critério de projeto cp-010/2013 r-02

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critério de projeto cp-010/2013 r-02
CP-010/2013
DIRETORIA TÉCNICA
PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DA REDE
CRITÉRIO DE PROJETO
CP-010/2013 R-02
LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA TENSÃO - LDAT
CLASSE DE TENSÃO 72,5kV
FOLHA DE CONTROLE
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LINHA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
TENSÃO - LDAT
CLASSE DE TENSÃO 72,5kV
I
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02
JUN/2013
APRESENTAÇÃO
O presente Critério de Projeto CP-010/2013 R-02 apresenta as diretrizes e requisitos mínimos a
serem atendidos nos projetos de Linhas de Distribuição Aéreas de Alta Tensão a serem
construídas nas áreas de concessão da Coelce, onde por padronização iremos considerar a sigla
LDAT, além de substituí o Critério de Projeto CP-010/2005 R-01.
Na concepção e elaboração do projeto de LDAT deve ser levada em consideração à necessidade
de oferecer aos consumidores da Coelce uma energia confiável, segura e com qualidade dentro
dos padrões requeridos pelos órgãos reguladores.
No projeto de LDAT, deve ser dada especial atenção à segurança e estética, de modo que o
sistema elétrico de potência seja seguro, apresente um bom aspecto visual e esteja integrado ao
meio ambiente.
Esta Norma pode, a qualquer momento, ser modificada por razões de ordem técnica ou legal,
motivo pelo qual os interessados devem periodicamente, consultar a Coelce quanto às eventuais
alterações.
Quaisquer sugestões para melhoria devem ser remetidas a Área de Normas de Distribuição para
apreciação e posterior aprovação.
Elaboração:
Keyla Sampaio Câmara
Área de Normas de Distribuição
Raimundo Furtado Sampaio
Revisão:
Felipe Leite Cardoso dos Santos
Área de Normas de Distribuição
Equipe de Consenso:
Keyla Sampaio Câmara
Área de Normas de Distribuição
Luis Manoel Cruz
Área Manutenção da Rede AT - Fortaleza e Metropolitana
Marcos Henrique Maciel
Área de Engenharia da Rede AT
Raphael Forte Feijó Barros
Área de Construção de Obras Rede AT
Raquel Santos Gondim
Área de Normas de Distribuição
Samy Dias Auad de Queiroz
Área de Engenharia da Rede AT
Apoio:
Matheus Sousa Lucena
Área de Normas de Distribuição
Sandra Lúcia Alenquer da Silva
Área de Normas de Distribuição
Código
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II
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SUMÁRIO
1 OBJETIVO ............................................................................................................................................. 1 2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................................................. 1 3 ABRANGÊNCIA .................................................................................................................................... 2 4 DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................................................................ 2 4.1 GERAL .................................................................................................................................................... 2 4.2 FUNCIONALIDADE DAS INSTALAÇÕES .......................................................................................................... 2 4.3 TECNOLOGIA ............................................................................................................................................ 2 4.4 MEIO AMBIENTE ....................................................................................................................................... 3 4.5 CONDIÇÕES DE TRABALHO ........................................................................................................................ 3 4.6 CONFIABILIDADE E CUSTOS ....................................................................................................................... 3 4.7 CUMPRIMENTO DAS NORMAS E REGULAMENTAÇÕES .................................................................................... 3 5 CONDIÇÕES DE SERVIÇO ................................................................................................................... 4 5.1 CONDIÇÕES AMBIENTAIS ........................................................................................................................... 4 5.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA ELÉTRICO ...................................................................................... 4 6 PLANEJAMENTO E PROJETO DE LDAT ............................................................................................. 5 6.1 GERAL .................................................................................................................................................... 5 6.2 PLANEJAMENTO BÁSICO ............................................................................................................................ 5 6.3 PROJETO DE ATERRAMENTO DAS ESTRUTURAS ........................................................................................... 9 7 PROJETO ELETROMECÂNICO .......................................................................................................... 10 7.1 CONDUTORES ........................................................................................................................................ 10 7.2 APLICAÇÃO DO PADRÃO DE ESTRUTURA ................................................................................................... 12 7.3 POSTEAMENTO....................................................................................................................................... 15 7.4 ESTAIAMENTO ........................................................................................................................................ 18 7.5 ATERRAMENTO....................................................................................................................................... 18 7.6 INDICADOR DE FALTA .............................................................................................................................. 19 7.7 TRAVESSIAS E DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA .............................................................................................. 20 8 PROJETO ............................................................................................................................................ 22 8.1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO .................................................................................................................. 23 8.2 ANÁLISE E ACEITAÇÃO DO PROJETO ......................................................................................................... 24 9 EXECUÇÃO, FISCALIZAÇÃO E COMISSIONAMENTO ...................................................................... 24 9.1 PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO .............................................................................................................. 24 9.2 FISCALIZAÇÃO E COMISSIONAMENTO DA OBRA .......................................................................................... 25 9.3 MEDIÇÃO DE ATERRAMENTO NAS FASES DE CONSTRUÇÃO E COMISSIONAMENTO ......................................... 26 ANEXOS ..................................................................................................................................................... 27 ANEXO A – FICHA CADASTRAL DE PROPRIETÁRIOS ............................................................................................ 28 Código
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III
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ANEXO B – TERMO DE PERMISSÃO PARA LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO ............................................................ 29 ANEXO C – DOCUMENTAÇÃO PARA INDENIZAÇÃO DE FAIXA DE SERVIDÃO DE LDAT .............................................. 30 ANEXO D – RESUMO DE CUSTO DE INDENIZAÇÃO DE LDAT ................................................................................ 31 ANEXO E – MODELO DE MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................................................ 32 DESENHO 010.01: MODELO ORIENTATIVO – PERFIL PLANIALTIMÉTRICO .............................................................. 38
DESENHO 010.02: TIPOS DE ENGASTAMENTOS DE POSTES ................................................................................ 39
DESENHO 010.03: DETALHES DE ATERRAMENTO – CRUZAMENTO SOBRE CERCA ELETRIFICADA ............................ 40
DESENHO 010.04: INDICADOR DE CORRENTE DE FALHA 72,5 KV PARA LDATS – INSTALAÇÃO EM CABO ................. 41
DESENHO 010.05: TRAVESSIA – MODELO ........................................................................................................ 42
DESENHO 010.06: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – TRAVESSIA SOBRE LOCAIS ACESSÍVEIS
APENAS A PEDESTRES OU ONDE CIRCULAM MÁQUINAS AGRÍCOLAS ...................................................................... 43
DESENHO 010.07: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – TRAVESSIA SOBRE RODOVIAS, RUAS E AVENIDAS ........ 44
DESENHO 010.08: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – TRAVESSIA SOBRE FERROVIAS.................................... 45
DESENHO 010.09: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – TRAVESSIA SOBRE ÁGUAS NAVEGÁVEIS OU
NÃO NAVEGÁVEIS ........................................................................................................................................... 46
DESENHO 010.10: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – TRAVESSIA SOBRE LINHAS E REDES ............................ 47
DESENHO 010.11: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – LDAT PRÓXIMA A PAREDES, TELHADOS,
TERRAÇOS OU SACADAS .................................................................................................................................. 48
DESENHO 010.12: DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA – LDAT PRÓXIMA A INSTALAÇÕES
TRANSPORTADORES, VEÍCULOS RODOVIÁRIOS E FERROVIÁRIOS .......................................................................... 49
DESENHO 010.13: TIPOS DE ATERRAMENTO EM ESTRUTURAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO .................................. 50
DESENHO 010.14: MEDIÇÃO DA RESISTIVIDADE ................................................................................................ 52
DESENHO 010.15: SIMBOLOGIA ....................................................................................................................... 54
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1 OBJETIVO
Estabelecer os requisitos técnicos mínimos a serem atendidos nos projetos e construção de Linhas
de Distribuição Aéreas de Alta Tensão, classe de tensão 72,5kV, na busca das melhores soluções,
de forma a assegurar que o desempenho do sistema elétrico da Coelce garanta o fornecimento de
energia com confiabilidade, segurança e qualidade.
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
O projeto de LDAT, no que for aplicável, deve estar em conformidade com as Normas Brasileiras da
ABNT e demais normas da Coelce.
2.1 Normas Brasileiras - ABNT
ABNT IEC/TR 60815, Guia para seleção de isoladores sob condições de poluição;
NBR 5422, Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica;
NBR 6535, Sinalização de linhas aéreas de transmissão com vistas à segurança da inspeção aérea;
NBR 7095, Ferragens eletrotécnicas para linhas de transmissão e subestação de alta tensão e extra
alta tensão;
NBR 7276, Sinalização de advertência em linhas aéreas de transmissão de energia elétrica –
Procedimento;
NBR 8664, Sinalização para identificação de linha aérea de transmissão de energia elétrica –
Procedimento.
2.2 Documentos Técnicos Coelce
CE-002, Serviços de Topografia;
DT-042, Utilização de Materiais em Linhas e Redes de Distribuição Aéreas de AT, MT e BT;
DT-097; Uso de Emendas em Condutores Elétricos Nus;
E-LT-001, Conductores Desnudos para Líneas Aéreas de Alta Tensión;
E-LT-002, Aisladores Polimericos para Líneas Aéreas de Alta Tensión;
E-SE-004, Seccionadores de Alta Tensión;
ET-300, Postes de Concreto Armado;
ET-301, Poste de Fibra de Vidro;
ET-314, Cruzeta de Concreto Armado para Rede de Distribuição e Linha de Transmissão;
ET-500, Isoladores para Redes, Linhas e Subestações;
ET-710, Conectores para Redes, Linhas e Subestações;
IT-027, Licenciamentos Ambientais para Linhas de Distribuição de Alta Tensão e Subestações de
Distribuição;
IT-028, Instituição de Servidão Administrativa;
IT-029, Projetos de Linhas de Distribuição de Alta Tensão;
NT-004, Fornecimento de Energia Elétrica em Alta Tensão – 69kV;
NT-006, Compartilhamento de Infraestrutura de Linha de Distribuição Aérea.
PE-044, Padrão de LDAT Convencional sem Cabo Para-raios;
PE-045, Padrão de LDAT Convencional com Cabo Para-raios;
PE-046, Padrão de LDAT Compacta sem Cabo Para-raios;
PE-047, Padrão de LDAT Compacta com Cabo Para-raios;
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PE-048, Padrão de Estruturas Especiais de LDAT e Detalhes de Instalação;
PE-049, Padrão de Circuito Duplo para Linha de Distribuição de AT;
PEX-027, Desmatamento e Redesmatamento de Redes de MT e AT (15kV e 72,5kV);
PEX-051, Construção e/ou Reforma de Linhas de Distribuição de Alta Tensão;
PEX-061, Numeração de Estruturas de Linhas de Transmissão Classe de Tensão de 72,5kV;
PEX-097, Implantação ou Recuperação de Defensas de Postes de Linhas Aéreas de Alta Tensão e
Redes de Distribuição;
PM-01, Padrão de Material;
PTO-004, Licenciamento Ambiental;
2.3 Outros Documentos Normativos
Resolução CONAMA N.º 237, Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos
na Política Nacional do Meio Ambiente.
3 ABRANGÊNCIA
Os critérios definidos neste documento devem ser de aplicação obrigatória, pelas Áreas de
Planejamento, Projetos e Obras, e empresas parceiras da Coelce, em todos os projetos de LDAT
(novos, extensões, reformas e melhorias) localizadas nas áreas de concessão da Coelce,
respeitando-se o que prescrevem as normas da ABNT e a legislação emanada pelo órgão
regulamentador do setor elétrico ANEEL.
4 DISPOSIÇÕES GERAIS
4.1 Geral
As LDATs devem ser instaladas, preferencialmente, em domínio público.
Os projetos das LDATs devem ser realizados, aplicando de forma integrada, critérios gerais
relacionados a Funcionalidade das Instalações, Tecnologia, Meio Ambiente, Condições de Trabalho,
Confiabilidade e Custos, Cumprimento de Normas e Regulamentações existentes.
4.2 Funcionalidade das Instalações
Quanto as instalações das LDATs, observar as seguintes funcionalidades:
a) disposições físicas que permitam realizar a manutenção, substituição de elementos e ampliações
futuras, com o mínimo de interrupções de serviço;
b) para linhas críticas, devem ser buscadas configurações que permitam realizar a manutenção,
substituição e ampliação aplicando técnicas de trabalho em linhas vivas.
