em tempo recorde - Jornal Bombeiros de Portugal

Transcrição

em tempo recorde - Jornal Bombeiros de Portugal
Fotos: Marques Valentim
BARCELINHOS
RESGATE NO RIO
em tempo recorde
Agosto de 2013
E dição : 323
A no : XXXI
1,25€
D irector : R ui R ama da S ilva
Página 13
105 BOMBEIROS MORTOS DESDE 1980
Páginas 4 e 5
Ana Rita Pereira
António Ferreira
Pedro Rodrigues
QUELUZ
ESTÁGIOS NO QUARTEL
ATRAEM JOVENS
Página 10
BARCELINHOS
O SONHO À VISTA
Página 9
2
AGOSTO 2013
ÚLTIMA HORA
V
ivemos num tempo de mudanças constantes, em que o desenvolvimento social
e tecnológico, muito construtivamente, recomendará também, porventura, mudanças nos
nossos modelos de organização técnica, operacional e administrativa.
É nossa obrigação, enquanto decisores, estar atentos e abertos ao debate e à análise
em torno dessas mudanças. Sendo certo que
nem todas, à partida, se apresentam com o
mesmo grau de importância, de valia e de validade temporal.
Por isso, temos que estar despertos, para
não aceitar de forma acrítica e apressada as
eventuais propostas de mudanças que nos
sejam presentes, quaisquer que elas sejam.
Importa não hipotecar nem beliscar princípios e valores ancestrais que enformaram as
nossas associações e que lhes garantiram a
dinâmica e o sentido ao longo de séculos.
Ao contrário do que se possa pensar, não
perfilho nem defendo aqui uma visão passadista, conservadora ou até reaccionária em
torno da nossa organização.
Aponto é para o facto de, qualquer que seja
as mudanças e os modelos que se pretendam
introduzir na organização dos bombeiros em
Portugal, caso não se tenha em conta esses
valores dificilmente se terá ganho de causa.
As associações de bombeiros nasceram em
contextos próprios, de tempo e modo. Contextos sólidos e também suficientemente ecléticos e alicerçados em função das respectivas épocas e opções estratégicas tomadas
em cada uma delas. Uma conjugação sábia,
nem sempre tida em conta, nem sempre fácil
de visionar e percepcionar, mas subjacente a
tudo o que nos continua a dizer respeito e
que, quando tida em conta, tem estado na
base do sucesso do processo evolutivo das
instituições. Essa cultura, essa matriz, marcante desde os primórdios, tem estado sempre na base de bem sucedidas mudanças verificadas nos bombeiros. Trata-se de uma
condição necessária, um primeiro pressupos-
to de solidez e sucesso da mudança. Quando
não se estabelece a convergência entre a
vontade de mudança e a história o resultado
será sempre duvidoso para não dizer garantidamente falhado. As mudanças, ora ditadas
pela evolução da comunidade, ora pelo desenvolvimento das tecnologias e práticas do
socorro, dependem sempre de um conjunto
de factores a observar.
Como sabemos, também, e em muitos casos, as nossas associações não se esgotam
no seu corpo de bombeiros, desenvolvendo
um conjunto maior ou menor de outras actividades, culturais, sociais e desportivas cuja
lógica e sustentabilidade decorrem precisamente da dinâmica da própria instituição e da
comunidade onde nasceu e onde continua a
operar. É a soma das partes que faz o todo
associativo, garantindo-lhe coerência e identidade.
A tutela dos corpos de bombeiros, não das
associações, sublinhe-se, defende agora a
criação de agrupamentos de corpos de bombeiros “em que a única limitação geográfica
passa a ser a da contiguidade das áreas de
atuação dos corpo de bombeiros em causa” e
“elimina-se o concelho como limite geográfico
à criação tanto das forças conjuntas como
dos agrupamentos”.
Será possível, de ânimo leve, alterar a matriz territorial que deu origem e suporta desde sempre as associações de bombeiros? E
será possível, sem análise e opção antecipadas, alterar a lógica da sua sustentabilidade
económica?
Importa reflectir sobre o assunto. Sem diabolizar, à partida, o tema. Mas, também, sem
sufragar e anuir às cegas sobre a sua bondade, legitimidade e eficácia.
Voltarei ao tema. Para já, fica-me a dúvida
sobre a sua exequibilidade a seco, como agora se nos apresenta. Não pode ser a seco,
definitivamente.
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
A
Identificadas necessidades formativas
nos Açores
direção da Escola Nacional de Bombeiros
(ENB) recebeu o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores
(SRPCBA), capitão José António Oliveira Dias,
com o intuito de analisar as necessidades formativas da região.
O encontro permitiu identificar como áreas
prioritárias de desenvolvimento o salvamento
náutico, a condução de veículos de emergência,
Busca e Salvamento em Estruturas Colapsadas.
RSB
Os cinco minutos de fama que todos dispensam
ferno passar, os heróis retornam à
condição de anónimos.
É quase sempre nestes “cinco minutos de fama” que todos os soldados da paz dispensavam, que surge o
reconhecimento por uma missão
que, afinal, os bombeiros cumprem
todos os dias com igual determinação.
Todos os dias, vidas são salvas,
mas o cidadão parece muitas vezes
ignorar esse facto, como que minimizando o exemplar e valoroso serviço
prestado ao País por estes operacionais,
na grande maioria voluntários.
Não terá chegado a hora de todos e
cada um de nós visitar o quartel da sua
área de residência e conhecer a atividade
diária dos homens e mulheres que ali servem? As portas estão sempre abertas,
até porque o voluntariado tem muitas facetas e não dispensa todo o tipo de
apoios! bem precisa de mão de obra
Sofia Ribeiro
Foto: Tiago Ornelas
poucas horas do fecho desta edição, Portugal servia, uma vez
mais, de pasto às chamas. Cerca de
duas dezenas de incêndios lavraram
de Norte a Sul e mobilizam centenas
de bombeiros, a quem foi vedado até
fazer o luto pelos companheiros falecidos, dias antes, noutras difíceis batalhas.
Portugal continua a perder floresta, os portugueses o património arrecado numa vida de árduo trabalho e
os quartéis dos soldados da paz o mais
precioso recurso: os seus homens!
Pelos piores motivos, os bombeiros são
agora alvo de toda atenção e de todas as
atenções. Começam os fogos e ganha
força a onda solidariedade que esmorecerá quando as chamas derem tréguas,
votando uma vez mais estes combatentes ao (quase) esquecimento.
Por estes dias, correm nas redes sociais muitas mensagens de apoio e incentivo, fotos elucidativas da dureza de uma
missão que só os bravos podem cumprir.
Por estes dias, as populações unem-se na
recolha de bens para que nada falte
àqueles que, em infernais teatros de operações, de forma abnegada salvam pessoas e os seus bens.
Em poucos dias, a família dos Bombeiros de Portugal sofreu perdas irrecuperáveis, mas mitiga as mágoas no lema
“vida por vida”, sem nada esperar em
troca, nem tão pouco o reconhecimento
pois, todos sabem, que quando este in-
completamente carbonizada na sequência de
um violento incêndio naquele concelho. Neste
caso não há feridos a registar. Em menos de
duas semanas, esta é a quinta viatura de bombeiros a ser destruída pelas chamas no distrito
de Coimbra. Com esta situação, eleva-se a 10 o
número de viaturas consumidas pelo fogo este
verão.
PC
ENB
JORNAL@LBP
A
Foto: Simão Pinto
Não pode ser a seco
ma bombeira dos Voluntários de Alcabideche, Ana
Rita Pereira, bombeira de 3ª,
faleceu durante o combate a
um incêndio na serra do Caramulo, concelho de Tondela.
Ana Rita encontrava-se desaparecida do grupo de bombeiros do concelho de Cascais
cercado pelas chamas durante o combate a um incêndio
florestal. O grupo de bombeiros, dos Voluntários de Alcabideche, Parede e Estoril foram atingidos pelo fogo num
golpe de vento, encontrando-se um deles, do Estoril, em
estado grave. À hora do fecho desta edição os
bombeiros estão a ser assistidos no local aguardando-se a evacuação do mais grave, em princípio, para o Hospital de Coimbra.
Três bombeiros ficaram também feridos, um
deles com gravidade, no combate a um incêndio em Trancoso, distrito da Guarda, no passado dia 21 de agosto. Os operacionais, dos Bombeiros Voluntários de Celorico da Beira e Trancoso, tentavam proteger uma casa quando rebentou uma botija de gás. Um dos bombeiros
teve de ser transferido para o hospital de Coimbra, dada a gravidade dos ferimentos. Os outros dois feridos, com menor gravidade, foram
assistidos no hospital da Guarda. Este acidente
ocorreu num dia muito complicado para os
bombeiros, com centenas de ocorrências. Praticamente à mesma hora, uma viatura dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital ficou
Foto: Tiago Ornelas
U
Bombeira morreu em combate
O
Divulgado
Anuário de 2012
Regimento de Sapadores Bombeiros
de Lisboa (RSB) acaba
de divulgar o seu
“Anuário 2012” no qual,
de forma detalhada, dá
a conhecer todas as atividades desenvolvidas
no ano transato subordinadas a “um conjunto
de estratégias de intervenção no plano individual, local e municipal,
com vista a melhorar os
mecanismos de prevenção e resposta à emergência quotidiana na cidade de Lisboa”.
Segundo refere o comandante do RSB, coronel Joaquim Leitão, na nota introdutória do
anuário “as medidas que têm vindo a ser implementadas no RSB
inserem-se no novo enquadramento das operações de proteção
civil e representam uma consolidação de um modelo estratégico
iniciado em 2008”.
3
AGOSTO 2013
C
orro assumidamente o risco de
poder vir a ser mal interpretadopelos paladinos da desgraça, leia-se
salvadores da pátria que, a qualquer
preço e com base em inverdades ou
meias verdades, cuidam de suscitar
atrás de si o coro que, noutras circunstâncias, não conseguiriam congregar. Denegrindo o trabalho e tentando ofender quem luta pelas coisas prescindindo de palanques e tribunas.
Corro esse risco por que, também
assumidamente, tenho desempenhado funções como voluntário há
mais de meio século, quer como
operacional, quer como dirigente,
sem quebras na vontade de melhorar as condições de ação e proteção
dos bombeiros mas, também, com a
Foto: Marques Valentim
Livrem-nos dos salvadores
da pátria
consciência de que para vencer uma
guerra nem sempre é possível vencer todas as batalhas, mesmo que o
tentemos fazer sem quebras nem titubeias.
Os bombeiros têm uma missão
incontornável e indispensável na sociedade portuguesa. A tal facto,
contudo, como sabemos, nem sempre têm correspondido as condições, os meios, as oportunidades
para o seu melhor desempenho. Poderá dizer-se que é anacrónico e até
contraditório que tal aconteça. Natural era que, à simpatia com que os
bombeiros são vistos correspondessem as contrapartidas necessárias.
Como se de uma parceria se tratasse, ou seja, os bombeiros dão uma
parte e a sociedade a outra. Aconte-
ce que, neste contrato social, a primeira quota-parte, a dos bombeiros, está firme, e a segunda nem
sempre. Por isso, além de cuidarem
da sua missão própria, os bombeiros veem-se na necessidade de buscar também os recursos que outrem
deveria, em contrapartida garantir.
Nesse processo os dirigentes
têm-se debruçado na busca, não só
dos meios financeiros que garantam
a sustentabilidade das associações
e dos seus corpos de bombeiros,
mas também dos apoios que salvaguardem o exercício da missão e
dos próprios bombeiros.
Alguns salvadores só levantam a
questão na sequência ou a propósito de momentos trágicos e dramáticos como os que recentemente se
viveram. Fazem-no à boleia dos
sentimentos das pessoas, companheiros ou familiares e amigos de
bombeiros atingidos ou falecidos no
exercício da missão.
Outros, porém, cientes de que o
problema existe e não surge só
quando há um desfecho trágico,
têm lutado por melhores condições
de forma continuada. Nem sempre
com sucesso, é certo, nem sempre
conseguindo atingir o patamar almejado, mas contabilizando as vitórias possíveis e continuando a trabalhar para que, com denodo, as
metas ainda não alcançadas o possam vir a ser no futuro. E, diga-se
também, sem alardes mas com a
mesma convicção e vontade de
sempre. Mesmo quando, com difi-
culdades acrescidas, possa vir a implicar mudanças de leis ou sensibilizar e motivar a disponibilidade e a
decisão dos outros parceiros, seja o
Estado, as autarquias e outras entidades, incluindo as próprias seguradoras.
Somos os primeiros a considerar
e a assumir que nem tudo está bem
e a contento de tudo e de todos. Por
isso, não desarmamos nem nos damos por vencidos. Razão pela qual,
prescindimos de algum coro de salvadores que, nunca tendo dado provas, limitam-se a pretender atingir
a nossa honorabilidade e afinco no
tratamento e na defesa das matérias que dizem respeito aos bombeiros. Livrem-nos dos “salvadores da
pátria”.
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AGOSTO 2013
Chega o calor e o cenário repete-se. E mais uma vez
este ano, repetiu-se da pior maneira possível. O fogo
já fez tombar dois bombeiros e continua a não deixar
descansar os milhares de homens e mulheres que
noite e dia enfrentam cenários de horror a troco de
muito pouco. Em nome de todos eles, a Liga dos
Bombeiros Portugueses tem lançado alertas
desesperados e em tom graves com o objetivo de se
“atacar as causas” deste flagelo. O Governo vai
enaltecendo o esforço do dispositivo e o CONAC já se
dirigiu ao DECIF com palavras de encorajamento. É
mais do mesmo. Só muda o ano.
MAIS UM ANO TRÁGICO
Presente!
Texto: Patrícia Cerdeira
Fotos: Sérgio Santos, Vitor Simões, Bombeiros para Sempre e LUSA.
O
Liga exige intervenção em várias frentes
s apelos são os mesmos
mas ganham outro peso
quando a situação a isso o
obriga. Nas últimas semanas, Jaime Marta Soares,
presidente da Liga dos bombeiros Portugueses (LBP)
tem tecido duras criticas aos
responsáveis do Ministério
da Agricultura e da Justiça.
Perante a multiplicação de
ignições diárias que surgem
quase sempre nos mesmos
locais” e “durante a noite”.
Jaime Marta Soares apelou
à revisão do Código Penal
no sentido de se proceder a
uma maior criminalização
para o crime de fogo posto.
“O Código Penal tem de
ser analisado de forma que
não permita que um incendiário seja levado a um juiz
e depois vá para casa com
apresentações periódicas.
Estas coisas não podem
continuar assim”, sustentou
o dirigente. O presidente da
Liga de Bombeiros defende,
ainda, que nesta altura do
ano o incendiário não deve
estar detido numa prisão,
mas em “colónias de trabalho”, onde possa estar vigiado e não possa andar nas
zonas de floresta, defendeu
o dirigente lembrando que
os dois bombeiros falecidos
este ano são “heróis e
exemplo dos que dão vida
pelos bens da pátria”, que
outros insistem em “destruir”.
Noutro sentido, o presidente da LBP defendeu também que é “urgente” proceder ao ordenamento da floresta portuguesa, que considera estar “maltratada e
abandonada”, transformando-se por isso no “grande
problema dos fogos em Portugal”.
Marta Soares não poupou
críticas ao Governo, sublinhando que o Estado é proprietário da “floresta mais
maltratada do país”, sublinhando que “com este
exemplo, não se pode exigir
aos outros que façam diferente” Jaime Soares exigiu,
por isso, que o Ministério da
Agricultura faça “aquilo que
sabem fazer”. “Temos bons
técnicos da floresta em Portugal, mas é crime que não
façam o que tem que ser feito”», salientou, referindo-se
ao ordenamento da floresta.
A prevenção como arma
de combate aos incêndios
foi outra das necessidades
apontadas por Jaime Soares, que considera que não
se podem “entender os fogos florestais como uma fatalidade”.
“Os bombeiros não chegam para tudo. Prevenção e
combate têm de estar em
linha de paralelo”, referiu o
dirigente repetindo este tipo
de apelos em momentos
distintos.
Mais militares no
terreno
Para garantir uma vigilância permanente na floresta,
nomeadamente, nos dias
mais críticos, o presidente
da Liga pediu ao ministro da
Administração Interna que
“reforce o dispositivo da
GNR” no terreno e que, em
última instância, recorra aos
“desempregados” para trabalhos de prevenção.
Na resposta, Miguel Macedo anunciou, no passado dia
21 de agosto, um reforço de
mais de 200 homens nos
meios de patrulhamento da
floresta portuguesa, devido
às suspeitas de fogo posto
em vários pontos do país.
“Atendendo a algumas das
situações mais graves que
têm acontecido e à circunstância de, por exemplo, num
dos incêndios que ocorreu
no distrito de Viseu, ele ter
acontecido com oito ignições
simultâneas em sítios diferentes, nós demos ordem no
sentido de reforço do dispositivo de patrulhamento e
fiscalização da floresta portuguesa”, afirmou o governante. Miguel Macedo acrescentou que “mais de duas
centenas de elementos das
forças de segurança e forças
militares estão a ajudar nesse patrulhamento e nessa
vigilância”, com o “propósito
de suster situações que,
tudo aponta, constituem
atos criminosos”.
Questionado sobre o que
se pode fazer para conter a
vaga de incêndios no país,
Miguel Macedo respondeu
que é necessário haver uma
maior fiscalização de todas
as entidades competentes
para os trabalhos que devem ser feitos antes da época de incêndios, como limpezas de áreas florestais ou
abertura de acessos.
PC
5
AGOSTO 2013
PARA OS BOMBEIROS
Presente!
N
os cafés, nas ruas, nos espaços públicos ouvem-se desabafos de
quem se afirma “cansado” dos verões em Portugal. “É sempre a mesma
coisa e estes bombeiros que não têm
descanso”, estas são palavras sentidas de
um popular da vila de Góis, distrito de
Coimbra, o concelho que à data de fecho
desta edição tinha enfrentado um dos
maiores incêndios desta temporada. Mas
antes desta ocorrência que terá consumido “mil hectares” segundo a presidente
de câmara, o fogo já tinha invadido Sátão, Miranda do Douro, Covilhã, Sever do
Vouga, Figueiró dos Vinhos, e outras dezenas e dezenas de concelhos, de norte a
sul, que diariamente têm feito parangonas nos jornais pelo simples fato de estarem a arder mais uma vez este ano. Mas
há incêndios que marcam o país e os
bombeiros de forma diferente e irreparável. É o caso do trágico incêndio de Coutada, concelho da Covilhã, que vitimou,
mais recentemente, um bombeiro de larga experiência. Estes homens e mulheres
têm nome, e este chamava-se Pedro Rodrigues, tinha 41 anos. Antes do Pedro,
já o país dos bombeiros tinha chorado
outra vítima do fogo. António Ferreira, 45
anos, não resistiu às queimaduras de que
foi vítima quando combatia um incêndio
florestal no início do mês, em Cicouro,
junto à fronteira com Espanha. Deste trágico acidente que marcará para sempre a
história dos voluntários de Miranda do
Douro, há ainda a registar dois ferido
graves. Daniel Falcão, de 25 anos, e Vítor
Ribeiro, de 32. Este último teve entretanto alta hospitalar. Já o bombeiro mais
novo, que tem queimaduras de terceiro
grau em cerca de 70 por cento do corpo,
“mantém uma situação clínica grave,
ventilação mecânica e um prognóstico reservado”.
Este são os casos mais gritantes, mas
país fora há dezenas de casos de bombeiros feridos de forma ligeira, muitos dos
quais têm sido obrigados a ir ao hospital
por inalação de fumo.
A morte dos dois bombeiros faz engrossar a lista de vítimas às mãos dos
incêndios.
Equipados de forma “irrepreensível”,
segundo os responsáveis da ANPC contactados pelo nosso jornal”, estes dois
homens foram apanhados por uma brusca mudança de vento, acidentes que segundo informou ao ‘BP a Autoridade estão já a “ser alvo de investigação técnica”.
Nas associações atingidas por estas
mortes, os colegas lamentam que o fogo
“nem lhes permite fazer o luto”. Perante a
notícia que ninguém quer ouvir, os bom-
beiros são obrigados a guardar as lágrimas para mais tarde porque a situação
assim o obriga.
Às cerimónias fúnebres dos dois bombeiros, os que não podem estar presentes demonstram o pesar e a dor através
do cumprimento de minutos de silencia,
que por estes dias mais parecem horas. É
assim um por todo o país e na era das
tecnologias, os bombeiros cumprimenta-se através da redes sociais que fazem
multiplicar as cerimónias de homenagem.
Na dura realidade das estatísticas, ficam os números a comprovar o esforço.
Desde 1980 já perderam a vida 217 bombeiros em serviço. Destes, 104 morreram
em incêndios florestais. Números a carecer de atualização dão conta de cerca de
20 mil hectares de área ardida. A Policia
Judiciária já deteve, este verão, 29 indivíduos suspeitos de fogos posto.
Para além do Continente, o fogo voltou
igualmente a assustar e a fazer estragos
na Madeira. Durante quatro dias, m a
zona alta do Funchal não teve descanso.
O governo do Continente chegou mesmo
a disponibilizar ajuda que não chegou a
ser precisa porque entretanto a meteorologia ajudou a acalmar a situação.
Mesmo assim, foram quatro dias de
preocupação e muito esforço para os
bombeiros da região que não tiveram
mãos a medir. No rescaldo 20 casas foram atingidas, em 11 a perda é total. Há
21 realojados á espera que o executivo
de Alberto João Jardim encontre uma solução definitiva.
CONAC destaca empenhamento
José Manuel Moura, Comandante Operacional Nacional, dirigiu-se, no passado
dia 19 a todo o dispositivo. “Estamos a
meio da fase Charlie, mas não estamos a
meio do vosso empenhamento, porque
ele é total, notável e permanente, pelo
que jamais permitirei que quem quer que
seja belisque o vosso trabalho”, sublinha
o responsável numa nota escrita enviada
a todo o DECIF. Referindo-se à morte dos
dois bombeiros, José Manuel Moura refere que “não existe nenhum hectare nem
qualquer árvore que justifique a sua perda”. “Companheiros, adivinham-se dias
ainda difíceis, de árduo trabalho, pelo
que vos apelo uma vez mais ao estrito
cumprimento das regras de segurança,
ao uso do equipamento de proteção individual, a uma condução defensiva e segura, porque seria tudo isto, com toda a
certeza o que o António e o Pedro me ajudariam a escrever para todos vós”, acrescenta o responsável.
