Transcrição da Teleconferência de Resultados do 3T14

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Transcrição da Teleconferência de Resultados do 3T14
Transcrição da Teleconferência
Resultados do 2T14
IMC (IMCH3 BZ)
12 de agosto de 2014
Operadora:
Bom dia, senhoras e senhores, e obrigada por aguardarem. Sejam bem vindos à
teleconferência da IMC para discussão dos resultados referentes ao 2T14. A
apresentação
está
disponível
para
download
no
website
www.internationalmealcompany.com/ri.
Informamos que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência
durante a apresentação e, em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e resposta
para analistas e investidores, quando mais instruções serão fornecidas. Logo após as
perguntas dos analistas, iniciaremos a sessão dos jornalistas. Caso algum dos
senhores necessite de alguma assistência durante a conferência, queira, por favor,
solicitar a ajuda de um operador, digitando *0.
Informamos que previsões acerca de eventos futuros estão sujeitas a riscos e
incertezas que podem fazer com que tais expectativas não se concretizem ou sejam
diferentes do esperado. Essas previsões emitem a opinião unicamente na data em que
são feitas e a Companhia não se obriga a atualizá-las.
Nesta conferência, estão presentes os senhores Javier Gavilán, CEO da IMC, Julio
Milan, CSO da IMC, e Neil Amereno, Diretor de Relações com Investidores da
Companhia.
Agora gostaria de passar a palavra ao Sr. Javier Gavilán. Sr. Javier, pode prosseguir.
Javier Gavilán:
Bom dia a todos. Sejam bem-vindos à teleconferência de divulgação dos resultados da
IMC do 2T14 e do 1S14.
Primeiramente, gostaríamos de agradecer a todos por participar de nossa
teleconferência. Durante a apresentação, falaremos um pouco sobre os nossos
principais destaques do trimestre, e ao final abriremos um espaço para perguntas,
quando poderemos discutir mais especificamente algum assunto que vocês desejem.
Na página dois, destaques do 2T, iniciamos nossa apresentação com os nossos
destaques do trimestre. Nossa receita líquida atingiu R$414,1 milhões no trimestre,
29,7% a mais do que no mesmo trimestre do ano anterior. No semestre, nossa receita
cresceu 22,7%, atingindo R$781 milhões.
Este foi o primeiro trimestre que a IMC operou a nossa nova marca Margaritaville no
mercado norte-americano. Neste trimestre, Margaritaville representou 14% das nossas
vendas líquidas, montante ligeiramente superior à nossa expectativa inicial.
Além disso, evoluímos rapidamente na integração da Companhia, concluindo
importantes etapas, dentre as quais gostaríamos de destacar: integração dos sistemas
de TI da Companhia, onde implementamos P&Ls por loja semanais, métricas de
desperdício de food cost e de eficiência por funcionário, entre outros. Todo o processo
de sinergia está acontecendo como prognosticamos no business plan, e a verdade é
que estamos contentes com o processo da Margaritaville.
Revisão do organograma e funções do senior management; inicio de treinamentos e
instalação de procedimentos de acordo com os requisitos da IMC; início de
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negociações de contratos de fornecimentos e patrocínio. Um dos destaques desse
trimestre foi o food cost que conseguimos fazer. Acho que teremos bons trimestres de
food cost com a integração da Margaritaville também.
As vendas nas mesmas lojas, ou same-store sales, cresceram 7,2%, um pouco aquém
das nossas expectativas, mas ainda dentro do que sempre planejamos
conservadoramente.
Infelizmente, a Copa do Mundo de futebol não foi favorável para o nosso negócio, e
consequentemente, sofremos em junho. Mas mesmo com esse efeito, os nossos
principais segmentos atingiram same-store sales satisfatórios.
Aeroportos e rodovias cresceram 9,7% e 9,8% respectivamente, mostrando a forte
resiliência dos nossos negócios, mesmo quando há algum evento menos favorável,
como a final da Copa. Nossas vendas na segunda metade de julho já começaram a
melhorar, e esperamos que sejam normalizadas a partir de agora.
