Riscos ocupacionais no ambiente hospitalar: fatores que

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Riscos ocupacionais no ambiente hospitalar: fatores que
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Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 62-29, dez. 2012
Riscos ocupacionais no ambiente hospitalar: fatores que favorecem a sua ocorrência na
equipe de enfermagem
Occupational risks in hospital ambient: factors that can make the risks appear more
frequently in nursing team
Cinthya Danielle de Lima e Silva1; Wilza Maria Pinto1*
Faculdade de Integração do Sertão, Serra Talhada – PE.
1
Resumo: Trata-se de um estudo com base na literatura nas publicações entre 2008 a 2010 cujo
objetivo foi identificar os fatores que desencadeiam os riscos ocupacionais na equipe de enfermagem
no ambiente hospitalar. Os riscos ocupacionais se originam de atividades insalubres levando esses
profissionais a uma exposição exacerbada aos perigos presentes no ambiente de trabalho, ocasionando
efeitos adversos à saúde desse trabalhador, desencadeando no aparecimento de doenças e acidentes de
trabalho. A equipe de enfermagem no desenvolver de suas atividades diárias estão expostas a alguns
riscos dentre eles destacamos os: químicos, físicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos e os
psicossociais. De acordo com a classificação referida, percebe-se que esses riscos podem causar
agravos à saúde do profissional de enfermagem, como os acidentes de trabalho, erros de
procedimentos e/ou doenças ocupacionais, principalmente durante a assistência ao cliente, essa
exposição pode trazer conseqüências à saúde do profissional em vários aspectos. Verifica-se que a
exposição constante a esses riscos pode comprometer o desenvolvimento das ações laborativas e
desencadear problemas para toda a equipe de saúde. A identificação dos fatores relativos às condições
de trabalho que possam expor os profissionais aos riscos e aos problemas de saúde torna-se necessário
o uso medidas preventivas e educativas para que sejam colocadas em prática durante o
desenvolvimento de suas atividades laborativas.
Palavras-chave: riscos ocupacionais. Equipe de enfermagem. Acidente de trabalho.
Abstract: It is a study based on literature published from 2008 to 2010 which tried to identify factors
that started occupational risks in nursing staff into hospitals. Occupational hazards are caused by
unhealthy activities taking these professionals into a heightened exposure to hazards in the workplace
resulting in adverse effects in the worker’s health, resulting in diseases and accidents. When doing the
daily activity the nursing staff is exposed to many risks as: chemical, physical, mechanical, biological,
ergonomic and psychosocial. According to the classification it is clear that the nursing staff is exposed
to many risks that could cause health problems, such as work accidents, procedural errors or
occupational diseases especially during the patient care. This exposure can affect professional health
in many ways. It’s remarkable that constant exposure to these risks can put the daily job into serious
health problems in the entire staff. The identification of factors about the working conditions that can
expose professionals in risk and health problems makes necessary the use of preventive and
educational actions to practice during the development of their working activities.
Key words: Occupational risks. Nursing staff. Work accidents.
Autor para correspondência: Wilza Maria Pinto, Rua: João Luiz de Melo, 2110, Bairro: Tancredo Neves, Serra
Talhada, PE, CEP 56909-205. E-mail: [email protected].
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INTRODUÇÃO
Mundialmente os trabalhadores da
saúde
constituem
uma
categoria
profissional numerosa e diversificada. O
sistema de saúde tem demonstrado
tardiamente seu interesse pelos temas
referentes às cargas de trabalho, obrigações
e riscos a que estão expostos os
trabalhadores, bem como suas atividades
realizadas em função daqueles que são
objetos de seu cuidado. Existe uma grande
necessidade de humanizar o trabalho do
profissional para obter, consequentemente,
uma boa atenção aos clientes, objeto de sua
responsabilidade, mas para isto é
necessária uma atenção especial à sua
própria saúde, que precisa ser valorizada
(MAURO et al., 2010).
