Aula 9 – A Quimica na Cosmetica
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Aula 9 – A Quimica na Cosmetica
QUÍMICA DOS COSMÉTICOS: Produtos Cosméticos “Substâncias ou preparações que são aplicadas externamente sobre o corpo humano e na cavidade oral, inclusive para dentaduras, para limpeza, cuidado, para influenciar a aparência ou o odor do corpo, para conferir odor ao corpo, exceto se eles são interpretados para tratar ou remover doenças, indisposições, ferimentos corpóreos ou aflições de saúde. Exceção: produtos para influenciar a forma do corpo”. Classificação dos produtos cosméticos Formas de apresentação: Soluções transparentes alcoólicas e de tensoativos; Óleo Leite Loção Creme Gel Pasta Espuma (mousse) Suspensão Pó Classificação dos produtos cosméticos Direcionamento do produto Pele (corpo e rosto): produtos para banho, sabonetes líquidos, demaquilantes, cremes e loções hidratantes, nutritivos, etc Cabelo: xampus, condicionadores, fixadores, formadores de cachos, tinturas, etc. Cavidade Oral: creme dental, produtos para higiene em geral, etc. Composição dos produtos cosméticos Tensoativos, Agentes com propriedades específicas, Estabilizantes, Agentes de atributos estéticos Veículo. Independente do direcionamento da formulação ser para pele ou cabelo, das suas formas de apresentação (líquido, creme, gel) e de suas funções técnicas. Sistemas emulsionados Veículo: água Componentes oleosos: emolientes Emulsionantes Componentes com propriedades específicas: Espessantes/ agentes de consistência Umectantes Princípios ativos e promocionais Agentes de neutralização Estabilizantes da formulação: Seqüestrantes Antioxidantes e fotoantioxidantes Conservantes Modificadores dos caracteres organolépticos: Fragrâncias Corantes Agentes de brilho pérola e Opacificantes Tensoativos primários: Xampus e condicionadores Bases detergentes para shampoos Bases quaternizadas para condicionadores. Tensoativos secundários para shampoos e sabonetes: Estabilizantes de espuma Promotores de viscosidade Agentes doadores de propriedades específicas Agentes de consistência e espessantes Agentes de condicionamento e penteabilidade Redutores de irritação e de pH Princípios Ativos/ filtros solares Estabilizantes da formulação Seqüestrantes Conservantes Antioxidantes Solubilizantes e emulsionantes Modificadores das caracteres organolépticos e atributos de marketing Corantes Perolizantes Fragrâncias Veículo (água). MATÉRIAS PRIMAS Constituição química Hidrocarbonetos Álcoois Éteres Aldeídos Cetonas Ácidos carboxílicos Ésteres Aminas Polímeros sintéticos Hidratos de carbono MATÉRIAS PRIMAS Benefícios ao ser humano e à formulação Tensoativos (emulsionante, limpeza) Agentes com propriedades específicas (emolientes, umectantes, espessante) Estabilizantes da formulação (conservantes, antioxidantes) Agentes de atributos estéticos ou de marketing ou modificadores dos caracteres organolepticos (corantes, fragrâncias, brilho pérola) Veículo ou excipiente (água, sólidos). MATÉRIAS PRIMAS Tensoativo: substância que possui um grupo polar ligado a uma cadeia carbônica (heteropolar). óleo água Orientação apolar polar Tensoativos em solução aquosa: Formam micelas Micelas esféricas Fases hexagonais Micelas cilíndricas Fases lamelares Tensoativos: composição apolar Parte apolar: primas graxas polar matérias Parte Polar ou hidrofílica: Cáprico/Caprílico (C10/C8) Laurílico (C12/ 14 70/30) Mirístico (C14) Ânions: sulfonato (SO3), Sulfato (SO4), Carboxilato (COO) Cátions: quaternário de amônio (N+) Estearílico (C18) Não iônico: grupos