- Petrobras - Relacionamento com Investidor

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- Petrobras - Relacionamento com Investidor
Relatório Anual 2006
Relatório ANUAL 2006 | www.petrobras.com.br
relatório Anual 2006
Renato Menezes Ferreira
Técnico de manutenção do Cenpes,
Centro de Pesquisas da Petrobras
Visão de Futuro: Contribuir
profissionalmente para o futuro da
sociedade e das próximas gerações.
“A Petrobras está comprometida
com o desenvolvimento de tecnologias
para expandir suas atividades e
melhorar cada vez mais a qualidade
de seus produtos.”
Sumário
02
18
44
56
76
86
Perfil, Missão, Visão e Valores
Atividades da Petrobras 04
Principais Indicadores 06
Mensagem do Presidente 10
Mercado de Petróleo 14
Estratégia Corporativa 16
02
Áreas de Atuação
Exploração e Produção 20
Refino e Comercialização 26
Petroquímica 30
Transporte 34
Distribuição 38
Gás Natural 40
Energia 42
Expansão Internacional
América do Sul 50
América do Norte 53
África 54
Ásia 55
Responsabilidade
Social e Ambiental
Índices de Sustentabilidade 58
Recursos Humanos 60
Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS)
Patrocínios 72
Ativos Intangíveis
Capital de Domínio Tecnológico
Capital Organizacional 80
Capital Humano 82
Capital de Relacionamento 83
Gestão Empresarial
Desempenho Empresarial 88
Mercado de Capitais 91
Gestão de Riscos 96
Governança Corporativa 99
78
65
Perfil
A Petrobras é uma sociedade anônima
de capital aberto, que atua de forma
integrada e especializada nos seguintes
segmentos da indústria de óleo, gás
e energia: exploração e produção;
refino, comercialização, transporte e
petroquímica; distribuição de derivados;
gás natural e energia. Criada em 1953, é
hoje a 14ª maior companhia de petróleo
do mundo, segundo os critérios da
publicação Petroleum Intelligence Weekly.
Líder do setor petrolífero brasileiro, vem
expandindo suas operações, para
tornar-se uma Companhia integrada
de energia com atuação internacional e
líder na América Latina.
Área industrial da
Refinaria Duque
de Caxias – RJ
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Visão
A Petrobras será uma empresa
integrada de energia com forte
presença internacional e líder
na América Latina, atuando
com foco na rentabilidade e
na responsabilidade social e
ambiental.
Valores
k Valorização dos principais públicos de
interesse: acionistas, clientes, empregados,
sociedade, governo, parceiros, fornecedores e
comunidades em que a Companhia atua;
k Espírito empreendedor e de superar
desafios;
k Foco na obtenção de resultados de
excelência;
k Espírito competitivo inovador, com foco
na diferenciação em serviços e competência
tecnológica;
k Excelência e liderança em questões de
saúde, segurança e preservação do meio
ambiente;
k Busca permanente da liderança
empresarial.
| missão | Visão
Perfil
Missão
Atuar de forma segura e rentável,
com responsabilidade social
e ambiental, nas atividades
da indústria de óleo, gás e
energia, nos mercados nacional
e internacional, fornecendo
produtos e serviços adequados
às necessidades dos seus
clientes e contribuindo para o
desenvolvimento do Brasil e dos
países onde atua.
Atividades da Petrobras
uma empresa integrada de energia
|
relatório anual 2006 |
petrobras
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
Principais Indicadores
Resumo operacional 2006
2005
2006
RESERVAS PROVADAS - Critério SPE (bilhões de barris de óleo equivalente) (1)(2)
14,9
15,0
Óleo e condensado
12,3
12,3
2,6
2,7
PRODUÇÃO MÉDIA DIÁRIA (mil barris de óleo equivalente) (1)
2.217
2.298
Óleo e LGN (mil barris por dia)
1.847
1.920
(bilhões de barris)
Gás natural (bilhões de boe)
Terra
396
367
1.451
1.552
370
378
Terra
213
206
Mar
157
172
POÇOS PRODUTORES (óleo e gás natural) – em 31 de dezembro (1)
12.557
12.895
Terra
11.860
12.170
697
725
Mar
Gás natural
(mil barris de óleo equivalente por dia)
Mar
SONDAS DE PERFURAÇÃO em 31 de dezembro
64
63
Terra
22
19
Mar
PLATAFORMAS EM PRODUÇÃO
em 31 de dezembro
Fixas
Flutuantes
42
44
97
103
73
76
24
27
DUTOS (km) em 31 de dezembro (1)
30.343
31.089
Óleo e derivados
12.857
12.913
Gás natural
17.486
18.176
FROTA DE NAVIOS em 31 de dezembro
Quantidade – operação própria
– operação de terceiros
Tonelagem (milhões de toneladas de porte bruto – tpb)
TERMINAIS
Capacidade de armazenamento
(milhões m3) (3 )
(1) Inclui informações do exterior, correspondentes às parcelas da Petrobras nas associações.
(2) Reservas provadas medidas de acordo com o critério SPE (Society of Petroleum Engineers).
(3) Inclui apenas os terminais da Transpetro.
(4) Exclui queima, consumo próprio do E&P, liquefação e reinjeção.
(5) Inclui apenas os ativos com participação igual ou superior a 50%.
(6) Inclui apenas termelétricas a gás natural.
|
51
75
104
8,2
11,1
66
66
10,4
10,4
em 31 de dezembro
Quantidade
50
relatório anual 2006 |
petrobras
2.298
mil boe de produção
média diária
2005
2006
REFINARIAS em 31 de dezembro (1)(5)
Quantidade
15
16
Capacidade nominal instalada (mil barris por dia )
2.114
2.227
Carga fresca processada (mil barris por dia)
1.830
1.872
1.727
1.746
Brasil
Exterior
103
126
1.839
1.892
352
370
94
118
Óleo
263
335
Derivados
260
246
1.644
1.697
Produção média diária de derivados (mil barris por dia)
IMPORTAÇÃO (mil barris por dia)
Óleo
Derivados
EXPORTAÇÃO (mil barris por dia)
COMERCIALIZAÇÃO DE DERIVADOS (mil barris por dia)
Brasil
VENDAS INTERNACIONAIS
(mil barris por dia)
Óleo, gás e derivados
385
503
ORIGEM DO GÁS NATURAL (milhões de m3 por dia) (4 )
45
46
Gás nacional
23
23
Gás boliviano
22
24
DESTINO DO GÁS NATURAL
(milhões de m3 por dia) (4 )
45
46
Distribuidoras
31
33
Termelétricas
7
6
Consumo Interno
7
7
ENERGIA (1 )
Número de usinas termelétricas (5)(6)
9
10
Capacidade instalada (MW) (5)(6)
3.203
4.126
Venda de energia (TWh)
16,64
17,57
Número de hidrelétricas
Capacidade instalada (MW) (5)
Linhas de transmissão (km)
Distribuição de energia (TWh/ano)
2
2
285
285
15.414
15.414
13
13
3
3
FERTILIZANTES (1)
Unidades de produção
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
Resumo financeiro 2006
Principais Indicadores
Informações Financeiras Consolidadas (em R$ milhões)
2005
2006
%
Receita operacional bruta
179.065
205.403
15
Receita operacional líquida
16
136.605
158.239
Lucro operacional
39.773
42.237
Resultado financeiro
(2.843)
(1.332)
Lucro líquido
23.725
25.919
9
5,41
5,91
9
EBITDA
47.808
52.061
9
Dívida bruta
48.242
46.605
-3
Dívida líquida
24.825
18.776
-24
173.584
230.372
33
Margem bruta
44%
40%
-4 pp
Margem operacional
29%
27%
-2pp
Margem líquida
17%
16%
-1 pp
Lucro líquido por ação
Valor de mercado
6
-53
Indicadores Econômico-Financeiros
Petróleo Brent (US$/barril)
54,38
65,14
20
Dólar médio de venda
2,4350
2,1752
-11
Dólar final de venda
2,3407
2,1380
-9
2005
2006
%
22.927
29.769
30
Investimentos (em R$ milhões)
Investimentos Diretos
Exploração & Produção
13.934
15.314
10
Abastecimento
3.286
4.181
27
Gás & Energia
1.527
1.566
3
Internacional
3.153
7.161
127
Distribuição
495
642
30
Corporativo
532
905
70
2.385
3.507
47
311
409
32
87
1
-99
25.710
33.686
31
Sociedades de propósito específico
Empreendimentos em negociação
Projetos estruturados
Total de investimentos
CApital votante 2006
2,9%
ações ordinárias
CApital social 2006
8,2%
55,7%
4,4%
União Federal
18,3%
União Federal
BNDESpar
32,3%
ADR (Ações ON)
8,3%
ADR (Ações (PN)
ADR Nível 3
27,0%
2,5%
FMP-FGTS Petrobras
Estrangeiros
(resolução nº2.689 CMN)
Demais pessoas físicas
e jurídicas
1,8%
CApital não votante 2006
15,5%
ações preferenciais
FMP-FGTS Petrobras
15,4%
7,6 %
15,6%
Valor de fechamento das ações (R$/ação)(2)
54,49
49,80
41,30
37,21
2005
BNDESpar
|
26,62
24,28
2004
ADR Nível 3 e Regra 144-A
15,8%
relatório anual 2006 |
petrobras
Estrangeiros
(resolução nº2.689 CMN)
Demais pessoas físicas
e jurídicas
2006
36,6%
32,1%
BNDESpar
Estrangeiros
(resolução nº2.689 CMN)
Demais pessoas físicas
e jurídicas
21,02
19,10
2003
2002
13,20
11,60
ON
PN
2006
(mil boed)
378 2.298
1.920
2005
2002
359 2.020
2004
1.701
335 2.036
2003
275 1.810
1.535
Óleo
25.919
23.725
2005
1.661
2003
(R$ milhões)(1)
2006
370 2.217
1.847
2004
Lucro Líquido Consolidado
16.887
Principais Indicadores
Produção de Óleo e Gás Natural
17.795
2002
8.098
Gás natural
Lucro/Ação
Reservas Provadas de Óleo
e Gás Natural (critério spe - Bilhões de boe)
12,3
2,7 15,0
2005
12,3
2,6 14,9
12,1
2,8 14,9
2003
11,6
2002
5,41
2005
3,85
2004
4,06
2003
2002
2,9 14,5
2,3 12,1
9,9
5,91
2006
2006
2004
(R$/açãO) (1)(2)
1,86
Valor de Mercado x Valor Patrimonial
(R$ Bilhões)(1)
Óleo
Gás natural
230
Valor de mercado
Margem Bruta, Operacional e Líquida
112
40%
87
27%
2006
16%
29%
2002
2003
97
78
62
49
54
34
44%
2005
174
Valor patrimonial
2004
2005
2006
17%
Índice de Endividamento (3)
41%
27%
2004
2006
15%
45%
2003
29%
36%
2002
20%
2003
2002
28%
23%
24%
2005
2004
19%
16%
17%
32%
18%
41%
16%
12%
54%
Endividamento curto prazo/ endividamento total
Margem
bruta
Margem
operacional
Margem
líquida
Endividamento líquido/ capitalização líquida
(1) Os exercícios de 2004, 2005 e 2006 incluem as Sociedades de Propósito Específico, cujas atividades são controladas, direta ou indiretamente, pela Petrobras.
(2) Para efeitos de comparabilidade, foi recalculado para os períodos anteriores, em função do desdobramento das ações aprovado por AGE em 22/07/2005.
(3) Os exercícios de 2002 e 2003 incluem endividamento contraído pelas SPEs com as quais a Petrobras estruturou projetos de Project Finance e consórcios. Os exercícios de 2002 a 2006 incluem
contratos de leasing.
Todos os indicadores de acordo com o critério br gaap.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
José Sergio Gabrielli de Azevedo
Presidente da Petrobras
Visão de futuro: Em 2015, liderar
o mercado de petróleo, gás natural,
derivados e biocombustíveis na América
Latina, com expansão seletiva da
petroquímica e da energia renovável.
10
|
relatório anual 2006 |
petrobras
“A Petrobras está no caminho certo para
ser uma empresa integrada de energia
de atuação internacional, sempre
buscando crescer com rentabilidade e
responsabilidade social e ambiental.”
Mensagem
do presidente
O
ano de 2006 foi de conquistas e novas perspectivas
para a Petrobras. Além dos recordes alcançados – lucro
de R$ 25,9 bilhões e investimentos de R$ 33,7 bilhões
– e do aumento de 4% da produção total de petróleo e gás natural,
a Companhia agora se prepara para um novo desafio, previsto no
Plano de Negócios 2007-2011: manter o ritmo de crescimento
acelerado. As metas são ambiciosas e levaram a Petrobras, pela
primeira vez na sua história, a planejar uma produção de longo
prazo: serão 4 milhões 556 mil barris por dia (bpd) de óleo e gás
natural produzidos no Brasil e no exterior em 2015. Os investimentos previstos fazem jus à grandiosidade dos projetos: até 2011
serão aplicados US$ 87,1 bilhões.
Em 2006, a produção doméstica cresceu 5%, como resultado
do aumento da capacidade de produção em 340 mil barris por dia,
com a entrada em operação das plataformas P-34, FPSO-Capixaba
e P-50. O recorde de produção foi observado em outubro, quando
a Companhia produziu 1,912 milhão de barris por dia.
Para garantir as bases para o crescimento, para cada barril
produzido no ano foi reposto 1,739 barril às reservas. Esse
resultado foi ainda reforçado pelas 27 novas áreas que tiveram
sua viabilidade comercial declarada com volumes estimados
de óleo recuperável de 2,5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe). Novas perspectivas exploratórias surgiram com
a descoberta de óleo leve abaixo da camada de sal (“pré-sal”)
na Bacia de Santos.
***
Na esteira do bom desempenho do petróleo, o gás
natural também registrou avanços. Além do aumento de 1,5%
na produção nacional, a Petrobras divulgou seu Plano de
Antecipação da Produção de Gás Natural (Plangás), que elevará
a oferta de gás natural no Sudeste dos atuais 15,8 milhões para 40
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
11
Mensagem do Presidente
milhões de metros cúbicos por dia, até 2008. O Plano, que inclui
também projetos de processamento e transporte de gás natural,
visa aumentar a participação do gás nacional no atendimento
à demanda doméstica. Segundo a estratégia de garantir segurança e flexibilidade no abastecimento do mercado brasileiro, a
Petrobras aprovou sua entrada no mercado de gás natural liquefeito (GNL) como importadora e deu seguimento à expansão da
malha de gasodutos.
***
Outros marcos de 2006 foram o lançamento do Diesel
Podium e o desenvolvimento do H-Bio – tecnologia pioneira da
Petrobras que associa óleo vegetal às frações do petróleo para a
produção de diesel. A Companhia ampliou também a oferta de
diesel S500, com menor teor de enxofre, a oito regiões metropolitanas. Para melhorar a qualidade dos combustíveis, a Petrobras
continuou aprimorando suas refinarias, com novas unidades de
hidrotratamento e conversão, que reduzem o teor de enxofre
dos derivados e otimizam o rendimento em diesel do petróleo
brasileiro. Assim, a Companhia valoriza seu petróleo e atende às
especificações ambientais mais rigorosas, ao mesmo tempo em
que abre novos mercados de exportação.
Alinhada a seu comprometimento socioambiental, a
Petrobras fortaleceu seu programa de biodiesel, com o início da
construção de três usinas, que vão produzir 171 milhões de litros
anuais, atendendo a 20% da demanda do País em 2008. Além de
gerar trabalho e renda na agricultura familiar, o produto vai contribuir para reduzir as importações de diesel e óleo leve.
Apesar da volatilidade e dos altos preços do petróleo, os
resultados foram suportados pelo crescimento da produção, sem
repasse da instabilidade de preços ao mercado interno. O barril
do Brent atingiu seu pico de US$ 78,63 em agosto, mas fechou
12
|
relatório anual 2006 |
petrobras
As metas são
ambiciosas e levaram
a Petrobras, pela
primeira vez na sua
história, a planejar
uma produção de
longo prazo: serão
4 milhões 556
mil barris por dia
(bpd) de óleo e gás
natural produzidos
no Brasil e no
exterior em 2015.
Os investimentos
previstos fazem jus
à grandiosidade dos
projetos: até 2011
serão aplicados
US$ 87,1 bilhões.
o ano registrando 25% de queda, retornando ao patamar de
US$ 60, o mesmo nível de preços de quando a Petrobras anunciou
seu último reajuste da gasolina e do diesel, em setembro de 2005.
***
Os excelentes resultados da Companhia no Brasil estão
alinhados com sua atuação no mercado internacional. Além de fortalecer atividades nos países em que já atua, a Petrobras expandiu sua
atuação em áreas-foco, como a África e o setor americano do Golfo do
México. Além disso, ampliou sua atuação no refino internacional com
25,9
Mensagem do Prsidente
Lucro recorde de
Plantação de
mamona no Morro
do Chapéu, BA
bilhões de reais
em 2006
a compra de 50% da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e a
prospecção de novas refinarias no exterior. O objetivo é agregar valor
ao petróleo pesado produzido pela Companhia, oferecendo um mix
de produtos mais valorizados no mercado e de melhor qualidade.
A confiança dos investidores se refletiu na valorização de
34% das ações e na redução do custo de captação. Como resultado, o valor de mercado atingiu em dezembro, pela primeira vez,
uma média mensal superior a US$ 100 bilhões e, em sua primeira
emissão global após ter se tornado investment grade, captou ao seu
menor custo histórico para um prazo de dez anos.
Os bons resultados são frutos também do investimento da
Petrobras em seus Recursos Humanos, considerados fundamentais
para a implementação das estratégias traçadas. Ao longo de 2006,
além dos maciços investimentos em treinamento e capacitação,
foram contratados 8.539 novos funcionários para sustentar o crescimento da companhia. O acerto das medidas pode ser mensurado
pelo aumento do índice de satisfação dos empregados, que passou
de 66% para 68% no ano passado; e pela redução do número de acidentes, vazamentos e emissões poluentes, que culminou na melhoria dos indicadores de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde).
Essas conquistas, por si só, já consagrariam os esforços dos
empregados e a confiança de investidores e acionistas. Mas a
Petrobras conquistou ainda outros importantes reconhecimentos
à sua atuação: a entrada no Dow Jones Sustainability Index, no ISE
(Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa) e a classificação de investment grade pela agência Standard & Poor’s.
São conquistas que reforçam a confiança de que a Petrobras
está no caminho certo para continuar crescendo com rentabilidade e responsabilidade social e ambiental.
José Sergio Gabrielli de Azevedo
Presidente da Petrobras
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
13
Mercado de petróleo
O ano de 2006 foi marcado pela interrupção do ciclo de alta dos
preços do petróleo iniciado em 2002. Embora o barril do Brent
tenha chegado ao pico de US$ 78,63 em agosto, seu valor registrou
queda de 25% no fechamento do ano. Na média, o patamar de
preços ficou US$ 11 acima do registrado em 2005, com comportamento mais volátil do mercado.
Como nos anos anteriores, 2006 registrou excesso de oferta
de petróleo, acumulação de estoques e, mesmo assim, cotações
elevadas. Apesar do arrefecimento do crescimento da demanda
mundial, influenciado pelos preços elevados, o valor do barril
continuou a incorporar um prêmio de risco em face de instabilidades geopolíticas, como a invasão do Líbano por Israel e a questão
nuclear no Irã. A percepção de que as questões geopolíticas no
Oriente Médio manteriam os preços altos levou a Opep a deixar
PREÇO DO PETRÓLEO
(US$/Barril- preços nominais)
07 de agosto 2006
US$ 78,63/barril
Preço máximo do Brent
80,00
14 de julho 2006
US$ 77,03/barril
Preço máximo do WTI
70,00
60,00
janeiro 2003
WTI US$ 31,85/ barril
Brent US$ 30,77/ barril
50,00
janeiro 2001
WTI US$ 27,21/ barril
Brent US$ 22,97/ barril
40,00
WTI
Brent
janeiro 2005
WTI US$ 42,12/ barril
Brent US$ 40,36/ barril
30,00
janeiro 2004
WTI US$ 33,78/ barril
Brent US$ 31,16/ barril
20,00
janeiro 2002
WTI US$ 21,01/ barril
Brent US$ 20,40/ barril
10,00
14
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Dez 06
Jan 06
Jan 05
Jan 04
Jan 03
Jan 02
Jan 01
Jan 00
0,00
78,63
dólares foi o valor do
barril do brent em agosto
suas cotas inalteradas na maior parte do ano, favorecendo a formação dos estoques.
A tendência de alta começou a ser revertida quando, passado o mês de agosto, não se concretizaram as expectativas de
que a temporada de furacões no Atlântico repetiria o impacto
devastador de 2005. Em meio a controvérsias sobre o peso da
atividade especulativa na formação dos preços, a não-ocorrência
de grandes furacões compeliu a Opep a anunciar cortes na produção pela primeira vez desde dezembro de 2004, a maior redução
desde 2002. O primeiro anúncio foi em setembro; o segundo, em
dezembro, efetivado em fevereiro de 2007.
Outro fator a pressionar a baixa dos preços foi, no fim
de 2006, a ocorrência de temperaturas amenas no inverno do
Hemisfério Norte e a conseqüente redução do consumo de petró-
leo. Isso fez com que o excesso físico de oferta fosse sentido de
forma mais forte no mercado, podendo ser mais um sinal de que
o ciclo de preços altos, observado nos últimos quatro anos, está
chegando ao fim.
Desde o pico registrado em agosto, a dinâmica de queda
foi caracterizada pelo fenômeno que os analistas chamaram de
“movimento de correção” – um balanceamento em direção a um
novo equilíbrio entre oferta e demanda, com mudança no sentimento do mercado em relação à potencial escassez do petróleo
em caso de interrupção do fornecimento. Mais uma vez, o movimento de baixa no valor do barril pôs em evidência o impacto de
eventos de difícil previsibilidade sobre os preços – uma constante
na história do mercado mundial do petróleo. +
Navio-tanque
Navion Stavangar,
frota da Transpetro
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
15
Estratégia Corporativa
A Petrobras mantém as metas agressivas de crescimento em seu
investimentos previstos 2007-2011
Plano de Negócios 2007-2011. Pela primeira vez, divulgou estimativas de produção de petróleo e gás natural para 2015, relacionando
os principais projetos que darão suporte ao crescimento pós-2011.
O posicionamento estratégico da Companhia dá destaque à expansão do refino no Brasil, a fim de agregar valor à crescente produção
de óleo no País – seja pelo aumento das vendas proporcionadas
pelo crescimento do mercado brasileiro, seja pela ampliação das
exportações de derivados. A Petrobras busca, assim, um equilíbrio
de longo prazo entre o crescimento da produção e a capacidade de
refino. No mercado de energias renováveis, o foco são os biocombustíveis, segundo a estratégia de liderar a produção de biodiesel
no Brasil e expandir a comercialização de etanol.
A produção nacional de petróleo e gás natural chegará, em
2011, a 2 milhões 925 mil barris de óleo equivalente por dia (boed).
Em paralelo a esse crescimento, as refinarias no País processarão 1
milhão 877 mil barris por dia (bpd) e o processamento diário de óleo
brasileiro subirá para 1 milhão 710 mil bpd. Com esse desempenho,
a Companhia aumentará dos atuais 80% para 91% a participação do
óleo nacional na carga processada nas refinarias, consolidando a
sustentabilidade da auto-suficiência. A venda do excedente, que em
2006 foi de 335 mil bpd, chegará a 584 mil bpd em 2011.
Do total de investimentos previstos para 2007-2011 –
US$ 87,1 bilhões, com média de US$ 17,4 bilhões por ano –, US$ 75
bilhões (86%) serão investidos no Brasil, com a criação de 838 mil
postos de trabalho diretos e indiretos. Os maiores investimentos
serão em Exploração e Produção, Gás e Energia, e Abastecimento.
Dos US$ 12,1 bilhões (14%) destinados ao exterior, 65% serão
aplicados na América Latina, oeste da África e Golfo do México
– regiões prioritárias para a expansão da Petrobras.
No exterior, onde a Petrobras produziu 243 mil boed de óleo
e gás natural em 2006, a produção subirá para 568 mil boed em
(US$ bilhões)
16
|
relatório anual 2006 |
petrobras
14%
Brasil
86%
Exterior
investimentos previstos 2007-2011
por áreas
(US$ bilhões)
área
Exploração e Produção
40,7
Abastecimento
23,1
Gás e Energia
7,2
Internacional
12,1
Distribuição
2,2
Áreas Corporativas
1,8
Total
87,1
recursos: origem X aplicação
(previsão 2007-2011 em us$ bilhões)
86,7 12,6 99,3
87,1 12,2 99,3
Geração própria
Investimentos
Recursos de terceiros
Amortização de dívida
87,1
bilhões de dólares
em investimentos
entre 2007-2011
produção x refino
2011, quando a carga processada nas refinarias da Companhia
(mil bpd)
em outros países chegará a 499 mil bpd. O crescimento da produção de óleo e LGN e da carga processada de refino assegura
o balanceamento dos segmentos de Exploração e Produção e
Abastecimento da Companhia e abre opções de integração dessas
atividades no Brasil e no exterior.
Como parte da estratégia para consolidar-se como empresa
integrada de energia com atuação internacional, a Petrobras conferiu maior visibilidade às metas na área de energias renováveis.
Em 2011, deverá disponibilizar 855 mil m3/ano de biodiesel e
exportar 3,5 milhões de m3 de etanol. No ano, a capacidade das
termelétricas e da co-geração será de 4.554 MW.
A Petrobras mantém a política de preços alinhada ao mercado internacional. A previsão de geração própria de caixa de
US$ 86,7 bilhões entre 2007 e 2011 atenderá à quase totalidade
dos investimentos. Estão previstas captações no mercado financeiro e amortizações de dívida em linha com a política de alongamento de prazos e redução da alavancagem financeira. O Retorno
de Capital Empregado (Roce) médio está previsto em 16%.
Conforme os compromissos de responsabilidade social e
ambiental e domínio tecnológico, os investimentos em Segurança, Meio
Ambiente e Saúde (SMS), tecnologia, telecomunicações e Tecnologia
da Informação (TI) entre 2007 e 2011 somam US$ 6,2 bilhões.
A Petrobras segue empenhada em estender às esferas social
e ambiental a qualidade alcançada em seu desempenho empresarial, mantendo o compromisso com a transparência e a responsabilidade no relacionamento com os diversos públicos de interesse.
Reconhecida internacionalmente pela excelência na produção de
petróleo, gás natural e derivados, a Companhia trabalha para elevar ainda mais a sua performance e a sua projeção como empresa
brasileira dedicada, no plano internacional, aos grandes desafios
da produção de energia. +
3.554
3.201
projeção
2015
2.757
meta
2011
2.376
1.920
1.872
2006
Produção de óleo e LGN total
Carga fresca processada total
Crescimento da Produção
(mil boed)
2007-2015
7,9% a.a.
2007-2011
8,7% a.a.
4.556
278
742
3.493
724
2.036
85
161
250
1.540
2.020
2.217
2.298
94
168
265
96
163
274
101
142
277
1.493
1.684
1.778
185
383
551
2.812
2.374
2003
2004
2005
2006
meta 2011
projeção 2015
Óleo + LGN Brasil
Gás natural Brasil
Óleo + LGN internacional
Gás natural internacional
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
17
Francisco de Assis PEREira
Motorista de veículos de carga,
cliente Petrobras, no terminal de
carregamento de Betim
Visão de Futuro: Esperança de viver
uma vida melhor é o que move a gente.
