalyx salicifolius
Boehmeria caudata
Bunchosia maritima
Cabralea canjerana
Calliandra foliolosa
Calyptranthes grandifolia
Calyptranthes tricona
Campomanesia guaviroba
Campomanesia guazumifolia
Campomanesia xanthocarpa
Casearia decandra
Balfourodendron riedelianum
guatambu
vassourinha
Baccharis dracunculifolia
Baccharis sp.
-
cambará
Austroeupatorium inulaefolium
271
39
88
27
1
19
1
22
178
1
-
2
-
29
40
42
160
1
2
-
1
-
Aureliana sp.
153
timbó
peroba-branca
Aspidosperma australe
N
Ateleia glazioveana
Nome popular
Nome científico
6
1
pinheiro-brasileiro
Araucaria angustifolia
1
Asteraceae
carobão
Aralia warmingiana
82
1
grápia
Apuleia leiocarpa
166
4
30
2
137
48
1
2
191
7
5
19
98
14
1
66
Aspidosperma sp.
ariticum
Annona sylvatica
Annona sp.
vacum
angico-branco
Albizia niopoides
Allophylus edulis
pau-gambá
Albizia edwallii
tanheiro
umbu-do-mato
Agonandra excelsa
Alchornea triplinervia
botim
Aegiphila brachiata
tanheiro
laranjeira-do-mato
Actinostemon concolor
Alchornea sidifolia
cabo-de-lança
Achatocarpus praecox
9
-
tapa-buraco
Acalypha gracilis
N
-
Nome popular
Abutilon sp.
Nome científico
1,39
3,14
0,96
0,04
0,68
0,04
0,79
6,36
0,04
-
0,07
-
1,04
1,43
1,50
5,71
0,04
0,07
-
0,04
-
-
5,46
0,04
0,04
3,89
DA
0,21
0,04
2,93
5,93
0,14
1,07
0,07
4,89
1,71
0,04
0,07
6,82
0,25
0,18
0,68
3,50
0,50
0,04
2,36
0,32
-
-
DA
0,10
0,03
1,13
1,37
0,14
0,51
0,07
0,55
0,41
0,03
0,03
1,61
0,10
0,10
0,27
1,17
0,10
0,03
0,69
0,17
-
-
FR
0,05
0,00
0,33
0,13
0,01
0,02
0,00
0,07
0,03
0,00
0,00
0,18
0,01
0,01
0,02
0,09
0,01
0,00
0,03
0,02
-
-
DoA
0,27
0,00
1,64
0,66
0,03
0,08
0,00
0,36
0,16
0,00
0,00
0,88
0,07
0,07
0,11
0,43
0,05
0,00
0,15
0,11
-
-
DoR
0,30
0,68
0,21
0,01
0,15
0,01
0,17
1,38
0,01
-
0,02
-
0,22
0,31
0,33
1,24
0,01
0,02
-
0,01
-
-
1,19
0,01
0,01
0,85
DR
0,79
1,17
0,55
0,03
0,24
0,03
0,31
1,47
0,03
-
0,07
-
0,79
0,07
0,86
1,61
0,03
0,03
-
0,03
-
-
0,24
0,03
0,03
1,20
FR
0,03
0,12
0,02
0,00
0,02
0,00
0,03
0,33
0,00
-
0,01
-
0,01
0,08
0,05
0,19
0,00
0,00
-
0,00
-
-
0,18
0,00
0,00
0,12
DoA
0,14
0,61
0,11
0,01
0,11
0,00
0,13
1,62
0,00
-
0,03
-
0,07
0,42
0,24
0,93
0,00
0,00
-
0,00
-
-
0,92
0,02
0,01
0,60
DoR
Componente arbóreo/arbustivo
0,05
0,01
0,64
1,29
0,03
0,23
0,02
1,06
0,37
0,01
0,02
1,48
0,05
0,04
0,15
0,76
0,11
0,01
0,51
0,07
-
-
DR
Componente arbóreo/arbustivo
1,24
2,46
0,87
0,05
0,50
0,05
0,61
4,48
0,04
-
0,11
-
1,09
0,80
1,42
3,78
0,04
0,05
-
0,04
-
-
2,34
0,06
0,06
2,65
VI
0,42
0,04
3,40
3,32
0,20
0,82
0,09
1,97
0,95
0,04
0,05
3,97
0,22
0,21
0,53
2,36
0,26
0,04
1,35
0,35
-
-
VI
10,15
10,60
9,76
9,00
7,71
18,00
10,20
10,08
5,00
-
13,50
-
9,03
9,97
8,96
11,68
4,00
5,00
-
4,00
-
-
10,48
9,24
8,00
10,83
Ht
16,50
5,00
13,45
8,36
8,55
7,39
4,00
5,60
8,90
7,00
11,00
9,37
9,21
10,36
10,02
9,70
6,71
5,00
7,54
6,97
-
-
Ht
17
15
12
-
4
1
38
14
-
14
-
3
31
-
30
24
-
-
4
2
6
1
-
11
-
16
N
2
-
4
34
2
12
-
10
20
-
7
62
-
-
3
7
-
-
272
2
7
1
N
25,15
22,19
17,75
-
5,92
1,48
56,21
20,71
-
20,71
-
4,44
45,86
-
44,38
35,50
-
-
5,92
2,96
8,88
1,48
-
16,27
-
23,67
DA
0,06
-
0,12
1,02
0,06
0,36
-
0,30
0,60
-
0,21
1,86
-
-
0,09
0,21
-
-
8,18
0,06
0,21
0,03
DR
0,17
-
0,17
1,37
0,09
0,51
-
0,69
0,43
-
0,26
1,80
-
-
0,09
0,60
-
-
3,68
0,09
0,34
0,09
FR
0,51
0,45
0,36
-
0,12
0,03
1,14
0,42
-
0,42
-
0,09
0,93
-
0,90
0,72
-
-
0,12
0,06
0,18
0,03
-
0,33
-
0,48
DR
0,86
1,03
0,60
-
0,34
0,09
0,94
0,86
-
0,60
-
0,26
1,63
-
0,51
1,29
-
-
0,09
0,17
0,09
0,09
-
0,09
-
0,94
FR
VI
1,37
1,48
0,96
-
0,46
0,12
2,09
1,28
-
1,02
-
0,35
2,56
-
1,42
2,01
-
-
0,21
0,23
0,27
0,12
-
0,42
-
1,42
VI
0,23
-
0,29
2,39
0,15
0,88
-
0,99
1,03
-
0,47
3,66
-
-
0,18
0,81
-
-
11,87
0,15
0,55
0,12
Regeneração natural
2,96
-
5,92
50,30
2,96
17,75
-
14,79
29,59
-
10,36
91,72
-
-
4,44
10,36
-
-
402,37
2,96
10,36
1,48
DA
Regeneração natural
3,45
3,36
3,64
-
3,00
3,00
3,89
3,24
-
2,28
-
2,50
3,61
-
3,87
3,42
-
-
2,03
2,65
1,77
1,70
-
1,75
-
3,57
Ht
7,00
-
2,38
3,54
5,35
2,81
-
3,60
3,72
-
2,03
2,77
-
-
3,33
2,93
-
-
2,77
3,50
1,60
2,00
Ht
Apêndice III. Parâmetros fitossociológicos do componente arbóreo/arbustivo e da regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. N: número de indivíduos; DA:
densidade absoluta (ind.ha-1); DR: densidade relativa (%); FR: frequência relativa (%); DoA: dominância absoluta (m².ha-1); DoR: dominância relativa; VI: valor de importância (%); Ht: altura
total média (m).
Appendix III. Phytosociological parameters of the tree/shrub component and natural regeneration at the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. N: number of individuals; DA: absolute
density (ind.ha-1); DR: relative density (%); FR: relative frequency (%); DoA: absolute dominance (m².ha-1); DoR: relative dominance (%); VI: importance value; Ht: mean total height (m).
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual
cambroé
Casearia obliqua
272
azeitona-do-mato
aguaí-da-serra
murta
aguaí-vermelho
pimenteira-pau-para tudo
canela
congonha-verdadeira
laranja
limão
caujuva
pau-de-junta
guaraiúva
claraíba
louro-pardo
marmelinho
capim-de-anta
mata-pau
Nome popular
pimenteira
quina
canela-fogo
Chionanthus trichotomus
Chrysophyllum gonocarpum
Chrysophyllum inornatum
Chrysophyllum marginatum
Cinnamodendron dinisii
Cinnamomum amoenum
Citronella paniculata
Citrus reticulata
Citrus x limon
Clethra scabra
Coccoloba argentinensis
Cordia americana
Cordia ecalyculata
Cordia trichotoma
Cordiera concolor
Cordyline spectabilis
Coussapoa microcarpa
Nome científico
Coussarea contracta
Coutarea hexandra
Cryptocarya aschersoniana
273
cocão
cutia-guxupita
grumixama
farinha-seca
Erythroxylum deciduum
Esenbeckia grandiflora
Eugenia brasiliensis
Eugenia burkartiana
1
1
1
15
30
5
cereja
corticeira-da-serra
Erythrina falcata
3
Eugenia involucrata
mulungu
Erythrina crista-galli
11
-
timbaúva
Enterolobium contortisiliquum
1
guamirim-de-folha miúda
canela-frade
Endlicheria paniculata
1
Eugenia hiemalis
fruta-de-jacu-macho
Diospyros inconstans
4
6
xaxim-bugio
Dicksonia sellowiana
111
10
3
-
Eugenia gracillima
quepé
Diatenopteryx sorbifolia
sucará
Dasyphyllum spinescens
açurará
embira-branca
Daphnopsis racemosa
Dasyphyllum tomentosum
rabo-de-bugio
Dalbergia frutescens
35
-
falsa-eritrina
Dahlstedtia pinnata
62
27
xaxim
Cyathea corcovadensis
562
1
36
7
20
N
4
33
1
74
25
106
2
14
3
1
22
2
29
176
1
158
1
Cyathea sp.
cubantã
Cupania vernalis
Cryptocarya mandioccana
coerana
Cestrum strigilatum
-
7
35
coerana
esporão-de-galo
Celtis iguanaea
10
Cestrum intermedium
paineira
Ceiba speciosa
306
3
cedro
Cedrela fissilis
334
-
14
N
Cereus sp.
chá-de-bugre
Casearia sylvestris
Casearia sp.
Nome popular
Nome científico
0,18
-
0,21
0,04
0,04
0,04
0,54
1,07
0,11
0,39
0,04
0,04
0,14
3,96
0,36
0,11
-
1,25
-
0,96
2,21
20,07
0,04
1,29
0,25
0,71
DA
0,14
1,18
0,04
2,64
0,89
3,79
0,07
0,50
0,11
0,04
0,79
0,07
1,04
6,29
0,04
5,64
0,04
-
0,25
0,11
1,25
0,36
10,93
11,93
-
0,50
DA
0,03
0,51
0,03
1,20
0,48
1,34
0,07
0,14
0,10
0,03
0,62
0,07
0,10
1,41
0,03
1,58
0,03
-
0,21
0,03
0,69
0,21
2,06
1,78
-
0,24
FR
0,02
0,02
0,00
0,09
0,03
0,40
0,00
0,02
0,00
0,00
0,02
0,00
0,03
0,38
0,00
0,22
0,00
-
0,00
0,01
0,03
0,04
0,44
0,28
-
0,01
DoA
0,12
0,08
0,00
0,42
0,14
1,97
0,01
0,08
0,01
0,00
0,11
0,02
0,16
1,88
0,01
1,08
0,00
-
0,01
0,04
0,12
0,20
2,21
1,39
-
0,06
DoR
0,04
-
0,05
0,01
0,01
0,01
0,12
0,23
0,02
0,09
0,01
0,01
0,03
0,86
0,08
0,02
-
0,27
-
0,21
0,48
4,36
0,01
0,28
0,05
0,16
DR
0,17
-
0,10
0,03
0,03
0,03
0,31
0,51
0,07
0,24
0,03
0,03
0,10
1,13
0,07
0,07
-
0,55
-
0,03
0,14
2,19
0,03
0,41
0,21
0,27
FR
0,01
-
0,02
0,00
0,00
0,00
0,02
0,13
0,04
0,04
0,00
0,00
0,01
0,31
0,02
0,00
-
0,02
-
0,01
0,02
0,45
0,00
0,12
0,01
0,01
DoA
0,06
-
0,07
0,00
0,01
0,01
0,10
0,66
0,17
0,20
0,01
0,00
0,02
1,53
0,10
0,01
-
0,11
-
0,05
0,11
2,23
0,00
0,58
0,06
0,05
DoR
Componente arbóreo/arbustivo
0,03
0,26
0,01
0,57
0,19
0,82
0,02
0,11
0,02
0,01
0,17
0,02
0,22
1,36
0,01
1,22
0,01
-
0,05
0,02
0,27
0,08
2,37
2,59
-
0,11
DR
Componente arbóreo/arbustivo
0,27
-
0,22
0,04
0,05
0,06
0,53
1,40
0,27
0,53
0,05
0,04
0,16
3,52
0,24
0,10
-
0,93
-
0,29
0,72
8,78
0,04
1,27
0,32
0,48
VI
0,18
0,85
0,04
2,20
0,82
4,13
0,09
0,33
0,14
0,05
0,89
0,10
0,49
4,65
0,05
3,88
0,04
-
0,27
0,09
1,08
0,48
6,64
5,77
-
0,41
VI
12,00
-
9,08
4,00
9,00
10,70
10,11
12,86
22,00
12,36
12,69
8,00
2,75
11,09
9,60
6,53
-
9,32
-
6,19
5,71
9,38
10,00
13,48
8,14
8,32
Ht
15,75
5,73
6,00
11,74
7,98
10,84
8,20
11,02
4,00
3,00
8,14
10,16
11,10
11,07
12,00
9,44
8,00
-
9,57
5,94
7,01
12,70
11,10
8,82
-
10,06
Ht
5
5
-
3
-
24
7
1
-
-
-
-
-
23
-
3
1
22
15
-
-
158
-
1
1
7
N
-
6
-
6
2
24
-
7
2
-
4
1
4
14
1
21
-
3
20
-
18
-
23
81
8
-
N
1,48
1,48
7,40
7,40
-
4,44
-
35,50
10,36
1,48
-
-
-
-
-
34,02
-
4,44
1,48
32,54
22,19
-
-
233,73
-
-
0,18
-
0,18
0,06
0,72
-
0,21
0,06
-
0,12
0,03
0,12
0,42
0,03
0,63
-
0,09
0,60
-
0,54
-
0,69
2,44
0,24
-
DR
-
0,34
-
0,43
0,17
1,11
-
0,17
0,17
-
0,34
0,09
0,26
0,69
0,09
1,03
-
0,26
1,03
-
0,51
-
1,29
2,06
0,09
-
FR
0,15
0,15
-
0,09
-
0,72
0,21
0,03
-
-
-
-
-
0,69
-
0,09
0,03
0,66
0,45
-
-
4,75
-
0,03
0,03
0,21
DR
0,43
0,09
-
0,17
-
0,17
0,43
0,09
-
-
-
-
-
0,86
-
0,09
0,09
1,37
0,51
-
-
3,86
-
0,09
0,09
0,17
FR
-
VI
0,58
0,24
-
0,26
-
0,89
0,64
0,12
-
-
-
-
-
1,55
-
0,18
0,12
2,03
0,97
-
-
8,61
-
0,12
0,12
0,38
VI
-
0,52
-
0,61
0,23
1,84
-
0,38
0,23
-
0,46
0,12
0,38
1,11
0,12
1,66
-
0,35
1,63
-
1,06
-
1,98
4,49
0,33
Regeneração natural
10,36
DA
-
8,88
-
8,88
2,96
35,50
-
10,36
2,96
-
5,92
1,48
5,92
20,71
1,48
31,07
-
4,44
29,59
-
26,63
-
34,02
119,82
11,83
-
DA
Regeneração natural
2,06
6,00
-
1,90
-
2,97
2,83
2,00
-
-
-
-
-
3,87
-
3,33
2,20
2,59
2,23
-
-
3,54
-
1,70
2,00
2,97
Ht
-
3,33
-
4,83
3,15
3,05
-
2,79
2,25
-
2,75
1,50
2,30
3,40
8,10
3,58
-
2,20
2,96
-
2,64
-
3,57
3,09
1,60
-
Ht
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual
274
2
coronilha
catriguá-morcego
ipé-roxo
cun-cun
pau-jangada
canemeira
alecrim
uva-do-japão
canela-de-veado
caúna-da-serra
congonha
erva-mate
congonha
ingá-cipo
Nome popular
ingá-feijão
Gleditsia amorphoides
Guarea macrophylla
Handroanthus heptaphyllus
Helietta apiculata
Heliocarpus popayanensis
Hennecartia omphalandra
Holocalyx balansae
Hovenia dulcis
Hybanthus bigibbosus
Ilex brevicuspis
Ilex microdonta
Ilex paraguariensis
Ilex theezans
Inga edulis
Nome científico
Inga marginata
275
bico-de-pato
bico-de-pato
farinha-seca
farinha-seca
tajuva
mandioca-braba
Machaerium hirtum
Machaerium nyctitans
Machaerium paraguariense
Machaerium stipitatum
Maclura tinctoria
Manihot grahamii
1
10
447
183
1
1
781
açoita-cavalo
9
Luehea divaricata
rabo-de-bugio
Lonchocarpus nitidus
6
-
rabo-de-bugio
Lonchocarpus muehlbergianus
13
183
54
1
-
8
-
3
16
3
16
69
Lonchocarpus sp.
rabo-de-bugio
Lonchocarpus cultratus
guaperê
Lamanonia ternata
rabo-de-macaco
justicia-vermelha
Justicia brasiliana
Lonchocarpus campestris
jacaratiá
Jacaratia spinosa
aroeira-braba
carobinha
Jacaranda puberula
Lithrea brasiliensis
caroba
Jacaranda micrantha
perobinha do campo
inga
Inga virescens
Leptolobium elegans
ingá-banana
Inga vera subsp. affinis
camará
ingá-de-quatro-quinas
Inga vera
Lantana camara
8
ingá-de-quatro-quinas
Inga subnuda subsp. luschnathiana
15
4
Inga sp.
72
N
9
5
35
8
18
1
337
52
7
7
177
1
8
1
Ficus sp.
