Edição nº 35 - Ano XVIII - Out a Dez de 2012

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Edição nº 35 - Ano XVIII - Out a Dez de 2012
Impresso
Especial
9912278225/DR/SPM
SBDens
CORREIOS
Informativo Oficial da ABrASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea, Osteoporose e Osteometabolismo
Edição nº 34 - ano XVIII - Out a Dez de 2012
FILIADA À:
EDITORIAL
É chegado o Natal
O
Natal é um evento que indiscutivelmente colore o mês de dezembro.
Colore porque é reunião, reencontro
de família, de amigos.
Colore porque é festa, é alegria, presentes.
Colore porque tudo se enche de luz.
Colore porque uma energia diferente enche a todos de alegria.
No Natal, tudo são
cores.
Talvez, se não fosse
o espírito do Natal
dezembro fosse apenas mais um mês de
trabalho, de contas para
pagar, de idas e vindas.
Realmente o Natal
nos contagia de sentimentos maiores, nos
remete a algo às vezes
esquecido, nos coloca
em uma dimensão que nos faz lembrar
pessoas queridas que circunstâncias
outras fizeram distantes, e desejar que
estejam próximas, assim, ao alcance de
um longo “abraSSo”.
O Natal é isso: o amor em manifestação.
Em nossas lides diárias, esperamos
que o espírito do Natal realmente fale
mais alto e, como em um passo de mágica, nos faça sair de nós mesmos para
olhar em derredor e perceber nosso próximo mais próximo, aquele que está ali,
sob nossos olhos, e que espera de nós,
ansiosamente, um gesto que vá além da
presença física, um gesto que fale mais
que mil palavras, um gesto que traga um
pouco de alívio para suas dores ou um
instante, um tempinho a mais no calendário da vida.
Esperamos que todos possam encontrar esse sentimento maior – a doação
– e, então, possamos doar um pouco de
nós mesmos exercitando o amor incondicional, símbolo maior do Natal,
deixando no esquecimento
momentâneo da memória
física nossas próprias
dores que, em última
análise, são as dores
de todo mundo.
Esperamos, enfim,
que este poder mágico que o Natal emana e
é capaz de nos envolver,
independente
de credos ou preferências religiosas, recarregue as energias
e nos traga a disposição e
a confiança para prosseguir a
jornada no ano novo.
Trabalhamos em 2012 na edificação
da ABrASSO, mas seu crescimento e
fortalecimento dependem do esforço e
da doação de todos que acreditaram no
novo e no poder da união.
Você está convocado para deixar todos
os dias de 2013 com gostinho de Natal.
Há muito que fazer! Há muito que
doar! Participe!
Que o Natal se realize em todos nós.
São os nossos sinceros votos.
Elaine de Azevedo
José Augusto Sisson de Castro
Maria Celeste Osorio Wender
Vera Lúcia Szejnfeld
INFORMATIVO OFICIAL DA ABrASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea, Osteoporose e Osteometabolismo
CARTA DO PRESIDENTE
EXPEDIENTE
ABrASSO terá novo
presidente em 2013
Informativo Oficial da ABrASSO - Associação
Brasileira de Avaliação Óssea, Osteoporose e
Osteometabolismo - ed. 35 · ano XVIII · outubro a
dezembro de 2012.
Rua Itapeva, 518, Ed. Scientia - cj. 111/112 - Bela Vista
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Jornalista responsável: Renato H. S. Moreira (Mtb 338/86 - ES)
Presidência:
Bruno Muzzi Camargos (MG)
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Sebastião C. Radominski (PR)
Diretoria de Departamentos:
Densitometria: Bruno Muzzi Camargos (MG)
Osteoporose: Sebastião César Radominski (PR)
Osteometabolismo: João Lindolfo C. Borges (DF)
1º Secretário : Victoria Z. Cochenski Borba (PR)
2º Secretário: Cláudio Marcos Mancini Jr (MS)
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2º Tesoureiro: Marcelo Medeiros Pinheiro (SP)
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Conselho Consultivo e Fiscal:
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José Carlos Amaral Filho (MT), Victória Zeghbi Cochenski Borba (PR), Marise Lazaretti-Castro (SP)
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Certificação em Densitometria:
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Comunicação:
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Paranhos Neto (RJ)
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Relações Internacionais e Institucionais:
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Comissão Científica:
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Paula (DF), Ben-Hur Albergaria (ES), Bernardo
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de Freitas Zerbini (SP), Cynthia Maria Álvares Brandão (SP), Dalisbor Marcelo Weber Silva (SC), Francisco Alfredo Bandeira e Farias (PE), Francisco José
Albuquerque de Paula (SC), Henrique Mota Neto
(CE), Lindomar Guimarães (GO), Laura Maria Carvalho de Mendonça (RJ), Luiz Henrique de Gregório
(RJ), Maria Marta Sarquis Soares (MG), Maria Lúcia Fleiuss de Farias (RJ), Márcio Passini Gonçalves
de Souza (SP), Marise Lazaretti-Castro (SP), Nilson
Roberto de Melo (SP), Marilia Martins Marone (SP),
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Pereira (SP), Sérgio Setsuo Maeda (SP), Luiz Henrique Maciel Griz (PE)
Representantes da ABrASSO junto às Sociedades e Entidades:
CBR: Hélio Ricardo Cruz (BA)
SBEM: João Lindolfo Cunha Borges (DF)
SBR: Cristiano A F Zerbini (SP)
SBOT: Márcio G. Passini (SP)
FEBRASGO: Nilson Roberto de Melo (SP)
SBMNuclear: Marília Martins Marone (SP)
SBGG: Silvia Pereira (RJ)
ABMF: Pérola Grimberg Plapler (SP)
TIRAGEM: 3.000 exemplares
EDITORAÇÃO:
RH comuni cação
Prezados sócios
A
partir de janeiro do próximo ano, estaremos estreando uma nova jornada, um ano de gestão da
coordenação tripartite desta nova estrela que brilha,
a ABrASSO.
Inúmeros serão os desafios e as estradas a serem
trilhadas. Nós escolhemos um modelo simples de administração e que seja executável neste período tão
curto de um ano.
É com grande senso de responsabilidade que recebo, nesse momento, a incumbência de conduzir a
mais importante iniciativa na área de metabolismo
ósseo, e, quem sabe, em breve, a segunda maior so- João Lindolfo assume em 2013
ciedade da área no mundo.
A ABrASSO já nasce comprometida com a tarefa de inovar a educação, apoio à
pesquisa e fomento aos eventos próprios diante de um cenário marcado por urgentes
desafios e rápidas mudanças no aparato tecnológico e conhecimento médico.
Nesse cenário, não faz mais sentido preparar a associação apenas para um contexto tecnológico específico. É preciso antes prepará-la para a incessante mudança desse
contexto, tomando como referência a Medicina brasileira. Isto exige que se busque
uma nova estrutura para a Associação, na qual se entenda a administração como um
processo dinâmico, remetendo-a aos seus fundamentos científicos e aos seus desdobramentos de crescimento e até econômico. O modelo adotado para este período visa
tornar a ABrASSO viável, independente e profissionalizada.
Nosso foco será simples: 1) trabalharmos para que o V BRADOO continue brilhando e seja fonte de renda para a Associação. O programa está praticamente pronto
com quase um ano de antecedência. Fato inédito, mas necessário nesse país; 2) aumentarmos o número de sócios, pois temos um potencial enorme, mas com poucos
pagantes. Teremos estandes nos principais eventos nacionais com intuito de aumentar nossa visibilidade e trazer novos sócios; 3) a incrementação dos cursos é um ponto nevrálgico dessa gestão. Iremos atualizar os cursos existentes como o Curso de
Certificação, o E-DXA e o TDC, que agora passará a se chamar TDOC (Treinamento
em Densitometria e Osteometabolismo para o Clínico). O TDOC é itinerante, isento e tem a duração de 60-90 minutos. Novos cursos virão, como o de composição
corporal (Body Comp) que já foi implantado e o de Osteometabolismo (Osteometa).
Ambos serão ministrados na sede da ABrASSO, com duração de 4-5 horas cada, dirigidos aos médicos interessados da área, iniciantes ou mesmo os mais experientes; 4)
a reforma dos estatutos é iminente. A primeira versão foi excelente para iniciarmos
nossas atividades, mas mudanças importantes se fazem necessárias.
Alguns outros projetos serão executados este ano, sendo vários com a participação
ética da indústria de equipamentos e farmacêutica.