18
|
relatório anual 2006 |
petrobras
“A preservação do meio ambiente
é urgente e depende de todos nós,
de cada um perceber o seu papel.
A Petrobras está fazendo sua parte,
mas, sozinha, ela não vai dar conta.”
Áreas de
Atuação
20
26
Petroquímica 30
Transporte 34
Distribuição 38
Gás Natural 40
Energia 42
Exploração e Produção
Refino e Comercialização
A intensificação da exploração e produção de petróleo levou a Petrobras a bater outros
recordes em 2006. Impulsionada pela entrada em operação de novas plataformas
— com destaque para a P-50 —, a produção manteve o ritmo de crescimento e chegou a quase 2 milhões de barris por dia. O gás natural também cresceu e deverá ter
sua produção ampliada dos atuais 15,8 milhões para 40 milhões de metros cúbicos
por dia, até 2008, segundo o estabelecido pelo Plano de Antecipação da Produção
de Gás (Plangás), que prevê o aumento da produção e oferta de gás natural na
Região Sudeste. Dentro da estratégia de expandir de forma sustentada o consumo
no País, a Petrobras também prepara sua entrada como importadora no mercado
global de Gás Natural Liquefeito (GNL). As metas do Plano de Negócios 2007-2011,
que pretende sustentar a auto-suficiência e manter o ritmo de crescimento acelerado,
levam em conta a entrada em operação, nesse período, de 15 grandes projetos de
produção de óleo e de dez projetos de gás natural.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
19
Áreas de Atuação
Exploração e Produção
Produção mantém
ritmo de crescimento
O aumento da produção nacional de petróleo em
2006 foi mais um passo na estratégia de crescimento
da Petrobras. A Companhia produziu 1 milhão 778
mil barris por dia (bpd) de óleo, líquido de gás natural (LGN) e condensado no Brasil – um aumento de
5,6% em relação ao 1 milhão 684 mil bpd de 2005.
Dos três grandes projetos que contribuíram para elevar a
produção, dois estão na Bacia de Campos: a plataforma P-50, que
opera desde 21 de abril, e o navio-plataforma FPSO P-34, desde 17
de dezembro. Na Bacia do Espírito Santo, o FPSO-Capixaba entrou
em operação em 6 de maio. Com esses projetos, a capacidade de
produção da Petrobras foi acrescida de 340 mil bpd. A P-50, no
campo de Albacora Leste, tem capacidade de produção de 180
mil bpd; o FPSO-Capixaba, no de Golfinho, e a P-34, no campo de
Jubarte, processam 100 mil bpd e 60 mil bpd, respectivamente.
Apesar do aumento da produção em 2006, a média anual
ficou 5,4% abaixo da meta estabelecida para o ano, de 1 milhão
880 mil bpd. A diferença foi causada por atrasos no início das
operações da P-50 e da P-34.
Recordes de produção sinalizaram que a Companhia está próxima da marca dos 2 milhões de barris por dia. Em 23 de outubro, a
Companhia produziu 1 milhão 912 mil 733 bpd – 31 mil acima do
recorde anterior, de 29 de maio. Além do desempenho da P-50 e das
outras plataformas da Bacia de Campos, colaborou para os picos de
produção o Programa de Revitalização de Campos com Alto Grau de
Explotação (Recage), que minimiza o declínio das áreas maduras.
A produção de gás natural (sem LGN) também cresceu em
2006, atingindo 44 milhões de m3/dia, com aumento de 1% em
20
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Plataforma P-50, um marco na
conquista da auto-suficiência
em petróleo, Bacia de Campos, RJ
de bpd: pico da
produção em outubro
relação aos 43,5 milhões de m3/dia do ano anterior. O crescimento
foi mantido graças à continuidade da expansão da oferta do gás
nacional, segundo a estratégia corporativa de garantir, de forma
confiável, o suprimento do produto ao mercado brasileiro.
Na Bacia do Espírito Santo, um grande projeto de produção
de gás entrou em operação em 22 de fevereiro: a plataforma de
Peroá (cerca de 1 milhão de m3/dia). No Rio Grande do Norte, a
UPGN III de Guamaré (1,5 milhão de m3/dia) deu início à produção, após fase de pré-operação iniciada em dezembro de 2005.
produção de óleo e gás natural
(mil boed)(1)
projeção
2.812
2015
meta
2011
2.374
1.684 274 1.958
2005
2004
1.493 265 1.758
2003
1.540 250 1.790
2002
1.500 252 1.752
2000
551 2.925
1.778 277 2.055
2006
2001
724 3.536
1.336 232 1.568
1.270 221 1.491
Óleo, LGN e condensado
Gás natural
(1) Taxa média anual de crescimento do óleo: 6,76%
Taxa média anual de crescimento do gás natural: 3,71%
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
21
| exploração e produção
Áreas de Atuação
1,912
milhão
Áreas de Atuação
| exploração e produção
A Petrobras declarou a viabilidade
comercial de 27 descobertas à
ANP, algumas classificadas como
novos campos de petróleo e gás
natural. As estimativas apontam
para volumes recuperáveis de 2
bilhões e 440 milhões de boe:
53 milhões em terra e o restante em
acumulações marítimas.
Produção de Óleo, LGN e Condensado
distribuição por profundidade d’água
custo unitário de extração sem
participação governamental
(US$/barril)
5%
13%
meta
2011
69%
13%
5,60
6,59
2006
Terra
0 - 300
300 - 1.500
>1.500
Produção total: 1.778 mil bpd
2002
distribuição por profundidade d’água
3%
38%
Terra
0 - 300
300 - 1.500
>1.500
Produção total: 43.975 mil m3/dia
O custo médio de extração sem participação governamental,
em 2006, foi de US$ 6,59 por barril de óleo equivalente (boe) – um
acréscimo de 15% sobre o valor apurado no ano anterior. Esse acréscimo é devido, principalmente, à valorização do real frente ao dólar
americano em 11%; a reajustes nos contratos, em especial de son-
22
|
relatório anual 2006 |
petrobras
3,36
3,00
das, devido ao aquecimento do mercado de petróleo; ao aumento
da força de trabalho, com o acréscimo do efetivo compatível com
o crescimento previsto no Plano de Negócios; e à entrada em produção das plataformas P-50, FPSO-Capixaba e P-34.
39%
20%
4,28
2004
2003
Produção de gás natural
5,73
2005
O Desafio do Crescimento
As metas do novo Plano de Negócios prevêem a entrada em operação,
até 2011, de 15 grandes projetos de produção de óleo e de 10 projetos
de gás natural. Para 2011, a produção média de petróleo e gás natural
da Companhia no País está estimada em 2 milhões 925 mil boed.
Em 2007, entrarão em operação, na Bacia de Campos, as plataformas FPSO-Cidade do Rio de Janeiro (100 mil bpd), no campo de
Espadarte; P-52 e P-54 (180 mil bpd, cada), no campo de Roncador;
SSP 300 (30 mil bpd), no campo de Piranema; e FPSO-Cidade de
Vitória (100 mil bpd) no módulo 2 do campo de Golfinho. Para
| exploração e produção
aumentar a produção de gás natural, entra em operação em 2007,
na Bahia, a plataforma de Manati (6 milhões de m3/dia).
Mais duas plataformas para a Bacia de Campos estão em
construção: P-51 e P-53 (180 mil bpd, cada), com início de operação previsto para 2008 e 2009, respectivamente, nos campos de
Marlim Sul e Marlim Leste. Um FPSO será afretado, também em
2008, destinado à área de Jabuti, em Marlim Leste.
Para 2009, está previsto o início da produção do projeto Parque
das Conchas (100 mil bpd), operado pela Shell. Em 2010, deverá
entrar em operação o campo de Frade (100 mil bpd), em associação
com a Chevron, e em 2011, a P-57 (180 mil bpd), na fase 2 do campo
de Jubarte, e a P-55 (180 mil bpd), no módulo III de Roncador.
A exploração e a produção de gás natural também estão
sendo intensificadas, no contexto do Plano de Antecipação da
Produção de Gás (Plangás), fundamental para garantir o suprimento de gás natural ao mercado das regiões Sul–Sudeste. Até o
fim de 2008, no Sudeste, a oferta subirá dos atuais 15,8 milhões de
m3/dia para 40 milhões de m3/dia. No Plangás estão previstos, na
Bacia do Espírito Santo, a ampliação do projeto de Peroá para 9,4
milhões de m3/dia e o desenvolvimento dos campos de Canapu
e Camarupim, além da ampliação para 20 milhões de m3/dia do
Pólo de Processamento de Gás de Cacimbas. A primeira fase desta
ampliação (5,4 mil de m3/dia) entrará em operação no início de
2007, com a Planta de Processamento de Gás de Peroá. Na Bacia de
Campos, o Plangás prioriza a produção de gás não-associado a partir de diversos reservatórios próximos à infra-estrutura existente
nos campos de Albacora, Roncador e Marlim Sul, além do desenvolvimento inicial de Jabuti. Na Bacia de Santos, a Plataforma de
Merluza será ampliada para 2,5 milhões de m3/dia, com o aumento
de produção de Merluza e o desenvolvimento inicial do campo de
Lagosta. Para 2010, o Plangás prevê o aumento da oferta de gás
para 55 milhões de m3/dia no Sudeste, com a entrada dos projetos
de Mexilhão (2009) e Uruguá e Tambaú (2010), ambos na Bacia
de Santos, além da entrada em operação do primeiro módulo da
Planta de Processamento de Gás de Caraguatatuba, em 2009, e
do segundo módulo em 2010.
Descobertas em terra e mar
A Petrobras declarou a viabilidade comercial de 27 descobertas
à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP) em 2006. Dessas áreas – 18 no mar e 9 em terra –, algumas
foram classificadas como novos campos de petróleo e gás natural
e outras incorporadas a campos vizinhos. O destaque exploratório
foi a descoberta de óleo leve e gás natural no bloco BM-S-11 da
Bacia de Santos, em águas ultraprofundas.
Nas novas áreas com comercialidade declarada, as estimativas apontam volumes de óleo recuperável que somam cerca de 2
bilhões 440 milhões de boe. A totalização, correspondente à participação da Petrobras, depende de avaliações mais aprofundadas.
Do estimado, 2 bilhões 387 milhões de boe estão em acumulações
marítimas e 53 milhões de boe, em terra. Das 27 áreas, 10 estão
na Bacia de Campos; 4, na de Santos; 7, na do Espírito Santo; e 6,
nas bacias do Norte e Nordeste.
Na Bacia de Santos, três áreas operadas pela Petrobras foram
declaradas comerciais e transformadas nos campos de óleo e gás
natural de Tambuatá, Pirapitanga e Carapiá. Outra área foi anexada
ao campo de Mexilhão. As estimativas de volumes somam 560
milhões de boe. A Companhia ainda detém, além das quatro áreas
declaradas comerciais, 40% dos direitos sobre dois campos que
também tiveram sua viabilidade comunicada à ANP.
Além das declarações à ANP, a descoberta de petróleo leve
e gás no bloco BM-S-11, em que a Petrobras tem participação de
65%, abre perspectivas promissoras tanto para as atividades na
Bacia de Santos quanto para as operações em águas ultraprofunwww.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
23
Áreas de Atuação
Unidade de
Tratamento de Gás
de Cacimbas, em
Linhares, ES
| exploração e produção
Áreas de Atuação
Estação de
tratamento e
transferência de
óleo da Fazenda
Alegre, em
Jaguaré, ES
das em outras regiões. Para chegar ao óleo e ao gás, a Companhia
perfurou uma camada de sal com mais de 2 mil metros de espessura abaixo de lâmina d’água de 2 mil metros.
Na Bacia do Espírito Santo, quatro áreas no mar e três em terra
operadas pela Petrobras tiveram a viabilidade comercial declarada.
Na plataforma continental, onde as novas descobertas estão estimadas em 168 milhões de boe, foram definidos os campos de gás
de Carapó e Camarupim e anexadas duas áreas de gás e óleo leve
aos campos de Golfinho e Canapu. As declarações de áreas em terra
resultaram em três novos campos – Saíra, Seriema e Tabuiaiá –, com
volumes estimados em 7,4 milhões de boe, que vão contribuir para
a manutenção dos níveis da produção terrestre.
Na Bacia de Campos, as declarações de comercialidade
abrangem dez áreas. Sete foram classificadas como novos campos:
Maromba, Carataí, Carapicu, Catuá, Caxaréu, Mangangá e Pirambu.
Uma área foi anexada ao campo de Baleia Azul e outras duas, aos
campos de Viola e Marlim Leste. O volume estimado soma 1 bilhão
510 milhões de boe. Outra descoberta importante foi realizada em
Roncador, em reservatórios abaixo da seção produtora.
Cinco declarações de comercialidade foram feitas pela
Petrobras para áreas em terra nas bacias costeiras do Nordeste. Três
originaram campos: Tangará, no Recôncavo Baiano; Pintassilgo e
Jaçanã, na Bacia Potiguar. As outras áreas foram anexadas aos
campos de Baixa do Juazeiro e Canto do Amaro, também na Bacia
Potiguar. Além das declarações, outras três áreas em terra foram
descobertas na Bacia de Sergipe–Alagoas e duas no Recôncavo. Na
Bacia do Solimões, foi declarada a comercialidade do campo de
Araracanga – descoberta de gás natural realizada em 1997.
No ano, foram perfurados e concluídos 331 poços para o
desenvolvimento da produção – 283 em terra e 48 no mar. Para a
exploração, 80 poços foram perfurados – 50 em terra e 30 no mar.
O índice de sucesso exploratório foi de 48,7%, pois 39 dos 80 poços
24
|
relatório anual 2006 |
petrobras
índice de sucesso exploratório
50%
55%
49%
39%
24%
20%
23%
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
que chegaram ao objetivo geológico têm boas perspectivas de se
tornarem descobridores ou produtores de óleo ou gás natural.
Novas Concessões
Na Oitava Rodada de Licitações da ANP, em novembro, a Petrobras
deu seguimento à recomposição e ao alongamento do perfil de
seu portfólio de áreas exploratórias. Das 22 áreas que disputou,
adquiriu 21, que somam 7.841,21 quilômetros quadrados (km2).
As novas concessões integradas ao portfólio exploratório – 13 na
bacia terrestre de Tucano e 8 na Bacia de Santos – serão importantes para a Companhia atingir os níveis de produção de óleo e
gás previstos no Plano de Negócios 2007-2011.
Os bônus oferecidos na oitava rodada pela Petrobras e seus parceiros totalizaram R$ 276.924.361,00, ficando a parcela da Companhia
em R$ 248.227.933,50. Dos 21 blocos adquiridos, a Petrobras tem
direitos exclusivos em 7 e é operadora em 2, em parceria com outras
empresas. Nos outros 12 blocos, a operação cabe a parceiros.
As concessões marítimas adquiridas na Bacia de Santos são
| exploração e produção
174%
consideradas de elevado potencial e abrangem 5.553,03 km2. As
concessões terrestres na Bacia do Tucano são áreas de nova fronteira, com potencial para descobertas de acumulações profundas
de gás natural, e abrangem 2.288,15 km2. Essas concessões deverão
ser agrupadas em blocos pela ANP na assinatura dos contratos.
Com as aquisições e as devoluções feitas ao longo do ano,
o portfólio de concessões exploratórias passou a contar com 144
blocos, que totalizam 149,2 mil km2. Somadas dez áreas de planos
de avaliação de descobertas (3,6 mil km2) em operação, a área
exploratória atual da Petrobras abrange 152,8 mil km2.
Áreas de Atuação
índice de reposição
de reservas
evolução das reservas provadas
(critério spe - bilhões de boe)
Produção em 2006: 0,71 bilhão de boe
0,24
0,98
13,23
2005
Reserva remanescente de 2005
Incorporação de novas descobertas
Reservas provadas
As reservas provadas de óleo, condensado e gás natural da
Petrobras no País atingiram 13 bilhões 753 milhões de boe em
2006, pelo critério ANP/SPE – um aumento de 3,9% em relação
ao ano anterior. O volume incorporado às reservas ao longo de
2006 foi de 1 bilhão 226 milhões de boe, contra uma produção
acumulada de 705 milhões de boe. Essa incorporação resultou
num Índice de Reposição de Reservas (IRR) de 174%. Isso significa que, para cada barril de óleo equivalente produzido no ano,
foi acrescentado 1,74 barril às reservas. O indicador reserva/produção (R/P) foi de 19,5 anos.
Dois fatores foram responsáveis pelo aumento das reservas
provadas – um deles devido às apropriações de volumes descobertos em campos com declarações de comercialidade realizadas
ao longo de 2006. Algumas dessas declarações foram feitas em
áreas próximas a campos em fase de desenvolvimento e, portanto, incorporadas ao ring fence desses campos. O outro fator
que contribuiu para a incorporação de reservas provadas foi o
gerenciamento de reservatórios em campos já descobertos – em
fase de desenvolvimento ou de produção. +
13,75
12,52
2006
Incorporação em campos existentes
reservas provadas de óleo e gás natural
(critério spe - bilhões de boe)
2,08 13,75
11,67
2006
1,87 13,23
11,36
2005
11,05
2004
10,60
2003
1,97
1,99
13,02
12,59
9,56 1,45 11,01
2002
2001
8,32 1,35 9,67
2000
8,29 1,36 9,65
Óleo, LGN e condensado
Gás natural
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
25
Áreas de Atuação
refino e comercialização
Vendas aumentam
no Brasil e exterior
O recorde histórico de refino e o aumento de
3% na comercialização de produtos no mercado
interno também pontuaram os resultados obtidos ao longo do ano. As 11 refinarias da Petrobras
registraram aumento no processamento primário
de óleo e na produção de derivados, em comparação a 2005. O bom desempenho da produção nacional de petróleo, a estrutura logística e a abertura de novos mercados permitiram à Companhia
bater recordes também nas vendas externas, consolidando-se como a maior exportadora do País.
Refino
A Petrobras atingiu recordes históricos de refino e produção de
derivados no Brasil. Nas 11 refinarias, foi processado (processamento primário) 1 milhão 746 mil bpd de óleo e produzido
1 milhão 764 mil bpd de derivados – um aumento de 1% e 2%,
respectivamente, em relação ao ano anterior. A participação de
80% do óleo nacional na carga processada em 2006 reflete a confiabilidade operacional das unidades, que utilizaram, em média,
89% da capacidade de refino.
A Companhia deu continuidade aos investimentos para
adaptação das refinarias ao processamento do petróleo pesado
produzido no País. Novas unidades de craqueamento catalítico
e coqueamento retardado entraram em atividade na Refinaria
Alberto Pasqualini (Refap); e uma de coqueamento começará a
operar na Refinaria Duque de Caxias (Reduc) em 2007. Com as
custo unitário de refino
mercado de derivados
(US$/barril)
(mil bpd)
meta
2011
1.821
2,90
1.755
1.749
1.700
2,29
2006
2005
1,90
1.641
1.609
1.696
1.639
1.637
1.766
1.735
1.764
1.697
1.644
1.510
1,38
2004
2003
1,14
2002
26
relatório anual 2006 |
2003
2004
Demanda de derivados
Produção de derivados
0,94
|
2002
Volume de vendas de derivados
petrobras
2005
2006
de bpd de derivados
unidades de coque, a Petrobras otimiza o rendimento em diesel
do petróleo brasileiro.
Como parte da estratégia de melhoria da qualidade dos combustíveis, a Companhia deu seguimento à implantação de unidades de hidrotratamento (HDTs) em nove refinarias. O tratamento
com hidrogênio, que reduz o teor de enxofre dos derivados, atende
às especificações ambientais mais rigorosas vigentes a partir de
2009. Ao mesmo tempo, abre novos mercados de exportação,
como EUA e países da Europa.
O lançamento do Diesel Podium e o desenvolvimento do
H-Bio foram marcos de qualidade e proteção ambiental em 2006.
Como a gasolina Podium, o novo diesel oferece melhor desempenho, menos desgaste do motor e menor teor de enxofre. O H-Bio,
processo pioneiro da Petrobras, associa óleo vegetal às frações do
petróleo para a fabricação de diesel.
A Companhia também ampliou a oferta do diesel S500 a
oito regiões metropolitanas – Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza,
Belém, Vitória, Aracaju e Porto Alegre. O produto, lançado em 2005,
tem teor de enxofre quatro vezes menor do que o diesel comum.
Em linha com o crescimento da produção nacional de petróleo, a Petrobras tem em curso dois grandes projetos: a Refinaria
Abreu Lima, em Pernambuco, para 200 mil bpd, empreendimento
de US$ 4,0 bilhões em estudo com a Petróleos de Venezuela
(PDVSA); e a Refinaria Premium, em local a ser definido, para
500 mil bpd, que será a maior do País. Com entrada em operação
prevista para 2011 e 2014, as novas refinarias vão fazer frente ao
crescimento da demanda interna, reduzir a importação de diesel
e assegurar a exportação de derivados, valorizando os excedentes
de petróleo brasileiro. +
Refinaria Isaac
Sabbá (Reman),
Manaus, AM
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
27
| refino e comercialização
1,697
milhão
Áreas de Atuação
no mercado
brasileiro, vendas de
Áreas de Atuação
| refino e comercialização
Unidade de
remoção de enxofre
da refinaria Getúlio
Vargas (Repar),
Araucária, PR
Comercialização
A Petrobras comercializou, em média, 1 milhão 697 mil bpd de
derivados no mercado brasileiro – um aumento de 3% em relação
a 2005. Os principais produtos em volume de vendas foram gasolina, nafta petroquímica, óleo combustível, diesel, gás liquefeito
de petróleo e querosene de aviação.
A gasolina registrou o maior crescimento de vendas, 7%. A
principal causa foi a redução do percentual de álcool anidro misturado na gasolina vendida nos postos, que passou de 25% para
20% em março e subiu para 23% em novembro. Outro fator foi a
expansão da frota de veículos que utilizam gasolina, incluindo os
usuários de veículos flex fuel que optaram por utilizar este combustível. A inibir o consumo, atuaram o aumento de 5,1% no preço
real ao consumidor e o uso crescente de GNV.
Na comercialização de nafta petroquímica, a expansão foi de
5%. Diante do aumento da demanda das centrais petroquímicas,
a Petrobras elevou a produção e substituiu parte das importações,
garantindo a ampliação dos negócios.
No segmento de óleos combustíveis, após alguns anos de
retração, as vendas subiram 1%, beneficiadas pelo ganho de
mercado em relação à concorrência e pelo atendimento de novos
consumidores. Entre os setores que aqueceram a demanda, estão
a indústria de transformação do Pará e as novas termelétricas
do Amazonas.
As vendas de diesel aumentaram 1%, ficando abaixo do
crescimento do PIB. A principal causa do resultado foi o baixo
desempenho do agronegócio, ainda sob o impacto da crise de
2005/2006 e da valorização do real frente a outras moedas.
O GLP teve acréscimo de 1,5% na comercialização, respondendo ao crescimento demográfico e à melhoria do poder aquisitivo da população, decorrente do aumento do salário mínimo
28
|
relatório anual 2006 |
petrobras
e da abrangência de mecanismos governamentais de garantia de
renda. As vendas de querosene de aviação mantiveram-se estáveis
em relação a 2005.
O aumento da produção nacional de petróleo, a otimização
exportação e importação de petróleo
(mil BPD)
450
326
319
352
370
335
233
2002
233
2003
181
263
2004
2005
2006
Importação
Exportação
exportação e importação de derivados
(mil Bpd)
228
216
206
260
118
109
105
2002
Importação
Exportação
246
213
2003
94
2004
2005
2006
(volume)
| refino e comercialização
Exportação de derivados por produto
(volume)
6%
17%
66%
12%
23%
17%
16%
Querosene
de aviação
Gasolina
Nafta
Diesel
43%
Óleo combustível
e bunker
Outros
GLP
Outros
origem das importações de derivados
destino das exportações de derivados
(volume)
(volume)
21%
22%
Argentina
Aruba
2%
3%
4%
Bélgica
Emirados
Árabes
6%
EUA
8%
22%
12%
Índia
3%
4%
5%
Antilhas
Holandesas
11%
21%
Argentina
Bahamas
Chipre
Cingapura
7%
18%
8%
Itália
11%
Nigéria
EUA
12%
Nigéria
Venezuela
Uruguai
Outros
Outros
origem das importações de petróleo
destino das exportações de petróleo
(volume)
(volume)
6%
4% 4%
43%
10%
11%
Angola
Arábia
Saudita
Argélia
Congo
22%
Iraque
4%
4%
4%
11%
Aruba
31%
Bahamas
Chile
China
Coréia
do Sul
8%
10%
12%
16%
EUA
França
Nigéria
Portugal
Outros
Outros
da estrutura logística e a abertura de novas oportunidades comerciais permitiram à Companhia bater recordes também nas vendas
externas, consolidando-se como a maior exportadora do País. A
exportação de petróleo atingiu o recorde de 484 mil bpd no mês de
novembro, fechando o ano com média de 335 mil bpd, um acrés-
cimo de 27% em relação ao ano anterior. Quanto aos derivados,
houve redução de 5,4% em comparação a 2005, com exportação
de 246 mil bpd. As importações foram de 370 mil bpd de óleo e
118 mil bpd de derivados. O superávit da balança comercial da
Petrobras em 2006 foi de US$ 421 milhões. +
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
29
Áreas de Atuação
importação de derivados por produto
Áreas de Atuação
petroquímica
Produtos estratégicos
para os negócios
da Companhia
Por diversificar o portfólio de produtos e
agregar valor ao petróleo e ao gás natural, em
sinergia com outras operações da Petrobras, a
petroquímica tem importância estratégica para
a Companhia. A atuação no setor, sob a responsabilidade da subsidiária Petrobras Química S.A.
(Petroquisa), vem sendo expandida seletivamente,
para a produção de insumos básicos e resinas termoplásticas, em associação com parceiros.
A Petroquisa, que teve a totalidade de suas ações incorporada pela Petrobras em 2006, detém participação em todas as centrais petroquímicas do País, em indústrias de segunda geração e
em outras, cujos produtos são estratégicos para a Petrobras, como
o coque calcinado de petróleo e catalisador para craqueamento de
petróleo. No ano, seu lucro líquido foi de R$ 133,5 milhões.
O destaque entre as unidades a serem construídas é o
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em parceria com o grupo Ultra e o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES). Os estudos técnico-econômicos
para instalação do projeto, nos municípios de Itaboraí e São
Gonçalo, foram concluídos em março, com investimento previsto de US$ 8,3 bilhões.
O complexo vai processar até 150 mil bpd de petróleo
pesado, para a produção de matérias-primas da petroquímica e
derivados. Serão produzidas anualmente 1,3 milhão de toneladas
de eteno, 880 mil toneladas de propeno, 600 mil toneladas de
30
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Pólo Petroquímico
de Campos Elíseos,
Duque de Caxias, RJ
de reais de lucro
líquido em 2006
benzeno e 700 mil toneladas de para-xileno e outros derivados de
petróleo, principalmente coque. Além da unidade petroquímica
básica (UPB), da central de utilidades e das unidades de segunda
geração, o Comperj terá um centro de capacitação de empresas e
trabalhadores e uma central de escoamento de produtos líquidos
para terminais de carregamento na Baía de Guanabara. A entrada
em operação está prevista para o início de 2012.
As unidades de segunda geração utilizarão como matéria-prima
os petroquímicos básicos produzidos na UPB e fabricarão por ano
880 mil toneladas de polietilenos, 850 mil toneladas de polipropileno, 500 mil toneladas de estireno, 600 mil toneladas de etilenoglicol
e 600 mil toneladas de ácido tereftálico purificado (PTA).