A preocupação dos profissionais da
saúde com a sua própria saúde é recente,
pois estes concentram a sua atenção em
assuntos relacionados ao aperfeiçoamento
de sua atividade, no sentido de adquirir
novos conhecimentos técnicos, uso de
novos equipamentos e fármacos, entre
outros, visando à melhoria na assistência
aos pacientes, esquecendo-se do seu
próprio cuidado, principalmente em
relação aos riscos, aos quais está exposto
na realização de suas ações (NUNES et al.,
2010).
Conforme Ribeiro; Christinne;
Espíndula (2010) os profissionais de saúde
em seu ambiente de trabalho estão
expostos a inúmeros riscos, o ambiente
hospitalar é um local tipicamente insalubre
na medida em que propicia a exposição de
seus trabalhadores a riscos físicos,
químicos,
fisiológicos,
psíquicos,
mecânicos e, principalmente, biológicos,
inerentes ao desenvolvimento de suas
atividades.
A partir da década de 40, o Brasil
passou a dar atenção aos problemas
relacionados com o exercício profissional
(GUGLIELMI, 2010). Historicamente os
trabalhadores da área da saúde não eram
considerados como categoria de alto risco
para os acidentes de trabalho. A
preocupação com os riscos biológicos
surgiu somente a partir dos anos 80 quando
foram estabelecidas normas para as
questões de segurança no ambiente de
trabalho (SILVA; ZEITOUNE, 2009).
A Lei Orgânica da Saúde
(8.080/90) regulamenta os dispositivos
constitucionais sobre o Sistema Único de
Saúde (SUS), destacando a Saúde do
Trabalhador, a que se refere ao conjunto de
atividades que se destinam por meio de
ações de vigilância epidemiológica e
sanitária, à promoção e proteção da saúde
dos trabalhadores, assim como visam à
recuperação e à reabilitação dos
trabalhadores submetidos aos riscos e
agravos advindos das condições de
trabalho (BRASIL, 1990).
Segundo Guglielmi (2010) torna se essencial e obrigatório, que as
Instituições implantem uma Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA),
bem como a Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar (CCIH) e os
programas PPRA (Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais) e PPRO (Programa
de Prevenção de Riscos Ocupacionais), em
suas unidades que atuarão juntamente com
a participação dos profissionais.
Além disso, as instituições devem
garantir treinamentos e capacitações aos
profissionais periodicamente, preparandoos para o cumprimento das normas
estabelecidas, realizando atividades com o
intuito de promover o autocuidado, o bemestar e a saúde do trabalhador durante suas
atividades no ambiente hospitalar.
A Norma Regulamentadora NR –
32 torna-se necessária, uma vez que, tem
como finalidade estabelecer as diretrizes
básicas para a implantação de medidas de
proteção à segurança e à saúde dos
trabalhadores dos serviços de saúde, bem
como daqueles que exercem atividades de
promoção e assistência à saúde em geral
(BRASIL, 2005). Em especial o quesito a
que se refere à exigência das instituições
de disponibilizarem os Equipamentos de
Proteção Individual – EPI, para que os
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mesmos sejam usados de forma adequada e
segura.
Graça Júnior et al. (2009) relatam
que a identificação precoce dos riscos
ocupacionais a que a equipe de
enfermagem está exposta contribui
efetivamente na prevenção e no controle
dos riscos e dos acidentes de trabalho,
reduzindo os danos à saúde do trabalhador
e os prejuízos à instituição.
Dessa forma, é essencial a adoção
de estratégias que possibilitem uma
educação
permanente,
através
de
programas de treinamento, palestras,
cursos e desenvolvimento pessoal, com a
implantação de medidas que desenvolverão
proteção adequada no ambiente de
trabalho.
O presente estudo teve como
objetivo identificar nas publicações
científicas os fatores que contribuem para
ocorrência dos riscos ocupacionais na
equipe de enfermagem no ambiente
hospitalar, destacando os principais
elementos que predispõe aos riscos mais
comuns que desencadeiam problemas ao
profissional de enfermagem conforme
verificado nos artigos científicos.
Ao elucidar os fatores que
ocasionam esses riscos, consegue - se
explorar o problema de forma integrada na
tentativa de planejar e adotar medidas
importantes para prevenir a sua ocorrência
na equipe de enfermagem. Essa forma de
atuação permite um diagnóstico precoce de
agravos relacionados ao trabalho, além de
evidenciar a existência dos casos de
doenças / acidentes que afetam a saúde do
profissional de enfermagem.
