Iglaci Cassado Munhoz - ed. 86, pag. 14

Transcrição

Iglaci Cassado Munhoz - ed. 86, pag. 14
Piccolo racconto:
IL CUORE IN TASCA
di Maurizia Sacchi Giovannini
Roberta, 18 anni, si distingueva tra
le compagne di classe per il faccino
dalle guance rotonde, gli occhi vivaci
sotto una frangetta spettinata di capelli
castani e un sorriso ancora un po'
fanciullesco. La "bella" però, era
Marisa, bionda, occhi azzurri, flessuosa,
ma inaccessibile. Passava davanti ai
compagni, naso all'insù, senza degnarli
di uno sguardo.
È una mattina di primavera. Entra il
professore di italiano per la "lectura
Dantis". È sempre un'esperienza emozionante: il professore ha una calda voce
baritonale e ancora un bell'aspetto.
Dicono che in gioventù volesse fare
l'attore. L'aula si trasforma in un grande
teatro animato dalla voce e dalle qualità
interpretative del professore
- Marco Riviera ! - tuona ad un certo
punto la sua voce interrompendo bruscamente quel momento magico. - Marco
Riviera !- ripete. Lui era solito chiamare
gli studenti per nome e cognome. - Dante
ti avrebbe condannato tra gli accidiosi.
Sei inerte e neghittoso, oggi. Non ti
appassiona più il grande poeta?
Il professore era solito rispettare la terminologia appropriata, a volte un po'
aulica.
- Prendo appunti, professore - tenta di
scusarsi Marco.
- Non è il momento di scrivere, ma di
ascoltare e imparare! Che appunti saranno
poi... portali qua!
Marco arriva alla cattedra trasognato,
più che intimorito e consegna un foglio.
- Lo immaginavo, non sono appunti...
sono... no... è una poesia.
- Professore, non merita la sua lettura mormora Marco.
- L'ho già letta. È una bella poesia
d'amore - commenta l'insegnante.- La
leggerò alla classe.
Un attimo di silenzio e poi gli applausi, insieme a qualche fischio di approvazione o di invidia: Marco è consacrato
"poeta".
14 – ORIUNDI – Dezembro 2007
- Basta, andiamo avanti con Dante,
adesso.
Marco si affloscia sulla sedia. Il
professore non lo riprende più, però al termine dell'ora, gli fa cenno di avvicinarsi
e gli dice in tono incoraggiante:
- Marco Riviera, hai della stoffa. Continua a scrivere poesie.
Il giorno dopo, come il solito, ogni
ragazza entrando in aula, va ad indossare il proprio grembiule appeso all'attaccapanni. Un cartoncino rosa nella
tasca del grembiule di Roberta. Su una
faccia: Per te. Sull'altra, la poesia di
Marco Riviera. Un'emozione così forte
Roberta non l'aveva mai provata. Col
naso tra libri e quaderni, non osa alzare
lo sguardo. Lusingata da quella poesia
che è una dichiarazione d'amore, sa
però che non ha alcun interesse per
Marco. Che fare?
In una calda mattina, la bionda e
flessuosa Marisa appare in classe sorridendo
e salutando persino qualche compagno.
- Forse ha vinto un concorso di bellezza - insinua qualcuno.
Quando il caldo aumenta, Marisa usa
come ventaglio ... quel cartoncino rosa
mettendolo ben in vista! La compagna di
banco riconosce la poesia di Marco e con
un significativo cenno fa convergere
l'attenzione di tutta la classe su quel
binomio: Marisa e Marco. La bella e il
poeta. I binomi algebrici che il professore
di matematica sta tracciando meticolosamente sulla lavagna, non sono che
sghiribizzi senza senso. Anche Marco si
accorge che il suo poetico cartoncino sta
nelle mani di Marisa.. Non si rende conto
di come sia arrivato a lei. "Avrò sbagliato
grembiule?" si domanda.
La risposta viene dallo sguardo della
stessa Roberta. Lui accenna un sorriso. Ha
capito.
All'uscita dalla scuola, Marisa si
affianca a Marco il quale l'abbraccia.
Perché non arrendersi a quel piacevole
imprevisto?
Genealogia:
LIÇÕES DE E POR AMOR
por Iglaci Cassado Munhoz*
Terminou no dia 10/11, no Memorial do Imigrante, o 6º Curso de
Genealogia e Imigração Italiana, ministrado pelo Prof. Virginio Mantesso Neto. Um
local mais simbólico e sugestivo não poderia haver.
Saímos felizes com tudo que ali aprendemos e vivenciamos, porém tristes também pela despedida. Despedida? Duvido! Mais do que um simples curso, esses encontros nos proporcionaram, além
do conhecimento que buscávamos, a
oportunidade de novas amizades, a troca de experiências e momentos de emoção indescritíveis.
Além das aulas nos seus dias e horários estabelecidos, tivemos também atividades opcionais, em outras ocasiões, fora
do programa oficial.
Entre essas, contamos com as apresentações de simpáticos convidados, que não
só trouxeram as informações específicas
necessárias como também nos presentearam com suas histórias pessoais. Realizamos também passeios e visitas a lugares
históricos, uma delas foi à cidade de Santos no dia 11 de novembro, um domingo.
Saímos de São Paulo em ônibus fretado, com o Prof Virginio nos passando informações preciosas não só da cidade.
Chegando lá, encontramo-nos com a guia
local que num tour animado nos apresentou a cidade, com seus pontos turísticos,
suas peculiaridades e sua história. Depois,
num agradável passeio de escuna, percorremos toda a parte do Porto. Almoçamos
em um restaurante italiano num típico
almoço igualmente italiano, ou seja, alegre, festivo, animadíssimo. Após o almoço visitamos o Museu do Café, fizemos
um passeio de bonde pelo Centro Histórico e encerramos com a subida ao Monte
Serrat, guardando na memória a maravilhosa vista de toda a cidade que se tem de
lá do alto.
Com todas essas experiências, se no
início do curso nos sentíamos unidos pelo
mesmo objetivo de busca de conhecimento, no fim descobrimos que estamos unidos também pelo mesmo sentimento: de
Amor.
Amor a eles, nossos ancestrais que nos
deram a vida.
Amor a todos, imigrantes ou descendentes, que sofreram e sofrem discriminações, injustiças, preconceitos em todo o
mundo.
Atiçado esse sentimento de fraternidade italiana que já trazemos nos nossos
genes, ele se transforma rapidamente em
algo maior: um sentimento de fraternidade
a todos, independente de raça; um sentimento de fraternidade universal. Sem dúvida todas essas reflexões e vivências nos
transformam, para melhor, acredito eu.
Obrigada Prof. Virginio, digo, primo
Virginio, porque durante o curso descobrimos que temos um certo grau de parentesco por afinidade, o que me deixou muito feliz. Não falei que esse curso é feito
também de gratas surpresas e fortes emoções?
Obrigada também meus novos amigos
que juntos pudemos nos sentir como uma
grande família.
O curso terminou, mas as emoções com
certeza continuam...
Quem se interessar, em março tem nova
turma, não percam!
* Iglaci Cassado Munhoz participou do
6.º Curso de Genealogia e Imigração Italiana, promovido pelo Memorial do Imigrante de S. Paulo