resíduos sólidos – de aparecida de goiânia
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resíduos sólidos – de aparecida de goiânia
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – Diretoria de Resíduos Sólidos PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO – RESÍDUOS SÓLIDOS – DE APARECIDA DE GOIÂNIA - GOIÁS ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA LUÍS ALBERTO MAGUITO VILELA Prefeito de Aparecida de Goiânia RODRIGO GONZAGA CALDAS Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano MÁRCIA NAYANE ROCHA SANTANA Diretora de Resíduos Sólidos PREFEITURA MUNICIPAL DE APARECIDA DE GOIÂNIA SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO – DIRETORIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS ENDEREÇO: RUA SÃO BERNARDO, N° 1, ÁREA PÚBLICA – CENTRO, CEP: 74980-090 EMAIL: [email protected] TELEFONE: 62 3545 - 9969 2 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA EQUIPE TÉCNICA COORDENAÇÃO MÁRCIA NAYANE R. SANTANA Gestora,Analista Ambiental e Engenheira Ambiental ELABORAÇÃO MÁRCIA NAYANE R. SANTANA Gestora, Analista Ambiental e Engenheira Ambiental LUANA LUIZA VIANA Gestora Ambiental e Pós-graduanda em Tratamento e Disp. Final de Resíduos Sólidos DAYANNE FERREIRA DE OLIVEIRA Gestora Ambiental e Pós-graduanda em Tratamento e Disp. Final de Resíduos Sólidos COLABORAÇÃO CAMILA BATISTA DO CARMO Estagiária Graduanda em Engenharia Ambiental DOMILSON RABELO JÚNIOR Procurador do Município de Aparecida de Goiânia GERALDO CARLOS DA SILVA Tecnólogo em Saneamento JULLIANE PRADO DO COUTO Estagiária Graduanda em Engenharia Ambiental 3 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 15 2. OBJETIVOS DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE APARECIDA DE GOIÂNIA ................................................................... 16 3. PROJETO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL E DIVULGAÇÃO ................................... 18 4. DIAGNÓSTICO.................................................................................................... 19 4.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ........................................................... 19 4.1.1 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ........................................................... 19 4.1.2 ASPECTOS AMBIENTAIS .......................................................................... 53 5 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................... 82 5.1 Quanto à Classificação dos Resíduos Sólidos .............................................. 82 5.2 Geração de Resíduos........................................................................................ 83 5.3 Composição Gravimétrica dos Resíduos Sólidos Domiciliares .......................... 85 5.4 Resíduos Domiciliares ....................................................................................... 88 5.5 Resíduos Recicláveis.................................................................................... 89 5.6 Resíduos da Limpeza Pública (Varrição Manual/ Serviço de roçagem e capinação/ Limpeza de Feiras-Livres) ..................................................................... 92 5.7 Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) ....................................... 93 5.9 Resíduos Verdes .......................................................................................... 96 5.10 Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS)....................................................... 98 5.11 Resíduos Industriais ..................................................................................... 99 5.12 Resíduos da Mineração .............................................................................. 100 5.13 Resíduos com Logística Reversa Obrigatória ............................................. 102 5.14 Rejeitos ...................................................................................................... 103 5.15 Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Domiciliares ............................... 103 5.16 Coleta Convencional Porta a Porta dos Resíduos Domiciliares .................. 104 5.17 Coleta Convencional Indireta ...................................................................... 111 5.18 Coleta e transporte dos Resíduos Recicláveis ............................................ 111 5.19 Coleta e transporte dos Resíduos de Limpeza Urbana ............................... 115 5.20 Coleta e Transporte de Resíduos Volumosos ............................................. 118 5.21 Coleta e Transporte Resíduos da Construção Civil e Demolição ................ 119 5.22 Coleta e Transporte de Resíduos Industriais .............................................. 119 5.23 Coleta e Transporte de Resíduos Especiais (RSS) ..................................... 119 5.24 Coleta e Transporte Especial de Resíduos Tóxicos Domiciliares ................ 119 5.25 Coleta e Transporte de Cadáveres de Animais ........................................... 120 4 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 5.26 Aterro Sanitário ........................................................................................... 120 5.27 Recuperação do Antigo lixão no local ......................................................... 130 5.28 Aterro Industrial .......................................................................................... 133 5.29 Área de Transbordo e Triagem de RCC (ATT)............................................ 133 6 LEGISLAÇÃO E NORMAS TECNICAS APLICÁVEIS ............................................ 133 a) 6.1 Legislação Federal ..................................................................................... 134 6.2 Normas Técnicas ........................................................................................ 137 6.3 Legislação Estadual .................................................................................... 138 6.4 Legislação Municipal................................................................................... 139 Lei Municipal nº 792/1988 – Cria novo Código de Posturas do Município de Aparecida de Goiânia e das outras providências; ..................................................... 139 7 ESTRUTURA OPERACIONAL, GERENCIAL E FISCALIZATÓRIA ................... 140 7.1 Indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos .................................................. 140 7.2 Programas e ações de educação ambientais periódicas que promovam a não geração, redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos .......................... 142 7.3 Sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos ............................................................. 146 8 CARÊNCIAS E DEFICIÊNCIAS ......................................................................... 147 8.1 Quantificação do não atingimento da universalidade na prestação do serviço público................................................................................................................... 147 8.2 Locais de disposições irregulares de resíduos sólidos diversos. ................. 148 8.3 Identificação da inexistência de controle da ação de agentes privados: geradores de RSS, transportadores e receptores de RCC, sucateiros/ ferro velho 150 8.4 Identificação das dificuldades gerenciais com destaque para as questões relacionadas a recursos e fragilidades de sustentação econômica para realização do manejo dos resíduos sólidos e serviço de limpeza urbana, assim como as dificuldades operacionais de execução dos serviços dentre outras ....................... 150 8.5 Identificação das empresas que possuem políticas socioambientais estruturadas e com ações na municipalidade ........................................................ 151 8.6 Identificação da existência de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis estruturados ou formalizados, determinando elos da comercialização dos recicláveis no município .......................................................................................................... 151 9. DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS ............... 153 9.1 Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o Art. 20 da Lei n° 12.305/2010. ............................................ 153 5 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 9.2 Serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos domiciliares.. 167 9.3 Resíduos gerados em ambientes públicos – gestor específico (RSS - resíduos sólidos de saúde gerado em hospitais públicos, RCC – resíduos de construção civil gerado em obras públicas, resíduos de prédios administrativos, etc.).................................... .................................................................................... 168 9.4 Resíduos gerados em ambientes privados – gerador privado (atividades em geral)................... .................................................................................................. 168 9.5 Resíduos definidos como de logística reversa – fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes ................................................................................ 169 9.6 Resíduos com Plano de Gerenciamento obrigatório (Art. 20 da Lei n° 12.305/2010) – gerador privado (instalações de saneamento, indústrias, serviços de saúde, mineradoras, construtores, terminais de transporte, e outros); .................. 170 10 DESCRIÇÃO DAS ALTERNATIVAS TÉCNICAS DISPONIVEIS PARA O MANEJO E GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICIPIO. .......................................... 170 10.1 Acondicionamentos, Coleta e Conteinerização .............................................. 173 10.2 Reciclagem e Coleta Seletiva de Materiais .................................................... 176 10.3 Aterro Sanitário ............................................................................................. 178 10.4 Alternativas específicas para o tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde .............................................................................................................................. 179 10.5 Alternativas específicas para o tratamento de Resíduos de Construção Civil (RCC) e de Resíduos Volumosos e a Integração do Manejo com os Demais Resíduos. .............................................................................................................. 181 11 PROPOSTA DE UM NOVO SISTEMA DE MANEJO, MINIMIZAÇÃO E GESTÃO DOS RESÍDUOS DO MUNICÍPIO DE APARECIDA DE GOIÂNIA ............................ 181 12 METAS, INDICADORES E SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA OS DEVIDOS SERVIÇOS ............................................................................................................... 183 12.1 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos no Município de Aparecida de Goiânia.................................................................................................................. 183 12.1.1 - Econômicos .......................................................................................... 183 12.1.2 Ambientais - Diminuição dos impactos ambientais .................................. 184 12.1.3 – Sociais - Inclusão social com geração de postos de trabalho e renda.. 184 12.2 Metas de Minimização de Resíduos para o Município de Aparecida de Goiânia.................................................................................................................. 185 13. DIRETRIZES E ESTRATEGIAS ESPECÍFICAS PARA O MANEJO DOS RESÍDUOS ............................................................................................................... 188 6 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 13.1 Separação dos resíduos domiciliares recicláveis na fonte de geração (resíduos secos e úmidos) .................................................................................................... 190 13.2 Coleta seletiva dos resíduos secos, realizada porta a porta, com pequenos veículos que permitam operação a baixo custo, priorizando-se a inserção de associações ou cooperativas de catadores ........................................................... 192 13.4 Segregação dos Resíduos da Construção e Demolição com reutilização ou reciclagem dos resíduos de Classe A (trituráveis) e Classe B (madeiras, plásticos, papel e outros) ...................................................................................................... 196 13.5 Segregação dos Resíduos Volumosos (móveis, inservíveis e outros) para reutilização ou reciclagem ..................................................................................... 198 13.7 Implantação da logística reversa com o retorno à indústria dos materiais pós- consumo (embalagens de agrotóxicos; pilhas e baterias; pneus; embalagens de óleos lubrificantes; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio, e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes; e outros que venham a ser acordados) ............................................................................................................ 200 13.8 Disciplinar as atividades geradoras, transportadoras e receptoras de resíduos, exigindo os Planos de gerenciamento para monitoramento periódico das suas atividades ..................................................................................................... 201 13.9 Encerramento de lixões e bota foras, com recuperação das áreas degradadas..............................................................................................................202 14 IMPLEMENTAÇÃO DE REDES DE ÁREAS DE MANEJO LOCAL ................ 202 14.1 PEVs – Pontos de Entrega Voluntária (Ecopontos) – para acumulação temporária de resíduos da construção e demolição, de resíduos volumosos, da coleta seletiva e de resíduos com logística reversa ............................................... 202 15 PROGRAMAS E AÇÕES PARA O SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ......................................................................... 205 15.1 16 Avaliação sistemática das ações e programas............................................ 208 PLANO DE AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA .......................... 208 16.1 Objetivo ...................................................................................................... 209 16.2 Agentes envolvidos ..................................................................................... 209 16.3 Principais ações de controle e de caráter preventivo .................................. 210 17 PLANO DE AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA .......................... 212 17.1 Serviços de Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos ....... 212 17.1.1 Varrição manual ...................................................................................... 212 17.1.2 Manutenção de vias e logradouros ...................................................... 213 17.1.3 Manutenção de áreas verdes .............................................................. 213 7 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 18 17.1.4 Limpeza pós feiras livres ..................................................................... 213 17.1.5 Limpeza de bocas de lobo e galerias ................................................... 213 FONTES DE FINANCIAMENTO .................................................................... 214 INDICE DE FIGURAS Figura 1 Localização do município de Aparecida de Goiânia. .................................... 22 Figura 2 Mapa das Malhas Viárias. ............................................................................ 23 Figura 3 Uso e ocupação do solo em Aparecida de Goiânia. ..................................... 33 Figura 4 PIB municipal por classe, para os dez maiores em 2011. ............................ 35 Figura 5 Polos Industriais. .......................................................................................... 39 Figura 6 Empresa Makro. ........................................................................................... 40 Figura 7 Empresa Mabel. ........................................................................................... 40 Figura 8 Empresa Arroz Cristal. ................................................................................. 40 Figura 9 Empresa Sicmol. .......................................................................................... 40 Figura 10 Banco do Brasil. ......................................................................................... 42 Figura 11 Caixa Econômica Federal .......................................................................... 42 Figura 12 Rua com comércios Varejista. .................................................................... 42 Figura 13 Rua com comércios Varejista. .................................................................... 42 Figura 14 Loja de materiais para construção.............................................................. 42 Figura 15 Ferragista. .................................................................................................. 42 Figura 16 Posto de Gasolina. ..................................................................................... 43 Figura 17 Comércios. ................................................................................................. 43 Figura 18 Distribuidora de Gás................................................................................... 43 Figura 19 Loja de Agro&Pesca................................................................................... 43 Figura 20 Dograria do Povo. ...................................................................................... 43 Figura 21 Restaurante e Lanchonete. ........................................................................ 43 Figura 22 Escola Municipal o Pequenino. .................................................................. 45 Figura 23 IFG. ............................................................................................................ 45 Figura 24 Faculdade Alfredo. ..................................................................................... 45 Figura 25 Hospital São Silvestre. ............................................................................... 47 Figura 26 Unidade de Pronto Atendimento (UPA). ..................................................... 47 Figura 27 Hopital de Urgência de Aparecida de Goiânia (HUAPA). ........................... 47 Figura 28 CELG – Agência de Atendimento. .............................................................. 50 Figura 29 Subestação – CEPAIGO. ........................................................................... 50 Figura 30 Oi Telecomunicação................................................................................... 51 8 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 31 Antena de Comunicação. ........................................................................... 51 Figura 32 Orelhões. ................................................................................................... 51 Figura 33 TV Cerrado Canal 26. ................................................................................ 51 Figura 34 Rodoviária de Aparecida. ........................................................................... 52 Figura 35 Terminal Vila Brasília. ................................................................................ 52 Figura 36 Hotel 10...................................................................................................... 53 Figura 37 Clube Cel da OAB. ..................................................................................... 53 Figura 38 Clube Cel da OAB. ..................................................................................... 53 Figura 39 Casa de dança. .......................................................................................... 53 Figura 40 Mapa Geológico do Município de Aparecida de Goiânia. ........................... 55 Figura 41 Detalhe do mica xisto do Grupo Araxá em tipo de exposição comum em leitos de córregos do município de Aparecida de Goiânia. .......................................... 56 Figura 42 Exposição de afloramento de quartzito micáceo fino a médio com foliação proeminente do Grupo Araxá na Serra da Areia. ........................................................ 57 Figura 43 Mapa de Compartimentação Geomorfológica do Município de Aparecida de Goiânia. ...................................................................................................................... 58 Figura 44 Vista Panorâmica da Região das Chapadas. ............................................. 60 Figura 45 Vista panorâmica da paisagem do município de Aparecida de Goiânia. Em primeiro plano, vê -se o padrão irregular do compartimento geomorfológico da Região do Vale do Meia Ponte e a ETE Lages. Ao fundo visualiza-se o Morro Feio, no município de Hidrolândia............................................................................................. 60 Figura 46 Climas do Brasil. ........................................................................................ 68 Figura 47 Principais regiões hidrográficas do estado de Goiás. ................................. 74 Figura 48 Unidades Hidrográficas Básicas – UHBs.................................................... 77 Figura 49 Mapa Hidrogeológico do Município de Aparecida de Goiânia..................... 80 Figura 50 Identificação dos latões. ............................................................................. 87 Figura 51 Material a ser quarteado. ........................................................................... 87 Figura 52 Preparação do terreno com lona. ............................................................... 87 Figura 53 Preparação do resíduo no terreno. ............................................................. 87 Figura 54 Recolhimento dos resíduos verdes. ........................................................... 97 Figura 55 Recolhimento dos resíduos verdes. ........................................................... 97 Figura 56 Resíduos Verdes Chegando ao Aterro Sanitário. ....................................... 98 Figura 57 Resíduos Verdes Chegando ao Aterro Sanitário. ....................................... 98 Figura 58 Pedreira Araguaia. ................................................................................... 101 Figura 59 Pedreira Araguaia. ................................................................................... 101 Figura 60 Pedreira Izaira. ......................................................................................... 101 9 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 61 Pedreira Izaira. ......................................................................................... 101 Figura 62 Filler – rejeito das pedreiras. .................................................................... 102 Figura 63 Filler – rejeito das pedreiras. .................................................................... 102 Figura 64 Caminhão compactador utilizado para a coleta dos resíduos sólidos domiciliares. .............................................................................................................. 103 Figura 65 Caminhão compactador utilizado para a coleta dos resíduos sólidos domiciliares. .............................................................................................................. 103 Figura 66 Caminhão baú utilizado para a coleta dos resíduos de serviço de saúde. 104 Figura 67 Caminhão baú utilizado para a coleta dos resíduos de serviço de saúde. 104 Figura 68 Caminhão utilizado para a coleta dos resíduos de limpeza urbana e resíduos da construção civil - Caminhão carroceria. ................................................. 104 Figura 69 Caminhão utilizado para a coleta dos resíduos de limpeza urbana e resíduos da construção civil - caminhão basculante. ................................................ 104 Figura 70 Mapa geral do município com todas as rotas. .......................................... 106 Figura 71 Mapa da rota diurna 2.0.01 ...................................................................... 107 Figura 72 Mapa da rota diurna 3.0.01 ...................................................................... 108 Figura 73 Mapa da rota noturna 2.1.01. ................................................................... 109 Figura 74 Mapa da rota noturna 3.1.01. ................................................................... 110 Figura 75 Contêiner instalado no Setor Continental, Aparecida de Goiânia, para a realização da coleta convencional indireta. ............................................................... 111 Figura 76 Contêiner instalado no Setor Continental, Aparecida de Goiânia, para a realização da coleta convencional indireta. ............................................................... 111 Figura 77 Coleta do Disque-Busca na residência. .................................................... 118 Figura 78 Coleta do Disque-Busca na residência. .................................................... 118 Figura 79 Localização do aterro sanitário de Aparecida de Goiânia. ........................ 120 Figura 80 Via de acesso ao aterro sanitário - Saída da BR 153. .............................. 121 Figura 81 Via de acesso ao aterro sanitário - Pista dupla sentido ao Presídio. ........ 121 Figura 82 Via de acesso ao aterro sanitário - Término da pavimentação asfáltica. .. 121 Figura 83 Via de acesso ao aterro sanitário - Chegada ao aterro sanitário. ............. 121 Figura 84 Posto da Guarda Municipal e Vigias. ........................................................ 122 Figura 85 Sede administrativa. ................................................................................. 122 Figura 86 Perímetro do aterro sanitário de Aparecida de Goiânia. ........................... 123 Figura 87 Encerramento da vala de resíduos de serviços de saúde......................... 124 Figura 88 Falhas na área de acondicionamento dos RSSs. ..................................... 125 Figura 89 Presença de catadores na praça de operação do aterro sanitário. ........... 126 Figura 90 Resíduos coletados de forma inadequada. .............................................. 127 10 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 91 Desníveis das bermas devido à falta de acompanhamento topográfico. .. 128 Figura 92 Falta de Drenagem de Água Pluvial. ........................................................ 129 Figura 93 Isolamento do Antigo Lixão. ..................................................................... 131 Figura 94 Inauguração do Aterro Sanitário ............................................................... 131 Figura 95 Foto Aérea do Aterro Sanitário ................................................................. 131 Figura 96 Execução da nova trincheira. ................................................................... 132 Figura 97 Debate e palestra sobre Coleta Seletiva. ................................................. 144 Figura 98 Mural usado para educação ambiental na escola. .................................... 144 Figura 99 Equipe da Diretoria de Resíduos Sólidos respondendo aos questionamentos alunos após o debate................................................................................................ 144 Figura 100 Abertura do 2º Debate. ........................................................................... 145 Figura 101 Palestra do 2º Debate. ........................................................................... 145 Figura 102 Alunos com faixa que eles fizeram para o Debate. ................................. 145 Figura 103 Entrega de material educativo durante a palestra. ................................. 145 Figura 104 3º Debate. .............................................................................................. 145 Figura 105 Locais de disposição Inadequada de Resíduos. ..................................... 149 Figura 106 Locais de disposição Inadequada de Resíduos. ..................................... 149 Figura 107 Locais de disposição Inadequada de Resíduos. ..................................... 149 Figura 108 Locais de disposição Inadequada de Resíduos. ..................................... 149 Figura 109 Começo dos trabalhos na COOCAP ...................................................... 152 Figura 110 Começo dos trabalhos na COOCAP ...................................................... 152 Figura 111 Estrutura e trabalhadores da COORFAP. ............................................... 153 Figura 112 Estrutura e trabalhadores da COORFAP. ............................................... 153 Figura 113 A.1 a A.32 Rótulos de risco principal...................................................... 164 Figura 114 contêiner de superfície de 3200 litros. .................................................... 174 Figura 115 contêiner de 1200 litros. ......................................................................... 174 Figura 116 contêiner bigteiners. ............................................................................... 175 Figura 117 contêiner bigteiners. ............................................................................... 175 Figura 118 contêiner bigteiners. ............................................................................... 175 Figura 119 contêiner bigteiners. ............................................................................... 175 Figura 120 sidetainer, coleta mecanizada. ............................................................... 175 Figura 121 sidetainer, coleta mecanizada. ............................................................... 175 Figura 122 Fluxograma das tecnologias de resíduos sólidos urbanos a serem adotadas em Aparecida de Goiânia. ......................................................................... 189 Figura 123 Fluxograma para a segregação dos resíduos sólidos domiciliares em Aparecida de Goiânia. .............................................................................................. 191 11 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 124 Fluxograma para a coleta seletiva dos resíduos secos em Aparecida de Goiânia. .................................................................................................................... 193 Figura 125 Fluxograma para implantação de compostagem da parcela orgânica do RSU em Aparecida de Goiânia. ................................................................................ 195 Figura 126 Fluxograma para a segregação dos resíduos de construção civil em Aparecida de Goiânia. .............................................................................................. 197 Figura 127 Fluxograma para a segregação de resíduos volumosos em Aparecida de Goiânia. .................................................................................................................... 199 Figura 128 Foto e desenho esquemático de Ecoponto ............................................ 203 Figura 129 LEVs ...................................................................................................... 204 Figura 130 LEVs ...................................................................................................... 204 INDICE DE TABELAS Tabela 1 População estimada e a taxa geométrica de crescimento anual. ................. 25 Tabela 2 População Urbana e Rural. .......................................................................... 25 Tabela 3 População por sexo – ano 2010. ................................................................. 26 Tabela 4 População por grupo de idades. .................................................................. 27 Tabela 5 Taxa de Mortalidade. ................................................................................... 28 Tabela 6 Uso e ocupação do solo de Aparecida de Goiânia. ...................................... 32 Tabela 7 Produto Interno Bruto a preços correntes e Produto Interno Bruto per capita. ................................................................................................................................... 34 Tabela 8 Produto Interno Bruto por setores. ............................................................... 36 Tabela 9 Receitas e despesas municipais para o ano de 2011. ................................. 36 Tabela 10 Efetivo da Pecuária – 2012. ....................................................................... 37 Tabela 11 Produção de Origem Animal. ..................................................................... 38 Tabela 12 Arrecadação de ICMS em Aparecida de Goiânia. ...................................... 41 Tabela 13 Consumo de energia Elétrica ..................................................................... 41 Tabela 14 Agências Bancárias. .................................................................................. 41 Tabela 15 Número de matrículas e estabelecimentos. ............................................... 44 Tabela 16 Estabelecimentos de saúde ....................................................................... 46 Tabela 17 Leitos. ........................................................................................................ 48 Tabela 18 Cadastro geral de emprego e desemprego – CAGED ............................... 48 Tabela 19 Relação anual de informações sociais – empregos e rendimento mensal. 48 Tabela 20 Índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) e Índice de Gini. .... 49 Tabela 21 Energia Elétrica consumida pelo município. ............................................... 50 12 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Tabela 22 Frota de Veículos....................................................................................... 52 Tabela 23 Unidades geológicas de Aparecida de Goiânia. ......................................... 54 Tabela 24 Classes de solos de Aparecida de Goiânia. ............................................... 62 Tabela 25 Características das Unidades Hidrográficas Básicas – UHBs. ................... 78 Tabela 26 Quantitativo dos materiais volumosos recolhidos pelo Disque Busca no ano de 2013....................................................................................................................... 96 Tabela 27 Quantitativo dos materiais volumosos recolhidos pelo Disque Busca no ano de 2014....................................................................................................................... 96 INDICE DE QUADROS Quadro 1 Classificação dos resíduos sólidos quanto á periculosidade....................... 83 Quadro 2 Identificação de papel reciclável e não reciclável. ...................................... 90 Quadro 3 Identificação de metal reciclável e não reciclável. ...................................... 90 Quadro 4 Identificação de plástico reciclável e não reciclável. ................................... 91 Quadro 5 Identificação de vidro reciclável e não reciclável. ....................................... 91 Quadro 6 Tipos de Materiais volumosos coletados pelo Disque Busca. ..................... 95 Quadro 7 Bairros e população da 1ª etapa de implantação da Coleta Seletiva. ....... 112 Quadro 8 Bairros e população da 2ª etapa de implantação da Coleta Seletiva. ....... 113 Quadro 9 Bairros e população da 3ª etapa de implantação da Coleta Seletiva (Noturna). ................................................................................................................. 115 Quadro 10 Varrição .................................................................................................. 116 Quadro 11 Poda ....................................................................................................... 116 Quadro 12 Jardinagem (Poda de canteiros de pingo de ouro) ................................. 116 Quadro 13 Capina Manual ....................................................................................... 117 Quadro 14 Capina Química ...................................................................................... 117 Quadro 15 Roçada mecânica (Realização da poda e retirada da grama) ................ 117 Quadro 16 Percetual de universalidade de prestação de serviços de manejo de resíduos sólidos. ....................................................................................................... 148 Quadro 17 Anexo A (normativo). Tipos de acondicionamento. ................................. 155 Quadro 18 Rótulos de risco e painéis de segurança - Em reboque ou semirreboque: um produto e um risco .............................................................................................. 165 Quadro 19 Rótulos de risco e painéis de segurança - Em reboque ou semi-reboque: produtos e riscos diferentes ...................................................................................... 166 13 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA GRÁFICO Gráfico 1 Evolução Populacional do Município. ......................................................... 25 Gráfico 2 Pirâmide Etária. .......................................................................................... 27 Gráfico 3 População Rural. ........................................................................................ 37 Gráfico 4 Serviços de saúde ...................................................................................... 46 Gráfico 5 Distribuição Anual Média dos Totais Mensais de Precipitação - Estação 1649013...................................................................................................................... 69 Gráfico 6 Temperaturas Mensais (ºC) - Estação Goiânia, (1961 – 1990) ................... 70 Gráfico 7 Umidade relativa do ar média em porcentagem da Estação Goiânia. ......... 71 Gráfico 8 Normais de evaporação total mensal da Estação Goiânia. ......................... 72 Gráfico 9 Estimativa Populacional.............................................................................. 84 Gráfico 10 Geração de Resíduos Sólidos do Município de Aparecida de Goiânia...... 85 Gráfico 11 Caracterização Geral de Resíduos Sólidos do Município de Aparecida de Goiânia. ...................................................................................................................... 88 Gráfico 12 Quantitativo dos Resíduos Sólidos Domiciliares do município. ................. 89 Gráfico 13 Quantitativo de materiais recicláveis comercializados desde a implantação do serviço de coleta seletiva (2012) até o corrente ano (2014). .................................. 92 Gráfico 14 Quantitativo de resíduos da limpeza urbana depositados no aterro. ......... 93 Gráfico 15 Quantitativo de Resíduos da construção civil depositados no aterro municipal. ................................................................................................................... 94 Gráfico 16 Quantitativo de Resíduos Verdes coletados no município. ....................... 97 Gráfico 17 Quantitativo de Resíduos de Serviços de Saúde coletados pela prefeitura de Aparecida de Goiânia............................................................................................. 99 Gráfico 18 Percentual de Indústrias com destinação de seus resíduos não perigosos para o aterro sanitário de Aparecida de Goiânia. ...................................................... 100 Gráfico 19 Despesas Correntes relacionadas à gestão e manejo de resíduos sólidos de Aparecida de Goiânia, entre os anos de 2009 ao junho de 2014. ........................ 147 14 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 1. APRESENTAÇÃO O presente documento consiste no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de Aparecida de Goiânia (PMGIRS), desenvolvido em conformidade com a Lei Federal n° 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e a Lei Federal nº 11.445/07, que estabelece a Política Nacional de Saneamento, e seu Decreto regulamentador n° 7.217/10. Após ser finalizado, o PMGIRS será apresentado à Consulta Pública com a finalidade de receber comentários e sugestões, oportunizando a participação da sociedade no planejamento das ações que integram o mesmo. O horizonte de tempo considerado para este Plano foi de 20 (vinte) anos, com sua primeira revisão em 2018. Sabe-se que a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos constitui-se de um conjunto de ações integradas, voltadas para a busca de soluções ambientalmente adequadas para os resíduos sólidos, levando em consideração as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, assim como a inclusão dos trabalhadores (catadores) de materiais recicláveis como a premissa maior do desenvolvimento sustentável no município. Com a elaboração do Plano, o município de Aparecida de Goiânia busca integrar ações legais, administrativas e técnicas, resultantes de todo o processo já em andamento há quase dois anos, para firmar com todos os interessados, inclusive setor empresarial e segmentos da sociedade com interesses diretos e indiretos, a consecução de sistemas de custo operacional adequado, de qualidade intrínseca valorosa e resultado eficaz, em respeito às diversidades e necessidades locais existentes e preponderantes. Além do mais, busca agregar, em seu escopo, todas as ferramentas necessárias para um deslinde do bom planejamento administrativo, de uma conduta resultando na busca pela eficiência do sistema de gestão de resíduos sólidos mediante instituição dos mecanismos mais adequados à segregação, coleta, transporte, transbordo, triagem, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos. O Plano possui como foco principal a universalidade, regularidade e continuidade no acesso aos serviços de limpeza urbana. Em defesa do meio ambiente é que se implantarão e aperfeiçoarão as demais metodologias técnicas necessárias, sempre 15 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA respeitando o protetor-recebedor pela função ambiental que exerce, e atribuindo, em contrapartida, mais responsabilidade ao poluidor-pagador mediante compensação ambiental. O grande desafio da Administração Pública Municipal, com a apresentação deste primeiro Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, transcende o seu compromisso de bem gerir o sistema de limpeza urbana e coleta de resíduos sólidos, por meio da gestão pública e do comando dos contratos de prestação de serviços e outorgas por possíveis concessões na área de gestão de resíduos. 