Outro importante empreendimento é a Petroquímica
Paulínia S.A., associação entre a Petroquisa, com participação
acionária de 40%, e a Braskem. A unidade industrial, no município
de Paulínia (SP), vizinha à Refinaria de Paulínia (Replan), vai produzir 300 mil toneladas por ano de polipropileno, usando o propeno fornecido por aquela refinaria e pela Refinaria Henrique Lage
(Revap). Com licença ambiental desde o fim de 2006, a instalação
da planta de produção está em andamento. A unidade, orçada em
US$ 328 milhões, deverá entrar em operação em 2008.
A Petrobras deu continuidade à avaliação técnico-econômica e ambiental do complexo acrílico integrado de Minas Gerais
— empreendimento de US$ 540 milhões para a produção de 160
mil toneladas anuais de ácido acrílico cru e alguns de seus derivados. O complexo, pioneiro na América Latina, tem início de
operações previsto para 2011.
A Petroquisa deu seguimento ao projeto de instalação de uma
unidade de ácido tereftálico purificado (PTA) em Pernambuco,
com a criação da Companhia Petroquímica de Pernambuco —
PetroquímicaSuape. A unidade industrial, com investimento de
US$ 514 milhões, terá capacidade produtiva de 640 mil toneladas
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
31
| petroquímica
Áreas de Atuação
133,5
milhões
| petroquímica
Áreas de Atuação
por ano, com início da operação previsto para 2009. A matériaprima será o para-xileno, inicialmente importado e futuramente
fornecido pelo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.
Na cadeia produtiva que será criada pelas atividades
da PetroquímicaSuape, parte do PTA será a matéria-prima da
Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe), empresa
constituída em 2006, com participação de 40% da Petroquisa,
com vistas à instalação de uma planta industrial de fios de poliéster (POY). A unidade, orçada em US$ 273 milhões, produzirá
215 mil toneladas anuais do produto, com entrada em operação
programada para 2009. +
O Complexo Petroquímico do Rio de
Janeiro é um dos mais importantes
projetos da Petrobras na área
petroquímica. Com investimentos de
US$ 8,3 bilhões, o complexo produzirá
matérias-primas da petroquímica e
derivados a partir do petróleo pesado.
Participações Societárias da PeTROquisa
Capital
Votante (%)
9,8
Capital
Total (%)
8,3
Empresa
Produto
Braskem S.A.
Petroquímicos básicos, intermediários e finais
Copesul - Companhia Petroquímica do Sul
Petroquímicos básicos
15,6
15,6
Petroquímica União S.A.
Petroquímicos básicos
17,5
17,4
Riopol - Rio Polímeros S.A.
Polietilenos, eteno e propeno
16,7
16,7
Metanor S.A. Metanol do Nordeste
Metanol e derivados
49,5
34,3
Deten Química S.A.
Linear alquilbenzeno e linear alquibenzeno sulfonado
28,6
27,7
Fábrica Carioca de Catalisadores S.A.
Catalisadores
50,0
50,0
Petrocoque S.A. Indústria e Comércio
Coque calcinado de petróleo
40,0
40,0
Petroquímica Triunfo S.A.
Polietileno de baixa densidade, copolímero de
eteno e acetato de vinila (EVA)
70,5
85,0
Petroquímica Paulínia S.A.
Polipropileno
40,0
40,0
Companhia Petroquímica de Pernambuco Petroquímica Suape
PTA - Ácido tereftálico purificado
50,0
50,0
Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco - Citepe
POY - Filamentos de poliéster
40,0
40,0
Nitroclor Produtos Químicos Ltda.
Em processo de encerramento das atividades
38,8
38,8
32
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Áreas de Atuação
| petroquímica
Produção de
uréia na Fábrica
de Fertilizantes
Nitrogenados
(Fafen),
Laranjeiras, SE
Investimentos
nas plantas
de fertilizantes
expandem
produção
A Petrobras deu continuidade à modernização das plantas
de produção de fertilizantes e ao desenvolvimento de
novos projetos para aumentar a produção de nitrogenados,
mantendo a estratégia de expandir a atuação no segmento.
Em 2006, as vendas de amônia e uréia geraram receita
bruta de US$ 350 milhões para a Companhia —
um acréscimo de 6% em relação ao ano anterior.
As fábricas de fertilizantes, situadas na Bahia e em
Sergipe, receberam investimentos de R$ 92 milhões em
projetos de melhoria da confiabilidade operacional, logística, qualidade de produtos e Segurança, Meio Ambiente
e Saúde (SMS). Em Sergipe, a conclusão do novo armazém
de uréia, com capacidade para 30 mil toneladas, dobrou a
capacidade de armazenamento da unidade, dando maior
flexibilidade às operações logísticas.
As duas fábricas comercializaram 213 mil toneladas
de amônia no mercado interno, no quinto ano consecutivo
de crescimento das vendas. No segmento de uréia usada
como fertilizante, a Petrobras manteve a liderança no
mercado nacional, com vendas de 710 mil toneladas em
2006. Como resultado dos investimentos em confiabilidade, a fábrica da Bahia teve a maior produção dos últimos
sete anos: 285 mil toneladas.
A Companhia vai ativar na fábrica de Sergipe, em 2007,
uma nova unidade de granulação de uréia, que produzirá
600 toneladas por dia. Com o objetivo de substituir importações de fertilizantes nitrogenados, a Petrobras deu andamento ao projeto conceitual de uma nova planta industrial
— a UFN-3 —, que usará o gás natural como matéria-prima.
O investimento estimado é de US$ 822 milhões, e a unidade
deverá produzir 1 milhão de toneladas de uréia e 760 mil
toneladas de amônia por ano, a partir de 2012.
Outro projeto em estudo é o de uma planta industrial
de ácido nítrico na fábrica da Bahia, para produção de 120
mil toneladas anuais, destinadas ao Pólo Petroquímico de
Camaçari, com início previsto para 2009.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
33
Áreas de Atuação
transporte
Logística gera
vantagens
competitivas
No transporte e armazenamento de petróleo,
derivados, álcool e gás natural, a Petrobras
atua por meio da subsidiária integral Petrobras
Transporte S.A. (Transpetro), que opera 53 navios,
44 terminais e 9.958 quilômetros de dutos. A
empresa desempenha papel estratégico, pois dispõe de soluções integradas de logística e de flexibilidade operacional que proporcionam vantagens competitivas à Companhia.
Frota de 46 petroleiros
Maior armador da América do Sul, com 2,6 milhões de toneladas
Terminal aquaviário
de Ilha d’Água –
Baía de Guanabara, RJ
34
|
relatório anual 2006 |
petrobras
de porte bruto (tpb), a Transpetro possui frota de 46 petroleiros e
afreta os demais de terceiros, a casco nu. Em 2006, nessa modalidade, foram contratados o Navion Stavanger (Suezmax) e mais duas
embarcações, que serão recebidas em 2007. Uma unidade flutuante
de transferência e estocagem (FSO) e um navio de apoio e manuseio
de âncoras, do tipo AHTS, também fazem parte da frota.
As atividades da Transpetro possuem elevada confiabilidade, unindo qualidade, preços competitivos e excelência em
Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). As embarcações são
inspecionadas periodicamente pelo Programa Navio 1000, que
avalia a gestão, as condições operacionais e a segurança da frota,
de acordo com normas internacionais.
Como parte da estratégia de ampliar a prestação de serviços à Petrobras, em linha com o aumento da produção nacio-
em operação nos terminais
nal de petróleo, a Transpetro deu continuidade ao Programa de
ção das existentes, a construção de 500 quilômetros de dutos e
Modernização e Expansão da Frota em 2006. Na primeira fase,
vencida a etapa de licitação, 26 navios estão encomendados a
estaleiros com atividades no País. Na segunda fase do programa,
serão construídos mais 16 petroleiros.
Os primeiros 26 navios, em 5 lotes de licitações, somam
investimento de US$ 2,5 bilhões. São 10 navios do tipo Suezmax;
5 Aframax; 4 Panamax; 4 de derivados e 3 gaseiros. Nas negociações com os estaleiros, a empresa conseguiu reduzir em 14% o
valor inicial e obteve preço médio semelhante ao que teria pago
no exterior. A construção no Brasil contribui para a retomada da
indústria naval de grande porte, desenvolvendo um novo pólo de
fornecedores para a Petrobras.
a desativação de 110 quilômetros de faixas e de 280 quilômetros
de dutos na Grande São Paulo. O terminal de Guararema será
ampliado, e um novo será erguido em Mauá. Nas obras, serão
abertos 28 mil postos de trabalho diretos e indiretos.
A empresa finaliza estudos para a implantação do Corredor
de Exportação de Etanol, que elevará o potencial de movimentação de álcool do atual 1,2 milhão de m3/ano para 4 milhões de
m3/ano em 2010. Os três primeiros projetos – parte do plano de
investimento de US$ 600 milhões em seis anos – vão ligar por
dutos a Replan a Guararema e ao Triângulo Mineiro, passando
por Ribeirão Preto, e estabelecer a integração com a Hidrovia
Tietê–Paraná, ligando o Centro-Oeste a São Paulo.
O Programa Transpetro Etanol vem despertando em outros
países o interesse pela experiência brasileira com o transporte de
álcool, abrindo oportunidades para o desenvolvimento de parcerias na América Latina, Estados Unidos, Europa, África e Ásia. Em
2006, mais de 80 mil m3 foram exportados para a Venezuela, em
cumprimento a acordo bilateral.
Outra iniciativa é o Programa de Tratamento de Água de
Formação, que oferece resposta logística ao aumento da quantidade de água produzida pelos campos da Petrobras, em conseqüên­
cia do incremento da produção associado ao amadurecimento dos
reservatórios e aos métodos de recuperação de petróleo. Na área de
tancagem, a fim de eliminar gargalos logísticos, a Transpetro está
elevando em 500 mil m3 a sua capacidade de armazenamento. +
Terminais e oleodutos
Como operadora da maioria dos oleodutos, terminais terrestres e
aquaviários da Petrobras, a Transpetro movimentou 654 milhões
de m3 de petróleo, derivados e álcool em 2006. Nos terminais
aquaviários, a média mensal foi de 350 navios em operação.
A rede operada pela Transpetro é composta por 7 mil quilômetros de oleodutos e polidutos. Os 44 terminais têm capacidade
para armazenar 65 milhões de barris (10,3 milhões de m3).
Para modernizar e ampliar a rede, ajustando-a às necessidades futuras da Petrobras e do País, a empresa está empreendendo
várias iniciativas. Uma delas é o Plano Diretor de Dutos em São
Paulo, que abrange 27 municípios e prevê novo desenho para a
malha, afastando-a das regiões de alta densidade populacional,
com aumento da segurança das operações. A nova infra-estrutura
logística estará integrada à expansão da petroquímica, da geração
termelétrica, da capacidade de refino e da oferta de gás natural.
Com investimentos previstos em mais de R$ 2 bilhões, o
plano inclui a implantação de novas faixas de dutos e a amplia-
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
35
| transporte
Áreas de Atuação
350
navios
Média mensal de
| transporte
Áreas de Atuação
Gás Natural: mais
gasodutos em 2007
No segmento de gás natural, a Transpetro movimentou
a média diária de 34 milhões de m3 em 2006. Além de
ampliar o sistema, com a incorporação de dois novos pontos de entrega e um novo gasoduto (Dow–Camaçari), a
empresa transferiu a operação das malhas Espírito Santo
e Bahia para o Centro Nacional de Controle Operacional
(CNCO), que passou a controlar todos os gasodutos de
forma remota.
A empresa se prepara para incorporar ao sistema,
em 2007, 1,8 mil quilômetros de gasodutos, em fase de
construção. Mais 1,6 mil quilômetros, em projeto, deverão
entrar em operação entre 2008 e 2011, quando a movimentação de gás natural da Transpetro chegará à marca dos
100 milhões de m3 por dia, incluído o gás natural liquefeito
(GNL) importado.
O Terminal de Cabiúnas (RJ), o maior pólo de processamento de gás natural do Brasil, também terá sua capacidade expandida em 2007, passando dos atuais 14,9 milhões
de m3/dia para 17 milhões de m3. Dois novos projetos em
andamento no pólo vão elevar a capacidade de processamento para 22,4 milhões de m3 diários.
36
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Terminal Almirante
Maximiano Fonseca,
Angra dos Reis, RJ
A Petrobras no território nacional
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
37
Áreas de Atuação
distribuição
Maior rede de
postos do País
Posto Petrobras,
Rio de Janeiro, RJ
38
|
relatório anual 2006 |
petrobras
A Companhia atua na distribuição de combustíveis
por meio da subsidiária Petrobras Distribuidora,
líder de mercado, com a maior rede de postos de
serviços do País. Dos 5.870 postos Petrobras localizados em todas as regiões do território brasileiro,
638 pertencem à empresa e 5.232 são de revendedores
que operam com a marca Petrobras.
A receita da Petrobras Distribuidora com produtos e serviços foi de R$ 47,1 bilhões em 2006 — um aumento de 8,0% em
relação ao ano anterior —, decorrente da expansão das vendas,
que bateram recorde histórico em outubro. A participação no
mercado de distribuição alcançou 33,6% — ficando 0,2 pontos
percentuais abaixo do registrado em 2005, devido à forte concorrência em 2006. No segundo semestre, a Petrobras Distribuidora
conseguiu recuperar mercado e apresentou no mês de dezembro
uma participação global de 34,9%.
A Petrobras Distribuidora detém a liderança também na
venda de gás natural veicular (GNV). Sua participação no mercado
foi de 23,7% em 2006, com oferta do produto em 355 postos. No
mercado de gás liquefeito de petróleo (GLP), atuando por meio
da Liquigás Distribuidora, a Petrobras tem participação de 21,7%
— uma queda de 0,1% em relação a 2005.
A ampliação da oferta do biodiesel foi um dos diferenciais
da rede em 2006. Em linha com a estratégia de manter-se como
bandeira preferida dos consumidores, agregando valor ao Sistema
Petrobras, a distribuidora levou o produto a 3.740 postos em todo
o País. Até junho de 2007, o biodiesel deverá ser oferecido em
toda a rede.
A chegada do biodiesel às bombas reforçou a associação
da Petrobras Distribuidora a valores como inovação, qualidade
e responsabilidade socioambiental. Em 2006, foram lançados
também o Diesel Podium, com baixo teor de enxofre; a linha
Evolua, de produtos para limpeza e conservação; e novos lubrificantes. A distribuidora investiu na ampliação e modernização
dos postos, adequando-os aos requisitos de segurança e proteção do meio ambiente.
Para aumentar a satisfação dos consumidores, a Petrobras
Distribuidora expandiu projetos como o Cartão Petrobras, realizou
promoções e qualificou frentistas, com o programa Capacidade
Máxima. No relacionamento com revendedores e consumidores
finais, a empresa promoveu visitas regulares de assessores comerciais e encontros periódicos para apresentação de estratégias e
planos, além de manter em circulação o Jornal do Revendedor.
No mercado de consumidores diretos, a participação global da Petrobras Distribuidora é de 45,5%, com destaque para a
presença nos ramos de produtos de aviação (53,5%), de asfalto
(29,4%) e de transporte rodoviário retalhista (40,4%). A empresa
desenvolveu, em 2006, novos serviços para a fidelização de clientes do ramo de transportes.
A Petrobras Distribuidora vem investindo, desde 2005, em
adaptação das instalações da rede de distribuição – a maior do
Brasil – para as operações com o biodiesel. As 56 bases e terminais
estrategicamente localizados asseguram ampla capilaridade para
a colocação dos produtos Petrobras. A rede também permite integrar soluções de transporte e estocagem com qualidade de serviços, proporcionando vantagens em relação à concorrência. +
Rede de Postos Ativos
Unidades
Total
5.870
Urbanos
4.560
Rodoviários
1.282
Marítimos
28
Postos próprios
638
Postos de terceiros
5.232
Lojas de conveniência
740
Postos com GNV
355
mercado de distribuição de combustível
30%
20%
10%
0
Petrobras Ipiranga
Distribuidora
2002
2005
2003
2006
Shell
Esso
Texaco
Outras
2004
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
39
| distribuição
bilhões de dólares:
receita da Petrobras
Distribuidora com
produtos e serviços
Áreas de Atuação
47,1
Áreas de Atuação
gás natural
Alta do consumo
reflete qualidade
do produto
O mercado de gás natural continuou em expansão, com a comercialização média de 38,7 milhões
de m3/dia às distribuidoras em 2006 – 7% a mais que
no ano anterior. O aumento do consumo é movido
por fatores como a ampliação da infra-estrutura
logística, a incorporação de novos consumidores
de grande porte ao mercado e a forte expansão da
frota a gás natural veicular (GNV). Esse aumento
reflete o reconhecimento crescente das qualidades tecnológicas, operacionais, ambientais e econômicas do produto por parte dos consumidores.
Para o atendimento da demanda, em reforço à produção
nacional, a Petrobras importou, em média, 24,7 milhões de m3/dia
do produto – um acréscimo de 9% sobre o volume de 2005.
Seguindo sua estratégia de desenvolver e consolidar o
mercado, a Petrobras deu partida no Plano de Antecipação da
Produção de Gás (Plangás). A oferta de gás nacional no Sudeste
será elevada em duas etapas – na primeira, até 2008, dos atuais
15,8 milhões de m3/dia para 40 milhões de m3/dia; na segunda,
até 2010, o volume chegará a 55 milhões de m3/dia.
Para garantir a expansão do consumo no País de forma sustentada, a Petrobras prepara-se para entrar como importadora no
mercado global de gás natural liquefeito (GNL). A Companhia
instalará dois terminais flutuantes de regaseificação, no Ceará e
no Rio de Janeiro, com capacidade de 7 e 14 milhões de m3/dia,
respectivamente.
40
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Ônibus movido
a gás natural,
São Caetano
do Sul, SP
de metros cúbicos por dia
Transporte
A implantação da Rede Básica de Transporte de Gás Natural
(RBTGN) teve continuidade em 2006. A estruturação de um
sistema flexível, seguro e competitivo de abastecimento – um
conjunto de gasodutos interligados de Fortaleza a Porto Alegre
e de São Paulo à Bolívia – está alinhada ao desenvolvimento da
produção da Bacia de Campos e da exploração de blocos offshore
da Companhia, criando condições para o escoamento imediato
de novas descobertas.
Um dos principais projetos em andamento para o estabelecimento da RBTGN é o Gasoduto de Interligação Nordeste
Sudeste (Gasene) – formado pelos trechos Cabiúnas–Vitória
(Gascav), Cacimbas–Vitória e Cacimbas–Catu (Gascac).
Em 2006, a Petrobras fechou com o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) duas operações
de financiamento, no total de R$ 1,36 bilhão, para a sociedade de
propósito específico Transportadora Gasene S.A., responsável
pelo projeto.
O trecho em território capixaba (Cacimbas–Vitória), com
131 quilômetros, vai entrar em operação no início de 2007. No trecho que liga o Rio de Janeiro ao Espírito Santo (Cabiúnas–Vitória),
as obras foram iniciadas em junho, com término previsto para
outubro de 2007. O trecho Cacimbas–Catu, entre o Espírito Santo
e a Bahia, está na fase de licitação e deve ser concluído no segundo
semestre de 2009.
Na Região Norte, a construção do Gasoduto Urucu–Manaus
iniciada em junho, com 670 quilômetros, tem conclusão prevista
para o primeiro trimestre de 2008. No Nordeste, entraram em operação os gasodutos Atalaia–Itaporanga, em Sergipe, e Dow–Aratu–
Camaçari, na Bahia. Mais três – Carmópolis–Pilar, entre Sergipe e
Alagoas, Itaporanga–Carmópolis (SE) e Catu–Itaporanga, ligando
a Bahia a Sergipe – deverão iniciar as operações em 2008. +
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
41
| gás natural
38,7
milhões
Áreas de Atuação
comercialização
média de
Áreas de Atuação
energia
Geração térmica
amplia integração
A Petrobras ampliou a participação no segmento
de termeletricidade, guiada pela estratégia de
consolidar-se como empresa integrada de energia. A Companhia está presente em toda a cadeia
produtiva da geração térmica, além de participar
na comercialização.
No leilão de energia nova realizado pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) em outubro, a Petrobras vendeu 205 MW
disponibilizados por suas usinas. O resultado do leilão significou
para a Companhia uma receita fixa de R$ 103 milhões/ano, pelo
prazo de 15 anos, a partir de 2011.
Em 2006, a Petrobras completou a aquisição das usinas merchant, com a compra da UTE Mário Lago (ex-Macaé Merchant).
A incorporação, que se soma à compra da MPX Termoceará e da
Eletrobolt, encerra controvérsias judiciais em torno dos contratos
de consórcio firmados em 2001 e 2002. A Companhia era obrigada a fazer pagamentos contingenciais referentes a impostos,
taxas, tarifas, custos de operação, manutenção e investimento nas
situações em que as usinas não obtivessem receitas suficientes.
As aquisições reduziram despesas e garantiram o recebimento
integral das receitas da geração de energia, em consonância com
as diretrizes da Petrobras para o setor elétrico.
A Petrobras adquiriu também a UTE Bahia I (31 MW),
termelétrica­ a óleo combustível, para servir como reserva de
geração. Com o mesmo objetivo, firmou contrato de locação e
prestação de serviço com a UEG Araucária (428 MW), que também permite uma alocação eficiente do gás natural, devido a seu
ciclo combinado.
42
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Duas usinas termelétricas estão sendo construídas –
Termoaçu (RN) e Cubatão (SP) –, com projetos de co-geração em
sinergia com as atividades da Petrobras nessas regiões. Também
estão em andamento os projetos de fechamento de ciclo e conversão de termelétricas a bicombustível (gás natural e diesel),
para garantir maior eficiência e confiabilidade do suprimento de
combustível para as usinas. +
855
milhões
de litros por ano:
meta de produção
de biodiesel
| energia
Energias renováveis:
em busca da liderança
Conquistar a liderança na produção nacional de biodiesel e
expandir os negócios com o etanol tornaram-se prioridade para
a Petrobras. Em linha com essa estratégia, a Companhia desenvolveu várias ações na área de energias renováveis com vistas às
metas arrojadas do Plano de Negócios 2007-2011 – período em
que serão investidos US$ 700 milhões em fontes renováveis.
A geração de eletricidade através de usinas eólicas e PCH
(pequenas centrais hidrelétricas) complementa o posicionamento da Petrobras em energias renováveis. Pelas metas definidas em 2006, a Companhia chegará a 2011 com produção de
855 milhões de litros de biodiesel, exportação de 3,5 bilhões
de litros de etanol e geração de 240 MW de energia elétrica
por fonte renovável.
Biodiesel. Para assumir a liderança nacional em biodiesel,
fortalecendo-se como empresa integrada de energia, a Petrobras
lançou-se à atividade de produção em 2006, dando início à construção de três usinas. As unidades, que somam investimentos de
R$ 227 milhões, em Candeias (BA), Montes Claros (MG) e Quixadá
(CE), terão capacidade para produzir cerca de 57 milhões de litros
de biodiesel por ano e serão inauguradas até o fim de 2007.
Os empreendimentos vão ao encontro do Programa Nacional
de Produção e Uso do Biodiesel. A partir de janeiro de 2008, será
compulsória a adição do produto ao diesel de petróleo, na proporção de 2%. Para a aquisição de insumos – soja, algodão, mamona
e dendê, além de gordura animal –, a Companhia firma parcerias
com entidades de pequenos agricultores, valendo-se dos benefícios fiscais do Selo Combustível Social, concedido a indústrias de
biodiesel que geram trabalho e renda na agricultura familiar.
A meta da Petrobras é produzir 855 milhões de litros de
biodiesel por ano até 2011. Para alcançar essa produção a
Companhia analisa cerca de 15 outros projetos em várias regiões
do País, em parceria com diferentes investidores, desde grandes
grupos econômicos até cooperativas de trabalhadores rurais.
O biodiesel diminui as emissões de gases de efeito estufa,
enxofre e material particulado, melhorando o desempenho dos
motores. Além das vantagens ambientais e sociais, em sintonia
com o uso crescente de fontes sustentáveis de energia, o produto
vai apressar o fim das importações de diesel.
Etanol. Nos negócios com o etanol, a estratégia foi atuar na
exportação visando à abertura de novos mercados e ao estabelecimento de relações de longo prazo com os clientes, em sinergia
crescente com a área Internacional da Petrobras. Em 2006, o lucro
com as vendas externas de etanol superou US$ 14 milhões. O
volume comercializado, acima de 80 milhões de litros, consolidou
o corredor logístico de exportação de etanol da região Centro-Sul
pelo Terminal Marítimo da Ilha d’Água, via Refinaria de Paulínia.
A preocupação com o desequilíbrio entre a oferta e a
demanda crescente pelo produto no mercado, nos primeiros meses do ano, levou a Companhia, a partir de uma visão
responsável e comprometida com o abastecimento nacional, a
optar por exportar o etanol apenas no segundo semestre, após
a estabilização do suprimento da demanda interna, o que fez
com que o volume efetivamente exportado fosse inferior ao
inicialmente previsto para o ano.
Para estimular a consolidação do mercado internacional
de etanol, a Petrobras ingressou na diretoria da recém-criada
International Ethanol Trading Association (Ietha) e criou a
joint-venture Brazil-Japan Ethanol (BJE), sediada em Tóquio,
voltada ao desenvolvimento do mercado japonês do produto.
A Companhia também firmou entendimentos com o Central
Energy Fund (CEF), da África do Sul, e com a Mitsui, do Japão,
para a exportação de etanol.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
43
Áreas de Atuação
Agricultora em plantação
de pinhão-manso do
projeto Molhar a Terra
– Ceará Mirim, RN
Agustina Huljich
Área de Qualidade, Segurança,
Meio Ambiente e Saúde, Petroquímica
Puerto General San Martin, Argentina
Visão de futuro: Espero
continuar aprendendo para aplicar
cada vez mais meus conhecimentos
como engenheira ambiental.
44
|
relatório anual 2006 |
petrobras
“A Petrobras se preocupa bastante com
saúde, com segurança e com o meio
ambiente, orientando suas ações nesse
sentido. É uma empresa que ajuda a
melhorar a qualidade de vida tanto de
seus funcionários quanto da população.”
Expansão
Internacional
50
53
África 54
Ásia 55
América do Sul
América do Norte
Presente em 19 países, a Petrobras se consolida como empresa integrada de energia
com atuação internacional e liderança na América Latina. A Companhia participa de
toda a cadeia de operações da indústria de petróleo, gás natural e energia elétrica no
continente, ao mesmo tempo em que amplia a participação em empreendimentos
na América do Norte, África e Ásia. Serão destinados para investimentos no exterior
US$ 12,1 bilhões (14%) do total de recursos previstos no Plano de Negócios 2007-2011
— 65% deles na América Latina, oeste da África e Golfo do México, regiões prioritárias
para a expansão da Petrobras.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
45
Expansão Internacional
Novos negócios no
mercado externo
As atividades da Área de Negócio Internacional
abrangem a exploração e produção de petróleo
e gás em 16 países — Argentina, Bolívia, Colômbia,
Equador , Peru, Venezuel a , México, Estados
Unidos, Angola, Guiné Equatorial, Moçambique,
Nigéria, Tanzânia, Irã, Líbia e turquia. A Petrobras
desenvolve ainda outras atividades do setor de
energia, entre elas, refino e distribuiçÃo, alÉm
de manter escritÓrios de representaçÃo em paÍses estratÉgicos.