4.3 Tecnologia
Quanto aos materiais utilizados nas LDATs, devem ser observados os seguintes requisitos:
a) a escolha dos materiais deve garantir elevada confiabilidade: a qualidade dos materiais deve
garantir este pré-requisito mediante as condições, critérios e exigências definidos nas
Especificações Técnicas e Padrões de Materiais da Coelce nos quais se baseiam os ensaios
exigidos nas normas aplicadas;
b) escolha de materiais que necessitem de baixa ou nenhuma manutenção;
c) os materiais devem ter características padronizadas e corresponder aos das linhas normais de
fabricação;
d) incorporação de materiais com nova tecnologia somente quando se tenha demonstrada suficiente
experiência em linhas em operação, e estejam devidamente homologados pela Coelce.
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4.4 Meio Ambiente
Antes da elaboração do projeto, é de fundamental importância que o projetista visite o local da obra
para que se conheçam as dimensões dos problemas de integração da LDAT com o meio ambiente e
sejam estudadas as melhores alternativas para que o projeto apresente a maior integração possível
com o meio ambiente e cumpra a legislação em vigor.
O projetista deve levar em consideração que o aspecto exterior das instalações elétricas é um fator
muito relevante para a boa imagem e prestígio da Coelce junto aos consumidores e ao público em
geral. Portanto, as LDATs devem ser construídas com bom acabamento e estética de modo a
minimizar o impacto com os locais onde a LDAT for instalada.
Durante as fases de projeto, construção e manutenção das LDATs devem ser tomadas as seguintes
medidas:
a) solicitar Licença ao órgão de meio ambiente;
b) aplicar medidas para atenuar os efeitos negativos durante a construção e manutenção;
c) aplicar medidas para minimizar o impacto visual;
d) aplicar medidas para atenuar o corte e poda de árvores;
e) desenvolver projetos que permitam ampliações com o mínimo de atividades futuras que afetem o
meio ambiente;
f) alvarás das prefeituras.
4.5 Condições de Trabalho
Quanto as condições de trabalho, devem ser observados os seguintes itens:
a) facilidade e segurança para as pessoas durante a etapa de construção, manutenção e operação;
b) ausência de obstáculos nas faixas de servidão durante sua operação;
c) identificação das estruturas e circuitos;
d) sinalização adequada dos riscos elétricos, mecânicos, etc.
4.6 Confiabilidade e Custos
Nos projetos de LDAT devem ser utilizados exclusivamente os materiais padronizados no Padrão de
Material e Especificações Técnicas, em vigor na Coelce, e de fabricantes devidamente
homologados, observando:
a) escolha de condutores, isoladores, estruturas e materiais baseados na obtenção dos melhores
índices confiabilidade/investimento e aprovados pela Coelce;
b) escolha de materiais que permitam otimizar qualidade, custos e prazos de construção.
4.7 Cumprimento das Normas e Regulamentações
4.7.1 Quanto as normas e regulamentações devem ser observados os seguintes itens:
a) códigos elétricos e regulamentos nacionalmente reconhecidos;
b) normas de higiene e segurança do trabalho;
c) cumprimento deste Critério e das referências normativas citadas no Item 2 deste documento, bem
como outras normas e regulamentações existentes sobre o assunto, desde que aceitas pela
Coelce.
4.7.2 Quando os projetos e obras forem realizados por terceiros, a empresa responsável pelo projeto
e construção deve sempre consultar a Coelce sobre a aplicação deste Critério e outros documentos
relacionados à construção de linhas de transmissão, assim como verificar qualquer outro
procedimento vigente que seja complementar a esse Critério de Projeto. A utilização de materiais e
equipamentos deve ser somente de fabricantes qualificados e com modelo homologado na Coelce.
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Os modelos e fabricantes aprovados na Coelce devem ser previamente verificados na Área de
Normas de Distribuição, para que quando de uma fiscalização ou comissionamento por parte da
Coelce, a empresa não tenha problemas na entrega da linha para energização.
4.7.3 Quando da necessidade do compartilhamento de redes com níveis de tensão inferiores a 69kV,
nos postes das LDATs, deve ser consultada a norma técnica NT-006 da Coelce.
5 CONDIÇÕES DE SERVIÇO
5.1 Condições Ambientais
Os equipamentos, materiais e acessórios abrangidos por este Critério devem ser apropriados para
clima tropical e atmosfera salina, devendo, portanto, estarem aptos para resistirem às seguintes
condições ambientais especificadas na Tabela 1:
Tabela 1: Condições Ambientais
Característica
Coelce
Altitude Máxima (m)
1.000
Temperatura Mínima (°C)
+15
Temperatura Máxima (°C)
+40
Temperatura Máxima Média (°C)
+25
Media das Temperaturas Mínimas Diárias (°C)
+20
Umidade Relativa Média (%)
> 80
Pressão Máxima do Vento (N/m²)
700
Velocidade Máxima do Vento (km/h)
110
Nível de Contaminação (ABNT IEC/TR 60815)
Muito Alto (IV)
Nível de Salinidade (mg/cm² dia)
> 0,3502
Radiação Solar Máxima (wb/m²)
1.000
5.2 Características Gerais do Sistema Elétrico
5.2.1 Na Tabela 2 são apresentadas as características principais do Sistema Elétrico Coelce.
Tabela 2: Características Principais do Sistema Elétrico da Coelce
Nível de
Tensão
Tensão Nominal do Sistema
Nível de Curto-Circuito
/ Tensão Máxima de
Simétrico
Operação
(kA)
(kV)
Nível Isolamento
(kV)
Um / Uf / Ui
NOTA 1
AT
69 / 72,5
31,5
72,5 / 140 / 325
MT
13,8 / 15
16
15 / 38 / 110
Tipo do Sistema
Estrela com neutro
solidamente aterrado.
Número de Fases AT e MT
3
Frequência (Hz)
60
Conexão do Transformador AT/MT
NOTA 1: Significado das variáveis, nos dados referentes ao nível de isolamento:
– Um: Tensão máxima do equipamento (kVef);
– Uf: Tensão suportável de freqüência industrial (kVef);
– Ui: Tensão suportável de impulso atmosférico (kVcrista).
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5.2.2 Na Tabela 3 são apresentadas as características nas condições de projeto.
Tabela 3: Condições de Projeto
Característica
Temperatura Máxima do Condutor para Projeto (°C)
Velocidade do Vento de Projeto (m/s)
Coelce
85
29,16
Carga Máxima de Trabalho de Maior Duração no cabo CA (%)
21
Carga Máxima de Trabalho de Maior Duração no cabo CAA (%)
20
Carga Máxima de Trabalho de Maior Duração no cabo CAL (%)
18
Pressão Dinâmica no Projeto da Estrutura (kg/m²)
51,90
Período de Retorno Considerando a Fluência do Cabo (Creep) (anos)
10
Faixa de Servidão – Estrutura Convencional (Rural) (metros)
15
Faixa de Servidão – Estrutura Compacta (Urbano) (metros)
6
NOTA 1: No caso de ser utilizado condutor termorresistente, a temperatura máxima
considerada para projeto é de até 150°C durante o carregamento máximo;
NOTA 2: Quando necessária a utilização de valores de tração superiores aos recomendados
na norma NBR 5422, se faz necessário a apresentação de memória de cálculo.
6 PLANEJAMENTO E PROJETO DE LDAT
6.1 Geral
As obras de LDATs, antes de seu projeto e construção, devem ser precedidas de um adequado
planejamento e avaliação de viabilidade técnica realizada pela Área de Planejamento da Coelce.
Na fase de projeto, todas as condições ambientais locais necessárias à construção, manutenção e
operação da LDAT de forma integrada com meio ambiente, devem ser obtidas e consideradas pelo
projetista.
A elaboração do projeto deve abranger as etapas de Planejamento Básico, Estudo do Aterramento,
Projeto Eletromecânico e Elaboração do Orçamento.
6.2 Planejamento Básico
6.2.1 Responsabilidades
O planejamento básico da LDAT deve ser efetuado pela Área de Projetos baseado no Plano de
Obras da Transmissão, emitido pela Área de Planejamento. Este planejamento básico deve permitir
um desenvolvimento progressivo da LDAT dentro da expectativa de crescimento da localidade a ser
atendida.
6.2.2 Obtenção de Dados Preliminares
Devem ser levantados os aspectos peculiares da área em estudo, observando-se os relacionados a
seguir, dentre outros:
a) grau de urbanização da área;
b) características das edificações;
c) arborização das ruas;
d) terrenos de terceiros;
e) planos diretores governamentais;
f) consulta aos órgãos ambientais.
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6.2.3 Traçado de LDAT
6.2.3.1 Geral
No traçado da LDAT devem ser estudadas as melhores alternativas, procurando atender o Critério
de Execução CE-002 e os fatores relacionados no itens 6.2.3.2 a 6.2.3.6.
6.2.3.2 Menor extensão
O encaminhamento da LDAT deve ser escolhido tomando como base a menor extensão, visando
obter uma linha com um menor custo. Porém, deve ser observado que nem sempre a menor
extensão corresponde ao menor custo, haja vista que indenizações de terrenos particulares e
manutenção futura, bem como obras em áreas de preservação ambiental podem elevar o custo da
mesma. Portanto, sempre que possível, deve ser evitado o cruzamento de terrenos particulares e o
impacto sobre o meio ambiente.
6.2.3.3 Apoio rodoviário e facilidade de acesso
A linha deve ser projetada, preferencialmente, próxima a estradas e em locais de fácil acesso, para
facilitar sua construção e manutenção, devendo-se restringir ao mínimo possível as travessias sobre
rodovias, ferrovias, gasodutos, etc. Devem ser atendidas as distâncias referentes às faixas de
domínio das rodovias federais e estaduais conforme estabelecido pelos órgãos competentes.
6.2.3.4 Melhor suporte elétrico
Deve ser verificado qual o sistema mais adequado para derivar a nova linha, obedecendo aos
estudos da Área de Planejamento para a respectiva área.
6.2.3.5 Traçado
O traçado da LDAT deve contornar, quando possível, os seguintes tipos de obstáculos:
a) picos elevados de montanhas e serras: quando for inevitável cruzar áreas montanhosas, deve-se
procurar locais de menores alturas e adaptando ao máximo a LDAT as curvas de nível do terreno,
escolhendo-se os locais onde a linha passe despercebida, evitando-se assim impacto visual com
o meio ambiente;
b) terrenos muito acidentados: devem ser evitados terrenos muito acidentados a fim de evitar o uso
de estruturas especiais e facilitar a construção, operação e manutenção;
c) terrenos de terceiros;
d) áreas de reflorestamento;
e) mato denso: as áreas de mato denso devem ser contornadas a fim de se evitar desmatamentos e
impacto ambiental, quando da abertura da faixa e consequente manutenção da mesma;
f) pomares: colocar o posteamento, de preferência fora das áreas de cultivo, procurando situá-los
nas divisas dos terrenos;
g) lagos, lagoas, represas e açudes;
h) locais impróprios para fincamento de postes: devem ser evitados locais pantanosos, locais
sujeitos a alagamentos, marés ou erosão, e terrenos com inclinação transversal superior a 50%;
i) vias sem calçada definida;
j) vias estreitas: devem evitar locais onde inviabiliza a entrada de caminhão para executar a obra e
efetuar manutenções;
k) locais com alto índice de poluição atmosférica (salina ou industrial);
l) locais onde normalmente são detonados explosivos;
m) loteamentos: nos casos em que forçosamente o traçado tenha que atravessar loteamentos,
devem ser aproveitados os arruamentos a fim de se evitar possíveis indenizações, devendo a
linha ser construída em padrão urbano (LDAT Compacta);
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n) edificações e benfeitorias em geral: não devem ser feitas travessias sobre edificações,
procurando sempre contorná-las, a fim de evitar desapropriações;
o) campos de pouso e aeródromos: quando a LDAT for localizada nas proximidades de aeroportos e
campos de pouso, é necessário, antes de iniciar o projeto, uma consulta prévia ao órgão
responsável, pertencente ao Comando da Aeronáutica, objetivando atender as distâncias
mínimas de segurança;
p) áreas de preservação ambiental: o traçado de LDAT deve, sempre que possível, contornar áreas
de preservação ambiental. Em casos excepcionais, quando isto não for possível, deve ser
realizado um estudo individual visando encontrar uma solução ótima que cumpra a Legislação, e
equilibre o fator técnico, econômico e de integração com o meio ambiente. Neste caso, deve ser
anexada ao projeto uma cópia da Licença Prévia emitida pelo órgão de controle do meio
ambiente (Ex: Guaramiranga, Jericoacoara, Parque de Ubajara, etc).
