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KARDEBRAILE Órgão da Sociedade Pró-Livro-Espírita em Braille - SPLEB Publicado em tinta, em Braille e em versão eletrônica ANO XLIX - Junho - 2008 - Nº 130 Rio de Janeiro BRASIL IMPRESSO 2 - KARDEBRAILE Comissão Editora: Diretora Responsável: Ana Cristina Zenun Hildebrandt Coordenadora: Franceschina Angelina Giglio Maio Revisor do texto: Susana Dias Ferreira Revisor do Braille: Maria Salete Semitela de Alvarenga Versão eletrônica: Maria Waldívia da Cunha EXPEDIENTE SEDE PRÓPRIA Rua Thomaz Coelho, 51 - Vila Isabel Rio de Janeiro - RJ - Brasil - CEP 20540-110 Tels.: (0xx21) (Geral 2288-9844) - (Administração 2208-4989) Fax: (0xx21) 2572-0049 E-mail: [email protected] Home page: www.spleb.org.br CNPJ: 33.997.560/0001-11 - Insc. Mun.: 07.702.285 Declarada de Utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal. Conta para doações: Banco Bradesco: Agência: 0226-7 - C/C: 97531-1 Distribuição gratuita. O conteúdo dos artigos assinados é da inteira responsabilidade de seus autores. FUNCIONAMENTO De 2ª a 6ª Feira - 9 às 17h / Sábado - 9 às 12h “A Voz da Sociedade Pró-Livro-Espírita em Braille” Você, leitor, que é splebiano ou amigo da SPLEB, não deixe de ouvir e prestigiar o nosso programa radiofônico que, sob a direção e apresentação de Luiz Cláudio de Oliveira Millecco, é transmitido todos os domingos, às 11:15 (onze e quinze) horas, através da onda da Rádio Rio de Janeiro, na freqüência de 1.400 Khz, a “Emissora da Fraternidade da Fundação Cristã Espírita Cultural Paulo de Tarso”. Ouça e fale com seus amigos. KARDEBRAILE - 3 SETOR DE ATENDIMENTO MARIO KLINGER NÚCLEOS, BIBLIOTECAS, INSTITUIÇÕES PARA DEFICIENTES, INSTITUIÇÕES ESPÍRITAS E LEITORES CADASTRADOS Coordenadora: Maria Waldívia da Cunha NÚCLEOS = 02 SALVADOR – BA; SÃO BERNARDO DO CAMPO – SP. BIBLIOTECAS: BRASIL = 18 MANAUS – AM; CAMAÇARI, SALVADOR – BA; GOIÂNIA – GO; ARAXÁ, UBERLÂNDIA, OURO PRETO, MUZAMBINHO, ITABIRA – MG; BELÉM – PA; SAPÉ - PB; CASCAVEL – PR; OLINDA – PE; BARRA MANSA, RESENDE, RIO DE JANEIRO – RJ; CAMPINAS, SÃO PAULO – SP. EXTERIOR = 02 PORTUGAL. INSTITUIÇÕES PARA DEFICIENTES = 15 BRASIL FEIRA DE SANTANA, SIMÕES FILHO – BA; CONSELHEIRO LAFAIETE, JANAÚBA, JOÃO PINHEIRO – MG; RESENDE, RIO DE JANEIRO – RJ; SANTA MARIA – RS; GUARULHOS; SANTOS; SÃO PAULO – SP; ARACAJU – SE INSTITUIÇÕES ESPÍRITAS = 21 BRASIL MANAUS – AM; SALVADOR – BA; BRASÍLIA – DF; TUPICIGUARA, UBERABA, CONSELHEIRO LAFAIETE – MG; CASCAVEL, CURITIBA – PR; ITAPERUNA, ITAQUI, MIGUEL PEREIRA, RIO DE JANEIRO, VALENÇA, VOLTA REDONDA - RJ; ARARAQUARA, FRANCA, SÃO PAULO, SERRA NEGRA – SP. LEITORES CADASTRADOS ÁFRICA = 1 ARGENTINA = 2 BRASIL = 159 EQUADOR = 1 PORTUGAL = 6 VENEZUELA = 1 4 - KARDEBRAILE RECEBEMOS E AGRADECEMOS: A) Em Braille: ARGENTINA “Revista Braille Jovem” da Biblioteca Argentina para Cegos. “Hacia La Luz”. BRASIL “Revista Brasileira para Cegos” do Instituto Benjamin Constant, nº 509. “Pontinhos”, nº. 325, do Benjamin Constant. ESPANHA “Dharma 2000”. “Relieves Braille”, da Organização Nacional de Cegos Espanhóis – ONCE, Barcelona. “Cultura” - ONCE, Barcelona. PORTUGAL “Jornal de Notícias”. “Poliedro” nº 545, da Santa Casa de Misericórdia do Porto. “Rosa dos Ventos” nos 429 e 430. B) Em tinta: BRASIL: BRASÍLIA: “Brasil Espírita”, Ano XXXV, nos 151 e 152. “Resenha Espírita”, Ano XXIV, nº 4. ESPÍRÍTO SANTO “Templo Espírita Pedro da Rocha Costa, Ano 13, nos 67 e 68. Cachoeiro do Itapemirim. MINAS GERAIS “Arauto de Luz”, nº 7. PARAÍBA “Tribuna Espírita”, Ano XXVI, nos 141 e 142. PARANÁ “Alvorada de Luz”, Edição 49. “Jornal Mundo Espírita”, Ano LXXV, nos 1480 a 1481. “O Imortal”, Jornal de Divulgação Espírita, Ano 54, nos 645 a.647. “Jornal Comunica Ação Espírita”, Ano XI, nos 63 e 64. RIO DE JANEIRO “ADE-RJ - Associação de Divulgadores do Espiritismo do Rio de Janeiro” – março e abril de 2008. “Benjamin Constant”, Ano 13, nº 38. “Dirigente Espírita”, Ano XVII, nos 105 a 107. “Grupo de Comunicação Espiritual”, Ano VI, nº 20. “O Cruzado”, Ano x, nº 21. “SEI - Serviço Espírita de Informações”, nos 2080 a 2094. “Reformador”, Ano 125, nº 2148 a 2150 – FEB. “Revista Espírita de Campos”, Ano 24, jan/fev/mar de 2008. SÃO PAULO “Correio Fraterno”, Ano 39, nos 418 e 419. “Despertador”, Ano 43, nº 447. “Folha Espírita”, Ano XXXIII, nos 402 a 403. “Jornal Espírita” , Ano XXVIII, nº 382. “Revista ICESP”, Ano 6, nos 25 e 26. “Revista Internacional de Espiritismo”, Ano LXXXII, nos 13 a 15. INTERNACIONAL ESPANHA “El Gran Corazón”, Ano XX, nº 21. PORTUGAL “Jornal Espiritismo”, Ano IV, nos 27 e 28. “Jornal Espírita”, Ano XXIII, nº 284. KARDEBRAILE - 5 EDITORIAL A SPLEB está completando 55 anos de atividades. Nesta edição você verá que a renovação é uma constante em nossa casa, pois o dinamismo do trabalho não nos permite parar. Nos tempos de crise por que passa o mundo - físico e moral - nossa casa continua pregando a paz através do auto-conhecimento, persevera no incentivo ao trabalho e insiste na divulgação da Doutrina Espírita, do Sistema Braille, bem como na instrução dos cegos, a fim de que conquistem, pelo crescimento pessoal, seu lugar na sociedade. Tendo por filosofia o Evangelho de Jesus, todo Splebiano sabe que nossas atividades se baseiam em princípios como simplicidade, naturalidade, amor e abertura de mente para tudo o que nos firme no caminho do Bem, a despeito de todas as dificuldades, já que, encarnados e comprometidos com a Lei, enfrentamos grandes barreiras internas e externas à realização dos ideais da SPLEB. Por todo esse desafio que representa o fato de ser splebiano é que Kardebraile cumprimenta todos os voluntários desta casa: transcritores, encadernadores, copistas, médiuns, diretoria e comissões, além dos que ajudam no desenvolvimento das tarefas diárias e na manutenção deste “oásis/tenda de trabalho” que é a SPLEB, como diz o presidente e único fundador encarnado de nossa instituição, Marcus Vinicius Telles. A comissão editora também se sente gratificada por participar da equipe da SPLEB, assim como cada leitor de Kardebraile também é, pelo coração, um splebiano. Que Jesus nos abençoe! Em um dos guardados da SPLEB, encontramos o que se segue e resolvemos compartilhar com todos (embora datado em outra época e há muito tempo, nos pareceu muito atual): Meu irmão, se a tua cruz te pesa, Se tens o coração desalentado, Se te constrange a dor do teu passado, Concentra-te, irmão meu, e ora e reza... E verás que do mal não és mais réu: Olha para o alto, para o Céu! Se te sentes ao mundo agrilhoado, Mas num incontido anseio de subir, De resgatar as faltas, progredir, Estando, embora, a terra vinculado, Na prece, irmão, irás além do véu: Olha para o alto, para o Céu! Se tens vontade de espalhar o bem, Cada vez com mais amor e mais perdão, - Pois tens cheio de amor, o coração – Ergue tu´alma numa prece a Alguém Que a recolherá no aprisco seu: Olha para o alto, para o Céu! 6 - KARDEBRAILE ACONTECE NA SPLEB Eleição da nova Diretoria Na primeira parte da Assembléia ordinária, que ocorreu dia 29 de março de 2008, foi eleita a nova diretoria da SPLEB. Presidente: Marcus Vinícius Telles; 1º Vice-Presidente: José Walter Figueiredo; 2º Vice-Presidente: Flavio