A estratégia traçada com vistas ao crescimento no exterior
prevê o fortalecimento das atividades da Companhia nos países
onde já atua, como a Argentina, e abre frentes de negócios em
outros mercados, como o de refino nos Estados Unidos. Nas áreas
de Exploração e Produção, as regiões prioritárias são o Golfo do
México e a África, onde a Petrobras se prepara para produzir petróleo em águas profundas e ultraprofundas no Delta do Rio Níger, na
Nigéria, e abre oportunidades em regiões de novas fronteiras exploratórias, como as águas ultraprofundas do litoral da Tanzânia.
No refino internacional, a meta é expandir a atuação com
investimentos de ampliação e conversão na refinaria de Pasadena,
nos Estados Unidos, e a prospecção de novas refinarias no exterior. O objetivo é agregar valor ao petróleo pesado produzido pela
Companhia, oferecendo um mix de produtos mais valorizados
no mercado e de melhor qualidade. Para isso, os investimentos
serão concentrados na adoção de tecnologias para capacitar unidades de refino originalmente construídas para petróleo leve a
processar cargas pesadas.
46
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Fábrica de Fertilizantes em Campana,
Província de Buenos Aires, Argentina
de boe de reservas
provadas
internacionais em 2006
Reservas provadas internacionais de
óleo, lgn, condensado e gás natural
evolução das Reservas provadas
(critério SPE – milhões de boe)
(critério SPE – Milhões de boe)
1.240
2006
1.270
30
613 1.270
657
2006
89
955
2005
726 1.681
352
2004
1.007
865 1.872
2003
1.013
891 1.904
1.681
2005
320
2002
Reservas remanescentes de 2005
Apropriações
803 1.123
Produção em 2006
Óleo, LGN e condensado
Produção internacional de óleo, lgn,
condensado e gás natural (Mil boe)
meta
2011
383
142
2006
163
96 259
2004
169
94 263
2003
161
2002
35
185 568
101 243
2005
custos internacionais
(us$/barril)
meta
2011
1,80
2006
2,60
1,09
2003
2,46
1,17
2002
Gás natural
2,90
1,30
2004
58
23
3,36
1,73
2005
85 246
Óleo, LGN e condensado
Revisões contratuais, etc.
Gás natural
0,94
Extração
2,08
Refino
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
47
Expansão Internacional
1,27
bilhão
A Petrobras no mundo
inglaterra
EUA
líbia
méxico
venezuela
nigéria
colômbia
guiné
equatorial
equador
peru
angola
Exploração e produção
Refino
bolívia
chile
paraguai
argentina
Gás
Petroquímica
uruguai
Energia elétrica
Distribuição
Escritório de representação
48
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relatório anual 2006 |
petrobras
Expansão Internacional
turquia
irã
japão
china
cingapura
tanzânia
moçambique
reservas provadas internacionais de
óleo e condensado por país (Critério spe)
10% 1,1%
Angola
Argentina
12%
22%
7,4%
6,4%
25,6%
3,8%
11,7%
reservas provadas internacionais
de gás natural por país (critério spe)
1,5% 2,1%
5,2%
27,1%
Bolívia
Colômbia
Argentina
Equador
Bolívia
EUA
Nigéria
Peru
Venezuela
64,1%
EUA
Peru
Venezuela
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
49
492
Expansão Internacional
postos com a
bandeira Petrobras
na Argentina
América do sul
eletricidade do país. A Companhia detém 34% do capital da Cia.
Argentina Com atuação de empresa integrada de energia, a
Mega, que opera com derivados e serviços de logística. Em 2006,
a empresa comercializou 1 milhão 433 mil toneladas de etano,
propano, butano e gasolina natural.
Petrobras está presente em toda a cadeia de valor do petróleo e do
gás natural e na geração de eletricidade. Sua produção em 2006
— a maior da Companhia no exterior — atingiu a média de 62,1
mil bpd de óleo e LGN e de 45,8 mil boed de gás natural, totalizando 107,9 mil boed. A Companhia operou e participou em 17
blocos em produção e em 10 na fase exploratória, e marcou sua
entrada na exploração de águas profundas no mar da Argentina.
O custo de extração foi de US$ 4,4 por boe.
Na petroquímica e fertilizantes, a Petrobras possui as unidades de Puerto General San Martin, Zarate e Campana, detendo
também participação de 40% na Petroquímica Cuyo. As operações
na Argentina se ramificam até o estado brasileiro do Rio Grande do
Sul, onde a Companhia controla a Innova, fabricante de produtos
como estireno, poliestireno e UAN.
A Petrobras atua na distribuição de derivados com 719
estações de serviço. A rede, que comercializou 48 mil bpd de
combustíveis e lubrificantes em 2006, detém participação de
13,8% no mercado de gasolinas e diesel, e 11,1% no mercado
de lubrificantes. O número de estações da rede com a bandeira
Petrobras foi ampliado de 457 para 492 no ano. Com o aumento
da presença da marca, as vendas cresceram, em média, 2,7%. A
Companhia mantém a participação de 50% da holding controladora da Transportadora de Gás Del Sur (TGS), que possui a maior
rede de gasodutos do país.
Na geração de energia elétrica, a Petrobras exerce o controle integral da Termelétrica Genelba, que utiliza gás natural,
e da Hidrelétrica de Pichi Picún Leufú. A Companhia participa,
também, da Edesur (27,3%), distribuidora na região central de
Buenos Aires. A Petrobras está negociando a venda da participação
acionária na Transener, a principal empresa de transmissão de
50
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Bolívia A produção boliviana de gás natural para exportação é
fundamental para sustentar o crescimento do consumo no Brasil, que
em 2006 importou 24,7 milhões de m3/dia. Do total exportado pelo
país, a Petrobras comercializou 7,27 milhões de m3/dia — 23,4%.
Em 2006, como resultado da Lei dos Hidrocarbonetos, instituída no ano anterior, a nacionalização de ativos impôs mudanças
significativas no setor, com impactos tributários, operacionais e
financeiros. Mesmo após a regulamentação dos novos marcos
legais, criados pelo decreto de nacionalização, assinado em maio
de 2006, a Petrobras continua sendo a maior empresa de petróleo
e gás natural da Bolívia, tendo contribuído, no ano, com 22% da
receita tributária nacional.
O decreto condicionou a permanência das empresas no país
à assinatura de novos contratos. Nas negociações com o governo
sobre a atividade de Exploração e Produção, a Petrobras alcançou
os seguintes entendimentos: assinatura de contratos de produção
compartilhada e não de prestação de serviço; execução de todas
as operações petroleiras por sua conta e risco; pagamento dos
royalties e outras participações governamentais, a ser feita pela
YPFB como agregadora da produção, somando cerca de 80% da
receita; e recebimento de uma retribuição da YPFB, definida em
função de recuperação de custos, preços, volumes e investimentos, após o pagamento dos impostos devidos.
Além disso, a Petrobras mantém a responsabilidade pelas
operações dos blocos San Alberto, Rio Hondo, Ingre e Irenda, a
propriedade de seus ativos e o direito às reservas a serem contabilizadas pela Companhia. Os contratos, ainda sujeitos à aprovação
Expansão Internacional
Planta de gás
natural em
San Alberto,
Bolívia
do Congresso Nacional, terão validade de 30 anos.
As novas regras reduziram a 49,9% a participação da
Petrobras nas refinarias Gualberto Villaroel, em Cochabamba, e
Guillermo Elder Bell, em Santa Cruz de La Sierra, que processam
39,9 mil bpd. As atividades de refino passaram a ser feitas como
prestação de serviço. Ainda está em negociação com o governo
boliviano o valor da indenização a ser paga à Petrobras.
Na comercialização de derivados, a YPFB tornou-se o único
distribuidor atacadista, tendo a Petrobras retirado totalmente
a imagem EBR (Empresa Boliviana de Refinación) e mantendo
atualmente apenas 26 postos de serviço com imagem Petrobras.
Em relação ao gás natural, foi decidido, em fevereiro de
2007, que não haverá alteração de volumes ou na fórmula do preço
de compra do gás natural da Bolívia prevista no atual contrato
de compra e venda entre YPFB e Petrobras (GSA). A Companhia
aceitou pagar à YPFB, a preços vigentes no mercado internacional, pelas frações de hidrocarbonetos líquidos (etano, butano,
propano e gasolina natural) presentes no gás natural efetivamente
entregue que elevam seu poder calorífico para valores acima de
8.900 quilocalorias (kcal) por m3, equivalentes a 1.000 BTU por
pé cúbico. A YPFB assegurará a manutenção do poder calorífico
mínimo de 9.200 kcal/m3, e a Petrobras estudará a melhor forma
de aproveitar no futuro estes componentes mais nobres do gás.
No transporte, além de participar da GTB, operadora do
trecho boliviano do Gasoduto Bolívia–Brasil, a Petrobras mantém
a participação no gasoduto Yacuiba–Rio Grande (Transierra),
como operadora, e no gasoduto San Marcos.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
51
Expansão Internacional
Colômbia Na área de Exploração e Produção, a Petrobras tem
participação em 16 contratos — 7 de produção e 9 de exploração —,
sendo operadora em 10. Em 2006, a produção média de óleo e
LGN foi de 16.843 bpd, e a de gás natural, 6,25 mil m3/dia, totalizando 16.880 boed. Destaca-se a presença da Companhia como
operadora do bloco Tayrona, único offshore do país, em associação com a Exxon e a estatal Ecopetrol. Após devolução contratual de 50%, o bloco ainda conta com uma área superior a 22 mil
km2. Deverá ser perfurado o primeiro poço pioneiro em 2007. A
Petrobras consorciou-se, ainda, à Ecopetrol, para a revitalização
do campo de Tibu. O investimento, que elevará a produção de
2 mil bpd para 15 mil bpd, é estimado em US$ 500 milhões nos
próximos seis anos, sendo que os associados têm a opção de sair
do contrato ao final de um e dois anos, com um investimento,
respectivamente, de US$ 20 milhões e US$ 40 milhões.
Chile A Petrobras prossegue na prospecção de oportunidades
de negócios no país, por meio do escritório de representação
aberto em Santiago em 2005. A Companhia comercializa no país
o lubrificante Lubrax, com vendas de 848 m3 em 2006.
Equador A Petrobras, que opera em dois blocos, produziu
11,9 mil boed de petróleo e LGN no país. No início de 2007,
a Companhia recebeu aprovação do governo para a venda de
40% da participação no bloco 18, em produção, e no bloco 31,
em fase exploratória, à empresa Teikoku, do Japão. A Petrobras
também negocia com o governo a aprovação do EIA para desenvolvimento do bloco 31.
Paraguai Em 2006, a Petrobras entrou no segmento de distri-
buição de derivados. Atualmente, possui 131 estações de serviço e
45 lojas de conveniência. A rede tem vendas anuais de 317 mil m3
52
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relatório anual 2006 |
petrobras
Planta de gás em Campo
Guando, Colômbia
Expansão Internacional
No Texas, a Companhia detém
50% do controle acionário da
Refinaria de Pasadena e mantém
estudos para a duplicação da
capacidade de processamento,
de 100 mil bpd e a instalação de
unidades para o processamento de
petróleos pesados. O investimento
está estimado em US$ 2 bilhões.
de produtos. Entre os ativos adquiridos, estão instalações para a
venda de GLP e comercialização de produtos para aviação.
produção de petróleo em cinco campos maduros, em terra, nas
bacias de Oriente e Maracaibo.
Peru A Companhia tem participação em seis blocos — um em
américa do norte
produção (Lote X), e os demais, em fase exploratória. Em 2006,
a produção média de petróleo foi de 12,7 mil bpd e a de gás, 1,8
mil boed, totalizando 14,6 mil boed.
Estados Unidos A Companhia detém participações em 302
Uruguai A Petrobras ingressou na distribuição de derivados,
assumindo o controle de 89 estações de serviços, com vendas anuais de 330 mil m3 de derivados, comercialização de produtos marítimos, asfalto e produtos de aviação. A Companhia atua também na
distribuição de gás natural na Província de Montevidéu e no interior
do país, com a comercialização total de 120 mil m3/dia de gás.
Venezuela O novo marco legal da indústria de petróleo no
país instituiu um novo modelo contratual para as atividades das
empresas que operavam campos maduros na modalidade de contratos de serviços. Assim, a partir de abril de 2006, os campos operados por empresas privadas, nacionais e internacionais, naquele
país, nesta modalidade de contratos, passaram a ser operados por
empresas mistas controladas pela Petróleos de Venezuela S.A.
(PDVSA), com 60% de participação. A Petrobras, que operava os
campos de Oritupano–Leona, Acema, Mata e La Concepción,
passou a integrar as correspondentes empresas mistas, com participações entre 22% e 36%.
A Companhia ainda opera o bloco Moruy II, de exploração de gás natural, no Golfo da Venezuela. Além disso, estuda
a associação à PDVSA para a produção de petróleo extrapesado
em Carabobo I, na Faixa do Orinoco; e produção de gás natural
em Mariscal Sucre, no Caribe venezuelano. Os acordos incluem,
também, estudos para a criação de uma empresa mista para a
blocos no setor americano do Golfo do México, sendo a operadora
em 149 deles. No leilão de blocos promovido em setembro, foi a
que arrematou o maior número de blocos — 34 –, com pagamento
de bônus de US$ 45 milhões.
A Petrobras iniciou, no extremo oeste do Golfo do México, o
trabalho exploratório para teste de novos conceitos geológicos. O
primeiro poço perfurado indicou a presença de gás natural, mas a
pequena espessura do reservatório não foi suficiente para viabilizar
a comercialidade. O resultado demonstrou, porém, a potencialidade da área, onde será perfurado pelo menos um poço em 2007.
A produção média da Petrobras no golfo foi de 4,0 mil boed,
abaixo da previsão para o ano basicamente devido aos efeitos da
temporada de furacões no final de 2005, com a produção retornando ao nível normal apenas em agosto de 2006.
No segmento de águas ultraprofundas, a Companhia obteve
participação adicional nas descobertas de Cascade e Chinook,
passando a ser a operadora dos dois projetos. A produção, com
início previsto para 2009, vai utilizar um navio-plataforma Floating
Production, Storage and Offloading (FPSO). A aplicação de um projeto deste tipo, que abrange novas tecnologias, é um marco na
indústria do petróleo americana.
Em águas profundas, no Quadrante Garden Banks, a Petrobras
prosseguiu no desenvolvimento do campo de Cottonwood, no qual
assumiu o controle total, com a compra dos 20% de participação da
associada. A produção foi iniciada em fevereiro de 2007.
Na Refinaria de Pasadena, no Texas, em que a Companhia
detém 50% do controle acionário, seguem os estudos para a dupliwww.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
53
Expansão Internacional
cação da capacidade de processamento, de 100 mil bpd, e a instalação de unidades para o processamento de petróleos pesados.
O investimento está estimado em US$ 2 bilhões.
México A Petrobras participa, em associação com a empresa
japonesa Teikoku e a mexicana Diasvaz, de dois contratos de serviços múltiplos junto à Pemex, nos blocos Cuervito e Fronterizo. Os
serviços prestados incluem as atividades de exploração, desenvolvimento da produção e produção. A participação da Companhia
em cada um desses contratos é de 45%.
Em 2006, foram perfurados 12 poços e foi obtida a certificação do processo “desenvolvimento, infra-estrutura e manutenção
nas operações de campos de produção de gás não-associado”
segundo as normas ISO 14001 e OHSAS 18001.
áfrica
Nigéria Os projetos de Agbami e Akpo — campos gigantes
no Delta do Níger — seguem em implantação, com início de
atividades previsto para 2008. Em Agbami, a produção deverá
atingir 250 mil bpd, cabendo 37 mil bpd à Companhia. Akpo produzirá 185 mil bpd, sendo a parcela da Petrobras de 36 mil bpd.
A Companhia já investiu nos projetos US$ 930 milhões do total
de US$ 1,9 bilhão previsto.
No bloco OML 130, em que detém participação de 16%, a
Petrobras foi ressarcida em US$ 354 milhões pela nigeriana South
Atlantic Petroleum (Sapetro), que vendeu sua parte (45%) à China
National Offshore Oil Company (CNOOC). O ressarcimento,
previsto em contrato, corresponde a 50% dos investimentos feitos pela Companhia, que passou a ser responsável por 20% dos
investimentos futuros. A existência de acumulações significativas
de petróleo no bloco foi comprovada após a perfuração de quatro
poços no pólo de Egina. Os testes de viabilidade comercial do
54
|
relatório anual 2006 |
petrobras
campo serão feitos em 2007.
Operadora do bloco OPL 324, no Golfo da Guiné, a Petrobras
perfurou um poço de 6.091 metros em profundidade de água de
2.670 metros — novo recorde no Golfo da Guiné — , sem, entretanto, descoberta de hidrocarbonetos.
A Companhia ampliou a atuação no Golfo da Guiné, fortalecendo a presença em águas profundas do oeste africano. Tendo
como sócios a norueguesa Statoil e a nigeriana Ask Petroleum,
a Petrobras é operadora do bloco OPL 315, com 45% de participação. Estão em andamento os estudos para situar o bloco no
contexto geológico regional, com vistas às primeiras perfurações
exploratórias.
Em apoio à utilização do álcool combustível (etanol) no país,
a Companhia deu continuidade às negociações com a Nigerian
National Petroleum Corporation (NNPC) para o fornecimento
do produto. Os entendimentos incluem a prestação de assistência
técnica para a adição do produto à gasolina.
Angola Com a participação em mais quatro contratos, a
Petrobras passou a deter seis ativos no país em 2006 — entre eles, o
bloco 2 da Bacia do Baixo Congo, em que a Companhia produziu 5,4
mil bpd. No bloco 34, apesar da ausência de petróleo em dois poços
perfurados, análises técnicas concluíram que há boas perspectivas
para horizontes geológicos mais profundos, o que resultou na prorrogação do prazo exploratório e no planejamento da perfuração de
mais um poço em 2007. A Petrobras é operadora nos novos blocos
exploratórios 6, 18/06 e 26, assumindo essa condição pela primeira
vez em Angola, e é associada no bloco 15/06.
Guiné Equatorial A Petrobras estendeu por mais dois anos,
em negociação com o governo, o contrato de exploração no bloco L,
sem obrigação de perfuração de poço exploratório.
Líbia A Companhia prosseguiu nas atividades de exploração na
Turquia A Petrobras está associada à estatal turca TPAO para a
Área 18 do setor líbio no Mar Mediterrâneo. Associada à Oil Search
Limited, de Papua Nova Guiné, a Petrobras é operadora, com
participação de 70% e possui contrato de partilha de produção
com a estatal National Oil Company (NOC). Em caso de sucesso
exploratório, a NOC assumirá 51% dos investimentos.
exploração e produção em dois blocos com potencial de grandes
reservas no Mar Negro — o bloco Kirklarelli, na parte oeste do
setor turco do Mar Negro, em lâmina d’água de 1.200 metros; e o
Sinop, a leste, a 2.200 metros de profundidade. +
Tanzânia A Petrobras concluiu o processamento sísmico dos
blocos 5 e 6 em águas ultraprofundas da Bacia de Máfia, após ter
assinado, em dezembro, o contrato do bloco 6. A Companhia
detém direitos integrais sobre os blocos e, dependendo da interpretação sísmica e da avaliação técnico-econômica, poderá associar-se a parceiros, atuando como operadora.
A presença da Companhia na Tanzânia reforça seu posicionamento na fronteira exploratória da costa leste da África.
A Petrobras tem 20,2 mil km 2 em águas ultraprofundas sob
concessão e operação integral no país.
Moçambique A Petrobras adquiriu 17% da participação no
bloco Zambezi Delta, na área offshore de Moçambique, na primeira
oportunidade de investimento naquele país africano. Os compromissos assumidos prevêem aquisição sísmica 2D e perfuração de
um poço em 2007. A efetiva entrada da Companhia no consórcio
ainda aguarda autorização do governo local, que deverá ser concedida em 2007.
ásia
Irã A Petrobras iniciou, em novembro, a perfuração do primeiro
de dois poços exploratórios no bloco Tusan, em águas rasas do
sul do Golfo Pérsico. A Companhia é operadora com 100% de
participação, de acordo com contrato firmado em 2004 com a
iraniana National Iranian Oil Company (Nioc).
17%
de participação
adquiridos pela Petrobras no
bloco Zambezi Delta,
em Moçambique, no primeiro
investimento naquele país africano.
6.091
metros de extensão tem o poço perfurado
pela Petrobras no Golfo da Guiné a
2.670 metros de profundidade de água.
um recorde local
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
55
Expansão Internacional
Escritório da
Petrobras na
Nigéria
Fábio Lugato de Souza
Operador de equipamentos do centro de
defesa ambiental da Baía de Guanabara
Visão de futuro: Meu futuro já está
traçado: vou dar uma vida melhor
à minha filha de 10 anos.
56
|
relatório anual 2006 |
petrobras
“Toda pessoa deveria ter informação
sobre a preservação do meio ambiente
desde pequena, na escola. Hoje, esse
é o maior problema ambiental. A
Petrobras investe pesado em tecnologia
e na proteção do meio ambiente.”
Responsabilidade
Social e Ambiental
58
60
Segurança, Meio Ambiente e Saúde 65
Patrocínios 72
Índices de sustentabilidade
Recursos Humanos
A Petrobras manteve e ampliou seu compromisso com a redução das desigualdades
sociais, a preservação do meio ambiente e a ecoeficiência. Pioneira na adesão voluntária
ao acordo global na América Latina, em 2003, a Companhia avançou no alinhamento
aos dez princípios do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) em
2006 — que tratam de temas como direitos humanos, condições de trabalho, meio
ambiente e combate à corrupção — ao ingressar no Conselho do Pacto e assumir a
vice-presidência da iniciativa no Brasil. No final do ano, outras conquistas marcaram a
área de Responsabilidade Social e Ambiental: a entrada no Dow Jones Sustainability
Index (DJSI) e no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (ISE). Com o Dow
Jones, a Petrobras passa a ser reconhecida como uma das 13 companhias mundiais de
petróleo e gás e uma das seis empresas brasileiras mais sustentáveis. O ISE, além de
reforçar o comprometimento da Companhia com a sustentabilidade, ampliou a participação da sua base de investidores para incluir os que valorizam também critérios de
responsabilidade social e ambiental em suas aplicações.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
57
Responsabilidade Social e Ambiental
Índices de sustentabilidade
Pacto Global,
Dow Jones (NY) e
ISE (Bovespa)
Pelo desempenho sócio e ambientalmente responsável, a Petrobras compõe desde setembro
o Índice Dow Jones de Sustentabilidade — parâmetro da bolsa de valores de Nova York para
investidores que valorizam a responsabilidade
social e ambiental. No Brasil, desde dezembro,
as ações da Companhia fazem parte do Índice de
Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores
de São Paulo (ISE). A inclusão nestes índices é resultado do comprometimento com valores como
equilíbrio ambiental, justiça social, eficiência
econômica e governança corporativa.
A Petrobras avançou no alinhamento aos dez princípios do
Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), que envolvem temas como direitos humanos, condições de trabalho, meio
ambiente e combate à corrupção. Em 2006, ingressou no Conselho
do Pacto e assumiu a vice-presidência da iniciativa no Brasil. Essas
participações são conseqüência do pioneirismo da Companhia na
adesão voluntária ao acordo global na América Latina, em 2003,
movida pelos compromissos com a redução das desigualdades
sociais, a preservação do meio ambiente e a ecoeficiência.
A Diretoria Executiva aprovou, em dezembro, o apoio à
Extractive Industry Transparency Initiative (Eiti), sendo que a
Petrobras participa desde 2005 do Eiti International Advisory
Group. Em janeiro de 2007, a Companhia passou a fazer parte do
World Business Council for Sustainable Development (WBCSD),
58
|
relatório anual 2006 |
petrobras
companhias
mundiais de petróleo
e gás mais sustentáveis
coligação de 180 empresas internacionais que têm compromisso
O robô ambiental híbrido Chico
Mendes, desenvolvido pelo
Laboratório de Robótica do Cenpes,
faz o monitoramento ambiental da
faixa amazônica onde será instalado o
Gasoduto Coari-Manaus
com o desenvolvimento sustentável.
A atuação internacional foi ampliada também em outros
fóruns. A Petrobras entrou no comitê da ISO 26000 como representante do Brasil, que lidera, com a Suécia, a elaboração da norma
internacional de responsabilidade social, a ser lançada em 2008.
Na Associação Regional de Empresas de Petróleo e Gás Natural
na América Latina e Caribe (Arpel), em que já presidia o Comitê
de Responsabilidade Social Corporativa, a Companhia passou a
integrar o grupo de trabalho de Relações com Povos Indígenas.
Outra conquista da Petrobras foi o recebimento de três dos
cinco prêmios da International Pipeline Conference & Exhibition
(IPCE), um dos eventos mundiais mais importantes sobre transporte dutoviário, realizado no Canadá. Ganhador da premiação
principal, o projeto Agricultura Familiar em Faixa de Dutos tornouse referência mundial no relacionamento com comunidades.
A Companhia também conquistou o Selo Pró-Eqüidade de
Gênero 2007 da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
(SPM), do Governo Federal, por promover a igualdade entre os
sexos. A Comissão de Gênero da Petrobras teve a ação ampliada
e foi transformada em Comissão de Diversidade.
Na atuação internacional, a Companhia determinou como
foco de atuação social a questão dos Direitos da Criança e do
Adolescente. Além dessa linha de patrocínio, as Unidades de
Negócio no exterior também determinam outras prioridades,
atendendo de forma regionalizada as demandas locais. +
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
59
| índices de sustentabilidade
13
Social e Ambiental
Com o Índice Dow Jones a
Petrobras é uma das
Responsabilidade Social e Ambiental
recursos humanos
Efetivo maior para
sustentar expansão
O Plano Estratégico 2015, em sua última revisão,
aponta os recursos humanos como um dos fatores-chave para a implementação das estratégias
da Companhia. em 2006 foi consolidado o Projeto
Estratégico de RH, que vai contribuir para o
alcance das metas corporativas estabelecidas
para 2011. Seu Desafio é “ser referência internacional, no segmento de energia, em gestão de pessoas,
tendo seus empregados como seu maior valor”.
Código de Ética
Por meio de um processo transparente e participativo, que envolveu
clientes, fornecedores, diretoria, conselho de administração e a força
de trabalho das diversas unidades organizacionais da Companhia,
o Código de Ética do Sistema Petrobras foi revisto com o objetivo
de torná-lo alinhado aos valores explicitados no Plano Estratégico e
adequado ao contexto empresarial e às exigências da Lei SarbanesOxley. Os temas adotados foram os Indicadores de Responsabilidade
Social Empresarial, formulados pelo Instituto Ethos.
Admissões
A fim de acompanhar e suportar a crescente expansão das atividades e áreas de atuação da Companhia, têm sido realizados,
sistematicamente, processos seletivos públicos, visando adequar o efetivo às necessidades do Plano Estratégico. Em 2006,
foram admitidos 8.539 empregados. Como resultado, o efetivo da
Companhia tem aumentado gradativamente, saltando de 46.723
em 2002 para 62.266 no final de 2006.
60
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Unidade de
Negócios da
Industrialização
do Xisto, em São
Mateus do Sul, PR
recursos humanos
8.539
Social e Ambiental |
novas admissões
em processos
seletivos públicos
efetivo da petrobras por área
admissões em 2006
Abastecimento
8.006
Petrobras
Controladora
451
44
Transpetro
31
Petrobras
Distribuidora
Refap S.A.