42
1
figueira
12
Ficus luschnathiana
guamirim
Eugenia verticillata
1
figueira
batinga-vermelha
Eugenia uruguayensis
48
Ficus gomelleira
pitanga
Eugenia uniflora
1
9
guamirim-de-riedel
Eugenia subterminalis
63
figueira
guapi
Eugenia rostrifolia
6
Ficus adhatodifolia
batingua-branca
Eugenia ramboi
6
5
uvaieira
Eugenia pyriformis
N
Fabaceae
Nome popular
Nome científico
0,04
0,36
15,96
6,54
0,04
0,04
27,89
-
0,32
0,21
0,46
6,54
1,93
0,04
-
0,29
-
0,11
0,57
0,11
0,57
2,46
0,54
0,29
0,14
2,57
DA
0,32
0,18
1,25
0,29
0,64
0,04
12,04
1,86
0,25
0,25
6,32
0,04
0,29
0,07
0,04
1,50
0,04
0,32
0,18
0,43
0,04
1,71
0,04
2,25
0,21
0,21
DA
0,10
0,07
0,27
0,14
0,27
0,03
1,17
0,51
0,17
0,03
0,62
0,03
0,07
0,07
0,03
0,79
0,03
0,17
0,07
0,07
0,03
0,55
0,03
0,31
0,17
0,21
FR
0,01
0,00
0,03
0,01
0,02
0,00
0,36
0,19
0,00
0,03
0,21
0,00
0,01
0,01
0,02
0,16
0,00
0,01
0,07
0,01
0,00
0,10
0,00
0,18
0,01
0,01
DoA
0,04
0,01
0,17
0,06
0,11
0,00
1,81
0,93
0,02
0,13
1,03
0,00
0,02
0,03
0,08
0,81
0,01
0,06
0,36
0,03
0,00
0,52
0,01
0,90
0,03
0,04
DoR
0,01
0,08
3,47
1,42
0,01
0,01
6,05
-
0,07
0,05
0,10
1,42
0,42
0,01
-
0,06
-
0,02
0,12
0,02
0,12
0,53
0,12
0,06
0,03
0,56
DR
0,03
0,17
2,02
1,47
0,03
0,03
2,33
-
0,10
0,07
0,21
1,75
0,34
0,03
-
0,07
-
0,10
0,27
0,07
0,41
0,82
0,21
0,17
0,14
0,72
FR
0,00
0,02
0,45
0,21
0,01
0,00
1,56
-
0,01
0,01
0,01
0,26
0,07
0,00
-
0,02
-
0,02
0,03
0,00
0,01
0,06
0,01
0,01
0,00
0,05
DoA
0,00
0,10
2,26
1,04
0,03
0,00
7,81
-
0,03
0,02
0,07
1,31
0,37
0,00
-
0,09
-
0,09
0,14
0,01
0,07
0,29
0,06
0,03
0,02
0,25
DoR
Componente arbóreo/arbustivo
0,07
0,04
0,27
0,06
0,14
0,01
2,61
0,40
0,05
0,05
1,37
0,01
0,06
0,02
0,01
0,33
0,01
0,07
0,04
0,09
0,01
0,37
0,01
0,49
0,05
0,05
DR
Componente arbóreo/arbustivo
0,05
0,35
7,75
3,93
0,07
0,04
16,19
-
0,20
0,14
0,38
4,47
1,13
0,04
-
0,23
-
0,21
0,54
0,10
0,60
1,65
0,38
0,27
0,19
1,53
VI
0,21
0,12
0,71
0,26
0,52
0,05
5,59
1,85
0,24
0,22
3,02
0,04
0,15
0,12
0,12
1,92
0,05
0,30
0,47
0,19
0,05
1,44
0,05
1,69
0,25
0,29
VI
6,00
10,40
9,71
9,98
13,90
6,00
9,97
-
12,56
10,55
10,31
11,10
9,44
8,00
-
11,23
-
11,33
10,89
7,00
9,67
9,54
8,63
10,00
9,50
8,27
Ht
11,22
10,00
8,00
13,76
10,21
13,00
12,99
11,71
7,29
10,14
10,43
6,00
5,63
12,50
20,00
9,22
8,00
8,39
23,20
7,58
8,00
10,22
13,00
13,37
11,67
11,50
Ht
13
-
93
33
-
-
52
4
1
13
1
161
1
-
2
-
42
-
-
-
-
2
-
3
-
24
N
-
-
7
1
-
37
10
8
8
-
67
-
5
-
-
1
-
-
-
5
-
22
-
6
6
3
N
19,23
-
137,57
48,82
-
-
76,92
5,92
1,48
19,23
1,48
238,17
1,48
-
2,96
-
62,13
-
-
-
-
2,96
-
4,44
-
-
-
0,21
0,03
-
1,11
0,30
0,24
0,24
-
2,02
-
0,15
-
-
0,03
-
-
-
0,15
-
0,66
-
0,18
0,18
0,09
DR
-
-
0,26
0,09
-
1,20
0,34
0,51
0,34
-
0,94
-
0,34
-
-
0,09
-
-
-
0,17
-
0,94
-
0,34
0,34
0,26
FR
0,39
-
2,80
0,99
-
-
1,56
0,12
0,03
0,39
0,03
4,84
0,03
-
0,06
-
1,26
-
-
-
-
0,06
-
0,09
-
0,72
DR
0,26
-
1,97
1,03
-
-
1,80
0,17
0,09
0,09
0,09
2,57
0,09
-
0,09
-
1,63
-
-
-
-
0,17
-
0,09
-
1,03
FR
VI
0,65
-
4,77
2,02
-
-
3,36
0,29
0,12
0,48
0,12
7,41
0,12
-
0,15
-
2,89
-
-
-
-
0,23
-
0,18
-
1,75
VI
-
-
0,47
0,12
-
2,31
0,64
0,76
0,58
-
2,96
-
0,49
-
-
0,12
-
-
-
0,32
-
1,60
-
0,52
0,52
0,35
Regeneração natural
35,50
DA
-
-
10,36
1,48
-
54,73
14,79
11,83
11,83
-
99,11
-
7,40
-
-
1,48
-
-
-
7,40
-
32,54
-
8,88
8,88
4,44
DA
Regeneração natural
2,42
-
3,53
3,50
-
-
3,49
2,63
4,00
1,98
2,00
2,83
1,70
-
1,85
-
1,97
-
-
-
-
2,25
-
2,17
-
3,03
Ht
-
-
3,30
5,50
-
2,13
4,01
2,06
2,94
-
3,52
-
2,74
-
-
1,60
-
-
-
2,86
-
3,53
-
2,35
2,53
4,17
Ht
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual
276
108
277
cedrinho
pau-amargo
cutia-branca
paripaioba
jaborandi-manso
paraguarandy
murta
Picramnia parvifolia
Picrasma crenata
Pilocarpus pennatifolius
Piper aduncum
Piper amalago var. medium
Piper caldense
Piper hispidum
1
pau-jacaré
vassourão- branco
maria-mole
Piptadenia gonoacantha
Piptocarpha angustifolia
Pisonia ambigua
33
2
-
Piper sp.
-
-
-
-
196
47
28
79
umbu
Phytolacca dioica
19
1
abacateiro
Persea americana
13
177
-
Persea sp.
canafístula
angico-do-banhado
Peltophorum dubium
Parapiptadenia rigida
Ocotea sp.
52
985
17
4
64
-
6
918
544
N
canela-lageana
capororoca
Myrsine umbellata
-
Ocotea pulchella
capororoca
Myrsine parvula
2
canela-guaicá
capororoca
Myrsine loefgrenii
3
Ocotea puberula
capororoca
Myrsine guianensis
40
canela-sassafrás
capororoca
Myrsine coriacea
-
Ocotea odorifera
capororoca
Myrsine balansae
-
canela
murtilho
Myrrhinium atropurpureum
190
Ocotea laxa
cabreúva
Myrocarpus frondosus
3
canela
cambuí
Myrciaria floribunda
24
Ocotea diospyrifolia
guabiju
Myrcianthes pungens
1
eupatório
araçá-do-mato
Myrcianthes gigantea
2
Neocabreria malachophylla
guamirim-de folha-fina
Myrcia splendens
-
canela
camboí
Myrcia selloi
1
Nectandra membranacea
guamirim-araça
Myrcia pubipetala
-
canela-imbuia
guamirim
Myrcia palustris
3
Nectandra megapotamica
guamirm-do-campo
Myrcia oblongata
7
canela-amarela
rapa-güela
Myrcia hebepetala
2
Nectandra lanceolata
guamirim
Myrceugenia myrcioides
2
Nome popular
amora preta
Morus nigra
3
Nome científico
bracatinga
Mimosa scabrella
1
2
pixirica
Miconia cinerascens var. cinerascens
5
canela-fedida
cancorosa
Maytenus aquifolia
23
Nectandra grandiflora
camboatá
Matayba intermedia
255
5
camboatá
Matayba elaeagnoides
N
Myrtaceae
Nome popular
Nome científico
1,18
0,07
0,04
-
-
-
-
-
7,00
1,68
1,00
2,82
0,04
0,68
0,46
6,32
-
1,86
35,18
0,61
0,14
2,29
-
0,21
32,78
19,43
DA
0,07
0,18
3,86
-
0,07
0,11
1,43
-
-
6,79
0,11
0,86
0,04
0,07
-
0,04
-
0,11
0,25
0,07
0,07
0,11
0,04
0,18
0,82
9,11
DA
0,07
0,17
0,89
-
0,07
0,03
0,41
-
-
1,65
0,10
0,45
0,03
0,03
-
0,03
-
0,03
0,21
0,07
0,03
0,07
0,03
0,14
0,07
1,30
FR
0,01
0,01
0,06
-
0,00
0,00
0,03
-
-
0,31
0,01
0,05
0,01
0,00
-
0,00
-
0,00
0,01
0,00
0,00
0,01
0,00
0,00
0,02
0,26
DoA
0,03
0,05
0,30
-
0,00
0,01
0,15
-
-
1,55
0,03
0,26
0,04
0,01
-
0,00
-
0,01
0,03
0,00
0,00
0,05
0,00
0,01
0,08
1,30
DoR
0,26
0,02
0,01
-
-
-
-
-
1,52
0,36
0,22
0,61
0,01
0,15
0,10
1,37
-
0,40
7,64
0,13
0,03
0,50
-
0,05
7,12
4,22
DR
0,72
0,07
0,03
-
-
-
-
-
0,93
0,96
0,21
1,37
0,03
0,07
0,38
1,41
-
0,41
2,23
0,17
0,03
0,93
-
0,07
2,47
1,99
FR
0,04
0,01
0,00
-
-
-
-
-
0,10
0,05
0,05
0,34
0,00
0,04
0,08
0,59
-
0,11
1,93
0,03
0,00
0,25
-
0,02
1,97
1,36
DoA
0,18
0,02
0,00
-
-
-
-
-
0,49
0,23
0,23
1,68
0,00
0,22
0,41
2,96
-
0,55
9,61
0,13
0,01
1,27
-
0,08
9,81
6,80
DoR
Componente arbóreo/arbustivo
0,02
0,04
0,84
-
0,02
0,02
0,31
-
-
1,47
0,02
0,19
0,01
0,02
-
0,01
-
0,02
0,05
0,02
0,02
0,02
0,01
0,04
0,18
1,98
DR
Componente arbóreo/arbustivo
1,16
0,11
0,05
-
-
-
-
-
2,94
1,56
0,66
3,66
0,04
0,44
0,89
5,74
-
1,36
19,48
0,43
0,08
2,69
-
0,19
19,39
13,01
VI
0,11
0,26
2,03
-
0,09
0,06
0,87
-
-
4,67
0,15
0,89
0,09
0,06
-
0,04
-
0,06
0,29
0,09
0,06
0,14
0,04
0,19
0,32
4,58
VI
7,86
13,00
11,00
-
-
-
-
-
8,58
9,82
16,59
10,62
11,00
14,05
11,92
11,60
-
9,99
12,60
10,75
9,00
12,84
-
9,67
12,16
12,29
Ht
8,00
9,90
8,23
-
7,00
5,67
7,83
-
-
10,94
13,67
11,48
19,00
14,00
-
6,00
-
6,67
10,14
8,75
3,50
10,00
8,00
6,00
7,85
9,44
Ht
-
1
-
7
16
9
46
43
126
3
-
-
-
1
-
59
1
3
19
7
1
8
2
2
90
20
N
-
-
78
1
2
7
3
8
3
36
2
4
-
-
1
3
2
110
-
2
-
1
2
3
-
30
N
87,28
1,48
4,44
28,11
10,36
1,48
11,83
2,96
2,96
133,14
-
1,48
-
10,36
23,67
13,31
68,05
63,61
186,39
4,44
-
-
-
1,48
-
-
-
2,35
0,03
0,06
0,21
0,09
0,24
0,09
1,08
0,06
0,12
-
-
0,03
0,09
0,06
3,31
-
0,06
-
0,03
0,06
0,09
-
0,90
DR
-
-
1,80
0,09
0,17
0,09
0,17
0,17
0,09
1,37
0,17
0,26
-
-
0,09
0,17
0,09
0,17
-
0,09
-
0,09
0,09
0,26
-
1,20
FR
-
0,03
-
0,21
0,48
0,27
1,38
1,29
3,79
0,09
-
-
-
0,03
-
1,77
0,03
0,09
0,57
0,21
0,03
0,24
0,06
0,06
2,71
0,60
DR
-
0,09
-
0,26
0,43
0,09
0,94
0,51
2,14
0,26
-
-
-
0,09
-
0,86
0,09
0,17
0,86
0,17
0,09
0,26
0,09
0,09
3,26
1,03
FR
VI
-
0,12
-
0,47
0,91
0,36
2,33
1,81
5,93
0,35
-
-
-
0,12
-
2,63
0,12
0,26
1,43
0,38
0,12
0,50
0,15
0,15
5,96
1,63
VI
-
-
4,15
0,12
0,23
0,30
0,26
0,41
0,18
2,45
0,23
0,38
-
-
0,12
0,26
0,15
3,48
-
0,15
-
0,12
0,15
0,35
-
2,10
Regeneração natural
29,59
DA
-
-
115,39
1,48
2,96
10,36
4,44
11,83
4,44
53,25
2,96
5,92
-
-
1,48
4,44
2,96
162,72
-
2,96
-
1,48
2,96
4,44
-
44,38
DA
Regeneração natural
-
2,00
-
1,74
2,23
2,13
2,37
1,98
3,25
4,57
-
-
-
3,00
-
2,86
3,00
4,57
3,17
2,26
3,00
3,59
2,27
5,50
2,91
2,51
Ht
-
-
2,62
1,70
3,30
1,93
2,60
2,14
1,90
3,41
1,60
2,80
-
-
2,00
2,73
3,25
2,16
-
1,60
-
5,00
2,10
2,77
-
2,89
Ht
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual
marmeleiro-do-mato
sabugueiro
leiteiro-de-folha-graúda
falsa-coronilha
caixeta
aroeira-vermelha
leiteiro-de-folha-fina
branquilho
cipó-limoero-do-mato
limoeiro-do-mato
unha-de-gato
unha-de-gato
peroba-dágua
cambuí-de-reitz
sapopema
Nome popular
joá-açu
canema-mirim
cuvitinga
canema
canema
joá-manso
Ruprechtia laxiflora
Sambucus australis
Sapium glandulosum
278
Schaefferia argentinensis
Schefflera morototoni
Schinus terebinthifolius
Sebastiania brasiliensis
Sebastiania commersoniana
Seguieria aculeata
Seguieria langsdorffii
Senegalia recurva
Senegalia tucumanensis
Sessea regnellii
Siphoneugena reitzii
Sloanea hirsuta
Nome científico
Solanum bullatum
Solanum compressum
Solanum mauritianum
Solanum pabstii
Solanum pseudoquina
Solanum sanctaecatharinae
279
balieira
mamoeiro-do-mato
Varronia polycephala
Vasconcellea quercifolia
50
3
78
urtigão
8
Urera baccifera
pau-de-ervilha
Trichilia elegans
238
assa-peixe-manso
catiguá-vermelho
Trichilia clausseni
23
Trixis praestans
cariguá
Trichilia catigua
33
-
grandiúva
Trema micrantha
3
carandaí
canemaçu
Tetrorchidium rubrivenium
12
Trithrinax brasiliensis
jasmim
Tabernaemontana catharinensis
8
1
sete-sangrias
Symplocos uniflora
4
363
59
48
Trichilia sp.
sete-sangria
carne-de-vaca
Styrax leprosus
Symplocos tetrandra
esporão-de-galo
Strychnos brasiliensis
gerivá
cincho
Sorocea bonplandii
Syagrus romanzoffiana
-
jurubeba-velame
Solanum variabile
64
3
Solanum sp.
39
2
-
56
1
23
N
2
1
15
-
1
1
13
95
99
27
7
1
86
7
45
-
5
flor-de-fogo
23
Ruellia angustiflora
limoeiro-do-mato
Randia ferox
1
carvalho-brasileiro
pau-sabão
Quillaja brasiliensis
-
Roupala montana
grandiúva-d’anta
Psychotria leiocarpa
-
36
juruvarana
Psychotria carthagenensis
154
jasmin-grado
pessegueiro-do-mato
Prunus myrtifolia
3
Rauvolfia sellowii
jaboticabeira
Plinia trunciflora
2
2
guamirim
Plinia rivularis
N
Raulinoreitzia sp.
Nome popular
Nome científico
1,79
0,11
2,79
-
-
0,04
0,29
8,50
0,82
1,18
0,11
0,43
0,29
0,14
12,96
2,11
1,71
2,29
-
0,11
1,39
0,07
-
2,00
0,04
0,82
DA
0,07
0,04
0,54
-
0,04
0,04
0,46
3,39
3,54
0,96
0,25
0,04
3,07
0,25
1,61
-
0,18
1,29
0,07
0,82
0,04
-
-
5,50
0,11
0,07
DA
0,07
0,03
0,27
-
0,03
0,03
0,17
1,10
0,79
0,31
0,21
0,03
1,17
0,21
0,69
-
0,17
0,38
0,03
0,51
0,03
-
-
1,37
0,10
0,03
FR
0,01
0,00
0,02
-
0,00
0,00
0,01
0,12
0,07
0,01
0,02
0,00
0,13
0,01
0,16
-
0,01
0,06
0,00
0,02
0,00
-
-
0,30
0,00
0,00
DoA
0,05
0,01
0,09
-
0,02
0,01
0,05
0,60
0,36
0,06
0,07
0,00
0,67
0,03
0,78
-
0,03
0,31
0,00
0,07
0,00
-
-
1,50
0,02
0,00
DoR
0,39
0,02
0,60
-
-
0,01
0,06
1,85
0,18
0,26
0,02
0,09
0,06
0,03
2,81
0,46
0,37
0,50
-
0,02
0,30
0,02
-
0,43
0,01
0,18
DR
0,45
0,07
0,86
-
-
0,03
0,10
1,44
0,38
0,69
0,07
0,10
0,03
0,07
2,19
0,79
0,79
0,75
-
0,10
0,79
0,07
-
0,82
0,03
0,31
FR
0,05
0,00
0,05
-
-
0,00
0,00
0,19
0,02
0,01
0,01
0,01
0,02
0,00
0,42
0,08
0,04
0,05
-
0,01
0,04
0,00
-
0,06
0,00
0,04
DoA
0,23
0,01
0,27
-
-
0,01
0,01
0,97
0,08
0,07
0,03
0,04
0,07
0,02
2,10
0,40
0,17
0,27
-
0,06
0,18
0,02
-
0,28
0,00
0,20
DoR
Componente arbóreo/arbustivo
0,02
0,01
0,12
-
0,01
0,01
0,10
0,74
0,77
0,21
0,05
0,01
0,67
0,05
0,35
-
0,04
0,28
0,02
0,18
0,01
-
-
1,19
0,02
0,02
DR
Componente arbóreo/arbustivo
1,07
0,10
1,73
-
-
0,05
0,18
4,26
0,64
1,01
0,12
0,24
0,17
0,12
7,11
1,65
1,34
1,52
-
0,19
1,27
0,10
-
1,54
0,05
0,68
VI
0,14
0,05
0,48
-
0,06
0,05
0,32
2,43
1,92
0,58
0,33
0,04
2,50
0,29
1,82
-
0,24
0,97
0,05
0,77
0,05
-
-
4,07
0,14
0,05
VI
7,74
9,33
5,10
-
-
13,00
8,00
8,53
8,09
6,38
11,67
6,56
4,06
6,75
9,85
9,22
6,74
8,67
-
12,79
8,65
12,00
-
8,72
8,50
12,11
Ht
10,50
6,00
12,53
-
14,00
9,00
8,86
8,71
8,42
5,00
17,29
6,00
11,03
8,36
11,27
-
11,60
10,18
5,50
8,47
11,00
-
-
10,30
8,67
7,50
Ht
-
-
61
1
1
-
149
54
7
36
-
-
-
-
2
16
39
73
1
2
6
-
1
2
-
1
N
-
-
1
19
2
-
12
29
46
37
2
-
10
-
8
2
1
1
5
4
-
2
1
21
2
-
N
-
-
90,24
1,48
1,48
-
220,41
79,88
10,36
53,25
-
-
-
-
2,96
23,67
57,69
107,99
1,48
2,96
8,88
-
1,48
2,96
-
-
-
0,03
0,57
0,06
-
0,36
0,87
1,38
1,11
0,06
-
0,30
-
0,24
0,06
0,03
0,03
0,15
0,12
-
0,06
0,03
0,63
0,06
-
DR
-
-
0,09
0,17
0,17
-
0,60
0,77
1,89
0,60
0,17
-
0,51
-
0,51
0,09
0,09
0,09
0,09
0,26
-
0,09
0,09
1,29
0,17
-
FR
-
-
1,83
0,03
0,03
-
4,48
1,62
0,21
1,08
-
-
-
-
0,06
0,48
1,17
2,20
0,03
0,06
0,18
-
0,03
0,06
-
0,03
DR
-
-
2,23
0,09
0,09
-
3,43
2,23
0,43
0,94
-
-
-
-
0,17
0,51
1,37
2,14
0,09
0,17
0,43
-
0,09
0,09
-
0,09
FR
-
VI
-
-
4,06
0,12
0,12
-
7,91
3,85
0,64
2,03
-
-
-
-
0,23
1,00
2,54
4,34
0,12
0,23
0,61
-
0,12
0,15
-
0,12
VI
-
-
0,12
0,74
0,23
-
0,96
1,64
3,27
1,71
0,23
-
0,82
-
0,76
0,15
0,12
0,12
0,24
0,38
-
0,15
0,12
1,92
0,23
Regeneração natural
1,48
DA
-
-
1,48
28,11
2,96
-
17,75
42,90
68,05
54,73
2,96
-
14,79
-
11,83
2,96
1,48
1,48
7,40
5,92
-
2,96
1,48
31,07
2,96
-
DA
Regeneração natural
-
-
2,40
1,70
1,60
-
2,78
3,64
2,56
2,65
-
-
-
-
4,00
3,51
3,51
2,83
3,50
3,00
4,08
-
2,20
3,00
-
5,00
Ht
-
-
7,00
3,21
1,65
-
2,57
3,90
3,43
2,97
5,50
-
4,01
-
4,53
1,80
2,20
3,00
2,30
4,08
-
2,25
2,20
3,51
2,10
-
Ht
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual
juva
maminha-de-cadela
Zanthoxylum petiolare
Zanthoxylum rhoifolium
Não identificada
6,96
3,36
0,57
1,25
0,18
0,50
1,43
0,04
DA
1,51
0,73
0,12
0,27
0,04
0,11
0,31
0,01
DR
2,16
1,06
0,38
0,48
0,10
0,34
0,69
0,03
FR
0,27
0,06
0,03
0,04
0,00
0,01
0,09
0,00
DoA
1,34
0,32
0,14
0,22
0,02
0,04
0,44
0,01
DoR
Componente arbóreo/arbustivo
* Valores iguais a 0,00 são menores que 0,04. O – (traço) significa que não há dados para esta espécie.