METODOLOGIA
Trata-se
de
uma
revisão
bibliográfica nas bases de dados LILACS
(Literatura Latino Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde), Scielo, além de
outras
publicações
eletrônicas
de
relevância em território nacional. Cuja
trajetória metodológica apóia-se nas
leituras exploratórias e seletivas desse
material.
A revisão literária foi realizada no
período de março a outubro de 2011.
Empregou – se os seguintes descritores:
enfermagem, riscos ocupacionais, saúde do
trabalhador, acidente de trabalho e fatores
de riscos. Efetuou-se primeiramente a
leitura dos trinta e dois artigos
pesquisados,
posteriormente,
foram
selecionados vinte e quatro títulos que
tinham maior compatibilidade com a
temática e com os objetivos do estudo. Os
artigos selecionados têm publicações entre
os anos de 2008 a 2011 em periódicos
nacionais, assim como também a Lei
Orgânica da Saúde (BRASIL, 1990) e a
Norma
Regulamentadora
NR-32
(BRASIL, 2005). Os dados foram
analisados à luz do referencial teórico.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Através da análise dos artigos foi
possível identificar e delimitar os temas
relacionados aos riscos ocupacionais os
quais a enfermagem está exposta e propor
neste estudo a implantação de medidas de
promoção e de prevenção que serão
aplicadas na equipe de enfermagem, cuja
finalidade seria minimizar esses fatores,
buscando uma forma de diminuir a
ocorrência desses riscos os quais acarretam
prejuízos a saúde e ao desenvolvimento
profissional
dos
trabalhadores
de
enfermagem.
A saúde ocupacional ou saúde do
trabalhador refere-se à promoção e à
preservação da integridade física do
trabalhador durante o exercício de sua
função, detectando por meio da abordagem
de prevenção, rastreio e diagnóstico
precoce de agravos à saúde relacionados ao
trabalho, além da constatação da existência
de casos de doenças profissionais ou danos
irreversíveis à saúde do trabalhador
(LEITÃO;
FERNANDES;
RAMOS,
2008).
A identificação dos fatores de
riscos tem como objetivos principais
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reconhecer e avaliar os riscos indicando
maneiras de gerenciamento, buscando
monitorar, e se possível, diminuir a
incidência de acidentes de trabalho dos
quais estão expostos os profissionais
durante o desenvolvimento de suas
atividades laborativas.
Ao ter interferência em sua qualidade
de vida, o profissional muda atitudes,
tanto no âmbito intrafamiliar quanto
no
intra-hospitalar,
podendo
comprometer
o
relacionamento
interpessoal no trabalho e a qualidade
do atendimento aos clientes, o que
trará certamente consequências ao
indivíduo e/ou à população assistida
(PEREIRA; MIRANDA; PASSOS,
2009).
Os trabalhadores de enfermagem
durante a assistência ao paciente estão
expostos a inúmeros riscos ocupacionais
causados por fatores químicos, físicos,
mecânicos,
biológicos,
ergonômicos,
incluindo os psicossociais, que podem
ocasionar
doenças
ocupacionais
e
acidentes
de
trabalho
(DUARTE;
MAURO, 2010).
Dentro desse panorama destacamse os fatores que levam o trabalhador de
enfermagem aos riscos ocupacionais, que
se originam de atividades laborais
insalubres e perigosas podendo provocar
efeitos adversos à saúde do profissional.
(CASTRO; FARIAS, 2008).
A enfermagem é considerada uma
profissão de risco devido à exposição à
qual o profissional se submete diariamente,
comprometendo
sua
saúde
e
desencadeando um grande número de
acidentes em serviço e de doenças
ocupacionais.
Dentre os fatores que levam a
ocorrência dos riscos ocupacionais os
principais são:
1 Número insuficiente de funcionários:
O déficit de profissionais acarreta
uma sobrecarga de trabalho, porque uma
vez que há um número maior de clientes
para cada funcionário, prejudica a
interação com suas funções e com o
ambiente de trabalho, na medida em que
este ambiente contém demandas excessivas
(PEREIRA; MIRANDA; PASSOS, 2009).