A margem bruta no 2T atingiu 31,3%, 200 b.p. acima do 2T13, mantendo a tendência
de incremento de margens já vista no trimestre anterior. Neste trimestre,
reclassificamos alguns valores anteriormente classificados como outras receitas
operacionais. A partir de agora, eles serão classificados como redutor de custo de
matéria-prima.
Para manter a comparabilidade, fizemos o mesmo para o 2T13 e 1S13. No semestre,
nossa margem bruta atingiu 31,1%, já de acordo com a nova regra, 190 b.p. acima do
mesmo período do ano anterior.
A nossa linha de despesas gerais e administrativas, o G&A, foi diluída em 90 b.p. no
trimestre e 100 b.p. no semestre. Caso não fossemos surpreendidos negativamente
pelas vendas mais fracas durante a Copa do Mundo, a diluição no trimestre teria sido
maior.
Nossa geração de caixa operacional liquida pós-impostos e juros no trimestre foi de
R$37 milhões, 104% acima do 2T13 e superior ao montante investido em CAPEX,
incluindo a aquisição de Margaritaville.
Lembramos que a geração de free cash flow continua sendo um de nossos principais
objetivos para o curto prazo, e o resultado atual nos deixa animados de que estamos
no caminho certo. No semestre, geramos R$52 milhões em caixa operacional, 72%
acima do mesmo semestre no ano anterior
Muitas coisas estão acontecendo. Estamos focados 100% na operação com a
integração de Margaritaville e com todo o negócio de aeroportos que, como vocês
sabem, abrimos muitas lojas novas e o Terminal 3 do Aeroporto de Guarulhos ainda
não tem o fluxo que esperávamos. Estamos confiantes que o 3T e o 4T serão focados
nos targets que a Companhia iniciou no princípio do ano.
Neste momento, passarei a palavra a Neil, nosso Diretor de RI. Neil, por favor.
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Neil Amereno:
Obrigado, Javier. Indo direto para o slide número três, falaremos um pouco do nosso
crescimento de lojas. Fechamos o trimestre com 404 lojas, 24 a mais que um ano
atrás e 18 a mais desde o início do ano
Nos últimos 12 meses, concentramos o crescimento especialmente no segmento de
aeroportos, onde dez novas lojas líquidas foram abertas no Brasil. Além disso, há mais
quatro em reforma que hoje se encontram fechadas, mas que serão reabertas com os
novos terminais. Vale lembrar que essas são reinaugurações, e não estão naquelas
projetadas inicialmente no início do ano.
Nos aeroportos internacionais, fechamos quatro lojas líquidas, sendo uma já
remanejada em julho. As outras três foram fechamentos feitos no México, onde alguns
contratos menores expiraram e resolvemos não renovar naqueles pontos. Crescemos
ainda um Frango Assado e cinco lojas no segmento outros, principalmente com a
marca Gino’s.
Conforme já dito na página dois, finalizamos a aquisição de Margaritaville no trimestre,
onde contabilizamos 11 lojas desde abril e uma loja desde maio, totalizando 12.
No slide quatro, falaremos um pouco da receita líquida e do same-store sales. A
receita líquida do trimestre cresceu 29,7%, atingindo R$414,1 milhões.
Desconsiderando o efeito do câmbio, o aumento teria sido de 27,6%. No semestre,
nossas vendas cresceram 22,7%.
Same-store sales cresceu 7,2% no trimestre e 8,7% no semestre, impactado
negativamente pela Copa do Mundo, conforme já explicado acima.
No detalhe do crescimento de same-store sales por segmento, verificamos que os
segmentos de aeroportos e rodovias, com 9,7% e 9,8%, foram os grandes destaques,
conforme já comentado pelo Javier.
O segmento de rodovias continua acima das nossas expectativas e atingiu 9,8% de
crescimento mais uma vez. Além disso, o segmento de shopping centers, fechou o
trimestre positivo, mesmo com praticamente seis dias a menos de vendas em relação
ao ano anterior. Essa conta de seis dias, basicamente, são os jogos que a Seleção
Brasileira jogou.