195
94
16
35
14
coentrilho
espinho-de-judeu
Xylosma pseudosalzmannii
40
Zanthoxylum fagara
tarumã
Vitex megapotamica
1
5
vassourão-preto
Vernonanthura discolor
N
Xylosma sp.
Nome popular
Nome científico
5,02
2,11
0,64
0,97
0,16
0,49
1,44
0,05
VI
10,25
8,18
12,00
9,07
6,60
9,25
9,61
8,00
Ht
31
17
4
5
-
-
9
-
N
45,86
25,15
5,92
7,40
-
-
13,31
-
DA
0,93
0,51
0,12
0,15
-
-
0,27
-
DR
1,03
0,86
0,17
0,26
-
-
0,34
-
FR
-
VI
1,96
1,37
0,29
0,41
-
-
0,61
Regeneração natural
2,31
3,63
5,63
2,06
-
-
3,76
-
Ht
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
280
Apêndice
IV
Floresta Estacional Decidual
Distribuição diamétrica por espécie
da Floresta Estacional Decidual
Apêndice IV. Distribuição diamétrica das espécies do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em
valores de indivíduos por hectare.
Appendix IV. Diameter distribution of tree species in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, considering tree density
per hectare.
Nome Científico
Centro da classe de DAP (cm)
15,0
25,0
35,0
45,0
55,0
65,0
75,0
≥ 80,0
Total
Achatocarpus praecox
0,07
0,14
0,07
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,32
Actinostemon concolor
2,29
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2,36
Aegiphila brachiata
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Agonandra excelsa
0,39
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,50
Albizia edwallii
2,61
0,68
0,18
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
3,46
Albizia niopoides
0,54
0,07
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,68
Alchornea sidifolia
0,00
0,14
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,18
Alchornea triplinervia
0,04
0,14
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,25
Allophylus edulis
5,50
0,96
0,25
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
6,82
Allophylus guaraniticus
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Allophylus petiolulatus
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Allophylus puberulus
1,36
0,25
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,64
Aloysia virgata
4,68
0,21
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
4,89
Alsophila setosa
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Annona emarginata
1,00
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,07
Annona sp.
0,07
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,14
Annona sylvatica
4,79
1,00
0,07
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
5,93
Apuleia leiocarpa
1,00
0,71
0,32
0,25
0,39
0,11
0,00
0,11
2,89
Aralia warmingiana
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Araucaria angustifolia
0,00
0,00
0,07
0,04
0,00
0,04
0,07
0,00
0,21
Aspidosperma australe
2,64
0,96
0,21
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
3,89
Aspidosperma sp.
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Asteraceae
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Ateleia glazioveana
4,18
0,64
0,36
0,18
0,00
0,07
0,00
0,00
5,43
Baccharis dracunculifolia
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Baccharis semiserrata
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Baccharis sp.
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Balfourodendron riedelianum
3,89
1,25
0,39
0,14
0,04
0,00
0,00
0,00
5,71
Banara tomentosa
0,86
0,61
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,50
Bastardiopsis densiflora
0,50
0,57
0,21
0,07
0,07
0,00
0,00
0,00
1,43
283
Apêndice IV: Distribuição diamétrica por espécie da Floresta Estacional Decidual
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Nome Científico
Centro da classe de DAP (cm)
15,0
25,0
35,0
45,0
55,0
65,0
75,0
≥ 80,0
Total
Bauhinia forficata
0,96
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,04
Blepharocalyx salicifolius
0,04
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
Bunchosia maritima
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Cabralea canjerana
4,11
1,14
0,43
0,43
0,07
0,11
Calliandra foliolosa
0,54
0,21
0,00
0,00
0,04
Calyptranthes grandifolia
0,04
0,00
0,00
0,00
Calyptranthes tricona
0,43
0,18
0,07
Campomanesia guaviroba
0,00
0,04
Campomanesia guazumifolia
0,79
Campomanesia xanthocarpa
Nome Científico
Centro da classe de DAP (cm)
15,0
25,0
35,0
45,0
55,0
65,0
75,0
≥ 80,0
Total
Cyathea corcovadensis
2,21
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2,21
0,07
Cyathea sp.
0,96
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,96
0,00
0,04
Dalbergia frutescens
1,14
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,25
0,00
0,07
6,36
Dasyphyllum spinescens
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,11
0,00
0,00
0,00
0,79
Dasyphyllum tomentosum
0,21
0,04
0,07
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,36
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Diatenopteryx sorbifolia
1,89
1,00
0,36
0,25
0,11
0,25
0,00
0,07
3,93
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,68
Dicksonia sellowiana
0,07
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,14
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Diospyros inconstans
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
0,14
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,96
Endlicheria paniculata
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
1,71
0,96
0,32
0,14
0,00
0,00
0,00
0,00
3,14
Enterolobium contortisiliquum
0,07
0,11
0,14
0,00
0,04
0,04
0,00
0,00
0,39
Casearia decandra
1,11
0,29
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,39
Erythrina crista-galli
0,00
0,00
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,04
0,11
Casearia obliqua
0,36
0,14
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,50
Erythrina falcata
0,36
0,21
0,18
0,14
0,04
0,07
0,04
0,04
1,07
Casearia sylvestris
9,39
2,07
0,25
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
11,79
Erythroxylum deciduum
0,32
0,14
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,54
Cedrela fissilis
7,04
2,18
0,86
0,46
0,18
0,04
0,04
0,00
10,79
Esenbeckia grandiflora
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Ceiba speciosa
0,14
0,07
0,07
0,00
0,04
0,00
0,04
0,00
0,36
Eugenia brasiliensis
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Celtis iguanaea
1,04
0,18
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,25
Eugenia burkartiana
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Cereus sp.
0,07
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,11
Eugenia gracillima
0,14
0,00
0,04
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,21
Cestrum intermedium
0,25
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,25
Eugenia involucrata
0,11
0,00
0,00
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,18
Chionanthus trichotomus
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Eugenia pyriformis
0,14
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,21
Chrysophyllum gonocarpum
3,11
1,71
0,64
0,18
0,00
0,00
0,00
0,00
5,64
Eugenia ramboi
0,14
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,21
Chrysophyllum inornatum
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Eugenia rostrifolia
0,82
0,57
0,32
0,32
0,14
0,07
0,00
0,00
2,25
Chrysophyllum marginatum
3,39
1,46
0,64
0,43
0,29
0,04
0,00
0,04
6,29
Eugenia subterminalis
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Cinnamodendron dinisii
0,61
0,36
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,04
Eugenia uniflora
0,89
0,29
0,29
0,14
0,07
0,04
0,00
0,00
1,71
Cinnamomum amoenum
0,04
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Eugenia uruguayensis
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Citronella paniculata
0,61
0,14
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,79
Eugenia verticillata
0,43
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,43
Citrus reticulata
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Fabaceae
0,00
0,00
0,00
0,04
0,00
0,04
0,07
0,04
0,18
Citrus x limon
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,11
Ficus adhatodifolia
0,14
0,14
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,32
Clethra scabra
0,25
0,25
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,50
Ficus gomelleira
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Coccoloba argentinensis
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Ficus luschnathiana
0,75
0,36
0,21
0,04
0,07
0,00
0,04
0,04
1,50
Cordia americana
1,82
0,79
0,32
0,32
0,07
0,18
0,11
0,18
3,79
Ficus sp.
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
0,00
0,04
Cordia ecalyculata
0,54
0,29
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,89
Gleditsia amorphoides
0,00
0,00
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Cordia trichotoma
1,86
0,43
0,32
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
2,64
Guarea macrophylla
0,29
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,29
Cordiera concolor
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Handroanthus heptaphyllus
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Cordyline spectabilis
1,14
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,18
Helietta apiculata
3,89
1,93
0,43
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
6,32
Coussapoa microcarpa
0,07
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
0,14
Heliocarpus popayanensis
0,11
0,04
0,07
0,00
0,00
0,00
0,04
0,00
0,25
Coussarea contracta
0,68
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,68
Hennecartia omphalandra
0,25
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,25
Coutarea hexandra
0,11
0,07
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,25
Holocalyx balansae
0,64
0,36
0,36
0,21
0,11
0,11
0,07
0,00
1,86
Cryptocarya aschersoniana
0,39
0,57
0,07
0,04
0,07
0,07
0,07
0,00
1,29
Hovenia dulcis
8,79
2,46
0,50
0,14
0,11
0,00
0,04
0,00
12,04
Cryptocarya mandioccana
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Hybanthus bigibbosus
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Cupania vernalis
16,32
2,86
0,64
0,14
0,00
0,00
0,00
0,00
19,96
Ilex brevicuspis
0,50
0,04
0,07
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,64
284
285
Apêndice IV: Distribuição diamétrica por espécie da Floresta Estacional Decidual
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Nome Científico
Centro da classe de DAP (cm)
15,0
25,0
35,0
45,0
55,0
65,0
75,0
≥ 80,0
Total
Ilex microdonta
0,21
0,04
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,29
Ilex paraguariensis
0,93
0,21
0,07
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
Ilex theezans
0,18
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Inga edulis
0,21
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
Inga marginata
2,25
0,25
0,04
0,00
0,00
Inga sp.
0,11
0,04
0,00
0,00
Inga subnuda subsp. luschnathiana
0,25
0,04
0,00
Inga vera
0,43
0,11
Inga vera subsp. affinis
1,89
Inga virescens
Nome Científico
Centro da classe de DAP (cm)
15,0
25,0
35,0
45,0
55,0
65,0
75,0
≥ 80,0
Total
Myrciaria floribunda
0,04
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,11
1,25
Myrocarpus frondosus
4,50
1,04
0,64
0,36
0,14
0,00
0,04
0,04
6,75
0,00
0,18
Myrsine coriacea
1,11
0,29
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,39
0,00
0,00
0,32
Myrsine guianensis
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,11
0,00
0,00
0,00
2,54
Myrsine loefgrenii
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,14
Myrsine umbellata
3,29
0,36
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
3,64
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,29
Myrtaceae
0,07
0,07
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,18
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,54
Nectandra grandiflora
0,00
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
0,46
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2,43
Nectandra lanceolata
7,86
5,75
3,11
1,39
0,57
0,43
0,14
0,14
19,39
0,50
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,57
Nectandra megapotamica
14,39
9,29
5,04
2,57
0,89
0,32
0,11
0,07
32,68
Jacaranda micrantha
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,11
Nectandra membranacea
0,07
0,04
0,07
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,21
Jacaranda puberula
0,25
0,21
0,07
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,57
Ocotea diospyrifolia
0,61
0,32
0,46
0,39
0,25
0,18
0,04
0,00
2,25
Jacaratia spinosa
0,00
0,00
0,04
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,11
Ocotea laxa
0,14
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,14
Lamanonia ternata
0,14
0,07
0,00
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,29
Ocotea odorifera
0,36
0,18
0,04
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,61
Leptolobium elegans
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Ocotea puberula
15,04
11,82
5,25
1,71
0,61
0,39
0,14
0,04
35,00
Lithrea brasiliensis
1,18
0,46
0,21
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
1,93
Ocotea pulchella
0,86
0,61
0,07
0,18
0,14
0,00
0,00
0,00
1,86
Lonchocarpus campestris
4,11
1,29
0,75
0,32
0,07
0,00
0,00
0,00
6,54
Parapiptadenia rigida
3,29
0,93
0,61
0,64
0,21
0,29
0,14
0,21
6,32
Lonchocarpus cultratus
0,32
0,07
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,46
Peltophorum dubium
0,07
0,14
0,11
0,00
0,11
0,00
0,00
0,04
0,46
Lonchocarpus muehlbergianus
0,18
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,21
Persea americana
0,21
0,29
0,11
0,04
0,00
0,04
0,00
0,00
0,68
Lonchocarpus nitidus
0,29
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,32
Persea sp.
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Luehea divaricata
15,57
7,11
2,89
1,21
0,21
0,25
0,21
0,36
27,82
Phytolacca dioica
1,00
0,46
0,46
0,46
0,25
0,04
0,07
0,07
2,82
Machaerium hirtum
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Picramnia parvifolia
0,68
0,00
0,18
0,07
0,04
0,00
0,00
0,00
0,96
Machaerium nyctitans
0,00
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Picrasma crenata
1,18
0,39
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,64
Machaerium paraguariense
4,71
1,14
0,36
0,18
0,11
0,00
0,00
0,00
6,50
Pilocarpus pennatifolius
6,68
0,21
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
6,93
Machaerium stipitatum
12,11
2,61
0,79
0,32
0,04
0,04
0,00
0,00
15,89
Piptadenia gonoacantha
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Maclura tinctoria
0,11
0,14
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,36
Piptocarpha angustifolia
0,04
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Manihot grahamii
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Pisonia ambigua
0,79
0,32
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
1,18
Matayba elaeagnoides
7,04
1,43
0,25
0,21
0,07
0,04
0,00
0,00
9,04
Plinia rivularis
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Matayba intermedia
0,71
0,07
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,82
Plinia trunciflora
0,07
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,11
Maytenus aquifolia
0,14
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,14
Prunus myrtifolia
2,96
1,32
0,68
0,29
0,07
0,11
0,00
0,04
5,46
Miconia cinerascens var. cinerascens
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Quillaja brasiliensis
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Mimosa scabrella
0,00
0,04
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,11
Randia ferox
0,71
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,82
Morus nigra
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Raulinoreitzia sp.
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Myrceugenia myrcioides
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Rauvolfia sellowii
0,68
0,32
0,18
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
1,29
Myrcia hebepetala
0,14
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,25
Roupala montana
0,11
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,18
Myrcia oblongata
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,11
Ruprechtia laxiflora
0,64
0,50
0,21
0,07
0,11
0,00
0,04
0,04
1,61
Myrcia pubipetala
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Sambucus australis
0,21
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,25
Myrcia splendens
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Sapium glandulosum
1,82
0,57
0,50
0,14
0,04
0,00
0,00
0,00
3,07
Myrcianthes gigantea
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,04
Schaefferia argentinensis
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Myrcianthes pungens
0,39
0,21
0,18
0,00
0,07
0,00
0,00
0,00
0,86
Schefflera morototoni
0,07
0,11
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,25
286
287
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Nome Científico
Centro da classe de DAP (cm)
15,0
25,0
35,0
45,0
55,0
65,0
75,0
≥ 80,0
Total
Schinus terebinthifolius
0,96
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,96
Sebastiania brasiliensis
3,00
0,39
0,14
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
3,54
Sebastiania commersoniana
2,39
0,50
0,29
0,07
0,11
0,00
0,00
0,00
3,36
Seguieria aculeata
0,39
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,46
Seguieria langsdorffii
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Senegalia recurva
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Sessea regnellii
0,36
0,07
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,54
Siphoneugena reitzii
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Sloanea hirsuta
0,00
0,04
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,07
Solanum bullatum
0,54
0,11
0,11
0,04
0,00
0,04
0,00
0,00
0,82
Solanum compressum
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Solanum mauritianum
1,29
0,61
0,11
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2,00
Solanum pseudoquina
0,04
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,07
Solanum sanctaecatharinae
1,00
0,36
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,39
Solanum sp.
0t,00
0,07
0,00
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,11
Sorocea bonplandii
2,00
0,11
0,07
0,00
0,04
0,04
0,00
0,00
2,25
Strychnos brasiliensis
1,39
0,25
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
1,68
Styrax leprosus
1,18
0,61
0,25
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
2,11
Syagrus romanzoffiana
7,14
5,50
0,25
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
12,96
Symplocos tetrandra
0,11
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,14
Symplocos uniflora
0,11
0,11
0,04
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,29
Tabernaemontana catharinensis
0,36
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,43
Tetrorchidium rubrivenium
0,00
0,07
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,11
Trema micrantha
1,18
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,18
Trichilia catigua
0,75
0,04
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,82
Trichilia clausseni
7,29
0,79
0,36
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
8,50
Trichilia elegans
0,29
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,29
Trichilia sp.
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Urera baccifera
2,39
0,32
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
2,79
Varronia polycephala
0,07
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,11
Vasconcellea quercifolia
1,14
0,57
0,07
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
1,79
Vernonanthura discolor
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,04
Vitex megapotamica
0,96
0,18
0,07
0,07
0,04
0,04
0,00
0,04
1,39
Xylosma pseudosalzmannii
0,46
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,50
Xylosma sp.
0,14
0,00
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,18
Zanthoxylum fagara
0,89
0,18
0,14
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
1,25
Zanthoxylum petiolare
0,39
0,11
0,04
0,00
0,00
0,00
0,04
0,00
0,57
Zanthoxylum rhoifolium
2,86
0,43
0,04
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
3,32
Não identificada
4,29
1,68
0,54
0,25
0,07
0,07
0,00
0,00
6,89
292,09
98,74
37,53
16,71
6,64
3,54
1,61
1,71
458,58
TOTAL
288
Apêndice
V
Floresta Estacional Decidual
Descrições resumidas das Unidades Amostrais
da Floresta Estacional Decidual
Appendix V. Description of the Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest.
As Unidades Amostrais aqui descritas estão localizadas no Planalto e Oeste de Santa Catarina,
na região fitoecológica da Floresta Estacional Decidual. As informações contidas nas descrições que
seguem, contêm quatro componentes importantes:
a) Dados de caracterização do local, tais como: número da Unidade Amostral, localidade,
município de Santa Catarina, altitude, data do levantamento, se houve ou não deslocamento do ponto
de localização originalmente previsto na grade de 5 x 5 km, bem como:
• a síntese dos parâmetros fitossociológicos de cada Unidade Amostral, sem as
árvores mortas; nestes parâmetros trata-se de meras extrapolações por hectare,
não de estimativas populacionais (Capítulo 2).
