elementos da linguagem visual aplicados à percepção e cognição tátil
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elementos da linguagem visual aplicados à percepção e cognição tátil
ELEMENTOS DA LINGUAGEM VISUAL APLICADOS À PERCEPÇÃO E COGNIÇÃO TÁTIL Mari Ines Piekas Mari Ines Piekas é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina, na Linha de Pesquisa Ensino das Artes Visuais, sob orientação da Profª Drª Maria Lúcia Batezat Duarte. Resumo: O texto apresenta uma pesquisai em andamento sobre elementos da linguagem visual, percepção, cognição tátil e ensino de desenho para crianças cegas a partir de desenhos de crianças visuaisii. O aporte teórico aborda o desenho da criança, teoria da forma e linguagem gráfica, psicologia da percepção, deficiência visual e educação inclusiva. A metodologia contempla estudos de campo piloto, estudos de casos múltiplos e entrevistas, visando contextos de ensino que possam colaborar para a prática da inclusão. Palavras-chave: elementos da linguagem visual, percepção tátil, deficiência visual, educação inclusiva. ELEMENTS OF VISUAL LANGUAGE APPLIED TO TACTILE PERCEPTION AND COGNITION Abstract: The paper presents an ongoing research on elements of visual language, perception, cognition and tactile design for teaching blind children from drawings made by children who see. The theoretical framework addresses the child's drawing, gestalt theory and graphic language, psychology of perception, visual disability and inclusive education. The methodology includes pilot field studies, multiple case studies and interviews, aimed at teaching contexts that may contribute to the practice of inclusion. Keywords: elements of visual language, tactile perception, visual disabilities, inclusive education. Introdução Sabendo-se da possibilidade de ensino de desenho para crianças e adolescentes cegos congênitos (DUARTE, 2011, PIEKAS, 2010), formulou-se a seguinte questão: é possível que crianças e adolescentes com essa deficiência possam utilizar elementos da linguagem visual, como ponto, linha, forma, direção, tom, cor, textura, escala, 1 dimensão, movimento (DONDIS, 2007) na construção de seus desenhos, de maneira semelhante aos desenhos realizados por crianças visuais? Por meio de dados levantados verificou-se a escassez de metodologias de ensino de desenho na área da deficiência visual (PIEKAS, 2010). Laplane & Batista (2008) evidenciam a falta de material didático para uso conjunto de crianças cegas congênitas e crianças visuais no ambiente escolar, o que muitas vezes acarreta o isolamento social da criança cega. Da mesma maneira, Lima (2001) contribui dizendo que a falta e/ou inadequação de materiais gráficos e pedagógicos para a leitura de imagens táteis na sala de aula prejudica o acesso à comunicação de pessoas com deficiência visual, comprometendo muitas vezes o seu aprendizado. A esse respeito, Lima & Da Silva (2010), a partir de estudos de Lima et al. propõe que, 1) se desenvolva (...) uma linguagem própria para a representação pictórica tangível; 2) que essa linguagem seja ensinada às crianças portadoras de limitação visual; 3) que o desenho faça parte do cotidiano da criança cega, como o faz da criança vidente; 4) que se faça pesquisa, visando à padronização da produção desses desenhos (...). (apud LIMA & DA SILVA, 2010, s.p.). Para Millar, “treinar com materiais bidimensionais nos quais direções e ângulos possam ser sentidos um em relação ao outro pode facilitar a orientação espacial por crianças cegas.” (apud LIMA, 2001, p. 36). A este propósito, muitos dos resultados alcançados a partir de estudos com crianças e adolescentes cegos congênitos, principalmente os que se referem ao ensino de desenho de esquemas gráficos por meio do aprendizado inicial de linhas e figuras geométricas básicas (DUARTE, 2011; PIEKAS, 2010), são significativos e motivadores para a continuidade de investigações nessa área. Vale ressaltar que, segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, Cabe