SOAR Gemini OPD LNA - Laboratório Nacional de Astrofísica
Transcrição
F oi realizada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), entre os dias 14 e 18 de julho, a 16ª Exposição de Tecnologia e Ciência (ExpoT&C). O evento integrou as atividades da 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e contou com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Dr. Sergio Rezende. No dia 14, o Ministro inaugurou a Exposição e visitou os estandes das Unidades de Pesquisa do Ministério. No espaço destinado ao LNA, foi recebido pelo Diretor da Instituição, Dr. Albert Bruch e pela pesquisadora Mariângela Oliveira Abans, que o presentearam com os materiais elaborados para divulgar a Astronomia e com um exemplar do segundo número do LNA em Dia. O LNA mostrou em seu estande, além de apresentações multimídia sobre a Instituição e temas de Astronomia, os trabalhos que vêm sendo realizados nas áreas tecnológicas de desenvolvimento de instrumentação. Entre esses trabalhos, destacaram-se um cabo de fibras óticas para demonstração ao público desta tecnologia e peças mecânicas de instrumentos astronômicos. Foram também distribuídos materiais impressos com informações sobre os telescópios gerenciados pelo LNA, bem como material didático para divulgação da Astronomia. O estande, que estava localizado junto aos estandes do MAST e ON, recebeu diariamente cerca de 800 visitantes durante a exposição. Uma das apresentações multimídia que mostra a Instituição por meio de pequenos fatos de cada área desenvolvida no LNA está disponível em nossa página na web (http://www.lna.br/lnavirtual/index.html). Em 2009, a 17ª Exposição de Tecnologia e Ciência (ExpoT&C) e a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) serão realizadas em Manaus, Amazonas. SOAR Balanço.................... 2 Goodman................. 5 Gemini Intercâmbio.............. 6 Renião..................... 8 WFMOS.................. 10 OPD ALLSKY.................. 13 Balanço.................. 15 LNA SECOP.................... 17 Curtas...................... 18 Foi publicado no Diário Oficial do dia 08 de agosto o resumo do edital do concurso público para preenchimento de 6 vagas nas áreas científica e técnológica, distribuídas em uma vaga para Pesquisador na área de Astrofísica Observacional Ótica, uma vaga para Tecnologista em Automação e Controle, uma vaga de Técnico para Assistente noturno e três vagas para Técnicos de laboratório. O Edital completo foi publicado na página web do LNA (http://www.lna.br). Dr. Albert Bruch, Diretor do LNA, Dr. Sérgio Rezende, Ministro da Ciência e Tecnologia e a pesquisadora Mariângela Oliveira Abans em dia C omo é usual a cada final de semestre, faz-se necessário realizar um balanço das operações de observação do semestre imediatamente anterior com o intuito de avaliar a produtividade in situ do conjunto telescópio/instrumento. No caso de 2008A (01/02/2008 – 31/07/2008) os resultados são altamente positivos e permitem confirmar o esforço que a Secretaria Nacional do SOAR junto com os Astrônomos Residentes vem realizando para garantir uma alta eficiência nas operações de ciência do Observatório. Em 2008A foram aprovados pela Comissão Brasileira de Programas do SOAR (CBP/SOAR) um total de 20 propostas, totalizando 364 horas de observação. Dois desses projetos ganharam tempo em modo remoto, sendo-lhes concedidos seis noites (três noites cada), ou o equivalente de 60 horas. As 304 horas restantes foram aprovadas no modo fila. É importante mencionar que nesse semestre foram alocadas 40 horas a mais que as efetivamente disponibilizadas. Isso para dar maior flexibilidade à execução da fila, já que era previsto que o espectrógrafo/imageador OSIRIS ficaria fora de operação na primeira metade do semestre para reparos. De fato, OSIRIS foi colocado novamente em funcionamento durante o mês de maio. A Figura 1 mostra o número de horas concedidas (azul escuro) e as observadas (azul claro) para cada um dos diferentes projetos do semestre, organizados em ordem decrescente de prioridade. Cabe lembrar que a partir de 2008A foi introduzido o sistema de