Já arderam 8 viaturas
N
ão há memória de um ano assim. Para além
das duas vítimas mortais e dos feridos, um
dos quais ainda se mantém em situação critica,
o verão deste ano fica também marcado por milhões de euros em prejuízos materiais.
O acidente mais recente, ocorrido no passado
dia 11 de agosto, aconteceu no grande incêndio
de Penacova, distrito de Coimbra. As chamas
destruíram duas viaturas dos bombeiros voluntários de Penacova, uma da corporação de Vila
Nova de Poiares e outra da corporação de Brasfemes, tendo os bombeiros que seguiam nos
carros conseguido fugir das chamas.
Mais dramático foi o acidente ocorrido no passado dia um deste mês, do qual resultou a morte do voluntário de Miranda do Douro. Os bombeiros foram surpreendidos por uma mudança
brusca de vento e ficaram encurralados no meio
das chamas, entre Cicouro e São Martinho de
Angeira, junto à fronteira com Espanha. A viatura dos Bombeiros Voluntários de Miranda do
Douro ficou completamente carbonizada.
Num acidente similar, ocorrido também neste
dia, um carro de combate a incêndios dos Bombeiros de Salvação Pública de Chaves ardeu por
completo durante o combate a um incêndio florestal em Boticas. O carro era o mais antigo da
associação.
A perda de viaturas começou em julho, já em
plana Fase Charlie. No passado dia 11 de julho,
uma viatura dos Bombeiros de Alfândega da Fé
sofreu um acidente, de madrugada, na zona de
Cabreira. O veículo dos Bombeiros de Alfândega
da Fé capotou e acabou por arder, mas os cinco
ocupantes conseguiram sair praticamente ilesos, quando combatia um incêndio de duas
frentes. O carro ficou atascado e os bombeiros
tentaram retirá-lo, mas não conseguiram por
causa do fogo que era muito grande. Tiveram de
fugir e abandonar o veículo, explicou João Martins, comandante dos Bombeiros Voluntários de
Alfândega da Fé, salientando que os operacionais não tiveram alternativa
Por último, os Bombeiros Voluntários de Vila
Nova da Barquinha também lamentam a perda
de uma viatura de fogo. Trata-se de um veículo
rural de combate a incêndios, com capacidade
para três mil litros. A viatura terá avariado e
bloqueado, obrigando os bombeiros a abandoná-la.
De todos estes acidentes há a registar vários
feridos ligeiros que tiveram alta entretanto. Exceção para o bombeiro de Miranda do Douro, 25
anos, que continua internado com prognóstico
muito reservado.
PC
6
AGOSTO 2013
LBP 1930-2013/INCÊNDIO DO CHIADO, 25 ANOS
Exposições virtuais recordam factos históricos
Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista
Fotos: Arquivo LBP/NHPM
A
gosto é, em matéria de história cronológica e factual,
sinónimo de várias evocações.
Desde logo, aquela que tem a
ver com o feito que guindou internacionalmente o bom nome
dos bombeiros portugueses: a
vitória no Congresso-Concurso
Internacional de Bombeiros,
realizado em Vincennes, perto
de Paris, a 18 de Agosto de
1900, por intermédio da participação do Corpo de Salvação
Pública do Porto (CSPP), actual
Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, sob o comando
do inspector Guilherme Gomes
Fernandes.
Mas, não é a tal acontecimento que nos referiremos na
presente edição do “BP”, uma
vez que já tivemos o ensejo de
o recordar, no passado mês de
Maio, quando nos debruçámos
sobre “As manobras/desporto e
seus antecedentes”.
Nesta oportunidade, duas
datas merecem, pois, a nossa
especial atenção. São elas: 18
de Agosto de 1930, que marca
a fundação da Liga dos Bombeiros Portugueses, na sequência do Congresso Nacional de
Bombeiros, reunido no Estoril;
e 25 de Agosto de 1988, dia em
que os corpos de bombeiros da
cidade de Lisboa e arredores
travaram o mais complexo incêndio de que há memória
após o terramoto de 1755, no
Chiado.
De resto, é aos dois factos
que correspondem as imagens
iconográficas que aqui repro-
duzimos, retiradas de duas exposições virtuais, temporárias,
organizadas pelo Núcleo de
História e Património Museológico (NHPM), as quais lançamos simultaneamente com a
publicação deste número do
“BP”.
“O ano de 1930 é, para os
bombeiros portugueses, um
marco importante na sua história e, em especial na sua história recente. Depois de várias
tentativas de reorganização da
Federação dos Bombeiros Portugueses, as associações e corpos de bombeiros, reunidos naquele ano, em Congresso, no
Estoril, decidiram a criação de
uma confederação nacional que
denominaram Liga dos Bom-
beiros Portugueses. Os estatutos só foram aprovados no II
Congresso Nacional, reunido na
cidade de Setúbal, em 1931, e
definiram como grande objectivo da novel instituição ‘defender e promover quanto importe
aos interesses dos serviços de
incêndios e socorros em calamidades públicas’”.
Assim principia a história da
Confederação e surge também,
agora, em termos de inovação,
a exposição dedicada aos 83
anos da sua existência, subordinada ao tema “Liga dos Bombeiros Portugueses, 19302013”, onde o visitante poderá
apreciar algumas das peças
museológicas recentemente recuperadas pelo NHPM, visuali-
zar documentos e imagens históricas, bem como ficar a saber
quem foram as personalidades
que, ao longo dos tempos, presidiram à instituição. Ainda a
propósito, são recordadas as
12 capas da antiga revista
“Fogo e Técnica”, saída, pela
primeira vez, em Fevereiro de
1978.
Disponível no endereço
http://lbpmemoria.wix.com/
lbp83anos, pode ler-se no respectivo texto de apresentação
que “esta mostra reúne e dá a
conhecer alguns dos momentos
mais marcantes da marcha
temporal, a passo firme, protagonizada pela Liga dos Bombeiros Portugueses, que, por si só,
reflectem a abrangência repre-
sentativa desta e a sua constante intervenção na construção do
futuro dos bombeiros em Portugal”.
Refira-se que, ao nível organizativo e de recuperação documental, o que consubstancia as
bases da criação do Núcleo de
História e Património Museológico, “a selecção dos conteúdos
realizada para o efeito não
constituiu tarefa fácil”, em virtude da “existência de um complexo e importante acervo histórico com interesse”. Acresce
ainda que “a recolha final, que
ultrapassa a centena de peças,
vai ao encontro da função didáctica em que consiste a divulgação da História e da pretendida dignificação de 83 anos de
afirmação colectiva”.
Por seu lado, a segunda exposição, acessível através do
domínio http://lbpmemoria.
wix.com/incendiochiado25anos, versa o grande incêndio do
Chiado e decorre da publicação,
na edição de Junho do “BP”, de
uma parte do trabalho fotográfico levado a cabo pelo fotojornalista Marques Valentim, há
precisos 25 anos, para o “Correio da Manhã”, do qual foi um
dos jornalistas fundadores.
Ao todo, são dezenas de fotografias históricas que documentam os níveis elevadíssimos de
destruição e o esforço notável
dos muitos bombeiros que
acorreram à chamada.
À semelhança do que é dito
na apresentação da exposição
“Liga dos Bombeiros Portugueses, 1930-2013”, “sem mais
considerações, estão abertas as
portas ao visitante e desafiamo-lo a deixar-se contagiar
pelo poder das imagens”.
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
Site do NHPM da LBP:
www.lbpmemoria.wix.com/
nucleomuseologico
7
AGOSTO 2013
LIGA REJEITA RE-ENCAMINHAMENTO DE CHAMADAS
Atrasos são responsabilidade do INEM
A polémica está instalada com a Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP) a denunciar que a obrigatoriedade de fazer passar as
chamadas de emergência pela linha 112 pode criar dificuldades.
A Confederação vai mais longe e diz mesmo que qualquer atraso e
as suas consequências terão de ser imputados ao INEM. O INEM
não recua e admite não pagar serviços que não passem pelas
centrais CODU.
Texto: Patrícia Cerdeira
A
obrigatoriedade está plasmada na lei mas só desde o
passado dia um de agosto é que
o INEM determinou que os pedidos de socorro feitos junto
dos corpos de bombeiros têm
de ser triados pelos Centros de
Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, estruturas
que decidem a partir de agora
os meios a disponibilizar.
Desde a primeira hora que a
Liga dos Bombeiros Portugueses está contra esta nova metodologia e promete lutar “com
todas as forças” para que este
modelo seja suspenso. Jaime
Marta Soares, presidente da
LBP, defende que esta opção
“pode eventualmente criar dificuldades a quem estiver numa
situação crítica”. “Qualquer
atraso na chegada de socorro à
vítima pode levar a situações irreversíveis ou até à perda de
vidas humanas”, alerta o dirigente. De acordo com a LBP,
“qualquer responsabilidade na
demora da prestação
de socorro dentro deste âm-
bito não pode em circunstância
alguma ser imputada aos bombeiros, mas sim ao INEM.
A triagem das chamadas de
emergência médica pelo CODU
não é nova, estando prevista na
lei desde 1997. Com a decisão
do INEM , comunicada a todos
os corpos de bombeiros, os
operadores são obrigados a re-encaminhar as chamadas de
emergência médica para o
INEM, sob pena de não receberem o subsídio cada vez que o
CODU aciona uma ambulância
ENFERMEIROS
Foto: José Coelho/LUSA
NÃO PODEM SER VOLUNTÁRIOS
Ordem
admite rever
parecer
polémico
U
m parecer do Conselho Jurisdicional da Ordem dos
Enfermeiros, elaborado em
2012, diz preto no branco que
estes técnicos não podem realizar atos de enfermagem enquanto voluntários, indicando
que o regime de voluntariado
contraria a autonomia da profissão. Apesar disto, e confrontada pelo ‘BP’ com as centenas
de enfermeiros que são voluntários nos corpos de bombeiros,
a Ordem admite ao nosso jornal
“ter de olhar para estes casos
com especial atenção”.
A decisão tem um ano e continua a levantar polémica, nomeadamente, no que concerne
à colaboração de enfermeiros
com os corpos de bombeiros.
Segundo Rogério Gonçalves,
presidente do Conselho Jurisdicional, a Ordem viu-se “obrigada” a clarificar esta situação
porque “existem várias instituições que estão a contratar enfermeiros em regime de voluntariado e no fim, sem mais nem
menos, prescindem das colabo-
rações com a explicação de que
os profissionais não têm as
competências suficientes”, conta o responsável da Ordem que
sublinha o papel “regulador”
desta estrutura na profissão e
na “defesa” dos direitos dos enfermeiros. Em declarações ao
‘BP’, Rogério Gonçalves refere
que o parecer em causa tem
por objetivo salvaguardar os
profissionais, em casos de atropelos à profissão, mas também
os cidadãos, já que num cenários de más práticas em que
seja necessário aplicar uma
sanção disciplinar, a Ordem só
pode atuar se o enfermeiro agir
enquanto técnico de saúde e
não como voluntário, já que o
voluntariado remete para legislação própria. Além disso, refere Rogério Gonçalves que, no
caso dos corpos de bombeiros,
os enfermeiros que estejam integrados na estrutura são obrigados a responder ao comandante situação que coloca em
causa a “independência técnica” da profissão e que contraria
a legislação dos enfermeiros
que não podem ter “dependência hierárquica de outras estruturaras” que não as ligadas à
profissão.
Por tudo isto, diz a Ordem
que, no caso dos corpos de
bombeiros, um enfermeiro só
pode prestar atos de enfermagem enquanto cidadão voluntário e não enquanto técnico de
saúde. Questionado pelo ‘BP’
sobre como será possível a um
cidadão comum efetuar atos de
enfermagem se não for enfermeiro,
Rogério
Gonçalves
acrescenta: “É verdade. E talvez por isso a Ordem tenha de
elaborar outro parecer para
este tipo de situação. Quando
elaboramos o parecer de 2012
não analisámos a questão dos
corpos de bombeiros mas admito que tenha de ser abordada
de outra forma”, conclui o responsável que promete uma
nova clarificação por parte da
Ordem dos enfermeiros até ao
final do ano.
Patrícia Cerdeira
dos bombeiros. Uma das questões que se coloca prende-se
com o tipo de equipamento disponível nas associações e corpos de bombeiros. Se há casos
onde os telefones fazem redirecionamento automático de chamadas, outros há em que para
fazer a triagem para o CODU o
operador terá de utilizar outro
telefone ou desligar mesmo a
chamada de pedido de socorro
inicial, e esta é uma das condicionantes denunciadas por várias associações.
A Liga de Bombeiros Portugueses diz que mantém total
disponibilidade para “pugnar
pela qualidade da prestação de
serviço de emergência”, mas
conclui reafirmando “não se
responsabilizar, em circunstância alguma, pelos atrasos na
prestação de socorro por parte
dos bombeiros, já que o despacho de meios é da total responsabilidade do CODU”.
A decisão do INEM foi também comunicada aos bombeiros pela Autoridade Nacional de
Proteção Civil que, através da
Direção Nacional de Bombeiros,
alertou as associações para a
necessidade de realização da
triagem pelo INEM das chamadas recebidas diretamente nas
suas centrais telefónicas. A Proteção Civil sublinha que não fo-
ram dadas instruções aos bombeiros para que não respondessem aos pedidos de envio de
ambulâncias do INEM sem que
antes fossem re-encaminhadas
para os CODU.
Num esclarecimento publicado já este mês na imprensa diária, o presidente do INEM, Miguel Soares de Oliveira, refere
que até um de agosto havia casos em que a situação era
transmitida ao INEM “tardiamente, no final da avaliação à
vítima realizada pelos bombeiros no local”, o que poderia limitar “as mais-valias para o cidadão de acesso precoce ao
INEM”, referiu Miguel Soares.
8
AGOSTO 2013
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
BARCELINHOS
7,5 milhões para investir
“Lendário 9” deixa saudades
A
Autoridade Nacional de Proteção Civil
(ANPC), a Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP) e 25 comunidades intermunicipais e áreas
metropolitanas assinaram no Ministério da Administração Interna (MAI), no passado dia 29 de
julho, vários protocolos para assegurar a execução de projetos de aquisição de equipamentos
de proteção individual para corpos de bombeiros. Miguel Macedo explicou que vai ser feito
“um investimento total de 7,5 milhões de euros,
com recursos a fundos comunitários, para aquisição de forma de descentralizada de equipamento individual de proteção para os bombeiros”. Segundo o ministro, este investimento vai
permitir que metade dos efetivos que integram
as corporações de bombeiros voluntários recebam equipamentos. Este projeto financia 92 por
cento do total da despesa, ficando o restante a
cargo das câmaras municipais. Miguel Macedo
considerou o investimento importante, tendo
em conta que todos os bombeiros vão passar a
estar mais protegidos nas suas atividades. Também o presidente da LBP, Jaime Marta Soares,
destacou a importância deste investimento, afirmando que este apoio “é algo que acontece pela
primeira vez”. Jaime Marta Soares explicou que
com a extinção dos governos civis, os corpos
dos bombeiros deixaram de ter apoio para os
equipamentos individuais de proteção, tendo o
MAI definido a estratégia que agora se consolida
com a assinatura deste protocolos. Segundo o
presidente da LBP, os 7,5 milhões de euros vão
ser distribuídos pelas associações de bombeiros
em Portugal através das comunidades intermu-
nicipais e áreas metropolitanas. “É uma nova
forma de apoiar os bombeiros, o que permite
que as câmaras municipais tenham que disponibilizar só sete por cento para concretizar este
grande objetivo”, referiu, salientando que o investimento é “prioritário porque garante mais
segurança a todos os bombeiros que se encontrem nos teatros de operações a combater os
incêndios florestais”.
PC
Autarquia renova protocolos
Câmara Municipal de Palmela decidiu recentemente renovar o protocolo com as três associações de bombeiros do concelho no âmbito
do apoio ao funcionamento dos grupos de bombeiros permanentes e de comparticipação nos
encargos com os seguros das viaturas de emergência.
O protocolo, existente desde 1999, prevê mais
de 290 mil euros destinados a comparticipar a
permanência de 6 elementos nos Voluntários de
Palmela, Bombeiros de Pinhal Novo e Mistos de
Águas de Moura, num total de 18 operacionais.
No caso da comparticipação nos seguros das
viaturas de emergência, o protocolo abrange 71
veículos e um total de apoio superior a 17 mil
euros.
MADEIRA
O
ais de mil pessoas acompanharam
as cerimónias fúnebres, de Licínio
Ribeiro, bombeiro e quarteleiro dos Voluntários Barcelinhos, mas que deixou
de luto todos os quartés do norte do e
centro do país, onde era um considerado um xemplo de entrega ao causa um
arauto do lema “vida por vida”
Todos os elementos dos Bombeiros
Barcelinhos se uniram neste último
adeus tal como mais duas centenas de
outros soldados da paz de muitos quartéis do país.
O pároco de Barcelinhos que presidiu
às cerimónias fúnebres falou de Licínio
Ribeiro, como um “homem que ajudava
os outros, sem pedir nada em troca e se
sentia bem por isso, conhecido em todo
o lado e um exemplo para toda a comunidade”.
Também o comandante dos Voluntários de Barcelinhos, José Beleza, sublinhou que “ninguém
esquece um homem assim, tão presente, amigo,
profissional e querido por todos“.
Nem a doença toldou a vontade de servir o
próximo, já bastante debilitado Licínio Pereira Ribeiro continuava disponível para efetuar o transporte dos doentes para tratamentos para várias
unidades de saúde, nomeadamente para o Porto,
conforme contou ao jornalistas há uns meses,
quando o jornal Bombeiros de Portugal esteve no
quartel de Barcelinhos.
Nessa mesma ocasião o homem tímido e simples pouco habituado a entrevistas, contou vários
episódios de uma vida cheia de histórias ao serviço da associação que serviu durante mais de
meio século. Foram muitos atos de bravura e coragem em tantos e distintos teatros de operações
que Licínio Ribeiro reduzia a uma obrigação de
quem escolheu servir os outros.
O “9” era um bombeiro estimado e respeitado
pela comunidade. Contam que, para além das
missões de socorro, cumpria muitas outras, sempre com o intuito de ajudar e de confortar quem
mais necessitava.
Foi, com emoção, que no passado mês de junho, por ocasião do aniversário dos Bombeiros de
Barcelinhos, que recebeu o Colar da Ordem de
Mérito. Na ocasião já bastante debilitado e muito
comovido ouviu José Arlindo Costa, presidente da
associação retrata-lo como “um homem com “H”
grande”, para todos “o melhor exemplo”.
Entre os muitos títulos que foi arrecadando ao
longo da sua vida ativa, o Licínio Ribeiro foi agraciado com a Medalha de Prata Cidade de Barcelos
e o Crachá da Liga dos Bombeiros Portugueses.
O Bombeiro 9 há já algum tempo que encontrava no Quadro de Honra dos Bombeiros de Barcelinhos, mas esteve sempre no ativo.
Licínio Ribeiro, o já lendário quarteleiro dos Voluntários de Barcelinhos, partiu aos 71 anos, vítima de doença prolongada, deixando mais pobre
a família dos Bombeiros de Portugal, que, certamente, lhe votará lugar de destaque na galeria
dos seus mais ilustres representantes.
ENTRONCAMENTO
PALMELA
A
M
Governo atribui apoio a bombeiros
Governo Regional da Madeira decidiu conceder apoios de 194 mil euros a cinco corpos de
bombeiros do arquipélago, destinados à aquisição de equipamentos de proteção individual
e de combate a incêndios.
As associações e corpos de bombeiros contemplados são os Voluntários Madeirenses, Porto
Santo, Ribeira Brava, Santana e São Vicente e Porto Moniz.
O apoio, que será disponibilizado após a celebração de contratos-programa, segundo o Governo Regional da Madeira, visa melhorar as operações de socorro na Região e as condições de
segurança em que os bombeiros as desenvolvem.
N
Faleceu Artur Morga
o passado dia 31 de Julho, aos 82 anos de
idade, faleceu o Comandante Morga do QH
dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento.
O seu corpo esteve em câmara ardente no
quartel, onde inúmeros amigos que foi granjeando ao longo da sua vida, tanto nos Bombeiros,
como no Exército e na vida civil ali marcaram
presença. Ali se viram comandantes e antigos comandantes de muitos Corpos de Bombeiros da
região bem como muitos bombeiros que se que
quiseram juntar aos Bombeiros do Entroncamento no momento da despedida deste seu amigo.
Foi um cidadão digno, respeitado e respeitador,
um cidadão exemplar e amigo do seu amigo.
O funeral seguiu no dia seguinte para o cemitério da Póvoa de Santa Iria onde o corpo foi cremado.
Exerceu as funções de comandante do seu Corpo de Bombeiros desde 1978 até 1997 quando
passou ao Quadro Honorário.
Em 1998, no âmbito do Cinquentenário da sua
Associação e do seu Corpo de Bombeiros, concretamente em 11.10.98, foi o homem forte da organização do VIII Encontro Nacional dos Bombeiros do Quadro Honorário que a Liga dos Bombeiros Portugueses, com a colaboração da Federação dos Bombeiros do Distrito de Santarém,
nessa data realizou na cidade do Entroncamento.
O Comandante Morga era um homem mais de
obras do que de palavras. E os inúmeros amigos
que tinha espalhados pelo país sabem bem que
foi sempre assim.
Ainda no tempo em que mal se falava de Proteção Civil, já tinha no seu quartel um Gabinete
autónomo, equipado com sala de reuniões, gerador e equipamento de proteção individual e de
comunicações para uma Comissão equivalente à
actual Comissão Municipal de Proteção Civil.
