Atualização sobre o efeito da peletização em linhagens

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Atualização sobre o efeito da peletização em linhagens
29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015
De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP
Atualização sobre o efeito da peletização em linhagens modernas de frango de
corte
Andréia MassuquettoI , Alex MaiorkaII
Introdução
A evolução do desempenho de frangos de corte tem sido acentuada nas últimas
décadas principalmente pelos programas de melhoramento genético. O surgimento
de linhagens cada vez mais exigentes nutricionalmente gera desafios relacionados ao
aproveitamento das rações; e na forma física como estas são fornecidas a fim de
favorecer o consumo pelas aves. Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de
tecnologias de fabricação de rações que favoreçam o desempenho dos frangos e
otimizem os custos de produção.
A peletização de rações é o processamento térmico mais utilizado na indústria
avícola. Frangos de corte alimentados com dietas peletizadas apresentam maior
consumo de ração, melhor conversão alimentar e maior ganho de peso (Freitas et al.,
2008; Corzo et al., 2011; Abdollahi et al., 2013). Apesar dos benefícios desse processo
serem amplamente reportados na literatura, não está claro se essa melhor eficiência
zootécnica ocorre em função da maior capacidade de consumo de dietas peletizadas,
melhor digestibilidade das frações da dieta, ao aumento da energia produtiva devido
ao menor tempo gasto para consumo; ou devido à associação de todos esses fatores.
Apesar de mais de 70% das rações consumidas por frangos de corte no Brasil
ser peletizadas, ainda existem muitas dúvidas sobre o processo. Esta falta de
conhecimento se deve à complexidade do processo onde múltiplos fatores são
envolvidos levando a diferentes respostas de desempenho das linhagens atuais
devido à variação da qualidade da ração fornecida.
Considerando a importância da peletização para a produção animal, serão
discutidos os principais parâmetros que influenciam neste processo bem como o seu
impacto sobre os resultados zootécnicos em linhagens modernas de frangos de corte.
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia – Universidade Federal do Paraná
(UFPR), Rua dos Funcionários, 1540, CEP 80 035-050, Curitiba, Paraná, Brasil. E-mail:
[email protected]
(I)
(II)
Professor associado ao Departamento de Zootecnia, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rua
dos Funcionários, 1540, CEP 80 035-050, Curitiba, Paraná, Brasil. E-mail: [email protected]
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1. Peletização de rações
A peletização pode ser definida como a aglomeração de ingredientes ou
mistura em formato cilíndrico denominado pelete. Os ingredientes são agregados por
meio de ação mecânica, em combinação com umidade, pressão e temperatura.
Segundo Behnke (1994), a peletização de dietas traz diversas vantagens para
a nutrição animal, dentre estas cabe citar a diminuição do desperdício de ração,
redução da segregação de ingredientes, diminuição de microrganismos patogênicos,
melhora na preferência alimentar, redução da seletividade, facilidade de apreensão
da dieta, aumento da energia produtiva em função do menor tempo gasto para
consumo e aumento da digestibilidade de diferentes frações da dieta.
O fornecimento de dietas peletizadas promove melhora no desempenho de
frangos de corte. Esta melhora pode estar associada principalmente ao aumento do
consumo de ração em função da maior facilidade de apreensão da dieta (Meinerz et
al., 2001), aumento da energia produtiva devido ao menor tempo gasto para consumo
(Mckinney e Teeter, 2004) e aumento da digestibilidade de diferentes frações da dieta
(Zalenka, 2003). Entretanto esses benefícios só podem ser proporcionados se houver
a produção de peletes de boa qualidade capazes de manter sua integridade até o
momento do consumo pelas aves.
Apesar dos benefícios gerados pela peletização, é o processamento que
representa o maior custo de manutenção, e principalmente o maior consumo de
energia elétrica (Biagi, 1990). Além disso, implantar esta técnica requer altos
investimentos e pode aumentar em torno de 2% o custo da dieta, devido a grande
demanda de energia e de capital na fábrica de ração. A peletização pode influenciar
o rendimento da fábrica principalmente se esta não for bem planejada e
dimensionada, e trabalhar numa margem de produção acima de sua capacidade, o
que acontece na maioria das agroindústrias avícolas brasileiras (Meinerz et al., 2001).
Em contrapartida, o custo do processo é baixo em relação ao custo de formulação.