a todos, principalmente aos setores de pesquisa, às Universidades, o desenvolvimento de estudos na busca dos melhores recursos para auxiliar/ampliar a capacidade das pessoas com necessidades educacionais especiais de se comunicar, de se locomover e de participar de maneira cada vez mais autônoma do meio educacional, da vida produtiva e da vida social, exercendo assim, de maneira plena, a sua cidadania. Estudos e pesquisas sobre inovações na prática pedagógica e desenvolvimento e 2 aplicação de novas tecnologias ao processo educativo, por exemplo, são de grande relevância para o avanço das práticas inclusivas, assim como as atividades de extensão junto às comunidades escolares. (BRASIL, 2001, p. 32-33). Com base nessas considerações, é pertinente organizar estratégias de ensino de desenho para crianças e adolescentes com deficiência visual, visando a elaboração e aperfeiçoamento de metodologias no que se refere à leitura e aprendizagem tátil de desenhos em relevo, ampliando assim as possibilidades comunicacionais dessas pessoas, auxiliando-as no amadurecimento da linguagem, como também favorecendo o seu desenvolvimento socioeducacional e cognitivo. Mais especificamente, a presente pesquisa visa ampliar o repertório gráfico de crianças e adolescentes cegos congênitos, no que se refere ao estudo de linhas, figuras geométricas básicas, desenhos de objetos e de animais; ampliar seus conhecimentos sobre noções de cor, textura, direção, escala, dimensão e movimento; levantar dados sobre a percepção tátil de objetos, sobre a forma, superfície, dimensões e proporções. Da mesma maneira, a pesquisa pretende também estimular práticas pedagógicas que favorecem a formação de uma cultura inclusiva; propiciar, pela atividade de desenho, maior interação da criança cega com os colegas visuais, afastando-a do isolamento social; colaborar com a formação de conceitos e melhor conhecimento a respeito dos objetos do seu entorno; melhorar as condições de aprendizado de desenho dessas crianças, no âmbito comunicacional, informacional, cognitivo, e socioeducacional; propiciar ao professor mais recursos pedagógicos que poderão ser usados em aulas de artes, literatura, matemática, ciências, dentre outras, sempre que a representação gráfica for solicitada; colaborar com estudos voltados para o Desenho Universal; beneficiar outras pesquisas como aquelas que visam estabelecer critérios para a representação de desenhos em relevo e em linha de contorno tátil, quanto às suas dimensões e grau de complexidade, inseridos em materiais didáticopedagógicos, livros de literatura, brinquedos, sinalização, embalagens e demais suportes que necessitem utilizar o desenho como recurso de informação às pessoas cegas; cooperar com projetos sociais, que priorizam a educação especial e a inclusão e que envolvem a Tecnologia Assistiva na qualidade de equipamentos e serviços; estabelecer critérios para a confecção de maquetes de objetos, no que se refere aos aspectos 3 dimensionais e formais, considerando-se que a leitura tátil do objeto ou maquete tridimensional é fundamental para a compreensão do desenho a ser realizado; proporcionar maior interação entre profissionais das áreas de educação, pedagogia, arte, design, psicologia, medicina e outras. Metodologia A pesquisa caracteriza-se como investigatória na área do ensino de desenho no âmbito da deficiência visual e da inclusão. Contempla estudo de campo piloto com crianças visuais, a serem realizados em escolas regulares de ensino fundamental, entrevistas com cegos congênitos adultos e estudos de casos múltiplos com crianças e adolescentes cegos congênitos, a serem realizados em centros de apoio especializados. O projeto foi submetido ao CEPSH – Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos, para o qual foram também elaborados todos os documentos necessários para a realização da investigaçãoiii. O estudo de campo piloto conta com a participação de cerca de 120 crianças