bandas, sendo que programas dentro de uma mesma banda tem igual prioridade na hora de observação. Figura 1. Histograma que apresenta o número de horas concedidas (azul escuro) e observadas (azul claro) dos diferentes projetos, ordenados em ordem decrescente de prioridade. Os projetos nas posições de número 3 e 14 foram realizados no modo remoto. em dia Já a Figura 2 apresenta a porcentagem de execução de cada projeto, também de acordo com a prioridade do mesmo. Constata-se que quatro dos cinco projetos da Banda 1 foram concluídos na íntegra (100%), e um teve uma fração de execução acima dos 80%. Dos cinco projetos da banda 2, três foram completados acima de 60%. Os programas das bandas 3 e 4 foram duramente prejudicadas pela ausência do OSIRIS, já que uma boa parte destes solicitaram esse instrumento. Os projetos no ranking 11 e 15 foram executados em modo remoto utilizando a sala de observação do Instituto Astronômico e Geofísico da USP. Figura 2. Histograma que apresenta a porcentagem de execução dos diferentes projetos, ordenados em ordem decrescente de prioridade. Cada cor está associada a uma banda de observação. A banda 1 (cor vermelha) inclui os projetos de 1 a 5; a banda 2 (cor amarela) ,os projetos de 6 a 10; a banda 3 (cor azul), os projetos de 11 a 15 e a banda 4 (cor salmão), os projetos 16 a 20. A Figura 3 apresenta o histograma com o número de horas disponíveis (azul escuro) e observadas (azul claro) para cada mês. Março, abril e maio foram altamente produtivos, com taxas de aproveitamento acima dos 80%. Destaque para este último mês, já que todas as horas disponíveis foram utilizadas (100% de aproveitamento). Junho teve o pior desempenho; o mal tempo fez com que apenas 43% do tempo pudesse ser aproveitado. Figura 3. Comparação entre o número de horas disponíveis (azul escuro) e observadas (azul claro) para cada um dos meses de 2008A. Em maio, o aproveitamento foi de 100% em dia A Tabela 1 lista o número de horas observadas por mês durante 2008A (coluna 2), assim como as horas perdidas por mau tempo e problemas instrumentais (colunas 3 e 4, respectivamente). Por hora observada entende-se o tempo em que a cúpula esteve aberta executando um programa brasileiro (incluído o tempo de apontamento e calibrações). Mau tempo indica cúpula fechada por más condições atmosféricas (chuva, vento, nevoeiro, neve e/ou nuvens espessas com cobertura de 100% do céu). Na categoria problemas instrumentais inclui-se qualquer falha nos equipamentos, instrumentos e telescópio que impediram realizar observações. Os números listados na Tabela 1 permitem constatar que das 317 horas disponíveis para observação durante o semestre (modos fila e remoto), 236 horas foram efetivamente utilizadas em operações de ciência, o que equivale a um aproveitamento de 75%. Se consideramos apenas o tempo utilizado em modo fila, o aproveitamento tem um ligeiro decréscimo, caindo para 72%. O aproveitamento do tempo de observação no modo remoto foi melhor. Das 60 horas concedidas, apenas 10 (o equivalente a uma noite) foram perdidas. O aproveitamento, nesse caso, foi de 83%. Similar ao semestre anterior, o mau tempo é a variável que mais contribuiu negativamente no aproveitamento das noites. Junho, por exemplo, foi um mês ruim. Isso porque 40 horas (quatro noites) foram totalmente perdidas por condições atmosféricas altamente desfavoráveis. Na categoria “falhas instrumentais” (coluna 4), incluem-se problemas no telescópio e/ou nos instrumentos durante as observações assim como falhas humanas que impediram a coleta de dados de valor científico. A grande parte das 10 horas que foi reportada nesse item durante o semestre (apenas 3% do tempo total) foram por causa de problemas na guiagem no telescópio durante o mês de junho, e que foram prontamente minimizadas. Alberto Rodríguez Ardila é pesquisador do MCT/LNA e o Gerente Nacional do Telescópio SOAR em dia O semestre 2008B recém começou mas já têm notícias bastante positivas para a Comunidade brasileira. Isso por causa do espectrógrafo Goodman, que foi utilizado na noite de 4 de agosto na observação de programas