Indo para o slide cinco, falamos de lucro bruto e margem bruta. No 2T14, tivemos um
lucro bruto de R$129,8 milhões, 39% acima do mesmo período do ano anterior. No
semestre, atingimos R$243,2 milhões de lucro bruto, 30,8% acima do 1S13.
A margem bruta do trimestre foi 200 b.p. superior ao ano passado, atingindo 31,3%,
contra 29,3% no 2T13. Mais uma vez, relembramos que esses valores contemplam a
mudança de contabilização de outras receitas operacionais pagas em matéria-prima,
que a partir de agora são contabilizadas como redutor de custo.
No semestre, nossa margem aumentou 190 b.p. O efeito descrito acima, dessa nova
contabilização, representou um incremento de margem de 70 b.p. no 1S14, contra 120
b.p. a mais no 1S13. Ou seja, se não tivéssemos mudado o efeito, o incremento de
margem bruta seria ainda maior.
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O nosso custo de matéria-prima apresentou melhorias em relação ao ano anterior pelo
13º trimestre seguido. A operação é a principal característica da nossa Companhia, e
ficamos muito felizes em obter essa constante melhora.
No slide número seis, falamos sobre nossas despesas e, consequentemente, sobre o
EBITDA. Começando pela depreciação e amortização, tivemos um aumento nessa
linha, principalmente pela quantidade maior de novas lojas em aeroportos, que
possuem contratos mais curtos que os demais segmentos. Além disso, as novas lojas
ainda tiveram um tímido desempenho e esse valor deve ser diluído assim que as
vendas dessas lojas começarem a aumentar.
A linha fina de baixo é referente às despesas pré-operacionais, ou seja, aquelas que
temos antes da abertura de novas lojas. Neste trimestre, tivemos despesas menores,
justamente por boa parte delas já ter ocorrido no 1T14. No ano, nossas despesas préoperacionais como percentual da receita se mantém em linha com o que foi feito no
ano passado.
A parte laranja do gráfico é relativa aos custos dos aluguéis. Conforme sempre
dissemos, os aluguéis tinham uma tendência de crescimento, mas de forma controlada
e moderada, conforme é possível ver pelo gráfico.
É importante relembrar que o aumento dos preços é dado tanto por incremento dos
preços de alugueis quanto por mix, e ainda por cima, algumas novas lojas ainda não
estão desempenhando o que podem desempenhar adequadamente. Especificamente,
estou falando das lojas do Terminal 3, onde o fluxo não tinha sido movido no 2T.
A barra azul clara é referente ao nosso G&A, onde atuamos fortemente nos últimos
trimestres. Mais uma vez observamos uma redução nesta linha, e acreditamos que ela
poderia ser ainda maior se não tivesse tido o efeito negativo da Copa do Mundo.
A linha cinza representa as despesas de sales e OPEX, onde aumentamos 140 b.p.
em relação ao 2T13, principalmente por um aumento no preço de utilities e por um
aumento de despesas com royalties, devido às nossas novas lojas de marcas
internacionais. Aqui, temos Brasil e Panamá como principais destaques nessas lojas.
Logo abaixo do eixo horizontal, iniciando nesse trimestre, há uma linha fina chamada
equivalência patrimonial. Esta linha representa o resultado da loja de Margaritaville em
Orlando. Esta loja, especificamente, possui controle compartilhado, e por isso não
podemos ter a consolidação total.
A última linha abaixo representa as outras receitas operacionais, que foram mais
baixas nesse trimestre. Vale lembrar que, conforme já explicado acima, parte dessas
receitas foi reclassificada no COGS.
Conforme já temos dito nos últimos trimestres, não há mais itens especiais a serem
computados, e por isso nosso EBITDA ajustado e EBITDA puro serão os mesmos.
Essa linha devera sumir da comparação a partir de 2015.
O EBITDA puro cresceu 53,8% no trimestre, e o ajustado 31,1%. No semestre, o
EBITDA puro atingiu R$73 milhões, crescendo 48,8% em relação ao mesmo período
do ano anterior. O ajustado atingiu R$82,3 milhões, crescendo 26,3%.
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Na página sete, falamos do lucro líquido. Aqui mostramos a reconciliação do EBITDA
ajustado para o lucro líquido e a sua comparação entre os 2Ts e 1Ss de 2014 e 2013.