A escassez de trabalhadores de
enfermagem, os baixos salários, a
flexibilidade nos horários, têm sido
apontados como causas para que estes
profissionais acumulem funções em mais
de um emprego. Assim os profissionais
têm uma carga horária semanal que duplica
o horário normal comprometendo a
eficiência do serviço.
2 Sobrecarga de trabalho
O trabalho de Enfermagem é um
trabalho desgastante, além da sobrecarga
de horário, sobrecarga de funções, que
levam à insegurança no trabalho,
aumentando
a
responsabilidade
profissional, muitas vezes com recursos
inadequados o que prejudica o bom
andamento de suas funções (GAMA et al.,
2008).
Nas unidades hospitalares, o
trabalho tem sido associado à sobrecarga e
ao desgaste do trabalhador, em especial
nos hospitais públicos, caracterizados pela
elevada
demanda
da
população,
principalmente de usuários do Sistema
Único de Saúde (SUS). A sobrecarga de
trabalho pode interferir na qualidade de
vida de seus trabalhadores (MONTEIRO;
BENATTI; RODRIGUES, 2009).
3 Rodízio de turnos dos plantões noturnos
O trabalho noturno pode causar um
impacto
negativo
à
saúde
dos
trabalhadores, alterando os períodos de
sono e vigília, transgredindo as regras do
funcionamento
fisiológico
humano.
Desencadeiam - se as sensações de mal estar, fadiga, flutuações no humor,
reduções no desempenho devido ao déficit
de atenção e concentração e ainda pode
provocar distúrbios gastrointestinais, entre
outros.
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Além de jornadas de trabalho
prolongadas e privação do sono, os
trabalhadores da saúde são ansiosos,
depressivos e desmotivados, podendo
ocasionar com isso, distúrbios do ritmo
circadiano, interferências no desempenho
do
trabalho,
dificuldades
no
relacionamento
familiar
e
social,
deterioração da saúde (MEDEIROS et al.,
2009).
O desempenho do profissional de
enfermagem quando afetado acarreta em
falhas de percepção e dificuldades de
concentração nas tarefas a serem
executadas. Com isso o estado mental e
emocional do profissional é afetado
levando ao estresse, consequentemente
cefaléias, distúrbios gastrointestinais,
alterações de humor, são referidos como
doenças ocupacionais causadas pelo
estresse
(LEITÃO;
FERNANDES;
RAMOS, 2008).
O grau de complexidade das
atividades a serem executadas, as
responsabilidades no serviço, o dever de
ter conhecimento técnico – científico
contribui para ocorrência de alterações
psíquicas no profissional, este por sua vez
não consegue desenvolver suas atividades
com
segurança,
prejudicando
seu
desempenho profissional.
de saúde pública e um dos mais graves no
campo da saúde do trabalhador, levando-o
a diferentes graus de incapacidade
funcional, gerando um aumento de
absenteísmo e de afastamentos temporários
ou permanentes do trabalhador e
produzindo custos expressivos em
tratamento e indenizações (SOUZA et al.,
2011).
De acordo com Leitão; Fernandes;
Ramos (2008) a fadiga é observada como
um sinal de alarme para o organismo
humano, pois ao reconhecer seus limites
mostra a necessidade de estabelecer um
período para repouso onde reorganizará
suas forças revertendo assim os sintomas
estabelecidos. Quando essa solicitação de
repouso não é obedecida, instala-se a
fadiga, desencadeando no profissional um
esgotamento físico e psíquico que
apresentará alterações no funcionamento
fisiológico das funções orgânicas.
A
ação
preventiva
e
o
comportamento das pessoas com relação à
saúde evidenciam a resistência das mesmas
em aceitarem as orientações sobre a
melhor forma de prevenir as doenças, por
acharem que o risco pessoal de contrair
uma doença é algo subjetivo, ou seja, não
tem consciência da gravidade e das
consequências
que
podem
causar,
dependendo do risco e da doença é dada à
devida
importância
ao
acontecido
(MALAGUTI et al., 2008).