• as possíveis categorizações de estádio sucessional, baseando-se em parâmetros
da Resolução CONAMA 04/1994, de 4 de maio de 1994;
• a categorização baseada nas informações advindas do campo e da análise
fitossociológica;
• as espécies com maior valor de importância;
b) Representação fitofisionômica e estado de conservação dos remanescentes estudados,
efetuada pelos biólogos de campo: Marcio Verdi, Anita Stival dos Santos e Susana Dreveck, durante os
trabalhos in loco.
c) Fotografias do aspecto da vegetação na data do levantamento, de autoria dos membros das
equipes;
d) Imagem Google Earth.
291
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 398 – localidade de Alto São Roque, Capinzal: 717 m de altitude, deslocamento 130 m a noroeste do
ponto central original, inventariada em 21 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 733,33 ind.
ha-1, 45 espécies, área basal 26,91 m2.ha-1, diâmetro médio 17,98 cm, altura total média 9,53 m, altura do fuste 4,92 m, altura
dominante 16,34 m, índice de Shannon 3,13 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura
total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com
fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies,
bosqueamento, pastejo e presença de estradas. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Machaerium
paraguariense, Nectandra megapotamica, M. stipitatum e N. lanceolata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e
variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80%. Sub-bosque presente, porém ralo. Destacam-se ainda as espécies:
Lonchocarpus campestris, Parapiptadenia rigida, Annona sylvatica, Chrysophyllum marginatum e Cupania vernalis, no
sub-bosque Allophylus edulis, Casearia sylvestris e mirtáceas e, na regeneração N. megapotamica, Prunus myrtifolia, C.
vernalis, Aspidosperma australe, Strychnos brasiliensis, Casearia sylvestris e L. divaricata. As árvores apresentam muitas
lianas, epífitos em sua maioria ausentes, exceto líquens e briófitas. A sinúsia herbácea é formada principalmente por espécies
de pteridófitas e poáceas.
Unidade Amostral 438 – localidade de Linha Caçador, Ouro: 779 m de altitude, deslocamento 156 m a sul do ponto
central original, inventariada em 22 e 23 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 497,50
ind.ha-1, 49 espécies, área basal 15,99 m2.ha-1, diâmetro médio 16,93 cm, altura total média 8,17 m, altura do fuste 4,81
m, altura dominante 14,23 m, índice de Shannon 3,33 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floreta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista,
com fisionomia de vegetação em estádio avançado, alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica e
atual de espécies. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, N. lanceolata, Ocotea puberula,
Eugenia rostrifolia e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa
aproximada de 75-80%. Destacam-se ainda as espécies: Prunus myrtifolia, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum,
Apuleia leiocarpa, Hovenia dulcis, no sub-bosque Allophylus edulis, A. puberulus, Actinostemon concolor e Pilocarpus
pennatifolius entremeado por uma espécie de carazinho e taquara seca (Merostachys sp.), além de muitas lianas e, na
regeneração Myrsine umbellata, A. edulis, A. concolor, P. pennatifolius, Trichilia clausseni e N. lanceolata. As árvores
apresentam muitas lianas e epífitos em sua maioria ausentes, exceto líquens. A sinúsia herbácea é formada principalmente
por espécies de pteridófitas e poáceas.
Unidade Amostral 435 – localidade Linha Vermelha, Caçador: 702 m de altitude, deslocamento 215 m a sul do ponto
central original, inventariada em 21 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 510,35 ind.ha-1,
34 espécies, área basal 17,75 m2.ha-1, diâmetro médio 16,05 cm, altura total média 9,97 m, altura do fuste 4,41 m, altura
dominante 14,61 m, índice de Shannon 3,07 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em
estádio médio, alterada, com presença de estradas com 5 m de largura, lixo e espécies exóticas. Espécies com maior valor
de importância: Luehea divaricata, Hovenia dulcis, Syagrus romanzoffiana, Nectandra lanceolata e Ocotea puberula.
Observações adicionais: a cobertura florestal apresenta-se em 50% e o sub-bosque é ralo. O fragmento encontra-se em
uma encosta com declividade de 12°. Destacam-se ainda as espécies: Campomanesia guazumifolia, Trichilia elegans, T.
clausseni, Cupania vernalis, Lonchocarpus campestris, Cedrela fissilis, Diatenopteryx sorbifolia, Machaerium stipitatum
e Persea americana.
Unidade Amostral 487 – localidade Lajeado dos Pintos, Concórdia: 768 m de altitude, deslocamento 8 m a leste do
ponto central original, inventariada em 20 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 467,84 ind.
ha-1, 40 espécies, área basal 24,34 m2.ha-1, diâmetro médio 21,59 cm, altura total média 11,51 m, altura do fuste 3,68
m, altura dominante 18,28 m, índice de Shannon 3,28 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio avançado muito alterada, com presença de estradas no interior da Unidade Amostral, além de
exploração seletiva de espécies arbóreas. Espécies com maior valor de importância: Pilocarpus pennatifolius, Phytolacca
dioica, Chrysophyllum marginatum, Nectandra megapotamica e Eugenia uniflora. Observações adicionais: A cobertura
florestal apresenta-se descontínuo variando entre 30 e 60%. O fragmento encontra-se em uma encosta com declividade de
30°. Além de muitos cipós a Unidade Amostral também contém muitas taquaras e árvores mortas. Destacam-se ainda as
espécies: Luehea divaricata, Aspidosperma australe, Pisonia ambigua e Annona sylvatica e, no sub-bosque Campomanesia
xanthocarpa, Trichilia elegans, Trichilia clausseni, Banara tomentosa, Actinostemon concolor e Justicia brasiliana.
292
293
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 494 – localidade Linha Barreira, Herval do Oeste: 808 m de altitude, deslocamento 291 m a nordeste
do ponto central original, inventariada em 22 e 24 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade
572,50 ind.ha-1, 31 espécies, área basal 26,65 m2.ha-1, diâmetro médio 18,78 cm, altura total média 12,89 m, altura do fuste
6,69 m, altura dominante 18,97 m, índice de Shannon 2,35 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista,
com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada, evidência de pastejo e indícios de caça, este último
denotado pela existência de cabanas de caçadores. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra
megapotamica, Luehea divaricata, Cupania vernalis e N. lanceolata. Observações adicionais: Vegetação com baixa
riqueza de espécies arbóreas, as árvores dossel com uma cobertura de copas de 10-50% e, o sub-bosque variando de ralo a
médio. Destacam-se ainda as espécies: O. puberula e no sub-bosque Actinostemon concolor, Dahlstedtia pinnata, Urera
baccifera e Merostachys multiramea. Sinúsia herbácea composta essencialmente por espécies de pteridófitas, acantáceas e
piperáceas. Lianas e epífitos pouco abundantes. É importante salientar que entre as pteridófitas foi encontrado um indivíduo
fértil de Botrychium virginianum, espécie bastante rara.
Unidade Amostral 537 – Linha Feliz, Guatambu: 480 m de altitude, inventariada em 20 de janeiro de 2009. Síntese da
análise fitossociológica: densidade 370,00 ind.ha-1, 43 espécies, área basal 27,62 m2.ha-1, diâmetro médio 24,51 cm, altura
total média 11,66 m, altura do fuste 5,66 m, altura dominante 18,14 m, índice de Shannon 3,37 nats.ind-1. Classificação da
vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo
diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual,
com fisionomia de vegetação secundária em estado avançado, muito alterada, com indícios de pastejo e exploração seletiva
histórica. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Parapiptadenia rigida, N. lanceolata,
Pilocarpus pennatifolius e Eugenia uniflora. Observações adicionais: Sinúsia arbórea com cobertura de copas entre 50 e
70% e sub-bosque variando de médio a denso. Destacam-se ainda as espécies: Campomanesia xanthocarpa, Ruprechtia
laxiflora, Diatenopteryx sorbifolia, Chrysophyllum marginatum, Parapiptadenia rigida e Holocalyx balansae, no subbosque em geral com muita Chusquea, lianas, Actinostemon concolor, Pilocarpus pennatifolius, Trichilia elegans e Sorocea
bonplandii e, sinúsia herbácea constituída por espécies de pteridófitas, como Anemia raddiana, Asplenium brasiliensis,
além de poáceas e bromeliáceas, esta última também com indivíduos rupícolas. Lianas e epífitos pouco abundantes.
294
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 597 – Bairro Trevo, Chapecó: 724 m de altitude, deslocamento 430 m ao norte do ponto central
original, inventariada em 25 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 475,00 ind.ha-1, 33 espécies,
área basal 30,61 m2.ha-1, diâmetro médio 23,64 cm, altura total média 12,37 m, altura do fuste 6,26 m, altura dominante
18,13 m, índice de Shannon 2,69 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução
04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média –
Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de
vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, em grande parte demarcada por cercas, com a presença de gado,
espécies exóticas, área construída para fins de lazer, lixo e vestígios de pequenas fogueiras. Espécies com maior valor
de importância: Myrocarpus frondosus, Casearia sylvestris, Parapiptadenia rigida, Nectandra megapotamica e Luehea
divaricata. Observações adicionais: sinúsia arbórea caracterizada por cobertura de copas de 50 a 70% e sub-bosque em
sua maior parte denso. Destacam-se ainda as espécies: Annona sylvatica, Machaerium paraguariense, Chrysophyllum
marginatum, N. lanceolata e Araucaria angustifolia, o sub-bosque composto principalmente por mirtáceas e lauráceas,
a sinúsia herbácea pouco expressiva, salvo por algumas espécies de piperáceas e pteridófitas. Lianas e epífitos pouco
abundantes.
Unidade Amostral 712 – Pesqueiro do Meio, Xanxerê: 700 m de altitude, deslocamento 40 m a sudeste do ponto central
original, inventariada em 24 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: 531,65 ind.ha-1, 39 espécies, área
basal 22,86 m2.ha-1, diâmetro médio 18,45 cm, altura total média 10,30 m, altura do fuste 5,74 m, altura dominante 17,99
m, índice de Shannon 3,08 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994
do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de
sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado,
alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, Ateleia glazioveana,
Matayba elaeagnoides e O. diospyrifolia. Observações adicionais: A cobertura florestal apresenta-se descontínuo entre
30 e 50% e o sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Cordia americana, Styrax leprosus,
Picrasma crenata, Casearia decandra, Ilex paraguariensis, Campomanesia xanthocarpa, Sebastiania commersoniana e N.
megapotamica, e no sub-bosque Campomanesia guazumifolia, Trichilia elegans, Piper sp., Cordyline spectabilis, Helietta
apiculata, Cupania vernalis e M. elaeagnoides.
295
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 918 – localidade de Café Filho, Anchieta: 830 m, deslocamento 197 m a nordeste do ponto central
original, inventariada em 23 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 522,50 ind.ha-1, 42 espécies,
área basal 13,31 m2.ha-1, diâmetro médio 14,47 cm, altura total média 9,10 m, altura do fuste 4,57 m, altura dominante 11,26
m, índice de Shannon 2,80 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do
CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Médio e pela altura total média – Médio de sucessão.
Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, alterada, com presença de espécie exótica e indícios de exploração madeireira histórica. Espécies com
maior valor de importância: Helietta apiculata, Nectandra lanceolata, Dasyphyllum tomentosum, Ocotea puberula e
Parapiptadenia rigida. Observações adicionais: Sinúsia arbórea empreendendo uma cobertura de copas de 50 a 70%,
formada por grande quantidade de árvores, porém de baixa estatura e diâmetro, com pouca riqueza específica e, o subbosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Syagrus romanzoffiana e Eugenia uniflora, no sub-bosque Actinostemon
concolor e grande quantidade de regenerantes de espécies arbóreas, alternado por locais com predomínio de Chusquea sp.,
Merostachys multiramea e lianas, em geral arbustivas e espinescentes. Sinúsia herbácea pouco diversificada, composta em
geral por espécies de pteridófitas, poáceas e orquidáceas. Epífitos pouco frequentes, sendo observadas pteridófitas.
Unidade Amostral 941 – Fazenda Lago Azul, Anita Garibaldi: 784 m de altitude, deslocamento 209 m a noroeste
do ponto central original, inventariada em 22 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: 535,00 ind.ha-1,
21 espécies, área basal 15,01 m2.ha-1, diâmetro médio 15,30 cm, altura total média 6,15 m, altura do fuste 3,86 m, altura
dominante 12,83 m, índice de Shannon 2,59 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura
total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com
fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies e corte
raso histórico, além de pastejo, bosqueamento e presença de estradas. Espécies com maior valor de importância: Helietta
apiculata, Symplocos uniflora, Zanthoxylum fagara, Luehea divaricata e Ocotea pulchella. Observações adicionais: O
dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80%, e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as
espécies: Lithraea brasiliensis, Annona sylvatica e Ocotea puberula, no sub-bosque destacam-se mirtáceas, Campomanesia
guazumifolia, Sebastiania commersoniana, Allophylus edulis e A. angustifolia e, na regeneração P. rigida, H. apiculata,
Strychnos brasiliensis, Z. fagara e Z. rhoifolium. Baixa densidade de epífitos e quando presente são pteridófitas e líquens.
Alta densidade de lianas, e sinúsia herbácea praticamente formada por pteridófitas e poáceas.
296
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 1000 – localidade Lajeado do Crespus, Anita Garibaldi: 630 m de altitude, deslocamento 139 m a
sudoeste do ponto central original, inventariada em 23 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade
827,59 ind.ha-1, 23 espécies, área basal 33,09 m2.ha-1, diâmetro médio 18,89 cm, altura total média 7,39 m, altura do fuste
4,81 m, altura dominante 13,17 m, índice de Shannon 2,79 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio avançado, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies e corte raso, além de pastejo
e bosqueamento. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Matayba elaeagnoides, Parapiptadenia
rigida, Nectandra megapotamica e O. pulchella. Observações adicionais: fragmento situado no vale às margens do lago
do reservatório da UHE de Barra Grande no início de encosta com topografia fortemente ondulada e declividade de 38°. O
dossel descontínuo é praticamente uniforme com cobertura lenhosa aproximada de 80%, e sub-bosque é ralo. Destacamse ainda as espécies: Luehea divaricata e Machaerium stipitatum, no sub-bosque Allophylus puberulus, Campomanesia
guazumifolia, N. megapotamica, P. rigida e Prunus myrtifolia, na regeneração Schinus terebinthifolius, Cinnamodendron
dinisii, Zanthoxylum rhoifolium e Bauhinia forficata. Baixa densidade de epífitos e lianas. A sinúsia herbácea praticamente
é formada por pteridófitas e poáceas.
Unidade Amostral 1123 – localidade de Linha Silva, Celso Ramos: 627 m de altitude, deslocamento 256 m a leste
do ponto central original, inventariada em 28 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 650,00
ind.ha-1, 29 espécies, área basal 20,15 m2.ha-1, diâmetro médio 15,56 cm, altura total média 8,66 m, altura do fuste 5,51
m, altura dominante 13,28 m, índice de Shannon 2,77 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista,
com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estrada, exploração seletiva
histórica de espécies e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, N.
megapotamica, O. pulchella e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e praticamente uniforme
com cobertura lenhosa aproximada de 70-80%, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Zanthoxylum rhoifolium,
Parapiptadenia rigida, Albizia edwallii, Machaerium paraguariense, Lonchocarpus campestris, Annona rugulosa e Myrsine
coriacea, no sub-bosque Allophylus edulis, Actinostemon concolor, Trichilia elegans, Cordyline spectabilis, Campomanesia
guazumifolia, C. xanthocarpa, Eugenia uniflora, Dahlstedtia pinnata, Casearia decandra, Dicksonia sellowiana e algumas
mirtáceas, na regeneração T. elegans, Cupania vernalis, C. decandra, L. campestris, Sebastiania commersoniana, Cedrela
fissilis, Cinnamodendron dinisii, E. uniflora e P. rigida. Baixa densidade de epífitos e média de lianas. A sinúsia herbácea é
formada por pteridófitas, piperáceas, ciperáceas, orquidáceas e poáceas.
297
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 1187 – localidade Linha Fabris, Celso Ramos: 755 m de altitude, deslocamento 211 m a oeste do
ponto central original, inventariada em 15 e 16 de dezembro 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 692,50
ind.ha-1, 48 espécies, área basal 26,90 m2h-1, diâmetro médio 19,24 cm, altura total média 11,63 m, altura do fuste 5,52
m, altura dominante 16,72 m, índice de Shannon 3,20 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista,
com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, em bom estado de conservação. Espécies com maior valor
de importância: Luehea divaricata, Lithraea brasiliensis, Helietta apiculata, Cupania vernalis e Prunus myrtifolia.
Observações adicionais: Sinúsia arbórea bastante rica e densa, formada por árvores pujantes, que proporcionam ao dossel
uma cobertura de copas de 70% e, sub-bosque com densidade média. Destacam-se ainda as espécies: Zanthoxylum fagara,
Annona sylvatica, Casearia decandra, Erythroxylum deciduum e Cinnamodendron dinisii, no sub-bosque Trichilia elegans,
Urera baccifera e Merostachys multiramea. Sinúsia herbácea bastante densa, constituída por espécies terrícolas e rupícolas
de piperáceas, pteridófitas, cactáceas e bromeliáceas. Pela umidade do local, abundam briófitas sobre as árvores e rochas,
além de grande quantidade de epífitos vasculares, tais como: Aechmea calyculata e Oncidium sphegiferum.
Unidade Amostral 1188 – localidade São Francisco, Campos Novos: 707 m de altitude, deslocamento 500 m a leste do
ponto central original, inventariada em 19 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 412,50 ind.
ha-1, 30 espécies, área basal 14,95 m2.ha-1, diâmetro médio 16,91 cm, altura total média 8,16 m, altura do fuste 4,37 m, altura
dominante 13,67 m, índice de Shannon 2,84 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica e corte raso das espécies. Espécies com maior valor
de importância: Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, N. megapotamica, Cupania vernalis e Parapiptadenia rigida.
Observações adicionais: O dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70% e sub-bosque
médio. Destacam-se ainda as espécies: Cedrela fissilis, Luehea divaricata e Trema micrantha, o sub-bosque com poucas
taquaras secas (Merostachys sp.) e muitas lianas, além de Cordyline spectabilis, Dahlstedtia pinnata, Urera baccifera,
Justicia brasiliana e Dicksonia sellowiana, a regeneração Lonchocarpus campestris, Matayba elaeagnoides, C. vernalis,
N. megapotamica, T. micranta, Campomanesia guazumifolia, C. xanthocarpa, C. fissilis e Casearia sylvestris. Baixa
diversidade de epífito e grande densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por comelináceas, poáceas e mais
abundantes pteridófitas.
298
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 1249 – localidade Nossa Senhora da Salete, Celso Ramos: 742 m, deslocamento 307 m a noroeste
do ponto central original, inventariada em 30 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 700,00
ind.ha-1, 36 espécies, área basal 17,55 m2ha-1, diâmetro médio 15,26 cm, altura total média 7,36 m, altura do fuste 4,02
m, altura dominante 13,00 m, índice de Shannon 2,82 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista,
com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada, pela presença de estradas, exploração seletiva histórica
e recente de espécies e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Cupania vernalis, Luehea divaricata, Ocotea
pulchella, O. puberula e Annona sylvatica. Observações adicionais: O dossel semi-contínuo e praticamente uniforme com
cobertura lenhosa aproximada de 80-90%, o sub-bosque denso com muitas arvoretas finas e lianas. Destacam-se ainda
as espécies: C. vernalis, O. puberula, Aspidosperma australe, Machaerium stipitatum, Cordia americana, L. divaricata,
Lonchocarpus campestris, Inga sp., Annona sp., Agonandra excelsa e Zanthoxylum rhoifolium, no sub-bosque L.
campestris, Campomanesia guazumifolia e Annona sp., na regeneração Cordia americana, A. australe, Casearia sylvestris,
L. campestris, Sebastiania brasiliensis, Bauhinia forficata e Chrysophyllum marginatum. Baixa densidade de epífitos e alta
densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por poáceas, orquidáceas, bromeliáceas, Elephantopus mollis, Sida sp. e
Ocimum selloi.