7
Petroquisa
Área Internacional
Exterior
12.999
20.585
Área Internacional
Brasil
Subsidiárias
6.857
Suporte à Direção
Superior
515
7.454
1.312
1.814
363
10.367
Assistência
Corporativa e Apoio
Pesquisa
Gás e Energia
Exploração e
Produção
efetivo da petrobras
47.955
6.857 7.454
2006
efetivo das subsidiárias
40.541
6.166 7.197
2005
39.091
2004
5.939 7.007
742
2.910
36.363
2003
5.810 6.625
34.520
2002
6.328 5.875
111
Transpetro
Petroquisa
Petrobras
Distribuidora
Petrobras Controladora
Petrobras no exterior
3.691
Subsidiárias
Refap S.A.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
61
| recursos humanos
Social e Ambiental
efetivo no exterior
O total de empregados da Petrobras, que inclui as subsidiárias no Brasil e empresas no exterior, cresceu 15% em 2006. Nas
empresas no exterior, o crescimento foi de 11%.
116 284
15
841
Argentina
274
164
14
21
5.128
Política salarial
O custo de pessoal na Petrobras (controladora) foi de R$ 7.337 milhões
e considerou a remuneração fixa, que é composta por gastos com salários, adicionais, gratificações e respectivos encargos sociais.
A remuneração variável considera a participação nos lucros
e resultados (PLR) e está atrelada ao alcance de resultados empresariais, de forma a assegurar o comprometimento dos empregados
com as metas do Plano Estratégico. Como nos anos anteriores,
foi distribuída aos empregados uma participação nos lucros e
resultados relativa a 2005, dividida em duas parcelas, pagas nos
meses de janeiro e julho.
Angola
Bolívia
Colômbia
EUA
Líbia
Nigéria
Paraguai
Uruguai
benefícios educacionais
(R$ milhões)
2006
54,5
54,0
59,2
2005
2004
25,2
24,0
29,7
20,0
19,5
16,8
1,0
Ensino
fundamental
62
|
relatório anual 2006 |
Ensino médio
petrobras
Pré-escolar
0,4
0,6
Auxílio
acompanhante
1,0
0,4
Auxílio creche
0,7
de reais foram
investidos em
treinamento em 2006
Benefícios educacionais
Os benefícios educacionais têm caráter supletivo e complementam a participação do beneficiário no custeio dos serviços, englobando o auxílio-creche ou acompanhante, pré-escolar, ensino fundamental e ensino médio. Os custos correspondentes atingiram
o montante de R$ 107 milhões, incluindo os encargos.
Assistência À Saúde
A Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS) atendeu 112 mil
pessoas entre empregados, aposentados, pensionistas e dependentes, mediante a utilização de uma rede de 21 mil credenciados
em todo o território nacional, incluindo hospitais, laboratórios,
consultórios, clínicas médicas e odontológicas e outras especialidades de saúde, como psicologia e fonoaudiologia. O custo
líquido da Companhia com consultas, exames e internações foi
de R$ 510 milhões. No Acordo Coletivo de Trabalho, a Petrobras
assumiu o compromisso de implantar o Benefício Farmácia, que
passará a fazer parte do expressivo conjunto de benefícios oferecidos pela Companhia.
previdência complementar
Em 2006, a Petrobras apresentou a proposta para o seu novo
Modelo de Previdência Complementar, resultado do esforço
conjunto da Companhia, da Petros e de representantes dos
empregados. A proposta tem como objetivos propiciar situação de equilíbrio financeiro ao atual Plano Petros, resolvendo
problemas estruturais e deixando-o sustentável para o futuro,
além de ofertar um novo plano de previdência complementar
aos empregados que não o possuam.
O novo plano de previdência complementar, em fase final de
aprovação pelas instâncias oficiais, é do tipo contribuição variável
ou misto, com caráter estritamente previdenciário. Possui bene-
Centro de Promoção de
Saúde, na sede da Petrobras,
Rio de Janeiro, RJ
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
63
| recursos humanos
Social e Ambiental
302
milhões
| recursos humanos
Social e Ambiental
fícios de risco definidos, garantia de benefício mínimo, opção
por renda vitalícia e nível de contribuição escolhido anualmente
pelo participante.
Acordo coletivo
O processo de negociação permanente com as entidades sindicais
tem como objetivo alinhar as expectativas dos empregados às
da Companhia, facilitando, desta forma, um Acordo Coletivo de
Trabalho que satisfaça as partes.
Em 2006, esse processo teve como referência o Acordo
Coletivo firmado em 2005, com vigência de dois anos, exceto para
as cláusulas econômicas. Esse foi o foco das negociações entre a
Petrobras e as representações dos empregados, que resultou em
um reajuste de 2,80% para repor as perdas da inflação medida
pelo ICV-Dieese, mais avanço de um nível e concessão de abono
no valor de 80% da remuneração a todos os empregados.
Plano de Cargos
Com o objetivo de adequar seu plano de cargos aos desafios do
Plano Estratégico 2015, a Companhia aprovou a nova estrutura
do plano de nível médio. Prosseguem os estudos técnicos para o
plano de nível superior, bem como para estabelecer os descritivos e
valoração dos cargos, além das regras de progressão nas carreiras.
Capacitação profissional
A Universidade Petrobras, dedicada à educação e qualificação do
corpo técnico e gerencial da Companhia, teve em 2006 a participação de 2.469 novos empregados nos cursos de formação. Pelos
resultados alcançados, o Programa de Formação Petrobras foi um
dos cinco finalistas do Petroleum Economist Awards 2006, na
categoria Melhor Programa Educacional para Jovens da Indústria
de Energia.
64
|
relatório anual 2006 |
petrobras
No ano, a Universidade Petrobras teve 2.275 participantes
nos cursos de aperfeiçoamento e especialização em gerenciamento de projetos, que, somados aos demais cursos oferecidos,
totalizaram mais de 50 mil participações.
A Petrobras investiu, em 2006, R$ 302 milhões em desenvolvimento de recursos humanos, e o total de homens-horas
treinados (HHT) foi de 5,7 milhões.
Cultura organizacional
O alinhamento entre os valores empresariais definidos no Plano
Estratégico e aqueles sedimentados na cultura da organização é
de grande relevância para o alcance dos objetivos empresariais.
Neste sentido, foram iniciadas as discussões para disseminação e aprofundamento do sociodiagnóstico de cultura realizado
no período 2004/2005. Por meio dessa pesquisa foram levantados
os traços característicos da cultura organizacional da Petrobras,
seus valores fundantes — o “modo de ser” do petroleiro –, além
de terem sido mapeados os valores emergentes no ambiente da
Companhia. +
Responsabilidade Social e Ambiental
segurança,
meio ambiente e saúde
Agenda prevê
excelência até 2015
A gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde
(SMS) na Petrobras tem o objetivo de consolidar
os aspectos de SMS como valores intrínsecos aos
processos de planejamento e gerenciamento da
Companhia. Explicitada no Plano Estratégico 2015,
a política de SMS possui 15 diretrizes corporativas,
aprovadas pela Diretoria Executiva e desdobradas em padrões de diversos níveis, reunidos em um
manual de gestão.
As diretrizes orientam o desenvolvimento e a execução
de planos de ação corporativos e de planos específicos para as
Unidades de Negócio e Serviço, a fim de que os objetivos de
Segurança, Meio Ambiente e Saúde sejam alcançados em todos
os níveis. O comprometimento visível da liderança e a qualificação
estão entre as questões abordadas pelas diretrizes corporativas.
Em 2006, 1.143 auditorias comportamentais contaram com a
participação da Alta Administração, gerentes executivos ou gerentes
gerais da Companhia. Este processo constitui-se de visitas a campo
para observação e correção de desvios nas frentes operacionais.
O presidente ou os diretores participaram de 28 delas.
A agenda estratégica da Petrobras inclui o Projeto Estratégico
Excelência em SMS, que pretende assegurar que a Companhia atinja em
2015 níveis de desempenho equivalentes aos das melhores empresas
internacionais do setor petróleo e gás, por meio de ações corporativas
distribuídas em seis iniciativas: Gestão Integrada de SMS; Ecoeficiência
de Operações e Produtos; Prevenção de Acidentes, Incidentes e
Desvios; Saúde dos Trabalhadores; Prontidão para Situações de
Emergência; e Minimização de Riscos e Passivos Ainda Existentes.
Horta comunitária sobre
faixa de terra que cobre os
dutos, em Nova Iguaçu, RJ
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
65
| SMS
Social e Ambiental
Treinamento com equipamentos de
contenção e recolhimento de óleo na
Bacia de Campos, RJ
A Petrobras aplicou R$ 3,21 bilhões em SMS em 2006. Do total,
R$ 1,77 bilhão se destinou a programas, projetos e ações de segurança;
R$ 1,20 bilhão ao meio ambiente, e R$ 238 milhões à saúde. Esses
valores não incluem dispêndios com a Assistência Multidisciplinar
de Saúde nem com o patrocínio de programas e projetos ambientais
desenvolvidos por organizações da sociedade.
Parte desses gastos — R$ 850 milhões — foi feita por meio
do Programa de Excelência em Gestão Ambiental e Segurança
Operacional (Pegaso), que tem a finalidade de eliminar riscos e
passivos nas instalações e atividades da Companhia. A iniciativa
— uma das maiores do gênero na indústria petrolífera mundial
— demandou investimentos e despesas operacionais de R$ 10,49
bilhões desde 2000.
O Pegaso incluiu em 2006 dispêndios de R$ 373 milhões efetuados pela Transpetro, dos quais R$ 90 milhões foram alocados ao
Programa de Integridade de Dutos e aplicados em projetos de inspeção,
teste, avaliação, reparo e reabilitação de oleodutos e gasodutos.
A execução da política de Segurança, Meio Ambiente e Saúde
na Petrobras é aferida pelo Programa de Avaliação da Gestão de
SMS. Em 2006, foram avaliadas 27 unidades operacionais no
Brasil, Argentina, Bolívia, Venezuela e Colômbia, totalizando 96%
das avaliações previstas para o período.
As avaliações têm como base as diretrizes corporativas e as normas ISO 14001 e OHSAS 18001, que certificam os sistemas de gestão
ambiental e de saúde e segurança de 160 instalações no Brasil e de 20
no exterior, o que representa aproximadamente 85% das instalações
certificáveis no País e 91% das localizadas no exterior.
Segurança operacional
A Petrobras continua obtendo reduções nas taxas de Freqüência
de Acidentados com Afastamento (TFCA) e de Acidentados Fatais
(TAF), atingindo nível de desempenho comparável aos referen-
66
|
relatório anual 2006 |
petrobras
taxa de freqüência de acidentados
com afastamento
(tfca composto)
2011
0,5
Limite máximo admissível
2006
2005
2004
0,77
0,97
1,04
2003
1,23
2002
média
2005
OGP
média
2005
API
média
2005
ARPEL
1,53
0,97
1,20
2,40
Número de acidentados com afastamento do trabalho por milhão de homenshoras de exposição ao risco, abrangendo empregados próprios e de empresas
contratadas.
OGP — Oil and Gas Producers — Safety performance indicators — 2005
data.
API — American Petroleum Institute — 2005 Survey on petroleum industry
occupational injuries, illnesses, and fatalities summary report
Arpel — Associação das Empresas de Petróleo e Gás da América Latina e
Caribe — Estadísticas de incidentes en la industria petrolera y del gás para
América Latina e Caribe 2005.
de reais aplicados em SMS
taxa de acidentados fatais
(taf)
2006
1,60
2005
2,81
2004
3,30
2003
4,57
2002
6,29
média
2005
OGP
média
2005
ARPEL
ciais internacionais de excelência na indústria do petróleo e gás.
A TFCA de 0,77, registrada em 2006, é inferior ao limite máximo
admissível de 0,81 estabelecido para o ano.
O número de acidentados fatais foi reduzido em relação a
2005. A Companhia dedica atenção especial a esse aspecto, pois
a meta corporativa para este tipo de incidente é zero.
A diminuição do número de acidentados e de fatalidades
ocorreu ao mesmo tempo em que cresceram as atividades da
Petrobras — o total de homens-horas expostos ao risco aumentou
de 533 milhões para 564 milhões.
Meio ambiente
3,50
4,50
Número de fatalidades por 100 milhões de homens-horas de exposição ao
risco, abrangendo empregados próprios e de empresas contratadas.
As ações de responsabilidade ambiental em 2006 estiveram associadas principalmente à gestão de emissões atmosféricas, recursos hídricos, efluentes líquidos e resíduos; à avaliação e ao monitoramento
de ecossistemas; à remediação de áreas impactadas e à garantia da
conformidade das instalações e operações às exigências legais.
número de fatalidades
21
19
18
16
15
16
15 15
8
3
3
Empregados
1
2002
9
2003
1
0
2004
2005
Contratados
2006
Total
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
67
| SMS
Social e Ambiental
3,21
bilhões
| SMS
Social e Ambiental
0,77
TFCA comparável aos
referenciais internacionais
de excelência.
Emissões
A Petrobras monitora, por meio do Sistema de Gestão de Emissões
Atmosféricas (Sigea), os principais gases de efeito estufa — GEE
(dióxido de carbono, metano e óxido nitroso) — que emite em
suas atividades. O monitoramento se estende ao monóxido de
carbono, óxidos de enxofre e nitrogênio, compostos orgânicos
voláteis e material particulado.
A Petrobras estabeleceu em 2006 o indicador Emissões
Evitadas de Gases de Efeito Estufa (EEGEE), a fim de monitorar
o resultado de seus esforços para reduzir a intensidade de emissão
daqueles gases em suas operações. O compromisso da empresa para
2011 é evitar a emissão de 3,93 milhões de toneladas de GEE (em termos de CO2 equivalente). De 2006 a 2011, deverá ser evitada a emissão de um total de 18,5 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
emissão de gases de efeito estufa
(milhões de toneladas de co2 equivalente)
2006
50,43
2005
51,56
2004
44,41
2003
2002
39,09
30,43
Emissões totais (diretas + indiretas) associadas às operações
da Petrobras no Brasil e no exterior.
consumo de energia elétrica e da queima de combustíveis fósseis.
Eficiência energética
O Programa Interno de Conservação de Energia desenvolve,
coordena e implementa as atividades relacionadas à eficiência
energética, promovendo a redução relativa da queima de combustíveis fósseis e, conseqüentemente, das emissões de CO2, um
dos principais gases de efeito estufa.
Com o intuito de atingir as metas de redução de consumo
de energia e de emissões estabelecidas, além dos projetos citados,
vem se buscando atuar nas Unidades da Petrobras por intermédio
da realização de diagnósticos energéticos em unidades industriais.
Está prevista, ainda, a atuação nas Unidades de Negócio que operarão futuras plataformas de produção, para que as bases de projeto
sejam desenvolvidas com foco também na eficiência energética.
As ações do programa proporcionaram a economia de aproximadamente 2.500 barris de óleo equivalente por dia em 2005. O
ganho não é apenas econômico, mas também ambiental, já que a
Companhia reduziu suas emissões de CO2, com a queda relativa do
68
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Recursos hídricos e efluentes
A Petrobras aprovou em 2006 o seu padrão corporativo de gestão
de recursos hídricos e efluentes, que abrange a reutilização e a
otimização do uso da água em suas operações e a proteção de
corpos hídricos em suas áreas de influência.
A elaboração de balanços hídricos detalhados para as refinarias e fábricas de fertilizantes é uma das ações alinhadas aos
requisitos do padrão. Tais estudos, que incluem a avaliação da
capacidade de suporte dos corpos hídricos que recebem efluentes
dessas Unidades, deverão ser concluídos em 2007.
Na área de Exploração e Produção, um projeto visa à autosuficiência em água doce das plataformas da Bacia de Campos, o
que reduzirá em 1,1 mil m3/dia a captação no Rio Macaé. Outra
iniciativa, concluída em 2006, promove a reinjeção de água na
produção de petróleo no campo de Fazenda Belém, com redução
de 2 mil m3/dia na captação de água do aqüífero Açu, principal
| SMS
Social e Ambiental
Projeto de reflorestamento
“As águas vão rolar”, Pontal do
Paranapanema, SP.
emissões de óxido de enxofre - Sox
Companhia, visando à proteção, mitigação de impactos à biodiversidade e recuperação desses locais. Com esse objetivo está sendo
realizada, desde março de 2005, com investimento estimado em
R$ 9 milhões, uma pesquisa de avaliação dos diversos ecossistemas da Baía de Guanabara. Cerca de 75% dos trabalhos de caracterização da fauna do fundo da Baía, incluídos na pesquisa, já foram
realizados. Na Amazônia, estudos com universidades e institutos
de pesquisa avaliam os impactos potenciais das operações da
Petrobras nos ecossistemas do entorno.
(mil toneladas)
137,2
2011
Limite máximo admissível (não inclui navios afretados)
131,0 21,0
2006
135,7
2005
2004
15,9
140,1
2003
13,6
148,5
2002
12,3
156,7
N.D.
Navios afretados
reserva hídrica do semi-árido brasileiro.
Resíduos sólidos
A Companhia gerou 315 mil toneladas de resíduos sólidos perigosos, no Brasil e no exterior, em 2006. No período, 268 mil toneladas de resíduos perigosos foram tratadas ou dispostas de forma
ambientalmente adequada.
Biodiversidade
A Petrobras aprovou em 2006 o seu padrão corporativo de gestão
de impactos potenciais à biodiversidade, tendo por base o compromisso estratégico de aplicação dos princípios de responsabilidade
ambiental em todas as etapas de seus empreendimentos, incluindo
planejamento, implantação, operação e desmobilização.
O padrão contempla a caracterização de áreas protegidas
ou ambientalmente sensíveis influenciadas pelas operações da
Prontidão para atuação em emergências
A estratégia da Petrobras para situações de emergência integra os
recursos de contingência de suas Unidades de Negócio a embarcações dedicadas em operação na costa brasileira e aos Centros
de Defesa Ambiental (CDAs). Os CDAs operam 24 horas por dia,
com profissionais capacitados e equipamentos para ações ágeis
e eficazes — entre eles, embarcações, recolhedores de óleo e barreiras de contenção e absorção.
São nove CDAs no País, com seis bases avançadas na Região
Norte, uma em Natal, uma na base Naval de Mocanguê, no Rio
de Janeiro, e uma em Uberaba. Essa rede de proteção contra os
efeitos de acidentes, que pode contar com recursos dos órgãos
públicos e das comunidades, dispõe de planos de emergência, que
cobrem todas as regiões brasileiras, e é avaliada periodicamente
com exercícios simulados. Em 2006, foram sete simulados regionais, com participação da Marinha do Brasil, Defesa Civil, Corpo
de Bombeiros, Polícia Militar, órgãos ambientais, prefeituras e
comunidade local. Foram realizados ainda dois simulados em
Unidades localizadas na Argentina.
A Companhia mantém em operação permanente três embarcações dedicadas ao combate a emergências, na Baía de Guanabara,
no litoral de São Paulo e na costa de Sergipe e Alagoas.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
69
| SMS
Social e Ambiental
vazamentos de petróleo
(m3)
2011
601
Volume máximo admissível
2006
293
2005
269
2004
530
2003
276
2002
197
Computados os vazamentos acima de 1 barril (0,159 m 3) que tenham
atingido o meio ambiente externamente à instalação.
Vazamentos
O volume de vazamentos em 2006 manteve-se no patamar de 2005,
situando-se em nível de excelência no contexto da indústria mundial de petróleo e gás. O volume de petróleo e derivados vazado
foi inferior ao limite máximo admissível de 475 m3 estabelecido
para o ano. O limite de vazamentos para 2011 foi definido em 601
m3, levando em conta o aumento de produção e a incorporação
ao indicador de novas fontes potenciais de vazamentos, como os
caminhões-tanque a serviço da Petrobras Distribuidora.
Saúde
A promoção da saúde e a prevenção das doenças entre os trabalhadores são praticadas pela Petrobras com base na concepção de saúde
integral — dentro e fora do trabalho. Os programas e intervenções
na área são orientados pela análise epidemiológica de informações
como mortalidade, morbidade e prevalência de fatores de risco.
70
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Simulado na Repar:
mobilização da comunidade
vizinha à refinaria
Social e Ambiental
| SMS
A Petrobras capacitou, no Centro
de Estudo de Aptidão Física de São
Caetano do Sul, 500 profissionais de
saúde para atuarem na promoção
de atividades físicas, segundo as
orientações do Ministério da Saúde.
Esse procedimento sistemático tem produzido resultados
positivos. O indicador Percentual de Tempo Perdido (PTP), que
contabiliza os afastamentos do trabalho por doenças ou acidentes dos empregados, seguiu em 2006 a tendência de queda
registrada nos últimos anos. O percentual registrado para o PTP
foi inferior ao limite máximo admissível de 2,34 estabelecido
para o ano. O limite para 2011 foi fixado em 2,18. As doenças
não-ocupacionais, sem vínculos com atividades profissionais,
predominaram entre as causas de afastamento de empregados
próprios em 2006, a exemplo dos anos anteriores. Isso justifica a
ênfase dada pela Companhia ao Programa de Promoção de Saúde,
que estimula a adoção de estilos de vida saudáveis. A Petrobras
também incentiva e monitora a participação de todos os empregados nos exames anuais de saúde e estimula o cumprimento das
recomendações médicas.
afastamento de empregados
Com o Programa de Higiene Ocupacional e Ergonomia, a
Companhia identifica, controla e elimina riscos ocupacionais
em todas as suas Unidades. Os procedimentos para garantia
da saúde dos empregados nos casos de viagens, que incluem
exames prévios e acompanhamento médico após o regresso,
também estão sendo padronizados. Para proporcionar melhores
níveis de saúde aos trabalhadores e suas famílias, a Petrobras
capacitou, no Centro de Estudo de Aptidão Física de São
Caetano do Sul, 500 profissionais de saúde para atuarem na
promoção de atividades físicas, segundo as orientações do
Ministério da Saúde.
A Companhia dispõe também de política corporativa para
HIV/aids. Na promoção do bem-estar de todos os seus trabalhadores, sem distinção de origem, raça, gênero, credo ou opção
sexual, a Petrobras coopera de forma afirmativa para o enfoque
percentual de tempo perdido
(ptp)
2,18
2011
Limite máximo admissível
2,06
2006
2,48
2005
2,57
2004
2,88
2003
3,01
2002
Percentual do total de horas de trabalho perdido por afastamento médico,
causado por doenças ocupacionais ou não e por acidentes de trabalho;
calculado apenas para os empregados próprios.
Afastamentos
3.59%
4.41%
0.06%
0.04%
Doença não ocupacional
Doença do trabalho
(ocupacional)
Acidente do trabalho
Acidente fora do trabalho
91.89%
Acidente de trajeto
adequado da doença. E, no Brasil e no exterior, relaciona-se com
organizações governamentais e não-governamentais dedicadas ao
monitoramento, assistência e pesquisa sobre HIV/aids. +
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
71
Responsabilidade Social e Ambiental
Patrocínios
Selecionados
76 projetos para
patrocínio
Projetos sociais
O Programa Petrobras Fome Zero completou três anos totalizando
investimentos de R$ 366 milhões ao longo desse período em projetos
de geração de trabalho e renda, educação e qualificação profissional,
e garantia dos direitos da criança e do adolescente. Na seleção pública
de 2006, foram escolhidos 76 projetos para patrocínio entre os 4.517
inscritos. As iniciativas, sintonizadas com as políticas públicas de
erradicação da miséria e da fome, contemplam também a promoção
da igualdade racial e de gênero, e a atenção a pessoas com deficiência.
No ano, foram investidos R$ 175,8 milhões no programa.
Um dos projetos é o Molhar a Terra, que aproveita poços de
petróleo inativos para o fornecimento de água potável a comunidades do Semi-Árido. Outra ação é o Mova Brasil, que já alfabetizou 46 mil adultos e jovens, em parceria com o Instituto Paulo
Freire, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Governo
Federal, articulando educação e trabalho. No estímulo ao cooperativismo, além do projeto Agricultura Familiar em Faixa de
Dutos, a Companhia estimula a organização de 10 mil catadores
de materiais recicláveis no País, em iniciativa que combina inclusão social e proteção do meio ambiente.
Com o Programa Petrobras Fome Zero, que reúne desde 2003
os esforços corporativos contra a fome e a miséria, a Petrobras
acumulou um patrimônio de relacionamento institucional formado por mais de 15 mil parcerias governamentais e não-governamentais. Mais de 10 milhões de pessoas foram atendidas pelos
72
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Vila Olímpica do Projeto
Mangueira Social, patrocinado
pela Petrobras, Rio de Janeiro, RJ
milhões
de pessoas atendidas
pelos projetos sociais
projetos patrocinados, que vêm contribuindo para a estruturação
da justiça social no Brasil.
Outra ação no campo social é o repasse de recursos ao
Fundo para a Infância e a Adolescência (FIA). Em 2006, foram
destinados R$ 48,6 milhões a projetos em mais de 200 municípios de quase todos os estados. Essas ações, em parceria com a
Secretaria Especial de Direitos Humanos e o Conselho Nacional
dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), combatem
o abuso sexual infanto-juvenil e o trabalho infantil e irregular
de adolescentes. Os patrocínios incluem também iniciativas de
redução da evasão escolar e inclusão de pessoas com necessidades especiais.
Projetos ambientais
Em 2006 a Petrobras investiu R$ 44,6 milhões em projetos ambientais. Na segunda seleção pública, o Programa Petrobras Ambiental
recebeu 856 inscrições e incorporou a seus patrocínios 36 novos
projetos, que receberão investimentos de R$ 48 milhões nos próximos dois anos. O programa manteve o tema “Água: corpos d’água
doce e mar, incluindo a sua biodiversidade”, em continuidade ao
foco estabelecido na primeira seleção, em 2004, quando foram
aplicados R$ 40 milhões. O tema foi escolhido porque o Brasil,
responsável por 12% da vazão dos rios do planeta, concentra parcela considerável da água doce disponível no mundo.
Por valorizar o compartilhamento das responsabilidades na
proteção dos recursos hídricos, a Companhia também apóia iniciativas de promoção e conscientização do uso racional da água,
preservação e recuperação das paisagens ribeirinhas e defesa de
ambientes marinhos. Os projetos, que contemplam vários ecossistemas, bacias hidrográficas e paisagens, são desenvolvidos em
todos os biomas, com destaque para Amazônia, Caatinga, Cerrado,
Mata Atlântica e Pantanal.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
73
| patrocínios
Social e Ambiental
10
| patrocínios
Social e Ambiental
As ações do Petrobras Ambiental, lançado em 2003, abrangem
mais de 5 mil espécies da fauna e da flora brasileiras. Os patrocínios
resultaram na estruturação de 15 bancos de dados, 12 Sistemas de
Informação Geográfica (SIG) e 70 publicações especializadas, com
220 mil exemplares distribuídos. As iniciativas se estendem a 250
municípios, com área de influência superior a 900 mil hectares, e
beneficiam 20 milhões de brasileiros — 3 milhões de forma direta.
O trabalho nos projetos gera renda para mais de 5 mil pessoas.
Outros programas são desenvolvidos pela Petrobras, que
investe há décadas em meio ambiente e soma investimentos de
R$ 103 milhões em patrocínio ambiental desde 2004. Em favor da
biodiversidade marinha, a Companhia patrocina projetos e estudos comportamentais e de defesa de espécies ameaçadas, como o
peixe-boi marinho, as baleias jubarte e franca, o golfinho-rotador
e a tartaruga marinha (Projeto Tamar, com mais de 20 anos de atuação na costa brasileira). No programa De Olho no Ambiente, 335
comunidades vizinhas de unidades operacionais são incentivadas a
planejar o desenvolvimento sustentável, traduzindo em dimensão
local os compromissos globais da Agenda 21, da ONU.