do País. Foram obtidos espectros pertencentes ao programa SO2008B-001 ("The SOAR Symbiotic Star Survey in the Magellanic Clouds") do Professor Marcos Diaz, do IAG-USP, como pesquisador principal. As informações mais recentes sugerem que o espectrógrafo está funcionando como esperado. Um novo bloco de ciência brasileira está programado para finais de agosto, quando está previsto que o Goodman seja utilizado novamente para observação de projetos do Brasil. Esperamos já na próxima edição do LNA em Dia apresentar um balanço mais completo do primeiro mês de atividades científicas desse instrumento. Outra boa notícia relacionada ao espectrógrafo óptico é que está já em funcionamento a interface gráfica que permite o controle do instrumento remotamente desde La Serena. Esse é um primeiro passo, que visa facilitar, em breve, a execução de projetos a partir das salas de observação remotas do País. Por fim, aos interessados em realizar espectrofotometria com Goodman, informamos que já está disponível uma fenda de ~10" de largura. A Secretaria Nacional do SOAR está otimista em relação aos resultados que possam ser atingidos em 2008B e encontra-se trabalhando ativamente para aprimorar a eficiência do telescópio. Informações adicionais serão apresentadas durante a XXXIV Reunião Anual da SAB, no mês de setembro. Em particular, na quintafeira, 11 de setembro, entre às 9 e às 10h30m , foi programada a nossa Reunião de Usuários do Telescópio. Alberto Rodríguez Ardila é pesquisador do MCT/LNA e o Gerente Nacional do Telescópio SOAR em dia O Observatório Gemini participa de intercâmbio de tempo com outros observatórios para expandir as capacidades instrumentais acessíveis à comunidade Gemini. Atualmente, o Observatório tem em funcionamento dois programas de intercâmbio. O primeiro acordo é a troca de noites clássicas inteiras com o espectrógrafo óptico HIRES no telescópio Keck I por noites clássicas com Michelle ou NIRI no Gemini Norte (GN) ou com T-ReCS no Gemini Sul (GS). O segundo acordo é de troca de tempo com o telescópio Subaru. Desde o semestre 2008A, a troca tem sido de noites clássicas inteiras no Subaru por O processo de submissão de propostas para o Keck e o Subaru pela comunidade Gemini é o mesmo das propostas para os telescópios Gemini. Veja as orientações de como submeter uma proposta na página web “Informações para o Usuário” (http://www.lna.br/gemini/ngo/GemNGO _1.html) do Escritório Brasileiro do Gemini e na página da chamada para propostas (http://www.gemini.edu/sciops/ObsProce ss/ObsProcIndex.html) do Gemini. Nestas páginas são encontrados detalhes sobre a quantidade de tempo disponível e outras informações relevantes. Para o semestre 2008B, por exemplo, todos os solicitantes de tempo no Keck deveriam também completar a página de capa do Keck (https://www2.keck.hawaii.edu/inst/PILo gin/login.php). Além disso, as noites clássicas no Keck e no Subaru (desde noites clássicas no Gemini. Os instrumentos do Subaru atualmente disponíveis para a comunidade Gemini são Suprime-Cam (imageamento óptico de campo largo) e MOIRCS (espectroscopia multi-objetos e imageamento no infravermelho próximo). Em troca, a comunidade Subaru tem acesso aos instrumentos GMOS, NIRI, NIFS, Altair/NGS, Altair/LGS no GN e GMOS e T-ReCS no GS. Propostas conjuntas de membros das comunidades Subaru e Gemini para tempo no Gemini são permitidas e encorajadas. 2008A) disponíveis para a comunidade Gemini têm sido pré-agendadas em janelas, divulgadas na chamada para propostas do semestre em curso. Assim, é importante verificar, antes de submeter uma proposta, se os alvos científicos podem ser observados na época dessas janelas. As orientações sobre como observar com cada um dos instrumentos podem ser encontradas nas páginas web dos telescópios Keck e Subaru: HIRES (http://www2.keck.hawaii.edu/inst/hires/ hires.html) Suprime-Cam (http://www.naoj.org/Observing/Instrume nts/SCam/index.html) MOIRCS (http://www.naoj.org/Observing/Instrume nts/MOIRCS/index.html). em dia Como o intercâmbio é de noites clássicas inteiras, as propostas para os telescópios Keck e Subaru