2. OBJETIVOS DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE APARECIDA DE GOIÂNIA A Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS - (Lei Nº 12.305/2010) impõe o desafio de superar as dificuldades existentes, assim como melhorar a capacidade institucional e operacional para a gestão dos serviços, atendendo todas as responsabilidades estabelecidas nas legislações vigentes. De acordo com a PNRS, a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é condição para os Municípios terem acesso a recursos da União destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo dos resíduos sólidos. Desta forma, e buscando atender outras determinações da legislação e atingir a melhoria da gestão dos serviços, seja de forma direta ou indireta, o município de Aparecida de Goiânia vem realizando há algum tempo obras de revitalização de seu atual aterro (reestruturação dos taludes, introdução da cobertura vegetal nos mesmos, ampliação da drenagem pluvial, dentre outros), antecipando-se ao prazo estabelecido na lei para a erradicação dos lixões no Brasil – agosto de 2014. A principal contribuição para o êxito deste resultado consiste na efetivação do serviço público de coleta seletiva, e a assessoria e acompanhamento das cooperativas de catadores existentes no município, incluindo a constituída pelos catadores que atuavam no antigo lixão, assim realizando várias ações que são integrantes do “Programa Municipal Aparecida Cooperando e Reciclando com Dignidade”, que inclui a responsabilidade social com os catadores de materiais recicláveis, e a universalização do acesso ao serviço público de coleta seletiva nas residências, empresas e comércios do município. Portanto, são objetivos do PMGIRS de Aparecida de Goiânia: 16 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Diagnosticar a situação dos resíduos sólidos gerados no município; Identificar áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos; Identificar as possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros Municípios; Identificar os resíduos sólidos e os geradores sujeitos ao plano de gerenciamento específico ou a sistema de logística reversa; Estabelecer os procedimentos operacionais e as especificações mínimas a serem adotados nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; Propor indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos; Definir regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos; Definir as responsabilidades quanto à implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos específicos; Elaborar programas e ações de capacitação técnica voltados para implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos específicos; Identificar os passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos, incluindo áreas contaminadas, e respectivas medidas mitigadoras e/ou saneadoras; Elaborar programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos; Propor programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se houver; Sugerir mecanismos para a criação de emprego e renda, gerando novos negócios, mediante a valorização dos resíduos sólidos; Avaliar e estudar os custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança pela prestação desses serviços; Estabelecer metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos encaminhados para a disposição final ambientalmente adequada; 17 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Descrever as formas e os limites da participação do poder público local na coleta seletiva, logística reversa, e em outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; Propor meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito local, da implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos e dos sistemas de logística reversa; Sugerir ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de monitoramento; Estabelecer a revisão do PMGIRS, observado o período de vigência do plano plurianual municipal; Por meio destes objetivos, espera-se que o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos possibilite ao município de Aparecida de Goiânia, o cumprimento de seu papel no desafio de alcançar os objetivos e diretrizes estabelecidos na Lei Nº 12.305/2010. 3. PROJETO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL E DIVULGAÇÃO O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Aparecida de Goiânia tem como grande desafio o envolvimento dos diversos setores da sociedade na discussão sobre a melhor forma de realizar a gestão e manejo dos resíduos sólidos no municipio. A participação social é essencial para a construção de sociedades democráticas, sendo um instrumento de discussão e avaliação sobre a eficácia da gestão e da melhoria contínua das políticas e serviços públicos por parte da população; pressupõe a convergência de propósitos, a resolução de conflitos, o aperfeiçoamento da convivência e a transparência dos processos decisórios com foco no interesse da coletividade. Pensando nisso, o processo de construção do plano deverá levar à mudança de hábitos e de comportamento da sociedade como um todo, com isso, o diálogo será uma ferramenta estratégica para grupos organizados e entidades representativas dos setores econômicos e sociais de cada comunidade ou região do município. Para que o plano possa atingir suas metas é necessário que haja uma participação social, em que serão avaliados de forma coletiva, os resultados positivos e negativos da gestão. Para garantir um processo participativo, ordenado e eficiente na elaboração do PMGIRS, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, por meio da Diretoria de Resíduos Sólidos, criou o “Comitê Diretor” formado pela equipe técnica desta 18 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Diretoria. Assim, o Comitê Diretor terá caráter técnico, e será responsável pela coordenação da elaboração do plano, tendo também um papel executivo quanto às tarefas de organização e viabilização da infraestrutura (convocatória de reuniões, locais apropriados, cópias de documentos, etc.), e a responsabilidade de garantir, inclusive com recursos, o bom andamento do processo. Além do comitê diretor foi criado o “Grupo de Sustentação”, formado por representantes do setor público e da sociedade organizada e instituições de âmbito municipal, sendo convidados, por exemplo: representantes das cooperativas de trabalhadores (catadores) de materiais recicláveis; representantes das associações de bairros; e representantes das associações de empresas e indústrias do município. A participação da população e o controle social dentro do processo de elaboração do PMGIRS será realizado da seguinte forma: 1ª Reunião com o Comitê Diretor e o Grupo de Sustentação – Apresentação do Diagnóstico Atual da Gestão de Resíduos Sólidos do Município; 2ª Reunião com o Comitê Diretor e o Grupo de Sustentação – Apresentação das Diretrizes, Estratégias, Programas, Ações e Metas para o Manejo Diferenciado dos Resíduos; e Diretrizes, Estratégias, Programas, Ações e Metas para outros Aspectos do Plano. Após a realização dessas duas reuniões, o Plano será colocado para Consulta Pública por 30 (trinta) dias com a finalidade de receber comentários e sugestões, sendo posteriormente, colocado para votação e aprovação na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia. 4. DIAGNÓSTICO 4.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO 4.1.1 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS No dia 20 de março de 1922, o vigário Francisco Wand, da congregação do Santíssimo Redentor, rezou uma missa na sede da Fazenda Santo Antônio. A propriedade era do senhor José Cândido de Queirós, que sabia da importância de ceder o local para a realização da desobriga pascal, isto é, dar oportunidade à comunidade de comungar e também de realizar os batizados e casamentos, pelo 19 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA menos uma vez ao ano. E nesse dia surgiu a ideia de fundar um patrimônio para a Igreja Católica. Além de José Cândido, mais três senhores se prontificaram a doar terras para a obra: Abrão Lourenço de Carvalho; Antônio Batista de Toledo e Benedito Batista de Toledo. Menos de dois meses depois, no dia 3 de maio de 1922, um cruzeiro de aroeira lavrada despontava no cerrado, marcando oficialmente a primeira missa campal do município que ainda estava por surgir e que também foi celebrada pelo vigário Francisco Wand. Posteriormente, o cruzeiro foi transportado por uma multidão de pessoas, que saiu a pé da Fazenda Santo Antônio até a frente da Igreja Matriz, onde se encontra atualmente. No dia 11 de maio de 1922, debaixo de um rancho de madeira roliça e coberta com palha de bacuri, foi rezada a segunda missa campal, onde foi construída a capela da padroeira do arraial, recebendo mais tarde o nome de Igreja de Nossa Senhora Aparecida. Neste mesmo ano, iniciou-se a construção da igreja que deveria ser levantada com o auxilio do povo da região. Dentre os vários colaboradores estão os nomes de Aristide Frutuoso, Antônio Lourenço Ribeiro, Antônio Alves Fortes, Antônio Bertoldo Ribeiro, Elias Gonçalves Primo, Manuel Cabral da Silva, Joaquim Marques da Silva, Benedito Batista de Toledo e outros. Estas pessoas doaram madeira, areia, adobes, pedra, telha, carreto e outros serviços. No mesmo local onde foi feito o rancho e celebrado a missa de inauguração, simbolizando o lançamento da pedra fundamental, foi construída a igreja, a mesma que, ainda hoje, ostenta a praça do jardim com seu estilo antigo, ou seja, conhecida atualmente como Praça da Matriz. O senhor João Batista de Toledo, carpinteiro de referência, foi encarregado de ser o construtor da igreja até o término da obra. Com o tempo, a cidade cresce e passa a ser conhecida como Arraial de Aparecida. Pela Lei Estadual n.º 4.927, de 14 de novembro de 1963, é elevado à categoria de município com a denominação de Aparecida de Goiânia. Atualmente o município possui uma área territorial de 288,342 km². Conforme dados do IBGE, 2010, neste ano apresentou uma população de 455.657 habitantes, sendo 20 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 455.193 correspondentes a população urbana e apenas 464 a rural, enquanto sua população estimada para 2013 era equivalente a 500.619 habitantes. A municipalidade apresenta 136.319 domicílios particulares permanentes. Destes, 136.144 são urbanos e 176 são rurais (IBGE, 2010). Formado aproximadamente por 239 bairros, muitos deles têm mais de 10 mil habitantes (Secretaria Municipal da Fazenda – Aparecida de Goiânia). Conforme Francisco (entre 2010 e 2012), sua densidade demográfica equivalente a 1.580,27 hab./km² é considerada elevada, visto que a do Estado é de 17,6 hab./km². De acordo com a Câmara de Aparecida de Goiânia, o município possui cinco distritos industriais, sendo quatro municipais – DIMAG, DAIAG, Pólo Empresarial Goiás, Parque Industrial Aparecida – e um particular, Cidade Empresarial. Desse modo, tem se destacado como um dos mais promissores do Estado no que diz respeito à industrialização. O Pólo Empresarial Goiás, por exemplo, apresenta 76 alqueires e está localizado às margens da BR-153, próximo ao anel viário e tendo capacidade de abrigar cerca de 150 empresas dos mais variados tipos, como metalurgia, alimentação, transporte, artefato de cimento, prestação de serviços, parque gráfico, entre outros. Já o distrito industrial está sendo dotado de infraestrutura, como água, asfalto e energia elétrica. É dividido em módulos, separando as empresas conforme o gênero que atuam. Ao todo o município conta com 8.969 empresas locais, sendo 8.760 atuantes (IBGE, 2012). Assim, a cidade de Aparecida de Goiânia, em poucos anos de existência passou por um vertiginoso crescimento populacional, mas ainda existem muitas áreas de vazios urbanos (AGUIAR e ROMÃO, 2008?), o que tem acarretado maior pressão sobre os ambientes naturais do município, ocasionando a necessidade de cuidados por parte do poder público na manutenção da adequada qualidade de vida para todos. Desse modo, a revisão do Plano Diretor de Aparecida de Goiânia, por exemplo, pretende estabelecer de forma mais eficaz as diretrizes para ordenar e promover o desenvolvimento físico das áreas de expansão urbana, de zoneamento, de meio ambiente, de saneamento básico, de infraestrutura, do uso do solo e do sistema viário do município. Por meio da implantação do Plano Diretor o município pretende solucionar os principais problemas da estrutura física de Aparecida, como a ocupação desordenada e a criação indiscriminada de loteamentos. 21 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Além do mais, foi criada pela Secretaria Municipal de Planejamento – responsável pelo acompanhamento do processo de edificação da cidade, cuidando para que as leis sejam obedecidas –, a Comissão de Análise Técnica com a função de estudar e analisar os recursos protocolados para a compatibilização dos projetos propostos com os parâmetros urbanísticos e ambientais vigentes. Localização e vias de acesso O município de Aparecida de Goiânia está localizado nas coordenadas geográficas 49,24º S e 16,82º W. Parte integrante da Região Metropolitana de Goiânia (RMG), situa-se na porção ao sul da capital de Goiás, tendo como municípios limítrofes Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Goiânia, Hidrolândia e Senador Canedo (figura 1). As principais vias de acesso ao município são a Av. Rio Verde, Av. São Paulo e Av. Bela Vista na faixa de conurbação norte; a GO-040 à oeste e, ao sul a BR-153, rodovias que estão praticamente integradas à malha urbana (figura 2); tornando o município um polo estratégico para investimentos na industrialização, na distribuição de produtos e no atendimento de importantes mercados consumidores. Figura 1 Localização do município de Aparecida de Goiânia. Fonte: Senha Engenharia – 2010. 22 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 2 Mapa das Malhas Viárias. Fonte: Senha Engenharia – 2010. 23 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Áreas de Influência Conforme o Estudo de Impacto Ambiental (EIA - 2010), do aterro sanitário do município de Aparecida de Goiânia, as áreas de influência do mesmo foram definidas através da somatória dos três meios envolvidos, meio físico, biótico e antropogênico. Por meio deste estudo detectaram-se duas áreas de influência, sendo: Área de Influência Direta – é a área onde ocorrerão os maiores efeitos do empreendimento; restringindo-se a toda à área do aterro sanitário acrescida de uma faixa de 500 m a partir do limite do aterro, e indo até o Córrego Santo Antônio e a sua foz no Rio Meia Ponte, por ser a área possível de ser impactada diretamente pelo aterro sanitário como, por exemplo, arraste eólico de resíduos, odores, impacto visual, impacto sobre o valor da terra, entre outros. Área de Influência Indireta – é a área onde ocorrerá menor dano. Esta área foi considerada a partir da abrangência da coleta, isto é, toda a área de origem dos resíduos domiciliares a serem transportados para o aterro sanitário, que indiretamente será afetada. Compreende-se todo o município de Aparecida de Goiânia que, sem dúvida, sofrerá reflexos do empreendimento. Aspectos Demográficos Conforme mencionado anteriormente, a população residente estimada para Aparecida de Goiânia, pelo censo referente ao ano de 2013, correspondeu a 500.619 pessoas, obtendo a taxa de crescimento de 3,19%, a segunda maior taxa observada nos municípios analisados (tabela 1). Já no gráfico 1 é possível identificar uma queda da população no levantamento do ano de 2011, mas logo no ano posterior houve a evolução desta população segundo demonstrado pelas estimativas do Instituto Mauro Borges (SEGPLAN). Esses dados ilustram a dinâmica positiva de crescimento da Área de Influência Indireta do empreendimento, provavelmente influenciada pelo crescimento e fortalecimento dos distritos industriais. 24 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Tabela 1 População estimada e a taxa geométrica de crescimento anual. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN - Goiás Gráfico 1 Evolução Populacional do Município. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN - Goiás As informações sobre população urbana e rural mostram uma predominância da população urbana sobre a rural na área analisada, bem como os dados numéricos dos seus municípios limítrofes (tabela 2). Tabela 2 População Urbana e Rural. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN – Goiás. 25 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Os dados sobre o gênero da população mostram uma pequena predominância da população feminina sobre a masculina no município de Aparecida de Goiânia, como pode ser visto na tabela 3. Tabela 3 População por sexo – ano 2010. Fonte: IBGE – censo 2010. Analisar os grupos de idade na composição da população é relevante para se considerar suas condições de vida, cabendo examinar o peso da população considerada inativa (0 a 14 anos e 65 anos ou mais) sobre a população potencialmente ativa (15 a 64 anos), conforme apresentam a tabela 4 e o gráfico 2 sobre a composição da população por grupos de idade. Com isso nota-se que a população residente no municipio de Aparecida de Goiânia apresenta as características típicas de regiões metropolitanas em desenvolvimento, quais sejam: população jovem e heterogeneidade sócio-econômica. 26 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Tabela 4 População por grupo de idades. Fonte: IBGE, 2010. Mais de 100 anos 95 a 99 anos 90 a 94 anos 85 a 89 anos 80 a 84 anos 75 a 79 anos 70 a 74 anos 65 a 69 anos 60 a 64 anos 55 a 59 anos 50 a 54 anos 45 a 49 anos 40 a 44 anos 35 a 39 anos 30 a 34 anos 25 a 29 anos 20 a 24 anos 15 a 19 anos 10 a 14 anos 5 a 9 anos 0 a 4 anos Gráfico 2 Pirâmide Etária. Fonte: IBGE, 2010. 27 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA TAXA DE NATALIDADE E MORTALIDADE A taxa de natalidade equivale ao número de nascidos vivos por mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado, ou seja, é o número de pessoas que nasce. Ela é influenciada pela estrutura da população, quanto à idade e o sexo, além dos aspectos culturais de determinada sociedade. Atualmente há uma tendência à queda da taxa de natalidade, pois, os casais estão optando por ter menos filhos e o conhecimento e a divulgação de métodos contraceptivos contribui positivamente com essa questão. Já a taxa de mortalidade infantil é o indicador demográfico que indica o número de óbitos por cada 1000 nascimentos de nados-vivos (tabela 5). A taxa de mortalidade infantil no município vem reduzindo, fato este que pode ser explicado pela existência de hospitais e melhores condições de vida. Tabela 5 Taxa de Mortalidade. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN – Goiás. Uso e Ocupação do Solo O uso e ocupação do solo nos municípios por meio da urbanização resultam na interação entre os aspectos físicos, bióticos e a ação do homem no meio. Assim sendo, a complexidade da ação humana faz com que a interação homem-ambiente não ocorra segundo um modelo cujas leis físicas e químicas sejam determinantes. Isto significa que está ligada a uma dinâmica social e econômica as quais os modelos biológicos não conseguem explicar e que imprimem alterações mais rápidas do que as naturais, cujos efeitos são mais intensos e irreversíveis (MOTA, 2003). Esse processo de urbanização traz como consequência uma série de impactos ambientais que representam riscos tanto à manutenção do equilíbrio ecológico quanto à manutenção da qualidade de vida das pessoas. Dentre as principais alterações impostas pelo homem nos processos de urbanização, destacam-se: retirada da cobertura vegetal, perda de biodiversidade das espécies da fauna e flora, 28 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA impermeabilização do solo, movimento de terra, assoreamento de rios e riachos, modificações nos ecossistemas, poluição ambiental e demais aspectos. O crescimento desordenado de Aparecida de Goiânia nos últimos anos induziu o surgimento de espaços urbanos de forma desorganizada e, incapaz de promover um ordenamento urbanístico racional sobre o controle do poder público. Salienta-se que o processo de ocupação territorial foi orientado pelo mercado imobiliário, do qual promoveu o parcelamento indiscriminado do território de forma a atender a demanda crescente por lotes populares, ocasionando assim, um espaço urbano municipal fortemente marcado por dois padrões básicos, sendo o primeiro representado por vazios urbanos e/ou áreas de ocupação incipiente, por vezes isolados e não condizentes em termos de acessibilidade, onde predominam áreas residenciais de baixa densidade e baixo poder aquisitivo. O segundo é verificado na região de conurbação com a cidade de Goiânia, apresentando alta densidade de ocupação, fortes vinculações econômicas e sociais, e tendência de verticalização e implantação de loteamentos fechados destinados à população de alto poder aquisitivo (Relatório da Carta de Risco do Município de Aparecida de Goiânia). Desse modo, como forma de minimização destes impactos, a Lei nº 10.257/2001, que dispõe sobre o Plano Diretor, regulamentado pelos arts. 182 e 183 da Constituição Federal de 1988, § 1º, e aprovado pela Câmara Municipal, sendo obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, tendo assim como objetivos: − Impedir, minimizar e reverter os impactos negativos ocasionados pelo crescimento desordenado e pela falta de planejamento na gestão da cidade; − Definir as áreas urbanas e rurais e sub-dividir a área urbana em zonas para garantir a compatibilidade de uso no processo de ocupação e exercício das atividades; − Impedir uma expansão urbana especulatória, evitando-se a degradação ambiental e gastos excessivos e inadequados com infra-estrutura; − Estabelecer normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e das edificações, consideradas a situação sócio-econômica da população e as normas ambientais; 29 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA − Identificar e modificar a destinação de uso das áreas parceladas impróprias para ocupação, considerando-se as questões ambientais e as reais condições de gestão pública; − Estabelecer uma política de investimentos públicos de forma a priorizar as áreas mais adensadas e estabelecer critérios para justa distribuição dos ônus decorrentes do processo de urbanização; −Identificar áreas dotadas de equipamentos e infra-estrutura pública, que estejam subutilizadas, promovendo instrumentos para sua ocupação; − Implantar instrumentos de redução dos custos e de aumento de oferta dos lotes e unidades habitacionais nas áreas prioritárias para ocupação; − Identificar e priorizar áreas para localização de equipamentos públicos e infraestrutura, garantindo o fácil acesso dos usuários e a racional distribuição dos serviços no Município, considerando as demandas de densidade; − Reestruturar as ligações viárias básicas, garantindo a integração necessária aos deslocamentos urbanos; − Adequar o sistema de transporte coletivo às ligações viárias básicas, racionalizando os deslocamentos e facilitando o acesso do usuário; − Recompor um estoque de áreas públicas para atender a demanda da coletividade na implantação de equipamentos e áreas verdes; − Avaliar e intervir nos remanejamentos de loteamentos fechados de forma a garantir os direitos constitucionais da população; − Compatibilizar a aprovação de novos loteamentos com o processo de estruturação do território e a necessidade de ocupação; − Caracterizar o sistema ambiental local, estabelecendo critérios para manejo, preservação e recuperação; − Identificar áreas de matas e nascentes, localizadas em parcelamentos ocupados e adensados, avaliando a possibilidade de implantação de parques com o objetivo de promover o bem-estar social, garantindo a preservação ambiental; 30 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA − Implementar o sistema de Regiões Administrativas (R.A.) facilitando a gestão de programas e políticas específicas condizentes com as características de cada região do Município; − Compatibilizar o uso e ocupação do Município, viabilizando o desenvolvimento econômico, social e a proteção, preservação e recuperação do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e ambiental; − Promover convênios entre órgãos e entidades públicas objetivando a implantação das diretrizes propostas; − Adequar os instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem estar geral e a fruição dos bens pelos diferentes segmentos sociais; − estabelecer políticas compensatórias nas relações entre o Município e a sua área de influência, em especial a Região Metropolitana de Goiânia. Como forma de viabilizar a administração municipal de Aparecida de Goiânia, implantou-se a Política de Ordenação para o Crescimento e Desenvolvimento Estratégico (POCDE), em que busca sistematizar a ocupação racional e sustentável do território através de ações, do qual dividiu-se a área urbana em áreas que congregam um conjunto de programas, classificadas em: 1) áreas impróprias para ocupação (AIO); 2) áreas NÃO prioritárias para investimento públicos (ANIP); 3) áreas prioritárias para ocupação (APO); 4) área prioritária para investimentos públicos (APIP); 5) áreas para o desenvolvimento estratégico (ADE); 6) áreas para CRESCIMENTO ACOMPANHADO (ACA). Para determinação do uso do solo do município foram extraídos dados de duas fontes: i) Análise de imagens de satélite LANDSAT TM5 (Enhanced Thematic Mapper), com 31 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA datas entre 2005 e 2011 e percentagem de nuvens menor que 5%, a fim de mapear os diferentes usos a partir da classificação supervisionada do território, ii) Compilação dos dados apresentados pelo SIEG em 2011(PDDU, 2011). O sistema de coordenadas adotado foi o de coordenadas geográficas (UTM-22S). O Datum Geodésico adotado corresponde ao South American Datum 1969 (SAD-69). Para o processamento dos dados adotou-se o IDRISI (Eastman, 2006). O resultado está apresentado na tabela 6 e figura 3. Tabela 6 Uso e ocupação do solo de Aparecida de Goiânia. Fonte: Senha Engenharia – 2010. 32 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 3 Uso e ocupação do solo em Aparecida de Goiânia. Fonte: SIEG, 2011. 33 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Considere-se, ainda, que apesar do processo de ocupação territorial ter ocorrido de forma desordenada, foram preservadas importantes áreas de interesse ambiental (fundos de vale e remanescentes vegetais) que permeiam o tecido urbano e também resultam em vazios urbanos e áreas não adensáveis, assim como áreas de interesse econômico-industrial, cuja função determinante não permite a ocupação residencial (SENHA ENGENHARIA, 2010). Estrutura Produtiva O Produto Interno Bruto (PIB) é um dos indicadores utilizados na economia para mensurar a riqueza total produzida por uma determinada sociedade, e se refere à riqueza total produzida em um determinado ano a preços correntes. O PIB Per capita é o produto interno bruto dividido pela quantidade de habitantes de uma determinada região. Assim, de acordo com as informações do Instituto Mauro Borges, o PIB total do município de Aparecida de Goiânia é o terceiro maior, com 6.296.699.000 reais no ano de 2011 (tabela 7 e figura 4), ficando atrás apenas de Goiânia e Anápolis. O município participou com 5,7% do PIB estadual, do qual a indústria foi o setor de maior relevância na estrutura municipal, representando 75,5%, seguido pelo setor de serviços, com 24,4% e a agropecuária com 0,1% do valor adicionado (VA) total. Tabela 7 - Produto Interno Bruto a preços correntes e Produto Interno Bruto per capita. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN – Goiás. 34 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 4 PIB municipal por classe, para os dez maiores em 2011. Fonte: Senha Engenharia – 2010. Dos dez maiores municípios no setor industrial em 2011, o município de Aparecida de Goiânia obteve a quinta maior participação, com 5,1% no valor adicionado estadual. Já na atividade em serviço, o município ficou em terceiro lugar, participando com 7,0% do valor adicional estadual (tabela 8). 35 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Tabela 8 Produto Interno Bruto por setores. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN – Goiás. Finanças Públicas Finanças públicas são constituídas por impostos, contribuições, transferências federais e estaduais, tendo papel estratégico para o poder público municipal, uma vez que é o principal suporte para a implantação de politicas públicas voltadas para as questões sociais básicas, como a educação, saúde, segurança pública, saneamento básico, dentre outros aspectos. Na tabela 9, nota-se que o município de Aparecida de Goiânia arrecadou o total de receitas de R$ 506.456 no ano de 2011. Tabela 9 Receitas e despesas municipais para o ano de 2011. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN – Goiás. Setor Primário A população rural encontra-se com maiores concentrações na divisa de Aparecida de Goiânia com Aragoiânia, Goiânia e Senador Canedo. Conforme o gráfico 3, podemos observar que desde o ano de 1980 à 2010 houve uma grande redução da população residente nestas áreas rurais. 36 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 25000 20000 15000 População Rural 10000 5000 0 1980 1991 2000 2010 Gráfico 3 População Rural. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN – Goiás. A tabela 10 apresenta o efetivo da pecuária no ano de 2012, destacando com maior predominância a criações de aves, rebanho bovino e galináceos. Já quanto à produção de origem animal (tabela 11), o municipio produz apenas leite e ovos. Por intermédio destes dados, conclui-se que Aparecida de Goiânia não tem como maior fonte econômica as atividades rurais. Tabela 10 - Efetivo da Pecuária – 2012. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN - Goiás 37 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Tabela 11 - Produção de Origem Animal. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN - Goiás. Setor Secundário Hoje o município de Aparecida de Goiânia é um dos principais centros industriais do estado. Conforme já mencionado, possui cinco distrritos industriais: quatro municipais – Distrito Industrial Municipal de Aparecida de Goiânia (DIMAG), Distrito Agroindustrial de Aparecida de Goiânia (DAIAG), Pólo Empresarial Goiás, Parque Industrial Aparecida –, e uma particular, Cidade Empresarial (figura 5). Nestes polos estão instaladas empresas que fabricam desde peças de veículo, material de limpeza, alimentação, equipamentos hospitalares, e outros (figuras 6 a 9). 38 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 5 Polos Industriais. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 39 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 6 Empresa Makro. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 7 Empresa Mabel. Fonte:Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 8 Empresa Arroz Cristal. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 9 Empresa Sicmol. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Sua localização estratégica na Região Metropolitana de Goiânia faz do município um dos maiores mercados consumidores per capita do país. Ou seja, estar próximo do entroncamento das grandes rodovias que ligam o Centro-Oeste ao Norte e ao Sul do país, facilita os investimentos na industrialização, o que contribui para o crescimento do PIB goiano. Essa força e desempenho da economia do município podem ser percebidos pelo aumento na arrecadação do ICMS e no consumo de energia elétrica industrial no decorrer dos anos, conforme demonstrado nas tabelas 12 e 13. Por isso, hoje se considera Aparecida de Goiânia um pólo industrial. 40 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Tabela 12 - Arrecadação de ICMS em Aparecida de Goiânia. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN – Goiás. Tabela 13 Consumo de energia Elétrica Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN – Goiás. Setor Terciário O município dispõe de estabelicimentos bancários, quais sejam, por exemplo, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil S.A, Banco Bradesco S.A, Banco Itáu, e outras agências, além de uma grande diversidade de comércios varejistas, conforme tabela 14 e figuras de 10 à 21. Tabela 14 - Agências Bancárias. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN - Goiás. 41 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 10 - Banco do Brasil. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 11 - Caixa Econômica Federal Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 12 - Rua com comércios Varejista. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 13 - Rua com comércios Varejista. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 14 - Loja de materiais para construção. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 15 - Ferragista. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 42 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 16 - Posto de Gasolina. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 17 - Comércios. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 18 - Distribuidora de Gás. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 19 - Loja de Agro&Pesca. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 20 - Dograria do Povo. Fonte:Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 21 - Restaurante e Lanchonete. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 43 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Infraestrutura Social Educação O município possui 203 escolas em atividade, 2.221 salas de aulas e 99.713 alunos matriculados em redes de ensino. Porém, nota-se na tabela 15 que no período de 2010 a 2013 vem ocorrendo declive de matrículas nas redes de ensino, especialmente nos ensinos fundamental, médio, e educação de jovens/adultos. Já a rede de ensino superior é contemplada pelas devidas universidades, sendo: Universidade Estadual de Goiás (UEG), Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto Federal de Goiás (IFG), Faculdade FANAP, Faculdade Alfredo Nasser e Facudade UNIFAN (figuras 22 a 24). Tabela 15 - Número de matrículas e estabelecimentos. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN - Goiás. 44 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 22 Escola Municipal o Pequenino. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 23 IFG. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 24 Faculdade Alfredo. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Saúde Ao tratar a situação da saúde no município é possível por meio dos dados obtidos no censo demográfico de 2010, expressos na tabela 16 e no gráfico 4, analisar dados quantitativos referentes ao número de hospitais disponíveis para a população (figuras 25 à 27). 45 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Tabela 16 - Estabelecimentos de saúde Fonte: IBGE, censo 2010. Gráfico 4 Serviços de saúde Fonte: IBGE, censo 2010. 46 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 25 Hospital São Silvestre. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 26 Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 27 Hopital de Urgência de Aparecida de Goiânia (HUAPA). Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Quanto aos leitos, Aparecida de Goiânia possui o total de 561 para internação, desses, 12 são públicos municipais, 54 públicos estaduais e 495 privados – SUS; obtendo uma infraestura de saúde satisfatória ao município (tabela 17). 47 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Tabela 17 Leitos. Fonte: IBGE, censo 2010. Emprego e Renda A análise de aspectos relacionados ao emprego e renda é fundamental, pois auxilia nas inferências a respeito do quantitativo de mão de obra disponível para o trabalho, bem como fornece subsídios. Os dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego, nas tabelas 18 e 19, apresentam um saldo positivo nas contratações. O munícipio de Aparecida de Goiânia possui um alto valor de rendimento mensal, fato este bastante positivo para a economia local. Tabela 18 Cadastro geral de emprego e desemprego – CAGED Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN - Goiás. Tabela 19 Relação anual de informações sociais – empregos e rendimento mensal. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN - Goiás. 48 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) tem como objetivo oferecer um contraponto a outro indicador, o Produto Interno Bruto (PIB), e parte do pressuposto que para dimensionar o avanço de uma determinada localidade não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas também características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana. Por meio da tabela 20, pode-se observar que houve crescimentos relevantes no Índice de Desenvolvimento Humano do munícipio e no Índice de Gini, chegando a atingir o nível alto em 2010, conforme a classificação do IDH. Tabela 20 Índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) e Índice de Gini. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN - Goiás. Infraestrutura Urbana e de Serviços Energia A Companhia Energética de Goiás – CELG (figuras 28 e 29) é a instituição responsável pela geração e transmissão de energia no estado. Conforme a tabela 21, o consumo de energia elétrica no município em 2013 foi de 631.365 Mwh. Este consumo é composto pela consumassão residencial, industrial, comercial, rural e outros. Nota-se que o dispêndio que se sobressaiu foi o residencial e o industrial. 49 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Tabela 21 Energia Elétrica consumida pelo município. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN - Goiás. Figura 28 CELG – Agência de Atendimento. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 29 Subestação – CEPAIGO. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Comunicação e Transporte O município, na área de comunicação, dispõe de agências dos correios e tem acesso à internet. O seu serviço de telefonia é disponibilizado pela Oi Telecomunicação, que conta com cobertura celular de todas as operadoras (Oi, Vivo, Claro e Tim) e telefones públicos (figuras 30 a 32). Possui um canal de TV local (TV Cerrado Canal 26) – cujo objetivo é prestar serviços à comunidade local, trazendo informações, lazer e entretenimento (figura 33) –, e ainda emissoras de rádio. 50 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 30 Oi Telecomunicação. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 31 Antena de Comunicação. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 32 Orelhões. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 33 TV Cerrado Canal 26. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Aparecida de Goiânia conta com a presença do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) no município. De acordo com o IBGE, em 2012 a frota de veículos teve um quantitativo elevado, chegando a 204.564 frotas de veículos (tabela 22). Apresenta ainda terminais de ônibus coletivo, rodoviária, e serviço de taxi e mototaxi (figuras 34 e 35). 51 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Tabela 22 Frota de Veículos. Fonte: IBGE, censo 2010. Figura 34 Rodoviária de Aparecida. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 35 Terminal Vila Brasília. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Turismo e Lazer Como forma de atração turística o município dispõe apenas da Serra das Areias. Já para lazer conta com bares, clube, quadras esportivas, casa de dança, praças e academias ao ar livre (figuras 36 a 39). 52 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 36 Hotel 10. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 37 Clube Cel da OAB. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 38 Clube Cel da OAB. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 39 Casa de dança. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 4.1.2 ASPECTOS AMBIENTAIS Aspectos Geográficos A área urbana do município apresenta ocupação diversificada, de média extensão superficial e topografia relativamente plana. Nela são encontrados bairros consolidados e adensados, bairros residenciais em expansão, com implantação de conjuntos habitacionais e áreas com ocupação industrial. As características do sistema viário de Aparecida de Goiânia são fortemente influenciadas pela peculiar situação desse município em relação a Goiânia. Com efeito, o centro histórico da sede municipal, que agrega aproximadamente sete mil habitantes, está localizado a 8 km do limite com a capital, próximo à BR-153, enquanto 53 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA que as áreas mais povoadas estão situadas junto à divisa com Goiânia, constituindose, na prática, em uma extensão do espaço urbano da capital. Apesar dos problemas relacionados com a falta de planejamento, anteriormente mencionados, os loteamentos existentes em geral apresentam traçados regulares, contando com praças e áreas públicas de lazer. Aspectos Geológicos A geologia do município de Aparecida de Goiânia é integralmente representada por um conjunto de rochas metamórficas, denominadas de Grupo Araxá (Lacerda Filho et al., 1999, apud Rodrigues, 2005). Além do conjunto supracitado, áreas de depósitos aluvionares são encontradas em pequena representatividade. A tabela 23 indica o percentual da composição geológica do município. Tabela 23 Unidades geológicas de Aparecida de Goiânia. Fonte: Senha Engenharia – 2010 Na região em estudo, o Grupo Araxá é caracterizado por xistos e quartzitos (Marini, 1981; Fucket al., 1993 e 2000; e Pimentel 1992 e 1995) (figura 40). Os xistos são rochas metamórficas facilmente identificáveis por serem fortemente laminadas. São rochas ricas em micas (muscovita, biotita e clorita), sendo constituídas por quartzo, granada e mais raramente feldspatos e turmalina. Os quartzitos são rochas ricas em quartzo e podem conter concentrações variáveis de micas (muscovita) (RODRIGUES et al. 2005). 54 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 40 Mapa Geológico do Município de Aparecida de Goiânia. Fonte: Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás, 2005. 55 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Segundo Rodrigues (2005), os xistos são facilmente alterados pelos agentes do intemperismo (variação de calor, infiltração de água, ação do vento e erosão), por isso ocupam as áreas rebaixadas do relevo e afloram, principalmente, na forma de lajedos nos principais córregos da área em estudo (figura 41). Conforme relatado por Rodrigues (2005), em outras áreas, os xistos podem ser encontrados recobertos por mantos de solos. Os quartzitos, que são mais resistentes ao intemperismo, ocorrem nas áreas topograficamente mais elevadas, representadas pela Serra da Areia. Há um conjunto de estruturas que corresponde a um fraturamento das rochas com a abertura de planos que se entrecortam. Tais estruturas são importantes para a circulação e retenção de água em profundidade e pelo controle e condicionamento das direções dos cursos de córregos e ribeirões. Estas estruturas podem ser facilmente identificadas nas áreas de exploração mineral (pedreiras e areais) e em afloramentos rochosos. (RODRIGUES et al. 2005), (figura 42). Figura 41 Detalhe do mica xisto do Grupo Araxá em tipo de exposição comum em leitos de córregos do município de Aparecida de Goiânia. Fonte: Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás, 2005. 