CH2CH2O, CON(CH2CH2O) Cetoestearílico (C16/18 30/70) Anfóteros: RN+(CH3)2CH2COO- Cetílico (C16) Behenico (C20) MATÉRIAS PRIMAS Tensoativos aniônicos Em solução sofrem dissociação, onde a parte hidrofílica da molécula é aniônica. Carboxil: R-COO-Na+ Sulfato orgânico: R-OSO3-Na+ Éter sulfato: R-(CH2-CH2O)SO3-Na+ Sulfonato orgânico: R-SO3-Na+ Éster de ácido fosfórico: R-OPO3=Na+2 Álcool graxo etoxilado sulfatado Tipos de neutralizantes: amônio, trietanolamina. hidróxidos de sódio, Formas: líquida a 26-28% ou a 70% de ativo. Propriedades: detergência, espuma, alta solubilidade em água, excelente tolerância à dureza de água, excelente resposta ao espessamento com sal, suavidade a pele. Aplicação: bases detergentes para sabonetes líquidos, banhos de espuma. xampus, Éster metílico sulfonado - MES Propriedades: •Derivado de fonte renovável vegetal (óleo de coco/ palmiste/ palma) •Baixa toxicidade aquática e alta biodegradação •Boa detergência, alta espuma e sensorial de maciez a pele •Excelente performance em água dura •Efeito sinérgico com outros surfactantes •Fácil manuseio. •Custo próximo ao LESS Aplicações: tensoativo para shampoos e sabonetes Sabão Obtenção: reação de saponificação O CH 3 (CH2 )16 C O O CH 2 CH 3 (CH2 )16 C O CH + 3NaOH O CH 3 (CH2 )16 C Triestearina (Gordura) HO CH2 3 NaOOC(CH 2 ) 16CH 3 + HO CH HO CH2 O CH 2 Estearato de Sódio (Sabão) Glicerina Propriedades: detergência, baixa solubilidade em água, baixa tolerância à dureza de água, baixa resposta ao espessamento com sal, suavidade a pele. Aplicações: emulsionantes aniônicos para cremes, loções cremosas, bases para sabonetes e cremes de barbear Sarcosinatos (sabões interrompidos) O R C OH + Ácido graxo CH3 O NH CH2 C OH + NaOH N-metilglicina -H2O O CH3 O R C N CH2 C O-Na+ Sarcosinato Aplicação: Agente espumante e de suavidade para xampus, sabonetes em barra e líquidos. Alquil isetionato O R C Cl + HOCH2 CH2 SO3Na Cloreto de ácido graxo Isetionato de sódio O R C OCH2 CH2 SO3Na + HCl Alquilisetionato de sódio Propriedades: hidrolisa em pH muito alto ou baixo, bom dispersante de sabão de cálcio, suavidade a pele. Aplicação: Xampus opacos, sabonetes em barra e líquidos opacos. MATÉRIAS PRIMAS Tensoativos catiônicos Em solução sofrem dissociação e a parte hidrofílica da molécula é catiônica. CH3 CH3-(CH2)n-CH2 N+ CH3 CH3 X- Quaternários de amônio: obtenção através de ácidos graxos RC N + H 2 O RCOOH + NH3 ácido graxo amônia R´NH 2 alquilamina (1°) (1) CH2 RC N + H 2 CH2 O / H2 ou CH3 Cl CH CN (2) H2 R´2 NH dialquilamina (2°) nitrila graxa R´ N(CH 3) 2 CH3 Cl alquildimetilamina (3°) R´N + (CH3 )3 Cl cloreto de alquiltrimetil amônio R´NHCH 2 CH 2 CH2 NH2 N-alquil trimetilenodiamina CH3 Cl R´2 N+ (CH3 )2 Cl cloreto de dialquildimetil amônio Propriedades: São incompatíveis com tensoativos aniônicos. Precipitam com íons de dureza de água, ferro e metais pesados. EDTA potencializa o seu efeito. Aplicação: Condicionadores de cabelo, cremes para pentear. Quaternários de amônio: Aplicação Cadeia graxa Láurica-mirística Cetílica Estearílica Radical Metila Etila Benzila Função Bactericida Emoliência e Condicionamento Amaciamento e lubrificação Função Menor oleosidade Aumenta o efeito bactericida Maior oleosidade e efeito bactericida Polímeros quaternários Poliquaternium 10: obtido da reação do sal polimérico de amônio quaternário da hidroxietil celulose com epóxido substituído do trimetilamônio CH2OH O HO OH O HO OH CH 2 O (CH2 CH2 O)3 CH3 + (CH2 CHCH N CH Cl) 2 3 n O CH 3 OH Propriedades: São tolerantes a tensoativos aniônicos. Aplicação: xampus e sabonetes líquidos. MATÉRIAS