Unidade Amostral 1318 – localidade Fazenda Tupininga, Zortéa: 657 m de altitude, deslocamento 30 m a norte do
ponto central original, inventariada em 17 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 717,50 ind.
ha-1, 43 espécies, área basal 25,44 m2.ha-1, diâmetro médio 17,41 cm, altura total média 9,89 m, altura do fuste 5,18 m, altura
dominante 16,39 m, índice de Shannon 3,12 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia
de vegetação secundária em estádio avançado, alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies e pastejo. Espécies
com maior valor de importância: Matayba elaeagnoides, Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, N. lanceolata
e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo com cobertura lenhosa aproximada de 90% e subbosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Ateleia glazioveana, Prunus myrtifolia, Cupania vernalis, Cedrela fissilis,
Syagrus romanzoffiana, Cordia americana e Hovenia dulcis, o sub-bosque com poucas taquaras secas (Merostachys sp.) e
cará verde (Chusquea sp.), além de Actinostemon concolor, Cordyline spectabilis, Dahlstedtia pinnata, Trichilia elegans,
Allophylus guaraniticus e Justicia brasiliana, na regeneração Diatenopteryx sorbifolia, Lonchocarpus campestris, Helietta
apiculata, Myrcia bombycina, Campomanesia xanthocarpa, N. megapotamica, P. myrtifolia, Styrax leprosus, Chrysophyllum
gonocarpum, C. vernalis e M. elaeagnoides. Baixa densidade de epífito e média de lianas. A sinúsia herbácea é formada por
orquidáceas (Galeandra beyrichii e Govenia urticulata), piperáceas, comelináceas e pteridófitas.
299
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 1388 – localidade Passo Raso, Zortéa: 661 m de altitude, deslocamento 166 m a sudoeste do ponto
central original, inventariada em 18 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 580,00 ind.ha-1,
57 espécies, área basal 24,61 m2.ha-1, diâmetro médio 20,43 cm, altura total média 8,65 m, altura do fuste 4,53 m, altura
dominante 15,05 m, índice de Shannon 3,64 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primária, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura
total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com
fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela exploração seletiva histórica e corte raso,
bosqueamento e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Cinnamodendron dinisii, Ocotea
diospyrifolia, Helietta apiculata e Lithraea brasiliensis. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com
cobertura lenhosa aproximada de 70% e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Prunus myrtifolia, Cedrela
fissilis, Cordia americana, C. trichotoma, Cupania vernalis, Lonchocarpus campestris, Annona sp., Myrcianthes pungens
e Styrax leprosus, no sub-bosque poucas taquaras secas (Merostachys sp.) e muitas lianas, além de Actinostemon concolor,
Dahlstedtia pinnata, Urera baccifera, Piper sp. e Justicia brasiliana, na regeneração Myrcia bombycina, C. americana,
C. vernalis, Pilocarpus pennatifolius, H. apiculata, Celtis iguanaea, Casearia sylvestris, M. pungens, Campomanesia
guazumifolia, C. xanthocarpa e L. campestris. Os forófitos apresentam baixa densidade de epífitos, sendo observadas
Sinningia douglasii, bromeliáceas, cactáceas, briófitas e líquens. As árvores e o sub-bosque apresentam grande densidade
de lianas. A sinúsia herbácea é formada por Elephantopus mollis, Ocimum selloi, comelináceas e poáceas.
Unidade Amostral 1461 – localidade Linha Planalto, Piratuba: 615 m de altitude, deslocamento 30 m ao norte do
ponto central original, inventariada em 31 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 632,00
ind.ha-1, 30 espécies, área basal 20,26 m2.ha-1, diâmetro médio 17,33 cm, altura total média 9,65 m, altura do fuste 5,13
m, altura dominante 16,70 m, índice de Shannon 2,14 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, alterada, pela exploração seletiva e rasa histórica de espécies. Espécies com maior valor de
importância: Ateleia glazioveana, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Syagrus romanzoffiana e N. lanceolata.
Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 50-60%, sub-bosque
médio. Destacam-se ainda as espécies: Prunus myrtifolia, Cedrela fissilis, Lonchocarpus campestris, Casearia decandra,
Cabralea canjerana e Sapium glandulosum, o sub-bosque com poucas taquaras secas (Merostachys sp.) e Actinostemon
concolor, Dahlstedtia pinnata, Urera baccifera, Piper sp., Trichilia elegans, Justicia brasiliana e Cordyline spectabilis, na
regeneração Cupania vernalis, N. lanceolata, N. megapotamica, Ocotea diospyrifolia, Ilex paraguariensis, Styrax leprosus,
C. fissilis, C. canjerana, Tabernaemontana catharinensis, L. campestris, Chrysophyllum gonocarpum, Zanthoxylum
rhoifolium, A. glazioveana e muitas O. odorifera. Baixa densidade de epífitos e média de lianas. A sinúsia herbácea é
formada por Hydrocotyle quinqueloba, Elephantopus mollis, pteridófitas, marantáceas e poáceas.
300
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 1536 – localidade de Linha Floresta, Alta Bela Vista: 450 m de altitude, deslocamento 80 m a sul do
ponto central original, inventariada em 27 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 544,74 ind.
ha-1, 40 espécies, área basal 17,86 m2ha-1, diâmetro médio 18,14 cm, altura total média 14,64 m, altura do fuste 5,55 m, altura
dominante 23,17 m, índice de Shannon 3,10 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, muito alterada. Espécies com maior valor de importância: Hovenia dulcis, Persea americana, Luehea
divaricata, Nectandra megapotamica e N. lanceolata. Observações adicionais: cobertura do dossel apresentava-se com
60% e o sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Syagrus romanzoffiana, Cabralea canjerana e Myrsine
umbellata, no sub-bosque Trichilia clausseni, M. umbellata e Allophylus edulis.
Unidade Amostral 1542 – localidade de Linha Lindemberg, Capinzal: 584 m de altitude, deslocamento 100 m ao leste
do ponto central original, inventariada em 01 de abril de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 597,50 ind.
ha-1, 33 espécies, área basal 18,74 m2ha-1, diâmetro médio 16,49 cm, altura total média 8,63 m, altura do fuste 4,68 m, altura
dominante 14,60 m, índice de Shannon 2,61 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura
total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com
fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas, exploração seletiva, corte
raso histórico e recente de espécies. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata,
Nectandra megapotamica, Ateleia glazioveana e Cedrela fissilis. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado
com cobertura lenhosa aproximada de 60-70% e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Prunus
myrtifolia, Araucaria angustifolia, Lonchocarpus campestris e Syagrus romanzoffiana, o sub-bosque com poucas taquaras
secas (Merostachys sp.), Actinostemon concolor, Dahlstedtia pinnata, Allophylus guaraniticus, Piper sp., Trichilia elegans,
Justicia brasiliana e Cordyline spectabilis, na regeneração P. myrtifolia, N. lanceolata, N. megapotamica, O. diospyrifolia, A.
angustifolia, Diatenopteryx sorbifolia, Cordia americana, Cupania vernalis, Chrysophyllum marginatum, C. gonocarpum,
Ilex paraguariensis, I. brevicuspis, Balfourodendron riedelianum, A. edulis, Myrsine sp., Casearia decandra, Strychnos
brasiliensis e L. campestris. Baixa densidade de epífitos e lianas. A sinúsia herbácea é formada por Elephantopus mollis,
Ocimum selloi, orquidáceas, pteridófitas, poáceas e piperáceas.
301
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 1616 – Centro, Peritiba: 611 m de altitude, inventariada em 29 de novembro de 2008. Síntese da
análise fitossociológica: 525,00 ind.ha-1, 49 espécies, área basal 20,86 m2.ha-1, diâmetro médio 18,99 cm, altura total
média 9,33 m, altura do fuste 6,33 m, altura dominante 15,41 m, índice de Shannon 3,22 nats.ind-1. Classificação da
vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo
diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional
Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado. Espécies com maior valor de importância:
Nectandra megapotamica, Parapiptadenia rigida, Ocotea puberula, Cupania vernalis e N. lanceolata. Observações
adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80%, o sub-bosque médio a ralo.
Destacam-se ainda as espécies: Casearia sylvestris, Machaerium stipitatum, Myrocarpus frondosus, Ocotea diospyrifolia,
Lonchocarpus campestris, Helietta apiculata e Hovenia dulcis, o sub-bosque com taquara seca (Merostachys sp.) e cará
verde (Chusquea sp.) predominam mirtáceas, Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia clausseni, Pilocarpus
pennatifolius e Allophylus edulis, na regeneração A. concolor, P. pennatifolius, P. rigida, Campomanesia guazumifolia,
Sebastiania brasiliensis, S. commersoniana, C. vernalis, L. campestris, M. stipitatum e Luehea divaricata. Baixa densidade
de epífitos e muitas lianas. A sinúsia herbácea é representada por poucas espécies de poáceas e pteridófitas.
Unidade Amostral 1618 – localidade Linha dos Pintos, Ipira: 653 m de altitude, deslocamento 100 m a Oeste do ponto
central original, inventariada em 01 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 400,00 ind.
ha-1, 19 espécies, área basal 13,44 m2.ha-1, diâmetro médio 16,15 cm, altura total média 13,79 m, altura do fuste 4,19
m, altura dominante 18,02 m, índice de Shannon 1,79 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura
total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra lanceolata,
N. megapotamica, Cedrela fissilis e Myrsine umbellata. Observações adicionais: cobertura do dossel apresentava-se com
mais de 50% e sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Hovenia dulcis, Inga marginata,
Citronela paniculata e Vitex megapotamica, no sub-bosque Cupania vernalis, C. fissilis, Prunus myrtifolia, Casearia
sylvestris, Lonchocarpus campestris e Myrsine umbellata.
302
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 1619 – localidade de Linha Ferraz, Ipira: 575 m de altitude, deslocamento 80 m ao sul do ponto
central original, inventariada em 29 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 383,80 ind.ha-1,
29 espécies, área basal 17,46 m2.ha-1, diâmetro médio 18,52 cm, altura total média 12,91 m, altura do fuste 4,48 m, altura
dominante 18,29 m, índice de Shannon 2,63 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura
total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Ocotea puberula,
Nectandra megapotamica, Hovenia dulcis e Ficus luschnathiana. Observações adicionais: dossel apresentava-se acima de
50% e sub-bosque ralo com poucas arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Balfourodendron riedelianum, Phytolacca
dioica e, no sub-bosque Pilocarpus pennatifolius e Trichilia clausseni.
Unidade Amostral 1693 – localidade Linha Sertão, Concórdia: 584 m de altitude, deslocamento 111 m ao sul do ponto
central original, inventariada em 26 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 547,22 ind.ha-1,
32 espécies, área basal 13,03 m2ha-1, diâmetro médio 14,96 cm, altura total média 7,11 m, altura do fuste 4,60 m, altura
dominante 14,06 m, índice de Shannon 2,89 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Médio e pela altura total média
– Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em
estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica e corte raso de espécies e pastejo. Espécies com maior
valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, Cedrela fissilis, Myrsine umbellata e Myrsine coriacea.
Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 60-70%, sub-bosque denso.
Destacam-se ainda as espécies: Ilex paraguariensis, I. microdonta, M. coriacea, Luehea divaricata, Syagrus romanzoffiana,
Hovenia dulcis e um indivíduo de Araucaria angustifolia, no sub-bosque Miconia sp., Piper sp. e Allophylus puberulus,
na regeneração M. umbellata, A. puberulus, A. edulis, O. puberula, Matayba elaeagnoides, Cupania vernalis e C. fissilis.
As árvores apresentam poucas lianas e epífitos e a sinúsia herbácea é formada por poucas espécies de poáceas, piperáceas,
melastomatáceas e pteridófitas.
303
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 1694 – localidade Linha Kaiser, Concórdia: 511 m de altitude, deslocamento 5 m a nordeste do
ponto central original, inventariada em 25 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 360,96
ind.ha-1, 33 espécies, área basal 15,45 m2.ha-1, diâmetro médio 18,36 cm, altura total média 10,16 m, altura do fuste 7,09
m, altura dominante 16,93 m, índice de Shannon 2,94 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies e
perturbações presentes dentro da Unidade Amostral. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata,
N. megapotamica, Luehea divaricata, Ocotea puberula e Erythrina falcata. Observações adicionais: dossel descontínuo e
variado com cobertura lenhosa aproximada de 60-70% e, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Cryptocarya
aschersoniana, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum e Hovenia dulcis, no sub-bosque Myrsine umbellata e grande
densidade de lianas, na regeneração Allophylus puberulus, M. stipitatum e também se observou indivíduos jovens de
Araucaria angustifolia e O. odorifera. Grande densidade de lianas e baixa densidade e diversidade de epífitos. A sinúsia
herbácea é composta principalmente por espécies de piperáceas e pteridófitas.
Unidade Amostral 1703 – localidade Florão da Serra, Campos Novos: 585 m de altitude, deslocamento 310 m a noroeste
do ponto central original, inventariada em 19 e 20 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade
404,04 ind.ha-1, 21 espécies, área basal 8,34 m2.ha-1, diâmetro médio 14,02 cm, altura total média 6,03 m, altura do fuste
3,04 m, altura dominante 9,46 m, índice de Shannon 2,09 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Médio e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva e corte raso histórico de espécies, pastejo e presença de estradas.
Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Matayba elaeagnoides, Nectandra megapotamica e
Phytolacca dioica. Observações adicionais: o ponto central situado em uma estrada com cobertura lenhosa aproximada
de 50-60% e o sub-bosque é denso. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Diatenopteryx sorbifolia e Luehea
divaricata, o sub-bosque com taquara seca (Merostachys sp.), Hennecartia omphalandra, Urera baccifera, Dahlstedtia
pinnata e Cereus sp., na regeneração Allophylus puberulus, Cupania vernalis, N. megapotamica, Syagrus romanzoffiana,
Schinus terebinthifolius e Manihot grahamii. Baixa densidade e diversidade de epífitos e densidade média de lianas. A
sinúsia herbácea é formada por poáceas, piperáceas, ciperáceas e pteridófitas.
304
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 1770 – localidade Linha Campina Goio-Ên, Chapecó: 605 m de altitude, deslocamento 25 m a
noroeste do ponto central original, inventariada em 22 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade
437,50 ind.ha-1, 59 espécies, área basal 14,68 m2.ha-1, diâmetro médio 17,60 cm, altura total média 9,00 m, altura do fuste
3,97 m, altura dominante 13,29 m, índice de Shannon 3,66 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio avançado até inicial, profundamente alterada, coberta em grande parte por Chusquea e Pteridium
arachnoideum e com a presença de espécies exóticas. Espécies com maior valor de importância: Prunus myrtifolia,
Casearia sylvestris, Luehea divaricata, Tabernaemontana catharinensis e Nectandra lanceolata. Observações adicionais:
Sinúsia arbórea proporcionando uma cobertura de copas de até 50%, e sub-bosque variando de ralo a denso. Destacam-se
ainda as espécies: Calyptranthes tricona, Cordia ecalyculata, Chrysophyllum marginatum, Ocotea odorifera, Syagrus
romanzoffiana e Schinus terebinthifolius. Epífitos pouco frequentes e sinúsia herbácea pouco diversificada, formada
principalmente por espécies de poáceas e pteridófitas.
Unidade Amostral 1774 – localidade de Poço Rico, Concórdia: 608 m de altitude, deslocamento 177 m a sudeste do
ponto central original, inventariada em 27 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 334,62 ind.
ha-1, 34 espécies, área basal 7,82 m2.ha-1, diâmetro médio 15,03 cm, altura total média 6,43 m, altura do fuste 4,77 m, altura
dominante 12,64 m, índice de Shannon 3,07 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Inicial, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva de madeira e corte raso de espécies. Espécies com maior
valor de importância: Nectandra megapotamica, Hovenia dulcis, Ocotea puberula, N. lanceolata e Luehea divaricata.
Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80% e sub-bosque denso.
Destacam-se ainda as espécies: Cupania vernalis, Chrysophyllum gonocarpum e C. marginatum, o sub-bosque com
cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor e grande densidade de lianas, na regeneração N. megapotamica, C.
vernalis, Myrsine umbellata, Aspidosperma australe e Sorocea bonplandii. Baixa densidade de epífitos e a sinúsia herbácea
é composta por poáceas e poucas pteridófitas.
305
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 1775 – localidade de Pinheiro Preto, Concórdia: 503 m de altitude, inventariada em 28 de novembro de
2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 418,92 ind.ha-1, 38 espécies, área basal 22,77 m2.ha-1, diâmetro médio
21,55 cm, altura total média 10,22 m, altura do fuste 6,39 m, altura dominante 18,76 m, índice de Shannon 3,19 nats.ind-1.
Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal
– Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta
Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançada em uma das subunidades, muito alterada,
pela exploração seletiva histórica de espécies, corte raso, agricultura, bosqueamento, pastejo e presença de estrada. Espécies
com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, N. lanceolata, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum e
Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 7080% e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Ocotea puberula, Matayba elaeagnoides, Cabralea canjerana,
Parapiptadenia rigida, Prunus myrtifolia e Hovenia dulcis, o Sub-bosque com cará verde (Chusquea sp.), taquara seca
(Merostachys sp.), mirtáceas, Sorocea bonplandii, Guarea macrophylla, Cyathea sp., Esenbeckia grandiflora e Piper sp.,
na regeneração Trema micrantha, Boehmeria caudata, Campomanesia xanthocarpa, Casearia decandra, Inga marginata,
Cupania vernalis, Casearia sylvestris, Allophylus edulis, Cedrela fissilis e Aspidosperma australe. Baixa densidade de
epífitos e lianas. Na sinúsia herbácea encontram-se poucas espécies de poáceas e pteridófitas.
Unidade Amostral 1787 – localidade Santa Bárbara, Ouro: 647 m de altitude, deslocamento 120 m a sul do ponto central
original, inventariada em 18 e 19 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 395,00 ind.ha-1, 40
espécies, área basal 3,32 m2.ha-1, diâmetro médio 22,39 cm, altura total média 9,07 m, altura do fuste 5,53 m, altura dominante
16,07, índice de Shannon 3,21 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994
do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de
sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado,
muito alterada, pela exploração seletiva histórica, corte raso de espécies e em alguns trechos por pastejo e bosqueamento.
Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Ruprechtia laxiflora, Diatenopteryx sorbifolia,
Pilocarpus pennatifolius e Ocotea puberula. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa
aproximada de 70-80% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Diatenopteryx sorbifolia,
Prunus myrtifolia, Cupania vernalis, Aspidosperma australe, Machaerium stipitatum, Parapiptadenia rigida e Myrocarpus
frondosus, no sub-bosque Actinostemon concolor e Pilocarpus pennatifolius, na regeneração A. concolor, P. pennatifolius,
Eugenia uniflora, C. vernalis e N. megapotamica. Densidade média de epífitos e grande de lianas. A sinúsia herbácea é
formada por poáceas e pteridófitas.
306
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 1859 – localidade Linha Aparecida, Paial: 470 m de altitude, inventariada em 30 de janeiro de
2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 308,57 ind.ha-1, 34 espécies, área basal 21,00 m2.ha-1, diâmetro médio
23,73 cm, altura total média 10,93 m, altura do fuste 4,31 m, altura dominante 16,97 m, índice de Shannon 3,17 nats.ind-1.
Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal
– Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta
Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançada, muito alterada por corte seletivo,
supressão da floresta para plantio de exóticas. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica,
Solanum mauritianum, Luehea divaricata, N. lanceolata e Chrysophyllum gonocarpum. Observações adicionais: dossel
apresentava-se descontínuo variando entre 30 e 50%, e o sub-bosque é ralo com poucas arvoretas. Destacam-se ainda as
espécies: Chrysophyllum gonocarpum, Cabralea canjerana, Cordia americana, Casearia sylvestris, Cupania vernalis,
Parapiptadenia rigida e Hovenia dulcis, no sub-bosque Trichilia clausseni, C. vernalis, L. divaricata, Urera baccifera e
Boehmeria caudata.