Neste trimestre não houve itens especiais, conforme já explicado no slide anterior,
versus R$4,9 milhões de itens especiais no 2T13. No semestre, os itens especiais
foram de R$9,3 milhões, contra R$16,1 milhões no 1S13
O nosso resultado financeiro saiu de uma despesa de R$6,2 milhões no 2T13 para
R$10 milhões neste trimestre, fruto principalmente da nossa menor posição de caixa,
devido aos investimentos feitos em nossa expansão.
Nosso imposto de renda contábil no trimestre foi de R$2,7 milhões, versus R$1,7
milhão no 2T13. Recentemente, nosso Conselho aprovou a primeira etapa da nossa
reorganização societária, e estamos trabalhando para aprimorar o uso contábil dos
nossos benefícios fiscais na linha de impostos. Como resultado, atingimos R$300 mil
de lucro líquido no trimestre, contra R$2 milhões de prejuízo no 2T13.
Na página oito, vamos falar um pouco mais sobre o fluxo de caixa. Este talvez tenha
sido nosso principal destaque no trimestre. Já falamos bastante, o Javier já comentou
no slide dois que esse é um dos nossos principais objetivos no curto prazo, e estamos
bem felizes com o que conseguimos fazer neste trimestre.
A geração de caixa operacional liquida no trimestre cresceu 104% atingindo R$37,3
milhões no trimestre.
Durante o 2T, aplicamos R$114 milhões em CAPEX, ou R$36,7 milhões se excluirmos
os R$77,3 milhões relativos à primeira parcela de Margaritaville. Dos R$36,7
restantes, R$27,5 milhões foram aplicados em expansão e R$9,1 milhões pagos como
parcela de key money aos nossos aeroportos.
Se fizermos a comparação de quanto geramos de caixa operacional líquido, já depois
de imposto e depois de juros, contra o que aplicamos de CAPEX sem Margaritaville,
nós geramos mais caixa do que aplicamos em CAPEX. Ou seja, estamos nos
financiando por nós mesmos.
Esse era o objetivo, e continua sendo o grande driver da Companhia nos próximos
trimestres. No 3T, ainda temos mais uma parcela de Margaritaville, mas a partir de
então já esperamos resultados melhores.
Estas aplicações foram financiadas, como já disse, com a geração operacional de
caixa e também através de uma nova dívida, usada principalmente para se pagar
Margaritaville, e também que já contempla a parcela de US$12 milhões que serão
pagos no 3T.
A dívida líquida no final do trimestre somou R$452 milhões, ou 2,4x EBITDA dos
últimos 12 meses. Se considerarmos os recebíveis como caixa, essa razão cai para
2x. Sempre usamos essa métrica porque boa parte dos nossos recebíveis, ou
praticamente tudo, é de cartões de crédito que não têm nenhum risco e será recebida
em alguns dias.
Aqui, só queria colocar mais um destaque, que é o nosso working capital. Tivemos
R$6 milhões de working capital positivo; ou seja, mesmo com o crescimento de todas
as lojas, fomos capazes de não precisar usar capital de giro neste trimestre.
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A partir de agora abriremos para perguntas e respostas, e estamos completamente
disponíveis para tirar qualquer dúvida que os senhores ainda possuam. Obrigado.
Fabio Monteiro, BTG Pactual:
Bom dia. Eu tenho duas perguntas, uma sobre as lojas em aeroportos. Queria saber
como está o ramp-up até agora dessas lojas mais recentes nos aeroportos privados, e
também quantas faltaram, que foram postergadas por conta de atrasos em alguns
aeroportos, e qual é a expectativa de abertura delas. Muito obrigado.
Javier Gavilán:
Bom dia. Depois o Neil dará mais destaques dos aeroportos. Como você sabe,
estamos esperando o fluxo do Terminal 3, que ainda não aconteceu, e temos as lojas
abertas. Cada vez mais, as vendas do Terminal 3 estão melhorando, e eu acho que
isso é também um tema do timing.