Agradeço a todos que irão trabalhar nessa gestão. As reuniões preparatórias foram
várias; dezenas de telefonemas; e centenas de e-mails trocados. Estamos todos muito
animados com esse novo ano.
Tenho que agradecer ao dr. Bruno Muzzi Camargos pelo pioneirismo, dedicação incansável e disponibilidade. Sem ele essa transição estaria sendo penosa. Dr. Bruno foi
generoso com seu tempo comigo, e apoiando, mesmo sem concordar algumas vezes.
Por fim, muitos me perguntam o que a ABrASSO fará por eles. Nesse momento embriônico, parafraseando John Kenedy, eu pergunto o que podemos fazer pela
ABrASSO.
Feliz 2013 e grande ABrASSO!
João Lindolfo C. Borges
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Tabela 1
EVENTO
Encontro anual da ASBMR
apresenta destaques
Mais uma vez o congresso anual da
American Society for Bone and Mineral Research – ASBMR, este ano na
cidade de Minneapolis, Minnesota
(EUA), reuniu um grande grupo de
médicos e pesquisadores em torno de
temas intrigantes no campo do estudo
e manejo das doenças osteometabólicas. Oportunidade ímpar para reciclagem e aperfeiçoamento científico,
o encontro anual da ASBMR discutiu
os assuntos que são considerados os
mais relevantes no que diz respeito à
osteoporose e doenças relacionadas
ao tecido ósseo. A seguir, apresentamos alguns destaques selecionados
da pauta deste que é o evento mais
importante para médicos e pesquisadores envolvidos com as doenças do
metabolismo ósseo e mineral.
1. Reparo a fraturas e o uso de
drogas anabólicas:
Em simpósio muito concorrido,
os efeitos potenciais de drogas anabólicas sobre o reparo a fraturas foram amplamente discutidos. Fatores
associados a fratura em si e ao paciente (em especial, idade avançada,
presença de tumores, tabagismo e
obesidade) influenciam negativamente o reparo a fraturas. A presença de retardo na cicatrização das
fraturas ou a não-união são tradicionalmente tratados com enxertos
ósseos. No simpósio, foram discutidos o uso do PTH, dos anticorpos
monoclonais anti-esclerostina e das
proteínas morfogenéticas do osso
(BMPs) no cenário das fraturas, especialmente naquelas com retardo
de cicatrização. Foram apontados
estudos em humanos onde o uso do
PTH (teriparatida) associou-se com
aceleração do processo de cicatrização de fraturas do punho e fraturas
da pelve em humanos. Estudos clínicos e pré-clínicos com desenhos
similares com o uso de anticorpos
monoclonais anti-esclerostina foram
também discutidos. Tanto a força
quanto a função foram melhorados
com o uso desses anticorpos em pacientes com fraturas. A utilização das
BMPs como ferramenta para acelerar
a cicatrização de fraturas também
apresenta evidências mais ou menos
consolidadas, especialmente para o
uso da BMP-2 e BMP-7, já usadas na
instrumentação da coluna torácica e
lombar (o uso não é aprovado para
coluna cervical, em virtude do risco
potencial de produzir edema do tecido e eventual dano medular).
2. Prevenção secundária das
fraturas:
As fraturas, desfecho final da osteoporose, e os aspectos epidemiológicos a elas associados foram tema
recorrente na edição deste ano do
congresso da ASBMR. Uma extensa
atualização acerca do lançamento de
uma força-tarefa internacional voltada a prevenção secundária de fraturas
ocupou a pauta do evento e experiências regionais nos Estados Unidos,
Austrália e Reino Unido foram apresentadas. O objetivo primário da empreitada é reduzir a incidência das
fraturas de quadril em cerca de 20%
até o ano de 2020. Para isso, várias
ações serão fomentadas no sentido
de rastrear indivíduos maiores de
50 anos de idade com fraturas associadas a trauma de baixo impacto e,
a partir daí, identificar os fatores de
risco associados a essas fraturas e aumentar o conhecimento de médicos,
profissionais de saúde em geral e pacientes acerca da doença e suas consequências. Nos Estados Unidos, a
National Bone Health Alliance lançou
uma iniciativa com site na internet
(www.2million2many.org) alertando a população para o fato de que os
dois milhões de fraturas observados
anualmente não são acidente, associam-se a osteoporose e poderiam ser
evitadas. As limitações a programas
dirigidos a prevenção secundária de
fraturas foram também apontadas
e incluem principalmente os custos
relacionados a identificação de casos,
diagnóstico, tratamento e manejo dos
pacientes. Todos os “experts” são, no
entanto, unânimes em estimar que o
custo do não tratamento desses pacientes e suas fraturas secundárias
seria certamente mais elevado. Uma
ação interessante e necessária apontada em todos os programas de prevenção secundária apresentados foi
a utilização de uma Instrução de Alta
por escrito para pacientes com fraturas que são atendidos em salas de
emergência. Tais instruções trariam
observações claras acerca do encaminhamento desses pacientes para
manejo específico com clínicos gerais
ou especialistas versados nas doenças
osteometabólicas. Certamente essa é
uma ideia interessante a ser incorporada em nossa prática.
3. Interação músculo e tecido
conjuntivo durante o desenvolvimento e a regeneração:
A importância das interações do
músculo e do tecido conjuntivo durante o desenvolvimento fetal e na
regeneração foi discutida numa interessante sessão de medicina translacional. A participação de diversos
fatores de transcrição gênica dirigindo a diferenciação de mioblastos
e fibroblastos foi discutida, com especial enfoque no fator de transcrição TCF4, marcador fundamental
para o tecido conjuntivo muscular.
A expressão desses fatores no peri
e epimísio é importante para o desenvolvimento muscular durante a
embriogênese e também, para a regeneração muscular após injúrias.
Estudos em modelos animais também demonstraram que o sistema
muscular encontra-se intimamente
relacionado ao tecido ósseo durante o desenvolvimento embriônico. A
presença de carga mecânica durante
o desenvolvimento fetal em grupos
musculares do esqueleto periférico e
axial são cruciais para o desenvolvimento das articulações e não apenas
para a maturação tecido ósseo.
Contato: [email protected]
3
INFORMATIVO OFICIAL DA ABrASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea, Osteoporose e Osteometabolismo
4. Vitamina D – Uso clínico:
Sessões clínicas discutiram assuntos quotidianos para especialistas
em doenças osteometabólicas. Numa
dessas sessões com apresentação de
temas livres foram mostrados estudos nos quais a segurança do uso da
vitamina D foi questionada. Nesses
estudos foi demonstrado que tanto
níveis baixos quanto concentrações
séricas muito elevadas de vitamina
D associam-se a aumento no risco de
fraturas e trazem para o clínico a noção de que existe uma faixa de segurança que devemos observar quando
suplementamos a vitamina D em nossos pacientes. Valores de 25OHVitamina D abaixo de 30 ng/mL ou acima
de 130-150 ng/mL foram relacionados com excesso de fraturas.
5. Esteroides sexuais e a homeostase do tecido ósseo no homem:
O papel dos esteroides sexuais na
homeostasia óssea foi tema de aula
nessa edição do congresso do ASBMR. Em estudos in vitro tem sido
demonstrado que ambos androgênios e estrogênios atuam sobre os
osteoblastos, osteoclastos e osteócitos e afetam a massa óssea, particularmente durante o desenvolvimento.
Através da análise de estudos previamente publicados foi pontuado que,
embora estrogênios e androgênios
afetem a reabsorção óssea, os estrogênios parecem ser os reguladores
primários da homeostase óssea em
homens adultos. Em homens jovens,
o hipogonadismo e baixos níveis de
testosterona são associados com baixa densidade mineral óssea (DMO).
Homens com câncer prostático tratados com hormônios anti-androgênicos apresentam significativa perda
óssea e aumentado risco de fraturas.
Baixos níveis séricos de testosterona
também se associam com aumentado
risco de quedas e essa associação não
é demonstrada para o estrogênio. Em
humanos, baixos níveis de testosterona, especialmente testosterona livre,
associaram-se com risco elevado de
fraturas em modelos de análise univariada. Quando os níveis estrogênicos foram avaliados em modelos
multivariados, os níveis de testosterona tiveram pouco ou nenhum efeito sobre o risco de fraturas. Baixos
níveis séricos de estradiol e elevados
valores de globulina transportadora
4
de hormônios sexuais (SHBG) associam-se com perda óssea acelerada e
aumentado risco de fraturas em homens. Recomendações da Sociedade
Americana de Endocrinologia apontam que homens com elevado risco
de fraturas devem ser tratados com
testosterona se os níveis séricos de
testosterona forem menores que 200
ng/dL e o paciente apresentar hipogonadismo orgânico, sinais e sintomas de hipogonadismo ou apresenta
contraindicação a drogas aprovadas
para o tratamento da osteoporose.
