Gemini CFHT SOAR OPD LNA - Laboratório Nacional de Astrofísica

Transcrição

Gemini CFHT SOAR OPD LNA - Laboratório Nacional de Astrofísica
WFMOS ................... 1
O
estudo da natureza misteriosa da
Energia Escura, conhecida no inglês por Dark Energy, bem como o entendimento da evolução das galáxias
fazem parte de problemas científicos cuja origem remonta desde os trabalhos
de Edwin P. Hubble sobre a expansão
do Universo, a teoria da relatividade geral de Albert Einstein, até as discussões
contemporâneas sobre o início e o fim
do Universo. Visando obter dados experimentais inéditos, de boa qualidade e
em larga escala, grupos de cientistas, físicos e astrônomos tem reunido seus
melhores esforços para construção de
equipamentos cada vez mais sofisticados e adequados a esta finalidade. Trata-se basicamente de um processo de
quantificação e qualificação da matéria
e energia do universo.
barata tecnologia possível. As duas
equipes em questão foram designadas
por time A e time B. O time A foi constituído em sua maioria por instituições científicas australianas e inglesas. Por
outro lado, o time B, do qual o LNA faz
parte, é integrado por instituições americanas e inglesas lideradas pelo Jet Propulsion Laboratory, JPL. A competição,
por assim dizer, teve duração de aproximadamente doze meses, período utilizado por ambas as equipes para
projetar, desenhar e testar protótipos
cujas performances foram avaliadas
por uma comissão sênior do GEMINI.
Em recente avaliação, essa comissão
foi unânime em qualificar o time B como vencedor por apresentar a tecnologia
mais
otimizada
para
este
instrumento.
Dentro desse contexto, o Laboratório Nacional de Astrofísica - LNA, esteve envolvido numa parceria internacional pela
disputa na construção de um instrumento astronômico extremamente sofisticado e de custo milionário. Em suma,
trata-se de um espectrógrafo alimentado por um cabo de fibras ópticas - WFMOS. A sigla em inglês significa
Wide-Field Multi-Object Spectrograph,
cuja tradução para o português seria Espectrógrafo Multi-Objeto de Campo Extenso. Esse equipamento deverá ser
instalado no telescópio japonês SUBARU, situado no Havaí. Entretanto, será
administrado pelo consórcio de parceiros de outro telescópio também situado
no Havaí, o GEMINI, do qual o Brasil
faz parte. A possível construção deste
instrumento foi abordada num estudo
de viabilidade por duas equipes diferentes que competiram pela melhor e mais
O espectrógrafo do instrumento WFMOS será alimentado por um cabo óptico constituído por um conjunto de
fibras ópticas com terminações codificadas e polidas e mais caixas de alívio e
sistemas de conectores ópticos. Todo
esse conjunto é definido como projeto
sub-item FOCCOS cuja sigla em inglês
significa Fiber Optical Cables and Connector System, e cuja tradução para o
português seria Sistema de Cabos e
Conectores de Fibras Ópticas. O LNA,
como parceiro do time B, foi responsável pelo estudo de viabilidade de construção
do
subprojeto
FOCCOS.
Embora o instrumento vise obter dados
aparentemente tão distantes do cidadão comum, a tecnologia desenvolvida
nesses 10 meses aqui no Brasil foi, no
mínimo, espantosa e pode eventualmente reverter-se para aplicações de
ordens mais pragmáticas.
Gemini
Treinamento ............ 3
Propostas 2009B ......... 5
CFHT
Propostas 2009B ......... 6
SOAR
Conselho Diretor .......... 8
Balanço 2008B ........... 11
Instrumentação ........... 13
Steles ....................... 16
OPD
Formulário ................... 18
Chamada 2009B ......... 19
LNA
100 Horas ................... 20
Concurso .................... 22
Curtas ........................ 24
em dia
O LNA liderou uma equipe composta
por pesquisadores, bolsistas, e empresas privadas de alta tecnologia cumprindo um cronograma restrito, fechado e
sem atrasos, nos melhores moldes de
disciplina internacional. Toda a equipe
envolvida trabalhou no limite do conhecimento científico disponível e como resultado ampliou significativamente a
tecnologia atualmente disponível para
utilização de fibras ópticas. No mínimo
duas patentes poderão ser obtidas: o
compósito nano abrasivo e o conector dinâmico. O primeiro é um material especialmente desenvolvido para servir de
substrato para arranjos de fibras ópticas. O segundo é um conector óptico
que poderá acoplar até 800 fibras ópticas de uma só vez em poucos segundos, com 84% de eficiência e boa
estabilidade operacional. O nome de conector dinâmico foi escolhido pelo fato
de que ele opera de forma dinâmica
com retro alimentação de dados por
computador. Vai ser dotado com terminações para procedimentos de alinhamento automático. Mesmo os melhores
dispositivos conectores de fibras ópticas estão bem distantes da relação (eficiência/ número de fibras) conseguida
em nossos protótipos. Importante também salientar o avançado projeto de roteamento para mais de 2 mil fibras
ópticas em um comprimento total de
mais de 60 metros ao longo de toda extensão do telescópio SUBARU.
Antonio Cesar de Oliveira é
presquisador do LNA
Não seria descabido dizer aqui que estamos nos posicionando no nobre espaço
de fazer ciência e tecnologia de ponta a
um só tempo. Atualmente isso é de fundamental importância para o país, por
definir assim uma vocação científica de
qualidade, com responsabilidade no
cumprimento de cronogramas. A meta
de construção do instrumento integrará
um processo com duração de 4 a 5
anos. Conhecimentos científicos e tecnologia desenvolvida ao longo do projeto
poderão ser repassados a diferentes indústrias de áreas adjacentes. Além disso, treinamento e aquisição de
experiência, para muitos pesquisadores, serão também um subproduto de toda essa odisséia.
Aproximadamente 8 bilhões de anos foi
o tempo necessário para que os efeitos
da energia escura “dark energy” superasse os efeitos da matéria escura
“dark matter” em nosso universo e este
começasse seu processo de expansão
acelerada. Aproximadamente 8 segundos poderá ser o tempo necessário para conectar opticamente 800 fibras
ópticas como parte do acionamento de
um instrumento científico que será utilizado para decifrar o enigma da energia
escura.
