Inscreva seu trabalho científico no 35º CIOSP até o dia 02

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Inscreva seu trabalho científico no 35º CIOSP até o dia 02
Valorizando a Odontologia! Agosto de 2016 - Ano 51 - Edição 712
Baixe o aplicativo do APCD Jornal
e tenha as informações da área
odontológica sempre à mão!
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APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas • Rua Voluntários da Pátria, 547 - Santana - CEP 02011-000 - São Paulo - SP • Contato: 0800 770 2120
Entre os dias 25 e 27 de agosto,
a APCD, em parceria com a
APO, promoverá o 7º Congresso
de Odontopediatria, sob o
tema “A Odontopediatria
contemporânea - Mitos e
evidências”. Ministradores
renomados abordarão temas
de grande relevância clínica e
prática e contribuirão com o
aperfeiçoamento profissional
de cada participante. Para
ficar por dentro de tudo que
acontece no evento, baixe o
aplicativo e acompanhe toda a
programação. // Página 25 //
DTM e Deformidades
Dentofaciais
Pesquisa investiga características
auditivas de indivíduos que possuem
essas disfunções. // Página 12 //
Palestras científicas
Conselho Científico da APCD
oferece todo mês inúmeras palestras
com professores renomados sobre
temas essenciais e atuais. // Página 24 //
Inscreva seu trabalho
científico no 35º
CIOSP até o dia 02 de
setembro. Os trabalhos
aprovados serão
publicados na Revista
da APCD! // Página 33 //
02 APCD Jornal // Agosto 2016
Índice
10
12
DIA A DIA EM NOTÍCIAS
04. Projeto “Experimentando Ciência”
14
proporciona novas oportunidades e
distintas maneiras de aprender para
alunos do ensino fundamental
08. Bisfenol A e vinclozolina: substâncias
trazem riscos para saúde bucal das crianças
10. Odontologia inclusiva: aplicativo
auxilia no atendimento e tratamento
de pacientes surdos
12. Pesquisa investiga características
15
auditivas de indivíduos com DTM
e deformidades dentofaciais
14. Por dentro das especialidades:
26
28
Endodontia: especialidade que trata
lesões e doenças da polpa e raiz do dente
NOTÍCIAS DA ABCD
16. Fumante passivo: o papel da prevenção
na saúde bucal e a preservação da vida
ACONTECE NA ABIMO
26
18. Odontologia digital: um futuro promissor
APCD INTERNACIONAL
20. APCD está engajada no processo
39
de globalização
24. Palestras promovidas pelo Conselho
Científico são fontes de aprimoramento
e novos conhecimentos
26. Formatura dos cursos de especialidades
em Endodontia, Implantodontia,
Ortodontia e Prótese Dentária da EAP
APCD ocorreu em julho
28. Tradicional Festa Julina da APCD traz
animação no mês de julho
30. O mês de julho no Teatro APCD
foi diversão pura!
32. Brasil e Moçambique uma única campanha
34. Departamento de Turismo da APCD
promove trilha no Parque Estadual
da Serra do Mar
36. Presidente da APCD participa de reunião
com novo ministro da saúde
38. Esportes de Aventura:
A Corrida de Montanha
ACONTECE
39. Integração entre Núcleo de Convivência
de Idosos - NCI e Centro da Criança
e Adolescente - CCA
40. Vila Olímpica terá policlínica para
atendimento multidisciplinar aos atletas
41. Abaixo assinado pede rapidez na
votação do PL que prevê equiparação
salarial e plano de cargos
FIQUE POR DENTRO
LANÇAMENTOS
21. A Odontopediatria Contemporânea:
42. Confira os lançamentos das empresas
Mitos e Evidências
do setor odontológico
Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas - Fundada em 1911 - Gestão 2013-2017
DIRETORIA EXECUTIVA DA APCD CENTRAL - PRESIDENTE: Adriano Albano Forghieri 1º VICE-PRESIDENTE: Juscelino Kojima 2º VICE-PRESIDENTE: Antonio Tadeu Martins SECRETÁRIA-GERAL: Maria Ângela Marmo Fávaro 1ª SECRETÁRIA DA APCD - Arne Aued Aguirar 2º
SECRETÁRIO DA APCD - Marcos Jenay Capez TESOUREIRO-GERAL: Pedro Antonio Fernandes 1º TESOUREIRO - Gilberto Gomes 2º TESOUREIRO - Paulo Vianna Mesquita 3º TESOUREIRO - Rodrigo de Andrade Rodrigues ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA - Wilson Chediek ASSESSOR
DA PRESIDÊNCIA - Ueide Fernando Fontana DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE BENEFÍCIOS - Moacyr Natale Macedo DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO - Luiz Antonio Zamuner DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE CONGRESSOS E FEIRAS - Pedro Antonio Fernandes
DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE DEFESA DE CLASSE - João Augusto Sant’Anna DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ESPORTES - Cláudio Darcie DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIOS - Luiz Lincoln Cristino Costa DIRETOR DO DEPARTAMENTO POLÍTICO INSTITUCIONAL
- Emil Adib Razuk DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE - Helenice Biancalana DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS GERAIS - André Macedo Rossi VICE-DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS GERAIS - Giuliana Martello Rossi
SECRETÁRIA DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS GERAIS - Rosilene Costa DIRETORA DO DEPARTAMENTO SOCIAL/CULTURAL - Cláudia Verônica Teizen VICE-DIRETORA DO DEPARTAMENTO SOCIAL/CULTURAL - Suzete Mitsue Kina SECRETÁRIA DO DEPARTAMENTO SOCIAL/
CULTURAL - Adriana de Barros Pinto DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL E DE AUXILIAR EM SAÚDE BUCAL - Edélcio Francisco Anselmo DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE TURISMO - Silvia Regina Sugaya VICE-DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE
TURISMO - Leonice Yei Miaira SECRETÁRIO DO DEPARTAMENTO DE TURISMO - Maurílio Silvério COEL - CONSELHO ELEITORAL - PRESIDENTE: Acácio Nogueira Filho SECRETÁRIO: Roberto Shigueru Matsuda COFI - CONSELHO FISCAL - PRESIDENTE: Reinaldo Brito e Dias
SECRETÁRIO: Ricardo César Reis CODEL - CONSELHO DELIBERATIVO - PRESIDENTE: Waldyr Romão Junior SECRETÁRIO: Admar Kfouri CORE - CONSELHO DE REGIONAIS - PRESIDENTE: Roberto Miguita 1º VICE-PRESIDENTE: Felipe Bedran 2º VICE-PRESIDENTE: Marcos
Antonio Martins SECRETÁRIO: Gilberto Gomes TESOUREIRA: Léa de Oliveira Záccaro COCI - CONSELHO CIENTÍFICO - PRESIDENTE: Aida Sabbagh Haddad VICE-PRESIDENTE: Glaucia de Campos Zelauy COEAPS - CONSELHO DAS EAPS - PRESIDENTE: Liris Silmar Jacintho Pereira
VICE-PRESIDENTE: Arne Aued Guirar Ventura CONOGE - CONSELHO NOVA GERAÇÃO - PRESIDENTE: João Humberto Queijo VICE-PRESIDENTE: Enzo Rosetti COA - CONSELHO ACADÊMICO - PRESIDENTE: Rafaela Maiomo Garmes VICE-PRESIDENTE: Fernando Morales Hirata
Agosto 2016 // APCD Jornal
03
Palavra do Presidente
Adriano Albano Forghieri
Presidente da APCD
[email protected]
O futuro da APCD!
Começo esta sessão falando da juventude! No final de julho, o Conselho Nova
Geração celebrou 18 anos de existência
numa bela comemoração. Como o fechamento desta edição do APCD Jornal já
tinha ocorrido, a matéria sobre o evento
será publicada na edição de setembro.
Mas, o que gostaria de ressaltar é
que há 18 anos, uma turma engajada
de recém-formados decidiu criar o Conselho com o objetivo de buscar novas
perspectivas no mercado profissional.
Assim, jovens profissionais integravam o
quadro político-institucional da APCD,
promovendo debates, discutindo assuntos
da categoria e realizando palestras sobre
diversos temas. O Conoge tornou-se referência desses jovens ao esclarecer dúvidas que acometem qualquer profissional iniciante no mercado. É gratificante
saber que ao longo de todos esses anos,
a APCD cumpre seu papel de auxiliar os
profissionais no exercício de sua função e
principalmente nessa fase de adaptação.
Outro ponto que gostaria de destacar é a atuação do Conselho Acadêmico.
Sempre participativo, o COA tem exercido o objetivo de promover interação
entre os acadêmicos das diferentes universidades ampliando este intercâmbio
junto à APCD. Tanto que no dia 17 de
setembro acontecerá o 4º Dia do Acadêmico, que trará palestras de diferentes
temas, ministradas por professores renomados. O evento tem como objetivo trazer aprimoramento científico nas diversas
áreas da Odontologia, com atividades
extracurriculares especialmente criadas
para atender às necessidades do futuro
Cirurgião-Dentista. Veja a programação
na página 41. Acadêmicos, participem!
Será um prazer tê-los aqui conosco.
APCD Internacional
Internacionalização de empresas é
um conceito que trata da expansão da
empresa por meio do contato com outros países. A APCD tem investido fortemente nessa expansão por duas formas:
mediante representações e estreitamento
de parcerias com entidades do exterior
e principalmente da América Latina;
e na realização de cursos para profissionais estrangeiros. Nessa última, os
Cirurgiões-Dentistas de diferentes países
usufruem da infraestrutura da APCD,
interagem com professores renomados
e adquirem conhecimento técnico-científico, uma vez que a Odontologia brasileira é considerada umas das maiores
em produção intelectual.
Dia dos Pais
Neste mês, celebramos o dia dos pais.
Sempre gosto de falar dessas datas, pois
para mim são muito importantes e merecem ser comemoradas todos os dias.
Quero deixar registrado o meu agradecimento ao meu pai, que me ensinou o
valor da honestidade e a ser uma pessoa
íntegra. Todos os dias lembro dos seus
conselhos e agradeço pela sua vida e
pelos meus filhos terem a oportunidade
de conviver e aprender com ele também.
Para traduzir meu sentimento, compartilho com vocês as belas palavras do famoso poema de Vinicius de Moraes:
Filhos . . . Filhos? Melhor não tê-los!
Mas se não os temos... Como sabê-lo?
Se não os temos... Que de consulta
Quanto silêncio... Como os queremos!
Banho de mar... Diz que é um porrete...
Cônjuge voa... Transpõe o espaço
Engole água... Fica salgada
Se iodifica... Depois, que boa
Que morenaço... Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos... Melhor não tê-los
Noites de insônia... Cãs prematuras
Prantos convulsos... Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo... Melhor não tê-los...
Mas se não os temos... Como sabê-los?
Como saber... Que macieza
Nos seus cabelos... Que cheiro morno
Na sua carne... Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete... Bebem xampu
Ateiam fogo no quarteirão
Porém que coisa... Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!
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Corpo Editorial
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Haddad, Patrícia L. Amélia Alpiovezza,
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Tiragem nacional: 100 mil exemplares
As matérias publicadas passam pelo aval
técnico do Corpo Editorial. O APCD Jornal é
um órgão informativo da Associação Paulista
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pública pela lei no 1.051 de 12 de junho de 1951,
e registrada no Conselho Nacional de Serviço
Social, sob no 91.315, em 12 de junho de 1960.
Um grande abraço,
// Adriano Albano Forghieri //
Aviso - As opi­niões expres­sas nas maté­rias publi­ca­das no APCD Jornal são de res­pon­sa­bi­li­da­de de seus au­to­res, e não refle­tem, neces­sa­ria­men­te, as da dire­to­ria da APCD, dos edi­to­res e dos anun­cian­tes, poden­do, inclu­si­ve, ser con­trá­rias as dos mes­mos. É proi­bi­da a repro­du­ção total ou par­cial de maté­rias
publi­ca­das neste jor­nal por qual­quer meio, sem auto­ri­za­ção expres­sa, por escri­to, da reda­ção, de acor­do com o que dis­põe a lei 5.988, de 14/12/73. A repro­du­ção deve ser soli­ci­ta­da aos jornalistas-editores, para nego­cia­ção da venda dos direi­tos de publi­ca­ção. A APCD não tem qual­quer res­pon­sa­bi­li­da­de pelos
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04 APCD Jornal // Agosto 2016
Dia a dia em notícia
Saúde Bucal
Pacientes surdos
Por dentro das especialidades
Substâncias de embalagens
são prejudiciais para crianças
Aplicativo facilita o atendimento
a esses indivíduos
Especialistas falam sobre avanços
da Endodontia
// Página 10 //
// Página 14 //
// Página 08 //
Projeto “Experimentando Ciência” proporciona
novas oportunidades e distintas maneiras de
aprender para alunos do ensino fundamental
// Texto Mariana Pantano //
O Programa de Pós-Graduação
em Ciências Odontológicas elaborou,
em conjunto com a diretoria do Departamento Regional de Educação do
Município de São Paulo - região do
Butantã, o projeto “Experimentando
Ciência” voltado para escolas de Ensino Fundamental. A proposta é levar
aos jovens em idade escolar atividades
lúdicas e oficinas de ciência na reestruturação dos cursos do ensino fudamental, com alunos de 11 a 14 anos, na qual
são estimulados a desenvolver projetos
e buscar ativamente seu aprendizado.
Idealizado pelos professores da
Universidade de São Paulo (USP)
Marcelo Bönecker, Ana Estela Haddad, Paulo Henrique Braz, Fábio
Daumas Nunes, Rodolfo Francisco
Melani e Marcelo Cavalcanti desde
outubro de 2015, “Experimentando
Ciência” é um projeto pioneiro nesta
área e uma oportunidade de ver conteúdos de ciências odontológicas de uma
maneira prática e diferente da sala de
aula, e também de conviver com o ambiente universitário.
A professora associada da Faculdade de Odontologia da USP e coordenadora do São Paulo Carinhosa, Ana
Estela Haddad, conta que a integração entre a pós-graduação e a educação básica é uma diretriz do Plano
Nacional da Pós-Graduação da Capes
(Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior). “Isso
vem sendo discutido na Comissão de
Avaliação de Área da Odontologia e
o professor Marcelo Bönecker, que é
coordenador adjunto dessa Comissão,
sugeriu que desenvolvêssemos um projeto para atender a essa diretriz.”