Estamos esperando uma mudança do fluxo para o Terminal 3 possivelmente para o
final de setembro, início de outubro. As marcas que são franquias estão tendo
performances muito boas, Olive Garden, e especialmente Red Lobster em aeroporto, e
agora com a abertura na Faria Lima.
Acho que os aeroportos têm alguns traços normais, tanto da abertura de lojas e
mudanças no fluxo, mas é um tema temporal, e está acontecendo dentro da
expectativa que nós tínhamos.
Todas as lojas foram abertas dentro do tempo, dentro do CAPEX que previmos, e
agora o que estamos esperando é o aumento do fluxo no Terminal 3. Temos algumas
negociações pendentes com os aeroportos, de fazer alguma negociação com
aluguéis, mas acho que no 3T e no 4T deveremos estar mais ou menos na linha que
falamos.
Neil Amereno:
Respondendo sua pergunta das lojas, Viracopos não está pronto. Lá nós temos cinco
lojas, não está pronto e nenhuma delas foi aberta. EM Brasília, conseguimos abrir
parte das lojas. Brasília tem o Píer Sul e o Píer Norte. Um dos píeres foi aberto para a
Copa, o outro ainda está em obra, deve ser entregue nos próximos trimestres, e
abriremos. Então, tem mais cinco ali também.
E lembre-se que escapou uma de Guarulhos, que já está aberta, que não contabilizou
em junho, que é Margaritaville. A Margaritaville em Guarulhos está aberta – aliás,
convidamos todos que estiverem ouvindo a conhecer. A loja ficou bem legal, by the
way. Então são 11 na conta.
Fabio Monteiro:
Está claro. Sobre Margaritaville, se vocês puderem comentar um pouco sobre o que
vocês imaginam de sinergia. Vocês já estão com plano de integração sendo
executado, e eu queria entender até onde pode chegar a margem do Margaritaville e
as principais sinergias com o resto da operação. Obrigado.
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Javier Gavilán:
Estamos com muito trabalho de sinergia de lojas. Estamos no target do 100-day plan
que propusemos no Conselho. Não conseguimos dar guidance, mas o que podemos
falar hoje é que está acontecendo com as métricas que falamos no início. Algumas
das lojas estão indo um pouco melhor.
Estamos com muita coisa acontecendo, como sinergias de fornecedores, food cost;
estamos também fazendo sinergia de headcount. Ainda é cedo para falar, mas acho
que para o 3T estaremos mais focados e poderemos dar algumas dicas melhores.
Estamos também com muitos negócios de sponsorship com fornecedor e com muita
coisa acontecendo com o fornecedor brasileiro que tem operações nos Estados
Unidos. Está claro o que temos que fazer, e está acontecendo.
Além disso, acho que é um pouco cedo para falar de números, mas no 3T poderemos
dar algumas dicas gerais, mais detalhes do Margaritaville com a IMC.
Também estamos fazendo um trabalho extenso em G&A; G&A global da IMC e G&A
de Margaritaville com IMC. Estamos 100% focados nisso e esperamos que para o 3T
e para o 4T possamos falar em mais detalhes.
Fabio Monteiro:
Está ótimo. Muito obrigado.
Guilherme Cacao Kono, Itaú Asset:
Bom dia. Eu gostaria de saber se vocês podem comentar como estão sendo as
vendas pós-Copa do Mundo, nessa segunda metade de julho. E queria saber também
se faz sentido utilizarmos aqueles 8% de margem EBITDA no Margaritaville que vocês
anunciaram quando fizeram a aquisição, que se eliminarmos Margaritaville, em teoria
essa margem EBITDA seria mais próxima dos 11% no trimestre, ou existe alguma
sazonalidade que não permite isso?
Neil Amereno:
Vamos dividir julho em dois: até dia 12 e pós dia 12, a final da Copa. Até dia 12, ainda
foi um pouco mais fraco, ou seja, a Copa nos machucou; e pós dia 12 a vida melhorou.
Já sentimos claramente uma melhora nas vendas nessa segunda metade de julho.
Além da Copa, tivemos um pouco do efeito de férias, que foram antecipadas. Não
houve férias devido à Copa, menos gente viajou etc. Mas de novo, sendo bem claro,
pré dia 12 foi mais ou menos em linha com o que vimos no trimestre e pós dia 12 está
mais forte.