PRIMAS Tensoativos anfóteros Contem dois diferentes grupos funcionais com caráter aniônico e catiônico (um átomo de N na forma quaternária ou protonizada e um ânion carboxílico). Em meio básico comportam-se como aniônicos, em meio ácido, como catiônicos e na forma de zwitterions em pH neutro. R3N+CH2COO- Betaínas Cocobetaína CH3 CH3 RN + + ClCH2 COONa R N CH2 COO CH3 CH3 Cocoamidopropil betaína RCOOH + H 2 NCH2 CH2 CH2 N(CH3 )2 RCONHCH2 CH2 CH2 N(CH3 )2 CH3 + RCONHCH 2 CH 2 CH2 N CH2 COO alquilamido betaína ClCH2 CO2 Na CH3 Aplicação: co-tensoativo para aumento da espuma, viscosidade e redução da irritação para xampus, sabonetes líquidos, loções higienizantes. MATÉRIAS PRIMAS Tensoativos não iônicos Em solução aquosa não sofrem ionização, não possuem carga. CH3-(CH2)m-CH2-O-( CH2CH2O )n H H H O H H O Tensoativos não iônicos: principais grupos hidrófilos Éter poliglicólico: -O - álcoois etoxilados Hidróxi: -OH ésteres de glicerol e ésteres de sorbitan Éster de ácido carboxílico: -COO(CH2CH2O)n H ésteres de polietilenoglicol Alcanolamidas: RCONH–CH2-CH2 OH alcanolamidas de ácido graxo Óxidos de amina: NO Óxidos de amina graxa R OH + Álcool graxo HN(CH3)2 amina secundária RN(CH3)2 Amina H2O2 Peróxido + R N(CH3)2 amina graxa RN(CH3)2 O + H2O Óxido de amina graxa Aplicação: co-tensoativo para aumento da espuma e viscosidade em xampus e sabonetes líquidos. Alcanolamidas de ácido graxo Obtenção: condensação de ácidos graxos ou óleos vegetais com alcanolaminas primária ou secundária. Fórmula geral: RCONR’R” MEA gera monoetanolamida DEA gera dietanolamida. Amidação direta do óleo menor pureza Amidação direta do ácido ou éster maior pureza Aplicação: co-tensoativo para xampus e sabonetes líquidos para aumento da espuma, viscosidade e sobreengorduramento à pele e ao cabelo. Alcanolamidas de ácido graxo Monoetanolamidas de coco a partir do óleo vegetal O CH (CH ) 2 n 3 C O CH 2 O CH (CH ) 2 n 3 C O C HO CH HO CH O 2 CH + 3H2N(CH2CH2OH) 3R—CH2CNH(CH2CH2OH) + HO CH O CH (CH ) 2 n 3 O CH 2 Composição: 80 a 84% de amida, 8 a 10% de glicerina livre, 1 a 2% de amina livre Éster de amina graxa (RCOOCH2CH2NH2) 2 Tensoativos não iônicos derivados de poliois Obtenção: esterificação de polióis hidrofílicos como glicol, glicerina, poliglicerina, pentaeritritol, ou glucosídeos com ácidos graxos. A parte hidrofílica é representada por grupos OH, que podem ser etoxilados para dar maior solubilidade ao éster. Exemplos: Ésteres de sorbitan e derivados etoxilados Ésteres de polietilenoglicol Alquilpoliglicosídeos Aplicação: emulsionantes, solubilizantes de essências, redutores de irritação, espessantes e perolizantes em xampus, sabonetes líquidos, cremes e loções. Ésteres de sorbitan Obtenção: esterificação do ácido graxo (láurico, esteárico, oleico) com sorbitol. Pode posteriormente ser etoxilado. Aplicação: emulsionantes, solubilizantes de essências, redutores de irritação em xampus, sabonetes líquidos, cremes e loções. CH2OH HOCH CH2 HO CH O O -H2O HO CH H C OH HO HOCH CH2 CH CH2OH O RC OH HOCH CH HOCH CH CHCH2OH CHCH2O OH OH O C R Ésteres de glicerila Obtenção: esterificação do ácido graxo (láurico, esteárico) com glicerol. Aplicação: co-emulsionantes e espessantes em cremes e loções. O CH 3 (CH2 )10 C CH 2 OH + CH 2 OH OH CH 2 OH O catalisador CH 3 (CH2 )10 C + H2O O CH 2 CH 2 OH CH 2 OH Alquilpoliglicosídeos Obtenção: reação da glicose do milho com álcoois graxos. Aplicação: co-tensoativos para aumento da espuma, viscosidade e redução da irritação em xampus e sabonetes líquidos. CH2OH O HO O HO CH2 OH HO HO O OH Cn H2n+1 O m n= 