Por trás deste trabalho é importante citar a intensa dedicação do Diretor do
LNA, Dr. Albert Bruch. Menção especial deve ser dada aos membros permanentes da equipe e as empresas
envolvidas:
Antonio César de Oliveira – Físico/ Pesquisador principal
Ligia Souza de Oliveira – Química/ Gerente do projeto
Marcio Vital de Arruda – Físico/ Projetista mecânico
Lucas Souza Marrara – Engenheiro Mecânico/ Projetista mecânico
Jesulino Bispo dos Santos – Físico/
Projetista óptico
João Batista Carvalho de Oliveira –
Técnico de Laboratório/ Polimento
Keith Taylor – Físico e Astrônomo/ Logística
Laerte Sodré Junior – Astrônomo/ Grupo de ciências
Beatriz Leonor Barbuy – Astrônoma/
Grupo de ciências
OIO – Oliveira Instrumentação Óptica/
Itajubá - MG
EQUITEC - Inovação e tecnologia em
equipamentos/ São Carlos - SP
ICAM WATER JET – Tecnologia em
corte com jato d’água/ São Carlos – SP
A equipe do LNA trabalhando no Laboratório
em dia
C
omo Escritório Brasileiro do Observatório Gemini (BrGO), cabe
ao LNA o papel de orientar os usuários brasileiros na utilização dos recursos observacionais do Observatório
Gemini. Para isso a equipe do LNA
tem que estar constantemente se
atualizando na operação dos equipamentos do Gemini. Além disto, também cabe ao LNA tomar as
medidas possíveis para otimizar o
uso desses telescópios pelos cientistas brasileiros. Em março deste
ano, o BrGO/LNA teve a satisfação
de trazer ao Brasil dois astrônomos
do Gemini para treinamento no uso
de dois instrumentos do Observatório Gemini: T-ReCS e GMOS.
O BrGO convidou o Dr. James Radomski, cientista do instrumento TReCS do Gemini Sul, para visitar o
Brasil na semana de 16 a 20 de março de 2009. A visita foi dividida em
duas etapas. Na primeira, de 16 a
18 de março, no LNA, em Itajubá, o
Dr. Radomski treinou a equipe do Escritório Brasileiro do Gemini (BrGO/LNA) no uso e no suporte aos
usuários do instrumento T-ReCS
(Thermal-Region Camera Spectrograph) – imageador e espectrógrafo
de fenda longa no infravermelho médio do Gemini Sul. A presença do
Dr. James Radomski no LNA foi extremamente proveitosa, pois ele compartilhou com a equipe de suporte
do Gemini sua vasta experiência
com esse instrumento.
Na segunda etapa, nos dias 19 e
20, no Departamento de Astronomia
do Instituto de Física, UFRGS, em
Porto Alegre, RS, o Dr. Radomski
treinou os astrônomos deste departamento no uso do instrumento TReCS, na forma de um mini-curso.
A UFRGS foi escolhida para receber esse treinamento porque conta
com um significativo número de
usuários do T-ReCS no Brasil. O mini-curso foi dividido em duas aulas:
“Astronomia no infravermelho médio com o T-ReCS: teoria, técnicas
e dados” e “Observando no infravermelho médio com o Gemini: Fase I
e Fase II”
Nos dois institutos, o Dr. Radomski
também proferiu a palestra: “Science in the Mid-Infrared with T-ReCS
at Gemini South” (A Ciência no Infravermelho Médio com o T-ReCS
no Gemini Sul). Nesta palestra, foi
dada uma visão geral das capacidades deste imageador e espectrógrafo no infravermelho médio, incluindo
destaques da ciência desenvolvida
através de suas observações.
A palestra e o mini-curso dados na
UFRGS foram filmados e tanto as
apresentações, em formato pdf,
quanto os vídeos estão disponíveis
através da página web do BrGO/LNA
http://www.lna.br/gemini/treinamento/index.php.
Na mesma semana de março, nos
dias 19 e 20, o BrGO levou ao Observatório do Valongo (OV), UFRJ,
Rio de Janeiro, o Dr. Ricardo Schiavon, astrônomo do Gemini Norte,
especialista
nos
espectrógrafos
GMOS (Gemini Multi-Object Spectrograph) do Observatório Gemini.
O Dr. Schiavon apresentou para os
professores e estudantes da instituição uma palestra sobre o Observatório
Gemini:
os
principais
resultados obtidos com os telescópios Gemini e a ampla gama de possibilidades para uso do observatório
e de seus instrumentos. E nos dias
19 e 20 de março, O Dr. Schiavon
proferiu um mini-curso para professores e estudantes, sobre os espectrógrafos GMOS. O mini-curso foi
dividido em 3 aulas, tendo sido a primeira sobre os aspectos gerais do
instrumento e as demais sobre a
em dia
elaboração de propostas (Fase I),
modos de operação e detalhamento
da Fase II de programas com o
GMOS. As apresentações em formato pdf estão disponíveis pela página
web
do
BrGO/LNA
http://www.lna.br/gemini/treinamento/index.php. O mini-curso também
foi filmado e em breve estará disponível através dessa mesma página
web.
O BrGO agradece a colaboração de
todos os colegas da UFRGS e do
Observatório do Valongo que receberam nossos convidados, e em especial, do Dr. Rogério Riffel
(IF/UFRGS) e da Dr. Denise Gonçalves (OV/UFRJ) por terem organizado e divulgado as palestras e os
mini-cursos realizados em seus institutos, e principalmente por ter providenciado
a
gravação
das
apresentações e tê-las disponibilizado aos interessados.
O BrGO agradece principalmente
aos colegas do Observatório Gemini que vieram compartilhar conosco
sua experiência e conhecimento.
Os relatos que recebemos dos colaboradores da UFRGS e do OV informaram de que suas visitas
foram ambas muito proveitosas e
os mini-cursos, excelentes.
Dr. James Radomski (ao centro) e parte da
equipe do BrGO
O
Marília J. Sartori é Gerente do
Escritório Brasileiro do Gemini.
NICI (Near-Infrared Coronagraphic Imager) faz imageamento
coronográfico
com
óptica
adaptativa no infravermelho próximo
- foi otimizado para a detecção de
planetas de tipo joviano em torno de
estrelas próximas. A campanha observacional do NICI é para a procura de planetas em torno de uma
amostra de estrelas próximas (NICI
Planet-Finding Campaign), a qual recebeu 500 horas ao longo de três
anos. Essa campanha começou oficialmente na noite de 12 de dezembro de 2008 e obteve os primeiros
dados na noite de 14 de dezembro.
