Arqueologia - Mundo das Especialidades

Transcrição

Arqueologia - Mundo das Especialidades
N° 50
Ano 4/2016
1ª Edição
www.mundodasespecialidades.com.br
Arqueologia
Bíblica
ATIVIDADES MISSIONÁRIAS
Ministério dos Desbravadores
Divisão Sul-Americana
Igreja Adventista do Sétimo Dia
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EXPEDIENTE
1ª Edição: Disponível em
O que vem por aí ///
por Mundo das Especialidades
J
esus havia acabado de chegar em Jerusalém. Ele montado em um
jumentinho entrava de forma triunfal. As pessoas colocavam suas
vestes sobre o caminho para que Ele passasse como Rei e atrás
de si uma multidão louvava em alta voz, por todos os milagres que havia
feito e diziam: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Naquele
momento, um grupo de homens observava com ciúmes e raiva. Eram os
fariseus. Eles então chegaram até Jesus e disseram: Mestre, repreende
os seus discípulos! Não deixe que eles façam isso. E foi nesse momento que Jesus disse: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias
pedras clamarão.
O que Jesus queria dizer ali foi, que se Deus quiser, Ele pode
se revelar por qualquer meio, até mesmo pelas pedras. E isso tem se
cumprido ao longo desses 2.000 anos depois da morte de Cristo. A Arqueologia tem mostrado que as pedras clamam. Em cada descoberta de
uma cidade bíblica, de um objeto relacionado a alguma história sagrada,
as pedras têm clamado que Deus e Sua Palavra são a verdade e que
Jesus é de fato o nosso Salvador.
Se surpreenda querido desbravador, ao ver que com a Arqueologia Bíblica podemos provar de forma muito clara que a Bíblia é verdadeira. Veremos muitas descobertas que comprovam a veracidade da Bíblia,
mas antes de tudo, vamos ter um pouco de história.
QUEM ESCREVE
Sou pastor a 7 anos e após passar por dois distritos, hoje sou o
pastor do IAPE (Instituto Adventista Pernambucano de Ensino),
o mais novo e moderno Internato do Brasil. Meu desejo: Ir aonde
Deus mandar!
PR. THIAGO ALVES
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Direção Geral:
Khelven Klay de Azevedo Lemos
Diagramação e Edição:
Khelven Klay de A. Lemos
Coord. de Guias das Especialidades:
Thomé Duarte
Editoração e Revisão : Aretha Stephanie
Autor: Pr Thiago Alves Silva
Impressão: Servgrafica Editora
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das Especialidades
UNIÃO NORDESTE BRASILEIRA
UNIÃO LESTE BRASILEIRA
IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES
Natal, RN, Março de 2016
AGRADECIMENTO
Esta especialidade será usada no I
Campori da APeC(Associação Pernambuca Central) - Descobertas Eternas.
Queremos deixar nosso agradecimento
aos departamentais Pr. Flávio Henrique
e Ernando Almeida(Dep. Associado) por
apoiar o trabalho do Mundo das Especialidades, neste Campori.
Bom Estudo!
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História da Arqueologia
Como já disse o Dr. Rodrigo Silva em seu brilhante livro Escavando a Verdade, dizer exatamente quando começou a Arqueologia
Bíblica não é uma tarefa fácil. Pois desde o primeiro século já havia
pessoas que procuravam e colecionavam artefatos da Bíblia, mas muitas vezes faziam isso com métodos no mínimo questionáveis. Porém,
existe um acontecimento que de forma surpreendente impulsionou as
descobertas arqueológicas, foi a descoberta e decifração da Pedra de
Roseta.
Tudo começou quando Napoleão uniu o seu exército para invadir o Egito. Embora não tenha sido bem sucedido na guerra, Napoleão trouxe consigo uma grande coleção de peças antigas que seus
homens haviam encontrado, e entre elas estava a Pedra de Roseta,
que era uma placa de basalto com inscrições em 3 línguas: hieróglifo,
demótico e grego. Hoje essa pedra pode ser vista no Museu Britânico,
em Londres.
Pedra de Roseta
Em 1799, soldados franceses do exército de Napoleão descobriram uma misteriosa pedra negra sob as areias do
deserto
Até aquele momento, a antiga língua dos egípcios, os hieróglifos, nunca haviam sido decifrados, mas com aquela pedra, o francês
Jean-François Champollion a decifrou. Champollion era um linguista
que tinha habilidade em vários idiomas, como latim, grego, árabe e
hebraico, mas a língua que deu a ele base para sua jornada foi o copta, língua utilizada pelos cristãos egípcios
no período tardio. Seu pai era bibliotecário e por isso o gosto pela leitura veio ainda quando Champollion era novo. Nessa
época, ele já mostrava muita intimidade
com outras línguas e tinha facilidade para
aprendê-las.
Ainda na adolescência Champollion
conseguiu obter uma cópia da Pedra de
Roseta e depois desse dia começou um
desafio que terminaria com a decifração
dos hieróglifos egípcios. Ele entendeu que
o texto da pedra era o mesmo só que nos
3 idiomas, e então, foi só partir do grego
que já era conhecido e decifrar as outras
duas línguas.
