em tempo recorde - Jornal Bombeiros de Portugal
Transcrição
em tempo recorde - Jornal Bombeiros de Portugal
Fotos: Marques Valentim BARCELINHOS RESGATE NO RIO em tempo recorde Agosto de 2013 E dição : 323 A no : XXXI 1,25€ D irector : R ui R ama da S ilva Página 13 105 BOMBEIROS MORTOS DESDE 1980 Páginas 4 e 5 Ana Rita Pereira António Ferreira Pedro Rodrigues QUELUZ ESTÁGIOS NO QUARTEL ATRAEM JOVENS Página 10 BARCELINHOS O SONHO À VISTA Página 9 2 AGOSTO 2013 ÚLTIMA HORA V ivemos num tempo de mudanças constantes, em que o desenvolvimento social e tecnológico, muito construtivamente, recomendará também, porventura, mudanças nos nossos modelos de organização técnica, operacional e administrativa. É nossa obrigação, enquanto decisores, estar atentos e abertos ao debate e à análise em torno dessas mudanças. Sendo certo que nem todas, à partida, se apresentam com o mesmo grau de importância, de valia e de validade temporal. Por isso, temos que estar despertos, para não aceitar de forma acrítica e apressada as eventuais propostas de mudanças que nos sejam presentes, quaisquer que elas sejam. Importa não hipotecar nem beliscar princípios e valores ancestrais que enformaram as nossas associações e que lhes garantiram a dinâmica e o sentido ao longo de séculos. Ao contrário do que se possa pensar, não perfilho nem defendo aqui uma visão passadista, conservadora ou até reaccionária em torno da nossa organização. Aponto é para o facto de, qualquer que seja as mudanças e os modelos que se pretendam introduzir na organização dos bombeiros em Portugal, caso não se tenha em conta esses valores dificilmente se terá ganho de causa. As associações de bombeiros nasceram em contextos próprios, de tempo e modo. Contextos sólidos e também suficientemente ecléticos e alicerçados em função das respectivas épocas e opções estratégicas tomadas em cada uma delas. Uma conjugação sábia, nem sempre tida em conta, nem sempre fácil de visionar e percepcionar, mas subjacente a tudo o que nos continua a dizer respeito e que, quando tida em conta, tem estado na base do sucesso do processo evolutivo das instituições. Essa cultura, essa matriz, marcante desde os primórdios, tem estado sempre na base de bem sucedidas mudanças verificadas nos bombeiros. Trata-se de uma condição necessária, um primeiro pressupos- to de solidez e sucesso da mudança. Quando não se estabelece a convergência entre a vontade de mudança e a história o resultado será sempre duvidoso para não dizer garantidamente falhado. As mudanças, ora ditadas pela evolução da comunidade, ora pelo desenvolvimento das tecnologias e práticas do socorro, dependem sempre de um conjunto de factores a observar. Como sabemos, também, e em muitos casos, as nossas associações não se esgotam no seu corpo de bombeiros, desenvolvendo um conjunto maior ou menor de outras actividades, culturais, sociais e desportivas cuja lógica e sustentabilidade decorrem precisamente da dinâmica da própria instituição e da comunidade onde nasceu e onde continua a operar. É a soma das partes que faz o todo associativo, garantindo-lhe coerência e identidade. A tutela dos corpos de bombeiros, não das associações, sublinhe-se, defende agora a criação de agrupamentos de corpos de bombeiros “em que a única limitação geográfica passa a ser a da contiguidade das áreas de atuação dos corpo de bombeiros em causa” e “elimina-se o concelho como limite geográfico à criação tanto das forças conjuntas como dos agrupamentos”. Será possível, de ânimo leve, alterar a matriz territorial que deu origem e suporta desde sempre as associações de bombeiros? E será possível, sem análise e opção antecipadas, alterar a lógica da sua sustentabilidade económica? Importa reflectir sobre o assunto. Sem diabolizar, à partida, o tema. Mas, também, sem sufragar e anuir às cegas sobre a sua bondade, legitimidade e eficácia. Voltarei ao tema. Para já, fica-me a dúvida sobre a sua exequibilidade a seco, como agora se nos apresenta. Não pode ser a seco, definitivamente. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia A Identificadas necessidades formativas nos Açores direção da Escola Nacional de Bombeiros (ENB) recebeu o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), capitão José António Oliveira Dias, com o intuito de analisar as necessidades formativas da região. O encontro permitiu identificar como áreas prioritárias de desenvolvimento o salvamento náutico, a condução de veículos de emergência, Busca e Salvamento em Estruturas Colapsadas. RSB Os cinco minutos de fama que todos dispensam ferno passar, os heróis retornam à condição de anónimos. É quase sempre nestes “cinco minutos de fama” que todos os soldados da paz dispensavam, que surge o reconhecimento por uma missão que, afinal, os bombeiros cumprem todos os dias com igual determinação. Todos os dias, vidas são salvas, mas o cidadão parece muitas vezes ignorar esse facto, como que minimizando o exemplar e valoroso serviço prestado ao País por estes operacionais, na grande maioria voluntários. Não terá chegado a hora de todos e cada um de nós visitar o quartel da sua área de residência e conhecer a atividade diária dos homens e mulheres que ali servem? As portas estão sempre abertas, até porque o voluntariado tem muitas facetas e não dispensa todo o tipo de apoios! bem precisa de mão de obra Sofia Ribeiro Foto: Tiago Ornelas poucas horas do fecho desta edição, Portugal servia, uma vez mais, de pasto às chamas. Cerca de duas dezenas de incêndios lavraram de Norte a Sul e mobilizam centenas de bombeiros, a quem foi vedado até fazer o luto pelos companheiros falecidos, dias antes, noutras difíceis batalhas. Portugal continua a perder floresta, os portugueses o património arrecado numa vida de árduo trabalho e os quartéis dos soldados da paz o mais precioso recurso: os seus homens! Pelos piores motivos, os bombeiros são agora alvo de toda atenção e de todas as atenções. Começam os fogos e ganha força a onda solidariedade que esmorecerá quando as chamas derem tréguas, votando uma vez mais estes combatentes ao (quase) esquecimento. Por estes dias, correm nas redes sociais muitas mensagens de apoio e incentivo, fotos elucidativas da dureza de uma missão que só os bravos podem cumprir. Por estes dias, as populações unem-se na recolha de bens para que nada falte àqueles que, em infernais teatros de operações, de forma abnegada salvam pessoas e os seus bens. Em poucos dias, a família dos Bombeiros de Portugal sofreu perdas irrecuperáveis, mas mitiga as mágoas no lema “vida por vida”, sem nada esperar em troca, nem tão pouco o reconhecimento pois, todos sabem, que quando este in- completamente carbonizada na sequência de um violento incêndio naquele concelho. Neste caso não há feridos a registar. Em menos de duas semanas, esta é a quinta viatura de bombeiros a ser destruída pelas chamas no distrito de Coimbra. Com esta situação, eleva-se a 10 o número de viaturas consumidas pelo fogo este verão. PC ENB JORNAL@LBP A Foto: Simão Pinto Não pode ser a seco ma bombeira dos Voluntários de Alcabideche, Ana Rita Pereira, bombeira de 3ª, faleceu durante o combate a um incêndio na serra do Caramulo, concelho de Tondela. Ana Rita encontrava-se desaparecida do grupo de bombeiros do concelho de Cascais cercado pelas chamas durante o combate a um incêndio florestal. O grupo de bombeiros, dos Voluntários de Alcabideche, Parede e Estoril foram atingidos pelo fogo num golpe de vento, encontrando-se um deles, do Estoril, em estado grave. À hora do fecho desta edição os bombeiros estão a ser assistidos no local aguardando-se a evacuação do mais grave, em princípio, para o Hospital de Coimbra. Três bombeiros ficaram também feridos, um deles com gravidade, no combate a um incêndio em Trancoso, distrito da Guarda, no passado dia 21 de agosto. Os operacionais, dos Bombeiros Voluntários de Celorico da Beira e Trancoso, tentavam proteger uma casa quando rebentou uma botija de gás. Um dos bombeiros teve de ser transferido para o hospital de Coimbra, dada a gravidade dos ferimentos. Os outros dois feridos, com menor gravidade, foram assistidos no hospital da Guarda. Este acidente ocorreu num dia muito complicado para os bombeiros, com centenas de ocorrências. Praticamente à mesma hora, uma viatura dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital ficou Foto: Tiago Ornelas U Bombeira morreu em combate O Divulgado Anuário de 2012 Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB) acaba de divulgar o seu “Anuário 2012” no qual, de forma detalhada, dá a conhecer todas as atividades desenvolvidas no ano transato subordinadas a “um conjunto de estratégias de intervenção no plano individual, local e municipal, com vista a melhorar os mecanismos de prevenção e resposta à emergência quotidiana na cidade de Lisboa”. Segundo refere o comandante do RSB, coronel Joaquim Leitão, na nota introdutória do anuário “as medidas que têm vindo a ser implementadas no RSB inserem-se no novo enquadramento das operações de proteção civil e representam uma consolidação de um modelo estratégico iniciado em 2008”. 3 AGOSTO 2013 C orro assumidamente o risco de poder vir a ser mal interpretadopelos paladinos da desgraça, leia-se salvadores da pátria que, a qualquer preço e com base em inverdades ou meias verdades, cuidam de suscitar atrás de si o coro que, noutras circunstâncias, não conseguiriam congregar. Denegrindo o trabalho e tentando ofender quem luta pelas coisas prescindindo de palanques e tribunas. Corro esse risco por que, também assumidamente, tenho desempenhado funções como voluntário há mais de meio século, quer como operacional, quer como dirigente, sem quebras na vontade de melhorar as condições de ação e proteção dos bombeiros mas, também, com a Foto: Marques Valentim Livrem-nos dos salvadores da pátria consciência de que para vencer uma guerra nem sempre é possível vencer todas as batalhas, mesmo que o tentemos fazer sem quebras nem titubeias. Os bombeiros têm uma missão incontornável e indispensável na sociedade portuguesa. A tal facto, contudo, como sabemos, nem sempre têm correspondido as condições, os meios, as oportunidades para o seu melhor desempenho. Poderá dizer-se que é anacrónico e até contraditório que tal aconteça. Natural era que, à simpatia com que os bombeiros são vistos correspondessem as contrapartidas necessárias. Como se de uma parceria se tratasse, ou seja, os bombeiros dão uma parte e a sociedade a outra. Aconte- ce que, neste contrato social, a primeira quota-parte, a dos bombeiros, está firme, e a segunda nem sempre. Por isso, além de cuidarem da sua missão própria, os bombeiros veem-se na necessidade de buscar também os recursos que outrem deveria, em contrapartida garantir. Nesse processo os dirigentes têm-se debruçado na busca, não só dos meios financeiros que garantam a sustentabilidade das associações e dos seus corpos de bombeiros, mas também dos apoios que salvaguardem o exercício da missão e dos próprios bombeiros. Alguns salvadores só levantam a questão na sequência ou a propósito de momentos trágicos e dramáticos como os que recentemente se viveram. Fazem-no à boleia dos sentimentos das pessoas, companheiros ou familiares e amigos de bombeiros atingidos ou falecidos no exercício da missão. Outros, porém, cientes de que o problema existe e não surge só quando há um desfecho trágico, têm lutado por melhores condições de forma continuada. Nem sempre com sucesso, é certo, nem sempre conseguindo atingir o patamar almejado, mas contabilizando as vitórias possíveis e continuando a trabalhar para que, com denodo, as metas ainda não alcançadas o possam vir a ser no futuro. E, diga-se também, sem alardes mas com a mesma convicção e vontade de sempre. Mesmo quando, com difi- culdades acrescidas, possa vir a implicar mudanças de leis ou sensibilizar e motivar a disponibilidade e a decisão dos outros parceiros, seja o Estado, as autarquias e outras entidades, incluindo as próprias seguradoras. Somos os primeiros a considerar e a assumir que nem tudo está bem e a contento de tudo e de todos. Por isso, não desarmamos nem nos damos por vencidos. Razão pela qual, prescindimos de algum coro de salvadores que, nunca tendo dado provas, limitam-se a pretender atingir a nossa honorabilidade e afinco no tratamento e na defesa das matérias que dizem respeito aos bombeiros. Livrem-nos dos “salvadores da pátria”. 4 AGOSTO 2013 Chega o calor e o cenário repete-se. E mais uma vez este ano, repetiu-se da pior maneira possível. O fogo já fez tombar dois bombeiros e continua a não deixar descansar os milhares de homens e mulheres que noite e dia enfrentam cenários de horror a troco de muito pouco. Em nome de todos eles, a Liga dos Bombeiros Portugueses tem lançado alertas desesperados e em tom graves com o objetivo de se “atacar as causas” deste flagelo. O Governo vai enaltecendo o esforço do dispositivo e o CONAC já se dirigiu ao DECIF com palavras de encorajamento. É mais do mesmo. Só muda o ano. MAIS UM ANO TRÁGICO Presente! Texto: Patrícia Cerdeira Fotos: Sérgio Santos, Vitor Simões, Bombeiros para Sempre e LUSA. O Liga exige intervenção em várias frentes s apelos são os mesmos mas ganham outro peso quando a situação a isso o obriga. Nas últimas semanas, Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos bombeiros Portugueses (LBP) tem tecido duras criticas aos responsáveis do Ministério da Agricultura e da Justiça. Perante a multiplicação de ignições diárias que surgem quase sempre nos mesmos locais” e “durante a noite”. Jaime Marta Soares apelou à revisão do Código Penal no sentido de se proceder a uma maior criminalização para o crime de fogo posto. “O Código Penal tem de ser analisado de forma que não permita que um incendiário seja levado a um juiz e depois vá para casa com apresentações periódicas. Estas coisas não podem continuar assim”, sustentou o dirigente. O presidente da Liga de Bombeiros defende, ainda, que nesta altura do ano o incendiário não deve estar detido numa prisão, mas em “colónias de trabalho”, onde possa estar vigiado e não possa andar nas zonas de floresta, defendeu o dirigente lembrando que os dois bombeiros falecidos este ano são “heróis e exemplo dos que dão vida pelos bens da pátria”, que outros insistem em “destruir”. Noutro sentido, o presidente da LBP defendeu também que é “urgente” proceder ao ordenamento da floresta portuguesa, que considera estar “maltratada e abandonada”, transformando-se por isso no “grande problema dos fogos em Portugal”. Marta Soares não poupou críticas ao Governo, sublinhando que o Estado é proprietário da “floresta mais maltratada do país”, sublinhando que “com este exemplo, não se pode exigir aos outros que façam diferente” Jaime Soares exigiu, por isso, que o Ministério da Agricultura faça “aquilo que sabem fazer”. “Temos bons técnicos da floresta em Portugal, mas é crime que não façam o que tem que ser feito”», salientou, referindo-se ao ordenamento da floresta. A prevenção como arma de combate aos incêndios foi outra das necessidades apontadas por Jaime Soares, que considera que não se podem “entender os fogos florestais como uma fatalidade”. “Os bombeiros não chegam para tudo. Prevenção e combate têm de estar em linha de paralelo”, referiu o dirigente repetindo este tipo de apelos em momentos distintos. Mais militares no terreno Para garantir uma vigilância permanente na floresta, nomeadamente, nos dias mais críticos, o presidente da Liga pediu ao ministro da Administração Interna que “reforce o dispositivo da GNR” no terreno e que, em última instância, recorra aos “desempregados” para trabalhos de prevenção. Na resposta, Miguel Macedo anunciou, no passado dia 21 de agosto, um reforço de mais de 200 homens nos meios de patrulhamento da floresta portuguesa, devido às suspeitas de fogo posto em vários pontos do país. “Atendendo a algumas das situações mais graves que têm acontecido e à circunstância de, por exemplo, num dos incêndios que ocorreu no distrito de Viseu, ele ter acontecido com oito ignições simultâneas em sítios diferentes, nós demos ordem no sentido de reforço do dispositivo de patrulhamento e fiscalização da floresta portuguesa”, afirmou o governante. Miguel Macedo acrescentou que “mais de duas centenas de elementos das forças de segurança e forças militares estão a ajudar nesse patrulhamento e nessa vigilância”, com o “propósito de suster situações que, tudo aponta, constituem atos criminosos”. Questionado sobre o que se pode fazer para conter a vaga de incêndios no país, Miguel Macedo respondeu que é necessário haver uma maior fiscalização de todas as entidades competentes para os trabalhos que devem ser feitos antes da época de incêndios, como limpezas de áreas florestais ou abertura de acessos. PC 5 AGOSTO 2013 PARA OS BOMBEIROS Presente! N os cafés, nas ruas, nos espaços públicos ouvem-se desabafos de quem se afirma “cansado” dos verões em Portugal. “É sempre a mesma coisa e estes bombeiros que não têm descanso”, estas são palavras sentidas de um popular da vila de Góis, distrito de Coimbra, o concelho que à data de fecho desta edição tinha enfrentado um dos maiores incêndios desta temporada. Mas antes desta ocorrência que terá consumido “mil hectares” segundo a presidente de câmara, o fogo já tinha invadido Sátão, Miranda do Douro, Covilhã, Sever do Vouga, Figueiró dos Vinhos, e outras dezenas e dezenas de concelhos, de norte a sul, que diariamente têm feito parangonas nos jornais pelo simples fato de estarem a arder mais uma vez este ano. Mas há incêndios que marcam o país e os bombeiros de forma diferente e irreparável. É o caso do trágico incêndio de Coutada, concelho da Covilhã, que vitimou, mais recentemente, um bombeiro de larga experiência. Estes homens e mulheres têm nome, e este chamava-se Pedro Rodrigues, tinha 41 anos. Antes do Pedro, já o país dos bombeiros tinha chorado outra vítima do fogo. António Ferreira, 45 anos, não resistiu às queimaduras de que foi vítima quando combatia um incêndio florestal no início do mês, em Cicouro, junto à fronteira com Espanha. Deste trágico acidente que marcará para sempre a história dos voluntários de Miranda do Douro, há ainda a registar dois ferido graves. Daniel Falcão, de 25 anos, e Vítor Ribeiro, de 32. Este último teve entretanto alta hospitalar. Já o bombeiro mais novo, que tem queimaduras de terceiro grau em cerca de 70 por cento do corpo, “mantém uma situação clínica grave, ventilação mecânica e um prognóstico reservado”. Este são os casos mais gritantes, mas país fora há dezenas de casos de bombeiros feridos de forma ligeira, muitos dos quais têm sido obrigados a ir ao hospital por inalação de fumo. A morte dos dois bombeiros faz engrossar a lista de vítimas às mãos dos incêndios. Equipados de forma “irrepreensível”, segundo os responsáveis da ANPC contactados pelo nosso jornal”, estes dois homens foram apanhados por uma brusca mudança de vento, acidentes que segundo informou ao ‘BP a Autoridade estão já a “ser alvo de investigação técnica”. Nas associações atingidas por estas mortes, os colegas lamentam que o fogo “nem lhes permite fazer o luto”. Perante a notícia que ninguém quer ouvir, os bom- beiros são obrigados a guardar as lágrimas para mais tarde porque a situação assim o obriga. Às cerimónias fúnebres dos dois bombeiros, os que não podem estar presentes demonstram o pesar e a dor através do cumprimento de minutos de silencia, que por estes dias mais parecem horas. É assim um por todo o país e na era das tecnologias, os bombeiros cumprimenta-se através da redes sociais que fazem multiplicar as cerimónias de homenagem. Na dura realidade das estatísticas, ficam os números a comprovar o esforço. Desde 1980 já perderam a vida 217 bombeiros em serviço. Destes, 104 morreram em incêndios florestais. Números a carecer de atualização dão conta de cerca de 20 mil hectares de área ardida. A Policia Judiciária já deteve, este verão, 29 indivíduos suspeitos de fogos posto. Para além do Continente, o fogo voltou igualmente a assustar e a fazer estragos na Madeira. Durante quatro dias, m a zona alta do Funchal não teve descanso. O governo do Continente chegou mesmo a disponibilizar ajuda que não chegou a ser precisa porque entretanto a meteorologia ajudou a acalmar a situação. Mesmo assim, foram quatro dias de preocupação e muito esforço para os bombeiros da região que não tiveram mãos a medir. No rescaldo 20 casas foram atingidas, em 11 a perda é total. Há 21 realojados á espera que o executivo de Alberto João Jardim encontre uma solução definitiva. CONAC destaca empenhamento José Manuel Moura, Comandante Operacional Nacional, dirigiu-se, no passado dia 19 a todo o dispositivo. “Estamos a meio da fase Charlie, mas não estamos a meio do vosso empenhamento, porque ele é total, notável e permanente, pelo que jamais permitirei que quem quer que seja belisque o vosso trabalho”, sublinha o responsável numa nota escrita enviada a todo o DECIF. Referindo-se à morte dos dois bombeiros, José Manuel Moura refere que “não existe nenhum hectare nem qualquer árvore que justifique a sua perda”. “Companheiros, adivinham-se dias ainda difíceis, de árduo trabalho, pelo que vos apelo uma vez mais ao estrito cumprimento das regras de