NOTA 1: Conforme determinado na Resolução Nº. 237 do CONAMA, todas as obras de transmissão de
energia devem ser autorizadas pelo órgão de Meio Ambiente. Portanto, na fase de projeto deve ser
solicitado uma Licença Prévia ao órgão competente.
NOTA 2: É importante lembrar que a Licença Prévia (LP) não autoriza o início das obras e nem o de
qualquer outro tipo de atividade, conforme prescrito no PTO-004 da Coelce. Posteriormente será
necessária a Autorização Ambiental para Desmatamento, Redesmatamento ou Poda, Licença de
Instalação (LI) e a Licença de Operação (LO).
q) áreas de riqueza paisagística: o projeto e construção de LDAT devem, sempre que possível,
contornar áreas de riqueza paisagística. Estas áreas são zonas que mesmo não sendo
consideradas de preservação ambiental, mas que por sua riqueza e singularidade paisagística ou
por sua relevância histórica (parque naturais, monumentos históricos e artísticos, topo de
montanhas, zonas turísticas, etc.) devem ser protegidas contra elementos que distorçam sua
visão e diminuam seu valor natural.
6.2.3.6 Diretrizes básicas para o traçado das LDATs
Para orientação do traçado das LDATS, devem ser observadas as seguintes diretrizes básicas:
a) evitar LDAT em frente a igrejas, paisagens ou monumentos históricos para que não venha a
interferir no seu visual;
b) deve ser localizada no lado da rua com menor arborização;
c) deve ser localizada, de preferência, no lado da rua em que não haja rede aérea de comunicação,
redes de distribuição aéreas de média e baixa tensão, galerias de águas pluviais, esgotos,
construção com sacadas, colégios, praças ou outros obstáculos que possam interferir na
construção da mesma;
d) deve evitar, sempre que possível, cruzar terreno de particular;
e) sempre que possível evitar ruas e avenidas com tráfego intenso de veículos;
f) a LDAT deve ser localizada sempre do mesmo lado da rua, evitando o zig-zag da rede e voltas
desnecessárias;
g) não cruzar praças e outras áreas de lazer, sempre que possível;
h) deve-se evitar LDAT na proximidade de sacadas, janelas e marquises, mesmo respeitadas as
distâncias de segurança;
i) encaminhamento da LDAT deve favorecer a expansão do sistema;
j) procurar sempre utilizar arruamentos já definidos, se possível, com meio-fio e calçada definida;
k) evitar ângulos desnecessários;
l) evitar ruas e avenidas de orla marítima;
m) considerar o máximo aproveitamento da LDAT existente nos projetos de reforma.
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6.2.4 Locação do Posteamento
Os postes devem ser locados obedecendo aos seguintes critérios básicos:
a) não locar postes em frente à entrada de garagens e guias rebaixados (meio fio). Deve evitar,
sempre que possível, a locação dos postes em frente a anúncios luminosos, outdoors, câmeras
de segurança dos órgãos de trânsito e de polícia, marquises e sacadas;
b) projetar conforme definido nos padrões de estrutura de LDAT, PE-044, PE-045, PE-046, PE-047,
PE-048 e PE-049;
c) procurar locar os postes, sempre que possível na divisa dos lotes, ou seja, no limite entre
residências, prédios ou terreno, etc.;
d) quando não houver posteamento, deve ser avaliado qual o lado mais favorável para implantação
da LDAT;
e) respeitar as distâncias mínimas de segurança especificadas neste Critério de Projeto;
f) evitar o uso de postes em esquinas, principalmente em ruas estreitas, e sujeitas a trânsito intenso
de veículos, e em esquinas que não permitam manter o alinhamento dos postes.
NOTA 1: Quando não for possível outra posição e o poste esteja sujeito a abalroamento, no projeto já deve
ser previsto a implantação de “defensas” para proteção e preservação de terceiros, e do sistema elétrico da
Coelce, conforme PEX-097. A construção de “defensas” deve ser precedida de autorização do Órgão
Municipal/Estadual no intuito de se evitar problemas futuros.
6.2.5 Plantas
6.2.5.1 Plantas Cadastrais
Devem ser obtidas plantas cadastrais da localidade ou área em estudo, através de cópias de plantas
já existentes, confiáveis e atualizadas, ou através de um novo levantamento topográfico, ou mesmo
através de levantamentos aerofotogramétricos feitas por câmeras analógicas e digitais. Em caráter
especial e após acordado com a Área de Projetos da Coelce, também podem ser aceitas imagens
georreferenciadas de programas da rede mundial de computadores (internet).
6.2.5.2 Mapa de Reconhecimento
Nesta planta deve constar o traçado das ruas, avenidas ou rodovias, indicação do norte magnético e
outros pontos de referência significativos, que permitam identificar o local onde será construída,
reformada ou ampliada a LDAT, em desenho com escala adequada. Nas obras localizadas em
áreas rurais indicar também, município, localidade, rios ou açudes como pontos de referência,
estradas de acesso, a subestação ou LDAT de onde deve derivar a nova LDAT e os códigos
operacionais das linhas e estruturas locadas a montante e a jusante da derivação.
O reconhecimento tem por objetivo coletar dados em campo para se estabelecer o traçado da LDAT.
No mapa de reconhecimento deve conter dois ou mais encaminhamentos levantado por sistema de
posicionamento global, GPS (Global Positioning System), para que o projetista possa escolher entre
as opções apresentadas o encaminhamento mais adequado. O técnico incumbido do levantamento
cadastral deve orientar o topógrafo na localização de todos os pontos dos suportes viários
existentes. Não havendo estrada, a locação será através de picadas, que devem evitar, ao máximo,
o corte da vegetação.
Com base no mapa de reconhecimento, a Área de Projetos determinará as diretrizes da LDAT em
toda sua extensão, devendo qualquer alteração neste traçado, ser efetuada mediante prévia
autorização por escrito da Área de Projetos.
6.2.5.3 Mapa Chave
O mapa chave é utilizado para traçar o circuito da LDAT e tem a finalidade de dar uma visão geral
do sistema elétrico, devendo-se indicar nesta planta a diretriz da LDAT assinalados os pontos de
deflexão (em graus, minutos e segundos), entradas e saídas de linhas. Além disso, deve conter
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todos os acidentes ao longo da LDAT. O desenho do mapa chave deve ser feito através do software
Autocad no formato e escala conveniente.
6.2.5.4 Perfil Planialtimétrico
O perfil planialtimétrico é destinado à locação das estruturas do projeto e a representação
planimétrica da LDAT, podendo ser executado com equipamento topográfico como a Estação Total
ou GPS. O desenho do perfil planialtimétrico deve ser feito através do software Autocad no formato
mais conveniente e escala horizontal 1:5000 e escala vertical 1:500, conforme Desenho 010.01.
Esta planta deve conter:
a) desenho do perfil planialtimétrico, com as estruturas, condutores, vãos, as estacas referentes a
cada estrutura, os nomes dos proprietários dos terrenos atravessados pela LDAT, o tipo de solo,
o tipo de vegetação e a planta baixa contendo a representação das estruturas com as deflexões
da LDAT e os detalhes existentes ao longo da mesma;
b) na vista planimétrica: os detalhes enumerados a seguir, desde que contidos na faixa de servidão
da LDAT e ainda as edificações que representem ou não unidades consumidoras, distanciadas
do eixo da LDAT:
− indicação de estradas de rodagem municipais, estaduais, federais e ferrovias;
− todos os caminhos, rios, córregos, açudes, lagoas, etc.;
− todas as LDATs, redes de distribuição urbana e rural, e redes de comunicação;
− indicação de cercas contendo o número de fios de arame;
− divisões de propriedades com a denominação do proprietário, alturas, tipo de vegetação e
solo;
− detalhes dos pontos de saída e chegada da LDAT, com indicação de linhas e redes existentes,
ângulo de derivação, poste e estrutura correspondente com sua respectiva coordenada
georreferenciada UTM (Universal Transverse Mercator);
− núcleos populacionais;
− indicação das estacas nos pontos de deflexões, utilizando marcos de concreto nestes pontos;
− indicação de campos de pouso e aeroportos.
6.2.5.5 Levantamento Topográfico
Consiste na determinação planialtimétrica do terreno, ao longo do caminhamento de toda a LDAT.
Neste levantamento devem ser determinados os acidentes considerados relevantes à elaboração do
projeto, quais sejam: cruzamento de estradas de ferro e rodagem, linhas telegráficas e de energia
elétrica, pontes ou viadutos, campo de pouso, tipos e características de cercas, edificações contidas
na área do projeto e outros acidentes notáveis, devendo-se, em casos excepcionais, levantarem-se
perfis paralelos ao eixo da LDAT. O levantamento topográfico deve ser feito conforme prescrições
do critério de execução CE-002 da Coelce.
6.3 Projeto de Aterramento das Estruturas
6.3.1 Medição da Resistividade do Solo
Uma das condições para que um sistema elétrico de potência opere corretamente, mantendo a
continuidade de serviço e a segurança, é que o neutro do sistema e demais partes metálicas não
energizadas, estejam devidamente aterrados.
O projeto das LDATs deve prever em cada estrutura, no mínimo, um ponto de terra visando atingir
uma resistência de aterramento de pé de torre o mais próximo possível de 20Ω, conforme estruturas
de aterramento do Desenho 010.13.
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Para atingir a finalidade que se destina, um sistema de aterramento deve atender e proporcionar os
seguintes requisitos:
−
manter valores de tensão estrutura-terra dentro do nível de segurança, no caso das partes
metálicas serem acidentalmente energizadas;
−
proporcionar um caminho de escoamento para a terra das descargas atmosféricas ou
sobretensões provocadas por manobras de equipamentos, fixando a tensão de isolação a
valores determinados;
−
permitir aos equipamentos de proteção isolar rapidamente as falhas à terra;
−
proporcionar o escoamento para a terra da eletricidade estática gerada, por equipamentos ou por
indução, evitando o faiscamento.
A resistividade do solo varia de acordo com o tipo de solo, conforme os valores orientativos do
Desenho 010.13. Durante a fase de projeto da LDAT devem ser realizadas, no mínimo, 2 (duas)
medições de resistividade em cada tipo de solo existente ao longo da LDAT. Caso o tipo de solo
seja praticamente o mesmo ao longo da LDAT, pode existir diferença de resistividade do solo devido
a áreas mais baixas, onde existe presença de lagoas, açudes, ou mesmo rios, em detrimento a
outras áreas totalmente áridas. Nesses casos, recomenda-se que pelo menos devem ser efetuadas
medições em trechos da linha escolhidos de forma que as medições sejam representativas em
relação à quantidade total de estruturas previstas (sugere-se que sejam realizadas medições em 1/6
da quantidade de estruturas previstas e ao longo dos diversos trechos da LDAT).
6.3.2 Tipos de Aterramento
A partir dos valores obtidos nas medições, o projetista deve elaborar um memorial de cálculo,
definindo o comprimento do contrapeso (condutor de interligação entre as hastes) e a quantidade de
hastes necessárias, e o tipo de aterramento para cada estrutura.
Na elaboração do memorial devem ser consideradas as seguintes prescrições:
a) devem ser preenchidos os formulários do Desenho 010.14, folhas 1/2 e 2/2, com os valores reais
medidos de resistividade, tipos de aterramento utilizado e demais informações solicitadas;
b) deve constar o tipo de aterramento que deverá ser utilizado por tipo de estrutura;
c) devem ser utilizados, os tipos de aterramento do Desenho 010.13, folhas 1/2 e 2/2, observando
os seguintes critérios:
− utilizar o aterramento convencional com 01 (uma) haste, sem contrapeso, tipo ATER-LTS, no
caso de terrenos com baixo valor de resistividade, conforme Desenho 010.13, folha 2/2;
− utilizar os aterramentos tipo ATER-LT1 a ATER-LT6, com hastes e contrapeso, no caso de
terrenos com resistividades variando de 100Ω.m a 2000Ω.m, conforme Desenho 010.13, folha
1/2;
− utilizar o aterramento convencional com haste e com concretagem tipo ATER-LTC, para
terrenos rochosos com altos valores de resistividade, conforme Desenho 010.13, folha 2/2.