Os alvos da campanha não estão disponíveis para observações com o NICI por outros programas. A
avaliação quanto ao desempenho
do instrumento e andamento das observações é muito positiva, bem dentro do esperado. A informação que
tivemos em 4 de março foi de que
cerca de 100 horas, 20% do previsto para a campanha, já haviam sido
executados.
Resumo dos três blocos da campanha em 2009A - As primeiras duas
semanas deste semestre (de 3 a 16
de fevereiro) foram dominadas pelo
primeiro bloco da campanha do NICI, mas também foram observados
dois programas NICI em tempo de
diretor (Director's Discretionary Time). De 6 a 23 de março, foram realizadas observações da campanha
em todas as noites, mas cerca de
¼ do tempo da campanha foi utilizado em programas alternativos devido ao “seeing” inadequado. De 6 a
12 de abril, a segunda metade das
noites foi utilizada com observações
da campanha e o único programa
em fila deste semestre do NICI foi
completado.
em dia
O
dia 31 de março foi a data limite para submissão de propostas para o semestre de 2009B dos
Telescópios Gemini. Foram enviadas 13 propostas, sendo 8 propos-
tas para o Gemini Norte e 5 para o
Gemini Sul. O fator de pressão é
calculado dividindo o tempo pedido
por 60% do tempo disponível. Os
quadros abaixo mostram os números para o semestre 2009B.
A SECOP - Secretaria das
Comissões de Programas do LNA é
gerenciada por Giuliana Capistrano e
Patrícia Aline de Oliveira
em dia
O
período de 24 de fevereiro a
25 de março de 2009 marcou o
início do acesso da comunidade brasileira ao CFHT (Canadá France
Hawai’i
Telescope
http://www.
cfht.hawaii.edu/index.php), segundo
contrato firmado entre o MCT e o
CFHT em meados de 2008.
O período, denominado 2009B, foi
marcado por poucas dúvidas por par-
te dos usuários. A totalidade das
perguntas versou sobre detalhes do
contrato, e nenhuma sobre o preenchimento do formulário online ou sobre os instrumentos.
No total, foram submetidos oito pedidos de tempo, classificados como
segue, nas Figuras abaixo:
em dia
O LNA, através de sua SECOP – Secretaria das Comissões de Programas, é o Escritório Brasileiro do
CFHT e é responsável pelo recebimento final dos projetos, seu encaminhamento
à
Comissão
de
Programas (que é a mesma do SOAR), pelo gerenciamento do acesso
dos pesquisadores brasileiros ao telescópio e pela observância dos termos contratuais.
Pelo acordo, o CFHT faz a apreciação da Justificativa Técnica de to-
dos os projetos e as envia à
SECOP, juntamente com os próprios projetos. Isto agiliza o trabalho
da CP-SOAR.
O CFHT completa este ano seu 30o.
aniversário. Como parte das comemorações, o Canadá lançou dois selos com imagens do prédio do
telescópio e imagens astronômicas
obtidas com o mesmo. Veja
http://www.cfht.hawaii.edu/News/Sta
mp09/.
Com o objetivo de levar a Astronomia ao grande público no Ano Internacional da Astronomia, o diretor
cinematográfico Jean-Charles Cuillandre lançou o filme “Hawaiian
Starlight: Exploring the Universe
from Mauna Kea”, com imagens obtidas com o CFHT e locação no
Mauna Kea – um vulcão adormecido há cerca de 4.500 anos.
Veja:
http://www.cfht.hawaii.edu/HawaiianStarlight/welcome.html.
Mariangela de Oliveira-Abans é
pesquisadora do LNA e responsável
brasileira pelo recebimento dos
pedidos de tempo para o CFHT
em dia
O
Conselho Diretor do SOAR costuma se reunir frequentemente via teleconferência, e de vez em quando
para uma reunião presencial, ou na sede do SOAR em La Serena ou em uma
das instituições dos seus parceiros.
Nos dias 13 e 14 de março passado foi
a vez do LNA receber em suas instalações os membros do Conselho para
uma reunião de dois dias.
Representantes do NOAO, da Universidade de Carolina do Norte, da Universidade Estadual de Michigan e do Brasil
participaram do evento. Alguns membros do Conselho, que não pudem vir
pessoalmente, fizeram-se presente por
meio do telefone. Para que os membros externos do Conselho, principalmente aqueles que nunca visitaram o
LNA, pudessem conhecer a instituição,
no primeiro dia a reunião foi realizada
na sede do LNA, e o segundo dia no
OPD. Desta forma eles tiveram oportunidade de conhecer as instalações do
LNA. Mostraram-se impressionados
principalmente com suas novas capacidades laboratoriais e de oficinas.
O Conselho Diretor do SOAR durante seus trabalhos na sala conhecida como
“aquário” no prédio da administração do OPD.
Durante a reunião foram discutidas e tomadas decisões referentes a tópicos
tais como: O estado atual do telescópios e dos instrumentos, o planejamento
de curto, médio e longo prazo, e – naturalmente – a situação financeira. No
que se refere a esse último assunto, a
reunião foi marcada por otimismo frente
a um quadro financeiro favorável. De
um lado entrou em vigor a Terceira
Emenda ao Acordo do SOAR que au-
menta a base financeira do telescópio
(veja LNA em Dia Nº 6). Do outro lado,
curiosamente, a atual crise econômica
global tem um efeito positivo para o SOAR: O valor do dólar americano frente
ao peso chileno disparou. Considerando que as contribuições dos parceiros
são pagas em dólares, mas a grande
maioria das despesas incidem em pesos, o SOAR tem mais recursos financeiros a sua disposição.
em dia
Portanto, o Conselho Diretor pôde autorizar medidas importantes que não eram
possíveis no quadro financeiro anterior
e que vão melhorar significativamente o
desempenho do telescópio e da instrumentação periférica e, consequentemente, irão impactar a produtividade
científica. São duas as medidas mais importantes nesse contexto.
1.O telescópio está equipado com um
sistema de ótica adaptativa de primeiro grau, o tip-tilt servo, para tirar proveito da sua excelente qualidade
ótica. Entretanto, o sistema nunca funcionou de forma otimizada e sua otimização sempre foi relegada ao futuro
por falta de recursos (financeiros ou
de mão de obra). Na atual situação favorável, o Conselho Diretor finalmente
pôde
liberar
os
recursos
necessários para resolver os já identificados problemas com o tip-tilt servo.
O cronograma para executar esses
trabalhos prevê sua finalização em setembro.