Ana Estela detalha que “na etapa
de planejamento, procuramos a direto-
ria Regional de Educação do Butantã,
órgão vinculado à Secretária Municipal de Educação de São Paulo, da região próxima à USP. O diretor indicou
um grupo de professores e coordenadores pedagógicos para que juntos pudéssemos construir uma proposta. Os
professores fizeram uma visita à Fousp
e aos laboratórios de pesquisa envolvidos. Fizemos a capacitação dos professores do ensino fundamental para que
pudessem trabalhar o tema com seus
alunos do ensino fundamental na própria escola, preparando o dia da visita
e do experimento a ser desenvolvido
por eles na Fousp em cada laboratório.
Faremos o trabalho com cinco escolas
neste ano em caráter experimental.
A primeira escola esteve conosco em
junho e foi uma experiência maravilhosa para todos os envolvidos.”
O coordenador da área de Odontologia da Capes, Carlos José Soares,
ressalta que não há como conviver passivamente com a discrepância entre a
realidade do ensino da pós-graduação
brasileira com a realidade do ensino
fundamental. “A pós-graduação precisa e terá que mover em busca de propor
alternativas para que a geração de conhecimento e de oportunidades atinja e
auxilie a modificar a realidade do ensino fundamental no Brasil. A Odontologia brasileira é hoje a segunda maior
produção intelectual do mundo e a
terceira em termos de citações que representa o reconhecimento da comunidade científica mundial. Isso mostra
que temos competência estabelecida e
criatividade natural para propor ações
que tragam o ensino básico e seus atores, alunos e professores, para dentro
das universidades e dos Programas de
Pós-Graduação e assim podemos criar
novos modelos de formação.”
Ana Estela acrescenta que os alu-
nos têm a oportunidade de vivenciar
experiências diversas das que em geral
têm na escola e despertam para as possibilidades da ciência. “Eles estão também fazendo um exercício de produzir
um relatório sobre a experiência. Após
as atividades nos laboratórios cada
grupo relatou para os demais o que
desenvolveu, e a desenvoltura e clareza com que os alunos se apresentaram
e absorveram os novos conhecimentos
chamou a atenção dos professores,
tanto da escola como da Fousp.”
Soares ressalta que existem boas
experiências sendo realizadas em diversos Programas brasileiros com diferentes níveis do ensino fundamental, desde iniciativas com a pré-escola
até a ensino técnico. “O importante é
termos criatividade e não se fechar em
uma retórica de assistencialismo. Não
é isso que se espera de nós, cientistas
e educadores. O que temos a fazer é
usar da geração de conhecimento, e
do ambiente da pesquisa e da pós-graduação para mudar a realidade
dos professores e alunos. Um exemplo
que é marcante e compartilhado por
vários programas é o PIBIC-Jr (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), em que um aluno
de escola pública do ensino fundamental vem para a Universidade com
bolsa financiada pelo CNPq e Fundações de Apoio Estaduais para desenvolver pesquisa e viver a realidade
do ambiente universitário. Atividades
de formação de professores para que
insiram nas suas aulas de ciências, física, português, geografia conteúdos
vinculados à Odontologia e assim alunos e professores se apropriam destes
conhecimentos de forma muito mais
fácil e eficiente. Abrir o ambiente dos
laboratórios de pesquisa, criar feiras
de ciências compartilhadas entre alu-
nos de pós-graduação com o ensino
médio é outra alternativa importante
que podemos e temos feito ao redor
do país. O momento é ainda de conhecimento e de busca para que cada
perfil de programa, quer seja mais
tecnológico ou mais voltado às ações
sociais achem alternativas de desenvolver estas atividades.”
Na troca e geração de
conhecimento todos ganham
Carlos Soares destaque que muitas vezes a convivência com diferentes
realidades sociais e de oportunidade
nos faz valorizar mais o que temos e o
que fazemos. “Os alunos dos cursos de
mestrado e doutorado podem retribuir
ao país a formação diferenciada que
estão recebendo, contribuindo com a
melhoria do ensino fundamental do
país. Assim as novas gerações ganharão com um país melhor. Imediatamente os alunos ganham com vivencia educacional e experiência didático
pedagógica, e mais, podem estimular a
visão de novos problemas de pesquisa
para que voltem para o ambiente dos
Programas de Pós-Graduação (PPG) e
façam pesquisas mais socialmente referenciadas. Esse é um desafio enorme
a ser vencido no país atualmente.”
Soares salienta que “nós da Coordenação de Área da Odontologia
na Capes, temos feito atividades
para discutir e melhorar o conhecimento de como agir e como relatar
estas ações. Anualmente os Programas de Pós-Graduação relatam
estas e todas as atividades de ensino, pesquisa, formação de recursos humanos, internacionalização,
inserção social e produção técnico-científica por meio de uma plataforma Sucupira, que leva o nome
de importante educador brasileiro
Agosto 2016 // APCD Jornal
Newton Sucupira. Pude evidenciar
ao ler diversos relatos de programas
de nossa área no preenchimento de
2015, feito agora no início de 2016
que muito já está sendo feito. E isso
nos alegra, pois pensamos avaliação
como um instrumento de modificação e de crescimento e tudo isso só
realmente vale a pena se algo melhor para as pessoas é gerado.”
Segundo Soares, a aproximação
da pós-graduação e da Capes das
instituições que atuam mais proximamente com os clínicos, como a
APCD, é extremamente importante. “Ver iniciativas como esta, já é
um ganho, pois muitos verão que a
Odontologia brasileira é sem dúvida uma das melhores do mundo por
ter excelente formação profissional
e por também produzir conhecimento de relevância e de reconhecimento. E que todos estamos preocupados e traduzir isto em melhoria
para todos os ambientes, precisamos ter mais Cirurgiões-Dentistas
em todos os ambientes da sociedade
e que ela reconheça a importância
da nossa profissão como ciência de
destaque e de importância direta na
vida das pessoas”.
Experiência na Unicamp
O coordenador e professor pleno
do Programa de Pós-Graduação
(PPG) em Odontologia e integrante
da comissão que coordena o PPG do
mestrado profissional em Saúde Coletiva da FOP-Unicamp, Marcelo de
Castro Meneghim, conta que ambos
os PPG’s estão participando da elaboração de uma proposta, diferente aos
outros programas da FOP-Unicamp
para criação de um curso destinado
aos professores da rede municipal de
ensino de Piracicaba. Essa proposta é
uma iniciativa da coordenação geral
da PG da FOP-Unicamp e a Secretaria Municipal de Educação.
“Os PPG discutem atualmente os
conteúdos mais adequados para o público-alvo que são os professores. Esses
conteúdos envolvem aspectos como o
enfoque preventivo na doença cárie,
hábitos deletérios orais, entre outros aspectos que possam auxiliar o professor
na promoção da saúde dos escolares.
Meneghim relata que “alguns professores da FOP (estou incluído nisso)
participam como orientadores de um
programa intitulado Programa de
Iniciação Científica do Ensino Médio
(PIBIC-EM). Esse programa selecio-
na estudantes de diferentes escolas
do Ensino Médio de Piracicaba, que
recebem uma bolsa do CNPq. A seleção desses estudantes passa por um
critério rigoroso em que são levadas
em consideração o desempenho escolar e uma dinâmica de grupo. Após
a entrevista, o professor coordenador
geral do programa (Miguel Morano
Jr.) procura distribuir os alunos segundo o seu perfil mais adequado para os
diferentes tipos de PPG. Esses alunos
trabalham duas tardes por semana na
FOP, em diferentes atividades ligadas
a pesquisa (participar de uma aula,
acompanhar um procedimento em
laboratório etc.) com os professores
orientadores. A função desse programa é despertar o interesse pela ciência. Antes de iniciar as atividades com
os orientadores, o coordenador realiza um período de aculturação para o
ambiente da faculdade.”
É importante ressaltar que não são
somente essas atividades desenvolvidas pelos alunos. No início do programa atividades de aspecto comum são
destinadas a todos os alunos, como:
metodologia científica, o sistema de
saúde no Brasil, políticas públicas em
saúde, aulas de inglês com a finalidade
05
de ampliar o conhecimento e a cultura. Esse programa tem produzido resultados muito interessantes, como a
aprovação de alunos em vestibulares
de escolas públicas.
Segundo Marcelo Meneghuim o
aluno do ensino fundamental é beneficiado pela proximidade com a ciência
de ‘ponta’; e a pós-graduação ganha
pelo reconhecimento de realidade. Entretanto, ainda é cedo para saber quais
são os frutos desse intercâmbio. Para
finalizar, dois pontos importantes merecem reflexão: “o primeiro é o quanto a pós-graduação pode transferir de
tecnologia para o desenvolvimento
social da comunidade. Assim, pensar
em como realizar essa avaliação é de
extrema importância. Pensar em ações
que promovam o desenvolvimento de
cidadania nos seus pilares: civil, político, ambiental e social. O enfoque seria
na escola, mas o alvo é o núcleo da
família. Temas como violência, discriminação, etc. devem ser o foco dessa
preocupação.Talvez diferentes Programas, com áreas de conhecimento
especifico, possam atuar ‘pontualmente’ nisso. Outro enfoque seria em ‘processos’: educacional e de trabalho em
saúde”, finaliza.
08 APCD Jornal // Agosto 2016
Bisfenol A e vinclozolina: substâncias trazem
riscos para a saúde bucal das crianças
Encontrados em embalagens de alimentos e fungicidas,
produtos são bases de pesquisa apresentada na Alemanha
// Texto Fernanda Carvalho //
O plástico parece um
tanto necessário e útil
em nosso dia a dia. No entanto, estudos têm demonstrado que as substâncias
químicas presentes nesses
materiais podem migrar
para os alimentos e afetar o
organismo. É o que afirma
uma pesquisa apresentada
no Congresso Europeu de
Endocrinologia - realizado
em Munique, Alemanha,
entre os dias 28 e 31 de maio
- que comprovou que produtos químicos encontrados
em embalagens de alimentos e fungicidas são extremamente perigosos para a
saúde bucal das crianças.
Bisfenol A, ftalatos, vinclozolina e outras substâncias presentes em produtos
como mamadeiras, garrafas
PET, copos plásticos usados
para água e café, seladores dentários e filmes PVC
são apontados na literatura como causadores do desenvolvimento de diversas
doenças, além de serem
disruptores endócrinos. Os
prejuízos vão desde alterações hormonais, bebês com
nascimentos prematuros ou
com algum tipo de disfunção, câncer e muitos outros. Países como Canadá,
China, além de vários estados dos Estados Unidos já
tomaram medidas para restringir o uso da substância.
Bisfenol A e
vinclozolina X
Saúde Bucal
Tânia Bachega, professora livre-docente em Endocrinologia pela Faculdade
de Médicina da Universidade de São Paulo e presidente da Comissão de Desreguladores Endócrinos da
Sociedade Brasileira de En-
docrinologia e Metabologia
Regional São Paulo (SBEM-SP), aponta que “o bisfenol A
(BPA) é um dos compostos
químicos de maior produção mundial, mais do que
seis bilhões de libras são
produzidas anualmente. É
um monômero usado na fabricação de plásticos com
policarbonato e em resinas
epóxi, que é o verniz que
recobre a superfície interna
de latas que acondicionam
alimentos. Após a polimerização do BPA, permanecem moléculas não ligadas,
que podem migrar das embalagens e contaminar os
alimentos e bebidas.” A especialista conta ainda que o
BPA pode também ser usado
como selante dentário, aditivo em outros plásticos como
o PVC e seus derivados halogenados possuindo grande
aplicação como retardantes
de chama.
De acordo com Tânia, a
exposição humana ao BPA
é generalizada, tendo sido
identificado em aproximadamente 95% das amostras
de urina da população americana e em concentrações
consideradas biologicamente ativas. “O BPA também
tem sido identificado no
soro de gestantes, no líquido amniótico de seus fetos
e no sangue de cordão umbilical ao nascimento, o que
torna preocupante a exposição humana durante os
períodos de vida de maior
sensibilidade”, aponta a
especialista.
Dentre as várias ações do
BPA, as mais caracterizadas
são a sua ligação aos hormônios tireoidianos e sua ação
estrogênica. Consequentemente tem sido muito discutido os efeitos adversos
do BPA à saúde humana e
bucal. A endocrinologista
ressalta ainda que “diversos
estudos observaram a associação entre as concentrações séricas e urinárias de
BPA com o aumento da prevalência de hipotireoidismo,
infertilidade, doença cardiovascular e diabetes”.
Já a vinclozolina é um
fungicida comumente usado
para o gramado, plantas
ornamentais, uvas, outras
frutas e legumes. “A vinclozolina atua como um anti-andrógeno, ou seja, impede
a ação adequada do hormônio testosterona, o qual
é essencial para o desenvolvimento normal do sistema reprodutor masculino e
também para a fertilidade.
Tem sido demonstrado em
camundongos que a exposição durante a vida fetal,
compromete a fertilidade
destes fetos na idade adulta. Discute-se também que
a exposição fetal de substância com atividade anti-androgênica como a vinclozolina, corrobora com
o aumento da prevalência
observada para hipospádias
em humanos, ou seja, malformações da abertura uretral”, esclarece Tânia.
Desreguladores
Endócrinos
“A definição mais utilizada para desreguladores
endócrinos (EDCs - do inglês, Endocrine Disruptors
Compounds ) é a de que são
compostos químicos (exógenos) que apresentam o
potencial de interferir no
funcionamento normal dos
hormônios e, consequentemente, podem predispor a
doenças no homem e nos
animais, e ainda, podem
ser derivados naturais de
plantas (fitoestrógenos).”
Porém, os compostos químicos artificiais são atual-
mente os de maior preocupação em todo o mundo.
Os desreguladores endócrinos, mundialmente conhecidos como EDCs, são
caracterizados por interferir na produção, ação e
eliminação dos hormônios
naturais do homem.
Embora seja preocupante a exposição das populações adultas aos desreguladores
endócrinos,
a exposição de fetos e de
crianças até dois anos é
ainda mais relevante, uma
vez que a suscetibilidade aos efeitos nocivos dos
EDCs é muito maior durante estes períodos. “Considerando o fato de que
cada órgão do corpo humano tem um tempo diferente de desenvolvimento, o
período no qual ocorreu a
exposição ao desregulador
endócrino terá papel crucial na toxicidade. A preocupação da exposição fetal
aos desreguladores endócrinos é decorrente da possibilidade de modificação do
desenvolvimento celular e
tecidual, fazendo parte do
que chamamos de programação fetal para doenças
com início na vida adulta,
destacando-se dentre elas
as do trato reprodutivo
como a infertilidade idiopática, e as doenças metabólicas, como a obesidade e
a diabetes.” Tânia completa: “além do período fetal e
infância precoce outro período de maior sensibilidade aos efeitos adversos dos
EDCs inclui a adolescência.