7 PROJETO ELETROMECÂNICO
7.1 Condutores
7.1.1 Condutores Padronizados
Os condutores a serem utilizados nas LDATs são definidos a partir dos estudos realizados pela Área
de Planejamento. As LDATs novas devem ser projetadas com condutores em liga de alumínio CAL
ou em situações especiais, como em áreas densamente povoadas, em alumínio CA
Termorresistente, conforme apresentados na Tabela 4.
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Para maior proteção dos condutores contra danos devidos à vibração ocasionada pelos ventos,
deve ser prevista a utilização de dispositivos especiais ou amortecedores de vibração,
principalmente nos casos de vãos grandes, travessias de grandes rios, açudes ou lagos, ou ainda
quando as características dos ventos locais, aliadas à tensão mecânica e diâmetro do cabo,
favoreçam a ocorrência de vibração eólica. A necessidade da utilização desses dispositivos deve ser
definida pela Área de Projetos através dos dados históricos da região e/ou informações do
levantamento realizado, e devem ser adquiridos conforme Desenhos 730.45 e 730.46 do PM-01 da
Coelce.
Tabela 4: Condutores Aplicados em LDATs Novas
Tipo
(mm²)
Condutores com
Diâmetros
Equivalentes
(AWG ou MCM)
Diâmetro
Carga de
Capacidade
do
Seção
Massa
Ruptura
Nº de
Nominal
Condutor
Máxima
Fios (mm²)
(kg/km)
(A)
(mm)
(daN)
Bitola
(MCM)
CAA
CA
160 CAL
321,8
A6201
19
158,5
16,35
441
4.762
460
266,8
-
315 CAL
652,5
A6201
37
330,6
23,03
866
9.198
730
-
556,5
500 CAL
927,2
A6201
37
469,80
29,05
1.397
14.583
1.018
-
954
T-Dahlia
556,5 CA
19
282,37
21,75
779,09
4.333
1.080
-
556,5
NOTA 1: Para fins de aquisição no mercado nacional, estamos considerando os cabos de liga de alumínio
(CAL) 160, 315 e 500, respectivamente, os denominados como BUTTE, ELGIN e GREELEY.
Na Tabela 5 são apresentados os condutores que podem ser utilizados somente em projetos de
reformas de LDATs existentes que previamente foram construídas com estes tipos de cabos.
Tabela 5: Condutores Aplicados em Reformas de LDATs Existentes
Condutores
Alumínio
(AWG/MCM)
Cobre
Tipo
2
(mm )
Diâmetro
do
Condutor
Nº de Fios
(mm)
Formação
Massa
(kg/km)
Carga de
Ruptura
Máxima
(daN)
Capacidade
Nominal
(A)
CAA
CA
1/0
-
-
Raven
6/1
10,11
216,34
1.904
242
4/0
-
-
Penguin
6/1
14,31
433,40
3.709
350
266,8
-
-
Partridge
26/7
16,31
547,00
4.936
475
336,4
-
-
Linnet
26/7
18,31
689,80
6.273
510
477
-
-
Hawk
26/7
21,78
975,33
8.538
640
636
-
-
Grosbeak
26/7
25,16
1.299,00
11.038
790
-
336,4
-
Tulip
19
16,90
469,10
2.656
495
-
556,5
-
Dahlia
19
21,70
773,30
4.246
680
-
-
50
-
7
9,00
444,00
2.023
294
-
-
150
-
37
15,68
1.360,00
6.095
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7.1.2 Emendas de Condutores
A utilização de emenda em condutores na fase de projeto e construção é terminantemente proibida.
O seu uso está autorizado somente na manutenção, em caráter provisório, conforme o que
determina a decisão técnica DT-097 da Coelce.
7.2 Aplicação do Padrão de Estrutura
7.2.1 Critérios Gerais
Os projetos de LDATs devem ser elaborados tomando como referência este Critério de Projeto e os
padrões de LDAT, classe de tensão 72,5kV da Coelce. Os padrões de LDAT têm por objetivo
nortear os projetistas na definição e elaboração do projeto e fixar as características básicas para a
montagem eletromecânica das estruturas de LDAT.
Os critérios adotados pelo projetista para aplicação dos padrões de LDAT devem levar em
consideração o tipo de circuito (simples ou duplo), a localização geográfica (urbano ou rural) e
comprimento dos vãos (distâncias entre estruturas), conforme definido a seguir para os padrões de
LDAT: PE-044, PE-045, PE-046, PE-047, PE-048 e PE-049.
Em casos excepcionais, em que o estudo técnico permitir, o projetista pode utilizar as estruturas
informadas abaixo com ângulos diferentes dos indicados. Neste caso, o projetista deve apresentar
um memorial de cálculo para ser submetido à aprovação da Área de Projetos.
No projeto deve ser informado o sentido da Carga e da Fonte para que a convenção estabelecida
pela Chesf em relação às fases seja única durante as etapas de projeto, construção e manutenção.
Essa convenção foi definida considerando quando um observador de costas para fonte e olhando de
frente para a estrutura, iniciando as fases da esquerda para direita independente da estrutura.
7.2.2 Padrão de Estrutura PE-044 - Convencional sem Cabo Para-raios
O Padrão PE-044 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs
convencionais, sempre que estas estejam localizadas em áreas rurais e que exista a predominância
de vãos médios e grandes, sem a utilização de cabo para-raios.
Na Tabela 6 são apresentados os tipos de estruturas contemplados no PE-044.
Tabela 6: Estruturas de LDAT Convencional sem Cabo Para-raios - PE-044
Tipos de Estruturas do PE-044
TAR
HAR
HAL
Tipo de Circuito
Ângulos Recomendados
(α)
α = 0º
Simples
HAB
HALA
NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-044:
– TAR - Triangular em Ângulo Reto;
– HAR - Horizontal em Ângulo Reto;
– HAL - Horizontal Amarração em Alinhamento;
– HAB - Horizontal Amarração no Poste em Bissetriz;
– HALA - Horizontal Amarração em Ângulo.
0º ≤ α ≤ 2º
3º ≤ α ≤ 25º
25º ≤ α ≤ 90º
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7.2.3 Padrão de Estrutura PE-045 - Convencional com Cabo Para-raios
O Padrão PE-045 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs
convencionais, sempre que estas estejam localizadas em áreas rurais e que exista a predominância
de vãos médios e grandes. Este padrão deve ser aplicado em áreas de nível Isoceráunico alto onde
se dá a necessidade de utilização de cabo Para-raios.
Na Tabela 7 são apresentados os tipos de estruturas contemplados no PE-045.
Tabela 7: Estruturas de LDAT Convencional com Cabo Para-raios - PE-045
Tipos de Estruturas do PE-045
Tipo de Circuito
Ângulos Recomendados
(α)
TAR-PR
α = 0º
HAR-PR
HAL-PR
Simples
0º ≤ α ≤ 2º
HAB-PR
3º ≤ α ≤ 25º
HALA-PR
25º ≤ α ≤ 90º
NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-045:
– TAR-PR - Triangular em Ângulo Reto com cabo para-raios;
– HAR-PR - Horizontal em Ângulo Reto com cabo para-raios;
– HAL-PR - Horizontal Amarração em Alinhamento com cabo para-raios;
– HAB-PR - Horizontal Amarração no Poste em Bissetriz com cabo para-raios;
– HALA-PR - Horizontal Amarração em Ângulo com cabo para-raios.
7.2.4 Padrão de Estrutura PE-046 - Compacta sem Cabo Para-raios
O Padrão PE-046 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs
compactas, sempre que estas estejam localizadas em áreas rurais ou urbanas e que exista a
predominância de vãos pequenos e médios, ou seja, com comprimentos não superiores a 200m, e
sem a utilização de cabo para-raios.
Na Tabela 8 são apresentados os tipos de estruturas contemplados no PE-046.
Tabela 8: Estruturas de LDAT Compactas sem Cabo Para-raios - PE-046
Tipos de Estruturas do PE-046
Tipo de Circuito
Ângulos Recomendados
(α)
CVAR
α = 0º
CVAL
0º ≤ α ≤ 25º
Simples
CVALA
25º ≤ α ≤ 80º
CVAG
80º ≤ α ≤ 90º
CVAB
NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-046:
– CVAR - Compacto Vertical Ângulo Reto;
– CVAL - Compacta Vertical Amarração em Alinhamento (sem ângulo);
– CVALA - Compacta Vertical Amarração Alinhamento (em ângulo);
– CVAG - Compacta Vertical Amarração Ângulo Grande;
– CVAB - Compacta Vertical Amarração Poste em Bissetriz.
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7.2.5 Padrão de Estrutura PE-047 - Compacta com Cabo Para-raios
O Padrão PE-047 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs
compactas, sempre que estas estejam localizadas em áreas rurais e urbanas e que exista a
predominância de vãos pequenos e médios, ou seja, com comprimentos não superiores a 200m.
Este padrão deve ser aplicado em áreas de nível Isoceráunico alto onde se dá a necessidade de
utilização de cabo para-raios.
Na Tabela 9 são apresentados os tipos de estruturas contemplados no PE-047.
Tabela 9: Estruturas de LDAT Compactas com Cabo Para-raios - PE-047
Tipos de Estruturas do PE-047
Tipo de Circuito
Ângulos Recomendados
(α)
α = 0º
CVAL-PR
0º ≤ α ≤ 25º
Simples
CVALA-PR
25º ≤ α ≤ 80º
CVAG-PR
80º ≤ α ≤ 90º
CVAB-PR
NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-047:
– CVAR-PR - Compacto Vertical Ângulo Reto com cabo para-raios;
– CVAL-PR - Compacta Vertical Amarração em Alinhamento (sem ângulo) com cabo para-raios;
– CVALA-PR - Compacta Vertical Amarração Alinhamento (em ângulo) com cabo para-raios;
– CVAG-PR - Compacta Vertical Amarração Ângulo Grande com cabo para-raios;
– CVAB-PR - Compacta Vertical Amarração Poste em Bissetriz com cabo para-raios.
CVAR-PR
7.2.6 Padrão de Estrutura PE-048 - Estruturas Especiais de LDAT e Detalhes de Instalação
Na Tabela 10 são apresentadas as seguintes estruturas contempladas no PE-048, para chave
secionadora e derivações em LDAT, sem cabo para-raios, conforme a estrutura de referência.
Tabela 10: Estruturas Especiais de LDAT - PE-048
Tipos de Estruturas do PE-048
Tipo de Circuito
Estrutura de Referência
ESTV
CVALDR
CVAL
CVALADR
CVALA
Simples
CVAGDR
CVAG
CVABDR
CVAB
ESTVDR
NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-048:
– ESTV - Estrutura com Chave Seccionadora Tripolar Vertical;
– CVALDR - Compacta Vertical Amarração em Alinhamento (sem ângulo) com Derivação;
– CVALADR - Compacta Vertical Amarração Alinhamento (em ângulo) com Derivação;
– CVAGDR - Compacta Vertical Amarração Ângulo Grande com Derivação;
– CVABDR - Compacta Vertical Amarração Poste em Bissetriz com Derivação;
– ESTVDR - Estrutura com Chave Seccionadora Tripolar Vertical Especial com Derivação.
NOTA 2: Nas estruturas ESTV e ESTVDR as chaves seccionadoras devem estar instaladas no alinhamento da
LDAT, permitindo a utilização de ângulos apenas na estrutura de derivação, e em hipótese alguma nas chaves.
NOTA 3: Para maiores detalhes da chave seccionadora, deve ser consultada a especificação corporativa
E-SE-004.
NOTA 4: O Padrão PE-048 também deve ser utilizado como referência na elaboração dos projetos de todos
os tipos de estruturas de LDATs. Neste padrão constam os detalhes de instalação das estruturas e a relação
completa dos materiais e equipamentos utilizados.
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7.2.7 Padrão de Estrutura PE-049 - Circuito Duplo
O Padrão PE-049 deve ser utilizado como referência na elaboração de projetos de LDATs com
circuito duplo independente, seja no padrão urbano (vãos pequenos e médios) ou rural (vãos
grandes), com um ou dois postes. Podem ser utilizados também com cabos para-raios em áreas
com nível Isoceráunico elevado.
Quando a LDAT for projetada no padrão de circuito duplo, a Área de Projetos da Coelce deve ser
previamente consultada para definição da melhor alternativa.