Caso contrário, esses homens com
elevado risco de fraturas devem ser
tratados com drogas aprovadas para
o tratamento da osteoporose.
6. Segurança do uso prolongado de medicações antirreabsortivas:
Outro tema também discutido durante o evento foram os efeitos adversos associados ao uso de medicações
antirreabsortivas aprovadas para
osteoporose, em particular a osteonecrose de mandíbula e as fraturas
atípicas da diáfise do fêmur.
7. Osteonecrose de mandíbula:
Recomendações publicadas em novembro de 2011 do American Dental Association Council on Scientific
Affairs acerca do manejo de pacientes em uso de terapia antirreabsortiva para tratamento ou prevenção da
osteoporose foram discutidas. Tais
recomendações apontam para baixa
risco de osteonecrose de mandíbula
em pacientes tomando doses convencionais de bisfosfonatos para manejo
da osteoporose (tratamento ou prevenção), conforme reconhecido desde
2010 pela Força-Tarefa do ASBMR especialmente organizada para o tema.
Nas novas recomendações foram incluídos dados acerca do denosumabe
e dos inibidores da catepsina K (odanacatib). Interessante observar que
as evidências especificamente NÃO
recomendam o uso do CTX sérico
como rastreamento do risco de osteonecrose de mandíbula em pacientes
em uso de drogas antirreabsortivas e
também NÃO recomendam feriado
de tratamento (drug Holiday) como
forma de prevenção da osteonecrose
de mandíbula nesse cenário. Recomendações acerca do manejo da osteonecrose de mandíbula incluem: re-
moção cirúrgica do tecido necrótico,
minimizar quaisquer procedimentos
mais invasivos a menos que não haja
outra escolha, usar clorexidine tópico
sempre, usar antibióticos sistêmicos
quando necessário e suspender o uso
do antirreabsortivo de acordo com o
julgamento clínico. Casos de osteonecrose de mandíbula foram reportados
em pacientes com câncer em uso do
anticorpo monoclonal anti-RANKL
denosumabe (prevalência de 0,06%).
Não foram observados casos de osteonecrose de mandíbula em pacientes
com osteoporose tratados com denosumabe. Da mesma forma, até o
momento não há relatos de casos de
osteonecrose de mandíbula em pacientes em uso de odanacatib.
8. Fraturas atípicas da diáfise
do fêmur e o uso de antirreabsortivos:
Outra preocupação associada ao
uso prolongado de drogas antirreabsortivas diz respeito a fraturas atípicas da diáfise do fêmur e isso foi
tópico de outra sessão dentro do encontro anual da ASBMR deste ano
de 2012. É reconhecido que o uso
dos bisfosfonatos em longo prazo
reduz o risco das fraturas típicas do
fêmur (colo, trocanter) ao passo que
aumenta o risco das chamadas fraturas atípicas deste sítio. Tais fraturas
atípicas são vistas em média 7 anos
após uso sustentado de bisfosfonatos,
apresentam pródromo doloroso em
70% dos casos, associam-se ao uso de
glicocorticóides em 34% das vezes e
são bilaterais em 28% dos pacientes.
Os marcadores do turnover ósseo tipicamente NÃO mostram supressão
exagerada da remodelação óssea.
Possíveis mecanismos associados ao
aparecimento das fraturas atípicas
da diáfise do fêmur foram também
apontados: alteração do padrão normal de cross-link das fibras colágenas
do osso (por alteração na maturidade
das ligações ou por acúmulo de produtos finais da glicação avançada),
acúmulo de micro danos, mineralização aumentada, reduzida heterogeneidade da mineralização, variações nas taxas de remodelação óssea,
reduzida vascularização e potenciais
efeitos anti-angiogênicos.
9. Tempo de tratamento ideal
com os bisfosfonatos:
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Questões ligadas aos eventos adversos observados com o uso prolongado dos bisfosfonatos associadas ao
efeito residual desses fármacos sobre
o tecido ósseo, com potencial benefício sustentado após interrupção do
tratamento, tem instigado pesquisadores a determinar o tempo ideal de
tratamento. Conforme previamente
publicado por Nelson Watts, existe
consenso informal segundo o qual
pacientes de baixo risco para fraturas
devem ser tratados por 3 a 5 anos ( a
depender do fármaco em questão) e
então um feriado do tratamento deve
ser considerado. Por outro lado, pacientes de alto risco para fraturas (pacientes com fraturas prévias, em uso
de glicocorticoides, pacientes com
muito baixa DMO, devem ser tratados
por 6 a 10 anos com antirreabsortivos
e então um feriado da terapia deve
ser considerado. Durante o feriado da
terapia com antirreabsortivos em pacientes de alto risco, o uso de agentes
anabólicos como a teriparatida pode
ser aventado. De forma geral, podemos dizer que a duração do tratamento com antirreabsortivos depende do
risco de fraturas, enquanto a duração
do feriado da terapia dependerá do
julgamento clínico.
10. Novos marcadores da remodelação óssea:
Uma revisão muito interessante sobre o uso dos marcadores da remodelação óssea foi também apresentada.
Apesar de significativamente associados com o risco de fraturas, os marcadores da remodelação óssea ainda
carecem de valores de referência para
uso internacional antes que definições operacionais possam estabelecer
o uso clínico dessas ferramentas. Com
o melhor conhecimento acerca das
vias de sinalização molecular que controlam a homeostase esquelética, em
particular a via de sinalização Wnt/βcatenina, novas moléculas poderiam
ser utilizadas como marcadores da
remodelação óssea. O uso dos níveis
séricos de esclerostina, molécula inibitória da formação óssea produzida
pelos osteócitos, tem sido postulado
como um novo e promissor marcador
da formação óssea. Os níveis séricos
da proteína variam de acordo com
idade, gênero, índice de massa corporal e a presença de fraturas. Altos
níveis de esclerostina são observados
com o uso de glicocorticoides, durante a deficiência estrogênica, durante
imobilização e no hipoparatiroidismo
e associam-se a baixa formação óssea e reduzida DMO. Por outro lado,
apesar das associações significativas
nesses cenários, o uso dos níveis séricos da esclerostina na prática clínica
ainda aguarda outros estudos.
Conclusão:
O encontro anual da ASBMR mais
uma vez cumpriu a promessa de trazer o que há de mais novo e relevante
para os profissionais interessados nas
doenças do metabolismo ósseo e mineral. Agregando pesquisadores dos
vários continentes, o evento é indubitavelmente um dos principais fóruns
para pesquisa, ensino, aprendizado e
reciclagem para aqueles que se dedicam ao cuidado de pacientes com doenças ósseas.
Charlles Heldan de Moura Castro
5
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DIVULGUE SUA TESE
Baixos níveis de esclerostina: preditor
de processo inflamatório persistente
em pacientes com espondilite
anquilosante sob terapia anti-TNFα
Tese apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências
I
ntrodução: baixas concentrações séricas de esclerostina foram descritas em pacientes com
Espondilite Anquilosante (EA). No
entanto, não existem dados sobre
a importância deste inibidor da via
de sinalização Wnt em pacientes
com EA durante o tratamento com
anti fator de necrose tumoral alfa
(TNFα).
Objetivos: avaliar longitudinalmente os níveis séricos de esclerostina e sua associação com inflamação e densidade mineral óssea
(DMO) em pacientes com EA em
tratamento com anti-TNFα.
Métodos: trinta pacientes com
EA em atividade foram avaliados
no início, 6 e 12 meses, após terapia anti-TNFα em relação aos parâmetros clínicos (BASDAI, BASFI,
BASMI e ASQoL), marcadores inflamatórios e dano radiológico basal
(mSASSS). Trinta indivíduos saudáveis pareados por idade e sexo constituíram o grupo controle. As análises laboratoriais de esclerostina e
da ligação de esclerostina ao receptor LRP6 e a DMO foram realizadas
nos pacientes nos mesmos períodos
de avaliação e comparadas aos controles. Resultados: Na avaliação inicial, pacientes com EA apresentavam menores concentrações séricas
de esclerostina [60,5 (32,7) vs. 96,7
(52,9) pmol/l, P=0,002] e níveis
similares de ligação de esclerostina ao receptor LRP6 (P=0,387) em
relação aos controles. Foi observado
melhora do BASDAI, BASFI, BAS-
6
Carla Gonçalves Schahin Saad
MI, ASQoL comparando tempo basal vs. 6 vs. 12 meses (P<0,01). Concomitantemente, observou-se um
aumento gradual da DMO da coluna lombar (P<0,001) e no início do
estudo os pacientes apresentavam
uma correlação positiva entre avaliação radiológica basal (mSASSS) e
a DMO da coluna lombar (r=0,468,
P<0,01). Foi observada também
uma redução dos marcadores inflamatórios comparando tempo basal vs. 6 vs. 12 meses (P<0,01). Os
níveis de esclerostina aumentaram
progressivamente após o tratamento com anti-TNFα [60,5 (32,7) vs.