Diversas empresas desenvolveram trabalhos de pesquisa e encontraram boa relação
custo/benefício e bons resultados a campo, justificando a implantação do processo.
2. Consumo de ração
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O tamanho de partícula tem grande importância na regulação do consumo de
alimento para aves, que apresentam maior preferência por partículas maiores (Moran,
1982; Nir et al., 1994). A alteração da forma física da dieta promovido pelo processo
de peletização permite o fornecimento de dietas com partículas de tamanho desejado
e uniformes reduzindo a apreensão seletiva do alimento (Nir et al., 1994) e
favorecendo o consumo de ração.
Outro fator fundamental para a regulação do consumo em aves é a quantidade
de saliva produzida. Segundo Turk (1982), a saliva das aves é viscosa e produzida
em pequena quantidade (7 a 30 ml por dia). O consumo de dietas fareladas,
especialmente se as partículas forem muito pequenas, pode resultar na formação de
um composto pastoso devido às características da saliva das aves supracitadas.
Diversos trabalhos relatam aumento de consumo de dietas peletizadas e ou
peletizadas/trituradas em relação às fareladas independentemente da fase de criação
(tabela 1).
Tabela 1. Efeito da peletização sobre o consumo de ração em frangos de corte.
Dieta
Farelada
Peletizada/triturad
a
Consumo de ração (g) Fase de criação (dias)
1155b
4452b
Peletizada
4787a
Farelada
5303b
Peletizada
5500a
Farelada
1008b
Peletizada
1134a
Farelada
1391b
Peletizada
1443a
Farelada
1150b
Choi et al. (1986)
1-42
López et al. (2007)
1-45
Lara et al. (2008)
1-21
Zang (2009)
1-21
Oliveira et al. (2011)
1-21
Abdollahi et al. (2011)
1-21
Abdollahi et al. (2013)
a
Peletizada
1308
Farelada
1024b
Peletizada
1303a
a
1-21
1210a
Farelada
Peletizada/triturad
Referência
1013b
Adaptado de Massuquetto (2014)
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O principal motivo para este aumento de consumo é a maior facilidade de
apreensão da dieta peletizada (Jensen, 1962). Meinerz et al. (2001) trabalharam com
oferta alimentar equalizada para frangos de corte de 21 a 42 dias de idade, onde a
quantidade ofertada de ração peletizada foi baseada no consumo de ração farelada,
e observaram que as respostas de desempenho são muito similares quando há
imposição de restrição alimentar e os consumos são semelhantes. Os autores
concluem que o principal efeito da peletização é proporcionar maior consumo de ração
pela maior facilidade de apreensão de ração peletizada pelas aves.
Dietas peletizadas/trituradas são uma alternativa na fase inicial, pois mesmo
após a trituração, a forma física da dieta continua exercendo influência sobre o
consumo. Freitas et al. (2008) verificaram a importância do efeito da forma física da
ração (farelada, triturada e peletizada) sobre o desempenho de frangos de corte na
primeira semana de vida. Os pesquisadores concluíram que a utilização de ração
peletizada e peletizada/triturada resultou em melhora no consumo de ração, ganho de
peso e conversão alimentar quando comparadas com uma ração farelada para
pintinhos na primeira semana de vida.
De acordo com Klein (1996) e Maiorka (1998), dietas peletizadas favorecem o
consumo de ração e a eficiência de retenção da energia metabolizável aparente, em
comparação com a forma física farelada. Porém, constataram que frangos de corte
que consomem rações peletizadas apresentam maior quantidade de gordura, tanto
sob a forma de gordura abdominal quanto em relação à gordura total da carcaça e
vísceras. Dessa forma, em função do maior consumo que a ave apresenta com rações
peletizadas, é possível utilizar dietas menos energéticas como forma de compensar o
aumento no custo de produção da ração. Lecznieski et al. (2001) avaliaram a
influência dos níveis de energia (2.8, 2.9, 3.0, 3.1 e 3.2 Mcal EM/kg de ração) e da
forma física da ração (peletizada, sem a presença de finos; e farelada) no
desempenho e na composição de carcaças de frangos de corte de 22 a 43 dias de
idade. A peletização da ração proporcionou aumento no consumo, no ganho de peso
e melhora na conversão alimentar e na conversão calórica das aves. As aves
alimentadas com ração peletizada apresentaram percentual de gordura (abdominal e
moela) superior àquelas alimentadas com ração farelada. O autor observou que os
efeitos da peletização foram menores à medida que se aumentou os níveis de energia
das rações.