segurança, ao uso do equipamento de proteção individual, a uma condução defensiva e segura, porque seria tudo isto, com toda a certeza o que o António e o Pedro me ajudariam a escrever para todos vós”, acrescenta o responsável. Já arderam 8 viaturas N ão há memória de um ano assim. Para além das duas vítimas mortais e dos feridos, um dos quais ainda se mantém em situação critica, o verão deste ano fica também marcado por milhões de euros em prejuízos materiais. O acidente mais recente, ocorrido no passado dia 11 de agosto, aconteceu no grande incêndio de Penacova, distrito de Coimbra. As chamas destruíram duas viaturas dos bombeiros voluntários de Penacova, uma da corporação de Vila Nova de Poiares e outra da corporação de Brasfemes, tendo os bombeiros que seguiam nos carros conseguido fugir das chamas. Mais dramático foi o acidente ocorrido no passado dia um deste mês, do qual resultou a morte do voluntário de Miranda do Douro. Os bombeiros foram surpreendidos por uma mudança brusca de vento e ficaram encurralados no meio das chamas, entre Cicouro e São Martinho de Angeira, junto à fronteira com Espanha. A viatura dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro ficou completamente carbonizada. Num acidente similar, ocorrido também neste dia, um carro de combate a incêndios dos Bombeiros de Salvação Pública de Chaves ardeu por completo durante o combate a um incêndio florestal em Boticas. O carro era o mais antigo da associação. A perda de viaturas começou em julho, já em plana Fase Charlie. No passado dia 11 de julho, uma viatura dos Bombeiros de Alfândega da Fé sofreu um acidente, de madrugada, na zona de Cabreira. O veículo dos Bombeiros de Alfândega da Fé capotou e acabou por arder, mas os cinco ocupantes conseguiram sair praticamente ilesos, quando combatia um incêndio de duas frentes. O carro ficou atascado e os bombeiros tentaram retirá-lo, mas não conseguiram por causa do fogo que era muito grande. Tiveram de fugir e abandonar o veículo, explicou João Martins, comandante dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé, salientando que os operacionais não tiveram alternativa Por último, os Bombeiros Voluntários de Vila Nova da Barquinha também lamentam a perda de uma viatura de fogo. Trata-se de um veículo rural de combate a incêndios, com capacidade para três mil litros. A viatura terá avariado e bloqueado, obrigando os bombeiros a abandoná-la. De todos estes acidentes há a registar vários feridos ligeiros que tiveram alta entretanto. Exceção para o bombeiro de Miranda do Douro, 25 anos, que continua internado com prognóstico muito reservado. PC 6 AGOSTO 2013 LBP 1930-2013/INCÊNDIO DO CHIADO, 25 ANOS Exposições virtuais recordam factos históricos Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista Fotos: Arquivo LBP/NHPM A gosto é, em matéria de história cronológica e factual, sinónimo de várias evocações. Desde logo, aquela que tem a ver com o feito que guindou internacionalmente o bom nome dos bombeiros portugueses: a vitória no Congresso-Concurso Internacional de Bombeiros, realizado em Vincennes, perto de Paris, a 18 de Agosto de 1900, por intermédio da participação do Corpo de Salvação Pública do Porto (CSPP), actual Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, sob o comando do inspector Guilherme Gomes Fernandes. Mas, não é a tal acontecimento que nos referiremos na presente edição do “BP”, uma vez que já tivemos o ensejo de o recordar, no passado mês de Maio, quando nos debruçámos sobre “As manobras/desporto e seus antecedentes”. Nesta oportunidade, duas datas merecem, pois, a nossa especial atenção. São elas: 18 de Agosto de 1930, que marca a fundação da Liga dos Bombeiros Portugueses, na sequência do Congresso Nacional de Bombeiros, reunido no Estoril; e 25 de Agosto de 1988, dia em que os corpos de bombeiros da cidade de Lisboa e arredores travaram o mais complexo incêndio de que há memória após o terramoto de 1755, no Chiado. De resto, é aos dois factos que correspondem as imagens iconográficas que aqui repro- duzimos, retiradas de duas exposições virtuais, temporárias, organizadas pelo Núcleo de História e Património Museológico (NHPM), as quais lançamos simultaneamente com a publicação deste número do “BP”. “O ano de 1930 é, para os bombeiros portugueses, um marco importante na sua história e, em especial na sua história recente. Depois de várias tentativas de reorganização da Federação dos Bombeiros Portugueses, as associações e corpos de bombeiros, reunidos naquele ano, em Congresso, no Estoril, decidiram a criação de uma confederação nacional que denominaram Liga dos Bom- beiros Portugueses. Os estatutos só foram aprovados no II Congresso Nacional, reunido na cidade de Setúbal, em 1931, e definiram como grande objectivo da novel instituição ‘defender e promover quanto importe aos interesses dos serviços de incêndios e socorros em calamidades públicas’”. Assim principia a história da Confederação e surge também, agora, em termos de inovação, a exposição dedicada aos 83 anos da sua existência, subordinada ao tema “Liga dos Bombeiros Portugueses, 19302013”, onde o visitante poderá apreciar algumas das peças museológicas recentemente recuperadas pelo NHPM, visuali- zar documentos e imagens históricas, bem como ficar a saber quem foram as personalidades que, ao longo dos tempos, presidiram à instituição. Ainda a propósito, são recordadas as 12 capas da antiga revista “Fogo e Técnica”, saída, pela primeira vez, em Fevereiro de 1978. Disponível no endereço http://lbpmemoria.wix.com/ lbp83anos, pode ler-se no respectivo texto de apresentação que “esta mostra reúne e dá a conhecer alguns dos momentos mais marcantes da marcha temporal, a passo firme, protagonizada pela Liga dos Bombeiros Portugueses, que, por si só, reflectem a abrangência repre- sentativa desta e a sua constante intervenção na construção do futuro dos bombeiros em Portugal”. Refira-se que, ao nível organizativo e de recuperação documental, o que consubstancia as bases da criação do Núcleo de História e Património Museológico, “a selecção dos conteúdos realizada para o efeito não constituiu tarefa fácil”, em virtude da “existência de um complexo e importante acervo histórico com interesse”. Acresce ainda que “a recolha final, que ultrapassa a centena de peças, vai ao encontro da função didáctica em que consiste a divulgação da História e da pretendida dignificação de 83 anos de afirmação colectiva”. Por seu lado, a segunda exposição, acessível através do domínio http://lbpmemoria. wix.com/incendiochiado25anos, versa o grande incêndio do Chiado e decorre da publicação, na edição de Junho do “BP”, de uma parte do trabalho fotográfico levado a cabo pelo fotojornalista Marques Valentim, há precisos 25 anos, para o “Correio da Manhã”, do qual foi um dos jornalistas fundadores. Ao todo, são dezenas de fotografias históricas que documentam os níveis elevadíssimos de destruição e o esforço notável dos muitos bombeiros que acorreram à chamada. À semelhança do que é dito na apresentação da exposição “Liga dos Bombeiros Portugueses, 1930-2013”, “sem mais considerações, estão abertas as portas ao visitante e desafiamo-lo a deixar-se contagiar pelo poder das imagens”. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia Site do NHPM da LBP: www.lbpmemoria.wix.com/ nucleomuseologico 7 AGOSTO 2013 LIGA REJEITA RE-ENCAMINHAMENTO DE CHAMADAS Atrasos são responsabilidade do INEM A polémica está instalada com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) a denunciar que a obrigatoriedade de fazer passar as chamadas de emergência pela linha 112 pode criar dificuldades. A Confederação vai mais longe e diz mesmo que qualquer atraso e as suas consequências terão de ser imputados ao INEM. O INEM não recua e admite não pagar serviços que não passem pelas centrais CODU. Texto: Patrícia Cerdeira A obrigatoriedade está plasmada na lei mas só desde o passado dia um de agosto é que o INEM determinou que os pedidos de socorro feitos junto dos corpos de bombeiros têm de ser triados pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, estruturas que decidem a partir de agora os meios a disponibilizar. Desde a primeira hora que a Liga dos Bombeiros Portugueses está contra esta nova metodologia e promete lutar “com todas as forças” para que este modelo seja suspenso. Jaime Marta Soares, presidente da LBP, defende que esta opção “pode eventualmente criar dificuldades a quem estiver numa situação crítica”. “Qualquer atraso na chegada de socorro à vítima pode levar a situações irreversíveis ou até à perda de vidas humanas”, alerta o dirigente. De acordo com a LBP, “qualquer responsabilidade na demora da prestação de socorro dentro deste âm- bito não pode em circunstância alguma ser imputada aos bombeiros, mas sim ao INEM. A triagem das chamadas de emergência médica pelo CODU não é nova, estando prevista na lei desde 1997. Com a decisão do INEM , comunicada a todos os corpos de bombeiros, os operadores são obrigados a re-encaminhar as chamadas de emergência médica para o INEM, sob pena de não receberem o subsídio cada vez que o CODU aciona uma ambulância ENFERMEIROS Foto: José Coelho/LUSA NÃO PODEM SER VOLUNTÁRIOS Ordem admite rever parecer polémico U m parecer do Conselho Jurisdicional da Ordem dos Enfermeiros, elaborado em 2012, diz preto no branco que estes técnicos não podem realizar atos de enfermagem enquanto voluntários, indicando que o regime de voluntariado contraria a autonomia da profissão. Apesar disto, e confrontada pelo ‘BP’ com as centenas de enfermeiros que são voluntários nos corpos de bombeiros, a Ordem admite ao nosso jornal “ter de olhar para estes casos com especial atenção”. A decisão tem um ano e continua a levantar polémica, nomeadamente, no que concerne à colaboração de enfermeiros com os corpos de bombeiros. Segundo Rogério Gonçalves, presidente do Conselho Jurisdicional, a Ordem viu-se “obrigada” a clarificar esta situação porque “existem várias instituições que estão a contratar enfermeiros em regime de voluntariado e no fim, sem mais nem menos, prescindem das colabo- rações com a explicação de que os profissionais não têm as competências suficientes”, conta o responsável da Ordem que sublinha o papel “regulador” desta estrutura na profissão e na “defesa” dos direitos dos enfermeiros. Em declarações ao ‘BP’, Rogério Gonçalves refere que o parecer em causa tem por objetivo salvaguardar os profissionais, em casos de atropelos à profissão, mas também os cidadãos, já que num cenários de más práticas em que seja necessário aplicar uma sanção disciplinar, a Ordem só pode atuar se o enfermeiro agir enquanto técnico de saúde e não como voluntário, já que o voluntariado remete para legislação própria. Além disso, refere Rogério Gonçalves que, no caso dos corpos de bombeiros, os enfermeiros que estejam integrados na estrutura são obrigados a responder ao comandante situação que coloca em causa a “independência técnica” da profissão e que contraria a legislação dos enfermeiros que não podem ter “dependência hierárquica de outras estruturaras” que não as ligadas à profissão. Por tudo isto, diz a Ordem que, no caso dos corpos de bombeiros, um enfermeiro só pode prestar atos de enfermagem enquanto cidadão voluntário e não enquanto técnico de saúde. Questionado pelo ‘BP’ sobre como será possível a um cidadão comum efetuar atos de enfermagem se não for enfermeiro, Rogério Gonçalves acrescenta: “É verdade. E talvez por isso a Ordem tenha de elaborar outro parecer para este tipo de situação. Quando elaboramos o parecer de 2012 não analisámos a questão dos corpos de bombeiros mas admito que tenha de ser abordada de outra forma”, conclui o responsável que promete uma nova clarificação por parte da Ordem dos enfermeiros até ao final do ano. Patrícia Cerdeira dos bombeiros. Uma das questões que se coloca prende-se com o tipo de equipamento disponível nas associações e corpos de bombeiros. Se há casos onde os telefones fazem redirecionamento automático de chamadas, outros há em que para fazer a triagem para o CODU o operador terá de utilizar outro telefone ou desligar mesmo a chamada de pedido de socorro inicial, e esta é uma das condicionantes denunciadas por várias associações. A Liga de Bombeiros Portugueses diz que mantém total disponibilidade para “pugnar pela qualidade da prestação de serviço de emergência”, mas conclui reafirmando “não se responsabilizar, em circunstância alguma, pelos atrasos na prestação de socorro por parte dos bombeiros, já que o despacho de meios é da total responsabilidade do CODU”. A decisão do INEM foi também comunicada aos bombeiros pela Autoridade Nacional de Proteção Civil que, através da Direção Nacional de Bombeiros, alertou as associações para a necessidade de realização da triagem pelo INEM das chamadas recebidas diretamente nas suas centrais telefónicas. A Proteção Civil sublinha que não fo- ram dadas instruções aos bombeiros para que não respondessem aos pedidos de envio de ambulâncias do INEM sem que antes fossem re-encaminhadas para os CODU. Num esclarecimento publicado já este mês na imprensa diária, o presidente do INEM, Miguel Soares de Oliveira, refere que até um de agosto havia casos em que a situação era transmitida ao INEM “tardiamente, no final da avaliação à vítima realizada pelos bombeiros no local”, o que poderia limitar “as mais-valias para o cidadão de acesso precoce ao INEM”, referiu Miguel Soares. 8 AGOSTO 2013 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL BARCELINHOS 7,5 milhões para investir “Lendário 9” deixa saudades A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e 25 comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas assinaram no Ministério da Administração Interna (MAI), no passado dia 29 de julho, vários protocolos para assegurar a execução de projetos de aquisição de equipamentos de proteção individual para corpos de bombeiros. Miguel Macedo explicou que vai ser feito “um investimento total de 7,5 milhões de euros, com recursos a fundos comunitários, para aquisição de forma de descentralizada de equipamento individual de proteção para os bombeiros”. Segundo o ministro, este investimento vai permitir que metade dos efetivos que integram as corporações de bombeiros voluntários recebam equipamentos. Este projeto financia 92 por cento do total da despesa, ficando o restante a cargo das câmaras municipais. Miguel Macedo considerou o investimento importante, tendo em conta que todos os bombeiros vão passar a estar mais protegidos nas suas atividades. Também o presidente da LBP, Jaime Marta Soares, destacou a importância deste investimento, afirmando que este apoio “é algo que acontece pela primeira vez”. Jaime Marta Soares explicou que com a extinção dos governos civis, os corpos dos bombeiros deixaram de ter apoio para os equipamentos individuais de proteção, tendo o MAI definido a estratégia que agora se consolida com a assinatura deste protocolos. Segundo o presidente da LBP, os 7,5 milhões de euros vão ser distribuídos pelas associações de bombeiros em Portugal através das comunidades intermu- nicipais e áreas metropolitanas. “É uma nova forma de apoiar os bombeiros, o que permite que as câmaras municipais tenham que disponibilizar só sete por cento para concretizar este grande objetivo”, referiu, salientando que o investimento é “prioritário porque garante mais segurança a todos os bombeiros que se encontrem nos teatros de operações a combater os incêndios florestais”. PC Autarquia renova protocolos Câmara Municipal de Palmela decidiu recentemente renovar o protocolo com as três associações de bombeiros do concelho no âmbito do apoio ao funcionamento dos grupos de bombeiros permanentes e de comparticipação nos encargos com os seguros das viaturas de emergência. O protocolo, existente desde 1999, prevê mais de 290 mil euros destinados a comparticipar a permanência de 6 elementos nos Voluntários de Palmela, Bombeiros de Pinhal Novo e Mistos de Águas de Moura, num total de 18 operacionais. No caso da comparticipação nos seguros das viaturas de emergência, o protocolo abrange 71 veículos e um total de apoio superior a 17 mil euros. MADEIRA O ais de mil pessoas acompanharam as cerimónias fúnebres, de Licínio Ribeiro, bombeiro e quarteleiro dos Voluntários Barcelinhos, mas que deixou de luto todos os quartés do norte do e centro do país, onde era um considerado um xemplo de entrega ao causa um arauto do lema “vida por vida” Todos os elementos dos Bombeiros Barcelinhos se uniram neste último adeus tal como mais duas centenas de outros soldados da paz de muitos quartéis do país. O pároco de Barcelinhos que presidiu às cerimónias fúnebres falou de Licínio Ribeiro, como um “homem que ajudava os outros, sem pedir nada em troca e se sentia bem por isso, conhecido em todo o lado e um exemplo para toda a comunidade”. Também o comandante dos Voluntários de Barcelinhos, José Beleza, sublinhou que “ninguém esquece um homem assim, tão presente, amigo, profissional e querido por todos“. Nem a doença toldou a vontade de servir o próximo, já bastante debilitado Licínio Pereira Ribeiro continuava disponível para efetuar o transporte dos doentes para tratamentos para várias unidades de saúde, nomeadamente para o Porto, conforme contou ao jornalistas há uns meses, quando o jornal Bombeiros de Portugal esteve no quartel de Barcelinhos. Nessa mesma ocasião o homem tímido e simples pouco habituado a entrevistas, contou vários episódios de uma vida cheia de histórias ao serviço da associação que serviu durante mais de meio século. Foram muitos atos de bravura e coragem em tantos e distintos teatros de operações que Licínio Ribeiro reduzia a uma obrigação de quem escolheu servir os outros. O “9” era um bombeiro estimado e respeitado pela comunidade. Contam que, para além das missões de socorro, cumpria muitas outras, sempre com o intuito de ajudar e de confortar quem mais necessitava. Foi, com emoção, que no passado mês de junho, por ocasião do aniversário dos Bombeiros de Barcelinhos, que recebeu o Colar da Ordem de Mérito. Na ocasião já bastante debilitado e muito comovido ouviu José Arlindo Costa, presidente da associação retrata-lo como “um homem com “H” grande”, para todos “o melhor exemplo”. Entre os muitos títulos que foi arrecadando ao longo da sua vida ativa, o Licínio Ribeiro foi agraciado com a Medalha de Prata Cidade de Barcelos e o Crachá da Liga dos Bombeiros Portugueses. O Bombeiro 9 há já algum tempo que encontrava no Quadro de Honra dos Bombeiros de Barcelinhos, mas esteve sempre no ativo. Licínio Ribeiro, o já lendário quarteleiro dos Voluntários de Barcelinhos, partiu aos 71 anos, vítima de doença prolongada, deixando mais pobre a família dos Bombeiros de Portugal, que, certamente, lhe votará lugar de destaque na galeria dos seus mais ilustres representantes. ENTRONCAMENTO PALMELA A M Governo atribui apoio a bombeiros Governo Regional da Madeira decidiu conceder apoios de 194 mil euros a cinco corpos de bombeiros do arquipélago, destinados à aquisição de equipamentos de proteção individual e de combate a incêndios. As associações e corpos de bombeiros contemplados são os Voluntários Madeirenses, Porto Santo, Ribeira Brava, Santana e São Vicente e Porto Moniz. O apoio, que será disponibilizado após a celebração de contratos-programa, segundo o Governo Regional da Madeira, visa melhorar as operações de socorro na Região e as condições de segurança em que os bombeiros as desenvolvem. N Faleceu Artur Morga o passado dia 31 de Julho, aos 82 anos de idade, faleceu o Comandante Morga do QH dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento. O seu corpo esteve em câmara ardente no quartel, onde inúmeros amigos que foi granjeando ao longo da sua vida, tanto nos Bombeiros, como no Exército e na vida civil ali marcaram presença. Ali se viram comandantes e antigos comandantes de muitos Corpos de Bombeiros da região bem como muitos bombeiros que se que quiseram juntar aos Bombeiros do Entroncamento no momento da despedida deste seu amigo. Foi um cidadão digno, respeitado e respeitador, um cidadão exemplar e amigo do seu amigo. O funeral seguiu no dia seguinte para o cemitério da Póvoa de Santa Iria onde o corpo foi cremado. Exerceu as funções de comandante do seu Corpo de Bombeiros desde 1978 até 1997 quando passou ao Quadro Honorário. Em 1998, no âmbito do Cinquentenário da sua Associação e do seu Corpo de Bombeiros, concretamente em 11.10.98, foi o homem forte da organização do VIII Encontro Nacional dos Bombeiros do Quadro Honorário que a Liga dos Bombeiros Portugueses, com a colaboração da Federação dos Bombeiros do Distrito de Santarém, nessa data realizou na cidade do Entroncamento. O Comandante Morga era um homem mais de obras do que de palavras. E os inúmeros amigos que tinha espalhados pelo país sabem bem que foi sempre assim. Ainda no tempo em que mal se falava de Proteção Civil, já tinha no seu quartel um Gabinete autónomo, equipado com sala de reuniões, gerador e equipamento de proteção individual e de comunicações para uma Comissão equivalente à actual Comissão Municipal de Proteção Civil. Quando passou ao Quadro de Honra, voluntariamente e em sintonia com a Câmara Municipal do Entroncamento, instalou e equipou o Serviço Municipal de Proteção Civil. Foi Coordenador daquele Serviço durante mais de 15 anos e, segundo consta, desempenhou aquela missão em regime de Voluntariado, como sempre fez nos Bombeiros. Foi um distinto Oficial do Exército de onde se reformou com o Posto de Capitão. Da sua folha de serviços, tanto na vida militar como na vida de Bombeiro constavam várias distinções. Foi condecorado com a Medalha de Ouro da Cidade do Entroncamento pelos relevantes serviços prestados à causa dos Bombeiros e da Proteção Civil. Já em 2013, no dia 12 de Janeiro, na data do 64.