56 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 42 Exposição de afloramento de quartzito micáceo fino a médio com foliação proeminente do Grupo Araxá na Serra da Areia. Fonte: Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás, 2005. O estudo estatístico de medidas das estruturas planares indicou que, no município, as direções das fraturas seguem o padrão regional, com ampla similaridade com o modelo observado nas regiões do Distrito Federal (Campos & Freitas-Silva, 1998) e de Goiânia (Campos et al., 2003). De forma geral, Rodrigues (et al.,2005) versa que ocorrem três padrões de fraturas de alto ângulo: próxima a norte-sul, em torno de leste-oeste e variando de N40-60E e N50-60W. Os padrões são coerentes com a direção e sentido da compressão e da movimentação tectônica presentes, traduzida pela movimentação de blocos rochosos de oeste para leste. As medidas de planos de fraturas e falhas foram obtidas nas áreas das pedreiras e também através de imagens de satélite pela observação da direção das drenagens retilíneas, a partir da técnica denominada de análise de lineamentos. Aspectos Geomorfológicos Rodrigues (et al., 2005) afirma que a compartimentação geomorfológica estabelecida para o município de Aparecida de Goiânia foi definida a partir da integração das informações de padrões de relevo, tipos de solos predominantes, densidade de drenagens e hipsometria. A compartimentação geomorfológica do território do município de Aparecida de Goiânia inclui três macrounidades geomorfológicas denominados de: Região da Serra da Areia, Região das Chapadas e Região do Vale do Meia Ponte (figura 43). 57 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 43 Mapa de Compartimentação Geomorfológica do Município de Aparecida de Goiânia. Fonte: Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás, 2010. 58 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA A Região da Serra da Areia constitui um padrão de relevo forte ondulado apresentando máxima amplitude de altitude com cotas na ordem de 760 a 999 metros. Localiza-se no quadrante sudoeste do município e é representada pela serra homônima e adjacências. Os solos mais representativos desta compartimentação geomorfológica são Neossolos Litólicos, Cambissolos Háplicos e Neossolos Quartzarênicos, sendo que o Quartzarênico tem importância econômica regional por estar associado com as jazidas de areia. Os processos de transporte sobrepõem-se aos de pedogênese (formação de solos e manto de intemperismo) e acumulação, apresentando, por isso, densidade de drenagens elevada (RODRIGO ET AL., 2005). O tipo de uso do solo recomendável para esta região é o de Unidade de Conservação Ambiental, pois se trata de uma área suscetível a processos de degradação ambiental devido aos parâmetros característicos do meio físico, como baixa fertilidade natural e ao relevo movimentado, não sendo propício sequer à utilização como pastagens extensivas ou silvicultura. Atualmente, o solo é utilizado para o desenvolvimento de práticas agrícolas incipientes e captação para abastecimento público superficial (Córrego das Lages) e subterrâneo, através de poços tubulares profundos, sendo, portanto, desaconselhável a ocupação e uso do solo desta área em função das elevadas declividades do terreno, e por constituir importante área de proteção de aquífero. O uso, portanto, recomendável e já contemplado, foi a criação recente do Parque Municipal da Serra da Areia (SIEG, 2005). Na Região das Chapadas, o relevo apresenta padrão suave ondulado, com predomínio de Latossolos Vermelhos e Vermelho-Amarelos nas áreas aplainadas e Cambissolos Háplicos nas vertentes de drenagens mais encaixadas. Nesta unidade geomorfológica, a densidade de drenagem é baixa e os processos de intemperismo e pedogênese superam o transporte, tratando-se de um compartimento estável do ponto de vista geodinâmico (figura 44). Os processos de acumulação podem ser importantes em certos vales fluviais mais abertos, uma vez que, nestes casos, o talvegue das drenagens se situa no próprio leito fluvial (SIEG, 2005). Este compartimento, devido às características geomorfológicas presentes e já mencionadas, torna a região mais propícia para a instalação da área urbana municipal. 59 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 44 Vista Panorâmica da Região das Chapadas. Fonte: Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás, 2005. A Região do Vale do Meia Ponte constitui o vale do Rio Meia Ponte e os baixos cursos dos córregos Santo Antônio e das Lages, localizados no leste do município. O padrão de relevo é ondulado, com declividades moderadas e cotas inferiores a 720 metros. Os Cambissolos são os tipos de coberturas mais comumente observadas, sendo que os Latossolos ocupam alguns trechos de padrão de relevo tabular, entre os vales de drenagem (grotas e córregos perenes). Na figura 45 é possível identificar a configuração supracitada. Figura 45 Vista panorâmica da paisagem do município de Aparecida de Goiânia. Em primeiro plano, vê -se o padrão irregular do compartimento geomorfológico da Região do Vale do Meia Ponte e a ETE Lages. Ao fundo visualiza-se o Morro Feio, no município de Hidrolândia. Fonte: Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás, 2005. Esta unidade corresponde ao remanescente rural do município, sendo recomendável a manutenção deste uso. A otimização e mitigação de problemas ambientais já existentes devem ser executadas através de técnicas agrícolas preservacionistas 60 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA como terraceamento, plantio direto, manejo/reforma de pastagens, florestamento, manutenção de reservas legais e das áreas de proteção permanentes ao longo das drenagens, topos de morros e encostas (SIEG, 2005). Aspectos Pedológicos Os solos são formados por materiais minerais e orgânicos ocorrendo sobre o manto superficial continental, e possuindo como limite superior a atmosfera e inferior o substrato rochoso ou material originalmente inconsolidado, sujeito e influenciado por fatores genéticos e ambientais (EMBRAPA, 1999, apud Rodrigues, 2005). Conforme relata Rodrigues (et al., 2005), um aspecto importante dos solos é que estes representam a matriz por onde os processos de recarga dos aquíferos se iniciam. Dessa maneira o conhecimento pedológico é fundamental em qualquer processo de gestão ambiental e territorial. Outro fator relevante, nos processos de gestão, é a forte correlação entre a paisagem e o relevo, a geologia, a vegetação e a capacidade de suporte do meio natural. A região do Município de Aparecida de Goiânia possui sua estrutura pedológica bem definida em estudos já realizados (Rodrigues, 2005). Haja vista tal situação, o presente tópico se limita a apresentar o estudo supracitado, agregando informações estatísticas obtidas por geoprocessamento de dados disponibilizados pelo Sistema Estadual de Estatística e de Informação Geográficas de Goás - SIEG (SIEG, 2011). Em Aparecida de Goiânia, seis classes de solos foram cartografadas e denominadas segundo os critérios de classificação dos solos brasileiros (EMBRAPA, 1999, apud Rodrigues, 2005). As informações previamente disponíveis foram complementadas com observações em campo, não tendo sido realizadas análises específicas (físicas ou químicas). É importante salientar que os solos mapeados são de fácil caracterização macroscópica (SIEG, 2005). Desta forma, foram caracterizadas as seguintes classes de solos: Latossolos Vermelhos Distróficos; Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos; Cambissolos Háplicos Distróficos; Gleissolos Háplicos Distróficos; Neossolos Flúvicos Tb Eutróficos; Neossolos Quartzarênicos Órticos; Neossolos Litólicos Distróficos/Psamíticos; Organossolos Mésicos; e Plintossolos Pétricos Concrecionários Distróficos (tabela 24). 61 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Tabela 24 Classes de solos de Aparecida de Goiânia. Fonte: Senha Engenharia - 2010 Latossolos São solos submetidos a intensivo processo de lixiviação de bases ao longo do seu perfil, resultando em um pacote pedológico no qual o material encontra-se altamente intemperizado, com alteração intensa dos silicatos e concentrações de óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio. No perfil de um latossolo há transição entre os horizontes de forma gradual ou difusa e a textura exibe-se de maneira uniforme, não havendo acúmulo de argila. Nesse ramo, os solos apresentam elevada acidez, onde os ácidos orgânicos ocorrem como fração mais expressiva da porção húmica, uma vez que a matéria orgânica é rapidamente decomposta e lixiviada, o que impossibilita uma acumulação representativa (SIEG, 2005). No município de Aparecida de Goiânia são encontrados Latossolos subdivididos nas seguintes subordens: Latossolos Vermelhos Distróficos (LVd) e Latossolos VermelhoAmarelos Distróficos (LVAd) (PDDU, 2011). Latossolos Vermelhos Distróficos (LVd) Ocorrem associados a topos de chapadas, sobre relevos com superfícies suaves onduladas a onduladas. São, também, associados à vegetação de cerrado e/ou cerradão. 62 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA A remoção de parte da sílica estrutural presente no material originário torna o solo mais friável, menos plástico e significativamente permeável. Esta permeabilidade confere maior resistência natural aos processos erosivos e favorece o avanço no estágio de intemperização. Normalmente, os Latossolos Vermelhos exibem perfis profundos, são muito porosos e bastante permeáveis. Quanto à condição natural, já são conhecidas as limitações agrícolas as quais exigem correção de acidez, fertilização e controle da erosão, sendo esta última uma questão que requer atenção na conservação também em outros usos. Apesar deste tipo de solo ser bastante permeável e encontrar-se em áreas mais estáveis do ponto de vista geomorfológico, é necessário um manejo adequado à prevenção do risco erosivo. Na área de estudo, são representativos os Latossolos Vermelhos Distróficos (LVd), com textura argilosa, em relevos plano a suave ondulado da Unidade Geomorfológica da Região das Chapadas. Em geral, possuem declividade inferior a 8%, associados à vegetação de campo cerrado e condição erosiva praticamente nula. O material de origem desses solos ocorre associado a xistos. O horizonte superficial A, apresenta uma espessura de até 25 cm e coloração vermelho escuro. Há presença abundante de raízes, exibindo uma porção de tonalidade mais escura que a inferior, indicando maior presença de matéria orgânica no nível superior. O horizonte subsuperficial B, (B latossólico), exibe um importante estágio de intemperização com textura argilosa e estrutura granular fraca, que se expõe em um pacote pedológico com espessura maior que 200 cm. Latossolos Vermelho-Amarelos Distróficos (LVAd) Apresentam-se comumente nos rebordos de chapada e dispersores de água, em superfícies planas e vertentes com declividades entre 5 e 10%, associados à vegetação de cerrado sensu stricto, campo limpo e campo sujo. Na maior parte dos casos situa-se adjacente à classe dos Latossolos Vermelhos (LV). Em Aparecida de Goiânia, este solo é decorrente da pedogênese em xistos quartzosos do Grupo Araxá, sendo que, em inúmeros perfis, apresenta-se mosqueados, com petroplintitas à profundidades maiores que 180 cm, observados em perfurações para ensaios de infiltração. Diferenciam-se dos Latossolos Vermelhos 63 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Distróficos (LVd) por apresentarem suprimento de óxidos de ferro menor, acarretando em colorações mais amareladas, drenagem moderada e boas condições de aeração. O horizonte A possui cerca de 20 cm de espessura, tonalidade bruno-amarelada, textura média, estrutura granular pequena e fraca, consistência friável, ligeiramente pegajosa e plástica, com abundância de micro e macroporos. A transição entre os horizontes A e B mostra-se clara e plana. O horizonte B evidencia-se em tom amarelo brunado, textura média, estrutura granular média e fraca, consistência friável, pegajosa e ligeiramente plástica, além da abundância de micro e macroporos. Cambissolos HáplicosTa Distróficos (Cxvd) São solos pouco desenvolvidos, cuja pedogênese já alterou o material de origem, encontrando-se, ainda, fragmentos de minerais primários e materiais pedregosos. Estes solos ocorrem preferencialmente nas vertentes e encostas com declividades mais elevadas, em relevos movimentados. O alto teor de silte no horizonte A e a mediana profundidade do perfil fazem com que estes solos tenham sua permeabilidade dificultada. A junção dessas características com os elevados percentuais de declividade os tornam mais susceptíveis à erosão. A migração de argila ao longo do perfil é inibida e o horizonte A permanece com os mais elevados teores. Já o horizonte B, câmbico ou incipiente, apresenta muitos fragmentos do material de origem (xistos e quartzitos micáceos), caracterizando-se comumente em distróficos e muito ácidos. O problema erosivo é acentuado pela baixa permeabilidade dos solos e moderada declividade do terreno, propiciando o escoamento superficial e o desenvolvimento de processos erosivos. No campo, foi possível caracterizar os horizontes A, Bi (B incipiente) e C, ao longo de uma espessura não superior a 60 cm. O horizonte A possui uma maior quantidade de matéria orgânica quando comparado aos horizontes inferiores. O perfil mostrou expressiva pedregosidade, raízes finas comuns, coloração bruno acinzentada, textura média, estrutura em blocos pequenos e moderados, consistência dura, sendo ligeiramente pegajoso e plástico, fracamente cimentado e tendo transição gradual ondulada. 64 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Neossolos São solos que possuem um perfil pouco desenvolvido. Constituídos por material mineral ou orgânico, em geral, com menos de 30 cm de espessura, não apresentam horizonte B diagnóstico, predominando as características do material de origem (EMBRAPA, 1999). No município ocorrem os Neossolos Quartzarênicos Órticos, os Neossolos Flúvicos Tb Eutróficos e os Neossolos Litólicos Distróficos/Psamíticos. Neossolos Quartzarênicos Órtico (RQo) Possuem ocorrência intimamente relacionada ao ambiente de Rebordo da Serra da Areia, onde se exibem particularmente sobre quartzitos do Grupo Araxá (figura 09) e no sopé das encostas íngremes onde ocorrem afloramentos destas rochas. São comumente mais profundos, chegando a exibir perfis com profundidades superiores a um metro. Por serem derivados de rochas arenosas, o quartzo predomina na fração areia desses solos, ficando a concentração dos seus poucos nutrientes restrita à porção orgânica, sendo caracterizados como solos minerais, pouco desenvolvidos (imaturos), profundos, excessivamente drenados e porosos. Além da expressiva profundidade, normalmente apresentam como propriedades: grãos simples, estrutura fraca, elevada permeabilidade, alta condutividade hidráulica e alta suscetibilidade à erosão. Os perfis observados possuem espessuras superiores a 200 cm, sendo sempre identificado um horizonte pedregoso ou uma linha de pedra na base. Apresentam coloração cinza claro, textura arenosa, pedregosidade, estrutura em grãos simples e fraca, consistência solta, sendo comuns microporos pequenos, poucas raízes finas, e transição clara e ondulada. Neossolos Flúvicos Tb Eutróficos (RUbe) São solos aluviais que ocorrem frequentemente em regiões de relevo plano, ao longo das principais drenagens, associados à vegetação de mata-galeria ou ainda, em calhas de drenagem em áreas de topografia movimentada. São pouco desenvolvidos e originados de sedimentos provenientes dos rios, nos períodos das altas vazões, estando geralmente associados às planícies aluvionares. Em seu perfil não há relação de pedogênese entre os horizontes ou camadas estratificadas. Em geral, exibem um horizonte A assentado diretamente sobre o horizonte C, com diminuição do material 65 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA orgânico em profundidade. Suas propriedades gerais são textura entre areia e argila, estrutura fraca e horizonte C composto por fragmentos líticos (fragmentos de rocha). Quando ocorrem nas nascentes tendem a apresentar textura mais grossa e maior quantidade de minerais primários em relação ao curso inferior. Neossolos Litólicos Distróficos/Psamíticos (RLd/q) São solos com horizonte A ou O hístico com menos de 40 cm de espessura, assentados diretamente sobre a rocha ou sobre um horizonte C ou Cr, com baixa saturação por bases e textura arenosa em todos os horizontes. Na área, ocorrem sobre os afloramentos rochosos de quartzito e quartzo xisto da Serra da Areia. Organossolos Apresentam perfis com horizontes fundamentalmente orgânicos, provenientes de acumulação de restos vegetais, em ambientes mal drenados, saturados com água por poucos dias no período chuvoso, sendo escuros, friáveis, com elevados teores de carbono orgânico. Desenvolvem-se de matéria orgânica que é depositada na superfície à uma taxa de acréscimo superior a da decomposição. São, comumente, pouco evoluídos, ácidos, com alta capacidade de troca de cátions e baixa saturação por bases, aparecendo em locais de relevo plano a deprimido, com vegetação de porte herbáceo e arbustivo (EMBRAPA, 1999). Estes solos exibem localmente os atributos dos Organossolos Mésicos Hêmicos (OYy), pois contém matéria orgânica parcialmente alterada por ação física e bioquímica, em estágio de decomposição intermediária. Gleissolos Háplicos Distróficos (Gxd) São solos hidromórficos mal drenados, formados em materiais originários estratificados, ou não, e sujeitos a constante, ou periódico, excesso d’água, o que pode ocorrer em diversas situações. Comumente, desenvolvem-se em sedimentos recentes nas proximidades dos cursos d’água e em materiais colúvio-aluviais. Caracterizam-se por forte gleização, em decorrência do regime de umidade redutor, que se processa em meio anaeróbico, com muita deficiência ou mesmo ausência de oxigênio (EMBRAPA, 1999). 66 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Na área, apresentam-se como solos pouco desenvolvidos, imperfeitamente drenados a muito mal drenados. Podendo ser encontrados em frações do terreno mais rebaixadas, constituindo pequenas depressões, adjacentes aos cursos d’água e nos rebordos de chapadas junto às nascentes. Um bom indicador da possibilidade de ocorrência dessa ordem consiste na presença de termiteiros com coloração acinzentada, pois são submetidos à saturação hídrica prolongada na presença de matéria orgânica com a redução dos óxidos de ferro. Plintossolos Pétricos Concrecionários Distróficos (FFcd) Apresentam um horizonte plíntico ou litoplíntico nos primeiros 40 cm do perfil ou dentro dos 200 cm, quando abaixo dos horizontes A ou E. Solos com 50% ou mais de petroplintita (concreções) com baixa saturação por bases. De maneira geral, os plintossolos podem aparecer associados à relevo plano a suave ondulado, vegetação de campo limpo e áreas com drenagem deficiente. São encontrados em áreas onde a oscilação do lençol freático, juntamente com a dificuldade de movimentação vertical da água, proporciona a formação da plintita e o aparecimento de mosqueados. Constitui-se em um tipo de solo pouco profundo e pouco permeável. A plintita é um material com altas concentrações de óxidos de ferro, formada por mobilização e transporte desses compostos, submetidos à sazonalidade de chuva e estiagem. Os Plintossolos Pétricos Concrecionários Distróficos estratificam-se em horizontes, sendo o A desenvolvido com até 30 cm e o B com espessura de até 95 cm, com substrato quartzítico ou xistoso. O horizonte superficial apresenta cor cinza clara, textura média, estrutura em blocos subangulares pequenos a médios, consistência friável, não sendo pegajoso ou plástico, com transição clara e ondulada. O horizonte B exibe-se em tonalidade bruno-clara acinzentada, mosqueados comuns, textura média e cascalhenta, presença de blocos subangulares médios a grandes, consistência firme, ligeiramente pegajoso e plástico. Clima Os parâmetros climatológicos aqui apresentados foram extraídos da Estação Goiânia INMET (16º40ʼ Sul e 49º15ʼ Oeste), sendo os mesmos considerados da Série Histórica de 1961-1990 (Rodrigues, 2005). 67 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA De acordo com a classificação de Köppen, o clima no município de Aparecida de Goiânia é definido como tropical (figura 46), com a concentração da precipitação pluviométrica no período de outubro à abril, sendo o período seco de maio à setembro. A sazonalidade que define o clima é marcada por sua continentalidade e associada ao padrão de circulação de massas de ar oriundas da zona tropical. O período de inverno caracteriza-se por estabilidade climática e reduzida precipitação, ocorrendo a inversão térmica por radiação na camada inferior da atmosfera, a qual é responsável pela ocorrência de bruma seca e pela acumulação de fumaça e particulados oriundos das atividades antrópicas, como, por exemplo, as queimadas e os desmatamentos (PDDU,2005). Figura 46Climas do Brasil. Fonte: IBGE, citado por EMBRAPA, 2008. Precipitação Conforme ilustra o gráfico 5, as precipitações apresentam sazonalidade bem definida, tendo como característica um padrão típico do centro-oeste do Brasil e do domínio morfoclimático dos cerrados na região. Pode-se observar uma clara sazonalidade nos valores de precipitação mensal, tendo um período mais chuvoso com início no mês de 68 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA outubro, entendendo-se até o mês de abril. Os meses de novembro, dezembro e janeiro são, em média, os meses mais chuvosos. Os máximos de totais pluviométricos por dia são observados nos meses de abril e dezembro, condicionados aos picos de precipitação com recorrência de curto período (dois ou três anos) relativos ao início e fim do período de chuvas. Quando se intensificam, no mês de dezembro, é comum a ocorrência de chuvas torrenciais com eventos superiores a 100 mm/ dia, acompanhados de fortes ventos e descargas elétricas, observados também no mês de abril, quando as chamadas chuvas de final do verão apresentam uma forte componente torrencial. Este fenômeno é especialmente observado, após longos períodos (15 a 20 dias) sem registros de precipitação (Rodrigues, 2005). Gráfico 5 Distribuição Anual Média dos Totais Mensais de Precipitação Estação 1649013. Fonte: ECLAC, 2003 Temperatura Segundo Rodrigues (2008), os valores térmicos médios da região são influenciados pelas variações de cota, presença de ventos e chegadas de frentes frias. Em valores médios, o regime térmico oscila entre 18° a 23° C, dentro da faixa intertropical. A temperatura média da região tende a um leve aumento de janeiro a março, e decai até os meses de junho e julho, nos quais registram-se os menores valores médios. No mês de agosto tende a elevar-se, atingindo seu ápice no mês de setembro quando há um novo declínio da temperatura média (gráfico 6). 69 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Ainda segundo o mesmo autor, em função da ocupação urbana de grande percentagem da área do município, da consequente eliminação da cobertura vegetal natural, da instalação de amplas superfícies com alta reflectância (edificações, pavimentação e outras construções civis) e da conurbação com a cidade de Goiânia, “ilhas de calor” são constatadas. Tal aspecto teve relevante importância na escolha da estação meteorológica (estação Goiânia) que subsidiou o desenvolvimento das equações de Intensidade-Duração-Frequência (IDF) (PDDU,2011). Gráfico 6Temperaturas Mensais (ºC) - Estação Goiânia, (1961 – 1990) Fonte: INMET apud Rodrigues, 2005 Umidade relativa do ar Segundo Rodrigues (2008), um dos componentes do ar atmosférico é o vapor d’água, que representa o percentual relacionado à umidade de saturação, sendo esta a função da temperatura da massa de ar naquele momento (massa de vapor de ar em gramas por metro cúbico de ar). Isto é, para baixas temperaturas a massa de ar de saturação é reduzida, e para temperaturas maiores esta massa é maior (ex. para –25ºC a umidade de saturação é 0,705g; para 0ºC a umidade de saturação é de 4,874g; e para 25ºC a umidade de saturação é de 23,05g). Assim, quando se diz que em certo dia do mês de agosto a umidade relativa do ar é de 15%, quando a temperatura é de 30ºC, isto significa dizer que, naquele momento, na composição total de um metro cúbico de ar existem apenas 4,5 g de vapor de água. Este vapor é oriundo dos processos de evaporação das águas superficiais e de evapotranspiração. 70 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA No gráfico 7 são apresentados os valores de umidade média mensal. No entanto, em meses quentes, nos horários da tarde, podem alcançar patamares inferiores (ex. tardes dos dias mais quentes dos meses de agosto e setembro, com umidades podendo alcançar 10%.). Gráfico 7 Umidade relativa do ar média em porcentagem da Estação Goiânia. Fonte: INMET, in Rodrigues, 2005. Evaporação Evaporação é o fenômeno de mudança do estado físico da água, da fase líquida para a fase gasosa. A energia responsável por este processo é oriunda do sol, a qual aumenta o estado de excitação das moléculas próximas da superfície de um corpo aquoso (rio ou lago). Nestas condições a agitação das moléculas passa a ser tão elevada, que estas podem ser desprendidas da massa líquida para o meio atmosférico sob a forma de vapor. 71 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Gráfico 8 Normais de evaporação total mensal da Estação Goiânia. Fonte: INMET, in Rodrigues, 2005. No gráfico 8 é possível verificar que, no período do inverno, a maior quantidade de horas de incidência de radiação solar (devido às raras coberturas de nuvens), as menores precipitações e a deficiência de água no solo resultam na maior taxa de evaporação. As massas de ar que atuam nessa estação do ano são secas e em função da dinâmica atmosférica esse vapor gerado é transportado pelos ventos, resultando em um período de baixa umidade relativa do ar (Rodrigues, 2008). Os valores apresentados foram obtidos de evaporímetros tipo Tanque Classe “A”. Recursos Hídricos A hidrografia de Aparecida de Goiânia é formada pelo rio Meia Ponte que banha o município em pequena extensão, servindo de limite com outros municípios. Os ribeirões das Lajes, Santo Antônio e o córrego da Serra banham o seu território. Aparecida de Goiânia, como a maioria dos centros urbanos que experimentaram amplo crescimento sem planejamento, apresenta problemas específicos relacionados à disponibilidade e qualidade das águas de abastecimento público. Alguns bairros têm o seu abastecimento realizado pela SANEAGO, com água derivada a partir de captação superficial (ETAs ‘Meia Ponte’ e ‘João Leite’ – Goiânia, e ETA ‘Lajes’ Aparecida de Goiânia) ou por poços tubulares profundos. Entretanto, a maior parte da população tem a sua demanda de água atendida por sistemas de abastecimento individual – poços rasos (cisternas). 72 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA A maior parte da rede hidrográfica do município de Aparecida de Goiânia apresenta um sentido de drenagem de oeste para leste, representado pelos córregos Santo Antonio e Lajes, sendo que parte da porção oeste é drenada para o mesmo quadrante, através dos córregos da Mata e Rodeio, afluentes do Rio Dourados, sendo o Rio Meia Ponte o exutório de todo fluxo superficial. Com exceção do Rio Meia Ponte, que apresenta vazão mínima (no período seco) superior a 10 m³/s, os demais cursos fluviais são de baixa vazão com descarga inferior a 1m³/s na maior parte do ano. Apesar das restritas vazões, a maior parte da rede de drenagem é perene. Caracterização das Águas Superficiais O estado de Goiás possui três drenagens alimentadoras de Regiões Hidrográficas (RH) do país (Araguaia/Tocantins; São Francisco e Paraná), tendo como divisores os planaltos do Distrito Federal e entorno, e os altos topográficos que atravessam as cidades de Águas Lindas, Pirenópolis, Itauçu, Americano do Brasil, Paraúna, e Portelândia até as imediações do Parque Nacional das Emas. O município de Aparecida de Goiânia encontra-se na RH do Paraná, confome pode-se observar na figura 47. 73 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 47 Principais regiões hidrográficas do estado de Goiás. Fonte: ANA, 2011. 74 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Região Hidrográfica do Paraná A Região Hidrográfica (RH) do Paraná localiza-se na porção centro-sul do estado, ocupando 145.073,753 km², o que perfaz 41,82% do somatório da área do estado de Goiás e do Distrito Federal. Esta RH é representada, na área de estudo, pelos afluentes goianos da margem direita do Rio Paranaíba. De montante para jusante, destacam-se os seguintes rios: Verdão, São Marcos, Veríssimo, Corumbá, Piracanjuba, Meia Ponte, dos Bois, Claro, Verde, Corrente e Aporé. Nela, localiza-se, também, uma grande concentração de pequenas massas d’água (represas) formadas a partir da construção de barramentos na área das nascentes, com objetivo de reservação e regularização dos cursos d’água para utilização na dessedentação de animais, irrigação e abastecimento público. Nesta RH encontra-se instalada a maioria dos parques industriais e atividades de agricultura intensiva, sendo também a mais densamente povoada. O abastecimento público e privado de água é realizado principalmente por derivação de mananciais superficiais, sendo que a maioria das cidades não é servida por um sistema de rede de esgotamento sanitário e estações de tratamento de esgoto. Encontra-se fortemente impactada pela ação antrópica, com atividades de desmatamento, contaminação por poluentes industriais e domésticos, intensa atividade agrícola, instalação de processos erosivos, ocupação desordenada das áreas urbanas, o que propiciou a devastação de grande parte do cerrado préexistente. A intensa atividade agropecuária, representada por pastagens plantadas, lavouras de soja, milho, algodão, girassol e cana-de-açúcar, provoca contaminação dos mananciais pelo lançamento de grandes quantidades de insumos e defensivos agrícolas. Os fragmentos de vegetação natural correspondem a poucos remanescentes em estado primário (Parques Nacional e Estadual, APA’s, Florestas Nacionais, RPPN’s), porém, em sua maioria, são representados por vegetação secundária com composição florística alterada em função de interferências antrópicas. Localmente, já se observa que a prática de agricultura intensiva e irrigada por pivô central, promove conflitos pelo uso d’água em várias bacias hidrográficas da região hidrográfica. Em toda a região, assumem grande importância as massas d’água formadas pelo represamento dos médios e baixos cursos, localizados em todas as 75 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA regiões hidrográficas, bem como as lagoas naturais. Estas massas d’água representam cerca de 1,6% da superfície da área de estudo, e são fundamentalmente representadas por barramentos artificiais para geração de energia elétrica ou captação de água para abastecimento público. A figura 48 apresenta as Unidades Hidrográficas Básicas (UHBs) de Aparecida de Goiânia. 76 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 48 Unidades Hidrográficas Básicas – UHBs. Fonte: Senha Engenharia 2010. . 77 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA O coeficiente de compacidade ou de Gravelius indica o quanto a forma da bacia se aproxima do formato circular; quanto mais próximo da unidade, maior a tendência à inundações. Outra característica relevante é a amplitude altimétrica da bacia, também relacionada ao desnível máximo H, correspondente à faixa de variação das altitudes no interior de uma bacia, ou seja, a cota máxima e a cota do exutório dela. Quando relacionadas ao comprimento de sua drenagem principal, indica a declividade média da bacia. A tabela 25 mostra em suma as principais características das 13 Unidades Hidrográficas Básicas. Tabela 25 Características das Unidades Hidrográficas Básicas – UHBs. Águas Subterrâneas Os recursos hídricos subterrâneos, explorados através de poços tubulares profundos, representam uma reserva hídrica complementar para atender a demanda de abastecimento público doméstico e, principalmente, a industrial. As águas subterrâneas possuem extrema importância não apenas do ponto de vista da garantia de abastecimento de água para a população, mas também ambiental, visto que desempenham papel de regularização e perenização dos cursos superficiais, propiciando umidade para o equilíbrio da biota. 78 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Em função das características pedológicas e hidrogeológicas observadas no município de Aparecida de Goiânia, foram identificados dois tipos de aquíferos domínios (reservatórios subterrâneos de água): o Domínio Poroso, caracterizado por possuir porosidade intergranular; e o Domínio Fraturado, associado a reservatórios em rochas, onde a porosidade é do tipo secundária fissural (juntas, fraturas, falhas, zonas de cisalhamento, etc). O principal parâmetro utilizado para a distinção dos dois domínios foi o tipo de porosidade associada a cada um. Outras feições como potencial hidrogeológico, vulnerabilidade, espessura e parâmetros dimensionais também são atributos distintivos, sendo qualitativamente importantes para a caracterização dos domínios aquíferos. A figura 49 mostra o mapa hidrogeológico de Aparecida de Goiânia. 79 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 49 Mapa Hidrogeológico do Município de Aparecida de Goiânia. Fonte: Caracterização do Meio Físico de Aparecida de Goiânia (2005). 80 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Qualidade das Águas Esse cenário pode ser significativamente modificado, com a implantação de sistemas de esgotamento sanitário-SES, com rede coletora de esgoto que atenda todo o aglomerado urbano do município, estações elevatórias, coletores tronco e emissários, visto que já encontra-se em operação, a estação de tratamento de esgoto – ETE Lajes e em implantação a ETE Santo Antônio. Uso Atual das Águas No município, as águas são aproveitadas em diversos usos, consuntivos e não consuntivos, destacando-se: abastecimento público e privado, diluição de efluentes domésticos e industriais, recreação, dessedentação de animais e irrigação. Nos últimos anos o desenvolvimento industrial, a expansão urbana desordenada e a falta de políticas públicas em saneamento têm afetado negativamente a quantidade e a qualidade das águas. Parte da população tem o seu abastecimento realizado pela SANEAGO, servido pelo pequeno sistema ‘Lajes’, com água captada no Ribeirão Lajes, e pelos sistemas Meia Ponte e João Leite, que abastecem Goiânia, além de poços tubulares profundos (Sistemas Independentes). O restante da população tem sua demanda atendida por poços rasos (cisternas) e também poços profundos. O abastecimento por cisternas está altamente suscetível à contaminação, que pode se dar pela proximidade com fossas, pela construção inadequada e ausência de proteção sanitária das cisternas. Em relação aos efluentes sanitários (esgoto doméstico), o município é servido por um limitado sistema de rede pública de coleta de esgoto, sendo a destinação final normalmente o sistema de sumidouros, sem fossas sépticas, o que contribui para a poluição do solo e representa potencial risco às águas subterrâneas. O desenvolvimento econômico, especialmente caracterizado pela instalação de indústrias e o fortalecimento dos Distritos Empresariais, faz com que seja fundamental uma gestão adequada dos recursos hídricos e mantido o monitoramento permanente da quantidade e qualidade das águas. A irrigação está restrita à aspersão de pequenas olericulturas (hortaliças) localizadas nas margens dos córregos, não constituindo, atualmente, em grande consumo d’água. O uso para recreação resume-se a alguns clubes e chácaras de lazer. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Vegetação A cobertura vegetal original da Região Metropolitana de Goiânia e do Município de Aparecida de Goiânia encontra-se quase que totalmente descaracterizada pela ação antrópica. Resquícios da vegetação original, entretanto, acham-se distribuídos por toda a região, sendo mais frequentes e ocupando áreas maiores, contínuas, na porção norte-nordeste da capital. Vegetação da Área Urbana A cidade de Aparecida de Goiânia apresenta-se bastante arborizada. As espécies com indivíduos de grande porte, mais comumente observadas são: munguba, flamboyant, sibipiruna, espatódea, paineira (barriguda), amendoeira, mangueira, coqueiros e eucaliptos. Observam-se, ainda, alguns trechos de vegetação nativa como as florestas pertencentes ao Jardim Botânico e a APA Serra das Areias. Estas áreas revestem-se de grande interesse não só no que se refere à manutenção da qualidade ambiental da cidade, mas também quanto ao potencial de educação ambiental e pesquisas que representam. Fauna Inexistem dados sistematizados sobre a fauna, principalmente de vertebrados terrestres e aquáticos do Município de Aparecida de Goiânia, Goiânia e seu entorno. Esta situação tem dificultado, e até mesmo impossibilitado, um diagnóstico mais preciso das populações faunísticas remanescentes na região. Entretanto, através da observação de habitats ainda com certo estágio de preservação e dos testemunhos da vegetação original, foram feitas inferências a respeito das espécies de presença mais provável. 5 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 5.1 Quanto à Classificação dos Resíduos Sólidos Existem várias maneiras de classificar o resíduo. As principais são: Por sua natureza física: seco e molhado; Por sua composição química: matéria orgânica e matéria inorgânica; 82 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Pelo potencial de risco oferecido ao meio ambiente (conforme quadro 1): perigosos e não perigosos (Classe II A não-inerte e Classe II B inerte). Quadro 1 Classificação dos resíduos sólidos quanto á periculosidade. Classe I – Resíduos Perigosos Aqueles que apresentam Classe II – Resíduos não Perigosos periculosidade Classe II A não-inerte: São aqueles que não através de algum resíduo que, em função de se enquadram nas classificações de resíduos suas classe I - Perigosos ou de resíduos classe II B propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, pode apresentar: - a) propriedades, tais como: biodegradabilidade, risco à mortalidade, saúde pública, incidência de provocando doenças ou Inertes. Estes resíduos podem ter combustibilidade ou solubilidade em água. acentuando seus índices; b) riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Classe II B inerte: Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. Fonte: NBR 10004. 5.2 Geração de Resíduos Sabe-se que a quantidade e a composição do resíduo sólido gerado por cada habitante variam conforme os hábitos e costumes, bem como o nível de desenvolvimento do município, incluindo a qualidade de vida e renda da população, sendo assim, as características dos resíduos gerados em Aparecida de Goiânia, e em outros municípios, variam em função dos aspectos sociais, econômicos e culturais, ou 83 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA seja, fatores que influenciam diretamente a composição gravimétrica dos resíduos; composição essa correspondente ao percentual de cada tipo de resíduo gerado, seja, ele orgânico ou reciclável (plástico, papel, vidro, metal, e rejeitos) em relação ao total de resíduos gerados no município. Do mesmo modo, o aumento da geração de resíduos sólidos no município está relacionado ao aumento populacional e ao aumento no desenvolvimento social e econômico. Devido a esses aspectos, o município não pode adotar um único modelo de tecnologia no PMGIRS para realizar o tratamento e disposição final dos resíduos gerados, uma vez que o planejamento deste Plano é para um horizonte de 20 anos, e a variação destes aspectos citados inicialmente, influenciam muito no custo e em qual seria a melhor forma de tratamento e disposição ambientalmente adequada dos resíduos a ser utilizada em todo este período. Com base nos gráficos 9 e 10 dos últimos dez anos, a população em Aparecida de Goiânia era de 465.092 habitantes em 2011, enquanto a quantidade de resíduos gerada foi equivalente a 135.891 toneladas, uma média de 0,810 kg/hab.dia. Em 2013 a estimativa é que haviam 500.619 munícipes, que geraram 138.147,40 toneladas de resíduos sólidos, com geração média per capita de 0,767 kg/hab.dia; em parte, esta pequena diminuição da média per capita pode ser explicada pela implantação do programa municipal de coleta seletiva no ano de 2012. Gráfico 9 Estimativa Populacional. Fonte: Instituto Mauro Borges / SEGPLAN – Goiás, 2013. 84 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Gráfico 10 Geração de Resíduos Sólidos do Município de Aparecida de Goiânia. Fonte: Aterro Sánitario do município de Aparecida de Goiânia, 2014. Ressalta-se, que a quantificação da geração de resíduos nos anos de 2004 e 2005 foi realizada por meio de estimativas usando o número de viagens dos veículos que coletavam os resíduos domiciliares/comerciais, construção civil e podas, destinados ao aterro sanitário municipal, já que na época o aterro não possuia balança, sendo esta a forma mais adequada até então para realizar o controle dos resíduos que adentravam no mesmo. Já entre os anos de 2006 a 2009, a prefeitura utilizou o método de estimativa por metro cúbico. Apenas em 2010 foi instalada a balança no aterro sanitário e o controle passou a ser por toneladas. 5.3 Composição Gravimétrica dos Resíduos Sólidos Domiciliares Para realizar a caracterização dos resíduos sólidos domiciliares (RSDs) gerados no município, foi utilizado o método de análise da composição gravimétrica e da geração per capita. A primeira refere-se ao processo de separação e pesagem dos resíduos, conforme a sua tipologia para que haja uma quantificação de cada tipo de resíduo coletado atualmente e direcionado ao aterro sanitário municipal. Já a geração per capita equivale à quantidade de resíduo domiciliar gerado diariamente pelo munícipe; para isso, utiliza-se a soma do total de resíduo domiciliar coletado e divide-se pelo número de habitantes do município. Por intermédio da análise da composição gravimétrica dos resíduos domiciliares é possível avaliar o potencial de aproveitamento dos resíduos gerados e quais seriam as tecnologias mais apropriadas para o município adotar, obedecendo os objetivos de 85 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, uma vez que traduz o percentual de cada componente em relação ao peso total da amostra de resíduo domiciliar analisada. Os resíduos sólidos domiciliares (RSDs) são compostos por: papel; papelão; plásticos (maleáveis e rígidos); vidros; metais; matéria orgânica, trapos e outros. Para determinação deste parâmetro foi utilizada a metodologia recomendada pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB, 1990), e a técnica de Quarteamento descrita na ABNT NBR 10.007 – Amostragem de Resíduos Sólidos. Segundo esta norma, o quarteamento é definido como o processo de divisão em quatro partes iguais de uma amostra pré-homogeneizada de resíduos, sendo tomadas duas partes opostas entre si para constituir uma nova amostra e descartadas as partes restantes. As partes não descartadas são misturadas totalmente e o processo é repetido até que se obtenha o volume desejado. O supracitado método foi realizado no aterro sanitário municipal, conforme as figuras 50 à 53. Para tal caracterização, e obtenção de uma amostra de resíduos representativa, dividiu-se as 15 rotas de coleta diurnas e 15 rotas noturnas de RSD do município, em cinco grupos: segunda, quarta e sexta-feira diurna; segunda, quarta e sexta-feira noturna; terça, quinta e sábado diurno; terça, quinta e sábado noturno; e um grupo de rotas noturnas diárias; sendo então, separado um caminhão de cada grupo, obtendo destes cinco caminhões também cinco amostras de resíduos. Após a realização do quarteamento de cada amostra, em cada uma foi feita a segregação dos materiais encontrados, dividindo-os em nove grupos (Papel/Papelão, Plástico, Vidro, Metal Não Ferroso, Metal Ferroso, Orgânico, Resíduo de Serviço de Saúde, Material eletrônico, e Rejeito), que foram distribuídos em latões e, em seguida, pesados e somados os seus pesos (peso específico), obtendo o cálculo dos seus percentuais em relação ao peso específico aparente. Salienta-se que durante a segregação dos resíduos, em cada grupo foram identificados os seguintes materiais: treta pak, jornal, caixas de papelão, revista, cadernos, embalagens de sabonete e embalagens gerais (Papel/Papelão); pet, plástico maleável, balde/bacia, embalagens de doce e balinhas, sacolas, sacos plásticos, copos e pratos descartáveis, embalagens de salgadinhos e biscoito, carcaça de ventilador, forro de PVC e carcaça de monitor de computador (Plástico); grande quantidade de fraldas descartáveis, papel higiênico, absorventes, isopor sujo, couro, 86 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA borrachas, tecidos, muitos calçados, retalho de confecção e estopas (Rejeito); latinas de refrigerantes, frascos de perfume em alumínio, panela e fios de energias (Metal não ferroso); latas de leite em pó, latas de extrato de tomate e de sardinha, e frasco de inseticida (Metal ferroso); material de varrição, restos de alimentos, coco, fezes de animais e madeiras (Orgânico); lâmpada incandescente, lâmpada fluorescente, lâmpada de farol de carro, vidro de conserva, vidro de remédio, cacos de vidros, vidros de perfume e garrafa de bebida (Vidro). Figura 50 Identificação dos latões. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 51 Material a ser quarteado. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 52 Preparação do terreno com lona. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 53 Preparação do resíduo no terreno. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Com o intuito de obter uma representação geral da composição gravimétrica dos resíduos sólidos de Aparecida de Goiânia, foi feita a média da composição das cinco amostras de resíduos, como apresentado no gráfico 11, constatando-se que são gerados no município, 11,41% de papel/papelão, 15,30% de plástico, 1,17% de vidro, 0,57% de metal não ferroso, 0,67% de metal ferroso, 48,57% de orgânico, 0,57% de 87 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA material eletrônico, 0,80% de Resíduo de Serviço de Saúde (RSS), 0,00% de baterias e pilhas, e 20,95% de rejeito. . Gráfico 11 Caracterização Geral de Resíduos Sólidos do Município de Aparecida de Goiânia. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2014. 5.4 Resíduos Domiciliares São resíduos gerados a partir de atividades domésticas em áreas urbanas e rurais. É composto por resíduos secos e resíduos orgânicos (úmidos). Os resíduos secos são constituídos principalmente por embalagens plásticas, papéis, vidros e metais diversos, ocorrendo também produtos compostos como as embalagens Tetra Pak e outros. Os resíduos orgânicos (úmidos) são constituídos principalmente por restos oriundos de preparos de alimentos. Contém partes de alimentos in natura, como folhas, cascas, sementes, restos de alimentos industrializados e outros. O aterro sanitário municipal recebe em média 360 toneladas/dia de RSDs. O gráfico 12 mostra o quantitativo de resíduos coletados nos últimos anos. 88 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Gráfico 12 Quantitativo dos Resíduos Sólidos Domiciliares do município. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2014. Resíduos Sólidos Domiciliares – Rejeitos Referem-se às parcelas de resíduos domiciliares que não são passíveis de reutilização, reciclagem/tratamento ou compostagem, sendo na maioria das vezes: embalagens que não se preservaram secas ou estão contaminadas, tipos de embalagens plásticas que não possuem tratamento, entre outros. De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, somente os rejeitos poderão ser destinados ao aterro sanitário. Atualmente, 99% dos resíduos gerados em todo município são destinados ao aterro sanitário municipal. 5.5 Resíduos Recicláveis São considerados resíduos recicláveis aqueles que apresentam características físicas/químicas e constituem transformação/beneficiamento/reaproveitamento no interesse mercado, viabilizando de sua transformação na indústria como matéria prima secundaria. Os quadros 2 a 5 descrevem alguns resíduos que são passíveis de transformação, e outros que não são passíveis devido à falta de tecnologia no mercado. É importante ressaltar, a carência de usinas ou empresas que fazem a transformação/beneficiamento dos resíduos recicláveis na Região Metropolitana de Goiânia, inviabilizando assim, a segregação e comercialização de alguns tipos de resíduos coletados pelo Serviço Público de Coleta 89 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Seletiva para serem destinados às cooperativas. Situação que contribui para o retorno dos mesmos ao aterro como se fossem rejeitos. Quadro 2 Identificação de papel reciclável e não reciclável. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Quadro 3 Identificação de metal reciclável e não reciclável. Metal Recicláveis Não Recicláveis Latas de aço, Oléo, Sardinha, Molho de Tomate e de Tintas. Latas de Alumínio Clipes Ferragem Esponjas de aço Canos Latas de veneno Esquadrilhas Latas de combustível Arame Pilhas Grampos Baterias Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 90 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Quadro 4 Identificação de plástico reciclável e não reciclável. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Quadro 5 Identificação de vidro reciclável e não reciclável. Vidro Recicláveis Não Recicláveis Potes de vidro Espelhos Copos Garrafas Lâmpadas Cerâmicas Embalagens de molho Frascos de vidro Porcelanas Cristal Ampolas de medicamento Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Aparecida de Goiânia possui o Serviço Público de Coleta Seletiva porta a porta desde setembro de 2012. A quantidade de material passível de ser reciclado, coletado até setembro de 2014 durante dois anos de implantação, e que é comercializado pelas cooperativas do município (COORFAP e COOCAP) é de 1.319.941,20 kg, representando uma média mensal de 52.797,648 kg. O quantitativo vendido durante todo este período está demonstrado no gráfico 13. No primeiro ano de funcionamento deste serviço houve um crescimento do número de materiais coletados e, consequentemente, comercializados, entretanto, no ano seguinte ocorreu uma diminuição em decorrência dos catadores informais que realizam a atividade de catação nas vias públicas do município e, que já conhecendo as rotas dos caminhões da coleta seletiva, começaram a coletar os resíduos sempre momentos antes dos veículos passarem executando a coleta. Contudo, em 2014, com mais uma ampliação 91 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA do programa de coleta seletiva, observa-se um aumento da quantidade de resíduos até o mês de junho do mesmo ano. Gráfico 13 Quantitativo de materiais recicláveis comercializados desde a implantação do serviço de coleta seletiva (2012) até o corrente ano (2014). Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 5.6 Resíduos da Limpeza Pública (Varrição Manual/ Serviço de roçagem e capinação/ Limpeza de Feiras-Livres) Correspondem aos resíduos produzidos pelas atividades de varrição, capina, roçada, poda; limpeza de áreas de preservação ambiental, lotes baldios; limpeza de eventos de acesso aberto ao público; e também remoção de entulho em lotes baldios e áreas de preservação ambiental. Desse modo, mesclam-se com as atividades de limpeza pública aquelas de caráter corretivo, que são realizadas em locais onde são depositados resíduos de forma clandestina, conhecidos como pontos viciados no município. Nestes pontos observa-se a presença significativa de resíduos da construção, inclusive solo; resíduos volumosos e resíduos domiciliares; pneus; e entre outros. O gráfico 14 apresenta o descarte de resíduos da limpeza pública urbana no aterro sanitário durante o período de 2012 a setembro de 2014, sendo coletados em média 92 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 1.378,99 toneladas/ano. Salienta-se, que dos anos anteriores não há dados concisos desse descarte, visto que o balanço da quantidade coletada era feito em relação a vários tipos de resíduos, inclusive os volumosos. Assim, na média de 2012 a 2014 há uma maior organização das informações, entretanto, nas ocasiões em que os caminhões chegam ao aterro contendo materiais muito misturados, como resíduos de poda, construção civil e móveis, estes ainda são todos contabilizados como de limpeza urbana. Gráfico 14 Quantitativo de resíduos da limpeza urbana depositados no aterro. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2014. 5.7 Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCC) São resíduos originados a partir de demolições, construções como restos de alvenaria, argamassa, concreto e asfalto, e solo; todos designados como RCC classe A (reutilizáveis ou recicláveis). Há ainda os resíduos classificados como classe B (recicláveis para outras destinações): embalagens em geral, tubos, fiação, metais, madeira e gesso. Os resíduos potencialmente perigosos também são resultantes da atividade de construção civil, como alguns tipos de óleos, graxas, impermeabilizantes, solventes, tintas e baterias; devendo ser tratados como tal, resíduos perigosos. Atualmente, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia não destina os RCCs coletados durante os serviços de limpeza urbana em lotes e áreas de preservação ambiental para nenhuma Área de Transbordo e Triagem (ATT), Aterro de Inerte, ou Usina de Reciclagem. Todos os RCCs coletados pela prefeitura são destinados para uma área 93 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA dentro do aterro sanitário municipal. Com base nas informações levantadas a partir dos relatórios do aterro sanitário são coletados em média, 10.686,1 toneladas/ano de RCC; sendo ressaltado, que a citada média foi obtida considerando-se apenas os resíduos coletados pela prefeitura. O gráfico 15 mostra o quantitativo dos resíduos de construção civil num período de dez anos. Nele, nota-se a discrepância no ano de 2005, resultante da estimativa que era feita por não haver balança no aterro, e da não organização das informações registradas naquela época, entretanto, o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos tem como intuito identificar as deficiências existentes para assim, propor ações e métodos que promovam a melhoria e eficiência dos bancos de dados e também serviços prestados. Gráfico 15 Quantitativo de Resíduos da construção civil depositados no aterro municipal. Fonte: Aterro Sánitario do município de Aparecida de Goiânia, 2014. 5.8 Resíduos Volumosos (Mobiliário, Eletrodoméstico e Eletroeletrônico Inservíveis) São classificados como resíduos volumosos produtos/materiais como: móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, utensílios domésticos inservíveis, colchões, grandes embalagens, e outros resíduos de origem não industrial não coletados pelo sistema de coleta convencional. Com objetivo de reduzir o descarte clandestino destes tipos de resíduos em lotes e áreas de preservação ambiental, atualmente o município possui um programa de coleta chamado Disque Busca, em que o morador aparecidense faz a solicitação de recolhimento do resíduo, ligando para a Diretoria de Resíduos Sólidos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, responsável 94 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA pela coordenação do programa, sendo então, o serviço de coleta agendado para o dia seguinte, para que assim haja o planejamento das rotas a serem feitas. O Disque Busca funciona regularmente de segunda à sexta, das 07:00 às 17:00 horas. O programa teve início em abril de 2013, porém, a partir de agosto do mesmo ano houve a intensificação da coleta por meio da campanha Aparecida é sua casa: Quem mora, cuida!, uma parceria entre várias Secretarias Municipais: Desenvolvimento Urbano, Regulação Urbana, Meio Ambiente e Comunicação; a fim de promover a conscientização quanto à destinação adequada não só dos resíduos volumosos, mas também dos de construção civil e demolição, além de incentivar os munícipes acerca da construção de calçadas e plantio de árvores em frente às suas residências. Para realizar o controle dos resíduos coletados mensalmente, é feita uma contagem dos mesmos, posteriormente dividindo-os nos seguintes grupos: eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis, e outros, conforme o quadro 6. Entretanto, os dados quantitativos encontrados até setembro de 2014 correspondem à estimativas, visto que até a conclusão deste estudo, a contagem era realizada por meio das fichas de solicitação preenchidas a partir das ligações dos moradores, desse modo, não havendo um real controle do que era coletado, pois muitas vezes os munícipes acabam doando mais materiais do que haviam informado, ou, mesmo não sendo solicitada, a coleta é realizada em algum local (áreas e lotes baldios) que contem resíduo descartado. Quadro 6 Tipos de Materiais volumosos coletados pelo Disque Busca. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 95 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Em quase um ano e meio de funcionamento, o Disque e Busca teve um aumento significativo na coleta. Nos primeiros meses de 2014 a utilização do serviço pela população mais que dobrou em relação aos meses de 2013. Como pode ser observado nas tabelas 26 e 27, de abril a dezembro de 2013 foram coletadas 647 (seiscentos e quarenta e sete) unidades de resíduos volumosos; e de janeiro a setembro de 2014, já foram coletados 1.450 (mil quatrocentos e cinquenta) unidades, recolhendo neste último período, aproximadamente 100,84 toneladas de resíduos. Tabela 26 Quantitativo dos materiais volumosos recolhidos pelo Disque Busca no ano de 2013. Levantamento dos Materiais Coletados pelo Disque Busca (2013) Materiais Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Dez. Total (unidades) Eletrodomésticos 5 10 7 8 4 7 9 7 57 Eletroeletrônicos 4 7 7 6 9 9 7 22 56 Móveis 34 47 53 50 59 61 72 87 463 Outros 3 4 5 4 4 6 8 22 56 Total 46 68 72 68 76 83 96 138 647 Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Tabela 27 Quantitativo dos materiais volumosos recolhidos pelo Disque Busca no ano de 2014. Levantamento dos Materiais Coletados pelo Disque Busca (2014) Materiais Eletrodomésticos Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Total (unidades) 4 15 14 7 7 6 15 17 14 99 98 1089 164 1450 Eletroeletrônicos 5 9 15 8 9 12 12 12 16 Móveis 138 130 128 104 107 61 119 175 127 Outros 28 12 18 28 20 9 13 23 13 Total 175 166 175 147 143 88 159 227 170 Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Apesar destes dados, sabe-se que o programa ainda não foi aderido pela população de forma geral, tendo em vista que ainda ocorre muita disposição inadequada destes resíduos no município. 5.9 Resíduos Verdes Os serviços de manutenção e conservação de áreas verdes, parques e jardins, bem como de redes de distribuição de energia elétrica, telefonia, e outros, geram resíduos com características como restos de gramas, galhos, e troncos provenientes dos 96 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA serviços de poda e extração de árvores e outras espécies de vegetação característicos das atividades de jardinagem. A prefeitura é responsável apenas pela manutenção dos ambientes públicos, assim realizando o corte/poda e a coleta da vegetação existente. A média de resíduo verde coletado anualmente é de 1.939,56 toneladas. O gráfico 16 demonstra a evolução do serviço no município nos últimos dez anos. Já as figuras 54 a 57 apresentam os caminhões coletores de galhadas. Gráfico 16 Quantitativo de Resíduos Verdes coletados no município. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2014. Figura 54 Recolhimento dos resíduos verdes. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 55 Recolhimento dos resíduos verdes. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 97 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 56 Resíduos Verdes Chegando ao Aterro Sanitário. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 5.10 Figura 57 Resíduos Verdes Chegando ao Aterro Sanitário. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) Os resíduos de serviços de saúde, diferentemente dos demais resíduos sólidos, possuem um alto grau de risco de contaminação, tanto para os trabalhadores que fazem o seu manuseio como acondicionamento, coleta, transporte e destinação final, quanto para o meio ambiente, por isso os RSSs possuem uma subclassificação que diferencia todo o processo de gestão e gerenciamento dos mesmos nos locais onde são gerados; sendo assim, divididos da seguinte forma: Grupo A (potencialmente infectantes: produtos biológicos, bolsas transfusões, peças anatômicas, filtros de ar, gases, dentre outros); Grupo B (químicos); Grupo C (rejeitos radioativos); Grupo D (resíduos comuns) e Grupo E (perfurocortantes). A prefeitura realiza atualmente a coleta e a destinação final apenas dos RSSs gerados nas unidades públicas de saúde, sendo ao todo 58 locais cadastrados sob a responsabilidade da prefeitura, conforme apresentado em anexo. Cabem às unidades de saúde privada realizar a coleta e destinação final dos RSSs gerados em seus estabelecimentos, segundo previsto na Lei municipal n° 080, de 20 de janeiro de 2014. A quantidade de resíduos de saúde coletados nos últimos 10 anos pela prefeitura encontra-se descrita no gráfico 17, sendo a média correspondente a 99,16 toneladas/ano. 98 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Gráfico 17 Quantitativo de Resíduos de Serviços de Saúde coletados pela prefeitura de Aparecida de Goiânia. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2014. 5.11 Resíduos Industriais Conforme a Lei Federal n° 12.305/2010 são resíduos originados em atividades/processos de diversos ramos da indústria, tais como metalúrgica, química, petroquímica, papeleira, alimentícia, entre outras. O resíduo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, vidros, plásticos, papeis, madeiras, fibras, borrachas, metais, escórias, cerâmicas, etc. Como demonstrado no gráfico 18, estima-se que das 404 indústrias do município com cadastro na Secretaria de Indústria e Comércio, 211 destinam diretamente ao aterro sanitário municipal seus resíduos de Classe II A e Classe II B, que não oferecem risco ao meio ambiente, representando em torno de 52% do total. Estas empresas são consideradas grandes geradores e por isso pagam uma taxa (Duam) que é gerada por tonelada, referente ao descarte de resíduos. A média de resíduos recebida no aterro por meio destas empresas chega a ser aproximadamente 8.591,5 toneladas/ano, considerando os dados a partir do ano de 2006. Contudo, aproximadamente 127 indústrias de Aparecida de Goiânia usam o serviço de coleta convencional para descartar seus resíduos, sendo coletados pela empresa responsável pelo serviço de limpeza urbana do município, representando um total de cerca de 31%. 99 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Gráfico 18 Percentual de Indústrias com destinação de seus resíduos não perigosos para o aterro sanitário de Aparecida de Goiânia. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Salienta-se, que quanto aos resíduos considerados perigosos, não há dados quantitativos devido à dificuldade em se obter informações das indústrias e empresas instaladas em Aparecida de Goiânia. 5.12 Resíduos da Mineração São classificados como estéreis e rejeitos. Os estéreis são os materiais retirados da cobertura ou das porções laterais de depósitos mineralizados pelo fato de não apresentarem concentração econômica no momento da extração. Os rejeitos são os resíduos provenientes do beneficiamento dos minerais, para redução de dimensões, incremento da pureza ou outra finalidade. Somam-se a esses, os resíduos das atividades de suporte: materiais utilizados em desmonte de rochas, manutenção de equipamentos pesados e veículos, atividades administrativas e outras relacionadas. Aparecida de Goiânia apresenta 05 (cinco) pedreiras: Pedreira Izaira Indústria e Comércio Ltda., cujo licenciamento ambiental é realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA); Pedreira Itaúna; Pedreira Araguaia; Briteng – Britagem e Construções; e Compav – Companhia de Pavimentação de Goiânia, todas licenciadas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH); algumas exemplificadas nas figuras 58 a 61. Estas pedreiras têm como rejeito apenas o 100 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA denominado filler (figuras 62 e 63), espécie de pó resultante das rochas extraídas, ainda não tendo destinação específica, estando desse modo, estocado nestes locais. Entretanto, há estudos no país acerca da utilização deste resíduo para a área agrícola. No setor de mineração de agregados, os finos de britagem podem ser coprodutos destinados a usos como filler asfáltico, porém, quando esta demanda é menor que a produção, estes representam um resíduo que pode gerar problemas ambientais. Neste caso, o seu uso na agricultura para remineralizar solos empobrecidos em nutrientes é uma alternativa a ser considerada, o que requer sua caracterização química, mineralógica e estudos sobre seu desempenho agronômico. Figura 58 Pedreira Araguaia. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 59 Pedreira Araguaia. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 60 Pedreira Izaira. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 61 Pedreira Izaira. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 101 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 62 Filler – rejeito das pedreiras. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 5.13 Figura 63 Filler – rejeito das pedreiras. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Resíduos com Logística Reversa Obrigatória A logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação. A Lei Federal nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, definiu três diferentes instrumentos que poderão ser usados para a implantação da logística reversa: regulamento, acordo setorial e termo de compromisso. Dentro dos três instrumentos estabelecidos na Lei Federal o “acordo setorial” tem sido privilegiado pelo fato de permitir grande participação social; isso o faz o instrumento preferencial para a implantação da mesma. Sabe-se que o acordo setorial é um ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. Os resíduos estabelecidos na lei e que fazem parte da logística reversa são constituídos por produtos eletroeletrônicos; pilhas e baterias; pneus; lâmpadas fluorescentes; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens e, por fim, os agrotóxicos, também com seus resíduos e embalagens. O município de Aparecida de Goiânia não possui um sistema de logística reversa para os resíduos citados na Lei Federal, devido os acordos setoriais ainda estarem em fase de elaboração. 102 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 5.14 Rejeitos São resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. Atualmente o município só possui o serviço de coleta seletiva que visa diminuir a quantidade de resíduos (rejeitos) no aterro sanitário. Sendo assim, uma das metas do PMGIRS é reduzir a quantidade de resíduos direcionada ao aterro. 5.15 Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Domiciliares Aparecida de Goiânia gera, em média, 400 toneladas diárias de resíduos diversos: domiciliar, de feiras, podas de árvores, entulho, dentre outros. Porém, destes, em média 360 são de resíduos domiciliares coletados diariamente. A coleta e o transporte dos resíduos gerados no município acontecem de duas maneiras: parte dos resíduos é coletada por uma empresa terceirizada, enquanto a outra é coletada pela prefeitura. Atualmente, o serviço de coleta de resíduo domiciliar, coleta de RSS, assim como a operação do aterro sanitário são terceirizados, sendo a empresa Estre SPI Ambiental S/A responsável pelo contrato de execução destes serviços. São utilizados 15 caminhões compactadores para a realização do serviço de coleta de resíduos domiciliares (incluindo comércios, empresas e feiras), e 01 (um) caminhão para a coleta de resíduos de serviço de saúde. As figuras 64 a 67 mostram, respectivamente, os veículos utilizados pela empresa para coleta dos RSDs e RSSs. Figura 64 Caminhão compactador utilizado para a coleta dos resíduos sólidos domiciliares. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 65 Caminhão compactador utilizado para a coleta dos resíduos sólidos domiciliares. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 103 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 66 Caminhão baú utilizado para a coleta dos resíduos de serviço de saúde. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 67 Caminhão baú utilizado para a coleta dos resíduos de serviço de saúde. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Já os resíduos que correspondem à limpeza urbana e à construção civil são coletados pela prefeitura nos 239 bairros do município, fazendo parte da coleta especial. A mesma ocorre de segunda a sexta-feira, das 07:00 às 16:00 horas, e aos sábados até às 11:00 horas. As figuras 68 e 69 apresentam os veículos utilizados para a realização da coleta dos mencionados resíduos. Figura 68 Caminhão utilizado para a coleta dos resíduos de limpeza urbana e resíduos da construção civil - Caminhão carroceria. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 5.16 Figura 69 Caminhão utilizado para a coleta dos resíduos de limpeza urbana e resíduos da construção civil - caminhão basculante. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Coleta Convencional Porta a Porta dos Resíduos Domiciliares 104 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA A coleta de resíduos sólidos domiciliares atende hoje todos os bairros de Aparecida de Goiânia, sendo realizada em alguns setores de segunda a sábado, no período noturno, e em outros alternadamente de segunda a sábado. No domingo acontece apenas a coleta de resíduos gerados nas feiras. Salienta-se, que cabe ao munícipe dispor, a partir das 19 horas, os resíduos domiciliares para a coleta noturna nos dias em que esta estiver programada e, para a coleta diurna, às 07 horas ou até 02 horas antes da passagem do caminhão coletor, acondicionando-os de forma adequada, sempre em frente ao seu imóvel, e nunca no canteiro central, esquinas, praças e parques. Correspondem ao sistema de coleta convencional porta a porta dos resíduos domiciliares: Resíduos sólidos e materiais de varredura domiciliares residenciais; Resíduos sólidos domiciliares não-residenciais, assim entendidos aqueles originários de estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços, comerciais e industriais, entre outros, com características de resíduos Classe 2, conforme NBR 10004 da ABNT; Resíduos de feiras; A coleta e o transporte dos resíduos em Aparecida de Goiânia estão organizados em rotas, cada uma correspondente a um grupo de bairros do município, como demonstram os mapas apresentados nas figuras 70 a 74. 105 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 70 Mapa geral do município com todas as rotas. Fonte: Estre SPI Ambiental S.A, 2013. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 71 Mapa da rota diurna 2.0.01 Fonte: Estre SPI Ambiental S.A, 2013. 107 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 72 Mapa da rota diurna 3.0.01 Fonte: Estre SPI Ambiental S.A, 2013. 108 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 73 Mapa da rota noturna 2.1.01. Fonte: Estre SPI Ambiental S.A, 2013. 109 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 74 Mapa da rota noturna 3.1.01. Fonte: Estre SPI Ambiental S.A, 2013. 110 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Para a execução dos serviços de coleta convencional e transporte de RSDs no município são utilizados caminhões compactadores, havendo em cada veículo, um motorista e três coletores. A programação dos horários, a frequência e os itinerários da coleta, conforme apresentado em anexo, são estabelecidos pelo dimensionamento da quantidade de resíduos gerados e, consequentemente, sendo definida a frota necessária e quantidade equivalente de pessoal para realizar o serviço. 5.17 Coleta Convencional Indireta A coleta convencional indireta de resíduos consiste numa alternativa de realizar o serviço de coleta de resíduos domiciliares em locais onde a coleta convencional porta a porta não pode acontecer (áreas de difícil acesso). O município possui dois bairros em que durante o período chuvoso é impossível a circulação de caminhões compactadores, não havendo desse modo acesso aos mesmos, sendo eles: Setor Continental e Loteamento Terra do Sol. Por isso, optou-se por criar um local com contêineres para a população dispor o resíduo, onde a coleta é realizada duas vezes por semana. As figuras 75 e 76 mostram a utilização dos contêineres em um dos citados bairros. Figura 75 Contêiner instalado no Setor Continental, Aparecida de Goiânia, para a realização da coleta convencional indireta. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 5.18 Figura 76 Contêiner instalado no Setor Continental, Aparecida de Goiânia, para a realização da coleta convencional indireta. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Coleta e transporte dos Resíduos Recicláveis Os resíduos potencialmente recicláveis, como: papéis, plásticos, metais, vidros, entre outros, são coletados porta a porta pelo serviço público de coleta seletiva, implantado em 17 de setembro de 2012. Este serviço faz parte do Programa Aparecida ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Cooperando e Reciclando com Dignidade. Para realização da coleta seletiva são utilizados 06 caminhões baús de 27 m³, com 06 motoristas e 12 coletores. Os veículos, do ano de 2012, bem como os motoristas, são terceirizados, e a contratada é remunerada mensalmente por cada caminhão. Atualmente são contemplados pelo serviço público de coleta seletiva 86 bairros, o que corresponde a 36% do total de bairros do município. Para a implantação do serviço de coleta nos bairros foi levado em consideração os aspectos como o de infraestrutura dos mesmos, o perfil socioeconômico e o adensamento populacional, a distância entre os bairros e as cooperativas, o tempo de descarga, a estimativa de volume de resíduos a serem coletados, o trânsito, a topografia, a carga horária das equipes de coleta, a otimização da frota, e entre outros fatores. Para tanto, o serviço público de coleta seletiva vem sendo implantado em etapas, correspondendo a três até o momento, conforme os quadros de 7 a 9, sendo então selecionados para a primeira etapa, 36 bairros e, para a segunda, mais 31. No início de abril de 2014, implantou-se o Serviço de Coleta Seletiva Noturna, acontecendo nas principais ruas e avenidas comerciais de mais 19 bairros, beneficiando ao todo, aproximadamente 270.073 habitantes. Quadro 7 Bairros e população da 1ª etapa de implantação da Coleta Seletiva. ORDEM BAIRRO 1 Bairro Vera Cruz 2 Centro 3 Conjunto Cruzeiro do Sul 4 Cidade Satélite São Luiz 5 Cidade Vera Cruz 6 Jardim Bela Morada 7 Jardim Belo Horizonte 8 Jardim Cristal 9 Jardim Esmeralda 10 Jardim Ipanema 11 Jardim Iracema 12 Jardim Luz 13 Jardim Maria Inês 112 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 14 Jardim Nova Era 15 Jardim Rio Grande 16 Jardim Rosa do Sul 17 Jardim Pampulha 18 Jardim Santo Antônio (Jardim Progresso e conjunto 19 Liberdade) 20 21 Parque Real 22 Parque Rio das Pedras 23 Recanto dos Emboabas 24 Residencial Brasicom 25 Residencial Storil 26 Setor Araguaia 27 Setor Belo Horizonte 28 Setor dos Afonsos 29 Setor Santos Dumont 30 Setor Santo André 31 Vila Brasília 32 Vila São Joaquim 33 Vila São Manoel 34 Vila Mariana 35 Vila São Tomas 36 Vila Sul Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU (2014). Quadro 8 Bairros e população da 2ª etapa de implantação da Coleta Seletiva. ORDEM BAIRRO 1 Jardim Alva Luz 2 3 American Park Bairro Cardoso I 4 Bairro Cardoso II 113 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 5 Bairro Hilda 6 Conjunto Estrela Do Sul 7 Conjunto Santa Fé 8 Conjunto Vera Cruz 9 Jardim Bela Vista 10 Jardim Bonanza 11 Jardim Helvécia 12 Jardim Imperial 13 Jardim MontSerrat 14 Papilon Park 15 Parque Floresta 16 Parque Primavera 17 Parque Santa Cecilia 18 Parque Veiga Jardim I 19 Parque Veiga Jardim II 20 Parque Veiga Jardim III 21 Parque Veiga Jardim IV 22 Residencial Candido de Queiroz 23 Setor Garavelo 24 Setor Garavelo Res. Park 25 Setor Mansões Paraiso 26 Setor São Manoel 27 Sítio Santa Luzia 28 Vila Alzira 29 Vila Maria 30 Vila Nossa Senhora de Lurdes 31 Vila Santa Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU (2014). 114 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Quadro 9 Bairros e população da 3ª etapa de implantação da Coleta Seletiva (Noturna). ORDEM BAIRRO 1 Cidade Livre 2 Ind. Mansões I 3 Ind. Mansões II 4 Ind. Mansões III 5 Jardim Cascata 6 Jardim Cristalino 7 Jardim Girassóis 8 Jardim Ipiranga 9 Jardim Tiradentes 10 Lot. Andrade dos Reis 11 Lot. Monte Cristo 12 Marista Sul 13 Nova Cidade 14 Parque Itatiaia 15 Res. Village Garavelo I 16 Res. Village Garavelo II 17 Serra Dourada I 18 Serra Dourada II 19 Serra Dourada III Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU (2014). Os recicláveis são transportados até as duas cooperativas de trabalhadores (catadores) de materiais recicláveis ligadas ao Programa Aparecida Cooperando e Reciclando com Dignidade. 5.19 Coleta e transporte dos Resíduos de Limpeza Urbana A coleta e o transporte dos resíduos de limpeza pública consistem em sua remoção/retirada e é realizada nos 239 bairros do município, podendo ser solicitada pelo munícipe, ou ser realizada de acordo com a programação das áreas de limpeza urbana. Os resíduos de varrição são concentrados, pelo varredor, em pontos determinados, acondicionados em sacos pretos e recolhidos pela equipe da coleta 115 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA convencional porta a porta. Quando coincide da coleta convencional já ter acontecido no bairro onde está sendo realizado o serviço de varrição, a coleta dos mesmos é realizada pela equipe das áreas de limpeza urbana. Já os resíduos de poda, capina e roçada são coletados e transportados para o aterro sanitário em caminhões carrocerias de 6,80m x 2,48m x 0,68m, sendo um total de 12 veículos. Enquanto isso, são utilizados 04 caminhões truck caçambas (MB 1513/ MB 1516) para a coleta dos chamados entulhos dos pequenos geradores. Os serviços realizados no município que contemplam a limpeza pública estão descritos nos quadros de 10 a 15. Quadro 10 Varrição Limpeza urbana - Varrição Abrangência Zona urbana Frequência Conforme descrito em anexo Mão-de-Obra 203 funcionários, sendo 103 varredores e 100 “carrinheiros” Equipamentos/Quantidade anual Carrinho tipo tambor (200), vassourinha (200), vassoura de varrição (300), pá (200), saco para lixo (24.000), uniforme completo (406), bota (406), luva (2.436). Veículo Utiliza da coleta regular. Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Urbano - 2014 Quadro 11 Poda Limpeza urbana – Poda Abrangência Zona urbana Frequência Depende da programação da capina/poda; Mão-de-Obra 8 pessoas; Equipamentos/Quantidade anual Motosserra – Stihl (05); Peso/dia estimado: 30,15 toneladas/dia. Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Urbano – 2014 Quadro 12 Jardinagem (Poda de canteiros de pingo de ouro) Limpeza urbana – Jardinagem Abrangência Zona urbana Frequência De acordo com a necessidade verificada; Mão-de-Obra 05 funcionários; 116 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Equipamentos/Quantidade anual Máquina Podadora – Stihl (02), Tesoura para jardinagem (02); Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Urbano – 2014 Quadro 13 Capina Manual Limpeza urbana – Capina Manual Abrangência Zona urbana Frequência De acordo com a necessidade verificada; Mão-de-Obra 124 funcionários; Equipamentos/Quantidade anual Enxada (1.488), lima (240), uniforme completo (248, sendo dois por funcionário), EPI’s – bota (248), luva (1.488), e máscara (1.488); Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Urbano – 2014 Quadro 14 Capina Química Limpeza urbana – Capina Química Abrangência Zona urbana Frequência De acordo com a necessidade verificada; Mão-de-Obra 14 funcionários; Equipamentos/Quantidade anual bomba de veneno (14), uniforme completo (168, sendo estimada uma troca a cada 20 lavadas), botina (28, sendo dois pares por ano), EPI’s – luva de látex (672), máscara com filtro (14); Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Urbano – 2014 Quadro 15 Roçada mecânica (Realização da poda e retirada da grama) Limpeza urbana – Roçada mecânica Abrangência Zona urbana Frequência De acordo com a necessidade verificada; Mão-de-Obra 32 funcionários; Equipamentos/Quantidade anual Roçadeira Costal – Stihl (12); Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Urbano – 2014 117 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Como mencionado, a realização da poda, capina e roçada depende da necessidade verificada nas áreas públicas, sendo que a rota de coleta para os resíduos públicos é realizada de acordo com a ordem dos serviços executados. Vale salientar, que o município está dividido em 08 áreas de limpeza urbana, para efeito administrativo e operacional. Cada área, que compreende um conjunto de bairros, é responsável por realizar todos os serviços ligados à limpeza urbana, incluindo a limpeza de áreas e lotes baldios. Para a realização dos serviços de capina, roçagem, poda e varrição, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano conta com uma equipe de aproximadamente 386 trabalhadores. 5.20 Coleta e Transporte de Resíduos Volumosos O serviço de coleta e transporte de resíduos volumosos acontece no município por meio do Programa Disque Busca, em que a coleta é solicitada pelo munícipe e executada nas residências pela prefeitura. Essa foi uma das formas encontradas pelo poder público para evitar que os resíduos sejam dispostos de forma inadequada nas vias e logradouros públicos, e lotes baldios. Entretanto, sabe-se que há uma grande geração de resíduos volumosos, e que o programa atende apenas uma estimativa de 15 a 20% do total de demanda. A coleta dos resíduos volumosos, conforme figuras 77 e 78, abrange 100% da área urbana de Aparecida de Goiânia, desde que seja solicitada pela população. O serviço é realizado por meio de 01 (um) caminhão baú ¾, e conta com uma equipe composta por 01 (um) motorista e 02 (dois) coletores. Os funcionários da coleta são orientados quanto aos procedimentos junto à população atendida. Figura 77 Coleta do Disque-Busca na residência. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 78 Coleta do Disque-Busca na residência. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 118 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 5.21 Coleta e Transporte Resíduos da Construção Civil e Demolição Atualmente a prefeitura realiza a coleta apenas dos pequenos geradores, ou seja, aqueles que geram menos de 1m³ de entulho. O transporte é realizado por meio de caminhões carrocerias ou caminhões caçambas. 5.22 Coleta e Transporte de Resíduos Industriais Não existe por parte da prefeitura uma coleta diferenciada para os resíduos industriais gerados no município, visto que a responsabilidade de coletá-los e destiná-los é do próprio gerador, conforme determina a Lei Municipal Complementar nº 080, de 20 de Janeiro de 2014, que dispõe sobre a coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos em geral e institui a obrigatoriedade da separação e destinação final de resíduos sólidos no Município de Aparecida de Goiânia e altera o artigo 122 da Lei Municipal nº 792, de 7 de dezembro de 1988, Código de Posturas do Município de Aparecida de Goiânia e dá outras providências. Como a lei só entrará em vigor em março de 2015, atualmente a coleta dos resíduos que não apresentam risco ou perigo ao meio ambiente é realizada pela empresa Estre Ambiental SPI S/A, responsável pelo contrato de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do município. 5.23 Coleta e Transporte de Resíduos Especiais (RSS) Os Resíduos de Serviços de Saúde (RSSs) são aqueles provenientes de atividades de estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, tais como hospitais, clínicas médicas, clínicas odontológicas, clínicas veterinárias, farmácias, laboratórios de análises e demais estabelecimentos congêneres. A coleta, transporte e destinação final dos RSSs gerados nas unidades públicas de saúde de Aparecida de Goiânia são realizados por uma empresa terceirizada, contratada pela responsável pelo contrato de limpeza urbana do município: a Estre Ambiental. Estes resíduos tem como destinação final a incineração. 5.24 Coleta e Transporte Especial de Resíduos Tóxicos Domiciliares Embora determinados resíduos de origem domiciliar gerados nas residências ou no comércio sejam considerados perigosos/tóxicos, como: pilhas, baterias, toner de impressão, embalagens de inseticidas, tintas, medicamentos vencidos, lâmpadas 119 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA fluorescentes, óleos de origem animal e vegetal, dentre outros; o município não possui nenhuma programação de coleta especial para tais resíduos. 5.25 Coleta e Transporte de Cadáveres de Animais A coleta, o transporte, e a destinação final dos cadáveres de animais provenientes do Centro de Zoonoses de Aparecida de Goiânia, também são realizados pela empresa terceirizada contratada pela responsável pelo contrato de limpeza urbana do município (Estre Ambiental), tendo como destinação final a incineração. 5.26 Aterro Sanitário O aterro sanitário municipal está localizado na Rua Vila Rica, s/n, Setor Vale do Sol, a Leste do município, após o Distrito Agroindustrial de Aparecida de Goiânia (DAIAG) e a Agência Prisional de Goiás (antigo CEPAIGO), na direção do Córrego Santo Antônio, tendo como coordenadas geográficas o paralelo 16º47´´442´ de latitude sul e o meridiano 49º11´´530´ de longitude oeste, com altitude média de 808 m do nível do mar, e seu acesso por meio da Rodovia BR-153. A figura 79 retrata a sua localização. Figura 79 Localização do aterro sanitário de Aparecida de Goiânia. Fonte: Google Earth, 2013. Vias de acesso 120 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Da BR-153 à Agência Prisional as vias são simples e duplicadas, com pavimentação asfáltica, enquanto que da Agência Prisional até a área de descarte do aterro sanitário, o acesso é de estrada de chão batido, conforme apresentam as figuras de 80 a 83. Figura 80 Via de acesso ao aterro sanitário Saída da BR 153. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2013. Figura 81 Via de acesso ao aterro sanitário Pista dupla sentido ao Presídio. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2013. Figura 82 Via de acesso ao aterro sanitário Término da pavimentação asfáltica. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2013. Figura 83 Via de acesso ao aterro sanitário Chegada ao aterro sanitário. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2013. Edificações O aterro sanitário apresenta uma guarita localizada em sua entrada, composta por uma sala, cozinha e banheiro (figura 84), e que hoje é usada como posto da Guarda Municipal, que monitora o aterro por 24 horas. Dispõe também de um prédio administrativo com sete cômodos, sendo duas salas ocupadas por funcionários da prefeitura que supervisionam a operação do aterro sanitário, uma sala do controle da 121 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA balança, uma cozinha, um refeitório, um banheiro e uma sala vazia (figura 85). Implantou-se em frente ao prédio administrativo, uma balança rodoviária com capacidade para 80 toneladas. Foi instalado logo abaixo deste prédio um tanque de combustível para o abastecimento de caminhões e máquinas. Para a higienização dos mesmos foi executado um lava-jato, com dois cômodos para abrigar equipamentos e produtos de limpeza, e piso revestido de concreto para lavar os caminhões, além de caixas separadoras de óleos. Figura 84 Posto da Guarda Municipal e Vigias. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2013. Figura 85 Sede administrativa. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2013. Controle de Acesso O controle de acesso dos veículos ao aterro sanitário é feito por meio da verificação da autorização para descarte de resíduos no aterro, da identificação da carga, do gerador e transportador, da pesagem e da orientação quanto ao local correto de descarte. Desse modo, os veículos de visitantes são abordados, identificados, e verificado se tem ou não autorização para ter acesso ao local. Segurança O aterro sanitário possui iluminação somente até o lava-jato, sendo 50 metros abaixo do prédio administrativo, e dois vigias noturnos que garantem a segurança dos equipamentos da Estre Ambiental S/A. Isolamento Do Aterro Sanitário 122 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA A figura 86 apresenta o perímetro cercado e não cercado do aterro sanitário de Aparecida de Goiânia. Figura 86 Perímetro do aterro sanitário de Aparecida de Goiânia. Fonte: Aterro sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2013. O aterro sanitário é cercado à direita de sua entrada, em direção ao córrego Santo Antônio, com alambrado de postes de concreto e tela de arame, proteção vegetal com cerca viva formada por sansão do campo, eucaliptos e árvores nativas. À esquerda, é constituído por cerca com arame farpado e postes de madeira comum de eucalipto até a entrada da Estação de Tratamento de Esgoto, e na divisa desta ETE até o Córrego Santo Antônio foram utilizados postes de cimento e arame farpado. Operação do Aterro O aterro sanitário de Aparecida de Goiânia é licenciado para disposição de resíduos classe “II” não perigosos: II A – não inerte, e II B – inerte, especificados pela NBR 10.004 (ABNT 2004), mais os resíduos de serviço de saúde dos grupos “A, D e E”, especificados pela RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004, da ANISA, e pela Resolução 358 (CONAMA 2005). Os resíduos industriais passíveis de serem recebidos no aterro devem estar acompanhados de ficha de caracterização, contendo: natureza e origem do produto, e número ONU do produto, devidamente assinada pelo técnico responsável pelas informações. 123 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Na implantação, o aterro sanitário foi contemplado com uma vala séptica (conforme figura 87), impermeabilizada com geomembrana PEAD de 1,5mm. A disposição dos RSSs (resíduos de serviços de saúde) nessa vala só teve início no final de 2008 e atingiu sua capacidade final em março de 2011, encerrando assim o ciclo de disposição de RSSs em vala séptica. Figura 87 Encerramento da vala de resíduos de serviços de saúde. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2013. Destinação dos RSS – resíduos de serviço de saúde Com o encerramento da vala séptica em 28 de março de 2011, os RSSs passaram a ser armazenados em tambores de plástico com lacre, em uma área cercada dentro do aterro, sendo posteriormente, enviados para serem incinerados. A área de armazenamento dos RSSs (figura 88) não possui cobertura. A cerca precisa de reparos e de sinalização quanto aos riscos biológicos, e o piso não é impermeabilizado, além de não existir canaletas coletoras no perímetro da área. 124 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA . Figura 88 Falhas na área de acondicionamento dos RSSs. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2013. Equipamentos utilizados na operação do aterro sanitário A operação do aterro sanitário de Aparecida de Goiânia é realizada com 02 (dois) tratores de esteira, 01 (uma) retroescavadeira, 01 (uma) pá-mecânica, 01 (um) caminhão basculante truck, e 01 (um) caminhão tanque. De acordo com as necessidades periódicas são utilizadas também a moto-niveladora e a escavadeira hidráulica. Praça de Descarga RSD – Resíduos Sólidos Domiciliares A disposição dos resíduos domiciliares coletados no município é realizada dentro da nova trincheira construída em 2012, e que está chegando ao final de sua capacidade de recebimento. O resíduo é depositado em um espaço reduzido de aproximadamente 15 metros de largura, empurrado por um trator de esteira de baixo para cima, no sentido de rampa, com inclinação de 1 (um) na vertical para 3 (três) na horizontal, e coberto frequentemente com solo, escavado dentro do pátio do aterro. A presença de catadores na praça de descarga (figura 89), provocava uma série de transtornos na área de disposição final de resíduos, principalmente com o eminente risco de acidentes e o impasse do trator compactar os resíduos com catadores no local. Então, em janeiro de 2014 foi efetuada uma ação para retirada destes catadores de materiais recicláveis, por meio da Diretoria de Resíduos Sólidos – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, e da realização de parcerias com outras secretarias do município, como Governo e Integração Institucional, e de Defesa Social 125 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA e Guarda Civil. Assim, os Guardas Civis Municipais passaram a realizar a vigilância constante do aterro. Vale salientar, que um dos itens desta ação que resultou na retirada dos catadores, foi a realização de um Convênio de Cooperação Técnica n° 003/2012, firmado entre a Secretaria de Estado das Cidades (Secidades), atual Sicam, e a Prefeitura Municipal de Aparecida de Goiânia, com recursos do governo federal, estadual e municipal, visando efetuar a entrega de um galpão de triagem de resíduos sólidos, situado próximo ao aterro, para a Cooperativa de Catadores de Lixo de Aparecida de Goiânia (COOCAP), que foi formada e organizada pelas pessoas que realizavam a atividade de catação no aterro sanitário. Figura 89 Presença de catadores na praça de operação do aterro sanitário. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2013. Resíduos de Podas e Jardinagens Desde a implantação do aterro sanitário, as podas de árvores e jardinagem recolhidas no município são depositadas em uma área reservada no aterro, mais precisamente ao fundo, próximo ao córrego Santo Antônio e na divisa com a ETE. O principal problema do gerenciamento desse resíduo é a forma com que o mesmo chega ao aterro sanitário, visto que na maioria das vezes são coletados outros tipos de resíduos, como móveis, juntamente com as galhadas, gerando um transtorno para a disposição, pois não podem ser dispostos no mesmo local, mas quase sempre são depositados juntos. A figura 90 apresenta a coleta dos resíduos feita de maneira inadequada. 126 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 90 Resíduos coletados de forma inadequada. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2005. Maciço do aterro O aterro sanitário de Aparecida de Goiânia está constituído atualmente por seis trincheiras para disposição de resíduos domiciliares, interligadas entre si. A verticalização sobre cinco trincheiras já atingiu, num ponto mais alto, aproximadamente 30 metros de altura, porém, sem nenhum projeto executivo para tal verticalização. Bermas e Taludes A verticalização do aterro sanitário é feita em forma de pirâmide, com o recuo variando de 5m a 6m a cada maciço verticalizado, e com inclinação de aproximadamente 45º, não devendo ultrapassar a altura máxima de 5m. As bermas devem ter inclinação mínima de 1% em direção ao sopé do talude, a fim de facilitar o escoamento da água para a canaleta do sistema de drenagem de água pluvial. A figura 91 retrata os desníveis causados às bermas devido à falta de acompanhamento topográfico, o que resultou em várias falhas no processo de verticalização. É possível observar a desconformidade e inclinação de bermas e taludes. Um grande talude, localizado sobre a nova trincheira, descoberto e com altura superior ao recomendado, e que se formou com deslocamento de uma massa de resíduo, é outro ponto negativo que precisa receber as intervenções devidas. 127 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 91 Desníveis das bermas devido à falta de acompanhamento topográfico. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2005. Drenagens O aterro sanitário de Aparecida de Goiânia é provido apenas de uma descida d’água com sistema de escada hidráulica, havendo algumas drenagens na vertical construídas de forma provisória, com calhas de concreto, sem um sistema de drenagem horizontal interligado à escada. A falta de um sistema de drenagem de água pluvial (figura 92) em todo o maciço verticalizado do aterro sanitário tem resultado em vários problemas, como: erosões nos taludes, deixando às vezes o lixo exposto; impossibilidade de trafegar nas bermas durante o período chuvoso; e acúmulo de água no platô, provocando infiltrações e afloramento de chorume nos pés de taludes, comprometendo a estabilidade da massa de lixo verticalizada. A ineficiência de alguns drenos de gases e o afloramento de pé de talude também é um indicativo de falhas no sistema de drenagem interna e que precisam de intervenções imediatas. 128 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 92 Falta de Drenagem de Água Pluvial. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2005. Cobertura Vegetal A cobertura vegetal é essencial para um aterro, haja vista que a mesma é responsável pela proteção dos taludes, evitando erosões e o carreamento de materiais para as bermas. Além disso, também é usada para melhorar a forma estética do maciço. Em algumas partes do aterro sanitário foi feito o plantio de grama, mas a falta de irrigação e manutenção ocasionou o aparecimento de espécies como branqueara e algumas ervas daninhas, que vem ocupando o espaço da grama plantada. O que se pode observar em todos os taludes do maciço verticalizado do aterro é que uma pequena parte está protegida com cobertura vegetal, sendo que o ideal seria o maciço ter toda a cobertura. Essa ausência de proteção vegetal em alguns locais vem ocasionando o aparecimento de vários sulcos erosivos provocados pela água da chuva. Sistema de Tratamento do Lixiviado O sistema de tratamento do aterro sanitário é constituído por uma caixa de desaneração, um medidor de vazão com régua gradual e vertedor de 90º, uma lagoa anaeróbia com capacidade de armazenar aproximadamente 4.500 m2 de líquido, e uma lagoa facultativa com a mesma capacidade da anaeróbia. O projeto inicial do aterro prevê a construção de mais uma lagoa aeróbia, para melhorar a redução de DBO e DQO, e aumentar a capacidade e tempo de contenção do lixiviado produzido pela degradação do resíduo no aterro sanitário. 129 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA A falta de controle e fiscalização durante o processo de recirculação do lixiviado por caminhão pipa com sistema de sucção por magote, que era introduzido nas lagoas em todas as viagens, acabou provocando várias perfurações na lona de proteção, o que culminou com a infiltração e contaminação do solo sob a geomembrana que impermeabiliza a lagoa, gerando gases e criando bolhas que levantaram a lona da base, acima da lâmina do efluente armazenado. O isolamento do sistema de tratamento é outro ponto que precisa ser melhorado, pois, a queda de animais de grande porte na caixa do vertedor já danificou a régua gradual, que mede a vazão, e ainda não é possível avaliar os danos causados com a queda de uma novilha dentro da lagoa anaeróbia. A sinalização é outra situação que precisa ser corrigida, tanto na identificação do sistema quanto na advertência dos perigos do local. 5.27 Recuperação do Antigo lixão no local A questão, destinação final dos resíduos sólidos em Aparecida de Goiânia, tem sido um desafio para várias administrações do município. Até os anos 90 os resíduos de Aparecida eram descartados de forma irregular em vários pontos da cidade, como Setor Vila Brasília, Setor Caraíbas, Parque das Nações, Parque Village, Setor Serra dourada, Vale do Sol, entre outros. A partir de 1990, a disposição dos resíduos gerados no município de Aparecida de Goiânia continuou sendo realizada de forma irregular, porém, a partir de então, se concentrou em um local onde a área estava inserida em parte do setor Jardim Colorado, localizado a 2km da Agência Prisional, entre o setor Vale do Sol, Vale das Pombas e Chácara São Pedro. Ao longo de 12 anos consecutivos o resíduo foi descartado nesta área totalmente de forma inadequada, em área aberta, sem cobertura, sobre o solo desprotegido, sem nenhum tipo de controle de descarte, queimando constantemente e com a presença de catadores formando um imenso lixão a céu aberto. No início de 2000 o lixão de Aparecida de Goiânia recebeu seu primeiro isolamento, uma cerca com lascas de aroeira e arames farpados, ocorrendo as primeiras movimentações para a retirada dos catadores, removendo-os para fora da área cercada. No início de 2002 a cerca foi substituída por alambrado, com postes de concreto e telas de arame, como demonstrado na figura 93, dado o marco inicial para a implantação do aterro sanitário. 130 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 93 Isolamento do Antigo Lixão. Fonte: Nunes, Carlyle - 2003 No dia 13 de Setembro de 2002 foi inaugurado o aterro sanitário municipal de Aparecida de Goiânia (conforme figura 94). Um projeto inicial com o custo de 1.912.000,00 do governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Caixa Econômica, e 185.000,00 de contrapartida da Prefeitura Municipal; um total de 1.997.000,00. O projeto foi contemplado em uma área inicial de 1.258.400 m², com a construção de 02 trincheiras de 120m x 60m x 4m para disposição dos resíduos domiciliares; sistema de tratamento de chorume com 02 lagoas de estabilização (Sistema Australiano), uma anaeróbia e uma facultativa; 01 vala séptica para os resíduos de serviço de saúde, todas impermeabilizadas com geomembrana PEAD; e posteriormente um prédio administrativo. A figura 95 apresenta a foto aérea do aterro nesta época. Figura 94 Inauguração do Aterro Sanitário Fonte: Luiz- 2002 Figura 95 Foto Aérea do Aterro Sanitário Fonte: Luiz- 2002 131 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA No final de 2004, parte da área do aterro sanitário foi doada pelo município para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto – ETE, restando após levantamento topográfico, 823.326,63 m2, área atualmente utilizada para disposição dos resíduos. Em 2004 foi construída mais 01 trincheira com as dimensões 120m x 60m x 5m, para disposição de resíduos domiciliares, com recursos do tesouro municipal e com equipamentos da Secretaria de Infraestrutura de Aparecida de Goiânia. Em 2006, com a necessidade de ampliação do aterro sanitário, foram construídas mais 02 trincheiras com as mesmas medidas e padrões do projeto inicial, e também com recursos do tesouro municipal e equipamentos da Secretaria de Infraestrutura. Já no ano de 2010 todas as trincheiras foram unificadas formando um só maciço. Nesse período foi implantada a balança rodoviária para a pesagem dos resíduos. O serviço de coleta e disposição final dos resíduos gerados no município passou a ser executado por empresas terceirizadas, e em 2012 mais uma etapa de ampliação do aterro sanitário foi realizada, com a construção de uma trincheira de 20.000 m², conforme figura 96, também com recursos do tesouro municipal. Figura 96 Execução da nova trincheira. Fonte: Aterro Sanitário do município de Aparecida de Goiânia, 2013. Embora no município tenha acontecido todo esse avanço no processo de disposição final de resíduos, não se pode deixar de lado os 12 anos de disposição inadequada em Aparecida de Goiânia, entre os anos de 1990 a 2012. Com base em um levantamento por GPS, essa disposição gerou uma degradação em uma área de aproximadamente 160.000 m2 toda ocupada por resíduo, sendo este inerte e coberto em sua maior parte por vegetação de leucena, dentro da área pertencente ao aterro 132 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA sanitário. Entretanto, parte do antigo lixão já foi removida; a outra ainda está sendo retirada de forma gradual, para cima da área impermeabilizada do aterro. Atualmente não é possível dizer a quantidade de área ocupada pelo lixão, somente a partir de um levantamento topográfico é que se podem conhecer as reais dimensões. Sendo assim, a recuperação do antigo lixão está sendo realizada no próprio local em que ele se encontra depositado, ou seja, na própria área do aterro, sendo disposto juntamente com os demais resíduos servindo como cobertura primária. 5.28 Aterro Industrial É uma forma de disposição de resíduos no solo que, fundamentada em critérios de engenharia e normas operacionais específicas, garante um confinamento seguro em termos de poluição ambiental e de proteção à saúde pública quanto aos resíduos gerados pelas indústrias. Dependendo do tipo de resíduo, este necessita de um prétratamento antes que seja enterrado, podendo ser: estabilização, solidificação, encapsulamento ou neutralização. Atualmente não existe nenhum aterro industrial no município de Aparecida de Goiânia. 5.29 Área de Transbordo e Triagem de RCC (ATT) Atualmente o município possui áreas privadas para dar destinação ambientalmente adequada ao RCC gerado na região metropolitana, sendo 02 (duas) áreas licenciadas como Áreas de Transbordo e Triagem (ATT), e 02 (duas) como Usinas de Gerenciamento e Reciclagem de Resíduo da Construção e Demolição Civil. Estas áreas recebem o RCC de grandes geradores e de particulares, considerando que a prefeitura se responsabiliza apenas pela coleta dos pequenos geradores, destinando os resíduos ao aterro sanitário municipal. 6 LEGISLAÇÃO E NORMAS TECNICAS APLICÁVEIS O Brasil possui leis, decretos, resoluções e normas técnicas que regulamentam direta ou indiretamente a limpeza urbana. A Lei nº 12.305/2010, aprovada pelo Congresso Nacional e que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), dispõe sobre princípios, objetivos e instrumentos, bem como as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos. Dentre seus objetivos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos apresenta: 133 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA a) não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; b) adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; c) gestão integrada de resíduos sólidos; d) articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos; e) regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445/2007; f) integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; A PNRS traz, entre seus instrumentos, os planos de resíduos sólidos, a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis (Artigo 8°). É importante destacar a articulação da Política Nacional de Resíduos Sólidos com as outras políticas federais, como a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999), com a Política Federal de Saneamento (Lei n° 11.445/2007) e com a Lei de Consórcios Públicos (Lei nº 11.107/2005). Nos itens a seguir são apresentadas as principais normas técnicas e demais legislações referentes aos resíduos: 6.1 Legislação Federal a) Constituição Federal, Cap. VI – Meio Ambiente; 134 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA b) Constituição Federal, art. 24, XII – Determina que a União, os estados e o Distrito Federal têm competência concorrente para legislar sobre a defesa e a proteção da saúde; c) Constituição Federal, art. 30 – Competência privativa dos municípios para organizar e prestar os serviços públicos de interesse local; d) Portaria nº 53/79, do Ministério do Interior – Dispõe sobre a destinação final de resíduos sólidos provenientes de portos, aeroportos e resíduos contaminados; e) Lei nº 11.445/2007 – Lei Nacional de Saneamento Básico; f) Lei nº 10.257/2001 – Estatuto das Cidades; g) Lei nº 11.107/2005 – Lei dos Consórcios Públicos; h) Lei nº 12.305/2010 – Politica Nacional Resíduos Sólidos; i) Lei nº 11.124/2005 – Lei que Dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social e cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social; j) Lei nº 6. 938/1981 – Política Nacional do Meio Ambiente; k) Lei nº 8.080/1990 – Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes; l) Lei nº 8.078/1990 – Institui o Código de Defesa do Consumidor; m) Lei nº 9.433/1997 – Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; n) Decreto nº 5.440/2005 – Estabelece critérios e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas de abastecimento de água; o) Decreto nº 6.017/2007 – Regulamenta a Lei nº 11.107/2005; p) Decreto nº 7.404/2010 – que regulamenta a Lei n.º 12.305/210; q) Resolução Recomendada do Conselho das Cidades, nº 75/09; r) Portaria 518/2004 e Decreto 5.440/2005, que, respectivamente, define os procedimentos para o controle de qualidade da água de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano; s) Resoluções nº 25 e nº 34 de 2005 do Conselho das Cidades – Sobre participação e controle social na elaboração e acompanhamento do Estudo Diretor do Município; t) Resolução CONAMA 307/2002 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil; u) Resolução CONAMA 358/2005 – Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências; 135 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA v) Resolução CONAMA 357/2005 – Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Alterada pelas Resoluções nº 370, de 2006, nº 397, de 2008, nº 410, de 2009, e nº 430, de 2011. Complementada pela Resolução nº 393, de 2009; w) Resolução CONAMA 257/1999 – Dispõe sobre o descarte de pilhas e baterias esgotadas. Complementada pela resolução n° 263, de 1999. Revogada pela Resolução nº 401, de 2008; x) Resolução CONAMA 258/1999 – Determina que as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final ambientalmente adequada aos pneus inservíveis. Alterada pela Resolução nº 301, de 2002. Revogada pela Resolução nº 416, de 2009; y) Resolução CONAMA 362/2005 – Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado. Revoga a Resolução nº 09, de 1993. Alterada pela Resolução nº 450, de 2012; z) Resolução CONAMA 334/2003 – Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos; aa) Decreto nº 2.668 – Proíbe o depósito e lançamento de resíduos em vias, logradouros públicos e em áreas não edificadas, institui padrões de recipientes para acondicionamento de lixo, e dá outras providências; bb) Lei nº 6.938/81 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação; cc) Resolução CONAMA nº 1/86 – Define impacto ambiental; dd) Resolução CONAMA nº 5/93 – Dispõe sobre a destinação final de resíduos sólidos; ee) Resolução CONAMA nº 237/97 – Dispõe sobre o licenciamento ambiental; ff) Resolução CONAMA nº 257/99 – Dispõe sobre o destino das pilhas e baterias após seu esgotamento energético; gg) Resolução nº 264/99 – Dispõe sobre o licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para atividades de co-processamento de resíduos; hh) Resoluções CONAMA nº 258/99 e nº 301/02 – Dispõe sobre a coleta e disposição final dos pneumáticos inservíveis; ii) Resolução CONAMA nº 307/02 – Dispõe sobre a gestão dos resíduos da construção civil; 136 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA jj) Resolução CONAMA nº 313/02 – Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais; kk) Resolução CONAMA nº 316/02 – Dispõe sobre procedimentos e critérios para funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. Obs.: E demais resoluções de resíduos específicos que venham a ser estabelecidas a partir dos acordos setoriais, dos regulamentos expedidos pelo Poder Público, ou dos Termos de Compromisso em elaboração. 6.2 Normas Técnicas a) Norma da ABNT – NBR 1.183 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos; b) Norma da ABNT – NBR 7.500 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais; c) NBR 8.849 – Apresentações de projetos de aterros controlados de resíduos sólidos urbanos; d) Norma da ABNT – NBR 9.190 – Classificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo; e) Norma da ABNT – NBR 9.191 – Especificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo; f) Norma da ABNT – NBR 10.004 – Resíduos Sólidos – Classificação; g) Norma da ABNT – NBR 10.005 – Lixiviação de Resíduos – Procedimento; h) Norma da ABNT – NBR 10.006 – Solubilização de Resíduos – Procedimento; i) Norma da ABNT – NBR 10.007 – Amostragem de Resíduos – Procedimento; j) Norma da ABNT – NBR 10.703 – Degradação do Solo - Terminologia; k) Norma da ABNT – NBR 11.174 – Armazenamento de resíduos classe II – não inertes e III - inertes; l) Norma da ABNT – NBR 12.235 – Procedimentos para o Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos; m) Norma da ABNT – NBR 13.221 – Transporte de resíduos; n) Norma da ABNT 8418 - Apresentação de Projetos de Aterros de Resíduos Industriais Perigosos; o) Norma ABNT 8419 - Apresentação de Projetos de Aterros Sanitários de Resíduos Sólidos Urbanos; p) Norma ABNT 10.157 - Aterros de Resíduos Perigosos – Critérios para Projeto, Construção e Operação; 137 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA q) Norma ABNT 13.896 - Aterros de Resíduos Não Perigosos - Critérios para Projeto, Implantação e Operação. Obs.: Resoluções e outras definições dos conselhos de saúde, de meio ambiente, de recursos hídricos e de outros membros do SISNAMA que impactam os serviços de Gestão dos Resíduos Sólidos. 6.3 Legislação Estadual a) Lei nº 14.248/2002 – Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos e dá outras providências; b) Resolução CEMAM Nº 52014 – Dispõe sobre os procedimentos de Licenciamento Ambiental dos projetos de disposição final dos resíduos sólidos urbanos, na modalidade Aterro Sanitários, nos municípios do Estado de Goiás; c) Lei nº 11.414/91 – Dispõe sobre o Plano Estadual de Recursos Hídricos e Minerais e dá outras Providências; d) Lei nº 12.596/95 – Institui a Política Florestal do Estado de Goiás e dá outras providências; e) Lei nº 13.123/97 – Estabelece normas de orientação à política estadual de recursos hídricos, bem como ao sistema integrado de gerenciamento de recursos hídricos e dá outras providências; f) Lei nº 13.583/00 – Dispõe sobre a conservação e proteção ambiental dos depósitos de água subterrânea no Estado de Goiás e dá outras providências; g) Lei nº 13.800/01 – Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado de Goiás; h) Lei nº 13.823/01 – Dispõe sobre a publicação da relação dos estabelecimentos multados por poluição e degradação ambiental; i) Lei nº 14.075/01 – Dá nova denominação a área de proteção ambiental que especifica; j) Lei nº 14.233/02 – Dispõe sobre o processo administrativo para apuração de infrações ambientais e dá outras providências; k) Lei nº 14.247/02 – Institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação no Estado de Goiás e dá outras providências; l) Lei nº 14.384/02 – Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Naturais, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, a Taxa de Fiscalização Ambiental e dá outras providências; 138 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA m) Lei nº 14.386/03 – Cria a Área de Proteção Ambiental que especifica e dá outras providências; n) Lei n° 14.408/03 – Dispõe sobre o ordenamento do uso do solo nas faixas de domínio e lindeiras das rodovias estaduais e rodovias federais delegadas ao Estado de Goiás; o) Lei nº 16.316/08 – Institui a Política Estadual de Combate e Prevenção à Desertificação; p) Lei nº 17.545/12 – Dispõe sobre a regularização de ocupação de imóveis urbanos de domínio do Estado de Goiás e dá outras providências; q) Lei nº 17.661/12 – Ratifica o Protocolo de Intenções firmado pelo Estado de Goiás, Distrito Federal e por Municípios da Região Integrada do Distrito Federal e Entorno –RIDE–, objetivando instituir o Consórcio Público de Manejo dos Resíduos Sólidos e das Águas Pluviais da Região Integrada do Distrito Federal e Goiás, bem como celebrar o contrato respectivo. 6.4 Legislação Municipal a) Lei Municipal nº 792/1988 – Cria novo Código de Posturas do Município de Aparecida de Goiânia e das outras providências; b) Lei Complementar nº 004/2002 – Dispõe sobre o Planejamento Municipal Sustentável, sobre o Plano Diretor do Município de Aparecida de Goiânia, e dá outras providências; c) Lei Complementar nº 005/2002 – Dispõe sobre o zoneamento, uso e ocupação do solo, na área urbana e rural do Município de Aparecida de Goiânia e estabelece outras providências urbanísticas; d) Lei Municipal n° 2.622/2006 – Dispõe sobre a coleta seletiva de lixo nos órgãos públicos municipais; e) Lei Municipal n° 2.817/2009 – Institui o serviço de colocação, permanência e coleta de caçambas para a coleta de resíduos inorgânicos nas vias e logradouros públicos do município de Aparecida de Goiânia – Goiás e dá outras providências; f) Lei Complementar nº 046/2011 – Código Tributário do Município de Aparecida de Goiânia – Estado de Goiás; g) Lei Municipal n° 3.092/2013 – Autoriza a cessão de uso do Galpão de Triagem de Resíduos Sólidos de Aparecida de Goiânia; h) Portaria “D” n° 16/2013 – Institui o Programa Municipal de Coleta Seletiva no município de Aparecida de Goiânia e dá outras providências; 139 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA i) Instrução Normativa n° 001/2013 – Estabelece diretrizes e procedimentos para o requerimento do licenciamento ambiental das atividades de impacto ambiental neste Município, a serem licenciados pela SEMMA; j) Lei Complementar n° 080/2014 – Dispõe sobre a coleta, transporto e destinação final de resíduos sólidos em geral e institui a obrigatoriedade da separação e destinação final de resíduos sólidos no município de Aparecida de Goiânia e altera o artigo 122 da Lei Municipal n° 792, de 7 de dezembro de 1988, código de Posturas do Município de Aparecida de Goiânia e dá outras providências; k) Lei Complementar n° 94/2014 – Institui a criação do Programa Aparecida Cooperando e Reciclando com Dignidade e estabelecem as condições para o serviço público de coleta seletiva dos resíduos sólidos em residências, empresas e industrias no município de Aparecida de Goiânia e dá outras providências. 7 ESTRUTURA OPERACIONAL, GERENCIAL E FISCALIZATÓRIA 7.1 Indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos Atualmente o município de Aparecida de Goiânia não possui nenhum mecanismo que possa avaliar o desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos. Por isso que o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, tem como objetivo inserir um conjunto de indicadores, procedimentos e mecanismos que permitam avaliar os resultados das ações implementadas, com vistas a aferir a eficiência, a eficácia e a efetividade, assim como a qualidade dos serviços na ótica do usuário. Onde a: Eficiência: O Plano foi implementado segundo princípios de justiça social, de moralidade e de probidade administrativa? Durante a execução do Plano ocorreu uma aplicação criteriosa dos recursos financeiros e humanos? 140 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA O processo de implementação do Plano atendeu a um cronograma físico de execução factível? Eficácia: Os objetivos e metas propostos pelo Plano foram atingidos? Efetividade: Em que medida ocorreu a efetiva mudança nas condições de saneamento das populações beneficiadas pelo Plano? Em que medida essas mudanças têm relação com o Plano? Em que medida os resultados do Plano se afastaram ou se aproximaram dos princípios de uma política pública de saneamento que promova a justiça social e ambiental? O conjunto de indicadores deve contemplar no mínimo os itens descritos abaixo: Uma avaliação quantitativa, mais relacionada ao desempenho da prestação dos serviços; Uma avaliação qualitativa, via processos participativos, com a elaboração de questionários envolvendo a participação dos munícipes, ONGs e cooperativas de catadores, além disso, envolver os agentes diretamente ligados a gestão integrada e regional dos resíduos sólidos; Uma avaliação do ciclo da gestão que envolve, além da prestação dos serviços, o exercício das atividades de planejamento, de regulação, de fiscalização e do controle social; Uma avaliação do arranjo institucional proposto, no que tange à clara definição das competências para cada nível (local e regional) e aos mecanismos adotados para promover a articulação entre os Municípios da Região Metropolitana. A seleção dos indicadores a serem utilizados na avaliação do PMGIRS deve considerar aqueles já existentes em sistemas de informação, como por exemplo, do SNIS, que é utilizado nos diagnósticos municipais, além de outros sistemas de informação como o do IBGE (Pnad, e PNSB, em especial) e outros setoriais como o Datasus, da saúde. Com base nesses sistemas de informação, principalmente o SNIS de Resíduos Sólidos, o modelo de avaliação deverá definir os indicadores e os 141 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA procedimentos para o monitoramento e a avaliação dos objetivos e metas do PMGIRS, assim como os resultados das suas ações implementadas. Os indicadores utilizados referem-se a: Produtividade dos serviços de manejo de resíduos sólidos e de limpeza urbana; Nível de geração e capacidade de recuperação por tipo de resíduo: Resíduos de Serviços de Saúde (RSS); Resíduos da Construção Civil (RCC) e materiais recicláveis provenientes de coleta seletiva; Desempenho financeiro dos gestores (receita, despesa, remuneração dos serviços); Redução da geração de resíduos; Maximização do reaproveitamento e da reciclagem de materiais recicláveis; Redução do volume de resíduos aterrado; Universalização do acesso aos serviços. Desta forma, cabe ao município implementar e operacionalizar o sistema com os indicadores citados acima, expedindo normas e orientações pertinentes, cabendo ao órgão responsável pela gestão e operação da gestão de resíduos sólidos apresentar se os indicadores foram atingidos ou não. 7.2 Programas e ações de educação ambientais periódicas que promovam a não geração, redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos A Política Nacional de Resíduos Sólidos aponta entre seus objetivos a não geração, a redução, a reutilização e o tratamento de resíduos sólidos; a destinação final ambientalmente adequada dos rejeitos; a diminuição do uso dos recursos naturais como água e energia no processo de produção de novos produtos; o aumento da reciclagem no país; a promoção da inclusão social e a geração de emprego e renda para catadores de materiais recicláveis; a logística reversa como conjunto de ações para facilitar o retorno dos resíduos aos seus geradores para tratamento ou reaproveitamento na forma de novos produtos. Diante disso, a Educação Ambiental é reconhecida como um de seus principais instrumentos para que os objetivos propostos possam ser alcançados. Ações de Educação Ambiental implantadas no Município 142 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA O município não possui um programa efetivo de Educação Ambiental voltado para um processo de conscientização na área de manejo e gestão de resíduos sólidos. Algumas ações são realizadas de forma paliativa em parceria com outras secretarias, principalmente com a Secretaria de Comunicação, que disponibiliza carros de sons para divulgação do serviço público de coleta seletiva desde setembro de 2012. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano, por meio da Diretoria de Resíduos Sólidos, vem buscando promover sempre mobilizações onde são transmitidas à população informações sobre o serviço público, nos bairros onde este será implantado ou onde há alguma queda na qualidade do material segregado na fonte geradora (residências). Com isso, sempre foram obtidos resultados positivos diante da sensibilização e participação dos munícipes sobre a importância de realizar a coleta seletiva. Além do mais, são distribuídos antecipadamente nos bairros, panfletos informativos e ilustrativos quanto à forma de separação e manuseio correto dos resíduos gerados nos domicílios, apresentando orientações como a maneira de se separar os materiais (em resíduos secos e úmidos), o dia da coleta no bairro, além de toda a sistematização do programa (coleta, transporte, destinação, etc.). Em 2014, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano por meio de sua Diretoria de Resíduos, realizou em escolas municipais de Aparecida 03 (três) Debates acerca do serviço de coleta seletiva, sendo abertos aos alunos e seus pais, e à comunidade. Os debates aconteceram com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, e contaram com palestras sobre o que são resíduos sólidos, quais as consequências do consumismo, destinação final dos resíduos e reciclagem, e entre outros, tendo como enfoque principal o programa de coleta seletiva do município. Para a escolha das escolas dividiu-se Aparecida de Goiânia em três regiões, sendo que uma das escolas selecionadas corresponde à região em que a coleta seletiva noturna havia sido implantada recentemente, para que assim pudesse ser avaliada a eficiência do serviço. O 1° Debate aconteceu na Escola Municipal Guiomar Rosa de Oliveira, no dia 23 de abril de 2014, iniciando com a fala de autoridades locais a respeito dos temas propostos e, em seguida, ocorrendo a palestra com uma das técnicas da Diretoria de Resíduos Sólidos, havendo posteriormente um momento para que os ouvintes fizessem perguntas e dassem sugestões. Após o término do Debate as técnicas da Diretoria passaram em algumas salas para sanar as dúvidas remanescentes e dar mais informações, encerrando os trabalhos do dia (figura 97 a 99). Os demais debates seguiram a mesma estrurura. 143 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 97 Debate e palestra sobre Coleta Seletiva. Fonte: Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Figura 98 Mural usado para educação ambiental na escola. Fonte: Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Figura 99 Equipe da Diretoria de Resíduos Sólidos respondendo aos questionamentos alunos após o debate. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. O 2° Debate foi realizado na quadra de esportes da Escola Municipal Vilmar Gonçalves da Silva, no dia 07 de maio de 2014, e deu continuidade aos debates sobre o serviço de coleta seletiva do município, enfatizando o consumo consciente, a política dos 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), a separação adequada e destinação final dos resíduos (figuras 100 a 103). 144 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 100 Abertura do 2º Debate. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 101 Palestra do 2º Debate. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 102 Alunos com faixa que eles fizeram para o Debate. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 103 Entrega de material educativo durante a palestra. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Já o 3° Debate ocorreu no dia 22 de maio, na quadra de esportes da Escola Municipal Neivio Rocha Barbosa, Setor Andrade dos Reis (figura 104). Figura 104 3º Debate. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 145 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Ressalta-se, que com a implantação do PMGIRS busca-se estabelecer frequências de ações voltadas para este processo. 7.3 Sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos O conceito de custo é utilizado para identificar todo e qualquer gasto relativo à disponibilização de bens ou serviços utilizados na elaboração e ou oferta de outros bens e serviços. No âmbito das finanças públicas brasileira, uma das primeiras determinações legislativas no sentido de tornar obrigatório o cálculo dos custos envolvidos nos serviços disponibilizados, pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal, aos cidadãos é a expressa no artigo 85 de Lei 4.320/64. A Lei Nº 11.445/2007, que institui as diretrizes da prestação dos serviços públicos de saneamento básico e a Política Federal de Saneamento Básico, determina em seu Capítulo VI, artigo 29, que haverá “para limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades”. Mesmo com esse amparo legal o município de Aparecida de Goiânia não possui um sistema de cálculo específico que contenha todos os itens necessários para realizar uma gestão adequada dos resíduos, de forma que, com base no último processo de licitação realizado pela prefeitura para contratação de uma empresa privada para realizar a coleta, transporte e destinação final de resíduos domiciliar, resíduos de serviço de saúde e a operação do aterro sanitário, pode-se observar que faltaram vários itens que garantem uma gestão adequada conforme exigido por lei. A ausência destes itens barateou o custo da realização do serviço prestado, o que acarreta vários problemas operacionais, tanto para a prefeitura que fica passível de ser contestada por ter um contrato vago demais numa área extremamente técnica e com sérias exigências legais, quanto para a empresa que não realiza o serviço conforme deveria por não ter sido previsto no contrato a sua execução. O demonstrativo das Receitas Correntes relacionadas à gestão de resíduos sólidos do município de Aparecida de Goiânia, no período de Janeiro de 2009 à Junho de 2014, está expresso no gráfico 19. 146 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Gráfico 19 Despesas Correntes relacionadas à gestão e manejo de resíduos sólidos de Aparecida de Goiânia, entre os anos de 2009 ao junho de 2014. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Percebe-se que a gestão e o manejo de resíduos geram um significativo impacto financeiro nas contas públicas. Com isso, fica evidente a necessidade de cumprir com as metas estabelecidas no PMGIRS, entre elas a implantação da responsabilidade compartilhada visando reduzir a geração de resíduos sólidos e de pautar a sustentabilidade técnica, econômica e financeira para os serviços públicos de limpeza urbana. Além disso, se faz necessária a criação de uma taxa de cobrança para a execução dos serviços ligados a limpeza urbana no município, uma vez que a gestão dos resíduos sólidos deve ser auto-sustentável, algo já estabelecido em duas Leis Federais. Isso ocasionará um equilíbrio econômico e financeiro durante a prestação do serviço, assim como a desoneração do poder público nas execuções das atividades de manejo dos RSUs e, responsabilizar o setor empresarial, comercial e a população em geral, envolvendo-os em soluções sustentáveis do ponto de vista social, técnico, econômico e financeiro. 