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3. Digestibilidade de nutrientes
O processo de peletização pode melhorar a digestibilidade de diferentes
frações da dieta devido à ação combinada de umidade, temperatura e pressão. No
caso dos carboidratos, a digestibilidade aumenta, pois a temperatura desagrega os
grânulos de amilose e amilopectina, facilitando a ação enzimática. Porém, a melhoria
na utilização do amido é dependente dos métodos de processamento, das fontes de
amido utilizadas e da espécie animal; o que gera muitas dúvidas sobre os reais
benefícios da peletização sobre sua digestibilidade.
Frangos de corte são alimentados com dietas que contém grandes quantidades
de grãos e amido, tonando necessário utilizar altas temperaturas e umidade, além do
tempo de condicionamento ideal durante o processo para gelatinizar o amido do grão.
A gelatinização pode ser definida como a destruição irreversível da condição cristalina
do grânulo de amido, de modo que a superfície da molécula se torne acessível a
reagentes, solventes e enzimas (Lund e Lorenz, 1984; Moritz et al., 2005). De acordo
com Holm e Björck (1988), a gelatinização do amido dos cereais melhora o acesso
enzimático a ligações glicosídicas devido à interrupção da organização dos grânulos
de amido, fator que pode aumentar sua digestibilidade.
O grau de gelatinização pode variar de acordo com as fontes de amido
utilizadas. As dietas a base de milho e farelo de soja demandam um maior temperatura
e tempo de condicionamento para que ocorra a desestruturação da amilose e da
amilopectina dos grânulos de amido e sua posterior reorganização e coesão com as
demais estruturas da ração (Dozier, 2001). Com o objetivo de avaliar o efeito da
temperatura de condicionamento sobre a digestibilidade do amido de dietas a base de
milho e farelo de soja em frangos de corte, Teixeira Netto (2014) utilizou temperaturas
de 50, 60, 70, 80 e 90ºC e observou aumento linear no coeficiente de digestibilidade
ileal do amido.
Durante o condicionamento, aumento da temperatura e umidade, pelo
aumento do vapor no condicionador, pode solubilizar maiores quantidades de amido.
Porém, Svihus et al. (2005) relata que a peletização exerce pouco efeito sobre a
disponibilidade de amido, enquanto que processamentos mais intensos como a
extrusão, no qual mais água é adicionada e a temperatura é mais elevada, promovem
gelatinização mais eficiente. Diversos trabalhos tem mostrado que apenas pequena
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quantidade do amido é gelatinizada durante a peletização (Skoch, 1981; Moritz et al.,
2003; Svihus et al., 2004) e o efeito sobre a digestibilidade do amido parece ter
pequena importância (Zimonja et al., 2008).
Considerando a importância do tipo de processamento sobre as características
físico-químicas do amido, Kokić et al. (2013) avaliaram a influência de diferentes
tratamentos térmicos (floculação, peletização, micronização e extrusão) sobre a
gelatinização do amido contido no milho. Os autores concluíram que todos os
tratamentos hidrotérmicos utilizados no estudo causaram gelatinização da estrutura
semi-cristalina normal dos grânulos de amido, mas em diferentes extensões. Menores
graus de gelatinização foram obtidos utilizando floculação (21,33%) e peletização
(25,47%), e maiores utilizando micronização (63,58%) e extrusão (100%). Estes
resultados sugerem que a temperatura, umidade e tempo comumente empregados no
processo de peletização, talvez não sejam suficientes para gelatinizar o amido de
maneira satisfatória.
As melhorias na digestibilidade do amido proporcionadas pelo processo de
gelatinização podem ser prejudicadas se grande quantidade de amido retrogradado
se formar. Após o processo de resfriamento, quando a temperatura é reduzida, ocorre
rearranjo das moléculas de amido, separadas durante o processo de gelatinização,
favorecendo a recristalização, processo conhecido como retrogradação (Parker e
Ring, 2001). Abdollahi (2011) avaliou a influência de diferentes temperaturas de
condicionamento (60, 75 e 90ºC) sobre a quantidade de amido gelatinizado e
resistente de dietas a base de milho e sorgo. Observou-se que para ambas as dietas,
houve maior gelatinização do amido em dietas peletizadas a 90ºC em comparação a
60 e 75ºC. No entanto, a quantidade de amido resistente foi superior nas dietas com
temperatura de 90ºC (3,59g/100g de amido total) em relação a 60 e 75ºC, 2,25 e
2,59g/100g de amido total respectivamente. No ensaio de digestibilidade, os autores
não encontraram diferença na digestibilidade ileal do amido entre dietas processadas
com diferentes temperaturas. Os resultados encontrados por este autor sugerem que
o processamento térmico mais intenso aumenta a gelatinização do amido, porém há
formação de mais amido resistente, o que não é desejável.