Falando um pouco sobre sua pergunta de Margaritaville, deixe-me deixar bem claro:
aquele primeiro número a que você se refere é store level. Aquilo não tem headcount
corporativo, para que fique bem claro. Quando apresentamos aqueles números, nós
colocamos números loja a loja, se você se lembrar. Aquilo é store level, não tem
headcount corporativo.
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Margaritaville, nesse trimestre veio bem em linha com o que foi a margem geral da
Companhia. Mas, como disse o Javier há alguns minutos, não tem sponsorship, não
tem sinergia. Por enquanto, nós integramos o sistema, integramos IT e começamos a
colocar procedimento dentro de casa. Agora sim buscaremos sinergia e o que eu
chamo de other income, que é fornecedor. Aí sim você verá Margaritaville jogando
para cima.
Guilherme Cacao Kono:
Está certo. Obrigado.
Tobias Stingelin, Credit Suisse:
Bom dia. Na verdade, são três perguntas. A primeira pergunta, queria saber se vocês
poderiam detalhar um pouco mais o programa de redução de despesas, onde
devemos isso daqui para frente. A linha de G&A nós já vimos, mas se devemos ver na
linha de OPEX, especificamente. Se der para dar um pouco mais de detalhe do que
devemos esperar daqui para frente.
A segunda pergunta, queria saber se vocês estão satisfeitos com a performance dos
shoppings agora, o que vocês poderiam falar a respeito disso. Toda a reestruturação,
em tese, foi terminada, os Vienas no ano passado já haviam sido fechados. Queria
entender como está performando agora.
E a última pergunta, agora que basicamente vocês terminaram, ou estão terminando
esse esforço pesado em abertura de loja em aeroportos, que era a prioridade, vocês
voltarão a olhar Frango? Como vocês imaginam daqui para frente? Qual é o seu
planejamento para os próximos seis ou 12 meses? Obrigado.
Neil Amereno:
Anotei suas três perguntas. Eu falo um pouco da redução de despesa e de shoppings,
o Javier fala da estratégia do Frango.
Sim, fizemos um esforço grande em G&A, ganhamos quase 100 b.p. de margem, de
leverage nesse negócio. Conforme eu escrevi no release, e o Javier acabou de falar
referente ao Margaritaville, ainda tem um esforço a se fazer. Não acabou. Eu diria que
estamos perto dos 70%. Ainda tem G&A.
OPEX é basicamente o próximo passo; ou seja, é consultoria, viagem. E ainda teve
nesse trimestre, Tobias, um custo de integração que machucou no Margaritaville. O
sistema de IT de Margaritaville não é o mesmo do IMC, e não faz sentido ter dois
sistemas.
Então, esse negócio deve melhorar já a partir dos próximos trimestres porque é sunk
cost. Daí vem o ganho de margem que estamos esperando.
De novo, shopping nunca será o mesmo que aeroporto e rodovia. Não dá para
imaginar 10% de same-store sales em shopping. São seis dias a menos de venda.
O Julio disse outro dia, em uma reunião, uma coisa extremamente correta: quando
você fala de retailer de roupa, se você não comprou hoje, amanhã você compra. No
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nosso caso, se você não almoçou hoje, amanhã você não vai almoçar pelo almoçou
de ontem.
Com os jogos do Brasil, tivemos seis dias a menos de vendas, praticamente. Porque
se jogo é às 13h, ninguém vai almoçar; se o jogo é às 17h, todo mundo dispensa às
13h e acabou também. E mesmo assim, demos 1,5% positivo.
Minha resposta é que acho que sim, tivemos um bom caminho de shopping. Poderia
ser melhor? Sim, mas com seis dias a menos não parece ruim.
Javier, você fala um pouco sobre o Frango?
Javier Gavilán:
Sim. Bom dia. No shopping, se olharmos o same-store sales da Red Lobster está,
inclusive, melhor que a tendência que tínhamos no 1S14. Shoppings tiveram uma
queda forte na Copa do Mundo, e agora devem retornar ao same-store sales que já
trazíamos em trimestres anteriores.