Unidade Amostral 1861 – localidade de Ponte Preta, Itá: 540 m de altitude, deslocamento 400 m a nordeste do ponto
central original, inventariada em 23 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 367,50 ind.ha-1,
44 espécies, área basal 16,42 m2.ha-1, diâmetro médio 20,42 cm, altura total média 10,50 m, altura do fuste 4,63 m, altura
dominante 17,00 m, índice de Shannon 3,42 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Trichilia clausseni, Cabralea
canjerana, Apuleia leiocarpa e Sebastiania brasiliensis. Observações adicionais: A cobertura florestal apresentavase com 50% e o sub-bosque com muitas arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Machaerium stipitatum, Inga sp.,
Myrsine umbellata, Balfourodendron riedelianum, Solanum mauritianum e Campomanesia xanthocarpa, no sub-bosque
Actinostemon concolor, T. elegans, T. clausseni, Cupania vernalis, Sorocea bonplandii, Urera baccifera e Chusquea sp.
307
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 1864 – localidade Linha Vitória, Seara: 531 m de altitude, deslocamento 200 m a oeste do ponto
central original, inventariada em 16 e 17 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 482,50 ind.
ha-1, 39 espécies, área basal 22,60 m2.ha-1, diâmetro médio 20,58 cm, altura total média 12,13 m, altura do fuste 4,76 m,
altura dominante 19,26 m, índice de Shannon 3,05 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Trichilia clausseni,
Luehea divaricata, Syagrus romanzoffiana e Pilocarpus pennatifolius. Observações adicionais: cobertura do dossel
apresentava em 50% e o sub-bosque é raro. Destacam-se ainda as espécies: Cupania vernalis, Machaerium stipitatum e
Diatenopteryx sorbifolia, no sub-bosque Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor, P. pennatifolius, Allophylus edulis,
C. vernalis e T. clausseni.
Unidade Amostral 1869 – localidade Linha Marchezan, Concórdia: 741 m de altitude, deslocamento 97 m a nordeste
do ponto central original, inventariada em 26 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 452,50
ind.ha-1, 31 espécies, área basal 28,99 m2.ha-1, diâmetro médio 21,27 cm, altura total média 13,72 m, altura do fuste 7,68
m, altura dominante 19,67 m, índice de Shannon 2,87 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio avançada muito alterada, com indícios de exploração madeireira histórica. Espécies com maior
valor de importância: Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, Luehea divaricata, Cedrela fissilis e N. megapotamica.
Observações adicionais: sinúsia arbórea constituída, em geral praticamente sem epífitos, empreendendo uma cobertura
de copas de 11-50% e, sub-bosque com densidade média. Destacam-se ainda as espécies: no sub-bosque Actinostemon
concolor, Hybanthus bigibbosus e grande quantidade de lianas espinescentes. Sinúsia herbácea composta por espécies de
pteridófitas e acantáceas, além de várias plântulas de Balfourodendron riedelianum.
308
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 1959 – localidade de Água Amarela, Chapecó: 666 m de altitude, inventariada em 22 de janeiro de
2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 605,00 ind.ha-1, 45 espécies, área basal 20,08 m2.ha-1, diâmetro médio
17,44 cm, altura total média 8,96 m, altura do fuste 4,05 m, altura dominante 13,33 m, índice de Shannon 2,70 nats.ind-1.
Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal
– Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta
Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pelo pastejo, roçada de subbosque e presença da espécie exótica. Espécies com maior valor de importância: Casearia sylvestris, Sapium glandulosum,
Ocotea puberula, Nectandra lanceolata e Lonchocarpus campestris. Observações adicionais: sinúsia arbórea com baixa
riqueza específica, proporcionam ao dossel uma cobertura de copas entre 50 e 70%, sub-bosque variando de médio a ralo.
Destacam-se ainda as espécies: Pisonia ambigua e o sub-bosque com muitas lianas e predomínio de Urera baccifera e
piperáceas, sendo poucos os regenerantes de espécies arbóreas ou características da sinúsia das arvoretas. Sinúsia herbácea
constituída por espécies de piperáceas, poáceas, rubiáceas e pteridófitas. Epífitos pouco frequentes.
Unidade Amostral 1961 – localidade Linha Monte Claro, Paial: 539 m de altitude, deslocamento 200 m a norte do
ponto central original, inventariada em 25 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 543,59
ind.ha-1, 50 espécies, área basal 23,57 m2.ha-1, diâmetro médio 19,21 cm, altura total média 9,13 m, altura do fuste 4,79
m, altura dominante 18,07 m, índice de Shannon 3,25 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Cyathea corcovadensis, Nectandra
lanceolata, Trichilia clausseni, Chrysophyllum marginatum e Prunus myrtifolia. Observações adicionais: a cobertura
florestal encontra-se praticamente contínua em torno de 50%, e o sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: C.
gonocarpum, N. megapotamica, Cedrela fissilis, Inga marginata, Ocotea odorifera, Apuleia leiocarpa, Banara tomentosa,
Myrocarpus frondosus, O. diospyrifolia e Hovenia dulcis, no sub-bosque Actinostemon concolor, Trichilia clausseni,
Myrsine umbellata, T. elegans, Urera baccifera, Boehmeria caudata, Sorocea bonplandii e Cyathea corcovadensis.
309
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 1965 – localidade de Linha Dois Irmãos, Seara: 620 m de altitude, inventariada em 28 de janeiro
de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 492,86 ind.ha-1, 42 espécies, área basal 24,26 m2.ha-1, diâmetro
médio 19,91 cm, altura total média 10,64 m, altura do fuste 4,82 m, altura dominante 17,72 m, índice de Shannon 3,17 nats.
ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área
basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica:
Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior
valor de importância: Cyathea sp., Nectandra megapotamica, Allophylus edulis, Luehea divaricata e Cupania vernalis.
Observações adicionais: a cobertura do dossel apresentava-se em 50%. Destacam-se ainda as espécies: Lonchocarpus
campestris, Annona emarginata, Ocotea diospyrifolia, Coussarea contracta e Coutarea hexandra, no sub-bosque Trichilia
clausseni, Actinostemon concolor, Dalbergia frutescens, Sorocea bonplandii e Cupania vernalis.
Unidade Amostral 1970 – localidade Linha dos Grando, Concórdia: 530 m de altitude, deslocamento 175 m a noroeste
do ponto central original, inventariada em 25 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 505,00
ind.ha-1, 30 espécies, área basal 18,63 m2.ha-1, diâmetro médio 17,16 cm, altura total média 11,59 m, altura do fuste 6,19
m, altura dominante 16,80 m, índice de Shannon 2,61 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, alterada pelo efeito de borda, mata ciliar, com presença de espécie exótica. Espécies
com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Cedrela fissilis e
Cryptocarya aschersoniana. Observações adicionais: Sinúsia arbórea composta por árvores não muito altas, formando
um dossel descontínuo, com cobertura de copas de 10 a 50% e, sub-bosque ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies:
lauráceas, no sub-bosque Actinostemon concolor, Eugenia uniflora, Trichilia elegans e muitas lianas espinescentes. Epífitos
vasculares quase que inexistentes, com exceção de Tillandsia tenuifolia. Sinúsia herbácea bastante diferenciada entre as
subunidades, mas em geral constituída por um grande número de pteridófitas, tais como Asplenium clausseni e Anemia
phyllitidis, além de acantáceas e piperáceas.
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 2051 - localidade de Laranjeira, Itapiranga: 259 m de altitude, deslocamento 115 m ao leste do
ponto central original, inventariada em 14 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 192,50
ind.ha-1, 28 espécies, área basal 12,62 m2.ha-1, diâmetro médio 24,29 cm, altura total média 9,95 m, altura do fuste 6,02
m, altura dominante 21,00 m, índice de Shannon 2,95 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio avançado, muito alterada, pela presença de estradas e histórica exploração seletiva de espécies.
Espécies com maior valor de importância: Cabralea canjerana, Nectandra megapotamica, Heliocarpus popayanensis,
Apuleia leiocarpa e Maclura tinctoria. Observações adicionais: O dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa
aproximada de 50-60%. Destacam-se ainda as espécies: Cedrela fissilis, Cordia trichotoma, C. ecalyculata, Aloysia
virgata, Solanum mauritianum, Syagrus romanzoffiana, Trichilia clausseni e Jacaratia spinosa, o sub-bosque com cará
verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia elegans, Piper sp. e mirtáceas, na regeneração
N. megapotamica, C. canjerana, Inga marginata, Lonchocarpus sp., Parapiptadenia rigida, Balfourodendron riedelianum,
Sorocea bonplandii, Pilocarpus pennatifolius, Guarea macrophylla, T. clausseni, T. elegans e Piper sp. Baixa densidade de
epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por pteridófitas, comelináceas e marantáceas.
Unidade Amostral 2056 – localidade Linha Itacuruçú, São João do Oeste: 309 m de altitude, deslocamento 318
m a nordeste do ponto central original, inventariada em 11 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica:
densidade 528,00 ind.ha-1, 31 espécies, área basal 13,26 m2.ha-1, diâmetro médio 15,46 cm, altura total média 6,76 m, altura
do fuste 3,85 m, altura dominante 11,56 m, índice de Shannon 2,67 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios
sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado
e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de
vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas, exploração seletiva histórica de espécies
e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Syagrus romanzoffiana, Aloysia virgata, Machaerium stipitatum,
Luehea divaricata e Parapiptadenia rigida. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa
aproximada de 30-40% e o Sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Casearia sylvestris, Diatenopteryx
sorbifolia, Cordia americana, Luehea divaricata e Hovenia dulcis, o sub-bosque com muito cará verde (Chusquea sp.) e
lianas, destacam-se ainda Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia elegans, Urera baccifera e Piper sp., na
regeneração Balfourodendron riedelianum, C. americana, Holocalyx balansae, Guarea macrophylla, Cupania vernalis,
Urera baccifera, Bauhinia forficata e Trichilia elegans. As árvores apresentam alta densidade de lianas; epífitos não foram
observados. A sinúsia herbácea é formada por poucas poáceas e pteridófitas.
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Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 2077 – localidade de Lajeado Cruzeiro, Seara: 546 m de altitude, deslocamento 495 m a sudeste do
ponto central original, inventariada em 31 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 471,43 ind.
ha-1, 46 espécies, área basal 15,35 m2.ha-1, diâmetro médio 16,42 cm, altura total média 9,73 m, altura do fuste 4,12 m, altura
dominante 14,19 m, índice de Shannon 3,49 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Rauvolfia
sellowii, Myrocarpus frondosus e Machaerium paraguariense. Observações adicionais: A cobertura florestal apresenta-se
com 50% e o sub-bosque é raro. Destacam-se ainda as espécies: Nectandra megapotamica, N. lanceolata, M. stipitatum,
Chrysophyllum gonocarpum, C. marginatum, Phytolacca dioica e Vasconcellea quercifolia, no sub-bosque Aspidosperma
australe, Casearia sylvestris e Actinostemon concolor.
Unidade Amostral 2081 – localidade Linha Salete, Seara: 720 m de altitude, deslocamento 395 m a oeste do ponto
central original, inventariada em 27 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 455,26 ind.ha-1,
36 espécies, área basal 17,77 m2.ha-1, diâmetro médio 17,18 cm, altura total média 9,53 m, altura do fuste 3,77 m, altura
dominante 14,80 m, índice de Shannon 2,84 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra
lanceolata, Machaerium stipitatum e Parapiptadenia rigida. Observações adicionais: A cobertura do dossel apresentavase descontínua entre 30 e 60% e o sub-bosque é pouco denso. Destacam-se ainda as espécies: N. megapotamica,
Chrysophyllum gonocarpum e Cabralea canjerana, no sub-bosque Trichilia clausseni, Actinostemon concolor, Hennecartia
omphalandra, Sorocea bonplandii e Cupania vernalis.
Unidade Amostral 2079 – localidade Sagrado Coração, Seara: 471 m de altitude, deslocamento 150 m a sudeste do
ponto central original, inventariada em 11 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 489,36
ind.ha-1, 27 espécies, área basal 17,61 m2.ha-1, diâmetro médio 17,86 cm, altura total média 12,68 m, altura do fuste 5,10
m, altura dominante 18,26 m, índice de Shannon 2,36 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e
pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de
vegetação secundária em estádio médio muito alterada, com característica de plantio de Hovenia dulcis, sub-bosque com
espécies nativas. Espécies com maior valor de importância: Hovenia dulcis, Ocotea puberula, Nectandra lanceolata,
Allophylus edulis e N. megapotamica. Observações adicionais: A cobertura do dossel apresentava-se com mais de 60%
e o sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Cedrela fissilis e Lonchocarpus campestris,
no sub-bosque Sorocea bonplandii, Bauhinia forficata, Cupania vernalis, Campomanesia xanthocarpa, Urera baccifera e
Strychnos brasiliensis.
Unidade Amostral 2083 – localidade de Nova Estrela, Arabutã: 497 m de altitude, deslocamento 100 m a noroeste do
ponto central original, inventariada em 24 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 431,53
ind.ha-1, 42 espécies, área basal 25,02 m2.ha-1, diâmetro médio 22,87 cm, altura total média 13,80 m, altura do fuste 4,72
m, altura dominante 24,17 m, índice de Shannon 3,14 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, alterado, com vestígios de corte seletivo. Espécies com maior valor de importância:
Nectandra megapotamica, Pilocarpus pennatifolius, Sorocea bonplandii e Luehea divaricata. Observações adicionais:
A cobertura do dossel apresentava-se com acima de 70% e o sub-bosque é esparso com muitas lianas e algumas arvoretas.
Destacam-se ainda as espécies: Balfourodendron riedelianum, Parapiptadenia rigida e Hovenia dulcis, no sub-bosque
Trichilia clausseni, Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor, Bauhinia forficata e Cupania vernalis.
312
313
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 2088 – localidade Lajeado Cascudo, Concórdia: 652 m de altitude, deslocamento 100 m ao sul do
ponto central original, inventariada em 26 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 565,00
ind.ha-1, 29 espécies, área basal 24,93 m2.ha-1, diâmetro médio 18,78 cm, altura total média 16,24 m, altura do fuste 4,88
m, altura dominante 24,89 m, índice de Shannon 2,76 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário pelo diâmetro médio – Avançado e
pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia
de vegetação secundária em estádio avançado, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula,
Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Matayba elaeagnoides e Cupania vernalis. Observações adicionais: dossel
com cobertura acima de 60% e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Machaerium stipitatum, Diatenopteryx
sorbifolia, Parapiptadenia rigida, Ateleia glazioveana e Hovenia dulcis, no sub-bosque C. vernalis, Allophylus puberulus,
Dalbergia frutescens, Prunus myrtifolia e Citrus sp.
Unidade Amostral 2099 – localidade Linha Nogueira, Luzerna: 704 m de altitude, deslocamento 106 m a oeste do ponto
central original, inventariada em 18 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 515,15 ind.ha-1,
52 espécies, área basal 20,52 m2.ha-1, diâmetro médio 19,68 cm, altura total média 12,85 m, altura do fuste 5,29 m, altura
dominante 21,86 m, índice de Shannon 3,55 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio avançado, muito alterada, com indícios de exploração madeireira, pastejo e vários indivíduos de Hovenia dulcis.
Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Campomanesia xanthocarpa, Ocotea puberula,
Cupania vernalis e Phytolacca dioica. Observações adicionais: sinúsia arbórea com de copas de 70-80%. Destacam-se
ainda as espécies: no sub-bosque Actinostemon concolor e a sinúsia herbácea composta principalmente por espécies de
pteridófitas e acantáceas, como Justicia carnea. Epífitos pouco abundantes no fragmento.
314
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 2100 – localidade Linha Terezinha, Herval do Oeste: 742 m de altitude, deslocamento 5 m a leste do
ponto central original, inventariada em 18 e 19 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 572,50
ind.ha-1, 28 espécies, área basal 18,41 m2.ha-1, diâmetro médio 16,03 cm, altura total média 10,54 m, altura do fuste 3,75 m,
altura dominante 18,21 m, índice de Shannon 2,82 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Annona sylvatica,
Parapiptadenia rigida, Matayba intermedia e Balfourodendron riedelianum. Observações adicionais: a cobertura florestal
é contínua em torno de 50 a 70%, o sub-bosque é denso com muitas lianas e arvoretas. Destacam-se ainda as espécies:
Luehea divaricata, Matayba elaeagnoides, Cupania vernalis e Ocotea puberula.
Unidade Amostral 2101 – localidade Lajeado Cruzeiro, Ibicaré: 762 m de altitude, deslocamento 100 m a sul do ponto
central original, inventariada em 20 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 505,00 ind.ha-1,
31 espécies, área basal 13,51 m2.ha-1, diâmetro médio 15,64 cm, altura total média 11,31 m, altura do fuste 4,20 m, altura
dominante 18,98 m, índice de Shannon 2,61 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio avançada, muito alterada, pelas estradas em bom estado de conservação dentro do fragmento. Espécies com
maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Cedrela fissilis, Nectandra megapotamica e Syagrus
romanzoffiana. Observações adicionais: a cobertura florestal apresenta-se acima de 70% e sub-bosque denso com muitas
arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Hovenia dulcis, Albizia edwallii, Bauhinia forficata e N. lanceolata, no subbosque Campomanesia guazumifolia, Trichilia elegans, Allophylus edulis e Myrocarpus frondosus.
315
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 2166 – localidade Popí, Itapiranga: 340 m de altitude, deslocamento 389 m a sudoeste do ponto
central original, inventariada em 12 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 350,00 ind.ha-1,
43 espécies, área basal 14,29 m2.ha-1, diâmetro médio 18,82 cm, altura total média 8,91 m, altura do fuste 5,34 m, altura
dominante 17,25 m, índice de Shannon 3,41 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies, bosqueamento e pastagem. Espécies com
maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Parapiptadenia rigida, Phytolacca dioica e
Annona sylvatica. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70%,
porém com indivíduos de O. puberula chegando a medir até 31 m de altura e, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as
espécies: Balfourodendron riedelianum, Aspidosperma australe, Prunus myrtifolia, Casearia sylvestris, Campomanesia
xanthocarpa e Aloysia virgata, o sub-bosque com taquara seca (Merostachys sp.), Actinostemon concolor, Sorocea
bonplandii, Allophylus guaraniticus, Trichilia elegans e Piper sp. e muitas lianas, na regeneração Cordia americana, A.
australe, Helietta apiculata, N. megapotamica, P. myrtifolia, Sebastiania commersoniana, Urera baccifera e Piper sp. Baixa
densidade epífitos e densidade média de lianas. A sinúsia herbácea é formada por muitas pteridófitas, além de piperáceas,
rubiáceas e marantáceas.
Unidade Amostral 2170 – localidade Linha Quilombo, Mondaí: 338 m de altitude, deslocamento 431 m a leste do ponto
central original, inventariada em 05 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 264,29 ind.ha-1,
34 espécies, área basal 12,74 m2.ha-1, diâmetro médio 20,27 cm, altura total média 9,10 m, altura do fuste 5,81 m, altura
dominante 17,79 m, índice de Shannon 3,32 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies, em alguns pontos é
um mosaico, contendo inclusive estádio avançado. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica,
Diatenopteryx sorbifolia, Holocalyx balansae, Syagrus romanzoffiana e Aloysia virgata. Observações adicionais: dossel
descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 40-50% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies:
Machaerium stipitatum, Chrysophyllum gonocarpum, Cedrela fissilis, Cupania vernalis, Cordia americana, C. trichotoma,
C. ecalyculata, Jacaratia spinosa, Calyptranthes tricona e Phytolacca dioica, além da presença de Hovenia dulcis, no
sub-bosque muitas lianas e cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Seguieria aculeata,
Trichilia elegans, Piper sp., Heliconia sp., Carica sp. e Urera baccifera, na regeneração J. spinosa, Parapiptadenia rigida,
H. balansae, C. vernalis, C. americana, Balfourodendron riedelianum, T. clausseni, Cabralea canjerana, C. tricona, Trema
micrantha, Inga marginata, Pilocarpus pennatifolius, A. virgata, Styrax leprosus, Sebastiania brasiliensis e D. sorbifolia.
Baixa densidade de epífitos e alta de lianas. A sinúsia herbácea é formada por muitas Hydrocotyle quinqueloba, pteridófitas
e marantáceas.
316
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 2172 – localidade Linha Capivara, Mondai: 341 m de altitude, deslocamento 100 m ao sul do ponto
central original, inventariada em 09 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 520,00 ind.ha-1,
40 espécies, área basal 17,27 m2.ha-1, diâmetro médio 17,07 cm, altura total média 9,74 m, altura do fuste 6,30 m, altura
dominante 15,58 m, índice de Shannon 2,30 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Média de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies, corte raso e manejo histórico de Ilex
paraguariensis. Presença dominante de Hovenia dulcis. Espécies com maior valor de importância: H. dulcis, Trichilia
clausseni, I. paraguariensis, Nectandra megapotamica e N. lanceolata. Observações adicionais: dossel descontínuo e
variado com cobertura lenhosa aproximada de 50% e sub-bosque médio com muitas lianas. Destacam-se ainda as espécies:
Cabralea canjerana, Syagrus romanzoffiana, Aloysia virgata, Strychnos brasiliensis, Calyptranthes sp., Cupania vernalis e
Balfourodendron riedelianum, no sub-bosque Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, T. elegans, Guarea macrophylla
, Piper sp., Psychotria sp., Miconia sp., Dahlstedtia pinnata e Justicia brasiliana, na regeneração B. riedelianum, Inga
marginata, T. clausseni, N. megapotamica, Cordia americana, I. paraguariensis, S. brasiliensis, Casearia sylvestris,
Matayba elaeagnoides, Diatenopteryx sorbifolia, A. virgata, S. romanzoffiana e I. microdonta. Baixa densidade de epífitos e
média de lianas. A sinúsia herbácea é formada por Hydrocotyle quinqueloba, marantáceas, comelináceas, melastomatáceas,
poáceas e pteridófitas.
Unidade Amostral 2179 – localidade Linha Santa Catarina, Palmitos: 320 m de altitude, deslocamento 174 m ao sul do
ponto central original, inventariada em 28 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 242,50 ind.ha1
, 33 espécies, área basal 18,81 m2.ha-1, diâmetro médio 26,52 cm, altura total média 10,40 m, altura do fuste 5,28 m, altura
dominante 15,48 m, índice de Shannon 3,20 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Primário e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio alterado, com indícios de exploração seletiva histórica de madeira. Espécies com maior valor de
importância: Nectandra megapotamica, Cabralea canjerana, Ocotea puberula, Lonchocarpus campestris e N. lanceolata.
Observações adicionais: sinúsia arbórea formando dossel descontínuo, com cobertura de copas de 10 a 50% e, sub-bosque
variando de ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies: Inga marginata, Cordia trichotoma e Alchornea triplinervia,
no sub-bosque Actinostemon concolor, Piper amalago, Boehmeria caudata, Urera baccifera e grande quantidade de lianas.
Sinúsia herbácea constituída por pteridófitas, bromeliáceas e uma espécie de orquidáceas (Corymborchis flava). Epífitos
pouco abundantes.
317
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 2194 – localidade São Pedro, Seara: 651 m de altitude, deslocamento 70 m a sudoeste do ponto central
original, inventariada em 13 e 15 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 369,44 ind.ha-1,
42 espécies, área basal 14,95 m2.ha-1, diâmetro médio 19,06 cm, altura total média 11,25 m, altura do fuste 4,20 m, altura
dominante 16,56 m, índice de Shannon 3,37 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Machaerium paraguariense,
Cupania vernalis e Diatenopteryx sorbifolia. Observações adicionais: a cobertura do dossel em torno de 70% e subbosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Balfourodendron riedelianum, Diatenopteryx sorbifolia
e Chrysophyllum marginatum, o sub-bosque com muitos cipós, Chusquea sp., Sorocea bonplandii, Trichilia clausseni,
Actinostemon concolor, C. vernalis e Pilocarpus pennatifolius.
Unidade Amostral 2195 – localidade Santa Luiza, Seara: 866 m de altitude, deslocamento 380 m a sudeste do ponto
central original, inventariada em 12 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 439,47 ind.ha-1,
33 espécies, área basal 19,47 m2.ha-1, diâmetro médio 17,48 cm, altura total média 12,38 m, altura do fuste 3,61 m, altura
dominante 16,86 m, índice de Shannon 3,12 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal –Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, Erythrina
falcata, Cedrela fissilis e Luehea divaricata. Observações adicionais: a cobertura do dossel estava em torno de 50%, porém
descontínuo, e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Albizia edwallii, N. megapotamica, N. grandiflora,
Sapium glandulosum e Vasconcellea quercifolia, no sub-bosque Helietta apiculata, Luehea divaricata, Cupania vernalis,
Myrsine umbellata e Lonchocarpus campestris.
318
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 2216 – Ibicaré: 713 m de altitude, deslocamento 250 m a sudoeste do ponto central original, inventariada
em 21 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 585,00 ind.ha-1, 32 espécies, área basal 22,39
m2.ha-1, diâmetro médio 17,87 cm, altura total média 13,14 m, altura do fuste 4,77 m, altura dominante 23,58 m, índice de
Shannon 2,83 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA:
pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão.
Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado alterado.
Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Lonchocarpus
campestris e Cedrela fissilis. Observações adicionais: dossel apresentava-se em média com 50% e o sub-bosque é ralo.
Destacam-se ainda as espécies: Ilex paraguariensis, Clethra scabra, Dicksonia sellowiana, Lamanonia ternata, Hovenia
dulcis e N. lanceolata.
Unidade Amostral 2281 – localidade de São Sebastião, Tunapólis: 250 m de altitude, deslocamento 132 m ao sul do
ponto central original, inventariada em 13 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 397,14 ind.
ha-1, 27 espécies, área basal 8,22 m2.ha-1, diâmetro médio 14,20 cm, altura total média 6,81 m, altura do fuste 3,90 m, altura
dominante 11,09 m, índice de Shannon 2,85 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Médio e pela altura total média –
Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio
médio, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies e corte raso. Espécies com
maior valor de importância: Syagrus romanzoffiana, Luehea divaricata, Allophylus edulis, Aloysia virgata e Machaerium
stipitatum. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 80-90% e subbosque denso com muitas lianas e arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Parapiptadenia rigida, Cordia americana, C.
trichotoma, Campomanesia xanthocarpa e Cupania vernalis, no sub-bosque Actinostemon concolor, Dahlstedtia pinnata,
Sorocea bonplandii, Trichilia elegans e Piper sp., na regeneração P. rigida, Sebastiania commersoniana, C. americana,
Diatenopteryx sorbifolia, M. stipitatum, Balfourodendron riedelianum, C. vernalis, A. concolor, Strychnos brasiliensis,
Lonchocarpus sp., Helietta apiculata e S. bonplandii. Alta densidade de lianas; epífitos não foram observados. A sinúsia
herbácea é formada por bromeliáceas e muitas pteridófitas e poáceas.
319
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 2287 – localidade Linha Cascalho, Mondaí: 292 m de altitude, deslocamento 293 m ao norte do
ponto central original, inventariada em 06 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 641,67 ind.
ha-1, 37 espécies, área basal 17,18 m2.ha-1, diâmetro médio 15,94 cm, altura total média 7,03 m, altura do fuste 4,03 m, altura
dominante 14,16 m, índice de Shannon 2,79 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas, indícios de caça e exploração seletiva histórica de espécies e
corte raso. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, Aloysia virgata, Cabralea
canjerana e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada
de 70-80% e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: N. megapotamica, Syagrus romanzoffiana, Cordia
americana, Cupania vernalis, Erythrina falcata, Cedrela fissilis e Peltophorum dubium, além da presença de Hovenia
dulcis, o sub-bosque com taquaras secas (Merostachys sp.) e cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea
bonplandii, Seguieria aculeata, Trichilia elegans, Piper sp., Guarea macrophylla, Citrus x limon, Urera baccifera e Justicia
brasiliana, na regeneração N. megapotamica, Chrysophyllum gonocarpum, C. vernalis, Matayba elaeagnoides, O. puberula,
C. fissilis, Strychnos brasiliensis, Balfourodendron riedelianum, C. canjerana, Casearia sylvestris, Vitex megapotamica,
Allophylus edulis, A. virgata, Sebastiania brasiliensis e S. commersoniana.
Unidade Amostral 2294 – localidade Alto São Pedro, São Carlos: 396 m de altitude, deslocamento 130 m ao norte do
ponto central original, inventariada em 26 de janeiro 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 577,50 ind.ha-1,
41 espécies, área basal 20,42 m2.ha-1, diâmetro médio 18,31 cm, altura total média 9,47 m, altura do fuste 4,58 m, altura
dominante 14,11 m, índice de Shannon 2,94 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio e presença de espécie exótica. Espécies com maior valor de importância: Cupania vernalis, Nectandra
megapotamica, Machaerium stipitatum, Syagrus romanzoffiana e Cordia americana. Observações adicionais: sinúsia
arbórea formada por árvores em geral baixas, que proporcionam um dossel descontínuo, com cobertura de copas de até
50% e, sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: C. trichotoma, M. paraguariense, Annona sylvatica, Luehea
divaricata, Hovenia dulcis e Apuleia leiocarpa, no sub-bosque Aloysia virgata, Actinostemon concolor e Hennecartia
omphalandra, entremeadas por grande quantidade de lianas e Chusquea sp. Sinúsia herbácea pouco representativa e epífitos
raramente presentes.
320
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 2310 – localidade Linha Guararapes, Xavantina: 898 m de altitude, deslocamento 40 m a leste do
ponto central original, inventariada em 19 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 360,90 ind.
ha-1, 51 espécies, área basal 33,43 m2ha-1, diâmetro médio 27,34 cm, altura total média 12,77 m, altura do fuste 5,33 m, altura
dominante 22,48 m, índice de Shannon 3,57 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Primário e pela altura total
média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio avançado alterado. Espécies com maior valor de importância: Cabralea canjerana, Luehea divaricata,
Nectandra megapotamica, Ocotea diospyrifolia e Diatenopteryx sorbifolia. Observações adicionais: a cobertura florestal
encontrava-se praticamente contínuo em torno de 50 a 70%, e o sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies:
Cedrela fissilis, Sapium glandulosum, Myrocarpus frondosus, N. lanceolata, Picrasma crenata, Lonchocarpus campestris,
Chrysophyllum gonocarpum e Parapiptadenia rigida, o sub-bosque com presença marcante de Chusquea sp., piperáceas,
Urera baccifera, Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor, Casearia sylvestris, Trichilia clausseni e pteridófitas como
Cyathea corcovadensis.
Unidade Amostral 2406 – localidade de Linha Aparecida, Caibi: 430 m de altitude, deslocamento 298 m ao leste do
ponto central original, inventariada em 07 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 260,00 ind.
ha-1, 38 espécies, área basal 16,93 m2.ha-1, diâmetro médio 24,09 cm, altura total média 9,11 m, altura do fuste 4,98 m, altura
dominante 16,10 m, índice de Shannon 3,31 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio avançado, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies e corte raso.
Espécies com maior valor de importância: Phytolacca dioica, Prunus myrtifolia, Cedrela fissilis, Cabralea canjerana
e Machaerium stipitatum. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada
de 30-40%, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Syagrus romanzoffiana, Holocalyx balansae, Aloysia
virgata, Nectandra lanceolata, N. megapotamica, Inga marginata, Cordia trichotoma, C. ecalyculata, Cupania vernalis,
Balfourodendron riedelianum e Hovenia dulcis, o sub-bosque com muitas lianas, taquaras secas (Merostachys sp.), cará
verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia elegans, Piper sp., Urera baccifera e Justicia
brasiliana, na regeneração Trema micrantha, Prunus myrtifolia, B. riedelianum, C. vernalis, H. balansae, I. marginata,
T. clausseni, N. megapotamica, P. dioica, C. canjerana, C. americana, C. ecalyculata e C. fissilis. Baixa densidade de
epífitos e alta densidade de lianas, incluindo Pereskia aculeata. A sinúsia herbácea é formada por Hydrocotyle quinqueloba,
piperáceas, acantáceas, marantáceas, comelináceas e muitas poáceas e pteridófitas.
321
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 2414 – localidade de Planalto Alto, Nova Itaberaba: 414 m de altitude, deslocamento 189 m a
noroeste do ponto central original, inventariada em 27 e 28 de janeiro 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade
447,37 ind.ha-1, 43 espécies, área basal 28,05 m2.ha-1, diâmetro médio 23,08 cm, altura total média 9,95 m, altura do fuste
5,05 m, altura dominante 15,43 m, índice de Shannon 3,28 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio avançado, muito alterada, com a presença de estradas e indícios de exploração seletiva recente e
histórica. Espécies com maior valor de importância: Machaerium stipitatum, Pilocarpus pennatifolius, Diatenopteryx
sorbifolia, Holocalyx balansae e Syagrus romanzoffiana. Observações adicionais: sinúsia arbórea formando dossel
descontínuo, com cobertura de copas de 50 a 70 % e sub-bosque ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies: Annona
sylvatica, Eugenia rostrifolia, Apuleia leiocarpa e Lonchocarpus campestris, no sub-bosque Actinostemon concolor, P.
pennatifolius, Trichilia elegans e Piper amalago, entremeados por grande quantidade de lianas e, em alguns locais, também
por Chusquea. Sinúsia herbácea pouco diversificada, em geral composta por espécies de pteridófitas e rubiáceas. Epífitos
pouco abundantes.
Unidade Amostral 2425 – localidade Linha Rondom, Xavantina: 649 m de altitude, inventariada em 25 de março de
2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 403,33 ind.ha-1, 48 espécies, área basal 25,78 m2.ha-1, diâmetro médio
22,92 cm, altura total média 9,87 m, altura do fuste 4,69 m, altura dominante 16,55 m, índice de Shannon 3,38 nats.ind1
. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área
basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica:
Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela ocorrência
de corte seletivo histórico e estrada em uso dentro do fragmento. Espécies com maior valor de importância: Nectandra
megapotamica, N. lanceolata, Phytolacca dioica, Chrysophyllum marginatum e Machaerium stipitatum. Observações
adicionais: cobertura do dossel apresentava-se descontínuo em torno de 30% e com muitas clareiras, o sub-bosque é ralo.
Destacam-se ainda as espécies: Ocotea puberula, C. gonocarpum, Helietta apiculata, Inga sp., Parapiptadenia rigida e
Vasconcellea quercifolia, no sub-bosque Sorocea bonplandii, Pilocarpus pennatifolius, Urera baccifera, Piper sp., Trichilia
clausseni, Justicia brasiliana e Actinostemon concolor.
322
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 2510 – localidade Raigão, Tunápolis: 380 m de altitude, deslocamento 182 m ao norte do ponto
central original, inventariada em 18 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 253,85 ind.
ha-1, 31 espécies, área basal 12,71 m2.ha-1, diâmetro médio 21,67 cm, altura total média 10,76 m, altura do fuste 6,89
m, altura dominante 16,60 m, índice de Shannon 3,16 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas, exploração seletiva histórica de espécies, corte
raso, bosqueamento e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Cedrela fissilis, Syagrus romanzoffiana, Ocotea
diospyrifolia, Erythrina falcata e Hovenia dulcis. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura
lenhosa aproximada de 30-40% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Cabralea canjerana, Aloysia virgata,
Nectandra megapotamica, Solanum mauritianum, Chrysophyllum gonocarpum, Holocalyx balansae, Prunus myrtifolia,
Cordia americana e Balfourodendron riedelianum, o sub-bosque com muito cará verde (Chusquea sp.), Sorocea bonplandii,
Trichilia elegans, Piper sp., Urera baccifera, Boehmeria caudata e Actinostemon concolor, na regeneração U. baccifera,
Inga marginata, B. riedelianum, T. clausseni, C. gonocarpum, H. balansae, Cupania vernalis, Bauhinia forficata e Trema
micrantha. Baixa densidade de epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por pteridófitas, poáceas e
piperáceas.
Unidade Amostral 2512 – localidade Canaleta, Tunápolis: 393 m de altitude, deslocamento 40 m ao leste do ponto
central original, inventariada em 17 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 282,50 ind.
ha-1, 25 espécies, área basal 9,03 m2.ha-1, diâmetro médio 16,69 cm, altura total média 7,63 m, altura do fuste 4,21 m,
altura dominante 13,41 m, índice de Shannon 2,77 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas e exploração rasa e seletiva histórica de espécies,
bosqueamento e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Styrax leprosus, Luehea divaricata,
Machaerium stipitatum e Sapium glandulosum. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura
lenhosa aproximada de 20-30% e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Helietta apiculata, Parapiptadenia
rigida, Lonchocarpus sp., Myrocarpus frondosus, Erythrina falcata, Casearia sylvestris, Sapium glandulosum, Myrsine
coriacea e Hovenia dulcis, o sub-bosque com Citrus x limon, na regeneração O. puberula, Nectandra megapotamica, Celtis
iguanaea, C. sylvestris, S. leprosus, M. frondosus, Sebastiania brasiliensis, S. commersoniana, H. apiculata, Campomanesia
xanthocarpa, C. guazumifolia, Erythroxylum deciduum, B. forficata, Annona sp., Lonchocarpus sp., Balfourodendron
riedelianum e Pilocarpus pennatifolius. Baixa densidade de epífitos e lianas. A sinúsia herbácea é formada por Pteridium
arachnoideum, Asclepias curassavica, Elephantopus mollis, Sida sp., poáceas, pteridófitas e asteráceas.
323
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 2515 – localidade Linha Iratim, Iporã do Oeste: 372 m de altitude, deslocamento 82 m ao norte do
ponto central original, inventariada em 03 e 04 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 270,00
ind.ha-1, 33 espécies, área basal 15,45 m2.ha-1, diâmetro médio 22,96 cm, altura total média 10,10 m, altura do fuste 6,20 m,
altura dominante 21,78 m, índice de Shannon 3,17 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio avançado, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies. Espécies com
maior valor de importância: Cordia americana, Nectandra megapotamica, Syagrus romanzoffiana, Holocalyx balansae e
Apuleia leiocarpa. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80% e
sub-bosque é denso. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Machaerium stipitatum, Chrysophyllum gonocarpum,
Diatenopteryx sorbifolia, Helietta apiculata, Matayba elaeagnoides, Aloysia virgata, Parapiptadenia rigida e Phytolacca
dioica, o sub-bosque denso com muitas lianas e cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii,
Trichilia elegans, Piper sp., Urera baccifera e Justicia brasiliana, na regeneração N. megapotamica, P. rigida, C.
gonocarpum, H. balansae, Hennecartia omphalandra, Cupania vernalis, S. romanzoffiana, C. americana, Balfourodendron
riedelianum, Myrcianthes pungens, Inga marginata, Pilocarpus pennatifolius, A. virgata, Sebastiania brasiliensis e D.
sorbifolia. Baixa densidade de epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por muita Hydrocotyle
quinqueloba, pteridófitas e acantáceas.
Unidade Amostral 2530 – localidade Dalchiovão, Nova Itaberaba: 590 m de altitude, deslocamento 180 m a nordeste
do ponto central original, inventariada em 02 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 392,50 ind.
ha-1, 35 espécies, área basal 10,79 m2.ha-1, diâmetro médio 17,45 cm, altura total média 8,33 m, altura do fuste 5,07 m, altura
dominante 14,57 m, índice de Shannon 3,15 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio alterado pelo efeito de borda. Espécies com maior valor de importância: Vasconcellea quercifolia,
Chrysophyllum marginatum, Balfourodendron riedelianum, Machaerium stipitatum e Eugenia rostrifolia. Observações
adicionais: cobertura florestal encontra-se descontínuo em torno de 30 a 50%, no ponto central as árvores alcançam e o
sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: C. gonocarpum, Helietta apiculata, Syagrus romanzoffiana, Ficus sp.,
Cordia americana, Apuleia leiocarpa, Sapium glandulosum e Holocalyx balansae, no sub-bosque Pilocarpus pennatifolius,
Actinostemon concolor, Justicia brasiliana e Strychnos brasiliensis.
324
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 2531 – localidade Linha Figueira, Chapecó: 604 m de altitude, inventariada em 27 de fevereiro de
2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 417,50 ind.ha-1, 43 espécies, área basal 33,69 m2.ha-1, diâmetro médio
25,93 cm, altura total média 12,62 m, altura do fuste 6,11 m, altura dominante 24,03 m, índice de Shannon 3,24 nats.ind-1.
Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal
– Primário, pelo diâmetro médio – Primário e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta
Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, alterada, com vestígios de corte seletivo
histórico. Espécies com maior valor de importância: Eugenia rostrifolia, Apuleia leiocarpa, Chrysophyllum marginatum
e E. uniflora. Observações adicionais: cobertura florestal apresenta-se descontínua variando entre 30 e 50% e sub-bosque
médio. Destacam-se ainda as espécies: Cabralea canjerana, Aspidosperma australe, C. gonocarpum, Machaerium
stipitatum, Holocalyx balansae, Balfourodendron riedelianum, Sapium glandulosum, Campomanesia xanthocarpa,
Allophylus edulis e Helietta apiculata, no sub-bosque Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia clausseni,
Pilocarpus pennatifolius, T. elegans, Justicia brasiliana e muitas taquaras (Chusquea sp.).
Unidade Amostral 2623 – localidade Sanga Joaçaba, Santa Helena: 373 m de altitude, deslocamento 150 m ao leste
do ponto central original, inventariada em 19 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 290,91
ind.ha-1, 31 espécies, área basal 13,43 m2.ha-1, diâmetro médio 21,73 cm, altura total média 9,56 m, altura do fuste 5,87
m, altura dominante 15,29 m, índice de Shannon 3,28 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies. Espécies
com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Holocalyx balansae, Ceiba speciosa, Helietta apiculata e
Chrysophyllum marginatum. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada
de 40-50% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Solanum mauritianum, Syagrus
romanzoffiana, C. gonocarpum, Machaerium stipitatum, Vitex megapotamica, Cordia americana, Apuleia leiocarpa, Ceiba
speciosa e Balfourodendron riedelianum, o sub-bosque com muito cará verde (Chusquea sp.), Sorocea bonplandii, Trichilia
elegans, Piper sp., Urera baccifera, Actinostemon concolor e rubiáceas, na regeneração N. megapotamica, Parapiptadenia
rigida, Chrysophyllum gonocarpum, H. balansae, Hennecartia omphalandra, S. bonplandii, Cupania vernalis, Matayba
elaeagnoides, Sebastiania brasiliensis, Zanthoxylum petiolare, A. concolor, Diatenopteryx sorbifolia e Trema micrantha.
Baixa densidade de epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por pteridófitas e rubiáceas.
325
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 2645 – Coronel Freitas: 479 m de altitude, deslocamento 170 m a oeste do ponto central original,
inventariada em 04 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 556,60 ind.ha-1, 36 espécies, área
basal 18,33 m2.ha-1, diâmetro médio 16,97 cm, altura total média 9,79 m, altura do fuste 5,55 m, altura dominante 14,83
m, índice de Shannon 3,27 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994
do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de
sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio,
muito alterada, formando mosaico. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Machaerium
stipitatum, Parapiptadenia rigida e Helietta apiculata. Observações adicionais: dossel apresentava cobertura descontínua
variando entre 30 e 50% e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Annona sp., Vasconcellea quercifolia, N.
megapotamica, Holocalyx balansae, Cordia trichotoma, Cedrela fissilis, Myrocarpus frondosus, Prunus myrtifolia, Ocotea
puberula, Picrasma crenata, Luehea divaricata e Diatenopteryx sorbifolia, no sub-bosque Cupania vernalis, M. frondosus,
Strychnos brasiliensis, Sebastiania commersoniana, Casearia sylvestris, Lonchocarpus campestris e muitos cipós.
Unidade Amostral 2987 – localidade Banhado Grande – Reserva Indígena Xapecó, Ipuaçu: 542 m de altitude,
deslocamento 192 m a sudoeste do ponto central original, inventariada em 05 de maio de 2009. Síntese da análise
fitossociológica: densidade 477,50 ind.ha-1, 51 espécies, área basal 34,06 m2.ha-1, diâmetro médio 24,22 cm, altura total
média 12,49 m, altura do fuste 6,36 m, altura dominante 17,52 m, índice de Shannon 3,44 nats.ind-1. Classificação da
vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal - Primário, pelo
diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional
Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, alterada, com presença
de trilhas supostamente abertas para a extração de madeira. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata,
Nectandra megapotamica, Cedrela fissilis, N. lanceolata e Matayba elaeagnoides. Observações adicionais: sinúsia arbórea
com dossel descontínuo, com cobertura de copas de 50 a 70% e, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies:
Balfourodendron riedelianum, Diatenopteryx sorbifolia, Parapiptadenia rigida, Cordia americana e Lonchocarpus
campestris, o sub-bosque com grande quantidade de Chusquea sp., Actinostemon concolor, Pilocarpus pennatifolius,
Trichilia elegans, Campomanesia guazumifolia, Sebastiania brasiliensis, piperáceas e vários regenerantes de espécies
arbóreas. Sinúsia herbácea constituída principalmente por espécies de pteridófitas e poáceas. Epífitos pouco abundantes, em
geral pequenas pteridófitas.
326
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 3082 – localidade Lajeado Rabo de Galo, Barra Bonita: 467 m de altitude, deslocamento 482 m a
sudoeste do ponto central original, inventariada em 19 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade
250,00 ind.ha-1, 36 espécies, área basal 9,78 m2.ha-1, diâmetro médio 18,65 cm, altura total média 9,12 m, altura do fuste
5,20 m, altura dominante 13,46 m, índice de Shannon 3,12 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Machaerium stipitatum, Urera baccifera,
Cordia americana, Syagrus romanzoffiana e Nectandra megapotamica. Observações adicionais: sinúsia arbórea com uma
cobertura de copas de 50 a 70% e, sub-bosque variando de ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies: Chrysophyllum
marginatum, M. paraguariense, Ruprechtia laxiflora, Balfourodendron riedelianum e Phytolacca dioica, no sub-bosque
Urera baccifera, Trichilia elegans, Actinostemon concolor, Pilocarpus pennatifolius e piperáceas, entremeados por densos
taquarais (Chusquea sp.) e grande quantidade de lianas. Sinúsia herbácea representada por espécies de pteridófitas, tais
como Campyloneurum nitidum e Didymochlaena truncatula, além de poáceas e menos frequentemente bromeliáceas e
orquidáceas. Epífitos pouco abundantes.
Unidade Amostral 3097 – Margem da SC/468, Quilombo: 592 m de altitude, deslocamento 10 m a norte do ponto central
original, inventariada em 31 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 415,00 ind.ha-1, 44 espécies,
área basal 31,29 m2.ha-1, diâmetro médio 24,69 cm, altura total média 11,44 m, altura do fuste 5,44 m, altura dominante 17,06
m, índice de Shannon 3,43 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994
do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de
sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado,
muito alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Lonchocarpus
campestris, Machaerium stipitatum e Apuleia leiocarpa. Observações adicionais: dossel apresenta cobertura descontínua
variando entre 30 e 50% e sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Balfourodendron riedelianum, Vitex
megapotamica, Myrocarpus frondosus, Phytolacca dioica, Luehea divaricata e Chrysophyllum gonocarpum, no sub-bosque
Cupania vernalis, Strychnos brasiliensis, Actinostemon concolor, Pilocarpus pennatifolius, Sorocea bonplandii, Justicia
brasiliana e Urera baccifera.
327
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 3197 – localidade Linha Sargento, São Miguel da Boa Vista: 352 m de altitude, deslocamento
96 m a noroeste do ponto central original, inventariada em 09 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica:
densidade 135,14 ind.ha-1, 13 espécies, área basal 10,80 m2.ha-1, diâmetro médio 23,26 cm, altura total média 10,26 m, altura
do fuste 4,65 m, altura dominante 14,20 m, índice de Shannon 2,42 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios
sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado
e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de
vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Cedrela
fissilis, Cordia americana, Luehea divaricata e Machaerium paraguariense. Observações adicionais: sinúsia arbórea
formando dossel descontínuo, com cobertura de copas de menos de 50% e, sub-bosque variando de médio a muito ralo.
Destacam-se ainda as espécies: Myrocarpus frondosus, no sub-bosque Pilocarpus pennatifolius, Actinostemon concolor,
Urera baccifera e regenerantes de Lonchocarpus muehlbergianus. Sinúsia herbácea constituída por espécies de asteráceas,
poáceas e pteridófitas, principalmente Anemia tomentosa. Presença de poucas lianas, epífitos vasculares não observados.
Unidade Amostral 3309 – localidade Linha Pinhal, Romelândia: 559 m de altitude, deslocamento 82 m a nordeste do
ponto central original, inventariada em 02 e 03 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 407,60
ind.ha-1, 46 espécies, área basal 26,72 m2.ha-1, diâmetro médio 23,15 cm, altura total média 9,10 m, altura do fuste 4,95
m, altura dominante 13,09 m, índice de Shannon 3,43 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio avançado, muito alterada, com indícios de exploração seletiva histórica, presença de gado e estradas.
Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Chrysophyllum marginatum, Chrysophyllum
gonocarpum, Peltophorum dubium e Syagrus romanzoffiana. Observações adicionais: sinúsia arbórea empreendendo
uma cobertura de copas de 50 a 70% e, sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Chrysophyllum marginatum,
C. gonocarpum, Holocalyx balansae, Syagrus romanzoffiana, Prunus myrtifolia, Cabralea canjerana, Diatenopteryx
sorbifolia, Nectandra megapotamica e Sebastiania brasiliensis. Sub-bosque com densidade média, dominado por arbustos
como Justicia brasiliana e Piper sp. e arvoretas como Trichilia elegans, Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii e
Guarea macrophylla, entremeados por grande quantidade de Chusquea sp. Sinúsia herbácea constituída principalmente por
Tradescantia fluminense e espécies de pteridófitas e poáceas. Lianas muito abundantes e epífitas pouco frequentes, em geral
espécies de pteridófitas, piperáceas e uma espécie de orquidáceas.
328
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 3414 – localidade Linha Arvoredo, Barra Bonita: 464 m de altitude, deslocamento 465 m a sudeste
do ponto central original, inventariada em 04 e 05 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 313,83
ind.ha-1, 45 espécies, área basal 24,83 m2.ha-1, diâmetro médio 26,80 cm, altura total média 9,69 m, altura do fuste 5,24
m, altura dominante 13,79 m, índice de Shannon 3,32 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Primário e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio avançado, muito alterada, entremeado por estradas construídas para exploração madeireira. Espécies
com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Ocotea diospyrifolia, Syagrus romanzoffiana, Holocalyx
balansae e Cordia americana. Observações adicionais: sinúsia arbórea apresentando dossel descontínuo, com cobertura
de copas de 50 a 70% e sub-bosque variando de médio a ralo. Destacam-se ainda as espécies: Chrysophyllum marginatum,
Balfourodendron riedelianum e Holocalyx balansae, no sub-bosque Trichilia elegans e Actinostemon concolor, Urera
baccifera, Trema micrantha e Piper amalago, entremeados por densos taquarais (Chusquea sp.) e grande quantidade de
lianas. Sinúsia herbácea constituída por espécies de pteridófitas e poáceas. Epífitos pouco abundantes, em geral espécies de
piperáceas e bromeliáceas.
Unidade Amostral 3416 – localidade Linha Sede Ouro, Romelândia: 610 m de altitude, deslocamento 210 m a nordeste
do ponto central original, inventariada em 05 e 06 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 422,28
ind.ha-1, 48 espécies, área basal 16,75 m2.ha-1, diâmetro médio 17,99 cm, altura total média 9,22 m, altura do fuste 4,72 m,
altura dominante 12,92 m, índice de Shannon 3,31 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo
resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total
média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária
em estádio médio, alterada, com indícios de exploração madeireira histórica. Espécies com maior valor de importância:
Bastardiopsis densiflora, Inga marginata, Apuleia leiocarpa, Syagrus romanzoffiana e Nectandra megapotamica.
Observações adicionais: Sinúsia arbórea empreendendo uma cobertura de copas de 50 a 70%, e sub-bosque variando de
médio a denso. Destacam-se ainda as espécies: Machaerium stipitatum, Holocalyx balansae e Cordia trichotoma, no subbosque Actinostemon concolor, Piper aduncum, P. amalago e Urera baccifera. Sinúsia herbácea representada por grande
quantidade de pteridófitas. Epífitos e lianas pouco abundantes.
329
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina
Unidade Amostral 3427 – localidade Linha Prata, São Lourenço do Oeste: 738 m de altitude, deslocamento de 420 m
a nordeste do ponto central original, inventariada em 01 de abril de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade
465,24 ind.ha-1, 48 espécies, área basal 31,33 m2.ha-1, diâmetro médio 23,28 cm, altura total média 11,02 m, altura do fuste
5,10 m, altura dominante 17,17 m, índice de Shannon 3,25 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual com fisionomia de vegetação
secundária em estádio avançado, alterada. Espécies com maior valor de importância: Trichilia clausseni, Ficus
luschnathiana, Nectandra megapotamica, Apuleia leiocarpa e Myrocarpus frondosus. Observações adicionais: cobertura
florestal apresenta-se com 50% e sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Prunus myrtifolia, Chrysophyllum
marginatum, C. gonocarpum, Diatenopteryx sorbifolia, Lonchocarpus campestris, Luehea divaricata, Balfourodendron
riedelianum e Machaerium stipitatum, no sub-bosque Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor, Trichilia elegans, T.
clausseni e Pilocarpus pennatifolius.
Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual
Unidade Amostral 6005 – localidade Linha Escondida, Palma Sola: 709 m de altitude, inventariada em 13 de maio de
2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 407,50 ind.ha-1, 60 espécies, área basal 25,52 m2.ha-1, diâmetro médio
24,42 cm, altura total média 12,70 m, altura do fuste 6,83 m, altura dominante 17,83 m, índice de Shannon 3,80 nats.ind1
. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área
basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica:
Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, com vestígios
de gado e grandes clareiras. Espécies com maior valor de importância: Cordia americana, Syagrus romanzoffiana,
Holocalyx balansae, Prunus myrtifolia e Helietta apiculata. Observações adicionais: sinúsia arbórea formando dossel
descontínuo, com 10 a 50% de cobertura de copas, e sub-bosque variando de médio a ralo. Destacam-se ainda as espécies:
Balfourodendron riedelianum, Machaerium stipitatum e Diatenopteryx sorbifolia, o sub-bosque composto por piperáceas,
Urera baccifera, Justicia brasiliana, Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii e Trichilia elegans. Epífitas e herbáceas
pouco representativas.
Unidade Amostral 3520 – localidade Linha Prateleira, Anchieta: 524 m de altitude, deslocamento 290 m a sudoeste
do ponto central original, inventariada em 27 de maio de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 393,33
ind.ha-1, 44 espécies, área basal 23,54 m2.ha-1, diâmetro médio 22,66 cm, altura total média 11,93 m, altura do fuste 5,76
m, altura dominante 15,67 m, índice de Shannon 3,45 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais
segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela
altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação
secundária em estádio avançado, muito alterada, com a presença de espécie exótica e indícios de exploração madeireira
recente, pastagem e agricultura. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Nectandra megapotamica,
Sebastiania brasiliensis, Lonchocarpus campestris e Cedrela fissilis. Observações adicionais: sinúsia arbórea formando
um dossel descontínuo, com cobertura de copas de 10 a 50%, e sub-bosque com densidade média. Destacam-se ainda
as espécies: Styrax leprosus, S. commersoniana, Balfourodendron riedelianum e Parapiptadenia rigida, no sub-bosque
Actinostemon concolor, S. brasiliense, Trichilia elegans, Piper amalago, Justicia brasiliana e Urera baccifera, entremeados
por grande quantidade de lianas e Chusquea sp. Sinúsia herbácea pouco representativa, composta por espécies de poáceas
e pteridófitas. Dentre os epífitos, destacam-se espécies de bromeliáceas, aráceas e pteridófitas.
330
331
Legendas das fotografias
(todas de autoria da equipe do IFFSC)
Página
Município
Unidade Amostral
Capa
Parque Estadual Fritz
Plaumann
Página
Myrocarpus frondosus e Cedrela
fissilis
211
Parapiptadenia rigida
6
acima: Arabutã
212
6
abaixo: Seara
226
12
Concórdia
Parque Estadual Fritz
Plaumann
Apuleia leiocarpa
227
15
Piratuba
1461
Nectandra lanceolata
228
16
Equipe do IFFSC
24
Piratuba
1461
Remanescente da Floresta
Estacional Decidual
32
Concórdia
1775
78
Herval do Oeste
Cubagem de espécie arbórea
79
Joaçaba
Localização da Unidade amostral
80
São Joaquim
Instalação da Unidade Amostral
112
Zortéa
1318
Interior de um fragmento florestal
de Floresta Estacional Decidual
113
acima: Zortéa
1318
Campuloclinium macrocephalum
113
abaixo: Caibi
2406
Pereskia aculeata
Zortéa
1388
128
Zortéa
1318
141
Ipira
1618
Concórdia
abaixo: Itá
acima: Arabutã
Acima e abaixo: Arabutã
1123
1775
Mosaico vegetacional
Mosaico vegetacional
Locomóvel
UHE Campos Novos
Parapiptadenia rigida
Lago UHE Itá
235
Equipes IFFSC
255
Cubagem de árvore em pé
acima: Celso Ramos
abaixo: Ibicaré
1249
2101
Acima: Gomesa recurva
Abaixo: Doryopteris concolor
267
Zortéa
1318
Arsenura sp.
268
acima: Concórdia
1869
Phyllomedusa tetraploidea Pombal
e Haddad, 1992
268
abaixo: Concórdia
1775
Erinnyis ello
Coleta de material botânico
281
Chapecó
1959
Lagartas
Cordia americana (flor)
Vitex megapotamica (fruto)
Fragmento florestal da Floresta
Estacional Decidual
Fragmento florestal da Floresta
Estacional Decidual
Fragmento florestal da Floresta
Estacional Decidual
Sub-bosque da Floresta Estacional
Decidual
282
Chapecó
1959
Cereus
Celso Ramos
1187
164
Zortéa
1318
165
acima
Balfourodendron riedelianum
165
abaixo
Urera baccifera
166
Ipira
188
acima
Solanum variabile
188
abaixo
Ocotea puberula
189
Anchieta
3520
234
acima: Arabutã
abaixo: Celso Ramos
acima: Anita Garibaldi
abaixo: Campos Novos
acima: Joaçaba
abaixo: Seara
256
142
1618
233
Descrição
Myrocarpus frondosus e Cedrela
fissilis
Da direita para a esquerda: Luehea
divaricata, Cordia trichotoma,
Combretum fruticosum, Pereskia
aculeata, Dichorisandra
hexandra, Annona sylvatica, Vitex
megapotamica e Helietta apiculata.
Descrição
Concórdia
127
Unidade Amostral
190
4
114
Município
Cubagem de árvore em pé
Aralia warmingiana
289
290
332
333
acima: Concórdia
abaixo: Itá
acima: Jaborá
abaixo: Arabutã
acima: Concórdia
abaixo: Piratuba
acima: Concórdia
abaixo: Seara
Perfil de Solo
Lago UHE Itá
1774
1461
2088
1965
Guarea macrophylla – frutos
Fungo – estrela da terra
Fungos

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