º Aniversário dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, foi condecorado com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, por proposta da sua Associação. Carlos Pinheiro 9 AGOSTO 2013 BAL DE CASTELO BRANCO F Fotos: António José/LUSA Capacidade para 120 pessoas oi inaugurada, no passado dia 12 de agosto, a nova Base Logística de Apoio (BAL9 à proteção civil e o aeródromo de Castelo Branco, um investimento de seis milhões de euros, financiado em 85 por cento por fundos comunitários e o restante pela Câmara Municipal de Castelo Branco. “Esta é uma estrutura situada numa encruzilhada de zonas complicadas em termos de Proteção Civil, que permite criar excelentes condições aos operacionais que no dia a dia salvaguardam pessoas e bens”, disse aos jornalistas o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que presidiu à cerimónia de inauguração. Para o presidente da câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, “esta é uma estrutura de grande importância para qualquer região”. Ainda segundo o autarca, o “aeródromo é um grande equipamento de Castelo Branco, no qual deposita enormes esperanças para o futuro da cidade e do concelho”. O aeródromo tem uma pista de 1600 metros de comprimento. Já a Base de Apoio Logístico para os bombeiros e proteção civil tem uma área de construção de dois mil metros quadrados e integra 12 camaratas, com capacidade para 120 pessoas, nove quartos para pilotos de aviões ou helicópteros, uma sala de reuniões, uma sala de estar, e um refeitório, além das respetivas zonas de estacionamento. Apesar da inauguração oficial só ter acontecido em meados deste mês, a nova BAL de Castelo Branco entrou em funcionamento em julho. É ali que estão sedeados alguns elementos da FEB e dois helicópteros de combate a incêndios. Racionalização sem “stress” A inauguração destas novas infraestruturas decorreu numa semana muito dura para os bombeiros, com dezenas e dezenas de ignições que levaram ao terreno milhares e milhares de homens e mulheres. Talvez por isso, não tenham “caído” da melhor forma as declarações do ministro da Administração Interna que aproveitou mais este momento para sublinhar a necessidade de haver um esforço para a “racionalização” de estruturas de bombeiros em Portugal. “Há situações em que muito dificilmente se pode perceber a duplicação ou triplicação de estruturas”, disse. Miguel Macedo referiu que há “bons exemplos” concretizados, como aconteceu em Espinho, “que tinha duas corporações de bombeiros e que já anunciaram a sua fusão, num ambiente pacífico de vontade mútua”. Para o responsável, a questão da racionalização não se resume apenas aos meios financeiros. “Em muitos casos, do ponto de vista operacional, não faz sentido haver essa dispersão de meios. Ou seja temos que trabalhar este dossiê numa lógi- ca de capacidade de eficiência operacional”, afirmou. O ministro considerou ainda que este processo deve ser feito sem “stress” e de “forma voluntária”, afirmando-se defensor da “concertação”. “As pessoas têm mente aberta para perceber os argumentos da racionalidade. É péssimo que, quando queremos discutir com inteligência e serenidade uma qualquer questão, se introduzam elementos de irracionalidade”, disse. Miguel Macedo explicou que este processo se “fará ao longo de bastantes anos, num ambiente de cooperação, sensatez e racionalidade. É um percurso que temos que fazer, pois o país precisa”. PC BARCELINHOS Novo quartel é um sonho à vista A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Barcelinhos luta pela construção de um novo quartel para o seu corpo de bombeiros. Segundo nos informaram a direção e o comando “o sonho está à vista de se concretizar” em face dos bons resultados dos contactos estabelecidos, quer com a Câmara Municipal de Barcelos, quer com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). Os responsáveis definem a situação como “um processo sofrido durante muito tempo e que começa a ganhar os contornos necessários para finalmente garantir a sua concretização”. O terreno cedido pela Autarquia situa-se numa zona periférica em relação à zona urbana da freguesia de Barcelinhos com acesso privilegiado aos principais eixos rodoviários. Na memória descritiva é realçada a sua proximidade às prin- cipais vias de acesso local, o acesso a concelhos limítrofes e acesso de forma desobstruída à rede viária nacional e a proximidade operacional de combate a sinistros nos tecidos urbano e industrial. O novo quartel, cujas imagens temos a oportunidade de mostrar em primeira mão, desenvolve-se, preferencialmente, por um único piso sendo proposto um segundo piso apenas sobre a zona da entrada princi- pal destinado à direção e comando. O edifício desenvolve-se em L implantado numa plataforma de nível distinguindo-se dois núcleos funcionais independentes. Segundo o arquiteto Pedro Magalhães, autor do projeto, “ o edifício é marcado por uma procurada horizontalidade, de linhas e planos que definem as fachadas e a própria volumetria e tal opção reforça a ligação do objeto construído ao terreno e simultaneamente pretende afirmar-se como uma forma de reduzir a escala do edifício”. O atual quartel remonta ao início da década de oitenta do século passado e situa-se, desde logo, numa zona de risco de cheias, risco igualmente associado à rutura de barragens. Por outro lado, a sua localização em pleno centro histórico da cidade de Barcelos não possui qualquer área livre disponível para a sua ampliação. Falta de espaço no parque de viaturas (metade ficam estacionadas na via pública), falta de camarata feminina, falta de sala de convívio para os bombeiros, falta de espaço para formação e reunião, e falta de espaço para uma verdadeira central de comunicações e área para higienização e manutenção de viaturas são algumas das razões de peso para justificar a necessidade do novo quartel. 10 AGOSTO 2013 QUELUZ Estágios levam jovens ao quartel Durante todo o mês de julho os Voluntários de Queluz promovendo mais um estágio de Verão, “escancarando”, desta forma, as portas do quartel aos mais jovens. Nesta terceira edição da iniciativa participaram mais de seis dezenas de jovens. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim O s princípios de rigor que norteiam a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Queluz têm permitido o investimento em equipamentos e uma aposta clara na formação que dos operacionais que servem as áreas de Queluz, Monte Abraão e Massamá e garantem o socorro a cerca de 100 mil habitantes. Determinados a contrariar as adversidades, direção e comando, vão preparando o futuro, chamando para a causa do voluntariado os mais jovens, conforme revelou ao nosso jornal Ramiro Ramos, presidente dos Voluntários de Queluz, a propósito dos 3.ºs Estágios de Verão que decorreram, no quartel, de a 1 a 26 de julho. Também o comandante Joaquim Santos sublinha a importância desta iniciativa que tem permitido divulgar a atividade dos bombeiros, sensibilizar e aproximar a comunidade e até assegurar reforços para o corpo de bombeiros. O responsável operacional explica que a “captação” é efetuada nas escolas da área de intervenção do Voluntários de Queluz, nas redes sociais, mas também pelos participantes em edi- ções anteriores. O número de candidatos tem vindo a aumentar de ano para ano, conforme sublinha o comandante. Refira-se que em 2009, 24 jovens frequentaram curso de técnicas de socorrismo e o estágio em ambulância, este ano, o número de participantes disparou para mais de 60. “O estágio é composto por 40 horas de formação, oito horas de workshops sobre diversas temáticas nomeadamente técnicas de grande ângulo e desencarceramento e depois fazem um estágio de 32 horas, saindo como terceiro elemento nas nossas am- bulâncias, apenas como observadores”, explica o comandante, especificando que, diariamente, dois grupos, de quatro elementos, cumpririam o horário das 8 às 16 h. ou das 16 à meia noite”. Cumprido o horário, muitos eram os que permaneciam no quartel, algo que o responsável assinala com muita satisfação, até porque esta postura contraria o futuro negro que muitos traçam para o voluntariado. “Alguns ficam”, diz-nos o comandante citando o exemplo de Beatriz Garcia, uma estudante de medicina que participou na primeiras edição deste projeto e que depois ingressou no corpo de bombeiros, fazendo questão de estar ligada à iniciativa orientando e apoiando os estagiários. “Eu inscrevi-me porque queria perceber se a área da saúde era de fato a mais indicada para mim e por isso decidi inscrever-me no estágio e acabei por ficar, mesmo depois de ter iniciado o curso de medicina que é muito exigente”, diz-nos Beatriz Garcia. “Este ano a expectativa é que, deste grupo, cerca de 30 elementos possam vir a in- gressar o curso inicial de bombeiro”, revela Joaquim Santos, uma previsão audaciosa, porém “realista”, reveladora do êxito deste pioneiro projeto que surge como mais uma aposta ganha por este corpo de bombeiros, que terá, certamente, continuidade. Refira-se que, atualmente, o Voluntários de Queluz contam, com 84 elementos no quadro ativo, um grupo “fantástico” bem preparado que dá resposta eficaz à população que serve, muito embora Joaquim Santos sublinhe que os “voluntários nunca são de mais”. 11 AGOSTO 2013 LIGA EXIGE AUMENTO DOS SEGUROS PARA BOMBEIROS Municípios rejeitam mais encargos A vida de um bombeiro vale 109 mil euros. Os tratamentos hospitalares, incluindo queimaduras graves, valem cerca de 10 mil euros. A partir deste valor os custos são garantidos pelo Fundo de Proteção Social do Bombeiro. Há vários anos que a Confederação vem alertando para a necessidade de aumentar estes capitais e, mais uma vez este ano, perante a perda de vidas em acidentes em serviço que causaram vários feridos, a Liga volta à carga. Contactado pelo ‘BP’ o ministério da Administração Interna mostra-se disponível para legislar nesse sentido mas ao que o ‘BP’ apurou a Associação Nacional de Municípios Portugueses não está disposta a assumir mais encargos. Texto: Patrícia Cerdeira A legislação que regula os seguros de acidentes de trabalho obrigatórios para os bombeiros, e que são pagos pelas autarquias, são nesta altura mais abrangentes. Não em matéria de dinheiro, mas antes nos homens e mulheres que a eles têm direito. A moldura legislativa revista recentemente alarga aos quadros de reserva, honra, a cadetes e infantes a obrigatoriedade de contratualização de seguros de trabalho. Até aqui apenas os quadros de comando e ativo estavam salvaguardados em caso de acidente em serviço. Apesar deste avanço, e depois da polémica em torno da conta apresentada à Liga pelo Hospital Prelada, no Porto, e também devido aos vários acidentes em serviço já registados este verão, Jaime Marta Soares, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, referiu ao ‘BP’ que tem mantido contactos com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para “melhorar os valores legalmente definidos como mínimos” nos seguros a atribuir aos bombeiros em caso de acidente. Atualmente, o capital por morte ou invalidez permanente está fixado no valor de 225 vezes a Remuneração Mínima Mensal Garantida (RMMG - salário mínimo) mais elevada. Já por incapacidade temporária absoluta e total estabeleceu-se o montante de 0,11 vezes do salário mínimo nacional mais elevado, por dia. Para despesas de tratamento o valor é de 20 vezes a RMMG garantida mais elevada, devendo os municípios suportar até mais 10 vezes nas situações em que seja necessário. Nos casos em que a incapacidade temporária absoluta e total afete um estudante ou um desempregado, o subsídio diário é calculado em função da RMMG. A RMMG para este ano, estabelecida pelo decreto-lei de Decreto-Lei n.º 5/2010, de 15 de janeiro, é de 475 euros. Em matéria de tratamentos hospitalares, a Liga considera que o valor dos capitais segurados é “ridículo”, Jaime Marta Soares lembra que os encargos nas unidades de queimados são “muitos elevados”, e que os va- BSB Fotos: Subchefe António Oliveira “Prevenir para Proteger” em balanço O projeto “Prevenir para Proteger” do Batalhão Sapadores Bombeiros do Porto (BSB) cumpriu mais um ano escolar (2012/2013) com 49 sessões de sensibilização realizadas em igual número de escolas básicas da cidade. Segundo fonte do BSB, o projeto “desenvolve-se no âmbito das responsabilidades acometidas aos municípios, no que toca à matéria de implementação de planos de segurança e emergência e em conformidade com os dispositivos legais vigentes, que regulamentam a segurança contra incêndios aplicável a todos os edifícios e recintos escolares”. Neste ação conjunta, o departamento municipal de educação (DME) conta com a parceria do departamento municipal de proteção civil (DMPC), do Batalhão Sapadores Bombeiros do Porto (BSB), Polícia de Segurança Pública (PSP) – Escola Segura e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Desde o ano letivo 2009/2010, segundo o BSB, “o DME tem vindo a promover ações em contexto escolar, nomeadamente, reuniões de sensibilização e consciencialização junto dos agrupamentos de escolas, para além da conceção e entrega do plano de Segurança de cada escola básica, reuniões, exercícios de simulacro de incêndio com a participação de todos os parceiros e a comunidade escolar, seguido de uma ação pedagógica junto das crianças por parte dos elementos do BSB e do INEM”. lores cobertos pelos seguros “dão para muito pouco”. Sensível a esta questão está o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que este mês afirmou que a responsabilidade do pagamento dos seguros dos bombeiros “é, de facto, assegurado pelas autarquias”, garantindo que está “atento, com a Liga dos Bombeiros Portugueses, à situação”. A negociação de novos valores terá de ser negociada com as autarquias, já que são os municípios que pagam os seguros aos bombeiros. Fonte do MAI disse ao ‘BP’ que o Governo está aberto ao diálogo mas vai alertando para a posição da ANMP que se mostra “pouco aberta” a suportar mais encargos. A fonte por nós contactada diz que mesmo que um dos dirigentes da ANMP terá afirmado que os bombeiros “já têm um custo muito elevado” quando comparados com as forças de segurança e os próprios autarcas. Confrontado com estas posições, Jaime Marta Soares garante que não vai desistir porque os bombeiros “não têm preço”. 12 AGOSTO 2013 VERÃO Bombeiros na praia Um pouco por todo o país, os bombeiros já têm um papel importante nos areais de Norte a Sul quer na prevenção, com ações de vigilância e patrulhamento, quer no socorro aos banhistas. Em terra e no mar, muitas dezenas de operacionais respondem com eficácia e são um fator de segurança que confere qualidade às praias portuguesas. Texto: Sofia Ribeiro equipadas com material de primeiros-socorros e de suporte básico de vida e, ainda, de um extintor sendo que os ciclistas têm contacto permanente com a central dos bombeiros. Segundo fonte do quartel de Esmoriz, “esta equipa foi pensada, especialmente, para permitir uma primeira intervenção até à chegada da ambulância, sobretudo em áreas onde se aglomerem muitas pessoas, como é o caso nas zonas balneares nesta época do ano”. Desde 2003, que “com o objetivo de aumentar a segurança da cidade da Figueira da Foz nas áreas adjacentes às praias” os voluntários da cidade dinamizam um programa de assistências às praias, numa missão que conta com a parceria dos Bombeiros de Gouveia. Asseguram este programa 30 elementos do corpo da Figueira da Foz e 16 operacionais de Gouveia que, abdicando do seu tempo de lazer, prestam mais este importante serviço à comunidade figueirense e a todos os visitantes da cidade. Refira-se que, em 2012, só em agosto, estas equipas registaram mais de duas dezenas de ocorrências entre quedas, queimaduras, atropelamentos e doenças súbitas. O programa consiste no patrulhamento de bicicleta de duas equipas de dois bombeiros, aos fins de semana das 9 às 18 horas. Cada veículo está equipado com material de emergência médica que permite prestar cuidados primários de saúde, e equipamento adicional para teste de glicemia e monitorização de tensão arterial. Complementarmente, as bicicletas estão equipadas com meios portáteis de extinção de incêndio – extintores de espuma e de pó químico, que poderão debelar pequenos focos de incêndio. Cada equipa está munida de um rádio de banda alta, para comunicação com a central dos bombeiros, o que permitirá a célere ativação de meios complementares, nomeadamente ambulâncias, viaturas de desencarceramento ou de incêndio. Mais a Sul, na praia de Carcavelos funciona, durante toda a época balnear o posto de socorro na praia guarnecido com dois socorristas dos bombeiros locais, que ao fim de semana reforçam a sua atuação com o patrulhamento de bicicleta. Dois bombeiros, devidamente equipadas com material de emergência pré-hospitalar, pa- Em declarações ao jornal Bombeiros de Portugal (BP) o comandante Paulo Santos regista que, apenas nos meses de junho e julho, os Voluntários de Carcavelos registaram 185 ocorrências na praia, “duas das quais com apoio da viatura médica e 15 com necessidade de transporte às unidades hospitalares”. Quedas, picadas de trulham o paredão que percorre o extenso areal. Por outro lado, uma embarcação de socorro, tripulada pelo timoneiro, um nadador salvador e um socorrista no mar zelam pela segurança dos banhistas. peixe-aranha são situações comuns, havendo ainda registo de duas situações de pré-afogamento. Uma equipa do BP esteve, no passado dia 17, na Praia de Carcavelos, onde a associação promoveu uma mostra dinâmica do serviço prestado à comunidade. Vários veículos estiveram em exposição ao mesmo tempo que elementos do corpo de bombeiros transmitiram aos banhistas conceitos básicos em matéria de suporte básico de vida. Apesar do vento ter afastado muitos veraneantes da praia ainda foram muitos os adultos e crianças que passaram pela tenda instalada no paredão, cumprindo-se assim o objetivo desta ação de proximidade “demonstrar às pessoas que os bombeiros dispõem dos meios e da formação necessários para prestar socorro às populações que servem”, conforme sublinhou o comandante Paulo Santos, fazendo um balanço positivo desta “deslocalização” do quartel que poderá voltar a acontecer noutros pontos da área de intervenção dos Bombeiros de Carcavelos. Fotos: Marques Valentim O s bombeiros têm já presença obrigatória nas praias nacionais, assegurando a segurança dos veraneantes. Apoiados por vários meios, com abordagens distintas, muitas dezenas de operacionais, de forma voluntária, preenchem lacunas ou complementam os programas de apoio aos banhistas de outras entidades. Neste âmbito, os Bombeiros de Vagos garantem, em permanência, piquetes de apoio à Praia da Vagueira, um serviço que é reforçado aos sábados, domingos e feriados, com uma equipa que inclui nadador salvador, timoneiro, mergulhador, entre outros elementos apoiados por uma embarcação de socorro, uma mota de água, um veículo todo-o-terreno e uma ambulância. Já em Esmoriz, a “Rescue Bike” - Equipa de Salvamento em Bicicleta - garante “vigilância e prevenção” na cidade, nomeadamente junto às praias. O projeto, inovador na região, assenta na mobilidade de duas bicicletas todo-o-terreno, 13 AGOSTO 2013 BARCELINHOS Celeridade e experiência salvam idosa Dois bombeiros dos Voluntários de Barcelinhos salvaram uma idosa no Rio Cávado, naquela que foi uma exigente operação. A celeridade e, também, a experiência e a coragem de Fernando Oliveira, apoiado pela bombeira, Carla Neto, foram providenciais para o sucesso desta missão que os “heróis do momento” fazem questão de partilhar com todos os elementos do corpo ativo, direção e comando. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim O bombeiro Fernando Oliveira tem um currículo repleto de intervenções bem-sucedidas, ainda assim, não esconde a satisfação de salvar a vida de quem lhe decidiu por termo, mas que depois se arrependeu. Carla Neto, mais jovem, não se lembra se uma situação tão complicada na, ainda curta, carreira nos Voluntários de Barcelinhos. Ele tinha a certeza que conseguia resgatar a idosa. Ela, confessa que temeu pela vida da mulher e do seu companheiro. Tudo terminou bem e esta dupla tem agora mais uma história para contar. Bravo, duro Fernando Oliveira fala com naturalidade do episódio do passado dia 7 julho quando à central de comu- nicações do quartel chegou o alerta de que uma mulher teria saltado da Ponte Nova, em Barcelos, “de uma altura de 24 metros” para o rio Cávado. O bombeiro percebeu de imediato que o sucesso da operação dependia da rapidez de atuação e por isso não hesitou em lançar-se ao rio, impedindo que a vítima fosse arrastada para o açude, onde teria poucas hipóteses de sobreviver. Fernando Oliveira conhece bem o rio, de onde já retirou muitas pessoas, tal como os sinuosos caminhos que o percorrem, o que acabou por ser determinante para o salvamento da sexagenária. Depois do salto, a mulher tentou boiar conseguindo, assim agarrar-se à vida. “A senhora só rezava” conta Fernando Oliveira ao jornal Bombeiros de Portugal, considerando que logo que saltou se arrependeu, o que acabou foi facilitar o salvamento, porque de facto “aquela mulher não queria morrer”, naquele momento “queria só que alguém a tirasse da água”. “Quando o Ni saltou para a água eu gritei por ele, fiquei tão aflita que pensei em atirar-me a seguida”, conta Carla Neto, confidenciando que esta foi a situação mais complicada que viveu ao serviço dos Bombeiros de Barcelinhos. Mas a determinação de Fernando Oliveira acabou por acelerar os trabalhos de resgate. “A vítima estava, aparentemente bem, sem qualquer lesão” mas ainda assim foi conduzida ao hospital, onde na passada semana ainda se encontrava internada a recuperar de outros danos que levaram a ensaiar aquele salto para a morte. Apesar do risco, Fernando Oliveira garante que “fazia tudo outra vez”, recusando, ainda assim, o estatuto de herói. “Nesta instituição somos todos heróis. Eu atirei-me ao rio, como qualquer um aqui fazia, o sucesso desta intervenção é apenas o resultado de um trabalho de equipa, que inclui, também, comando e direção”, faz questão de sublinhar o bombeiro. Já o presidente da direção, José Arlindo Costa, e o coman- dante, José Beleza, falam com orgulho desta situação em concreto, mas que declaram ser o exemplo da entrega e da coragem que caracterizam todos os elementos que servem os Voluntários de Barcelinhos. Por estes dias, este episódio ainda anima conversas de café, mas Fernando e Carla já viraram mais uma página e, quem sabe, quantas vidas já ajudaram, entretanto a salvar, porque esse é o desígnio do bombeiro. 14 O AGOSTO 2013 SEIXAL MACEDO DE CAVALEIROS Bombeiros em dia municipal Adjunto recebe crachá Municipio do Seixal homenageia os seus bombeiros há 11 anos com a comemoração do Dia Municipal do Bombeiro. Este ano a homenagem aos soldados da paz das associações humanitárias de bombeiros mistos do Seixal e Amora decorreu no dia de S. Pedro, 29 de junho, feriado municipal. Este ano, as celebrações decorreram na freguesia de Aldeia de Paio Pires, na Avenida General Humberto Delgado. Houve desfile de viaturas a partir do Largo João Freitas Branco até à Sociedade Musical 5 de outubro, e apresentação das fanfarras, corpos de bombeiros e viaturas. A formatura, com cerca de 180 bombeiros, apresentou-se junto à tribuna, onde decorreu a cerimónia protocolar. Ali procedeu-se à entrega simbólica de equipamento de segurança e proteção às duas associações de bombeiros do concelho oferecido pela “RACC”. A empresa, sediada no concelho, entregou aos bombeiros 400 mantas de refrigeração e aquecimento para utilização em caso de acidente, 400 capas de proteção de chuva e 400 lápis de marcação de piso. Na oportunidade, após as intervenções dos comandos e dirigentes das duas associações do concelho do Seixal, falou Eduardo Correia, presidente da adjunto de comando do corpo de bombeiros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros, Armando Augusto Fernandes, foi homenageado com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e com a medalha municipal de valor e altruísmo, grau ouro. A homenagem inseriu-se nas festividades de S. Pedro, padroeiro da instituição. A imposição do crachá foi feita pelo vogal do conselho executivo da LBP, comandante Sebastião Fernandes. Após 45 anos de atividade como bombeiro, 10 dos quais como adjunto de comando, Armando Fernandes solicitou a passagem ao quadro de honra (QH), momento em que a autarquia e a sua associação entenderam prestar-lhe homenagem e público reconheci- Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal e representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, para sublinhar que o concelho do Seixal «é uma referência ao nível do distrito e do país» pelo apoio que a câmara municipal presta às duas associações e pela qualidade das corporações de bombeiros. No uso da palavra, depois do presidente da junta de fregue- “Entrega e humildade” merece reconhecimento P or ocasião do centenário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almada, a Assembleia Municipal de Almada (AMA), por proposta do seu presidente, José Manuel Maia, decidiu “homenagear todos aqueles que ao longo de um século se entregaram com humildade ao ideal de vida por vida, à fraternidade, à ajuda ao próximo. A AMA deliberou ainda “agradecer reconhecida aos dirigentes, aos sócios, aos bombeiros a sua acção altruísta, o seu empenho e desempenho em tão nobre e gloriosa instituição”. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Almada foi fundada em 26 de agosto de 1913, sendo seu principal impulsionador Tomé José de Oliveira e a primeira reunião de sócios foi realizada nesse mesmo dia no Salão da Associação dos Operários Tanoeiros de Almada, sita na rua Capitão Leitão, refere a proposta de José Manuel Maia apresentada à AMA. A Associação teve instalações provisórias na Associação de Tanoeiros no Posto Municipal de Incêndios, depois foram transferidos para a Quinta do Serras, junto à Cadeia e mais tarde tiveram Concluída a cerimónia, os presentes dirigiram-se para a igreja de Santa Maria onde se celebrou missa em memória dos bombeiros, dirigentes e associados falecidos. Mais tarde, procedeu-se à bênção de quatro novas viaturas dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros. Junta distingue bombeiros N o passado dia 20 de julho decorreu, pela primeira vez, a entrega de medalhas da Junta de Freguesia Foz do Douro, no Forte S. João Baptista, vulgarmente conhecido por Castelo da Foz. Uma iniciativa onde a junta homenageou pessoas individuais e coletibas que se distinguiram pelos seus méritos e feitos cívicos. Assim, os Bombeiros Voluntários Portuenses, uma associação que desempenhou um importante papel na Foz, instalada no antigo edifício da Estação de Socorros a Náufragos, bem perto do Jardim do Passeio Alegre, foram galardoados com a medalha de va- lor e altruísmo – grau de ouro. O galardão foi recebido pelo presidente da direção, Gomes da Rocha e vice-presidente e comandante do Quadro de Honra (QH) Alberto Costa e Silva, ladeada pela guarda de honra daquela associação humanitária. Cláudia Pereira ENTRE-OS-RIOS o seu primeiro quartel nas ruas então denominadas Engenheiro Sá e Melo e Júdice Pargana. Mas as instalações continuavam a não corresponder às exigências sempre crescentes do Concelho pelo que o sonho e ambição era terem um novo quartel sede da associação facto que se veio a concretizar em 1983 com o apoio municipal e da Administração Central. Na sua proposta José Manuel Maia lembra ainda todos os demais soldados da paz, com e sem farda, que construíram a Associação, os cidadãos nossos contemporâneos como o comandante José Brás e Júlio José Ferraz mas também o comandante em 1913, Raul Alberto Ferreira Flores e o fundador Tomé José de Oliveira. COVILHÃ Chefe agraciado Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) atribuiu ao chefe dos bombeiros voluntários da Covilhã, José Alberto Coelho, o crachá de ouro. A distinção foi justificada pelos altos serviços efetuado por aquele graduado, soldado da paz há 43 anos. Na oportunidade, José Coelho dedicou a distinção ao seu pai. Na mesma ocasião ocorreu também a entrega de medalhas e promoções a 15 elementos do corpo de bombeiros. mento pelo trabalho que desenvolveu em prol do socorro. Durante as cerimónias decorreram promoções a diversas categorias de elementos do corpo ativo dos Bombeiros Voluntários e a posse dos novos elementos de comando, de segundo comandante e adjuntos de comando. PORTO sia local e do presidente da Assembleia Municipal, o presidente da Câmara, Alfredo Monteiro, considerou que assinalar o Dia Municipal do Bombeiro a 29 de junho “é a melhor forma de celebrar o nosso feriado municipal, dedicando-o àqueles que todos os dias em trabalho voluntário servem as populações, com capacidade, competência e disponibilidade”. ALMADA A O O Comandante passa ao QH s Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios comemoraram o 90.º aniversario, numa cerimónia que ficou marcada especialmente pela passagem ao Quadro de Honra (QH) do comandante Manuel Luís Neves. Na mesma cerimónia, foram promovidos a bombeiros 4 novos elementos, 7 a bombeiros de 2.ª e 2, de 1.ª a subchefe. Procedeu-se ainda á entrega de medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Foram ainda atribuídas, a medalha de dedicação grau ouro da mesma confederação, pelos exemplares 31 anos de serviço, ao subchefe António Almeida e ao comandante Manuel Luís Neves, e a medalha de serviços distintos grau prata da LBP, por 36 anos de serviço, ao chefe Adriano Dinis, e por 28 anos de serviço ao subchefe Fernando Almeida. Por proposta da Associação a LBP concedeu também a medalha de serviços distintos grau ouro aos bombeiros de 1.ª, Bernardino Monteiro e Alberto Rodrigues, e à adjunto de comando Isaura Rocha. O chefe Vitorino de Sousa foi também agraciado com o crachá de ouro da LBP e o comandante Luís Neves com a medalha de serviços distintos da Federação de Bombeiros do Porto grau ouro. A cerimónia foi bastante emotiva pois o comandante Manuel Luís Neves, conforme sublinharam todos os oradores, será sempre uma referência para todos os bombeiros. 15 AGOSTO 2013 ALCABIDECHE Equipa de comando renovada O s novos elementos de comando do corpo de bombeiros dos Voluntários de Alcabideche, Cascais, tomaram posse numa cerimónia singela, de caráter interno, durante a qual se procedeu ainda à inauguração do veículo plataforma, a promoções de bombeiros e, também, a homenagear o anterior comandante e atual comandante distrital de Lisboa da ANPC, Carlos Mata. O novo comandante é José Manuel Palha Gomes, anterior segundo comandante, licenciado em Gestão de Segurança Proteção Civil, bombeiro desde 1976, nomeado adjunto de comando em 1989 e segundo comandante em 1996. O segundo comandante, anterior adjunto de comando, é José Manuel Lima da Costa, bombeiro desde 1989, subchefe do quadro ativo, adjunto de comando desde 1996. O novo adjunto de comando, Manuel Fernando da Silva Alves, é engenheiro técnico de Energia e Sistemas de Potência, mestre em Segu- rança e Higiene no Trabalho, formador da Escola Nacional de Bombeiros, ingressou nos bombeiros, em Lisboa, em 1989, transferiu-se para Alcabideche como adjunto equiparado em 2004 e ingressou na carreira de oficial bombeiro em 2010. À categoria de subchefe foram promovidos, António Borges, José Manuel Carvalho, Manuel Tavares e Nuno Oliveira. A bombeiro de 2.ª, foram promovidos, Ana Rita Pereira, António Calinas, Jorge Carvalho, André Jerónimo, Luís Toucas Oliveira, Carlos Pereira, Maria Julei, Ana Cristina Costa, Tiago Pereira, Bruno Neto, Tiago Santos, Diogo Marques e António Reis. E a bombeiro de 3ª, foram promovidos, Ana Sendas, André Carmona, Tomás Coimbra, José Borges e Gonçalo Silva. No final da cerimónia decorreu a homenagem ao ex-comandante Carlos Mata, com um louvor da direção e a entrega de lembranças. REBORDOSA Continuidade nos principios estruturantes F oi na presença de familiares e amigos que tomou posse o novo comandante dos Voluntários de Rebordosa, o quarto em 35 anos de história da associação. Licínio Rocha assumiu as funções, dando início a novo ciclo deste do corpo de bombeiros, com mais de 120 elementos no quadro ativo. Licínio Rocha, de 29 anos de idade era Oficial de Bombeiro desde 2011, com vasta experiência e conhecimentos e a determinação “de completar o quadro de comando, quando por motivos de força maior, o comandante Abel Silva pediu a passagem ao quadro de honra”. Na sessão o presidente da direção, O corpo de bombeiros de Aguiar da Beira tem, desde o passado mês de junho, novo comando. António Carlos Tenreiro Ferreira, subchefe do Quadro Ativo, é o novo responsável operacional deste quartel. lhem os ideais de bem servir”, perspetivando ao novo responsável operacional “uma difícil mas promissora missão. O empossado usou da palavra para agradecer os conselhos e apoio de todos e assumiu, de forma abnegada e consciente, as responsabilidades da sua nova missão, reconhecendo, no MANTEIGAS AGUIAR DA BEIRA CB tem novo comandante José Moreira dirigindo-se a Licínio Rocha, falou de “uma exigente função, que não se compadece de horários, nem estados de espírito frágeis”, sublinhando que ao comandante, “exige-se que oriente, motive, dinamize, acredite e contribua para um socorro eficaz” considerando, no entanto, que “é necessário que todos parti- D aniel Saraiva é o novo comandante dos Bombeiros de Manteigas, que tomou posse numa cerimónia testemunhada pelo presidente da autarquia manteiguense, Esmeraldo Carvalhinho, pelo comandante distrital António Fonseca e o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito da Guarda, Álvaro Guerreiro entre outras individualidades Nesta ocasião, foram ainda apresentadas as obras de requalificação do quartel que incluíram intervenções nas camaratas masculinas, balneários, gabinetes de comando, central de comunicações, e a instalação de uma sala de comunicações da proteção civil municipal daquela vila. Sérgio Santos Novo comandante empossado entanto, que a tarefa “não é fácil” mas que pretende apostar na continuidade dos princípios estruturantes que têm norteado o corpo de bombeiros, mas “apostando na formação e organização interna”, pedindo a todos os presentes o natural apoio para o sucesso nesta missão. Paulo Pinheiro 16 AGOSTO 2013 RÉGUA Modernização garante operac Está agendado para o próximo dia 31, no quartel dos Bombeiros da Régua, a cerimónia de inauguração de uma nova ambulância, oferecida pela “Symington Family Estates”, produtor de vinhos no Douro. Este foi o pretexto para o jornal Bombeiros de Portugal se deslocar á região e dar a conhecer uma instituição com pergaminhos, mas com os olhos colocados no futuro. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim F undada a 28 de novembro de 1880, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua, transpira vitalidade e dinamismo. A sobriedade austera do edifico impar que alberga o quartel contrasta com a postura de um corpo de bombeiros voltado para o futuro. Dinamismo é a pedra de toque de uma instituição alimentada pelo empenho, en- trega e entusiasmo e saber-fazer da direção e comando. José Alfredo Almeida, o presidente da direção e António Fonseca, o comandante, falam a uma só voz de uma instituição que tem conseguido escapar à crise e assim continuar a investir na operacionalidade, na modernização de meios para acorrer a situações muito diferenciadas na vertente do socorro e também no transporte de doentes. As rendas de um bairro social com 50 fogos, os subsídios da autarquia são as principais fontes de receita da instituição que conta, também, com o apoio de alguns empresários. Desta forma na Régua os bombeiros podem falar de “estabilidade financeira” que permite “pagar aos 15 funcionários e, também, aos fornecedores sempre a tempo e horas”, conforme faz questão de destacar José Alfredo Almeida. O presidente da direção, em matéria de investimentos fala, ainda, com particular satisfação das obras do quartel que permitiram, preservando o charme de um edifício dos anos 30, da autoria do arquiteto Oliveira Ferreira, garantir condições de exceção aos 89 elementos corpo ativo. A área operacional foi ampliada, mas o imóvel não perdeu identidade mantendo um museu e uma biblioteca e um salão nobre que contam mais de século de história, não só a instituição, mas também de toda a região do Douro. O comandante salienta ainda os investimentos em equipamentos de proteção individual, enaltecendo o esforço da direção, em garantir a segurança dos homens e mulheres que servem o quartel. O futuro determina trabalho redobrado formação dos opera- 17 AGOSTO 2013 o de meios cionalidade cionais o que aliás constitui a ultima grande aposta, ao que parece ganha, conforme nos diz o comandante, ainda antes de uma vista ao renovado quartel, onde durante a semana é impossível encontrar muito voluntários, determinados em servir a causa, servindo mais e melhor os reguenses. Produtora de vinho do Porto oferece a sexta ambulância Dentro de dias, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Régua vai ser contemplada com a oferta de uma ambulância, a sexta oferecida pela “Symington Family Estates”, produtor de vinhos no Douro há mais de 125 anos e, há muitos anos, reconhecida pelo apoio a causas de reconhe- cido mérito social na Região Demarcada do Douro (RDD). “Esta filosofia de responsabilidade social assenta na integração de preocupações sociais em acções que contribuam para o bem-estar das populações, materializando-se no apoio a instituições carenciadas na área da saúde, da terceira idade e da infância numa região onde a empresa tem actividade económica, como é o caso da RDD”, explica, a propósito, uma fonte da empresa. Nos vários apoios concedidos pela empresa “Symington” ao longo dos anos incluem-se a aquisição de equipamentos para o Hospital Maria Pia e para a unidade de Neonatologia do Hospital de Santo António, ambos no Porto, a oferta de equipamento electrónico de cirurgia para o Hospital de Vila Real, equipamento de raio X e de su- porte de vida para o Centro de Saúde de Alijó. No âmbito dos bombeiros voluntários, a “Symington Family Estates” tem apoiado com regularidade, nos últimos anos, a aquisição integral de várias ambulâncias de socorro a associações da RDD: Pinhão (2007), S. João da Pesqueira (2009), Provesende (2010), Carrazeda de Ansiães (2011), Lamego (2012) e, agora, Régua (2013). A “Symington Family Estates”, diz nos a mesma fonte, “está convicta de que todos estes equipamentos criaram um impacto positivo no dia-a-dia das populações e procurará dar continuidade a esta política, norteando as suas acções para o desenvolvimento social da comunidade da RDD”. A família Symington está ligada ao Douro há quatro gerações e, neste momento, possui cerca de mil hectares de vinha. Ao longo do tempo, apesar das crises com que o sector se debateu nunca deixou de produzir vinho, mesmo quando outras famílias, também, de origem anglo-saxónica abandonaram a região e os negócios que ali mantinham. Paul Symington, gestor principal da actividade da empresa familiar explica que “nós não, a nossa vida é cá, não temos refúgio em mais país nenhum” e, no seu entender,” essa é a grande diferença dos Symington em re- lação às outras famílias britânicas em Portugal”. Paul Symington reconhece que assistiu àquelas que podem ter sido as maiores mudanças verificadas no Douro e na produção do vinho do Porto e que protagonizou muitas delas. A mais determinante, em seu entender, “foi talvez a da renún- cia da família à tradicional permanência em Gaia, longe das vinhas e se hoje isso parece trivial para os proprietários, há uma geração não era comum ir ao Douro ou acompanhar os lavradores”. Hoje, a “Symington” é proprietária de três dezenas de quintas espalhadas por toda a RDD. 18 AGOSTO 2013 LOURES U TROFA Q Salvamento no rio uatro elementos dos Bombeiros Voluntários da Trofa liderados por um deles, Hugo Correia, a que se juntaram, mais cinco, com duas viaturas e uma embarcação, protagonizaram o resgate de uma septuagenária do leito do rio Ave. O alerta recebido no quartel dos Voluntários da Trofa era para o resgate de um cadáver. Mas, chegados ao local os bombeiros rapidamente se aperceberam que, afinal, o corpo que se julgava ser cadáver, ao contrário, estava vivo mas a precisar de cuidados urgentes. Ao acercarem-se do corpo, em local de difícil acesso nas margens do Ave, os bombeiros verificaram que, apesar da lividez e aparente imobilismo, afinal a idosa evidenciava sinais de vida. Hugo Correia lançou-se então ao rio com uma boia para prestar o socorro e, com o apoio dos colegas, resgataram a septuagenária do rio ainda viva mas em estado de hipotermia a exigir cuidados médicos. Após o resgate, transportaram a idosa, utente do Lar da Misericórdia da Trofa, para o hospital de Famalicão de onde, mais tarde, foi re-encaminhada para outra unidade hospitalar. No final, segundo nos relatou o 2.