5 Condições físicas impróprias
6 Falta de capacitação profissional
As principais queixas apresentadas
por trabalhadores de enfermagem são as
doenças
infecto
contagiosas,
geniturinárias, cardiovasculares, reações
alérgicas, fadigas, contusões, torções,
ferimentos etc. As lombalgias e os
distúrbios
osteomusculares
estão
relacionados ao transporte e movimentação
de pacientes, organização do ambiente de
trabalho com posturas inadequadas
(MIRANDA; STANCATO, 2008).
Os
distúrbios
músculo
esqueléticos acarretam um grave problema
Muitas variáveis contribuem para a
ocorrência dos riscos ocupacionais, a falta
de capacitação profissional é uma delas,
evidenciando a necessidade de criação de
estratégias
direcionadas
a
estes
profissionais, visando à prevenção de
acidentes durante as atividades laborais. Os
hospitais poderiam estabelecer uma
política permanente de educação e
capacitação
de
seus
funcionários,
enfocando a enfermagem que tem grande
representatividade
na
assistência
4 Desgaste mental e emocional
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(BARBOSA;
2009).
FIGUEIREDO;
PAES,
7 Exposição às substâncias tóxicas
A exposição às substâncias tóxicas
está entre os riscos químicos que são
encontrados na forma sólida, líquida ou
gasosa. Os elementos tóxicos são
utilizados com a finalidade de limpeza,
desinfecção e esterilização. As vias de
ingresso ao organismo são: a inalação, a
absorção, a via cutânea e a ingestão, além
da manipulação de medicamentos como os
quimioterápicos sem a devida proteção.
Podem ocasionar efeitos irritantes,
anestésicos, sistêmicos, cancerígenos,
inflamáveis, explosivos e corrosivos
(RIBEIRO; CHRISTINNE; ESPÍNDULA,
2010).
8 Exposição ocupacional
Por
serem
prestadores
de
assistência ininterrupta, ou seja, 24 horas
por dia, os trabalhadores de enfermagem
são os que mais permanecem em contato
físico com os doentes. O material biológico
é o principal risco ao qual o profissional de
enfermagem está exposto (MULLER et al,
2008).
Diante do risco biológico, as
infecções mais preocupantes são aquelas
causadas pelos vírus da AIDS (HIV), das
Hepatites B e C, sendo a principal via de
transmissão ocupacional por meio da
exposição a sangue, via acidente
percutâneo (NEVES et al., 2011).
A
exposição
ocupacional
relacionada ao cuidado direto aos pacientes
ocorre por meio de presença de sangue,
secreções, fluidos corpóreos por incisões,
sondagens, cateteres. O risco de infecção
ocorre por meio de ferimento percutâneo
(ocasionado por picada de agulha ou corte
com objeto agudo) ou contato de
membrana, mucosa ou pele (por meio de
rachadura de pele ou dermatite), com
sangue ou outros fluidos corpóreos
potencialmente infectados.
9 Indisposição ou mau uso dos EPIs
No ambiente hospitalar o trabalho
realizado é arriscado e insalubre, fazendo
com que os trabalhadores realizem suas
tarefas sem proteção adequada, de modo
inadequado, sem o uso de EPI ou quando
estes não se encontram disponíveis pela
instituição, levando as condições laborais
inadequadas decorrentes da falta de
recursos e materiais dos hospitais bem
como à falta de conscientização da equipe
de enfermagem sobre o uso do EPI
(GIOMO et al, 2009).
Torna-se necessário que a NR 32
seja cumprida, principalmente o quesito
que se refere à exigência das instituições
de disponibilizarem os EPIs para serem
usados pelos profissionais enfatizando
orientações sobre a forma adequada e
segura de seu uso com a finalidade de
evitar ou minimizar os riscos ocupacionais,
porém observa-se que essas normas não
são usualmente seguidas pelos empregados
por não terem conhecimento de seus
direitos e pelos empregadores que não
exigem o cumprimento dessas normas
pelos seus funcionários.