Projetos culturais
A Petrobras mantém a posição de maior patrocinadora cultural
do País, com investimento anual de R$ 288 milhões e mais de mil
projetos em andamento. As políticas e diretrizes na área valorizam
a cultura nacional e a ampliação das oportunidades de criação,
circulação e fruição, assim como a permanente construção da
memória brasileira.
Os patrocínios estão estruturados no programa Petrobras
Cultural, que destina 75% dos recursos a projetos aprovados em
seleção pública e 25% àqueles contemplados por escolha direta.
Em 2006, de 4.700 inscritos na seleção pública, 230 projetos receberam R$ 46 milhões, nas modalidades cinema, artes cênicas e
74
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Programa
Petrobras Cultural:
apoio à Escola
Nacional de Circo
Social e Ambiental
| patrocínios
O Petrobras Cultural lançou uma linha
de patrocínio voltada à educação
para as artes. Os projetos de escolha
direta incluem cinema, artes cênicas,
artes visuais, música e manutenção de
parques arqueológicos, como os de
Xingó e da Serra da Capivara.
visuais, patrimônio, memória das artes e música. O apoio a outros
cem projetos, de escolha direta, totalizou R$ 15 milhões.
A quarta edição do Petrobras Cultural (2006-2007), lançada
em dezembro, soma recursos de R$ 80 milhões. Tendo como inovação a abertura de linha de patrocínio voltada à educação para
as artes, a seleção pública abrange ações de preservação cultural,
produção e difusão do cinema, manutenção de grupos de teatro
e dança, gravação e circulação de música popular e erudita. Os
projetos de escolha direta incluem cinema, artes cênicas, artes
visuais, música e manutenção de parques arqueológicos, como
os de Xingó (SE) e da Serra da Capivara (PI).
5 mil
espécies de fauna e flora
abrangidas pelas ações do Programa
Petrobras Ambiental, lançado em 2003
58,19
milhões de reais
destinados ao apoio de atividades
esportivas ao longo do ano passado
Para estimular a apresentação de projetos em todo o País,
a Companhia promove a Caravana Petrobras Cultural, que visita
capitais de setembro a janeiro. Desde 2005, uma oficina de projetos foi agregada à caravana, para auxiliar produtores culturais na
elaboração de suas propostas. Com isso, a Petrobras vem expandindo o alcance dos patrocínios a todas as regiões do País.
Patrocínio esportivo
Uma das maiores parceiras do esporte brasileiro e patrocinadora
dos XV Jogos Pan-Americanos Rio 2007, a Petrobras destinou
R$ 58,197 milhões ao apoio de atividades esportivas em 2006.
Intensificando a parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro
(COB), a Companhia fortaleceu a associação da marca ao movimento olímpico e à promoção do esporte como formador da
juventude. O Pan, disputado por atletas de 42 países, é o maior
evento esportivo das Américas.
No esporte motor, a Petrobras manteve o apoio à Equipe
Williams de Fórmula 1, à Equipe Petrobras Lubrax na categoria
rally, à equipe Action Power na Stock Car, à Team Scud Petrobras
no motociclismo, à Seletiva de Kart Petrobras, à Fórmula Truck
e às competições Baja e Fórmula da SAE. O desenvolvimento de
produtos para o esporte motor integra a estratégia de utilizar as
pistas de automobilismo como laboratórios.
Com o patrocínio à 3ª Edição da Copa Petrobras de Tênis,
disputada no Brasil, Argentina, Colômbia, Uruguai e Chile,
a Petrobras reforçou a difusão da marca na América Latina.
Manteve, também, o incentivo à Confederação Brasileira de
Handebol (CBH) e à seleção brasileira do esporte — o mais praticado nas escolas públicas do País. O apoio ao surfe, associado
aos atributos de juventude e energia, também teve continuidade.
No futebol, o patrocínio ao Flamengo seguiu garantindo ampla
visibilidade à Companhia. +
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
75
Álvaro Henrique
Arouca de Castro
Geofísico, gerente de
tecnologia geológica
Visão de Futuro: Continuar
o trabalho na Companhia, contribuindo
para construir um mundo com
melhores condições de vida.
76
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relatório anual 2006 |
petrobras
“A Petrobras é um agente fundamental
no processo de desenvolvimento do
Brasil, por tudo que representa. Zelar
pela Petrobras é zelar pelo sonho de
um país melhor.”
Ativos
Intangíveis
78
80
Capital Humano 82
Capital de Relacionamento 83
Capital de Domínio Tecnológico
Capital Organizacional
A gestão dos ativos intangíveis é fundamental para a criação de valor e diferencial
competitivo nas empresas e para a conquista de resultados sustentáveis. Na Petrobras,
esses ativos são classificados em quatro tipos de capital: humano, organizacional,
de relacionamento e de domínio tecnológico. A Petrobras foi pioneira no gerenciamento do capital de domínio tecnológico, ao criar, em 1963, o Centro de Pesquisas
Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes). A gestão desse ativo é a base da sua
reconhecida excelência em tecnologia, que se reflete no seu valor de mercado e faz
da Companhia uma parceria requisitada pelas maiores empresas de petróleo do
mundo. A sustentabilidade da excelência tecnológica apóia-se nos investimentos na
capacitação dos empregados, com gestão estruturada do desenvolvimento de suas
competências técnicas e gerenciais. Esse processo permanente de atualização, assim
como a aceleração da curva de aprendizagem dos novos trabalhadores, é feito na
Universidade Petrobras. A gestão dos capitais organizacional e de relacionamento
ganhou ênfase nos últimos anos. Ao mesmo tempo em que avança no controle dos
sistemas e processos­-chave, a Companhia aperfeiçoa o gerenciamento das relações
com clientes, fornecedores, parceiros, acionistas e sociedade. No conjunto, a percepção­
externa do esforço de gestão dos ativos intangíveis viabiliza parcerias, influencia a
tomada de decisão dos investidores e potencializa os resultados da Petrobras.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
77
Ativos Intangíveis
Capital de domínio
tecnológico
Cenpes: a busca
de novas tecnologias
O domínio da tecnologia é desafio permanente
para a Petrobras, que vem ampliando as instalações do Cenpes, no campus da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão. Com
mais de 1.800 empregados, 30 unidades-piloto e 137
laboratórios, em 122 mil m2, o Centro antecipa e
supre as necessidades tecnológicas da Companhia
desde 1963. Seu papel é decisivo na estratégia corporativa de crescimento com responsabilidade
socioambiental.
As pesquisas com biocombustíveis foram destaque em 2006.
Processando a mistura de óleos vegetais e diesel mineral, a tecnologia H-Bio foi testada em escala-piloto nas refinarias Gabriel
Passos (Regap), Alberto Pasqualini (Refap) e Presidente Getúlio
Vargas (Repar), com vistas ao início da produção comercial em
2007. Já o biodiesel, feito com óleos vegetais ou sementes de
oleaginosas, começou a ser produzido em duas unidades experimentais no Rio Grande do Norte, com tecnologias inéditas. Outra
inovação foi a produção, em laboratório, de álcool combustível
(etanol) de bagaço de cana, que permitirá o aumento da produção
de álcool sem incremento da área plantada (lignocelulose).
As tecnologias desenvolvidas pelo Cenpes também levaram à
melhoria da qualidade dos combustíveis. No fim do ano, a Petrobras
lançou o Diesel Podium, com 200 partes por milhão (ppm) de enxofre, dando seqüência às inovações em relação a este produto iniciadas em 2005, com a comercialização do diesel com 500 ppm.
Em outra linha de atuação no refino, o Centro desenvolveu tecnologias para otimizar o aproveitamento do petróleo
78
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Planta-piloto de
H-Bio no Cenpes,
Rio de Janeiro, RJ
solicitações de patentes
na história da companhia
(a milésima foi a produção de
etanol com rejeitos vegetais)
pesado da Bacia de Campos. Uma delas, que aumenta a produ-
teve participação ativa, também­, em seminário internacional
ção de eteno e propeno, vai ser usada no Complexo Industrial
Petroquímico do Rio de Janeiro; outra tecnologia, já testada em
escala industrial, será utilizada na Refinaria do Nordeste, elevando em 30% a produção de diesel a partir de petróleo pesado.
Tanto o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro quanto a
Refinaria do Nordeste tiveram seus projetos conceituais concluídos pelo Cenpes.
Importantes avanços tecnológicos contribuíram para
o aumento das reservas provadas de óleo e gás. No campo de
Marlim, na Bacia de Campos, o uso de traçadores químicos na
caracterização das reservas – inédito em águas profundas – incorporou 500 milhões de barris de óleo às reservas do campo. O
Cenpes desenvolveu, em conjunto com fornecedores, novos equipamentos e novas tecnologias de separação de óleo, gás e água
nas unidades marítimas.
Três projetos básicos de plataformas foram concluídos
pelo Cenpes em 2006: Mexilhão 1 (PMXL1), a ser instalada na
Bacia de Santos; e, para a Bacia de Campos, P-55 (campo de
Roncador) e P-57 (campo de Jubarte). Outro desafio superado
no ano diz respeito à tecnologia para a perfuração, na Bacia de
Santos, de poços abaixo de espessas camadas de sal e situados
sob lâmina d’água de cerca de 2 mil metros. Graças à técnica,
foram identificadas acumulações de óleo leve a mais de 6.400
metros de profundidade.
Na proteção ao meio ambiente, o Cenpes concluiu o
protótipo de um robô híbrido, denominado Chico Mendes,
destinado ao monitoramento ambiental na região amazônica.
Participante do esforço para a preservação da maior floresta
tropical do mundo, a Petrobras, em articulação com outras instituições científico-tecnológicas, propôs a criação do Centro
de Excelência Ambiental da Petrobras na Amazônia. O Cenpes
sobre seqüestro de carbono e mudanças climáticas que reuniu
especialistas de 17 países no Rio de Janeiro.
Avanços significativos no desenvolvimento de novas tecnologias para a reutilização de efluentes e a minimização do consumo de água permitiram atingir os requisitos ambientais necessários para os novos empreendimentos de refino, com economia
equivalente à captação de água e lançamento de efluentes de uma
cidade de 300 mil habitantes.
Visando maior aproximação entre o Cenpes e as unidades operacionais da Petrobras, foi inaugurado, no Rio Grande
do Norte, o Núcleo Experimental de Energias Renováveis. Mais
dois núcleos devem iniciar suas atividades em 2007, no Ceará e
em Minas Gerais. Como parte da estratégia de relacionamento
com a comunidade científica nacional, o Cenpes, em 2006, lançou um novo conceito de parceria. O novo modelo contempla a
participação de 76 instituições de 18 unidades da federação em
38 redes temáticas e 7 núcleos regionais. Até 2008, a Petrobras
deverá investir cerca de R$ 1 bilhão neste novo modelo.
Patentes
A Petrobras é a companhia que mais deposita patentes no País e
a empresa brasileira com mais patentes depositadas nos Estados
Unidos. Em 2006, foram concedidas 14 patentes no Brasil. Setenta
e sete novas solicitações de patentes foram depositadas no ano
– entre elas, a milésima na história da Companhia, a de processo
de produção de etanol com rejeitos vegetais, desenvolvido no
Cenpes. Fora do País, foram depositados 81 pedidos de patentes
e obtidas 69 patentes, em 2006.
Com as inovações tecnológicas, a Petrobras aprimora continuamente seus processos de forma a garantir atendimento sustentável às demandas da sociedade. +
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
79
| Capital de domínio tecnológico
Ativos Intangíveis
1.000
Ativos Intangíveis
Capital Organizacional
Marca Petrobras,
um ativo estratégico
Pela importância e pelo potencial para valorizar
produtos e serviços, a marca Petrobras é gerida
como um ativo estratégico. Ao Comitê de Marketing
e Marcas, vinculado ao Comitê de Negócios, compete formular um modelo de gerenciamento com
diretrizes para a utilização da marca em todo o
Sistema Petrobras.
A criação das normas, aliada à defesa legal desse ativo nos
diversos mercados, protege ainda mais a marca Petrobras. A gestão
global desse patrimônio responde à estratégia de ampliar a visibilidade da Companhia e fortalecer a identidade de seus produtos e
serviços. Esse gerenciamento está alinhado, no âmbito corporativo, à uniformização visual de instalações e à padronização das
ações de comunicação.
Pesquisa da consultoria internacional Interbrand demonstra o êxito da Companhia na gestão da marca, que é associada à
liderança em tecnologia e qualidade e à responsabilidade social e
ambiental. Em 2003, o valor da marca Petrobras foi mensurado em
US$ 286 milhões pela consultoria, passando a US$ 485 milhões no
ano seguinte e atingindo US$ 554 milhões em 2005, um aumento
de 94% em dois anos. A marca Petrobras foi a que mais cresceu
em valor no Brasil entre 2003 e 2005.
Práticas de gestão
O Programa de Avaliação e Melhoria da Qualidade da Gestão, no
ciclo realizado em 2006, manteve o estímulo à adoção de programas de melhorias nas unidades operacionais. As avaliações
são orientadas pelo Guia Petrobras de Gestão para Excelência,
80
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Patrocínio técnico: os carros da
equipe AT&T Williams de F1 utilizam
combustível de alta tecnologia
desenvolvido pela Petrobras
que reúne os critérios do Prêmio Nacional da Qualidade e os
requisitos específicos da Companhia, derivados das políticas
do Plano Estratégico.
A Petrobras firmou convênio com a Fundação Nacional da
Qualidade para a disseminação do modelo corporativo de excelência em gestão. Entre os recursos desenvolvidos pela parceria
estão cadernos de excelência e programa que simplifica a autoavaliação das Unidades, permitindo mais rapidez nas melhorias.
No País e no exterior, a Petrobras participa de vários movimentos
e organismos dedicados à qualidade de gestão, à produtividade e
à competitividade. +
286
milhões
554
milhões
de dólares: valor da marca em 2003
de dólares: valor da marca em 2005
A marca Petrobras foi a
que mais cresceu em valor
no Brasil no período
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
81
| Capital organizacional
aumento do valor
da marca Petrobras
entre 2003 e 2005
Ativos Intangíveis
94%
Ativos Intangíveis
Capital Humano
Gestão do
conhecimento
A Petrobras consolidou, em 2006, a metodologia
de elaboração de programas de gestão do conhecimento para as Unidades de Negócio no País, com
base no Programa de Integração do Conhecimento
da Área Internacional. O programa fortalece as
competências operacionais, gerenciais e tecnológicas, difundindo o conhecimento e acelerando
a formação dos novos empregados.
Na área de Exploração e Produção, o Programa de Comu­
nidades de Prática passou a disseminar conhecimentos e melhores
práticas em mais quatro campos de atividades. Os profissionais
estão compartilhando experiências nas comunidades de caracterização de reservatórios, engenharia de poço, engenharia naval,
elevação e escoamento, gerenciamento de água e práticas operacionais. Rompendo fronteiras organizacionais, o programa integra
2,5 mil empregados de Unidades no Brasil e no exterior.
A participação dos empregados na transmissão de conhecimento técnicos, culturais e empresariais é valorizada no projeto
Histórias Petrobras, que reúne narrativas e estudos de caso. Esta
iniciativa sistematiza informações associadas a marcos históricos,
difundindo conhecimentos estratégicos em apoio à compreensão
da trajetória da Companhia. Os primeiros temas abordados são
a história da Província Petrolífera de Urucu, no Amazonas, e a do
campo de Guando, na Colômbia.
Na melhoria contínua do relacionamento com a sociedade, a Companhia implantou a Rede de Colaboração da função
Comunicação (ReCol). A iniciativa valoriza boas práticas desenvolvidas nas Unidades, reforçando o entendimento e o desdobra-
82
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Construção de módulo
da plataforma P-52
mento das diretrizes corporativas de comunicação.
A Petrobras participa de dois grupos de Gestão do
Conhecimento coordenados pelo American Productivity &
Quality Center (APQC), visando ao aperfeiçoamento das práticas
internas a partir de exemplos de empresas de Classe Mundial. Em
2006, no Most Admired Knowledge Enterprise (Make), prêmio
da instituição inglesa Know Network aos destaques em conhecimento empresarial, a Companhia foi a quarta colocada entre as
18 maiores do setor mundial de petróleo, na condição de única
empresa da América Latina entre as 55 finalistas. +
Ativos Intangíveis
Capital de Relacionamento
Pesquisas avaliam
percepção externa
A Petrobras desenvolve amplas pesquisas de opinião para aferir como suas práticas e projetos
são vistos e avaliados pelas partes interessadas.
Estas sondagens, que têm dotado a Companhia de
conhecimentos sobre o ambiente socioeconômico
em que atua, baseiam-se em 18 indicadores, que permitem avaliar as percepções a respeito de gestão,
competitividade, crescimento, atuação no exterior, visão de futuro, apoio social, ética, e responsabilidade social e ambiental.
A média ponderada das pontuações dos indicadores no segmento opinião pública dá origem a um indicador geral. As informações resultantes das pesquisas são consolidadas no Sistema de
Monitoramento da Imagem Corporativa (Sísmico). Por meio dessa ferramenta de gestão da reputação da Companhia, a administração pode
acompanhar a evolução da imagem da Petrobras e ajustar as políticas e
ações de comunicação e as práticas de gestão em diversas áreas.
Relacionamento com
investidores
No encerramento de 2006, a Companhia contava com mais de 350
mil acionistas e cotistas de fundos dedicados às ações da Petrobras.
Para aprimorar o relacionamento com este público, a Companhia
mantém um programa constante de relacionamento com seus
*
* Sistema de Monitoramento da Imagem Corporativa
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
83
| capital de relacionamento
Ativos Intangíveis
Pesquisa de Percepção com Acionistas
(Pontuação de 0 a 100)
Atuação no
exterior
95
Visão de futuro
93
Lucratividade
92
Tecnologia
90
Sentimentos
89
Competitividade
88
Condições de
trabalho
84
Gestão
81
Ética
80
Energias
alternativas
79
Responsabilidade
ambiental
79
Comunicação com
acionistas
78
Transparência
78
Apoio social
77
Governança
corporativa
76
Indicador geral
84
|
relatório anual 2006 |
85
petrobras
investidores, por meio de roadshows, reuniões abertas, conference
calls, chats, jornal do acionista, atendimento telefônico e por e-mail,
eventos especializados, website, e outros meios de comunicação.
Além disso, realiza pesquisa anual na qual avalia a qualidade do atendimento e a percepção a respeito da Companhia em
aspectos como lucratividade, competitividade, gestão, visão de
futuro, governança corporativa, ética, tecnologia, transparência
e responsabilidade social e ambiental.
Relacionamento com
fornecedores
Manteve-se em 2006 a integração das empresas de materiais e
serviços num só cadastro de fornecedores, alinhado às diretrizes corporativas de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) e
Responsabilidade Social. Uniformizando metodologias e racionalizando esforços, a Petrobras aperfeiçoou os critérios técnicos,
jurídico-fiscais e econômico-financeiros para o cadastramento,
além de adotar novos processos – centralizados e regionais – de
avaliação e qualificação.
O novo cadastro inclui, também, um questionário sobre
ações de responsabilidade social. Com questões elaboradas pelo
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, a sondagem tem por objetivos a formação de um retrato das práticas
desenvolvidas na área pelos fornecedores, assim como o estímulo
de melhorias e a valorização de boas iniciativas.
Uma das ferramentas utilizadas para estreitar as relações com
os fornecedores é a internet, por meio do Portal do Cadastro. Para a
aquisição de bens e serviços destinados às necessidades operacionais e aos novos empreendimentos, a Petrobras tem cerca de 5 mil
empresas inscritas. Em todo o País, cerca de 40 mil firmas fornecem
bens e serviços de menor porte às unidades operacionais.
As novas Condições de Fornecimento de Materiais (CFM)
Bolsa de Valores de
São Paulo – Bovespa
40 mil
firmas no país fornecem
bens e serviços de menor
porte às unidades
operacionais
vigoram, na aquisição de bens, para os contratos firmados desde
1º de novembro de 2005. As CFM, resultantes da interação entre a
Petrobras e as associações de classe dos fornecedores, adaptaram
as cláusulas à legislação e às práticas do mercado. A Companhia
adotou, também, novas condições de pagamento para bens com
longo tempo de fabricação fornecidos por empresas brasileiras.
A Petrobras manteve a parceria com o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para incentivar a
inserção competitiva de empresas de pequeno porte na cadeia
produtiva do petróleo, gás natural e energia elétrica. O convênio
abrange 12 estados com Unidades de Negócio da Companhia
e totaliza aporte de R$ 12 milhões em três anos – R$ 6 milhões,
aplicados pelo Sebrae. Devido à grande adesão à iniciativa, os
investimentos das empresas participantes, inicialmente de R$ 3
milhões, subiram para R$ 16,7 milhões.
Contratação de bens e serviços
A Petrobras efetuou contratações diretas de bens e serviços no
valor de US$ 20,8 bilhões em 2006, sendo US$ 4 bilhões em aquisições de materiais e US$ 16,8 bilhões em contratação de serviços.
Deste total, 88% dos materiais e 70% dos serviços foram adquiridos de fornecedores instalados no País, resultando na participação
destes em 73% das contratações efetuadas em 2006.
Parte das aquisições foi efetuada pelo portal de negociações
eletrônicas Petronect, que registrou, no ano, 22.719 fornecedores
no Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Estados Unidos,
Peru, Cingapura e Venezuela. Desde outubro de 2003, as empresas
do Sistema Petrobras realizaram pelo Portal Petronect 216 mil
compras, 125 leilões diretos e 274 leilões reversos. +
16937
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
85
Miguel Ângelo Estephanio
Engenheiro de terminais e dutos,
consultor de Gestão de Riscos
Visão de Futuro: O exemplo da
Companhia deve sempre inspirar a busca
do progresso e melhoria constante.
86
|
relatório anual 2006 |
petrobras
“A Petrobras tem condições de
desenvolver projetos em várias áreas
de energia, gerando riqueza, emprego
e melhorando as condições de vida
das pessoas.”
Gestão
Empresarial
88
Mercado de Capitais 91
Gestão de Riscos 96
Governança Corporativa 99
Desempenho Empresarial
O preço do petróleo atingiu níveis elevados no mercado internacional em 2006, mas a
Petrobras manteve a política adotada no ano anterior para evitar o repasse ao consumidor das oscilações dos preços internacionais. Porém, o aumento dos preços da gasolina
e do diesel, em setembro de 2005, e o reajuste dos demais derivados resultaram em
um valor médio de comercialização dos derivados no mercado interno 8% superior ao
de 2005. Os bons resultados da Companhia ao longo do ano foram reconhecidos pelo
mercado e contribuíram para a valorização nominal de seus papéis nas bolsas. As ações
registraram alta de 31,94% (ordinárias) e 33,83% (preferenciais, as de maior liquidez).
A gestão dos riscos, que leva em conta a natureza de suas atividades, é feita de forma
integrada, buscando equilíbrio entre os objetivos de crescimento e retorno e o nível de
exposição. E na área de governança corporativa, a Companhia adota procedimentos
compatíveis com as normas dos mercados em que atua, monitorando continuamente
a implementação e a aplicação das práticas estabelecidas.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
87
Gestão Empresarial
Desempenho Empresarial
Recordes em lucro
e investimentos
O preço do petróleo atingiu níveis extrema­­
mente elevados no mercado internacional­
em 2006. A média do Brent (US$ 65,14/­barril) foi
19,8% superior à do ano anterior, apresentando
pico médio mensal de US$ 73,66/barril em julho.
A alta teve impacto direto sobre os custos de
extração do petróleo nacional e de aquisição
do óleo importado, que representaram, em média,
20,5% da carga fresca processada.
A política de preços adotada em 2005 foi mantida, como
forma de evitar o repasse imediato ao consumidor da volatilidade
dos preços internacionais. O preço médio de realização dos derivados no mercado interno foi de R$ 154,45/barril — 8% superior
ao do ano anterior.
As principais causas desse resultado foram o aumento dos
preços da gasolina e do diesel, em setembro de 2005; a comercialização do Diesel S500 — de melhor qualidade — no começo
de 2005; e o reajuste dos demais derivados, com destaque para a
nafta, o óleo combustível e o querosene de aviação, que tiveram
preços ajustados às flutuações internacionais.
A comercialização total da Petrobras — incluídos gás natural, álcoois, nitrogenados, exportações e vendas internacionais
— atingiu 3 milhões 048 mil boe, superando em 9% os 2 milhões
808 mil boe de 2005.
O volume de vendas da Companhia no mercado interno registrou taxa de crescimento de 3%. As vendas de gás natural cresceram
7%, impulsionadas pela expansão do mercado Sul-Sudeste, enquanto
as de derivados subiram 3%. A comercialização de energia elétrica
88
|
relatório anual 2006 |
petrobras
19%
crescimento no volume
de vendas no mercado
internacional
cresceu 8,7%, com a entrada em vigor de contratos fechados em anos
Sede da Petrobras com
iluminação especial em
comemoração à conquista
da auto-suficiência,
Rio de Janeiro, RJ
anteriores e o aumento dos volumes em contratos vigentes.
Aumento da receita
A receita operacional bruta consolidada alcançou R$ 205,4
bilhões, enquanto a receita operacional líquida atingiu R$ 158,2
bilhões – valores que superam os de 2005 em 15% e 16%, respectivamente. Para o resultado, contribuíram o aumento dos preços
nos mercados interno e externo, e o crescimento de 3% no volume
de vendas no mercado nacional e de 19% no internacional.
No mercado interno, a receita líquida subiu R$ 10,9 bilhões
(12,3%), devido principalmente à elevação da receita de diesel
(11,6%), gasolina (18,8%) e nafta (12,2%). O volume de vendas
de gasolina cresceu 7,3% (21 mil barris/dia) – sobretudo devido
à redução do teor de álcool anidro, em março –, superando o
aumento da comercialização de diesel, de 1,1% (7 mil barris/dia),
e nafta, de 5,1% (8 mil barris/dia). O efeito da elevação de preços
foi mais forte, porém, sobre o diesel, atingindo 11% (R$ 0,11/
litro), enquanto a gasolina e a nafta tiveram, respectivamente,
aumentos de 9,1% (R$ 0,08/litro) e 6,5% (R$ 0,08/litro).
A receita líquida no mercado externo aumentou R$ 3 bilhões,
com destaque para a de exportação de petróleo, que cresceu 29% em
relação a 2005, enquanto a receita de derivados diminuiu 2,3%.
Resultado econômico-financeiro
O lucro operacional atingiu R$ 42,2 bilhões – 6% acima do obtido
no ano anterior – em função do aumento da receita operacional
líquida, da produção e do processamento do petróleo nacional,
que fez crescer 23% o custo dos produtos e serviços vendidos,
enquanto o aumento do preço de referência Brent foi de 19,8%.
O lucro líquido atingiu R$ 25,9 bilhões, superando em 9% o
alcançado em 2005.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
89
| Desempenho empresarial
reais foi o preço médio do
barril de derivados
no mercado interno
Gestão Empresarial
154,45
| desempenho empresarial
Gestão Empresarial
23%
Índice de retorno do
capital empregado
O EBITDA (lucros antes da cobertura de juros, impostos, amortizações e depreciações) foi, em conseqüência, de R$ 50,9 bilhões
– 9% maior que o apurado em 2005. O retorno sobre o capital empregado (Roce) atingiu 23% – uma redução de um ponto percentual.
O resultado financeiro alcançou R$ 1,3 bilhão negativo, comparado ao obtido em 2005 (R$ 2,8 bilhões negativos), influenciado
pela valorização do real frente às principais moedas utilizadas pela
Petrobras, bem maior que a registrada em 2005.