visuais na faixa etária de 6 a 12 anos de idade, de duas escolas municipais de ensino, com o propósito de verificar como essas crianças nomeiam, colorem, representam texturas, estabelecem relações de tamanho e escala, bem como a representação do movimento, tendo como referência o livro Dicionário Pictográfico para Educação Inclusiva – Parte 1 - Animais (DUARTE & PIEKAS, 2013). Todas as atividades têm por finalidade levantar dados a respeito de elementos da linguagem visual, a fim de que possam colaborar para os procedimentos metodológicos de ensino de desenho com as crianças e adolescentes cegos congênitos. As entrevistas com cegos adultos congênitos tratam da percepção tátil de objetos a fim de levantar dados sobre forma, superfície (texturas), dimensões e proporções. Os estudos de casos múltiplos com crianças e adolescentes cegos congênitos pretendem acompanhar o desenvolvimento gráfico de quatro crianças e adolescentes com cegueira congênita, sem outra deficiência adquirida, na faixa etária entre 6 e 16 anos. Os desenhos específicos do método abordado (DUARTE & PIEKAS, 2013) envolvem o estudo de pontos, linhas, figuras geométricas básicas e a relação entre estes elementos, 4 que resultam em desenhos de animais. Entretanto, para esta investigação serão introduzidos outros desmembramentos possíveis do método, como o estudo da cor, textura, direção, escala, dimensão e movimento. Todos os exercícios serão realizados passo-a-passo, com orientação constante da pesquisadora, no ritmo de estudo próprio de cada participante. O perfil metodológico desta investigação compreende estudos de casos múltiplos (Yin, 2005), pois está dividido em unidades de análise, uma para cada participante, em sessões individuais de desenho, e que têm por objetivo verificar a ocorrência da assimilação dos conteúdos por meio do uso do material pedagógico proposto, avaliando-se primeiramente os resultados individuais de cada um, e depois relacionando-os entre si, a fim de se verificar a aplicabilidade dos procedimentos e materiais utilizados. Segundo Yin (2005), os estudos de casos múltiplos investigam as características de um grupo específico, neste caso de crianças e adolescentes cegos congênitos, onde é possível saber mais sobre seu universo, além da investigação estar também inserida dentro de um contexto de vida real, ou seja, no cotidiano escolar destes sujeitos. O uso do material pedagógico proposto nas sessões (Figura 1Figura 1) e os dados obtidos de cada participante fornecerão subsídios para uma análise do conjunto, o que permitirá verificar futuramente se esse material poderá ser utilizado por crianças com deficiência visual no aprendizado de desenho. Figura 1. Proposta de materiais para serem utilizados nos exercícios de desenho dos pictogramas: 1. prancha com superfície áspera (tipo tela) ou em material macio (tipo E.V.A.), para crianças invisuais; 2. objeto ou maquete tridimensional; 3. planificação do pictograma em material espesso, dividido em componentes; 4. folha de papel sulfite; 5. lápis; 6. cartela com desenho do pictograma (em linha de contorno e em relevo tátil, para crianças invisuais). Fonte: Duarte & Piekas (2013). 5 Esta pesquisa insere-se no âmbito da investigação qualitativa, refletindo algumas das características descritas por Bogdan & Biklen (1994) ao conduzir-se a pesquisa no próprio local de estudo, sendo esta essencialmente descritiva, onde os dados recolhidos são constituídos de palavras e imagens provenientes de entrevistas, desenhos dos alunos, fotografias, vídeos e anotações em diário de campo, valorizando-se tanto o processo quanto o seu resultado, como também observando nos sujeitos participantes a maneira como eles experimentam, interpretam e estruturam suas experiências de mundo. Os dados quantitativos resultantes da coleta complementam a análise qualitativa, pois possibilitam acompanhar o desenvolvimento específico de cada aluno, em relação à metodologia usada. Como parte dos instrumentos de