Quando passou ao Quadro de Honra, voluntariamente e em sintonia com a Câmara Municipal
do Entroncamento, instalou e equipou o Serviço
Municipal de Proteção Civil. Foi Coordenador daquele Serviço durante mais de 15 anos e, segundo consta, desempenhou aquela missão em regime de Voluntariado, como sempre fez nos Bombeiros.
Foi um distinto Oficial do Exército de onde se
reformou com o Posto de Capitão.
Da sua folha de serviços, tanto na vida militar
como na vida de Bombeiro constavam várias distinções.
Foi condecorado com a Medalha de Ouro da Cidade do Entroncamento pelos relevantes serviços
prestados à causa dos Bombeiros e da Proteção
Civil.
Já em 2013, no dia 12 de Janeiro, na data do
64.º Aniversário dos Bombeiros Voluntários do
Entroncamento, foi condecorado com o Crachá de
Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, por
proposta da sua Associação.
Carlos Pinheiro
9
AGOSTO 2013
BAL DE CASTELO BRANCO
F
Fotos: António José/LUSA
Capacidade para 120 pessoas
oi inaugurada, no passado dia 12
de agosto, a nova Base Logística
de Apoio (BAL9 à proteção civil e
o aeródromo de Castelo Branco, um
investimento de seis milhões de euros, financiado em 85 por cento por
fundos comunitários e o restante pela
Câmara Municipal de Castelo Branco.
“Esta é uma estrutura situada numa
encruzilhada de zonas complicadas
em termos de Proteção Civil, que permite criar excelentes condições aos
operacionais que no dia a dia salvaguardam pessoas e bens”, disse aos
jornalistas o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que presidiu à cerimónia de inauguração.
Para o presidente da câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, “esta é
uma estrutura de grande importância
para qualquer região”. Ainda segundo
o autarca, o “aeródromo é um grande
equipamento de Castelo Branco, no
qual deposita enormes esperanças
para o futuro da cidade e do concelho”. O aeródromo tem uma pista de
1600 metros de comprimento. Já a
Base de Apoio Logístico para os bombeiros e proteção civil tem uma área
de construção de dois mil metros quadrados e integra 12 camaratas, com
capacidade para 120 pessoas, nove
quartos para pilotos de aviões ou helicópteros, uma sala de reuniões, uma
sala de estar, e um refeitório, além
das respetivas zonas de estacionamento.
Apesar da inauguração oficial só ter
acontecido em meados deste mês, a
nova BAL de Castelo Branco entrou
em funcionamento em julho. É ali que
estão sedeados alguns elementos da
FEB e dois helicópteros de combate a
incêndios.
Racionalização sem “stress”
A inauguração destas novas infraestruturas decorreu numa semana muito dura para os bombeiros,
com dezenas e dezenas de ignições
que levaram ao terreno milhares e
milhares de homens e mulheres. Talvez por isso, não tenham “caído” da
melhor forma as declarações do ministro da Administração Interna que
aproveitou mais este momento para
sublinhar a necessidade de haver um
esforço para a “racionalização” de
estruturas de bombeiros em Portugal. “Há situações em que muito dificilmente se pode perceber a duplicação ou triplicação de estruturas”, disse. Miguel Macedo referiu que há
“bons exemplos” concretizados,
como aconteceu em Espinho, “que tinha duas corporações de bombeiros
e que já anunciaram a sua fusão,
num ambiente pacífico de vontade
mútua”. Para o responsável, a questão da racionalização não se resume
apenas aos meios financeiros. “Em
muitos casos, do ponto de vista operacional, não faz sentido haver essa
dispersão de meios. Ou seja temos
que trabalhar este dossiê numa lógi-
ca de capacidade de eficiência operacional”, afirmou. O ministro considerou ainda que este processo deve ser
feito sem “stress” e de “forma voluntária”, afirmando-se defensor da
“concertação”.
“As pessoas têm mente aberta para
perceber os argumentos da racionalidade. É péssimo que, quando queremos discutir com inteligência e serenidade uma qualquer questão, se introduzam elementos de irracionalidade”, disse. Miguel Macedo explicou
que este processo se “fará ao longo
de bastantes anos, num ambiente de
cooperação, sensatez e racionalidade.
É um percurso que temos que fazer,
pois o país precisa”.
PC
BARCELINHOS
Novo quartel é um sonho à vista
A
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Barcelinhos luta pela construção de um novo quartel para o
seu corpo de bombeiros. Segundo nos informaram a direção e o comando “o sonho está
à vista de se concretizar” em
face dos bons resultados dos
contactos estabelecidos, quer
com a Câmara Municipal de
Barcelos, quer com a Autoridade Nacional de Proteção Civil
(ANPC).
Os responsáveis definem a situação como “um processo sofrido durante muito tempo e que
começa a ganhar os contornos
necessários para finalmente garantir a sua concretização”.
O terreno cedido pela Autarquia situa-se numa zona periférica em relação à zona urbana
da freguesia de Barcelinhos com
acesso privilegiado aos principais eixos rodoviários.
Na memória descritiva é realçada a sua proximidade às prin-
cipais vias de acesso local, o
acesso a concelhos limítrofes e
acesso de forma desobstruída à
rede viária nacional e a proximidade operacional de combate a
sinistros nos tecidos urbano e
industrial.
O novo quartel, cujas imagens temos a oportunidade de
mostrar em primeira mão, desenvolve-se, preferencialmente,
por um único piso sendo proposto um segundo piso apenas
sobre a zona da entrada princi-
pal destinado à direção e comando. O edifício desenvolve-se
em L implantado numa plataforma de nível distinguindo-se dois
núcleos funcionais independentes.
Segundo o arquiteto Pedro
Magalhães, autor do projeto, “ o
edifício é marcado por uma procurada horizontalidade, de linhas e planos que definem as
fachadas e a própria volumetria
e tal opção reforça a ligação do
objeto construído ao terreno e
simultaneamente pretende afirmar-se como uma forma de reduzir a escala do edifício”.
O atual quartel remonta ao
início da década de oitenta do
século passado e situa-se, desde logo, numa zona de risco de
cheias, risco igualmente associado à rutura de barragens.
Por outro lado, a sua localização
em pleno centro histórico da cidade de Barcelos não possui
qualquer área livre disponível
para a sua ampliação.
Falta de espaço no parque de
viaturas (metade ficam estacionadas na via pública), falta de
camarata feminina, falta de
sala de convívio para os bombeiros, falta de espaço para formação e reunião, e falta de espaço para uma verdadeira central de comunicações e área
para higienização e manutenção de viaturas são algumas
das razões de peso para justificar a necessidade do novo
quartel.
10
AGOSTO 2013
QUELUZ
Estágios levam jovens ao quartel
Durante todo o mês de julho
os Voluntários de Queluz promovendo
mais um estágio de Verão,
“escancarando”, desta forma, as portas do
quartel aos mais jovens. Nesta terceira
edição da iniciativa participaram mais
de seis dezenas de jovens.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
O
s princípios de rigor
que norteiam a Associação
Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de
Queluz têm permitido o investimento em equipamentos
e uma aposta clara na formação que dos operacionais que
servem as áreas de Queluz,
Monte Abraão e Massamá e
garantem o socorro a cerca
de 100 mil habitantes.
Determinados a contrariar
as adversidades, direção e
comando, vão preparando o
futuro, chamando para a causa do voluntariado os mais
jovens, conforme revelou ao
nosso jornal Ramiro Ramos,
presidente dos Voluntários de
Queluz, a propósito dos 3.ºs
Estágios de Verão que decorreram, no quartel, de a 1 a 26
de julho.
Também o comandante Joaquim Santos sublinha a importância desta iniciativa que tem
permitido divulgar a atividade
dos bombeiros, sensibilizar e
aproximar a comunidade e até
assegurar reforços para o corpo de bombeiros. O responsável operacional explica que a
“captação” é efetuada nas escolas da área de intervenção
do Voluntários de Queluz, nas
redes sociais, mas também
pelos participantes em edi-
ções anteriores. O número de
candidatos tem vindo a aumentar de ano para ano, conforme sublinha o comandante.
Refira-se que em 2009, 24 jovens frequentaram curso de
técnicas de socorrismo e o estágio em ambulância, este
ano, o número de participantes disparou para mais de 60.
“O estágio é composto por
40 horas de formação, oito
horas de workshops sobre diversas temáticas nomeadamente técnicas de grande ângulo e desencarceramento e
depois fazem um estágio de
32 horas, saindo como terceiro elemento nas nossas am-
bulâncias, apenas como observadores”, explica o comandante, especificando que, diariamente, dois grupos, de
quatro elementos, cumpririam o horário das 8 às 16 h.
ou das 16 à meia noite”.
Cumprido o horário, muitos
eram os que permaneciam no
quartel, algo que o responsável assinala com muita satisfação, até porque esta postura contraria o futuro negro
que muitos traçam para o voluntariado.
“Alguns ficam”, diz-nos o
comandante citando o exemplo de Beatriz Garcia, uma
estudante de medicina que
participou na primeiras edição deste projeto e que depois ingressou no corpo de
bombeiros, fazendo questão
de estar ligada à iniciativa
orientando e apoiando os estagiários.
“Eu inscrevi-me porque
queria perceber se a área da
saúde era de fato a mais indicada para mim e por isso decidi inscrever-me no estágio
e acabei por ficar, mesmo depois de ter iniciado o curso de
medicina que é muito exigente”, diz-nos Beatriz Garcia.
“Este ano a expectativa é
que, deste grupo, cerca de 30
elementos possam vir a in-
gressar o curso inicial de
bombeiro”, revela Joaquim
Santos, uma previsão audaciosa, porém “realista”, reveladora do êxito deste pioneiro
projeto que surge como mais
uma aposta ganha por este
corpo de bombeiros, que terá,
certamente, continuidade.
Refira-se que, atualmente,
o Voluntários de Queluz contam, com 84 elementos no
quadro ativo, um grupo “fantástico” bem preparado que
dá resposta eficaz à população que serve, muito embora
Joaquim Santos sublinhe que
os “voluntários nunca são de
mais”.
11
AGOSTO 2013
LIGA EXIGE AUMENTO DOS SEGUROS PARA BOMBEIROS
Municípios rejeitam mais encargos
A vida de um bombeiro vale 109 mil euros. Os tratamentos
hospitalares, incluindo queimaduras graves, valem cerca de 10 mil
euros. A partir deste valor os custos são garantidos pelo Fundo de
Proteção Social do Bombeiro. Há vários anos que a Confederação
vem alertando para a necessidade de aumentar estes capitais e,
mais uma vez este ano, perante a perda de vidas em acidentes em
serviço que causaram vários feridos, a Liga volta à carga.
Contactado pelo ‘BP’ o ministério da Administração Interna
mostra-se disponível para legislar nesse sentido mas ao que o ‘BP’
apurou a Associação Nacional de Municípios Portugueses não está
disposta a assumir mais encargos.
Texto: Patrícia Cerdeira
A
legislação que regula os
seguros de acidentes de
trabalho obrigatórios para
os bombeiros, e que são pagos
pelas autarquias, são nesta altura mais abrangentes. Não em
matéria de dinheiro, mas antes
nos homens e mulheres que a
eles têm direito. A moldura legislativa revista recentemente
alarga aos quadros de reserva,
honra, a cadetes e infantes a
obrigatoriedade de contratualização de seguros de trabalho.
Até aqui apenas os quadros de
comando e ativo estavam salvaguardados em caso de acidente
em serviço. Apesar deste avanço, e depois da polémica em torno da conta apresentada à Liga
pelo Hospital Prelada, no Porto,
e também devido aos vários acidentes em serviço já registados
este verão, Jaime Marta Soares,
o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, referiu ao
‘BP’ que tem mantido contactos
com a Associação Nacional de
Municípios Portugueses (ANMP)
para “melhorar os valores legalmente definidos como mínimos”
nos seguros a atribuir aos bombeiros em caso de acidente.
Atualmente, o capital por morte
ou invalidez permanente está fixado no valor de 225 vezes a
Remuneração Mínima Mensal
Garantida (RMMG - salário mínimo) mais elevada. Já por incapacidade temporária absoluta e
total estabeleceu-se o montante
de 0,11 vezes do salário mínimo
nacional mais elevado, por dia.
Para despesas de tratamento o
valor é de 20 vezes a RMMG garantida mais elevada, devendo
os municípios suportar até mais
10 vezes nas situações em que
seja necessário. Nos casos em
que a incapacidade temporária
absoluta e total afete um estudante ou um desempregado, o
subsídio diário é calculado em
função da RMMG. A RMMG para
este ano, estabelecida pelo decreto-lei de Decreto-Lei n.º
5/2010, de 15 de janeiro, é de
475 euros.
Em matéria de tratamentos
hospitalares, a Liga considera
que o valor dos capitais segurados é “ridículo”, Jaime Marta
Soares lembra que os encargos
nas unidades de queimados são
“muitos elevados”, e que os va-
BSB
Fotos: Subchefe António Oliveira
“Prevenir para Proteger” em balanço
O
projeto “Prevenir para Proteger” do Batalhão Sapadores
Bombeiros do Porto (BSB) cumpriu mais um ano escolar
(2012/2013) com 49 sessões de
sensibilização realizadas em
igual número de escolas básicas
da cidade.
Segundo fonte do BSB, o projeto “desenvolve-se no âmbito
das responsabilidades acometidas aos municípios, no que toca
à matéria de implementação de
planos de segurança e emergência e em conformidade com
os dispositivos legais vigentes,
que regulamentam a segurança
contra incêndios aplicável a todos os edifícios e recintos escolares”.
Neste ação conjunta, o departamento municipal de educação (DME) conta com a parceria
do departamento municipal de
proteção civil (DMPC), do Batalhão Sapadores Bombeiros do
Porto (BSB), Polícia de Segurança Pública (PSP) – Escola Segura e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Desde o ano letivo 2009/2010,
segundo o BSB, “o DME tem vindo a promover ações em contexto escolar, nomeadamente, reuniões de sensibilização e consciencialização junto dos agrupamentos de escolas, para além da
conceção e entrega do plano de
Segurança de cada escola básica, reuniões, exercícios de simulacro de incêndio com a participação de todos os parceiros e a
comunidade escolar, seguido de
uma ação pedagógica junto das
crianças por parte dos elementos do BSB e do INEM”.
lores cobertos pelos seguros
“dão para muito pouco”.
Sensível a esta questão está
o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que este
mês afirmou que a responsabilidade do pagamento dos seguros
dos bombeiros “é, de facto, assegurado pelas autarquias”, garantindo que está “atento, com
a Liga dos Bombeiros Portugueses, à situação”.
A negociação de novos valores terá de ser negociada com as
autarquias, já que são os municípios que pagam os seguros aos
bombeiros. Fonte do MAI disse
ao ‘BP’ que o Governo está aberto ao diálogo mas vai alertando
para a posição da ANMP que se
mostra “pouco aberta” a suportar mais encargos. A fonte por
nós contactada diz que mesmo
que um dos dirigentes da ANMP
terá afirmado que os bombeiros
“já têm um custo muito elevado”
quando comparados com as forças de segurança e os próprios
autarcas.
Confrontado com estas posições, Jaime Marta Soares garante que não vai desistir porque os bombeiros “não têm preço”.
12
AGOSTO 2013
VERÃO
Bombeiros na praia
Um pouco por todo o país, os bombeiros já
têm um papel importante nos areais de
Norte a Sul quer na prevenção, com ações
de vigilância e patrulhamento, quer no
socorro aos banhistas.
Em terra e no mar, muitas dezenas de
operacionais respondem com eficácia e
são um fator de segurança que confere
qualidade às praias portuguesas.
Texto: Sofia Ribeiro
equipadas com material de primeiros-socorros e de suporte
básico de vida e, ainda, de um
extintor sendo que os ciclistas
têm contacto permanente com
a central dos bombeiros.
Segundo fonte do quartel de
Esmoriz, “esta equipa foi pensada, especialmente, para permitir uma primeira intervenção
até à chegada da ambulância,
sobretudo em áreas onde se
aglomerem muitas pessoas,
como é o caso nas zonas balneares nesta época do ano”.
Desde 2003, que “com o objetivo de aumentar a segurança
da cidade da Figueira da Foz
nas áreas adjacentes às praias”
os voluntários da cidade dinamizam um programa de assistências às praias, numa missão
que conta com a parceria dos
Bombeiros de Gouveia.
Asseguram este programa
30 elementos do corpo da Figueira da Foz e 16 operacionais
de Gouveia que, abdicando do
seu tempo de lazer, prestam
mais este importante serviço à comunidade figueirense e a todos os visitantes
da cidade.
Refira-se que, em 2012, só
em agosto, estas equipas registaram mais de duas dezenas
de ocorrências entre quedas,
queimaduras, atropelamentos
e doenças súbitas.
O programa consiste no patrulhamento de bicicleta de
duas equipas de dois bombeiros, aos fins de semana das 9
às 18 horas. Cada veículo está
equipado com material de
emergência médica que permite prestar cuidados primários
de saúde, e equipamento adicional para teste de glicemia e
monitorização de tensão arterial. Complementarmente, as
bicicletas estão equipadas com
meios portáteis de extinção de
incêndio – extintores de espuma e de pó químico, que poderão debelar pequenos focos de
incêndio.
Cada equipa está munida de
um rádio de banda alta, para
comunicação com a central
dos bombeiros, o que
permitirá a célere
ativação de meios
complementares,
nomeadamente ambulâncias, viaturas
de desencarceramento ou de
incêndio.
Mais a Sul, na praia de Carcavelos funciona, durante toda
a época balnear o posto de socorro na praia guarnecido com
dois socorristas dos bombeiros
locais, que ao fim de semana
reforçam a sua atuação com o
patrulhamento de bicicleta.
Dois bombeiros, devidamente
equipadas com material de
emergência pré-hospitalar, pa-
Em declarações ao jornal
Bombeiros de Portugal (BP) o
comandante Paulo Santos regista que, apenas nos meses
de junho e julho, os Voluntários
de Carcavelos registaram 185
ocorrências na praia, “duas das
quais com apoio da viatura médica e 15 com necessidade de
transporte às unidades hospitalares”. Quedas, picadas de
trulham o paredão que percorre o extenso areal. Por outro
lado, uma embarcação de socorro, tripulada pelo timoneiro,
um nadador salvador e um socorrista no mar zelam pela segurança dos banhistas.
peixe-aranha são situações comuns, havendo ainda registo
de duas situações de pré-afogamento.
Uma equipa do BP esteve, no passado dia 17,
na Praia de Carcavelos,
onde a associação promoveu
uma mostra dinâmica do serviço prestado à comunidade. Vários veículos estiveram em exposição ao mesmo tempo que
elementos do corpo de bombeiros transmitiram aos banhistas
conceitos básicos em matéria
de suporte básico de vida. Apesar do vento ter afastado muitos veraneantes da praia ainda
foram muitos os adultos e
crianças que passaram pela
tenda instalada no paredão,
cumprindo-se assim o objetivo
desta ação de proximidade “demonstrar às pessoas que os
bombeiros dispõem dos meios
e da formação necessários para
prestar socorro às populações
que servem”, conforme sublinhou o comandante Paulo Santos, fazendo um balanço positivo desta “deslocalização” do
quartel que poderá voltar a
acontecer noutros pontos da
área de intervenção
dos Bombeiros de
Carcavelos.
Fotos: Marques Valentim
O
s bombeiros têm já presença obrigatória nas
praias nacionais, assegurando a segurança dos veraneantes. Apoiados por vários
meios, com abordagens distintas, muitas dezenas de operacionais, de forma voluntária,
preenchem lacunas ou complementam os programas de apoio
aos banhistas de outras entidades.
Neste âmbito, os Bombeiros
de Vagos garantem, em permanência, piquetes de apoio à
Praia da Vagueira, um serviço
que é reforçado aos sábados,
domingos e feriados, com uma
equipa que inclui nadador salvador, timoneiro, mergulhador,
entre outros elementos apoiados por uma embarcação de
socorro, uma mota de água,
um veículo todo-o-terreno e
uma ambulância.
Já em Esmoriz, a “Rescue
Bike” - Equipa de Salvamento
em Bicicleta - garante “vigilância e prevenção” na cidade, nomeadamente junto às praias.
O projeto, inovador na região, assenta na mobilidade de
duas bicicletas todo-o-terreno,
13
AGOSTO 2013
BARCELINHOS
Celeridade e experiência salvam idosa
Dois bombeiros dos Voluntários
de Barcelinhos salvaram uma idosa
no Rio Cávado, naquela que foi uma
exigente operação. A celeridade e,
também, a experiência e a coragem de
Fernando Oliveira, apoiado pela bombeira,
Carla Neto, foram providenciais para o
sucesso desta missão que os “heróis do
momento” fazem questão de partilhar
com todos os elementos do corpo ativo,
direção e comando.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
O
bombeiro Fernando Oliveira tem um currículo
repleto de intervenções
bem-sucedidas, ainda assim,
não esconde a satisfação de
salvar a vida de quem lhe decidiu por termo, mas que depois
se arrependeu. Carla Neto,
mais jovem, não se lembra se
uma situação tão complicada
na, ainda curta, carreira nos
Voluntários de Barcelinhos. Ele
tinha a certeza que conseguia
resgatar a idosa. Ela, confessa
que temeu pela vida da mulher
e do seu companheiro. Tudo
terminou bem e esta dupla
tem agora mais uma história
para contar.
Bravo, duro Fernando Oliveira fala com naturalidade do
episódio do passado dia 7 julho quando à central de comu-
nicações do quartel chegou o
alerta de que uma mulher teria
saltado da Ponte Nova, em
Barcelos, “de uma altura de 24
metros” para o rio Cávado. O
bombeiro percebeu de imediato que o sucesso da operação
dependia da rapidez de atuação e por isso não hesitou em
lançar-se ao rio, impedindo
que a vítima fosse arrastada
para o açude, onde teria poucas hipóteses de sobreviver.
Fernando Oliveira conhece
bem o rio, de onde já retirou
muitas pessoas, tal como os
sinuosos caminhos que o percorrem, o que acabou por ser
determinante para o salvamento da sexagenária.