2.O SOAR sempre sofreu com a escassez de recursos humanos. Sentiuse a necessidade de contratar um astrônomo com experiência em instrumentação para trabalhar em tempo
integral na otimização do telescópio
e no comissionamento e na caracterização dos instrumentos. Os parceiros do SOAR concordaram em
providenciar financiamento para a
contratação de um pós-doc para um
período inicial de três anos para exercer as funções delineadas acima.
Após esse período será avaliada a
possibilidade de obter o financiamento para prorrogar a contratação ou para uma nova contratação. Em breve,
o SOAR irá emitir um Anúncio de
Oportunidade. Evidentemente, astrônomos brasileiros com a necessária
qualificação poderão concorrer para
a posição.
O Conselho Diretor comemorando a bem sucedida conclusão dos seus trabalhos.
O Conselho Diretor votou uma série de resoluções que divulgamos aqui (veja quadro na próxima página).
em dia
1.PHOENIX: The SOAR Board recognizes that observatory resources
are fully committed for at least the next two years. These resources are
required to implement necessary telescope improvements and facility
instruments being built for SOAR by partner institutions. Accordingly,
the Board states that it is unable to commit to accept and operate
Phoenix on SOAR during the foreseeable future. The Board strongly
encourages NOAO and/or Gemini to find a way to continue to operate
Phoenix that makes it available to users in the SOAR partner
communities.
2.TIP-TILT SERVO UPGRADE: The Board authorizes the Director to
immediately start work on the tip-tilt servo upgrade project. The
estimated cost of this project is $70,000, and expenditures totaling no
more than that amount may start immediately, drawing from the Repairs
Budget.
3.NEW INSTRUMENT MORATORIUM: The Board will not consider the
approval of new facility or RUI instruments for the next two years, in
order to focus on the near-term priorities that are now being identified by
the SAC and the Board.
4.MIRROR COATING: The M1, M2 and M3 mirrors should be recoated
during the 2009B semester, generally following the schedule laid out by
the Director as his “Baseline Plan”, but with the exact dates adjusted to
best fit the technical requirements while accommodating as best as
possible UNC’s science goals. The 2009B observing schedule will be
constructed in a spirit of collaboration so that UNC can make progress
on a time-critical project.
5.FY2009 UNSPENT FUNDS:
6.Any excess operations funds remaining unspent in FY2009 as a result
of the exchange rate being more favorable than 500 pesos per dollar
will be used first to add up to $90K to the Repairs Budget, and then after
that to add up to $100K to the Operations Reserve fund. If there are
further funds available after that, they will be added to the Repairs
Budget.
7.POSTDOCTORAL FELLOW POSITON: $350K in new funds will be
made available to SOAR in order to appoint a postdoctoral fellow for
three years to assist with SOAR scientific staff duties. The funds will be
paid by Brazil (50%), MSU (25%), and UNC (25%). NOAO is currently
providing their contribution through NOAO scientific staff.
8.SOAR DATA ARCHIVE: The Soar Board takes notice of the activities
of LNA to construct a VO compliant data archive for Brazilian SOAR
data. In principal, the Board intends to endorse that all SOAR data are
included in that archive. However, before that decision is taken the
Board requests that LNA and SOAR jointly perform a study of the
Albert Bruch é Diretor do LNA
em dia
No semestre 2008B (01/08/2008 –
31/01/2009) foram aprovados pela Comissão Brasileira de Programas do SOAR (CBP/SOAR) um total de 15
propostas, totalizando 330 horas de observação. Além disso, duas propostas
submetidas como “Alvos de oportunidade” foram aprovadas fora da reunião
principal, sendo-lhes concedido um total de 9.5 horas. É importante mencionar que o número de horas disponíveis
durante o semestre totalizou 306. A diferença entre o número de horas aprovadas e as disponíveis (equivalentes a ~4
noites) permite uma folga nas operações de ciência caso algum instrumento fique fora de operação por um certo
período de tempo ou o número de noites dedicadas à ciência seja aumentado ao longo do semestre. Isso último
pode acontecer se o tempo programado para engenharia não for utilizado na
sua totalidade. Também implica que,
na ausência de eventualidades, haverá
programas que não poderão ser observados, principalmente aqueles colocados em menor prioridade.
A Figura 1 mostra a porcentagem de
execução dos diferentes projetos organizados em ordem decrescente de prioridade, sendo o projeto 1 o de mais alta
prioridade e o 15, o de mais baixa. As
cores representam as bandas (quatro)
em que foram distribuídos. Os projetos
T01 e T02, assim como o projeto 2 são
propostas com “alvos de ocasião”. Vale
a pena lembrar que a partir de 2008A
foi introduzido o sistema de bandas, sendo que programas dentro de uma mesma banda tem igual prioridade no
momento de observação. Constata-se
que três dos quatro projetos da Banda
1 foram concluídos em uma porcentagem acima dos 90% e um teve uma fração de execução próximo dos 40%.
Um resultado similar foi obtido nos projetos da banda 2. No total de sete projetos situados nas bandas 3 e 4, quatro
foram concluídos acima dos 90%, um
até 70%. Dois não puderam ser observados.
A Tabela 1 lista o número de horas observadas por mês durante 2008B (coluna 2), assim como as horas perdidas
por mau tempo e problemas instrumentais/overhead (colunas 3 e 4, respectivamente).
Por
hora
observada
entende-se o tempo em que a cúpula
esteve aberta executando um programa brasileiro, incluido o tempo de apontamento e o utilizado em calibrações.
Mau tempo indica cúpula fechada por
condições atmosféricas ruins (chuva,
vento, nevoeiro, neve e/ou nuvens espessas com cobertura de 100% do
céu). Na categoria problemas instrumentais / overhead inclui-se qualquer
falha nos equipamentos, nos instrumentos e no telescópio que impediram realizar observações ou tempo que foi
utilizado refazendo a ótica do espelho.
Também, ocasionalmente perde-se
tempo em programas que foram iniciados mas sua execução foi interrompida
por causa de mudanças bruscas nas
condições de observação e cujos dados não podem ser aproveitados cientificamente por estarem fora das
especificações mínimas solicitadas pelo astrônomo dono do programa.
Os números apresentados na Tabela 1
permitem constatar que das 306 horas
disponíveis para observação durante o
semestre, 256 horas foram efetivamente utilizadas em operações de ciência,
o que equivale a um aproveitamento de
84%. A porcentagem do tempo perdida por mau tempo foi de apenas 8%,
em contraste com o valor típico de 15%
dos semestres anteriores. Problemas
instrumentais contribuiram negativamente com uma porcentagem idêntica,
isto é, de 8%.