º comandante, e comandante em exercício dos Voluntários da Trofa, Filipe Coutinho, o bombeiro Hugo Correia manifestava a enorme satisfação em ter proporcionado o bem sucedido resgate da idosa, com o apoio dos seus colegas. Parto na ambulância m alerta recebido, no dia 23 de julho, na central dos Bombeiros Voluntário de Merceana, levou os bombeiros Telmo Lobo e Sérgio Reis, ao lugar da Aldeia Gavinha com propósito de transportar uma parturiente ao hospital. A viagem acabou por ser interrompida, porque o bebé decidiu nascer antes de chegar à unidade de saúde, na ABSC02 dos Voluntários da Merceana. Os bombeiros realizaram o parto com sucesso, tendo depois recebido apoio da equipa médica da VMER de Torres Vedras. Com emoção e sentimento de dever cumprido, esta missão gratificante para estes soldados da paz terminou no hospital de Vila Franca de Xira. Sérgio Santos O Peregrinos recebem apoio s Bombeiros de Barcelinhos acompanharam os peregrinos que subiram ao Santuário de Nossa Senhora da Franqueira, naquela que é uma das manifestações marianas mais importantes do Arciprestado de Barcelos e do Minho. A corporação de Barcelinhos prestou como habitualmente apoio – logístico e de socorrismo – aos milhares de devotos vindos de todo o país, determinados no cumprimento das suas promessas ou apenas pela força da tradição. Segundo o comandante José Beleza, esta foi mais uma mis- são bem sucedida, sublinhando que “tudo decorreu dentro da normalidade”, Esta operação envolveu cerca de meia centena de operacionais e também a alguns dirigentes da instituição. PENELA Fotos: BV Penela Incêndios mobilizam muitos meios SINES Milésima ativação O m grupo de bombeiros dos Voluntários de Loures protagonizou recentemente o salvamento de um gato na sequência de um incêndio num prédio em Santo António dos Cavaleiros onde o animal se encontrava. A informação consta da página dos Bombeiros de Loures no Facebook, tendo o sucedido sido objeto de muitas referências elogiosas por parte dos utilizadores dessa rede social. De acordo a narrativa ali inserida, o facto aconteceu ao princípio da tarde durante o combate a um fogo urbano. Encontravam-se dois gatos no andar por cima daquele que ardeu. Tendo constatado que um dos animais já estava morto os bombeiros passaram a dar atenção ao segundo, ainda vivo, mas em estado precário. “Este sobreviveu depois de gastarmos uma garrafa de oxigénio”, revelaram os bombeiros na rede social, acrescentando que “os animais também devem ser salvos”. A informação foi acompanhada da foto que reproduzimos. A imagem arrecadou em pouco mais de dois dias, mais de 600 “gostos” e quase 400 “partilhas”. Esta é mais uma história de bombeiros empenhados em salvar animais, relatada com enorme impacto nas redes sociais. BARCELINHOS MERCEANA U Bombeiros salvam gato s Voluntários de Sines registaram no dia passado dia 4 de agosto a milésima ativação INEM desde o início do ano, confirmando o acréscimo de serviços comparativamente a anos anteriores, sendo previsível que “este ano se batam todos os recordes no Posto de Emergência Médica sediado no Corpo de Bombeiros”, tendo em conta que “no ano transato foram contabilizadas no total 1600 ativações”. Os Bombeiros de Sines são Posto de Emergência Médica desde julho de 2009, contando com oito tripulantes de ambulância de socorro (TAS), uma viatura INEM e cinco reservas, todas vistoriadas pelo INEM e certificada pelo IMTT. N o dia 2 de agosto, um incêndio na localidade de Porto Judeus, na freguesia de Santa Eufémia, obrigou os Voluntários de Penela a enviar para o teatro de operações cinco veículos, numa missão bem-sucedida que contou também com o apoio dos bombeiros de Miranda do Corvo e de um helicóptero ligeiro. As chamas consumiram pinhal e mato junto à estrada nacional 17-1. Da mesma forma, os Bombeiros de Penela foram acionados para um incêndio agrícola em Chão de Ourique, freguesia de São Miguel, concelho de Penela. À chegada das equipas, já se encontravam populares locais a combater as chamas que lavravam em feno e olival, mas a eficaz intervenção dos bombeiros permitiu rapidamente debelar as chamas. No local estiveram 10 operacionais apoiados por duas viaturas. No dia 9 de agosto, este corpo de bombeiros recebeu um outro alerta para um incêndio na freguesia da Cumieira, próximo à localidade da Venda dos Moinhos, tendo deslocado para o local quatro viaturas. O contingente foi reforçado com veículos e operacionais de Miranda-do-Corvo, Condeixa e Ansião e ainda com um helicóptero ligeiro. A pronta intervenção permitiu às equipas dominar o fogo em 18 minutos. 19 AGOSTO 2013 CASCAIS CARCAVELOS D Gestão de operações em exercício Resgate bem-sucedido urante uma operação de prevenção à praia, no bote de resgate e socorro “Torpedo”, dos Bombeiros de Carcavelos, os operacionais Isabel Candeias, Pedro Mesquita e Pedro Santos, avistaram uma embarcação de recreio em dificuldades, tendo de imediato atuado. Segundo revelam os Voluntários de Carcavelos “a embarcação com três pessoas a bordo estava a ser arrastada pela corrente contra as rochas e o motor não trabalhava”. Os ocupantes encontravam-se bastantes assustados, mas prontamente a ajuda chegou. A equipa dos Bombeiros de Carcavelos rebocou o barco até ao Porto de Recreio de Oeiras e reportou a ocorrência à Policia Marítima. RIO MAIOR Formação com motosserras O Corpo de Bombeiros Voluntários de Rio Maior, em parceria com a STHIL e o município de Rio Maior, participou em mais duas ações de formação sobre operações com motosserras. Nestas ações, ministradas por Sérgio Maçarico, formador da STIHL estiveram presentes três dezenas de elementos do Corpo de Bombeiros de Rio Maior. ALMADA O Piquete aperfeiçoa técnicas Piquete de Intervenção dos Bombeiros de Almada, tem vindo a realizar várias formações diárias com o intuito não só de aperfeiçoar e agilizar o trabalho em missões de socorro, mas também de aumentar a capacidade técnico-tática desta equipa, que intervém 24 horas por dia. Fonte do comando sublinha que “estas formações têm vindo a demonstrar um grau elevado de operacionalidade e conhecimentos técnicos”. Integram esta equipa o adjunto de comando Ricardo Silva, o chefe Carlos Parada, o subchefe Mário Santos, os bombeiros de 1.ª Bruno Cabral e Eliseu Rodrigues, os bombeiros de 2.ª Carlos Ribeiro, David Marques, Paulo Crespim, Pedro Azinheira, Mário Azevedo, Elson Rodrigues e o bombeiro de 3.ª António Azevedo. uatro das associações do concelho de Cascais, no âmbito da formação contínua dos seus corpos de bombeiros, promoveram um exercício no âmbito da gestão de operações de combate a um incêndio florestal. Tratou-se de uma ação certificada pela Escola Nacional de Bombeiros (ENB), no âmbito do treino operacional, envolvendo formadores daquela instituição no domínio do SGO. O exercício, que decorreu nas localidades de Pisão, Murches, Vale de Cavalos e Malveira da Serra na área de intervenção dos Voluntários de Alcabideche, envolveu 60 elementos e 16 viaturas dos Bombeiros de Cascais, Estoril, Parede, Alcabideche e, ainda, uma brigada apeada de combate a incêndios florestais e um veículo tanque dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses. O exercício desenvolveu-se, desde a fase inicial de reconhecimento e avaliação da situação, até à fase de vigilância, passando pelos níveis estraté- Fotos: José Palha Q gico, tático e manobra, englobando todas as ações de emergência de acordo com os respetivos planos operacionais. O exercício envolveu também o Serviço Municipal de Proteção Civil de Cascais, através da utilização da viatura de comunicações no posto de comando, incluindo o pessoal que habitualmente opera com o veículo. SINES O Intervenção no cabo s Bombeiros Voluntários de Sines resgataram, recentemente, um indivíduo de 20 anos de um penhasco na zona do Cabo de Sines. A vítima encontrava-se consciente e os trabalhos foram executados com o auxílio de maca de resgate e contou com o apoio de meios da Administração do Porto de Sines. No local estiveram também presentes elementos da GNR de Sines, Capitania e VMER da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano. Após o resgate, o indivíduo foi observado pela equipa da VMER e transportado para a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano. De salientar o excelente trabalho de equipa e interoperacionalidade entre as entidades presentes, resultantes de comunicação e entendimento, que possibilitou o rápido e eficiente resgate que mobilizou quatro meios e 12 bombeiros. BRAGANÇA D Bombeiros efetuam treino operacional uas equipas de Bombeiros de Bragança efetuaram um treino operacional de combate a incêndios florestais na freguesia de Aveleda, simulando, durante todo o dia, práticas de manobras comuns no combate aos incêndios florestais. Durante a manha duas equipas trabalharam com ferramentas manuais, abriram uma faixa de contenção e retiraram o combustível vegetal de forma a criar uma barreira à progressão do incêndio sem a utilização de água. Da mesma forma foram ainda treinados procedimentos de segurança envolvendo trabalho com material sapador. A organização de grupo e as várias tarefas a desempenhar foram realizadas por todos os elementos. Estas técnicas visam uma boa preparação física, para o bom e eficaz desempenho no combate aos incêndios. Da parte da tarde, foram demonstradas técnicas de utilização e segurança no trabalho com motosserras, e simulado um incêndio florestal, o que permitiu avaliar e ajustar as manobras realizadas no decurso de um incêndio. A ação permitiu ainda testar a segurança de bens e a proteção pessoal, no caso de a equipa ficar cercada pelo fogo. Refira-se que no exercício participaram estagiários, no âmbito do módulo de formação de combate a incêndios florestais. 20 AGOSTO 2013 CABANAS DE VIRIATO BOMBARRAL U Exercício mobiliza forte dispositivo m choque entre uma viatura ligeira de passageiros, um veículo pesado de transporte de matérias perigosas e um autocarro foi o cenário recriado para um exercício multivítimas realizado, recentemente, no Bombarral. O “acidente” junto da rotunda da Galp numa das principais entradas na vila, envolvendo 40 “vítimas”, juntou centenas de populares que assistiram à intervenção “musculada” de 118 operacionais apoiados por 40 viaturas. Neste exercício participaram os corpos de bombeiros de Bombarral, Alcobaça, Benedita, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, São Martinho do Porto e Torres Vedras e ainda equipas do INEM, Guarda Nacional Republicana, Exército e Serviço Municipal de Proteção Civil do Bombarral. Sérgio Santos ando continuidade ao plano anual de instruções, os Bombeiros de Cabanas de Viriato realizaram mais uma instrução, desta vez em Pardieiros, uma localidade da freguesia de Beijos. Com destaque para as atividades de socorrismo, salvamento e desencarceramento, incêndios urbanos e florestais os Voluntários de Cabanas de Viriato fizeram, na sede da Associação Desportiva Recreativa e Cultural de Pardieiros, para uma assistência de cerca de quatro dezenas de populares. A sessão iniciou-se com a simulação de uma operação de estabilização de uma vítima de atropelamento seguida de resgate de outra encarcerada no interior da viatura. Também os procedimentos de combate a incêndios foram abordados, tal como a colocação de equipamento de proteção individual bem como do aparelho respiratório isolante de circuito aberto - ARICA - equipamento usado em meios potencialmente tóxicos, com níveis reduzidos de oxigénio. Foram igualmente demonstradas de extinção de fogo, por abafamento, com recurso a espumífero usando agulhetas de baixa e média expansão e extintores. À medida que os trabalhos iam sendo desenvolvidos era feita uma explicação para a população que estava a assistir. Nesta ocasião, foram ainda apresentados quatro reforços para quartel. Ana Figueira e Ricardo BRAGANÇA U N regime de reserva. Montado o Posto de Comando Operacional, varias equipas foram criadas para acorrer aos diferentes cenários simulados. Foi usado fogo real em alguns dias, e também os métodos de combate simulados foram desenvolvidos com grande realismo A equipa de observação dos Bombeiros de Bragança era constituída por 4 elementos, sendo estes o comandante Corpo de Bombeiros de Bragança e três elementos da EIP e GIPE. Pessoa, Rui Loureiro e Ricardo Barros concluíram com sucesso a formação inicial de bombeiro e estão agora em condições para servirem o lema “vida por vida”. Filipa Pereira (AHBVCV) ALIJÓ Operacionais em observação ma equipa do Corpo de Bombeiros de Bragança deslocou-se, a convite da UME, á região de Lugo, na Galiza, em observação ao exercício real realizado, ao longo de uma semana, pelo Batalhão de Intervenção em Emergências n.º 5 de Leon, da Unidade Militar de Emergências Espanhola. Este exercício incidiu sobre o combate a incêndios florestais, com deslocação real de meios, atuação real de todas as valências desta unidade, assim como um grande número de outros desafios apresentados como se de uma situação muito real se tratasse. No dia da visita dos Bombeiros de Bragança a ação envolvia mais de 150 operacionais no combate a um incêndio florestal, com cerca 70 meios terrestres. Nesta simulação, os militares foram ativados para a zona do sinistro tendo montado acampamento num quartel militar a funcionar em Fotos: Filipa Pereira D Instrução anual em Pardieiros Objetivo: Uniformizar procedimentos o início do DECIF 2013 a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) decidiu realizar diversas ações de formação para elementos dos corpos de bombeiros, sobre procedimentos a ter na chegada ao teatro de operações (TO) de um incêndio florestal. Neste domínio, o distrito de Vila Real não foi exceção e, pelo segundo ano consecutivo, proporcionou aos corpos de bombeiros a possibilidade de aumentar as qualificações dos seus operacionais naquele que é sem dúvida o maior risco – o incêndio florestal. Tendo em conta que um dos fatores importantes nestas ações de formação é a sua replicação pela grande maioria dos operacionais, neste caso, do distrito de Vila Real, o Comandante dos Voluntários de Alijó e formador das ações da ANPC, José Rebelo, decidiu efetuar uma ação de formação no concelho de Alijó com intuito de uniformizar procedimentos e aumentar as competências dos bombeiros na área do combate aos incêndios florestais. De realçar que, segundo comandante Rebelo, “apesar das temperaturas baixas para a altura e o facto de se realizar à noite não desmotivou os formandos que tiveram uma presença e motivação excecional”. BARREIRO Simulacro no banco LOURES O Heliporto testa capacidade de resposta s Bombeiros Voluntários de Loures realizaram recentemente um exercício de incêndio numa aeronave que se encontrava no heliporto do Hospital Beatriz Ângelo. As equipas de prevenção estavam de prontidão, quando a aeronave se preparava para levantar voo, deu-se um incêndio num dos motores do helicóptero que acabou por propagar o incêndio ao mato existente nas imediações. Estiveram envolvidos neste exercício 17 operacionais e cinco veículos do corpo de bombeiros voluntários de Loures. Ao abrigo do protocolo entre a associação e a unidade hospitalar, cabe ao quartel de Loures garantir a prevenção naquele heliporto, para tal os bombeiros receberam, na Escola Nacional de Bombeiros, formação certificada pelo INAC. Sérgio Santos O s Bombeiros Voluntários do Sul Sueste (Barreiro) realizaram, no âmbito do Plano de Emergência Interno do BNPP-PF, um de simulacro de incêndio no arquivo geral desta instituição bancária, sito no Par- que Empresarial do Barreiro (Baía do Tejo). Com objetivo de “testar a capacidade de intervenção do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste na resposta a situações reais que possam ocorrer nes- tas instalações. Este exercício envolveu sete operacionais, comandados pelo subchefe Pedro Ferreira, um veículo urbano de combate a incêndios (VUCI) e uma ambulância de socorro. 21 AGOSTO 2013 OLIVEIRA DO BAIRRO V CASCAIS Grande ângulo em treino conjunto Escoramento e desobstrução ários elementos dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro participaram recentemente no polo de formação dos Voluntários de Vagos numa ação de formação de técnicas de escoramento e desobstrução. A ação decorreu entre abril e maio últimos ao longo de 50 horas e, no final, os participantes consideraram-na importante já que, por um lado, permitiu evoluir por áreas de formação ainda incomuns e, por outro, investir na interação entre operacionais de corpos de bombeiros diversos. A formação debruçou-se, em particular, no escoramento de estruturas em pré-colapso, desobstrução em estruturas colapsadas, progressão em espaços confinados, abertura de acessos em estruturas urbanas para a extração e salvamento de vítimas e ainda o escoramento e resgate em valas ou trincheiras. BOMBARRAL A especialidade de intervenção em grande ângulo é justificada pelas circunstâncias em que muitas vezes os bombeiros precisam de intervir para socorrer em locais de difícil acesso, seja em edifícios, em arribas ou outras situações em que seja necessário vencer desníveis acentuados. Os Bombeiros Voluntários de Cascais dispõem de um número muito significativo de operacionais com essa especialidade. Mas a vontade destes, e dos novos elementos chegados ao corpo de bombeiros, é de treinar em conjunto e associar a essa ação os novos formandos. Pretendem assim, não só alargar numericamente o número de especialistas naquela área como intensificar e melhorar a sua capacidade de intervenção. Recentemente dois dos especialistas em grande ângulo, chefe Mário Chapelas e sub-chefe Ana Cristina Santos, desenvolveram mais uma ação de formação que decorreu nas arribas marítimas, primeiro na chamada Pedra do Sul, junto a S. Pedro do Estoril, e na conhecida Boca do Inferno, em Cascais. Em ambos os locais e outros contíguos os bombeiros tem sido chamados muitas vezes a intervir, seja na remoção de cadáveres caídos nas arribas ou no socorro a cidadãos vítimas de queda nos mesmos locais, e cujas lesões e sequelas sofridas exigem uma ação especial e pluridisciplinar. PENELA s Bombeiros de Penela estão a requalificar os espaços exteriores dos edifícios da associação. Para além do embelezamento esta intervenção visa também a consolidação dos terrenos da fachada norte. O “Quartel de Penela + Verde”, segundo o bombeiro João Palrinhas, técnico superior de Ecoturismo, é um projeto que compreende três focos distintos: a beneficiação da fachada sul, da fachada norte e promoção junto dos bombeiros do apadrinhamento de árvores de fruto. Na fachada sul foram plantadas sebes, (escallonia rubra), com o intuito de criar uma barreira visual para as garagens recém-construídas, já que “têm um aspeto arquitetónico industrial o que desarmoniza com o restante edifício em tijolo nu”. Na fachada norte, após realização de desaterro, construção de muros e melhoramento da barreira diminuindo o seu Foto: BV Penela O “Quartel + Verde” declive, foram colocadas “plantados Juníperos Rastejantes (amarelos e verdes), Juniperus horizontalis, e Alecrim, Rosmarinus officinalis, porque têm uma forte e densa propagação horizontal. É bonito e garante a sustentação de terras”. Plantar um pomar, com toda a cumplicidade dos padrinhos-bombeiros, é propósito maior deste projeto. “Espera-se que cada bombeiro plante e cuide da “sua” árvore”, diz-nos o 2.º comandante dos Bombeiros de Penela, António Simões Lima. Tendo em conta ser este “um plano algo dispendioso e moroso, vai tardar a concluir, talvez alguns poucos anos, mas no final os “frutos” deste trabalho vão estar incluídos na alimentação dos piquetes e vai até ser interessante ver os bombeiros a trocarem produtos entre si”, acrescenta o responsável operacional. Sérgio Rodrigues “U Sonho concretizado m dia histórico para a associação” foi assim que o presidente da direção se referiu ao dia 29 de junho, data da inauguração do novo quartel da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Bombarral. Há décadas que soldados da paz e populações acalentavam o sonho de dotar o corpo de bombeiros de uma nova casa, o que foi assinalado em festa com iniciativas várias nomeadamente, o descerramento uma placa alusiva ao lançamento da primeira pedra a bênção do edifício, onde o presidente da direção, José França, entregou simbolicamente uma chave do quartel ao comandante Pedro Lourenço. A placa da inauguração foi descerrada pelo secretário de Estado do Administração Interna, Filipe Lobo D’Ávila e pelo presidente da câmara municipal do Bombarral, José Manuel Vieira. O moderno parque de viaturas do quartel albergou os convidados e população para a sessão solene, que incluiu a promoção dos soldados da paz na carreira de bombeiro voluntário e ainda a imposição de medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses por 5, 10, 15, 20 e 25 anos de serviço à causa do voluntariado. José França, frisou que o novo quartel “que quase chegou a parecer uma miragem é fruto de um percurso difícil que esta e outras direções tiveram de trilhar”, agradecendo dessa forma a todos os que se envolveram neste projeto que é “de toda a comunidade bombarralense”. Partilhando os agradecimentos e esforço de todos os que tem contribuído para a modernização e operacionalidade do corpo de bombeiros, o comandante Pedro Lourenço sublinhou o trabalho dos seus operacionais, transmitindo-lhes palavras de apreço e motivação. A nova estrutura operacional resulta de um investimento superior a 1 milhão de euros, sendo financiado pelo QREN em 676 mil euros, sendo que a autarquia disponibilizou 150 mil euros e a cedência do terreno e garantiu os trabalhos de arranjos exteriores. Associaram-se, também, a esta festa o Diretor Nacional de Recursos de Proteção Civil da ANPC, José Santos Teixeira; o vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rodeia Machado; o comandante Mário Cerol, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Leiria; representantes da GNR, do Exército e de associações congéneres. Sérgio Santos 22 O AGOSTO 2013 MORA CASCAIS Área operacional recebe ampliação Balanço positivo quartel dos Voluntários de Mora recebeu, recentemente, obras de ampliação, que permitiram dotar o corpo de bombeiros de uma nova área operacional, a concretização de um sonho antigo há muito adiada, mercê de um processo bastante moroso, mas que finalmente foi desbloqueado. Esta obra representou um investimento de 378611,68€, tendo a associação recebido uma comparticipação de 85 por cento do QREN/POVT. A cerimónia iniciou-se com o hastear das bandeiras, seguida da promoção a bombeiros de 3.