coleta de dados, será realizada entrevista estruturada (GIL, 1999); (LAKATOS & MARCONI, 2008), a partir de um roteiro com questões invariáveis, simples e diretas para averiguar as relações dos alunos com o desenho, bem como o que eles sabem desenhar, antes do início do estudo. Da mesma maneira, será realizada entrevista semi-estruturada (MANZINI, 1990, 1991) com indivíduos cegos adultos, a fim de coletar informações a respeito de leitura tátil de objetos. Por meio da observação participante (LAKATOS & MARCONI, 2008), pretende-se coletar dados realizando encontros individuais com as crianças. Segundo as autoras este tipo de técnica permite ao pesquisador ter um contato muito próximo com a realidade, possibilitando com isso, obter maior fidelidade dos dados. Com os dados coletados destas etapas pretende-se evoluir o método que vem sendo estudado (DUARTE & PIEKAS, 2013) e com isso contribuir com a área de ensino de desenho para crianças, sejam elas com deficiência visual ou com outras deficiências. Revisão Bibliográfica O embasamento teórico desta investigação compreende áreas do conhecimento que possibilitem uma reflexão sobre a importância do desenho no âmbito da deficiência visual. Para tanto, o percurso teórico dialogará com autores de diversas áreas. O estudo 6 dos desenhos contará com abordagens advindas da teoria da forma e da linguagem gráfica (R. Arnheim, D. Dondis, L. Wong, F. Ostrower, M. Massironi, S. Coutinho, J. Gomes Filho), bem como da psicologia da percepção e cognição (E. Rosch, J. F. Richard, J. Kennedy) a fim de se estudar como se constituem os elementos da linguagem visual voltados para a leitura tátil. A abordagem sobre a deficiência visual permitirá ampliar os conhecimentos acerca do funcionamento fisiológico e sensório de crianças com cegueira congênita, contribuindo para delimitar melhor o campo de pesquisa (E. Ochaíta, A. Rosa, E. M. Ormelezi, E. F. S. Masini, N. Barraga, A. R. Castellanos, S. S. Nunes). Outra área de conhecimento relevante é o desenho infantil (G-H. Luquet, M. L. B. Duarte), pois esta abrange o estudo do desenho, dos seus aspectos cognitivos e sociocomunicacionais. Para ampliar o entendimento de como a criança elabora seus desenhos é de grande importância estudos a respeito da abordagem processual do desenho infantil (S. Coutinho, S. Coutinho et al., M. L. B. Duarte, J. Goodnow, N. H. Freeman, R. Kellogg). Por conseguinte, serão enfocados aspectos sobre o ensino de desenho e leitura de desenho táteis no âmbito da deficiência visual (M. L. B. Duarte, F. J. de Lima, M. Heller, L. Bardisa, M. I. Piekas, M. Santos, S. Millar). No que diz respeito ao ato de desenhar na infância numa perspectiva da escola inclusiva, autores da área da educação especial contribuirão para reflexões nesse âmbito (L. H. Reily, E. Mendes, L. Vygotsky). É pertinente também analisar abordagens advindas do campo da Neurociência sendo que a investigação envolve aspectos relacionados aos sistemas sensoriais, formação de memória e de imagens mentais (A. Damásio, M. Bears, O. Sacks), como também da Psicologia, diante da necessidade de se aprofundar questões a respeito do desenvolvimento cognitivo e da aprendizagem de crianças com deficiência visual (J. Piaget & B. Inhelder, L. Vygotsky). Em função da pesquisa prever a utilização de desenhos esquemáticos de crianças visuais e pictogramas adaptados em linha de relevo tátil serão relevantes abordagens provenientes da Semiótica Cognitiva Dialógica (B. Darras, A. Kindler, P. Fastrez), do Design da Informação (S. Coutinho; T. Takasaki & Y. Mori, O. Neurath) e da Ergonomia (A. Moraes, C. Mont’Alvão, I. Iida). A investigação, de caráter exploratório e qualitativo, com estudos de casos múltiplos e observação participante contará com o aporte teórico 7 de autores que abordam metodologias na área de ciências humanas (R. C. Bogdan, S. K. Biklen, A. Gil, R. K. Yin, E. M. Lakatos, M. de A. Marconi, U. Flick). Breves considerações A pesquisa, até o momento, apresenta