10 Condições inapropriadas de trabalho
Mauro et al. (2010) relatam que na
maioria das vezes é o contrato de trabalho
que define as condições de trabalho,
compreendendo a carga horária, a jornada,
as atividades, a remuneração e outros
aspectos que muitas vezes não condizem
com a função realizada. A vida do
trabalhador sofre a influência do processo
de trabalho em vários aspectos de ordem
social, como organização do trabalho,
distâncias da residência, inexistência de
creches, responsabilidade exagerada do
cargo, despersonalização das relações entre
trabalhador e patrão, apreensão ante a
possibilidade de demissão ou aproximação
da aposentadoria, redução de gastos da
empresa (situação econômica), provocando
sensação de desconforto e aborrecimento.
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Em virtude disso, os profissionais
ficam sem condições adequadas de
trabalho, gerando insegurança, medo, falta
de apoio institucional, carga horária de
trabalho extensa, baixos salários e os
direitos dos trabalhadores sem serem
reconhecidos e regulamentados.
11 Ambiente de trabalho
No local de trabalho existem
fatores que interferem na saúde do
trabalhador, como a climatização do local
de trabalho, que exige a adaptação da
regulação térmica, sendo necessário que o
organismo trabalhe dobrado para adequar a
temperatura corporal ao ideal fisiológico.
A exposição a altos níveis de ruídos
sonoros por tempo prolongado ocasiona
danos ao sistema auditivo e outros
comprometimentos, como os distúrbios do
sono e descanso mental. As lesões
auditivas produzidas são irreversíveis e
muitas vezes não são percebidas de
imediato, prejudicando a comunicação e
interferindo
nos
relacionamentos
interpessoais (GRAÇA JÚNIOR et al.,
2009).
Os resíduos ou lixos hospitalares
representam uma fonte de riscos à saúde do
ser humano e ao meio ambiente. Para
evitar a ocorrência de acidentes e
contaminações, é de suma importância à
identificação dos mesmos usando os sacos
plásticos nas cores ideais para a que se
destina.
De acordo com Veras e Alexandria
(2008) os resíduos hospitalares são
classificados conforme a tabela 1:
Tabela 1 - Classificação dos resíduos.
GRUPO
Grupo A
Grupo B
Grupo C
TIPO DE
RESÍDUO
Biológico
Químico
Radioativo
DESCRIÇÃO
Peças
anatômicas,
resíduo
biológico,
recipientes ou
materiais
utilizados em
procedimento
de saúde com
fluidos,
secreções, etc
SÍMBOLO DE
IDENTIFICAÇÃO
EMBALAGEM
Saco leitoso
branco, com
símbolo de
substância
infectante com
rótulo branco e
contorno preto.
Resíduos
químicos,
metais
pesados.
Saco plástico
deverá conter uma
caveira como
símbolo de
identificação.
Rejeitos
sólidos ou
líquidos
provenientes
de laboratórios
de análises
clínicas;
serviços de
medicina
nuclear e
radioterapia.
Rótulos de fundo
amarelo e
contornos pretos,
acrescido da
expressão
REJEITO
RADIOATIVO
com símbolo
internacional de
presença de
radiação ionizante.
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Continua
GRUPO
TIPO DE
RESÍDUO
DESCRIÇÃO
Plástico, copo,
papel, caixa,
etc.
Grupo D
Grupo E
Comum
Perfurocortante
Ampolas,
lâminas,
agulhas,
cateteres, etc.
SÍMBOLO DE
IDENTIFICAÇÃO
EMBALAGEM
Saco plástico
deverá ser azul ou
preto. Pode ser
utilizado recipiente
próprio para
reciclagem
utilizando os
símbolos de
materiais
recicláveis.
Embalagem rígida,
resistente à
punctura, ruptura e
vazamento, com
tampa e
identificada.
Fonte:
Em relação ao GRUPO C, seu
manuseio só deve ser feito por pessoal
treinado, qualquer acidente deve ser
comunicado imediatamente a Comissão
Nacional de Energia Nuclear – CNEN. As
roupas sujas devem ser colocadas em
baldes grandes com sacos plásticos
impermeáveis e resistentes (em cor
diferente dos sacos de resíduos). Devido à
dificuldade para identificar e classificar a
contaminação das roupas, todas devem
receber o mesmo tratamento (VERAS;
ALEXANDRIA, 2008).