Para os que se interessavam por histórias bíblicas como o Êxodo e a peregrinação do Egito até a terra prometida, tal
descoberta era a chave de acesso a um passado remoto que, mediante as escavações arqueológicas, poderiam agora se tornar mais próximos, graças a decifração dos hieróglifos. Assim, o achado da Pedra de
Roseta pode ser considerado o marco inicial da moderna Arqueologia
Bíblica.
Jean François
Champollion
O despertamento provocado pelos achados egípcios despertou o interesse em muitas pessoas em busca de tesouros arqueológicos. As terras bíblicas, especialmente na Palestina, a cidade de Jerusalém se tornou um verdadeiro centro de escavações, porém ladrões
de sepulturas e comerciantes de antiguidades se tornaram inimigos da
verdadeira arqueologia fazendo com que muitos objetos fossem perdidos ou destruídos.
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w
Outro homem se destacou de forma muito positiva no meio
arqueológico, foi o americano Edward Robinson. Ele revolucionou a
exploração na Palestina, inaugurando a pesquisa arqueológica de forma mais cientifica naquele lugar. Seus trabalhos em geografia bíblica
e arqueologia lhe renderam o título de Pai da Geografia Bíblica. Bom
conhecedor de várias línguas semíticas, ele e um amigo percorreram
várias vezes toda a região da Palestina, identificando diversas localidades bíblicas (principalmente Jerusalém) e desenterrando importantes estruturas. Fruto de seu trabalho, foram descobertos os muros que
contornavam Jerusalém no primeiro século e o arco que hoje leva os eu
nome e que nos dias de Cristo, dava acesso ao pórtico do santuário.
Se seguiram a ele muitos outros estudiosos que se dedicaram
a explorar as terras bíblicas e foram realizados muitos achados que
comprovaram importantes histórias do Antigo e Novo Testamento. Mas
de todos esses, o mais ilustre foi William Foxwell Albrith, um dos maiores arqueólogos de todos os tempos. Considerado o pai mundial da Arqueologia Bíblica. Ele foi um profundo defensor da historicidade bíblica.
Especialista em cerâmica. Ele recebeu nada menos que 30 títulos de
doutorado honoris causa e por 60 anos trabalhou no departamento de
assiriologia da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos.
Edward
Robinson
Um de seus maiores legados foi confirmar a autenticidade dos
Manuscritos do Mar Morto depois de seu descobrimento em 1947. Albright defendeu teoricamente que Abraão, Isaque e Jacó não foram
apenas personagens bíblicos, mas também históricos, e as incursões
de Josué também foram eventos históricos. Insistiu que como um todo,
a imagem de Genêsis é histórica e não há razões para se duvidar da
precisão dos detalhes biográficos. Ele também confirmou que a conquista de Canaã pelos hebreus teria sido um evento histórico.
O que é Arqueologia ?
William Foxwell
Albrith
Archae, que vem do grego, significa “antigo”, e ology que vem
da logia grega, significa “ciência”. Arqueologia, então, é o estudo científico das coisas antigas.
O que faz um arqueólogo? Como ele trabalha? Devido aos filmes de ação como Indiana Jones, A Múmia e Jurassic Park, se criou
em nossa mente uma imagem errada do que seja Arqueologia. Esses
flmes misturam em nossa mente a imagem do arqueólogo e do paleontólogo. Vamos então saber o que significa e como não confundir a
arqueologia com a paleotonlogia.
A arqueologia é o ramo da ciência que procura recuperar o ambiente histórico e a cultura dos povos antigos , através de escavações
e do estudo de objetos e documentos deixados por eles. Assim, fragmentos de cerâmica, ferramentas, instrumentos de caça, por exemplo,
são achados arqueológicos. Além disso, o espaço de tempo estudado
pela Arqueologia é menor, pois trabalha somente no período em que as
civilizações foram formadas.
Já a paleotonlogia lida principalmente com as formas de vida
ditas “primitivas”, ou seja, para nós que acreditamos na Bíblia, “pré-diluvianas”. O paleontólogo estuda especialmente fósseis (dentes, ossos, conchas, sementes, troncos) ou vestígios (pegadas, ovos e até
fezes) de organismos que viveram desde o início do mundo, como a
vida dos dinossauros, por exemplo.
Você sabia?
Pra não se confudir!
Enquanto um paleontólogo vibra ao encontrar o pedaço da coluna vertebral de um dinossauro que viveu na terra “há milhões de
anos”, um arqueólogo ficaria felicíssimo se
descobrisse um objeto utilizado por alguma
civilização já extinta. Para ele, tal objeto seria
mais uma peça para o quebra-cabeça que ele
tenta montar, a fim de entender como viveram as pessoas nas antigas sociedades.
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Hieróglifos
Terminologias
Agora você sabe porque que Indiana Jones só resgata amuletos e urnas funerárias, por exemplo, e não fósseis como aqueles que
Alan Grant e Ellie Sattler encontram no início do filme Jurassic Park.