devem, portanto, seguir as normas para propostas clássicas (http://www.gemini.edu/sciops/ObsProce ss/ObsProcClassicalMode.html) do Gemini e de cada país parceiro. As normas da NTAC brasileira (http://www.lna.br/gemini/ngo/GemNTA C.html) determinam que somente serão aceitas propostas para observações clássicas se forem em propostas conjuntas e que serão distribuídos no máximo um quarto do tempo disponível para as propostas aprovadas neste modo. Assim sendo, a parte do tempo solicitado ao Brasil deve ser de algumas horas, ou seja, de alguma fração de noite, adotando noites com duração de 10 horas. Para 2008B, por exemplo, isto significava no máximo 5,25 horas para o GN e 3,5 para o GS. Seguindo essa norma da NTAC brasileira, deve-se então observar as normas gerais (http://www.gemini.edu/sciops/P1help/p1 JointProposals.html) para propostas conjuntas: devem ser submetidas dentro do prazo determinado pelo país da instituição do principal investigador (PI) e devem seguir as normas para as propostas (referentes a formato e tamanho, por exemplo) deste mesmo país parceiro. Os países parceiros do Gemini não têm uma cota pré-definida do tempo que será trocado, ou seja, não podemos dizer que o Brasil terá x horas quaisquer. Por exemplo, para o semestre 2008B o acordo de intercâmbio com o Keck estabelecia a troca de “até 5 noites”, as quais foram distribuídas entre os países membros de acordo com as propostas aprovadas em cada NTAC, seguindo a classificação dada a cada proposta (a posição no ranking) e ainda a seqüência de “mistura” (merging sequence) dos parceiros. Além disso, como só há troca se as comunidades Keck e Subaru solicitarem tempo no Gemini e vice-versa, a troca de tempo será com o GN ou com o GS dependendo do interesse demonstrado pelos instrumentos do Gemini. Marília J. Sartori é Gerente do Escritório Brasileiro do Gemini em dia O Grupo de Trabalho das Operações Científicas (“Operations Working Group”) do Observatório Gemini reúne-se a cada seis meses para discutir diversos tópicos relacionados às operações científicas. Desse grupo fazem parte os representantes dos escritórios nacionais dos países membros do consórcio e os diretores de operações científicas do Gemini. A 15ª reunião foi realizada em Tucson, EUA, nos dias 29 e 30 de julho passado. Relativos às operações do semestre passado, 2008A, foram apresentados e discutidos os seguintes assuntos: número de noites usadas em ciência; estatísticas de completude dos programas; contabilidade do tempo observado; desequilíbrio de tempo entre os parceiros do consórcio. Todos os programas brasileiros do semestre 2008A foram completados (exceto um de tempo ruim), resultando em 11,14 horas observadas com o Gemini Norte (GN) e 15,07 horas com o Gemini Sul (GS). Estavam previstas 13 horas no GN e 14 horas no GS, portanto, nossas taxas de completude continuam acima da média dos demais parceiros, como pode ser verificado pelos histogramas das frações de programas completados por parceiro, mostrados na figura 1. Nosso desequilíbrio em tempo relativo à média geral observada está diminuindo lentamente, graças ao método de correção que tem sido aplicado desde 2007A. Atualmente está em 56,56 horas em haver, sendo que estava em 70,71 horas em 2008A e 72,13 horas em 2007B. A correção aplicada ao tempo disponível para o Brasil é 60% do valor resultante da subtração da correção aplicada no semestre anterior ao desequilíbrio agregado. Essa correção é o que tem feito o Brasil ter um número de horas disponíveis menor nos últimos semestres do que o correspondente à sua fração nominal no consórcio. Embora pareça injusto com as novas propostas científicas, dentro do sistema de fila é necessário para equilibrar a distribuição de tempo entre todos os parceiros. O Grupo de Trabalho considera que os desequilíbrios em tempo estão controlados com o método adotado, exceto os do Brasil e do Chile (crédito atual de 60,20 horas), que devem levar mais semestres para serem removidos. Do semestre que se inicia em 01 de agosto, 2008B, foram discutidos a revisão das fases I e II do processo de submissão de propostas