No Frango Assado, acho que estamos bem claros: estamos com uma operação muito
boa, as margens têm ido bem, o same-store sales está indo bem, o time está certo. E
estamos, como falamos no início do ano, focados em aeroportos, com abertura de loja
em aeroportos, capacitação, treinamento, negociação com aeroportos; e a verdade é
que as lojas que abrimos em aeroportos está indo bem.
Estamos com essa situação do Terminal 3, que não vai durar muito mais, e estamos
positivos com esse processo da mudança do fluxo que acontecerá no Terminal 3.
Em Frango Assado, temos expectativa de ainda fazer algumas melhoras em lojas que
estamos olhando, de SG&A e OPEX, e estamos olhando também para fazer mais um
Frango Assado este ano, que é estratégico para nós e não tirará muito do negócio dos
aeroportos, que é onde estamos focando primordialmente no Brasil.
Tobias Stingelin:
Maravilha, Javier. Obrigado pelo update. E eu sei que talvez seja um pouco cedo para
falar a respeito disso, mas já dá para ter alguma leitura do Red Lobster? Ele abriu há
quanto tempo exatamente aqui em São Paulo?
Javier Gavilán:
O Red Lobster até agora foi bem acima da expectativa do budget que tínhamos. As
vendas de aeroporto do Red Lobster estão muito boas; a primeira da loja da Faria
Lima está ainda melhor que a primeira semana da loja do Aeroporto de Guarulhos. A
marca está sendo bem posicionada no mercado.
Estamos agora em soft opening; como vocês sabem, temos por dia 400 a 500
pessoas, estamos com esse processo de soft opening e fine tuning dos detalhes, de
fazer mais venda sugerida, e estamos bem contentes com o processo das marcas Red
Lobster, Olive Garden e Carl’s Jr.
Se continuar com a performance que vemos até agora, e lembre-se que temos três ou
quatro shoppings de Viena Deli que não estão com performance muito boa, com o
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segundo processo talvez para o início do ano que vem, uma vez que esteja 100%,
com o soft opening terminado, e com um processo bem feito dessas duas lojas que
abrimos, aí faremos essa mudança para Red Lobster e melhoraremos o same-store
sales, a porcentagem de EBITDA dessas duas ou três lojas, que acreditamos muito
que, se trocadas por Red Lobster e Olive Garden, terão boa performance.
Tobias Stingelin:
Ótimo. E só uma última pergunta: se desse para dividir um pouco este ano, em quanto
vocês esperam que vão fechar em abertura de lojas? E se já tiverem alguma ideia
para o ano que vem, porque eu tinha sempre na cabeça algo em torno de 40 a 50 por
ano, e queria ter uma ideia se isso ainda faz sentido.
Neil Amereno:
Tobias, este ano temos um Frango Assado, que o Javier já mencionou, devemos ter
alguma coisa próxima de 12 a 15 em aeroportos, e não consigo lhe dar o número
porque preciso que os aeroportos locais entreguem os terminais para que
entreguemos as lojas. A bola não está conosco. Assim que eles entregarem, os
contratos serão assinados.
E basicamente, deve ter mais ou menos mais duas lojas Batatinha, que são pequenas,
que ainda temos para crescer. Esse é o número que fecha, não muito mais que isso.
Javier Gavilán:
O core das aberturas já foi feito, o gasto pré-operacional já foi feito. O que estamos
operando nos aeroportos importantes que operamos é que no 3T e no 4T, com o fluxo
certo, as lojas deveriam ter uma boa performance.
Neil Amereno:
Falando um pouco sobre 15, eu não consigo lhe dar um número, Tobias, porque isso é
bem dependente das novas negociações com o Rio de Janeiro e BH. Estamos
negociando e conversando, e se houver uma boa oportunidade, iremos com mais sede
ao pote. Se houver uma oportunidade não tão boa, vamos gerar caixa e começaremos
a virar um cash call.
Não só no Brasil, mas fora do Brasil tem um ou dois aeroportos, que não posso lhe
dizer onde, mas que estamos olhando. E é isso.
De novo, aeroportos como foco, e provavelmente com um ou dois Frangos Assados.
Mas aeroportos é o foco, e depende muito dos dois que eu lhe falei.
Tobias Stingelin:
Está ótimo. Obrigado, e bom dia.
Guilherme Mazzilli, Ashmore:
Boa tarde. Eu tenho basicamente dois temas. O primeiro, ainda com relação à
Margaritas, quanto é o pagamento que falta vocês fazerem no 3T? E outra coisa com
relação à Margaritas é que vocês tiveram uma equivalência de US$1,4 milhão da loja
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de Orlando. Me pareceu um valor alto para 50% de uma loja, queria saber se ele é
recorrente.
E a segunda pergunta, vocês colocam no release que em pouco tempo – não
especificamente quanto – shopping deve representar 15% da receita da Empresa. O
que podemos esperar de abertura para shoppings nos próximos anos? É muito
próximo a zero? São essas duas perguntas.
Javier Gavilán:
Bom dia. Quanto a shoppings, como falamos no início do ano, estamos focados 100%
em aeroportos e rodovias. Rodovias melhoraram a operação e melhoraram margem,
isso está acontecendo; e em aeroportos, tivemos muitas lojas que abriram no 2T e no
1t, que faremos a melhor performance possível delas.
Shopping não é o target da Companhia, como já dissemos. Teremos abertura de lojas
perto de zero, como você falou. Mas se tivermos uma boa oportunidade de fazer uma
remodelação de lojas, se a performance de Red Lobster e Olive Garden continuar
como até agora, iremos avaliar, olharemos o IRR, e aí faremos.
Mas este ano estamos focados 100% em aeroportos e rodovias, no ano que vem
focados em aeroportos e rodovias, mas não teremos novas aberturas em shoppings.
Neil Amereno:
Mazzilli, vou responder sobre Margaritaville. Tem esses US$12 milhões a pagar, e
lembre-se que adquirimos ainda o direito sobre cinco lojas que estão em construção, e
que devemos pagar 7,5x EBITDA dos primeiros 12 meses no futuro. Então, disso eu
não sei o valor, precisamos ver a quanto as lojas irão girar. Se as lojas forem bem,
pagamos um pouco mais; se forem mal, podemos pagar até abaixo de book value.
De novo, não tenho esse número, mas ainda tem US$12 milhões que sairão nesse 3T,
e por isso tomamos uma dívida um pouco maior.
Quanto à equivalência, sim, é decorrência. Essa loja de Orlando que lhe pareceu um
pouco grande é no meio da Universal Studios. By the way, é a única loja que lhe
vende um drink e você pode sair andando, bebendo seu drink no meio do parque.
Essa é a Margaritaville do Universal Studios.
É uma das maiores lojas do Universal Studios. Essa e Vegas, eu diria que são
flagship. Por isso ela é tão representativa. Isso é net income de Margaritaville Orlando,
e sim, é recorrente.
Guilherme Mazzilli:
OK. Obrigado.
Operadora:
Não havendo mais perguntas, eu gostaria de passar a palavra ao Sr. Javier para as
considerações finais.
11
Transcrição da Teleconferência
Resultados do 2T14
IMC (IMCH3 BZ)
12 de agosto de 2014
Javier Gavilán:
Muito obrigado. Queremos ressaltar o foco da Companhia, 100% em aeroportos, com
abertura de lojas e melhorar nossa margem nessas lojas; finalização das negociações
com aeroportos, como falamos antes; as sinergias de Margaritaville; e a continuidade
da melhora da margem de Frango Assado, que até agora está indo muito bem.
Vamos dar uma olhada em shoppings nas lojas atuais, como podemos melhorar
margem, e focar 100% nos aeroportos, onde operamos também fora do Brasil.
Muito obrigado a todos os participantes, e gostaríamos, mais uma vez, de enfatizar
nosso entusiasmo no projeto que temos pela frente. Obrigado, e bom dia.
Operadora:
A teleconferência da IMC está encerrada. Agradecemos a todos pela participação, e
tenham uma boa tarde.
“Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e
completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da
qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos
ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta
transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o
conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela
MZ. Por favor, consulte o website de Relações com Investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais
condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição.”
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