Se tratando de Arqueologia, existem alguns termos técnicos
que precisamos entender, vejam só:
Papirólogo: Pessoa responsável pela preservação, identificação e publicação de antigos manuscritos;
Egiptólogo: Estudioso do Antigo Egito;
Assiriólogo: Estudioso das antiguidades assírias;
Orientalista: Pessoa versada no estudo das línguas e das civilizações
orientais.
Papiro
Escrita Cuneiforme: foi desenvolvida pelos sumérios, sendo a designação geral dada a certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos
em formato de cunha.
Hieróglifo: São os sinais da escrita de antigas civilizações, tais como os
egípcios, os hititas, e os maias.
Escrita cuneiforme
Com quem você se parece mais
Paleografia: estudo das antigas formas de escrita, incluindo sua datação, decifração, origem, interpretação etc;
Antiquário: é uma loja que vende artigos antigos, como por exemplo
livros raros, obras de arte, móveis, entre outras coisas.
Réplica: Uma réplica é um objeto muito semelhante a um achado arqueológico usado geralmente em museus para exposição. Devido ao
grande valor das peças originais, em algumas exposições, as réplicas
é que são apresentadas.
Como trabalha um arqueólogo
Podemos dizer que o trabalho de um arqueólogo pode ser dividido em 3 partes:
Indiana Jones
Se você gosta de aventuras em vários
lugares do mundo em busca de relíquias
raras e valiosas enfrentando perigos diversos, enfrentar uma naja não seria problema pra você
Levantamento dos locais onde possivelmente há artefatos:
O arqueólogo faz um estudo detalhado do local, onde ele acredita ter
vestígios de materiais enterrados. Estes lugares são chamados de Sítios Arqueológicos. Esses vestígios são os restos de suas casas, de sua
alimentação, seus instrumentos de trabalho, suas armas, seus enfeites
e pinturas. Exemplos de sítios arqueológicos: templos e sepulturas.
As escavações: O Arqueólogo deve escavar o local com o máximo
de cuidado para não danificar o artefato, para isso ele utilizadas diversas ferramentas. Existem várias fases em uma escavação e para cada
fase o arqueólogo usa ferramentas diferentes.
Escavadeira: Em alguns sítios arqueológicos, grandes quantidades de
areia ou solo sobreposto precisam ser removidas antes que os arqueólogos comecem a escavação. Equipamentos como uma retroescavadeira ou uma escavadeira são usados para esta tarefa. As preparações
da pesquisa de campo são feitas antes da escavação para garantir que
o maquinário grande não remova solo demais e estrague os artefatos
abaixo.
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Jurassic Park
Se você for uma pessoa destemida à buscar
seres vivos que um dia já passaram pela
terra através de escavações e estudos
de anatomia comparada e reconstrução de
esqueletos, dá de cara com um tiranossauro rex era o momento ideal para uma ótima
selfie.
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Você sabia?
Escavando Cidades Antigas
Se tratando da Arqueologia Bíblica é
muito importante quando uma cidade
antiga é descoberta. Por exemplo, até
o século 19 se duvidava que a Babilônia teria existido. Diziam que era apenas
uma cidade criada na mente de antigos
escritores, até que finalmente em 1899,
as ruínas da cidade de Babilônia foram
descobertas por Robert Koldewey, que
demorou pelo menos 14 anos para escavar as suas estruturas. Há 3 modos
de classificar as cidades descobertas:
Tell: Quando se refere a sítios com nomes árabes
Tel: Quando se refere a sítios de nomes
hebraicos. Essas expressões se referem
a cidades que, antes da escavação,
encontram-se completamente cobertas
por uma coluna de entulhos que se formou ao longo dos anos.
Khirbet: que Significa ruína de pedras
e diz respeito àquelas ruínas que ainda
permanecem visíveis acima da terra,
mesmo antes da chegada dos escavadores.
Se tratando de cidades muito
antigas, era normal que ao longo dos
séculos, desastre naturais e eventos
como a guerra pudessem destruir muitas casas. A população que chegava
em seguida, por questões econômicas,
aproveitava os alicerces da vila anterior
e por cima dela construíam as suas habitações. Se o processo de demolição
se repetia várias vezes podemos encontrar então, em um mesmo local, descobertas arqueológicas de várias épocas
diferentes. Depois de uma época de
abandono, a terra cobre todas as construções, formando uma colina, ou seja,
um Tell.Quando os arqueólogos descobrem um monte em que eles sabem
que existe uma cidade inteira debaixo
da terra, eles precisam usar na escavação a Estratigrafia, que é uma técnica
derivada da geologia, que é um mapeamento das várias camadas do monte.
Esse mapeamento ajuda no processo
de datação dos objetos e estruturas ali
encontrados.
>>> Escovas e Pincéis: Um número de tipos de escovas e pincéis (de
largura e tamanho variado) são comumente utilizadas pelo arqueólogo
como recurso para a limpeza de solo e varredura da sujeira, e manter a
unidade limpa de terra/poeira solta.
Bússola: usada para orientar o material dentro da quadrícula e para o
mapeamento do local e localização no mapa topográfico.
Diversos modelos de pás: Para raspar delicadamente finas camadas
de Terra, mantendo uma superfície uniforme.