O ativo total da Companhia atingiu R$ 210,5 bilhões – um
crescimento de 15%, decorrente do aumento de 14,4% do ativo
imobilizado, 11,6% do circulante e 16% do realizável a longo
prazo. Somente o caixa e as aplicações financeiras representaram
63% da variação do ativo circulante.
A contrapartida no passivo ocorreu principalmente no patrimônio líquido, com crescimento de 23,8%, com destaque para a
variação de 45% no capital realizado. No endividamento, a alavancagem (endividamento líquido sobre capitalização líquida)
foi reduzida de 24%, em 2005, para 16%.
Investimentos
A Petrobras realizou investimentos de R$ 33,7 bilhões – 31% superiores aos efetuados em 2005 –, em linha com o Plano Estratégico
2015. Na área de Exploração e Produção, foram aplicados R$ 15,3
bilhões, com prioridade para o aumento da produção e das
reservas. No Abastecimento, os recursos investidos somaram
R$ 4,2 bilhões, voltados à agregação de valor ao petróleo e ao gás
natural. Na atividade Internacional, os investimentos foram de
R$ 7,2 bilhões, segundo a estratégia da Companhia de liderar, como
empresa integrada, o mercado de energia na América Latina.
Do total, R$ 3,5 bilhões foram aplicados por meio de sociedades de propósito específico (SPEs), com crescimento de 47% em
relação aos recursos investidos dessa forma no ano anterior. +
90
|
relatório anual 2006 |
petrobras
33,7
bilhões
15,3
bilhões
7,2
bilhões
de reais em investimentos feitos
pela Companhia no ano,
valor 31% superior ao de 2005
de reais aplicados na área de Exploração e
Produção, com prioridade para o aumento
da produção e das reservas
de reais foram destinados à atividade
Internacional, com vistas a tornar a
Companhia líder do mercado de energia
na América Latina
Gestão Empresarial
Mercado de capitais
Ações: valorização
de 40% no exterior
O ano foi positivo para a Petrobras nas bolsas. A
valorização nominal dos papéis da Companhia – de
31,94% para as ações ordinárias (PETR3) e de 33,83%
para as preferenciais (PETR4) – ficou em linha com
o desempenho do Ibovespa, que se valorizou 33% em
2006. Entretanto, considerando-se os dividendos
pagos ao longo do ano (referentes ao exercício
de 2005), a valorização das ações da Petrobras foi
de 38% (ordinárias) e de 41% (preferenciais).
As ações preferenciais foram as de maior liquidez quanto
ao volume financeiro e número de negócios, com média, respectivamente, de R$ 282 milhões e de 4.414 negócios por dia. Este
desempenho garantiu à Petrobras o primeiro lugar como empresa
de maior peso na carteira teórica do Ibovespa – 13,80% para o período janeiro-abril de 2007. Somando-se os números dos papéis ON e
PN, a Companhia girou cerca de R$ 336 milhões diários – mais de
16% do volume financeiro médio da Bovespa em 2006.
Na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), em função da
valorização do real frente ao dólar, o retorno aos detentores de
títulos da Petrobras (ADRs) foi ainda maior: os recibos representativos das ações ON (PBR) tiveram valorização nominal de 45%,
e os das PN (PBRA), de 44%. Os papéis da Petrobras superaram
importantes índices, como o Dow Jones (+ 16%), a maior referência da bolsa americana; o Amex Oil Index (20%), composto por
grandes empresas do setor de óleo e gás; e o Nyse’s International
100 (21%), que reúne os cem ADRs mais líquidos.
A Petrobras foi a empresa não-americana mais negociada
na Bolsa de Valores de Nova York, considerando-se a soma do
Seminário
de melhores
práticas de
divulgação de
informações
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
91
| mercado de capitais
Gestão Empresarial
Mesa de
operações
comerciais no
escritório
da Petrobras
em Londres
volume financeiro médio diário das duas classes de recibos da
Companhia. No total, os recibos ordinários movimentaram na
Nyse US$ 227 milhões por dia em média, e os preferenciais, US$
99 milhões.
Em 2006, pela primeira vez, o valor de mercado da Petrobras
ultrapassou US$ 100 bilhões na média mensal (dezembro),
fechando o ano em US$ 108 bilhões. É a maior cifra dentre todas
as empresas de capital aberto da América Latina e representa um
aumento de 45% em relação a 2005 (US$ 74 bilhões) e de 155%
na comparação com 2004 (US$ 42 bilhões). Em reais, o valor de
mercado atingiu US$ 230 bilhões ao final de 2006, contra R$ 174
bilhões em 2005 e R$ 112 bilhões em 2004.
Ao longo do ano, a Companhia aumentou em 20% sua base
de acionistas na Bovespa, fechando 2006 com 168 mil acionistas.
Esta conquista reflete não só o desdobramento de ações realizado
em 2005, que tornou as ações mais acessíveis a pequenos investidores, como também a crescente confiança dos investidores no
modelo de administração da Petrobras.
Em abril, a Companhia listou suas ações ordinárias e preferenciais na Bolsa de Comércio de Buenos Aires. Esta listagem abre
a possibilidade aos investidores argentinos de investir diretamente
nas ações da Petrobras, e permite à Companhia ampliar sua base
acionária e fortalecer sua marca junto à sociedade daquele país.
A governança corporativa da Petrobras, comprometida
com princípios éticos, de transparência e de responsabilidade
socioambiental, garantiu a listagem das ações da Companhia no
seleto Índice Mundial de Sustentabilidade da Dow Jones. Tratase do mais importante índice de sustentabilidade no mundo,
que serve como parâmetro para análise dos investidores social
e ambientalmente responsáveis. Em novembro, foi anunciada
a entrada das ações da Petrobras no Índice de Sustentabilidade
Empresarial da Bovespa.
92
|
relatório anual 2006 |
petrobras
volume financeiro negociado na nyse
(Média diária em 2006 - US$ milhões)
326
Petrobras*
242
BP
232
CVRD*
Petrobras
(ordinárias)
227
212
Nokia
172
CVRD (ordinárias)
America Movil*
154
America Movil
(series L)
153
BHP Billiton
Cemex
114
105
Total
100
Petrobras
(preferenciais)
99
Taiwan
Semiconductor
93
RD Shell
90
Elan
87
*Soma de todos os programas de ADR da Companhia
Fonte: Bloomberg
Gestão Empresarial
| mercado de capitais
Pela primeira vez, o valor de mercado
da Petrobras ultrapassou US$ 100
bilhões na média mensal (dezembro),
fechando o ano em US$ 108 bilhões. É a
maior cifra dentre todas as empresas de
capital aberto da América Latina.
número de acionistas na bovespa
167.580
31/12/06
160.395
31/06/06
31/12/05
31/06/05
140.060
128.962
Recompra de ações
Foi anunciado, em dezembro, um programa de recompra de
ações, que autoriza a Companhia recomprar até 91,5 milhões de
ações preferenciais – 4,9% do total de ações PN em circulação
– até dezembro de 2007. A decisão de recompra reflete o entendimento da administração de que há uma defasagem do preço
da ação à luz das perspectivas de crescimento e rentabilidade
da Petrobras e objetiva reduzir o custo financeiro da Companhia
no curto prazo.
Dividendos
No decorrer do ano, os acionistas da Petrobras receberam dividendos relativos a 2005 que totalizaram R$ 1,6562 por ação ON ou PN.
Isso representa um aumento de 39% em relação aos dividendos
distribuídos no ano anterior, em linha com o aumento de 40% no
lucro líquido da Companhia. Para o exercício de 2006, o Conselho
de Administração propôs a distribuição de R$ 7,897 bilhões em
dividendos, equivalentes a R$ 1,80 por ação, um aumento de 8,7%,
em linha com a evolução do lucro.
Financiamentos corporativos
Em 2006, a Petrobras apresentou manutenção do quadro de elevado grau de liquidez e melhora em seu custo de captação, associada ao grau de investimento atribuído pela agência de rating
Moody´s Investor Services em outubro de 2005 e pela agência
Standard and Poor’s em janeiro de 2007. Com base neste cenário,
a Companhia desenvolveu estratégias de gerenciamento de passivos que incluíram o pré-pagamento de dívidas, renegociação das
condições contratadas e novas captações estratégicas.
Em relação aos pagamentos antecipados, a Petrobras realizou, em março, o pré-pagamento de duas séries do Programa
de Securitização de Bunker e Óleo Combustível, reduzindo
o volume principal remanescente para US$ 577,6 milhões,
além de obter o consentimento dos investidores das séries
restantes­ para: retirada do bunker do programa; redução do
custo de seguro; e redução do limite mínimo de média diária
de exportação. Outros contratos financeiros também tiveram
suas condições revisadas, o que resultou em reduções de taxas
de juros e exclusão de mecanismos de seguro (seguros de risco
político e cartas de crédito).
No mercado internacional de capitais, a Companhia, por
meio de sua subsidiária PIFCo, realizou em julho uma operação
de recompra de US$ 888 milhões de títulos. Levando-se em conta
o montante já recomprado no passado pela Petrobras, essa operação resultou no cancelamento de US$ 1,215 milhão da dívida
existente no mercado de capitais. Em fevereiro de 2007, foi concluída a operação de troca de cinco séries de títulos antigos da
PIFCo por novos títulos com vencimento em 2016, no valor total
de US$ 399.053.000 (valor de face).
Em setembro, a PIFCo realizou uma emissão privada de
bonds no Japão, em ienes, no montante equivalente a US$ 300
milhões, com prazo de dez anos, cupom de 2,15% a.a. e garantia
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
93
| mercado de capitais
Gestão Empresarial
888
milhões de dólares:
valor da recompra de
títulos feita em junho no
mercado internacional
parcial do JBIC, com o objetivo de reabrir o mercado japonês e
diversificar a base de investidores da Companhia.
Em outubro de 2006, a PIFCo realizou a primeira emissão
de Global Notes após a obtenção de grau de investimento, com o
objetivo de introduzir um novo referencial de custo de captação
para o Grupo. A emissão representou o menor custo histórico para
a PIFCo para o prazo de dez anos (cupom de 6,125% a.a., retorno
ao investidor de 6,185% a.a.) e teve a maior parte da demanda originada do mercado de high grade. Adicionalmente, a Companhia
introduziu melhorias em suas obrigações contratuais (covenants).
Nas operações com o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), a Petrobras sacou US$ 314 milhões,
por intermédio da subsidiária PNBV, para a construção das plataformas P-51 e P-52.
Nas linhas de crédito no mercado bancário internacional,
foram captados US$ 2,112 bilhões, montante 20% superior ao
de 2005, sendo 97% para dar suporte às operações de subsidiárias, e o restante relacionado às atividades de comercialização de
petróleo e derivados.
Com o objetivo de proporcionar um “colchão” de liquidez
à Companhia, a PIFCo contratou, desde 2004, US$ 675 milhões
em standby facilities, que permitem saques de qualquer valor, no
prazo de dois anos, limitados ao volume total contratado, com
prazo para pagamento do principal em um ano.
Em relação às garantias bancárias, o volume contratado pela
Petrobras e subsidiárias alcançou US$ 4,126 bilhões – 107,86%
superior ao de 2005.
Projetos estruturados
A Companhia captou recursos no mercado financeiro do País e
do exterior por meio de operações estruturadas na modalidade
project finance, para financiar empreendimentos nas áreas de
94
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Abastecimento, Exploração e Produção, e Gás e Energia. As captações foram realizadas por Sociedades de Propósito Específico
(SPEs) criadas para cada projeto.
Na área de Abastecimento, a Petrobras firmou, em maio, os
contratos de estruturação financeira do Projeto de Modernização
da Refinaria Henrique Lage (Revap) no valor de US$ 900 milhões.
O projeto de construção da plataforma P-53, destinada à
produção no campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos, teve
seu empréstimo-ponte, contratado com o ABN AMRO, renovado
em agosto e seu empréstimo sindicalizado refinanciado em setembro. O valor total destas operações atingiu US$ 1,1 bilhão, dos
quais US$ 350 milhões correspondem ao empréstimo-ponte e
US$ 750 milhões ao empréstimo sindicalizado.
Ainda na área de Exploração e Produção, foi concluído, em
setembro, o refinanciamento do empréstimo sindicalizado junto aos
bancos comerciais para o Plano Diretor de Escoamento e Tratamento
de Óleo da Bacia de Campos (PDET). A melhoria das condições de
crédito em relação àquelas vigentes quando da estruturação financeira, em março de 2005, permitiu a redução do spread e o cancelamento dos seguros de risco político e comercial dessa captação.
Na área de Gás e Energia, dois empréstimos-ponte adicionais
para o Gasoduto de Interligação Sudeste–Nordeste (Gasene) foram
fechados com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) em dezembro. Um dos empréstimos, no valor de
R$ 1,05 bilhão, será aplicado na compra de tubos do trecho entre
Cacimbas (ES) e Catu (BA); o outro, de R$ 312 milhões, será destinado ao trecho entre Cabiúnas (RJ) e Vitória (ES).
Em novembro, a Petrobras Netherlands BV (PNBV) assinou
um contrato de financiamento (Co-Financing Term Loan Facility
Agreement) com o The Export-Import Bank of Korea – K-Exim (entidade oficial de crédito da Coréia do Sul) e o BNPParibas. O contrato,
no valor de US$ 360 milhões e com prazo de oito anos, destina-se a
| mercado de capitais
Gestão Empresarial
Operação de deck-mating
da plataforma P-52,
Angra dos Reis, RJ
financiar o investimento da Petrobras em duas plataformas de produção de petróleo que serão construídas nos estaleiros Hyundai
Heavy Industries e Daewoo Shipyard & Marine Engineering, ambos
na Coréia do Sul. As plataformas serão utilizadas em campos de
petróleo no exterior nos quais a Petrobras tem participação. +
PROJETOS ESTRUTURADOS
Ano de estruturação
Valor US$ milhões
Marlim
1998
1.500
Albacora
2000
410
Barracuda / Caratinga
2000
3100
Cabiúnas
2000
850
Espadarte, Voador e Marimbá (EVM)
2000
1076
NovaMarlim
2001
834
Pargo, Congo, Garoupa, Cherne e Carapeba (PDCG)
2001
85,5
Malhas
2003
1.000
Companhia Locadora de Equipamentos Petrolíferos (Clep)
2004
1.250
Plano Diretor de Escoamento e Tratamento de Óleo da Bacia de Campos (PDET)
2005
1.270 1
Certificado de Recebíveis Imobiliários – CRI Macaé
2005
200 2
Modernização da Refinaria Revap
2006
900
Notas:1. Devido ao aumento dos custos, o valor do projeto passou de US$ 910 milhões para US$ 1,27 bilhão
2. Valor em reais
PROJETOS EM ESTRUTURAÇÃO
Valor US$ milhões
Gasoduto Urucu-Coari-Manaus e Termelétrica de Manaus (Amazônia)
1.300
Construção da Plataforma P-53 (Marlim Leste)
1.180
Gasene
2.000
Mexilhão
595
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
95
Gestão Empresarial
Gestão de riscos
Gerenciamento
alinhado às metas
corporativas
A Petrobras gerencia os riscos de forma integrada,
beneficiando-se de possíveis proteções naturais.
A Companhia busca o equilíbrio adequado entre
os objetivos de crescimento e retorno e o nível
de exposição a riscos inerentes às operações ou
relacionados ao contexto em que atua.
Pela natureza de suas atividades, a Petrobras está sujeita a
uma série de riscos de mercado, como as variações dos preços
de petróleo e derivados, taxas cambiais e juros. Com o gerenciamento dos riscos alinhado aos objetivos e metas corporativas, a
Companhia objetiva a segurança das operações e a execução de
seu plano de investimentos, a fim de manter a rentabilidade e
crescer de forma sustentável.
As proposições de gestão de riscos são discutidas pelo
Comitê de Gestão de Riscos, integrado por executivos das áreas
de negócio e corporativas. Isto proporciona uma visão integrada
das questões e facilita, para a Diretoria Executiva e o Conselho de
Administração, a compreensão das exposições a riscos e eventual
tomada de decisão.
No gerenciamento de riscos de mercado de petróleo e derivados,
seguindo a premissa de avaliação periódica e sistemática da exposição
líquida consolidada do risco de preço, as operações com derivativos
têm, como conseqüência, se limitado a transações específicas de curto
prazo (até seis meses), protegendo o resultado de operações físicas,
fazendo uso de contratos futuros, swaps e opções, e utilizando métricas
de controle segundo diretriz específica de gestão de riscos.
96
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Unidade de processamento
de gás natural do Pólo
industrial de Urucu, AM
de dólares foi o valor dos
ativos segurados
Crédito
Em consonância com as alterações recentes no ambiente regulatório do País, a Petrobras adequou sua política de crédito à nova
realidade do mercado. A postura tem assegurado a atratividade
das vendas a prazo, sem elevação desnecessária do nível de exposição ao risco de crédito.
Para a análise dessas operações, a Companhia criou, em
2006, a Comissão de Crédito de Petroquímica. Seu funcionamento
segue o modelo das comissões das áreas de Abastecimento, e Gás
e Energia, criadas em 2004, quando também foi instituído um
sistema de análise de crédito (credit flow).
No mercado externo, em 2006, em sintonia com o aumento
das vendas da Petrobras, a análise e a concessão de crédito aos
clientes (exportação e abastecimento de navios) foram padronizadas e centralizadas.
Seguros
Em 2006, a Companhia teve aumento no prêmio final de suas
principais apólices – incêndio vultoso/riscos operacionais e riscos de petróleo. De US$ 29,4 milhões, em 2005, o prêmio passou
para US$ 34,5 milhões, com elevação de 17%. O valor dos ativos segurados cresceu 32%, subindo de US$ 32,7 bilhões para
US$ 43,2 bilhões.
A maior parte do risco da Petrobras está ressegurada no
mercado internacional. No País e no exterior, a Companhia mantém uma política permanente de divulgação de suas práticas de
gestão de risco, comunicando com rapidez e transparência ao
mercado segurador as informações relevantes sobre sinistros e
melhorias introduzidas.
A exemplo de outras grandes empresas de petróleo, a
Petrobras assume parcela expressiva de seu risco, contratando
franquias que podem atingir US$ 40 milhões. A Companhia não
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
97
| gestão de riscos
Gestão Empresarial
43,2
bilhões
| gestão de riscos
Gestão Empresarial
A maior parte do risco da Petrobras
está ressegurada no mercado
Internacional e a Companhia
mantém uma política permanente
de divulgação de suas práticas
de gestão de risco.
faz seguros de lucros cessantes e controle de poço no Brasil nem
da malha de dutos.
Plataformas, refinarias e outras instalações são cobertas
por apólices de incêndio vultoso/riscos operacionais e riscos de
petróleo. A movimentação de cargas tem a proteção de apólices
de transporte; e as embarcações, apólice de casco e máquinas. A
responsabilidade civil e os riscos ambientais têm cobertura de
uma ou mais apólices. Os projetos e instalações em construção,
cujo dano máximo provável excede US$ 40 milhões, estão protegidos contra riscos de engenharia mediante apólice contratada
pela Petrobras ou pelas empreiteiras.
Os ativos da Companhia são avaliados, para efeito de seguro,
tendo em vista o custo de reposição. Considerando-se o dano
máximo provável em cada instalação, o limite máximo de indenização da apólice de incêndio vultoso/riscos operacionais é de
US$ 600 milhões.
A maioria das atividades no exterior é segurada ou ressegurada pela Bear Insurance Co. Ltd., com sede em Bermuda.
Seguradora cativa, a Bear não retém risco, repassando-o integralmente ao mercado. +
Seguros
50
0,30%
0,25%
40
0,20%
30
0,15%
20
0,10%
10
0
0,05%
1999
2000
Valores segurados (US$ bilhões)
98
|
relatório anual 2006 |
2001
Prêmio (US$ milhões)
petrobras
2002
Taxa %
2003
2004
2005
2006
0
Gestão Empresarial
Governança Corporativa
Práticas são
revistas de forma
permamente
As práticas de governança corporativa são apri­
moradas de forma permanente, assim como o rela­
cionamento com acionistas, clientes, fornecedo­
res, empregados e demais públicos de interesse. A
Companhia adota procedimentos de gestão com­
patíveis com as normas dos mercados em que atua,
monitorando continuamente a implementação e
a aplicação das práticas estabelecidas.
No Brasil, a Petrobras está sujeita às regras da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) e da Bolsa de Valores de São Paulo
(Bovespa). No exterior, cumpre as normas da Securities and
Exchange Commission (SEC) e da New York Stock Exchange (Nyse),
nos Estados Unidos, e do Latibex da Bolsa de Madri, na Espanha. A
partir de 2006, com a listagem de suas ações na Argentina, passou a
estar sujeita também às normas da Comisión Nacional de Valores
(CNV) e da Bolsa de Comércio de Buenos Aires.
A Companhia mantém em análise o processo de adesão formal aos níveis diferenciados de governança corporativa da Bolsa
de Valores de São Paulo e, desde as reformas estatutárias de 2002,
está alinhada às práticas e aos regulamentos estabelecidos.
Foi dado prosseguimento ao programa de treinamento
em governança para executivos e empregados cuja atuação
envolva diretamente o relacionamento com empresas do Sistema
Petrobras, promovendo a conscientização sobre a importância
do tema e difundindo as melhores práticas adotadas no Brasil e
no exterior.
Em 2006, com a participação dos empregados, foi concluído
o processo de revisão do Código de Ética do Sistema Petrobras,
que teve por objetivos promover a atualização do instrumento e
adequá-lo às exigências da Lei Sarbanes-Oxley (SOX) quanto à
abordagem de itens específicos aos Códigos de Ética das empresas
com ações na Bolsa de Valores de Nova York.
Em atendimento à SOX, a Petrobras divulga no Form 20-F
(Annual Report, exigido pela SEC) que um dos nove membros do
Conselho de Administração, eleitos na Assembléia Geral Ordinária
de 3 de abril de 2006, é especialista financeiro. +
k No Relatório Anual de 2006,
arquivado na SEC, a Petrobras
certifica a efetividade de
seus controles internos em
atendimento à seção 404 da SOX.
k Com a participação dos
empregados, foi concluída a
revisão do Código de Ética da
Petrobras, que foi atualizado e
adequado às exigências legais.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
99
| governança corporativa
Gestão Empresarial
Controles internos
O Programa Integrado de Sistemas e Métodos de Controles
Internos (Prisma), incluído na agenda estratégica da Petrobras e
atualmente incorporado à Gerência Geral de Controles Internos
da Companhia, concluiu os trabalhos para atendimento aos requisitos da Seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley.
As atividades desenvolvidas em 2006, sob orientação do
Comitê de Gestão de Controles Internos da Companhia e monitoramento do Comitê de Auditoria, consistiram na conclusão do
mapeamento, documentação e manutenção da estrutura de controles internos para mitigação dos riscos associados aos relatórios
financeiros consolidados do Sistema Petrobras.
A Gerência Geral de Controles Internos da Petrobras, fundamentada principalmente nas orientações do Public Company
Accounting Oversight Board (PCAOB), do Committee of
Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (Coso)
e do Control Objectives for Information and Related Technology
(Cobit), deu continuidade à implementação das melhores práticas de governança corporativa e de controle sobre processos de
negócios, serviços, financeiros e de tecnologia da informação.
A Petrobras validou, junto aos auditores independentes,
o desenho dos processos e controles de impacto relevante nos
Relatórios Financeiros Consolidados. Foram remediadas todas as
deficiências que pudessem representar risco significativo ou material à certificação de controles internos. As Auditorias Internas do
Sistema, vinculadas aos Conselhos de Administração, aplicaram
novos testes de efetividade de controles, e não foram constatados
quaisquer desvios que comprometessem o julgamento da adequação da estrutura de controles da Companhia, tanto em nível
de entidade, como sobre processos e tecnologia da informação.
A documentação do desenho dos processos, dos controles
e dos testes de efetividade vem sendo armazenada regularmente
100
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Estrutura
de governança
corporativa
Na estrutura de governança corporativa da Petrobras estão
o Conselho de Administração e seus comitês, a Diretoria
Executiva, o Conselho Fiscal, a Auditoria Interna, a Ouvidoria
Geral, o Comitê de Negócios e os Comitês de Gestão.
Conselho de Administração
Órgão de natureza colegiada e com autonomia dentro de suas
prerrogativas e responsabilidades, estabelecidas por lei e
pelo Estatuto Social, tem como principais atribuições fixar as
diretrizes estratégicas da Companhia e supervisionar os atos
de gestão da Diretoria Executiva. Eleitos em Assembléia Geral
Ordinária para mandatos de um ano, permitida a reeleição,
são nove os integrantes do Conselho – sete representam o
acionista controlador; um, os acionistas minoritários titulares
de ações ordinárias; e um representa os acionistas titulares de
ações preferenciais.
Diretoria Executiva
Exerce a gestão dos negócios, em sintonia com a missão, os
objetivos, as estratégias e as diretrizes fixadas pelo Conselho
de Administração. É composta pelo presidente e seis diretores
eleitos pelo Conselho para mandatos de três anos, permitida a
reeleição, podendo ser destituídos a qualquer tempo. Somente
o presidente é membro do Conselho de Administração, sem,
no entanto, presidir o órgão.
| governança corporativa
Conselho Fiscal
Permanente e independente da administração, como prevê a Lei
das Sociedades Anônimas, é composto por cinco membros, com
mandatos de um ano, permitida a reeleição. Um deles representa
os acionistas minoritários; outro, os acionistas titulares de ações
preferenciais; e três atuam em nome da União – um deles indicado pelo ministro da Fazenda, como representante do Tesouro
Nacional. Cabe ao Conselho Fiscal representar os acionistas em
sua função fiscalizadora, acompanhando os atos dos administradores e verificando o cumprimento de seus deveres legais e
estatutários, bem como defender os interesses da Companhia e
dos acionistas.
Auditoria
A Auditoria Interna planeja, executa e avalia as atividades de
auditoria interna e atende às solicitações da Alta Administração
e de órgãos externos de controle. A Companhia se vale também
de auditoria externa, escolhida pelo Conselho de Administração,
com restrição de prestação de serviços de consultoria. É obrigatório, a cada cinco anos, o rodízio entre empresas de auditoria.
Ouvidoria Geral
A Ouvidoria Geral, vinculada ao Conselho de Administração,
planeja, orienta, coordena e avalia atividades que visem acolher
opiniões, sugestões, críticas, reclamações e denúncias dos
públicos de relacionamento da Companhia, promovendo as
apurações decorrentes e as providências a adotar. Cabe a essa
unidade atuar como canal para recebimento e processamento
de denúncias a respeito de questões contábeis, controles
internos e auditoria, incluindo a submissão confidencial e anônima por empregados, de modo a atender às exigências da Lei
Sarbanes-Oxley.
Comitês do Conselho de Administração
São três: Auditoria; Meio Ambiente; e Remuneração e Sucessão.
Seus integrantes pertencem ao Conselho e o assessoram no
cumprimento das responsabilidades de orientação e direção
superior da Companhia.
Comitê de Auditoria
Atendendo totalmente às exigências da Lei Sarbanes-Oxley, é
composto por três membros independentes do Conselho de
Administração, sendo seu presidente um especialista financeiro
– de acordo com as definições da SEC. Tem como função analisar
questões relacionadas à integridade dos relatórios financeiros
em US GAAP e à eficácia dos controles internos, assim como
supervisionar os auditores externos e internos da Petrobras.
Comitê de Negócios
Fórum de integração, atua na promoção do alinhamento entre o
desenvolvimento dos negócios, a gestão da Companhia e as diretrizes do Plano Estratégico, dando suporte ao processo decisório
da Alta Administração.