Por fim, a Figura 2 apresenta a relação
do número de horas disponíveis em cada mês ao longo de 2008B e as efetivamente observadas. O destaque é para
os meses de setembro, dezembro e janeiro, em que a eficiência de observação foi superior aos 90%.
em dia
Figura 1. Histograma que apresenta a porcentagem de execução dos diferentes projetos, ordenados em ordem decrescente de prioridade. Cada cor representa as bandas nas quais foram distribuidos (roxo, banda 1; amarelo, banda 2; verde, banda 3; e azul, banda 4. Os
projetos TO1 e TO2 assim como o de número 2 foram propostas aprovadas como alvos de
oportunidade.
Figura. 2. Histograma que mostra a relação entre o número de horas disponíveis por mês e as efetivamente utilizadas em operações de ciência.
Nos resultados apresentados acima destaca-se o empenho dos astrônomos residentes e da Secretaria Nacional do
SOAR, que não tem poupado esforços
para garantir que os programas sejam
executados de acordo com as condições de tempo determinadas pelo PI.
Além disso, estamos empenhados em
conseguir que a porcentagem de execu-
ção dos programas nas bandas 1 e 2
esteja próxima de 100%. Isso, no entanto, nem sempre é possível, principalmente com aqueles programas que
precisam de condições bastante rigorosas de observação, ou projetos que
possuem uma alta concentração de alvos no começo do semestre.
em dia
Tabela 1.
Número de horas observadas e perdidas por mês em 2008A.
Alberto Rodríguez Ardila é pesquisador
do LNA e Gerente Nacional do
Telescópio SOAR
O
presente artigo pretende informar
à Comunidade sobre o estado atual da instrumentação que se encontra
em operação no SOAR e aquela que está em fase de testes/comissionamento.
Está baseada na informação providenciada pelo Diretor do SOAR, Steve Heathcote, durante a última reunião do
Conselho Diretor do SOAR, em Itajubá,
MG, nos dias 13 e 14 de março de
2009.
SOI
A nova interface gráfica do SOI entrou
em serviço em novembro de 2008.
Além de ser mais fácil de operar, conta
com vantagens adicionais. Entre outras, permite a leitura de scripts de observação, o que facilita a execução de
sequência de ditherings e deslocamentos automáticos, assim como a tomada
de sequências de imagens de calibração. Também, agora é possível abortar, parar ou fazer uma pausa durante
uma sequência programada de imagens sem que o computador que controla o instrumento entre em pane. De
modo geral, a nova GUI é mais robusta. Do ponto de vista do suporte, utiliza
a última versão de LabVIEW e roda no
sistema LINUX.
Dando continuidade ao plano de troca
do atual mosaico do SOI por um único
chip, destaca-se que o novo detetor de
engenharia já foi recebido por parte da
E2V em janeiro. A integração do sistema e os testes estão prestes a ser iniciados. A previsão é que o novo chip de
ciência seja entregue no mês de abril,
de modo que os testes finais e a otimização possa ser completada nos meses de julho/agosto. O dewar e CCD
atuais deverão ser herdados pelo SIFS.
em dia
Goodman
Goodman está em operação regular para espectroscopia de fenda longa e imageamento nos filtros de banda larga.
Os modos padrões para as três redes
de difração (300 l/mm, 600 l/mm e 1200
l/mm) já foram estabelecidoss, sendo
que a eficiência da rede de 1200 l/mm
será determinada durante o mês de
abril. Atualmente, dispõe-se de um amplo número de filtros bloqueadores herdados do telescópio Blanco, para evitar
contaminações de segunda ordem e ordens superiores. Adicionalmente, está
sendo elaborados atlases para a identificação das linhas das lâmpadas utilizadas pelo instrumento (Cu-Ar+He, Ne,
Arm e HgAr). A confiabilidade na operação do espectrógrafo tem melhorado significativamente, Muitos dos “alarmes”
que apareciam durante as observações
eram devidos a problemas de software
que já foram corrigidos. Também, foi
identificado que a maior parte dos problemas mecânicos reais acontecem no
momento de reconfigurar o instrumento
se o ângulo do rotador se encontra em
valores extremos. Isso sugere a necessidade de um rebalançamento em alguns
mecanismos do espectrógrafo. De modo geral, a eficiência de observação
tem se incrementado através de melhoras no software, principalmente no que
se refere à seleção de modos padrões
de observação e ao procedimento de
centragem dos objetos na fenda. Ainda,
na sequência de boas noticias, foram solicitadas várias fendas de larguras diferentes para calibração em fluxo e
observação de objetos estendidos.
Contudo, vários problemas importantes
precisam ser corrigidos e/ou modificados antes que o Goodman possa ser
considerado efetivamente comissionado. Por exemplo, é necessário a substituição da óptica da câmera para
incrementar a eficiência do instrumento
no azul. Também, o mecanismo de posicionamento da fenda não é reproduzível, o que dificulta a aquisição de alvos
e faz necessária a observação de flats
de lâmpada para cada objeto afim de
corrigir efetivamente o franjeamento em
comprimentos de onda maiores que
6700 Å. Além disso, persistem alguns
problemas com luz espalhada e reflexões internas e o mecanismo de disparo do obturador é pouco confiável em
sequências de curta exposição. Este
problema, de fato, tem perjudicado a
observação de alguns programas brasileiros que precisam de sequências temporais de tempo de exposição curtos
(alguns segundos). A previsão é que
este defeito seja corrigido durante o
mês de abril.
Spartan
A câmera infravermelha chegou no SOAR em outubro do ano passado. Os
testes básicos pós-envio foram todos
aprovados e o instrumento foi instalado
no Telescópio já em novembro, tendo
funcionado com sucesso desde a primeira noite. Até o momento de escrever este artigo, cinco turnos de
engenharia (de 3-4 noites) foram realizados e um sexto está em andamento.