Segundo Behnke (1994), a gelatinização do amido é importante para a
formação de ligações entre as partículas, portanto, necessária para a formação de
peletes duráveis. De acordo com este autor, a gelatinização do amido combinada à
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plastificação das proteínas promove adesão das partículas, importante para a
qualidade física dos peletes produzidos.
A temperatura e umidade empregadas durante o condicionamento/peletização
promovem a desnaturação das proteínas existentes nos ingredientes da dieta. A
desnaturação proteica refere-se às alterações físicas sofridas pelas proteínas,
causando rompimento das estruturas secundária, terciária e quaternária que auxiliam
a estabilização e conformação da molécula; alterando sua estrutura espacial e
formando arranjos desordenados por meio de ligações intramoleculares. As proteínas
desnaturadas, geralmente, perdem parcialmente a solubilidade e a atividade biológica
natural. A estrutura primária não sofre efeito de agentes desnaturantes, portanto as
ligações peptídicas não são afetadas (Araújo et al. 2009).
Do ponto de vista nutricional, a desnaturação parcial melhora a digestibilidade
das proteínas devido à alteração na sua estrutura, permitindo que as proteases atuem
mais facilmente (Dozier, 2001). Scott et al. (1997) afirmam que o aumento na
digestibilidade da proteína para frangos de corte ocorre provavelmente devido às
rações peletizadas serem submetidas à alta temperatura e pressão em seu processo,
resultando em rompimento das pontes dissulfeto na estrutura da proteína, causando
desnaturação e aumento da eficiência das enzimas endógenas.
Os parâmetros do condicionamento como tempo, temperatura e umidade
podem afetar a digestibilidade da proteína. Teixeira Netto (2014) observou aumento
do coeficiente de digestibilidade ileal aparente da proteína em frangos de corte
alimentados com dias peletizadas com crescentes temperaturas de condicionamento.
Porém, Massuquetto (2014) não observou diferença ao avaliar diferentes tempos de
condicionamento (0, 60, 80, 100 e 120 segundos) sobre a digestibilidade da proteína
em frangos de corte.
Processamentos
térmicos
muito
intensos
podem
ocasionar
reações
indesejáveis entre os componentes dos alimentos, tornando-os menos digestíveis. O
excesso de temperatura no processo pode resultar em escurecimento não enzimático
dos alimentos, principalmente a reação de Maillard e de caramelização (Araújo et al.,
2009; Brião et al., 2011).
Para a nutrição animal, o processamento térmico de rações como a
peletização, pode desencadear esta reação de complexação entre aminoácidos e
carboidratos, indisponibilizando parcialmente estes compostos, reduzindo a
solubilidade das proteínas e comprometendo sua digestibilidade. Creswell e Bedford
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(2006) sugerem que temperaturas de peletização acima de 85°C não devem ser
empregadas a fim de evitar a formação de complexos entre proteínas e carboidratos,
além de outras perdas nutricionais.
A peletização pode proporcionar um aumento do valor energético dos
nutrientes. De acordo com Zelenka (2003), um dos benefícios do uso de rações
peletizadas para frangos de corte é o aumento no valor de energia metabolizável das
rações, em decorrência da maior digestibilidade dos nutrientes. Pucci et al. (2010)
observaram aumento da energia metabolizável aparente (EMA) (3.293 kcal/kg de MS)
para frangos de corte que consumiram dietas peletizadas/trituradas em relação aos
que receberam dietas fareladas (3.196 kcal/kg de MS). Já Abdollahi et al. (2011)
constataram redução da energia metabolizável aparente de 3350,85 para 3240,90
kcal/kg de MS em frangos de corte de 1 a 21 dias que consumiram peletizadas em
relação a fareladas.