67,1 (31,9) vs. 72,7 (32,3) pmol/l,
P<0,001]. Entretanto, após 12 meses de terapia anti-TNFα as concentrações séricas de esclerostina
permaneceram significativamente
mais baixos em relação os controles
[72,7 (32,3) vs. 96,7 (52,9) pmol/l,
P=0,038]. Além disso, aos 12 meses, os níveis séricos de esclerostina
ficaram mais baixos nos 10 pacientes que ainda apresentavam proteína C reativa elevada (PCR≥5mg/l),
comparados aos pacientes que apresentaram normalização dos níveis
de PCR (P=0,004). Interessantemente, estes 10 pacientes com inflamação persistente já apresentavam
concentrações séricas mais baixas
de esclerostina quando comparados
aos demais pacientes (P=0,023) antes do tratamento com anti-TNFα.
A análise de regressão logística demonstrou que os pacientes com EA
com níveis baixos de esclerostina
apresentam um risco aumentado de
apresentar PCR alta após 12 meses
de tratamento (odds ratio = 7,43,
95% IC 1,23-45,01, P=0,020) quando comparados aos pacientes com
níveis altos de esclerostina no tempo basal.
Conclusão: concentrações persistentemente baixas de esclerostina estão associados a inflamação
contínua em pacientes com EA tratados com terapia anti-TNFα.
Carla Gonçalves Schahin Saad
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DESTAQUES
Campanha de Prevenção e
Educação em Osteoporose
P
assar pela principal praça da cidade e encontrar a oportunidade
de checar a própria saúde e ter vários
profissionais a disposição para proporcionar uma melhor qualidade de
vida à população; foi isso que aqueles com idade acima dos 50 anos
encontraram na Praça Rui Barbosa,
no Centro de Curitiba, no dia 20 de
outubro, Dia Mundial de Combate à
Osteoporose.
A 5ª Campanha de Prevenção e Educação em Osteoporose foi uma iniciativa da Regional Paraná da ABrASSO,
em parceria com o Serviço Social do
Comércio (SESC) e a Universidade Federal do Paraná. No dia, diversos profissionais da área da saúde atenderam
voluntariamente cerca de 200 pessoas
com 50 anos ou mais.
A campanha possibilitou às pessoas,
que por diferentes razões não iriam até
os hospitais a fim de realizar os testes,
descobrir se têm osteoporose e receber
orientações para o tratamento. “Aqui,
o paciente recebe atenção de diversos
profissionais, e não fica só na consulta básica. Ele se sente mais a vontade
para perguntar. O diferencial é que
nós viemos à praça, nós estamos indo
onde está a população, dando oportunidade para que mais gente se consulte e possa viver com mais saúde”,
informou a endocrinologista Carolina
Kulak, presidente da Regional Paraná
da ABrASSO e uma das idealizadoras
da campanha.
A intenção do SESC, ABrASSO e
UFPR para o evento não se restringiu à prevenção e educação quanto a
osteoporose, mas também a auxiliar
a população na busca por uma maior
qualidade de vida em todos os aspectos. “Aqui, a pessoa pode descobrir se
tem diabetes, pressão alta, ou então o
risco de cálculo renal. Além disso, ela
recebe orientação para cuidar mais da
saúde”, diz Carolina Kulak. O professor de Educação Física da Universidade Tecnológica do Paraná, Júlio César
Bassar, chama atenção para a importância do exercício físico no combate
à osteoporose e outras doenças. “A atividade física é muito importante em
qualquer fase da vida. E é possível se
exercitar na terceira idade. Aconselhamos que a pessoa primeiro verifique
como está a sua saúde, faça os testes
necessários e depois procure um profissional da área de Educação Física.
Dessa forma, poderemos auxiliar da
melhor forma possível essa pessoa a
ter muito mais qualidade de vida”.
ABrASSO itinerante
Nota de falecimento
Seguindo a política de divulgação e fortalecimento da
nova entidade entre as especialidades afins, a ABrASSO
esteve presente através de um stand nos congressos de
Reumatologia, em Vitória - ES (XXIX Congresso Brasileiro de Reumatologia, entre 19 e 22 de setembro) e Endocrinologia, em Goiânia (30° Congresso Brasileiro de
Endocrinologia e Metabologia - 2012, entre os dias 07 e
10 de novembro). Quem pôde conferir pessoalmente encontrou as sempre prestativas Sandra e Lúcia – secretárias da ABrASSO – atentas em esclarecer e informar
sobre a extensa agenda de cursos e, principalmente,
atualizar dados cadastrais dos antigos sócios. Em 2013
tem mais!
Faleceu, no último dia 20 de
novembro, a dra. Zulema Man,
endocrinologista argentina de
reconhecida trajetória internacional, sobretudo no campo da
investigação clínica e farmacológica na área da osteometabologia. Sempre ativa e elegante,
conseguiu, por meio de seu trabalho e carisma, transpor os limites da geografia e tornouse uma amiga e parceira excepcional dos brasileiros e colegas latino-americanos. Perde a Argentina, perde o mundo
da osteometabologia, mais uma osteofriend!
7
A diferença na proteção contra fraturas.
1
Prolia® é contraindicado para pacientes que apresentam hipocalcemia. Não foram conduzidos estudos sobre interações
medicamentosas de Prolia®.
Material de divulgação exclusiva para profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar medicamentos. Recomenda-se a leitura da bula e da monografia do produto antes da prescrição
de qualquer medicamento. Mais informações à disposição sob solicitação ao Serviço de Informação Médica (DDG 0800 701 2233 ou http://www.sim-gsk.com.br).
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SERVIÇO DE INFORMAÇÃO MÉDICA
0800 701 2233 www.sim-gsk.com.br
3 cm
C 0 M 40 Y 100 K 0
C 26 M 10 Y 0 K 0
Pantone 7409C
Pantone 2708C
C 100 M 75 Y 10 K 0
C 20 M 0 Y 0 K 50
Pantone 2945C
Pantone 7544C
www.gsk.com.br
&TUSBEBEPT#BOEFJSBOUFTt+BDBSFQBHVÈ
3JPEF+BOFJSPt3+t$&1
$/1+
Referencias Bibliográficas: 1. CUMMINGS, SR.
et al. Denosumab for prevention of fractures in
postmenopausal women with osteoporosis. N Engl J
Med, 361: 756-65, 2009.
LEIA ESTA BULA ATENTAMENTE ANTES DE
INICIAR O TRATAMENTO.
I – Identificação do medicamento
Prolia® denosumabe
Apresentação
Solução injetável.
O produto é apresentado em 1 seringa preenchida
(1,0 mL).
Uso subcutâneo.
Uso adulto (a partir de 18 anos).
Composição
Uma dose de 1,0 mL de Prolia® contém 60 mg de
denosumabe.
Excipientes: ácido acético glacial, hidróxido de sódio,
sorbitol, polissorbato 20, água para injeção.
II – Informações ao paciente
1. Para que este medicamento é indicado?
Prolia® é indicado para tratar:
- Osteoporose em mulheres na fase de pósmenopausa. Nessas mulheres, Prolia® aumenta
a densidade mineral óssea (DMO) e reduz a incidência
de fraturas de quadril, de fraturas vertebrais e não
vertebrais.
- Perda óssea em pacientes submetidos
a tratamentos de câncer de próstata ou de mama
que causam diminuição hormonal. Nos pacientes
com câncer de próstata, Prolia® reduz a incidência
de fraturas vertebrais.