Comitês de Gestão
Fóruns para amadurecimento e aprofundamento de temas a
serem apresentados ao Comitê de Negócios, com o qual trabalham de forma articulada. Esta integração também existe entre
os Comitês de Gestão e no seu relacionamento com os Comitês
do Conselho de Administração.
A Companhia conta atualmente com os seguintes Comitês
de Gestão: Exploração e Produção; Abastecimento; Gás e
Energia; Recursos Humanos; Segurança, Meio Ambiente
e Saúde; Análise de Organização e Gestão; Tecnologia da
Informação; Controles Internos; Riscos; Tecnologia Petrobras;
Responsabilidade Social e Ambiental; e Marketing e Marcas.
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
101
Gestão Empresarial
Fábrica de emulsões
asfálticas, em São José
dos Campos, SP
| governança corporativa
Gestão Empresarial
em sistema integrado de gerenciamento de controles internos,
que monitora automaticamente o fluxo de papéis e responsabilidades, viabilizando a assinatura sobre a estrutura de controles
internos, desde os níveis das gerências responsáveis diretamente
pelos controles até os níveis superiores, chegando até o diretor
Financeiro e o presidente da Petrobras. Desta forma, os gestores,
a Gerência Geral de Controles Internos, as Auditorias Internas, a
Alta Administração e o Comitê de Auditoria podem visualizar, a
qualquer tempo, o diagnóstico atualizado da situação dos controles internos do Sistema Petrobras.
Divulgação de informações
Como parte de sua política de transparência no relacionamento
com o mercado de capitais, a Companhia realiza reuniões abertas
trimestrais para tornar públicos seus resultados e divulga seus
balanços trimestrais em BR GAAP e US GAAP. Em virtude da listagem de suas ações na Argentina, a partir do fechamento de 2006,
divulgará também seu balanço anual em US GAAP reconciliado
ao padrão argentino.
A Petrobras possui um documento interno que formaliza os
controles e procedimentos de divulgação de informações a serem
seguidos por todos os profissionais da Companhia, garantindo
que as informações divulgadas ao mercado sejam registradas,
processadas, elaboradas e disponibilizadas de acordo com as
normas e prazos legais. +
Trabalhador da Refinaria
Duque de Caxias, RJ
102
|
relatório anual 2006 |
petrobras
da Bacia de Santos. Além disso, foram realizadas reavaliações do
modelo de organização e gestão da Área de Negócio Internacional
e em algumas estruturas de Unidades de Negócio no exterior,
assim como a implementação da nova estrutura organizacional
da área Financeira. +
Gestão Empresarial
O modelo de organização da Petrobras, aprovado pelo Conselho
de Administração em outubro de 2000, vem sendo aprimorado
constantemente para se ajustar ao Plano Estratégico. Mudanças
promovidas na estrutura da Companhia em 2006 resultaram,
entre outras, na reorganização da área de Negócio de Gás e Energia
e na criação da Unidade de Negócio de Exploração e Produção
| governança corporativa
Organização Geral da Petrobras
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
103
Gestão Empresarial
Diretoria Executiva
José Sergio Gabrielli de Azevedo Presidente
Área Corporativa
Ouvidoria Geral Maria Augusta Carneiro Ribeiro
Auditoria Interna Gerson Luiz Gonçalves
Secretaria-Geral da Petrobras Hélio Shiguenobu Fujikawa
Gabinete do Presidente Armando Ramos Tripodi
Estratégia e Desempenho Empresarial Celso Fernando Lucchesi
Desenvolvimento de Sistemas de Gestão Antonio Sergio Oliveira Santana
Novos Negócios Rogerio Goncalves Mattos
Comunicação Institucional Wilson Santarosa
Jurídico Nilton Antonio de Almeida Maia
Recursos Humanos Diego Hernandes
Área Financeira
Almir Guilherme Barbassa Diretor
Finanças Pedro Augusto Bonésio
Planejamento Financeiro e Gestão de Riscos Jorge José Nahas Neto
Corporativo Daniel Lima de Oliveira
Contabilidade Marcos Antonio Silva Menezes
Tributário Maria Alice Ferreira Deschamps Cavalcanti
Relacionamento com Investidores Raul Adalberto de Campos
Área de Negócio de Gás e Energia
Ildo Luís Sauer Diretor
Gás e Energia Corporativo ANTONIO EDUARDO MONTEIRO DE CASTRO
Gás e Energia Desenvolvimento Energético MOZART SCHMITT DE QUEIROZ
Gás e Energia Marketing e Comercialização LUIZ ANTONIO COSTA PEREIRA
Gás e Energia Operações e Participações em Energia FERNANDO JOSÉ CUNHA
Gás e Energia Logística e Participações em Gás Natural SYDNEY GRANJA AFFONSO
104
|
relatório anual 2006 |
petrobras
| diretoria executiva
Área de Negócio de Exploração e Produção
Guilherme de Oliveira Estrella Diretor
Gestão Empresarial
E&P Corporativo Francisco Nepomuceno Filho
E&P Norte-Nordeste Solange da Silva Guedes
E&P Sul-Sudeste José Antonio de Figueiredo
E&P Engenharia de Produção José Miranda Formigli Filho
E&P Exploração Paulo Manuel Mendes de Mendonça
E&P Serviços Erardo Gomes Barbosa Filho
Área de Negócio de Abastecimento
Paulo Roberto Costa Diretor
Abastecimento Corporativo Venina Velosa da Fonseca
Abastecimento Logística Paulo Maurício Cavalcanti Gonçalves
Abastecimento Refino Alan Kardec Pinto
Abastecimento Marketing e Comercialização Nilo Carvalho Vieira Filho
Abastecimento Petroquímica e Fertilizantes JOSé LIMA DE ANDRADE NETO
Área de Negócio Internacional
Nestor Cuñat Cerveró Diretor
Internacional Corporativo Cláudio Castejon
Internacional Cone Sul Décio Fabrício Oddone da Costa
Internacional Desenvolvimento de Negócios Luís Carlos Moreira da Silva
Internacional Suporte Técnico aos Negócios Abílio Paulo Pinheiro Ramos
Internacional Américas, África e Eurásia SAMIR PASSOS AWAD
Área de Serviços
Renato de Souza Duque Diretor
Segurança, Meio Ambiente e Saúde RICARDO SANTOS AZEVEDO
Materiais MARCO AURELIO DA ROSA RAMOS
Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo A. Miguez de Mello Carlos Tadeu da Costa Fraga
Engenharia Pedro José Barusco Filho
Tecnologia da Informação Washington Luiz Faria Salles
Serviços Compartilhados Ricardo Antonio Abreu Ianda
Conselho de Administração
Conselho Fiscal
Presidente
Titulares
Dilma Vana Rousseff
Conselheiros
Silas Rondeau Cavalcanti Silva
Guido Mantega
José Sergio Gabrielli de Azevedo
Gleuber Vieira*
Arthur Antonio Sendas
Roger Agnelli
Fábio Colletti Barbosa
Jorge Gerdau Johannpeter
* a partir de 02/04/2007 foi substituído por Francisco Roberto de Albuquerque
Maria Lúcia de Oliveira Falcón
Nelson Rocha Augusto
Túlio Luiz Zamin
Erenice Alves Guerra
Marcus Pereira Aucélio
Suplentes
Celso Barreto Neto
Maria Auxiliadora Alves da Silva
Marcelo Cruz
Edison Freitas de Oliveira
Eduardo Coutinho Guerra
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
105
Glossário
ADR – AMERICAN DEPOSITARY RECEIPTS | Certificados negociáveis
um reservatório contínuo ou de mais de um reservatório, a pro-
nos Estados Unidos e que representam uma ou mais ações de uma
companhia estrangeira. Um banco depositário norte-americano
emite os ADRs contra o depósito das ações subjacentes, mantidas por
um custodiante no país de origem das ações. No caso das ações da
Petrobras, em 2006 cada ADR representava 4 ações subjacentes.
fundidades variáveis, abrangendo instalações e equipamentos
destinados à produção.
AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUS­
Carga fresca processada |
TÍVEIS (ANP) |
Órgão regulador do setor de petróleo e gás natural
Capacidade instalada | Capacidade
de processamento da uni-
dade, autorizada pela ANP.
Total de petróleo cru processado
nas plantas de destilação.
no Brasil
Total de petróleo cru, somado às
correntes de reprocessamento e derivados intermediários, processado nas plantas de destilação.
Carga (total) processada |
Combustível alternativo ao diesel, renovável e biodegradável, obtido a partir da reação química de óleos, de origem
animal ou vegetal com álcool, na presença de um catalisador (reação conhecida como transesterificação). Pode ser obtido também
pelos processos de craqueamento e esterificação.
Biodiesel |
BLOCO | Pequena parte de uma bacia sedimentar onde são desen-
volvidas atividades de exploração e produção de petróleo e gás
natural.
Cesta de referência da Opep | Saharan
Blend (Argélia), Minas
(Indonésia), Bonny Light (Nigéria), Arab Light (Arábia Saudita),
Dukhan (Catar), BCF-17(Venezuela), Iranian heavy, Kuwait
Crude, Es Sider (Líbia), Murban (Emirados Árabes Unidos) e
Basrah (Iraque).
Co-geração | Geração
BRENT | Mistura de petróleos produzidos no Mar do Norte, oriun-
dos dos sistemas petrolíferos Brent e Ninian, com grau API de
39,4º e teor de enxofre de 0,34%.
simultânea de eletricidade e energia térmica (calor/vapor de processo), por meio do uso seqüencial e eficiente de quantidades de energia de uma mesma fonte. Aumenta
a eficiência térmica do sistema termodinâmico como um todo.
BR GAAP |
Sigla que em inglês significa Generally Accepted
Accounting Principles in Brazil, representa os princípios contábeis geralmente aceitos no Brasil.
Condensado |
Bunker | Combustível para abastecer navios.
Conference call | Conferência telefônica com analistas, inves-
Campo |
106
Área produtora de petróleo ou gás natural a partir de
|
relatório anual 2006 |
petrobras
Líquido do gás natural, obtido no processo de
separação normal de campo, que é mantido na fase líquida nas
condições normais de pressão e temperatura.
tidores institucionais e investidores individuais no período em
que a Companhia reporta seus resultados financeiros do trimestre
mais recente. A conferência deve incluir também informações
relacionadas à visão de futuro da Empresa.
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) | Mistura de hidrocarbonetos
Coqueamento retardado | Forma mais severa de craqueamento
com alta pressão de vapor, obtida do gás natural em unidades de
processo especiais, que é mantida na fase líquida em condições
especiais de armazenamento na superfície.
térmico, transforma resíduo de vácuo em produtos mais leves,
produzindo, adicionalmente, coque
Gás natural | Todo hidrocarboneto ou mistura de hidrocarbonetos
raqueamento catalítico | Processo de refino que converte óleos
destilados pesados em frações leves de maior valor comercial, tais
como gasolinas, gás liquefeito de petróleo (GLP) e naftas.
que permaneça em estado gasoso nas condições atmosféricas normais, extraído diretamente a partir de reservatórios petrolíferos ou
gaseíferos, incluindo gases úmidos, secos, residuais e gases raros.
Gás natural liquefeito (GNL) | Gás
Contrato ou título cujo valor está relacionado aos
movimentos de preço de um título, instrumento ou índice subjacente. Pode ser utilizado como instrumento de hedge.
Derivativo |
natural resfriado a temperaturas inferiores a -160ºC para transferência e estocagem como
líquido.
Gasolina natural | Líquido do gás natural, cuja pressão de vapor é
Doença do trabalho | Doença
adquirida ou desencadeada em
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e que
com ele se relaciona diretamente.
um meio-termo entre a do condensado e a do gás liquefeito de petróleo, obtido por um processo de compressão, destilação e absorção.
Governança corporativa | Relação entre agentes econômicos
Reflete o retorno de
uma carteira teórica composta pelas ações de empresas listadas
na Bolsa de Valores de Nova York com os melhores desempenhos
em todas as dimensões que medem sustentabilidade empresarial.
Considerado o mais importante índice de sustentabilidade no
mundo, serve como parâmetro para análise dos investidores sócio
e ambientalmente responsáveis.
Dow Jones Sustainability Index (DJSI) |
Ebitda (Earnings before interest, taxes, depreciation &
amortization expenses) | Resultado
antes de juros, impostos,
depreciação e despesas de amortização.
E&P | Exploração e produção de petróleo e gás natural.
(acionistas, executivos, conselheiros) com capacidade de influenciar/determinar a direção e o desempenho das corporações. A boa
governança corporativa garante, aos sócios, eqüidade, transparência e responsabilidade pelos resultados.
Grau API do American Petroleum Institute (ºAPI) | Forma de
expressar a densidade relativa de um óleo ou derivado. A escala
API, medida em graus, varia inversamente à densidade relativa,
isto é, quanto maior a densidade relativa, menor o grau API. O grau
API é maior quando o petróleo é mais leve. Petróleos com grau
API maior que 30 são considerados leves; entre 22 e 30 graus API,
são médios; abaixo de 22 graus API, são pesados; com grau API
igual ou inferior a 10, são petróleos extrapesados. Quanto maior
o grau API, maior o valor do petróleo no mercado.
Eteno ou etileno | Produto petroquímico básico da família das
olefinas leves (C2H4) produzido a partir da nafta ou etano.
FPSO | Floating, Production, Storage & Offloading | Unidade flu-
tuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo
construída a partir de um navio.
Nível de classificação de risco a partir
do qual a empresa é considerada de baixo risco e, portanto, seus
valores mobiliários podem ser adquiridos por investidores mais
conservadores. Também se utiliza o termo Investment Grade.
Grau de Investimento |
Hedge | Posição ou combinação de posições financeiras que con-
Gás natural produzido juntamente
com o óleo. As jazidas de petróleo, geralmente são compostas de
três fases: óleo, gás e água. No caso em questão, o gás é obtido após
processo de separação física da fração líquida do petróleo. Há também o gás não associado, produzido a partir de jazidas puramente
de gás. Nesse caso, não há necessidade de separação física durante
sua produção. Em ambos os casos, porém, depois de produzido
e/ou separado, o gás é processado antes de ser colocado à venda,
de modo a atingir os padrões de qualidade exigidos.
Gás Natural associado |
tribuem para reduzir algum tipo de risco.
Indicador de variação de preços de
uma carteira teórica de ações definida periodicamente pela Bolsa
de Valores de São Paulo.
Ibovespa - Índice Bovespa |
Relação entre o volume
de reservas incorporadas no ano e o volume total produzido no
mesmo ano.
Índice de Reposição de Reserva (IRR) |
www.petrobras.com.br | relatório anual 2006 |
107
Número de poços exploratórios com presença de óleo e/ou gás comerciais em relação ao
número total de poços exploratórios perfurados e avaliados, no
ano em curso.
Índice de sucesso exploratório |
Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (ISE) |
O ISE reflete o retorno de uma carteira teórica composta por ações
de empresas com os melhores desempenhos em todas as dimensões
que medem sustentabilidade empresarial. As 34 empresas, cujas 43
ações (inclui ordinárias e preferenciais) compõem o índice, foram
selecionadas por suas políticas, práticas de gestão, desempenho e
cumprimento legal de obrigações no que diz respeito a eficiência
econômica, equilíbrio ambiental, justiça social, natureza do produto
e governança corporativa. O ISE é uma iniciativa pioneira na América
Latina que busca criar um ambiente de investimento compatível com
as demandas de desenvolvimento sustentável da sociedade contemporânea e estimular a responsabilidade ética das corporações.
Offshore | Localizado ou operado no mar.
Norma, elaborada e gerenciada pela BSI
Management Systems, que especifica os requisitos de sistemas
de gestão da saúde e segurança ocupacionais, visando, inclusive,
à certificação desses sistemas.
OHSAS 18001 |
Óleo | Porção do petróleo existente na fase líquida nas condições
originais do reservatório e que permanece líquida nas condições
de pressão e temperatura de superfície.
Óleo combustível | Frações mais pesadas da destilação atmosfé-
rica do petróleo. Largamente utilizado como combustível industrial em caldeiras, fornos, etc.
Onshore | Localizado ou operado em terra.
Opep | Organização dos Países Exportadores de Petróleo | Argélia,
Nível de classificação de risco a partir do
qual a empresa é considerada de baixo risco, e portanto seus
valores mobiliários podem ser adquiridos por investidores
mais conservadores. Em português utiliza-se o termo Grau de
Investimento.
Indonésia, Irã, Iraque, Kuwait, Nigéria, Catar, Arábia Saudita,
Emirados Árabes e Venezuela.
Norma internacional, elaborada e gerenciada pela
International Organization for Standardization, que especifica os
requisitos de sistemas de gestão ambiental, visando, inclusive, à
certificação desses sistemas.
Petróleo cru (ou óleo cru) |
Investment Grade |
ISO 14001 |
Parte do gás natural que se
encontra na fase líquida em determinada condição de pressão
e temperatura na superfície obtida nos processos de separação
de campo, em unidades de processamento de gás natural ou em
operações de transferência em gasodutos.
Líquido de Gás Natural (LGN) |
Todo e qualquer hidrocarboneto líquido em seu
estado natural, a exemplo do óleo cru e condensado.
Petróleo |
Aquele que entra pela primeira
vez numa planta de processo.
Produto petroquímico utilizado na produção de
tonéis, vasos, embalagens para filmes, plásticos para embrulhar
roupas e materiais de pequeno peso.
Polietileno |
Produto petroquímico com aplicações semelhantes às do polietileno de alta densidade: filmes, caixas para
bebidas, embalagens, etc.
Polipropileno |
Margem Bruta | Lucro Bruto ÷ Receita Líquida
Propeno ou propileno | Petroquímico básico produzido a partir
Margem Operacional | Lucro Operacional ÷ Receita Líquida
da nafta ou propano que serve de matéria-prima para a produção
de polipropileno.
Margem Líquida |
Lucro Líquido ÷ Receita Líquida
Market share | Fatia ou participação no mercado.
Rating | Classificação ou avaliação de risco.
Recursos descobertos de petróleo e/ou gás natural
comercialmente recuperáveis a partir de determinada data.
Reserva |
Nafta | Derivado de petróleo utilizado principalmente como maté-
ria-prima da indústria petroquímica na produção de eteno e propeno,
além de outras frações líquidas, como benzeno, tolueno e xilenos.
Novas fronteiras |
Áreas de bacias ou bacias ainda pouco
exploradas.
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relatório anual 2006 |
petrobras
Reservas de petróleo e/ou gás natural que,
com base na análise de dados geológicos e de engenharia, se
estima recuperar comercialmente de reservatórios descobertos
e avaliados, com elevado grau de certeza e cuja estimativa considere as condições econômicas vigentes, os métodos operacionais
Reserva provada |
usualmente viáveis e os regulamentos instituídos pelas legislações
petrolífera e tributária brasileiras.
WTI | West Texas Intermediate WTI | Petróleo com grau API entre
Roce (Retorno sobre o capital empregado) | Obtém-se com
38 e 40 e aproximadamente 0,3% de enxofre, cuja cotação diária
no mercado spot reflete o preço dos barris entregues em Cushing,
Oklahoma, nos Estados Unidos.
a fórmula: lucro líquido – resultado financeiro (líquido de IR e
CSSL) / empréstimos e financiamentos médios + patrimônio
líquido médio – aplicações financeiras.
TABELA DE CONVERSÃO
A) Metros cúbicos (m3) em barris (b):
Securities and Exchange Commission | Órgão regulador e
fiscalizador do mercado de capitais norte-americano, equivalente,
no Brasil, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
SEC |
b=
m3
0,158984
B) Barris (b) em metros cúbicos (m3):
m3 = b x 0,158984
SPE | Society of Petroleum Engineers.
Swap | Contrato de troca de fluxos de pagamentos entre duas par-
C) Metros cúbicos (m3) em toneladas (t):
tes. Um tipo tradicional de swap de petróleo consiste em contrato
no qual uma parte compra por determinado preço fixo e vende pela
cotação futura flutuante.
t = m3 x D
D) Toneladas (t) em metros cúbicos (m 3):
Usinas tipo merchant | Os contratos com as três usinas terme-
létricas tipo “Merchant” foram celebrados diante da crise energética que resultou em racionamento de energia em 2001/2002.
Esses contratos previam o pagamento de “contribuições de contingência”, caso as receitas com a venda de energia não fossem
suficientes para cobrir os custos das usinas.
Sigla que em inglês significa Generally Accepted
Accounting Principles in the United States, representa os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos.
US GAAP |
Valor de Mercado | É o valor da companhia medido pelo preço
das suas ações no mercado, segundo a fórmula: (Preço da ação x
número de ações).
Valor Patrimonial |
É o valor do patrimônio líquido da
companhia.
t
m3 =
D
E) Barris (b) em toneladas (t):
t = b x 0,158984 x D
F) Toneladas (t) em barris (b):
b=
t
D x 0,158984
G) 1 m3 = 1.000 litros = 6,28994113 b
H) 1 b = 158,984 litros = 0,158984 m3
I) 1.000 m3 gás natural = 1 m3 óleo
(aproximadamente)
J) D = M , onde
V
D = Densidade; M = Massa e V = Volume
Medida estatística da tendência de variação de
um preço ou taxa no tempo. Normalmente medida por meio da
variância ou do desvio padrão, quanto maior a volatilidade da
cotação, maior sua variação em torno de um valor médio.
Volatilidade |
Volume recuperável | Volume de petróleo, expresso nas condi-
ções básicas, que poderá ser obtido como resultado da produção
de um reservatório, desde as condições iniciais até o seu abandono, por meio da melhor alternativa apontada pelos estudos
técnico-econômicos realizados até a época da avaliação. Fórmula:
volume recuperável = volume original x fator de recuperação.
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endereços
REPRESENTAÇÕES NO EXTERIOR
Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras
Nova york
Av. República do Chile, 65 – Centro
20031-912 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 3224-4477
570, Lexington Avenue 43rd Floor
10022-6837 New York, NY, USA
Tel.: (1) 212 829-1517
Fax: (1) 212 832-5300
REPRESENTAÇÕES NO BRASIL
Tóquio
Brasília
Setor de Autarquias Norte - SAN
Quadra 1, bloco D, Edifício PETROBRAS - 2º andar
70040-901 – Brasília – DF
Tel.: (61) 3429-7131
Fax: (61) 3226-6341
São Paulo
Avenida Paulista, nº 901 – 11º andar - Cerqueira César
01311-100 São Paulo, SP
Tel.: (11) 3523-6501
Fax: (11) 3523-6488
Salvador
Avenida Antônio Carlos Magalhães, nº 1113 - sala 112 - Pituba
41825-903 – Salvador – BA
Tel.: (71) 3350-3700
Fax: (71) 3350-3080
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petrobras
Togin Building 5th Floor, Room 508 4-2 Marunouchi 1- Chome
Chiyoda-Ku
Tokyo 100-0005 Japan
Tel.: (81) 3 5208-5285
Fax: (81) 3 5208-5288
China
Petrobras Beijing Representative Office
China World Trade Center Tower 1, Units 1221-1225
Nº 1, Jian Guo Men Wai Avenue, Chao Yang District,
Beijing 100004,
P.R.China.
Tel.: (86-10) 6505-9838
Fax: (86-10) 6505-9850
Cingapura
435 Orchard Road #19-05/06 - Wisma Atra
Singapore 238877
Tel.: (65) 6550-5080
Fax: (65) 6734-9081
ATENDIMENTO AOS ACIONISTAS
Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras
Departamento de Relacionamento para a América Latina
Suporte ao Acionista
Tel.:(21) 3224-1524 ou 3224-1550
0800-2821540
Fax: (21) 2262-3678
Av. República do Chile, 65 – sala 2202-B
20031-912 Centro, Rio de Janeiro, RJ
e-mail: [email protected]
Tel.:(11) 3048-3507
Av. Brigadeiro Faria Lima, 3729 – 14º andar
04538 – São Paulo, SP
Bancos depositários
Banco do Brasil S.A.
Atendimento ao Acionista
Tel.: 4004-0001 – Regiões Metropolitanas e Capitais
0800 72 99 001 Demais Localidades
Diretoria de Mercado de Capitais e Investimentos
Núcleo de Escrituração de Ativos
Rua Lélio Gama, 105 – 26º andar
20031-201 Centro, Rio de Janeiro, RJ
e-mail: [email protected]
Obs.: O atendimento aos acionistas é realizado por toda a rede de agências do banco.
ADR
JP Morgan Chase Bank
Tel.:(001) 201 680-6630
Fax: (001) 212 623-0079
PO BOX 3408
South Hackensack, NJ 07606-3408
e-mail: [email protected]
site: www.adr.com
ATENDIMENTO AOS INVESTIDORES
Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras
Gerência de Relacionamento com Investidores
Tel.: (21) 3224-1510 ou 3224-9947
Fax: (21) 3224-6055
Av. República do Chile, 65 – sala 2202-B
20031-912 Centro, Rio de Janeiro, RJ
e-mail: [email protected]
SITE NA INTERNET
www.petrobras.com.br é a página da Petrobras na internet. Nesta
página, estão disponíveis informações gerais sobre a Companhia,
incluindo uma sala específica de relações com investidores, com
notas sobre os resultados, demonstrativos contábeis (padrão brasileiro e norte-americano), relatórios anuais, áudio e transcrição
de apresentações a investidores, estatuto social, cotações das
ações, informações aos acionistas, etc.
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA
As Assembléias Gerais Ordinárias (AGO) são realizadas nos quatro primeiros meses seguintes ao término do exercício social,
conforme artigo 39 do Estatuto, na sede da Empresa, localizada
à Avenida República do Chile, 65, Centro, Rio de Janeiro.
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Coordenação Geral, Produção e Edição
Relacionamento com Investidores
e Comunicação Institucional
Projeto Gráfico e Diagramação
Tabaruba Design
Produção Editorial
Flavia Cavalcanti
Edição de texto
Vania Mezzonato
Texto
Francisco Noel
revisão
Fani Knoploch
Impressão
RR Donnelley Moore
Fotografia
Banco de Imagens Petrobras, Bruno Veiga, Estefano Lessa,
Felipe Goifman, Geraldo Falcão, J. Valpereiro, José Caldas,
Juarez Cavalcanti, Roberto Rosa, Rogério Reis, Segundo
Luchia Puig, Thelma Vidales
Capa: Plataforma P-52, em fase de montagem no estaleiro
Brasfels, em Angra dos Reis, tem capacidade para produzir
180 mil bpd e vai operar no campo de Roncador, na Bacia
de Campos, em águas de 1800 metros de profundidade, a
partir do segundo semestre de 2007 (Felipe Goifman)
Sumário: Laboratório de Ensaios Veiculares do Cenpes – Rio
de Janeiro, RJ (Bruno Veiga)
Página 10: José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras - Sede
da empresa, Rio de Janeiro, RJ (Rogério Reis)
Página 18: Terminal de abastecimento de Betim, MG (Bruno Veiga)
Página 44: Planta Puerto General San Martín – Provincia de
Santa Fé, Argentina (Segundo Luchia Puig)
Página 56: Centro de Defesa Ambiental (CDA) da Reduc – Rio
de Janeiro, RJ (Rogério Reis)
Página 76: Centro de Realidade Virtual da Área de Exploração e
Produção – Rio de Janeiro, RJ (Geraldo Falcão)
Página 86: Sala de trading da Área de Abastecimento – Rio de
Janeiro, RJ (Geraldo Falcão)
papel
O Relatório de Atividades Petrobras 2006 foi impresso em
papel Reciclato, da Suzano.
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