Tabela 11: Estruturas de LDAT com e sem Cabo Para-raios - PE-049
Tipos de Estruturas do PE-049
Tipo de Circuito
Ângulos Recomendados
(α)
2T-ARH / 2T-ARH-PR
α = 0º
D-HAL / D-HAL-PR
0º ≤ α ≤ 2º
D-HAB / D-HAB-PR
3º ≤ α ≤ 25º
D-TAR / D-TAR-PR
CVARD
Duplo
α = 0º
2xCVAL / 2xCVAL-PR
0º ≤ α ≤ 25º
2xCVALA / 2xCVALA-PR
25º ≤ α ≤ 80º
2xCVAG / 2xCVAG-PR
80º ≤ α ≤ 90º
2xCVAB / 2xCVAB-PR
NOTA 1: Significado das nomenclaturas das estruturas do PE-049:
– 2T-ARH - Circuito Duplo Duas Tangentes Alinhamento Reto Horizontal;
– D-HAL - Circuito Duplo Horizontal Amarração em Alinhamento;
– D-HAB - Circuito Duplo Horizontal Amarração no Poste em Bissetriz;
– D-TAR - Circuito Duplo Triangular em Ângulo Reto;
– CVARD - Circuito Duplo (em 01 poste) Compacto Vertical Ângulo Reto;
– 2xCVAL - Circuito Duplo Compacta Vertical Amarração em Alinhamento (sem ângulo);
– 2xCVALA - Circuito Duplo Compacta Vertical Amarração Alinhamento (em ângulo);
– 2xCVAG - Circuito Duplo Compacta Vertical Amarração Ângulo Grande;
– 2xCVAB - Circuito Duplo Compacta Vertical Amarração Poste em Bissetriz.
NOTA 2: A estrutura CVARD somente deve ser projetada como última alternativa, pois as distâncias
reduzidas dificultam a manutenção dessas linhas, e quando da sua construção as furações utilizadas do
poste devem ser alternadas, ou seja, o mesmo parafuso não deve fixar as duas bases deformáveis.
7.3 Posteamento
7.3.1 Critério para Escolha do Poste
O critério para adoção do comprimento dos postes deve ser em função das estruturas, afastamentos
e da flecha dos condutores, sendo de responsabilidade da Área de Projetos.
7.3.2 Engastamento
7.3.2.1 Quanto a Classificação
Os engastamentos das LDATs são classificados em 3 (três) tipos básicos: simples, base com
manilha e fundação especial. Na Tabela 12 e no Desenho 010.02 são apresentados os detalhes de
cada tipo.
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Após o fincamento do poste, a terra deve ser bem compactada energicamente em camadas de, no
máximo, 20cm ao redor do poste. A última camada de terra, mesmo ficando abaixo de 20cm,
também deve ser compactada.
7.3.2.2 Engastamento Simples
O poste deve ser fincado e aterrado com areia grossa.
7.3.2.3 Engastamento com Manilha
As manilhas devem ser de concreto armado vibrado mecanicamente, com espessura de no mínimo,
5cm e altura de 50cm, constando de 5 anéis de ferro de 3/16” espaçados de 10cm, amarrados por
ferros verticais de 3/16” espaçados de 25cm aproximadamente.
O enchimento da manilha deve ser com areia grossa e fechada na parte superior com argamassa de
cimento de 2cm de espessura e traço de 1:5 (cimento: areia grossa), e as junções das manilhas
devem ser rejuntadas.
7.3.2.4 Engastamento com Fundação Especial
A fundação especial deve apresentar dois conjuntos de manilhas, um interno e outro externo, e as
manilhas devem ter as características citadas no item “b” acima.
O enchimento do conjunto interno de manilhas deve ser com areia grossa compactada em camada
de no máximo de 20cm.
O fechamento das partes superior e inferior, deve ser em concreto simples, traço 1:3:4 (cimento :
areia grossa : brita) com espessura de 5cm e 10cm respectivamente. O espaçamento entre os
conjuntos de manilhas (interno e externo) deve ser preenchido com pedra de mão argamassada
com traço 1:8 (cimento : areia grossa), e as junções das manilhas devem ser rejuntadas.
7.3.3 Postes Padronizados
Na Tabela 12 são apresentados os dados especificados para cada tipo de poste, conforme a
especificação técnica ET-300 da Coelce, e suas respectivas aplicações conforme Desenho 010.02.
Conforme a necessidade de cada projeto, postes especiais de 25, 27, 28, 29, 30 metros, ou
superiores, podem ser solicitados. Os postes superiores a 23 metros devem ser solicitados de
encaixe, para facilitar o transporte e instalação em áreas urbanas.
Como alternativa para as LDATs onde a implantação dos postes seja caracterizada como área de
difícil acesso, e desde que possuam estudo de viabilidade econômica, ou impossibilidade de
execução de serviço, previamente justificado, podem ser utilizados postes poliméricos (fibra de
vidro) conforme especificação técnica ET-301, da Coelce. Salientamos que na tecnologia atual
padronizada, postes de fibra acima de 12 metros devem ser bipartidos, circulares e com topo
quadrado atendendo nossa furação padrão.
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Tabela 12: Postes Padronizados para LDAT
POSTE
TIPO DE ENGASTAMENTO
Simples
Comprimento
Nominal
(m)
14
17
20
23
Tipo
B
B-1,5
B-3
B-6
B
B-1,5
B-3
B-6
B-1,5
B-3
B-6
B-3
B-6
Resistência Engastamento
Nominal
(m)
(daN)
(e)
600
1000
1500
2400
600
1000
1500
2400
1000
1500
2400
1500
2400
2,00
2,30
Escavação
Retangular
(Fig. 1)
Escavação
Circular
(Fig. 2)
Bloco Concreto
Armado p/ Estai
(Fig. 3)
Dimensões
(m)
(a x b)
0,90 x 0,80
1,00 x 0,80
1,00 x 0,90
1,10 x 0,90
1,00 x 0,90
Diâmetro
(m)
(d1)
Dimensões
(m)
1,10 x 0,90
1,20 x 1,00
2,60
2,90
Base Reforçada
1,20 x 1,00
1,30 x 1,10
1,30 x 1,10
1,40 x 1,10
1,00
1,10
1,20
Diâmetro
(m)
(d2)
Dimensões
(m)
Manilha Interna Manilha Externa
(d3)
(l )
(d4)
(n)
1,20
2,00
1,50
1,50
1,00
0,16 x 0,20 x 1,50
1,20
1,10
1,20
1,30
1,20
1,30
1,40
1,40
1,50
Fundação Especial (Fig. 5)
Manilha
(fig. 4)
0,16 x 0,20 x 1,50
0,16 x 0,20 x 1,50
0,16 x 0,20 x 1,50
1,20
1,20
1,50
1,20
1,50
1,20
1,50
1,50
1,50
1,50
2,50
3,00
1,50
2,00
1,50
2,00
3,00
2,00
2,00
2,50
2,50
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7.4 Estaiamento
Em todos os casos onde forem utilizados estais, deve ser obrigatório que os estais sejam
sinalizados com pintura na cor laranja retro-reflexiva, ou empregado cobertura sinalizadora que faça
o recobrimento do cabo de aço do estai na cor auto retro-reflexiva, até no mínimo, 2 (dois) metros de
altura, conforme padronizado no Desenho 220.35 do padrão de material PM-01 da Coelce.
A alternativa de fundação especial nas estruturas de amarrações em substituição aos estais deve
ser avaliada pelo projetista.
7.5 Aterramento
O projetista deve utilizar no aterramento das estruturas os materiais e critérios definidos neste
documento, conforme especificados a seguir:
7.5.1 Haste de Aterramento
A haste de aterramento deve ser de aço cobreado, circular, 13x2000mm, conforme Desenho 800.01
do padrão de material PM-01 da Coelce e instalada com o conector cunha de aterramento,
conforme Desenho 710.40 do padrão de material PM-01 e especificação técnica ET-710 da Coelce.
7.5.2 Profundidade da Haste de Aterramento
A haste de terra deve ser fincada no solo de maneira que a sua extremidade superior fique a uma
profundidade mínima de 60cm da superfície do solo.
7.5.3 Conexões
O conector utilizado para fazer as conexões de aterramento deve ser para condutor de cobre 16120mm², conforme Desenho 710.26 do PM-01 e especificação técnica ET-710 da Coelce.
7.5.4 Condutor
O aterramento deve ser feito com cabo de aço cobreado 7x10AWG, conforme Desenho 805.02 do
padrão de material PM-01 da Coelce.
7.5.5 Configuração do Aterramento
A configuração da malha deve, sempre que possível, atender aos seguintes critérios:
– a malha deve ser em linha reta e paralela a estrutura, devendo ficar a haste situada a 1 metro do
poste;
– a malha deve ficar do lado oposto a via de trânsito;
– a quantidade de hastes da malha a ser instalada depende da resistividade do solo e conseqüentemente dos cálculos apresentados no memorial de cálculo da malha de terra de cada estrutura;
– o projeto da malha deve garantir que a resistência equivalente do solo atinja um valor o mais
próximo possível de 20Ω (ohms).
7.5.6 Aterramento e Seccionamento de Cercas
No aterramento de cercas deve ser utilizada uma haste de terra afastada da base do mourão a uma
distância nunca inferior a 1 metro.
O seccionador preformado utilizado em seccionamento de cercas de arame deve ser especificado,
conforme Desenho 750.01 do padrão de material PM-01 da Coelce.
7.5.6.1 Aterramento de Cercas em Áreas Urbanas
As cercas localizadas na mesma calçada do posteamento da LDAT devem ser aterradas, conforme
especificado no padrão de estrutura PE-048 e obedecer aos seguintes critérios:
– cercas paralelas a LDAT até 50m, aterrar no ponto central da cerca;
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– cercas paralelas a LDAT, com comprimento acima de 50m, fazer o seccionamento a cada 50m e
aterrar no ponto central do vão secionado. Quando no último vão da cerca tiver fração inferior a
15m, o seccionamento da cerca deve ser no final da mesma;
– cercas transversais ao traçado da LDAT, devem ser seccionadas.
7.5.6.2 Aterramento de Cercas em Áreas Rurais.
O aterramento das cercas deve estar de acordo com o padrão de estrutura PE-048 e obedecer aos
seguintes critérios:
– todas as cercas que correm em paralelo com a LDAT, a uma distância igual ou inferior a 30m
entre o condutor e o arame mais próximo devem ser seccionadas a cada 500m e aterrada a
cada 250m, fazendo coincidir os aterramentos próximos ao seccionamento;
– cercas transversais ao traçado da LDAT, devem ser seccionadas;
– todas as extremidades das cercas devem ser aterradas junto às porteiras.
7.5.6.3 Aterramento de Cercas Eletrificadas
A finalidade da cerca eletrificada é manter animais confinados em uma determinada área ou
proteger propriedades contra o acesso de animais domésticos e selvagens, portanto em nenhuma
hipótese deve ser usada para proteger a propriedade contra pessoas.
A cerca eletrificada deve ser projetada por profissionais especializados e construída por empresa
idônea, que possa dar garantia, assistência técnica e orientações quanto à operação e manutenção
do equipamento. O proprietário é responsável por qualquer anormalidade ou acidente que venha
ocorrer na cerca eletrificada e com as pessoas e animais que possam vir a se acidentar. A cerca não
deve, em nenhuma hipótese, ser eletrificada com energia diretamente da rede elétrica sem que seja
por meio de eletrificador (pulsos elétricos).
Nas aproximações ou cruzamentos da LDAT sobre cercas eletrificadas devem ser adotados os
seguintes procedimentos:
– cercas paralelas devem ficar a uma distância mínima de 30m do deixo da LDAT;
– nos casos onde for necessário cruzar a LDAT sobre a cerca eletrificada, devem ser colocados
dois condutores de proteção paralelos acima da cerca, para evitar que em caso de ruptura do
condutor da linha este venha a cair sobre a cerca eletrificada.
Os dois condutores de proteção devem ter 60m de comprimento, sendo 30m para cada lado,
devendo ser aterrados nas duas extremidades, conforme Desenho 010.03.
7.6 Indicador de Falta
Este equipamento tem a capacidade de detectar e indicar faltas em linhas de transmissão,
conseguindo reduzir de forma considerável os tempos de inspeção associados à respectiva falta. O
indicador de falta utilizado nas LDATs deve conter as características técnicas especificadas no
Desenho 141.01 do padrão de material PM-01 da Coelce.
Este dispositivo deve ser instalado nas LDATs rurais a cada 15km, o mais próximo das estruturas e
em situação de fácil visualização, obedecendo ao procedimento de execução PEX-051 da Coelce.