Os trabalhos têm se concentrado na caracterização da câmera de baixa resolução com os filtros de banda larga,
principalmente no que se refere ao cálculo da eficiência do sistema. A figura
1 apresenta uma imagem na banda K
do aglomerado R136 na grande nuvem
de Magalhães obtida durante o
comissionamento. As medições realizadas com estrelas padrões e de determinação do nível do céu são
consistentes com as expectativas. De
fato, o seeing das imagens de melhor
qualidade obtidas pelo Spartan é
similar àquelas registradas com o monitor de seeing depois de um escalonamento pelo comprimento de onda (o
medidor de seeing funciona na banda
V). Até a data, as melhores imagens
obtidas apresentaram um seeing de
~0.34” em J, sendo que o DIMM (monitor de seeing) acusava um seeing de
0.5” em V. Resultados similares têm sido obtidos na banda K em condições ligeiramente piores de seeing. A
comparação com OSIRIS mostra que
ambos instrumentos produzem imagens de qualidade comparável em condições de seeing similares.
Um dos problemas que tem sido detectados é que para obter uma boa qualidade de imagem requer uma estrela
de tip-tilt de guia brilhante e uma focalização muito cuidadosa. A vantagem é
que o mecanismo para realizar offsets
e mudanças de foco foram já incorporadas à GUI de engenharia, o que permite a realização de sequências de
dithering e de foco usando macros.
em dia
A obtenção de dados para a caracterização astrométrica deverá ser concluida
em breve. Testes iniciais para o comissionamento da câmera de alta resolução
foram adiados até que os detectores definitivos de ciência sejam instalados,
possivelmente em maio/junho. Quando
isso acontecer, também serão instalados os filtros estreitos, que já se encontram em La Serena, e que foram
aquiridos pelo pesquidador Brasileiro
Cassio Barbosa, da UNIVAP con fundos da FAPESP. A previsão é de realizar alguns programas de ciência inicial
no final do semestre por parte das universidades (MSU e UNC). Se esses
testes são bem sucedidos, é possível
que a câmera de baixa resolução seja
oferecida à Comunidade para 2009B
através de uma chamada especial para
propostas.
Figura 1. Imagem de R136 na banda K (2.2-micron), observada durante o segundo turno de
comissionamento da Câmera Spartan, no telescópio SOAR. R136 é o aglomerado massivo de
estrelas no centro da nebulosa de 30 Doradus na Grande Nuvem de Magalhães. O tamanho
da imagem é de aproximadamente 150"x150", isto é, 1/4 do campo de visão total de Spartan.
Créditos: E. Loh & J. Baldwin, MSU.
OSIRIS
O espectrôgrafo e imageador OSIRIS
tem funcionado corretamente durante
2008B e no que vai de 2009A. Portan-
to, não serão realizados comentários
adicionais em relação a esse instrumento.
Alberto Rodríguez Ardila é pesquisador
do LNA e Gerente Nacional do
Telescópio SOAR
em dia
N
os dias 15 e 16 de março de 2009
foi realizada uma etapa importante
do projeto STELES: o Project Design
Review. O andamento do projeto foi analisado por comitê de especialistas externos. O relatório deste comitê aprova o
andamento do projeto e faz sugestões
para sua melhoria. Baseados nos resultados obtidos e na revisão do projeto
por comitê externo, concluímos que o
andamento do projeto está de acordo
com o planejado e que não se apresentam riscos técnicos altos e a equipe do
projeto segue trabalhando dentro do
planejamento inicial.
Figura 1. Modelo de computador da estrutura mecânica do espectrógrafo (sem a cobertura)
mostando o caminho ótico.
A reunião foi realizada nas dependências do LNA com a presença da equipe
do projeto (incluindo o engenheiro Ruben Dominguez) e com a participação
do comitê avaliador formado por
Stephen Heathcote (Diretor do SOAR),
Patrício Shurter (Engenheiro Mecânico
do CTIO), Marco Bonati (Engenheiro
Eletrônico do CTIO), David Sprayberry
(Diretor de instrumentação do NOAO)
e Bernard Delabre (Engenheiro Ótico
do ESO). A versão preliminar do relatório do comitê foi redigida e nas próximas semanas será preparada uma
versão final do documento. Reproduzimos na próxima página uma parte geral que dá o resumo do documento:
em dia
" The panel compliments the project
team on the excellent job done in
advancing STELES to preliminary
design level. In particular we commend
the work that has been done to round
out the optical design in preparation for
fabrication, and the excellent work done
on the preliminary opto-mechanical
design. The project team has fully
responded to all the issues raised in the
CoDR. Some of these issues will be
touched on again, in our final report, but
at the next level of detail. We felt that
the design of the optics is fully ready for
the project to proceed to procurement. "
Além do PDR, o projeto caminhou em
várias frentes, dentre as quais é importante citar que ficou decidida a aquisição de dois detetores de 2x4mil pixels
fabricados pela E2V, otimizados para
cada faixa de comprimento de onda, de
acordo com o desenho ótico do STELES. Estes detetores fornecem uma eficiência bem maior no azul e, além de
maior eficiência no vermelho, reduzem
o franjamento nesta faixa, que tem sido
um dos maiores problemas para os observadores nesta região espectral.
Figura 2. Curvas comparativas da eficiência dos CCDs da E2V fornecida pelo fabricante. Os
detetores do STELES serão os equivalentes às curvas superiores azul e vermelha.
Bruno V. Castilho é pesquisador e
Coordenador de Apoio Científico do LNA
em dia
E
m seu Plano Diretor, o LNA estabelece como uma meta o controle da
qualidade dos dados obtidos no OPD e
a proposta de soluções visando aprimorar o aproveitamento das noites de observação. Neste sentido, uma série de
ações têm sido planejadas e executadas, como a disponibilização de dados
meteorológicos, da câmera All-Sky, o desenvolvimento de ferramentas para o
monitoramento do seeing e as medidas
de refletividade dos espelhos. No entanto, a melhor forma de traçar um bom direcionamento para diferentes ações é
coletando informações diretamente da
comunidade usuária do OPD. Em particular, é necessário compreender porque as noites efetivamente observadas
não necessariamente resultam em publicações científicas. Neste sentido, foi recentemente implementado o formulário
de avaliação de dados do OPD, nos moldes do que já é feito para os observatórios Gemini e SOAR.