e a programação dos telescópios. E para o próximo semestre, 2009A, foram discutidos os detalhes da chamada para propostas: disponibilidade de instrumentos; intercâmbios de tempo; comissionamento de novos instrumentos; atualizações dos programas PIT e OT usados no processo de submissão de propostas e programas aprovados; distribuição de tempo entre ciência e engenharia e entre os parceiros; trocas de tempo. A chamada para propostas para 2009A será anunciada em 1º de setembro próximo, sendo dia 30 de setembro a data limite para a submissão de propostas. em dia Também participam eventualmente dessa reunião outros cientistas do Gemini para apresentarem relatórios sobre questões de interesse da comunidade. Na reunião de Tucson foi apresentado o status atual da nova instrumentação, dos softwares científicos (a transição de IRAF para PyRAF, o sistema de redução em “pipeline” e o gerenciamento dos dados obtidos pelos telescópios) e das novas páginas web das operações científicas (veja http://www.gemini.edu/sciops/). Figura 1: Os histogramas de cima mostram a fração de programas completados de cada parceiro, divididos pelas bandas científicas e agrupadas em conjuntos de 3 ou 4 semestres (2003A a 2004B, 2005A a 2006A, 2006B a 2008A). Os histogramas de baixo mostram a fração de programas que obtiveram mais de 75% dos dados previstos, seguindo a mesma distribuição por bandas e semestres. Marília J. Sartori é Gerente do Escritório Brasileiro do Gemini em dia O Laboratório Nacional de Astrofísica - LNA está envolvido em uma parceria internacional pela disputa na construção de um instrumento astronômico extremamente sofisticado e de custo milionário. Tratase de um espectrógrafo alimentado por um cabo de fibras ópticas, WFMOS. A sigla em inglês significa Wide-Field Multi-Object Spectrograph e cuja tradução para o português seria Espectrógrafo Multi-Objeto de Campo Extenso. Esse equipamento será instalado no telescópio japonês SUBARU, situado no Havaí, mas será administrado pelo consórcio de parceiros de outro telescópio também situado no Havaí, o GEMINI, do qual o Brasil faz parte. A construção deste instrumento será abordada por uma de duas equipes que no momento estão competindo pela melhor e mais barata tecnologia possível. As duas equipes em questão são designadas atualmente por time A e time B. O time A é constituído em sua maioria por cientistas australianos e ingleses. Por O espectrógrafo do instrumento WFMOS será alimentado por um cabo óptico constituído por um conjunto de fibras ópticas com terminações codificadas e polidas e mais caixas de alívio e sistemas de conectores ópticos. Todo esse conjunto é definido como outro lado, o time B, do qual fazemos parte, será composto pelas seguintes instituições de pesquisa: - PL - (Jet Propulsion Laboratory)/ USA - Caltech - (California Tecnology)/ USA - PSU - (Pen State University)/ USA - UK/ATC - (United Kingdom Astronomy Technology Centre)/ UK - LNA - (laboratório Astrofísica)/ Brasil Nacional de - UCL - (University College London)/ UK - Cambridge University / UK Basicamente a competição se resume ao fato de que os dois times devem trabalhar separadamente durante o período de um ano, 2008, fazendo um estudo e preparando um projeto factível. Ao final deste período, os projetos apresentados por ambas as equipes serão analisados pelo comitê do GEMINI. Este por sua vez deverá fazer a opção entre um ou outro, que então construirá o instrumento em questão. projeto sub-item FOCCOS, cuja sigla em inglês significa Fiber Optical Cables and Connector System, e cuja tradução para o português seria Sistema de Cabos e Conectores de Fibras Ópticas. O Laboratório Nacional de Astrofísica, como parceiro do time B, é responsável pelo estudo de viabilidade de construção do subprojeto FOCCOS. em dia O número de fibras deverá ser definido em função da escolha entre três possíveis configurações de sistemas posicionadores. Porém, de qualquer forma, o número de fibras deverá se situar entre 2000 a 7000 fibras ópticas. Essa quantidade de fibras irá perfazer um dos instrumentos astronômicos com maior número de