resultados favoráveis. Em relação ao método de revisão da literatura (LAKATOS & MARCONI, 2010) foi possível observar o “estado da arte” sobre autores que abordam elementos básicos da linguagem visual (ARNHEIM, 1997; WONG, 2001; MASSIRONI, 1982; COUTINHO, 1998; GOMES FILHO, 2000; OSTROWER, 2004; DONDIS, 2007) e a possível presença desses elementos em algumas metodologias de ensino de desenho e leitura de imagens em relevo no âmbito da deficiência visual (HELLER, 2006; KENNEDY, 1993; LIMA, 2001; BARDISA, 1992; DUARTE, 2011; PIEKAS, 2010; DUARTE & PIEKAS, 2013). A revisão da literatura buscou, em um primeiro momento, saber como determinados autores da teoria da forma e da linguagem gráfica versam sobre os elementos da linguagem visual. Em um segundo momento, pretendeu identificar a recorrência desses elementos em metodologias de ensino de desenho e de leituras de imagens em relevo no âmbito da deficiência visual. Este estudo é relevante ao considerar-se que na escola regular de ensino, crianças cegas e crianças visuais compartilham dos mesmos conteúdos didáticos (BRASIL, 2001, 1997). A este propósito, os posicionamentos teóricos abordam os elementos gráficos básicos que, quando organizados visualmente, resultam num desenho. Esses elementos recebem uma denominação a partir do ponto de vista de cada autor, entretanto convergem para um lugar comum, na tentativa de identificar qual é a “matéria-prima” que compõe o desenho (Dondis, 2007, p.51). A busca foi realizada por meio de uma pesquisa bibliográfica baseada na análise de livros, teses, dissertações, periódicos e artigos científicos. Após o levantamento de dados foi elaborado um quadro comparativo entre os métodos estudados a fim de se observar as convergências e divergências no que diz respeito aos elementos básicos da linguagem visual propostos por Dondis (2007) e identificados nestes métodos. É pertinente esclarecer que este estudo se encontra ainda 8 em desenvolvimento e que mais particularidades presentes nas metodologias poderão ser identificadas futuramente. O estudo de campo piloto realizado com as crianças visuais das escolas regulares, forneceu um número satisfatório de dados, os quais, num próximo passo, serão submetidos à análise. Os estudos de casos com as crianças e adolescentes cegos congênitos, embora em estágio inicial, já forneceram informações relevantes, principalmente a partir das entrevistas estruturadas. Dentre outros aspectos, a pesquisa demonstra-se pertinente e visa atender a demanda da escola especial e inclusiva, contribuindo para a prática pedagógica que vai ao encontro de uma das práticas infantis mais antigas e importantes, a atividade de desenhar. Referências ARNHEIM, R. Arte e percepção visual. Uma psicologia da visão criadora. Tradução: Ivone Terezinha de Faria. São Paulo: Pioneira e EDUSP, 1997. BARDISA, L. Como enseñar a los niños ciegos a dibujar. Madrid: ONCE,1992. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. MEC/SEESP, 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf> Acesso em: 10 mar. 2013. BOGDAN R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Ed.,1994. COUTINHO, S. G. Towards a methodology for studying commonalities in the drawing process of young children. 1998, 2 vol. Tese (Doutorado) Typography & Graphic Communication. 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Porto Alegre: Bookmann, 2005. i Pesquisa aprovada pelo CEPSH – Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos sob parecer nº 701.072. ii O termo ‘crianças visuais’ é adotado nesta pesquisa para denominar crianças que não são cegas, como citado por DUARTE (2011). iii Os documentos solicitados pelo CEPSH compreendem: Declaração de Ciência e Concordância das Instituições Envolvidas, Declaração de Ciência e Concordância do Fiel Guardião, Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, Termo de Assentimento, Termo de Consentimento para Fotografias, Vídeos e Gravações bem como os Modelos das entrevistas. 11