4. Estrutura física
A peletização pode reduzir o gasto de energia de mantença dos animais devido
a menor necessidade de esforço físico para apreensão do alimento. Jensen (1962)
relata que frangos de corte gastam até três vezes mais tempo para ingerir a mesma
quantidade de ração farelada, portanto, a energia que seria gasta para o consumo
será disponibilizada para o ganho de peso. Entretanto, esses benefícios só ocorrem
se os peletes mantiverem sua integridade até o momento do fornecimento para as
aves.
Mckinney & Teeter (2004) utilizando rações contendo diferentes proporções de
peletes íntegros e finos (100% peletizada, 80% peletizada, 60% peletizada, 40%
peletizada, 20% peletizada, e 100% finos) para frangos de corte, constataram
aumento na efetividade calórica e frequência de descanso, pois as aves gastam
menos tempo para consumir a ração peletizada (peletes íntegros).
Avaliando o desempenho de frangos de corte aos 28 e 42 dias de idade
alimentados com dietas de diferentes formas físicas, Corzo et al. (2011) verificaram
que aves alimentadas com dieta farelada apresentaram menor consumo de ração e
peso corporal; e maior conversão alimentar quando comparadas às aves que
consumiram as dietas contendo 32 e 64% de peletes íntegros.
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5. Qualidade física dos peletes
A qualidade física do pelete pode ser definida como a capacidade do pelete de
resistir à fragmentação e à abrasão durante o seu manuseio (armazenamento e
transporte), sem quebrar-se e alcançar os alimentadores sem gerar alta proporção de
finos (Amerah, 2007).
O índice de durabilidade dos peletes (PDI) é um dos principais parâmetros
utilizados para se medir a qualidade dos peletes, pois reflete a percentagem de peletes
que mantém a sua integridade após serem submetidos a forças mecânicas. Peletes
de baixa durabilidade não resistem às forças de atrito, impacto e pressão existentes
ao longo dos processos de armazenamento, transporte e expedição da fábrica de
ração até a granja (Lowe, 2005; Mina-Boac et al., 2006). Consequentemente, os
peletes de baixa qualidade física desintegram-se produzindo uma massa conhecida
como “finos”. O diâmetro geométrico médio (DGM) de partículas finas é igual ou
inferior ao da ração farelada, causando desequilíbrio nutricional na composição da
ração, o que pode afetar negativamente o desempenho dos animais.
Diversos fatores podem afetar a qualidade de peletes: composição nutricional
da ração, granulometria dos ingredientes, temperatura e tempo de condicionamento,
umidade da ração, taxa de compressão da matriz da prensa, distância entre o rolo e
a matriz da prensa, entre outros (Colovic et al., 2010). Além sisso, é possível que haja
interação entre esses fatores, produzindo resultados diferentes dos esperados se
cada fator fosse considerado individualmente.
5.1. Tamanho de partícula
O tamanho de partícula é um dos parâmetros menos relacionados à qualidade
dos peletes (Fahrenholz, 2012). Porém, acredita-se a redução no diâmetro das
partículas aumenta a sua área superficial dentro do condicionador facilitando a
transferência de calor e umidade para a massa farinácea de ração (Lowe, 2005).
Amerah et al. (2007) compilou informações de trabalhos avaliando o DGM
sobre a qualidade dos peletes (tabela 2). Os trabalhos demonstram que existe efeito
do tamanho de partícula sobre a qualidade física dos peletes, porém dependendo do
cereal base e o grau de redução da granulometria.
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Tabela 2. Efeito do tamanho de partículas sobre a durabilidade dos peletes.
Grão
DGM (µm)
PDI
Referência
Milho
910
91ª
Reece et al., 1986
1024
91ª
679
91b
987
91,3b
1289
92,5ª
600
88ª
930
81,2ª
1700
80,2ª
380
25ª
955
25ª
Milho
Trigo
Trigo
Reece et al., 1986
Svihus et al., 2004
Peron et al., 2005
Adaptado de Amerah et al. (2007)
A redução da granulometria visando maior qualidade de peletes gera
discussões entre nutricionistas, uma vez que ao diminuir o tamanho das partículas
pode haver comprometimento do desempenho das aves em função do menor
aproveitamento da dieta. Nir et al. (1995) sugeriram que a degradação das partículas
maiores no intestino delgado proximal é mais lenta, resultando em melhor
aproveitamento da dieta. É importante destacar que a ração peletizada se dissolve do
trato gastrointestinal dos animais tornando-se farelada.
As aves têm preferência por partículas maiores em detrimento as de menor
diâmetro. Dahlke (2000) verificou em seu trabalho que o aumento do DGM de 0,336
para 1,12mm, independentemente da forma física, aumentou o consumo de ração,
ganho de peso e melhorou a conversão alimentar. No entanto, observou que o efeito
da granulometria é mais visível nas rações fareladas do que nas peletizadas e os
benefícios da peletização são mais evidenciados em relação à farelada, quando em
ambas os ingredientes são finamente moídos.
Assim, a granulometria torna-se importante para consumo alimentar e na
nutrição, pois está diretamente relacionada com o desempenho animal e o
processamento de rações.
5.2. Formulação
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O efeito da formulação sobre o processamento, principalmente a peletização,
nem sempre é considerado pelos nutricionistas. As formulações de rações
apresentam múltiplas possibilidades de combinação de ingredientes, e estes exigem
diferentes tratamentos durante o processo de peletização.
Segundo Klein (2009), os diferentes tratamentos das matérias-primas que
compõe a ração têm sua origem no seu comportamento ao sofrer ação da umidade,
pressão e calor durante seu processamento. Além dos aspectos individuais dos
ingredientes, podem-se destacar ainda alguns fatores decisivos que se constituem por
meio da formulação (teor de gordura, teor de proteína, teor de minerais, dentre outros)
e que são determinantes no processo da peletização.
Diferentes
ingredientes
necessitam
de
diferentes
características
no
condicionador para gelatinizarem. Segundo Falk (1985), para que a gelatinização do
amido ocorra, a temperatura de peletização deve ser de no mínimo 82 ºC e conter
18% de umidade, para dietas com grandes quantidades de grãos, podendo haver
variações de acordo com diferentes equipamentos. Dietas contendo açucares e
produtos lácteos devem ser peletizadas com menor temperatura (60 ºC), pois acima
disso pode ocorrer reação de Maillard.
Os principais ingredientes que reduzem a qualidade dos peletes são gorduras
e óleos (Briggs et al., 1999; Moritz et al., 2003; Fahrenholz, 2012). A gordura lubrifica
a parede dos furos da matriz facilitando a passagem da ração pela matriz e diminuindo
a compactação da dentro da prensa (Fahrenholz, 2012). Além disso, a adição de
gordura na ração previamente ao condicionamento leva a um encapsulamento parcial
das partículas da ração dificultando a penetração do vapor e umidade e, portanto,
reduzindo a gelatinização do amido e as forças capilares de adesão (Lowe, 2005).
Os valores máximos de inclusão de gordura na ração visando boa qualidade
física dos peletes divergem na literatura. Segundo Leaver (2008) a adição de gordura
deve ser limitada ao máximo de 1% na ração a ser peletizada se o objetivo for alto
percentual de peletes íntegros. Já no estudo de Briggs et al. (1999), o limite máximo
de inclusão de óleo sem comprometer a qualidade dos peletes foi de 5,6%.
A aplicação de óleo pós-peletização é uma alternativa para manter a
integridade dos peletes. Natel (2014) avaliou diferentes níveis de inclusão de óleo pelo
método de aspersão pós-peletização sobre o PDI. Os níveis de óleo total não diferiram
entre os tratamentos (3,5%), mas diferiram de acordo com a forma de aplicação: 1,0;
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1,5; 2,0; 2,5; 3,0 e 3,5% de óleo na mistura; e entre 0 % e 2,5 % com aspersão póspeletização para completar o total de 3,5% de óleo total na ração. O autor observou o
nível ótimo de PDI com aspersão de 2,33% de óleo pós peletização, portanto com
máximo de 1,17% de inclusão de óleo na mistura.
Alguns ingredientes podem melhorar a qualidade dos peletes produzidos em
função de suas características funcionais. A farinha de trigo, por exemplo, possui
proteínas: a gliadina e a glutenina, responsáveis pela consistência, viscosidade e
extensibilidade da massa.
5.3. Condicionamento
O condicionamento é um dos fatores mais importantes para alcançar uma boa
qualidade física da ração. O vapor utilizado durante o condicionamento rompe a
estrutura do amido e causa sua gelatinização, assim como a alteração das estruturas
terciárias das proteínas. Segundo Behnke (1994), a gelatinização do amido
combinada à plastificação das proteínas é importante para a formação de ligações
entre as partículas, portanto, necessária para a formação de peletes duráveis. Para
Klein (2009) a qualidade do vapor é fundamental para se obter peletes de qualidade.
O vapor ideal é o saturado, encontrado numa faixa estreita de temperatura, próxima
de 100ºC. É importante ressaltar que altas temperaturas são acompanhadas de
umidade elevada devido à adição de vapor. A pressão de vapor também pode variar
de acordo com o tipo de dieta. Segundo Kersten et al. (2005) a pressão de vapor
empregada em dietas para aves deve ser entre 1,0 e 1,5 bar.
Abdollahi et al. (2010) avaliaram o efeito da temperatura de condicionamento
sobre qualidade dos peletes de dietas a base de milho e sorgo para frangos de corte.
Os autores observaram que o aumento da temperatura de 75 para 90ºC resulta em
melhora no PDI para ambas as dietas. Avaliando diferentes tempos de retenção no
condicionador, Briggs et al (1999) observaram que aumentando-se o tempo de
retenção (5 para 15 segundos) aumenta-se a durabilidade do pelete em 4,5 pontos
percentuais. Skoch et al (1981) afirma que a adição de umidade por meio de vapor
melhora a qualidade da ração em função da diminuição da proporção de finos e
aumento da durabilidade.
Os parâmetros do condicionamento são muito variáveis, porém é importante
saber com precisão quais são o tempo, temperatura e umidade ideais para cada
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fórmula para a obtenção dos melhores resultados possíveis. Realizar estudos
avaliando parâmetros do condicionamento é complexo devido aos múltiplos fatores
envolvidos como diferentes formulações e equipamentos, por exemplo.
5.4. Interação dos fatores sobre a qualidade dos peletes
Todos os fatores que influenciam a qualidade dos peletes são importantes e
podem agir individualmente ou combinados. Portanto, deve-se conhecê-los para
entender qual a participação de cada fator sobre a qualidade de dietas peletizadas.
Reimer et al. (1992) propôs a seguinte divisão dos efeitos considerando sua
importância sobre a durabilidade do pelete: 5% devido ao processo de
resfriamento/secagem, 15% relacionados as especificações da matriz da prensa, 20%
associados ao condicionamento térmico, 20% relacionados ao tamanho de partícula
de ingredientes e 40% atribuídos a formulação da ração. Estas relações foram
encontradas utilizando como base dietas europeias, que contém possivelmente
cereais de inverno em sua composição.
Já Muramatsu (2013) avaliou o efeito das interações entre diferentes fatores
sobre a qualidade dos peletes (PDI) de dietas à base de milho e farelo de soja,
incluindo o tamanho da partícula (743 e 1041 micra), processamento térmico
(condicionamento-peletização ou condicionamento-expansão-peletização), adição de
umidade (0, 7, 14 e 21 g/kg de ração) e inclusão de gordura (15, 25, 35 e 45 g/kg de
ração). Quando se avaliou o efeito de todos os fatores modelados, o processamento
térmico foi o fator de maior participação respondendo por 44% da variabilidade
observada para PDI. Nas condições do estudo, a alternativa mais eficiente para
melhorar a qualidade de peletes foi à expansão das dietas após o condicionamento,
seguida em ordem decrescente de contribuição pelo aumento nos níveis de adição de
umidade, pelas restrições na inclusão de gordura e finalmente pela redução no
tamanho de partícula.
6. Implicações
A peletização de rações é um processamento térmico complexo, pois pequenas
alterações nos parâmetros do processo podem modificar as características físicas e
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químicas dos ingredientes utilizados. Apesar da complexidade, é uma alternativa para
melhorar a utilização dos ingredientes e modificar a forma física da dieta.
Os frangos de corte comerciais têm sofrido alterações das suas exigências em
função dos avanços genéticos. Assim, pesquisas constantes são necessárias para
elucidar as causas da melhora de desempenho zootécnico proporcionado pela
peletização, possibilitando priorizar os parâmetros que mais interferem nesse
processo, gerando benefícios à produção de frangos de corte.
Muitos fatores estão envolvidos no processo, portanto conhecê-los e
correlacioná-los é importante para que os benefícios da peletização possam ser
aproveitados.
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