ª dos estagiários Cristiano Chaveiro, Patrícia Carvalho, Pedro Coelho, Tânia Alves e Tiago Coelho do Corpo de Bombeiros Voluntários de Mora, Ana Canha, Cátia Beira, Filipa Nobre, Lara Borralho e Pedro Charrito, do Corpo de Bombeiros de Arraiolos e Fábio Batista e Ruben Filipe dos Voluntários de Vendas Novas, que concluíram a formação inicial de bombeiro e respetivo estágio. Do Corpo de Bombeiros de Mora foram ainda promovidos, a chefe, Sérgio Calhau, e a bombeiro de 1.ª, Carlos Fernandes. Na mesma cerimónia, foram ainda condecorados com medalhas da Liga de Bombeiros Portugueses o adjunto de co- mando Vítor Dias. os bombeiros de 1.ª José Caeiro, Luís Calhau, o bombeiro de 2.ª Rita Casanova e bombeiro de 3.ª José Alvega. Para além do presidente da Câmara Municipal de Mora, Luís Simão de Matos, marcaram presença nesta cerimónia, entre muitas outras individualidades, o Comandante Operacional Distrital, José Ribeiro; o vice- -presidente do conselho executivo da Liga de Bombeiros Portugueses, Adriano Capote; o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora, Inácio Esperança; o presidente do ARS Alentejo, José Robalo; o comandante do Posto Territorial de Mora da Guarda Nacional Republicana, Sargento Contador e o cónego padre Mário Tavares de Oliveira, pároco de Mora. BATALHA A Serviço de transporte reforçado Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Concelho da Batalha adquiriu recentemente mais uma ambulância de transporte múltiplo (ABTM). A nova viatura destina-se a reforçar a capacidade de resposta da instituição, nomeadamente, no transporte de doentes de hemodiálise. Para a presidente da direção, Fátima Lucas, “ com esta nova aquisição, a associação terá ao dispor da população um serviço mais eficaz procurando sempre o socorro e o bem-estar de to- dos aqueles que nos procuram”. O s Bombeiros Voluntários de Cascais fazem um balanço positivo da intervenção da mota do INEM posicionada no seu quartel há mês e meio, fruto da parceria estabelecida entre as duas entidades. A instituição sublinha que essa situação tem constituído um investimento de massa crítica na própria instituição e um reforço da intervenção qualitativa no pré-hospitalar “ pela qual temos lutado desde sempre”. A mota com um tripulante está sediada no quartel e é acionada diretamente pelo INEM, em muitas situações conjuntamente com a ambulância INEM operada pelos Voluntários de Cascais. “O facto dos tripulantes do INEM aqui presentes serem ou terem sido bombeiros constitui também uma mais valia no desenvolvimento interno de novas competências”, assegura a fonte do comando. Os Voluntários de Cascais e os de Matosinhos-Leça são, até agora, as únicas associações de efeito com o apoio da Câmara de Cascais e onde passará a ser garantido à população de Bolama, pela primeira vez, um consulta semanal de estomatologia. Para o vice-presidente da instituição, Vitor Neves, “ esta iniciativa associa-se a outras que temos desenvolvido com o apoio do nosso colega de direção e vereador Alexandre Faria e que tem permitido satisfazer algumas necessidades básicas das populações de Bolama com meios nossos, excedentários mas em funcionamento pleno, e que estão longe de estar obsoletos”. ARRAIOLOS O VUCI ao serviço da comunidade s Bombeiros de Arraiolos, receberam no passado dia 7 de Julho de 2013 um Veiculo Urbano de Combate a Incêndios – VUCI, adquirido através de candidatura da Instituição ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) com o apoio da Câmara Municipal de Arraiolos. Este veiculo vai permitir uma maior eficácia na resposta aos fogos urbanos e industriais. De fato e devido ás características de que se reveste a malha urbana do Concelho de Arraiolos, principalmente na sua sede, vai permitir uma mais célere e eficaz intervenção em caso de incêndio, acidente ou outra missão da área de intervenção dos bombeiros. Trata se de um veículo moderno, bem apetrechado, dotado de equipamentos e ferramentas MARCO DE CANAVEZES O bombeiros a colaborar com o INEM neste domínio. Entretanto, os Bombeiros de Cascais vão dar continuidade à cooperação que têm mantido com a cidade de Bolama, na Guiné-Bissau, através da Câmara Municipal de Cascais e da Associação Pró-Bolama. Em setembro, num contentor a enviar para aquele país segue um gabinete de estomatologia completo bem como outro equipamento médico oferecido pelos Voluntários de Cascais, resultado do encerramento recente do seu posto clínico. O equipamento vai ficar instalado num edifício adaptado para o Avaria dita investimento s Bombeiros Voluntários de Marco de Canavezes procuram uma ambulância de socorro usada em bom estado de conservação e “disponível para venda por um valor compatível”. Os Voluntários do Marco de Canavezes são o único corpo de bombeiros do concelho assegurando o socorro a uma população estimada em mais de 53 mil pessoas, a partir do seu quartel - sede e de duas secções destacadas. A braços com uma gravíssima situação financeira, a associação foi confrontada nos últimos dias com mais uma despesa imprevista, uma avaria grave no motor de uma das suas ambulâncias de socorro. A complexidade e o custo da reparação, a par da idade e da muita quilometragem da viatura aconselhariam à aquisição de uma nova. Contudo, não havendo condições para isso, solicitaram a colaboração do “BP” na divulgação do seu pedido. que permitirão obter um melhor desempenho nas missões confiadas aos bombeiros, traduzindo-se na mitigação de danos em pessoas e bens, podendo também intervir em acidentes viação dado estar equipado com moderno material de Salvamento e Desencarceramento . ARGANIL Quartel ganha posto de comando A frota dos Voluntários de Arganil foi reforçada com um posto de comando operacional, que dispõe de sala de comunicações, estação meteorológica, rede informática, um sistema de vídeo que permite projetar cartas militares, arquivos do Google Earth, previsão meteorológica, telefone e ligação à internet. Este meio, complementar ao sistema de gestão de operações, é um projeto pioneiro do Corpo de Bombeiros de Arganil, com amplitude de atuação no interior do distrito de Coimbra. O posto de comando funciona como órgão diretor das operações no local da ocorrência, que permite apoiar o responsável das operações, tendo com funções genéricas a recolha e o tratamento operacional das informações, a preparação das ações a desenvolver, a formulação e a transmissão de ordens, diretrizes e pedidos e ainda o controlo da execução das ordens, a manutenção das capacidades operacionais dos meios empregues e a gestão dos meios de reserva. O euipamento, adquirido pelos Voluntários de Arganil, poderá ser utilizado nos incêndios florestais e industriais, acidentes rodoviários, ou “em outros cenários, que pela sua duração, complexidade ou dimensão” exijam este apoio operacional. 23 AGOSTO 2013 SERPINS A Comemorações em casa nova Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Serpins inaugurou no dia 28 de julho um moderno e operacional quartel, por ocasião do 20.º aniversário da instituição. “Havia uma necessidade premente de dar condições adequadas aos bombeiros”, e passados 18 anos terminou o projeto do novo quartel que permite garantir “aos operacionais excelentes condições para melhor servir as populações”, como referiu o presidente da direção Fernando Carvalho. O dirigente deixou ainda agradecimentos a toda a comunidade, à autarquia da Lousã e demais entidades que contribuíram para a concretização deste sonho. O novo equipamento foi construído numa área de 14 mil metros quadrados, contemplando três áreas: operacional, logística e administrativa. A importância da formação contínua no corpo de bombeiros foi sublinhada na intervenção do comandante Rui Costa, empenhado em reforçar a ges- tão operacional com o aumento progressivo de jovens no corpo de bombeiros. O mesmo responsável disse ainda que os meios existentes são os necessários para a atividade desenvolvida e terminou a sua intervenção com enormes elogios ao corpo ativo pela sua disponibilidade e entrega na missão de salvar vidas e a união existente na família dos voluntários de Serpins. O novo quartel teve um investimento de 610 mil euros, sendo comparticipado em 85 por cento pelo QREN, e o restante foi suportado pela associação, junta de freguesia de Serpins e Câmara Municipal da Lousã. Durante a cerimónia, o presidente da direção bem como outros elementos dos órgãos sociais foram ainda entregues medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) a alguns solda- dos da paz, sendo ainda alvo de distinção honorífica pelo mérito na vida associativa da instituição. Entre as entidades convidadas, destaca-se a presença do diretor nacional de bombeiros, Pedro Lopes, do presidente da autarquia da Lousã, Luís An- tunes, o presidente do conselho executivo da LBP, Jaime Marta Soares, o comandante distrital Carlos Tavares e o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra, comandante António Simões. Sérgio Santos BARREIRO Associação assinala 119.º aniversário A s celebrações do 119.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste (Barreiro), tiveram como ponto alto a inauguração de um Veículo Tanque Tático Florestal (VTTF), com o nome do diretor do Parque Empresarial do Barreiro (Baía do Tejo), Eng. Condinho de Araújo, numa “merecida e sentida homenagem a uma das pessoas a quem a associação deve a génese do processo conducente à instalação do corpo de bombeiros no atual quartel”. Na sessão solene comemorativa da efeméride, o comandante Acácio Coelho sublinhou a sintonia existente entre a direção e o comando, em especial no que concerne à política de investi- mentos, manutenção e gestão de recursos materiais, humanos e financeiros, com reflexos visíveis no crescimento e na consolidação da capacidade operacional, muitas vezes posta à prova ao serviço do Barreiro e dos barreirenses, do distrito de Setúbal e do país. Na ocasião, o presidente da direção, Eduardo Correia, referiu-se “à firme convicção de que a população sente nos seus bombeiros um esteio de segurança, o apoio e a capacidade de intervenção que se desmultiplica por 365 dias, 24 horas por dia, sem férias, sem feriados, nem tão-pouco fins de semana, em que o dia é igual à noite “. Eduardo Correia referiu-se ao comando enaltecendo “a nova forma de gerir, o empenho, a dedicação, a visão, a astúcia e o profundo conhecimento da realidade “bombeiros” que a equipa evidencia”, deixando ainda elogios aos “bombeiros que se orgulham de envergar a farda “Sul e Sueste” e se esforçam por chegar mais longe, com mais e melhor competência e profissionalismo, sendo disso testemunho as mais de 12.000 horas de formação realizadas em menos de um ano, com particular destaque para o investimento levado a cabo pela associação na qualificação de Tripulantes de Ambulância de Socorro (TAS)”. Foram ainda entregues Diplomas de Reconhecimento – Serviço Operacional aos bombeiros com o maior número de horas de Formação e de Piquete em 2012, tendo o 2.º Comandante Caetano Beja e o chefe Fernando Moita recebido louvores do comandante e da direção pelo empenho e dedicação na fase de transição de comando ocorrida há cerca de um ano. No decurso da cerimónia, foram ainda condecorados vários bombeiros com as Medalhas de Assiduidade da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste e da Liga dos Bombeiros Portugueses e promovidos 7 bombeiros de 3ª e 4 de 1.ª. O dia ficou, no entanto, marcado pela inauguração do Veículo Tanque Tático Florestal (VTTF), uma viatura foi completamente carroçada nas oficinas da Associação, representando uma mais-valia para a operacionalidade do Corpo de Bombeiros em matéria de combate a incêndios em espaços naturais. As juntas de freguesia de Palhais, Santo André e Santo António da Charneca presentearam a associação com um GPS profissional para instalar num dos Veículos de Comando Operacional Tático (VCOT 03), um manequim pediátrico para a formação no domínio da saúde e um capacete de combate a incêndios urbanos e industriais que será utilizado pelos bombeiros estagiários durante a fase operacional da sua formação. Por seu turno a junta do Lavradio disponibilizou uma verba destinada à comparticipação na aquisição de um Desfibrilhador Automático Externo (DAE) para instalação numa das ambulâncias de Socorro do corpo de bombeiros. A sessão, cuja abertura coube ao presidente da mesa da assembleia geral, comandante Aníbal Luís, foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho e contou com a presença, entre outros, da Comandante Operacional Distrital de Setúbal, Patrícia Gaspar, do secretário da Mesa dos Congressos da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Marques e do secretário técnico da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, comandante Rui Laranjeira. 24 AGOSTO 2013 GUARDA O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Soares, criticou na Guarda a inflexibilidade do INEM relativamente à intervenção dos bombeiros no âmbito do pré-hospitalar ao exigir uma triagem que as condições nem sempre permitem e que acaba por poder penalizá-los financeiramente. O comandante Jaime Soares falava na sessão solene comemorativa do 137.º aniversário dos Bombeiros Voluntários Egitanienses, momentos antes de proceder à atribuição do crachá de ouro da LBP ao chefe António José Neves Matas, depois de 36 anos de bons serviços à causa. O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, por seu turno, condecorou o estandarte da associação com a medalha de mérito protecção e socorro, grau ouro e distintivo azul. A cerimónia seria ainda assinalada com a denúncia, pelo presidente da direção da instituição, Luís Borges, de uma dívida de 155 mil euros da Câmara Municipal da Fotos: O interior Presidente da LBP critica INEM Guarda para com os bombeiros, precisando que “há dois anos que a Associação não recebe nenhuma verba da Câmara da Guarda”. O vice-presidente da edilidade, Victor Santos, assumiu a dívida mas lamentou que o presidente da direção tenha levantado ali a questão quando, em seu entender, o assunto já foi debatido entre as duas partes. A cerimónia ficou ainda marcada pela assinatura do contrato de fornecimento de uma viatura multifuncional cuja aquisição é apoiada pelo QREN e pelo anúncio da chegada de duas novas ambulâncias em Setembro. MEALHADA “Temos vontade de combater os fogos da vida” O s Bombeiros da Mealhada assinalaram 86 anos com um programa repleto de atividades. Assim, depois da celebração da eucaristia, na solenidade de Sant’Ana, padroeira da Mealhada e da associação, em memória dos bombeiros, membros dos órgãos sociais e associados falecidos, realizou-se um simulacro de desencarceramento com demonstração dos meios operacionais da corporação, seguido da sessão solene iniciada com a deposição de uma coroa de flores no monumento ao bombeiro. “Recordamos assim todos os bombeiros e elementos dos órgãos sociais dos Bombeiros da Mealhada que passaram por esta associação”, começou por dizer Nuno Castela Canilho, presidente da direção dos Voluntários da Mealhada, antes do minuto de silêncio e a sirene do quartel “chorar” pelos desaparecidos. Já no pavilhão Dr. Mário Saraiva, no quartel, foi Nuno da Silva Salgado, presidente da mesa da assembleia geral, a prestar “homenagem à figura do bombeiro que se encontra omnipresente em muitas situações desta vida. Herói, mas muitas vezes esquecido em situações normais, mas que põe em risco a própria vida sem exigir nada em troca”, conforme declarou o juiz conselheiro jubilado, que de seguida fez um resumo alargado da história mundial do aparecimento dos bombeiros e em particular dos Bombeiros da Mealhada e suas datas importantes, nomeadamente, a inauguração do novo quartel há duas décadas. “Os bombeiros estão entregues aos donativos dos cidadãos”, lembrou, apelando à solidariedade. “Hoje para mim é um grande dia de festa, mas também de tristeza, porque recordo muitos que já partiram”, disse na ocasião. Henrique Santos Silva, bombeiro do quadro de honra e o mais antigo da associação, que, dirigindo-se ao corpo ativo, sublinhou que lema dos bombeiros “é dar a vida pela vida”. Joaquim Valente de Oliveira, 2.º comandante em regime de substituição, na sua intervenção, agradeceu “à direção que se preocupa muito com os bombeiros” e a todos os soldados da paz que servem o quartel. “Festejamos este aniversário em fraternidade e unidade”, começou por dizer Nuno Castela Canilho, que depois de recordar os nomes fundadores, agradeceu às inúmeras entidades e aos 2700 associados que apoiam os Bombeiros da Mealhada, “Poucos meses depois de termos tomado posse, renovamos o nosso compromisso de serviço. Comprámos um gerador que garante a autonomia energética no quartel, uma nova central telefónica, iniciámos os trabalhos de beneficiação do quartel e prosseguimos com a angariação de fundos para a aquisição de uma ambulância de socorro”, disse o dirigente, em jeito de balanço da atividade desenvolvida pela equipa que preside. “Temos vontade de combater os fogos da vida”, disse, acrescentando “Tenho muita pena, mas não tenho razões para deixar palavras de pessimismo ou de grande angústia. Bem sei que nem um discurso é discurso em Portugal se não tiver lamúrias e queixumes, e lamentos e choradinhos. Mas nós não somos assim. Temos as nossas preocupações – que são muitas – mas hoje não é dia de as referir. Herdámos uma associação equilibrada financeiramente. Temos lutado contra os lobis nacionais de transporte de doentes. Temos combatido a crise económica e o desinvesti- mento nacional nas associações de Bombeiros. Temos procurado combater sensibilidades e defeitos internos, melhorando serviços e construindo melhores soluções. Procuramos compreender os desafios do novo voluntariado nacional – o que vai superar o actualmente vigente que está esgotado e apodrecido”, concluiu o presidente da direção. José Gomes da Costa, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro, “homenageou todos os que passaram por aqui nos últimos oitenta e seis anos”. “Oitenta e seis anos são uma bonita idade. Significa sabedoria e muito trabalho”, garantiu, por sua vez Carlos Cabral, presidente da Câmara da Mealhada, declarando que “Portugal sem os bombeiros voluntários não seria o mesmo país”. “A Câmara da Mealhada, nos últimos anos, teve sempre uma preocupação permanente para com os bombeiros. Espero que o próximo executivo supere o que fizemos até aqui. Se isso acontecer, os bombeiros podem ficar descansados”, disse o autarca. Mónica Sofia Lopes 25 AGOSTO 2013 ALCOENTRE A passagem do 77.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Alcoentre ficou marcada pela imposição do Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses ao estandarte da instituição. Depois dos soldados da paz acolheram as entidades convidadas, o salão nobre acolheu a sessão solene, na qual o comandante Instituição recebe distinção Jacinto Abreu enalteceu a entrega dos homens e mulheres que servem o lema “Vida por Vida”, lamentando de seguida as dificuldades sentidas na captação de jovens para esta nobre missão, para reforçar e garantir maior operacionalidade ao quartel. Por sua vez, o presidente da direção Jorge Fernandes saudou os associados, autarquia da Azam- buja e outras entidades que têm apoiado a instituição. O dirigente abordou ainda a questão do transporte de doentes, cuja recente alteração está a a ter repercussões nefastas na obtenção de receita e criar desequilíbrios de tesouraria. A cerimónia contemplou ainda a atribuição de medalhas da LBP e da associação por 15 e 20 anos de serviço aos soldados da paz. Tam- bém alguns elementos da banda filarmónica foram agraciados. Marcaram presença na sessão, entre outras individualidades, o vereador da câmara municipal da Azambuja, Silvino Lúcio; o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares; o 2.