8 CARÊNCIAS E DEFICIÊNCIAS 8.1 Quantificação do não atingimento da universalidade na prestação do serviço público Para a universalização dos serviços ligados ao manejo e gestão de resíduos sólidos no municípiode Aparecida de Goiânia, é necessário que se tenha infraestrutura que 147 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA permita a execução dos mesmos. De acordo com dados apresentados pela Diretoria de Limpeza Urbana e Diretoria de Resíduos Sólidos, apenas o serviço de varrição não atinge todos os bairros, já que está condicionado à presença ou não de pavimentação asfáltica nos mesmos, enquanto os demais serviços abrangem o município como um todo, embora não ocorram na frequência que deveriam ocorrer, devido a vários fatores ligados à custos, mão de obra e equipamentos disponíveis. Com isso o quadro 16 demonstra qual é a atual situação do município em relação a universalização do serviço público ligado ao manejo e gestão de resíduos sólidos. Quadro 16 Percetual de universalidade de prestação de serviços de manejo de resíduos sólidos. Serviços Públicos Prestados na Área de Manejo de Resíduos Sólidos Coleta Domiciliar Percentual de Atingimento da Universalidade na Prestação dos Serviços 100% Poda Jardinagem Capina Manual Capina Química Coleta dos Resíduos de Limpeza Pública Urbana 100% (abrange todo o município, desde que verificada a necessidade de realização do serviço) Roçada Mecânica Varrição Resíduos da Construção Civil Coleta dos Resíduos de Serviços de Saúde 66,30% 100% (abrange todo o município, desde que verificada a necessidade de realização do serviço) 100% Fonte: Secretaria de Desenvolvimeno Urbano - 2014. 8.2 Locais de disposições irregulares de resíduos sólidos diversos. O município de Aparecida de Goiânia tem como característica ser muito fragmentado, apresentando várias áreas de preservação permanente ou áreas públicas, além de possuir mais de 100.000 lotes baldios que não tem nenhum tipo de manutenção ou cuidado dos seus proprietários. Assim, a população que reside próximo a esses locais 148 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA acaba sempre dispondo resíduos de forma clandestina, gerando pequenos lixões no espaço urbano, conforme as fotos 105 a 108. Figura 105 Locais de disposição Inadequada de Resíduos. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 106 Locais de disposição Inadequada de Resíduos. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 107 Locais de disposição Inadequada de Resíduos. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 108 Locais de disposição Inadequada de Resíduos. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. A prefeitura, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, realiza semanalmente mutirões de limpeza urbana em vários lotes baldios e áreas de preservação permanente ou área pública, com o objetivo de diminuir os impactos ambientais e sociais ocasionados pela disposição clandestina e inadequada de resíduos. 149 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 8.3 Identificação da inexistência de controle da ação de agentes privados: geradores de RSS, transportadores e receptores de RCC, sucateiros/ ferro velho Atualmente o município não dispõe de um mecanismo de controle para saber se os resíduos que não estão sob sua responsabilidade de destinação final estão sendo destinados de forma correta, ou seguindo as orientações estabelecidas no PGRSS (Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde) ou PGRCC (Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil), visto que tanto o RSS quanto o RCC são responsabilidades dos geradores. A ausência de uma fiscalização contínua, por parte dos órgãos competentes ocasiona a disposição dos RCCs em locais inadequados e a disposição de RSSs juntamente com resíduo domiciliar. Embora seja de conhecimento a gravidade e o risco ambiental ocasionado pela falta de gerenciamento de ambos, não se tem ainda nenhum sistema de controle que possa garantir que o gerenciamento e a destinação final estejam sendo realizados de forma correta. 8.4 Identificação das dificuldades gerenciais com destaque para as questões relacionadas a recursos e fragilidades de sustentação econômica para realização do manejo dos resíduos sólidos e serviço de limpeza urbana, assim como as dificuldades operacionais de execução dos serviços dentre outras Sabe-se que o acondicionamento dos resíduos (lixo), o sistema de coleta e transporte de resíduos domiciliar e resíduos de feiras, a coleta e transporte dos resíduos de serviço de saúde, serviços de varrição, capina, roçagem, limpeza de áreas públicas e lotes baldios, devem ser realizados com qualidade e produtividade, à mínimo de custo. As dificuldades enfrentadas atualmente na prestação destes serviços quando refere-se a questões de fragilidade e recursos econômicos estão ligados diretamente à falta de planejamento para a sua execução, acarretando no alto custo da prestação dos mesmos, em que apenas o poder público arca com o custo de praticamente todos os resíduos gerados no município. Em relação à questão operacional o grande problema enfrentado em Aparecida de Goiânia é a cultura da população e a carência de mão de obra, uma vez que uma cidade considerada limpa não é aquela que possue mais serviços de limpeza pública, e sim a que se matém limpa pela conscientização da população e programas de 150 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA educação ambiental. A falta de conscientização da população influencia muito no processo de gestão de resíduos, principalmente quando se trata de serviços como coleta domiciliar de resíduos, varrição e limpeza de áreas públicas ou lotes, em que a população faz questão de dispor resíduo (lixo) fora do horário da coleta ou de forma inadequada. Este tipo de conduta gera um alto custo e a cidade por mais que possua tais serviços não consegue solucionar os problemas, devido à falta de participação da população. Outro problema já mencionado é a carência de mão de obra na área, que em muitos casos impede a realização dos serviços no município. 8.5 Identificação das empresas que possuem políticas socioambientais estruturadas e com ações na municipalidade Sabe-se que a gestão de resíduos sólidos em empresas é algo recente e que em muitos casos são impulsionadas pela necessidade de obter licenciamento ambiental, acarretando na descontinuidade da gestão após o processo de licenciamento. O município possui o serviço público de coleta seletiva em que algumas empresas participam doando materias passíveis de serem reciclados. Ao todo o município possue 404 empresas instaladas nos polos empresariais, conforme base de dados da Secretaria de Indústria e Comércio, porém, apenas 29 participam dessa ação; isso corresponde a 7,18%, índice muito baixo pela quantidade de empresas existentes. 8.6 Identificação da existência de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis estruturados ou formalizados, determinando elos da comercialização dos recicláveis no município Atualmente existem 02 (duas) cooperativas registradas de materiais recicláveis no município de Aparecida de Goiânia: COOCAP (Cooperativa de Catadores de Lixo de Aparecida de Goiânia) e COORFAP (Cooperativa de Trabalho de Recicláveis Feminina de Aparecida de Goiânia). Tais cooperativas recebem o material reciclável coletado pelo serviço público de coleta seletiva, conforme estabelecido no Art. 7º da Lei n° 12.305/10. XII - integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; A COOCAP foi a primeira cooperativa formalizada no município, localizada na Rua W65 c/ Av. Desembargador Jorge Salomão e Rua W-66, quadra 159, lotes: 1-6 e 23-28, 151 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Setor Vale do Sol, estando no mesmo perímetro do Aterro Sanitário Municipal. Em documentos, a cooperativa existe há 10 anos, porém, sua organização e estruturação efetivaram-se com a entrega do Galpão de Triagem de Resíduos Sólidos que aconteceu no dia 09 de dezembro de 2012, e com a ampliação do serviço público de coleta seletiva de Aparecida de Goiânia. Embora o Galpão tenha sido entregue à cooperativa em dezembro de 2012, a realização da segregação de material no local iniciou efetivamente na primeira quinzena de janeiro de 2013 (figuras 109 e 110). É importante ressaltar que inicialmente todos os membros da cooperativa eram ex-catadores do antigo lixão do município, sendo que hoje alguns deles não trabalham mais na cooperativa. Figura 109 Começo dos trabalhos na COOCAP Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 110 Começo dos trabalhos na COOCAP Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Já a COORFAP, localizada no Bairro Internacional Park, em um galpão alugado (figuras 111 e 112), está em processo de transição de documentos para se legalizar como cooperativa, o que facilita a formação de parcerias como a da Incubadora Social da Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Prefeitura Municipal de Aparecida de Goiânia, por meio do Projeto Catadores Solidários – CATA SOL. Recentemente esta cooperativa ganhou uma área da prefeitura para a construção de um galpão. 152 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 111 Estrutura e trabalhadores da COORFAP. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. Figura 112 Estrutura e trabalhadores da COORFAP. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. 9. DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS A responsabilidade pela limpeza de uma cidade não é apenas do poder público municipal, mas de todos os munícipes, pois todos são responsáveis pelos resíduos sólidos gerados, nas residências, comércios, shoppings, indústrias, entre outros, posto que todos são geradores em potencial, sendo que cada um tem uma responsabilidade específica em determinada etapa dos serviços. Na perspectiva de realizar o manejo adequado dos resíduos sólidos no município serão indicadas as responsabilidades do gerador para cada tipo de resíduo. 9.1 Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o Art. 20 da Lei n° 12.305/2010. Conforme estabelece o Art. 20 da Lei n° 12.305/2010, que dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos: I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas “e”, “f”, “g” e “k” do inciso I do art. 13; II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: a) gerem resíduos perigosos; b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal; 153 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA III - as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama; IV - os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na alínea “j” do inciso I do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de transporte; V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa. Parágrafo único. Observado o disposto no Capítulo IV deste Título, serão estabelecidas por regulamento exigências específicas relativas ao plano de gerenciamento de resíduos perigosos. Os resíduos mencionados no Inc. I do Art. 20 correspondem a: e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c” [resíduos sólidos urbanos]; f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; g) resíduos de serviços de saúde [RSS]: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; (Art. 13, Inc. I, da Lei n° 12.305/2010). De acordo com a NBR 13.221/2002, que especifica os Requisitos para o Transporte Terrestre de Resíduos, de modo a evitar danos ao meio ambiente e a proteger a saúde pública; são considerados Requisitos Gerais para o mesmo: 1. O transporte deve ser feito por meio de equipamento adequado, obedecendo às regulamentações pertinentes. 154 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 2. O estado de conservação do equipamento de transporte deve ser tal que, durante o transporte, não permita vazamento ou derramamento do resíduo. 3. O resíduo, durante o transporte, deve estar protegido de intempéries, assim como deve estar devidamente acondicionado para evitar o seu espalhamento na via pública ou via férrea. 4. Os resíduos não podem ser transportados juntamente com alimentos, medicamentos ou produtos destinados ao uso e/ou consumo humano ou animal, ou com embalagens destinadas a estes fins. 5. O transporte de resíduos deve atender à legislação ambiental específica (federal, estadual ou municipal), quando existente, bem como deve ser acompanhado de documento de controle ambiental previsto pelo órgão competente, devendo informar o tipo de acondicionamento, conforme o anexo A. Caso seja usado o código E08-Outras Formas, deve ser especificada a forma utilizada de acondicionamento. As embalagens de resíduos devem atender ao disposto na NBR 7500. O quadro 17 apresenta os tipos de acondicionamento de resíduos ao serem transportados, devendo ser descritos no documento de controle ambiental (Documento emitido por órgão ambiental, que permite conhecer e controlar a forma de destinação dada pelo gerador, transportador e receptor dos resíduos), conforme a NBR 13221:2002. Quadro 17 Anexo A (normativo). Tipos de acondicionamento. Tipo de acondicionamento Código Tambor de 200 L E 01 A granel E 02 Caçamba (contêiner) E 03 Tanque E 04 Tambores de outros tamanhos e bombons E 05 Fardos E 06 Sacos plásticos E 07 Outras formas E 08 Fonte: NBR 13221:2002 – ABNT. 155 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Esta norma técnica também disciplina o Transporte para os Resíduos Perigosos, sendo estabelecido que: 1. Todo o transporte por meio terrestre de resíduos perigosos deve obedecer ao Decreto nº 96.044/1988 [Aprova o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências], à Portaria nº 204/1997 do Ministério dos Transportes e às NBR 7500:2003 [Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos], NBR 7501:2003 [Transporte terrestre de produtos perigosos – Terminologia], NBR 7503:2003 [Ficha de emergência e envelope para o transporte terrestre de produtos perigosos Características, dimensões e preenchimento] e NBR 9735:2003 [Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos perigosos]. A classificação do resíduo deve atender à Portaria nº 204 do Ministério dos Transportes, de acordo com as exigências prescritas para a classe ou subclasse apropriada, considerando os respectivos riscos e critérios, devendo enquadrá-los nas designações genéricas. Porém, se o resíduo não se enquadrar em nenhum dos critérios estabelecidos, mas apresentar algum tipo de risco abrangido pela Convenção da Basiléia, deve ser transportado como pertencente à classe 9. 2. Os resíduos perigosos devem ser transportados obedecendo aos critérios de compatibilidade, conforme a NBR 14619:2003 [Transporte terrestre de produtos perigosos - Incompatibilidade química]. 3. Quando não houver legislação ambiental específica para o transporte de resíduos perigosos, o gerador do resíduo deve emitir documento de controle de resíduo com as seguintes informações: a) sobre o resíduo: - nome apropriado para embarque, conforme Portaria nº 204 do Ministério dos Transportes; - estado físico (sólido, pó, líquido, gasoso, lodo ou pastoso); - classificação conforme Portaria nº 204 do Ministério dos Transportes; - quantidade; - tipo de acondicionamento (anexo A); 156 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA - nº da ONU; - nº de risco; - grupo de embalagem; b) sobre o gerador, receptor e transportador do resíduo: - atividade; - razão social; - endereço; - telefone; - fax; - e-mail; c) nome(s) da(s) pessoas(s), com respectivo(s) número(s) de telefone(s), a ser(em) contatada(s) em caso de emergência. 4. Deve ser anexada ao documento uma ficha de emergência, que deve acompanhar o resíduo até a sua disposição final, reciclagem, reprocessamento, eliminação por incineração, coprocessamento ou outro método de disposição. 5. Os resíduos perigosos e suas embalagens devem obedecer ao disposto na Portaria nº 204 do Ministério dos Transportes. As embalagens devem estar identificadas com rótulos de segurança e rótulos de risco conforme previsto na NBR 7500. 6. No caso do transporte de big bags contendo diversos produtos ou embalagens contaminadas, deve-se proceder conforme a diretriz da ONU, ou seja, marcar a embalagem externa (big bag), por exemplo, com as marcações de cada um dos produtos perigosos ou embalagens contaminadas contidas nela, devendo ser garantida a sua estanqueidade. Segundo a NBR 7500:2003, que traz a identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos, as unidades de transporte que estiverem transportando produto perigoso fracionado e a granel no mesmo veículo, quando este estiver trafegando vazio sem haver sido descontaminado, devem permanecer com os rótulos de risco e painéis de segurança referentes ao produto que foi transportado no equipamento a granel e das embalagens que estejam contaminadas, assim como continuar portando a ficha de emergência dentro do envelope para o transporte estando sujeitas às mesmas prescrições que os veículos 157 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA carregados. Já no caso de descarregamento de embalagens, deve ser retirada a identificação referente às mesmas, bem como a eliminação de suas fichas de emergência, mantendo a identificação e documentos do equipamento a granel ainda contaminado. Além disso, no caso de veículos compartimentados, deve ser identificada cada parte da unidade como independente. Nos casos em que o transporte de produtos perigosos exija uma sinalização, a unidade de transporte deve possuir: uma sinalização geral, indicativa do transporte de produtos perigosos, através de painéis de segurança; uma sinalização indicativa da classe ou da subclasse de risco do produto transportado, através de rótulos de risco; e uma sinalização de risco subsidiário para o transporte de produtos perigosos conforme indicado no anexo A da Norma (figura 113). Nos casos em que for indicada a aposição de rótulos de risco subsidiários, estes não devem levar indicação do número da classe ou da subclasse no seu vértice inferior. 158 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Classe 1 – Explosivos Símbolo – cor preta Fundo – cor alaranjada Figura A.1 - Subclasses 1.1, 1.2 e 1.3 Símbolo – cor preta Fundo – cor alaranjada Figura A.3 - Subclasse 1. Símbolo – cor preta Fundo – cor alaranjada Figura A.2 - Subclasse 1.4 com grupo de compatibilidade Símbolo – cor preta Fundo – cor alaranjada 5 Figura A.4 - Subclasse 1.6 Classe 2 – Gases Símbolo – cor preta Fundo – cor alaranjada Figura A.5 - Subclasse 1. Símbolo – cor preta Fundo – cor alaranjada 5 Figura A.6 - Subclasse 1.6 159 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Símbolo – cor preta Fundo – cor branca Figura A.7 - Subclasse 2.3 Classe 3 – Líquidos inflamáveis Símbolo – cor preta ou branca Fundo – cor vermelha Figura A.8 – Classe 3 Classe 4 - Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas a combustão espontânea; substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis Símbolo – cor preta Fundo – cor branca com raias vermelhas Figura A.9 - Subclasse 4.1 Símbolo – cor preta Fundo – metade superior branca e metade inferior vermelha Figura A.10 - Subclasse 4.2 160 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Símbolo – cor preta ou branca Fundo – cor azul Figura A.11 - Subclasse 4.3 Classe 5 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos Símbolo – cor preta Fundo – cor amarela Figura A.12 - Subclasse 5.1 Símbolo – cor preta Fundo – cor amarela Figura A.13 - Subclasse 5.2 Classe 6 – Substâncias tóxicas (venenosas) e substâncias infectantes Grupos de embalagem I e II Símbolo – cor preta Fundo – cor branca Figura A.14 - Subclasse 6.1 Grupo de embalagem III Símbolo – cor preta Fundo – cor branca Figura A.15 - Subclasse 6.12) 161 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Símbolo – cor preta Fundo – cor branca Figura A.16 - Subclasse 6.2 2) Este rótulo deve ser substituído pelo rótulo constante da figura A.14, o qual deve abranger os grupos de emabalagem I, II e III, quando for publicada a revisão da Portaria nº 204:1997 do Ministério dos Transportes. Classe 7 – Materiais radioativos Símbolo – cor preta Fundo – cor branca Algarismo romano – rosa intenso Símbolo – cor preta Fundo – metade superior amarela e metade inferior branca Algarismo romano – rosa intenso Figura A.17 - Classe 7 (para embalagem) Figura A.18 - Classe 7 (para embalagem) Símbolo – cor preta Fundo – metade superior amarela e metade inferior branca Algarismo romano – rosa intenso Figura A.19 - Classe 7 (para embalagem) Símbolo – cor preta Fundo – metade superior amarela metade inferior branca Figura A.20 - Classe 7 (para transporte) 162 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Fundo – cor branca Figura A.21 - Classe 7 - Material físsil3) 3) Este rótulo deve ser exigido quando da publicação da revisão da Portaria nº 204:1997 do Ministério dos Transportes. Classe 8 – Corrosivo Símbolo – cor preta Fundo – metade superior branca e metade inferior preta Figura A.22 - Classe 8 Classe 9 – Substâncias perigosas diversas Fundo – metade superior branca com raias pretas e metade inferior branca Figura A.23 - Classe 9 A.2 Rótulos de risco subsidiário 163 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura A.24 - Explosivo Figura A.25 - Gás inflamável Figura A.27 - Sólido inflamável Figura A.29 - Perigoso quando molhado Figura A.31 - Tóxico Figura A.26 - Líquido inflamável Figura A.28 - Combustão espontânea Figura A.30 – Oxidante Figura A.32 - Corrosivo Figura 113 A.1 a A.32 Rótulos de risco principal. Fonte: NBR 7500:2003 – ABNT. 164 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Além de disciplinar os requisitos para os vários tipos de transporte (a granel, de carga fracionada, de carga mista, de carga a granel ou fracionada), descritos abaixo, a NBR 7500:2003 também disciplina mais detalhadamente os Rótulos de Risco e Painéis de Segurança para estes transportes. Transporte a granel: As unidades de transporte a granel, quando trafegarem vazias sem terem sido descontaminadas, estão sujeitas às mesmas prescrições que a unidade de transporte carregada. Elas devem, portanto, estar identificadas com os rótulos de risco e os painéis de segurança, assim como continuar portando a ficha de emergência dentro do envelope para o transporte. Transporte de carga fracionada: As unidades de acondicionamento de transporte de carga fracionada, quando trafegando vazias, não devem permanecer com os rótulos de risco, nem os painéis de segurança, bem como não devem continuar portando a ficha de emergência e o envelope para o transporte. Durante o transporte de carga fracionada, as unidades de acondicionamento, quando carregadas, devem portar a(s) ficha(s) de emergência dentro do envelope para o transporte e atender ao prescrito nesta Norma. Transporte de carga mista (fracionada e granel): As unidades de transporte de carga mista, quando trafegando vazias sem terem sido descontaminadas, devem permanecer com os rótulos de risco e painéis de segurança, assim como continuar portando a ficha de emergência dentro do envelope para o transporte, ou seja, estão sujeitas às mesmas prescrições que os veículos carregados. Transporte de carga a granel ou fracionada: Em caso de combinação de veículos de carga (tais como, treminhão, rodo trem, bi trem e Romeu e Julieta), deve ser seguido o estipulado nos quadros 18 e 19 expressos na Norma, e na figura L.10 do anexo L da mesma. Quadro 18 Rótulos de risco e painéis de segurança - Em reboque ou semirreboque: um produto e um risco Duas laterais de cada tanque Rótulo de risco Painel de segurança Principal e subsidiário(s) Ns de risco e ONU Principal e subsidiário(s) N°s de risco e ONU (à de carga (do centro para a traseira) Traseira de cada tanque de 165 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA carga Frente à esquerda do esquerda) Não N°s de risco e ONU caminhão trator e do 2º tanque de carga NOTA - No caso do transporte concomitante, mais de um dos seguintes produtos (álcool carburante, óleo diesel, gasolina ou querosene, a granel, além do rótulo de risco referente à classe) devem portar somente painel de segurança correspondente ao produto de maior risco. A identificação deve ser igual à do transporte de um único produto perigoso, sem risco subsidiário. Fonte: NBR 7500:2003 – ABNT. Quadro 19 Rótulos de risco e painéis de segurança - Em reboque ou semi-reboque: produtos e riscos diferentes Duas laterais de cada tanque Rótulo de risco Painel de segurança Principal e subsidiário(s) N°s de risco e ONU Principal e subsidiário(s) N°s de risco e ONU (à de carga (do centro para a traseira) Traseira de cada tanque de carga Frente à esquerda do esquerda) Não s N° de risco e ONU caminhão trator e do 2º tanque de carga Fonte: NBR 7500:2003 – ABNT. Quanto aos Resíduos de Serviços de Saúde, a NBR 12809:1993 – Manuseio de Resíduos de Serviços de Saúde –, estabelece os procedimentos exigíveis para garantir condições de higiene e segurança nos procedimentos internos de resíduos infectantes, especiais e comuns, nos estabelecimentos de serviços de saúde. Segundo a mesma, durante a coleta interna I, em que os recipientes de acondicionamento dos RSSs são levados até a sala de resíduo (instalação para armazenamento interno de resíduos especiais), os procedimentos têm que ser realizados de forma a não permitir o rompimento dos recipientes. No caso de acidente ou derramamento, deve-se imediatamente realizar a limpeza e desinfecção simultânea do local, e notificar a chefia da unidade. O transporte dos recipientes deve ser realizado sem esforço excessivo ou risco de acidente para o funcionário. Para deslocamento manual, os recipientes contendo resíduos (recipientes lacrados) não devem exceder a 20 L de capacidade. No transporte de recipiente contendo resíduos (recipiente lacrado) acima de 20 L, deve ser usado o carro de coleta interna I. 166 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Enquanto isso, na coleta interna II, o transporte de recipientes deve ser sempre realizado pelos carros de coleta interna II, devendo ser planejada com o menor percurso, sempre no mesmo sentido, sem provocar ruídos, evitando coincidência com os fluxos de pessoas, roupa limpa, alimentos, medicamentos e outros materiais. Ressalta-se, que para os pequenos geradores, é facultativa a sala de resíduos, encaminhando-se os recipientes diretamente ao abrigo de resíduo, à exceção dos estabelecimentos com atividades de internação. Neste abrigo ficam acondicionados os resíduos para a coleta externa. A Resolução CONAMA nº 5, de 5 de agosto de 1993, que dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários, determina em seu Art. 8°, que o transporte dos resíduos sólidos, objeto desta Resolução, será feito em veículos apropriados, compatíveis com as características dos resíduos, atendendo às condicionantes de proteção ao meio ambiente e à saúde pública. Já a Resolução CONAMA n° 307, de 05 de julho de 2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, em seu Art. 9°, estabelece que os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deverão contemplar as etapas de caracterização, triagem, acondicionamento, transporte e destinação, sendo que o transporte deverá ser realizado em conformidade com as etapas anteriores e de acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos. Entretanto, vale salientar que também devem ser observadas as determinações do Art. 21 da Lei n° 12.305/2010, que traz o conteúdo mínimo para este plano de gerenciamento. 9.2 Serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos domiciliares O serviço público de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos domiciliares compreende a coleta, remoção e o transporte dos resíduos sólidos domiciliares; a varrição e limpeza de vias e logradouros públicos; a remoção e transporte de resíduos das atividades de limpeza; a remoção de resíduos volumosos e de entulhos lançados em vias e logradouros públicos; a prestação de serviços de operação e manutenção dos sistemas de transferência de resíduos sólidos urbanos e das unidades de triagem e compostagem, incluindo a transferência dos rejeitos gerados nessas unidades para destino final disposto de forma correta, utilizando aterros sanitários em conformidade 167 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA com a legislação ambiental; sendo responsabilidades da Prefeitura Municipal de Aparecida de Goiânia, conforme estabelecido por lei municipal. Resíduos gerados em ambientes públicos – gestor específico (RSS - 9.3 resíduos sólidos de saúde gerado em hospitais públicos, RCC – resíduos de construção civil gerado em obras públicas, resíduos de prédios administrativos, etc.) Os resíduos de serviço saúde gerados em hospitais públicos, unidade básica de atendimento 24 horas, ou locais conveniados à Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, assim como os resíduos de construção civil gerados em obras públicas, resíduos de prédios administrativos, etc., ficam sob responsabilidade da prefeitura, por meio da secretaria municipal responsável pela geração dos resíduos supracitados, que deverá elaborar o PGRSS e PGRCC e realizar o gerenciamento dos mesmos até a destinação final. 9.4 Resíduos gerados em ambientes privados – gerador privado (atividades em geral) Acerca dos resíduos gerados em ambientes privados, cabe ao gerador a responsabilidade de realizar a elaboração do plano de gerenciamento quando for necessário, e realizar a coleta, transporte e destinação final dos mesmos. Deixam de ser responsabilidades do poder público: a) Resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas, com geração diária superior a 200 litros por dia; b) Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços com características domiciliar com geração diária superior a 200 litros por dia; c) Resíduos de estação de tratamento de esgoto; d) Resíduos industriais gerados nos processos produtivos e instalações industriais e polos empresarias; e) Resíduos de serviços de saúde gerados em locais privados como hospitais, clínicas odontológicas, pet shops, clinicas veterinárias, farmácias, entre outros; f) Resíduos da construção civil gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; 168 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA g) Resíduos agrossilvopastoris gerados nas atividades agropecuárias e silviculturas, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; h) Resíduos de serviços de transportes originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; i) Resíduos de mineração gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; 9.5 Resíduos definidos como de logística reversa – fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes Os resíduos citados abaixo foram definidos na Lei n°12.305/2010 como os resíduos que devem fazer parte de logística reversa, instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou destinação final ambientalmente adequada. O processo da logística reversa também responsabiliza as empresas e estabelece uma integração visando as responsabilidades compartilhadas na gestão desses resíduos no município, sendo assim, estes resíduos deixam de ser responsabilidade apenas do poder público e passam a ser de todos os que estão inseridos no ciclo de vida do produto. Ressalta-se que o município fará a logística reversa de tais resíduos assim que os acordos setoriais forem finalizados por parte do governo federal. a) Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; b) Pilhas e baterias; c) Pneus; d) Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; e) Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; f) Produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 169 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 9.6 Resíduos com Plano de Gerenciamento obrigatório (Art. 20 da Lei n° 12.305/2010) – gerador privado (instalações de saneamento, indústrias, serviços de saúde, mineradoras, construtores, terminais de transporte, e outros); Conforme previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos os empreendimentos que geram nas suas atividades resíduos que possuam as características abaixo, devem obrigatoriamente elaborar o Plano de Gerenciamento. a) Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico gerados nas atividades, excetuados como resíduo solido urbano; b) Resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; c) Resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; d) Resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; e) Os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: gerem resíduos perigosos; gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal; f) As empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama; g) Os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na alínea “j” do inciso I do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de transporte; h) Os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa. 10 DESCRIÇÃO DAS ALTERNATIVAS TÉCNICAS DISPONIVEIS PARA O MANEJO E GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICIPIO. Com a descrição das alternativas técnicas, e as diretrizes definidas pelas legislações Federal, Estadual e Municipal, são propostas as tecnologias mais apropriadas para os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos no município de Aparecida de Goiânia. Baseadas na Lei de Saneamento Ambiental (Lei 11.445/207 e Decreto 7.217/2010), na Política Estadual de Resíduos Sólidos (Lei 12.300/2006) e na Política 170 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) são estabelecidas as seguintes diretrizes: Universalização De acordo com a Lei nº 11.445/2007, deve-se buscar a ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios aos serviços públicos de saneamento básico conforme suas necessidades, e com prestação de serviços realizada da maneira mais eficaz possível. Entende-se por saneamento básico "o abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente". A universalização dos serviços de limpeza urbana, que como mencionado implica na ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios (inclusive nas áreas de difícil acesso, núcleos isolados e rurais), requer logística tecnicamente definida e estruturada, tanto para as rotas de coleta e varrição quanto para as frequências, e uso de equipamentos públicos adaptados à realidade local. Qualidade e eficiência dos serviços Os serviços devem ser prestados com qualidade e eficiência, de modo a atender as demandas no município. Para que essa diretriz seja atendida deve-se buscar a melhoria da estrutura de gestão e operação visando uma adaptação às exigências de padronização e regularidade de serviços adequados. A execução adequada desses serviços e a sua sustentabilidade exigem da administração municipal recursos humanos tecnicamente capacitados, novas ferramentas de gestão, equipamentos adequados para a sua execução, além de investimentos na área. Minimização A redução da geração e da quantidade de resíduos destinados atualmente ao aterro sanitário municipal deverá ocorrer através de programas de educação ambiental, programa de gerenciamento de resíduos para grandes geradores, programa Aparecida Cooperando e Reciclando com Dignidade (correspondente também ao serviço público de coleta seletiva) e de reaproveitamento de resíduos orgânicos através do processo de compostagem. As metas de minimização são apresentadas neste plano. Redução nos impactos ambientais 171 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Os impactos ambientais diminuem na medida em que são realizados os programas paralelos com os tratamentos adequados aos resíduos, considerando as práticas de manejo, de reciclagem, de valorização e reaproveitamento de materiais, além da diminuição da própria quantidade de resíduos (rejeito) destinados ao aterro sanitário. Controle Social Entende-se por controle social "o conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico”. Esse controle social poderá ser realizado de diversas formas, sendo uma delas com a criação de um grupo técnico específico ou um Conselho Municipal de Saneamento Ambiental, e a realização de conferências periódicas para revisão do Plano e acompanhamento dos serviços pela população. Sabe-se que o município de Aparecida de Goiânia gera aproximadamente 400 toneladas/dia de resíduos domiciliares, totalizando 146.000 toneladas/ano. Diante disso, deve-se buscar alternativas para atender as legislações vigentes, visando diminuir a quantidade de resíduos destinados ao aterro, propondo a reestruturação e modernização do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos. Tais alternativas devem atender as diretrizes citadas, assim como a reestruturação de todo o sistema de manejo de resíduos no município, seja na ampliação de alguns serviços e criação de programas, instalações e equipamentos. Para tanto é necessário ter como foco principal a adoção de programas de reaproveitamento para diminuir a quantidade de resíduos dispostos no aterro público municipal, com programas e tecnologias que possibilitem o reaproveitamento dos resíduos. Entre as medidas consagradas para o manejo adequado estão: a redução na fonte, a reutilização, a coleta seletiva seguida da reciclagem, o tratamento e o reaproveitamento de parte da matéria orgânica e a disposição final ambientalmente adequada, que está proposto também na Lei Federal Nº 12.305/2010 e no Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Há várias alternativas técnicas para realização do manejo adequado de resíduos sólidos urbanos no mercado, muitas delas são utilizadas principalmente em grandes 172 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA aglomerações urbanas. A escolha de cada alternativa está ligada diretamente a fatores como indisponibilidade de áreas apropriadas, quantidade de resíduos gerados por habitante, custos e perfil socioeconômico da população, entre outros. Para melhor entendimento, as tecnologias são apresentadas e analisadas considerando as seguintes etapas em um sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: Acondicionamento, Coleta e Conteinerização; Tratamento (Reciclagem, Coleta Seletiva de Materiais, Compostagem); Disposição final (Aterro Sanitário); Tratamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde; Resíduos da Construção Civil – RCC. 10.1 Acondicionamentos, Coleta e Conteinerização O acondicionamento dos resíduos é responsabilidade do gerador, mas o tipo de acondicionamento adotado depende da quantidade de resíduos sólidos, podendo ser feito com recipientes primários, aqueles que ficam em contado direto com os resíduos, como sacos plásticos ou coletores de pequeno e médio porte. A coleta/remoção de resíduos é a principal atividade de limpeza urbana realizada no município e, em geral, uma grande preocupação para o poder público, haja vista que a não realização da mesma na frequência necessária pode gerar riscos à saúde pública, poluição difusa e problemas com enchentes e assoreamentos de rios. Para tanto é necessária a participação da população para acondicionar e dispor o resíduo adequadamente para a coleta. A conteinerização em Aparecida de Goiânia é uma solução alternativa para locais onde há dificuldade no acesso, baixa densidade, locais de grande geração de resíduos ou nas principais avenidas de comércios do município. O uso desse equipamento é importante no sentido de evitar a proliferação de vetores, minimizar o impacto visual e olfativo e facilitar a realização da coleta nessas áreas. A conteinerização favorecerá a aplicação de uma coleta mecanizada de resíduos sólidos domiciliares no município, podendo ser utilizados contêineres de superfície e/ou subterrâneos. Para definir qual será a melhor forma de conteinerização é necessário que haja uma avalição sobre qual será o modelo mais viável a ser utilizado, levando em consideração os fatores econômicos, sociais e ambientais do local de 173 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA instalação, assim como a quantidade de resíduo gerada na área. Segue a descrição de cada um: Na Conteinerização de Superfície podem ser utilizados contêineres de 1.200 ou 3.200 litros de capacidade. A escolha do mesmo varia conforme a quantidade de resíduo gerada, a frequência de coleta na região/área e a densidade aparente do resíduo (figuras 114 e 115). Figura 114 contêiner de superfície de 3200 litros. Fonte: Site, contemar ambiental. Figura 115 contêiner de 1200 litros. Fonte: Site, ECO contêiner ambiental. Já na Conteinerização com Contêineres Subterrâneos, atualmente tem dois modelos no mercado: o bigtainer e o sidetainer. O bigtainer (figuras 116 a 119) é um equipamento dotado de uma caixa contentora/compactadora estanque, com capacidade para 20.000 litros ou 10 toneladas. É recomendado para locais/áreas caracterizados pela grande geração e disposição inadequada de resíduos sólidos domiciliares, tais como: comunidades carentes, e entorno próximo de mercados públicos e de centrais de triagem de recicláveis, funcionando como um rub de coleta nos respectivos locais. Os resíduos cairão dentro do contentor/compactador. Este possui um sistema de compactação que será ativado automaticamente. Cada contentor/compactador possui um chip que informará a central de controle operacional do esgotamento da sua capacidade volumétrica. O equipamento dispõe de uma plataforma elevatória que, durante seu movimento de ascensão, eleva o contentor/compactador até o nível da rua, quando então é retirado com auxílio de um caminhão rollon/off. 174 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Figura 116 contêiner bigteiners. Fonte: Blog da saúde. Figura 117 contêiner bigteiners. Fonte: Blog da saúde. Figura 118 contêiner bigteiners. Fonte: Blog da saúde. Figura 119 contêiner bigteiners. Fonte: Blog da saúde. Por sua vez o sidetainer (figura 120 e 121) é um equipamento destinado ao soterramento de contêineres de descarga lateral, com capacidade para 3.200 litros. O equipamento possui uma plataforma elevatória que, no movimento de ascensão, abre a tampa a 90 graus e eleva os contêineres no nível da rua. A coleta será realizada por um caminhão de carga lateral. Figura 120 sidetainer, coleta mecanizada. Fonte: Site, região hoje. Figura 121 sidetainer, coleta mecanizada. Fonte: Site, blogspot. 175 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Sobre a plataforma de ambos os equipamentos ficam as câmaras de recepção dos resíduos, de tampa acionável através da leitura de cartão RFID, a ser distribuído aos munícipes locais previamente cadastrados. O uso de conteinerização subterrâneos proporcionará uma maior eficiência na realização da coleta de resíduos, além de outros benefícios, como: Depósito do resíduo a qualquer hora do dia e da noite; Fim do empilhamento de sacos de RSD nas calçadas, melhorando a estética urbana; Fim do mau cheiro ocasionado pela disposição dos resíduos nas calçadas; Fim do entupimento de bueiros decorrente do carreamento dos resíduos pela chuva; Fim do acesso de vetores, por se tratar de contêineres fechados; O mau tempo não influi na coleta; Aumento do nível de segurança para os operadores, ao reduzir o contato com o resíduo; Melhoria da imagem da Cidade, em termos de inovação e modernidade; Melhoria da qualidade do ar, com a diminuição de caminhões em circulação e consequente redução de emissão de CO² na atmosfera. 