Pereira Telles; 1º Secretário: Ana Lucia Belchior Tavares da Silva; 2º Secretário: Elizeu Rodrigues de Morais; 3º Secretário: Regina Celeste Costa Miranda Maciel; 1º Tesoureiro: Raphaela Millecco; 2º Tesoureiro: Carla Maria de Souza; 3º Tesoureiro: Ângela Mara de Abreu Lobo; 1º Procurador: Clovis Cirne da Silva; 2º Procurador: José Maria Bernardo; 1º Bibliotecário: Miguel João Cuneo; 2º Bibliotecário: Virginia Menezes de Souza; Diretor de Atividades Doutrinárias: Ana Cristina Zenun Hildebrandt. Na assembléia acima referida foi aprovado o relatório anual de 2007, analisado e aprovado pelo Conselho Deliberativo. Segue a conclusão para seu conhecimento: Conclusão do Relatório de Atividades de 2007 Nem todas as metas pretendidas pela SPLEB foram atingidas, entretanto conseguimos alcançar marcas expressivas como as que destacamos abaixo: a) a Biblioteca “Casimiro Cunha” encerrou o ano de 2007 com um acervo em Braille de 520 títulos (2061 volumes) e 1827 títulos em tinta; b) foram realizadas 272 reuniões/aulas pelo Setor Doutrinário “Luiz Antonio Millecco Filho”; c) o Setor de Atendimento “Mario Klinger” atendeu a 190 leitores, 30 bibliotecas, 27 instituições espíritas e 20 instituições para deficientes; d) a Audioteca “José Álvares de Azevedo” encerrou o ano com um acervo de 1724 obras, gravadas em 1671 fitas cassetes e 43 CDs; com 22 ledores ativos e 125 usuários cadastrados; e) o Curso “Balbina de Moraes” certificou 10 alunos no curso de Braille; f) a Imprensa Braille “Mario Travassos” e o Setor de Transcrição e Cópia “Engrácia Ferreira” utilizaram 128.97 folhas nos seus trabalhos de impressão, cópia e transcrição; g) foram encadernados 1260 volumes, sendo 1208 brochuras e 52 em capa dura. Contamos, para a realização dos trabalhos desenvolvidos na SPLEB, com a ajuda de 220 colaboradores. Digno de menção, ainda, o fato de passarmos, a partir de 2007, a fazer parte do Conselho Estadual de Política para integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Recebemos, em 2007, várias visitas à nossa Casa, entre elas: a) a aluna Zuleide Lemos, da Faculdade de Jornalismo do Catete, após assistir palestra sobre a SPLEB, no Centro Espírita Seara Fraterna, visitou nossa instituição em maio, juntamente com seu professor e um cinegrafista, filmando as dependências e o trabalho dos voluntários da SPLEB. O documentário foi exibido no canal 6 da NET. b) o representante Bruno, da TV Educativa, esteve na SPLEB, em 2 de julho, filmando as suas dependências, bem como o trabalho dos voluntários. Tal documentário foi exibido no Jornal Visual, transmitido diariamente às 12h20. KARDEBRAILE - 7 Horário da Audioteca 4ªs feiras de 9 às 11h – Coordenação e Atendimento aos Ledores - Não há atendimento aos usuários. Coordenadora: Solange - Serviços Internos Encarregadas: Gilzete e Elza. Atendimento aos usuários: 3ªs feiras – Maria José – 18 às 20h. 4ªs feiras – Flavia – 14 às 16h. 5ªs feiras – Joana – 14 às 16h. Sábados – Maria da Penha – 10 às 12h. “A Equipe da Audioteca “José Álvares de Azevedo” agradece a atenção e o carinho de todos os irmãos, freqüentadores dos diversos setores da SPLEB, pela doação de CD´s destinados à gravação de livros falados. A Audioteca já conta com 46 (quarenta e seis) obras gravadas em CD´s. Graças à vossa doação, poderemos ampliar o atual acervo, propiciando uma maior divulgação do livro espírita. Muito obrigada!” Cursos Balbina de Moraes Este semestre uma aluna concluiu o Curso de Aprendizagem de Braille: Simone da Costa Ribeiro. Parabéns! Tivemos a procura de alguns novos alunos que estão em curso. Anime-se você também! Venha aprender o Sistema Braille! A SPLEB conta com mais uma impressora computadorizada No início de 2008, a SPLEB recebeu uma importante doação: uma impressora braille Index D. Ela foi “batizada” com o nome de nossa saudosa e querida Amyr de Medeiros, já que todas as máquinas da SPLEB e suas dependências são nomeadas em homenagem a colaboradores e amigos queridos, desencarnados. A “Amyr” começou a trabalhar em abril e, graças a isso, o Kardebraile de março já pôde ser distribuído, apesar de algum atraso. O autor da doação pediu para ser mantido no anonimato, mas, se estiver lendo o Kardebraile, irmão, aceite nosso reconhecimento e gratidão! Semana do Livro Espírita em Braille Será realizada, no período de 23 a 29 de junho, a Semana do Livro Espírita em Braille. Desde 1960, a SPLEB dedica a última semana de junho ao Livro Espírita em Braille, visitando instituições co-irmãs e divulgando o Sistema Braille. 23/06 – Grupo Fraternidade Francisco de Assis – 14h. 24/06 – Agremiação Espírita Francisco de Paula – 15h 25/06 – Grupo Espírita Fraternidade Francisco de Assis – 16 h. 26/06 – Rádio Rio de Janeiro - Programa “Paz e Bem” – 15 h - 1.400Khz. 27/06 – Templo “A Caminho da Paz” – 20h. 29/06 – Comemoração do 55º Aniversário da SPLEB – Casa de Jacira – 15h. 8 - KARDEBRAILE TÓPICOS E NOTÍCIAS 55º Aniversário da SPLEB Será no dia 29 de junho, na Casa de Jacira, à Rua Aguiar, 72 – Tijuca, às 15 horas. Participação de Luiz Cláudio de Oliveira Millecco, Grupo Vocal da SPLEB Ladário Teixeira e outros. Caravana do GEFFA para São Lourenço A próxima Caravana do GEFFA para São Lourenço será de 04 a 06 de julho de 2008. A hospedagem será no Hotel Platino, localizado no centro e perto de tudo. Regime de pensão completa. Telefones: No GEFFA 2229-7687 / Fax: 2229-7954, fale com Amauri. Com Mair, no 2288-7710 ou pelo e-mail: [email protected] Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência Câmara dos Deputados Protocolo cria comitê para receber denúncias de abusos - Comentário SACI: Publicado em 13 de maio de 2008 Além da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, o Brasil assinou o protocolo facultativo, que entrará em vigência depois da convenção e da ratificação por dez países signatários. A principal finalidade do protocolo é criar o Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Uma das funções do comitê será receber denúncias de pessoas ou grupos que aleguem ser vítimas de violação do tratado. Essa comunicação será admitida, entretanto, somente se forem esgotados todos os recursos internos disponíveis no País, salvo quando a tramitação deles se prolongar sem justificativa. O comitê será composto por 12 peritos, com mandato de quatro anos, e submeterá à Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) um relatório a cada dois anos, com sugestões e recomendações e análise de dados enviados pelos países signatários sobre as medidas adotadas no período. Alerta contra automedicação Segundo uma pesquisa realizada em 2007 pela Clínica de Oftalmologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, 29% dos pacientes atendidos no instituto utilizam fórmulas caseiras para curar afecções nos olhos. Avaliaram desde casos mais comuns, como conjuntivite, até casos mais graves, como traumatismos. Entre os produtos mais usados pelos pacientes, destacam-se a água de torneira com sal ou açúcar, água benta, ervas, xampu, complexos com chás e gelo, leite materno e até mesmo urina. E é claro que este não é um procedimento adequado. A automedicação é prática indevida e perigosa. Fica o alerta. KARDEBRAILE - 9 Sociedade