Quando se tratar de LDAT em circuitos duplos ou em paralelo com outros circuitos, deve-se evitar a
sua instalação, pois pode ocorrer a sinalização indevida do equipamento ocasionado pela presença
do campo elétrico produzido pelo outro circuito. Na estrutura também não deve haver seccionador,
para-raios ou outro componente que possa influenciar o campo elétrico. Para verificar as distâncias
com outros circuitos, deve-se consultar manual do fabricante.
Para a fixação do indicador de corrente de falta, ou falha, ao cabo, deve ser utilizada vara de
manobra, para encaixar a alça articulada, situada em sua parte superior, no cabo, conforme
apresentado no Desenho 010.04.
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7.7 Travessias e Distâncias de Segurança
As disposições deste item relacionam-se com as condições que devem ser satisfeitas nas travessias
de LDATs sobre outras linhas e redes, vias de transporte, edificações, florestas e demais formas de
vegetação consideradas de preservação permanente.
As distâncias de segurança são os afastamentos mínimos recomendados do condutor e seus
acessórios energizados e quaisquer partes, energizadas ou não, da própria linha, do terreno ou dos
obstáculos atravessados, conforme prescrições constantes das seções subseqüentes.
A distância mínima de segurança do condutor ao solo ou obstáculos, deve ser verificada nas
condições mais desfavoráveis da flecha, considerando a fluência do condutor por um período
mínimo de 10 anos (Creep), em condições de ar calmo (sem vento), em horário de temperatura
máxima ambiente, bem como, após um período mínimo a ser considerado que possibilite a
acomodação do cabo após os trabalhos de montagem.
As plantas de travessias devem ser elaboradas baseadas nas normas dos órgãos afetados pela
travessia e devem ser submetidas a aprovação dos mesmos. O desenho da planta de travessia
deve ser elaborado conforme modelo apresentado no Desenho 010.05.
Na Tabela 13 são fixadas as distâncias mínimas de segurança, o número do desenho da travessia e
o ângulo de deflexão que devem ser considerados e obedecidos no projeto e construção da LDAT.
Tabela 13: Espaçamentos Elétricos e Distâncias de Segurança para LDAT de 72,5kV
Natureza da Região ou Obstáculo Próximo ou Atravessado
pela LDAT de 72,5kV
Distância “D” Mínima
N.º do
do Condutor
Desenho
(m)
Locais acessíveis apenas a pedestres
6,00
Locais onde circulam máquinas agrícolas
6,50
Rodovias, ruas e avenidas
8,00
Ferrovias não eletrificadas
9,00
Ferrovias eletrificadas ou com previsão de eletrificação
12,00
Suporte de linha pertencente à ferrovia
Águas navegáveis
4,00
010.06
Ângulo de
Deflexão
Mínimo
-
010.07
≥ 15°
010.08
≥ 60°
010.09
≥ 15°
010.10
≥ 15°
010.11
-
010.12
-
NOTA 1
H + 2,00 NOTA 2
Águas não navegáveis
6,00
LDATs de 550kV
6,00
LDATs de 242kV
3,00
LDATs de 72,5kV
1,70
Redes de Distribuição de 38kV
1,70
Redes de Distribuição ≤ 15kV
1,70
Redes de Telecomunicações
2,00
Paredes
3,00
Telhados, terraços ou sacadas (não acessíveis a pedestres)
4,00
Telhados, terraços ou sacadas (acessíveis a pedestres)
6,00
Instalações transportadoras (Ex.: teleféricos)
3,00
Veículos rodoviários e ferroviários
3,00
NOTA 1: Distância mínima exigida na NBR 5422.
NOTA 2: O valor H corresponde à altura, em metros, entre a superfície da água e o topo do maior mastro.
Este valor deve ser fixado pela autoridade responsável pela navegação na via considerada, levando-se em
conta o nível máximo de cheia ocorrida nos últimos 10 anos.
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7.7.1 Travessia sobre Locais Acessíveis Apenas a Pedestres ou Onde Circulam Máquinas
Agrícolas
A distância de segurança que corresponde a altura do condutor da LDAT ao solo em locais
acessíveis somente a pedestres deve ser no mínimo 6m e onde circulam máquinas agrícolas deve
ser no mínimo 6,5m, conforme apresentado no Desenho 010.06.
7.7.2 Travessias sobre Rodovias, Ruas e Avenidas
A distância de segurança dos condutores á superfície do solo na condição de flecha máxima nos
trechos da LDAT sobre rodovias, ruas e avenidas deve ser no mínimo 8m, conforme apresentado no
Desenho 010.07. Além da distância de segurança, a LDAT deve atender aos seguintes requisitos:
a) o projeto de LDAT deve evitar ao máximo possível as travessias;
b) as estruturas de travessia sobre rodovias e avenidas devem ser obrigatoriamente de amarrações;
c) a execução de travessia, deve ter uma autorização prévia do órgão responsável;
d) o ângulo mínimo entre os eixos da LDAT e da rodovia deve ser 15º, conforme norma NBR 5422 e
detalhado no Desenho 010.07;
e) as estruturas devem ser colocadas fora da faixa de domínio das rodovias, sempre que possível
em posição tal que a distância medida sobre a superfície do terreno, da estrutura à borda exterior
do acostamento, seja maior que a altura da estrutura.
Em casos excepcionais, mediante acordo com a entidade responsável pela rodovia, as estruturas
podem ser colocadas à distância inferiores às apresentadas na alínea “e” e até mesmo dentro da
faixa de domínio das rodovias ou nos canteiros centrais de rodovias com pistas múltiplas.
7.7.3 Travessias Sobre Ferrovias
A distância de segurança que corresponde a altura mínima do condutor da LDAT, sobre ferrovias
não eletrificadas deve ser de no mínimo 9m e ferrovias eletrificadas deve ser de no mínimo 12m,
conforme apresentado no Desenho 010.08. Além da distância de segurança, a LDAT deve atender
aos seguintes requisitos:
a) para a execução da travessia, deve ser previamente solicitado um termo de permissão ao órgão
responsável;
b) a travessia deve ser projetada conforme o modelo apresentado no Desenho 010.08 e norma
NBR 5422;
c) as estruturas de travessia sobre vias férreas devem ser obrigatoriamente de amarrações;
d) as estruturas devem ser colocadas fora da faixa de domínio das ferrovias e em posição tal que a
menor distância medida sobre a superfície do terreno, do suporte ao trilho mais próximo, seja
maior que a altura da estrutura;
e) sempre que possível às travessias sobre áreas das estações ferroviárias não devem ser
projetadas. Em casos excepcionais, mediante acordo com o órgão responsável pela ferrovia a
LDAT pode ser projetada.
Em travessia de LDAT quando a ferrovia for existente, deve ser previsto uma malha sobre a ferrovia
exatamente no trecho da travessia, isso para proteger a ferrovia de um eventual rompimento do
condutor sobre a linha férrea. O projeto da malha, assim como os custos envolvidos, deve ser
acordado entre a Coelce e o órgão responsável pela ferrovia antes do projeto e construção da
travessia da LDAT.
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7.7.4 Travessias Sobre as Águas Navegáveis ou Não Navegáveis
A distância de segurança, que corresponde à altura do condutor da LDAT na condição de flecha
máxima sobre águas navegáveis deve ser 2 metros + “H”, onde “H” corresponde a altura do topo do
maior mastro à superfície da água, e para águas não navegáveis deve ser no mínimo 6m, conforme
apresentado no Desenho 010.09. Além da distância de segurança, a LDAT deve atender aos
seguintes requisitos:
a) as estruturas de travessia sobre águas devem ser obrigatoriamente de amarração;
b) o ângulo mínimo entre o eixo da LDAT e o curso de água deve ser de 15º, conforme Desenho
010.09 e norma NBR 5422.
7.7.5 Travessia sobre Linhas e Redes
A distância de segurança que corresponde à altura mínima do condutor da LDAT, sobre linhas de
distribuição aéreas de alta tensão e redes de distribuição de média tensão, ou redes de
telecomunicações deve ser calculada conforme especificado na norma NBR 5422. Na Tabela 13 são
apresentados os valores das distâncias de segurança, e no Desenho 010.10 os detalhes. Além da
distância de segurança, a LDAT deve atender aos seguintes requisitos:
a) o ângulo mínimo entre os eixos das redes de telecomunicações, rede de distribuição de média
tensão ou LDATs deve ser de 15º, conforme especificado no Desenho 010.10 e na NBR 5422;
b) a LDAT de mais elevada tensão deve sempre ser projetada em nível superior;
c) sempre que uma LDAT projetada estiver em nível superior a uma LDAT, rede de distribuição ou
redes de telecomunicações, o projeto deve atender aos requerimentos da norma NBR 5422;
d) travessias sobre redes de distribuição de até 34,5kV e redes de telecomunicações não
necessitam de apresentação de projetos de travessias, devendo, caso seja solicitado pelos
proprietários dessas redes ou linhas, ser apresentado projeto plotado (perfil e planta) da LDAT,
com indicação das alturas dos cabos das instalações atravessadas no eixo de cruzamento.
7.7.6 Distância de LDAT para Paredes, Telhados, Terraços ou Sacadas
A distância de segurança que o projetista deve prever entre o condutor da LDAT e uma parede deve
ser no mínimo 3m, conforme apresentado no Desenho 010.11. Enquanto à distância de segurança
que o projetista deve prever entre o condutor da LDAT e um telhado, terraço ou sacada deve ser de
no mínimo 4m, conforme apresentado no Desenho 010.11.
As distâncias indicadas no Desenho 010.11 para terraços, telhados ou sacadas não são válidas para
os casos em que os mesmos sejam acessíveis a pessoas. Nestes casos, à distância de segurança
da LDAT ao terraço, telhado ou sacada deve ser no mínimo 6m. As distâncias devem ainda ser
aumentadas convenientemente, se isso se fizer necessário, em vista da existência de equipamentos
como guindastes ou andaimes, piscinas, jardins, ou da execução de trabalhos de conservação,
extinção de incêndios, etc.
7.7.7 Distância de LDAT para Instalações Transportadoras, Veículos Rodoviários e Ferroviários
A distância mínima de segurança que o projetista deve prever entre o condutor da LDAT e
instalações transportadoras (teleféricos, bondinhos, etc.), veículos rodoviários e ferroviários deve ser
no mínimo 3m, conforme apresentado no Desenho 010.12.
8 PROJETO
O projeto deve ser elaborado com a inteira responsabilidade do projetista, considerando os aspectos
elétricos e dimensionais dos postes e estruturas, seguindo o que determina este critério. Nas plantas
do projeto da LDAT o projetista deve adotar as simbologias apresentadas no Desenho 010.15.
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8.1 Apresentação do Projeto
Os projetos para análise devem ser apresentados em 2 (duas) vias, plotados em papel opaco e em
meio magnético. A pasta do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes requisitos.
8.1.1 Identificação do Engenheiro Responsável
A empresa responsável pelo projeto deve apresentar a identificação, comprovação de
credenciamento junto a Coelce, o número do telefone e o endereço do responsável técnico.
8.1.2 Documentação
Deve ser apresentada a seguinte documentação:
a) uma via da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART;
b) cópia do Certificado de Credenciamento para elaboração de projeto e execução de obras, emitido
pela Coelce, caso necessário;
c) licença junto aos órgãos responsáveis, nos casos de travessias de ferrovias, rodovias ou
aproximação de aeroportos;
d) licença emitida pelo órgão responsável pela preservação do meio ambiente;
e) fichas cadastrais dos proprietários, conforme modelo apresentado no Anexo A;
f) Termo de Permissão de Passagem para Levantamento Topográfico quando a LDAT cruza
terrenos de terceiros, conforme modelo apresentado no Anexo B;
g) solicitação de documentação para Indenização de Faixa de Servidão, conforme modelo
apresentado no Anexo C.
h) resumo de Custo de Indenização de Linha de Distribuição Aérea de Alta Tensão, conforme Anexo
D.
8.1.3 Planta
Nos desenhos das plantas o projetista deve adotar a simbologia apresentada no Desenho 010.15.
Na pasta do projeto devem constar as seguintes plantas e documentos adicionais:
a) Mapa de Reconhecimento;
b) Perfil Planialtimétrico;
c) Mapa Chave;
d) Desenho dos detalhes a seguir, em plantas individuais:
−
cruzamento de linhas e redes;
−
travessias de rios;
−
travessias de rodovias;
−
travessias de ferrovias;
−
estaiamento especial;
−
desenho e montagem de estruturas especiais, com a justificativa da não utilização das
estruturas padronizadas nos PE-044, PE-045, PE-046, PE-047, PE-048 e PE-049.
e) documentos adicionais
−
folha de locação;
−
tabela de tensionamento;
−
laudo técnico de avaliação e levantamento cadastral de proprietários.