fibras ópticas do mundo. Isso significa que estaremos trabalhando dentro de limitações no mínimo espetaculares, do ponto de vista de se construir um instrumento profissional com técnicas manuais de manufatura de arranjos de fibras ópticas. Cabos ópticos com mais de quinhentas fibras geralmente são produzidos por robôs de altíssima eficiência em linhas de produção com alto controle de qualidade. Todavia, o cabo óptico que se pretende construir para o instrumento WFMOS possui coerência com codificação específica para trabalhos específicos na coleta de dados astronômicos e isso inviabiliza sua produção por meios automatizados. Além disso, os métodos robotizados de produção de cabos de fibras ópticas não levam em conta os cuidados de manipulação para evitar acréscimos de degradação focal por efeito de stress. Evitar o aumento de degradação focal em fibras ópticas aplicadas em astronomia é de fundamental importância, devido a perda de energia que isso acarreta, em última instância, num instrumento que, via de regra, já opera com níveis muito baixos de energia. Portanto, a opção mais otimizada para se construir esse cabo óptico é utilizar de metodologia de manufatura manual. O cabo óptico em questão é definido basicamente por uma terminação de saída (slit system), uma terminação de entrada (input system) com um sistema de conectores especiais de fibras ópticas que permitam separar o input system do restante do cabo. Essa exigência está estabelecida no conceito O fator de maior preponderância a ser considerado no projeto subitem FOCCOS é a disponibilidade de tecnologia suficientemente avançada de se manter todo o cabo de fibras ópticas, incluindo caixas de alívio, permanentemente conectado na estrutura do telescópio, praticamente perfazendo uma rota fixa. Dessa forma, a extremidade de entrada - input system, situada na posição do espelho secundário do telescópio, pode ser acoplada ou desacoplada ao cabo principal por meio dos conectores de fibras ópticas. Os conectores de fibras ópticas atualmente disponíveis no mercado são de baixíssima eficiência e não se prestam a serem utilizados num instrumento científico desse porte. Isso implica obviamente em elaborar uma pesquisa para desenvolver o conector adequado a esse propósito. A terminação de saída ou slit system deverá dispor a extremidade das fibras do cabo em formação linear, caracterizando a fenda luminosa para o espectrógrafo. O projeto óptico do espectrógrafo e as exigências científicas de utilização do projeto irão definir a distância entre cada fibra óptica na terminação de saída. Finalmente a terminação de entrada input system - será definida pelo tipo de posicionador que for escolhido para esse projeto. Basicamente o posicionador tem como objetivo colocar cada fibra numa posição específica dentro de um campo óptico onde são focalizados os objetos espaciais que estão sob análise. O estudo de viabilidade do projeto WFMOS prevê a avaliação de 3 possíveis sistemas de posicionadores. Cada um deles define uma forma completamente diferente de terminação de fibras ópticas e obviamente requer uma abordagem tecnológica diferente para se poder trabalhar com as fibras. Em qualquer caso, porém, a tecnologia a ser desenvolvida é extremamente ambiciosa e deve ser considerada aqui como possível fator limitante para esse projeto. para essa realização. Em outras palavras resta-nos saber se é possível projetar e construir FOCCOS e obter um produto com alto fator de qualidade. em dia Os melhores recursos brasileiros para utilização de tecnologia de manufatura manual de cabos de fibras ópticas se concentram no Laboratório Nacional de Astrofísica. A experiência obtida durante sete anos de trabalhos diversos com manufatura de cabos de fibras ópticas gerou um espectro de conhecimento sem precedentes na área. Mesmo esse conhecimento não pode garantir por si só um resultado positivo na condução do FOCCOS. Isso ocorre porque existem alguns pontos indefinidos dentro do projeto que são inteiramente originais e arcam com procedimentos que exigem pesquisas intensas em pontos específicos. A escolha do