Tendo em conta estas informações, essa população é a
que devemos nos preocupar
em minimizar a exposição
a estes produtos químicos”.
A especialista enfatiza que
“vivemos em um mundo moderno, repleto de produtos
industrializados que são essenciais no nosso dia a dia,
sendo óbvio se chegar a conclusão de que é impossível se
evitar totalmente o contato
com compostos químicos. No
estado da arte atual, sabemos
que várias doenças decorrem
da ação conjunta de múltiplos
fatores etiológicos, sendo o
bisfenol A e vinclozolina apenas dois deles.” Deste modo,
a Sociedade Americana de
Endocrinologia (The Endocrine Society), recentemente
criou uma “Força Tarefa”
composta por especialistas
em desreguladores endócrinos, que terá como um de
seus objetivos principais criar
guias para minimizar a exposição das populações aos desreguladores endócrinos. Estes
serão entregues para discussão aos legisladores de cada
país envolvido, procurando
otimizar a distribuição do conhecimento científico.”
Como evitar a exposição?
a) Evitar acondicionar alimentos em potes plásticos que
contenham bisfenol A;
b) não colocar alimentos quentes nestes potes ou mesmo
aquecê-los no microondas, pois isto acelera a migração
do bisfenol A para o alimento;
c) evitar a utilização de alimentos que estejam em latas
amassadas;
d) diminuir a exposição aos grupos de maior sensibilidade ao bisfenol A, que são os fetos e crianças até 2 anos
de idade;
e) sempre que possível, escolher os alimentos naturais e
evitar os com agrotóxicos.
10 APCD Jornal // Agosto 2016
Odontologia inclusiva: aplicativo auxilia no
atendimento e tratamento de pacientes surdos
Projeto feito por uma equipe multidisciplinar pode ser estendido para
outras áreas da saúde como medicina, fisioterapia e psicologia
// Texto Fernanda Carvalho //
Segundo o censo realizado em
2010 pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), cerca
de 9,7 milhões de brasileiros possuem
deficiência auditiva, o que representa
5,1% da população brasileira. Deste
total cerca de 2 milhões possuem a
deficiência severa (1,7 milhões têm
grande dificuldade para ouvir e 344,2
mil são surdos), e ainda, 7,5 milhões
apresentam alguma dificuldade auditiva. Considerando que boa parte
desses milhões de brasileiros frequentam o consultório odontológico, surge
uma dúvida, como se comunicar?
Para que o atendimento odontológico seja inteiramente eficiente,
é necessário que haja uma boa comunicação entre o profissional e o
seu paciente, seja para saber qual a
necessidade que o levou a buscar a
clínica, para a coleta de informações
acerca de dados sobre sua saúde geral
e bucal ou, ainda, para conseguir a
adesão a orientações passadas e para
explicar os procedimentos que serão
realizados. Posto isto, para tentar
solucionar este problema, o programa de mestrado em Odontologia da
Universidade Estadual de Londrina
(UEL) desenvolveu por meio da Cirurgiã-Dentista Valéria Lima Avelar,
sob orientação da professora Maria
Celeste Morita, do Departamento
de Medicina Oral e Odontologia
Infantil da Clínica Odontológica da
UEL (COU), uma pesquisa que tem
como objetivo auxiliar o profissional
e o paciente surdo na hora do atendimento odontológico.
A dissertação de mestrado que
tem como título “O uso de tecnologias móveis no tratamento odontológico para comunicação com o paciente surdo”, foi defendida em fevereiro
deste ano. As pesquisadoras desenvolveram o aplicativo Odontolibras que
pode ser usado em celulares e tablets,
permitindo um contato direto entre o
Cirurgião-Dentista e o paciente.
Segundo Valéria, a ideia da pesquisa e do desenvolvimento do aplicativo partiu da professora Maria
Celeste Morita, que além de ser ava-
liadora do MEC, percebeu que apesar do ensino da Língua Brasileira de
Sinais (Libras) ser obrigatório por Lei
nas Instituições de Ensino, a maioria
não oferece libras durante a formação dos Cirurgiões-Dentistas. Valéria
conta que “outra carência observada
é que não há vocabulário instrumental em língua de sinais para a maioria
do vocabulário odontológico. O objetivo principal é promover a inclusão
do paciente surdo, por meio do aplicativo, proporcionando uma comunicação entre o Cirurgião-Dentista e o
paciente surdo sem a presença de um
intérprete de língua de sinais promovendo uma autonomia para o paciente surdo e também para o Cirurgião-Dentista. A presença de intérpretes
pode facilitar ainda mais a comunicação, mas não há no Brasil profissionais formados em número suficiente
para atender à demanda”.
Como funciona o
aplicativo OdontoLibras
De acordo com a pesquisadora,
o aplicativo conta com imagens que
ilustram o que será feito na consulta, acompanhados de explicações
por Libras. Com um toque na tela
o paciente diz para o profissional se
compreendeu ou não o procedimento. E desta forma novas telas vão
surgindo. “Temos várias telas que
se alternam conforme a necessidade
de explicação do Cirurgião-Dentista
e do paciente, elas possuem vídeos
em Libras e também legendas para o
profissional”, conta Valéria. Vale ressaltar que as imagens não são estáticas, elas possuem movimentos que
esclarecem detalhadamente o procedimento ao qual o paciente será
submetido. Apesar de não substituir
totalmente o intérprete durante o
tratamento odontológico, o software
proporciona independência para a
pessoa com deficiência auditiva durante o tratamento odontológico.
O aplicativo é composto por
quatro etapas. 1) Acolhimento: que
consiste no primeiro contato entre
Cirurgião-Dentista e paciente, por
exemplo, “Bom dia, como vai?
Entre, sente-se na cadeira”; 2) Ana-
mnese: que consiste na entrevista
(consulta) realizada pelo Cirurgião-Dentista; 3) Prevenção: na qual o
profissional vai orientar o paciente
como prevenir doenças bucais e; 4)
Tratamento: na qual o Cirurgião-Dentista vai explicar ao paciente
todas as fases do tratamento.
Apesar de parecer simples, o
Odontolibras já vem sendo desenvolvido desde 2014. Para criar
o aplicativo, devido ao seu caráter pioneiro e complexo, o projeto
exigiu a atuação conjunta de uma
equipe multiprofissional reunindo quatro áreas de conhecimento:
Odontologia, Ciência da Computação, Design Gráfico e Libras. Contando com os profissionais: Rodolfo
Miranda de Barros - do curso de
Ciência da Computação da UEL;
Vanessa Tavares de Oliveira Barros - do curso de Design Gráfico
da UEL; e André Felipe Bergamim
- Design gráfico; e das professoras
Elisa Emi Tanaka e Maura Sassahara. “Foram várias reuniões, laboratórios e imersão no universo surdo
para entendimento de suas necessidades, pois não se trata simplesmente de um aplicativo de tradução
e sim de uma plataforma interativa
que busca o entendimento do atendimento odontológico”, conta a autora do estudo.
Valéria destaca que a pesquisa
exigiu uma imersão no universo dos
surdos, para aprender o significado
de cada sinal da Linguagem de Libras. “Ampliamos nosso olhar com
relação à população surda, entendemos que a língua de sinais é tão
complexa quanto qualquer outra.
Aprendemos sobre o universo surdo
e que acessibilidade contempla um
conjunto de ações e atitudes diversas
capazes de promover uma inclusão
verdadeiramente eficaz. ” De acordo com a pesquisadora foi elaborado
um material digital inédito na área,
incluindo a criação de sinais para
termos odontológicos mais frequentemente utilizados em atendimentos
emergenciais e de rotina, produção
de imagens em Libras, sendo elas,
ilustrações desenvolvidas priori-
zando a riqueza visual e também a
elaboração da anamnese totalmente
traduzida em Libras. A autora da
pesquisa completa ressaltando que
“a criação dos sinais foi realizada
com ajuda da intérprete de Libras,
Thalita da Rocha Marandola e do
professor de Libras da UEL, Anônio Aparecido de Almeida.” Sendo
assim, para que houvesse o entendimento de cada termo odontológico,
foram montadas mesas clínicas explicativas - como oficinas -, nas quais
participaram professores de Odontologia, a intérprete e o professor
surdo. A estudante explicava o termo
e o instrumento odontológico, e a
intérprete passava para o professor,
que criava os sinais. Vale destacar
que existem cerca de cinco mil termos na linguagem da Odontologia.
Ela observa que, futuramente, o
aplicativo poderá ser estendido para
outras áreas de saúde como: medicina, fisioterapia e psicologia. “Foi
uma grande riqueza realizar o desenvolvimento do aplicativo OdontoLibras. Difícil explicar a grandeza
e a importância de tudo que aprendemos ao longo de todo o projeto.
Esperamos que nossa ideia seja nucleadora de outros projetos em diferentes áreas”, finaliza.
12 APCD Jornal // Agosto 2016
Pesquisa investiga características auditivas de
indivíduos com DTM e deformidades dentofaciais
Os pacientes foram
subdivididos em grupos
conforme a classificação
da DTM (articular,
muscular e mista) e a
severidade da disfunção
(leve, moderada e severa)
// Texto Fernanda Carvalho //
Muitas pesquisas descrevem a
sintomatologia auditiva presente
em indivíduos com Disfunções Temporomandibulares (DTM), porém
poucos estudos correlacionam o
tipo de disfunção (articular, muscular ou mista) com sinais e sintomas
auditivos. Desta maneira, tendo em
vista que a má-oclusão esquelética
pode ser um fator contribuinte para
a DTM, a fonoaudióloga, mestre
em Odontologia pela Universidade
Estadual de Campinas, doutora em
Fisiopatologia em Clínica Médica
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita, e pós-doutora
em Distúrbios da Deglutição pela
Universidade da Flórida, Giédre
Berretin-Felix, desenvolveu um estudo que tem como objetivo caracterizar a função auditiva de indivíduos com DTM e deformidades
dentofaciais para cada um dos três
grupos de DTM: articular, muscular ou mista, e ainda verificar a distribuição do grau de disfunção da
DTM (leve, moderada ou severa)
na população estudada.
De acordo com a especialista “a
DTM pode ser definida como um
conjunto de sinais e sintomas que
acomete a musculatura mastigatória, as articulações temporomandibulares (ATMs) e a musculatura
cervical. A origem é multifatorial,
envolvendo hábitos parafuncionais,
problemas posturais, aspectos emocionais, fatores sistêmicos, dentre
outros. Frequentemente os pacientes referem-se a dores na cabeça
e na região das ATMs, bem como
dor e/ou desconforto ao mastigar,
com piora durante o desempenho
das funções orofaciais, além de sinais e sintomas auditivos e vestibulares. Quando há o envolvimento
das ATMs, como nos casos de des-
locamento de disco, na ausência de
problemas musculares, a DTM é
classificada como articular.” A especialista ressalta que nos casos de
DTM muscular não são encontrados sinais de problemas articulares,
havendo a presença de dor nos músculos mastigatórios durante a função mandibular ou à palpação, podendo a dor ser local ou irradiada.
“A maioria dos pacientes com DTM
apresenta DTM mista, com sinais
de comprometimento muscular e
articular”, completa.
Já as deformidades dentofaciais
correspondem aos casos em que o
crescimento e o desenvolvimento
da maxila e mandíbula ocorrem de
forma desequilibrada, resultando em
alterações nas relações horizontal,
vertical e/ou transversal da face. “As
alterações dento-oclusais presentes
caracterizam quadros com comprometimento esquelético, tais como
mordida cruzada posterior com laterognatia, mordia cruzada anterior
com má oclusão classe III, má oclusão classe II, mordida aberta anterior
ou lateral. Também há os desequilíbrios entre o terço médio e inferior
da face, com aumento da altura ma-
xilar e sorriso gengival, por exemplo.
Tais alterações morfológicas trazem
importantes comprometimentos estéticos e funcionais que prejudicam
a qualidade de vida dos pacientes.
Além disso, muitos pacientes apresentam quadro de respiração oronasal que necessita de diagnóstico com
possível tratamento otorrinolaringológico e fonoaudiológico no período
pré-operatório. Após a correção das
condições ósseas e dento-oclusais é
necessária a reorganização neuromuscular para o adequado desempenho das funções de mastigação, deglutição e fala, o que proporcionará
estabilidade ao tratamento odontológico e equilíbrio da musculatura orofacial, com importantes benefícios
não apenas para as funções orofaciais, mas também para a estética
facial”, diz Giédre.
Métodos de pesquisa
O estudo teve fundamento depois
que “a prática clínica apresentou a
alta ocorrência de sinais e sintomas
de DTM, queixas auditivas e vestibulares em indivíduos com deformidades dentofaciais em preparo ortodôntico para a realização da cirurgia
ortognática”, conta a especialista.
Para os testes, foram selecionados 30 indivíduos de ambos os sexos,
na faixa etária de 18 a 49 anos, que
apresentavam diagnóstico clínico
de disfunção temporomandibular,
e também má oclusão esquelética.
Giédre destaca que os 30 pacientes
foram diagnosticados por meio da
aplicação de exame clínico específico. “Tais indivíduos responderam a questionários sobre sintomas
de DTM, auditivos e vestibulares e
foram submetidos aos exames específicos de audição (audiometria
tonal, logoaudiometria e imitanciometria)”, diz. A partir do questionário anamnético e da avaliação
clínica, os pacientes foram divididos
conforme o tipo (muscular, articular e mista) e o grau da disfunção
da DTM (leve, moderado e severo),
e comparados quanto à ocorrência
dos sinais e sintomas auditivos, vestibulares e achados audiológicos, de
acordo com o tipo de DTM. O estudo, realizado na Universidade do
Sagrado Coração (USC) em Bauru SP, e aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa com Seres Humanos,
selecionou os pacientes a partir da
Agosto 2016 // APCD Jornal
análise dos prontuários da Clínica de
Cirurgia Bucomaxilofacial do curso
de Odontologia da USC. A avaliação clínica considerou as medidas
da abertura da boca e lateralidade
mandibular, presença de deflexão ou
desvios mandibulares, palpação das
ATM(s), análise de ruídos articulares
e palpação bilateral dos músculos
temporal, masseter, digástrico posterior, pterigóideo medial, esternocleidomastóideo e trapézio superior.