º comandante distrital André Fernandes e o comandante municipal Pedro Cardoso. Sérgio Santos VOUZELA Mais três viaturas operacionais T rês novas viaturas operacionais foram benzidas no decurso das comemorações do 128º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vouzela, adquiridas com apoio comunitário (QREN). Tratou-se de um veículo de salvamento e apoio especial (VSAE), um autotanque com capacidade para 12.500 litros; e um veículo de transporte de doentes. Foram ainda divulgados, um kite de neve composto por uma pá limpa-neves automatizada e espalhador de sal aco- plada numa viatura, os equipamentos de proteção individual e a contratação de seguros de saúde para todos os bombeiros. A aquisição das 3 viaturas, além da comparticipação comunitária, representou um investimento de cerca de 100 mil euros para a instituição. O trabalho, a dinâmica e a excelente relação entre direção e comando foram enaltecidos nos discursos durante a sessão solene, quer pelo presidente da Câmara Municipal, Telmo Antunes, do vogal do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante José Requeijo, e do presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Viseu, Rebelo Marinho. Na oportunidade, o presi- dente da direção dos Voluntários de Vouzela, Carlos Lobo, afirmou que “a Associação vive de objetivos e além de continuar a querer equipar os bom- beiros temos também o desejo de rapidamente conseguir realizar obras para recuperar e melhorar o quartel sede”. Durante a cerimónia come- morativa foi também prestada homenagem ao anterior comandante distrital de operações de socorro da ANPC, César Fonseca. VISEU Quartel recebe reforços A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Viseu aproveitou a passagem de mais um aniversário com a promoção de 23 estagiários a bombeiros de 3.ª e a inauguração de três novas viaturas operacionais. A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), por proposta da associação, atribuiu o crachá de ouro ao presidente e ao vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Rua e Américo Nunes. O presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, procedeu à sua entrega. Os novos bombeiros receberam capacetes (Gallet F1) oferecidos pelo governo suíço, fruto dos contactos estabelecidos pela direção e comando nesse sentido. As três viaturas inauguradas são, um veículo de combate a incêndios florestais (VFCI), adquirido através do QREN e com o apoio da Câmara Municipal de Viseu, um chassis “Renault” oferecido pela empresa Auto-Reparadora da Muna, e um veículo de comando (VCOT) adquirido pela associação. A cerimónia contou com as presenças, além dos homenageados e do presidente da LBP, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, Rebelo Marinho, edo comandante distrital da ANPC. 26 AGOSTO 2013 AMARES Fénix de honra no 104.º aniversário A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Amares comemorou no passado dia 5 o seu 104.º Aniversário. Conforme previsto, o programa iniciou-se com a inauguração do monumento de homenagem ao Bombeiro Voluntário de Amares por parte da Autarquia, “que calou bem fundo junto de toda a estrutura dos Bombeiros Voluntários de Amares” conforme nos referiu o presidente da direção, José Gonçalves. O monumento não reproduz o tradicional busto de um bombeiro, mas sim uma estrutura em ferro forjado dinâmica que quer mostrar nas suas interligações o salvamento feito por um bombeiro. Após a inauguração do monumento, foi deposta uma coroa de flores pelos presidentes da Câmara, da Assembleia Municipal e da direção da associação, em homenagem aos bombeiros e dirigentes já falecidos. As cerimónias prosseguiram frente ao quartel, com a entrega de medalhas de assiduidade. “Foi uma cerimónia que se torna sempre muito bonita e dinâmica porque são os familiares ou amigos que colocam as respetivas medalhas aos bombeiros agraciados”, comentou-nos o presidente dos Voluntários de Amares. Seguiu-se a entrega por parte da Liga de Bombeiros Portugueses da Fénix de Honra a assinalar o facto da instituição ter perfeito os 100 anos de existência. A atribuição foi feita pelo comandante José Morais, vogal do conselho executivo da Liga. A par desta distinção, a Câmara Municipal de Amares, deliberou atribuir à associação a medalha de ouro do concelho por altura do seu centenário, fazendo nesta data a sua entrega. Segundo, o presidente da direção, “foram dois altos galardões que a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Amares recebeu e que tornaram o seu estandarte muito mais rico e valioso”. Antes da sessão solene, a di- reção, através do seu presidente, fez um agradecimento público, a Jorge Miranda, emigrado na Suíça, com a entrega de um capacete em vidro, e ao bombeiro Armindo Fernandes com a entrega de um diploma de reconhecimento e de nomeação como sócio honorário e benemérito. Já no decurso decorrer sessão solene, a Liga dos Bombeiros Portugueses, por proposta da direção dos Bombeiros Voluntários de Amares, atribuiu o alto o crachá de ouro à Câmara Municipal de Amares, ao Chefe 31, Armandino Dias, e ao Bombeiro de 1.ª, n.º 19, José Antunes. Também por proposta da direção dos BVAmares, a Liga dos Bombeiros Portugueses atribuiu a medalha de serviços distintos – grau ouro – às empresas, Alumínios Ibérica SA, Painel 2000 SA, Intermarché, Transportes Rendufenses, Transportes TJM e Brunotir, Mário Adriano Ribeiro Gonçalves. Também foram agraciados com a mesma medalha o comendador Manuel Teixeira e a sua esposa, Rosalina Machado Teixeira. Foram ainda entregues diplomas de agradecimento a várias pessoas e empresas que colaboraram na realização das cerimónias do Centenário. Seguiu-se a missa solene de homenagem a todos os bombeiros e dirigentes que já faleceram, e que foi celebrada pelo reverendíssimo padre Jorge. Para finalizar, e como já tem sido habitual realizou-se um desfile de todas a viaturas do Corpo de Bombeiros de Amares com crianças de todo o concelho, perante o entusiasmo e participação da população de Amares. FÁTIMA Associação assinala uma década de socorro O s Bombeiros Voluntários de Fátima comemoraram recentemente uma década de vida ao serviço das populações locais já como associação autónoma. Durante a sessão solene que se seguiu à cerimónia em parada, o comandante Gaspar dos Reis, foi o primeiro a usar da palavra para enaltecer o trabalho desenvolvido pelos elementos que compõem o corpo de bombeiros, “merecedores de um verdadeiro louvor coletivo”. Mas, a par desse elogio, não deixou de dar contas das péssimas condições em que esses homens e mulheres trabalham Alberto Caveiro, presidente da direção, depois de realçar “a en- trega e o profissionalismo” dos bombeiros realçou também a necessidade de construção de um novo quartel, bem como, a aquisição de uma autoescada que permita responder aos desafios provocados pelos elevados fluxos populacionais de Fátima. Na cerimónia esteve também presente o novo comandante distrital de socorro da ANPC, Mário Silvestre, que dirigiu igualmente palavras de incentivo a todos os bombeiros e responsáveis presentes. O presidente da Câmara Municipal de Ourém e antigo dirigente associativo de bombeiros, Paulo Fonseca, garantiu que “o executivo municipal está sempre ao lado dos bombeiros” referindo, como prova disso, o investimento de 1 milhão e 700 mil euros realizado nos últimos quatro anos pela autarquia no apoio aos bombeiros: “enquanto nos quatro anos anteriores o investimento foi só metade”. O programa comemorativo incluiu também a entrega de prémios aos vencedores do concurso de artes sobre o aniversário dos bombeiros, no qual participaram vários estabelecimentos escolares de Fátima, e também para a apresentação da nova página web da instituição que resulta de uma doação da empresa Sensorial, que comemora igualmente o seu 10º aniversário. 27 AGOSTO 2013 MOITA Crachás de ouro em aniversário VILA REAL Cruz Branca tem novo elenco T omaram posse, recentemente, os novos corpos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública e Cruz Branca, para o Triénio 2013/2016. Na cerimónia, antecedida de uma homenagem do corpo ativo ao seu comandante, Álvaro Ribeiro, que cessou funções, para assumir as de Comandante Operacional Distrital (CODIS) de Vila Real. Marcaram presença na sessão diversas entidades e autoridades locais e regionais, nomeadamente o presidente da Câmara Municipal de Vila Real, o comandante do Regimento de Infantaria nº 13, o presidente da direção e o comandante dos Bombeiros da Cruz Verde, representantes da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional Republicana e da Federação Distrital dos Bombeiros Voluntários. O presidente da direção, António Manuel S. Ribeiro Graça, conta na sua equipa com António Augusto Saavedra da Costa, Leonel Costa Sanches, Francisco José Sequeira Moreira, Maria Júlia Madeira Pinto, Maria Hercilia Agarez C. Marques e Vítor Manuel Gonçalves dos Santos Na assembleia geral, assume a cadeira da presidência Miguel de Matos Esteves coadjuvado por Frederico M.F. Amaral Neves e Domingos Fernando V. Costa Integram o conselho fiscal o presidente Luís Maximiano Coutinho da Silva e ainda Maria Helena Carneiro Borges e José Fortunato Costa Leite. VILA PRAIA DE ÂNCORA Fotos: Caminha 2000 Laurinda Araújo à frente da associação N a história da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora, a direção passou a ser presidida pela primeira vez por uma mulher, eleita pela única lista concorrente ao triénio 2013/2016. Laurinda Corujeira de Araújo, natural de Vila Praia de Âncora, 47 anos, empresária há duas décadas, estabelecida nesta vila há quatro anos, vive os bombeiros de uma forma especial, atenden- do a que seu pai foi um dos voluntários ancorenses durante meio século, a par de ter irmãos, cunhados, sobrinhos e uma filha no corpo ativo, o que terá pesado bastante na decisão de se candidatar ao cargo. Com a nova presidente assumem funções nos órgãos sociais mais duas mulheres, uma na assembleia-geral e outra na direção. A denominada pacificação da associação e a resolução do passivo situado nos 50 mil euros são objectivos fundamentais para a nova presidente. Os novos órgãos sociais dos Voluntários de Vila Praia de Âncora incluem, na assembleia-geral: Agostinho Simões Gomes (presidente) José Manuel Martins Presa (1º secretário) e Sandra Elisabete Dias Fernandes (2.º secretário). O conselho fiscal é presidido por Rui Manuel Taxa Silva Araújo tendo, como secretário, Ricardo Nuno Dias Fernandes, e relator, Luís Filipe Silva Matias. A direção, liderada por Laurinda Corujeira de Araújo inclui também, o vice-presidente, Pedro Miguel Castro Gonçalves, o 1.º secretário Joana Isabel Araújo Sá, o 2.º secretário, Luís Filipe Marvão Franco Almeida, o tesoureiro, Rui Pedro Gil Ferreira de Amorim, e os vogais, Bernardino Martins Santamarta e António José Oliveira Peralta. ALMADA Bombeiros bem preparados A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do concelho da Moita comemorou a passagem do seu 80.º aniversário homenageando os seus soldados da paz. Uma imponente formatura do corpo ativo acolheu as entidades convidadas para a imposição de uma coroa de flores junto do monumento ao bombeiro, em memória dos dirigentes e camaradas falecidos. No decorrer da sessão solene, os homens e mulheres que voluntariamente se entregam à causa dos bombeiros portugueses foram reconhecidos com medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses por vários anos de serviço. Contudo, o ponto alto da celebração foi a imposição do crachá de ouro da confederação ao chefe Tavares, subchefe José Vicente e aos chefes do Q.H. António Palaio e Joaquim Galó, num claro reconhecimento pelas mais diversas participações ativas na vida da associação. No momento das alocuções, o presidente da direção e o comandante Carlos Picado foram unânimes nos agradecimentos aos bombeiros, enaltecendo o seu esforço na “construção de um parque de treinos, para formação interna e posteriormente para formação externa para diversas empresas deste concelho”. A cordialidade entre os órgãos sociais e comando foi ainda realçada, como estratégia de sucesso para a associação e o seu corpo de bombeiros, que não esquecendo aqueles que sempre apoiaram a instituição agradeceram e agraciaram o presidente da Câmara Municipal da Moita, João Lobo. Nas cerimónias estiveram presentes diversas entidades nomeadamente o vice presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rodeia Machado; o 2.º comandante distrital Rui Costa (ANPC), o presidente da federação dos bombeiros de Setúbal, Eduardo Correia, bem como representantes de associações congéneres do distrito e da Guarda Nacional Republicana. Sérgio Santos O CACILHAS O Barbeiro no quartel s Bombeiros de Cacilhas, decidiram criar uma barbearia no quartel, para “ajudar os bombeiros na redução de despesas mensais do seu orçamento familiar, numa época critica para todos”. Por apenas um euro bombeiros e os seus filhos menores poderem cortar o seu cabelo no quartel. piquete de intervenção dos Voluntários de Almada cumpre, diariamente, das 9 às 10 h., um programa de preparação física, no ginásio “Templo dos Sentidos”, nas instalações do próprio quartel. Os elementos que fazem parte desta equipa, todos os dias fazem musculação e cardiofitness, para assim ”ganharem mais capacidade física e mental para resistirem a todo o esforço que esta profissão exige em diversos tipos de ocorrências”. “Esta atividade física está a engrandecer e a melhorar a resistência física desta Equipa de Primeira Intervenção”, sublinha fonte do comando. 28 AGOSTO 2013 MOIMENTA DA BEIRA O Doação para Cabo Verde s bombeiros voluntários de Moimenta da Beira vão doar uma ambulância ao Hospital Regional Santiago Norte, no concelho de Santa Catarina, Ilha de Santiago, em Cabo Verde. O veículo, usado, mas ainda em bom estado, segue para a semana, por via marítima, do porto de Leixões para aquele arquipélago. A ambulância vai ainda recheada de roupa, livros infantis e livros escolares, sapatos e bolas de futebol, material doado pela Câmara Municipal de Moimenta da Beira. A doação nasceu de um pedido feito aos bombeiros pela Comissão de Projectos e Prestação de Serviços do Rotary Clube Maria Pia, sediado na cidade da Praia, capital de Cabo Verde. O presidente da autarquia, José Eduardo Ferreira, e o comandante da corporação de bombei- PÓVOA DO VARZIM ros, José Alberto Requeijo, juntaram-se para um fim “nobre e solidário”. “A ambulância vai servir uma região de um país onde há carências médicas e de cuidados de saúde”, enfatiza o comandante. ESTREMOZ A Novos cartões Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Estremoz prepara-se para substituir os cartões dos associados e proceder à atualização de ficheiros. Assim, a direção da instituição informa que os interessados em ter fotografia no respetivo cartão, devem proceder à sua entrega até ao final deste mês. A primeira via do novo cartão não terá custo para os associados. D Corrida de carros artesanais ecorreu no passado dia 11 de agosto, na freguesia de Laúndos da Póvoa de Varzim, a 5.ª corrida de carros artesanais, subordinada à temática dos desenhos animados, na qual participaram os Voluntários da Póvoa de Varzim com o bólide do “Bombeiro Sam”. A base do carro é um frigorífico, tendo a construção ficado “a custo zero”, merece do apoio da empresa LNBCar. Do carro destacam-se pormenores como a escada, os strobs, sirene, o carretel com mangueira de 25, o extintor e a motobomba e o ARICA, em esferovite. A “protótipo” tem assi- natura do 2.º comandante, Carlos Cadilhe, do bombeiro de 2.ª, José Fonseca e o bombeiro de 3.ª, Ricardo Barros. Aos comandos do Bombeiro Sam, 2.º comandante dos Voluntários da Póvoa de Varzim, Carlos Cadilhe, mostrou-se satisfeito pela participação na iniciativa, afirmando que “estes momentos são importantes para os bombeiros estarem em contacto com a população”. O carro, que “sobreviveu” às quatro rampas descidas de cerca de 800 metros, encontra-se em exposição no quartel. ESMORIZ II Open Day memorável CASCAIS Bombeiros regressam aos EUA A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Cascais prepara-se para reforçar os laços existentes com os bombeiros norte-americanos. Desta feita, na costa oeste daquele país. Os Voluntários de Cascais estão a programar um processo de geminação com os seus congéneres californianos de Sausalito. Na visita às instalações daqueles bombeiros, o “mayor” de Sausalito, Herb Weiner; manifestou a sua vontade em poder apadrinhar esse processo. Em visita a Cascais a convite da Câmara Municipal, à frente de uma delegação da sua cidade, o presidente da câmara norte-americana, manifestou a vontade de se deslocar aos bombeiros fruto da sugestão que lhe havia sido dada por um conterrâneo que ali tinha estado também meses atrás. A presença de Herb Weiner em Cascais insere-se também no processo de geminação entre as duas autarquias liderado pelo vereador das Relações Internacionais, Alexandre Faria. Nos Voluntários de Cascais o autarca norte americano foi recebido pelo vice-presidente da direção, Vitor Neves, e pelo comandante do corpo de bombeiros, João Loureiro. Não é a primeira vez que os Bombeiros de Cascais estabelecem contacto com os colegas californianos. No passado, e no âmbito da adopção da mota de água como meio de socorro na frente de mar da sua zona de intervenção, nomeadamente no Guincho, visitaram o “Los Angeles Fire Department” e a estrutura local da “Coast Guard”. Aliás, a margem da deslocação, chegaram também a visitar o local de filmagens da então popular série televisiva “Bay Watch” e a conversar com o seu protagonista, David Hasselhoff, a quem explicaram o motivo da sua visita e de quem receberam palavras de incentivo. Ao longo dos últimos 20 anos, os Bombeiros Voluntários de Cascais mantiveram contactos com bombeiros norte-americanos dos Estados do Maine, Massachussets, Texas, Pensilvânia, Nova Iorque e Washington. Esse relacionamento foi até motivo de uma saudação manuscrita pelo presidente Bill Clinton, que os Bombeiros de Cascais mantém emoldurada nas suas instalações. O dia da abertura da época de vigilância balnear nas praias em Esmoriz, Cortegaça e Maceda, realizada pelos Bombeiros Voluntários de Esmoriz à largos anos, que passou a ser designado por “Open Day”, conheceu este ano a segunda edição da iniciativa em novo formato. O clima absolutamente propício a praia, um mar calmo até demais para a realização de um simulacro de mar na Praia do Cantinho, milhares de pessoas no areal, foram essenciais para que a exposição de material e equipamentos, as ações de sensibilização, os postos de triagem e a animação em final do mês de junho fossem inesquecíveis. Com organização dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz esta iniciativa contou também com os apoios imprescindíveis da Força Aérea Portuguesa, do INEM, da Policia Marítima, do Instituto de Socorros a Náufragos, dos Bombeiros Voluntários de Ovar, Bombeiros de Vagos, Bombeiros Aveiro-Novos, da GNR e de muitas empresas que cederam estruturas, equipamentos, veículos diversifi- cados que foram apreciados por milhares de pessoas ao longo de todo o dia 29 de junho. A parte da tarde destacou-se pela expectativa relativamente ao simulacro de mar, que este ano contou com a valiosa colaboração da Força Aérea Portuguesa com um helicóptero de salvamento e resgate a ser envolvido nas operações de recuperação das vitimas hipotéticas deste exercício. A tarde finalizou também com uma aula de Zumba participada por gente de todas as idades. O II Open Day ficará na memória pela sua dimensão e espetacularidade, pela boa articulação entre entidades ligadas à vigilância de praias, busca e socorro e também pela magnífica resposta que a população da região e visitantes deram a este evento. Agora, com as praias do Cantinho, Velha de Esmoriz, Cortegaça Sul e São Pedro de Maceda sob a vigilância dos nadadores salvadores dos Bombeiros de Esmoriz só resta esperar que o saldo final da época balnear seja muito positivo. Os bombeiros envolvidos vão fazer tudo para isso. ANIVERSÁRIOS 1 de setembro Bombeiros Voluntários de Carnaxide#101 4 de setembro Bombeiros Voluntários da Ericeira#82 5 de setembro Bombeiros Voluntários de Póvoa de Lanhoso#109 7 de setembro Bombeiros Voluntários de Cabanas de Viriato#78 8 de setembro Bombeiros Voluntários de Folgosinho#76 10 de setembro Bombeiros Voluntários de Alter do Chão#65 Bombeiros Voluntários de Castro Verde#31 12 de setembro Bombeiros Voluntários da Lixa#124 Bombeiros Voluntários de Areosa-Rio Tinto#91 Bombeiros Voluntários de Vimioso#81 14 de Setembro Bombeiros Voluntários de Caldas da Rainha#118 Bombeiros Voluntários de Sacavém#116 Bombeiros Voluntários de Góis#57 15 de setembro Bombeiros Voluntários de Gondomar#100 Bombeiros Voluntários de Vagos#85 Bombeiros Voluntários de Vidago#46 16 de setembro Bombeiros Voluntários de Tondela#89 Bombeiros Voluntários de Vila Franca das Naves#17 18 de setembro Bombeiros Voluntários de Favaios#98 Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande#65 19 de setembro Bombeiros Voluntários de Almoçageme#118 Bombeiros Voluntários de Figueira de Castelo Rodrigo#76 Bombeiros Voluntários de Cabo Ruivo#36 Bombeiros Voluntários de Penela#33 20 de setembro Bombeiros Voluntários de Leça do Balio#82 22 de setembro Bombeiros Voluntários de Algés#111 Bombeiros Voluntários de São João da Pesqueira#106 23 de setembro Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal#74 24 de setembro Bombeiros Municipais do Funchal#125 25 de setembro Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima#126 26 de setembro Bombeiros Voluntários de Cruz de Malta#95 27 de setembro Bombeiros Voluntários da Nazaré#86 30 de setembro Bombeiros Voluntários da Malveira#69 Bombeiros Voluntários da Trofa#37 Bombeiros Voluntários de Santana#28 Fonte: Base de Dados LBP 29 AGOSTO 2013 CASTANHEIRA DO RIBATEJO N De portas abertas à população o âmbito do “Projeto de Interação e Proximidade com os Cidadãos”, promovido pelo Departamento de Formação dos Bombeiros de Castanheira do Ribatejo, realizou-se um curso de técnicas de emergência, uma ação aberta à comunidade, no qual participaram 16 pessoas com idades compreendidas entre os 16 e os 70 anos. Essa formação, com a duração de oito horas, teve como objetivo “preparar o cidadão para atuar numa primeira intervenção, seja em caso de incêndio ou em emergência pré-hospitalar”. BUCELAS CABANAS DE VIRIATO R Mega cabidela a favor dos bombeiros epetindo o êxito da primeira edição, a Mega Cabidela dos Bombeiros Voluntários de Cabanas de Viriato (BVCV) deste ano contou com sala cheia num ambiente animado e até divertido. No domingo, dia 9 de junho, os Bombeiros Voluntários de Cabanas de Viriato levaram a efeito mais uma edição da sua Mega Cabidela que contou com cerca de duas centenas de inscrições. A verba arrecadada com esta iniciativa irá permitir aliviar a despesa com a chegada de duas novas viaturas operacionais. A ementa da festa foi constituída por entradas, caldo verde, anfitriã cabidela e um faustoso buffet de sobremesas preparado pelas bombeiras, elementos dos corpos sociais , por familiares e amigos daquela instituição. Com um ambiente festivo e de confraternização, o almoço superou todas as expectativas da organização, que fez questão, pela voz do seu presidente da assembleia geral, José Pereira Dias, de agradecer e reafirmar a importância de contar com o apoio de cada um dos presentes para o futuro da Associação. Também o presidente da direção, Júlio Sousa, usou da palavra para agradecer o apoio de todos e aproveitou para informar os presentes que a receita angariada com esta iniciativa iria ser canalizada para a despesa que os BVCV vão ter com a aquisição de duas novas viaturas, um renovado todo terreno 4x4 totalmente equipado e uma viatura nova que foi possível adquirir com recurso ao programa do QREN, candidatura que implica uma comparticipação de 15 por cento da Associação. O presidente fez questão de referir que estas viaturas virão substituir outras com mais de 50 anos e que são ferramentas fundamentais no melhor serviço prestado às populações. A festa terminou ao som de música popular e com o desejo de que se possa repetir. Filipa Pereira Fanfarras em desfile A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Bucelas promoveu, recentemente, o 3.º desfile de fanfarras “Domingos Oliveira Rodrigues”. As ruas encontravam-se repletas de populares e amigos dos bombeiros para acolher os participantes num desfile que percorreu as artérias daquela vila e terminou com exibições musicais no campo de jogos bucelense. Participaram neste encontro as fanfarras dos bombeiros voluntários de Algueirão Mem Martins, Ericeira, Caneças, Pontinha, Samora Correia e a fanfarra anfitriã. Sérgio Santos OURÉM A Amigos promovem noite de fados Liga dos Amigos da Secção de Bombeiros de Freixianda promove, no dia 5 de outubro, no Salão Cardal, uma noite fados, iniciativa que visa angariar a verba em falta para pagar uma ambulância recentemente adquirida pelo quartel. PRAIA DA VITÓRIA Bombeiro deu o nó AREOSA – RIO TINTO D Conheceram-se nos bombeiros ois voluntários do corpo de bombeiros da Associação de Areosa-Rio Tinto, Igor José Cachada Silva da Cunha e Cátia Andreia Pires Soares Pinto decidiram dar o nó Ambos são bombeiros de 2.ª, ele admitido em 2002 e ela em 2004 nos Voluntários de Areosa-Rio Tinto. Conheceram-se nesta Associação e ao longo dos anos foram fortalecendo a sua relação pessoal e distinguindo-se também pela qualidade do serviço prestado, com particular incidência na área da emergência pré-hospitalar. Ou não fosse ele tripulante de ambulância de socorro e ela enfermeira. A amizade, simpatia e respeito que têm granjeado entre os seus colegas do corpo de bombeiros ficaram expressas na concorrida cerimónia de casamento. Parabéns aos noivos! O bombeiro de 3.ª dos Voluntários de Praia da Vitória, Terceira, Açores, Fábio Machado decidiu dar o nó com Ana Teresa Costa. A cerimónia do casamento decorreu em maio último na Igreja Matriz da Praia da Vitória, e os seus colegas, através do Alexandre Cunha, fizeram-nos chegar uma foto a testemunhar a saída dos recém-casados do templo, entre alas de bombeiros e bombeiras, com o objetivo de lhes fazer uma surpresa. Fica feita a surpresa, com o desejo de felicidades para o Fábio e a Ana. 30 AGOSTO 2013 SINES VAGOS R Aprender hoje para salvar amanhã Infantes e cadetes em acampamento ealizou-se nos dias 26, 27 e 28 de julho, na Praia da Vagueira, o acampamento anual dos infantes e cadetes dos Voluntários de Vagos. Este encontro incluiu diversas atividades e muitos e bons momentos de partilha e de convívio. A promoção a cadetes de Vitor Diogo Cipriano Silva, Valter Manuel Grave Santos, Adriana Simões Pinto, Inês Simões Pinto e João André Fresco Vieira, constituiu momento alto desta iniciativa e na qual marcaram presença o presi- dente da Associação dos Bombeiros Voluntários de Vagos, os elementos do comando, o vereador Silvério Regalado em substituição do presidente da autarquia, bombeiros, familiares e amigos dos jovens. No final sobraram palavras de apreço para os formadores e monitores Anabela Capela, Mário Frade, Ana Cardoso, Licínia Pequeno e José Pinto que ao longo do ano trabalharam de forma exemplar, para garantir o bom funcionamento desta escola. em agosto de 1993 O corpo de Bombeiros de Sines é, por estes dia, bem mais jovem, tendo em conta o “reforço” de cerca de meia centena de jovens que integram a nova Escola de Infantes e Cadetes, a primeira em 69 anos de história da instituição. Este era um desejo há muito adiado, pelo bombeiro de 2ª António Mestre, que assume, agora, a coordenação do projeto. Fonte da associação garante que “Mestre era a escolha óbvia, tendo em conta a sua experiência nesta área, nomeadamente na Associação de Nadadores Salvadores do Litoral Alentejano (RESGATE)”. Assim, no passado mês de janeiro, com o apoio do comando e direção, António Mestre decide avançar com o apoio do delegado da Juvebombeiro de Sines, Ricardo Jones, e juntos criaram uma equipa de trabalho, que conta atualmente com oito elementos, unidos pela determinação, sentido de responsabilidade e unidade. Atualmente, com 52 elementos, dos 6 aos 17 anos, a escola abre portas todos os sábados à tarde, dando ao quartel dos Bombeiros de Sines juventude e perspetivas de futuro. Importa sublinhar, conforme referem os responsáveis, que a organização é a pedra basilar desta escola que se orgulha do plano pedagógico adotado. Genericamente, as atividades dos jo- vens formandos assentam na Ordem Unida, Formação Inicial de Bombeiro (componente teórica e prática), Educação Física e na participação em simulacros e observação de exercícios do corpo ativo. “Dedicação, resiliência, gratidão, camaradagem, resistência, lealdade, respeito e confiança, são marcas desta escola” porque o objetivo maior é “formar homens e mulheres com valores e princípios, enriquecidos de experiencias, munidos de competências tanto a nível pessoal como profissional”, segundo releva António Mestre, acrescentando que a “Escola de Infantes e Cadetes não tem como principal bandeira o recrutamento de novos bombeiros, mas sim a formação e educação de homens e mulheres, deixando-lhes o “bichinho” que chame à causa”. O mentor do projeto fala com orgulho da sala de formação da escola instalada no quartel sede, onde se lecionam os conteúdos teóricos. Numa época de dificuldades para as associações de bombeiros, a direção dos Voluntários de Sines muito incentiva e apoia esta escola assegurando, entre outras despensas, o fardamento e a logística, patrocinando um grupo de futuro na realização de algo novo e diferente, sempre assente no lema – “Aprender hoje para Salvar Amanhã”. André Luz 31 AGOSTO 2013 VILA REAL Encontro distrital ÓBIDOS Bombeiros e escuteiros recriam Brownsea J uvebombeiro do Corpo de Bombeiros de Óbidos revive o espírito de Brownsea com o Agrupamento de Escuteiros de Óbidos. A ilha de Brownsea serviu de inspiração à organização do 1º Acampamento da Juvebombeiro de Óbidos que juntou bombeiros e escuteiros unidos pelo espírito de serviço e solidariedade. As atividades desenvolvidas colocaram à prova as capacidades dos jovens que sem medos e com muita motivação responderam aos desafios propostos. CERVA O Juve tem novo núcleo s Bombeiros Voluntários de Cerva acolhem um núcleo da Juvebombeiro que integra Tiago Silva (delegado), Adriana Lourenço (subdelegada) e Teresa Sofia (secretária). Num encontro muito participado, os trabalhos que levaram à criação deste núcleo foram acompanhados pelo Coordenador Distrital da Juvebombeiro de Vila Real, Rui Dinis e pelo comandante Jorge Campos dos Voluntários de Cerva. O recém-eleito coordenador da juve salienta o “grande apoio de Rui Dinis e do comandante Jorge Campos” que permitiram encerrar com chave de ouro os trabalhos que se prolongaram por mais de três horas. D ecorreu, em Cerva o Encontro Distrital da Juvebombeiro, uma organização do núcleo local que reuniu cerca de meia centena de participantes e que teve maior atrativo a subida do Rio Póio, com paragem na cascata Cai D´Alto. A iniciativa teve como objetivos maiores “fomentar o bom relacionamento entre os participantes, promover o espírito de equipa e aventura”. O desafio foi cumprido em cerca de seis horas, e compreendeu a subida em Cabriz e a chegada a Alvadia, numa aventura marcada pelo cansaço, algumas escoriações mas também pela alegria da superação de muitos obstáculos. Em jeito de balança sobram palavras de apreço para a organização que trabalhou arduamente para o sucesso do encontro, nomeadamente para os Bombeiros de Cerva que prepararam o almoço que permitiu “recarregar baterias” depois de tão árduo esforço. Agradecimentos, também, à Câ- mara Municipal de Ribeira de Pena, que disponibilizou transporte aos participantes. Registe-se que se associaram ao evento o 2.º CODIS de Vila Real, o presidente da Comissão Coordenadora Nacional da Juvebombeiro e ainda o presidente da Junta de Freguesia local que assume também os comandos da Associação dos Bombeiros de Cerva. BARCELINHOS Duas centenas a pedalar BRAGANÇA M ogadouro acolheu a II Maratona de futsal, organizada pela Juvebombeiro de Bragança, evento que juntou sete equipas do distrito. A formação do Vimioso arrecadou o cobiçado troféu depois de na final ter batido o grupo de Macedo de Cavaleiros, num torneio que contou ainda com as de equipas dos bombeiros de Sendim, Torre de Dona Chama, Izeda, Mogadouro, e Bragança. A juvebombeiro assinou ain- da a organização do VI acampamento distrital, no parque de campismo do Colado, em Quintanilha, numa iniciativa que mobilizou 70 jovens e se pautou pelo convívio e boa disposição. BARCELOS Futebol fomenta a amizade Foto: Moto Galos Maratona reúne sete equipas O s Voluntários de Barcelinhos promoveram mais uma edição da Prova de BTT Cândido Figueiredo”, que este ano reuniu 200 bombeiros do distrito de Braga, numa grande inciativa que alia as componentes da atividade física da beleza paisagística e da confraternização. O presidente da associação de Barcelinhos, José Arlindo Costa, defende a importância deste evento na “aproximação de corpos de bombeiros vizinhos” e também “na integração dos estagiários”,. BRAGANÇA O B ombeiros casados e solteiros das três associações do concelho de Barcelos reuniram-se recentemente numa partida de futebol, designada por Jogo da Amizade, integrado nas comemorações do 130.º aniversário dos Voluntários de Barcelos. O jogo decorreu no dia 8 de junho último, no Estádio Adelino Ribeiro Novo, em Barcelos. Para o comando dos aniversariantes, “foi num extraordinário ambiente de convívio, leal e franco, que as direções e comandos dos corpos de bombeiros do concelho de Barcelos (Barcelos, Barcelinhos e Viatodos) se envolveram num jogo de futebol entre casados e solteiros”. Em jeito de balanço, refere a mesma fonte, “fica reconhecida a importância destas iniciativas e é através deste tipo de ações e outras, que a interação e coordenação entre as diversas entidades existe e deve ser mantida e melhorada”. Também Duarte Nuno Pinto, presidente da Assembleia Geral, frisa a “importância da adesão de jovens bombeiros para fomentar o gosto e a partilha de valores que regem a comunidade dos homens da paz”. O comandante dos Voluntários de Barcelinhos faz um balanço muito positivo desta 10.ª edição da prova, sublinhando a colaboração da associação, assegurando que “só assim é possível garantir que tudo corre bem”. Jogadores do Salgueiros no quartel s jogadores mais novos de ”O Salgueiros” foram jogar a Bragança e ficaram alojados na casa do quarteleiro dos bombeiros locais. Os mais novos tiveram direito a uma ceia especial, visitaram as instalações e depois de apreenderem algumas noções de Ordem Unida foram para a cama a marchar Agradecidos, os jogadores, ofereceram aos bombeiros uma camisola de jogo e deixaram no quadro de serviço “uma simples mas muito carinhosa mensagem de agradecimento”. Da mesmo forma, também os anfitriões se mostraram muitos satisfeitos por acolher estes pequenos craques, que serão “sempre bem vindos” ao quartel dos Voluntários de Bragança. 32 AGOSTO 2013 BOMBEIROS FERIDOS Presidente da LBP no Porto e em Guimarães O presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, acompanhado do diretor nacional de bombeiros (DNB) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Pedro Lopes, visitou o bombeiro de Miranda do Douro, Daniel Falcão, internado no Hospital da Prelada, no Porto, e o bombeiro voluntário de Celorico de Basto, Tiago Carvalho, internado no Hospital do Alto Ave, em Guimarães. Na primeira unidade hospitalar, o presidente da LBP avistou-se, a seu pedido, com o conselho de administração para debater várias questões nomeadamente o processo relativo a Lourosa. O comandante Jaime Soares, a par desse processo conseguiu acordar com o Hospital da Prelada, para o fu- dirigente, “ já teve alta mas vai continuar a recuperação com os tratamentos”. Os bombeiros Daniel Falcão e Vitor Ribeiro ficaram gravemente queimados quando, em companhia do colega António Ferreira, entretanto falecido, foram surpreendidos pelo fogo devido a uma brusca de mudança de vento. Os bombeiros combatiam um incêndio florestal entre Cicouro e S. Martinho de Angeira, junto à fronteira espanhola. turo, eventuais procedimentos a cumprir em próximas situações do género. Entretanto, o bombeiro de Miranda do Douro, Daniel Falcão, continua internado na Prelada em estado grave, com prognóstico ainda reservado. “O Daniel continua a lutar pela vida” informou-nos, também, o presidente da direção da associação, reconhecendo “o esforço e a tenacidade que ele continua a demonstrar neste difícil momento da sua vida”. Vitor Ribeiro, que também ficou ferido na mesma ocasião, segundo nos informou aquele LOUVOR/REPREENSÃO Aos milhares de bombeiros que nas últimas semanas, com sacrifícios vários, incluindo a própria vida, têm lutado pela defesa dos bens dos outros. A todos os que, devendo limpar o terreno em volta das suas casas, não só não o fazem como até reclamam nas televisões pelo infortúnio de que são alvos. António Ferreira e Daniel Falcão foram então evacuados num helicóptero do INEM para o Hospital de S. João e posteriormente para a unidade de queimados do Hospital da Prelada. A viatura de combate a incêndios em que os bombeiros se deslocavam foi totalmente destruída pelas chamas. Tiago Carvalho, dos Voluntários de Celorico de Basto, foi colhido com gravidade por uma viatura de combate a incêndios do seu corpo de bombeiros. Não podendo impedir o embate mesmo assim ainda conseguiu gritar a tempo de avisar os colegas, evitando que também fossem colhidos. Ao Daniel, Vitor, Tiago e aos outros companheiros acidentados no decurso do combate às chamas ao longo do país, a equipa do “Bombeiros de Portugal” endereça um forte abraço com o desejo de rápido restabelecimento de todos. PAÇO DE SOUSA O Trouxeram prata para Portugal s Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa tornaram-se vice-campeões dos campeonatos internacionais de manobras do CTIF realizados entre 14 e 21 de julho último em Mulhouse, França. Ao ser distinguida com a medalha de prata desses concursos a equipa B dos Voluntários de Paço de Sousa conseguiu alcançar um feito notável, elogiado pelos dirigentes da associação, comando e autarcas de Penafiel. Antes, já havia registado um resultado importante ao conseguir atingir a craveira internacional após 15 anos de participação nas provas nacionais. Portugal fez-se representar por sete equipas. Na categoria em que a equipa de Paços de Sousa participou estiveram presentes 36 de igual número de países. Os Voluntários de Paço de Sousa fazem um balanço positivo da participação não obstante tecerem algumas críticas relativamente às condições em que se processou o transporte em autocarro ao longo de cerca de dois mil quilómetros e “a falta de apoio por parte de responsáveis nacionais em toda a deslocação”. A Crónica do bombeiro Manel Acho que as pessoas estão primeiro M eus amigos, uma coisa que à primeira vista parecia ter o seu sentido, por que não funciona como deve ser, acaba por dar numa grande trapalhada. Ainda por cima quando eu acho que as pessoas estão em primeiro lugar em tudo isto mas há quem pelos vistos esteja a esquecer-se disso. Trata-se de prestar socorro às pessoas que, acho eu, todos devem desejar que se faça bem e depressa. E estou a falar da vida delas, não sei se percebem. Estou a falar daquele regra que o INEM quer que seja cumprida por todos os bombeiros de obrigar que tudo passe pela triagem do CODU. E se assim não acontecer o INEM castiga as associações e não lhes dá número, logo, não vai pagar o serviço. Em abono da verdade, o problema criado pela teimosia do INEM não está na própria triagem que no fundo todos desejamos que se faça. O problema, amigos, está na dificuldade para lá chegar. Todos nós cá para cima e noutros sítios do país também, sabemos como é difícil contactar o INEM, com muito tempo à espera quando às vezes o acidente é aqui à porta do quartel. Como explicar às pessoas que a burocracia lá de Lisboa manda que não se toque no sinistrado sem primeiro falar para lá a pedir ordens? Ou então, se formos rápidos no socorro mas sem triagem corremos o risco de trabalhar à borla? Como explicar às pessoas que os bombeiros se não for o INEM a dizer como é parece que não sabem como intervir? Como explicar às pessoas que os bombeiros que estão na rua em contacto com a realidade têm que esperar as ordens que vêm dos senhores que estão lá no ar condicionado? Amigos, o problema, a meu ver, não está na triagem mas nas dificuldades para contactar o INEM. Senhores do INEM não levantem mais poeira sem antes cuidarem de estar preparados para responder como deve ser, ou seja, rápido. Não chutem para os bombeiros o problema, não sacudam a água do capote e preparem-se primeiro como deve ser para resolver o problema. Depois de tudo acertado a triagem passará a ser sem dúvida, como deve ser, uma mais valia, e não um problema como hoje acaba por ser. Aliás, amigos, esta regra da triagem já é antiga. Não foi por isso que os bombeiros aí da zona de Lisboa se revoltaram há anos? Amigos do INEM. Não distraiam as gentes com questões antes de resolver os problemas. Mas não prestem rasteiras aos bombeiros para tapar o sol com a peneira. O INEM exige dos bombeiros aquilo que ainda não conseguiu por a funcionar. Quando tinha uma loja aqui na terra tive que arranjar empregados para aviar os clientes e havia alturas em que até punha a família a ajudar para que os clientes não esperassem. Ora o INEM, mal comparado, é como a loja e os clientes os bombeiros. Se têm porta aberta só têm que trabalhar bem e mais nada. E nesta fase, acho eu, o INEM só tem que ser mais flexível na atribuição do número, ser menos manga de alpaca e em primeiro lugar pensar mais nas pessoas. No futuro todos temos a obrigação de fazer com que a triagem seja cada vez melhor. Até lá, vamos ver se nos entendemos, mas sem ameaças nem castigos. No passado contaram-me o que se tinha passado nos Bombeiros de Loures na reunião com o INEM que esteve na origem da paralisação de várias ambulâncias INEM que se encontravam nos bombeiros de Lisboa. E a doutora do INEM que esteve na dita reunião, disseram-me na altura, ouviu escusadamente aquilo que, como se diz para aí, nem o Maomé diz do toucinho. Já agora, fica aqui a história que me contou um bombeiro algarvio. Trata-se da história do Kamov a tentar resolver o problema dos mosquitos em Armação de Pera Dizia-se que a agitação das pás do dito aparelho podia fazer alguma coisa. Não percebo nada disso mas também não acreditei muito que fosse resultar. Ora acabou por não resultar mas como as pressões políticas eram muitas e o helicóptero já só teria meia dúzia de horas contratadas a Autoridade lá o mandou ir agitar o ar a Armação. Deu um bom boneco no sítio e nos jornais mas como se previa não serviu de nada, contou-me o tal bombeiro. [email protected] FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: Elemento Visual – Design e Comunicação, Lda. – Apartado 27, 2685-997 Sacavém – Telef.: 302 049 000 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal