AxisMed Com você 22

Transcrição

AxisMed Com você 22
Canal de informação com os monitorados da AxisMed Gestão Preventiva da Saúde
editorial
Casa e trabalho
Uma família à
sua disposição
No caminho da produção de
mais um número de AxisMed ComVocê, nos deparamos com duas importantes datas. No dia 14 de novembro,
tivemos o Dia Mundial e Nacional do
Controle da Diabetes; e no dia 8 de
dezembro, celebra-se o Dia Nacional
da Família. Logo vimos uma grande
oportunidade de trazer aos nossos
leitores, a partir da vivência de uma doença como a diabetes, um tema muito
importante para o dia-a-dia do trabalho da AxisMed: o cuidado familiar.
A diabetes é uma enfermidade
que se caracteriza por afetar não
só o próprio paciente, mas toda a
sua família, alterando a sua rotina.
E é justamente a família que pode
fazer a diferença no sucesso e na
melhoria da qualidade de vida
do paciente. Isso é percebido e
constatado diariamente por
toda a equipe da AxisMed.
Os monitorados cujas
famílias acompanham o
tratamento geralmente
apresentam resultados
mais significativos,
passam mais tempo
sem entrar em crises, são hospitalizados com
dezembro 2008 • ano 5 • nº 22
menos freqüência ou têm o tempo
de internação diminuído.
O ingrediente principal desse êxito é a atitude preventiva e, claro, muito
afeto e carinho. Sabemos também que
nem sempre é possível contar com a
família de forma integral ou pontual,
portanto, há aqueles que escolhem
quem querem como família. Nós, da
AxisMed, podemos dizer que nos sentimos escolhidos por nossos monitorados. Sentimos que também passamos a
fazer parte da família, seja no contato
periódico de nossos gestores ou no
acolhimento em suas casas de nossos
enfermeiros visitadores. A confiança
que nos é transmitida tem uma só
razão: cuidar de você. Esperamos
cada vez mais honrá-la.
Buscamos, há 6 anos,
fazer das pessoas da
AxisMed uma grande
família. Sempre à sua
disposição. Sempre
ComVocê.
Fábio de Souza Abreu
Diretor-executivo da
AxisMed
Além de lidar profissionalmente com
a diabetes, a endocrinologista Ariéth
L. Yoppo Zanon Bellissimo tem o
marido portador de diabetes. Nessa
entrevista, a médica conta como é
conviver com o diabetes, quais são
os cuidados que o paciente deve tomar e revela qual o impacto da descoberta da doença
na família. “Com
todos os controles, atividade física e alimentação
correta, é possível
ter uma vida normal”, afirma.
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Corpo e alma
A família do monitorado Mituzi
Takeuti, 81 anos, tem participação
decisiva na melhoria de sua qualidade de vida. Diabético, ele teve
uma crise há quatro anos e, desde
então, mulher e quatro filhos se
revezam para tomar conta de tudo.
“Ajudamos a cuidar dos aspectos
físicos, mentais e espirituais de
nosso pai”, diz Marie, a filha mais
nova. Tudo com
o acompanhamento da gestora da AxisMed
Camila Dias.
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palavra de médico
Diabetes e os
cuidados familiares
A endocrinologista Ariéth Bellissimo ressalta a
importância da conscientização da família para
conviver melhor com a doença
Os casos de diabetes vêm
aumentando no Brasil. A estimativa
total de diabéticos é de mais de 10
milhões, ou 5,9% da população. As
razões são muitas, mas uma das principais é o estilo de vida atual, especialmente os hábitos alimentares.
A endocrinologista Dra. Ariéth
L. Yoppo Zanon Bellissimo, médica da
Associação Nacional de Assistência
ao Diabético (ANAD), conversou com
o AxisMed ComVocê e falou sobre
o impacto da doença e a importância do envolvimento da família no
tratamento. Além de lidar profissionalmente com a diabetes, Dra. Ariéth
convive com a doença em casa, pois
seu marido é portador de diabetes.
Para ela, a doença
assusta, mas não
é só tristeza.
“Com todos
os controles,
atividade física
e alimentação
correta, é possível ter uma vida
normal”, afirma.
Por que a diabetes vem crescendo
tanto?
Ressalto o aumento da expectativa
de vida, aliado a uma mudança dos
hábitos, com alimentação baseada no
“fast-food”. O que chama atenção é
que recebemos cada vez mais crianças e adolescentes no consultório. A
verdade é que a incidência é muito
maior do que os números oficiais
mostram. Os casos conhecidos são
apenas a ponta do iceberg. Muitas
vezes, o que aparece como causa do
óbito é uma ocorrência associada,
como o infarto, mas, se investigarmos, a diabetes pode ter sido a causa
de muitas mortes.
Informação sobre a
“
doença e compreensão
são essenciais
”
Como evitar a doença?
Nos casos ligados à genética, é difícil
evitar, mas é possível postergar o
seu surgimento. Nos casos do tipo
II, o que conseguimos é manter uma
boa qualidade de vida, com atividades físicas, alimentação adequada e
peso certo. E é muito importante tentar descobrir a doença “para ontem”,
com o uso até de exames genéticos.
Marido paciente:
quando a família se
desinteressa, o paciente
também desiste
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No tipo I, também conseguimos
bons resultados com mudanças no
estilo de vida.
Mas como mudar o estilo de vida?
É preciso mudar em tudo. Primeiramente, refletir: “tenho diabetes. E
agora, o que vou fazer?” No primeiro
dia, parar de comer açúcar. Mudar a
alimentação também é essencial. Mais
legumes, frutas e verduras, menos carboidratos, e controlar a quantidade de
carne. Além disso, cuidar do peso com
exercícios e não se esquecer de tomar
os medicamentos. E ter uma atitude
mais “Zen”, relaxar mais.
Ao se descobrir diabético, qual o impacto na família?
É uma doença que assusta. O primeiro impacto é na alimentação, pois a
pessoa pára de comer tudo. Os filhos
também sentem. Quando são pequenos, não entendem porque toda a
rotina muda. Mas é, sobretudo, uma
questão de conscientização.
O seu marido tem diabetes. Como é ter
um caso na própria família?
Fiquei muito nervosa ao saber da
diabetes do meu marido, porque
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e venho de uma
família de diabéticos. Mesmo assim, o
impacto é grande até hoje.
Qual a melhor forma de lidar com esse
paciente familiar?
Com informação sobre a doença e
compreensão. Explicar sobre a doença,
mostrar interesse, acompanhar o
tratamento, estimular para que faça
atividade física e não pare de tomar a
medicação. É algo chato mesmo, mas
tem de pegar no pé. Há casais que não
agüentam e até se separam. É uma
pena, pois quando a família se desinteressa, o paciente também desiste.
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novos horizontes
Quando a família é o
melhor remédio
Apoio da mulher e dos filhos contribui
para a melhoria da qualidade de vida
do monitorado Mituzi Takeuti
Mituzi Takeuti, 81 anos, segura
uma foto antiga nas mãos. Concentrado, nem move os olhos da imagem.
Procura por ele mesmo na fotografia
em preto e branco, um registro do
grupo escolar de quando era criança. A
esposa Júlia, 76, também está na foto.
Ela lembra que tinha 8 anos na época.
Takeuti devolve: “Se ela tinha 8, então
eu tinha uns 13. São quase cinco anos
de diferença”. A filha Marie se impressiona com a rapidez da resposta do pai. “A
cabeça de papai está ótima”, observa.
Marie se refere à qualidade de
vida que o pai tem hoje em comparação com os últimos quatro anos. Ele
sofreu um quadro de aumento de açúcar no sangue, a partir da diabetes,
que o debilitou muito. Além do
impacto para a família, ele teve de
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mudar seus hábitos. Muito ativo,
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trás e o andador foi trocado
por uma bengala. A filha
Marie avalia que o envolvimento
de toda a família foi essencial para
a melhoria da saúde do pai. “O
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tinha ligado para a gestora Camila,
importante é que tenho uma família
da AxisMed, para obter orientações
unida”, reforça Mituzi, que foi vereador
de saúde para a viagem. Ela conta
e vice-prefeito do Taboão da Serra, na
que ficou impressionada com o
Grande São Paulo.
atendimento desde que o pai teve um
Toda a família Takeuti se reveza
desmaio. Marie ligou para a AxisMed
nos cuidados. Dona Júlia, compae o enfermeiro de plantão informou
nheira há 59 anos, toma conta da
em detalhes como ela deveria agir
alimentação e cozinha tudo no vapor,
até o atendimento chegar. Quando a
“como mandou o médico”, explica.
ambulância veio, ele já tinha retomado
Marie, a filha mais nova de quatro
a consciência e nem precisou ir ao
irmãos, visita-o todo dia. Formada em
hospital. “Eu só tinha visto isso em
Educação Física, faz alongamento no
filme”, compara Marie. “Hoje, ligo
pai e o leva para caminhar. Na volta,
sempre que tenho alguma dúvida ou
ajuda no banho. “Mas é ele quem
necessidade”, afirmou.
faz a própria barba”, ressalta. Takeuti
também treina a coordenação motora copiando
mensagens de um livro
religioso. “A gente ajuda
a cuidar dos aspectos físicos, mentais e espirituais
de nosso pai”, diz Marie.
Para a gestora Camila Dias, 28, o Sr. Mituzi é um
No dia da entrevista,
exemplo de que a família faz a diferença na meTakeuti se preparava
lhoria da qualidade de vida do paciente. “Ele está
para uma viagem às
muito bem”, avalia. Na sua opinião, é possível que
termas de Caldas Novas,
qualquer paciente conviva de forma mais tranqüiem Goiás. Marie já
la mesmo com doenças
crônicas. O apoio familiar é
essencial, pois os cuidados
contribuem na adesão do
paciente ao tratamento.
Ainda segundo ela, uma
das principais colaborações é no controle dos
hábitos, como ajudar a
manter a dieta, verificar
a periodicidade dos exames e ainda a seguir as
orientações médicas.
“Isso vale para todas as
idades, inclusive para
os pacientes mais novos”, ressalta.
Apoio familiar faz
a diferença
Bem cuidado: Takeuti com a esposa Júlia, a filha
Marie e a presença constante da gestora Camila
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dica de livro
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Laços de famíli
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(1960 ) , de Clar
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Rocco, 1998.
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Ela é “quase” da família
Estabelecer um laço de confiança com a família
do monitorado está entre os objetivos dos
enfermeiros visitadores da AxisMed
Uma relação de conquista, na
qual cuidado e compreensão são os
principais ingredientes. A enfermeira
visitadora Daniele Guedes, 28, leva
essa fórmula em mente para os seus
atendimentos, principalmente na primeira visita. Segundo ela, “a desconfiança da família é natural e esperada,
afinal, é uma pessoa ‘de fora’ que está
chegando em meio à doença”. Porém,
ao ver a melhoria de vida do paciente, a resistência da família dá lugar à
colaboração. “Os familiares chegam ao
ponto até de ‘entregar’ quando os parentes monitorados estão saindo um
pouco, ou bastante, das orientações
do tratamento”, revela.
Daniele é enfermeira visitadora
e presta serviço à AxisMed há dois
anos. Entra diariamente nos lares de
diversos monitorados. “Chego a abrir
até o armário para ver se a medicação
está realmente lá, ou, então, chamo
a atenção dos familiares”, conta. “Mas
tudo isso, claro, a partir da confiança
conquistada no relacionamento. É
como um começo de namoro. Mas
depois, de certa forma, passamos
a fazer parte da família”, explica.
Formada em enfermagem
há quatro anos, Daniele
conta que o trabalho
na AxisMed abriu uma
nova dimensão em
sua carreira, pouco
vista nos bancos da
faculdade: a necessidade da prevenção. No
seu trabalho, ela constata que é possível que
o monitorado, mesmo
com doenças crônicas,
tenha uma boa qualidade de vida. Para
Como ajudar no tratamento
A colaboração da família pode
ser feita de pequenos, mas importantes
gestos. A AxisMed dá algumas dicas
de como a família pode se envolver no
tratamento de um paciente crônico,
melhorando o quadro de saúde e o
relacionamento.
Divida e compartilhe as tarefas
Com divisão de tarefas, o processo de
cuidar de um familiar doente pode se
tornar mais leve. Isso faz com que todos
guardem energia para o dia-a-dia do
tratamento. Programando as atividades,
você evita estresse desnecessário.
Acompanhe o tratamento
Verifique a periodicidade dos exames
e confira os resultados. Veja também
se as visitas aos médicos estão em dia.
Agende-as e, se possível, acompanhe
seu familiar.
Conscientize-se da doença
Entenda a doença e o que ela provoca no paciente. Tire suas dúvidas
com os médicos, pois conhecendo os
mecanismos da doença você pode
perceber os sinais de crises, além de
trabalhar de forma preventiva para
evitá-las. Informe-se como agir no
isto, é imprescindível o apoio de todos
na casa. “A família é o ponto crucial na
melhoria do paciente”, reforça.
Essa consciência sobre a doença
também foi importante para a enfermeira lidar com a diabetes da própria
mãe, Euralice, 55. Antes, Daniele brigava quando a mãe
entrava em crise. Julgando
que ela não se cuidava,
condenava a atitude da mãe.
Hoje, vê de forma diferente.
“Tento entender, compreender a situação, saber por
que ela entrou em crise. Só
assim deixo de transformar
tudo em drama e passo a
contribuir realmente para
que ela melhore o mais
rápido possível e volte
para a nossa convivência normal”, explica.
Um exemplo a ser
seguido.
Mala pronta: Daniele se
prepara para visitar mais
uma de suas famílias
caso de uma ocorrência. E não deixe
de ligar para a AxisMed, a qualquer
momento.
Verifique os medicamentos
Fique atento às dosagens, verifique
se estão de acordo com as receitas e
organize os remédios. Se não estiver
em casa, separe as dosagens e oriente outro familiar sobre como proceder.
Ofereça mais carinho e afeto
Uma conversa, um toque de afeto e
uma demonstração de amor são coisas boas para todos, tanto pacientes
quanto familiares. Dizem até que esse
é o melhor dos remédios.
Dezembro 2008 • ano 5 • nº 22
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Conselho editorial: Fábio de Souza Abreu, Fábio Boihagian, Valdemar Batista, Soraia Laplaca, Luciana
Lauretti, Dr. Sergio Vogel e Dra. Ana Paula Zurita
Produção, edição e direção de arte: DUBB Comunicação • www.dubb.com.br
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