Para a averiguação específica da
sintomatologia otológica e vestibular, os pacientes foram entrevistados, visando a presença dos seguintes sintomas: vertigem e/ou tontura,
zumbido, plenitude auricular, otalgia e hipoacusia. A autora da pesquisa detalha que “a hipoacusia representa a sensação de diminuição
da acuidade auditiva. Já a otalgia se
refere à sensação dolorosa na região
auricular. A plenitude auricular é a
sensação de pressão no ouvido, que
ocorre quando mudamos de altitude durante um vôo, por exemplo. O
zumbido é um ruído no ouvido percebido apenas pelo paciente (pode
ser semelhante ao som de inseto,
apito, cachoeira, etc.)”.
Resultados
Segundo a especialista, houve
maior prevalência (83,3%) de DTM
severa de acordo com questionário
anamnético. Os achados evidenciaram ausência de alterações nos
exames audiológico e imitanciométrico para todos os indivíduos
cia de queixa de hipoacusia do que
sujeitos com DTM muscular”, relata a autora da pesquisa.
Giédre ressalva que o desenvolvimento do estudo pode sim
se desdobrar em outras vertentes.
“No estudo citado não foi realizada
avaliação vestibular, sendo funda-
A interface entre diferentes áreas de conhecimento
possibilita compreender as necessidades e o momento de
intervenção para cada paciente, além dos distúrbios direta
e indiretamente relacionados ao sistema estomatognático
presentes nesses indivíduos. - Giédre Berretin-Felix
avaliados. “Os resultados obtidos
demonstraram que indivíduos com
DTM e deformidades dentofaciais
apresentaram sintomas auditivos,
independentemente da classificação da DTM (articular, muscular
ou mista). Nos casos com DTM
mista foi verificada maior ocorrên-
mental analisar tal função na população com queixas relacionadas.
Também é importante considerar
os problemas de postura corporal,
com destaque para as alterações da
musculatura da região cervical, que
também podem cursar com queixas
vestibulares nessa população”. Ela
13
conta que a atuação interdisciplinar
é fundamental em casos com deformidades dentofaciais, nas diferentes
etapas do tratamento ortodôntico-cirúrgico. “A interface entre diferentes áreas de conhecimento possibilita compreender as necessidades e o
momento de intervenção para cada
paciente, além dos distúrbios direta e
indiretamente relacionados ao sistema estomatognático presentes nesses
indivíduos. Nesse sentido, além da
Odontologia e Medicina, destaca-se
a presença da Fonoaudiologia, Psicologia, Nutrição e Fisioterapia na
equipe interdisciplinar”.
A fonoaudióloga finaliza destacando a importância da realização
de estudos futuros que investiguem
a possível relação entre a sintomatologia auditiva e a classificação das
DTM(s). “Além de realizar a comparação dos achados de indivíduos com
deformidades dentofaciais aos de
um grupo controle (com equilíbrio
dentofacial) são necessários estudos
considerando os diferentes tipos de
deformidades, além de acompanhar
os sinais e sintomas de DTM, auditivos e vestibulares no período após a
cirurgia ortognática”.
14 APCD Jornal // Agosto 2016
POR DENTRO DAS ESPECIALIDADES
Endodontia: especialidade que trata
lesões e doenças da polpa e raiz do dente
Prevenção, diagnóstico, prognóstico, tratamento e controle das alterações são meios de preservação dos dentes
// Texto Fernanda Carvalho //
A Endodontia é o campo da
Odontologia que estuda a morfologia da cavidade pulpar, a fisiologia e a patologia da polpa dental,
bem como a prevenção e o tratamento das alterações pulpares e de
suas repercussões sobre os tecidos
peridentários. A palavra Endodontia provém do grego que significa
“ En ” = dentro, e “ Odus ” = dente.
Acredita-se que o uso de substâncias químicas com o intuito de
auxiliar na limpeza dos canais teve
início em meados do século XIX,
quando surgiu pela primeira vez,
o uso do hipoclorito de sódio. A
diretora do Departamento de Endodontia do Conselho Científico
da APCD (Coci), Maria Esperança
Mello Sayago, conta que “a Endodontia ganha mais prova de sua
existência com as constatações arqueológicas de drenagem da câmara pulpar para alívio da dor e uso de
protetores pulpares feitos de folha
de ouro ou amianto.” De acordo
com a especialista, os grandes avanços na instrumentação automatizada surgiram no final da década de
1990 e não param de acontecer até
os dias atuais com diversos tratamentos térmicos aplicados as ligas
de níquel titânio conferindo maior
resistência e flexibilidade, alterando o design das limas e tornando-as
mais seguras, diminuindo significativamente a quantidade de instrumentos usados no preparo do canal.
Em 1963 a Endodontia foi reco-
nhecida como a oitava especialidade
odontológica pela American Dental
Association (ADA). Já no Brasil, o
reconhecimento da especialidade
também aconteceu na década de
1960, quando foi fundada a entidade representativa no país, a Associação Brasileira de Endodontia
(ABE), que teve nos últimos anos,
a especialista Maria Sayago como
presidente. Porém, em 2009 a entidade foi substituída pela Associação
Brasileira de Endodontia (Sbendo),
presidida hoje pelo Cirurgião-Dentista e especialista na área, Manoel
Eduardo de Lima Machado.
As áreas de competência do endodontista são: tratamentos conservadores da vitalidade pulpar; tratamento cirúrgico nos tecidos e na
cavidade pulpar; procedimentos endodônticos cirúrgicos; tratamento
de dentes permanentes jovens com
rizogênese incompleta; tratamento
dos traumatismos dentários e recuperação da cor dental.
A Cirurgiã-Dentista, especialista e
mestre em Endodontia, Liris Silmar Jacintho Pereira, que também é presidente do Conselho das Escolas de Aperfeiçoamento Profissional (COEAP)
destaca que “a principal função da
Endodontia é a de promover a saúde
do elemento dental, bem como a de
restabelecer a funcionalidade dele no
sistema estomatognático. Para o especialista essa é a busca maior: a saúde
do paciente.” Liris conta que as lesões
odontogênicas, por menores que possam parecer, podem afetar o organismo como um todo como, por exemplo,
no caso de pacientes portadores de
doenças como Diabetes Mellitus, que
encontram dificuldades no acerto da
dosagem de insulina em decorrência
de lesões endodônticas, bem como problemas gengivais podem, dependendo
de outras situações simultâneas, acarretar em uma endocardite bacteriana, e
também partos prematuros. “Devemos
sempre pensar que a cavidade oral faz
parte de um todo que é o corpo humano e, portanto, interfere na estabilidade
desse sistema. O especialista traz a normalidade a esse sistema, para colaborar
na reabilitação do elemento dental, e
retomar a função e a estética do paciente”, conta a endodontista.
O presidente da Sbendo ressalta
que “para o endodontista hoje, os
principais campos de atuação estão
ligados ao planejamento de serviços públicos e ao atendimento em
diversos consultórios, onde o profissional pode ir a diferentes clínicas e exercer a sua função. Além
disso, também sobre um ponto de
vista da universidade, ele pode se
tornar, por exemplo, um pesquisador sobre o assunto que mais lhe
convém dentro desta área”.
Fundamentais contribuições
tecnológicas na área
De acordo com Machado, a
Endodontia tem inúmeras contribuições significativas. Porém, o desenvolvimento de técnicas que são
realmente eficientes, simples e com
bom resultado clínico são as mais
relevantes. “Acho que a especialidade nos últimos anos mudou bastante porque o desenvolvimento desses
novos instrumentos reciprocantes, o
uso de ativadores sônicos e ultrassônicos, as obturações com cones
únicos, o microscópio também pas-
Agosto 2016 // APCD Jornal
saram ao auxiliar muito
dentro dessa questão”.
A especialidade tem tido
muitos avanços devidos aos
aparelhos utilizados na terapia, que em muito contribui para adiantar o trabalho
clínico. “Hoje temos muitos
meios de realizar uma terapia endodôntica com maior
rapidez lançando mão do
uso de aparelhos rotatórios
para a instrumentação dos
canais, auxiliados por aparelhos de ultrassom para uma
melhor eficiência das substancias irrigadoras, melhorando inclusive o acesso ao
sistema de canais radiculares, a microscopia óptica que
vem para aumentar nossa
visão do campo operatório,
e materiais que foram desenvolvidos para acompanhar
toda essa tecnologia, além
da tomografia para esclarecer sobre áreas que possam
ficar obscuras. Porem com
toda essa tecnologia atual,
não podemos esquecer que
a Odontologia é uma arte.
E como tal, exige eficiência,
acuidade, capricho, conhecimento cientifico e técnico”,
aponta Liris Jacintho.
A diretora do Departamento de Endodontia do
Coci concorda “que até
então as técnicas eram somente rotatórias e novos
movimentos para a instrumentação
automatizada
surgiram”. Segundo a especialista a obturação também se tornou mais simplificada à medida que cones
de guta-percha foram confeccionados com a mesma
conicidade e diâmetro da
ponta das limas endodônticas utilizadas no preparo
automatizado. Sendo assim,
a alta taxa de sucesso do
tratamento endodôntico se
deve também a um maior
conhecimento por meio de
pesquisas na área de microbiologia e anatomia, e a outros recursos tecnológicos.
Desafios vivenciados
dia a dia
Para Liris Silmar Jacintho Pereira a Endodontia e
a Odontologia, como toda
área da saúde deverão cada
vez mais buscar a humani-
zação, levando ao paciente
maior segurança, conforto e
confiança. “Afinal o mais importante para o profissional
é a realização de um bom
trabalho. Hoje temos jovens
sem cárie, graças a programas de conscientização da
população, ao trabalho de
orientação dos colegas frente aos seus pacientes, a promoção de saúde feita pelos
órgãos do governo, e pelas
entidades de classe como
nossa APCD. A população
do Brasil está envelhecendo,
teremos idosos dentados, o
que não era uma realidade
a tempos atrás. Precisamos
estar preparados para recebe-los, e isto só será possível
com a educação continuada.
Esse papel é muito bem realizado por nossa entidade,
dentro dos cursos oferecidos,
capacitando os colegas as
diferentes formas de abordagem nos diversos tipos de
clientes, para que assim possam ser tratados adequadamente com suas limitações
e/ou doenças adquiridas”.
Maria Sayago, por sua
vez, afirma que o que se espera é que novos avanços na
área de metalurgia na instrumentação automatizada
surjam propiciando cada
vez mais segurança durante
o preparo endodôntico.
Por fim, falando em desafios, Machado conta que é
dentro exatamente desse esforço que funciona dois projetos que se sobressaem. De
acordo com o especialista o
“Projeto 32”, antigo “Projeto Amazonas”, tem como
objetivo propor um protocolo endodôntico simples
utilizando tecnologias para
ser aplicado em situações
de extremas dificuldades
“Aplicamos a Odontologia
em lugares de difícil acesso,
testando novas tecnologias
em conjunto com o projeto
“Doutores sem fronteiras”
[criado pelo especialista
em Endodontia pelo Hospital Militar de área de São
Paulo, Caio Eduardo Caseiro de Lima Machado], que
é mais amplo, e além da
Odontologia trata também
outros aspectos que podem
auxiliar a comunidade”.
15
16 APCD Jornal // Agosto 2016
Notícias da ABCD
Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas
EDITORIAL
Excelência na formação
e na humanização
faz diferença no
protagonismo profissional
Sabemos que nossa
profissão é bastante peculiar porque exercida
dentro de quatro paredes,
com o centro da atenção
na boca do paciente para
as melhores soluções resultantes da prática, da ciência, do aperfeiçoamento
e da disciplina. As universidades e as faculdades
brasileiras estão entre as
melhores do mundo, com
destaque para os cursos
de Odontologia. Porém,
há um componente necessário que devemos incluir
para obter não só cases de
sucesso acadêmico e de
carreira, mas resgates importantes que vão além da
tecnicidade como a humanização do relacionamento entre Cirurgião-Dentista e paciente.
Essa conduta deve ser
parte integrante não apenas da vida universitária
- quando surgem oportunidades de trabalhos sociais voluntários - mas, estender-se como hábito por
toda a vida profissional.
É com o auxílio da
empatia, da resiliência e
da determinação que o
C i r u rg i ã o - D e n t i s t a va i
transformar o impulso
necessário e inovador do
comportamento profissional para o “olhar de sociabilização”, principalmente
ao lidar com populações
desfavorecidas.
Tem sido comum, mais
do que gostaríamos, atender nas ações da Campanha “Sorria para a Vida”,
seres humanos que neces-
sitam muito mais do que
passar por um exame de
diagnóstico precoce de
câncer bucal. Esse paciente chega à cadeira odontológica e às mãos do valoroso Cirurgião-Dentista
voluntário que vai atendê-lo sem noções mínimas
de higiene bucal, de saúde
e de conhecimento sobre
os riscos a que estão expostos em sua vida diária,
potencializando perigos
reais que podem se tornar fatais, como o vício
do fumo, do alcoolismo e,
muitas vezes, apenas vítimas inocentes do tabagismo passivo (veja ao lado),
que avança no meio-ambiente, afeta a mãe, a gestante, o bebê, alcança o
feto e pode matar.
Para isso faz-se necessária a humanização da
Odontologia e do Cirurgião-Dentista. Ela deve ser
buscada dentro de cada
um, com os olhos voltados
a seu semelhante e se tornar uma ferramenta capaz
de levar a técnica profissional a patamares que
realmente transformem o
contato Cirurgião-Dentista/paciente em ação de
valor. Este deve ser o protagonismo exercido aos
olhos da população: um
profissional de excelência,
competente e que consiga
enxergar além da boca,
um aliado da saúde integral, e consequentemente,
da saúde bucal.
// Texto Silvio Cecchetto Presidente da ABCD //
Silvio Cecchetto
Presidente da ABCD
[email protected]
Fumante passivo: o papel da
prevenção na saúde bucal e
a preservação da vida
Com mais de 270 mil
profissionais brasileiros registrados como Cirurgiões-Dentistas e perto de 500
mil médicos, o Brasil ainda
perde vidas por doenças evitáveis, como as provocadas
por condições ambientais.
Entre elas, o tabagismo que
deixa o câncer bucal, no
país, em 3º lugar mundial.
Esse quadro se torna mais
dramático ainda quando
são exibidos os riscos a que
são submetidas, as pessoas
que não fumam mais também podem morrer. São os
fumantes passivos, candidatos a se transformarem em
trágicos casos fatais, atingindo diretamente a vida
humana desde o seu início:
a gestação.
A população principalmente aquela mais desassistida, desconhece sequer
os riscos do tabagismo,
em todas as suas formas, e
muito menos ainda os perigos de conviver com o
vício de tabagistas, mesmo
sem fumar.
Cabe
ao
Cirurgião-Dentista, em sua prática
clínica e em todas as instâncias, reforçar seu papel
de difusor de informações
vitais que possam levar a
necessária conscientização
para a preservação da vida
da população.
A Associação Brasileira de
Cirurgiões-Dentistas (ABCD)
tem incentivado essa posição
junto a seus profissionais voluntários nas ações gratuitas
da Campanha “Sorria para
a Vida”, que objetiva diagnosticar precocemente casos
de câncer bucal.
“O fumante passivo
deve ser um foco impor-
tante nesse trabalho, pois
coloca essa vítima entre os
que apresentam risco 24%
maior para o enfarto do coração em relação aos que
não fumam ou não se expõem ao tabagismo passivo,
apenas para citar este exemplo, conforme relatado pela
Organização Mundial de
Saúde (OMS), que insere em
seus relatórios o fumo passivo subsequente ao tabagismo ativo, ambos no 3º posto
mundial de morte evitável”,
aponta Silvio Cecchetto,
presidente da ABCD.
Em bebês, o fumo passivo registra risco cinco vezes
maior de morte súbita sem
causa e aumenta os perigos
de doenças pulmonares até
um ano de idade, proporcional ao número de fumantes na casa. Quando a mãe
fuma durante a amamentação, a nicotina passa pelo
leite e também é absorvida
pela criança.
A grávida tabagista prejudica o feto, provocando
ocorrência de abortos espontâneos,
nascimentos
prematuros, bebês abaixo
do peso, mortes fetais provocadas pela absorção do
monóxido de carbono e
da nicotina pelo feto após
serem aspirados pelo organismo materno. Um único
cigarro fumado por uma
gestante é capaz de em poucos minutos, acelerar os batimentos cardíacos do feto,
provocados pelo efeito da
nicotina sobre o aparelho
cardiovascular.
O professor Gilberto
Marcucci, estomatologista e
autor do livro “Fundamentos da Odontologia - Estomatologia: Fatores de risco
e protetores (2ª edição)”,
considerada a bíblia da especialidade, defende que as
campanhas de prevenção
devem ser feitas, seguidas
de tratamento e de conscientização permanente da
população acerca dos riscos
que o vício do tabagismo ativo ou passivo - imprime à
saúde e à saúde bucal.
Para ele, a prevenção
deve começar cedo, entre
os 7 e 14 anos, em família e
na escola, antes do vício se
instalar e com a adoção de
hábitos saudáveis e preventivos, como ficar longe do
cigarro e do alcoolismo por
toda a vida.
// Texto Zaíra Barros Editabr //
18 APCD Jornal // Agosto 2016
ACONTECE NA ABIMO
Odontologia digital: um futuro promissor
A busca constante por métodos de
tratamento que aliem resultados estéticos e duradouros com facilidade de
execução e redução de tempo, tanto
para o profissional quanto para o paciente, é sem dúvida uma característica
marcante da Odontologia contemporânea. O uso de tecnologias digitais está
mudando todas as áreas profissionais
da sociedade, e não seria diferente na
Odontologia. A principal inovação
na área é no desenvolvimento CAD/
CAM de tratamentos odontológicos
nos segmentos de Próteses Dentárias,
Ortodontia e Cirurgia Oral.
A expressão CAD/CAM vem do inglês Computer Aided Design - Computer Aided Manufacturing, que traduzido
para o português significa desenho assistido por computador - ou fabricação assistida por computador. Com base nesse
sistema, as restaurações indiretas podem
ser planejadas e criadas com auxílio do
computador, eliminando o caráter artesanal desse processo que antes era realizado exclusivamente por um técnico em
prótese dental. Portanto, o CAD/CAM
representa a junção de conhecimentos
de informática e engenharia com as
necessidades da clínica odontológica: a
imagem de uma restauração indireta é
deslocada para um computador e em
seguida sua confecção é feita por uma
máquina de fresagem, atuando como
uma espécie de impressora 3D.
A Odontologia digital está presente em diversos segmentos da área,
desde gestão administrativa, comunicação e marketing até educação
continuada, pesquisa e desenvolvimento, diagnóstico por imagens, planejamento e execução de tratamentos
nas áreas de Estética bucal, Prótese Dentária, Ortodontia e Cirurgia
Oral. Diante da abrangência do
tema, a “Odontologia digital, oportunidades para inovação no mercado
brasileiro” será uma das temáticas
de destaque da 5ª edição do CIMES
(Congresso de Inovação em Materiais
e Equipamentos para a Saúde), que
acontecerá entre os dias 18 a 19 de
agosto, em São Paulo. O Congresso,
organizado pela ABIMO (Associação
Brasileira da Indústria de Artigos e
Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios),
será um espaço de debate sobre os
principais gargalos para promover a
inovação no setor médico-hospitalar
e odontológico.
Claudio Pinheiro Fernandes, professor adjunto e coordenador do Núcleo de Odontologia Sustentável do
Instituto de Saúde de Nova Friburgo
da UFF (Universidade Federal Fluminense) e membro do Comitê de
Assessoramento da Agência de Inovação AGIR/UFF, estará à frente do
painel. Segundo ele, as tecnologias
digitais oferecem aos pacientes diversos benefícios, como maior controle
de agendas que aumenta a eficácia
no retorno de atendimento e redução
de exposição aos raios-X nos exames
radiológicos, visto que os sensores digitais são mais sensíveis que os analógicos. “Nota-se também o aumento do
controle de qualidade na produção de
próteses dentárias. Entretanto, alguns
desafios ainda merecem cautela, como
os riscos de manipulação de dados e
imagens clínicas, bem como a produção indevida de componentes de implantes por sistemas de CAD/CAM,
sem atender às devidas exigências regulatórias ou mesmo às normas técnicas existentes ou às boas práticas de
fabricação”, destacou.
Produtividade x custo
Tecnologias digitais podem aumentar consideravelmente a produtividade
clínica, reduzir o desperdício e otimizar a rotina dos profissionais. Tais fatores atuam para melhorar o resultado
econômico de um empreendimento
de saúde tanto público quanto privado. “Existem custos elevados para
conversão das rotinas convencionais
para digitais, como o de equipamentos, de treinamento de funcionários
e da própria capacitação da equipe
técnica odontológica”, disse o professor. Segundo ele, a falta de soluções
de financiamento de baixo custo e as
reduzidas oportunidades de incentivo
ainda tornam os custos de entrada expressivos. “Assim como aconteceu em
outros mercados, as tecnologias digitais oferecem ao profissional aumento
na produtividade e na qualidade dos
tratamentos, além de garantir maior
controle sobre a administração do
consultório”, frisou.
Mercado
De acordo com o palestrante, na área
de gestão administrativa, apesar de não
haver estatísticas oficiais, é possível deduzir que grande parte dos consultórios
já utiliza algum tipo de aplicativo de gestão de agendas, contatos, planejamento
financeiro, compras/estoque, gestão
de serviços de laboratórios de prótese e
seguros de saúde. “O uso de leitores de
imagens radiológicas e imagens clínicas
também está bastante difundido. As
áreas de planejamento e desenvolvimento de tratamentos CAD/CAM ainda
estão na fase inicial, isto é, são terceirizadas aos laboratórios de prótese, mas a
tendência é de crescimento devido à expansão de oferta de sistemas de scanners
clínicos e soluções Chairside”, afirmou.
A tecnologia digital já faz parte
da área de Odontologia atualmente,
porém há fortes indícios de que transformações ainda mais ousadas estão
por vir num futuro bem próximo. A
Odontologia digital irá, sem dúvida,
simplificar e baratear procedimentos, o
que mudará por completo a realidade
de clínicas e laboratórios. Não há como
lutar contra esse movimento natural
de evolução, portanto, o setor deve se
manter aberto e pronto para incorporar essa evolução e tirar proveito dela.
CIMES
Um dos objetivos do CIMES é que
as discussões sobre a efetividade das
políticas públicas da saúde proponham
melhorias e novos caminhos para elevar a competitividade dos produtos nacionais. Para isso, o congresso incentiva
a cooperação entre representantes do
governo, da indústria e da academia
em prol do desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira da saúde.
Durante o congresso, também acontecerá a rodada de inovação tecnológica,
que tem como objetivo reunir indústrias
brasileiras e centros de pesquisa e tecnologia que tenham projetos compatíveis
entre si para realizarem uma conversa
inicial sobre a possibilidade de parceria
para P&D de novas tecnologias.
Neste ano, o CIMES também oferece às empresas a oportunidade de
participação por meio de patrocínio,
que permite aumentar a visibilidade da
marca no principal congresso do setor.
Em todas as cotas, os patrocinadores
terão sua logomarca exposta na página
principal do website do evento, além de
constarem nos materiais prévios de divulgação impressos e eletrônicos.
5º CIMES (Congresso de Inovação em Materiais e Equipamentos)
Data: 18 e 19 de agosto de 2016
Local: Hotel Maksoud Plaza - Al. Campinas, 150 - São Paulo
Informações: www.cimes.org.br
20 APCD Jornal // Agosto 2016
A APCD: entre
APCD está engajada no as maiores
processo de globalização associações
odontológicas
do mundo
APCD INTERNACIONAL
Professor Calvache Sánches e Adriano Forghieri
A APCD está entre as mais
importantes associações de
classe odontológica do mundo,
logo é natural que, na América
Latina, exerça uma liderança e
seja admirada e respeitada por
todos líderes e profissionais da
área. A Odontologia latino-americana é muito importante,
pois além de gerar uma interação produtiva entre as entidades, também traz divisas para
a APCD, pois as instituições
latino-americanas de Odontologia considera enriquecedor os
produtos educacionais oferecidos pela associação.
No dia 1º de julho, a Federação Colombiana Odontológica
completou 90 anos de existência. A Odontologia colombiana
tem um papel importante já
Maria Fernanda Atuesta, Adriano
Forghieri e Mauricio García Hurtado
que ocupa o terceiro lugar do
setor na América Latina.
A APCD foi convidada para
participar do aniversário de 90
anos da Federação Odontológica Colombiana, que se realizou
em Bogotá durante o congresso
que celebrou os 90 anos de fundação da instituição.
A presidente da Federação Odontologica Colombiana, Maria Fernanda Atuesta,
anfitriã do evento, agradeceu a presença da APCD e
enfatizou o relacionamento
entre as entidades e a importância da associação para a
América Latina.
Durante a visita à Colômbia, o presidente da APCD,
Adriano Forghieri, também
se reuniu com o Professor
Calvache Sánches da Universidade Unicoc (Institución
Universitária Colegios de Colômbia) para estreitar a parceria entre o grupo APCD e
esta universidade.
O processo de globalização encontra-se, a cada dia,
mais avançado, intensificando-se e difundindo-se por
todo o mundo. Tal fenômeno representa a integração,
em nível mundial, das diferentes localidades através
dos avanços promovidos no
campo das comunicações e
nos transportes, proporcionando uma relação global
em níveis econômicos, educacionais, científicos, culturais, políticos e, consequentemente, sociais.
Os avanços no campo
científico e do conhecimento
também são notórios. Hoje,
por exemplo, se há uma
nova descoberta no campo
da Odontologia realizada
em algum país, o restante do
mundo passar a ter conhecimento dessa novidade quase
que em tempo real. Informações diversas sobre dados
científicos, econômicos, políticos e sociais também se dispersam rapidamente, contribuindo para o avanço de
muitas áreas do saber.
Para a APCD, este processo é igualmente importante e não é uma questão
de opção. Quanto maior for
a interação da APCD em
nível global maior será sua
capacidade de gerar valores
aos seus associados e à própria Odontologia brasileira.
Como qualquer associação
de classe, que seja líder atuando globalmente, a APCD tem
que estar preparada de forma
técnico-científica, estrutural
e administrativa para atuar
em nível global. A natureza
do crescimento e expansão de
uma entidade sem fins lucrati-
vos requer que a mesma seja
gerenciada nos mesmos moldes de uma empresa.
A APCD encontra-se entre
as três maiores associações
odontológicas do mundo. Seu
perfil de instituição de vanguarda a coloca numa condição privilegiada de capitalizar
neste mundo globalizado.
Como, por exemplo,
podemos mencionar sobre
o perfil de uma das mais
importantes
associações
de classe odontológica do
mundo, que é a ADA (American Dental Association).
Sua estrutura e liderança
proporcionam inúmeros valores para seus associados e
à própria odontologia americana. O sucesso da ADA se
deve a dois fatores básicos: a
instituição conta com quase
350 funcionários e 100% de
sua gestão administrativa
e comercial não é feita por
Cirurgiões-Dentistas, cabendo a estes profissionais delinear as diretrizes institucionais, políticas, educacionais
e sociais. A ADA possui uma
capacidade muito grande de
absorver conteúdo em nível
global (este fato, a coloca
em uma posição estratégica
diferenciada) como também
a mesma consegue divulgar
assuntos de seu interesse e
comercializar seus produtos
educacionais para o mundo
todo, gerando receita e
outros valores.
A APCD está cada vez
mais engajada neste processo de globalização, uma vez
que, a natureza do próprio
crescimento da entidade
também esta está vinculada
a sua atuação global.
Agosto 2016 // APCD Jornal
21
Fique por dentro da APCD
COCI
Festa Julina
Teatro APCD
CIOSP
Veja as palestras programadas
para os próximos meses
Arraial trouxe
animação e diversão
Confira a programação
cultural e venha se divertir
Inscrições dos trabalhos científicos
vão até 02 de setembro
// Página 24 //
// Página 26 //
// Página 31 //
// Página 33 //
A Odontopediatria Contemporânea: Mitos e Evidências
7º Congresso de Odontopediatria APCD-APO acontece entre os dias 25 e 27 de agosto na APCD Central
A APCD em parceria com a APO
realizará o 7º Congresso de Odontopediatria, um dos eventos mais relevantes e
importantes da Odontologia brasileira.