Depois do salto, a mulher
tentou boiar conseguindo, assim agarrar-se à vida.
“A senhora só rezava” conta
Fernando Oliveira ao jornal
Bombeiros de Portugal, considerando que logo que saltou
se arrependeu, o que acabou
foi facilitar o salvamento, porque de facto “aquela mulher
não queria morrer”, naquele
momento “queria só que alguém a tirasse da água”.
“Quando o Ni saltou para a
água eu gritei por ele, fiquei
tão aflita que pensei em atirar-me a seguida”, conta Carla
Neto, confidenciando que esta
foi a situação mais complicada
que viveu ao serviço dos Bombeiros de Barcelinhos. Mas a
determinação de Fernando Oliveira acabou por acelerar os
trabalhos de resgate.
“A vítima estava, aparentemente bem, sem qualquer lesão” mas ainda assim foi conduzida ao hospital, onde na
passada semana ainda se encontrava internada a recuperar
de outros danos que levaram a
ensaiar aquele salto para a
morte.
Apesar do risco, Fernando
Oliveira garante que “fazia tudo
outra vez”, recusando, ainda
assim, o estatuto de herói.
“Nesta instituição somos todos heróis. Eu atirei-me ao rio,
como qualquer um aqui fazia,
o sucesso desta intervenção é
apenas o resultado de um trabalho de equipa, que inclui,
também, comando e direção”,
faz questão de sublinhar o
bombeiro.
Já o presidente da direção,
José Arlindo Costa, e o coman-
dante, José Beleza, falam com
orgulho desta situação em
concreto, mas que declaram
ser o exemplo da entrega e da
coragem que caracterizam todos os elementos que servem
os Voluntários de Barcelinhos.
Por estes dias, este episódio
ainda anima conversas de
café, mas Fernando e Carla já
viraram mais uma página e,
quem sabe, quantas vidas já
ajudaram, entretanto a salvar,
porque esse é o desígnio do
bombeiro.
14
O
AGOSTO 2013
SEIXAL
MACEDO DE CAVALEIROS
Bombeiros em dia municipal
Adjunto recebe crachá
Municipio do Seixal homenageia os seus bombeiros
há 11 anos com a comemoração do Dia Municipal do Bombeiro.
Este ano a homenagem aos
soldados da paz das associações humanitárias de bombeiros mistos do Seixal e Amora
decorreu no dia de S. Pedro, 29
de junho, feriado municipal.
Este ano, as celebrações decorreram na freguesia de Aldeia
de Paio Pires, na Avenida General Humberto Delgado. Houve
desfile de viaturas a partir do
Largo João Freitas Branco até à
Sociedade Musical 5 de outubro, e apresentação das fanfarras, corpos de bombeiros e viaturas.
A formatura, com cerca de
180 bombeiros, apresentou-se
junto à tribuna, onde decorreu
a cerimónia protocolar.
Ali procedeu-se à entrega
simbólica de equipamento de
segurança e proteção às duas
associações de bombeiros do
concelho oferecido pela “RACC”.
A empresa, sediada no concelho, entregou aos bombeiros
400 mantas de refrigeração e
aquecimento para utilização em
caso de acidente, 400 capas de
proteção de chuva e 400 lápis
de marcação de piso.
Na oportunidade, após as intervenções dos comandos e dirigentes das duas associações
do concelho do Seixal, falou
Eduardo Correia, presidente da
adjunto de comando do
corpo de bombeiros da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros, Armando
Augusto Fernandes, foi homenageado com o crachá de ouro
da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e com a medalha
municipal de valor e altruísmo,
grau ouro. A homenagem inseriu-se nas festividades de S.
Pedro, padroeiro da instituição.
A imposição do crachá foi
feita pelo vogal do conselho
executivo da LBP, comandante
Sebastião Fernandes.
Após 45 anos de atividade
como bombeiro, 10 dos quais
como adjunto de comando, Armando Fernandes solicitou a
passagem ao quadro de honra
(QH), momento em que a autarquia e a sua associação entenderam prestar-lhe homenagem e público reconheci-
Federação dos Bombeiros do
Distrito de Setúbal e representante da Liga dos Bombeiros
Portugueses, para sublinhar
que o concelho do Seixal «é
uma referência ao nível do distrito e do país» pelo apoio que a
câmara municipal presta às
duas associações e pela qualidade das corporações de bombeiros.
No uso da palavra, depois do
presidente da junta de fregue-
“Entrega e humildade” merece reconhecimento
P
or ocasião do centenário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almada,
a Assembleia Municipal de Almada (AMA), por
proposta do seu presidente, José Manuel Maia,
decidiu “homenagear todos aqueles que ao longo
de um século se entregaram com humildade ao
ideal de vida por vida, à fraternidade, à ajuda ao
próximo.
A AMA deliberou ainda “agradecer reconhecida
aos dirigentes, aos sócios, aos bombeiros a sua
acção altruísta, o seu empenho e desempenho
em tão nobre e gloriosa instituição”.
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almada foi fundada em 26 de agosto
de 1913, sendo seu principal impulsionador Tomé
José de Oliveira e a primeira reunião de sócios foi
realizada nesse mesmo dia no Salão da Associação dos Operários Tanoeiros de Almada, sita na
rua Capitão Leitão, refere a proposta de José Manuel Maia apresentada à AMA.
A Associação teve instalações provisórias na
Associação de Tanoeiros no Posto Municipal de
Incêndios, depois foram transferidos para a Quinta do Serras, junto à Cadeia e mais tarde tiveram
Concluída a cerimónia, os
presentes dirigiram-se para a
igreja de Santa Maria onde se
celebrou missa em memória
dos bombeiros, dirigentes e associados falecidos.
Mais tarde, procedeu-se à
bênção de quatro novas viaturas dos Bombeiros Voluntários
de Macedo de Cavaleiros.
Junta distingue bombeiros
N
o passado dia 20 de julho
decorreu, pela primeira
vez, a entrega de medalhas
da Junta de Freguesia Foz do
Douro, no Forte S. João Baptista, vulgarmente conhecido
por Castelo da Foz. Uma iniciativa onde a junta homenageou pessoas individuais e coletibas que se distinguiram
pelos seus méritos e feitos cívicos. Assim, os Bombeiros
Voluntários Portuenses, uma
associação que desempenhou
um importante papel na Foz,
instalada no antigo edifício da
Estação de Socorros a Náufragos, bem perto do Jardim do
Passeio Alegre, foram galardoados com a medalha de va-
lor e altruísmo – grau de ouro.
O galardão foi recebido pelo
presidente da direção, Gomes
da Rocha e vice-presidente e
comandante do Quadro de
Honra (QH) Alberto Costa e
Silva, ladeada pela guarda de
honra daquela associação humanitária.
Cláudia Pereira
ENTRE-OS-RIOS
o seu primeiro quartel nas ruas então denominadas Engenheiro Sá e Melo e Júdice Pargana.
Mas as instalações continuavam a não corresponder às exigências sempre crescentes do Concelho pelo que o sonho e ambição era terem um
novo quartel sede da associação facto que se veio
a concretizar em 1983 com o apoio municipal e
da Administração Central.
Na sua proposta José Manuel Maia lembra ainda todos os demais soldados da paz, com e sem
farda, que construíram a Associação, os cidadãos
nossos contemporâneos como o comandante
José Brás e Júlio José Ferraz mas também o comandante em 1913, Raul Alberto Ferreira Flores
e o fundador Tomé José de Oliveira.
COVILHÃ
Chefe agraciado
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) atribuiu ao chefe dos bombeiros voluntários da
Covilhã, José Alberto Coelho, o crachá de ouro. A
distinção foi justificada pelos altos serviços efetuado por aquele graduado, soldado da paz há 43
anos. Na oportunidade, José Coelho dedicou a
distinção ao seu pai. Na mesma ocasião ocorreu
também a entrega de medalhas e promoções a
15 elementos do corpo de bombeiros.
mento pelo trabalho que desenvolveu em prol do socorro.
Durante as cerimónias decorreram promoções a diversas categorias de elementos do corpo
ativo dos Bombeiros Voluntários e a posse dos novos elementos de comando, de segundo comandante e adjuntos de
comando.
PORTO
sia local e do presidente da Assembleia Municipal, o presidente da Câmara, Alfredo Monteiro,
considerou que assinalar o Dia
Municipal do Bombeiro a 29 de
junho “é a melhor forma de celebrar
o nosso feriado municipal,
dedicando-o àqueles que todos
os dias em trabalho voluntário
servem as populações, com capacidade, competência e disponibilidade”.
ALMADA
A
O
O
Comandante passa ao QH
s Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios comemoraram o 90.º aniversario, numa cerimónia que ficou marcada especialmente pela passagem ao Quadro de Honra (QH) do comandante Manuel Luís Neves. Na mesma cerimónia, foram promovidos a bombeiros 4 novos elementos, 7 a
bombeiros de 2.ª e 2, de 1.ª a subchefe.
Procedeu-se ainda á entrega de medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP). Foram ainda atribuídas, a medalha de dedicação grau ouro da mesma confederação, pelos
exemplares 31 anos de serviço, ao subchefe António Almeida e ao comandante Manuel Luís Neves, e
a medalha de serviços distintos grau prata da LBP,
por 36 anos de serviço, ao chefe Adriano Dinis, e
por 28 anos de serviço ao subchefe Fernando Almeida.
Por proposta da Associação a LBP concedeu também a medalha de serviços distintos grau ouro aos
bombeiros de 1.ª, Bernardino Monteiro e Alberto
Rodrigues, e à adjunto de comando Isaura Rocha.
O chefe Vitorino de Sousa foi também agraciado
com o crachá de ouro da LBP e o comandante Luís
Neves com a medalha de serviços distintos da Federação de Bombeiros do Porto grau ouro.
A cerimónia foi bastante emotiva pois o comandante Manuel Luís Neves, conforme sublinharam todos os oradores, será sempre uma referência para
todos os bombeiros.
15
AGOSTO 2013
ALCABIDECHE
Equipa de comando renovada
O
s novos elementos de comando do corpo de
bombeiros dos Voluntários de Alcabideche,
Cascais, tomaram posse numa cerimónia singela, de caráter interno, durante a qual se procedeu ainda à inauguração do veículo plataforma,
a promoções de bombeiros e, também, a homenagear o anterior comandante e atual comandante distrital de Lisboa da ANPC, Carlos Mata.
O novo comandante é José Manuel Palha Gomes, anterior segundo comandante, licenciado
em Gestão de Segurança Proteção Civil, bombeiro desde 1976, nomeado adjunto de comando em 1989 e segundo comandante em 1996.
O segundo comandante, anterior adjunto de
comando, é José Manuel Lima da Costa, bombeiro desde 1989, subchefe do quadro ativo, adjunto de comando desde 1996.
O novo adjunto de comando, Manuel Fernando da Silva Alves, é engenheiro técnico de Energia e Sistemas de Potência, mestre em Segu-
rança e Higiene no Trabalho, formador da Escola
Nacional de Bombeiros, ingressou nos bombeiros, em Lisboa, em 1989, transferiu-se para Alcabideche como adjunto equiparado em 2004 e
ingressou na carreira de oficial bombeiro em
2010.
À categoria de subchefe foram promovidos,
António Borges, José Manuel Carvalho, Manuel
Tavares e Nuno Oliveira.
A bombeiro de 2.ª, foram promovidos, Ana
Rita Pereira, António Calinas, Jorge Carvalho,
André Jerónimo, Luís Toucas Oliveira, Carlos Pereira, Maria Julei, Ana Cristina Costa, Tiago Pereira, Bruno Neto, Tiago Santos, Diogo Marques
e António Reis. E a bombeiro de 3ª, foram promovidos, Ana Sendas, André Carmona, Tomás
Coimbra, José Borges e Gonçalo Silva.
No final da cerimónia decorreu a homenagem
ao ex-comandante Carlos Mata, com um louvor
da direção e a entrega de lembranças.
REBORDOSA
Continuidade nos principios estruturantes
F
oi na presença de familiares e amigos que tomou posse o novo comandante dos Voluntários de Rebordosa, o quarto em 35 anos de história
da associação. Licínio Rocha assumiu
as funções, dando início a novo ciclo
deste do corpo de bombeiros, com
mais de 120 elementos no quadro
ativo.
Licínio Rocha, de 29 anos de idade
era Oficial de Bombeiro desde 2011,
com vasta experiência e conhecimentos e a determinação “de completar o
quadro de comando, quando por motivos de força maior, o comandante
Abel Silva pediu a passagem ao quadro de honra”.
Na sessão o presidente da direção,
O
corpo de bombeiros
de Aguiar da Beira
tem, desde o passado
mês de junho, novo comando. António Carlos
Tenreiro Ferreira, subchefe do Quadro Ativo, é
o novo responsável operacional deste quartel.
lhem os ideais de bem servir”, perspetivando ao novo responsável operacional “uma difícil mas promissora
missão.
O empossado usou da palavra para
agradecer os conselhos e apoio de todos e assumiu, de forma abnegada e
consciente, as responsabilidades da
sua nova missão, reconhecendo, no
MANTEIGAS
AGUIAR DA BEIRA
CB tem novo
comandante
José Moreira dirigindo-se a Licínio Rocha, falou de “uma exigente função,
que não se compadece de horários,
nem estados de espírito frágeis”, sublinhando que ao comandante, “exige-se que oriente, motive, dinamize,
acredite e contribua para um socorro
eficaz” considerando, no entanto,
que “é necessário que todos parti-
D
aniel Saraiva é o novo
comandante dos Bombeiros de Manteigas, que
tomou posse numa cerimónia testemunhada pelo presidente da autarquia manteiguense, Esmeraldo Carvalhinho, pelo comandante
distrital António Fonseca e
o presidente da Federação
dos Bombeiros do Distrito
da Guarda, Álvaro Guerreiro entre outras individualidades
Nesta ocasião, foram ainda apresentadas as obras
de requalificação do quartel
que incluíram intervenções
nas camaratas masculinas,
balneários, gabinetes de
comando, central de comunicações, e a instalação de
uma sala de comunicações
da proteção civil municipal
daquela vila.
Sérgio Santos
Novo comandante empossado
entanto, que a tarefa “não é fácil”
mas que pretende apostar na continuidade dos princípios estruturantes
que têm norteado o corpo de bombeiros, mas “apostando na formação
e organização interna”, pedindo a todos os presentes o natural apoio para
o sucesso nesta missão.
Paulo Pinheiro
16
AGOSTO 2013
RÉGUA
Modernização
garante operac
Está agendado para o próximo dia 31, no quartel dos Bombeiros da Régua,
a cerimónia de inauguração de uma nova ambulância, oferecida pela “Symington Family
Estates”, produtor de vinhos no Douro. Este foi o pretexto para o jornal Bombeiros de
Portugal se deslocar á região e dar a conhecer uma instituição
com pergaminhos, mas com os olhos colocados no futuro.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
F
undada a 28 de novembro de 1880, a Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários do
Peso da Régua, transpira vitalidade e dinamismo. A sobriedade austera do edifico impar
que alberga o quartel contrasta com a postura de um
corpo de bombeiros voltado
para o futuro.
Dinamismo é a pedra de toque de uma instituição alimentada pelo empenho, en-
trega e entusiasmo e saber-fazer da direção e comando.
José Alfredo Almeida, o presidente da direção e António
Fonseca, o comandante, falam
a uma só voz de uma instituição
que tem conseguido escapar à
crise e assim continuar a investir na operacionalidade, na modernização de meios para acorrer a situações muito diferenciadas na vertente do socorro e
também no transporte de doentes.
As rendas de um bairro social
com 50 fogos, os subsídios da
autarquia são as principais fontes de receita da instituição que
conta, também, com o apoio de
alguns empresários. Desta forma na Régua os bombeiros podem falar de “estabilidade financeira” que permite “pagar
aos 15 funcionários e, também,
aos fornecedores sempre a
tempo e horas”, conforme faz
questão de destacar José Alfredo Almeida.
O presidente da direção, em
matéria de investimentos fala,
ainda, com particular satisfação
das obras do quartel que permitiram, preservando o charme de
um edifício dos anos 30, da autoria do arquiteto Oliveira Ferreira, garantir condições de exceção aos 89 elementos corpo
ativo. A área operacional foi
ampliada, mas o imóvel não
perdeu identidade mantendo
um museu e uma biblioteca e
um salão nobre que contam
mais de século de história, não
só a instituição, mas também
de toda a região do Douro.
O comandante salienta ainda
os investimentos em equipamentos de proteção individual,
enaltecendo o esforço da direção, em garantir a segurança
dos homens e mulheres que
servem o quartel.
O futuro determina trabalho
redobrado formação dos opera-
17
AGOSTO 2013
o de meios
cionalidade
cionais o que aliás constitui a
ultima grande aposta, ao que
parece ganha, conforme nos diz
o comandante, ainda antes de
uma vista ao renovado quartel,
onde durante a semana é impossível encontrar muito voluntários, determinados em servir
a causa, servindo mais e melhor os reguenses.
Produtora de vinho
do Porto oferece
a sexta ambulância
Dentro de dias, a Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Régua vai ser contemplada com a oferta de uma
ambulância, a sexta oferecida
pela “Symington Family Estates”, produtor de vinhos no
Douro há mais de 125 anos e,
há muitos anos, reconhecida
pelo apoio a causas de reconhe-
cido mérito social na Região Demarcada do Douro (RDD).
“Esta filosofia de responsabilidade social assenta na integração de preocupações sociais
em acções que contribuam para
o bem-estar das populações,
materializando-se no apoio a
instituições carenciadas na área
da saúde, da terceira idade e da
infância numa região onde a
empresa tem actividade económica, como é o caso da RDD”,
explica, a propósito, uma fonte
da empresa.
Nos vários apoios concedidos pela empresa “Symington”
ao longo dos anos incluem-se a
aquisição de equipamentos
para o Hospital Maria Pia e para
a unidade de Neonatologia do
Hospital de Santo António, ambos no Porto, a oferta de equipamento electrónico de cirurgia
para o Hospital de Vila Real,
equipamento de raio X e de su-
porte de vida para o Centro de
Saúde de Alijó.
No âmbito dos bombeiros
voluntários, a “Symington Family Estates” tem apoiado com
regularidade, nos últimos anos,
a aquisição integral de várias
ambulâncias de socorro a associações da RDD: Pinhão (2007),
S. João da Pesqueira (2009),
Provesende (2010), Carrazeda
de Ansiães (2011), Lamego
(2012) e, agora, Régua (2013).
A “Symington Family Estates”, diz nos a mesma fonte,
“está convicta de que todos estes equipamentos criaram um
impacto positivo no dia-a-dia
das populações e procurará dar
continuidade a esta política,
norteando as suas acções para
o desenvolvimento social da comunidade da RDD”.
A família Symington está ligada ao Douro há quatro gerações e, neste momento, possui
cerca de mil hectares de vinha.
Ao longo do tempo, apesar das
crises com que o sector se debateu nunca deixou de produzir
vinho, mesmo quando outras
famílias, também, de origem
anglo-saxónica abandonaram a
região e os negócios que ali
mantinham.
Paul Symington, gestor principal da actividade da empresa
familiar explica que “nós não, a
nossa vida é cá, não temos refúgio em mais país nenhum” e, no
seu entender,” essa é a grande
diferença dos Symington em re-
lação às outras famílias britânicas em Portugal”.
Paul Symington reconhece
que assistiu àquelas que podem
ter sido as maiores mudanças
verificadas no Douro e na produção do vinho do Porto e que
protagonizou muitas delas.
A mais determinante, em seu
entender, “foi talvez a da renún-
cia da família à tradicional permanência em Gaia, longe das vinhas e se hoje isso parece trivial
para os proprietários, há uma
geração não era comum ir ao
Douro ou acompanhar os lavradores”.
Hoje, a “Symington” é proprietária de três dezenas de quintas
espalhadas por toda a RDD.
18
AGOSTO 2013
LOURES
U
TROFA
Q
Salvamento no rio
uatro elementos dos Bombeiros Voluntários da
Trofa liderados por um deles, Hugo Correia, a
que se juntaram, mais cinco, com duas viaturas e
uma embarcação, protagonizaram o resgate de
uma septuagenária do leito do rio Ave.
O alerta recebido no quartel dos Voluntários da
Trofa era para o resgate de um cadáver. Mas, chegados ao local os bombeiros rapidamente se aperceberam que, afinal, o corpo que se julgava ser
cadáver, ao contrário, estava vivo mas a precisar
de cuidados urgentes.
Ao acercarem-se do corpo, em local de difícil
acesso nas margens do Ave, os bombeiros verificaram que, apesar da lividez e aparente imobilismo,
afinal a idosa evidenciava sinais de vida. Hugo
Correia lançou-se então ao rio com uma boia para
prestar o socorro e, com o apoio dos colegas, resgataram a septuagenária do rio ainda viva mas em
estado de hipotermia a exigir cuidados médicos.
Após o resgate, transportaram a idosa, utente
do Lar da Misericórdia da Trofa, para o hospital de
Famalicão de onde, mais tarde, foi re-encaminhada para outra unidade hospitalar.
No final, segundo nos relatou o 2.º comandante,
e comandante em exercício dos Voluntários da Trofa, Filipe Coutinho, o bombeiro Hugo Correia manifestava a enorme satisfação em ter proporcionado
o bem sucedido resgate da idosa, com o apoio dos
seus colegas.
Parto na ambulância
m alerta recebido, no dia 23 de julho, na central dos Bombeiros Voluntário de Merceana, levou os bombeiros Telmo Lobo e Sérgio Reis, ao
lugar da Aldeia Gavinha com propósito
de transportar uma parturiente ao
hospital.
A viagem acabou por ser interrompida, porque o bebé decidiu nascer antes de chegar à unidade de saúde, na
ABSC02 dos Voluntários da Merceana.
Os bombeiros realizaram o parto com
sucesso, tendo depois recebido apoio
da equipa médica da VMER de Torres
Vedras.
Com emoção e sentimento de dever
cumprido, esta missão gratificante
para estes soldados da paz terminou
no hospital de Vila Franca de Xira.