10.2 Reciclagem e Coleta Seletiva de Materiais A reciclagem consiste no reprocessamento de materiais permitindo sua reintrodução no ciclo produtivo. De uma maneira geral, a reciclagem traz muitos benefícios, mas o processo deve ser considerado em todos os seus aspectos, levando-se em conta não só os benefícios ambientais, mas também as vantagens econômicas. A viabilidade econômica da reciclagem está diretamente associada a um programa eficiente de coleta seletiva que, por sua vez, requer uma logística extremamente planejada, de estruturas e equipamentos para a separação dos materiais e seu correto acondicionamento e armazenamento. O desenvolvimento de mercado para os produtos reciclados, a organização e participação das cooperativas e associações de trabalhadores (catadores) com a estrutura necessária e a efetiva participação da população são também fundamentais nesse processo. Sem a participação da população local a coleta seletiva para a reciclagem não se viabiliza economicamente. 176 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Esses fatores, entre outros, interferem diretamente na quantidade e qualidade dos materiais a serem comercializados. Embora inúmeros benefícios estejam ligados ao serviço público de coleta seletiva, alguns fatores contribuem para o baixo índice de reaproveitamento dos resíduos, como por exemplo, o alto custo do serviço em relação à convencional, a falta de credibilidade junto à população e sistemas subdimensionados. Nesse último caso podem ser considerados: (i) baixa capacidade de armazenamento e processamento de resíduos nas unidades de triagem ou cooperativas; (ii) falta de mercado para o material coletado e beneficiado; (iii) grandes distâncias entre as centrais de triagem e os compradores dos materiais; (iv) falta de estrutura nas cooperativas e associações de trabalhadores (catadores) de materiais recicláveis; (v) alto índice de dependência química entre os trabalhadores (catadores) de materiais recicláveis. A seguir são apresentadas, resumidamente, as modalidades mais utilizadas para a realização da coleta seletiva: a) Coleta porta-a-porta – Semelhante à coleta convencional no que diz respeito a roteiros e utilização de veículos e equipes. Entretanto, os veículos coletores percorrem os domicílios em horários e dias específicos diferentes dos dias da coleta convencional, coletando os materiais recicláveis previamente separados pela população. Essa modalidade corresponde ao modelo utilizado atualmente no municipio. b) Coleta por Contêineres – Nesta modalidade são normalmente utilizados contêineres ou pequenos depósitos, dispostos em pontos fixos no município, onde a população entrega, de forma voluntária, os materiais recicláveis. Em geral são selecionados locais estratégicos para alocação destes postos como praças, supermercados, escolas, prédios públicos, ecopontos e outros. O tipo e o número de contêineres podem variar de acordo com o sistema implantado. c) Postos de troca – Consistem na troca de recicláveis por bens ou benefícios, que podem ser alimento, vale-transporte, vale-refeição, descontos, e outros. É importante ressaltar que o serviço de coleta seletiva é o primeiro passo de uma cadeia de ações que busca o gerenciamento adequado dos resíduos produzidos no município. Além de viabilizar o aproveitamento de materiais através da reciclagem, possibilita também a implementação de outros programas integrados, que necessitam dessa seleção prévia, como por exemplo, a compostagem da fração orgânica. 177 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA O serviço público de coleta seletiva e a reciclagem são considerados componentes estratégicos de um sistema de gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos. O incremento do mercado da reciclagem ou o seu surgimento como forma econômica auto sustentada depende em grande parte de medidas governamentais, especialmente na fase inicial, dentre as quais se salienta: incentivo fiscal às indústrias que utilizam material reciclado; incentivos para a coleta seletiva; incentivos para a criação de bolsas de (indústria/comércio/consumidores). resíduos; e incentivos à parcerias Nesse último caso, podem ser estabelecidas parcerias específicas entre os diferentes atores, considerando o artigo 3º da Política Nacional de Resíduos Sólidos que traz, entre seus princípios fundamentais, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Essa responsabilidade pode ser entendida como o “conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos”. 10.3 Aterro Sanitário Aterro Sanitário é um processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos no solo fundamentado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas, que permite um confinamento seguro em termos de controle de poluição ambiental e proteção à saúde pública (IPT/CEMPRE, 2000). O solo deve ser impermeabilizado e o local deve contar com sistema de drenagem e coleta de chorume, minimizando os prováveis impactos ambientais da atividade. Ao final de cada jornada de trabalho, ou em intervalos menores, os resíduos são cobertos com uma camada de terra, evitando a proliferação de vetores. Enquanto a tendência nos países desenvolvidos é direcionar-se para a diminuição no uso dos aterros sanitários, esse método de disposição acaba sendo o mais utilizado no Brasil. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos (ABRELPE, 2008), 38,6% dos resíduos coletados no país seguem essa via de disposição, seguidos pelo aterro controlado (31,8%) e lixão (29,6%). É importante ressaltar que os dois últimos representam formas de disposição inadequadas e condenáveis sob o ponto de vista sanitário e ambiental. 178 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA No Brasil, em geral, os aterros sanitários recebem os resíduos de origem domiciliar, comercial e dos diversos serviços que compõem a limpeza pública, como a varrição de vias públicas, a limpeza de fossas, a capinação e podas. Os resíduos de serviços de saúde (tipo D - que são equiparados aos resíduos domiciliares), os da construção civil e os lodos de tratamento de esgoto também são dispostos nestes aterros. O aterro sanitário acaba sendo uma alternativa indispensável, mesmo quando se adotam outras formas de tratamento, pois sempre há algum tipo de rejeito ou material não aproveitado que deve ser disposto de forma adequada. Os aterros sanitários, atualmente, representam uma boa oportunidade para vendas de créditos de carbono por meio de projetos ligados ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). No Brasil, esse tipo de empreendimento corresponde a 11% do número de projetos do país (significa 28 projetos em um total de 255), com enorme potencial de crescimento, já que esse tipo de disposição é a mais utilizada (ABRELPE, 2008). Nesses projetos há a captação e reaproveitamento do biogás gerado pela decomposição anaeróbia da matéria orgânica que, ao invés de ser liberado para a atmosfera causando sérios impactos, é captado e transformado em energia elétrica por meio de moto-geradores. 10.4 Alternativas específicas para o tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde São apresentadas algumas tecnologias disponíveis para tratamento de resíduos de serviços de saúde: a) Autoclavagem ou Esterilização a vapor Consiste em tratamento térmico no qual os resíduos são submetidos a um ambiente úmido com vapor de água, sob pressão, com temperaturas acima de 1200°C. É impróprio para tratamento de grandes volumes de resíduos, pois a condução de calor e a penetração de vapor deve ser facilitada para que a massa residual seja esterilizada. Mesmo assim não há garantias da total desinfecção, sendo este um dos inconvenientes desse processo. Essa tecnologia é utilizada em quase todas as regiões do país. b) Microondas 179 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Esse tipo de tratamento consiste na trituração e umedecimento dos resíduos com água aquecida entre 90 a 1500°C e ação do microondas por 15 a 30 minutos. A trituração dos resíduos permite sua diminuição em volume entre 60 e 90%. Essa tecnologia tem custos elevados de implantação e manutenção e pode oferecer riscos ocupacionais durante o manuseio de resíduos. Apresenta-se como um processo pouco conhecido, sendo utilizado no Brasil, apenas, nas regiões Sudeste e Sul (ABRELPE, 2008). c) Radiações Ionizantes Este tratamento utiliza raios gama gerados por uma fonte enriquecida de cobalto 60 e ultravioleta, e é utilizado, principalmente, no tratamento de águas residuárias. Apresenta-se como uma tecnologia recente que destrói microorganismos infecciosos, mas com necessidade de monitoramento periódico. d) Desativação Eletrotérmica (ETD) Consiste em um tratamento muito semelhante ao microondas, no qual os resíduos são triturados e expostos a um campo elétrico de alta potência gerada por ondas eletromagnéticas de baixa frequência (ASSAD, 2001). Essa tecnologia é utilizada para tratamento de resíduos infectantes e perfuro-cortantes e só é encontrada no Sudeste, mais precisamente no município de São Paulo (ABRELPE, 2008). e) Desinfecção Química Processo no qual os resíduos de serviços de saúde são submetidos à ação de substâncias químicas. Nesse processo gera-se um efluente líquido perigoso e que deve ser tratado antes do seu descarte. Esse sistema deve ser utilizado somente em pequenas quantidades devido ao seu alto custo. f) Plasma Térmico A tecnologia de plasma térmico pode ser considerada uma das tecnologias mais recentes para tratamento de resíduos de serviços de saúde e envolve o uso de gases ionizáveis de nitrogênio, argônio ou monóxido de carbono que, por meio da aplicação de energia elétrica, transformam-se em tocha de plasma. Embora considerada uma tecnologia limpa exige alto investimento, elevado custo de operação e estudos aprofundados (TAKAYANAGUI, 2005), sendo mais utilizado em processos industriais. 180 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA g) Incineração Incineração é uma tecnologia que utiliza a queima de resíduos em fornos em usinas próprias. Este procedimento apresenta a vantagem de reduzir bastante o volume de resíduos. Além disso, destrói os microrganismos que causam doenças, contidos principalmente no lixo hospitalar e industrial, além de esterilizar outras substâncias contidas no lixo químico, tóxico e eletrônico. Depois da queima, resta um material que pode ser encaminhado para aterros sanitários. Com a incineração é possível uma redução do volume inicial de resíduos até cerca de 97% através da combustão, à temperaturas que se elevam a mais de 900°C. O processo de queima é controlado e os gases provenientes deste processo são filtrados para evitar a poluição do ar. 10.5 Alternativas específicas para o tratamento de Resíduos de Construção Civil (RCC) e de Resíduos Volumosos e a Integração do Manejo com os Demais Resíduos. Para o tratamento de Resíduos de Construção Civil (RCC) e Resíduos Volumosos (RV) são destacados os Pontos de Entrega Voluntária. Ecopontos para manejo de RCC e RV; Áreas de Transbordo e Triagem (ATTs); Usina de Reciclagem, para produção de agregado. Por se tratar de instalações que objetivam atrair esses materiais e disciplinar a população quanto ao seu descarte, a proximidade do local de disposição de ianadequada é essencial. 11 PROPOSTA DE UM NOVO SISTEMA DE MANEJO, MINIMIZAÇÃO E GESTÃO DOS RESÍDUOS DO MUNICÍPIO DE APARECIDA DE GOIÂNIA O Sistema de Manejo, Minimização e Gestão de Resíduos tem como objetivo tratar os diferentes tipos de resíduos mediante o uso de tecnologias de segregação, de aproveitamento dos materiais recicláveis, aproveitamento energético, tratamento de parcela dos resíduos orgânicos através da compostagem e gerenciamento integrado de resíduos da construção civil. 181 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA O Sistema proposto deve aproveitar o máximo possível dos resíduos sólidos urbanos, minimizando progressivamente a quantidade destinada ao aterro sanitário. Os diferentes resíduos devem passar por processos de valorização descritos anteriormente, possibilitando a recuperação dos materiais por meio da reciclagem, produção de composto, utilização como insumo energético e outros, de forma a agregar valor econômico aos produtos resultantes desses processos e reduzir os custos do sistema e a geração de passivos ambientais. Diante do atual Sistema de Manejo usado em Aaparecida de Goiânia, a municipalidade deve planejar as seguintes ações, a fim de reverter o cenário atual, reduzindo a quantidade de resíduos a serem destinados em unidades públicas e privadas de tratamento e destinação final, como: 1) Ampliação do Serviço Público de Coleta Seletiva, com inclusão social; 2) Implantação de programa de conscientização ambiental; 3) Implantação de centrais de Triagem para beneficiamento de materiais recicláveis, assim com estruturação de cooperativas ligadas ao Programa Aparecida Cooperando e Reciclando com Dignidade; 4) Implantação de Ecopontos para recebimento de materiais recicláveis e resíduos de construção civil em pequenas quantidades, bem como resíduos volumosos e resíduos especiais; 5) Implantação de uma usina de compostagem para beneficiamento dos resíduos orgânicos, previamente separados, provenientes de feira–livres, mercados, restaurantes, e resíduos vegetais decorrentes de atividades de poda e capina; 6) Implantação ou utilização de tecnologia para tratamento de resíduos de serviços de saúde, devidamente aprovada e licenciada junto aos órgãos ambientais competentes; 7) Implantação ou realização de parcerias com as usinas de reciclagem de resíduos de construção civil, já existentes ou que vierem a ser implantadas, para produção de agregados, para uso não estrutural; 8) Implantação de um novo aterro sanitário ou ampliação do já existente no município, com toda infraestrutura de engenharia e programas de monitoramentos e controle, 182 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA devidamente licenciado junto aos órgãos ambientais competentes, para disposição final de resíduos sólidos urbanos. A implementação dessa infraestrutura possibilita o manejo integrado de resíduos atendendo não só a legislação, mas os princípios fundamentais de Minimização, Valorização e Reaproveitamento, de forma ambiental e socialmente responsável. 12 METAS, INDICADORES E SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA OS DEVIDOS SERVIÇOS 12.1 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos no Município de Aparecida de Goiânia Para uma gestão mais eficiente e qualificada dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, conforme preconiza a Lei nº 12.305/2010, é necessário o estabelecimento de diretrizes e metas com ações de curto, médio e longo prazo. As metas a serem atingidas estão baseadas nos princípios Econômicos, Ambientais e Sociais, como destacados a seguir, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), e a Política Estadual de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.300/2006 e seu Decreto regulamentador nº 54.645/2009). 12.1.1 - Econômicos Otimização dos custos operacionais de coleta e destinação final dos resíduos sólidos produzidos no município de Aparecida de Goiânia, possibilitado pela redução de resíduos encaminhados para disposição final. Do ponto de vista econômico, o ganho com a meta de redução se dará em primeiro lugar pelos custos evitados com coleta, transporte e destinação final e, em segundo lugar, pelo reaproveitamento dos materiais, com o Programa Aparecida Cooperando e Reciclando com Dgnidade (a ser reestruturado e ampliado) e pelo Programa de Aproveitamento de parte da Fração Orgânica, a ser implantado, de forma gradativa no município. Com os programas de valorização aumenta-se o valor agregado dos materiais triados para a reciclagem. 183 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 12.1.2 Ambientais - Diminuição dos impactos ambientais A redução da quantidade de resíduos destinados ao aterro sanitário até o ano de 2040, com um manejo mais eficiente dos resíduos, ou seja, com reaproveitamento e valorização, possibilitará considerável diminuição do impacto sobre o meio ambiente. A gestão integrada dos resíduos considerando-se a sustentabilidade econômica e socioambiental, tem por finalidade trazer alguns benefícios ambientais, como: reaproveitamento de materiais, redução na emissão de gases do efeito estufa, e outros. 12.1.3 – Sociais - Inclusão social com geração de postos de trabalho e renda A gestão dos resíduos sólidos urbanos nos municípios brasileiros está se tornando cada vez mais complexa, principalmente nas últimas décadas, devido ao aumento da quantidade gerada per capita e pelos custos de tratamento e disposição final. Preocupar-se com essa questão nos dias atuais, representa não só levar em conta os aspectos ambientais e econômicos, mas também os sociais e de saúde pública. Os resíduos afetam diretamente a qualidade de vida da população. Manejar corretamente os diferentes tipos de materiais, diminuir a quantidade gerada e enviada ao aterro sanitário e criar novas oportunidades de trabalho e renda, deverão estar entre os princípios fundamentais seguidos pelos gestores públicos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, recentemente aprovada, apresenta entre os seus objetivos a necessidade de “integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos”, e dentre seus instrumentos traz o “incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis”. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos, previsto na nova Política, deve apresentar entre seus conteúdos (Lei Federal n°12.305/2010 - Artigo 15): a) metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada. 184 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA b) metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. Da mesma forma, é também condição para os municípios receberem recursos da União a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, tendo como requisito “programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se houver”. A inserção de metas para reciclagem e o incentivo ao desenvolvimento de associações ou cooperativas de catadores na Política Nacional de Resíduos Sólidos traz uma nova visão da importância desses atores, incluindo-os na cadeia produtiva e possibilitando uma atuação mais efetiva com direitos estabelecidos em lei. O município de Aparecida de Goiânia coleta aproximadamente 400 toneladas/dia de resíduos e apenas uma pequena parcela desse material é coletado seletivamente para as associações/cooperativas. Há um enorme potencial de crescimento de trabalho desses agentes, com vistas à melhorias das condições já existentes. 12.2 Metas de Minimização de Resíduos para o Município de Aparecida de Goiânia Para atingir as diretrizes impostas pela Lei nº 12.305/2010, e reveter o atual sistema de manejo de resíduo adotado no municipio, o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos apresenta as metas de curto, médio e longo prazo (4, 8 e 20 anos, respectivamente) para a minimização de resíduos, considerando os programas de recuperação de materiais e o tratamento de parte da fração orgânica dos resíduos. Ressalta-se que a recuperação de materiais será realizada por meio de 02 frentes: primeiramente pelo Programa Aparecida Cooperando e Reciclando com Dignidade, que está ligado diretamente ao serviço público de coleta seletiva e, em um segundo momento, pela compostagem da parcela orgânica dos RSUs, caso seja verificada a viabilidade de sua implantação. As metas para recuperação de materiais por meio do Programa Aparecida Cooperando e Reciclando com Dignidade, no período que compreende entre 2015 e 2018 (Curto Prazo), iniciam-se com a massa de resíduos gerados em 2014, 185 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA esperando-se chegar a níveis de 10% de recuperação, índice a ser atingido pelo programa no município a longo prazo. Portanto, as metas para efeito deste plano, ficam a seguir estabelecidas e definidas: a) Metas de Redução dos Resíduos Sólidos Secos dispostos em Aterro Sanitário Prazo Período Ano Redução de Res. Sólidos Secos, dispostos em Aterro, percentual de redução de massa Curto De 1 a 4 anos 2015 a 2018 0 a 20 % Médio De 5 a 8 anos 2019 a 2023 21 a 40 % Longo De 9 a 20 anos 2024 a 2035 41 a 55 % b) Metas de expansão do serviço público de coleta seletiva, em percentual de área atingível do período de 2015 a 2035 para o Programa Aparecida Cooperando e Reciclando com Dignidade, considerando a área urbana do Município Prazo Período Ano Expansão da coleta seletiva, em percentual de área urbana atingivel Curto De 1 a 4 anos 2015 a 2018 36% a 50% Médio De 5 a 8 anos 2019 a 2023 50 % a 75% Longo De 9 a 20 anos 2024 a 2035 75% a 100 % c) Meta de disposição final de resíduos sólidos urbanos Implantar ou utilizar-se de um aterro sanitário de terceiro, ou ampliar o já existente no município, com toda infraestrutura de engenharia, controle e monitoramento ambiental, devidamente licenciado junto aos órgãos ambientais competentes, para disposição final de resíduos sólidos urbanos de Aparecida de Goiânia até o final de 2018. d) Reutilizar/Reciclar, Resíduos da Construção Civil Classe A Prazo Período Ano Reutilizar/Reciclar RCC Classe A, os 186 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA percentuais em massa do total de resíduos gerados. Curto De 1 a 4 anos 2015 a 2018 10 a 30 % Médio De 5 a 8 anos 2019 a 2023 31 a 50 % Longo De 9 a 20 anos 2024 a 2035 51 70 % e) Implantação de Ecopontos para recebimento de Resíduos da Construção Civil, Resíduos Volumosos, Residuos Reciclaveis e Resíduos com Logistica Reversa Prazo Período Ano Curto De 1 a 4 anos 2015 a 2018 4 Médio De 5 a 8 anos 2019 a 2023 8 Longo De 9 a 20 anos 2024 a 2035 12 f) Número de ecopontos a ser implantados Tratamento e Disposição final adequada de todo Resíduo de Serviço de Saúde (RSS) das classes A e E Prazo Período Ano Tratamento e disposição final de RSS, classes A e E. Curto De 1 a 4 anos 2015 a 2018 100 % Médio De 5 a 8 anos 2019 a 2023 100 % Longo De 9 a 20 anos 2024 a 2035 100 % g) Implantar Cobrança para os serviços prestados de resíduos sólidos urbanos divisíveis até o ano de 2018. h) Implantar ações para articulação e reforço financeiro a fim de capacitar e sensibilizar a população a curto prazo. i) Estabelecer e implantar rotinas para aprovação de novos projetos de educação ambiental voltados ao gerenciamento de resíduos sólidos a curto prazo. j) Viabilizar a capacitação de educadores ambientais e do corpo técnico da prefeitura para promoção da continuidade do Programa Aparecida Cooperando e Reciclando com Dignidade, de curto a médio prazo. k) Elaboração e aplicação de material didático voltado à Educação a curto, médio e longo prazo. 187 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 13. DIRETRIZES E ESTRATEGIAS ESPECÍFICAS PARA O MANEJO DOS RESÍDUOS Com base na Politica Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida pela Lei Federal n° 12.305/2010, o município de Aparecida de Goiânia adotará como tecnologias para realização do serviço de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos urbanos, aquelas estabelecidas no fluxograma apresentado na figura 122. 188 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Não NãoIdeal Ideal Nova GeraçãoNonp IIdeal P2 Redução P+L Reutilização Reciclagem Recuperação Energética Tratamento Físico Químico Biológico Destinação Final Ambientalmente Adequada dos Resíduos P2 - Prevenção a Poluição Aterro Sanitário Figura 122 Fluxograma das tecnologias de resíduos sólidos urbanos a serem adotadas em Aparecida de Goiânia. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA P+L - Produção mais Limpa 13.1 Separação dos resíduos domiciliares recicláveis na fonte de geração (resíduos secos e úmidos) A segregação dos resíduos sólidos no momento da sua geração é fundamental para o início do processo de gestão e manejo dos mesmos, para que se possa realizar o aproveitamento através da reutilização, da reciclagem e de outra forma de destinação final ambientalmente adequada, porém, para que isso aconteça é necessário o envolvimento e a participação de todos os munícipes neste processo. A segregação dos RSUs geralmente é subdividida em: a) Resíduos secos (recicláveis); b) Resíduos úmidos (orgânicos); c) Rejeitos (resíduos de banheiros, fezes de animais, entre outros). Para que os munícipes realizem a separação/segregação dos resíduos na fonte geradora deverão ser realizadas campanhas de conscientização, para tanto, é necessário que o município tenha implantado um sistema que realize a destinação final ambientalmente adequada. Como já mencionado, atualmente Aparecida de Goiânia possui apenas o serviço público de coleta seletiva. A figura 123 mostra o fluxograma para a segregação dos resíduos domiciliares recicláveis em Aparecida. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Resíduos Domiciliares Resíduos Úmidos Orgânicos Resíduos Secos Recicláveis Rejeitos, Resíduos de Banheiro, Fezes de animais, etc. Ser. Púb. De Coleta Seletiva Coleta Domiciliar Cooperativa de Catadores Tratamento Material Beneficiado Rejeitos Físico Químico Biológico Vendas Rejeitos Destinação Final Ambientalmente Adequada Aterro Sanitário Figura 123 Fluxograma para a segregação dos resíduos sólidos domiciliares em Aparecida de Goiânia. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 13.2 Coleta seletiva dos resíduos secos, realizada porta a porta, com pequenos veículos que permitam operação a baixo custo, priorizando-se a inserção de associações ou cooperativas de catadores Levando-se em consideração as características de infraestrura do município e a distância de vários bairros até os galpões de triagem de resíduos (cooperativas de trabalhadores de materiais recicláveis), infere-se que os recicláveis separados pelos munícipes (população e estabelecimentos comerciais) não poderão ser coletados por veículos pequenos, pois ao contrário do que se imagina, estes tornarão dispendioso o custo do serviço público de coleta. Além disso, quanto a prestação deste serviço, a quantidade de catadores que preferem trabalhar de forma legal é insuficiente para realizar a coleta e segregação dos materiais, devendo-se considerar também, que de acordo com a lei federal a prefeitura é responsável pela prestação do mencionado serviço, e não os catadores. Os veículos utilizados atualmente são caminhões baú ¾, e atendem as necessidades técnicas neste momento transportando em média 3,8 toneladas. A figura 124 demonstra o fluxograma para a coleta seletiva dos resíduos secos no município. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Coleta Seletiva de Resíduos Secos Serviço Público de Coleta Seletiva (Responsabilidade da Prefeitura) Cooperativa de trabalhadores (catadores) de Materiais Recicláveis Triagem/Segregação Rejeitos Comercialização/Usinas Destinação Final Ambientalmente adequada Aterro Sanitário Figura 124 Fluxograma para a coleta seletiva dos resíduos secos em Aparecida de Goiânia. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 13.3 Compostagem da parcela orgânica dos RSUs, e geração de energia por meio do aproveitamento dos gases provenientes da biodigestão em instalações para tratamento de resíduos e dos gases gerados em aterros sanitários (biogás); incentivo à compostagem doméstica É necessário que o poder público realize uma parceria com o setor privado para analisar a possibilidade a médio e longo prazo de como poderá ocorrer em Aparecida de Goiânia a compostagem da parcela orgânica dos RSUs, visto que tal ação necessita de uma avalição técnica e a realização de vários estudos que comprovem a viabilidade financeira, técnica e ambiental do reaproveitamento energético no município e no atual aterro sanitário municipal, principalmente por necessitar de altos investimentos financeiros, considerando que deverão ocorrer mudanças na parte estrutural do município, do aterro e de equipamentos que são utilizados atualmente. Por tudo isso, o processo de compostagem da parcela orgânica do RSU é algo que deve ser pensado a médio e longo prazo. Para tanto o município precisa implantar um programa contínuo de educação ambiental visando incentivar a população a realizar a separação dos resíduos nas residências e dispô-los adequadamente para o serviço de coleta. Desse modo, a figura 125 retrata o fluxograma de como deveria ser realizado este processo de compostagem no município. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Resíduos Úmidos (Orgânicos) Coleta Diferenciada Outras Alternativas Reaproveitamento Utilização Compostagem por Bioprocesso Composto Rejeitos ATERRO SANITÁRIO Destinação Final Ambientalmente Adequada Figura 125 Fluxograma para implantação de compostagem da parcela orgânica do RSU em Aparecida de Goiânia. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 13.4 Segregação dos Resíduos da Construção e Demolição com reutilização ou reciclagem dos resíduos de Classe A (trituráveis) e Classe B (madeiras, plásticos, papel e outros) A prefeitura, por intermédio do órgão responsável pela gestão e fiscalização do manejo de resíduos sólidos de Aparecida de Goiânia, buscará incentivar a segregação dos resíduos da construção e demolição através de campanhas educativas a serem realizadas em parceria com as empresas privadas que trabalham na área de gestão e gerenciamento de RCC no município, tendo como objetivo estimular o processo de reutilização ou reciclagem dos resíduos de Classe A (trituráveis) e Classe B (madeiras, plásticos, papel e outros). O município poderá a curto prazo estabelecer parceria com as empresas ligadas à área de gestão e gerenciamento de resíduos da construção civil, visto que existem áreas já licenciadas e estruturadas para desenvolver o beneficiamento do RCC, ou criar a sua própria Usina para realizar o beneficiamento desses resíduos. A figura 126 apresenta o fluxograma para a segregação dos mesmos. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Resíduos de Construção Civil Planos Integrados de Gerenciamento RCC Grandes Geradores Geração >1m³/dia Pequenos Geradores Geração < 1m³/dia Orientação sobre a responsabilidade dos Geradores Orientação sobre a responsabilidade dos Geradores Monitoramento e Fiscalização Programa Municipal de RCC Ecopontos Área de Transbordo e Triagem, Usinas de Beneficiamento Vendas dos Sub-Produtos Área de Transbordo e Triagem, Usinas de Beneficiamento Rejeitos Rejeitos Destinação Final Ambiental Adequada ATERRO SANITÁRIO Figura 126 Fluxograma para a segregação dos resíduos de construção civil em Aparecida de Goiânia. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 13.5 Segregação dos Resíduos Volumosos (móveis, inservíveis e outros) para reutilização ou reciclagem A prefeitura, por meio do órgão responsável pela gestão e fiscalização do manejo de resíduos sólidos no município, deverá incentivar a segregação dos resíduos volumosos por parte da população, fazendo uso de campanhas educativas que serão realizadas em parceria principalmente com as empresas privadas e aquelas ligadas aos resíduos inseridos na logística reversa, como os eletroeletrônicos; objetivando assim, evitar que os resíduos volumosos continuem sendo dispostos de forma inadequada em lotes baldios e áreas de preservação permanente. A figura 127 retrata o fluxograma para a segregação de resíduos volumosos. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Resíduos Volumosos Programa Disque Busca Orientação e Divulgação Sobre o Programa Geradores Coleta Diferenciada Ecoponto Cooperativas de trabalhadores de materiais recicláveis Outros Tratamentos Rejeitos Destinação Final Ambientalmente Adequada ATERRO SANITÁRIO Figura 127 Fluxograma para a segregação de resíduos volumosos em Aparecida de Goiânia. Fonte: Diretoria de Resíduos Sólidos – SDU, 2014. ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 13.6 Segregação na origem dos Resíduos de Serviços de Saúde (grande parte é resíduo comum) A prefeitura, por meio do órgão responsável pela gestão e fiscalização do manejo de resíduos sólidos, deverá realizar parcerias com as Secretarias Municipais de Saúde e Meio Ambiente para desenvolver um mecanismo de controle e fiscalização a fim de averiguar se está acontecendo a segregação dos resíduos de serviço saúde tanto nos órgãos públicos quanto nos privados, principalmente inserindo a obrigatoriedade da comprovação da destinação final adotada, apresentando o quantitativo de resíduo gerado por cada estabelecimento. 13.7 Implantação da logística reversa com o retorno à indústria dos materiais pós-consumo (embalagens de agrotóxicos; pilhas e baterias; pneus; embalagens de óleos lubrificantes; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio, e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes; e outros que venham a ser acordados) A Política Nacional de Resíduos Sólidos define que a responsabilidade pela estruturação e implementação dos sistemas de logística reversa de alguns resíduos está a cargo dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. Aos consumidores caberá a responsabilidade de acondicionar adequadamente e disponibilizar os resíduos para coleta ou devolução. Por intermédio do planejamento das ações deverá ser determinada a logística reversa destes resíduos: produtos eletroeletrônicos, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, pneus, agrotóxicos e embalagens, e óleos lubrificantes e embalagens (com logística reversa já estabelecida). As diretrizes e estratégias, e as metas e ações para cada um deles terão como referência os acordos setoriais estabelecidos ou em processo de discussão no âmbito federal. As redes de estabelecimentos que comercializam produtos da logística reversa poderão reservar áreas para concentração desses resíduos e definir os fluxos de retorno aos respectivos sistemas produtivos, em concordância com os procedimentos definidos nos acordos setoriais, que ainda estão em fase de elaboração. Após a aprovação do PMGIRS de Aparecida de Goiânia o órgão responsável pelo manejo dos resíduos sólidos deverá buscar parceria com a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, Secretaria de Regulação Urbana e Secretaria de Meio Ambiente para incentivar todas as entidades de representação das indústrias e comércios situados no ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Município, entre outras, a se engajarem na discussão de como se dará a aplicação da logística reversa. Os responsáveis por estes resíduos deverão informar continuamente ao órgão responsável pela gestão, e outras autoridades, as ações de logística reversa a seu cargo, de modo a permitir o cadastramento das instalações locais, urbanas ou rurais, inseridas nos sistemas de logística reversa adotados. Além disso, os responsáveis pelos resíduos deverão apresentar em seus planos de logística reversa, as ações públicas de divulgação sobre as obrigações do consumidor quanto à segregação e destinação adequada dos resíduos, e as penalidades previstas. Cabe ao gestor responsável pelo manejo, autorizar o recebimento nos Ecopontos dos resíduos abaixo: Eletrodomésticos em desuso, comumente denominados “linha branca”, objetivando também dar destino ambientalmente correto a estes tipos de resíduos recebidos nos Ecopontos pelos munícipes ou através do programa Disque e Busca; Pilhas e baterias; Lâmpadas fluorescentes; Pneus; Embalagens em geral; Óleos lubrificantes e embalagens. Considerando que a PNRS prevê a remuneração do serviço público de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, quando o município exercer alguma atividade do sistema de logística reversa, como, por exemplo, a captação e concentração de resíduos; o órgão responsável pela gestão e manejo dos resíduos poderá, através de elaboração de acordo, parceria pública-privada (PPP), termo de compromisso ou, quando for o caso, contrato com o setor empresarial, fixar preço público pelos serviços prestados, a exemplo, da utilização consorciada da rede dos Ecopontos. 13.8 Disciplinar as atividades geradoras, transportadoras e receptoras de resíduos, exigindo os Planos de gerenciamento para monitoramento periódico das suas atividades A prefeitura, através do órgão responsável pela gestão e fiscalização do manejo de resíduos sólidos, deverá implantar um sistema de controle e fiscalização com objetivo de disciplinar as atividades geradoras, transportadoras e receptoras de resíduos. 201 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Sabe-se que existem vários sistemas de monitoramento, e a prefeitura deverá analisar qual sistema será mais eficaz para garantir que a gestão dos resíduos seja realizada conforme estabelecido nas normas e leis vigentes. 13.9 Encerramento de lixões e bota foras, com recuperação das áreas degradadas O órgão responsável pela gestão e fiscalização do manejo de resíduos sólidos deverá desenvolver parceria com as demais secretarias a fim de realizar o controle para que não ocorra a disposição de resíduos de forma inadequada em área de preservação permanente e lotes baldios, buscando assim, evitar a formação de lixões e bota foras no município. Além disso, deverá promover ações de conscientização com a população, e inserí-la no processo de recuperação de áreas degradadas nas regiões atingidas. 14 IMPLEMENTAÇÃO DE REDES DE ÁREAS DE MANEJO LOCAL 14.1 PEVs – Pontos de Entrega Voluntária (Ecopontos) – para acumulação temporária de resíduos da construção e demolição, de resíduos volumosos, da coleta seletiva e de resíduos com logística reversa Define-se Ecoponto como uma área de transbordo e triagem de pequeno porte, integrante do sistema público de limpeza urbana, destinada a entrega voluntária de pequenas quantidades de resíduos de construção civil e resíduos volumosos, resíduos recicláveis e resíduos com logística reversa. São instalações perenes de gestão preventiva destinadas à recepção de descargas de pequenas quantidades – de até 1 m³ quando refere-se à resíduo de construção civil, e de 02 unidades quando refere-se aos resíduos volumosos. Os resíduos podem ser descartados pelos munícipes, por geradores ou transportadores de pequeno porte que, pelo pequeno volume gerado ou pela falta de condições financeiras, não encontram viabilidade para contratar uma empresa de coleta. O valor de 1m³ foi adotado como referência, uma vez que o município é quem define qual seria a quantidade de resíduo a ser depositada no Ecoponto pelo munícipe. Segundo a norma, a instalação deve ser dotada de portão e cercamento no perímetro da área da operação, construídos de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas e animais, e anteparo para proteção quanto aos aspectos relativos à vizinhança, 202 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA ventos dominantes e estética, como por exemplo, cerca arbustiva ou arbórea no perímetro da instalação. A área deve ter identificação visível quanto às atividades desenvolvidas na entrada, iluminação e energia, equipamentos de combate a incêndio e revestimento primário do piso das áreas de acesso. Os resíduos recebidos devem ter um local de armazenamento temporário, sendo classificados pela natureza e acondicionados em locais diferenciados segundo suas características, operação e estocagem, executado e mantido de maneira a permitir a utilização sob quaisquer condições climáticas. Concomitante à construção no país de um modelo de gestão para os RCC e os RV, resíduos recicláveis e resíduos com logistica reversa, decorrente das diretrizes da Resolução CONAMA 307 e a consequente implantação das instalações que permitem o exercício dessas diretrizes, uma nova atividade passou a ser realizada nessas instalações como apoio aos serviços públicos de coleta seletiva. Dessa forma, o Ecoponto (figura 128), enquanto local de concentração de materiais, passa a integrar o âmbito local no manejo de vários resíduos. Figura 128 Foto e desenho esquemático de Ecoponto Fonte: Panamet, 2012. 14.2 LEVs – Locais de Entrega Voluntária de Resíduos Recicláveis – contêineres, sacos ou outros dispositivos instalados em espaços públicos ou privados, monitorados para recebimento de recicláveis O município deverá realizar parcerias com ONGs e Instituições Privadas para instalar os LEVs em áreas públicas ou privadas, para que a população possa 203 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA depositar os resíduos recicláveis. Os LEVs devem ser intalados principalmente nos bairros que ainda não foram contemplados pelo serviço público de coleta seletiva. As figuras 129 e 130 mostram alguns modelos que podem ser utilizados no município. Figura 129 LEVs Fonte: site, AMMA 14.3 Figura 130 LEVs Fonte: site, AMMA Galpões de triagem de materiais recicláveis, com normas operacionais definidas em regulamento Uma das metas estabelecidas no PMGIRS é a universialização do serviço público de coleta seletiva. Para isso, é necessário que o município possua galpões de triagem de resíduos sólidos dentro das normas operacionais definidas por lei. Atualmente, Aparecida de Goiânia possui apenas um galpão de triagem de resíduos, que foi cedido a uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis para realização da segregação dos materiais coletados pelo serviço público de coleta seletiva. Após a segregação os resíduos são prensados e comercializados. O galpão possui 1.200 m² de área construida e contem os seguintes equipamentos: 1 balança mecânica de 1.000 kg; 2 prensas com capacidade de prensagem de até 900 kg/h; 2 carrinhos plataforma com capacidade de 300 kg; e 1 empilhadeira simples. Está previsto a construção de mais um galpão de triagem para o ano de 2015, para outra cooperativa de catadores, em que a prefeitura já realizou a cessão de uma área de aproximadamente 2.500 m² para a construção. 