Papel do SPECTCT com ostreotideo na detecao de

Papel do SPECT/CT com octreotídeo-111In na detecção
de insulinoma oculto aos outros métodos de imagem.
Marino F. M.; Sucupira M. S.; Anjos D. A. dos; Prado Jr. L. M. do.; Amaral R. M.; Sobrinho A. B.
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Descrição sucinta do propósito do estudo:
Ênfase às conclusões:
Esse relato tem como objetivo abordar a importância do SPECT/CT na cintilografia com
octreotídeo-111In na interpretação e no manejo clínico do insulinoma.
Trata-se de tumor neuroendócrino pancreático raro, capaz de produzir quantidades elevadas
de insulina, que acarretam queda dos níveis plasmáticos de glicose. Seu diagnóstico e
tratamento muitas vezes é retardado pela diversidade de sintomas, que podem confundir o
clínico. Devido suas dimensões bastante reduzidas, geralmente há dificuldade em localizá-lo
nos exames de imagem e no ato cirúrgico. Alguns autores demonstraram que o SPECT/CT afeta
a interpretação diagnóstica da cintilografia com octreotídeo-111In em 32% dos casos e induzem
a uma mudança de manejo clínico em 14%(1). Outros referem que o SPECT de 4 horas é
mandatório para detecção pré-operatória de insulinoma na cintilografia com octreotídeo-111In
porque as imagens tomográficas são mais sensíveis que as imagens planares e superiores aos
outros métodos convencionais de imagem(2). Portanto, reforçamos que o SPECT/CT se tornou
uma importante ferramenta diagnóstica para esse tipo de tumor.
Material e métodos:
Relatamos o caso de uma paciente do sexo feminino com crises frequentes de
hipoglicemia, cujas imagens de TC e RM foram normais. Diante da suspeita clínica de
insulinoma, uma cintilografia com octreotídeo-111In foi solicitada. As imagens de
varredura foram normais (Figura 1). Entretanto, um foco de hipercaptação leve foi
detectado somente nas imagens tomográficas (SPECT/CT) na cabeça pancreática (Figuras
2 e 3). Após, a ressecção tumoral, o estudo anatomopatológico confirmou insulinoma.
Resultados principais:
Insulinoma.
Figura 2
Figura 1: Imagens de varredura mostrando ausência de hipercaptações
anormais na topografia da cabeça pancreática (seta).
Figura 2: Cortes tomográficos (coronal, sagital e transversal) de SPECT/CT
demonstram um foco de hipercaptação leve na cabeça pancreática.
Referências bibliográficas:
1) KRAUSZ Y., et al. SPECT/CT hybrid imaging with 111In-pentetreotide in assessment of neuroendocrine tumours. Clinical Endocrinology, 2003; 59, 568-573.
2) ORAZIO S., et al. 111In-Pentetreotide Scintigraphy in the Detection of Insulinomas: Importance of SPECT Imaging. The Journal of Nuclear Medicine, 2000; 41, 459-462.
Figura 3: A lesão hipercaptante na cabeça pancreática (seta) foi ressecada e o
anatomopatológico revelou insulinoma.