Sérgio Santos
O
Peregrinos recebem apoio
s Bombeiros de Barcelinhos
acompanharam os peregrinos que subiram ao Santuário
de Nossa Senhora da Franqueira, naquela que é uma das manifestações marianas mais importantes do Arciprestado de
Barcelos e do Minho.
A corporação de Barcelinhos
prestou como habitualmente
apoio – logístico e de socorrismo – aos milhares de devotos
vindos de todo o país, determinados no cumprimento das
suas promessas ou apenas pela
força da tradição.
Segundo o comandante José
Beleza, esta foi mais uma mis-
são bem sucedida, sublinhando
que “tudo decorreu dentro da
normalidade”, Esta operação
envolveu cerca de meia centena
de operacionais e também a alguns dirigentes da instituição.
PENELA
Fotos: BV Penela
Incêndios mobilizam muitos meios
SINES
Milésima ativação
O
m grupo de bombeiros dos Voluntários de Loures protagonizou recentemente o salvamento
de um gato na sequência de um incêndio num prédio em Santo António dos Cavaleiros onde o animal se encontrava.
A informação consta da página dos Bombeiros
de Loures no Facebook, tendo o sucedido sido objeto de muitas referências elogiosas por parte dos
utilizadores dessa rede social.
De acordo a narrativa ali inserida, o facto aconteceu ao princípio da tarde durante o combate a
um fogo urbano. Encontravam-se dois gatos no
andar por cima daquele que ardeu. Tendo constatado que um dos animais já estava morto os bombeiros passaram a dar atenção ao segundo, ainda
vivo, mas em estado precário. “Este sobreviveu
depois de gastarmos uma garrafa de oxigénio”, revelaram os bombeiros na rede social, acrescentando que “os animais também devem ser salvos”. A
informação foi acompanhada da foto que reproduzimos.
A imagem arrecadou em pouco mais de dois
dias, mais de 600 “gostos” e quase 400 “partilhas”.
Esta é mais uma história de bombeiros empenhados em salvar animais, relatada com enorme
impacto nas redes sociais.
BARCELINHOS
MERCEANA
U
Bombeiros salvam gato
s Voluntários de Sines registaram no dia passado dia 4 de agosto a milésima ativação
INEM desde o início do ano, confirmando o acréscimo de serviços comparativamente a anos anteriores, sendo previsível que “este ano se batam
todos os recordes no Posto de Emergência Médica
sediado no Corpo de Bombeiros”, tendo em conta
que “no ano transato foram contabilizadas no total 1600 ativações”.
Os Bombeiros de Sines são Posto de Emergência Médica desde julho de 2009, contando com
oito tripulantes de ambulância de socorro (TAS),
uma viatura INEM e cinco reservas, todas vistoriadas pelo INEM e certificada pelo IMTT.
N
o dia 2 de agosto, um incêndio na localidade de Porto Judeus, na freguesia de Santa Eufémia, obrigou os Voluntários de Penela a enviar para o teatro de
operações cinco veículos, numa missão
bem-sucedida que contou também com o
apoio dos bombeiros de Miranda do Corvo e de um helicóptero ligeiro.
As chamas consumiram pinhal e mato
junto à estrada nacional 17-1.
Da mesma forma, os Bombeiros de Penela foram acionados para um incêndio
agrícola em Chão de Ourique, freguesia
de São Miguel, concelho de Penela.
À chegada das equipas, já se encontravam populares locais a combater as chamas que lavravam em feno e olival, mas a eficaz intervenção
dos bombeiros permitiu rapidamente debelar as
chamas.
No local estiveram 10 operacionais apoiados
por duas viaturas.
No dia 9 de agosto, este corpo de bombeiros
recebeu um outro alerta para um incêndio na freguesia da Cumieira, próximo à localidade da Venda dos Moinhos, tendo deslocado para o local quatro viaturas. O contingente foi reforçado com veículos e operacionais de Miranda-do-Corvo, Condeixa e Ansião e ainda com um helicóptero ligeiro.
A pronta intervenção permitiu às equipas dominar o fogo em 18 minutos.
19
AGOSTO 2013
CASCAIS
CARCAVELOS
D
Gestão de operações em exercício
Resgate bem-sucedido
urante uma operação de prevenção à praia, no bote de resgate e socorro “Torpedo”, dos
Bombeiros de Carcavelos, os operacionais Isabel Candeias, Pedro Mesquita e Pedro Santos,
avistaram uma embarcação de recreio em dificuldades, tendo de imediato atuado.
Segundo revelam os Voluntários de Carcavelos “a embarcação com três pessoas a bordo estava a ser arrastada pela corrente contra as rochas e o motor não trabalhava”.
Os ocupantes encontravam-se bastantes assustados, mas prontamente a ajuda chegou. A
equipa dos Bombeiros de Carcavelos rebocou o barco até ao Porto de Recreio de Oeiras e reportou a ocorrência à Policia Marítima.
RIO MAIOR
Formação com motosserras
O
Corpo de Bombeiros Voluntários de Rio Maior,
em parceria com a STHIL e o município de Rio
Maior, participou em mais duas ações de formação sobre operações com motosserras.
Nestas ações, ministradas por Sérgio Maçarico,
formador da STIHL estiveram presentes três dezenas de elementos do Corpo de Bombeiros de
Rio Maior.
ALMADA
O
Piquete aperfeiçoa técnicas
Piquete de Intervenção dos
Bombeiros de Almada, tem
vindo a realizar várias formações diárias com o intuito não
só de aperfeiçoar e agilizar o
trabalho em missões de socorro, mas também de aumentar a
capacidade técnico-tática desta
equipa, que intervém 24 horas
por dia.
Fonte do comando sublinha
que “estas formações têm vindo a demonstrar um grau elevado de operacionalidade e conhecimentos técnicos”.
Integram esta equipa o adjunto de comando Ricardo Silva, o chefe Carlos Parada, o
subchefe Mário Santos, os bombeiros de 1.ª Bruno Cabral e Eliseu Rodrigues, os bombeiros
de 2.ª Carlos Ribeiro, David
Marques, Paulo Crespim, Pedro
Azinheira, Mário Azevedo, Elson
Rodrigues e o bombeiro de 3.ª
António Azevedo.
uatro das associações do concelho de Cascais, no âmbito da formação contínua dos
seus corpos de bombeiros, promoveram um
exercício no âmbito da gestão de operações de
combate a um incêndio florestal.
Tratou-se de uma ação certificada pela Escola
Nacional de Bombeiros (ENB), no âmbito do treino operacional, envolvendo formadores daquela
instituição no domínio do SGO.
O exercício, que decorreu nas localidades de
Pisão, Murches, Vale de Cavalos e Malveira da
Serra na área de intervenção dos Voluntários de
Alcabideche, envolveu 60 elementos e 16 viaturas dos Bombeiros de Cascais, Estoril, Parede, Alcabideche e, ainda, uma brigada apeada de combate a incêndios florestais e um veículo tanque
dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses.
O exercício desenvolveu-se, desde a fase inicial
de reconhecimento e avaliação da situação, até à
fase de vigilância, passando pelos níveis estraté-
Fotos: José Palha
Q
gico, tático e manobra, englobando todas as
ações de emergência de acordo com os respetivos planos operacionais.
O exercício envolveu também o Serviço Municipal de Proteção Civil de Cascais, através da utilização da viatura de comunicações no posto de
comando, incluindo o pessoal que habitualmente
opera com o veículo.
SINES
O
Intervenção no cabo
s Bombeiros Voluntários de Sines resgataram, recentemente, um indivíduo de 20 anos
de um penhasco na zona do Cabo de Sines.
A vítima encontrava-se consciente e os trabalhos foram executados com o auxílio de maca de
resgate e contou com o apoio de meios da Administração do Porto de Sines. No local estiveram
também presentes elementos da GNR de Sines,
Capitania e VMER da Unidade Local de Saúde do
Litoral Alentejano.
Após o resgate, o indivíduo foi observado pela
equipa da VMER e transportado para a Unidade
Local de Saúde do Litoral Alentejano.
De salientar o excelente trabalho de equipa e
interoperacionalidade entre as entidades presentes, resultantes de comunicação e entendimento,
que possibilitou o rápido e eficiente resgate que
mobilizou quatro meios e 12 bombeiros.
BRAGANÇA
D
Bombeiros efetuam treino operacional
uas equipas de Bombeiros de Bragança efetuaram um treino operacional de combate a
incêndios florestais na freguesia de Aveleda, simulando, durante todo o dia, práticas de manobras comuns no combate aos incêndios florestais.
Durante a manha duas equipas trabalharam
com ferramentas manuais, abriram uma faixa
de contenção e retiraram o combustível vegetal
de forma a criar uma barreira à progressão do
incêndio sem a utilização de água. Da mesma
forma foram ainda treinados procedimentos de
segurança envolvendo trabalho com material sapador. A organização de grupo e as várias tarefas
a desempenhar foram realizadas por todos os
elementos. Estas técnicas visam uma boa preparação física, para o bom e eficaz desempenho no
combate aos incêndios.
Da parte da tarde, foram demonstradas técnicas de utilização e segurança no trabalho com
motosserras, e simulado um incêndio florestal, o
que permitiu avaliar e ajustar as manobras realizadas no decurso de um incêndio. A ação permitiu ainda testar a segurança de bens e a proteção
pessoal, no caso de a equipa ficar cercada pelo
fogo.
Refira-se que no exercício participaram estagiários, no âmbito do módulo de formação de
combate a incêndios florestais.
20
AGOSTO 2013
CABANAS DE VIRIATO
BOMBARRAL
U
Exercício mobiliza forte dispositivo
m choque entre uma viatura ligeira de passageiros, um veículo pesado de transporte de
matérias perigosas e um autocarro foi o cenário
recriado para um exercício multivítimas realizado, recentemente, no Bombarral.
O “acidente” junto da rotunda da Galp numa
das principais entradas na vila, envolvendo 40
“vítimas”, juntou centenas de populares que assistiram à intervenção “musculada” de 118 operacionais apoiados por 40 viaturas.
Neste exercício participaram os corpos de
bombeiros de Bombarral, Alcobaça, Benedita,
Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré,
Óbidos, Peniche, São Martinho do Porto e Torres
Vedras e ainda equipas do INEM, Guarda Nacional
Republicana, Exército e Serviço Municipal de Proteção Civil do Bombarral.
Sérgio Santos
ando continuidade ao plano
anual de instruções, os
Bombeiros de Cabanas de Viriato realizaram mais uma instrução, desta vez em Pardieiros,
uma localidade da freguesia de
Beijos.
Com destaque para as atividades de socorrismo, salvamento e desencarceramento,
incêndios urbanos e florestais
os Voluntários de Cabanas de
Viriato fizeram, na sede da Associação Desportiva Recreativa
e Cultural de Pardieiros, para
uma assistência de cerca de
quatro dezenas de populares.
A sessão iniciou-se com a simulação de uma
operação de estabilização de uma vítima de atropelamento seguida de resgate de outra encarcerada no interior da viatura.
Também os procedimentos de combate a incêndios foram abordados, tal como a colocação
de equipamento de proteção individual bem
como do aparelho respiratório isolante de circuito
aberto - ARICA - equipamento usado em meios
potencialmente tóxicos, com níveis reduzidos de
oxigénio. Foram igualmente demonstradas de extinção de fogo, por abafamento, com recurso a
espumífero usando agulhetas de baixa e média
expansão e extintores. À medida que os trabalhos iam sendo desenvolvidos era feita uma explicação para a população que estava a assistir.
Nesta ocasião, foram ainda apresentados quatro reforços para quartel. Ana Figueira e Ricardo
BRAGANÇA
U
N
regime de reserva. Montado o Posto de Comando
Operacional, varias equipas foram criadas para
acorrer aos diferentes cenários simulados. Foi
usado fogo real em alguns dias, e também os
métodos de combate simulados foram desenvolvidos com grande realismo
A equipa de observação dos Bombeiros de Bragança era constituída por 4 elementos, sendo estes o comandante Corpo de Bombeiros de Bragança e três elementos da EIP e GIPE.
Pessoa, Rui Loureiro e Ricardo Barros concluíram
com sucesso a formação inicial de bombeiro e estão agora em condições para servirem o lema
“vida por vida”.
Filipa Pereira (AHBVCV)
ALIJÓ
Operacionais em observação
ma equipa do Corpo de
Bombeiros de Bragança
deslocou-se, a convite da UME,
á região de Lugo, na Galiza, em
observação ao exercício real
realizado, ao longo de uma semana, pelo Batalhão de Intervenção em Emergências n.º 5
de Leon, da Unidade Militar de
Emergências Espanhola.
Este exercício incidiu sobre o
combate a incêndios florestais,
com deslocação real de meios,
atuação real de todas as valências desta unidade,
assim como um grande número de outros desafios apresentados como se de uma situação muito real se tratasse.
No dia da visita dos Bombeiros de Bragança a
ação envolvia mais de 150 operacionais no combate a um incêndio florestal, com cerca 70 meios
terrestres. Nesta simulação, os militares foram
ativados para a zona do sinistro tendo montado
acampamento num quartel militar a funcionar em
Fotos: Filipa Pereira
D
Instrução anual em Pardieiros
Objetivo: Uniformizar procedimentos
o início do DECIF 2013 a
Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) decidiu realizar diversas ações de formação para elementos dos corpos
de bombeiros, sobre procedimentos a ter na chegada ao
teatro de operações (TO) de
um incêndio florestal. Neste
domínio, o distrito de Vila Real
não foi exceção e, pelo segundo ano consecutivo, proporcionou aos corpos de bombeiros a
possibilidade de aumentar as
qualificações dos seus operacionais naquele que é sem dúvida o maior risco – o incêndio
florestal.
Tendo em conta que um dos
fatores importantes nestas
ações de formação é a sua replicação pela grande maioria
dos operacionais, neste caso,
do distrito de Vila Real, o Comandante dos Voluntários de
Alijó e formador das ações da
ANPC, José Rebelo, decidiu efetuar uma ação de formação no
concelho de Alijó com intuito de
uniformizar procedimentos e
aumentar as competências dos
bombeiros na área do combate
aos incêndios florestais.
De realçar que, segundo comandante Rebelo, “apesar das
temperaturas baixas para a altura e o facto de se realizar à
noite não desmotivou os formandos que tiveram uma presença e motivação excecional”.
BARREIRO
Simulacro no banco
LOURES
O
Heliporto testa capacidade de resposta
s Bombeiros Voluntários de Loures realizaram
recentemente um exercício de incêndio numa
aeronave que se encontrava no heliporto do Hospital Beatriz Ângelo.
As equipas de prevenção estavam de prontidão, quando a aeronave se preparava para levantar voo, deu-se um incêndio num dos motores do
helicóptero que acabou por propagar o incêndio
ao mato existente nas imediações.
Estiveram envolvidos neste exercício 17 operacionais e cinco veículos do corpo de bombeiros
voluntários de Loures.
Ao abrigo do protocolo entre a associação e a
unidade hospitalar, cabe ao quartel de Loures garantir a prevenção naquele heliporto, para tal os
bombeiros receberam, na Escola Nacional de
Bombeiros, formação certificada pelo INAC.
Sérgio Santos
O
s Bombeiros Voluntários do
Sul Sueste (Barreiro) realizaram, no âmbito do Plano de
Emergência Interno do BNPP-PF, um de simulacro de incêndio no arquivo geral desta instituição bancária, sito no Par-
que Empresarial do Barreiro
(Baía do Tejo).
Com objetivo de “testar a
capacidade de intervenção do
Corpo de Bombeiros do Sul e
Sueste na resposta a situações
reais que possam ocorrer nes-
tas instalações. Este exercício
envolveu sete operacionais,
comandados pelo subchefe Pedro Ferreira, um veículo urbano de combate a incêndios
(VUCI) e uma ambulância de
socorro.
21
AGOSTO 2013
OLIVEIRA DO BAIRRO
V
CASCAIS
Grande ângulo em treino conjunto
Escoramento e desobstrução
ários elementos dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro participaram recentemente no polo de formação
dos Voluntários de Vagos numa
ação de formação de técnicas
de escoramento e desobstrução.
A ação decorreu entre abril e
maio últimos ao longo de 50
horas e, no final, os participantes consideraram-na importante já que, por um lado, permitiu
evoluir por áreas de formação
ainda incomuns e, por outro, investir na interação entre operacionais de corpos de bombeiros
diversos.
A formação debruçou-se, em
particular, no escoramento de
estruturas em pré-colapso, desobstrução em estruturas colapsadas, progressão em espaços confinados, abertura de
acessos em estruturas urbanas
para a extração e salvamento
de vítimas e ainda o escoramento e resgate em valas ou
trincheiras.
BOMBARRAL
A
especialidade de intervenção em grande ângulo é justificada pelas circunstâncias em
que muitas vezes os bombeiros
precisam de intervir para socorrer em locais de difícil acesso,
seja em edifícios, em arribas ou
outras situações em que seja
necessário vencer desníveis
acentuados.
Os Bombeiros Voluntários de
Cascais dispõem de um número muito significativo de operacionais com essa especialidade. Mas a vontade destes, e
dos novos elementos chegados
ao corpo de bombeiros, é de
treinar em conjunto e associar
a essa ação os novos formandos. Pretendem assim, não só
alargar numericamente o número de especialistas naquela
área como intensificar e melhorar a sua capacidade de intervenção.
Recentemente dois dos especialistas em grande ângulo,
chefe Mário Chapelas e sub-chefe Ana Cristina Santos, desenvolveram mais uma ação de
formação que decorreu nas arribas marítimas, primeiro na
chamada Pedra do Sul, junto a
S. Pedro do Estoril, e na conhecida Boca do Inferno, em Cascais. Em ambos os locais e outros contíguos os bombeiros
tem sido chamados muitas vezes a intervir, seja na remoção
de cadáveres caídos nas arribas
ou no socorro a cidadãos vítimas de queda nos mesmos locais, e cujas lesões e sequelas
sofridas exigem uma ação especial e pluridisciplinar.
PENELA
s Bombeiros de Penela estão a requalificar os espaços exteriores dos edifícios da
associação. Para além do embelezamento esta intervenção
visa também a consolidação
dos terrenos da fachada norte.
O “Quartel de Penela + Verde”, segundo o bombeiro João
Palrinhas, técnico superior de
Ecoturismo, é um projeto que
compreende três focos distintos: a beneficiação da fachada
sul, da fachada norte e promoção junto dos bombeiros do
apadrinhamento de árvores de
fruto.
Na fachada sul foram plantadas sebes, (escallonia rubra), com o intuito de criar
uma barreira visual para as
garagens recém-construídas,
já que “têm um aspeto arquitetónico industrial o que desarmoniza com o restante edifício em tijolo nu”.
Na fachada norte, após realização de desaterro, construção de muros e melhoramento
da barreira diminuindo o seu
Foto: BV Penela
O
“Quartel + Verde”
declive,
foram
colocadas
“plantados Juníperos Rastejantes (amarelos e verdes),
Juniperus horizontalis, e Alecrim, Rosmarinus officinalis,
porque têm uma forte e densa
propagação horizontal. É bonito e garante a sustentação de
terras”.
Plantar um pomar, com toda
a cumplicidade dos padrinhos-bombeiros, é propósito maior
deste projeto.
“Espera-se que cada bombeiro plante e cuide da “sua”
árvore”, diz-nos o 2.º comandante dos Bombeiros de Penela, António Simões Lima.
Tendo em conta ser este
“um plano algo dispendioso e
moroso, vai tardar a concluir,
talvez alguns poucos anos,
mas no final os “frutos” deste
trabalho vão estar incluídos na
alimentação dos piquetes e vai
até ser interessante ver os
bombeiros a trocarem produtos entre si”, acrescenta o responsável operacional.
Sérgio Rodrigues
“U
Sonho concretizado
m dia histórico para a associação” foi assim que o
presidente da direção se referiu
ao dia 29 de junho, data da
inauguração do novo quartel da
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de Bombarral.
Há décadas que soldados da
paz e populações acalentavam
o sonho de dotar o corpo de
bombeiros de uma nova casa, o
que foi assinalado em festa com
iniciativas várias nomeadamente, o descerramento uma placa
alusiva ao lançamento da primeira pedra a bênção do edifício, onde o presidente da direção, José França, entregou simbolicamente uma chave do
quartel ao comandante Pedro
Lourenço.
A placa da inauguração foi
descerrada pelo secretário de
Estado do Administração Interna, Filipe Lobo D’Ávila e pelo
presidente da câmara municipal
do Bombarral, José Manuel
Vieira.
O moderno parque de viaturas do quartel albergou os convidados e população para a sessão solene, que incluiu a promoção dos soldados da paz na
carreira de bombeiro voluntário
e ainda a imposição de medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses por 5, 10, 15, 20 e 25
anos de serviço à causa do voluntariado.
José França, frisou que o
novo quartel “que quase chegou a parecer uma miragem é
fruto de um percurso difícil que
esta e outras direções tiveram
de trilhar”, agradecendo dessa
forma a todos os que se envolveram neste projeto que é “de
toda a comunidade bombarralense”.
Partilhando os agradecimentos e esforço de todos os que
tem contribuído para a modernização e operacionalidade do
corpo de bombeiros, o comandante Pedro Lourenço sublinhou
o trabalho dos seus operacionais, transmitindo-lhes palavras de apreço e motivação.
A nova estrutura operacional
resulta de um investimento superior a 1 milhão de euros, sendo financiado pelo QREN em
676 mil euros, sendo que a autarquia disponibilizou 150 mil
euros e a cedência do terreno e
garantiu os trabalhos de arranjos exteriores.
Associaram-se, também, a
esta festa o Diretor Nacional de
Recursos de Proteção Civil da
ANPC, José Santos Teixeira; o
vice-presidente da Liga dos
Bombeiros Portugueses, Rodeia
Machado; o comandante Mário
Cerol, presidente da Federação
dos Bombeiros do Distrito de
Leiria; representantes da GNR,
do Exército e de associações
congéneres.