4 a 20 m=1,0 a 1,5 MATÉRIAS PRIMAS Agentes com propriedades específicas: EMOLIENTES MATÉRIAS PRIMAS Emolientes São insolúveis em água. Conferem espalhamento e lubrificação à pele e ao cabelo e aparência e espessamento às formulações. Exemplos: Hidrocarbonetos triglicerídeos, álcoois graxos, ésteres de álcoois graxos, álcoois graxos propoxilados e silicones. Emolientes: Hidrocarbonetos Hidrocarbonetos saturados Alcanos Alcanos normais: parafinas, óleo mineral Alcanos ramificados: isoparafinas Cicloalcanos Hidrocarbonetos insaturados Alcenos Alcinos Hidrocarbonetos aromáticos MATÉRIAS PRIMAS CH3 Emolientes: Álcoois graxos (CH2)n CH2 OH Exemplos: Álcool laurílico (C12/ 14 70/ 30) Álcool cetílico (C16) Álcool cetoestearílico (C16/ C18 30/ 70 ou 50/ 50) Álcool estearílico (C16/ C18) Álcool berrênico (C20/ 22) Álcool de Guebert (octildodecanol, 2-hexildodecanol) MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Álcoois graxos Lineares: são sólidos, PF= 30 a 60 C, insolúveis em água e conferem consistência às formulações de cremes. Ramificados: são líquidos, insolúveis em água, conferem excelente espalhamento sobre a pele com toque não oleoso e fornecem emulsões de baixa viscosidade. Usos: cremes, loções, xampus, desodorantes, condicionadores, etc. MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Éteres Fórmula geral R-O-R’. Exemplos: PPG-15 estearil éter Éter dicaprílico Monococoato de glicerila com 7 moles de óxido de eteno Perfluoropolimetil isopropil éter MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Ácidos carboxílicos Grupo funcional -COOH Exemplos: Ácido láurico (C12). Ácido mirístico (C14) Ácido esteárico (C18), Ácido palmítico (C16), Intermediários para reação com álcoois formando ésteres que são emolientes e reações de saponificação para produzir emulsionantes para cremes e loções. MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Ésteres Exemplos: Palmitato de cetila Oleato de decila Isonanoato de cetoestearila Miristato ou palmitato de isopropila Adipato de butila Monoestearato de glicerila Monoestearato de etilenoglicol. MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Ésteres de cadeia carbônica longa Propriedades: Insolúveis em água. Excelente capacidade lubrificante espalhamento sobre a pele. e de Conferem consistência às emulsões. O álcool de menor cadeia é o isopropílico que fornece ésteres que conferem um toque mais seco na pele, porém são comedogênicos. Álcoois de Hidrorepelentes. cadeia longa são MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Ésteres encontrados na natureza Triglicerídeos Óleos: jojoba, palma (estearina maracujá Gorduras: cacau. amêndoa, abacate, e oleína), babaçú, manteigas de Cera de abelha(C16 a C36). Cera de carnaúba (C16 a C36). Cera de Candelila(C22 a C34). cupuaçú, MATÉRIAS PRIMAS Emolientes: Silicones Moléculas complexas contendo siloxano e que se orientam em substratos polares. H 3C CH 3 H 3C Si CH 3 Si O O POLAR SUBSTRATE São emolientes com sensorial desde untuosidade até espalhabilidade e toque sedoso e aveludado sobre a pele MATÉRIAS PRIMAS Umectantes Substâncias higroscópicas Grupos orgânicos funcionais: Poliois ou glicois ou poliglicois hidratos de carbono (sacarídeos e polissacarídeos) derivados de ácidos carboxílicos (ésteres) Ácidos aminocarboxílicos (uréia) Aminoácidos e complexos de aminoácidos Proteínas hidrolisadas Fosfolipídeos Umectantes: Glicóis São álcoois contendo mais de um grupo -OH (glicóis) CH 2 CH 2 OH OH Propriedades: Líquidos de média a baixa volatilidade Solúveis em água Estáveis em ampla faixa de pH e na presença