2. Como este medicamento funciona?
Prolia® contém denosumabe, uma proteína (chamada
de anticorpo monoclonal) que interfere na ação
de outra proteína a fim de tratar a perda óssea e a
osteoporose. O osso é um tecido vivo que se renova
durante todo o tempo. O estrogênio é um hormônio
que ajuda a manter os ossos saudáveis. Após
a menopausa, os níveis de estrogênio caem, o que
costuma tornar os ossos mais finos e frágeis. Isso
pode às vezes levar a uma condicão chamada de
GLA-0104-11_PROLIA_Anuncio_1/4_AF.indd 1
osteoporose. Muitas mulheres com osteoporose
não apresentam sintomas, mas correm o risco de
sofrer fraturas ósseas, especialmente na coluna,
no quadril e nos punhos. Cirurgias ou tratamentos
medicamentosos de pacientes com câncer de
próstata ou de mama que interrompem a produção de
estrogênio ou de testosterona também podem levar
à perda óssea. O osso se torna mais fraco e se quebra
mais facilmente.
3. Quando não devo usar este medicamento?
Contraindicações
Este medicamento não deve ser utilizado caso você tenha
hipocalcemia (baixa quantidade de cálcio no sangue).
4. O que devo saber antes de usar este
medicamento?
Converse com seu médico sobre a importância do
consumo adequado de cálcio e de vitamina D durante
o tratamento com Prolia®. A hipocalcemia (baixa
quantidade de cálcio no sangue) precisa ser corrigida
pela ingestão adequada de cálcio e de vitamina antes
do início do tratamento. O médico deve acompanhar
os níveis de cálcio caso você tenha predisposição
à hipocalcemia (ver o item “Quais os males que este
medicamento pode me causar?”). Num estudo clínico
conduzido com mais de 7.800 mulheres em pósmenopausa com osteoporose, infecções graves que
levaram à necessidade de internação foram relatadas
com uma frequência maior no grupo de Prolia® do que
no grupo de placebo. Infecções graves na pele (0,1%
placebo vs. 0,4% Prolia®) assim como infecções na
região do abdômen (0,7% placebo vs. 0,9% Prolia®), do
trato urinário (0,5% placebo vs. 0,7% Prolia®) e ouvido
(0,0% placebo vs. 0,1% Prolia®) foram mais frequentes
em pacientes tratados com Prolia®. A inflamação de
algumas regiões no coração (endocardite) também foi
relatada mais frequentemente no grupo de pacientes
tratados com Prolia® (não houve ocorrência em
pacientes recebendo placebo, mas houve relatos
em 3 pacientes recebendo Prolia®). A incidência de
infecções que se aproveitam da queda da imunidade
(oportunistas) foi semelhante entre os grupos placebo
e Prolia® e a incidência do total de infecções foi
semelhante entre os grupos de tratamento. Informe
seu médico imediatamente caso você apresente
dor, calor, vermelhidão e inchaço no local (infecção
profunda ou superficial da pele). Informe seu médico
caso você tenha alergia ao látex (a proteção da agulha
da seringa preenchida contém um derivado do látex).
Houve relatos de casos de osteonecrose da mandíbula
(ONM), doença que atinge os vasos sanguíneos do
osso, predominantemente em pacientes com câncer
em estágio avançado que recebiam 120 mg de Prolia® a
cada 4 semanas. Também houve relatos, embora raros,
de ONM em pacientes com osteoporose que tomavam
60 mg de Prolia® a cada 6 meses (ver o item “Quais os
males que este medicamento pode me causar?”).
Uso em crianças, idosos e outros grupos de risco
Crianças
Não se recomenda o uso de Prolia® para pacientes
pediátricos porque a segurança e a eficácia deste
medicamento não foram estabelecidas para esse
grupo de pacientes.
Idosos
Com base nos dados disponíveis de segurança
e eficácia, concluiu-se que não é necessário nenhum
ajuste de dose em idosos.
Insuficiência renal
Com base nos dados disponíveis de segurança
e eficácia, concluiu-se que não é necessário nenhum
ajuste de dose para pacientes com insuficiência
renal. Os pacientes com insuficiência renal grave
ou que se submetem a diálise correm maior risco
de desenvolver hipocalcemia. A ingestão adequada
de cálcio e de vitamina D é importante nesses casos.
Insuficiência hepática
A segurança e a eficácia de Prolia® para os pacientes
com insuficiência hepática não foram estudadas.
Gravidez
Não há dados disponíveis sobre o efeito deste
medicamento na gravidez, portanto não se
recomenda o uso de Prolia® para mulheres grávidas.
Lactação
Não se sabe se o denosumabe é excretado no leite
humano. Como este medicamento tem o potencial
de causar reações adversas em bebês que são
amamentados, o médico deve avaliar a interrupção
5/14/12 2:05 PM
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12 2:05 PM
do aleitamento ou do uso de Prolia®.
Este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de
operar máquinas.
Não houve estudos sobre o efeito na capacidade de
dirigir veículos ou de operar máquinas pesadas em
pacientes sob tratamento com denosumabe.
Interações medicamentosas
Não houve estudos sobre interações de Prolia® com
outros medicamentos – ou seja, sobre a interferência
deste medicamento no efeito de outros e vice-versa.
Informe seu médico se você está fazendo uso de
algum outro medicamento. Não use medicamento
sem o conhecimento do seu médico. Pode ser
perigoso para a sua saúde.
5. Onde, como e por quanto tempo posso guardar
este medicamento?
Cuidados de conservação
O produto deve ser armazenado em temperatura de
2°C a 8°C, protegido da luz. Não o congele. A seringa
deve ser mantida em sua embalagem original até
o momento de uso do produto.
Número do lote e datas de fabricação e validade:
vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade
vencido.
Guarde-o na embalagem original.
Aspecto físico/Características organolépticas
Solução transparente, incolor ou ligeiramente
amarelada, que pode conter resíduos de partículas
proteináceas translúcidas ou brancas. Antes de
usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele
esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para
saber se poderá utilizá-lo. Todo medicamento deve
ser mantido fora do alcance das crianças.
6. Como devo usar este medicamento?
Modo de usar
Pessoas sensíveis ao látex não devem manusear
a proteção da agulha da seringa preenchida
descartável, que contém borracha natural seca
(um derivado do látex).
Antes da administração, a solução de Prolia®
deve ser inspecionada para detecção de material
particulado e de descoloração. A solução não deve
ser usada se estiver turva ou com a coloração
diferente da descrita acima (vide item “Como e por
quanto tempo posso guardar este medicamento?”).
Não agite. Para evitar desconforto no local da injeção,
deixe a seringa preenchida atingir a temperatura
ambiente (até 25°C) antes da aplicação. Injete
lentamente todo o conteúdo da seringa preenchida.
Descarte qualquer produto medicinal que
permanecer na seringa preenchida. As instruções
de autoadministração por injeção subcutânea estão
listadas a seguir. Deve-se descartar qualquer produto
não usado ou material residual, de acordo com as
normas locais.
Método de administração
A administração deve ser feita por uma pessoa
adequadamente treinada em técnicas de injeção.
Seu médico prescreveu uma seringa preenchida de
Prolia® para injeção no tecido existente logo abaixo
da pele (tecido subcutâneo). Você tem de injetar todo
o conteúdo (1 mL) da seringa preenchida de Prolia®,
e a injeção deve ser aplicada uma vez a cada 6 meses,
conforme as instruções do médico ou do profissional
de saúde.
Equipamento
Para aplicar uma injeção, você precisará de:
1. uma seringa preenchida nova de Prolia®;
2. um chumaço de algodão com álcool ou produto
similar.
O que fazer antes de aplicar uma injeção subcutânea
de Prolia®
1. Remova a seringa preenchida do refrigerador.
NÃO pegue a seringa preenchida pelo êmbolo nem
pela ponteira da agulha.
2. A seringa preenchida pode ser deixada fora do
refrigerador até atingir a temperatura ambiente.
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Isso tornará a injeção menos incômoda. NÃO aqueça
a seringa de nenhuma outra maneira (nem no forno
de micro-ondas nem em água quente). Não deixe
a seringa exposta à luz direta.
3. NÃO agite excessivamente a seringa preenchida.
4. NÃO remova a ponteira da agulha da seringa
preenchida até o momento da injeção.
5. Verifique o prazo de vencimento no rótulo da
seringa preenchida.
NÃO use o produto se a data já tiver ultrapassado
o último dia do mês impresso.
6. Verifique a aparência de Prolia®, que deve ser de
uma solução transparente, incolor ou ligeiramente
amarelada. A solução não deve ser injetada se estiver
turva ou com a coloração diferente da descrita acima.
7. Escolha uma superfície confortável, bem iluminada
e limpa, e coloque todo o equipamento ao alcance
das mãos.