Mapas: Político e mapas topográficos que são usados para observar a
localização de um sítio.
Sacos plásticos: Usado para a guarda de pequenos artefatos recuperados em um sítio. Cada saco é marcado para indicar quando e onde
os artefatos foram descobertos.
Peneira: Um filtro de tela ou malha de arame usado para separar objetos pequenos da terra solta.
Estacas e cordas: Usado para dividir uma escavação arqueológica em
quadrados.
Espátula: ferramenta usada por pedreiros e arqueólogos para raspar
finas camadas de solo. Mais conhecidas como “colher de pedreiro”,
para a investigação arqueológica em campo, é necessário ter tamanhos e formas diferenciadas para que possa facilitar a coleta de materiais.
Papel, lápis, máquina fotográfica: Um arqueólogo não só escava artefatos, mas também registra diariamente observações sobre os itens e
o sítio. Essas são importantes ferramentas para documentar pequenos
detalhes que serão importantes uma vez que a escavação tenha sido
feita e que os artefatos tenham sido dirigidos para um museu ou laboratório.
Trabalho Laboratorial: Numa última etapa, e após ter concluído o
chamado trabalho de campo, surge o trabalho laboratorial que consiste
na análise, limpeza, tratamento e classificação dos objetos encontrados. É nessa fase que os Arqueólogos formulam as hipóteses e tiram
as suas conclusões sobre os povos estudados. A tarefa de selecionar
e preparar os objetos que serão expostos em museus é igualmente da
responsabilidade destes profissionais.
ruínas da cidade de Ai
ruínas da fortaleza em Khirbet el-Maqatir, a 9 km ao norte de
Jerusalém, ajudou arqueólogos a comprovar mais um relato bíblico. O Velho Testamento conta a história da cidade de Ai, que
foi conquistada e incendiada pelos israelitas durante a conquista de Israel. No livro de Josué há um relato sobre isso.
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Datando objetos encontrados
Quando finalmente um objeto é encontrado, chegou a hora de
datá-lo, ou seja, descobrir a que época aquele objeto pertenceu, isso
também faz parte do trabalho da arqueologia. Existem pelo menos dois
métodos de datação da arqueologia. Um é baseado em técnicas relativas, e o outro em absolutas.
Técnicas Relativas
Dentre as técnicas relativas, temos a estratigrafia e a seriação:
Estratigrafia: Essa técnica se baseia na sobreposição de estratos de
um Tell que se formou ao longo dos anos. O que está nas camadas
superiores é, logicamente, mais recente e o que está nas bases é mais
antigo.
Seriação: Essa outra técnica baseia-se na eventual
alteração que os objetos sofrem de uma para outra
geração, como é o caso das moedas e das cerâmicas de um modo geral que recebem novos formatos,
à medida que as gerações passam. Sabendo em que
formato tal vaso se encontrava podemos descobrir de
que época ele foi feito.
Técnicas absolutas
As técnicas absolutas mais conhecidas são a dendrocronologia e o Carbono 14.
Dendrocronologia: Essa técnica foi elaborada por Andrew Ellicott Douglas. Ele se baseou no fato que as
árvores desenvolvem anéis concêntricos que são indicadores de ciclos solares. Assim, árvores localizadas
nas proximidades de grandes sítios arqueológicos ajudariam na datação dos objetos ali encontrados.
Radiocarbono ou Carbono 14: É considerado um dos
mais revolucionários métodos de datação do mundo científico. Essa
técnica utiliza o montante de Carbono 14 disponível em organismos
vivos como instrumentos medidores de tempo. Esse sistema pode ser
utilizado em qualquer resto de material orgânico como madeira, ossos,
petróleo, plantas, etc. Na arqueologia ele é eficaz para, por exemplo,
datar o madeiramento de um barco, de uma folha misturada a argila de
uma cerâmica, ou um tecido encontrado numa múmia.
A arqueologia e a Bíblia
Crer na vida após a morte,era uma característica marcante dos antigos egípcios.
Dito isso, os faraós eram mumificados para
que estivessem preservados no além vida.
Retiravam todos os órgãos do poderoso
líder e passavam em seu corpo uma complexa mistura para embalsamamento. Somente
o coração permanecia, por ser um órgão
ligado as emoções. Após esse preparo,
enrolavam faixas de linho em todo corpo.
Na foto acima belíssimo sarcófago de Tutankamon.
Por muito tempo os críticos da Bíblia questionam a sua validade histórica. Duvidam da existência de personagens bíblicos, de cidades e de acontecimentos. O uso da Arqueologia vem então trazer um
rigor científico ao Livro Sagrado. São várias as suas contribuições para
a Bíblia em seus dois séculos de existência. Wayne Jackson enumerou
cinco contribuições. São elas: 1.Ajudado na identificação dos lugares e no estabelecimento de datas;
2.Contribuído para o melhor conhecimento de antigos costumes e obscuros idiomas;
3.Trazido luz sobre o significado de numerosas passagens bíblicas;
4.Aumentado nosso entendimento sobre certos pontos doutrinários do
Novo Testamento;
5.Silenciado progressivamente certos críticos que não aceitam a inspirada Palavra de Deus.
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O Dr. Rodrigo Silva no entanto enfatiza que haverá declarações
bíblicas que nunca conseguirão ser provadas pela Arqueologia. Para
elas é necessário ter fé, afinal, a maior confirmação deve vir de Deus, o
verdadeiro autor das Escrituras e não de qualquer estudo humano. No
entanto, as descobertas arqueológicas confirmam em muitos aspectos
as declarações da Palavra de Deus.
Neste contexto entre fé e evidências, encontramos duas posturas diferentes: o Maximalismo e o Minimalismo.
Os Maximalistas se sentem suficientemente satisfeitos com as
evidências já desenterradas e não questionam a Bíblia com base apenas no que ainda não foi encontrado, já o Minimalistas, tendem a supor
que tudo o que não é minunciosamente comprovado pelas evidências
contemporâneas deve ser corrigido ou abandonado. Os minimalistas
então só acreditam, por exemplo, que existiu um rei de Salém, chamado Melquisedeque, se acharmos alguma coisa daquela época que
mencione explicitamente o nome desse personagem. Para os minimalistas, até que se prove a existência dele, o personagem não passa de
um mito.
Atualmente existe várias escavações ao redor do mundo que
com certeza trarão descobertas que irão esclarecer várias passagens
bíblicas, veja algumas:
Agora que já tivemos uma
boa aula teórica de Arqueologia, vamos ao que interessa. Quais foram até
hoje as maiores descobertas
arqueológicas que ajudaram a comprovar relatos da
Bíblia? Veremos algumas no
próximo tópico:
Escavações na cidade bíblica de Hazor: Há muito tempo se fazem escavações na cidade da alta Galiléia, localizada na estrada que
vai do lago de Tiberíades até às fontes do Rio Jordão. A novidade é que
há pouco tempo foi aberto a visita ao palácio real, que foi descoberto
nas escavações durante os anos 1990 a 2003, feitas pelas universidades de Jerusalém e de Madrid. Um dos argumentos mais discutidos
nestes tempos, no campo da história e arqueologia bíblica, é exatamente o da origem de Israel. Com as escavações dos “tell” (colinas,
ruínas de cidades antigas) mais importantes da Palestina, como o de
Hazor, existe a esperança de poder esclarecer como se deu a conquista das cidades cananéias por parte dos hebreus e determinar a
extensão da conquista que os textos bíblicos dizem que foram dados
como herança às várias tribos de Israel. Hazor foi dada à tribo de Neftali.
Escavações em Laquis: As escavações em Laquis também revelaram destruições em massa que datam da campanha babilônica de
Nabucodonosor em 586 a.C. (2 Reis 25), na qual dezenas de vasilhas
inteiras foram encontradas, assim como da destruição de Senaqueribe,
rei da Assíria, que aconteceu antes, em 701 a.C. (2 Reis 18; Isaías 3637). Nas escavações, no nível que continha a destruição da Assíria, foram encontrados na superfície vários dos chamados vasos de LMLK. O
termo LMLK em hebraico significa “para o rei”. Em expedições anteriores, mais de 400 alças de vasos de conserva de LMLK foram descobertas em Laquis, muitas que remontam especificamente ao rei Ezequias.
Escavações em Khirbet Qeiyafa: Situada no Vale de Elah, no Sul
de Israel já testemunhou algumas descobertas como a inscrição de
Eshbaal. A inscrição data dos dias de Saul e Davi e menciona um homem chamado Eshbaal, o mesmo nome de um dos filhos do rei Saul.
Khirbet Qeiyafa tornou-se o sítio crucial de um debate atual sobre os
primórdios da história de Judá. Novos dados encontrados no sítio, incluindo essa inscrição, estabeleceram uma data mais antiga para as
monarquias de Saul e Davi, o que alguns estudiosos gostariam de excluir da história
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Antigo Testamento
Selo da Tentação
O Gênesis descreve o tentador, Satanás, influenciando Eva e por sua
vez o marido, Adão, a desobedecer a seu Criador. Deus disse a Adão e
Eva que eles morreriam se comessem da árvore. Mas a serpente disse
a Eva: “Certamente, Você não vai morrer”. Então Eva comeu, achou
o fruto agradável, em seguida, ofereceu a seu marido, “e ele comeu”
(Gênesis 3:1-6). É este relato apenas um mito? Muitos críticos pensam
assim. No entanto, a arqueologia descobriu, não no Israel bíblico, mas
no sítio da civilização mais antiga, conhecida como Suméria, um selo
representando esta sequência dos acontecimentos descritos no livro
de Gênesis. Este achado, conhecido como o Selo tentação, está no
Museu Britânico. Ele data do terceiro milênio antes de Cristo, cerca de
5.000 anos atrás. Este artefato mostra um homem e uma mulher vendo
uma árvore, e atrás da mulher está uma serpente. O homem e a mulher
estão ambos alcançando o fruto da árvore.
Selo de Adão e Eva
Outro selo sumério, datado de cerca de 3500 a.C. e agora no Museu
da Universidade da Pensilvânia, mostra eventos que ocorreram após o
homem e a mulher comerem o fruto proibido. Este selo retrata as figuras nuas de um macho e uma fêmea, curvando-se em humilhação, sendo expulsos, seguido por uma serpente. Este selo também descreve a
história da expulsão do Jardim do Éden: “ ... Pelo que o Senhor Deus
enviou ele [Adão] para fora do jardim do Éden para o lavrar a terra de
que fora tomado “ (Gênesis 3:23). É difícil explicar o que as três figuras,
gravado em um selo que data dos primórdios da antiguidade humana,
está fazendo se o artefato não é outra descrição do relato de Gênesis.
Este selo com a sua impressão à direita é conhecido como o Selo da Tentação.
Descoberto no local da antiga Suméria,
descreve uma serpente, uma árvore, a
mulher e o homem, todos os elementos
importantes no relato do Gênesis da
tentação.
Os épicos do dilúvio
Um dos mais questionados relatos da Bíblia é o dilúvio do tempo de
Noé. Séculos atrás, críticos liberais consideraram um dos mais fantasiosos mitos bíblicos. No entanto, mais do que um século de escavação arqueológica revelou contos da inundação nas mais antigas das
civilizações.
Uma das descobertas das mais surpreendentes é a Epopeia
de Gilgamesh, gravado em tábuas de argila que foram traduzidas em
1872 por George Smith, do Museu Britânico. Os tabletes narram o relato do dilúvio da perspectiva de antigos babilônios. Um relato semelhante foi encontrado em tábuas sumérias, que são os primeiros escritos ainda descobertos. Certamente, se o dilúvio de Noé foi apenas um
evento local que afetou pessoas de uma região geográfica limitada,
o seu impacto não teria sido indelevelmente gravado nas mentes de
tantos distantes povos.
Inscrição de Deir Allar - Balaão
Em 1967 arqueólogos escavaram os restos de Deir Alla, uma cidade
amonita antiga na margem leste do rio Jordão (provavelmente a cidade
bíblica de Sucote), e encontraram uma inscrição em aramaico, mencionando Balaão, filho de Beor. As 16 linhas de uma inscrição incompleta sobre uma parede acabaram por ser parte de uma das profecias
de Balaão, em linguagem semelhante a que é registada em Números.
Juntos, eles trazem um episódio na vida de “Balaão, filho de Beor” – o
mesmo Balaão de Números 22. Os textos ainda descreviam uma de
suas visões, indicando que os canaanitas mantiveram lembrança desse profeta.
Esta tablete de
argila, inscrito em
caracteres cuneiformes, foi recuperado a partir da
antiga cidade de
Nínive. Ele descreve uma inundação
que devastou o mundo todo. Um relato
muito semelhante ao
dilúvio do tempo
de Noé descrito no
livro de Gênesis.
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Escravidão no Egito
O que faziam os patriarcas bíblicos e suas famílias? A Bíblia fala da
riqueza de Abraão em bovinos e ovelhas (Gênesis 12:16). Mais tarde,
ele fala sobre a inveja dos irmãos sobre o casaco colorido que Jacó
deu a José (Gênesis 37:3). Ela fala sobre as ovelhas e cabras que Jacó
inteligentemente criou para evitar serem confiscadas por seu sogro
(Gênesis 30:33-43). São mencionados instrumentos musicais, como a
harpa (Gênesis 31:27) e armas, como arco e flecha usados para proteção (Gênesis 27:3). Foram todas estas invenções apenas o produto
de fábulas?
Na virada do século, vários túmulos reais foram escavados a
150 milhas ao sul do Cairo. Existem em uma das paredes uma bonita
pintura, posterior datada de cerca de 1900 a.C., de semitas que entraram no Egito para vender seus produtos. Homens, mulheres e crianças
são retratados, alguns com roupas multicoloridas. Eles têm harpas, arcos e flechas e lanças. São acompanham por cabras e burros para
alimentação e transporte. Esta pintura mostra pessoas da mesma linhagem, como Abraão, Isaque e Jacó vestindo a roupa, cuidando do
mesmo tipo de animais e usando instrumentos como descrito no registro bíblico. É impressionante descobrir o que faz a descrição bíblica da
época, até mesmo nos mínimos detalhes.
Estes painéis de uma pintura de parede descoberto em uma tumba egípcia
em Beni-Hasan retratam estrangeiros
que entram no Egito. Muitos dos artigos israelitas, “animais, ferramentas,
utensílios e armas descritos na Bíblia
são mostradas nas pinturas, incluindo
burros, cabras, harpas, lanças, arcos e
flechas.” Esta pintura, de quase 4.000
anos de idade, retrata a vida no tempo
dos patriarcas bíblicos.
José no Egito
Quando Deus interveio na vida de José e ele interpretou o sonho de
Faraó (literatura da época indica que interpretar sonhos era uma prática
comum), ele foi colocado como segundo no comando sob Faraó.
O governante egípcio elogiou-o: “Na medida em que Deus lhe
mostrou tudo isso, não há ninguém tão criterioso e sábio como você.
Você estará na minha casa, e todo o meu povo deve ser governado de
acordo com a tua palavra, apenas em relação ao trono é que eu serei
maior do que você ‘E Faraó disse a José: “Veja, eu te constituí sobre
toda a terra do Egito” Então Faraó tirou o seu anel de sua mão e colocá-lo na mão de José, E ele vestiu com roupas de linho fino e colocou
uma corrente de ouro no pescoço. E ele o fez subir no segundo carro
que tinha, e clamavam diante dele, ‘Dobrem o joelho! “ Então, ele o pôs
sobre toda a terra do Egito “(Gênesis 41:39-43).
Numa das paredes de uma tumba real egípcia está uma bela
gravura da cerimônia de posse para um novo primeiro-ministro. O funcionário está vestido com um vestido de linho branco e usa uma corrente de ouro em torno de seu pescoço. Como Werner Keller disse:
“A elevação de José para ser vice-rei do Egito é reproduzida na Bíblia
exatamente de acordo com o protocolo.” Ele é investido com a insígnia
de seu alto cargo, recebe o anel, o selo do faraó, uma vestimenta de
linho caro, e uma corrente de ouro. Isto é exatamente como os artistas
egípcios descrevem esta cerimónia solene em murais e relevos.
Esta ilustração, de uma escultura numa
tumba egípcia, mostra um dignitário
sendo instalado no escritório do governo. Uma corrente de ouro está sendo colocado em volta do pescoço, um paralelo
exato da inauguração de José descrito
em Gênesis 41:41-42.
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ATIVIDADES MISSIONÁRIAS
Bezerro de Ouro
Depois de atravessar o Mar Vermelho, os israelitas fizeram seu caminho
para o Monte Sinai. O relato da apropriação de Israel de um bezerro
de ouro para adorar era muito questionado por estudiosos seculares.
Eles observaram que a adoração de touro era comum no Egito e Canaã, mas não a adoração de um bezerro. No entanto, em 1991 uma
estátua de prata de um bezerro foi encontrada em uma escavação da
antiga Asquelom na costa de Israel. Autoridades dataram este bezerro
de mais de 100 anos antes do Êxodo.
Quando Arão gritou para o povo: “Este é o seu deus, Ó Israel,
que te tirou da terra do Egito” (Êxodo 32:4), ele sabia muito bem o quão
popular era o culto ao bezerro. Quatro séculos depois, quase as mesmas palavras foram ditas pelo rei Jeroboão, quando fez dois bezerros
de ouro e disse ao povo: “Aqui estão os seus deuses, Ó Israel, que
te fez sair da terra do Egito, um extenso artigo sobre a descoberta do
bezerro de prata observa: O Bezerro de Ouro adorado ao pé do Monte
Sinai pelo impaciente Israel (Êxodo 32) pode ter se assemelhado a esta
estatueta
Esta estátua de prata de um bezerro,
escavado a a partir do sitio da antiga Asquelom, data de mais de um século
antes do Êxodo. Esta descoberta provou
que o culto ao bezerro era praticado na
época do Êxodo, ao contrário das opiniões de alguns críticos.
Estrela de Tel Dan
Em 1993 arqueólogos descobriram os nomes de David e Israel em uma
inscrição esculpida em pedra apenas 100 anos após a morte de David.
Uma descoberta em Tel Dan, um bonito monte, norte da Galiléia, ao
pé do Monte Hermon e ao lado de uma das cabeceiras -do rio Jordão.
Avraham Biran e sua equipe de arqueólogos encontraram uma notável
inscrição a partir do século IX a.C. que se refere tanto à ‘Casa de Davi’
e ao ‘Rei de Israel. “Este é a primeira vez que o nome de David foi
encontrado em qualquer inscrição antiga fora da Bíblia “(Revisão de
Arqueologia Bíblica, Março-Abril de 1994, p. 26). Cada vez mais evidência extra-bíblica envolvendo nomes Bíblicos e lugares estão sendo
descobertos como o passar dos anos.
Obelisco negro e o prisma de Taylor
Estes artefatos mostram duas derrotas militares de Israel. O primeiro
traz o desenho do rei Jeú oferecendo tributo, prostrado diante de Salmanazar III, e o segundo descreve o cerco de Senaqueribe a Jerusalém, citando textualmente o confinamento do rei Ezequias.
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Novo Testamento
Ossário de Caifás
Surpreendentemente, o túmulo do sacerdote foi descoberto em 1990.
Arqueólogo israelense Zvi Greenhut, que confirmou o achado, descreve o evento:
Duas das 12 caixas de pedra encontradas possuía o nome
Caifás escrito no lado, e uma continha o nome completo: “José, filho
de Caifás”. Dentro desta caixa estavam os restos de um homem de
60 anos de idade, juntamente com os ossos de uma mulher e quatro
pessoas mais jovens, provavelmente aqueles de sua própria família.
“Uma pessoa de nome José, com o cognome Caifás era o sumo sacerdote em Jerusalém, entre 18 e 36 D.C. O Novo Testamento fornece apenas seu cognome na forma grega: Caifás (ver Mateus 26:3, 57, Lucas
3:02, João 11:49, 18:13-14, 24, 28, Atos 4:6. Os arqueólogos, assim,
confirmam a existência dessa importante figura do Novo Testamento.
Eles também têm comprovado a existência de outro personagem principal fundamental para os eventos que cercam o julgamento, a prisão
e execução de Jesus Cristo.
A inscrição de Pilatos
Durante séculos, Pilatos era conhecido apenas em escassos registros
históricos e os Evangelhos. Nenhuma evidência física direta havia sido
encontrada. Então, em 1961, uma placa de pedra gravada com o nome
de Pilatos, o título foi descoberto em Cesaréia, o porto romano e capital
da Judéia na época de Cristo. “De dois pés por três mede a placa, agora conhecida como a Inscrição de Pilatos, foi... aparentemente escrita
para comemorar a ereção de Pilatos e a dedicação de um Tiberium, um
templo para a adoração de Tibério César, imperador romano durante o
tempo de Pilatos na Judéia”.
“A inscrição em latim de quatro linhas dá o título como” Pôncio Pilatos, prefeito da Judéia, “um título muito semelhante ao utilizado
para ele no Evangelho (cf. Lc 3:1). Este foi o primeiro achado arqueológico a mencionar Pilatos, e novamente testemunha a precisão dos
escritores dos Evangelhos.
A prova da crucificação
Até recentemente alguns estudiosos consideravam a descrição da crucificação de Cristo como falsa. Eles pensaram que era impossível para
um corpo humano a ser perfurado por pregos nas mãos e nos pés,
porque a carne acabaria se rompendo. Em vez disso, achavam que as
vítimas eram presas por cordas.
No entanto, em 1968, o corpo de um homem crucificado que
data do primeiro século foi encontrado em Jerusalém. Aqui, o verdadeiro método de crucificação foi descoberto: seus tornozelos, não os pés,
foram pregados e poderia facilmente suportar seu peso.
O arqueólogo Price Randall explica: “Este achado raro provou
ser uma das testemunhas mais importantes arqueológicas para a crucificação de Jesus como registrada nos Evangelhos. Primeiro, ele revela
novamente os horrores do castigo romano... Este método de execução
forçava o peso do corpo sendo colocado nos pregos, causando espasmos musculares terrivelmente dolorosos e eventualmente a morte pelo
processo excruciante de asfixia... Segundo, foi uma vez afirmado que a
descrição dos Evangelhos do método da crucificação é historicamente
precisa... a descoberta dos pregos perfurados no osso dos tornozelos refuta aqueles que dizem que pregos não poderiam ser usados”
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Cafarnaum
A cidade em que Jesus morou foi escavada e preservada para visitação. Ali é possível se ver os restos de uma sinagoga e uma igreja bizantinas que foram respectivamente construídas sobre a sinagoga dos
dias de Jesus, e a casa de Pedro, o líder dos doze apóstolos.
Em uma das colunas de pedra calcária branca há uma inscrição em aramaico que diz: “HLPW, filho de Zebida, filho de Johanan, fez
esta coluna. ” Estes nomes, correspondem aproximadamente a Alfeu, a
Zebedeu e a João, mencionados no Novo Testamento ... nas listas dos
discípulos de Jesus e se suas famílias (Mc 3:17-18)
Existem ainda inúmeras outras descobertas que você pode
pesquisar querido desbravador. Como você viu, as pedras estão clamando, falando de um Deus vivo, verdadeiro e confirmando que Sua
palavra, a Santa Bíblia, é verdadeira.
Cafarnaum
Para saber mais
Escavando a
Verdade
Arqueologia
Bíblica
Bíblia de Estudo
em Arqueologia
Dr. Rodrigo P. Silva
Dr. J. Randall Price
A escavação é um ponto
de partida. A verdade é
o único objetivo final
que realmente interessa.
Entre estes dois extremos cabem: aventuras,
descobertas, polêmicas
e conclusões. Se isto é
contado através de uma
narrativa cativante e
ilustrado com fotos e
mapas, o resultado só
pode ser um livro extremamente agradável e
informativo.
Descubra o que os novos
achados arqueológicos têm para nos contar
sobre a peregrinação de
Israel no deserto rumo à
Terra prometida, a queda
dos muros de Jericó, a
arca da Aliança, os reis
e profetas de Israel,
as invasões assírias e
babilônicas, os Rolos do
Mar Morto, à época do
Novo Testamento e muito
mais.
A primeira Bíblia que
vem com um vasto subsídio e ilustrações das
descobertas arqueológicas mais recentes. Fundamental para quem quer
conhecer mais sobre a
Arqueologia Bíblica.
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Arqueologia Bíblica * Atividades Missionárias
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Para fazer!
Mapa Bíblia de Estudo Andrews
Montar uma maquete simples de Jerusalém observando o seguinte:
a) Relevo
b) Os diferentes perímetros da cidade nas épocas do 1º templo (Davi e Salomão), 2º templo (Herodes e Jesus Cristo) e a Jerusalém atual.
c) Os principais sítios arqueológicos
d) Os principais pontos de visitação religiosa
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