Comemorando seus 55 anos de existência,
a APO reunirá na programação científica
renomados e relevantes pesquisadores e
professores, de verdadeira excelência, que
trarão os assuntos mais atuais que certamente estimularão o aprimoramento clínico e científico nas áreas integradas à Odontopediatria como, Ortopedia Funcional
dos Maxilares, Saúde Pública e Coletiva,
além dos excelentes trabalhos científicos e a
Feira Comercial com empresas que trarão
materiais e produtos de interesse à especialidade e suas áreas afins, as quais agradecemos todo apoio e colaboração: Chicco,
Colgate, Coraldent, Dental Cremer, FGM,
Doctor Livros, Formula & Ação, Fun
Mask, Inphloral, Odontomar, Only Uniforms, Rute Falco Ateliê, Sdi Do Brasil,
Voco e outras mais. Sem contar o prazer
do convívio social. Nossos agradecimentos
também aos caríssimos ministradores:
Maria Aparecida de Andrade
Moreira Machado
• Professora titular da disciplina
de Odontopediatria da Faculdade de
Odontologia de Bauru - Universidade
de São Paulo;
• Diretora da Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de São Paulo;
• Superintendente do Hospital de
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais
(Centrinho) - Universidade de São Paulo;
• Autora dos livros: “Odontologia
em Bebês: Protocolos Clínicos Preventivos e Restauradores” e “Odontopediatria nas Fissuras Lábiopalatais”.
Marcia Turolla Wanderley
• Professora doutora dos cursos de graduação, mestrado e doutorado em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia
da Universidade de São Paulo - Fousp;
• Coordenadora do Centro de Pesquisa e Atendimento de Traumatismo
em Dentes Decíduos da disciplina de
Odontopediatria da Fousp;
• Coordenadora do curso de especialização em Odontopediatria Semanal
da FFO-Fundecto conveniada à Fousp.
José Carlos Pettorossi Imparato
• Professor associado da disciplina
de Odontopediatria da Fousp;
• Coordenador do Banco de Dentes da Fousp;
• Coordenador do Biobanco de
Dentes da Fousp.
Laura Salignac de Souza
Guimarães Primo
• Professora associada de Odontopediatria da FO-UFRJ;
• Doutora em Odontopediatria
pela Universidade de São Paulo;
• Coordenadora do Programa de
Odontologia da FO-UFRJ.
Paulo Floriani Kramer
• Mestre e doutor em Odontopediatria pela USP;
• Pós-doutorado em Saúde Pública pela UFSC;
• Professor titular de Odontopediatria pela Ulbra.
Jaime Aparecido Cury
• Cirurgião-Dentista pela FOP-Unicamp, em 1971;
• Mestre e doutor em Bioquímica pela
UFPR, em 1974, e pelo IQ-USP, em 1980;
- Professor titular de Bioquímica
pela FOP-Unicamp, desde 1993.
Susana Paim dos Santos
• Doutora em Ciências da Saúde
pela UFBA e mestre em Odontopediatria pela UFRJ;
• Professora adjunta da Universidade Estadual de Feira de Santana-BA;
• Presidente da Associação Brasileira de Odontopediatria da Bahia.
Marcelo Bönecker
• Professor titular da disciplina de
Odontopediatria da Fousp;
• Membro do Education Committe da International Association of Paediatric Dentistry.
-Abeno da Rede de Observatórios de
Recursos Humanos em Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde e à OPAS.
Marcelo Mendes Pinto
• Doutor e mestre em Biomateriais
pela Fousp;
• Especialista em Odontopediatria
pela Soesp;
• Professor das Clínicas Infantil e
Integrada da Uninove.
Marco Antonio Manfredini
• Pesquisador do Cecol/USP;
• Doutor em Saúde Pública pela USP.
Resenha
• Epidemiologia e saúde bucal;
• Planejamento e programação.
Reginaldo Mendonça Costa
• Pós-doutor em materiais dentários pela USP/FOB - Bauru;
- Mestre e doutor em Ciência e
Tecnologia dos Materiais pela Unesp;
- Cirurgião-Dentista pela Unimar e
Químico pela Unimes.
Eduardo Sakai
• Professor coordenador do curso
de especialização em Ortopedia Funcional dos Maxilares da APCD Regional Jardim Paulista;
• Doutor em Morfologia-Eletromiografia de músculos da mastigação
da FOP-Unicamp;
• Conselheiro efetivo pelo Estado
de São Paulo junto ao Conselho Federal de Odontologia-CFO.
João Alberto Martinez
• Professor coordenador do curso
de especialização em OFM da APCD;
• Pós-graduado em Reabilitação Neuroclusal pela Dentoclinic
- Barcelona/Espanha;
• Mestre em Patologia Bucal
pela Fousp.
Ana Estela Haddad
• Livre docente, professora associada de Odontopediatria da Fousp e
pesquisadora do Núcleo de Telessaude
e Teleodontologia da Fousp;
• Diretora de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde
(2005-2012);
• Coordenadora da Estação Fousp-
Lourdes Santos-Pinto
• Professora titular em Odontopediatria do Departamento de Clínica
Infantil da Faculdade de Odontologia
de Araraquara - Unesp;
• Mestrado e doutorado na Unesp
e pós-doutorado na Baylor College of
Dentistry - Dallas - TX / EUA;
• Assessora da pró-reitoria de pós-graduação da Unesp.
Daniela Procida Raggio
• Especialista, mestre e doutora
em Odontopediatria pela Fousp;
• Professora associada da disciplina de Odontopediatria da Fousp;
• Presidente do Grupo Brasileiro
de Professores de Ortodontia e Odontopediatria - Biênio 2015/2016.
Regina Maria Puppin Rontani
• Professora titular da área de
Odontopediatria da FOP-Unicamp;
• Especialista e doutora em Odontopediatria - Fousp e pós-doutorado na
UTHSCSA em San Antonio, Texas - EUA;
• Coordenadora do programa
de PG em Materiais Dentários pela
FOP-Unicamp.
// Texto Helenice Biancalana Presidente da Associação
Paulista de Odontopediatria //
Confira a programação científica do evento na página 25 e
faça sua inscrição!
24 APCD Jornal // Agosto 2016
COCI
Palestras promovidas pelo Conselho Científico são
fontes de aprimoramento e novos conhecimentos
Os eventos científicos
constituem-se como
fonte essencial na busca e
apreensão de novos conhecimentos e tem como finalidade reunir profissionais
e acadêmicos para trocas
e transmissão de informações de interesse comum
aos participantes.
É por isso que o Conselho Científico da APCD
oferece todo mês inúmeras
palestras com experientes
professores e temas essenciais e atuais para que o
Cirurgião-Dentista, assim
como o acadêmico, atualize-se e aprenda sempre.
Confira as palestras programadas e participe!
AGOSTO
Departamento de
Odontologia do Trabalho
Tema: A Odontologia do
Trabalho no contexto das
propostas de flexibilização
trabalhista
Ministradores: Edward
Toshiyuki Midorikawa e João
Rodolfo Hoop
Data: 04/08/16
Horário: 20h
Local: APCD Central
Departamento de
Odontologia para
Pacientes com
Necessidades Especiais
Tema: Manifestações bucais no
paciente com paralisia cerebral
Ministradora: Maria Teresa
Botti Rodrigues dos Santos
Data: 11/08/16
Horário: 20h
Local: APCD Central
Departamento de
Ortodontia
Tema: Tratamento
ortodôntico em
pacientes adultos:
Visão interdisciplinar
Ministradores: Luís Antônio
de Arruda Aidar e Emilio
Carlos Zanatta
Data: 22/08/16
Horário: 20h
Local: APCD Central
Departamento Dentística
Tema: “DTM diagnóstico e tratamento
ao alcance do clínico”
Ministrador: Fernando Falchi
Data: 25/08/16
Horário: 20h
Local: APCD Central
SETEMBRO
Departamento de
Odontologia para
Pacientes com
Necessidades Especiais
e Departamento de
Odontopediatria
Tema: O uso de
infiltrantes, ICON, em
lesões de cárie iniciais
e promoção de saúde
bucal para pacientes com
necessidades especiais
Ministradora: Andressa Robes
Data: 15/09/16
Horário: 20h
Local: APCD Central
Departamento de
Patologia Oral e
Maxilofacial
Tema: Células-tronco
tumorais na Odontologia
Ministradora: Maria
Fernanda Setubal
Destro Rodrigues
Data: 17/09/16
Horário: das 9h às 11h
Local: APCD Central
Mais informações:
APCD Central
Rua Voluntários da Pátria,
547 - Santana - SP
Telefone: (11) 2223-2340
26 APCD Jornal // Agosto 2016
Formatura dos cursos de especialidades em
Endodontia, Implantodontia, Ortodontia e
Prótese Dentária da EAP APCD ocorreu em julho
Amigos, familiares
e convidados
prestigiaram
formandos em
cerimônia solene
// Texto Fernanda Carvalho //
No dia 7 de julho, os alunos dos cursos
de especialidades da EAP APCD Central Endodontia, Implantodontia, Ortodontia e
Prótese Dentária - receberam seus diplomas
em uma cerimônia que reuniu familiares e
convidados, na sede da APCD Central.
Participaram da mesa solene o presidente da APCD, Adriano Forghieri; o
diretor da EAP APCD, Artur Cerri; o presidente da Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD), Silvio Cecchetto;
o presidente em exercício do Conselho
Regional de São Paulo (CROSP) e coordenador executivo organizacional do 35°
CIOSP, Marcos Capez; e os coordenadores dos cursos: Luciano da Silva Carvalho
(Ortodontia), Manoel Eduardo de Lima
Machado (Endodontia), Marcelo Grande
- Representando o coordenador Eduardo
Mukai (Implantodontia), Ruy Hizatugu
(Endodontia), Sérgio Yoshikazu Yamada
- que representou o coordenador Marcio
Amorim (Implantodontia) e Orlando Magalhães Filho (Prótese Dentária).
O presidente da APCD ressaltou
que ao longo de mais de 60 anos, a EAP
APCD oferece o que há de melhor em
termos de ensino e educação continuada em Odontologia. “Desde a sua criação, a EAP investe na atualização e no
aperfeiçoamento do Cirurgião-Dentista, com objetivo de proporcionar mais
e melhores condições e opções para o
profissional enfrentar e se destacar no
Orlando Magalhães Filho, Marcelo Grande, Ruy Hizatugu, Marcos Capez, Artur Cerri, Adriano Forghieri,
Silvio Cecchetto, Manoel Eduardo de Lima Machado, Sérgio Yoshikazu Yamada e Luciano da Silva Carvalho
mercado de trabalho.” Ele parabeniza os formandos. “Para se sobressair, é
preciso se destacar da grande maioria.
E a única maneira que realmente existe
para superar esses obstáculos impostos
é estar preparado para eles. O profissional tem que sempre se aperfeiçoar.
Sem dúvida, um dia muito importante
na vida de cada um”.
Em seu discurso, o diretor da EAP
APCD, Artur Cerri, destacou que a entidade é líder em educação continuada na
América Latina. “A liderança impõe algumas tarefas árduas, a primeira e talvez
a mais difícil, é manter a liderança. Para
isso é preciso equipe, e nós temos. É preciso excelentes professores, é nós temos. É
preciso infraestrutura moderna, nós tam-
Turma de Endodontia do professor
Manoel Eduardo de Lima Machado
Turma de Endodontia do professor Ruy Hizatugu
bém temos. Preciso especialmente, apoio,
que também temos.” O diretor agradeceu
a diretoria da APCD, em especial ao presidente da associação, que sempre apoiou
as constantes alterações da EAP. “E aqui
dedico também o meu agradecimento especial e carinhoso aos meus colegas, professores da EAP. E uma menção especial
ao professor Ruy Hizatugu que tem mais
de 50 anos dedicados à EAP.” E por fim,
Artur agradece aos formandos presentes
e ressalta que os alunos são a essência da
APCD e da EAP. “Vocês são a razão da
nossa pujança e vivência. Ontem alunos
e colegas, e hoje formandos. Iniciando
uma nova etapa em suas vidas, espero que
levem no coração, uma lembrança maravilhosa dos tempos em que convivemos”.
Na ocasião, a entidade prestou diversas homenagens aos formandos, e aos
coordenadores. Porém teve uma menção
especial ao diretor da EAP APCD, Artur
Cerri, que recebeu uma placa de homenagem devido a sua luta constante que traz
bons frutos à entidade. O presidente da
APCD, Adriano, agradeceu o empenho e
dedicação que Artur teve ao longo desses
anos. “O seu trabalho foi muito importante para a Odontologia e contribuiu para o
progresso da ciência e para a atualização
científica dos profissionais da área”.
Logo após, subiu ao púlpito representando todos os coordenadores, o
professor e coordenador da especialidade de Endodontia, Manoel Eduardo de
Lima Machado, que enfatizou a homenagem feita ao Artur Cerri. “Para nós
esse é o momento de agradecimento e
muito importante, em que de uma maneira ou de outra a gente vê os nossos
esforços recompensados, em uma atividade tão bonita quanto essa”.
Depois da entrega dos diplomas, os
alunos puderam confraternizar com
seus amigos e familiares em um coquetel oferecido pela APCD.
Agosto 2016 // APCD Jornal
27
Turma de Implantodontia do professor Marcio Amorim - Representado por Sérgio Yoshikazu Yamada
Turma de Ortodontia do professor Luciano da Silva Carvalho
Turma de Implantodontia do Eduardo Mukai - Representado por Marcelo Grande
Turma de Prótese Dentária do professor Orlando Magalhães Filho
28 APCD Jornal // Agosto 2016
Tradicional Festa Julina da APCD
traz animação no mês de julho
Arraial da Odontologia é marcado por muita diversão e confraternização entre associados, familiares e convidados
// Texto Fernanda Carvalho //
Com o objetivo de resgatar as antigas tradições com comidas típicas,
decorações elaboradas, fantasias inusitadas, e jogos extremamente divertidos, a tradicional Festa Julina da APCD
acontece há cerca de 35 anos
na entidade. Sendo assim,
para continuar essa tradição,
o arraial mais divertido da
Odontologia, aconteceu no
dia 9 de julho, no Ginásio Poliesportivo da APCD Central.
As Regionais Butantã,
Cambuci, Casa Verde, Guarulhos, Ipiranga, Jardim Paulista, Lapa, Penha, Pinheiros,
Pirituba/Perus, Santana, Santo
Amaro, São Miguel Paulista,
Saúde, Tatuapé, Tucuruvi, Vila
Maria e Vila Prudente, participaram e apoiaram a festança.