8. Lave as mãos
cuidadosamente.
Onde você deve aplicar a
injeção?
Os melhores locais
para
injeção
são
a parte superior das coxas e o abdômen.
A área externa dos braços também pode ser utilizada.
Descarte de seringas usadas
ä NÃO coloque a ponteira da agulha de volta nas
seringas usadas.
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vista das crianças.
A seringa usada deve ser descartada de acordo com
as normas locais. Pergunte ao farmacêutico como
descartar medicamentos que já não são necessários.
Essas medidas ajudarão a proteger o meio ambiente.
Instruções para injeção de Prolia® com a seringa
preenchida equipada com proteção manual da
agulha
Importante: para reduzir o risco de ferimentos
acidentais com a agulha, a seringa preenchida
descartável de Prolia® tem uma capa de segurança
verde; ative essa capa depois da aplicação da injeção.
NÃO mova a capa de segurança verde para a frente,
ao longo da agulha, antes de administrar a injeção; o
Capa protetora
(plástico verde)
Êmbolo
Janela
Ponteira
da agulha
(plástico
transparente)
Empunhadeira
(plástico transparente)
dispositivo travará e impedirá a aplicação da injeção.
Ative a capa de segurança verde (movendo-a ao
longo da agulha) depois da administração da injeção.
A ponteira cinza da agulha da seringa preenchida
descartável contém borracha natural seca (um
derivado do látex). Pessoas sensíveis ao látex não
devem manusear a
ponteira.
1º- passo: remova
a ponteira cinza da
agulha.
Remova a ponteira
da agulha.
2º- passo: aplique a
injeção. Insira a agulha e
injete todoo líquido. NÃO
ponha a ponteira cinza
de volta na agulha.
3º- passo: mova imediatamente a capa de segurança
verde ao longo da agulha. Com a ponta da agulha
voltada para a direção oposta à sua, segure
a seringa preenchida pela empunhadura de plástico
transparente com uma das mãos. Em seguida, com
a outra mão, segure a capa de segurança verde pela
base e mova-a suavemente em direção à agulha até
que trave com firmeza e/ou você ouça um clique.
NÃO segure a capa de segurança verde com força
– ela se moverá com facilidade se você a segurar
e puxar suavemente. Segure a empunhadura.
Mova suavemente a capa
de segurança verde ao
longo da agulha e trave-a
com firmeza no lugar.
NÃO segure a capa com
muita força ao movê-la ao
longo da agulha. Descarte
imediatamente a seringa
e a ponteira da agulha no
recipiente apropriado mais
próximo. Não ponha a
ponteira da agulha de volta na seringa usada.
Posologia
A dose recomendada de Prolia® é uma injeção
subcutânea única de 60 mg administrada uma
vez a cada 6 meses. Os pacientes devem receber
suplementos de cálcio e de vitamina D durante
o tratamento. Siga a orientação do seu médico,
respeitando sempre os horários, as doses
e a duração do tratamento. Não interrompa
o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
7. O que devo fazer quando eu me esquecer de usar
este medIcamento?
Em caso de dúvidas, procure orientação do
farmacêutico ou do seu médico.
8. Quais os males que este medicamento pode me
causar?
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos
pacientes que utilizam este medicamento):
catarata2, dor nas extremidades.
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos
pacientes que utilizam este medicamento): infecção
profunda ou superficial da pele (celulite) irritação da
pele 3 (eczema). Reações raras (ocorrem de 0,01% a
0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
osteonecrose da mandíbula (doença que acomete os
vasos sanguíneos do osso). Reações muito raras
(ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que
utilizam este medicamento): hipocalcemia (baixa
quantidade de cálcio no sangue)1.
1. Ver o item “O que devo saber antes de usar este
medicamento?”
2. Nos homens com câncer de próstata sob terapia
de privação androgênica.
3. Inclui dermatite (inflamação da pele), dermatite
alérgica, dermatite atópica e dermatite de contato.
Atenção: este produto é um medicamento novo
e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia
e segurança aceitáveis, mesmo que indicado
e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos
adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse
caso, informe seu médico.
9. O que fazer se alguém usar uma quantidade
maior do que a indicada deste medicamento?
Não há dados disponíveis de estudos clínicos sobre
superdosagem de Prolia®. No entanto, em estudos
clínicos preliminares, denosumabe foi administrado
em doses maiores, de até 180 mg a cada 4 semanas
(doses cumulativas de até 1.080 mg durante
6 meses), representando 18 vezes a posologia
recomendada para o tratamento da osteoporose
(60 mg a cada 6 meses).
Em caso de uso de grande quantidade deste
medicamento, procure rapidamente socorro
médico e leve a embalagem ou bula do
medicamento se possível. Ligue para 0800 722 6001
se você precisar de mais orientações.
III – Dizeres Legais
MS: 1.0107.0288
Farm. Resp.: Milton de Oliveira
CRF-RJ Nº- 5522
Fabricado por: Amgen Manufacturing Ltd.
State Road 31, Km 24,6 – P.O. Box 4060 – Juncos –
00777-4060, Porto Rico
Registrado e Importado por: GlaxoSmithKline Brasil
Ltda. Estrada dos Bandeirantes, 8.464 – Rio de
Janeiro – RJ – CNPJ: 33.247.743/0001-10
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Nº- de lote e data de fabricação e validade: vide
embalagem. Esta bula foi aprovada pela ANVISA em
26/12/2011. BL_PROLIA_CCDS3_IPI02_P_V14
5/14/12 2:05 PM
INFORMATIVO OFICIAL DA ABrASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea, Osteoporose e Osteometabolismo
Anote na
AGENDA
2013
JAN/FEV
30/1-1/2
2013
FEV
23
2013
MAR
20-23
2013
MAR
20-22
2013
ABR
17-20
2013
ABR
19-20
2013
MAIO
18-22
2013
OUT
4-7
2013
OUT
24-26
2013
OUT
9-12
10
IOF Advanced Training Course on Osteoporosis
Local: Genebra – Suiça
www.iofbonehealth.org/advanced-training
V Curso de Metabolismo Ósseo e Doenças Osteometabólicas da ABrASSO
Regional São Paulo / SOBEMOM - Regional São Paulo
Local - Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.
ISCD’s 19th Annual Meeting
DXA Body Composition – Position Development Conference ISCD
Local: Tampa- FL, EUA
www.iscd.org
BRS Training Course: Osteoporosis and Other Metabolic Bone Diseases
Local: Oxford - United Kingdom
www.brsoc.org.uk/brsosteo2013
ECCEO 13-IOF
EUROPEAN CONGRESS ON OSTEOPOROSIS AND OSTEOARTHRITIS
Local: Roma- Itália
www.ecceo13-iof.org
1º Curso de Doenças da Paratireoide
Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMUSP
Local: Centro de Convenções Rebouças, São Paulo – SP (19 e 20 de abril de 2013)
www.perfectaeventos.com.br/paratireoide
40th European Symposium on Calcified Tissues – 50th Anniversary
Local: Lisboa- Portugal
www.ectsoc.org
ASBMR 2013 Annual Meeting
Local: Baltimore – MD, EUA
www.asbmr.org/Meetings/FutureAnnualMeetings.aspx
V Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo (V - BRADOO)
Local: Porto de Galinhas- PE (24-26 de outubro de 2013)
www.ABrASSO.org.br
42º Congresso Brasileiro de Radiologia – CBR 2013
Local: Curitiba (PR) - 09 a 12 de outubro de 2013
Mais informações: (11) 3372-4544 - [email protected]
http://www.cbr.org.br
INFORMATIVO OFICIAL DA ABrASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea, Osteoporose e Osteometabolismo
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ESTE ESPAÇO É SEU!
Sugestões, críticas, considerações serão muito bem recebidas.
Aguardamos seu contato. Os editores ([email protected]).
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FRAX no Brasil
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Prezados (as),
Recentemente o Dr. John Kanis e sua equipe da IOF/OMS construiram gráficos e tabelas associando dados epidemiológicos de prevalência de fratura
de quadril e mortalidade em diferentes áreas do Brasil com base em 4 estudos clínico-epidemiológicos realizados em nosso país.
- Schwartz AV, Kelsey JL, Maggi S et al. International variation in the incidence of hip fractures: cross-national project on osteoporosis for the World
Health Organization Program for Research on Aging. Osteoporos Int 1999, 9 (3): 242-53.
- Castro da Rocha FA, Ribeiro AR. Low incidence of hip fractures in an equatorial area. Osteoporos Int 2003, 14 (6): 496-9.