Sérgio Santos
22
O
AGOSTO 2013
MORA
CASCAIS
Área operacional recebe ampliação
Balanço positivo
quartel dos Voluntários de
Mora recebeu, recentemente, obras de ampliação, que
permitiram dotar o corpo de
bombeiros de uma nova área
operacional, a concretização de
um sonho antigo há muito adiada, mercê de um processo bastante moroso, mas que finalmente foi desbloqueado.
Esta obra representou um investimento de 378611,68€,
tendo a associação recebido
uma comparticipação de 85 por
cento do QREN/POVT.
A cerimónia iniciou-se com o
hastear das bandeiras, seguida
da promoção a bombeiros de
3.ª dos estagiários Cristiano
Chaveiro, Patrícia Carvalho, Pedro Coelho, Tânia Alves e Tiago
Coelho do Corpo de Bombeiros
Voluntários de Mora, Ana Canha, Cátia Beira, Filipa Nobre,
Lara Borralho e Pedro Charrito,
do Corpo de Bombeiros de Arraiolos e Fábio Batista e Ruben
Filipe dos Voluntários de Vendas
Novas, que concluíram a formação inicial de bombeiro e respetivo estágio. Do Corpo de Bombeiros de Mora foram ainda promovidos, a chefe, Sérgio Calhau, e a bombeiro de 1.ª,
Carlos Fernandes.
Na mesma cerimónia, foram
ainda condecorados com medalhas da Liga de Bombeiros
Portugueses o adjunto de co-
mando Vítor Dias. os bombeiros de 1.ª José Caeiro, Luís Calhau, o bombeiro de 2.ª Rita
Casanova e bombeiro de 3.ª
José Alvega.
Para além do presidente da
Câmara Municipal de Mora, Luís
Simão de Matos, marcaram
presença nesta cerimónia, entre muitas outras individualidades, o Comandante Operacional
Distrital, José Ribeiro; o vice-
-presidente do conselho executivo da Liga de Bombeiros Portugueses, Adriano Capote; o
presidente da Federação dos
Bombeiros do Distrito de Évora,
Inácio Esperança; o presidente
do ARS Alentejo, José Robalo; o
comandante do Posto Territorial
de Mora da Guarda Nacional Republicana, Sargento Contador e
o cónego padre Mário Tavares
de Oliveira, pároco de Mora.
BATALHA
A
Serviço de transporte reforçado
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários do
Concelho da Batalha adquiriu
recentemente mais uma ambulância de transporte múltiplo
(ABTM). A nova viatura destina-se a reforçar a capacidade de
resposta da instituição, nomeadamente, no transporte de
doentes de hemodiálise.
Para a presidente da direção,
Fátima Lucas, “ com esta nova
aquisição, a associação terá ao
dispor da população um serviço
mais eficaz procurando sempre
o socorro e o bem-estar de to-
dos aqueles que nos procuram”.
O
s Bombeiros Voluntários de
Cascais fazem um balanço
positivo da intervenção da
mota do INEM posicionada no
seu quartel há mês e meio, fruto da parceria estabelecida entre as duas entidades.
A instituição sublinha que
essa situação tem constituído
um investimento de massa crítica na própria instituição e um
reforço da intervenção qualitativa no pré-hospitalar “ pela
qual temos lutado desde sempre”.
A mota com um tripulante
está sediada no quartel e é
acionada diretamente pelo
INEM, em muitas situações
conjuntamente com a ambulância INEM operada pelos Voluntários de Cascais.
“O facto dos tripulantes do
INEM aqui presentes serem ou
terem sido bombeiros constitui
também uma mais valia no desenvolvimento interno de novas competências”, assegura a
fonte do comando.
Os Voluntários de Cascais e
os de Matosinhos-Leça são, até
agora, as únicas associações de
efeito com o apoio da Câmara
de Cascais e onde passará a ser
garantido à população de Bolama, pela primeira vez, um consulta semanal de estomatologia.
Para o vice-presidente da
instituição, Vitor Neves, “ esta
iniciativa associa-se a outras
que temos desenvolvido com o
apoio do nosso colega de direção e vereador Alexandre Faria
e que tem permitido satisfazer
algumas necessidades básicas
das populações de Bolama com
meios nossos, excedentários
mas em funcionamento pleno,
e que estão longe de estar obsoletos”.
ARRAIOLOS
O
VUCI ao serviço da comunidade
s Bombeiros de Arraiolos,
receberam no passado dia 7
de Julho de 2013 um Veiculo
Urbano de Combate a Incêndios
– VUCI, adquirido através de
candidatura da Instituição ao
Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) com o
apoio da Câmara Municipal de
Arraiolos.
Este veiculo vai permitir uma
maior eficácia na resposta aos
fogos urbanos e industriais. De
fato e devido ás características
de que se reveste a malha urbana do Concelho de Arraiolos, principalmente na
sua sede, vai permitir uma mais célere e eficaz
intervenção em caso de incêndio, acidente ou outra missão da área de intervenção dos bombeiros.
Trata se de um veículo moderno, bem apetrechado, dotado de equipamentos e ferramentas
MARCO DE CANAVEZES
O
bombeiros a colaborar com o
INEM neste domínio.
Entretanto, os Bombeiros de
Cascais vão dar continuidade à
cooperação que têm mantido
com a cidade de Bolama, na
Guiné-Bissau, através da Câmara Municipal de Cascais e da
Associação Pró-Bolama. Em setembro, num contentor a enviar para aquele país segue um
gabinete de estomatologia
completo bem como outro
equipamento médico oferecido
pelos Voluntários de Cascais,
resultado do encerramento recente do seu posto clínico. O
equipamento vai ficar instalado
num edifício adaptado para o
Avaria
dita investimento
s Bombeiros Voluntários de Marco de Canavezes procuram uma ambulância de socorro
usada em bom estado de conservação e “disponível para venda por um valor compatível”.
Os Voluntários do Marco de Canavezes são o
único corpo de bombeiros do concelho assegurando o socorro a uma população estimada em
mais de 53 mil pessoas, a partir do seu quartel
- sede e de duas secções destacadas.
A braços com uma gravíssima situação financeira, a associação foi confrontada nos últimos
dias com mais uma despesa imprevista, uma
avaria grave no motor de uma das suas ambulâncias de socorro. A complexidade e o custo da
reparação, a par da idade e da muita quilometragem da viatura aconselhariam à aquisição de
uma nova. Contudo, não havendo condições
para isso, solicitaram a colaboração do “BP” na
divulgação do seu pedido.
que permitirão obter um melhor desempenho nas
missões confiadas aos bombeiros, traduzindo-se
na mitigação de danos em pessoas e bens, podendo também intervir em acidentes viação dado
estar equipado com moderno material de Salvamento e Desencarceramento .
ARGANIL
Quartel ganha posto de comando
A
frota dos Voluntários de Arganil foi reforçada com um
posto de comando operacional,
que dispõe de sala de comunicações, estação meteorológica,
rede informática, um sistema de
vídeo que permite projetar cartas militares, arquivos do Google Earth, previsão meteorológica,
telefone e ligação à internet.
Este meio, complementar ao sistema de gestão de operações, é um
projeto pioneiro do Corpo de Bombeiros de Arganil, com amplitude de
atuação no interior do distrito de
Coimbra.
O posto de comando funciona
como órgão diretor das operações
no local da ocorrência, que permite
apoiar o responsável das operações,
tendo com funções genéricas a recolha e o tratamento operacional das
informações, a preparação das
ações a desenvolver, a formulação e
a transmissão de ordens, diretrizes
e pedidos e ainda o controlo da execução das ordens, a manutenção
das capacidades operacionais dos
meios empregues e a gestão dos
meios de reserva.
O euipamento, adquirido pelos
Voluntários de Arganil, poderá ser
utilizado nos incêndios florestais e
industriais, acidentes rodoviários,
ou “em outros cenários, que pela
sua duração, complexidade ou dimensão” exijam este apoio operacional.
23
AGOSTO 2013
SERPINS
A
Comemorações em casa nova
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Serpins inaugurou no dia 28 de julho um moderno
e operacional quartel, por ocasião do
20.º aniversário da instituição.
“Havia uma necessidade premente
de dar condições adequadas aos bombeiros”, e passados 18 anos terminou o
projeto do novo quartel que permite
garantir “aos operacionais excelentes
condições para melhor servir as populações”, como referiu o presidente da
direção Fernando Carvalho.
O dirigente deixou ainda agradecimentos a toda a comunidade, à autarquia da Lousã e demais entidades que
contribuíram para a concretização
deste sonho.
O novo equipamento foi construído
numa área de 14 mil metros quadrados, contemplando três áreas: operacional, logística e administrativa.
A importância da formação contínua
no corpo de bombeiros foi sublinhada
na intervenção do comandante Rui
Costa, empenhado em reforçar a ges-
tão operacional com o aumento progressivo de jovens no corpo de bombeiros. O mesmo responsável disse
ainda que os meios existentes são os
necessários para a atividade desenvolvida e terminou a sua intervenção
com enormes elogios ao corpo ativo
pela sua disponibilidade e entrega na
missão de salvar vidas e a união existente na família dos voluntários de
Serpins.
O novo quartel teve um investimento de 610 mil euros, sendo comparticipado em 85 por cento pelo QREN, e o
restante foi suportado pela associação, junta de freguesia de Serpins e
Câmara Municipal da Lousã.
Durante a cerimónia, o presidente
da direção bem como outros elementos dos órgãos sociais foram ainda entregues medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) a alguns solda-
dos da paz, sendo ainda alvo de distinção honorífica pelo mérito na vida
associativa da instituição.
Entre as entidades convidadas, destaca-se a presença do diretor nacional
de bombeiros, Pedro Lopes, do presidente da autarquia da Lousã, Luís An-
tunes, o presidente do conselho executivo da LBP, Jaime Marta Soares, o comandante distrital Carlos Tavares e o
presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra, comandante António Simões.
Sérgio Santos
BARREIRO
Associação assinala 119.º aniversário
A
s celebrações do 119.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste (Barreiro), tiveram como ponto alto a
inauguração de um Veículo Tanque Tático Florestal (VTTF), com
o nome do diretor do Parque
Empresarial do Barreiro (Baía do
Tejo), Eng. Condinho de Araújo,
numa “merecida e sentida homenagem a uma das pessoas a
quem a associação deve a génese do processo conducente à
instalação do corpo de bombeiros no atual quartel”.
Na sessão solene comemorativa da efeméride, o comandante Acácio Coelho sublinhou a sintonia existente entre a direção e
o comando, em especial no que
concerne à política de investi-
mentos, manutenção e gestão
de recursos materiais, humanos
e financeiros, com reflexos visíveis no crescimento e na consolidação da capacidade operacional, muitas vezes posta à prova
ao serviço do Barreiro e dos barreirenses, do distrito de Setúbal
e do país.
Na ocasião, o presidente da
direção, Eduardo Correia, referiu-se “à firme convicção de que
a população sente nos seus
bombeiros um esteio de segurança, o apoio e a capacidade de
intervenção que se desmultiplica
por 365 dias, 24 horas por dia,
sem férias, sem feriados, nem
tão-pouco fins de semana, em
que o dia é igual à noite “.
Eduardo Correia referiu-se ao
comando enaltecendo “a nova
forma de gerir, o empenho, a dedicação, a visão, a astúcia e o
profundo conhecimento da realidade “bombeiros” que a equipa
evidencia”, deixando ainda elogios aos “bombeiros que se orgulham de envergar a farda “Sul
e Sueste” e se esforçam por chegar mais longe, com mais e melhor competência e profissionalismo, sendo disso testemunho
as mais de 12.000 horas de formação realizadas em menos de
um ano, com particular destaque para o investimento levado
a cabo pela associação na qualificação de Tripulantes de Ambulância de Socorro (TAS)”.
Foram ainda entregues Diplomas de Reconhecimento – Serviço Operacional aos bombeiros
com o maior número de horas de
Formação e de Piquete em 2012,
tendo o 2.º Comandante Caetano Beja e o chefe Fernando Moita recebido louvores do comandante e da direção pelo empenho e dedicação na fase de transição de comando ocorrida há
cerca de um ano.
No decurso da cerimónia, foram ainda condecorados vários
bombeiros com as Medalhas de
Assiduidade da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste e da Liga
dos Bombeiros Portugueses e
promovidos 7 bombeiros de 3ª e
4 de 1.ª.
O dia ficou, no entanto, marcado pela inauguração do Veículo Tanque Tático Florestal
(VTTF), uma viatura foi completamente carroçada nas oficinas
da Associação, representando
uma mais-valia para a operacionalidade do Corpo de Bombeiros
em matéria de combate a incêndios em espaços naturais.
As juntas de freguesia de Palhais, Santo André e Santo António da Charneca presentearam a associação com um GPS
profissional para instalar num
dos Veículos de Comando Operacional Tático (VCOT 03), um
manequim pediátrico para a formação no domínio da saúde e
um capacete de combate a incêndios urbanos e industriais
que será utilizado pelos bombeiros estagiários durante a fase
operacional da sua formação.
Por seu turno a junta do Lavradio disponibilizou uma verba
destinada à comparticipação na
aquisição de um Desfibrilhador
Automático Externo (DAE) para
instalação numa das ambulâncias de Socorro do corpo de
bombeiros.
A sessão, cuja abertura coube
ao presidente da mesa da assembleia geral, comandante
Aníbal Luís, foi presidida pelo
presidente da Câmara Municipal
do Barreiro, Carlos Humberto de
Carvalho e contou com a presença, entre outros, da Comandante Operacional Distrital de Setúbal, Patrícia Gaspar, do secretário da Mesa dos Congressos da
Liga dos Bombeiros Portugueses, António Marques e do secretário técnico da Federação
dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, comandante Rui Laranjeira.
24
AGOSTO 2013
GUARDA
O
presidente da Liga dos
Bombeiros
Portugueses
(LBP), comandante Jaime Soares, criticou na Guarda a inflexibilidade do INEM relativamente
à intervenção dos bombeiros no
âmbito do pré-hospitalar ao
exigir uma triagem que as condições nem sempre permitem e
que acaba por poder penalizá-los financeiramente.
O comandante Jaime Soares
falava na sessão solene comemorativa do 137.º aniversário
dos Bombeiros Voluntários Egitanienses, momentos antes de
proceder à atribuição do crachá
de ouro da LBP ao chefe António
José Neves Matas, depois de 36
anos de bons serviços à causa.
O ministro da Administração
Interna, Miguel Macedo, por seu turno,
condecorou o estandarte da associação
com a medalha de mérito protecção e socorro, grau ouro e distintivo azul.
A cerimónia seria ainda assinalada com a
denúncia, pelo presidente da direção da
instituição, Luís Borges, de uma dívida de
155 mil euros da Câmara Municipal da
Fotos: O interior
Presidente da LBP critica INEM
Guarda para com os bombeiros, precisando
que “há dois anos que a Associação não recebe nenhuma verba da Câmara da Guarda”.
O vice-presidente da edilidade, Victor
Santos, assumiu a dívida mas lamentou
que o presidente da direção tenha levantado ali a questão quando, em seu entender,
o assunto já foi debatido entre as duas partes.
A cerimónia ficou ainda marcada pela assinatura do contrato de fornecimento de
uma viatura multifuncional cuja aquisição é
apoiada pelo QREN e pelo anúncio da chegada de duas novas ambulâncias em Setembro.
MEALHADA
“Temos vontade de combater os fogos da vida”
O
s Bombeiros da Mealhada
assinalaram 86 anos com
um programa repleto de atividades.
Assim, depois da celebração
da eucaristia, na solenidade de
Sant’Ana, padroeira da Mealhada e da associação, em memória dos bombeiros, membros
dos órgãos sociais e associados
falecidos, realizou-se um simulacro de desencarceramento
com demonstração dos meios
operacionais da corporação,
seguido da sessão solene iniciada com a deposição de uma
coroa de flores no monumento
ao bombeiro.
“Recordamos assim todos os
bombeiros e elementos dos órgãos sociais dos Bombeiros da
Mealhada que passaram por
esta associação”, começou por
dizer Nuno Castela Canilho,
presidente da direção dos Voluntários da Mealhada, antes
do minuto de silêncio e a sirene
do quartel “chorar” pelos desaparecidos.
Já no pavilhão Dr. Mário Saraiva, no quartel, foi Nuno da
Silva Salgado, presidente da
mesa da assembleia geral, a
prestar “homenagem à figura
do bombeiro que se encontra
omnipresente em muitas situações desta vida. Herói, mas
muitas vezes esquecido em situações normais, mas que põe
em risco a própria vida sem
exigir nada em troca”, conforme declarou o juiz conselheiro
jubilado, que de seguida fez
um resumo alargado da história mundial do aparecimento
dos bombeiros e em particular
dos Bombeiros da Mealhada e
suas datas importantes, nomeadamente, a inauguração
do novo quartel há duas décadas.
“Os bombeiros estão entregues aos donativos dos cidadãos”, lembrou, apelando à solidariedade.
“Hoje para mim é um grande
dia de festa, mas também de
tristeza, porque recordo muitos
que já partiram”, disse na ocasião. Henrique Santos Silva,
bombeiro do quadro de honra e
o mais antigo da associação,
que, dirigindo-se ao corpo ativo, sublinhou que lema dos
bombeiros “é dar a vida pela
vida”.
Joaquim Valente de Oliveira,
2.º comandante em regime de
substituição, na sua intervenção, agradeceu “à direção que
se preocupa muito com os
bombeiros” e a todos os soldados da paz que servem o quartel.
“Festejamos este aniversário
em fraternidade e unidade”, começou por dizer Nuno Castela
Canilho, que depois de recordar
os nomes fundadores, agradeceu às inúmeras entidades e
aos 2700 associados que
apoiam os Bombeiros da Mealhada,
“Poucos meses depois de
termos tomado posse, renovamos o nosso compromisso de
serviço. Comprámos um gerador que garante a autonomia
energética no quartel, uma
nova central telefónica, iniciámos os trabalhos de beneficiação do quartel e prosseguimos
com a angariação de fundos
para a aquisição de uma ambulância de socorro”, disse o dirigente, em jeito de balanço da
atividade desenvolvida pela
equipa que preside.
“Temos vontade de combater
os fogos da vida”, disse, acrescentando “Tenho muita pena,
mas não tenho razões para deixar palavras de pessimismo ou
de grande angústia. Bem sei
que nem um discurso é discurso em Portugal se não tiver lamúrias e queixumes, e lamentos e choradinhos. Mas nós não
somos assim. Temos as nossas
preocupações – que são muitas
– mas hoje não é dia de as referir. Herdámos uma associação equilibrada financeiramente. Temos lutado contra os lobis
nacionais de transporte de
doentes. Temos combatido a
crise económica e o desinvesti-
mento nacional nas associações de Bombeiros. Temos procurado combater sensibilidades
e defeitos internos, melhorando serviços e construindo melhores soluções. Procuramos
compreender os desafios do
novo voluntariado nacional – o
que vai superar o actualmente
vigente que está esgotado e
apodrecido”, concluiu o presidente da direção.
José Gomes da Costa, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro,
“homenageou todos os que
passaram por aqui nos últimos
oitenta e seis anos”.
“Oitenta e seis anos são uma
bonita idade. Significa sabedoria e muito trabalho”, garantiu,
por sua vez Carlos Cabral, presidente da Câmara da Mealhada, declarando que “Portugal
sem os bombeiros voluntários
não seria o mesmo país”.
“A Câmara da Mealhada, nos
últimos anos, teve sempre uma
preocupação permanente para
com os bombeiros. Espero que
o próximo executivo supere o
que fizemos até aqui. Se isso
acontecer, os bombeiros podem ficar descansados”, disse o
autarca.
Mónica Sofia Lopes
25
AGOSTO 2013
ALCOENTRE
A
passagem do 77.º aniversário
da Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de Alcoentre ficou marcada pela imposição
do Crachá de Ouro da Liga dos
Bombeiros Portugueses ao estandarte da instituição.
Depois dos soldados da paz
acolheram as entidades convidadas, o salão nobre acolheu a sessão solene, na qual o comandante
Instituição recebe distinção
Jacinto Abreu enalteceu a entrega
dos homens e mulheres que servem o lema “Vida por Vida”, lamentando de seguida as dificuldades sentidas na captação de jovens para esta nobre missão,
para reforçar e garantir maior
operacionalidade ao quartel.
Por sua vez, o presidente da direção Jorge Fernandes saudou os
associados, autarquia da Azam-
buja e outras entidades que têm
apoiado a instituição. O dirigente
abordou ainda a questão do
transporte de doentes, cuja recente alteração está a a ter repercussões nefastas na obtenção de
receita e criar desequilíbrios de
tesouraria.
A cerimónia contemplou ainda
a atribuição de medalhas da LBP e
da associação por 15 e 20 anos de
serviço aos soldados da paz. Tam-
bém alguns elementos da banda
filarmónica foram agraciados.
Marcaram presença na sessão,
entre outras individualidades, o
vereador da câmara municipal da
Azambuja, Silvino Lúcio; o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares; o 2.º comandante distrital André Fernandes e o comandante municipal Pedro Cardoso.
Sérgio Santos
VOUZELA
Mais três viaturas operacionais
T
rês novas viaturas operacionais foram benzidas no
decurso das comemorações do
128º aniversário da Associação
Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Vouzela, adquiridas com apoio comunitário
(QREN).
Tratou-se de um veículo de
salvamento e apoio especial
(VSAE), um autotanque com
capacidade para 12.500 litros;
e um veículo de transporte de
doentes.
Foram ainda divulgados, um
kite de neve composto por
uma pá limpa-neves automatizada e espalhador de sal aco-
plada numa viatura, os equipamentos de proteção individual
e a contratação de seguros de
saúde para todos os bombeiros.
A aquisição das 3 viaturas,
além da comparticipação comunitária, representou um investimento de cerca de 100 mil
euros para a instituição.
O trabalho, a dinâmica e a
excelente relação entre direção
e comando foram enaltecidos
nos discursos durante a sessão
solene, quer pelo presidente da
Câmara Municipal, Telmo Antunes, do vogal do conselho executivo da Liga dos Bombeiros
Portugueses, comandante José
Requeijo, e do presidente da
Federação Distrital de Bombeiros de Viseu, Rebelo Marinho.
Na oportunidade, o presi-
dente da direção dos Voluntários de Vouzela, Carlos Lobo,
afirmou que “a Associação vive
de objetivos e além de continuar a querer equipar os bom-
beiros temos também o desejo
de rapidamente conseguir realizar obras para recuperar e
melhorar o quartel sede”.
Durante a cerimónia come-
morativa foi também prestada
homenagem ao anterior comandante distrital de operações de socorro da ANPC, César Fonseca.
VISEU
Quartel recebe reforços
A
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Viseu
aproveitou a passagem de mais um aniversário com a promoção de 23 estagiários a bombeiros de 3.ª e a inauguração de três
novas viaturas operacionais.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), por proposta da associação, atribuiu o crachá de ouro ao presidente e ao vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Rua e Américo Nunes.
O presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, procedeu à
sua entrega.
Os novos bombeiros receberam capacetes (Gallet F1) oferecidos
pelo governo suíço, fruto dos contactos estabelecidos pela direção
e comando nesse sentido.
As três viaturas inauguradas são, um veículo de combate a incêndios florestais (VFCI), adquirido através do QREN e com o apoio
da Câmara Municipal de Viseu, um chassis “Renault” oferecido pela
empresa Auto-Reparadora da Muna, e um veículo de comando
(VCOT) adquirido pela associação.
A cerimónia contou com as presenças, além dos homenageados
e do presidente da LBP, do presidente da Federação de Bombeiros
do Distrito de Viseu, Rebelo Marinho, edo comandante distrital da
ANPC.
26
AGOSTO 2013
AMARES
Fénix de honra no 104.º aniversário
A
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Amares comemorou no passado
dia 5 o seu 104.º Aniversário.
Conforme previsto, o programa iniciou-se com a inauguração do monumento de homenagem ao Bombeiro Voluntário de
Amares por parte da Autarquia,
“que calou bem fundo junto de
toda a estrutura dos Bombeiros
Voluntários de Amares” conforme nos referiu o presidente da
direção, José Gonçalves.
O monumento não reproduz
o tradicional busto de um bombeiro, mas sim uma estrutura
em ferro forjado dinâmica que
quer mostrar nas suas interligações o salvamento feito por um
bombeiro.
Após a inauguração do monumento, foi deposta uma coroa de flores pelos presidentes
da Câmara, da Assembleia Municipal e da direção da associação, em homenagem aos bombeiros e dirigentes já falecidos.
As cerimónias prosseguiram
frente ao quartel, com a entrega de medalhas de assiduidade.
“Foi uma cerimónia que se torna sempre muito bonita e dinâmica porque são os familiares
ou amigos que colocam as respetivas medalhas aos bombeiros agraciados”, comentou-nos
o presidente dos Voluntários de
Amares.
Seguiu-se a entrega por parte da Liga de Bombeiros Portugueses da Fénix de Honra a assinalar o facto da instituição ter
perfeito os 100 anos de existência. A atribuição foi feita
pelo comandante José Morais,
vogal do conselho executivo da
Liga. A par desta distinção, a
Câmara Municipal de Amares,
deliberou atribuir à associação
a medalha de ouro do concelho
por altura do seu centenário,
fazendo nesta data a sua entrega.
Segundo, o presidente da direção, “foram dois altos galardões que a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários
de Amares recebeu e que tornaram o seu estandarte muito
mais rico e valioso”.
Antes da sessão solene, a di-
reção, através do seu presidente, fez um agradecimento público, a Jorge Miranda, emigrado
na Suíça, com a entrega de um
capacete em vidro, e ao bombeiro Armindo Fernandes com a
entrega de um diploma de reconhecimento e de nomeação
como sócio honorário e benemérito.
Já no decurso decorrer sessão solene, a Liga dos Bombeiros Portugueses, por proposta
da direção dos Bombeiros Voluntários de Amares, atribuiu o
alto o crachá de ouro à Câmara
Municipal de Amares, ao Chefe
31, Armandino Dias, e ao Bombeiro de 1.ª, n.º 19, José Antunes.
Também por proposta da direção dos BVAmares, a Liga dos
Bombeiros Portugueses atribuiu
a medalha de serviços distintos
– grau ouro – às empresas, Alumínios Ibérica SA, Painel 2000
SA, Intermarché, Transportes
Rendufenses, Transportes TJM e
Brunotir, Mário Adriano Ribeiro
Gonçalves. Também foram
agraciados com a mesma medalha o comendador Manuel
Teixeira e a sua esposa, Rosalina Machado Teixeira. Foram
ainda entregues diplomas de
agradecimento a várias pessoas
e empresas que colaboraram na
realização das cerimónias do
Centenário.
Seguiu-se a missa solene de
homenagem a todos os bombeiros e dirigentes que já faleceram, e que foi celebrada pelo
reverendíssimo padre Jorge.
Para finalizar, e como já tem
sido habitual realizou-se um
desfile de todas a viaturas do
Corpo de Bombeiros de Amares
com crianças de todo o concelho, perante o entusiasmo e
participação da população de
Amares.
FÁTIMA
Associação assinala uma década de socorro
O
s Bombeiros Voluntários de Fátima comemoraram recentemente uma década de vida ao serviço das populações locais já como
associação autónoma.
Durante a sessão solene que se seguiu à cerimónia em parada, o
comandante Gaspar dos Reis, foi o primeiro a usar da palavra para
enaltecer o trabalho desenvolvido pelos elementos que compõem o
corpo de bombeiros, “merecedores de um verdadeiro louvor coletivo”. Mas, a par desse elogio, não deixou de dar contas das péssimas
condições em que esses homens e mulheres trabalham
Alberto Caveiro, presidente da direção, depois de realçar “a en-
trega e o profissionalismo” dos bombeiros realçou também a necessidade de construção de um novo quartel, bem como, a aquisição de
uma autoescada que permita responder aos desafios provocados
pelos elevados fluxos populacionais de Fátima.
Na cerimónia esteve também presente o novo comandante distrital de socorro da ANPC, Mário Silvestre, que dirigiu igualmente
palavras de incentivo a todos os bombeiros e responsáveis presentes.
O presidente da Câmara Municipal de Ourém e antigo dirigente
associativo de bombeiros, Paulo Fonseca, garantiu que “o executivo
municipal está sempre ao lado dos bombeiros” referindo, como prova disso, o investimento de 1 milhão e 700 mil euros realizado nos
últimos quatro anos pela autarquia no apoio aos bombeiros: “enquanto nos quatro anos anteriores o investimento foi só metade”.
O programa comemorativo incluiu também a entrega de prémios
aos vencedores do concurso de artes sobre o aniversário dos bombeiros, no qual participaram vários estabelecimentos escolares de
Fátima, e também para a apresentação da nova página web da instituição que resulta de uma doação da empresa Sensorial, que comemora igualmente o seu 10º aniversário.
27
AGOSTO 2013
MOITA
Crachás de ouro
em aniversário
VILA REAL
Cruz Branca tem novo elenco
T
omaram posse, recentemente, os novos corpos sociais da
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca, para o Triénio 2013/2016.
Na cerimónia, antecedida de uma homenagem do corpo ativo
ao seu comandante, Álvaro Ribeiro, que cessou funções, para
assumir as de Comandante Operacional Distrital (CODIS) de
Vila Real. Marcaram presença na sessão diversas entidades e
autoridades locais e regionais, nomeadamente o presidente da
Câmara Municipal de Vila Real, o comandante do Regimento de
Infantaria nº 13, o presidente da direção e o comandante dos
Bombeiros da Cruz Verde, representantes da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional Republicana e da Federação
Distrital dos Bombeiros Voluntários.
O presidente da direção, António Manuel S. Ribeiro Graça,
conta na sua equipa com António Augusto Saavedra da Costa,
Leonel Costa Sanches, Francisco José Sequeira Moreira, Maria
Júlia Madeira Pinto, Maria Hercilia Agarez C. Marques e Vítor
Manuel Gonçalves dos Santos
Na assembleia geral, assume a cadeira da presidência Miguel
de Matos Esteves coadjuvado por Frederico M.F. Amaral Neves
e Domingos Fernando V. Costa
Integram o conselho fiscal o presidente Luís Maximiano Coutinho da Silva e ainda Maria Helena Carneiro Borges e José
Fortunato Costa Leite.
VILA PRAIA DE ÂNCORA
Fotos: Caminha 2000
Laurinda Araújo à frente da associação
N
a história da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora,
a direção passou a ser presidida
pela primeira vez por uma mulher,
eleita pela única lista concorrente
ao triénio 2013/2016.
Laurinda Corujeira de Araújo,
natural de Vila Praia de Âncora,
47 anos, empresária há duas décadas, estabelecida nesta vila há
quatro anos, vive os bombeiros
de uma forma especial, atenden-
do a que seu pai foi um dos voluntários ancorenses durante meio
século, a par de ter irmãos,
cunhados, sobrinhos e uma filha
no corpo ativo, o que terá pesado
bastante na decisão de se candidatar ao cargo.
Com a nova presidente assumem funções nos órgãos sociais
mais duas mulheres, uma na assembleia-geral e outra na direção.
A denominada pacificação da associação e a resolução do passivo
situado nos 50 mil euros são objectivos fundamentais para a
nova presidente.
Os novos órgãos sociais dos
Voluntários de Vila Praia de Âncora incluem, na assembleia-geral:
Agostinho Simões Gomes (presidente) José Manuel Martins Presa
(1º secretário) e Sandra Elisabete
Dias Fernandes (2.º secretário).
O conselho fiscal é presidido
por Rui Manuel Taxa Silva Araújo
tendo, como secretário, Ricardo
Nuno Dias Fernandes, e relator,
Luís Filipe Silva Matias.
A direção, liderada por Laurinda Corujeira de Araújo inclui também, o vice-presidente, Pedro Miguel Castro Gonçalves, o
1.º secretário Joana Isabel
Araújo Sá, o 2.º secretário, Luís
Filipe Marvão Franco Almeida, o
tesoureiro, Rui Pedro Gil Ferreira
de Amorim, e os vogais, Bernardino Martins Santamarta e António José Oliveira Peralta.
ALMADA
Bombeiros bem preparados
A
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do concelho
da Moita comemorou a passagem do seu 80.º aniversário homenageando os seus soldados da paz.
Uma imponente formatura do corpo ativo acolheu as entidades
convidadas para a imposição de uma coroa de flores junto do monumento ao bombeiro, em memória dos dirigentes e camaradas
falecidos.
No decorrer da sessão solene, os homens e mulheres que voluntariamente se entregam à causa dos bombeiros portugueses foram
reconhecidos com medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses
por vários anos de serviço. Contudo, o ponto alto da celebração foi
a imposição do crachá de ouro da confederação ao chefe Tavares,
subchefe José Vicente e aos chefes do Q.H. António Palaio e Joaquim Galó, num claro reconhecimento pelas mais diversas participações ativas na vida da associação.
No momento das alocuções, o presidente da direção e o comandante Carlos Picado foram unânimes nos agradecimentos aos bombeiros, enaltecendo o seu esforço na “construção de um parque de
treinos, para formação interna e posteriormente para formação externa para diversas empresas deste concelho”. A cordialidade entre
os órgãos sociais e comando foi ainda realçada, como estratégia
de sucesso para a associação e o seu corpo de bombeiros, que não
esquecendo aqueles que sempre apoiaram a instituição agradeceram e agraciaram o presidente da Câmara Municipal da Moita, João
Lobo.
Nas cerimónias estiveram presentes diversas entidades nomeadamente o vice presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses,
Rodeia Machado; o 2.º comandante distrital Rui Costa (ANPC), o
presidente da federação dos bombeiros de Setúbal, Eduardo Correia, bem como representantes de associações congéneres do distrito e da Guarda Nacional Republicana.
Sérgio Santos
O
CACILHAS
O
Barbeiro no quartel
s Bombeiros de Cacilhas, decidiram criar uma barbearia no
quartel, para “ajudar os bombeiros na redução de despesas
mensais do seu orçamento familiar, numa época critica para todos”.
Por apenas um euro bombeiros e os seus filhos menores poderem cortar o seu cabelo no quartel.
piquete de intervenção dos Voluntários de Almada cumpre, diariamente, das 9 às 10 h., um programa de preparação física, no ginásio “Templo dos Sentidos”, nas instalações do próprio quartel.
Os elementos que fazem parte desta equipa, todos os dias
fazem musculação e cardiofitness, para assim ”ganharem
mais capacidade física e mental para resistirem a todo o esforço que esta profissão exige em diversos tipos de ocorrências”.
“Esta atividade física está a engrandecer e a melhorar a
resistência física desta Equipa de Primeira Intervenção”, sublinha fonte do comando.
28
AGOSTO 2013
MOIMENTA DA BEIRA
O
Doação para Cabo Verde
s bombeiros voluntários de Moimenta da Beira vão doar uma ambulância ao Hospital Regional Santiago Norte, no concelho de Santa Catarina, Ilha de Santiago, em Cabo Verde. O veículo, usado, mas ainda em bom estado, segue para
a semana, por via marítima, do porto de Leixões
para aquele arquipélago. A ambulância vai ainda
recheada de roupa, livros infantis e livros escolares, sapatos e bolas de futebol, material doado
pela Câmara Municipal de Moimenta da Beira.
A doação nasceu de um pedido feito aos bombeiros pela Comissão de Projectos e Prestação de
Serviços do Rotary Clube Maria Pia, sediado na
cidade da Praia, capital de Cabo Verde.
O presidente da autarquia, José Eduardo Ferreira, e o comandante da corporação de bombei-
PÓVOA DO VARZIM
ros, José Alberto Requeijo, juntaram-se para um
fim “nobre e solidário”.
“A ambulância vai servir uma região de um
país onde há carências médicas e de cuidados de
saúde”, enfatiza o comandante.
ESTREMOZ
A
Novos cartões
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Estremoz prepara-se para
substituir os cartões dos associados e proceder à atualização de ficheiros.
Assim, a direção da instituição informa que
os interessados em ter fotografia no respetivo
cartão, devem proceder à sua entrega até ao
final deste mês.
A primeira via do novo cartão não terá custo para os associados.
D
Corrida de carros artesanais
ecorreu no passado dia 11 de agosto, na freguesia de Laúndos da Póvoa de Varzim, a 5.ª
corrida de carros artesanais, subordinada à temática dos desenhos animados, na qual participaram os Voluntários da Póvoa de Varzim com o
bólide do “Bombeiro Sam”.
A base do carro é um frigorífico, tendo a construção ficado “a custo zero”, merece do apoio da
empresa LNBCar. Do carro destacam-se pormenores como a escada, os strobs, sirene, o carretel
com mangueira de 25, o extintor e a motobomba
e o ARICA, em esferovite. A “protótipo” tem assi-
natura do 2.º comandante, Carlos Cadilhe, do
bombeiro de 2.ª, José Fonseca e o bombeiro de
3.ª, Ricardo Barros.
Aos comandos do Bombeiro Sam, 2.º comandante dos Voluntários da Póvoa de Varzim, Carlos
Cadilhe, mostrou-se satisfeito pela participação
na iniciativa, afirmando que “estes momentos
são importantes para os bombeiros estarem em
contacto com a população”.
O carro, que “sobreviveu” às quatro rampas
descidas de cerca de 800 metros, encontra-se em
exposição no quartel.
ESMORIZ
II Open Day memorável
CASCAIS
Bombeiros regressam aos EUA
A
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cascais prepara-se para reforçar os
laços existentes com os bombeiros norte-americanos. Desta feita, na costa oeste daquele país.
Os Voluntários de Cascais estão a programar
um processo de geminação com os seus congéneres californianos de Sausalito.
Na visita às instalações daqueles bombeiros, o
“mayor” de Sausalito, Herb Weiner; manifestou a
sua vontade em poder apadrinhar esse processo.
Em visita a Cascais a convite da Câmara Municipal, à frente de uma delegação da sua cidade, o
presidente da câmara norte-americana, manifestou a vontade de se deslocar aos bombeiros fruto
da sugestão que lhe havia sido dada por um conterrâneo que ali tinha estado também meses
atrás.
A presença de Herb Weiner em Cascais insere-se também no processo de geminação entre as
duas autarquias liderado pelo vereador das Relações Internacionais, Alexandre Faria. Nos Voluntários de Cascais o autarca norte americano foi
recebido pelo vice-presidente da direção, Vitor
Neves, e pelo comandante do corpo de bombeiros, João Loureiro.
Não é a primeira vez que os Bombeiros de Cascais estabelecem contacto com os colegas californianos. No passado, e no âmbito da adopção da
mota de água como meio de socorro na frente de
mar da sua zona de intervenção, nomeadamente
no Guincho, visitaram o “Los Angeles Fire Department” e a estrutura local da “Coast Guard”. Aliás,
a margem da deslocação, chegaram também a
visitar o local de filmagens da então popular série
televisiva “Bay Watch” e a conversar com o seu
protagonista, David Hasselhoff, a quem explicaram o motivo da sua visita e de quem receberam
palavras de incentivo.
Ao longo dos últimos 20 anos, os Bombeiros
Voluntários de Cascais mantiveram contactos
com bombeiros norte-americanos dos Estados do
Maine, Massachussets, Texas, Pensilvânia, Nova
Iorque e Washington. Esse relacionamento foi até
motivo de uma saudação manuscrita pelo presidente Bill Clinton, que os Bombeiros de Cascais
mantém emoldurada nas suas instalações.
O
dia da abertura da época de vigilância balnear nas praias em Esmoriz, Cortegaça e Maceda, realizada pelos Bombeiros Voluntários de
Esmoriz à largos anos, que passou a ser designado por “Open Day”, conheceu este ano a segunda
edição da iniciativa em novo formato.
O clima absolutamente propício a praia, um
mar calmo até demais para a realização de um
simulacro de mar na Praia do Cantinho, milhares
de pessoas no areal, foram essenciais para que a
exposição de material e equipamentos, as ações
de sensibilização, os postos de triagem e a animação em final do mês de junho fossem inesquecíveis.
Com organização dos Bombeiros Voluntários
de Esmoriz esta iniciativa contou também com os
apoios imprescindíveis da Força Aérea Portuguesa, do INEM, da Policia Marítima, do Instituto de
Socorros a Náufragos, dos Bombeiros Voluntários
de Ovar, Bombeiros de Vagos, Bombeiros Aveiro-Novos, da GNR e de muitas empresas que cederam estruturas, equipamentos, veículos diversifi-
cados que foram apreciados por milhares de pessoas ao longo de todo o dia 29 de junho.
A parte da tarde destacou-se pela expectativa
relativamente ao simulacro de mar, que este ano
contou com a valiosa colaboração da Força Aérea
Portuguesa com um helicóptero de salvamento e
resgate a ser envolvido nas operações de recuperação das vitimas hipotéticas deste exercício.
A tarde finalizou também com uma aula de
Zumba participada por gente de todas as idades.
O II Open Day ficará na memória pela sua dimensão e espetacularidade, pela boa articulação
entre entidades ligadas à vigilância de praias,
busca e socorro e também pela magnífica resposta que a população da região e visitantes deram
a este evento.
Agora, com as praias do Cantinho, Velha de Esmoriz, Cortegaça Sul e São Pedro de Maceda sob
a vigilância dos nadadores salvadores dos Bombeiros de Esmoriz só resta esperar que o saldo
final da época balnear seja muito positivo. Os
bombeiros envolvidos vão fazer tudo para isso.
ANIVERSÁRIOS
1 de setembro
Bombeiros Voluntários de Carnaxide#101
4 de setembro
Bombeiros Voluntários da Ericeira#82
5 de setembro
Bombeiros Voluntários de Póvoa de Lanhoso#109
7 de setembro
Bombeiros Voluntários de Cabanas de Viriato#78
8 de setembro
Bombeiros Voluntários de Folgosinho#76
10 de setembro
Bombeiros Voluntários de Alter do Chão#65
Bombeiros Voluntários de Castro Verde#31
12 de setembro
Bombeiros Voluntários da Lixa#124
Bombeiros Voluntários de Areosa-Rio Tinto#91
Bombeiros Voluntários de Vimioso#81
14 de Setembro
Bombeiros Voluntários de Caldas da Rainha#118
Bombeiros Voluntários de Sacavém#116
Bombeiros Voluntários de Góis#57
15 de setembro
Bombeiros Voluntários de Gondomar#100
Bombeiros Voluntários de Vagos#85
Bombeiros Voluntários de Vidago#46
16 de setembro
Bombeiros Voluntários de Tondela#89
Bombeiros Voluntários de Vila Franca das Naves#17
18 de setembro
Bombeiros Voluntários de Favaios#98
Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande#65
19 de setembro
Bombeiros Voluntários de Almoçageme#118
Bombeiros Voluntários de Figueira de Castelo
Rodrigo#76
Bombeiros Voluntários de Cabo Ruivo#36
Bombeiros Voluntários de Penela#33
20 de setembro
Bombeiros Voluntários de Leça do Balio#82
22 de setembro
Bombeiros Voluntários de Algés#111
Bombeiros Voluntários de São João da
Pesqueira#106
23 de setembro
Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal#74
24 de setembro
Bombeiros Municipais do Funchal#125
25 de setembro
Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima#126
26 de setembro
Bombeiros Voluntários de Cruz de Malta#95
27 de setembro
Bombeiros Voluntários da Nazaré#86
30 de setembro
Bombeiros Voluntários da Malveira#69
Bombeiros Voluntários da Trofa#37
Bombeiros Voluntários de Santana#28
Fonte: Base de Dados LBP
29
AGOSTO 2013
CASTANHEIRA DO RIBATEJO
N
De portas abertas à população
o âmbito do “Projeto de Interação e Proximidade com
os Cidadãos”, promovido pelo
Departamento de Formação
dos Bombeiros de Castanheira
do Ribatejo, realizou-se um
curso de técnicas de emergência, uma ação aberta à comunidade, no qual participaram
16 pessoas com idades compreendidas entre os 16 e os 70
anos.
Essa formação, com a duração de oito horas, teve como
objetivo “preparar o cidadão
para atuar numa primeira intervenção, seja em caso de incêndio ou em emergência pré-hospitalar”.