A instituição filantrópica Kibô-no-Iê - assistência e amparo à
pessoa com deficiência intelectual - ajudou doando as estruturas das barracas e alguns utensílios, e também com a venda das
bebidas e churrasco.
A novidade esse ano foi
a participação do Conselho
Acadêmico da APCD (Coa)
e do Conselho Nova Geração
(Conoge), que animou a garotada com a barraca “Boca do
Palhaço”, que contava com
brincadeiras e muitos prêmios
aos convidados. A união dos
dois conselhos para a tradicional Festa Julina da APCD trouxe diversão e muitas risadas.
No cardápio deste incrível
evento estavam as barracas de
vinho quente e quentão, yakissoba e guioza, caldos, doces,
cachorro quente, pastel, pipoca, milho verde, churrasco e
bebidas. Já na parte de entretenimento tivemos o jogo das
argolas, pescaria e a boca do
palhaço na barraca do COA/
Conoge. Uma diversão só!
Banda “Musical Em Mi”
A banda “Musical Em Mi
(o som em família)” embalou
a festa com forró, sertanejo e
música country, tirando todo
mundo pra dançar com passos de danças ensaiados. O
ápice da noite ficou por conta
da divertida quadrilha e o
casamento caipira, que tirou
boas risadas do público num
clima festivo e descontraído.
Já no final da festa, o Teatro APCD em conjunto com
o Grupo GPNC Seguros e
Porto Seguro presentearam
os participantes com inúmeros brindes, entre eles: um
celular Moto G, mochilas,
squeezes personalizados, kits
churrasco e ingressos para
o festival “Risadaria 2016”,
que ocorreu no Teatro APCD
Diretoria da APCD
nos dias 15, 16 e 17 de julho.
E, finalmente, foi feito o
anúncio da premiação das
barracas mais animadas e
mais bem decoradas da festa.
Em 1º lugar: Cachorro-quente - da Regional Lapa, que
teve destaque na criatividade
da decoração; em 2º lugar:
Barraca do Milho - da Regional Guarulhos, que foi pre-
miada pelo desempenho em
elaborar fantasias que combinassem com a barraca; e em
3º lugar, tivemos um empate:
Barraca do pastel - da Regional São Miguel Paulista e
Pesca e Argolas - das Regionais Butantã, Jardim Paulista e Santo Amaro - considerada as barracas mais bem
elaboradas da festa.
Agosto 2016 // APCD Jornal
29
COA e Conoge
Regionais Butantã, Santo Amaro e Jardim Paulista
Regionais Ipiranga, Pinheiros e Tatuapé
Regional Guarulhos
Regional Lapa
Regional Penha e Vila Prudente
Regional Santana
Regional São Miguel
Regional Saúde
30 APCD Jornal // Agosto 2016
TEATRO APCD
O mês de julho no Teatro
APCD foi diversão pura!
Diversos humoristas arrancaram boas risadas do público
com os espetáculos do Festival Risadaria e stand-up comedy
Paulo Bonfá, Evandro Santo, Vitor
Sarro, Marco Luque e Marlei Cevada
// Texto Fernanda Carvalho //
// Fotos Charles Trigueiro,
Fernanda Carvalho e
Mariana Pantano //
O mês de julho no Teatro
APCD foi bem agitado e
divertido. Com inúmeras atrações de stand-up e humor, o
local teve muitas gargalhadas e
sorrisos espontâneos. No início
do mês, dia 8 de julho, o Teatro
APCD recebeu o fenômeno da
internet, Rogério Vilela, com
seu mais novo show de stand-up comedy: “Despedida de
Solteiro”. Mais ácido e hilário
do que nunca, o show trouxe
uma visão moderna e bem-humorada sobre o casamento, o
namoro e a solteirice. O humorista, que conta com mais de 400
milhões de visualizações em seus
vídeos do youtube, enfatiza que
esse é o seu segundo show solo.
“Como não faz nem oito meses
que casei, vim contar minha experiência em formato de show.
Porque o stand-up é isso, a gente
vive as coisas, transforma em
piada e traz para o palco. Estou
muito feliz de fazer o show na
zona norte, é minha primeira
vez no Teatro APCD”.
Risadaria - O Maior
Festival de Humor
do Mundo
O Risadaria, reconhecido como o Maior Festival de
Humor do Mundo, desembarcou pelo quarto ano consecutivo
O grupo Hermes e Renato
aqui no Teatro APCD para garantir muitas risadas e diversão.
Os espetáculos aconteceram
nos dias 15, 16 e 17 de julho,
entretendo cerca 3500 pessoas, com muito stand-up, música e comédia, protagonizados
por grandes nomes do humor.
São eles: Marco Luque, Victor
Sarro, Marcelo Marrom, Evandro Santo, Marlei Cevada, Rafael Cortez, Robson Nunes, Gabriel Louchard, Bruna Louise,
Alexandre Porpetone, o grupo
Hermes e Renato e os youtubers
Muca Muriçoca e Gabriel Vilhena, como convidados.
Paulo Bonfá, idealizador do
evento conta que “o publico
da zona norte comparece em
peso, sorri, diverte-se, e é por
isso que a gente gosta de voltar!
O Teatro APCD é a nossa casa
na zona norte. Muito obrigado
pela acolhida sempre calorosa
e totalmente excelente”.
A novidade esse ano foi à
volta aos palcos do grupo Hermes e Renato, que contou com
“Talco Show da Nina, com Vilhena”
uma apresentação exclusiva incluindo dança contemporânea,
imersão, improviso, musical e
stand-up. Bonfá destaca que há
uma dedicação especial devido à
estreia mundial do grupo. “Hermes e Renato, o famoso grupo
da televisão pela primeira vez
nos palcos. Essa estreia é no Teatro APCD”. Com o objetivo de
inovar e trazer aos palcos o espetáculo do grupo, Felipe Torres
um dos integrantes, conta que
“sentimos que estava na hora de
fazer alguma coisa na estrada,
tínhamos necessidade de estar
juntos e fazer uma coisa ao vivo,
para ter uma reposta do público
direto, e não ter essa distância
que a TV e a internet dão”.
A humorista Marlei Cevada
interpretou sua personagem da
“A Praça É Nossa”, Nina, em
o “Talco Show da Nina”, que
recebeu os youtubers Vilhena e
Muca Muriçoca, como convidados. “Estou adorando pisar novamente no Teatro APCD. Agora
voltando com o Risadaria, com
Sessão do dia 16 de julho
a ‘Nina Talco Show’, essa grande
brincadeira que teve dois convidados maravilhoso e que ‘bombam’ na internet”, conta Marlei.
Marco Luque, Evandro
Santo, Marlei Cevada, Marcelo Marrom e Victor Sarro, subiram ao palco com uma das
atrações do Risadaria SuperShows, tirando muitas gargalhadas com personagens como:
Mustafary, interpretado por
Marco Luque e Sangue - a mais
nova caracterização de Marlei
Cevada. Marco Luque ressalta
que “é uma honra participar
do Maior Festival de Humor
do Mundo, quiçá da galáxia,
que a gente ainda não tem
comprovado a existência de
outros seres vivos fora da terra.
Mas enfim, estou muito feliz, é
muito legal conviver junto com
outros humoristas, porque a
gente sempre faz show solo, e
de repente ter a oportunidade
de dividir o palco, é sempre
muito massa! Não vejo a hora
de chegar o próximo ano.” O
Stand-up Comedy do Rodrigo Vilela
humorista Victor Sarro conta
que o Risadaria “é um projeto muito legal, que tem várias
vertentes do humor, de personagens a stand-up, de charges
a humor de youtube, então é
bem divertido”.
Outra atração dos supershows ficaram por conta do
ator, humorista e apresentador Rafael Cortez, Alexandre
Porpetone, conhecido por suas
imitações, do humorista e ator
Robson Nunes e da youtuber
Bruna Louise. O ilusionista e
humorista Gabriel Louchard,
que também fez parte da apresentação, frisa que “o grande
diferencial do Risadaria é oferecer esse leque variado de estilos de humor para o público.”
Robson Nunes finaliza dizendo
que o evento “reúne o melhor
do humor brasileiro, em todos
os sentidos e em todas as linguagens. É um grande festival,
e acho que é enriquecedor para
quem está assistindo e para
quem está fazendo também”.
Sessão do dia 17 de julho
32 APCD Jornal // Agosto 2016
CONOGE
Brasil e Moçambique:
uma única campanha
A APCD por meio do Conoge - Conselho Nova Geração, apoia a “ONG Reviva”,
e promove a campanha de
higiene bucal, que visa arrecadar itens como creme dental,
fio dental, escova de dente e
enxaguante bucal que serão
enviados a Moçambique, no
continente africano, e a Mariana, Minas Gerais.
A “ONG Reviva” desenvolve dentre outros trabalhos
o de purificação de água em
algumas cidades brasileiras e
principalmente na província
de Nampula em Moçambique,
onde segundo a Unicef (dados
de 2014) a cada 15 segundos
uma criança morre por falta
de saneamento básico, daí a
importância da campanha de
higiene bucal para este país.
Em 05 de novembro de
2015, a cidade de Bento Rodrigues, que fica no município
de Mariana, foi duramente arrasada devido ao rompimento
da barragem de Fundão. O
incidente liberou milhões de
metros cúbicos de lama que
atingiu centenas de moradores.
Uma tragédia humana e histórica que fez com que 317 anos
do distrito fosse completamente
aniquilado. O vilarejo tinha 600
habitantes e fez parte da rota da
Estrada Real no século XVII e
abrigava igrejas e monumento
de grande relevância cultural.
A APCD por meio do Conselho Nova Geração Conoge
- representado pelo presidente
Ítalo Nery Lopes, agradece à
“ONG Reviva” - representada
pela presidente Beatriz Marcelino, pelo convite na promoção
desta campanha, e se alegra
em poder contribuir para
atingir objetivos comuns, no
intuito de superar as dificuldades e proporcionar melhores condições na construção da vida humana.
// Texto Elves Martins
- Presidente do Conoge
Guarulhos - Em nome da Nova
Geração que vive intensamente
a vida associativa //
Participe
da 2ª Mesa
de debates
Tema: Vigilância Sanitária
Ministrador: Kioto Izumida
Data: 27 de agosto
Horário: 13h
Local: APCD Central
34 APCD Jornal // Agosto 2016
TURISMO
Departamento de Turismo da APCD promove
trilha no Parque Estadual da Serra do Mar
O parque está localizado na divisa de São Paulo
com o Rio de Janeiro, e
destina-se à preservação,
à valorização da cultura
local, à pesquisa científica e
à educação ambiental, permanentemente incentivando a população na busca
pela conservação de seus
recursos naturais, históricos e culturais. Dentro do
parque encontramos árvores como Manacá-da-serra,
Cedros, Palmeiras, Canelas, Araçás e Palmito Juçara, e possibilidade de ver
mamíferos silvestres.
A trilha será realizada
no Núcleo Santa Virgínia
no município de Natividade da Serra, Trilha do
Garcez, nível de dificuldade médio, contém 6 km de
mata primária, margeando
e cruzando o Rio Garcez
que proporciona paz ao som
de águas percorrendo por
entre as pedras.
Durante o percurso existem duas cachoeiras, a do
Garcez e do Pocinho, onde
é possível um revigorante
banho. Após a trilha, haverá um almoço em São Luiz
do Paraitinga.
O passeio será realizado
no dia 20 de agosto de 2016.
Incluso: Transporte, lanche, guia de trilha, almoço e
seguro viagem.
Mais informações:
Departamento
de Turismo
(11) 2223-2318
Reservas
(11) 2205-5351 ou 99848-9457
PROGRAMAÇÃO
4h50 - Chegada na APCD Central para estacionar os carros
5h - saída para Natividade da Serra
Parada para café da manhã
8h30 - Parque estadual da Serra do Mar
Caminhada e almoço em São Luiz do Paraitinga
(sem bebidas inclusas)
17h - retorno para São Paulo
Valor do passeio
R$182,00
Pagamentos
2x de R$91,00
Data
Inscrição até 15/08
Pacotes para
ADA 2016
Mais informações:
(11) 2223-2318
(11) 2223-2385
APCD Regional São Miguel Paulista em Olímpia
A viagem para o Parque
Thermas dos Laranjais,
em Olímpia, ocorreu de 30
junho a 03 julho.
A hospedagem no Thermas Park Resort & Spa
proporcionou a comodidade de estar praticamente
dentro do parque e ofereceu pensão completa com
chopp, refrigerantes, sucos
e água à vontade, inclusos
nas refeições.
As inúmeras atrações
foram aproveitadas em dois
dias de ótimas temperaturas, 28°C, e um céu azul
e límpido.
As atrações são bem variadas, indo desde um tranquilo
ofurô e piscinas aquecidas,
até toboáguas vertiginosos.
As crianças enlouquecem e quem está na melhor
idade relaxam.
Participaram desta viagem, associados e amigos
das Regionais Butantã,
Central, Ipiranga, São Miguel Paulista e Saúde.
36 APCD Jornal // Agosto 2016
Presidente da APCD participa de
reunião com novo ministro da saúde
Ricardo Barros apresentou as perspectivas da saúde no país para as principais lideranças do setor
// Texto e fotos Mariana Pantano //
No dia 18 de julho, a Fiesp
sediou um encontro com o
ministro da saúde, Ricardo
Barros, para apresentação das
perspectivas da saúde no país.
Presidido pelo presidente da
Fiesp, Paulo Skaf, a reunião
contou com a participação
dos coordenadores do BioBrasil ComSaúde, Ruy Baumer e
Francisco Balestrin, que compuseram a mesa principal.
Também compondo a mesa,
o presidente do Instituto de
Radiologia da Faculdade de
Medicina da Universidade de
São Paulo e vice-presidente
do Instituto Coalizão Saúde,
Giovanni Guido Cerri; o pre-
Reunião na Fiesp
sidente do Conselho Superior
de Responsabilidade Social
da Fiesp, Raul Cutait; o Presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp,
Roberto Rodrigues; o diretor
superintendente da Fundação
Oswaldo Ramos - Hospital do
Rim e Conselheiro do Conselho Superior Estratégico da
Fiesp, José Medina; e a Secretária Municipal da Pessoa
com Deficiência e Mobilidade
Reduzida, Mariane Pinotti.
Liderança da Odontologia junto ao ministro da saúde, Ricardo Barros
O presidente da APCD,
Adriano Albano Forghieri participou do evento junto ao presidente da ABCD, Silvio Jorge
Cecchetto, aos representantes
do CROSP, Marco Manfredini, e Wilson Chediek, e de-
mais líderes da Odontologia.
Adriano Forghieri aproveitou a oportunidade e perguntou
ao ministro sobre a continuidade do Programa Brasil Sorridente. Barros disse que pretende
continuar com a ação.
38 APCD Jornal // Agosto 2016
Xuniapcd_cartazA3.pdf
1
12/07/16
11:46
ESPORTES
Esportes de Aventura:
A Corrida de Montanha
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Local: APCD Central - Ginásio de Esportes
Rua Voluntários da Pátria, 547 - São Paulo/SP
Horário: das 9h às 20h
Informações: Solange Alencar (11) 2223-2429
[email protected]
O crescimento do número de provas de corrida de rua em nosso país
é nítido nos últimos anos, porém,
paralelamente a essas provas, cresce
também uma possibilidade de sair da
rotina da corrida plana e no asfalto, a
Corrida de Montanha.
Este esporte de aventura, que já
existe há uns bons anos e chegou recentemente ao Brasil, ganha a cada
dia novos adeptos. A corrida de montanha se diferencia das corridas de
rua pela diferença de terreno, altimetria e visual.
Os atletas acostumados à corrida
de rua sentem algumas diferenças
básicas na transição de uma prova
urbana para uma prova rupestre;
a primeira delas e mais óbvia é a
mudança de terreno. O piso irregular requer algumas mudanças
Sauna
Feminino
Quarta e sexta-feira: das 14h30 às 19h
Masculino
Terça e quinta-feira: das 14h30 às 19h
Sábado: das 14h30 às 18h30
de estratégia nas corridas tal como
caminhar em trechos ao invés de
correr. Uma dica para quem está
na fase de transição de uma corrida
de rua para uma corrida de montanha é treinar em gramados ou
terra seca, pois há pouca diferença
para o asfalto e tem pouco impacto
sobre as articulações.
As corridas de montanha, assim
como as de rua, têm diferentes possibilidades de distância curtas com
5, 6 km, até as com duração de
vários dias e distâncias de mais de
100 km. Para essas provas maiores
há a necessidade de suporte de staff
ou da própria organização para alimentação e hidratação.
// Texto Luciano Andrade Bernardes vice-diretor de Esportes da APCD //
Taxa de Utilização
Associado não utilizando o kit:
não paga taxa de utilização.
Associado utilizando o kit: R$ 10,00
Dependente: R$ 15,00
Acompanhante: R$ 20,00
Kit: 01 roupão, 01 toalha de banho,
01 toalha de rosto, 01 sabonete e 01
par de chinelos.
Ginásio de
Esportes
Instituto Niten - aulas de
Kenjutsu, Iaijutsu e Jojutsu
Local: Ginásio de Esportes da APCD
Central
Dia e horário: Quinta-feira - das
19h às 21h.
Associados e dependentes de associados: 70% de desconto na mensalidade.
Aula experimental gratuita: apresentar-se com roupas leves, para poder
realizar os movimentos de luta.
Academia
Bate-Bola Recreativo
Voleibol Misto:
Associados e dependentes de associados - acima de 16 anos.
Local: Ginásio de Esportes da APCD
Central
Dia e horário: terça-feira - das 19h
às 22h.
Futsal Masculino:
Associados e dependentes de associados - acima de 18 anos.
Local: Ginásio de Esportes da APCD
Central
Dias e horários: segunda-feira
- das 20h às 22h. Sábado - das 10h
às 13h.
Horários: segunda a sexta-feira - das
7h às 21h; e sábado - das 8h às 14h.
Os alunos mais frequentes na academia no mês de junho/2016 foram:
Associado / Dependente: Eduardo Colella / Jungiro Takaguti.
Associada / Dependente: Lucia S. Y. Takaguti / Maria Teresa S. A. Azevedo.
Agosto 2016 // APCD Jornal
39
Acontece
Integração entre Núcleo
de Convivência de Idosos
- NCI e Centro da Criança
e Adolescente - CCA
Este trabalho teve como objetivo estimular os idosos do Núcleo de Convivência para Idosos
(NCI) - Mamãe, situado no bairro do Jabaquara em São Paulo,
a conhecer e realizar hábitos
saudáveis em relação à saúde
bucal e, a partir da obtenção destes conhecimentos, esses idosos
capacitados e treinados sejam
capazes de ensinar, orientar e
O público capacitado foi
de idosos que frequentam o
NCI - Mamãe no período da
manhã, e contamos com a
participação efetiva de 9 pessoas e o educador que desenvolve as aulas de artesanato.
A proposta de trabalho foi
de cinco encontros uma vez
por semana, às quartas-feiras,
no período da manhã, após a
etc. Uma das alunas trouxe um
livro sobre saúde e como o desenho da cavidade oral, dentes,
língua etc., mostrando interesse e auxiliando na ilustração
da aula. Foi utilizado o macro
modelo odontológico e o atlas
da Oral-B para ilustrar sobre o
assunto abordado. Depois dos
idosos tirarem suas dúvidas em
relação à anatomia bucal, foi
Macro modelo de tecido desenvolvido pelo grupo de idosos
estimular as crianças que frequentam o Centro da Criança
e Adolescente (CCA) - Mamãe
para que cresçam com menores
riscos de doenças bucais.
Para isso, foi necessário
organizar encontros semanais
em que foram desenvolvidos
os temas: anatomia bucal básica para desenvolverem produtos, nas aulas de artesanato,
que servirão como auxiliar em
ações de educação em saúde
bucal no CCA - Mamãe, prioritariamente, e também no
próprio NCI Mamãe.
atividade inicial dos idosos.
1º encontro: Apresentação
da proposta de trabalho para
os idosos e educadores do NCI
-Mamãe por meio da realização de uma roda de conversa
com os idosos e o professor
de artes, participaram 11 idosos. Prontamente deram resposta positiva da participação
nove idosos para o início das
atividades a partir da semana
seguinte. 2º encontro: Foi realizada uma aula básica sobre
anatomia bucal: nome dos dentes e função, língua e papilas,
sugerido a criação de um modelo de “bocão”. Para terem
uma ideia, mostramos uma foto
do “bocão”, o qual pertence ao
Departamento de Prevenção
APCD. Tal “bocão” foi feito por
alunos do curso de odontologia.
Os idosos ficaram estimulados a
fazerem um “bocão” e aceitaram o desafio de pensarem na
construção de um macro modelo odontológico (novo “bocão”).
3º encontro: Neste dia, foi avaliado o andamento da criação
do bocão. Uma das participantes fez dentes de tecido (estilo
Ilustração da cartilha da APCD
fuxico) com os detalhes que foi
mostrado no encontro anterior
(por exemplo: dentes incisivos
centrais com “flor de lis” e os
tamanhos dos pré-molares proporcionais aos dos molares).
Devido ao interesse dos participantes, houve a necessidade de
falar mais sobre a anatomia dos
dentes e demais estruturas bucais, como o periodonto. Aproveitamos para introduzir conhecimento sobre como ocorrem
as doenças mais comuns que
acometem a boca: cárie e doença periodontal, por meio do
atlas da Oral-B. 4º encontro:
Foi verificado o andamento
da confecção do material criado por eles. Eles se mostraram
muito interessados e animados
na criação do material proposto. O resultado foi fantástico:
dentes com detalhes feitos em
tecido de forma proporcional,
língua bordada com a região
correspondente aos diversos paladares (em inglês: sweet, sour,
salty), realizado com muito capricho e cuidado. Também iniciaram a confecção de um modelo de dente e periodonto em
E.V.A. Discutimos a respeito e
continuaram no trabalho para a
próxima semana (última).
Iniciou-se a etapa com o
tema cuidados essenciais para
quem usa prótese (limpeza,
troca das próteses removíveis etc.). Distribuímos folders
para os idosos, elaborado pela
APCD e a cartilha da Secretaria de Estado da Saúde: “Sorria toda Vida”. Foi solicitado
que lessem o material durante
a semana. Assim, ficaria mais
fácil de tirar as dúvidas e conversarmos na próxima semana.
Aproveitando a oportunidade
do tema foi entregue aos idosos
a escova interdental Oral-B. 5º
encontro: Roda de conversa
com os idosos e educadores a
respeito de como foi o processo
de trabalho e qual a expectativa deles em relação à utilização
Ilustração
da
cartilha
da
Secretaria de Estado da Saúde
deste material em relação à
educação em saúde bucal com
as crianças do CCA - Mamãe.
Um trabalho que agrega
conhecimento, integração e
benefícios entre a população
com mais de 60 anos, crianças e jovens, promovendo a
saúde bucal.
// Texto Departamento de
Prevenção e Promoção
da Saúde da APCD //
40 APCD Jornal // Julho 2016
Vila Olímpica terá policlínica para
atendimento multidisciplinar aos atletas
Área de Odontologia vai
oferecer desde consultas
até procedimentos
cirúrgicos e realizará
estudo sobre a saúde
bucal dos esportistas
A exemplo do que aconteceu nas
edições anteriores - Pequim (2008), Londres (2012) e Olimpíadas de Inverno de
Sochi (2014) - os Jogos Olímpicos Rio
2016 contarão também com uma Policlínica instalada dentro da Vila Olímpica que oferecerá atendimento multidisciplinar aos atletas durante o evento.
A estrutura, que tem aproximadamente 280m², tem mais da metade da
área ocupada pelo setor odontológico,
que conta com 8 consultórios completos,
equipados com aparelhagem de imagem digital, uma sala com equipamento
para Raio-X panorâmico e tomografia
com cone-beam (tecnologia em feixe
cônico que oferece melhor qualidade
de imagem), laboratório para confecção
de protetores bucais e central de esterilização. Com apoio de Oral-B, a área
de odontologia da Policlínica oferecerá
atendimento das 7h às 23h, todos os dias
durante os Jogos Olímpicos.
Reconhecida mundialmente pela
alta performance em seus produtos,
a Oral-B acredita que o cuidado com
a saúde bucal é tão importante para
o bom desempenho dos atletas como
o cuidado com o preparo físico de
maneira geral.
A primeira experiência de Policlínica em um evento esportivo mundial
aconteceu também no Rio de Janeiro, nos Jogos Pan-americanos de 2007.
Posteriormente, a estrutura foi montada
também nos Jogos Olímpicos de Pequim
(2008) e de Londres (2016), recebendo
uma média de 3 mil atletas por evento.
Pesquisa
O papel da área de odontologia da Policlínica da Vila Olímpica não vai se restringir apenas ao atendimento aos atletas. Uma
importante pesquisa, realizada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), pretende mapear a condição de saúde bucal
dos atletas, com informações cruzadas que
descreverão, por exemplo, os tipos de lesões
odontológicas relacionados às modalidades
esportivas, frequência de visita ao dentista,
tabulação das informações por idade e gênero, entre outras informações.
“A população alvo da pesquisa é
composta por atletas que serão convidados e encorajados a participar por meio
de suas federações nacionais, além dos
que passarem pela Policlínica, e que também serão convidados a consentir com o
compartilhamento de dados de seu atendimento para o estudo”, explica Eduardo M.B. Tinoco, professor associado da
Faculdade de Odontologia da UERJ e
consultor dos serviços de odontologia do
Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
Segundo o especialista, por ser um
estudo epidemiológico transversal descritivo, seu resultado tem grande importância científica, principalmente por se tratar
de uma população especial de atletas de
alto rendimento, que se reúnem a cada
quatro anos. “Seria praticamente impossível ou muito oneroso colher esse tipo de
dados com esses atletas em seus países de
origem. Daí a importância de aproveitar
esta oportunidade em que estão em um
só lugar”, pondera Tinoco.
Os resultados do estudo serão divulgados pelo COI, e serão uma relevante fonte
de informação não apenas para a odontologia e medicina esportiva, mas também
para os esportistas e federações nacionais,
que terão um panorama da saúde bucal
de seus atletas e, assim, poderão adequar
programas de prevenção e cuidados.
// Texto Ketchum Assessoria de Imprensa //
Agosto 2016 // APCD Jornal
41
Abaixo assinado pede
rapidez na votação do PL
que prevê equiparação
salarial e plano de cargos
7ª Jornada
Cientifica
APCD Regional
Guaratinguetá
O Plano de Carreira dos
Cirurgiões-Dentistas que são
funcionários públicos do Estado
de São Paulo é tema de uma petição pública on-line. O abaixo
assinado pleiteia que o Projeto
que cria a Carreira do Cirurgião-Dentista Funcionário Público Estadual de São Paulo seja
enviado com máxima urgência
para votação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Neste momento, o anteprojeto que corrige o plano de
cargos e salários dos Cirurgiões-Dentistas do Estado é analisado pela Secretaria da Casa
Civil do Estado de São Paulo.
Evento ocorre nos dias
16 e 17 de setembro de
201, na Faculdade de Engenharia Anfiteatro II Bloc 5. Ministradores renomados trarão temas de
grande relevância. Confira
No mês de junho, representantes do Grupo de Trabalho (GT)
dos Cirurgiões-Dentistas Funcionários Públicos do Estado de
São Paulo estiveram em audiência na Secretaria para reiterar o pedido de equiparação sa-
larial dos cirurgiões-dentistas e
médicos, servidores do Estado.
Para assinar a petição acesse o www.peticaopublica.com.
br/pview.aspx?pi=BR92940.
Fonte: CROSP
a programação completa
no site da APCD, em Congressos e Eventos.
Mais informações:
(12) 3122-2186
[email protected]
5º Dental Marketing Meeting
No dia 26 de novembro acontece o 5º Dental Marketing
Meeting. O evento, que trata de marketing e negócios, acontecerá em São Paulo no Centro de Convenções Rebouças e
reunirá mais de 1.000 profissionais. Acesse o site e confira
toda a programação www.dentalmktmeeting.com.
42 APCD Jornal // Agosto 2016
Lançamentos
A Nova DFL lança resina Alicates OrthoMundi: qualidade
e durabilidade em suas mãos!
Natural Z
Com nanotecnologia, trata-se de
uma resina composta microhíbrida
fotoativada com zircônia. Dentre as
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similar ao dente natural e alto grau
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a superfície de contato das hastes
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diz, nasceu da junção das palavras
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agosto é o lançamento da nova
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