de meio ácido ou alcalino Higroscópicos Apresentam toque untuoso sobre apele Umectantes: Glicóis Exemplos Propilenoglicol: CH3CHCH2OH OH Dipropilenoglicol: : CH3CHCH2OCH2CHCH3 OH Polietilenoglicol OHCH2CH2O(CH2CH2O)nCH2CH2OH Hexilenoglicol: : OH CH3 CH3CCH2CHCH3 OH OH Umectantes: Poliois Exemplos Sorbitol Glicerina CH 2 CH CH2OH OH HO CH CH 2 OH OH Glicose HO CH CH 2OH H C OH HO CH H O H OH H O H OH OH H H CH 2OH OH HO H CH2OH HOCH2 OH D-(+)-glicose OH H D-(-)-frutose Umectantes: Derivados de ácidos carboxílicos Uréia: CO2 + NH3 NH4CO2NH2 Carbamato de amônio NH2CONH2+H2O Uréia Água Subprodutos da síntese: NH4CO2NH2 + H2O Carbamato de amônio (NH4)2CO3 Carbonato de amônio Umectantes: Derivados de ácidos carboxílicos Proteínas e aminoácidos: Proteínas são compostos de alto peso molecular, constituídos por muitos aminoácidos ligados entre si. Aminoácido é uma molécula bifuncional que possui os grupos amino e ácido carboxílico. Exemplos de aminoácidos: O CH 2 C N H2 Glicina O O OH CH3 CH C OH CH3 CH CH NH2 CH3 N H2 Alanina Valina C OH Umectantes: Derivados de ácidos carboxílicos Proteínas : Ligações peptídicas entre o grupo amino de um aminoácido e o grupo carboxílico de outro. OH OH O C H HC R N H + HO O C H O H C C R HC N H R H N O H C C R + H2 O N H H Ligação peptídica Proteínas hidrolisadas penetram umectantes. As proteínas quaternizadas formam filmesagentes de condicionamento ao cabelo e pele. MATÉRIAS PRIMAS Espessantes Classificados em orgânicos e inorgânicos. Os espessantes orgânicos (1)Espessantes de fase oleosa. (2)Espessantes de fase aquosa. Os espessantes inorgânicos: eletrólitos. MATÉRIAS PRIMAS Espessantes Os espessantes orgânicos Álcoois graxos, Ésteres de álcoois graxos e polióis. Triglicerídeos, Ceras naturais e sintéticas MATÉRIAS PRIMAS Espessantes Orgânicos solúveis em água. Hidratos de carbono H O H O H OH O H OH H O H OH O H O H OH H OH O H H H H H CH 2 OH CH 2 OH CH 2 OH H OH Celulose Aniônica: Carboximetilcelulose Não Iônicas: Hidroxietilcelulose, hidroxipropilcelulose Utilizadas em géis, cremes, xampus e condicionadores de cabelo. MATÉRIAS PRIMAS Espessantes Orgânicos solúveis em água. Polímeros orgânicos sintéticos Polímeros são constituídos de muitas moléculas pequenas e idênticas (monômeros), ligadas entre si por meio de ligações covalentes. Polímeros carboxivinílicos (carbômero). MATÉRIAS PRIMAS Espessantes Orgânicos solúveis em água. Polímeros orgânicos naturais Goma guar Goma xantana (aniônica e estável em ampla faixa de pH) Amido MATÉRIAS PRIMAS Espessantes Inorgânicos. Montmorilonitas modificadas (Veegan) que são argilas naturais de silicatos de alumínio e magnésio, fornecendo soluções opacas e por isso são utilizadas em cremes e loções cremosas e xampus opacos ou perolados . Eletrólitos: cloreto de sódio, cloreto de amônio, fosfato de sódio. São usados para espessamento de soluções aquosas de tensoativos aniônicos. MATÉRIAS PRIMAS Alcalinizantes/ Neutralizantes Bases orgânicas: Aminas e alcanolaminas, Amino metil propanol Bases inorgânicas: Hidróxido de sódio, Hidróxido de potássio, Hidróxido de amônio. Usados para neutralização de ácidos graxos para obter os sabões, neutralização dos carbômeros para obter géis e para corrigir pH. MATÉRIAS PRIMAS Acidulantes/ Neutralizantes Ácidos orgânicos: Carboxílicos (esteárico, mirístico) para obtenção de sabões e ésteres (umectantes). Ácidos hidroxicarboxílicos para uso tal qual (glicólico, lático) e para correção de pH (cítrico, acético). Ácidos inorgânicos: fosfórico e clorídrico diluídos. Estabilizantes de formulações Antioxidantes