BUCELAS
CABANAS DE VIRIATO
R
Mega cabidela a favor dos bombeiros
epetindo o êxito da primeira
edição, a Mega Cabidela dos
Bombeiros Voluntários de Cabanas de Viriato (BVCV) deste
ano contou com sala cheia num
ambiente animado e até divertido.
No domingo, dia 9 de junho,
os Bombeiros Voluntários de
Cabanas de Viriato levaram a
efeito mais uma edição da sua
Mega Cabidela que contou com
cerca de duas centenas de inscrições. A verba arrecadada
com esta iniciativa irá permitir
aliviar a despesa com a chegada de duas novas viaturas operacionais.
A ementa da festa foi constituída por entradas, caldo verde,
anfitriã cabidela e um faustoso
buffet de sobremesas preparado pelas bombeiras, elementos
dos corpos sociais , por familiares e amigos daquela instituição.
Com um ambiente festivo e
de confraternização, o almoço
superou todas as expectativas
da organização, que fez questão, pela voz do seu presidente
da assembleia geral, José Pereira Dias, de agradecer e reafirmar a importância de contar
com o apoio de cada um dos
presentes para o futuro da Associação. Também o presidente
da direção, Júlio Sousa, usou da
palavra para agradecer o apoio
de todos e aproveitou para informar os presentes que a receita angariada com esta iniciativa iria ser canalizada para a
despesa que os BVCV vão ter
com a aquisição de duas novas
viaturas, um renovado todo terreno 4x4 totalmente equipado e
uma viatura nova que foi possível adquirir com recurso ao programa do QREN, candidatura
que implica uma comparticipação de 15 por cento da Associação.
O presidente fez questão de
referir que estas viaturas virão
substituir outras com mais de
50 anos e que são ferramentas
fundamentais no melhor serviço prestado às populações.
A festa terminou ao som de
música popular e com o desejo
de que se possa repetir.
Filipa Pereira
Fanfarras em desfile
A
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Bucelas promoveu, recentemente, o 3.º desfile de fanfarras “Domingos Oliveira Rodrigues”.
As ruas encontravam-se repletas de populares e amigos
dos bombeiros para acolher os
participantes num desfile que
percorreu as artérias daquela
vila e terminou com exibições
musicais no campo de jogos bucelense.
Participaram neste encontro
as fanfarras dos bombeiros voluntários de Algueirão Mem
Martins, Ericeira, Caneças, Pontinha, Samora Correia e a fanfarra anfitriã.
Sérgio Santos
OURÉM
A
Amigos promovem noite de fados
Liga dos Amigos da Secção de Bombeiros de Freixianda promove, no dia 5 de outubro, no
Salão Cardal, uma noite fados, iniciativa que visa angariar a verba em falta para pagar uma
ambulância recentemente adquirida pelo quartel.
PRAIA DA VITÓRIA
Bombeiro deu o nó
AREOSA – RIO TINTO
D
Conheceram-se
nos bombeiros
ois voluntários do corpo de bombeiros da Associação de Areosa-Rio Tinto, Igor José Cachada Silva da Cunha e Cátia Andreia Pires Soares Pinto decidiram dar o nó Ambos são bombeiros
de 2.ª, ele admitido em 2002 e ela em 2004 nos Voluntários de
Areosa-Rio Tinto. Conheceram-se nesta Associação e ao longo dos
anos foram fortalecendo a sua relação pessoal e distinguindo-se
também pela qualidade do serviço prestado, com particular incidência na área da emergência pré-hospitalar. Ou não fosse ele
tripulante de ambulância de socorro e ela enfermeira.
A amizade, simpatia e respeito que têm granjeado entre os seus
colegas do corpo de bombeiros ficaram expressas na concorrida
cerimónia de casamento. Parabéns aos noivos!
O
bombeiro de 3.ª dos Voluntários de Praia da Vitória, Terceira,
Açores, Fábio Machado decidiu dar o nó com Ana Teresa Costa.
A cerimónia do casamento decorreu em maio último na Igreja Matriz da Praia da Vitória, e os seus colegas, através do Alexandre
Cunha, fizeram-nos chegar uma foto a testemunhar a saída dos
recém-casados do templo, entre alas de bombeiros e bombeiras,
com o objetivo de lhes fazer uma surpresa. Fica feita a surpresa,
com o desejo de felicidades para o Fábio e a Ana.
30
AGOSTO 2013
SINES
VAGOS
R
Aprender hoje
para salvar amanhã
Infantes e cadetes em acampamento
ealizou-se nos dias 26, 27 e 28 de julho, na
Praia da Vagueira, o acampamento anual
dos infantes e cadetes dos Voluntários de Vagos. Este encontro incluiu diversas atividades e
muitos e bons momentos de partilha e de convívio.
A promoção a cadetes de Vitor Diogo Cipriano Silva, Valter Manuel Grave Santos, Adriana
Simões Pinto, Inês Simões Pinto e João André
Fresco Vieira, constituiu momento alto desta
iniciativa e na qual marcaram presença o presi-
dente da Associação dos Bombeiros Voluntários
de Vagos, os elementos do comando, o vereador Silvério Regalado em substituição do presidente da autarquia, bombeiros, familiares e
amigos dos jovens.
No final sobraram palavras de apreço para os
formadores e monitores Anabela Capela, Mário
Frade, Ana Cardoso, Licínia Pequeno e José Pinto que ao longo do ano trabalharam de forma
exemplar, para garantir o bom funcionamento
desta escola.
em agosto de 1993
O
corpo de Bombeiros
de Sines é, por estes
dia, bem mais jovem,
tendo em conta o “reforço” de cerca de meia centena de jovens que integram a nova Escola de
Infantes e Cadetes, a primeira em 69 anos de história da instituição.
Este era um desejo há
muito adiado, pelo bombeiro de 2ª António Mestre, que assume, agora, a coordenação do projeto. Fonte da associação garante que “Mestre era
a escolha óbvia, tendo em conta a sua experiência nesta área, nomeadamente na Associação de
Nadadores Salvadores do Litoral Alentejano
(RESGATE)”.
Assim, no passado mês de janeiro, com o apoio
do comando e direção, António Mestre decide
avançar com o apoio do delegado da Juvebombeiro de Sines, Ricardo Jones, e juntos criaram
uma equipa de trabalho, que conta atualmente
com oito elementos, unidos pela determinação,
sentido de responsabilidade e unidade.
Atualmente, com 52 elementos, dos 6 aos 17
anos, a escola abre portas todos os sábados à
tarde, dando ao quartel dos Bombeiros de Sines
juventude e perspetivas de futuro.
Importa sublinhar, conforme referem os responsáveis, que a organização é a pedra basilar
desta escola que se orgulha do plano pedagógico
adotado. Genericamente, as atividades dos jo-
vens formandos assentam na Ordem Unida, Formação Inicial de Bombeiro (componente teórica e
prática), Educação Física
e na participação em simulacros e observação de
exercícios do corpo ativo.
“Dedicação, resiliência,
gratidão, camaradagem,
resistência, lealdade, respeito e confiança, são marcas desta escola” porque o objetivo maior é “formar homens e mulheres com valores e princípios, enriquecidos de experiencias, munidos de competências tanto a nível pessoal como profissional”, segundo releva
António Mestre, acrescentando que a “Escola de
Infantes e Cadetes não tem como principal bandeira o recrutamento de novos bombeiros, mas
sim a formação e educação de homens e mulheres, deixando-lhes o “bichinho” que chame à causa”.
O mentor do projeto fala com orgulho da sala
de formação da escola instalada no quartel sede,
onde se lecionam os conteúdos teóricos.
Numa época de dificuldades para as associações
de bombeiros, a direção dos Voluntários de Sines
muito incentiva e apoia esta escola assegurando,
entre outras despensas, o fardamento e a logística, patrocinando um grupo de futuro na realização
de algo novo e diferente, sempre assente no lema
– “Aprender hoje para Salvar Amanhã”.
André Luz
31
AGOSTO 2013
VILA REAL
Encontro distrital
ÓBIDOS
Bombeiros e escuteiros recriam Brownsea
J
uvebombeiro do Corpo de
Bombeiros de Óbidos revive
o espírito de Brownsea com o
Agrupamento de Escuteiros de
Óbidos.
A ilha de Brownsea serviu de
inspiração à organização do 1º
Acampamento da Juvebombeiro de Óbidos que juntou bombeiros e escuteiros unidos pelo
espírito de serviço e solidariedade.
As atividades desenvolvidas
colocaram à prova as capacidades dos jovens que sem medos e com muita motivação
responderam aos desafios propostos.
CERVA
O
Juve tem novo núcleo
s Bombeiros Voluntários de
Cerva acolhem um núcleo
da Juvebombeiro que integra
Tiago Silva (delegado), Adriana
Lourenço (subdelegada) e Teresa Sofia (secretária).
Num encontro muito participado, os trabalhos que levaram
à criação deste núcleo foram
acompanhados pelo Coordenador Distrital da Juvebombeiro
de Vila Real, Rui Dinis e pelo
comandante Jorge Campos dos
Voluntários de Cerva.
O recém-eleito coordenador
da juve salienta o “grande
apoio de Rui Dinis e do comandante Jorge Campos” que permitiram encerrar com chave de
ouro os trabalhos que se prolongaram por mais de três horas.
D
ecorreu, em Cerva o Encontro Distrital da Juvebombeiro, uma organização do núcleo local
que reuniu cerca de meia centena de participantes e que teve maior atrativo a subida do Rio
Póio, com paragem na cascata Cai D´Alto.
A iniciativa teve como objetivos maiores “fomentar o bom relacionamento entre os participantes, promover o espírito de equipa e aventura”.
O desafio foi cumprido em cerca de seis horas,
e compreendeu a subida em Cabriz e a chegada a
Alvadia, numa aventura marcada pelo cansaço,
algumas escoriações mas também pela alegria da
superação de muitos obstáculos.
Em jeito de balança sobram palavras de apreço
para a organização que trabalhou arduamente
para o sucesso do encontro, nomeadamente para
os Bombeiros de Cerva que prepararam o almoço
que permitiu “recarregar baterias” depois de tão
árduo esforço. Agradecimentos, também, à Câ-
mara Municipal de Ribeira de Pena, que disponibilizou transporte aos participantes.
Registe-se que se associaram ao evento o 2.º
CODIS de Vila Real, o presidente da Comissão
Coordenadora Nacional da Juvebombeiro e ainda
o presidente da Junta de Freguesia local que assume também os comandos da Associação dos
Bombeiros de Cerva.
BARCELINHOS
Duas centenas a pedalar
BRAGANÇA
M
ogadouro acolheu a II Maratona de futsal, organizada pela Juvebombeiro de Bragança, evento que juntou sete
equipas do distrito. A formação
do Vimioso arrecadou o cobiçado troféu depois de na final ter
batido o grupo de Macedo de
Cavaleiros, num torneio que
contou ainda com as de equipas
dos bombeiros de Sendim, Torre de Dona Chama, Izeda, Mogadouro, e Bragança.
A juvebombeiro assinou ain-
da a organização do VI acampamento distrital, no parque de
campismo do Colado, em Quintanilha, numa iniciativa que
mobilizou 70 jovens e se pautou pelo convívio e boa disposição.
BARCELOS
Futebol fomenta a amizade
Foto: Moto Galos
Maratona reúne sete equipas
O
s Voluntários de Barcelinhos promoveram
mais uma edição da Prova de BTT Cândido
Figueiredo”, que este ano reuniu 200 bombeiros
do distrito de Braga, numa grande inciativa que
alia as componentes da atividade física da beleza
paisagística e da confraternização.
O presidente da associação de Barcelinhos, José
Arlindo Costa, defende a importância deste evento
na “aproximação de corpos de bombeiros vizinhos”
e também “na integração dos estagiários”,.
BRAGANÇA
O
B
ombeiros casados e solteiros das três associações do concelho de Barcelos reuniram-se recentemente numa partida de futebol, designada por Jogo da Amizade, integrado nas comemorações do 130.º aniversário dos Voluntários de Barcelos. O jogo decorreu no dia 8 de junho
último, no Estádio Adelino Ribeiro Novo, em Barcelos.
Para o comando dos aniversariantes, “foi num extraordinário ambiente de convívio, leal e
franco, que as direções e comandos dos corpos de bombeiros do concelho de Barcelos (Barcelos, Barcelinhos e Viatodos) se envolveram num jogo de futebol entre casados e solteiros”.
Em jeito de balanço, refere a mesma fonte, “fica reconhecida a importância destas iniciativas
e é através deste tipo de ações e outras, que a interação e coordenação entre as diversas entidades existe e deve ser mantida e melhorada”.
Também Duarte Nuno Pinto, presidente da Assembleia Geral, frisa a “importância da adesão de
jovens bombeiros para fomentar o gosto e a partilha de valores que regem a comunidade dos homens da paz”.
O comandante dos Voluntários de Barcelinhos
faz um balanço muito positivo desta 10.ª edição
da prova, sublinhando a colaboração da associação, assegurando que “só assim é possível garantir que tudo corre bem”.
Jogadores do Salgueiros no quartel
s jogadores mais novos de
”O Salgueiros” foram jogar a Bragança e ficaram alojados na casa do quarteleiro
dos bombeiros locais.
Os mais novos tiveram direito a uma ceia especial, visitaram as instalações e depois
de apreenderem algumas noções de Ordem Unida foram
para a cama a marchar
Agradecidos, os jogadores,
ofereceram aos bombeiros
uma camisola de jogo e deixaram no quadro de
serviço “uma simples mas muito carinhosa
mensagem de agradecimento”.
Da mesmo forma, também os anfitriões se
mostraram muitos satisfeitos por acolher estes
pequenos craques, que serão “sempre bem
vindos” ao quartel dos Voluntários de Bragança.
32
AGOSTO 2013
BOMBEIROS FERIDOS
Presidente da LBP no Porto e em Guimarães
O
presidente do conselho
executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares,
acompanhado do diretor nacional de bombeiros (DNB) da Autoridade Nacional de Proteção
Civil (ANPC), Pedro Lopes, visitou o bombeiro de Miranda do
Douro, Daniel Falcão, internado
no Hospital da Prelada, no Porto, e o bombeiro voluntário de
Celorico de Basto, Tiago Carvalho, internado no Hospital do
Alto Ave, em Guimarães.
Na primeira unidade hospitalar, o presidente da LBP avistou-se, a seu pedido, com o
conselho de administração para
debater várias questões nomeadamente o processo relativo a Lourosa. O comandante
Jaime Soares, a par desse processo conseguiu acordar com o
Hospital da Prelada, para o fu-
dirigente, “ já teve alta mas vai
continuar a recuperação com
os tratamentos”.
Os bombeiros Daniel Falcão e
Vitor Ribeiro ficaram gravemente queimados quando, em
companhia do colega António
Ferreira, entretanto falecido,
foram surpreendidos pelo fogo
devido a uma brusca de mudança de vento. Os bombeiros
combatiam um incêndio florestal entre Cicouro e S. Martinho
de Angeira, junto à fronteira
espanhola.
turo, eventuais procedimentos
a cumprir em próximas situações do género.
Entretanto, o bombeiro de
Miranda do Douro, Daniel Falcão, continua internado na Prelada em estado grave, com
prognóstico ainda reservado.
“O Daniel continua a lutar pela
vida” informou-nos, também, o
presidente da direção da associação, reconhecendo “o esforço e a tenacidade que ele continua a demonstrar neste difícil
momento da sua vida”.
Vitor Ribeiro, que também ficou ferido na mesma ocasião,
segundo nos informou aquele
LOUVOR/REPREENSÃO
Aos milhares de bombeiros
que nas últimas semanas, com
sacrifícios vários, incluindo a
própria vida, têm lutado pela
defesa dos bens dos outros.
A todos os que, devendo
limpar o terreno em volta das
suas casas, não só não o fazem como até reclamam nas
televisões pelo infortúnio de
que são alvos.
António Ferreira e Daniel Falcão foram então evacuados
num helicóptero do INEM para
o Hospital de S. João e posteriormente para a unidade de
queimados do Hospital da Prelada.
A viatura de combate a incêndios em que os bombeiros
se deslocavam foi totalmente
destruída pelas chamas.
Tiago Carvalho, dos Voluntários de Celorico de Basto, foi
colhido com gravidade por uma
viatura de combate a incêndios
do seu corpo de bombeiros.
Não podendo impedir o embate
mesmo assim ainda conseguiu
gritar a tempo de avisar os colegas, evitando que também
fossem colhidos.
Ao Daniel, Vitor, Tiago e aos
outros companheiros acidentados no decurso do combate às
chamas ao longo do país, a
equipa do “Bombeiros de Portugal” endereça um forte abraço com o desejo de rápido restabelecimento de todos.
PAÇO DE SOUSA
O
Trouxeram prata para Portugal
s Bombeiros Voluntários
de Paço de Sousa tornaram-se vice-campeões dos
campeonatos internacionais
de manobras do CTIF realizados entre 14 e 21 de julho
último em Mulhouse, França.
Ao ser distinguida com a
medalha de prata desses
concursos a equipa B dos
Voluntários de Paço de Sousa
conseguiu alcançar um feito
notável, elogiado pelos dirigentes da associação, comando e autarcas de Penafiel. Antes, já havia registado
um resultado importante ao
conseguir atingir a craveira
internacional após 15 anos de
participação nas provas nacionais.
Portugal fez-se representar
por sete equipas. Na categoria em que a equipa de Paços
de Sousa participou estiveram presentes 36 de igual
número de países.
Os Voluntários de Paço de
Sousa fazem um balanço positivo da participação não
obstante tecerem algumas
críticas relativamente às condições em que se processou o
transporte em autocarro ao
longo de cerca de dois mil
quilómetros e “a falta de
apoio por parte de responsáveis nacionais em toda a deslocação”.
A Crónica
do bombeiro Manel
Acho que as pessoas estão primeiro
M
eus amigos, uma coisa que à primeira vista parecia ter o seu
sentido, por que não funciona como
deve ser, acaba por dar numa grande
trapalhada. Ainda por cima quando
eu acho que as pessoas estão em
primeiro lugar em tudo isto mas há
quem pelos vistos esteja a esquecer-se disso. Trata-se de prestar socorro
às pessoas que, acho eu, todos devem desejar que se faça bem e depressa. E estou a falar da vida delas,
não sei se percebem.
Estou a falar daquele regra que o
INEM quer que seja cumprida por todos os bombeiros de obrigar que
tudo passe pela triagem do CODU. E
se assim não acontecer o INEM castiga as associações e não lhes dá número, logo, não vai pagar o serviço.
Em abono da verdade, o problema
criado pela teimosia do INEM não
está na própria triagem que no fundo
todos desejamos que se faça. O problema, amigos, está na dificuldade
para lá chegar. Todos nós cá para
cima e noutros sítios do país também, sabemos como é difícil contactar o INEM, com muito tempo à espera quando às vezes o acidente é
aqui à porta do quartel. Como explicar às pessoas que a burocracia lá de
Lisboa manda que não se toque no
sinistrado sem primeiro falar para lá
a pedir ordens? Ou então, se formos
rápidos no socorro mas sem triagem
corremos o risco de trabalhar à borla? Como explicar às pessoas que os
bombeiros se não for o INEM a dizer
como é parece que não sabem como
intervir? Como explicar às pessoas
que os bombeiros que estão na rua
em contacto com a realidade têm
que esperar as ordens que vêm dos
senhores que estão lá no ar condicionado?
Amigos, o problema, a meu ver,
não está na triagem mas nas dificuldades para contactar o INEM. Senhores do INEM não levantem mais
poeira sem antes cuidarem de estar
preparados para responder como
deve ser, ou seja, rápido. Não chutem para os bombeiros o problema,
não sacudam a água do capote e
preparem-se primeiro como deve ser
para resolver o problema. Depois de
tudo acertado a triagem passará a
ser sem dúvida, como deve ser, uma
mais valia, e não um problema como
hoje acaba por ser.
Aliás, amigos, esta regra da triagem já é antiga. Não foi por isso que
os bombeiros aí da zona de Lisboa se
revoltaram há anos?
Amigos do INEM. Não distraiam as
gentes com questões antes de resolver os problemas. Mas não prestem
rasteiras aos bombeiros para tapar o
sol com a peneira. O INEM exige dos
bombeiros aquilo que ainda não conseguiu por a funcionar.
Quando tinha uma loja aqui na
terra tive que arranjar empregados
para aviar os clientes e havia alturas
em que até punha a família a ajudar
para que os clientes não esperassem. Ora o INEM, mal comparado, é
como a loja e os clientes os bombeiros. Se têm porta aberta só têm que
trabalhar bem e mais nada.
E nesta fase, acho eu, o INEM só
tem que ser mais flexível na atribuição do número, ser menos manga
de alpaca e em primeiro lugar pensar mais nas pessoas. No futuro todos temos a obrigação de fazer com
que a triagem seja cada vez melhor.
Até lá, vamos ver se nos entendemos, mas sem ameaças nem castigos.
No passado contaram-me o que se
tinha passado nos Bombeiros de
Loures na reunião com o INEM que
esteve na origem da paralisação de
várias ambulâncias INEM que se encontravam nos bombeiros de Lisboa.
E a doutora do INEM que esteve na
dita reunião, disseram-me na altura,
ouviu escusadamente aquilo que,
como se diz para aí, nem o Maomé
diz do toucinho.
Já agora, fica aqui a história que
me contou um bombeiro algarvio.
Trata-se da história do Kamov a tentar resolver o problema dos mosquitos em Armação de Pera Dizia-se que
a agitação das pás do dito aparelho
podia fazer alguma coisa. Não percebo nada disso mas também não
acreditei muito que fosse resultar.
Ora acabou por não resultar mas
como as pressões políticas eram
muitas e o helicóptero já só teria
meia dúzia de horas contratadas a
Autoridade lá o mandou ir agitar o ar
a Armação. Deu um bom boneco no
sítio e nos jornais mas como se previa não serviu de nada, contou-me o
tal bombeiro.
[email protected]
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