dispositivo posicionador de fibras ópticas do sistema de entrada definirá o grau de complexidade na pesquisa que deverá ser aplicada nesse ponto. A construção dos conectores ópticos eficientes irá requerer também uma pesquisa intensa para obtenção de bons resultados. Por outro lado, a construção de slit blocks, blocos de fibras alinhadas linearmente que compõem a fenda luminosa requer uma tecnologia sofisticada, mas que é totalmente de domínio do LNA. Ainda as técnicas de polimento óptico de alta precisão são inteiramente dominadas pela equipe técnica do LNA. Nesse contexto de dualidade, ainda que potencialmente capaz de gerar a tecnologia faltante para construir FOCCOS, o LNA esbarra em problemas de infra-estrutura para cumprir essa meta em tempo hábil. Além disso, o LNA enfrenta problemas de ordem burocrática para operacionalizar a contratação de mão de obra especializada ou adquirir material e equipamento em curtos espaços de tempo. O desafio maior é garantir o cumprimento das metas num cronograma de tempo morto, solicitado. Esse tempo deverá ser respeitado independentemente de toda a burocracia freqüentemente encontrada nos processos de pesquisa científica brasileira. Este será, portanto, o grande desafio do LNA como gerenciador e administrador de pesquisa científica de ponta caso o time B venha a vencer essa competição. Antônio César de Oliveira é pesquisador do LNA. em dia V isando disponibilizar meios para a avaliação das condições ambientais no momento da obtenção dos dados, está disponível no sitio do Observatório do Pico dos Dias uma câmera ALL SKY. Esta permite uma avaliação visual das condições climáticas sobre o sítio. O projeto está incluso na segunda parte da meta 55, que visa avaliar e monitorar o desempenho da infra-estrutura observacional, e monitorar a qualidade dos dados dos telescópios do OPD, sinalizando formas de torná-los mais competitivos. O mesmo projeto ainda colabora para a execução da Meta 3, que tem como objetivode preparar, até 2007, os telescópios Perkin Elmer e Boller & Chivens do OPD para observações remotas. A ALL SKY é uma câmera fabricada por Santa Barbara Instrument Group, Califórnia, versão ST-402 de distância focal 2,6 mm, campo de 90x 40 graus e resolução de 0.185 graus por pixel. Está equipada com filtro vermelho RG630 red destinado a reduzir interferências de poluição luminosa e do brilho da lua. Foram feitas várias adaptações no modelo original a fim de evitar alguns problemas inerentes, como umidade, chuva e raios solares, bem como tornar possível o desenvolvimento de software para automação da tomada das imagens e disponibilização em website. Algumas melhorias ainda estão sendo pensadas para o futuro. Na imagem a seguir pode-se ver a câmera e na próxima página há outra imagem da Via Láctea obtida no Pico dos Dias, com um tempo de exposição de 60 segundos. Câmera allsky Fonte: SBIG, 2006 em dia Imagem da Via Láctea pela câmera allsky Fonte: OPD, 2008 As imagens obtidas pela Câmera Allsky podem ser encontradas no site do LNA, provisoriamente no link (no período noturno): Em complemento, os dados da Estação Meteorológica do OPD podem ser vistos no link: http://200.131.64.185/climaopd http://200.131.64.207/allsky. Ronaldo Vasconcelos é tecnologista e trabalha no Observatório do Pico dos Dias em dia N o semestre 2008A (período de Março 2007 a Agosto 2008), foram e estão sendo executados 32 projetos observacionais no telescópio 1,6-m [Perkin-Elmer], e 24 projetos distribuídos nos telescópios 0,6m.[Boller & Chivens – IAGUSP] e 0,6-m Zeiss. Durante o período Janeiro a Junho de 2008, foram aceitas 22 propostas observacionais para o semestre 2008B (período de Setembro 2008 a Fevereiro 2009). Estes projetos serão executados nos telescópios Perkin-Elmer e Boller & Chivens. Por outro lado, também já existem 6 projetos observacionais de O instrumental solicitado para o semestre 2008B no telescópio Boller & Chivens (IAGUSP- 0,60 cm) foi a câmera direta (Cam), o polarímetro Longo Prazo, com validade entre 2 a 5 anos, que estão sendo executados em ambos telescópios. O telescópio Zeiss de 0,6-m está disponível para a comunidade astronômica para execução de projetos que solicitam horas do Diretor do Observatório. O instrumental solicitado para o semestre 2008B no telescópio PerkinElmer (1,6-m) foi a câmera direta (Cam), o espectrógrafo Coudé (Cd), o espectrógrafo Cassegrain (Cass) e a câmera infravermelha (CamIV). A figura mostra a estatística em porcentagem da solicitação destes instrumentos. (Pol), e o espectrógrafo Cassegrain (Cass). A figura na próxima página mostra a estatística, em porcentagem, da solicitação destes instrumentos. em dia D urante o semestre 2008B (período de Setembro 2008 a Fevereiro 2009), foram concedidas uma série de dias/noites de Engenharia para a execução das diferentes faces do plano O prédio que servirá para receber as visitas de escolas (e público em geral), encontra-se em fase de acabamento. Esta construção poderá Maximiliano Faúndez-Abans é pesquisador do LNA e Presidente da Comissão de Programas do OPD. de implantação do novo sistema de controle dos telescópios Perkin-Elmer e Boller & Chivens (IAGUSP), e também do controle dos respectivos instrumentos astronômicos que a comunidade utiliza, no intuito de possibilitar a partir do ano 2009 executar observações remotas desde qualquer lugar do País. receber por volta de 50 estudantes simultaneamente, e será colocada à disposição do público visitante no ano de 2009. em dia I niciam-se em setembro próximo os trabalhos que envolvem os pedidos de tempo para o semestre 2009A. A SECOP – Secretaria das Comissões de Programas gostaria de lembrar a todos os usuários as datas-limite para submissão de projetos para os telescópios gerenciados pelo LNA, conforme calendário abaixo. Aproveita a oportunidade para ressaltar as datas das reuniões das Comissões de Programas do OPD, Gemini e SOAR para os membros das Comissões. Para consultar o calendário da SECOP na íntegra, favor consultar o link abaixo: http://www.lna.br/lna/cps/cal/intro.html SECOP - Secretaria das Comissões de Programas do LNA é gerenciada por Giuliana Capistrano e Patrícia Aline de Oliveira. em dia Entrará em vigor em setembro próximo a Portaria 023/08 que nomeia os novos representantes da Comissão Nacional de Programas do Observatório Gemini. Os membros foram escolhidos durante a última reunião do CTC – Conselho Técnico Científico, ocorrida no LNA no dia 06 de junho de 2008. A Presidência da Comissão de Programas do Gemini ficará a cargo de Beatriz Barbuy e os novos representantes são: Claudia Vilega Rodrigues, Eduardo Cypriano, Marília Jobim Sartori e Paulo Poppe. A Portaria tem vigência até setembro de 2010. O Gemini realizará uma ampla pesquisa (prevista para outubro) junto à sua comunidade de usuários. Todos os usuários que obtiveram tempo entre 2006A e 2007B serão pesquisados (aproximadamente 550 pessoas). A pesquisa será realizada através de formulário na internet, por uma empresa profissional de pesquisas. Ela consistirá de aproximadamente 20 questões que cobrirão uma ampla gama de tópicos relativos ao Gemini e sua relação com a comunidade. As respostas às questões serão na forma de uma escala variando de "discordo completamente" a "concordo totalmente". Os resultados da pesquisa serão tornados públicos pelo Gemini e espera-se que tenham influência nas ações do Gemini em várias áreas. No dia 16 de julho, o Subsecretário das Unidades de Pesquisa do MCT (SCUP), Dr. Luiz Fernando Schettino, visitou o LNA. Durante sua estada, Dr. Schettino teve oportunidade de conhecer as pesquisas e o desenvolvimento tecnológico realizados pelo LNA e também de falar aos funcionários da Instituição sobre a política científica da SCUP e dos esforços do MCT na área científica e em relação às Unidades de Pesquisa. O subsecretário elogiou os esforços na área de instrumentação e metrologia e ressaltou a importância das unidades de pesquisa do MCT nas áreas de tecnologia de ponta. Durante a visita ao Pico dos Dias, Dr. Schettino falou aos funcionários no novo centro de visitantes e conheceu os telescópios na companhia do Diretor do LNA, Dr. Albert Bruch.
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