Quelantes Conservantes Auxiliam a manter a integridade da formulação. ANTIOXIDANTES Oxidação Qualquer hidrocarboneto pode sofrer autooxidação (rancificação), porém, a presença de insaturação amplia seriamente essa possibilidade. Os produtos da rancificação são aldeídos, cetonas e ácidos e podem causar: Odor e aspecto desagradáveis, destruindo a imagem do produto. Modificações no sensorial de alguns óleos. Podem produzir subprodutos oxidados tóxicos. ANTIOXIDANTES Barram ou retardam a oxidação dos componentes das formulações tais como fragrâncias, corantes, ativos, ceras e óleos vegetais entre outros. São divididos em Clássicos: sofrem redução para evitar a oxidação do componente orgânico (exemplo: metabissulfito de sódio) Não clássicos: captam os radicais livres proveniente da oxidação (BHT e vitamina E). ANTIOXIDANTES Auto-oxidação Mecanismo simplificado Terminação Hidroperóxidos decompõem em ácidos, álcoois, aldeídos e cetonas. Oxidações paralelas destroem vitaminas, corantes, pigmentos e fragrâncias. manifestação dos efeitos da oxidação: odor e sabor desagradáveis formação de resíduos poliméricos modificação de propriedades físicas ANTIOXIDANTES Mecanismo de ação dos antioxidantes Exemplo: BHT (butilhidroxitolueno) . R + (H 3C)3 C . OH O C(CH3 )3 C(CH3 )3 + (H 3C)3 C RH estabilizado C(CH3 )3 C(CH3 )3 ANTIOXIDANTES BHT (butilhidroxitolueno) . O (H 3C)3 C C(CH3 )3 O (H 3C)3 C C(CH3 )3 . . C(CH3 )3 O (H 3C)3 C C(CH3 )3 C(CH3 )3 O C(CH3 )3 (H 3C)3 C C(CH3 )3 . O (H 3C)3 C C(CH3 )3 . C(CH3 )3 C(CH3 )3 Radical estabilizado . RO2 . R O (H 3C)3 C O C(CH3 )3 RO 2 (o,p) C(CH3 )3 (H 3C)3 C C(CH 3)3 R (o,p) C(CH3 )3 ANTIOXIDANTES Foto-antioxidantes Protegem o produto contra os efeitos da radiação UV Principais produtos suscetíveis a foto-oxidação: polímeros carboxivinílicos, corantes, fragrâncias, óleos. Preferência por filtros com grande coeficiente de absortividade (para serem usados em baixas concentrações). Podem ser hidrossolúveis (Benzofenona 4) ou lipossolúveis (benzofenona 3). Dosagens pequenas: 0,05 a 0,1%. QUELANTES OU SEQUESTRANTES Substâncias que complexam íons metálicos (Ca, Mg, Fe, Cu) inativando-os e impedindo sua ação danosa sobre os componentes da formulação. HOOC CH2 H N CH2 CH2 HOOC CH2 CH2 N COOH H CH2 COOH ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) QUELANTES OU SEQUESTRANTES EDTA e seus sais Reação de complexação do íon cálcio (dureza de água): O 2- C O N O C O O C H2 C H2 O CH2 C N C H 2 C H 2 H2C H2C C C O O O O + Ca C O N O 2+ Ca N O C O O CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 C O QUELANTES Quelantes ou seqüestrantes: fatores A ação do seqüestrante é pH-dependente: Valores baixos de pH o íon hidrogênio atua como receptor de elétrons competindo com o íon metálico Valores de pH elevados o íon hidróxido atua como elétron-doador competindo pelo metal e pode causar precipitação. Estabilidade do complexo. Estequiometria da reação: 1 : 1. Qualidade da água. QUELANTES Principais quelantes Ácido cítrico e citratos CH 2 COOH HO C COOH CH 2 COOH ácido cítrico e seus sais são utilizados como acidulantes ou agentes formadores de sistema tampão como quelante perde para substâncias mais modernas como o EDTA apresenta sinergia de ação com o BHT QUELANTES Outros Quelantes Turpinal (ácido fosfônico orgânico) Ácido glicurônico ou glucônico e seus sais HEDTA (ácido hidroxietilenodiaminotriacético) DTPA (ácido dietilenotriaminopentaacético) Ciclodextrinas (oligossacarídeos cíclicos obtidos da degradação enzimática do amido) Metafosfato de sódio Heptanoato de sódio Metassilicato de sódio