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8.1.4 Memorial de Cálculo do Aterramento da LDAT
Este memorial deve conter os cálculos dos aterramentos, a configuração da malha de cada
estrutura, com a quantidade de hastes e tipo do solo.
8.1.5 Memorial Descritivo
O Memorial Descritivo deve ser elaborado conforme modelo apresentado no Anexo E.
8.2 Análise e Aceitação do Projeto
Os projetos elaborados por terceiros devem ser analisados pela Coelce e seguir as seguintes
prescrições:
a) para aceitação pela Coelce o projeto deve, obrigatoriamente, estar de acordo com as normas e
padrões da Coelce, com as normas da ABNT e com as Normas e resoluções expedidas pelos
órgãos oficiais competentes;
b) após análise do projeto, a Coelce deve devolver uma via ao interessado, para providências;
c) toda e qualquer modificação no projeto já aceito, somente pode ser feita através do responsável
pelo mesmo, mediante consulta a Coelce;
d) a Coelce não receberá a obra caso haja discordância com o projeto aceito.
9 EXECUÇÃO, FISCALIZAÇÃO E COMISSIONAMENTO
O projeto e demais documentação legal deve estar disponível, a qualquer hora, no local da obra.
9.1 Procedimentos de Execução
Durante as etapas de levantamento de dados no campo, de projeto e de construção das linhas,
devem ser seguidos os Procedimentos de Execução - PEX, relativos a cada atividade que esteja
sendo executada.
9.1.1 Faixa de Servidão
A empresa responsável pela execução da obra deve fazer uma adequada limpeza da faixa de
servidão, conforme especificado nos seguintes Procedimentos de Execução:
– PEX-027 – Desmatamento e Redesmatamento de Redes de MT e AT (15kV e 72,5kV);
– PEX-051 – Construção e/ou Reforma de Linha de Distribuição de Alta Tensão.
9.1.2 Codificação de Postes e Estruturas
A empresa responsável pela execução da obra deve codificar os Postes e Estruturas de acordo com
o procedimento de execução PEX-061. Além disso, devem ser observados e adotados os seguintes
procedimentos:
a) quando o posteamento mudar de lado da rua, deve tomar o número da trilha correspondente, par
(lado direito) e ímpar (lado esquerdo);
b) quando um poste for deslocado do seu local de origem para outro local da LDAT, este poste deve
receber o código, adequado ao novo local;
c) quando um poste codificado for danificado e for necessário substituí-lo por outro no mesmo local
até 1(um) metro de distância, este novo poste deve receber o mesmo código do poste que foi
retirado da LDAT;
d) interligação de LDAT em estrutura tipo derivação deve ser pintado só um número para
cadastramento, embora o poste deva ser cadastrado nos dois circuitos;
e) quando, por qualquer motivo, o poste pertencente a uma SUBESTAÇÃO/LDAT passar a
pertencer a outra, é necessário fazer alteração no cadastro da LDAT informando que o poste
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ficou pertencendo a uma nova SUBESTAÇÃO/LDAT. A codificação existente no poste não será
alterada;
f) o campo da codificação deve ser pintado com aplicação de duas demãos de tinta esmalte
sintético na cor amarela, notação Munsell 5y8/12;
g) na codificação do poste será pintado sobre o campo amarelo, apenas o código operacional da
LDAT e o número seqüencial do poste, para os padrões rural e urbano. Nos casos de
intercalação de postes onde não seja possível renumerar a linha toda devido envolver um custo
significativo, recomenda-se que os postes intercalados sejam numerados segundo as letras A, B,
C, conforme apresentado na Figura 1:
30A
30C
30B
31B
31C
31A
Figura 1: Codificação de poste - Intercalação
h) os algarismos e letras devem ser pintados na cor preta, notação Munsell n.º 1 e possuir os tipos e
dimensões indicados no PEX-061 com duas demãos de esmalte sintético;
i) o campo deve ser pintado na face lisa do poste. Quando a face lisa não estiver para o lado da
rua, pintar na face voltada para o lado de crescimento da numeração, conforme detalhado no
PEX-061;
j) no caso de estruturas tipo H (HAR, HAL, HAB) com 2 postes, ou com 3 postes, tipo HALA, a
numeração deve ser feita no poste mais próximo da rua, conforme já apresentado nos itens
anteriores;
k) quando houver descida de cano de ferro ou eletroduto, do lado do poste que dá para rua ou
estrada, o campo e os códigos devem ser pintados neste mesmo lado, só que na vertical, sendo
o código operacional da LDAT a esquerda e o número do poste a direita do eletroduto, conforme
detalhado no PEX-061.
9.2 Fiscalização e Comissionamento da Obra
A área responsável pela fiscalização da nova linha deve acompanhar todo o processo de construção
constante nos procedimentos de execução: PEX-027, PEX-051 e PEX-061.
Um ponto importante que o fiscal da obra deve observar é o que diz respeito a utilização de
termômetro e dinamômetro para o correto tensionamento dos cabos de acordo com as trações
especificadas no projeto. A não utilização desses equipamentos deve ser informada pelo fiscal no
relatório de fiscalização para futura avaliação junto as Áreas envolvidas e maior acompanhamento
das flechas da LDAT. Além disso, na fase de fiscalização e comissionamento deve ser contemplado:
a) a Coelce fiscaliza os projetistas/empresas parceiras contratadas para elaboração dos projetos,
devendo os mesmos informarem toda a metodologia e ferramentas utilizadas para tal, e que
atenda a todos os itens especificados nos contratos para execução de serviço;
b) antes de ser energizada, a LDAT deve ser cuidadosamente inspecionada a fim de verificar a
conformidade com o projeto, com as normas técnicas e o seu correto acabamento;
c) uma cópia do relatório de inspeção deve ser fornecida ao construtor para que o mesmo possa
adotar medidas corretivas necessárias;
d) verificar a adequada sinalização e pintura;
e) verificar o acabamento e concerto de calçadas;
f) deve ser dada atenção especial aos postes da LDAT implantados muito próximos aos muros e
edificações, devido às calçadas estreitas, isso para não possibilitar o acesso de terceiros às
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residências utilizando as gavetas do postes. Para isso, as gavetas mais próximas do solo devem
ser completadas com argamassa;
g) observar a limpeza de todos os locais utilizados durante a execução da obra, devendo todos os
lugares ficarem limpos e livres de qualquer tipo de entulho, sobras de construção, galhos,
gravetos, etc..
Para uma melhor fiscalização e entendimento, o inspetor deve ter a consciência que a convenção do
faseamento das LDATs a ser seguida é a convencionada pela CHESF, devendo um observador de
costas para fonte e olhando de frente para a estrutura, as fases devem iniciar da esquerda para
direita independente da estrutura.
9.3 Medição de Aterramento nas Fases de Construção e Comissionamento
9.3.1 Medição de Resistência de Pé de Estrutura
A medição de resistência de pé de estrutura, deve ser realizada observando os seguintes critérios:
– durante as medições em estrutura que possuam para-raios, os mesmos devem ser totalmente
isolados da estrutura;
– os eletrodos auxiliares tem um comprimento de 70cm, e a cravação dos mesmos deve ser
executada na vertical de modo firme e contínuo, a uma profundidade de aproximadamente 60cm;
– as medições devem ser realizadas com solo mais seco possível. Recomenda-se que não sejam
executados ensaios em dias chuvosos ou sujeitos a trovoadas;
– quando o cabo do aterramento não estiver embutido no poste, o mesmo deve ser instalado via
um eletroduto;
– em hipótese alguma a haste de terra deve ser aterrada no mesmo buraco do poste.
– a resistência de aterramento de pé de torre deve atingir um valor o mais próximo possível de 20Ω
(ohms).
9.3.2 Medição da Resistência de Aterramento durante a Fase de Construção
Na fase de construção, após concluído o aterramento, a empresa responsável pela execução do
serviço deve realizar as medições de aterramento nas estruturas definidas no memorial de cálculo
de aterramento com as piores resistividades do solo, isso ao longo dos diversos trechos da LDAT.
Após concluir as medições de aterramento da LDAT a empresa responsável pela execução
serviço deve emitir um Relatório Final de Medição de Resistência de Aterramento contendo
valores medidos com o horário e a data da medição. Este relatório será submetido a aprovação
Coelce e caso considere necessário a mesma poderá solicitar novas medições de resistência
terra.
do
os
da
de
9.3.3 Medição da Resistência de Aterramento durante a Fase de Comissionamento
A empresa, ou área de Coelce, responsável pelo comissionamento da LDAT deve escolher 10% das
estruturas da LDAT e realizar novas medições de resistência de terra para verificar a veracidade do
relatório e memorial de cálculo emitido pela empresa responsável pelo projeto e de execução da
obra. Esta amostragem deve ser por tipo de solo.
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ANEXOS
Anexo A – Ficha Cadastral de Proprietários
Anexo B – Termo de Permissão para Levantamento Topográfico
Anexo C– Documentação para Indenização de Faixa de Servidão de LDAT
Anexo D – Resumo de Custo de Indenização de LDAT
Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo
Desenho 010.01 – Modelo Orientativo – Perfil Planialtimétrico
Desenho 010.02 – Tipos de Engastamentos de Postes
Desenho 010.03 – Detalhes de Aterramento – Cruzamento sobre Cerca Eletrificada
Desenho 010.04 – Indicador de Corrente de Falha 72,5 kV para LDATs – Instalação em Cabo
Desenho 010.05 – Travessia - Modelo
Desenho 010.06 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Locais Acessíveis apenas a
Pedestres ou onde Circulam Máquinas Agrícolas
Desenho 010.07 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Rodovias, Ruas e Avenidas
Desenho 010.08 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Ferrovias
Desenho 010.09 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Águas Navegáveis ou Não
Navegáveis
Desenho 010.10 – Distâncias Mínimas de Segurança – Travessia sobre Linhas e Redes
Desenho 010.11 – Distâncias Mínimas de Segurança – LDAT próxima a Paredes, Telhados,
Terraços ou Sacadas
Desenho 010.12 – Distâncias Mínimas de Segurança – LDAT próxima a Instalações Transportadores,
Veículos Rodoviários e Ferroviários
Desenho 010.13 – Tipos de Aterramento em Estruturas de Linhas de Transmissão
Desenho 010.14 – Medição da Resistividade
Desenho 010.15 – Simbologia
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Anexo A – Ficha Cadastral de Proprietários
FICHA CADASTRAL DE PROPRIETÁRIOS
LDAT 72,5kV ____________________ / ____________________
FICHA CADASTRAL Nº: _________
PARCEIRA RESPONSÁVEL: ______________________________________________________________
NOME COMPLETO DO PROPRIETÁRIO: ____________________________________________________
______________________________________________________________________________________
IDENTIDADE: _________________________________
CPF: __________________________________
ENDEREÇO COMPLETO DA LOCALIDADE ATINGIDA PELA FAIXA DE SERVIDÃO: _______________
______________________________________________________________________________________
TELEFONE: __________________ FAX: _____________________ CELULAR: ____________________
ESTACA INICIAL: ________ +________ ESTACA FINAL: ________ + ________ LARGURA: _______ (m)
COMPRIMENTO: __________ (m) ÁREA: __________ (m2) ÁREA DA PROPRIEDADE: __________ (m2)
Benfeitorias (reprodutiva e não reprodutiva)
Item
Descrição
Quantidade
Unidade
Subtotal
Preço
unitário
(R$)
TOTAL (R$)
OBSERVAÇÕES GERAIS:
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
Fortaleza, ________ de _____________________ de ________
__________________________________________
Parceira (Assinatura e Carimbo)
NOTA: Os dados aqui registrados terão que ser consistentes e quando necessário, sujeitos à comprovação
técnica cuja responsabilidade é só do assinante da presente ficha cadastral.
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Anexo B – Termo de Permissão para Levantamento Topográfico
PERMISSÃO PARA LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
Sr(a) __________________________________________________________________________
A Área da Engenharia de Rede AT, da Companhia Energética do Ceará – Coelce, leva ao conhecimento de
V.Sa, que estamos iniciando os estudos topográficos para a construção de uma Linha de Distribuição de
Alta Tensão (LDAT) de 72,5kV, interligando as localidades de ________________________ a
_________________________, com o objetivo de melhorar a qualidade de energia na sua região.
Solicitamos, portanto, permissão para darmos início ao levantamento topográfico, na sua propriedade,
buscando definir o encaminhamento real da linha.
Esclarecemos que o levantamento topográfico consiste em medições com instrumentos, fixação de piquetes
e provável poda de vegetação para abrir o caminhamento.
Caso a LDAT venha realmente a passar por dentro de sua propriedade, comunicaremos posteriormente, a
V.S.a para que possa providenciar a documentação necessária (RG (identidade); CPF; documento
comprobatório de propriedade ou posse do imóvel) para efetuarmos o pagamento da indenização que lhe
for devida.
Antecipadamente, agradecemos a atenção.
Área da Engenharia de Rede AT - Coelce
Fortaleza, ________ de ______________________ de ________
____________________________________
Assinatura do Proprietário ou Responsável
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Anexo C – Documentação para Indenização de Faixa de Servidão de LDAT
SOLICITAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO PARA
INDENIZAÇÃO DE FAIXA DE SERVIDÃO DE LDAT
Sr(a) __________________________________________________________________________________
A Área da Engenharia de Rede AT, da Companhia Energética do Ceará – Coelce, leva ao conhecimento
de V.S.a, que os estudos topográficos realizados em sua propriedade, concluíram da necessidade da Linha
de
Distribuição
de
Alta
Tensão
(LDAT)
de
72,5kV,
que
interligará
as
localidades
de
_______________________ a _______________________, passar por dentro de sua propriedade.
Com efeito, deveremos proceder a devida indenização, pelo que de logo solicitamos providenciar os
seguintes documentos: RG (identidade); CPF; documento comprobatório de propriedade ou posse do
imóvel.
Objetivando a agilização dos serviços, solicitamos a V.S.a permissão para adentrarmos a sua propriedade,
para iniciarmos a execução dos serviços.
Antecipadamente, agradecemos a atenção.
Área da Engenharia de Rede AT - Coelce
Fortaleza, ________ de ______________________ de ________
____________________________________
Assinatura do Proprietário ou Responsável
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Anexo D – Resumo de Custo de Indenização de LDAT
(R$/km)
Ind./ m²
(R$)
Percentual (%) da
Indenização em
Relação ao Custo
Total da LDAT
(R$)
Custo Total da LDAT
(m²)
Indenização por m
(m²)
Custo da
Indenização por km
Total
(m²)
Custo Total da
Indenização
Rural
(km)
Urbana
LDAT
Extensão
Área
2
RESUMO DE CUSTO DE INDENIZAÇÃO DE LDAT
(%)
Localidade
Período
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Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo
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Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (continuação)
SUMÁRIO
1. OBJETIVO
2. LOCALIZAÇÃO
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS
4. DADOS DE PROJETO
4.1. DADOS DO CABO
4.2. CONDIÇÕES AMBIENTAIS
4.3. HIPÓTESES DE CARREGAMENTO
4.3.1 Máximo Carregamento
4.3.2 Condição de Trabalho de Maior Duração (Condição Diária – EDS)
4.3.3 Flecha Mínima
5. VÃO BÁSICO x VÃO REGULADOR
6. CONDIÇÃO REGENTE DO PROJETO
7. LANÇAMENTO E PRÉ-TENSIONAMENTO
8. FLUÊNCIA METÁLICA
9. NIVELAMENTO E GRAMPEAMENTO
10. QUANTIDADE DE POSTES E ESTRUTURAS
11. ANEXO A
12. ANEXO B
13. ANEXO C
14. ANEXO D
15. ANEXO E
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Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (continuação)
1. OBJETIVO
Construção de Linha de Distribuição de Alta Tensão (LDAT) de 72,5kV que tem como origem o barramento
da SED PRESIDENTE KENNEDY e será interligada a SED MAGUARY, ambas de propriedade da Coelce.
2. LOCALIZAÇÃO
A LDAT 72,5kV PRESIDENTE KENNEDY / MAGUARY - 02P5 localiza-se no município de Fortaleza
apresentando uma extensão de 5,1km.
3. CARACTERÍSTICAS GERAIS
As estruturas seguem o padrão urbano da Coelce, portanto tem uma configuração vertical e utilizam postes
em concreto armado. Neste padrão de estruturas tanto as suspensões como as ancoragens são
autoportantes.
De acordo com os estudos de fluxo de carga e queda de tensão realizados pela Área de Planejamento da
Coelce, o cabo definido foi o cabo CAL 500mm². As cadeias de isoladores utilizam isoladores poliméricos
para classe de tensão 72,5kV.
4. DADOS DE PROJETO
O projeto foi desenvolvido de acordo com a norma NBR 5422, e foram utilizados os seguintes dados:
4.1 Dados do Cabo
Material ......................................................................................................... Alumínio/Liga
Código .......................................................................................................... GREELEY
Formação ..................................................................................................... 37 fios
Seção Nominal.............................................................................................. 469,80mm²
Diâmetro Nominal ......................................................................................... 29,05mm
Massa ........................................................................................................... 1.397kg/km
Tração de Ruptura ........................................................................................ 14.583daN
Módulo de Elasticidade Inicial ....................................................................... 4.500kg/mm²
Módulo de Elasticidade Final ......................................................................... 5.976kg/mm²
Coeficiente de Dilatação Térmica Inicial ........................................................ 23x10-5 1/ºC
Coeficiente de Dilatação Térmica Final.......................................................... 23x10-5 1/ºC
4.2 Condições Ambientais
Temperatura Mínima ..................................................................................... 15ºC
Temperatura Máxima Média.......................................................................... 25ºC
Temperatura Máxima no Condutor ................................................................ 85ºC
Temperatura Coincidente com Vento Máximo ............................................... 20ºC
Velocidade do Vento de Projeto .................................................................... 29,16 m/s
4.3. Hipóteses de Carregamento
A norma ABNT NBR 5422 prevê que na determinação dos esforços mecânicos nos cabos devam ser
elaboradas as seguintes hipóteses de carregamento:
4.3.1 Máximo Carregamento
– Temperatura - igual à temperatura coincidente por ocasião do vento máximo;
– Velocidade do Vento - igual à velocidade do vento de projeto;
– Tração Máxima nos Cabos - 6% da tração de ruptura do cabo.
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Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (continuação)
4.3.2 Condição de Trabalho de Maior Duração (Condição Diária - EDS)
– Temperatura - igual à temperatura máxima média;
– Velocidade do Vento - nula;
– Tração Máxima nos Cabos - 3% da tração de ruptura do cabo.
4.3.3 Flecha Mínima
– Temperatura - igual à temperatura mínima;
– Velocidade do Vento - nula;
– Tração Máxima dos Cabos - 6% da tração de ruptura do cabo.
Para os trechos urbanos, em função dos fatos já mencionados, os limites de tração impostos aos cabos
assumem valores reduzidos em relação aos valores máximos admissíveis pela norma ABNT NBR 5422.
Estes valores são variáveis em função dos vãos, uma vez que vãos pequenos apresentam fortes variações
de tração em função da variação da temperatura, o que poderia exigir estruturas de ancoragem pesadas
nestes vãos.
A Tabela de Locação e Parâmetros de Projeto, apresentada no Anexo A, mostra os valores das trações em
cada hipótese de carregamento para cada tramo da LDAT.
5. VÃO BÁSICO x VÃO REGULADOR
Ao longo da LDAT foram estimados vários vãos básicos, a fim de se iniciar o processo de locação das
estruturas sobre os perfis do terreno. Após se concluir a locação das estruturas de uma seção de
tensionamento, foi calculado o vão isolado virtual que tem o mesmo comportamento mecânico do tramo.
Este vão é denominado de vão regulador, o qual será usado para calcular a curva para locação definitiva
das estruturas em questão.
6. CONDIÇÕES REGENTES DE PROJETO
A partir do valor da tração de partida de projeto (EDS), são verificados para cada valor de vão básico
adotado, os esforços máximos de tração calculados para as condições limitantes (temperatura mínima e
vento máximo).
Estes esforços máximos deverão ser inferiores aos limitantes adotados nas condições de carregamento.
Para isso, torna-se necessário em determinados valores de vão básico adotado, diminuir o valor da tração
de partida de projeto (EDS). Quando isso ocorre aparece na coluna “condição de governo” a descrição
“temperatura mínima” ou “vento máximo”. Quando na coluna “condição de governo” aparece “EDS”, significa
que o valor da tração de partida de projeto (EDS) atende as condições de carregamento do cabo.
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Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (continuação)
7. LANÇAMENTO E PRÉ-TENSIONAMENTO
Nos trechos urbanos os cabos deverão ser lançados sobre roldanas de baixo atrito e permanecer em repouso
com uma tração de 2% da tração de ruptura dos cabos, por um período de 3 horas, depois permanecer em
repouso com uma tração de 5% da tração de ruptura dos cabos, por um período de 1 hora.
Durante o lançamento, pré-tensionamento nivelamento e grampeamento dos cabos deverão ser tomados
medidas adicionais de estaiamento das estruturas a fim de que os esforços dinâmicos e estáticos destas
operações não venham a comprometer a integridade das estruturas e o seu engastamento no solo.
8. FLUÊNCIA METÁLICA
Os valores dos alongamentos dos cabos, resultantes do efeito da fluência metálica foram calculados a partir
das equações de Harvey e Larson, metodologia recomendada pelo IEEE. O período considerado foi de 10
anos.
O alongamento final considerado para locação das estruturas foi resultado do alongamento total durante o
período acima, aplicando-se a tração da condição diária, deduzindo-se as parcelas ocorridas durante o
lançamento e pré-tensionamento dos cabos.
9. NIVELAMENTO E GRAMPEAMENTO
Após serem atendidas as exigências de lançamento e pré-tensionamento, os cabos deverão ser
tensionados/nivelados e grampeados, de modo a garantir as distâncias de segurança previstas no projeto e
não aplicar esforços sobre as estruturas acima dos valores especificados.
A tabela de tensionamento mostra as trações dos cabos para diversas temperaturas, em cada tramo, bem
como os valores das flechas de cada vão, de todos os tramos, para cada uma das temperaturas da tabela.
Vale salientar que os valores de temperatura da tabela deverão ser comparados com os valores de
temperatura dos cabos medida no ato do nivelamento e a partir daí encontrado na tabela o valor
correspondente da tração dos cabos bem como o valor das flechas dos vãos escolhidos como vãos de
controle do nivelamento de cada tramo.
Os valores de tração foram calculados por programa computacional e baseiam-se nas curvas tensão x
deformação de cabos, referência “THE ALUMINUM ASSOCIATION - 1969”, para as condições de
carregamento adotadas.
Para se obter as flechas foi usado a equação da catenária aplicada para cada vão, de todos os tramos, nas
diversas trações correspondentes a cada temperatura.
10. QUANTIDADE DE POSTES E ESTRUTURAS
QUANTIDADE DE ESTRUTURAS Î 67
CVAR 600/17 Î 21
CVAR 1000/20 Î 18
CVAL 2400/17 Î 24
CVALA 2400/17 Î 01
CVAB 2400/17 Î 01
CVAG 2400/20 Î 02
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Anexo E – Modelo de Memorial Descritivo (conclusão)
QUANTIDADE DE POSTES Î 89
600/17 Î 21
1000/20 Î 18
2400/17 Î 26
2400/20 Î 24
11. ANEXO A - TABELA DE LOCAÇÃO E PARÂMETROS DE PROJETO
12. ANEXO B - TABELA DE TENSIONAMENTO
13. ANEXO C - LISTA DE MATERIAL
14. ANEXO D - ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART
15. ANEXO E - INFORME AMBIENTAL PRELIMINAR - RPA-10/01
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Emissão
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VER DETALHE 1
DETALHE 1
INSTALAÇÃO DO INDICADOR DE CORRENTE
DE FALHA 72,5kV EM CABOS
coelce
INDICADOR DE CORRENTE DE FALHA 72,5kV
PARA LDAT's
INSTALAÇÃO EM CABO
Editado
Verificado
MATHEUS LUCENA 14 06 13
FELIPE CARDOSO
Substitui Des. N°
De Acordo
010.07
27 12 04
ROBERTO GENTIL
Código
/
CP-010
R-02
Escala
/
S/E
14 06 13
010.04
Folha
Página
41/52
Desenho N°
14 06 13
Revisão
1/1

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