- Komatsu RS, Ramos LR, Szejnfeld VL. Incidence of proximal femur fractures in Marilia, Brazil. J Nutr Health Aging 2004, 8 (5): 362-7.
- Silveira VA, Medeiros MM, Coelho-Filho JM et al. Hip fracture incidence in an urban area in Northeast Brazil. Cad Saude Publica 2005, 21 (3): 907-12.
A captação dos dados e sua elaboração matemática, com vistas à introdução de nosso país no Frax, levou alguns meses. O processamento dos dados
foi realizado pela mesma equipe que avaliou e introduziu em outros paises a ferramenta Frax: Dr. John Kanis e Dr. Eugene McCluskey. Como pode
ser observado por estes estudos, o risco de fratura de quadril em nosso país é apenas inferior ao risco deste evento na Argentina, no que se refere aos
países da América do Sul que já compõem o Frax. Ao analisar esses dados, foi visto que diferentemente do que se previa o risco de fratura não foi
subestimado, tendo com base os estudos utilizados.
O Dr. Kanis emitiu opinião de que seria bastante oportuno que o Brasil estivesse representado no Frax com os dados disponíveis e ajustes poderiam
ser feitos após análise de novos trabalhos ora em elaboração. A ferramenta Frax é dinâmica e atualmente está em sua terceira edição. A conclusão de
novos estudos tem colaborado com seu aperfeiçoamento em vários países e isto também será feito para o Brasil.
A ABrASSO e a IOF tem trabalhado juntas em forte associação científica para que o estudo do osteometabolismo em nosso país seja respeitado
mundialmente. Neste sentido os dados elaborados pela equipe da IOF foram enviados para a análise da Comissão Científica da ABrASSO. Após
criteriosa verificação dos dados, a ABrASSO concordou com suas conclusões e com a elaboração e publicação do Frax/Brasil. A introdução do Brasil
no Frax será uma vitória do trabalho conjunto IOF/ABrASSO e de todos os estudiosos do metabolismo ósseo em nosso país.
Cristiano Augusto de F. Zerbini
ABrASSO nas Minas Gerais
A Regional Mineira da ABrASSO realizou, no dia 11 de dezembro, sua reunião de congraçamento natalino. Foi uma reunião festiva, mas já temos a
data de nossa reunião mensal multidisciplinar: última quinta feira de cada mês, no Departamento do Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina
da UFMG, com o serviço de multimídia à disposição, espaço conseguido pela profa. Adriana Kakeasi, reduzindo nosso custo operacional. Temos
escolhido o tema do mês com antecedência e todos os membros do grupo enviam, por e-mail, os trabalhos mais atuais e relevantes que possuem
sobre o tema à nossa coordenadora, profa. Marta Sarquis (Endocrinologista), que escolhe a bibliografia a ser discutida numa reunião de uma hora.
Procuramos fazer um rodízio do tema mensal, de maneira a privilegiar todos os especialistas que participam do grupo. Limitamos a duração da
reunião para termos a certeza que ela não se alongará noite afora, o que é um empecilho para que muitos compareçam. Tem sido muito interessante
ouvir as opiniões, muitas vezes diferentes, dos vários especialistas sobre um mesmo assunto. Isso enriquece muito a reunião para todos nós. Estudamos
a elaboração conjunta de um curso básico sobre doenças osteometabólicas que poderá ser oferecido a escolas, serviços de pós-graduação, médicos da
atenção básica, jornadas de várias especialidades, interessadas em informar aos seus membros uma atualização sobre doenças osteometabólicas.
Feliz Natal a todos, um ano de 2013 com saúde, paz e harmonia interdisciplinar. Um ABrASSO dos associados de Minas Gerais"
Caio Moreira
30 º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia
O 30º CBEM foi realizado em Goiânia, de 7 a 10 de novembro e, além das interessantes palestras e da participação ativa dos congressistas que lotaram
a maioria das palestras, chamou atenção o crescente interesse pelos temas ligados ao osteometabolismo. O interesse dos especialistas foi evidente
pela afluência, pelas perguntas e comentários pertinentes. Mais importante ainda foi o grande número de trabalhos científicos apresentados neste
campo: 42 de um total de 436 trabalhos. Atrás apenas de Diabetes com 90, Tireóide com 66, Neuroendócrino com 51 e Obesidade com 43. Os temas
osteometabólicos ficaram entre os quatro mais frequentes no 30º CBEM, de um total de 18 temas oficiais.
Os trabalhos em osteometabolismo incluíam, obviamente, patologias das paratireoides e uma gama variada de patologias ósseas, com e sem fraturas.
Dois trabalhos se destacaram por suas relevâncias para todos associados da nossa ABrASSO. No primeiro, pesquisadores da UFSM, de Santa Maria
- RS avaliaram a sobrevida dos pacientes pós-fratura de quadril, entre 2005 e 2011. De 544, 512 completaram o seguimento, sendo 76% mulheres e
com média etária de 80,6 +/- 7,5 anos. Morreram na internação 12,5% e o tempo de espera cirúrgica foi 7,8 +/- 5,4 dias. A mortalidade no primeiro
ano pós-fratura foi de 25%. Sabe-se que o atraso na realização cirúrgica aumenta a mortalidade. Os AA concluíram que cada dia de atraso cirúrgico
aumenta em 6% a mortalidade intra-hospitalar. Urge providências para melhorar o cuidado dos pacientes fraturados. O outro trabalho mostra o
resultado da cooperação entre diversos centros de pesquisa, Escola de Educação Física e Esporte da USP, Centro de Desportos da UF de Sta.Catarina
e da disciplina de Endocrinologia da Unifesp, São Paulo. Avaliando 108 mulheres sedentárias, pós-menopausadas e com idade média de 58,8+/-6,4
anos, os AA encontratam que: 94% apresentavam osteoartrite, 71% hipertensão arterial, 27% fibromialgia, 18% cardiopatias e 17% pneumopatias.
Avaliando a morfometria vertebral com aparelho de densitometria óssea, DXA, encontraram 18% com fraturas vertebrais. Estas fraturas se
associaram significantemente com HAS, fibromialgia e pneumopatias. Os AA sugeriram e, certamente, todos devemos nos preocupar, com estas e
outras comorbidades que aumentem a fragilidade óssea levando a fraturas.
José A. Sisson de Castro, coeditor do Conectividade.
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INFORMATIVO OFICIAL DA ABrASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea, Osteoporose e Osteometabolismo
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Contraindicações: Hipocalcemia. Insuficiência renal severa com clearance de creatinina < 35 mL/min. Gravidez. Lactação.Hipersensibilidade ao ácido zoledrônico ou a qualquer excipiente, ou a
qualquer bisfosfonato. Interações Medicamentosas: devido a sua excreção renal, recomenda-se cautela quando coadministrado com medicações que alteram a função renal (ex: aminoglicosídeos)
ACLASTA® ácido zoledrônico. Observação importante: Consulte a bula completa antes de prescrever o medicamento. Forma farmacêutica e apresentações: Solução para aplicação intravenosa 5 mg/100 mL acondicionada em frascos plásticos, pronta para uso. Embalagem contendo 1 frasco
de 100 mL. Indicações: - Tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa para reduzir a incidência de fraturas de quadril, vertebrais e não vertebrais e para aumentar a densidade mineral óssea. - Prevenção de fraturas clínicas após fratura de quadril em homens e mulheres na
pós-menopausa. - Prevenção de osteoporose em mulheres com osteopenia na pós-menopausa. – Tratamento para aumentar a densidade óssea em homens com osteoporose. - Tratamento e prevenção de osteoporose induzida por glicocorticoides. - Tratamento da doença de Paget do osso.
Posologia: - No tratamento da osteoporose na pós menopausa, tratamento da osteoporose em homens, tratamento e prevenção da osteoporose induzida por glicocorticoide e na prevenção de fraturas clínicas após fratura de quadril em homens e mulheres na pós-menopausa: uma única aplicação
intravenosa de 5 mg de Aclasta administrada uma vez ao ano.– Na Doença de Paget: uma aplicação intravenosa de 5 mg de ácido zoledrônico em 100 mL de solução pronta para aplicação. - Na prevenção de osteoporose em mulheres com osteopenia na pós-menopausa: uma aplicação
intravenosa de 5 mg de ácido zoledrônico em 100 mL de solução pronta para aplicação. A necessidade de re-tratamento deve ser avaliada após 1 ano. Instruções para uso e administração. Aclasta (5 mg em 100 mL solução pronta para aplicação) é administrado intravenosamente por meio de
uma via exclusiva com respiro, a uma taxa constante de aplicação. Aclasta não pode ser misturado ou administrado intravenosamente com qualquer outra medicação ou soluções contendo cálcio ou cátions bivalentes. O tempo de aplicação não deve ser menor que 15 minutos. Nenhum ajuste de
dose é necessário em pacientes com clearance de creatinina ≥ 35 mL/min ou com insuficiência hepática. Aclasta não deve ser utilizado em crianças e adolescentes. Recomenda-se que o médico assegure concentrações séricas apropriadas de vitamina D antes da primeira aplicação caso uma dose
de ataque de 50.000 a 125.0000 UI de vitamina D por via oral ou intramuscular não esteja disponível, na prevenção de fratura clínica após trauma de quadril de baixo impacto.Contraindicações: - Hipocalcemia. – Insuficiência renal severa com clearance de creatinina < 35 mL/min. – Gravidez.
– Lactação. - Hipersensibilidade ao ácido zoledrônico ou a qualquer excipiente, ou a qualquer bisfosfonato. Precauções/Advertências: - Aclasta é contraindicado em pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina < 35 mL/min). - Os pacientes devem ter o clearance de creatinina
calculado (pela fórmula de Cockroft Gault) antes de receberem Aclasta. - Os pacientes devem estar adequadamente hidratados antes e após a administração de Aclasta, isso é especialmente importante para pacientes idosos e pacientes recebendo terapia diurética. - Recomenda-se cautela quando
da administração conjunta do Aclasta com medicamentos que podem impactar significativamente sobre a função renal (por exemplo, aminoglicosídeos ou diuréticos que podem ocasionar desidratação). - O aumento transitório na creatinina sérica pode ser maior em pacientes com função renal
comprometida adjacente; o monitoramento da creatinina sérica deve ser considerado em pacientes de risco. - Hipocalcemia pré-existente deve ser tratada por administração adequada de cálcio e vitamina D antes do início da terapia com Aclasta. - Outros distúrbios de metabolismo mineral também
devem ser efetivamente tratados (por exemplo, hipoparatiroidismo; má absorção intestinal de cálcio). - Os médicos devem considerar o monitoramento clínico para esses pacientes. - A ingestão de cálcio suplementar e vitamina D é importante. - Recomenda-se que os pacientes com doença de
Paget recebam complementação adequada de cálcio (correspondente a, no mínimo, 500 mg duas vezes ao dia) e vitamina D. Isso deve ser garantido durante os 10 dias iniciais após a administração de Aclasta. - Os pacientes devem ser informados sobre os sintomas da hipocalcemia e devem
receber monitoramento clínico adequado durante o período de risco. - Foi relatado não frequentemente dor muscular e/ou, dor nas articulações e nos ossos grave e ocasionalmente incapacitante em pacientes tomando bisfosfonatos, incluindo Aclasta. - O Aclasta contém o mesmo princípio ativo do
Zometa (ácido zoledrônico), usado para indicações oncológicas, e o paciente que está sendo tratado com Zometa não deve ser tratado com Aclasta.- Osteonecrose de mandíbula tem sido relatada predominantemente em pacientes com câncer recebendo bisfosfonatos, incluindo o Aclasta. A maioria
desses casos tem sido associado com procedimentos odontológicos. Portanto, os pacientes devem informar ao dentista quando em tratamento odontológico ou se cirurgia dental está prevista.-Fraturas subtrocantéricas e diafisárias atípicas do fêmur foram relatadas na terapia com bisfosfonatos,
primariamente em pacientes recebendo tratamento a longo prazo de osteoporose. A descontinuação da terapia com bisfosfonatos deve ser considerada dependendo da avaliação do paciente. Durante a terapia com bisfosfonatos , incluindo Aclasta, pacientes devem ser aconselhados a reportar
qualquer dor nas coxas, quadris ou virilha. Interações: - Recomenda-se cautela quando da administração conjunta do Aclasta com fármacos que podem impactar significantemente a função renal, como os aminoglicosídeos ou diuréticos que podem ocasionar desidratação. Reações adversas: suspeitas (avaliação do investigador) de estarem relacionadas com o fármaco: - Tratamento da osteoporose na pós-menopausa, osteoposose em homens, prevenção de fraturas clínicas após fratura de quadril em homens e mulheres na pós-menopausa, tratamento e prevenção de osteoporose
induzida por glicocorticoides e Doença de Paget: - Muito comum: febre. - Comum: cefaleia, tontura, náusea, vômito, diarreia, mialgia, artralgia, dor nos ossos, dor nas costas, dor nas extremidades, sintomas similares aos da gripe, calafrios, fadiga, astenia, dor, mal-estar. - Incomum: gripe, nasofaringite,
anemia, anorexia, diminuição do apetite, insônia, letargia, parestesia, sonolência, tremor, síncope, conjuntivite, dor ocular, vertigem, hipertensão, rubor, tosse, dispneia, dispepsia, dor abdominal superior, dor abdominal, constipação, boca seca, esofagite, refluxo gastroesofágico, erupção cutânea,
hiperidrose, prurido, eritema, dor no pescoço, rigidez músculo-esquelética, tumefação das articulações, dor nos ombros, espasmos musculares, dor músculo-esquelética no peito, rigidez das articulações, artrite, fraqueza muscular, dor músculo-esquelética, aumento de creatinina sérica, polaciúrica,
proteinúria, edema periférico, sede, reações de fase aguda, e dor no peito não-cardíaca. - Raro: uveíte, episclerite e irite. - Outras reações adversas observadas: hiperemia ocular, proteína reativa C aumentada, disgeusia, dor de dente, gastrite, palpitações, hipocalcemia, reações no local da aplicação.
- Prevenção de osteoporose em mulheres com osteopenia na pós-menopausa: (não relatado em outras indicações ou relatados com maior frequência): - Muito comum: dor de cabeça, náusea, mialgia, dor, calafrios. - Comum: anorexia, tremor, letargia, conjutivite, dor ocular, irite, dor abdominal, dor
abdominal superior, constipação, sudorese noturna, espasmos musculares, dor músculo-esquelética no peito, dor na mandíbula, dor no pescoço, edema periférico, reações nos locais de aplicação, dor no peito não cardíaca. - Incomum: ansiedade, hipoestesia, disgeusia, visão turva e dor em flanco.
- Casos de osteonecrose de mandíbula (ONM) foram relatados principalmente em pacientes com câncer tratados com bisfosfonatos, incluindo o Aclasta. - Foi relatada fibrilação atrial em um estudo em osteoporose em mulheres na pós-menopausa.- Uso de Aclasta após a aprovação: As seguintes
reações adversas têm sido reportadas: Rara: reações de hipersensibilidade incluindo casos raros de broncoconstrição, urticária e angioedema, disfunção renal incluindo insuficiência renal com necessidade de diálise ou resultando em morte, especialmente em pacientes com comprometimento
renal pré-existente ou outros fatores de risco como idade avançada, o uso concomitante de medicamentos nefrotóxicos, terapia diurética concomitante ou desidratação que ocorre após a administração, Muito rara: reação anafilática / choque, hipotensão em pacientes com fatores de risco
adjacentes, desidratação secundária aos sintomas pós-aplicação como febre, vômito e diarreia, osteonecrose de mandíbula, esclerite ou inflamação orbital.
Uso Adulto. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Reg. MS – 1.0068.1026. Informações completas para prescrição disponíveis à classe médica
mediante solicitação. Referência bibliográfica: 1. Bula de Aclasta. 2. Black DM, Delmas PD, Eastell R, et al. Once-yearly zoledronic acid for treatment of
postmenopausal osteoporosis. N Engl Med 2007; 356(18):1809-1822. Algeria, Australia, Argentina, Austria, Bangladesh, Belgium, Brazil, Bulgaria,
C.America, Canada, Chile, China, Colombia, Croatia, Czech, Denmark, Ecuador,Egypt,Estonia, Finland,Fr.W.Africa, France,Germany,Greece,Hong Kong,
Hungary, India,Indonesia,Ireland,Italy,Japan, Jordan,Korea, Kuwait, Latvia,Lebanon, Lithuania, Malaysia,Mexico, Morocco, Netherlands,New Zealand, No
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Material de uso exclusivo do representante novartis, destinado a profissionais de saúde habilitados a prescrever e/ou dispensar medicamentos.
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2012 - © - Direitos Reservados – Novartis Biociências S/A – Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização do titular
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