Tânia Dominici é
pesquisadora do LNA e
Rodrigo Prates Campos é
Analista em Ciência e
Tecnologia e Coordenador
do OPD
O formulário tem por objetivo investigar
o estado do processamento dos dados
algum tempo após a realização das observações. Propomos também um questionamento pelo usuário acerca da sua
estratégia observacional, oferecendo espaço para que sejam colocadas sugestões visando otimizar o suporte
oferecido neste ponto pelo corpo técnico do OPD. Os pesquisadores têm a
oportunidade de, após a realização de algum nível de análise dos dados, apresentar
os
itens
que
mais
comprometeram a obtenção de resultados para o seu projeto em particular (p.
ex, dificuldades com as cúpulas, limitações dos detectores, programas de
apontamento e aquisição). Este retorno
é diferente daquele recebido nos formulários de fim de noite e missão; um dado projeto pode ser realizado em várias
missões e, ao final de cada uma, geralmente não é possível precisar o nível
dos resultados obtidos e oferecer perspectivas de publicação.
Durante o mês de março, o OPD solicitou aos pesquisadores responsáveis
por projetos do semestre 2008B que
preenchessem o novo formulário de
avaliação de dados, de modo que o
OPD pudesse dispor de um primeiro
material de análise e, eventualmente,
reformular as questões a serem colocadas em semestres posteriores buscando informações mais específicas e já
inserindo esta consulta na base de dados unificada da SECOP, atualmente
em desenvolvimento. De 32 projetos
com noites concedidas naquele período, apenas para 8 os pesquisadores
ofereceram o retorno solicitado até a
data limite de 3 de abril. Esta baixa participação da comunidade no preenchimento e devolução do questionário é
preocupante. Além de dificultar a identificação dos pontos fracos de atendimento ao usuário, não permite também
verificar a qualidade dos dados obtidos,
informação que é imprescindível e muito mais precisa partindo do usuário.
A maneira como o formulário de dados
será utilizado em julgamentos de futuros pedidos de tempo (e se será considerado) depende de estudos sobre o
material fornecido pela comunidade
neste primeiro momento. O fato é que o
OPD necessita receber este tipo de retorno, a mais longo prazo e com uma visão mais amadurecida sobre a
potencialidade científica dos dados obtidos, assim como recebem os observatórios Gemini e SOAR. Ressaltamos
que o conteúdo fornecido é confidencial
e destina-se exclusivamente a garantir
o controle e a crescente melhoria da
qualidade das observações e dos serviços oferecidos ao usuário. A possibilidade de atualização contínua do
andamento do processamento dos dados será implementada em um futuro
próximo. Assim, gostaríamos de convidar novamente os pesquisadores responsáveis por projetos do semestre
2008B a preencherem o formulário de
avaliação dos dados obtidos no OPD
até a data limite de 24 de abril
(http://www.lna.br/formopd/dados_opd.html ).
em dia
Semestre de 2009B (Set/09 – Fev/10)
DATA LIMITE – 30 de Abril de 2009 às 24h de Brasília
O
LNA comunicou a chamada para envio das propostas do semestre
de
2009B
para
os
telescópios do Observatório do Pico
dos Dias – OPD, a partir de 1º de
Abril.
Neste semestre foi disponibilizado o
formulário on line para atender melhor os usuários. Para utilizar o formulário,
acesse
:
http://www.lna.br/SECOP/SECOP.html
Na tabela abaixo temos informações sobre a disponibilidade de noites nos telescópios. Recomenda-se
não solicitar tempo de telescópios
nas datas não disponíveis. Para
maiores informações sobre disponibilidade de tempo e sobre políticas
e prazos, o usuário deve acessar:
http://www.lna.br/opd/info_obs/prazos_form.html
A SECOP – Secretaria das Comissões de Programas do LNA – aguarda os pedidos de tempo da
comunidade e fica à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas pelo endereço [email protected].
A SECOP - Secretaria das
Comissões de Programas do LNA é
gerenciada por Giuliana Capistrano e
Patrícia Aline de Oliveira
em dia
N
o último sábado, dia 4 de abril de
2009, o Laboratório Nacional de Astrofísica abriu novamente as portas do
Observatório do Pico dos Dias durante
a tarde e a primeira metade da noite para o público em geral. Os portões estiveram abertos das 16:00 até às 23:00
horas, mas todos puderam permanecer
no OPD até às 24:00 horas.
O número de visitantes superou os alcançados em anos anteriores: 1.361 pessoas conheceram a instituição e o
Observatório, assistiram a palestras sobre Astronomia Indígena Brasileira (Dr.
Germano Bruno Afonso, da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul UEMS), Poluição Luminosa (Saulo Gargaglioni, do LNA) e a Mitologia GrecoRomana do Céu (Giuliana Capistrano,
do LNA, com participação alunos do
curso de Letras da Universitas) e vídeos sobre o Ano Internacional da Astronomia. Também receberam material
didático, vários impressos sobre a instituição e os observatórios no exterior
dos quais o Brasil é consorciado, e,
apesar do céu nublado, puderam observar o planeta Saturno e a Lua através
dos telescópios. Quem não pode comparecer ao evento teve a possibilidade
de acompanhar as observações através do blog especialmente criado para
essa ocasião (http://www.portasabertasnoopd.blogspot.com/), cuja difusão também foi feita através do site Conexão
Itajubá
(www.conexaoitajuba.com.br).
As crianças divertiram-se colorindo desenhos sobre temas relacionados à Astronomia e à Astronáutica.
Foto da cúpula do telescópio de 1,60m e os visitantes da Tarde e Noite de Portas Abertas no OPD.
Foto de Arturo Moreno Gutierrez/LNA
em dia
O Portas Abertas fez parte do evento
global denominado 100 Horas de Astronomia (100HA), que ocorreu de 2 a 5
de abril simultaneamente em todo o
mundo. Nesses dias, astrônomos profissionais, astrônomos amadores, instituições de pesquisa e ensino, museus de
ciências, planetários, escolas e demais
centros de divulgação científica e tecnológica tiveram por objetivo permitir que
o maior número possível de pessoas ao
redor do globo tivessem a chance de observar o céu através de telescópios e lu-
netas, de assistir a transmissões ao
vivo de depoimentos de astrônomos diversos países e de observações do céu
diurno e noturno, enfim, de aprender
um pouco mais sobre a Astronomia de
forma lúdica. O Observatório do Pico
dos Dias está localizado entre os municípios sul-mineiros de Brazópolis e Piranguçu, a 1.864m de altitude, 900m
acima do nível médio da região, é também uma reserva que abriga e protege
diversas espécies animais e vegetais.
Dr. Germano Afonso, ao centro, explica sobre o observatório solar indígena.
Ao fundo, o planetário. Foto de Mariangela de Oliveira-Abans
Ainda dentro das 100HA, o LNA proporcionou a 630 estudantes da rede estadual de Itajubá a chance de aprender a
reconhecer as constelações indígenas
em sessões de planetário inflável (Dr.
Paulo Souza da Silva, UEMS) e a interpretar e usar um Observatório Solar Indígena (Dr. Germano Afonso, UEMS),
nos dias 2 e 3 de abril, no Salão II do Itajubá Tênis clube - ITC. O Dr. Germano
proferiu, ainda, uma palestra aberta a todo público sobre Arqueoastronomia Indígena Brasileira no dia 2 de abril, no
auditório da E. E. Major João Pereira,
às 20:00 horas. Cerca de 400 pessoas
estiveram presentes. Estas atividades
foram possíveis mediante parceria entre o LNA, a 15a. Superintendência Regional de Ensino – 15a. SRE/SEE e o
ITC.
Este é o Ano Internacional da Astronomia. O LNA planeja oferecer mais atividades ao longo do ano, em especial,
outra Tarde e Noite de Portas Abertas
no OPD, durante a VI Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no mês de
outubro, em dia a confirmar.
Mariangela de Oliveira-Abans é
pesquisadora e responsável pelas áreas
de Comunicação Social e
Divulgação da Astronomia do LNA
em dia
O
s candidatos aprovados no Concurso Público para preenchimento de
vagas nas áreas científica e tecnológica
Pesquisador - Astrofísica Observacional Ótica
Tânia Pereira Dominici
Bacharel com habilitação em pesquisa
básica em Física (1995), Mestre
(1998) e Doutora (2003) em Astrofísica pela Universidade de São Paulo
(USP), com pós-doutorado na Universidade de São Paulo (2003-2005; 20062007); no Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa
(CAAUL, Portugal, 2007-2008) e no Laboratório Nacional de Astrofísica
(MCT/LNA, 2008-2009). Foi pesquisadora visitante na University of Bristol
(UK, 2005-2006). Especializada em Di-
Tecnologista em Automação e Controle
Orlando Verducci Júnior
Engenheiro de Eletricidade com ênfase em Computação e Sistemas Digitais pela Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo (USP).
do LNA tomaram posse nos meses de
março e abril. Veja abaixo a relação
dos novos servidores e suas respectivas atribuições.
vulgação Científica pelo Núcleo José
Reis da Escola de Comunicações e
Artes da Universidade de São Paulo
(NJR-ECA/USP, 2006-2007). Trabalha com astronomia observacional,
com ênfase em pesquisas de Astrofísica Extragaláctica.
Atividades no LNA: Oferecer suporte
científico às atividades do Observatório do Pico dos Dias, tanto na parte
operacional, quanto instrumental e de
suporte ao usuário. Realizar pesquisas em Astrofísica e atividades de divulgação relacionadas ao trabalho
desenvolvido.
Atividades no LNA: Realizar estudo,
pesquisa e desenvolvimento de sistemas eletrônicos, mecatrônicos e de
controle e automação para dar suporte e desenvolver os sistemas do Observatório
do
Pico
dos
Dias,
exercendo suas atividades junto à Coordenação de Engenharia e Desenvolvimento de Projetos.
em dia
Técnico - Laboratório de Automação e Controle
Rogério Ottoboni
Bacharel em Sistemas de Informação
pelo Universitas, em Itajubá e especialista em Engenharia Biomédica pelo
Instituto Nacional de Telecomunicações – INATEL, em Santa Rita do Sapucaí,
MG.
Foi
professor
de
automação no SENAI.
Atividades no LNA: desenvolver circuitos eletrônicos para dar suporte aos
sistemas do Observatório do Pico dos
Dias, exercendo suas atividades junto
à Coordenação de Engenharia e Desenvolvimento de Projetos.
Técnico - Laboratório Ótico
Márcio Vital de Arruda
Bacharel em Física pela Universidade
Federal do Mato Grosso do Sul
(UFMS). Foi bolsista do CNPq, atuando como projetista mecânico em trabalhos óticos.
Atividades no LNA: colaborar com profissionais da área no planejamento e
execução de experimentos relacionados às atividades dos laboratórios de
ótica do LNA.
Técnico - Operações do Observatório do Picos dos Dias
Mauro Osimar Morais Januário
Técnico em Eletrônica Industrial e Telecomunicações, com ênfase em Eletrônica, pela Escola Técnico-Industrial
Tancredo Neves, em Brazópolis, MG.
Atividades no LNA: reparar e manter
circuitos eletrônicos, mecanismos opto-mecânicos, computadores e instalações elétricas, bem como dar apoio
técnico, inclusive em período noturno,
aos usuários do Observatório do Pico
dos Dias.
Técnico - Oficina Mecânica
José Tadeu da Silva
Técnico em Mecânica Geral pelo SENAI, em Itajubá, MG, com cursos de
Programação de Torno e Freza CNC.
Atividades no LNA: executar operações de usinagem, soldagem, atividades de manutenção mecânica em
máquinas, equipamentos e instrumentos, exercendo suas atividades junto à
Oficina Mecânica do LNA.
em dia
Em seu Plano Diretor, o LNA identificou como um dos seus objetivos
estratégicos o fortalecimento das suas capacidades em desenvolvimento de
instrumentos para a astronomia. Desde então, investimentos tem sido realizados
para capacitar a instituição na fabricação dos sistemas opto-mecânicos que
compõem a instrumentação astronômica desenvolvida sob responsabilidade do
LNA. Em 2006 foi adquirido, com recursos do Instituto do Milênio Megalit, um
centro de usinagem de pequeno porte para usinar componentes menores que
exijam maior precisão. No final de 2008 foi adquirido com recursos do projeto
MIRELA/Finep um centro de usinagem de porte maior que está agora entrando
em operação, complementando assim as capacidades de usinagem em 3 eixos.
Com estas aquisições e um torno CNC que será adquirido em 2009, esperamos
que os sistemas mecânicos de instrumentos como o espectrógrafo STELES
possam ser quase totalmente desenvolvidos no LNA. Na figura abaixo a equipe
da oficina de usinagem e os instrutores do treinamento oferecido pela empresa
fornecedora do equipamento.
A unidade de campo integral com fibras óticas produzida pelo LNA para a
Universidade de Liverpool foi integrada na semana passado ao
espectrógrafo Frodospec e testada no telescópio de 2m no Observatório
Roque de Los Muchachos. O intrumento foi alinhado sem dificuldades pela
equipe de Liverpool, liderada pelo Dr. Iain Steele e a performance estimada

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