Espírita Ramatis A S.E.R está na Rádio Bandeirantes - AM 1360 Khz/RJ, todas as 3ª feiras às 24 h (meia-noite). Programa Universalismo Cristão com a Presidente Cléia Gonçalves, o expositor Arthur Roxo e convidados. Um programa alto astral! Obras divulgadas em áudio A Rádio Rio de Janeiro está disponibilizando no endereço www.radioriodejaneiro.am.br, os arquivos em áudio dos livros Cinqüentas anos depois e Há dois mil anos, de Emmanuel e Nosso Lar de André Luiz, psicografados por Chico Xavier e Suicídio e suas conseqüências, de Gerson Simões Monteiro (fonte: Boletim da FEB). Bíblia on-line Onde você pode ler e pesquisar mais de 50 traduções da Bíblia, em uma ou duas colunas, lado a lado. Anote o site: www.biliaonline.com.br Terapia genética faz cego enxergar (Londres, BR Press) - Deu manchete no jornal britânico The Independent: teste de uma terapia genética ajudou um rapaz cego a enxergar. A notícia e os resultados da pesquisa, publicados nesta segunda-feira (28/04), no New England Journal of Medicine, traz esperança a milhões de pessoas afetadas por doenças da visão. O tratamento, realizado por especialistas da University College London (UCL) e James Bainbridge, um oftalmologista consultor do Moorfields Eye Hospital, consiste em injetar versões normais do gene defeituoso - no caso o RPE65, que, se degenarado, causa perda da visão -, embaixo da retina. O procedimento é revolucionário e simples. Steve Howarth, estudante e guitarrista de 18 anos, herdou a síndrome e não podia enxergar quase nada, além de ficar completamente cego no escuro. Depois do tratamento, passou a enxergar bem melhor. Outras pesquisas vêm sendo desenvolvidas também nos EUA utilizando a mesma tecnologia. O Livro dos Espíritos faz 151 anos Lançado em 18 de abril de 1857, em Paris, O Livro dos Espíritos apresentou à Humanidade idéias novas: a vida prossegue após a morte do corpo; Deus existe, é bom, nos criou e, pela reencarnação, nos permite evoluir, corrigindo o mal que praticamos e aprendendo a amar uns aos outros. A Obra é um roteiro de vida e uma fonte permanente de estudos, consolação, reflexão e esperança para aproximadamente 30 milhões de pessoas entre espíritas e simpatizantes. Para elaborar o livro, Allan Kardec fez uma série de perguntas, submeteu-as aos Espíritos mediante o concurso de diversos médiuns e comparou as respostas. 10 - KARDEBRAILE Projeto exige informação em braille em remédios e alimentos O Projeto de Lei 2385/07, da deputada Ana Arraes (PSB-PE), exige que empresas produtoras de medicamentos, alimentos e material de limpeza utilizem a escrita em braile nas embalagens de seus produtos para fornecer informações básicas de uso do produto e prazo de fabricação e validade. Segundo o projeto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será responsável por regulamentar e fiscalizar a aplicação da lei e também por multar e punir as empresas que não obedecerem à regra. A Anvisa regulamentou, em novembro de 2007, o Decreto 5.296/04, que obriga a indústria farmacêutica a disponibilizar exemplares das bulas em braile para deficientes visuais, desde que haja solicitação. Ficam excluídos da lista os medicamentos de administração no paciente exclusiva a médicos e enfermeiros. Segundo o censo de 2000, no Brasil 16,5 milhões são deficientes visuais (9,76% da população brasileira). Integra da proposta: - PL-2385/2007 http://www2.camara.gov.br/internet/proposicoes/chamadaExterna.html?link=... Fonte: http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=120924 Informática e DOS-VOX IBDD (Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência) oferece este e outros cursos para a qualificação profissional de pessoas com deficiência. Saiba mais pelo telefone: (21) 3235-9290 ou ainda pelo site:http://blog.ibdd.org.br Lar da Caridade – Hospital do Fogo Selvagem Sede: Rua João Alfredo, 437 – Bairro Abadia – Caixa Postal 157 ou 7030 – PABX (034) 3332-2919 – CEP: 38025-300 – Uberaba – MG. E-mail: [email protected] Dados bancários para recebimento da doação: Banco: Bradesco - Agência: 0264-0 C/C: 14572-6 - Favorecido: Lar da Caridade Esperanto na FEB-Rio A Federação Espírita Brasileira prossegue na sua histórica decisão de promover a disseminação do Esperanto, a língua internacional criada por Lázaro Zamenhof, médico e lingüista polonês. Os interessados nos cursos promovidos, na vida e na obra de Zamenhof, que também foi médium, podem entrar em contato com a Secretaria da FEB-Rio pelo telefone (21) 3078-4747. Você sabia? - Balbina de Moraes ficou cega e transcreveu, em 1928 (atente, por favor, para o ano), a obra “O Que é o Espiritismo”. - Em seu início a SPLEB contava com 6 voluntários. - O patrono da SPLEB é Pedro de Alcântara, o nosso D. Pedro II. KARDEBRAILE - 11 COLABORAÇÕES Auto-Estima e Evolução Ana Cristina Zenun Hildebrandt Jesus colocou o amor a nós mesmos como condição indispensável para o amor ao próximo. A razão nos diz que isto é perfeitamente lógico, pois não é possível amar sem saber o que é amor e qualquer aprendizagem se dá primeiro no mundo individual para depois atingir o universo externo. É só observarmos o desenvolvimento infantil: primeiro a criança é egocêntrica; na infância só entendemos o que diz respeito a nós. Mesmo quando adultos, muitas vezes temos dificuldade em transpor nossas barreiras e nos colocar no lugar do outro, em realidades distantes da nossa. O problema é que acabamos olhando somente nossos interesses imediatistas e caímos no egoísmo, não aprendendo a amar verdadeiramente a nós para alcançarmos o amor ao próximo. Então, precisamos desenvolver o amor por nós mesmos, o que pode também ser chamado de auto-estima. Vamos à definição de um especialista: “Auto-estima é a disposição para experimentar a si mesmo como alguém competente para lidar com os desafios básicos da vida e ser merecedor da felicidade.” (“Autoestima e os seus pilares”, Nathaniel Branden, tradução de Vera Caputo, S P, Saraiva, 5ª edição, 2000). Segundo esse mesmo autor, a auto-estima se apóia em seis “pilares”: viver conscientemente, auto-aceitação, auto-responsabilidade, auto-afirmação, intencionalidade e integridade. Não temos muito espaço, mas é importante explicar rapidamente o significado desses conceitos, porque o senso comum usa essas palavras muito levianamente, deixando-nos uma impressão errada do que possam ser realmente. Auto-afirmação, por exemplo, não é, aqui, a necessidade de afirmarmos aquilo que não somos, mas, ao contrário, é uma capacidade de afirmarmos o que sentimos e pensamos, assertividade, sem meias palavras e sem arrogância, pois, se temos consciência do que cremos e podemos, sabemos apresentar nossas opiniões e possibilidades naturalmente. Essa consciência tranqüila e corajosa nos induz a buscar nossos objetivos, intencionalidade, e a sermos íntegros, agirmos na vida segundo nossas convicções, não para atender expectativas alheias. Claro que, para isto, precisamos da auto-responsabilidade e da auto-aceitação, já que temos que nos conhecer, aceitar nossas fragilidades e limitações para nos responsabilizarmos por nossos atos e suas conseqüências naturais. A consciência, porém, é o fundamento mais importante da auto-estima. Quem se esforça por viver conscientemente procura observar os fatos e compreendê-los em toda a sua amplitude, do modo mais realista possível, tomando distância emocional de tudo o que vive, descobrindo assim sua interação com a realidade. Torna-se sujeito de suas ações e compreende que vive entre sujeitos, cujas ações influem em sua vida tanto quanto ele influi na vida dos demais. Dá para perceber que a auto-estima é construída? Para começar, precisamos desejar conquistá-la através da reflexão que fazemos da vida, gradativamente e à medida que ela acontece. Ou seja, quanto mais exercitamos essas qualidades: 12 - KARDEBRAILE assertividade, integridade, auto-responsabilidade, etc, mais somos capazes de exercê-las. Da mesma forma, ter auto-estima não é ser egoísta, nem sentir-se o centro de sua vida. Quando nos relacionamos conscientemente com a vida, reconhecemos que os outros também são indivíduos, tão capazes de enfrentar desafios, tão merecedores da felicidade quanto nós. O exercício de nosso livre arbítrio só faz sentido se admitirmos que nosso irmão possui o mesmo direito de exercer o seu. O processo de conscientização depende, portanto, do auto-conhecimento. Com ele alcançamos a auto-estima, o verdadeiro amor a nós mesmos. Essa é, em última análise, a caminhada evolutiva do espírito, que é criado simples e ignorante, mas traz uma valiosíssima herança divina. Descobrindo sua herança, descobre que os companheiros de jornada são igualmente herdeiros do mesmo Deus e se sente inclinado a amá-los,amando também a Deus, o criador de toda essa complexa, mas maravilhosa capacidade de crescimento pelos próprios méritos. Canção dos Sikhis O Sikhismo foi fundado no início do século XV por Sri Guru Nanak Dev, o primeiro dos Gurus nascidos em Talwandi (hoje, Nankana Sahib), em Seikhpura, no distrito de Lahore, no Paquistão. É ele habitualmente designado pelos sikhis como Guru Nanak Dev Ji (dev, “santidade”, ji, “respeito”). Ele não fez uma tentativa de erguer uma nova religião. Ele tentou uma unidade religiosa que abraçasse tanto aos hindus como aos maometanos ou muçulmanos. Ele insistiu na adoração do Deus uno, Criador e Supremo, o qual é tudo, e além de quem qualquer pensamento da existência individual é somente Maya (ilusão). Guru Nanak tentou o seu melhor plano para unir hindus e muçulmanos numa única linguagem de amor a Deus e serviço ao homem. As principais doutrinas do Sikhismo são a união ou unidade de Deus e da irmandade do homem. Na SPLEB, nas reuniões noturnas de 3ªs feiras, na última semana de cada mês, costumamos cantar, para os aniversariantes, esta música que carinhosamente chamamos de Canção dos Sikhis, ensinada por Luiz Antonio Millecco Filho. Este número do Kardebraile canta essa canção em homenagem ao aniversário da SPLEB e a todos os splebianos: “Que o eterno sol te ilumine/Todo amor te envolva/ Que a tua luz pura interior/ Guie o teu caminho.” (Yogui Bhajan). “Somos uma grande família dispersa em setores de trabalho com o Espiritismo por nossa bênção de luz. Hoje cada qual de nós permanece em linha particular de luta, mas amanhã estaremos todos novamente reunidos na Vida Real apresentando, cada qual de nós, a soma dos esforços que levou a efeito para nos desincumbirmos dos sagrados deveres com que fomos agraciados, não é mesmo?” (Chico Xavier, 8/3/1959). “Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual... Somos seres espirituais passando por uma experiência humana.” (Theillard Chardin) KARDEBRAILE - 13 Dos Silêncios Luiz Antônio Millecco Filho – Vivências – Volume 1 – Ditado pelo Espírito Marius Há silêncios e silêncios. Há silêncios tão eloqüentes como um grito, por exemplo: o silêncio do Sinédrio. Jesus silenciosamente diante de Herodes. Seu silêncio expressava piedade. Seu silêncio era um grito veemente e secreto, era uma censura muda. Herodes teria duas atitudes diante dele: a da irritabilidade ou a do escárnio. Preferiu a do escárnio, era a mais cômoda. Há silêncios e silêncios. Há silêncios que vergastam como o da indiferença, o da frieza. Há silêncios que entristecem como o da omissão, o da covardia. Há silêncios que sufocam como o da depressão, o da apatia, o da angústia. Há, porém, um silêncio necessário, vital, indispensável, é o silêncio com Deus. Este tem o condão de preparar-te para todos os ruídos. Este adestra teus ouvidos para o vozerio das multidões. Este prepara teus lábios para dizerem a palavra certa, no momento adequado. Este possui um som que silencia. O silêncio com Deus é semelhante à música das esferas. O silêncio com Deus te ajuda a perceber o cascatear da fonte de águas vivas. Há silêncios e silêncios, mas o silêncio com Deus é o único que ajuda a discernir entre todos os outros. Nota dos autores espirituais Havia entre nós quem, de quando em quando, fazia um voto de silêncio. Isso era útil, mas nem sempre produzia os efeitos desejados. Silenciávamos e a solidão nos apavorava, silenciávamos e ficávamos aturdidos com os gritos de nossa própria alma. Sabemos, hoje, que o verdadeiro silêncio, o silêncio com Deus, repete o milagre da Criação porque nos guia de novo e nos prepara para o mergulho na Vida, porque ele próprio, o silêncio com Deus, é a Vida. No Silêncio Profundo “Nunca percebestes, no silêncio profundo das horas noturnas, das horas de insônia, quando tudo repousa em derredor, algum ruído misterioso, que se assemelhasse a uma advertência de amigos ou, melhor ainda, o murmúrio de um ente caro tentando fazer-se ouvir? Não haveis sentido passar-vos por sobre a fronte como que um sopro ligeiro, brando qual carícia, ou o roçar de uma asa?” O Além e a Sobrevivência do Ser, Leon Denis. “O amor é do universo o maior grito e vai da pomba ao coração da fera. Na boca da criança e na cratera é sempre o mesmo: indômito, bendito”. (Luz de Minha Vida, Benedicta de Mello, 2ª edição, 1982) 14 - KARDEBRAILE Culto do Evangelho no Lar Organizemos o nosso agrupamento doméstico do Evangelho. O Lar é o coração do organismo social. Em casa, começa nossa missão no mundo. Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos. Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos. Fujamos à frustração espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublime cultivo dos nossos ideais com Jesus. O Evangelho foi iniciado na Manjedoura e demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelo mundo. Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a Revelação Divina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque, segundo a promessa do Evangelho Redentor, “onde estiverem dois ou três corações em Seu Nome”, aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre. Francisco Cândido Xavier. Da obra: Luz no Lar. Ditado pelo Espírito Scheilla. FEB. Grupo Universalista dos Cireneus – Tele-Cristo – Deus Ama Você Luiz Cláudio de Oliveira Millecco Assistindo a uma palestra esta semana, sobre o Baghavad Gita, uma comparação me chamou muito a atenção e eu queria dividir com vocês. A palestrante, na hora em que falava sobre as decisões que temos que tomar a cada minuto em nossa vida, comparou cada decisão a uma seta, uma flecha, atirada por um arco. Se acertamos o alvo certo, ótimo. Continuamos mirando ali e partimos para a próxima seta. Se acertamos o alvo errado e aquela seta e todas as anteriores já foram atiradas, não tem mais volta. Não adianta ficar lamentando, não adianta ficar nos culpando. Partimos para a próxima seta, tentando descobrir o que fizemos de errado na primeira ou na anterior, para acertarmos o alvo na próxima. Isso não tem muito a ver com a nossa vida? Cada vez que temos escolhas a fazer, podemos acertar o nosso alvo ou errar. Se erramos, não adianta ficar lamentando ou, principalmente, nos culpando; temos sim que perceber o que aconteceu, olhar para onde atiramos, ver o que saiu errado para tentarmos corrigir na próxima seta. Aquela não tem mais jeito. Que tal aplicarmos isso em nossa vida? A cada tombo que levamos, temos que levantar e partir sempre em frente, sem olhar para trás; lembrando do que aconteceu, claro, pois não vamos ignorar os erros do passado, mas, principalmente, tentando acertar daqui para frente. Por que, a partir de hoje, de agora, nós não começamos a prestar atenção nas nossas flechas atiradas e tentamos, as que estão corretas, continuar acertando o alvo e, as que estão erradas, mudar de direção para que cada vez menos erremos as nossas escolhas? Para um diálogo amigo conosco, ligue de 2ª a 6ª, das 16 às 22 h para os telefones: 2261-2612 e 2581-4174 ou escreva para a Rua Garnier, 217 – Rocha. E lembre-se: “Você é importante para Deus e para nós também”. KARDEBRAILE - 15 Progresso e Bom Senso Carla Maria de Souza O cantor e compositor Roberto Carlos tem, em uma de suas músicas, uma frase que diz: “Eu não sou contra o progresso, mas apelo para o bom senso”. Eu diria mais: acho que temos o dever de progredir, em todos os sentidos, inclusive no tecnológico, pois para isso estamos no mundo e somos dotados de inteligência. A cada vez que surge uma invenção que vai facilitar nossas vidas, temos motivos de sobra para comemorar, mas talvez esta euforia com avanços tão rápidos e em tão grande quantidade não nos permita ver que algumas pessoas estão excluídas deste processo e cada vez mais “por fora” de tudo. Os cegos, por exemplo, têm tido muitos motivos para festejar, com o surgimento de diferentes “leitores” com sintetizador de voz, com abrangência cada vez maior, dando-nos mais independência. Isso também tornou a impressão Braille mais rápida e ágil e, com o uso dos CDs e MP3, pode-se compactar obras grandes em pouco espaço. Viva! Epa! Espera aí! E as pessoas mais idosas que não sabem lidar com essa tecnologia toda? Podem continuar usando as fitas cassete? Não, não podem, por uma razão muito simples: as fitas cassete estão desaparecendo, sem qualquer preocupação com esta fatia do mercado que, como sempre, ficará alijada do desenvolvimento, porque o mundo que enche a boca para falar de inclusão não inclui de verdade. Em todo caso, com a questão das fitas, saímos perdendo de dois lados. Perde o usuário, que por qualquer razão não se adapta à nova tecnologia, pois a ditadura do progresso, como qualquer ditadura, não se preocupa com o outro, o que pode ser menos em qualquer área. Perde-se o “ledor” que, porventura não saiba e não se disponha a aprender a usar a gravação em CDs e, em breve, em MP3. Podemos obrigar um voluntário a trabalhar em algo que não domina e que não lhe agrada? Acho que quando aplaudidos, com justiça, tudo de bom que temos conquistado em termos tecnológicos e, quando dizemos com a maior tranqüilidade frases como: “Isso é assim mesmo, as pessoas vão ter que se acostumar”, nos esquecemos de duas coisas: de que dependemos muito do trabalho voluntário de gente que pode não estar disposta a se acostumar ou, simplesmente, pode ter uma limitação neste sentido. Quem vai obrigar? E de que um dia, quando tivermos, talvez, oitenta anos, possa ser muito difícil para nós também nos adaptarmos e muito triste ter de ouvir essa frase, como se tivéssemos cometido um crime. Precisamos encontrar juntos um meio de aliar o progresso a algum recurso que não expulse estas pessoas do mundo da informação e da leitura, antes que o progresso, sem bom senso, se torne um mero estimulador de consumismo e mais uma forma de desrespeito aos que não se enquadram, sentindo-se eles, principalmente os idosos, mais excluídos do que se estivessem em asilos. Aliás, se aliarmos a isso o uso dos enlouquecedores caixas eletrônicos de bancos, os ônibus sem nenhuma segurança e com degraus altíssimos, as letras hiper reduzidas nas embalagens dos produtos, chegaremos à conclusão de que a sociedade encontrou um meio bem mais sórdido de afastar os idosos do mundo do que em asilos: ela os convence, faz com que eles mesmos achem que não têm mais lugar no mundo. Você acha isso justo? 16 - KARDEBRAILE Meio Ambiente Os 10 princípios da Ética Planetária VIVA COM RESPEITO PELOS OUTROS E PELA NATUREZA 01. Viva de uma maneira que satisfaça suas necessidades básicas sem tirar dos outros a oportunidade de satisfazerem as necessidades deles. 02. Viva de uma maneira que respeite o direito inalienável de todas as pessoas à vida e ao desenvolvimento, onde quer que elas vivam e quaisquer que sejam suas origens étnicas, sexo, nacionalidade, posição social e sistema de crenças. 03. Viva de uma maneira que respeite o direito intrínseco à vida e a um ambiente que dê apoio à vida de todas as coisas que vivem e crescem na Terra. 04. Busque a felicidade, a liberdade e a realização pessoal em harmonia com a integridade da Natureza e levando em conta as buscas similares de seus semelhantes na sociedade. AJA PARA CRIAR UM MUNDO MELHOR 05. Exija de seu governo que se relacione com os outros povos e países pacificamente, com espírito de cooperação, reconhecendo as aspirações legítimas de todos os membros da comunidade internacional por uma vida melhor e um meio ambiente saudável. 06. Exija das empresas que manifestem preocupação adequada pelo bem-estar de todos os seus stakeholders e pela sustentabilidade do meio ambiente, produzindo bens e oferecendo serviços que satisfaçam a demanda corrente, sem degradar ou poluir a Natureza, sem reduzir as oportunidades das pessoas pobres de participar da economia nem as oportunidades das empresas locais de competir no mercado. 07. Exija dos meios de comunicação que divulguem informações contínuas e confiáveis sobre as tendências básicas e os processos cruciais, assim permitindo que os cidadãos e os consumidores tomem decisões abalizadas sobre questões que afetam sua saúde, sua prosperidade e seu futuro. 08. Abra espaço em sua vida para ajudar os menos favorecidos a viver com dignidade básica e trabalhe com pessoas de mente semelhante à sua, próximas ou distantes, para preservar ou restaurar os equilíbrios essenciais do meio ambiente. DESENVOLVA SUA CONSCIÊNCIA 09. Desenvolva sua consciência para perceber a interdependência vital e a unidade essencial da família humana, para aceitar e apreciar sua diversidade individual e cultural e para reconhecer que uma consciência, alçando-se à dimensão planetária, é um imperativo para a sobrevivência humana no século XXI. 10. Use o exemplo e a orientação da sua consciência em expansão para inspirar e motivar os jovens (e pessoas de todas as idades) a desenvolverem aquele espírito que lhes dará o poder de tomar decisões morais sobre as questões críticas que decidirão o futuro deles próprios e o de toda a humanidade. (Diretrizes do Clube de Budapeste para pensar globalmente e agir moralmente na aurora do século XXI, baseadas em valores que representam o interesse esclarecido de todos os seres humanos, culturas, sociedades e vida na biosfera). Site: www.willisharmanhouse.com.br KARDEBRAILE - 17 Reflexões sobre a paz José Walter de Figueiredo Sem dúvida, a paz é um dos assuntos mais comentados em todos os lugares, pois ela parece ter virado artigo de luxo, e só alguns poucos felizardos teriam condições de possuí-la. É cantada e decantada em verso, em prosa, nas canções populares, está na boca do povo. É comum ouvir-se a frase “eu quero paz”... Congressos, simpósios, seminários e todo tipo de encontro reúnem especialistas na matéria. Rios de tinta são gastos sobre este tópico, mas parece que todo esse movimento tem sido inócuo, pois ela, a paz, escapa a todos como uma miragem que se desfaz ante nossos olhos. O que é paz? Vejamos o que nos diz o dicionário Aurélio Século XXI: “[Do lat. pace.] S. f. 1. Ausência de lutas, violências ou perturbações sociais; tranqüilidade pública; concórdia, harmonia. 2. Ausência de conflitos entre pessoas; bom entendimento; entendimento, harmonia. 3. Ausência de conflitos íntimos; tranqüilidade de alma; sossego. 4. Situação de um país que não está em guerra com outro 5. Restabelecimento de relações amigáveis entre países beligerantes; cessação de hostilidades. 6. Tratado de paz. 7. Ausência de agitação ou ruído; repouso, silêncio, sossego. [Pl.: pazes. Cf. pás, pl. de pá1.] Paz podre. 1. Sossego profundo. Fazer as pazes. 1. Reconciliar-se. Jogar à paz. 1. Jogar bastante a fim de saldar as contas com o parceiro. Ser de boa paz. 1. Ter índole pacífica.” Com tantas definições, cabe a pergunta: com qual delas identificamos a paz que queremos? É muito difícil saber o que cada pessoa entende como paz, em relação a si própria. Muitas acham que tê-la-ão, na conquista de um bem material que lhes falta. Outras a esperam na obtenção de um bem existencial, como o amor de alguém a quem amam. E assim poder-se-iam citar exemplos e exemplos, de acordo com o anseio de cada uma. Jesus, o Cristo, certa vez disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João, capítulo XIV, versículo 27). Vê-se pela frase de Jesus que Ele identifica dois tipos de paz: a paz do Cristo e a paz do mundo. Mas como seriam esses dois tipos de paz? Bem, a paz do Cristo, certamente não conhecemos, pois nenhum de nós, seres habitantes de um planeta de provas e expiações, chegou a esse ponto de evolução espiritual equivalente ao dEle. Mas, podemos deduzir por algumas informações que Ele nos deu: “eu e o Pai somos um”; “o meu Reino não é deste mundo”; “eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”; “o Reino de Deus está dentro de vós”; “irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”; etc... 18 - KARDEBRAILE Vemos por essas informações de Jesus que existe um outro mundo do qual Ele fala, cujas características são diferentes do nosso, sobretudo pelo aspecto interior e atemporal daquele. E a paz do mundo, como seria? Essa, ao que parece, se identifica com o nosso lado exterior, material e perecível. Pelo visto, a paz que buscamos não é a do Cristo, mas a do mundo. Por isso ela nos escapa por entre os dedos quando nos parece segura em nossas mãos. Assim, se identificamos a nossa paz com a saúde do corpo, podemos adoecer, e então ela se vai. Se a identificamos com a riqueza, esta também está sujeita a se extinguir. Se é com uma pessoa a quem queremos bem, esta pode nos desiludir ou desencarnar, e aí... ou seja, tudo que pertence ao mundo não pode nos garantir uma paz real e permanente. Mas por que procuramos a paz no mundo externo? Bem, na verdade, fazemos isso por fuga e compensação, para preencher o vazio psicológico que há em nós, vazio esse que só poderia ser preenchido com algo da mesma natureza divina da qual somos constituídos. E por que temos esse vazio psicológico? Segundo informação dos espíritos superiores que orientaram Kardec na codificação do Espiritismo, todos nós viemos do seio do Criador, em forma de fagulha divina que mergulhou na matéria densa. No reino mineral, passamos por todo o aprendizado que este estágio pôde nos oferecer. Em seguida, passamos ao reino vegetal, onde igualmente percorremos todas as espécies até nos acharmos em condições de galgar um novo patamar. Veio então o reino animal que, semelhante aos dois anteriores, nos proporcionou novos conhecimentos. Chegamos, finalmente, ao reino hominal, onde estamos, que nos tem possibilitado o conhecimento que já temos. Ao mergulharmos na matéria densa, embora trazendo latente a origem divina de que somos procedentes, perdemos a consciência de onde viemos. Mas há em nós algo indefinido que nos atrai inexoravelmente de volta ao Criador, como se fosse “uma saudade de um tempo ou lugar que não conhecemos”... Este anseio vivo que nada pode satisfazer, é o vazio psicológico que trazemos em nosso interior. Então, sem termos real consciência do nosso problema íntimo, procuramos ,fora, aquilo que possa preencher o vácuo que existe em nós, mas que só a presença divina poderá preencher. E como fazer para preencher o vazio psicológico que existe em nós? Bem, uma vez mais, pode-se recorrer aos ensinamentos de Jesus, ele que foi o espírito mais elevado que esteve encarnado neste planeta, segundo os orientadores espirituais de Kardec. Em Seu Evangelho há várias passagens em que Ele mostra como fazer isso, como, por exemplo, o chamado “Sermão do Monte”, um verdadeiro poema de verdades eternas, cuja beleza transcende a forma, onde cada palavra é um ponto de luz que ilumina o caminho do viajor que anseia chegar de volta à casa paterna, como o filho pródigo que, cansado das ilusões do mundo, volve os olhos Àquele que sempre o esperou de braços abertos. Então, não haverá mais vazios, porque estaremos completos, pois os nossos desejos estarão satisfeitos. E a paz, antes tão fugidia e incerta, para sempre estabelecerá morada em nosso íntimo, e nada poderá abalá-la, pois teremos encontrado a sua fonte eterna que é Deus em nós. KARDEBRAILE - 19 Livro Acessível Jose Walter de Figueiredo A lei 10753 de 2003 (Lei do Livro) não contempla as pessoas portadoras de necessidades especiais, ou seja, elas não têm acesso ao livro comum. O Governo criou, então, um grupo de trabalho (GT do Livro Acessível) com a finalidade de criar uma minuta que se transformará em um decreto de regulamento da lei em questão, para contemplar os chamados “deficientes”. Em 14 de março último, foi fechado um acordo entre o MOLLA BRASIL (Movimento Pelo Livro e Leitura Acessíveis no Brasil) - representando os deficientes - e as editoras, já que ambos faziam parte do grupo de trabalho do Governo. O MOLLA BRASIL é um movimento coordenado por Naziberto Lopes de Oliveira, de São Paulo ; aqui no Rio de Janeiro é composto Pela Associação dos Ex-Alunos do IBC, O Conselho Brasileiro Para o Bem-estar do Cego e pela SPLEB. A tese defendida pelo MOLLA BRASIL é a de que os deficientes devem ter acesso ao livro livremente, como as demais pessoas, ou seja, que eles possam comprá-lo no formato próprio de sua leitura pelas livrarias, como todos fazem. Pelo acordo, as editoras se comprometem a disponibilizar o livro em CD, em 5 formatos diferentes, de acordo com a encomenda do livro efetuada na livraria, respeitando os prazos e preços especificados na lei: 1 - Livro em formato digital: é o livro em CD para ser lido no computador através dos leitores de tela (programas que usam sintetizadores de voz para ler a tela). O prazo máximo entre a encomenda na livraria e a entrega ao solicitante será de 22 dias e o preço não poderá ultrapassar o preço de capa do seu correspondente em tinta. 2 - Livro no formato braille versão simples: é o livro em CD formatado para ser impresso em braille, sem descrição das representações gráficas (figuras). O prazo e o preço serão os mesmos do item anterior. 3 - Livro no formato braille versão completa: é o livro em CD formatado para ser impresso em braille com a descrição e adaptação das representações gráficas. O prazo será de 67 dias, quando for o primeiro pedido para a editora. A partir do segundo, será de 22 dias. A editora deverá apresentar 3 orçamentos para o preço a ser escolhido pelo solicitante. 4 - Livro no formato áudio versão simples: é o livro em CD gravado para ser ouvido por voz humana ou sintetizada, sem narração das representações gráficas. O prazo e o preço serão os mesmos do item 1. 5 - Livro no formato áudio versão completa: é o livro em CD gravado para ser ouvido por voz humana ou sintetizada, com narração das representações gráficas. O prazo e o preço serão os mesmos do item 3. Observações: Os prazos de entrega dos livros têm como base o livro em tinta de até 270 páginas. ,Acima disso serão negociados proporcionalmente ao acréscimo do número de páginas. Se a encomenda do livro for feita diretamente à editora, o prazo será reduzido em 7 dias. “Um livro é como uma janela. Quem não o lê, é como alguém que ficou distante da janela e só pode ver uma pequena parte da paisagem”. (Khalil Gibran) 20 - KARDEBRAILE Superação do binômio ilusão-desilusão – “Ver as coisas tais como são” Rosangela Marqueiro Souza Reflexões baseadas no livro “La Fontaine e o comportamento humano”, ditado pelo espírito Hammed, através de Francisco do Espírito Santo Neto. “Qual o meio prático e mais eficaz para se melhorar nesta vida? - Um sábio da Antigüidade nos disse: Conhece-te a ti mesmo” (questão 919 do Livro dos Espíritos). Jean de La Fontaine (1621-1695) nasceu na França e era afeiçoado à natureza que o rodeava. Aprendeu os hábitos e costumes de muitos animais através de sua observação, pois possuía extraordinária mentalidade e talento. Encontrou na poesia seu verdadeiro campo vocacional. Reescreveu, enriquecendo, atualizando e popularizando os escritos de Esopo – o mais antigo fabulista que se tem notícia; escravo que viveu na Grécia no século VI aC. “Sirvo-me dos animais para instruir os homens”, dizia La Fontaine. Na fábula “O cachorro que trocou sua presa pelo reflexo” ele nos conta: “Se os que buscam ilusões forem chamados de loucos, os dementes então são milhões, e os sensatos, muito poucos.” Esopo explica essa falta de nexo com a fábula do cão que trazia nos dentes uma presa, um bom bocado de carne. Debruçando-se sobre um barranco, ele viu, refletida na água, a imagem da própria presa, que ele acreditou ser outra ainda maior do que aquela que ele levava. Iludido pela imagem, larga a presa e atira-se nas águas correntes em busca da “outra”. Como o rio estava muito agitado, ele quase se afoga e, só com muito esforço e sofrimento, alcança a margem. Obviamente, sem a presa e sem o reflexo dela. Quantos, como o cachorro, arriscam-se por ilusão! A paz e a lucidez começam no íntimo. Já que vivemos um mundo conflituoso e agitado, devemos dedicar algum tempo para orar ou meditar, pois só assim encontraremos mais harmonia em nossa intimidade. Entregarmo-nos a longas e profundas reflexões é essencial para a nossa sanidade mental. Quando estamos inquietos, desordenados e sem clareza interna projetamos essa agitação para o mundo ao nosso derredor. A serenidade íntima faz com que alcancemos o equilíbrio perfeito para nos mantermos adequados nas relações com as pessoas e diante das situações do dia-a-dia, sem a permanente deterioração causada por ilusões e desajustes emocionais. Irradiaremos paz para todos. O espelho possui uma excelente relação de semelhança para conceituarmos a ilusão. É um efeito óptico produzido pelo reflexo de uma imagem; geralmente uma irrealidade; “miragem”. Auto-ilusão é o processo pelo qual enganamos a nós mesmos, passando a aceitar como verdadeiro ou válido o que é falso ou inválido; é não ver as coisas tais como são. Elas têm como raiz os preconceitos, desejos, inseguranças, cobiça, exclusivismo e outros tantos fatores psicológicos que, inconscientemente, afetam o jeito de perceber a realidade. Somente quando grande parte da ilusão já tenha cedido à verdade é que poderá haver estabilidade e segurança no caminho a ser percorrido. Quando o Mestre disse a seus discípulos que deveriam colocar luz no candelabro (Marcos,4:21), propunha a todos o serviço da superação do binômio ilusão- KARDEBRAILE - 21 desilusão, a fim de que pudessem adquirir uma visão clara e profunda das numerosas relações de dependência entre a vida dentro e fora de nós mesmos. Nesse círculo perverso vive o indivíduo, de forma geral, sob o domínio do pseudoafago da ignorância, enganando-se na vida terrena, para desenganar-se depois na vida além-túmulo; gastando várias encarnações, iniciando e reiniciando a meta que lhe cabe transpor. O ato de saber quando agir e não-agir, aliado à prática da oração e/ ou meditação, não só oferece harmonia interior e vitalidade, como igualmente nos proporciona, com o correr do tempo, uma ampliação da própria consciência. Confiando na Vida Providencial e moderando nossa pretensão de resolver todos os conflitos e dificuldades de forma puramente racional, poderemos encontrar equilíbrio e alegria sem uma vida desgastante de contínua luta contra forças reais ou ilusórias. Os que buscam ilusões acabam tendo muito sofrimento, pois, quando se deparam com a realidade, censuram-se e incriminam-se, às vezes por anos a fio. “Os homens correm atrás dos bens terrestres como se os devessem guardar para sempre; mas aqui não há ilusão; eles se apercebem logo de que não agarram senão uma sombra, e negligenciaram os únicos bens sólidos e duráveis, os únicos que lhes são de proveito na morada celeste, os únicos que podem a ela lhes dar acesso.” (ESE, capítulo 2, item 8, Ed. Boa Nova). “...Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada poderemos levar dele...” (I Timóteo,6:7). O Que é Ser Santo No livro Terapeutas do Deserto, Leonardo Boff transcreveu a resposta de um frade modesto e velhinho que conheceu em Assis. - O que é ser santo, frei? - Se você tiver o chamado do Espírito, atenda e procure ser santo com toda sua alma, com todo o seu coração e com todas as suas forças... Se porém, por sua humana fraqueza, você não conseguir ser santo, procure então ser perfeito com toda a sua alma, com todo o seu coração, com todas as suas forças. Se, contudo, você não conseguir ser perfeito por causa da vaidade da sua vida, procure então ser bom com toda a sua alma, com todo o seu coração, com todas as suas forças. Se ainda não conseguir ser bom por causa das insídias do maligno, então procure ser razoável, com toda a sua alma, com todo o seu coração e com todas as suas forças. Se, por fim, você não conseguir nem ser santo, nem perfeito, nem bom, nem razoável, por causa do peso dos seus pecados, então procure carregar isso diante de Deus e entregue a sua vida à divina misericórdia. Se você fizer isso, irmão, sem amargura, com toda a humildade e com jovialidade de espírito, por causa da ternura de Deus que ama os ingratos e maus como você, então você começará a sentir o que é ser razoável, você aprenderá o que é ser bom, lentamente aspirará a ser perfeito, e por fim suspirará por ser santo. Se tudo isso você fizer, cada dia, com toda a sua alma, com todo o seu coração, com todas as suas forças, então eu lhe asseguro, irmão, você estará no caminho de São Francisco e não estará longe do reino de Deus. 22 - KARDEBRAILE Livro Espírita No câmbio dos valores morais, o livro espírita pode ser: lido – negócio importante; achado – auxílio indireto; cultivado – crédito permanente; difundido – riqueza pública; ofertado – cheque ao portador; vendido – tesouro sem preço; sustentado – rendimento constante; emprestado – socorro imprevisto; extraviado – abono sem endereço; conservado – reserva segura. “Amparar o livro espírita e distribuí-lo é participar dos interesses da Providência Divina, realizando preciosos investimentos de luz e verdade, amor e renovação entre os homens”. Albino Teixeira. (Página extraída do livro “Caminho Espírita”, de Francisco Cândido Xavier). Por sua vez, o livro espírita em Braille é marco orientador, é fio de Ariadne, é fonte de luz. Marco orientador, aponta aos cegos o sentido do próprio caminhar. Como fio de Ariadne, impede que se percam no labirinto dos desafios que enfrentam. Fonte de luz, sacia sua sede de saber e de crescimento interior. Ampará-lo, é, portanto, cooperar para que os membros dessa vasta coletividade que são os cegos possam encontrar a Deus dentro de si mesmos. Lavagem do Bonfim Ana Christina Tavares Martins Nestes dias onde a noite escura turva o coração, os olhos do espírito abrem-se sobre o horizonte. Ficam atentos à esperança de ver nascer com o sol os desejados novos caminhos. Dias melhores que por certo, ainda virão. Assim como o milagre que cada um espera, a amplidão infinita do olhar da alma nos vira do avesso; faz ver a luz onde pouco se esperaria, dentro de nós. No coração está o templo do Bonfim, a morada do Cristo, do homem, do Jesus e do menino. Descendo as escadarias da vida, está a luz sagrada, está dentro de nós, onde nascem muitas baianas, todas são Anas. Umas velhas, outras meninas; todas vestem a alma lavada e vertem sobre nossos dias os perfumes da alegria. De seus brancos jarros a água escorre perfumada, lava aquilo que os olhos não vêem. A força, a fé e a salvação para a tristeza que escurece o sol destes nossos dias. Salve Salve Salve Salve as águas benditas, repletas de flores de esperança. aquilo que não entendemos, o véu branco que cobre o tempo das escolhas. o amor por coisas que não conhecemos, sementes de uma luta e fé infinitas. Nosso Senhor, Nosso Senhor do Bonfim. KARDEBRAILE - 23 Cegueira “Vim a este mundo para exercer um juízo a fim de que os que não vêem, vejam e os que vêem, se tornem cegos”. - João: 9:39, Cegos e cegos, há-os muitos em diferentes graus e estágios. Significativas, pois, as palavras de Jesus, sob qualquer aspecto consideradas. Uns são cegos por ignorância, outros por presunção. Valiosas advertências fulgem, desse modo, em cada conceito evangélico, quando meditado e incorporado à ação, transformando-se em dinâmica salutar de valia inestimável. Há o que jaz na cegueira física e o que padece de cegueira espiritual. O ignorante, na sombra em que se debate, expunge o mau uso do conhecimento. O enfermo, na agonia que experimenta, repara as peças e implementos orgânicos que a imprevidência destroçou. O analfabeto, ao guante da limitação constritora, reflexiona sob as nuvens pardas do pouco discernimento os prejuízos da nefanda utilização da cultura. O padecente da miséria econômica exercita equilíbrio, como decorrência da malversação dos valores de que fora mordomo. Os limitados desta ou daquela ordem, os que não sabem quando erram, transitam em compreensível cegueira e, graças à situação em que se encontram, recebem maior dose de entendimento, melhores recursos para a recuperação, mais amplo ensejo de equilíbrio. Muito judiciosos os conceitos do Senhor. Os que conhecem, no entanto, os regulamentos do dever; quantos dispõem da cultura, da fé e da razão; aqueles que estão informados sobre o Estatuto da Imortalidade; os que usam o verbo para orientar, escrevendo ou falando; os que são veículos dos desencarnados; todos os aquinhoados com a notícia do Evangelho não se podem permitir enganos ou dissipações, estroinices ou desgovernos morais, competição sensualista ou desgaste orgânico nas ilusões, porque tais se encontram dotados da responsabilidade, que representa patrimônio valioso pelo Senhor concedido por empréstimo, para superior aplicação a benefício de si mesmos e das coletividades onde se encontram. Os que vêem, têm menos justificativas quando erram, tropeçam e caem, do que aqueloutros, os que não fruem da visão. Convidado ao trabalho inapreciável da renovação da Terra, não te escuses, relacionando dificuldades inexistentes ou problemas irreais. Refunde propósitos, seleciona valores e não te detenhas. Assimilando as lições preciosas através da comunicação dos Espíritos, clareia a senda com a luz da ação enobrecida, porquanto os que vêem e não atuam, sofrerão cegueira, enquanto os que agem, embora os percalços e limites que experimentam, verão. Cegos e cegueira nestes dias marcham em consonância com as conquistas tecnológicas, aumentando o número dos que não querem ver porque lhes não convém enxergar, a fim de não mudarem a tônica enganosa da vida transitória que logo mais se esfumará. Perfeitamente necessário, portanto, que medites em profundidade e despertes em definitivo porque sofre de “pior cegueira aquele que não quer enxergar.” Assim, abre os olhos e segue ditoso. (Fonte: “Celeiro de Bênçãos”, pelo Espírito Joana de Angelis, capítulo 47, psicografado por Divaldo P. Franco). Guru Nanak Luiz Antonio Millecco Filho Guru Nanak, Guru Nanak, Guru Nanak Eles apostam no terror, Guru Nanak E dão as costas ao amor, Guru Nanak Chamaram de ouro o teu templo, Guru Nanak Mas esqueceram teu exemplo, Guru Nanak Guru Nanak Guru Nanak Era tão santa a tua terra, Guru Nanak Mas foi manchada pela guerra, Guru Nanak Tua meta que era a inocência, Guru Nanak Foi transformada em violência, Guru Nanak Guru Nanak Guru Nanak Volta para eles outra vez, Guru Nanak Que tudo vejam como vês, Guru Nanak Fala de novo da pureza, Guru Nanak Da mansidão e da pobreza, Guru Nanak Guru Nanak Guru Nanak Errata: Na edição anterior, nº 129, o texto “Reforma Íntima” é de Joana de Angelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco.