Atualização sobre o efeito da peletização em linhagens
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Atualização sobre o efeito da peletização em linhagens
29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP Atualização sobre o efeito da peletização em linhagens modernas de frango de corte Andréia MassuquettoI , Alex MaiorkaII Introdução A evolução do desempenho de frangos de corte tem sido acentuada nas últimas décadas principalmente pelos programas de melhoramento genético. O surgimento de linhagens cada vez mais exigentes nutricionalmente gera desafios relacionados ao aproveitamento das rações; e na forma física como estas são fornecidas a fim de favorecer o consumo pelas aves. Assim, torna-se necessário o desenvolvimento de tecnologias de fabricação de rações que favoreçam o desempenho dos frangos e otimizem os custos de produção. A peletização de rações é o processamento térmico mais utilizado na indústria avícola. Frangos de corte alimentados com dietas peletizadas apresentam maior consumo de ração, melhor conversão alimentar e maior ganho de peso (Freitas et al., 2008; Corzo et al., 2011; Abdollahi et al., 2013). Apesar dos benefícios desse processo serem amplamente reportados na literatura, não está claro se essa melhor eficiência zootécnica ocorre em função da maior capacidade de consumo de dietas peletizadas, melhor digestibilidade das frações da dieta, ao aumento da energia produtiva devido ao menor tempo gasto para consumo; ou devido à associação de todos esses fatores. Apesar de mais de 70% das rações consumidas por frangos de corte no Brasil ser peletizadas, ainda existem muitas dúvidas sobre o processo. Esta falta de conhecimento se deve à complexidade do processo onde múltiplos fatores são envolvidos levando a diferentes respostas de desempenho das linhagens atuais devido à variação da qualidade da ração fornecida. Considerando a importância da peletização para a produção animal, serão discutidos os principais parâmetros que influenciam neste processo bem como o seu impacto sobre os resultados zootécnicos em linhagens modernas de frangos de corte. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia – Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rua dos Funcionários, 1540, CEP 80 035-050, Curitiba, Paraná, Brasil. E-mail: [email protected] (I) (II) Professor associado ao Departamento de Zootecnia, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rua dos Funcionários, 1540, CEP 80 035-050, Curitiba, Paraná, Brasil. E-mail: [email protected] 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP 1. Peletização de rações A peletização pode ser definida como a aglomeração de ingredientes ou mistura em formato cilíndrico denominado pelete. Os ingredientes são agregados por meio de ação mecânica, em combinação com umidade, pressão e temperatura. Segundo Behnke (1994), a peletização de dietas traz diversas vantagens para a nutrição animal, dentre estas cabe citar a diminuição do desperdício de ração, redução da segregação de ingredientes, diminuição de microrganismos patogênicos, melhora na preferência alimentar, redução da seletividade, facilidade de apreensão da dieta, aumento da energia produtiva em função do menor tempo gasto para consumo e aumento da digestibilidade de diferentes frações da dieta. O fornecimento de dietas peletizadas promove melhora no desempenho de frangos de corte. Esta melhora pode estar associada principalmente ao aumento do consumo de ração em função da maior facilidade de apreensão da dieta (Meinerz et al., 2001), aumento da energia produtiva devido ao menor tempo gasto para consumo (Mckinney e Teeter, 2004) e aumento da digestibilidade de diferentes frações da dieta (Zalenka, 2003). Entretanto esses benefícios só podem ser proporcionados se houver a produção de peletes de boa qualidade capazes de manter sua integridade até o momento do consumo pelas aves. Apesar dos benefícios gerados pela peletização, é o processamento que representa o maior custo de manutenção, e principalmente o maior consumo de energia elétrica (Biagi, 1990). Além disso, implantar esta técnica requer altos investimentos e pode aumentar em torno de 2% o custo da dieta, devido a grande demanda de energia e de capital na fábrica de ração. A peletização pode influenciar o rendimento da fábrica principalmente se esta não for bem planejada e dimensionada, e trabalhar numa margem de produção acima de sua capacidade, o que acontece na maioria das agroindústrias avícolas brasileiras (Meinerz et al., 2001). Em contrapartida, o custo do processo é baixo em relação ao custo de formulação. Diversas empresas desenvolveram trabalhos de pesquisa e encontraram boa relação custo/benefício e bons resultados a campo, justificando a implantação do processo. 2. Consumo de ração 2 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP O tamanho de partícula tem grande importância na regulação do consumo de alimento para aves, que apresentam maior preferência por partículas maiores (Moran, 1982; Nir et al., 1994). A alteração da forma física da dieta promovido pelo processo de peletização permite o fornecimento de dietas com partículas de tamanho desejado e uniformes reduzindo a apreensão seletiva do alimento (Nir et al., 1994) e favorecendo o consumo de ração. Outro fator fundamental para a regulação do consumo em aves é a quantidade de saliva produzida. Segundo Turk (1982), a saliva das aves é viscosa e produzida em pequena quantidade (7 a 30 ml por dia). O consumo de dietas fareladas, especialmente se as partículas forem muito pequenas, pode resultar na formação de um composto pastoso devido às características da saliva das aves supracitadas. Diversos trabalhos relatam aumento de consumo de dietas peletizadas e ou peletizadas/trituradas em relação às fareladas independentemente da fase de criação (tabela 1). Tabela 1. Efeito da peletização sobre o consumo de ração em frangos de corte. Dieta Farelada Peletizada/triturad a Consumo de ração (g) Fase de criação (dias) 1155b 4452b Peletizada 4787a Farelada 5303b Peletizada 5500a Farelada 1008b Peletizada 1134a Farelada 1391b Peletizada 1443a Farelada 1150b Choi et al. (1986) 1-42 López et al. (2007) 1-45 Lara et al. (2008) 1-21 Zang (2009) 1-21 Oliveira et al. (2011) 1-21 Abdollahi et al. (2011) 1-21 Abdollahi et al. (2013) a Peletizada 1308 Farelada 1024b Peletizada 1303a a 1-21 1210a Farelada Peletizada/triturad Referência 1013b Adaptado de Massuquetto (2014) 3 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP O principal motivo para este aumento de consumo é a maior facilidade de apreensão da dieta peletizada (Jensen, 1962). Meinerz et al. (2001) trabalharam com oferta alimentar equalizada para frangos de corte de 21 a 42 dias de idade, onde a quantidade ofertada de ração peletizada foi baseada no consumo de ração farelada, e observaram que as respostas de desempenho são muito similares quando há imposição de restrição alimentar e os consumos são semelhantes. Os autores concluem que o principal efeito da peletização é proporcionar maior consumo de ração pela maior facilidade de apreensão de ração peletizada pelas aves. Dietas peletizadas/trituradas são uma alternativa na fase inicial, pois mesmo após a trituração, a forma física da dieta continua exercendo influência sobre o consumo. Freitas et al. (2008) verificaram a importância do efeito da forma física da ração (farelada, triturada e peletizada) sobre o desempenho de frangos de corte na primeira semana de vida. Os pesquisadores concluíram que a utilização de ração peletizada e peletizada/triturada resultou em melhora no consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar quando comparadas com uma ração farelada para pintinhos na primeira semana de vida. De acordo com Klein (1996) e Maiorka (1998), dietas peletizadas favorecem o consumo de ração e a eficiência de retenção da energia metabolizável aparente, em comparação com a forma física farelada. Porém, constataram que frangos de corte que consomem rações peletizadas apresentam maior quantidade de gordura, tanto sob a forma de gordura abdominal quanto em relação à gordura total da carcaça e vísceras. Dessa forma, em função do maior consumo que a ave apresenta com rações peletizadas, é possível utilizar dietas menos energéticas como forma de compensar o aumento no custo de produção da ração. Lecznieski et al. (2001) avaliaram a influência dos níveis de energia (2.8, 2.9, 3.0, 3.1 e 3.2 Mcal EM/kg de ração) e da forma física da ração (peletizada, sem a presença de finos; e farelada) no desempenho e na composição de carcaças de frangos de corte de 22 a 43 dias de idade. A peletização da ração proporcionou aumento no consumo, no ganho de peso e melhora na conversão alimentar e na conversão calórica das aves. As aves alimentadas com ração peletizada apresentaram percentual de gordura (abdominal e moela) superior àquelas alimentadas com ração farelada. O autor observou que os efeitos da peletização foram menores à medida que se aumentou os níveis de energia das rações. 4 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP 3. Digestibilidade de nutrientes O processo de peletização pode melhorar a digestibilidade de diferentes frações da dieta devido à ação combinada de umidade, temperatura e pressão. No caso dos carboidratos, a digestibilidade aumenta, pois a temperatura desagrega os grânulos de amilose e amilopectina, facilitando a ação enzimática. Porém, a melhoria na utilização do amido é dependente dos métodos de processamento, das fontes de amido utilizadas e da espécie animal; o que gera muitas dúvidas sobre os reais benefícios da peletização sobre sua digestibilidade. Frangos de corte são alimentados com dietas que contém grandes quantidades de grãos e amido, tonando necessário utilizar altas temperaturas e umidade, além do tempo de condicionamento ideal durante o processo para gelatinizar o amido do grão. A gelatinização pode ser definida como a destruição irreversível da condição cristalina do grânulo de amido, de modo que a superfície da molécula se torne acessível a reagentes, solventes e enzimas (Lund e Lorenz, 1984; Moritz et al., 2005). De acordo com Holm e Björck (1988), a gelatinização do amido dos cereais melhora o acesso enzimático a ligações glicosídicas devido à interrupção da organização dos grânulos de amido, fator que pode aumentar sua digestibilidade. O grau de gelatinização pode variar de acordo com as fontes de amido utilizadas. As dietas a base de milho e farelo de soja demandam um maior temperatura e tempo de condicionamento para que ocorra a desestruturação da amilose e da amilopectina dos grânulos de amido e sua posterior reorganização e coesão com as demais estruturas da ração (Dozier, 2001). Com o objetivo de avaliar o efeito da temperatura de condicionamento sobre a digestibilidade do amido de dietas a base de milho e farelo de soja em frangos de corte, Teixeira Netto (2014) utilizou temperaturas de 50, 60, 70, 80 e 90ºC e observou aumento linear no coeficiente de digestibilidade ileal do amido. Durante o condicionamento, aumento da temperatura e umidade, pelo aumento do vapor no condicionador, pode solubilizar maiores quantidades de amido. Porém, Svihus et al. (2005) relata que a peletização exerce pouco efeito sobre a disponibilidade de amido, enquanto que processamentos mais intensos como a extrusão, no qual mais água é adicionada e a temperatura é mais elevada, promovem gelatinização mais eficiente. Diversos trabalhos tem mostrado que apenas pequena 5 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP quantidade do amido é gelatinizada durante a peletização (Skoch, 1981; Moritz et al., 2003; Svihus et al., 2004) e o efeito sobre a digestibilidade do amido parece ter pequena importância (Zimonja et al., 2008). Considerando a importância do tipo de processamento sobre as características físico-químicas do amido, Kokić et al. (2013) avaliaram a influência de diferentes tratamentos térmicos (floculação, peletização, micronização e extrusão) sobre a gelatinização do amido contido no milho. Os autores concluíram que todos os tratamentos hidrotérmicos utilizados no estudo causaram gelatinização da estrutura semi-cristalina normal dos grânulos de amido, mas em diferentes extensões. Menores graus de gelatinização foram obtidos utilizando floculação (21,33%) e peletização (25,47%), e maiores utilizando micronização (63,58%) e extrusão (100%). Estes resultados sugerem que a temperatura, umidade e tempo comumente empregados no processo de peletização, talvez não sejam suficientes para gelatinizar o amido de maneira satisfatória. As melhorias na digestibilidade do amido proporcionadas pelo processo de gelatinização podem ser prejudicadas se grande quantidade de amido retrogradado se formar. Após o processo de resfriamento, quando a temperatura é reduzida, ocorre rearranjo das moléculas de amido, separadas durante o processo de gelatinização, favorecendo a recristalização, processo conhecido como retrogradação (Parker e Ring, 2001). Abdollahi (2011) avaliou a influência de diferentes temperaturas de condicionamento (60, 75 e 90ºC) sobre a quantidade de amido gelatinizado e resistente de dietas a base de milho e sorgo. Observou-se que para ambas as dietas, houve maior gelatinização do amido em dietas peletizadas a 90ºC em comparação a 60 e 75ºC. No entanto, a quantidade de amido resistente foi superior nas dietas com temperatura de 90ºC (3,59g/100g de amido total) em relação a 60 e 75ºC, 2,25 e 2,59g/100g de amido total respectivamente. No ensaio de digestibilidade, os autores não encontraram diferença na digestibilidade ileal do amido entre dietas processadas com diferentes temperaturas. Os resultados encontrados por este autor sugerem que o processamento térmico mais intenso aumenta a gelatinização do amido, porém há formação de mais amido resistente, o que não é desejável. Segundo Behnke (1994), a gelatinização do amido é importante para a formação de ligações entre as partículas, portanto, necessária para a formação de peletes duráveis. De acordo com este autor, a gelatinização do amido combinada à 6 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP plastificação das proteínas promove adesão das partículas, importante para a qualidade física dos peletes produzidos. A temperatura e umidade empregadas durante o condicionamento/peletização promovem a desnaturação das proteínas existentes nos ingredientes da dieta. A desnaturação proteica refere-se às alterações físicas sofridas pelas proteínas, causando rompimento das estruturas secundária, terciária e quaternária que auxiliam a estabilização e conformação da molécula; alterando sua estrutura espacial e formando arranjos desordenados por meio de ligações intramoleculares. As proteínas desnaturadas, geralmente, perdem parcialmente a solubilidade e a atividade biológica natural. A estrutura primária não sofre efeito de agentes desnaturantes, portanto as ligações peptídicas não são afetadas (Araújo et al. 2009). Do ponto de vista nutricional, a desnaturação parcial melhora a digestibilidade das proteínas devido à alteração na sua estrutura, permitindo que as proteases atuem mais facilmente (Dozier, 2001). Scott et al. (1997) afirmam que o aumento na digestibilidade da proteína para frangos de corte ocorre provavelmente devido às rações peletizadas serem submetidas à alta temperatura e pressão em seu processo, resultando em rompimento das pontes dissulfeto na estrutura da proteína, causando desnaturação e aumento da eficiência das enzimas endógenas. Os parâmetros do condicionamento como tempo, temperatura e umidade podem afetar a digestibilidade da proteína. Teixeira Netto (2014) observou aumento do coeficiente de digestibilidade ileal aparente da proteína em frangos de corte alimentados com dias peletizadas com crescentes temperaturas de condicionamento. Porém, Massuquetto (2014) não observou diferença ao avaliar diferentes tempos de condicionamento (0, 60, 80, 100 e 120 segundos) sobre a digestibilidade da proteína em frangos de corte. Processamentos térmicos muito intensos podem ocasionar reações indesejáveis entre os componentes dos alimentos, tornando-os menos digestíveis. O excesso de temperatura no processo pode resultar em escurecimento não enzimático dos alimentos, principalmente a reação de Maillard e de caramelização (Araújo et al., 2009; Brião et al., 2011). Para a nutrição animal, o processamento térmico de rações como a peletização, pode desencadear esta reação de complexação entre aminoácidos e carboidratos, indisponibilizando parcialmente estes compostos, reduzindo a solubilidade das proteínas e comprometendo sua digestibilidade. Creswell e Bedford 7 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP (2006) sugerem que temperaturas de peletização acima de 85°C não devem ser empregadas a fim de evitar a formação de complexos entre proteínas e carboidratos, além de outras perdas nutricionais. A peletização pode proporcionar um aumento do valor energético dos nutrientes. De acordo com Zelenka (2003), um dos benefícios do uso de rações peletizadas para frangos de corte é o aumento no valor de energia metabolizável das rações, em decorrência da maior digestibilidade dos nutrientes. Pucci et al. (2010) observaram aumento da energia metabolizável aparente (EMA) (3.293 kcal/kg de MS) para frangos de corte que consumiram dietas peletizadas/trituradas em relação aos que receberam dietas fareladas (3.196 kcal/kg de MS). Já Abdollahi et al. (2011) constataram redução da energia metabolizável aparente de 3350,85 para 3240,90 kcal/kg de MS em frangos de corte de 1 a 21 dias que consumiram peletizadas em relação a fareladas. 4. Estrutura física A peletização pode reduzir o gasto de energia de mantença dos animais devido a menor necessidade de esforço físico para apreensão do alimento. Jensen (1962) relata que frangos de corte gastam até três vezes mais tempo para ingerir a mesma quantidade de ração farelada, portanto, a energia que seria gasta para o consumo será disponibilizada para o ganho de peso. Entretanto, esses benefícios só ocorrem se os peletes mantiverem sua integridade até o momento do fornecimento para as aves. Mckinney & Teeter (2004) utilizando rações contendo diferentes proporções de peletes íntegros e finos (100% peletizada, 80% peletizada, 60% peletizada, 40% peletizada, 20% peletizada, e 100% finos) para frangos de corte, constataram aumento na efetividade calórica e frequência de descanso, pois as aves gastam menos tempo para consumir a ração peletizada (peletes íntegros). Avaliando o desempenho de frangos de corte aos 28 e 42 dias de idade alimentados com dietas de diferentes formas físicas, Corzo et al. (2011) verificaram que aves alimentadas com dieta farelada apresentaram menor consumo de ração e peso corporal; e maior conversão alimentar quando comparadas às aves que consumiram as dietas contendo 32 e 64% de peletes íntegros. 8 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP 5. Qualidade física dos peletes A qualidade física do pelete pode ser definida como a capacidade do pelete de resistir à fragmentação e à abrasão durante o seu manuseio (armazenamento e transporte), sem quebrar-se e alcançar os alimentadores sem gerar alta proporção de finos (Amerah, 2007). O índice de durabilidade dos peletes (PDI) é um dos principais parâmetros utilizados para se medir a qualidade dos peletes, pois reflete a percentagem de peletes que mantém a sua integridade após serem submetidos a forças mecânicas. Peletes de baixa durabilidade não resistem às forças de atrito, impacto e pressão existentes ao longo dos processos de armazenamento, transporte e expedição da fábrica de ração até a granja (Lowe, 2005; Mina-Boac et al., 2006). Consequentemente, os peletes de baixa qualidade física desintegram-se produzindo uma massa conhecida como “finos”. O diâmetro geométrico médio (DGM) de partículas finas é igual ou inferior ao da ração farelada, causando desequilíbrio nutricional na composição da ração, o que pode afetar negativamente o desempenho dos animais. Diversos fatores podem afetar a qualidade de peletes: composição nutricional da ração, granulometria dos ingredientes, temperatura e tempo de condicionamento, umidade da ração, taxa de compressão da matriz da prensa, distância entre o rolo e a matriz da prensa, entre outros (Colovic et al., 2010). Além sisso, é possível que haja interação entre esses fatores, produzindo resultados diferentes dos esperados se cada fator fosse considerado individualmente. 5.1. Tamanho de partícula O tamanho de partícula é um dos parâmetros menos relacionados à qualidade dos peletes (Fahrenholz, 2012). Porém, acredita-se a redução no diâmetro das partículas aumenta a sua área superficial dentro do condicionador facilitando a transferência de calor e umidade para a massa farinácea de ração (Lowe, 2005). Amerah et al. (2007) compilou informações de trabalhos avaliando o DGM sobre a qualidade dos peletes (tabela 2). Os trabalhos demonstram que existe efeito do tamanho de partícula sobre a qualidade física dos peletes, porém dependendo do cereal base e o grau de redução da granulometria. 9 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP Tabela 2. Efeito do tamanho de partículas sobre a durabilidade dos peletes. Grão DGM (µm) PDI Referência Milho 910 91ª Reece et al., 1986 1024 91ª 679 91b 987 91,3b 1289 92,5ª 600 88ª 930 81,2ª 1700 80,2ª 380 25ª 955 25ª Milho Trigo Trigo Reece et al., 1986 Svihus et al., 2004 Peron et al., 2005 Adaptado de Amerah et al. (2007) A redução da granulometria visando maior qualidade de peletes gera discussões entre nutricionistas, uma vez que ao diminuir o tamanho das partículas pode haver comprometimento do desempenho das aves em função do menor aproveitamento da dieta. Nir et al. (1995) sugeriram que a degradação das partículas maiores no intestino delgado proximal é mais lenta, resultando em melhor aproveitamento da dieta. É importante destacar que a ração peletizada se dissolve do trato gastrointestinal dos animais tornando-se farelada. As aves têm preferência por partículas maiores em detrimento as de menor diâmetro. Dahlke (2000) verificou em seu trabalho que o aumento do DGM de 0,336 para 1,12mm, independentemente da forma física, aumentou o consumo de ração, ganho de peso e melhorou a conversão alimentar. No entanto, observou que o efeito da granulometria é mais visível nas rações fareladas do que nas peletizadas e os benefícios da peletização são mais evidenciados em relação à farelada, quando em ambas os ingredientes são finamente moídos. Assim, a granulometria torna-se importante para consumo alimentar e na nutrição, pois está diretamente relacionada com o desempenho animal e o processamento de rações. 5.2. Formulação 10 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP O efeito da formulação sobre o processamento, principalmente a peletização, nem sempre é considerado pelos nutricionistas. As formulações de rações apresentam múltiplas possibilidades de combinação de ingredientes, e estes exigem diferentes tratamentos durante o processo de peletização. Segundo Klein (2009), os diferentes tratamentos das matérias-primas que compõe a ração têm sua origem no seu comportamento ao sofrer ação da umidade, pressão e calor durante seu processamento. Além dos aspectos individuais dos ingredientes, podem-se destacar ainda alguns fatores decisivos que se constituem por meio da formulação (teor de gordura, teor de proteína, teor de minerais, dentre outros) e que são determinantes no processo da peletização. Diferentes ingredientes necessitam de diferentes características no condicionador para gelatinizarem. Segundo Falk (1985), para que a gelatinização do amido ocorra, a temperatura de peletização deve ser de no mínimo 82 ºC e conter 18% de umidade, para dietas com grandes quantidades de grãos, podendo haver variações de acordo com diferentes equipamentos. Dietas contendo açucares e produtos lácteos devem ser peletizadas com menor temperatura (60 ºC), pois acima disso pode ocorrer reação de Maillard. Os principais ingredientes que reduzem a qualidade dos peletes são gorduras e óleos (Briggs et al., 1999; Moritz et al., 2003; Fahrenholz, 2012). A gordura lubrifica a parede dos furos da matriz facilitando a passagem da ração pela matriz e diminuindo a compactação da dentro da prensa (Fahrenholz, 2012). Além disso, a adição de gordura na ração previamente ao condicionamento leva a um encapsulamento parcial das partículas da ração dificultando a penetração do vapor e umidade e, portanto, reduzindo a gelatinização do amido e as forças capilares de adesão (Lowe, 2005). Os valores máximos de inclusão de gordura na ração visando boa qualidade física dos peletes divergem na literatura. Segundo Leaver (2008) a adição de gordura deve ser limitada ao máximo de 1% na ração a ser peletizada se o objetivo for alto percentual de peletes íntegros. Já no estudo de Briggs et al. (1999), o limite máximo de inclusão de óleo sem comprometer a qualidade dos peletes foi de 5,6%. A aplicação de óleo pós-peletização é uma alternativa para manter a integridade dos peletes. Natel (2014) avaliou diferentes níveis de inclusão de óleo pelo método de aspersão pós-peletização sobre o PDI. Os níveis de óleo total não diferiram entre os tratamentos (3,5%), mas diferiram de acordo com a forma de aplicação: 1,0; 11 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP 1,5; 2,0; 2,5; 3,0 e 3,5% de óleo na mistura; e entre 0 % e 2,5 % com aspersão póspeletização para completar o total de 3,5% de óleo total na ração. O autor observou o nível ótimo de PDI com aspersão de 2,33% de óleo pós peletização, portanto com máximo de 1,17% de inclusão de óleo na mistura. Alguns ingredientes podem melhorar a qualidade dos peletes produzidos em função de suas características funcionais. A farinha de trigo, por exemplo, possui proteínas: a gliadina e a glutenina, responsáveis pela consistência, viscosidade e extensibilidade da massa. 5.3. Condicionamento O condicionamento é um dos fatores mais importantes para alcançar uma boa qualidade física da ração. O vapor utilizado durante o condicionamento rompe a estrutura do amido e causa sua gelatinização, assim como a alteração das estruturas terciárias das proteínas. Segundo Behnke (1994), a gelatinização do amido combinada à plastificação das proteínas é importante para a formação de ligações entre as partículas, portanto, necessária para a formação de peletes duráveis. Para Klein (2009) a qualidade do vapor é fundamental para se obter peletes de qualidade. O vapor ideal é o saturado, encontrado numa faixa estreita de temperatura, próxima de 100ºC. É importante ressaltar que altas temperaturas são acompanhadas de umidade elevada devido à adição de vapor. A pressão de vapor também pode variar de acordo com o tipo de dieta. Segundo Kersten et al. (2005) a pressão de vapor empregada em dietas para aves deve ser entre 1,0 e 1,5 bar. Abdollahi et al. (2010) avaliaram o efeito da temperatura de condicionamento sobre qualidade dos peletes de dietas a base de milho e sorgo para frangos de corte. Os autores observaram que o aumento da temperatura de 75 para 90ºC resulta em melhora no PDI para ambas as dietas. Avaliando diferentes tempos de retenção no condicionador, Briggs et al (1999) observaram que aumentando-se o tempo de retenção (5 para 15 segundos) aumenta-se a durabilidade do pelete em 4,5 pontos percentuais. Skoch et al (1981) afirma que a adição de umidade por meio de vapor melhora a qualidade da ração em função da diminuição da proporção de finos e aumento da durabilidade. Os parâmetros do condicionamento são muito variáveis, porém é importante saber com precisão quais são o tempo, temperatura e umidade ideais para cada 12 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP fórmula para a obtenção dos melhores resultados possíveis. Realizar estudos avaliando parâmetros do condicionamento é complexo devido aos múltiplos fatores envolvidos como diferentes formulações e equipamentos, por exemplo. 5.4. Interação dos fatores sobre a qualidade dos peletes Todos os fatores que influenciam a qualidade dos peletes são importantes e podem agir individualmente ou combinados. Portanto, deve-se conhecê-los para entender qual a participação de cada fator sobre a qualidade de dietas peletizadas. Reimer et al. (1992) propôs a seguinte divisão dos efeitos considerando sua importância sobre a durabilidade do pelete: 5% devido ao processo de resfriamento/secagem, 15% relacionados as especificações da matriz da prensa, 20% associados ao condicionamento térmico, 20% relacionados ao tamanho de partícula de ingredientes e 40% atribuídos a formulação da ração. Estas relações foram encontradas utilizando como base dietas europeias, que contém possivelmente cereais de inverno em sua composição. Já Muramatsu (2013) avaliou o efeito das interações entre diferentes fatores sobre a qualidade dos peletes (PDI) de dietas à base de milho e farelo de soja, incluindo o tamanho da partícula (743 e 1041 micra), processamento térmico (condicionamento-peletização ou condicionamento-expansão-peletização), adição de umidade (0, 7, 14 e 21 g/kg de ração) e inclusão de gordura (15, 25, 35 e 45 g/kg de ração). Quando se avaliou o efeito de todos os fatores modelados, o processamento térmico foi o fator de maior participação respondendo por 44% da variabilidade observada para PDI. Nas condições do estudo, a alternativa mais eficiente para melhorar a qualidade de peletes foi à expansão das dietas após o condicionamento, seguida em ordem decrescente de contribuição pelo aumento nos níveis de adição de umidade, pelas restrições na inclusão de gordura e finalmente pela redução no tamanho de partícula. 6. Implicações A peletização de rações é um processamento térmico complexo, pois pequenas alterações nos parâmetros do processo podem modificar as características físicas e 13 29ª Reunião – Congresso sobre Nutrição de Aves e Suínos 2015 De 02 a 04 de dezembro de 2015 – Hotel Fonte Colina Verde – São Pedro, SP químicas dos ingredientes utilizados. Apesar da complexidade, é uma alternativa para melhorar a utilização dos ingredientes e modificar a forma física da dieta. Os frangos de corte comerciais têm sofrido alterações das suas exigências em função dos avanços genéticos. Assim, pesquisas constantes são necessárias para elucidar as causas da melhora de desempenho zootécnico proporcionado pela peletização, possibilitando priorizar os parâmetros que mais interferem nesse processo, gerando benefícios à produção de frangos de corte. Muitos fatores estão envolvidos no processo, portanto conhecê-los e correlacioná-los é importante para que os benefícios da peletização possam ser aproveitados. Referências ABDOLLAHI, M.R., RAVINDRAN, V., SVIHUS, B. Influence of grain type and feed form on performance, apparent metabolisable energy and ileal digestibility of nitrogen, starch, fat, calcium and phosphorus in broiler starters. Animal Feed Science and Technology, v.186, p.193-203, 2013. ABDOLLAHI, M.R.; RAVINDRAN, V.; WESTER, T.J.; RAVINDRAN, G.; THOMAS, D.V. 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