Torna-se evidente que problemas
referentes ao espaço físico pequeno
atrapalham as atividades dos profissionais
contribuindo para comprometimento do
seu bem estar, como também a iluminação
inadequada dificultando a visibilidade e
afetando a acuidade visual, a precariedade
da falta de sinalização no ambiente
hospitalar sobre piso úmido∕molhado
provoca maior ocorrência de acidentes
graves envolvendo não só os profissionais,
mas os pacientes em geral.
É importante implementar medidas
com o intuito de prevenir, evitar ou reduzir
os danos que a exposição ocupacional
provoca nos profissionais em enfoque,
criando programas de treinamentos e
desenvolvimento pessoal, promovendo
educação em serviço, introduzindo
palestras e minicursos no ambiente
hospitalar.
A adesão dessas medidas requer
mudança
nas
condutas
e
no
comportamento do profissional, pois são os
obstáculos a serem vencidos referentes à
prevenção dos riscos ocupacionais,
tornando - se um desafio a ser enfrentado e
conquistado pela equipe de enfermagem.
Duarte; Mauro (2010) ressaltam
que o projeto de reorganização dos
serviços de saúde exige a adoção de uma
política comprometida com a melhoria da
inserção dos trabalhadores nos serviços de
saúde, priorizando os princípios da
valorização profissional e da participação
dos funcionários, visando produzir
mudanças na sua mentalidade e nas suas
ações, mediante a qualificação e/ou a
incorporação de novos conhecimentos.
Recuperar uma “postura de respeito e
dignidade ao trabalho e aos trabalhadores”.
Sabemos que de fato a aplicação de
precauções e intervenções no processo de
trabalho não são suficientes para garantir
as medidas de prevenção, devendo fazer
parte das estratégias as reflexões a respeito
das mudanças de comportamento e as
causas dos acidentes. A baixa adesão ou
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ausência desta às recomendações das
barreiras de proteção é uma realidade, o
que leva a indagar sobre outros fatores, que
podem estar contribuindo para este tipo de
comportamento (CASTRO; SOUZA;
SANTOS, 2010).
A participação e o desempenho de
toda a equipe é de suma importância, o
trabalho
em
grupo
auxilia
no
desenvolvimento de estratégias de
prevenção aos riscos, promovendo a
interação, enfrentamento das dificuldades,
conhecimento sobre o assunto e
diminuição da ocorrência dos acidentes de
trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das pesquisas realizadas
percebe-se a importância da prevenção e
do conhecimento sobre os fatores de riscos
para o profissional que desenvolve suas
atividades no ambiente hospitalar.
Evidencia-se que determinações
referentes aos cuidados com o uso
adequado dos equipamentos irão evitar
problemas
de
saúde
para
esses
trabalhadores os quais estão expostos
diariamente, observa-se que as mesmas
não são cumpridas, não só por falta de
conhecimento, mas por acomodação e
inexistência de compromisso com sua a
própria segurança.
O profissional que atua no ambiente
hospitalar está exposto à acidente de
trabalho, desgaste mental e emocional,
sobrecarga de trabalho, quantidade
insuficiente de profissionais, condições
físicas inadequadas, uso incorreto dos
EPIs, enfim qualquer problema que possa
vir afetar o desempenho profissional do
trabalhador coloca em risco as pessoas
envolvidas no processo do cuidado, e
consequentemente altera a dinâmica do
serviço, bem como compromete a
qualidade da assistência prestada.
Enfim, entende-se o quanto é
essencial e importante que os profissionais
busquem formas para modificar suas
condutas e atitudes e que estejam
preparados para enfrentar mudanças com o
intuito de amenizar problemas aos quais
estão expostos diariamente, através da
aquisição do conhecimento de seus direitos
e deveres para que consigam trabalhar com
mais segurança e menos danos para sua
saúde.
REFERÊNCIAS
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