204 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 15 PROGRAMAS E AÇÕES PARA O SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Atendimento ao artigo 19°, incisos III; IX; X; XI e XII, da Lei 12.305/2010 e considerando os princípios Econômicos, Ambientais e Sociais que norteiam o Plano Municipal de Resíduos do município de Aparecida de Goiânia, são apresentados os programas, ações para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Sendo assim foi levantada a necessidade de implantar alguns programas eleitos e considerados mais emergentes no contexto atual: a) Programa imediato, de curto em médio prazo de educação ambiental; O programa deverá ter ações estratégicas e os objetivos específicos do afim de garantir: I- Implementação do programa municipal de educação ambiental em todos os órgãos municipais; II- Fazer com que a Educação Ambiental se torne parte integrante das Políticas Públicas Municipais de maneira transversal e constante; III- Disponibilizar informações e sensibilizar a sociedade para que todos conheçam a realidade sobre os resíduos sólidos urbanos e se transformem em multiplicadores, capazes de refletir, cobrar e propor novas atitudes que melhorem o ambiente em seu bairro, em sua cidade e em suas vidas; IV- Promover e realizar com todos os setores produtivos, técnicos e educacionais do município encontros e debates para a difusão da mesma; V- Valorizar, incentivar e sugerir soluções a serem implantadas para o enfrentamento da problemática da geração de resíduos sólidos na cidade, auxiliando no desenvolvimento de uma consciência crítica em todos os cidadãos agentes ambientais preocupados em desenvolver os 5 Rs (reduzir, reutilizar, reciclar, recusar e repensar sobre nossos hábitos de consumo e de descarte de resíduos sólidos); VI- Preparar os jovens de hoje para enfrentar as dificuldades futuras visando um desenvolvimento sustentável; 205 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA b) Programa imediato, de curto prazo, de gestão de resíduos da construção civil para viabilizar de forma plena e satisfatória a destinação final ambientalmente adequada e operação de usinas de reciclagens; c) Programa imediato, de curto a médio prazo para controle, fiscalização e monitoramento da coleta, transporte e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos dos serviços de saúde; d) Programa de médio a longo prazo para implantação integrada de logística reversa, para os resíduos estabelecidos na Lei 12.305/2010; e) Programa de Capacitação da Equipe Técnica Municipal visando a implantação e revisão do PMGIRS; O Plano Municipal Gestão Integrada de Resíduos Sólidos foi elaborado pela equipe técnica da Diretoria de Resíduos Sólidos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, porém para implantação das ações propostas no mesmo será necessário que haja uma capacitação e formação dos seus profissionais e a mobilização da sociedade para a discussão sobre o manejo e gestão adequada dos Resíduos Sólidos no município a partir da a provação do PMGIRS. Para tanto é necessário que aconteça o fortalecimento institucional na Prefeitura, entre as secretarias onde ocorra discussões conceituais e práticas sobre os modelos de gestão dos resíduos sólidos, as estratégias para a sua implantação e a metodologia a ser utilizada no processo de mobilização e a participação social. f) Programas e procedimentos operacionais para a Gestão Municipal dos Resíduos Sólidos Urbano; Para a prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo dos RSU aconteça conforme está estabelecido na Lei Federal Nº 12.305/2010, deverão ser adotados procedimentos operacionais para manter a cidade limpa, é importante ressaltar que o conceito de Cidade Limpa não é a que mais se limpa e sim aquela que se mantem limpa. Para que isso aconteça deverão ser envolvidos os diversos atores e setores responsáveis pela geração dos resíduos com vistas à implantação de um modelo de gestão sustentável. O envolvimento destes segmentos deverá ser orientado pelo um programa específico de Educação Ambiental - PROEA, que será implantado pela secretaria ou órgão responsável pela gestão e manejo dos resíduos, o programa deverá ter instrumentos 206 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA orientadores sobre o comportamento para o manejo sustentável dos RSU, esclarecimentos sobre a obrigatoriedade de triagem na fonte dos resíduos para disposição para a coleta convencional e seletiva e estudada a viabilidade da coleta conteinerizada dos resíduos nas principais avenidas. Para tanto serão criados subprogramas para que as ações aconteçam propostas sejam atingidas. Subprograma de Limpeza corretiva A Limpeza Corretiva, deverá ser realizada pelo poder público municipal paralela com ações de propostas no programa de educação ambiental em locais de deposição irregular de resíduos sólidos afim de evitar que tais locais voltem a ser usados para disposições irregulares novamente, sendo necessária uma fiscalização para coibição desta disposição inadequada. A rede de PEVs ou Ecopontos será distribuída no território de forma gradativa e deverá ser expandida para apoiar a redução da limpeza corretiva. O programa terá objetivos como a redução em 95% o volume de limpeza corretiva, com a triagem obrigatória no seu processamento e encaminhamento às ATTs; reformular frequência dos serviços eliminando as descargas irregulares; modernização do controle e a fiscalização incentivando a redução, o reuso e a reciclagem dos resíduos. Subprograma de Serviços de Varrição O serviço de varrição tem um aspecto importante na manutenção da limpeza da cidade onde seu foco de intervenção são áreas de maior circulação e aglomeração de pessoas. Os locais mais procurados são aqueles onde se concentram atividades comerciais e de serviços, geralmente coincidentes com as centralidades dos bairros. O resíduo gerado da varrição pode ser caracterizado como indiferenciado, possui resíduos inertes, matéria orgânica e resíduos secos, tem teores de contaminação e tamanho reduzido, o que inviabiliza, atualmente, o reaproveitamento deste material. O programa deve apresentar instrumentos para implantar o plano de varrição, definir seu cronograma e atenção para áreas inundáveis em períodos que precedam as chuvas; implementar a triagem dos resíduos com potencial de reciclagem e reduzir os custos dos serviços. 207 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 15.1 Avaliação sistemática das ações e programas As ações e programas ligados aos serviços de limpeza urbana no município devem passar por avaliações sistemáticas tanto interna quanto externamente. A avaliação interna deverá ser realizada pelos órgãos de fiscalização e regulação para os serviços terceirizados e/ou concedidos e pela Administração Direta, quando por ela realizados. Entre os instrumentos previstos de avaliação está o Relatório de Eficiência e Qualidade dos Serviços. Este relatório caracterizará a situação dos serviços e suas infraestruturas, relacionando-as com as condições socioeconômicas e de salubridade ambiental em áreas homogêneas, de forma a verificar a efetividade das ações, o cumprimento das metas do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos quanto à redução de riscos à saúde e na melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente para os diferentes estratos socioeconômicos. 16 PLANO DE AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA O denominado Plano de Ações de Contingência e Emergência, doravante referido como Plano de Contingência, busca caracterizar as estruturas disponíveis e estabelecer as formas de atuação da operadora em exercício, tanto em caráter preventivo como corretivo, procurando elevar o grau de segurança e a continuidade operacional das instalações relacionadas aos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, do município de Aparecida de Goiânia. Quanto à operação e manutenção dos sistemas efetuados pela operadora em exercício serão utilizados mecanismos locais e corporativos de gestão no sentido de prevenir ocorrências indesejadas através de controles e monitoramentos das condições físicas das instalações e dos equipamentos, visando minimizar ocorrências de sinistros e interrupções na prestação de tais serviços. Em caso de ocorrências atípicas, que extrapolem a capacidade de atendimento local, a operadora em exercício deverá dispor de todas as estruturas de apoio com mão de obra, materiais e equipamentos, das áreas de manutenção, gestão, controle de qualidade e de todas as áreas que se fizerem necessárias, visando à correção dessas ocorrências, para que o sistema de limpeza urbana deste município não tenha a segurança e a continuidade operacional diminuídas ou paralisadas. 208 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 16.1 Objetivo O principal objetivo de um plano de contingência é assegurar a continuidade dos procedimentos originais, de modo a não expor a comunidade a impactos relacionados ao meio ambiente e, principalmente, à saúde pública. Normalmente, a descontinuidade dos procedimentos se origina a partir de eventos que podem ser evitados através de negociações prévias, como greves de pequena duração e paralisações por tempo indeterminado das prestadoras de serviços ou dos próprios trabalhadores. Porém, tal descontinuidade também pode ser gerada a partir de outros tipos de ocorrência de maior gravidade e, portanto, de maior dificuldade de solução, como explosões, incêndios, desmoronamentos, tempestades, inundações e outros. Assim, para que um plano de contingência seja realmente aplicável é necessário, primeiramente, identificarem-se os agentes envolvidos sem os quais não é possível definirem-se as responsabilidades pelas ações a serem promovidas. Além dos agentes, também é recomendável que o plano de contingência seja focado para os procedimentos cuja paralisação pode causar os maiores impactos, relegando os demais para serem atendidos após o controle total sobre os primeiros. 16.2 Agentes envolvidos Tendo em vista a estrutura operacional proposta para o equacionamento dos serviços de Limpeza urbana de Aparecida de Goiânia podem-se definir como principais agentes envolvidos: a) Prefeitura Municipal A municipalidade se constitui agente envolvido no Plano de Contingência quando seus próprios funcionários públicos são os responsáveis diretos pela execução dos procedimentos. Evidentemente que, no caso da Prefeitura Municipal, o agente nem sempre é a própria municipalidade e sim secretarias, departamentos ou até mesmo empresas autônomas que respondem pelos serviços envolvidos. b) Prestadora de Serviços em Regime Normal 209 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA As empresas prestadoras de serviços são consideradas agentes envolvidos quando, mediante contrato decorrente de licitação pública, seus funcionários assumem a responsabilidade pela execução dos procedimentos. c) Concessionária de Serviços As empresas executantes dos procedimentos, mediante contrato formal de concessão ou de participação público-privada – PPP, são igualmente consideradas agentes uma vez que seus funcionários estão diretamente envolvidos na execução dos procedimentos. d) Prestadora de Serviços em Regime de Emergência As empresas prestadoras de serviços também podem ser consideradas agentes envolvidos quando, justificada legalmente a necessidade, seus funcionários são mobilizados através de contrato de emergência sem tempo para a realização de licitação pública, geralmente por prazos de curta duração. e) Órgãos Públicos Alguns órgãos públicos também passam a se constituir agentes quando, em função do tipo de ocorrência, são mobilizados para controlar ou atenuar eventuais impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da Polícia Ambiental, órgãos de controle de poluição ambiental da União, Estado e Município, bem como órgãos de saúde pública. f) Entidades Públicas Algumas entidades públicas também são consideradas agentes do Plano a partir do momento em que, como reforço adicional aos recursos já mobilizados, são acionadas para minimizar os impactos decorrentes das ocorrências, como é o caso da Defesa Civil, dos Bombeiros e outros. 16.3 Principais ações de controle e de caráter preventivo As ações para o Plano de Contingências constituem-se basicamente em três períodos: 210 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Preventiva: Desenvolvida no período de normalidade, consistindo na elaboração de planos e aperfeiçoamento dos sistemas e, também, no levantamento de ações necessárias para a minimização de acidentes. Atendimento Emergencial: As ações são concentradas no período da ocorrência, por meio do emprego de profissionais e equipamentos necessários para o reparo dos danos objetivando a volta da normalidade, nesta fase, os trabalhos são desenvolvidos em parceria com órgãos municipais e estaduais, além de empresas especializadas. Readequação: Ações concentradas no período, e após o evento, com o objetivo de se adequar à nova situação, aperfeiçoando o sistema e tornando tal ação como preventiva. O Plano define uma metodologia para atender aos diversos tipos de ocorrência, viabilizando o acionamento de pessoal capacitado para o acompanhamento e solução dos problemas, e, além disto, desenvolvendo ações preventivas que evitam o agravamento de situações de risco. É recomendável identificar os locais com instalações sujeitas a acidentes, eliminando os problemas com alteração de caminhamento e desenvolvimento e realizando o acompanhamento de trabalhos preventivos nas áreas impossibilitadas de adequação. A seguir são apresentados os principais instrumentos que poderão ser utilizados em Aparecida de Goiânia para a adequada operação e manutenção do sistema de Limpeza Urbana Existente. a) Formulação de leis e outros instrumentos jurídicos para permitir a adoção das ações em situações de não-conformidade; b) Legislação específica, definindo atribuições, aspectos e punições para infratores; c) Formação de equipes de resposta a situações de emergência; d) Planos de divulgação na mídia; e) Mobilização social: envolvimento de associações de moradores e outros grupos representativos constituídos; f) Reservas financeiras para: contratação emergencial de empresas para manutenção em operações emergenciais ou críticas; contratação de serviços especializados em casos de emergências ambientais; contratação de serviços de fornecimento e transporte de água tratada para situações emergenciais; 211 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA g) Decretação de estado de atenção, de emergência ou de calamidade pública, conforme previsão na legislação específica. Elaboração de Plano de Emergência para cenários de não-conformidade, como: a) Interrupção total ou parcial dos serviços; b) Suspensão total ou parcial dos serviços; c) Comprometimento operacional das unidades e sistemas existentes - Mobilização dos agentes e esforços; - Avaliação e adaptação de procedimentos com base em resultados de eventos registrados; - Desenvolvimento de medidas de avaliação de eficiência e eficácia; - Proposição de simulações. 17 PLANO DE AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIA Do Plano de Contingências Considerando os diversos níveis dos agentes envolvidos e as suas respectivas competências e dando prioridade aos procedimentos cuja paralisação pode causar os maiores impactos à saúde pública e ao meio ambiente, apresenta-se a seguir o plano de contingência para os serviços de Limpeza Pública: 17.1 Serviços de Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos 17.1.1 Varrição manual O principal impacto decorrente da paralisação dos serviços de varrição manual, além da deterioração do estado de limpeza dos passeios, vias e logradouros públicos, é a intensificação dos detritos descartados nos pisos que, em decorrência de chuvas, tendem a ser levados pelo escoamento das águas pluviais para os dispositivos de drenagem superficial. Essa é, quase sempre, a razão do entupimento das bocas de lobo e galerias e, por consequência, a principal responsável pelas inundações das áreas urbanas. 212 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 17.1.2 Manutenção de vias e logradouros Ao contrário da varrição manual, uma eventual interrupção da manutenção de vias e logradouros, que engloba as atividades de capina, roçada e pinturas de meio-fios não chega a ser tão preocupante. Isto se deve principalmente pelo fato destas atividades ocorrerem em pontos isolados e se acentuarem de forma sazonal, onde a proliferação dos matos e a sedimentação de areias e poeiras nos baixios estão estritamente relacionadas à época da maior ocorrência de chuvas. Embora também possam provocar incômodos à população e entupimento dos dispositivos de drenagem, os procedimentos de manutenção de vias e logradouros não são necessariamente contínuos, permitindo que seu Plano de Contingência se limite a uma defasagem na programação sem maiores prejuízos. 17.1.3 Manutenção de áreas verdes Da mesma forma que a manutenção de vias e logradouros, uma paralisação temporária no serviço de manutenção de áreas verdes não chega a trazer maiores consequências para a comunidade. Além disso, este serviço também costuma ser executado de forma sazonal, pois leva em conta os períodos recomendáveis para a poda de árvores, permitindo que sua programação também sofra defasagens sem maiores prejuízos. 17.1.4 Limpeza pós feiras livres O impacto decorrente da paralisação dos serviços de limpeza pós feiras livres é idêntico ao da interrupção da varrição manual, ou seja, além da deterioração do estado de limpeza das vias, também há a intensificação dos detritos descartados nos pisos que, em decorrência de chuvas, são levados pelo escoamento das águas pluviais para os dispositivos de drenagem superficial e podem provocar o entupimento das bocas de lobo e galerias. 17.1.5 Limpeza de bocas de lobo e galerias O impacto decorrente desta paralisação, embora não incida sobre a deterioração do estado de limpeza dos passeios, vias e logradouros públicos, pois acaba não sendo visível para os cidadãos, também é o assoreamento e entupimento dos dispositivos de drenagem superficial. Assim, da mesma forma como já mencionado para a varrição 213 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA manual, a dificuldade ou até impossibilidade de escoamento das águas pluviais pelas bocas de lobo e galerias acaba se tornando uma das principais responsáveis pelas inundações das áreas urbanas. Neste caso, depois da região ser inundada, pouco se pode fazer a não ser aguardar as águas escoarem para se processar a limpeza dos dispositivos, o que torna ainda mais importante a prevenção, ou seja, a manutenção da limpeza dos mesmos. Em suma, foram identificados no quadro a seguir os principais tipos de ocorrências, as possíveis origens e as ações a serem desencadeadas para os serviços de limpeza pública. 18 FONTES DE FINANCIAMENTO Os recursos de terceiros destinados ao Saneamento Básico, no âmbito do mercado interno de recursos financeiros, provem em sua maior parte, dos recursos do FGTS, aportes do BNDES e outras fontes de recursos, como os obtidos pela cobrança pelo uso da água. Existem, também, outras fontes externas de recursos de terceiros, representadas pelas agências multilaterais de crédito, tais como: o BIRD (Banco Mundial), BID e JBIC (Banco Japonês), os mais importantes, de acesso mais restrito aos agentes prestadores dos serviços. Porém, a fonte primária de recursos para o setor se constitui nas tarifas, taxas e preços públicos. Estes se constituem na principal fonte de canalização de recursos financeiros para a exploração dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, que, além de recuperar as despesas de exploração dos serviços, podem gerar um excedente que fornece a base de sustentação para alavancar investimentos, quer sejam com recursos próprios e/ou de terceiros. Nas demais vertentes do saneamento básico, representadas pelos resíduos sólidos e drenagem, que ainda funciona de forma incipiente no estado em termos de uma organização mais efetiva visando a melhoria do meio ambiente, deve predominar as taxas, impostos específicos ou gerais. 214 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Sobre a parcela dos serviços com possibilidades de individualização, coleta doméstica, hospitalar, industrial e inerte de resíduos, pode ser definido preço público/taxa/tarifa específico. Para a parcela difusa, como, por exemplo, a varrição, poda de árvores, limpeza de jardins e a drenagem, cuja particularização para um determinado munícipe é de difícil identificação, deve predominar o financiamento da prestação dos serviços mediante a cobrança de um tributo especifico e/ou geral. A seguir apresenta-se um resumo das principais fontes de captação de recursos financeiros para as ações necessárias no âmbito do Saneamento Básico nos Municípios. 215 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT. Associação de Normas Técnicas; Norma Brasileira (NBR) – 10.004 de 2004, Classificação de Resíduos Sólidos. ABNT. Associação de Normas Técnicas; Norma Brasileira (NBR) – 10.007 de 2004, Amostragem de Resíduos Sólidos. ABNT. Associação de Normas Técnicas; Norma Brasileira (NBR) – 12.809 de 1993, Manuseio de Resíduos de Serviço de Saúde. ABNT. Associação de Normas Técnicas; Norma Brasileira (NBR) – 13.221 de 2002, Transporte Terrestre de Resíduos. ABNT. Associação de Normas Técnicas; Norma Brasileira (NBR) – 7.500 de 2003, Símbolos de riscos e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais. AGUIAR, V. G. E ROMÃO, P. A. A dinâmica espacial da Bacia do Córrego Granada em Aparecida de Goiânia (GO) e a fragilidade do relevo aos processos erosivos antrópicos. Dissertação (Mestrado em geografia). Universidade Federal de Goiás – UFG, 2008. Disponível em: <http://egal2009.easyplanners.info/area05/5596_VINICIUS_GOMES_DE_AGUIAR.pdf > Acesso em: Janeiro BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 12.305. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n o 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. ABRELPE. Associação Brasileira de limpeza publica dos Resíduos Sólidos no Brasil, 2007. Coordenação, Silvia Martarello Astolpho. São Paulo, 2008. 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Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes. 216 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA CAMPOS, J.E.G. & Freitas-Silva, F.H. 1998. Hidrogeologia do Distrito Federal. In: IEMA/SEMATEC/UnB 1998. Inventário Hidrogeológico e dos Recursos Hídricos Superficiais do Distrito Federal. Brasília. IEMA/SEMATEC/UnB. Vol. 4, 234p. CAMPOS, J.E.G.; Resende, L.; Almeida, L.; Rodrigues, A.P.; Sá, M.A.M.; Magalhães, L.F. 2003. Diagnóstico Hidrogeológico da Região de Goiânia. Superintendência de Geologia e Mineração/SIC, Governo do Estado de Goiás. Goiânia, 108p. CONAMA. Resolução Conama nº 358, 29 de Abril de 2005. Trata-se dos Resíduos Sólidos oriundos dos serviços de Saúde. CONAMA. Resolução Conama nº 283, 12 de Julho de 2001. Dispõe sobre o Tratamento e destinação final dos Resíduos de serviços de Saúde. CONAMA. Resolução Conama nº 005, 5 de Agosto de 1993. Dispõe sobre o Gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários. CONAMA. Resolução Conama nº 307, 5 de Julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO DE APARECIDA DE GOIÂNIA. Secretaria de Indústria e Comercio – Superintendência de Geologia e Mineração, 2005. EMBRAPA. 1999. Sistema Brasileiro de Classificação de Solo. Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Rio de Janeiro, 412 pp. EIA. Estudo de Impacto Ambiental do Município de Aparecida de Goiânia, 2010. ESTRE SPI AMBIENTAL S.A, 2013 INMET. Normais Climatológicas: 1961-1990. 1ª Ed, Departamento Nacional de Meteorologia/MARA, Brasília, (dados tabelados), 1992, 84 p. IPT/CEMPRE. Lixo Municipal – Manual de Gerenciamento Integrado. São Paulo: IPT, 2000. LACERDA FILHO, J. V., Rezende, A. & Silva, A. 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Acesso em: 02/06/2014. 218 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA ANEXOS 219 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA ANEXO 1: Unidades Públicas de Saúde de Aparecida de Goiânia cadastradas para a realização da coleta de seus RSSs pela Prefeitura Municipal. ORDEM UNIDADE 6 1 UBS 2 UBS 3 UBS 4 UBS 5 UBS 6 UBS 7 UBS 8 UBS 9 UBS 10 PSF Programa De Saúde Da Família 11 PSF 12 UBS 13 UBS 14 UBS 15 UBS 16 PSF Programa De Saúde Da Família Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Programa De Saúde Da Família 17 UBS 18 UBS 19 UBS 20 CAIS 21 CAIS 22 CAIS Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Centro De Assistência Integral A Saúde Centro De Assistência Integral A Saúde Centro De Assistência Integral A Saúde ENDEREÇO BAIRRO / SETOR Jd Ipê PERIODICIDADE St Dos Bandeirantes Jd Alto Paraíso 2x Por Semana Vila Delfiore 2x Por Semana Park Flamboyant 2x Por Semana Park Trindade 2x Por Semana Park Santa Luzia 1 Park Santa Luzia 2 Rosa Dos Ventos 2x Por Semana Cj Mabel 2x Por Semana Jardim Dos Buritis 2x Por Semana Jardim Tiradentes 1 Jardim Tiradentes 2 Jardim Tiradentes 3 Jd Boa Esperança 2x Por Semana Jd Florença 2x Por Semana Independência Mansões 1 Independência Mansões 2 Independência Mansões 3 Colina Azul 2x Por Semana Av. São João Qd 02 Lt 01/13 Jd Nova Era Diário Av. Igualdade S/N° Setor Garavelo Diário Rua Ji Qd 202 Lt 35/36 Rua Amado Bueno C/2 Av Apm 2 Rua São Félix Qd 45 Apm 5 Rua Péricles Qd 16 Lt 34 Apm Av. Santa Rita Qd 19 Lt 22 R. Dr Antonio R. De Oliveira Qd 27 Lt 10 Av. W-5 Qd 13 Lt 15/16 Rua X28 Qd 84 Lt 06 Rua Norbequio S. Da Chagas Qd 63 Lt 16 R. Maria Luzia S Codro Qd H Lt 133/134 Av Das Palmeiras Qd 18 Lt 17 Rua 13 Qd 58 Lt 30 Rua 33 Qd 48 Lt 15 Rua 33 Qd 29 Lt 18 Rua C28 Esq C/ C32 Qd B12 Lt 01 Rua Verona Esq C/ R. São Paulo Qd 221 Lt 01/02/20 Rua 66 Qd 115 Lt 17 Av Arão De Souza Qd 115 Lt 02 Rua 56 Qd 127 Lt 15 Rua Das Gaivotas S/N° Mini Cais 2x Por Semana 2x Por Semana 2x Por Semana 2x Por Semana 2x Por Semana 2x Por Semana 2x Por Semana 2x Por Semana 2x Por Semana Diário 220 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 23 MATERNID Maternidade ( Em Reforma ) Marlene Teixeira Diário 24 POSTO Posto De Saúde Setor Central (Centro) Diário 25 CAPS 1 Jd Iracema Quinzena 26 P. SOC. Centro De Atenção Psicossocial (Álcool E Drogas) Ii Pronto Socorro Rua 11 De Maio C/R Abrão L. De Carvalho Rua Cretes Qd 05 Lt 16 Clínica De Recuperação Upa Residencial Brasicon Diário 27 C. CLÍNI Centro Clínico St Dos Afonsos Diário 28 SECEG St Garavelo Res. Park 2x Por Semana 29 UBS 2x Por Semana HUAPA Av. Porto Rico Qd 13 Lt 4 Av. Diamante Esq. C / R Mucuri Qd 2a Park Das Nações 30 Setor Conde Dos Arcos Diário 31 PSF Sindicato Dos Empregados Do Comércio No Estado De Goiás Unidade Básica De Saúde Hospital De Urgências De Aparecida De Goiânia Programa De Saúde Da Família Av. Das Acácias Esq. Com Chile Amp3 Rua Uberaba C/ Araguata Qd 115 Lt13 Av. Brasil Qd 76 Lt 17 Jd Florença 2x Por Semana 32 UBS Jardim Cascata 2x Por Semana 34 UBS Jd Nova Olinda 2x Por Semana 35 UBS Retiro Do Bosque 2x Por Semana 36 PSF Jd Bela Vista 2x Por Semana 37 PSF Posto Papilon 2x Por Semana 38 SAMU Rua Verona Esq C/ Rua São Paulo Qd 22 Lt 1/2/20 Av. Central Qd 06 Lt 34 Av. Independência Qd 14 Lt 03 Rua Paineras Apm4 Rua Das Paineras Qd 15 Lt 11 Praça João 23 S/N C/ J 17 Av. Major M.S.B Esq. Com A Rua Camargo Veiga Jardim 2x Por Semana 39 UBS Veiga Jardim 3 2x Por Semana 40 UBS Veiga Jardim 4 2x Por Semana 41 C.M.O Jd Nova Era 1x Por Semana 42 FUNERÁRIA Rua Mardonio De F. Castro Qd 74 Lt 21 Rua Dr. Adalcino De Amorim Qd 21 Lt 11 Av. Zoroastro Artiga C/R Gonçalves Dias Rua 04 Qd J A Setor Araguaia 2x Por Semana 43 UBS Pontal Sul 2 2x Por Semana 44 SINDICATO Centro Ap. 3x Por Semana 45 INFRA Rua Vitória Qd 63 Lt 14 Rua São Domingos N° 364 Qd 03 Lt 03 Rua Da Praça ( Matriz ) Garagem Centro 1x Por Semana Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Programa De Saúde Da Família Programa De Saúde Da Família Serviço De Atendimento Móvel De Urgência Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Centro Médico Odontológico Funerária Unidade Básica De Saúde Sindicato Municipal Infraestrutura De Aparecida 221 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 46 CPP Casa De Prisão Provisória 47 CPP Casa De Prisão Provisória 48 CSMG 49 UBS 50 CAPS 2 51 UBS 52 UBS 53 UBS 54 S.A.D 55 D.V.S 56 APS 57 ZOON. 58 UBS Centro De Saúde Madre Germana Unidade Básica De Saúde Centro De Atenção Psicossocial (Álcool E Drogas) Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Unidade Básica De Saúde Serviço De Atenção Domiciliar Diretoria De Vigilância Sanitária Ambulatório E Posto De Saúde Centro De Zoonoses Unidade Básica De Saúde Av . 21 De Abril Distrito Agro Indústrial De Aparecida De Goiânia Av . 21 De Abril Distrito Agro Indústrial De Aparecida De Goiânia Lote 01 - Área Verde Av. Dr Valdomiro Cruz Apm. 7 Av. Nova Era Qd 13 Lt 11 Daiag 1x Por Semana Regime Fechado 1x Por Semana Setor Madre Germana Res. Caraíbas Diário Clínica De Recup. 2x Por Semana R. P 02 Qd 24 Lt 05 - Res. Santa Luzia Rua Bastilha Qd 48 Lt 24 Rua 60 Qd K 40 Lt 01 Casa 1 Rua Brasília Qd 07 Lt 06 Sítio St Luzia 2x Por Semana Setor Campos Elísio Independência 2x Por Semana Bairro Vera Cruz Quinzena Rua Curitiba Qd 13 Lt 11 Setor Jardim Belo Horizonte Quinzena Av. Colonizadores Qd 82 Lt 03 Rua Reno Esq. C/R Rodeio Qd 54 Av. Angélica Qd K-I Lt 21 Vila Brasília Alternado Pontal Sul 2 1x Por Semana Independência 2 1x Por Semana 2x Por Semana 2x Por Semana 222 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA ANEXO 2: Frequência e itinerários da coleta convencional de lixo (resíduos). BAIRRO/SETOR (RESIDENCIAL) PERIODICIDADE TURNO N° DE ROTA 1 AGENOR MODESTO Seg. Qua e Sex Diurno 2004 2 AMERICAN PARK Seg, Qua e Sex Noturno 2103 3 ANA ROSA Seg, Qua e Sex Diurno 2013 4 BAIRRO CARDOSO (PARTE) Ter, qui e sáb Diurno 3015 5 BAIRRO CARDOSO (DIVISA COM VERA CRUZ) Ter, qui e sáb Diurno 3015 6 BAIRRO CARDOSO I Ter, qui e sáb Noturno 3106 7 BAIRRO INDEPENDENCIA Ter, qui e sáb. Diurno 3011 8 BAIRRO INDEPENDENCIA MANSÕES Seg, qua e sex Diurno 2001 9 BAIRRO ILDA Diário Noturno 1103 10 BELO HORIZONTE Diário Noturno 1101 11 CAMPO HELISEOS Ter, qui e sáb Noturno 3102 12 CENTRO DE APARECIDA Diário Noturno 1101 13 CENTRO OLÍMPICO Ter, qui e sáb Diurno 3012 14 CÉLIA MARIA 15 CIDADE LIVRE Seg, qua e sex Noturno 2102 16 CIDADE SATÉLITE SÃO LUIZ Seg, qua e sex Noturno 2105 17 CIDADE VERA CRUZ I Diário Noturno 1104 18 CIDADE VERA CRUZ II Diário Noturno 1104 19 CHÁCARA BELA VISTA Seg, qua e sex Diurno 2008 20 CHÁCARA SÃO PEDRO Seg, qua e sex Diurno 2011 21 CHÁCARA MARIVANIA Seg, qua e sex Diurno 2012 22 CHÁCARA COND. SONHO VERDE Seg, qua e sex Diurno 2014 23 COLONIAL SUL Ter, qui e sáb Diurno 3009 24 CONDOMÍNIO SÃO PEDRO Seg, qua e sex Diurno 2012 25 CONJUNTO CRUZEIRO DO SUL Diário Noturno 1105 26 CONJUNTO ESTRELA DO SUL Diário Noturno 1103 27 CONJUNTO LIBERDADE Diário Noturno 1107 28 CONJUNTO MABEL Seg, qua e sex Diurno 2012 29 CONJUNTO PROGRESSO Diário Noturno 1107 223 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 30 CONJUNTO PLANÍCIE Seg, qua e sex Diurno 2014 31 CONJUNTO PLANALTO Seg, qua e sex Diurno 2015 32 CONJUNTO SANTA FÉ Diário Noturno 1103 33 CONJUNTO STORIL Noturno Noturno 2105 34 CONJUNTO VERA CRUZ Ter, qui e sáb Diurno 3015 35 CLUBE CENTAURUS Ter, qui e sáb Diurno 3004 36 DISTRITO AGRO-INDUSTRIAL DE APARECIDA Seg, qua e sex Diurno 2013 37 DIMAG Seg, qua e sex Diurno 2013 38 DAIAG Seg, qua e sex Diurno 2013 39 GOIANIA PARK SUL Ter, qui e sáb Diurno 3006 40 INTERNACIONAL PARK Seg, qua e sex Diurno 2014 41 JARDIM ALTO PARAÍSO Ter, qui e sáb Diurno 3003 42 JARDIM AMETISTA Seg, qua e sex Diurno 2005 43 JARDIM BELA VISTA Seg, qua e sex Diurno 2008 44 JARDIM BELO HORIZONTE Ter, qui e sáb Diurno 3005 45 JARDIM BELA MORADA Seg, qua e sex Noturno 2105 46 JARDIM BOA ESPERANÇA Ter, qui e sáb Diurno 3006 47 JARDIM BONANZA Seg, qua e sex Diurno 2007 48 JARDIM BURITI SERENO (LADO DO GARAVELO) Ter, qui e sáb Noturno 3103 49 JARDIM BURITI SERENO (LADO DO FORUM ) Ter, qui e sáb Diurno 3007 50 JARDIM BURITI SERENO (LADO DO CT DO GOIÁS) Ter, qui e sáb Diurno 3008 51 JARDIM CANADÁ Ter, qui e sáb Diurno 3009 52 JARDIM CASA GRANDE Seg, qua e sex Diurno 2014 53 JARDIM CRISTAL Seg, qua e sex Diurno 2006 54 JARDIM CRISTALINO Seg, qua e sex Diurno 2004 55 JARDIM COPACABANA Seg, qua e sex Diurno 2005 56 JARDIM DAS ACÁSSIAS Seg, qua e sex Diurno 2013 57 JARDIM DAS CASCATAS Ter, qui e sáb Diurno 3010 58 JARDIM DAS ESMERALDAS Diário Noturno 1107 59 JARDIM DOM BOSCO Ter, qui e sáb Diurno 3002 60 JARDIM DOS BURITIS Seg, qua e sex Diurno 61 JARDIM DOS GIRASSÓIS Seg, qua e sex Diurno 2003 224 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 62 JARDIM DAS HORTENCIAS Ter, qui e sáb Diurno 3005 63 JARDIM DAS OLIVEIRAS Ter, qui e sáb Diurno 3012 64 JARDIM DOS PALMARES Seg, qua e sex Diurno 2012 65 JARDIM ELDORADO Seg, qua e sex Diurno 2013 66 JARDIM ESPLANADA Seg, qua e sex Diurno 2004 67 JARDIM HELVÉCIA Ter, qui e sáb Noturno 3106 68 JARDIM HIMALAIA Ter, qui e sáb Diurno 3004 69 JARDIM IMPERIAL Seg, qua e sex Noturno 2107 70 JARDIM IPIRANGA Seg, qua e sex Diurno 2004 71 JARDIM IPANEMA Seg, qua e sex Diurno 2006 72 JARDIM IRACEMA Diário Noturno 1101 73 JARDIM ITAPOÃ Ter, qui e sáb Diurno 3014 74 JARDIM LUZ Diário Noturno 1105 75 JARDIM MARIA INES Seg, qua e sex Noturno 2107 76 JARDIM MONT SERRAT Ter, qui e sáb Noturno 3108 77 JARDIM MONTE CRISTO Seg, qua e sex Diurno 2003 78 JARDIM MONTE LÍBANO Seg, qua e sex Diurno 2002 79 JARDIM MONTE SINAI Seg, qua e sex Diurno 2001 80 JARDIM MIRAMAR Seg, qua e sex Diurno 2014 81 JARDIM NOVA ERA Ter, qui e sáb Diurno 3107 82 JARDIM OLÍMPICO II Seg, qua e sex Diurno 2009 83 JARDIM OLIVEIRA 84 JARDIM PALÁCIOS Seg, qua e sex Diurno 2007 85 JARDIM PARAÍSO Seg, qua e sex Diurno 2006 86 JARDIM PAMPULHA Seg, qua e sex Diurno 2006 87 JARDIM RIO GRANDE Seg, qua e sex Diurno 2006 88 JARDIM REPOUSO Seg, qua e sex Diurno 2014 89 JARDIM RIBAMAR 90 JARDIM RIVIERA Seg, qua e sex Diurno 2002 91 JARDIM RIVIERA SUL Seg, qua e sex Diurno 2002 92 JARDIM ROSA SUL Diário Noturno 1101 93 JARDIM SÃO CONRADO Ter, qui e sáb Diurno 3001 225 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 94 JARDIM TIRADENTES (PARTE DE CIMA) Ter, qui e sáb Noturno 3101 95 JARDIM TIRADENTES (PARTE DE BAIXO) Ter, qui e sáb Noturno 3102 96 JARDIM TRANSBRASILIANA Seg, qua e sex Diurno 2007 97 JARDIM TROPICAL Ter, qui e sáb Noturno 3103 98 JARDINS AUREA Seg, qua e sex Diurno 2005 99 JARDINS VIENA Diário Noturno 1103 100 JARDINS FLORENÇA Ter, qui e sáb Diurno 3010 101 JARDIM MARANATA Ter, qui e sáb Diurno 3003 102 LOTEAMENTO ROSA DO SUL Seg, qua e sex Diurno 2003 103 MADRE GERMANA Ter, qui e sáb Diurno 3001 104 MANSOES PARAÍSO Seg, qua e sex Noturno 2104 105 PAPILON PARK Seg, qua e sex Noturno 2106 106 PARQUE ATALAIA Seg, qua e sex Diurno 2004 107 PARQUE DAS NAÇÕES Ter, qui e sáb Diurno 3009 108 PARQUE IBIRAPUERA Ter, qui e sáb Diurno 3006 109 PARQUE INDUSTRIAL SANTO ANTONIO Seg, qua e sex Diurno 2005 110 PARQUE INDUSTRIAL DE APARECIDA Seg, qua e sex Diurno 2014 111 PARQUE ITAMARATY Seg, qua e sex Diurno 2015 112 PARQUE ITATIAIA Seg, qua e sex Diurno 2004 113 PARQUE FLAMBOYANT Seg, qua e sex Diurno 2009 114 PARQUE FLORESTA Ter, qui e sáb Diurno 3014 115 PARQUE HAYALA Ter, qui e sáb Diurno 3010 116 PARQUE KARAJÁ Seg, qua e sex Diurno 2005 117 PARQUE MONTREAL Seg, qua e sex Diurno 2015 118 PARQUE PRIMAVERA Seg, qua e sex Diurno 2007 119 PARQUE REAL Seg, qua e sex Noturno 2108 120 PARQUE RIO DAS PEDRAS Diário Noturno 1101 121 PARQUE SANTA CECÍLIA Seg, qua e sex Diurno 2007 122 PARQUE SÃO JORGE Seg, qua e sex Diurno 2010 123 PARQUE TRINDADE I Seg, qua e sex Diurno 2010 124 PARQUR TRINDADE II Seg, qua e sex Diurno 2010 125 PARQUE VEIGA JARDIM (TERMINAL) Seg, qua e sex Noturno 2103 226 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 126 PARQUE VEIGA JARDIM (BOMBEIROS) Seg, qua e sex Diurno 2005 127 PORTO DAS PEDRAS Ter, qui e sáb Diurno 3013 128 RECANTO DAS EMBOABAS Seg, qua e sex Noturno 2108 129 RESIDENCIAL ARAGUAIA Ter, qui e sáb Diurno 3005 130 RESIDENCIAL BRASICON Diário Noturno 1101 131 RESIDENCIAL BOA ESPERANÇA Ter, qui e sáb Diurno 3003 132 RESIDENCIAL CARAÍBAS Ter, qui e sáb Diurno 3005 133 RESIDENCIAL CANDIDO DE QUEIROZ Seg, qua e sex Diurno 2007 134 RESIDENCIAL NORTE SUL Ter, qui e sáb Diurno 3005 135 RESIDENCIAL POR DO SOL Ter, qui e sáb Diurno 3005 136 RESIDENCIAL SANTA LUZIA Seg, qua e sex Diurno 2008 137 RESIDENCIAL SERRA DAS BRISAS Ter, qui e sáb Diurno 3005 138 RETIRO DO BOSQUE Seg, qua e sex Diurno 2014 139 SANTA LUZIA Seg, qua e sex Diurno 2011 140 SANTO ANDRÉ Seg, qua e sex Diurno 2006 141 SETOR ARCO ÍRIS Seg, qua e sex Diurno 2005 142 SETOR ANDRADE REIS Seg, qua e sex Diurno 2003 143 SETOR ARAGUAIA Diário Noturno 1101 144 SETOR AEROPORTO SUL Ter, qui e sáb Diurno 3004 145 SETOR ALVORADA SUL Seg, qua e sex Diurno 2015 146 SETOR ALVORADA OESTE Seg, qua e sex Diurno 2015 147 SETOR COLINA AZUL Seg, qua e sex Noturno 2101 148 SETOR COLINA DE HOMERO Ter, qui e sáb Diurno 3013 149 SETOR CONDE DOS ARCOS Seg, qua e sex Diurno 2004 150 SETOR CONTINENTAL Seg, qua e sex Diurno 2013 151 SETOR DOS AFONSOS Diário Noturno 1106 152 SETOR DOS BANDEIRANTES Ter, qui e sáb Diurno 3004 153 SETOR DOS ESTADOS Seg, qua e sex Diurno 2002 154 SETOR FABRICIO Seg, qua e sex Diurno 2002 155 SETOR GARAVELO Diário Noturno 1102 156 SETOR GARAVELO E Ter, qui e sáb Noturno 3105 157 SETOR GARAVELO RESIDENCIAL PARK Ter, qui e sáb Noturno 3104 227 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 158 SETOR MARISTA SUL Seg, qua e sex Diurno 2002 159 SETOR NOVA CIDADE Ter, qui e sáb Diurno 3010 160 SETOR NOVA OLINDA Seg, qua e sex Diurno 2014 161 SETOR PONTAL SUL Ter, qui e sáb Diurno 3012 162 SETOR PONTAL SUL COMPLEMENTO Ter, qui e sáb Diurno 3013 163 SETOR REAL GRANDEZA Seg, qua e sex Diurno 2014 164 SETOR RIO VERMELHO Seg, qua e sex Diurno 2002 165 SETOR ROSA DOS VENTOS Seg, qua e sex Diurno 2015 166 SETOR SANTO ANTONIO Diário Noturno 1107 167 SETOR SANTOS DUMONT Seg, qua e sex Noturno 2108 168 SETOR SERRA DAS BRISAS Ter, qui e sáb Diurno 3005 169 SETOR SERRA DOURADA I Seg, qua e sex Diurno 2003 170 SETOR SERRA DOURADA II Seg, qua e sex Diurno 2003 171 SETOR SERRA DOURADA III Seg, qua e sex Diurno 2003 172 SOLAR GARDEN I Seg, qua e sex Diurno 2004 173 SOLAR GARDEN II Seg, qua e sex Diurno 2004 174 SETOR TOCANTIS Seg, qua e sex Diurno 2009 175 TERRA PROMETIDA Seg, qua e sex Diurno 2005 176 VERDE VALE Seg, qua e sex Diurno 2011 177 VENEZA Ter, qui e sáb Diurno 3009 178 VILA ALZIRA Ter, qui e sáb Noturno 3108 179 VILA ADÉLIA Seg, qua e sex Diurno 2013 180 VILA BRASÍLIA Diário Noturno 1106 181 VILA BRASÍLIA (LADO DO BELA VISTA) Seg, qua e sex Diurno 2008 182 VILA DELFIORE Ter, qui e sáb Diurno 3002 183 VALE DO SOL Seg, qua e sex Diurno 2012 184 VILA MARIA Seg, qua e sex Diurno 2007 185 VILA NOSSA SENHORA DE LOURDES Seg, qua e sex Diurno 2008 186 VILA ROMANA Ter, qui e sáb Diurno 3002 187 VILA REAL Seg, qua e sex Noturno 2108 188 VILA SANTA Seg, qua e sex Diurno 2008 189 VILA SÃO JOAQUIM Seg, qua e sex Noturno 2108 228 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA 190 VILA SÃO TOMAS Diário Noturno 1105 191 VILA SÃO MANOEL Diário Noturno 1101 192 VILA SOUSA Seg, qua e sex Diurno 2013 193 VILA SUL Diário Noturno 1107 194 VILA MARIANA Diário Noturno 1103 195 VIGÍNIA PARK Seg, qua e sex Diurno 2002 196 EXPANSUL Seg, qua e sex Diurno 2013 197 POLO EMPRESARIAL Seg, qua e sex Diurno 2005 198 MORADA DOS PÁSSAROS Ter, qui e sáb Diurno 3014 199 RECANTOS DAS BROTAS 200 RESIDENCIAL ALVA LUZ Seg, qua e sex Noturno 2106 201 SETOR COMENDADOR WALMOR Seg, qua e sex Diurno 2002 202 QUINTA DA BOA VISTA Ter, qui e sáb Diurno 3001 203 JARDIM IPE Ter, qui e sáb Diurno 3001 204 RESIDENCIAL SOLLAR CENTRAL PARQUE Seg, qua e sex Diurno 2004 205 RESIDENCIAL VILLAGE GARAVELO I Diário Noturno 1101 206 RESIDENCIAL VILLAGE GARAVELO II Seg, qua e sex Diurno 2004 229 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA ANEXO 3: Frequência de realização do serviço de varrição no município de Aparecida de Goiânia. Relação dos Bairros da 1ª Área Bairros Frequência Centro Diariamente Jd. Belo Horizonte Semanal Jd. Ipiranga Semanal Resid. Maria Luzia Mensal Resid. Village Garavelo I, II, II Semanal Jd. Paraíso Mensal Jd. Rio Grande Mensal St. Santo André Mensal Resid. Brasicon Semanal Pq. Rio das Pedras Semanal Jd. Pampulha Mensal Jd. Iracema Semanal Jd. Esplanada Mensal Resid. Agenor Modesto Mensal Pq. Itatiaia Semanal Jd. Cristal Semanal Jd. São Manoel Semanal St. Araguaia Diariamente Resid. Solar Central Park Mensal Jd. Rosa do Sul Semanal St. Serra Dourada I, II e III Semanal Resid. Solar Garden II Semanal Bairro Vera Cruz Semanal Polo Empresarial I e II Mensal Relação dos Bairros da 2ª Área Bairro Frequência Jd. Cristalino (parte) Quinzenal Conde dos Arcos (parte) Quinzenal Marista Sul Quinzenal Andrade Reis Quinzenal Jd. Girassóis Quinzenal Campos Elísios Quinzenal Jardim Riviera Quinzenal Colina Azul I e II Semanal Veiga Jardim I e II Quinzenal Cidade Livre Semanal Jd. Tiradentes Quinzenal Jd. Cascata Quinzenal Independência Mansões Quinzenal Bairro Independência Quinzenal Parque das Naçaões Quinzenal 230 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Nova Cidade Jd. Florença Quinzenal Quinzenal Relação dos Bairros da 3ª Área Bairro Frequência St. Garavelo C Diariamente Jd. Tropical Semanal Res. Por do Sol Mensal Res. Caraíbas Mensal Res. Araguaia Mensal St. Goiânia Park Sul (Linha do Semanal Ônibus) St. Aeroporto Sul Mensal Jd. Alto Paraiso Semanal St. Madre Germana Diariamente Vl. Del Fiore Mensal Vl. Romana Mensal St. Colonial Sul Mensal Jd. Nova Veneza Mensal Jd. Canadá Mensal Bairro Cardoso II Semanal Relação dos Bairros da 4ª Área Bairro Frequência Bairro Cardoso I e II Mensal Conj. Cruzeiro do Sul Diariamente Jardim Helvécia Quinzenal Morada dos Pássaros Mensal Bairro Hilda Três vezes ao mês Conj. Santa Fé Quinzenal Jardim Luz Quinzenal Setor dos Afonso parte (Av. Rio Semanal Verde) Bairro Itapuã Mensal Conj. Storil Quinzenal Jardim Maria Inês Quinzenal Setor dos Afonso parte (Av. Uru) Semanal Cidade Sat. São Luiz Três vezes ao mês Conj. Estrela Doze vezes ao mês Jardim Mont Serrat (parte) Quinzenal Vila Mariana Quinzenal Cidade Vera Cruz I e II Quinzenal Jardim Bela Morada Cinco vezes ao mês Jardim Nova Era (4 partes) Cinco vezes ao mês Vila São Tomaz Quinzenal 231 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Relação dos Bairros da 5ª Área Bairro Frequência St. dos Afonso Segunda-feira à sábado St. Vila Maria Quinzenal St. Vila Alzira Quinzenal St. Vila São Joaquim Quinzenal St. Vila Brasília - Centro Terça-Feira e Quarta-Feira St. Jardim Bonanza Quinzenal St. Santos Dumont Semanal St. Vila Sul Semanal St. Jardim Progresso Segunda-Feira St. Jardim das Esmeraldas Segunda-Feira St. Parque Real Quinzenal St. Jardim Imperial Quinzenal St. Conj. Liberdade Segunda-Feira St. Recantos das Emboabas Quinzenal St. Santa Cecília Quinzenal St. Jardim Maria Inês I Semanal Bairro Santo Antônio Segunda-Feira St. Primavera Quinzenal St. Trans. Brasiliana Quinzenal St. Candido de Queiroz Quinzenal St. Jd. Palácio Quinzenal Vila São Tomaz (parte) Jd. Mont Serrat (parte) Vila Real Relação dos Bairros da 6ª Área Bairro Frequência Jd. Olímpico I e II Doze vezes ao mês Vila Santa Luzia Oito vezes ao mês Jd. Bela Vista Semanal Pq. Trindade I, II, e III Quinzenal Vila Nossa Senhora De Lourdes Mensal St. Tocantins Oito vezes ao mês Pq. Flamboyant I e II Mensal Vila Brasília (parte) Semanal Res. Santa Luzia Mensal Jd. Buritis Mensal Santa Luzia Oito vezes ao mês Relação dos Bairros da 7ª Área Bairro Frequência Chácara São Pedro Mensal Chácara Marivânia Mensal St. Vale Do Sol Diariamente DAIAG Mensal DIMAG Mensal 232 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA Jd. Eldorado Expansul Vila Adélia Conj. Ana Rosa Vila Souza Jd. Repouso Internacional Park Retiro do Bosque Novo Olinda Real Grandeza Jd. Miramar Pq. Montreal St. Rosa dos Ventos Conj. Planície Conj. Planalto Jd. Casa Grande Célia Maria Bairro Mansões Paraíso Papilon Park Veiga Jardim 1 Veiga Jardim 2 Veiga Jardim 3 Veiga Jardim 4 American Park Parque Floresta Vera Cruz Alva Cruz Mensal Diariamente Diariamente Diariamente Diariamente Quinzenal Quinzenal Diariamente Semanal Semanal Semanal Semanal Diariamente Semanal Semanal Semanal Semanal Relação dos Bairros da 8ª Área Frequência Diariamente Semanal Mensal Mensal Mensal Mensal Diariamente Mensal Mensal Mensal 233 ____________________________________________________________________________________ PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO - RESÍDUOS SÓLIDOS - DE APARECIDA DE GOIÂNIA