N°17 - 1992 - Institut d`ethnologie

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N°17 - 1992 - Institut d`ethnologie
L'ETHNOLOGIE
A STRASBOURG
1992
ISSN 1148 3865
17.
SOMMAIRE
Jean MEIER
Le qiaatemion de Lautenbach
p. 1
André BOLA
La route du sida
P. 11
Esdras NGENZI
Le problème de
autosuffisance
alimentaire en Afrique
L'exemple du Rwanda
p. 21
Pierre ERKY
Kotes de lecture
Tietmeyer (E.), Gynae^mie im Wandel
p. 32
Parkin (D,), Sacred void
p. 34
AdelMiah (Pariba), Révolution sous
le voile
-
Le Breton (D.), Passions du risoue
P. 36
p. 38
Kemink (F.), Die Teprenna Frauen
P« 40
Institut d'Ethnologie, Faculté des Sciences Sociales, Pratiques Sociales et Développement
Centre de Recherches Interdisciplinaires en Anthropologie (CRIA)
Groupe d'Etudes et de Recherches Africaines de Strasbourg (GERAS)
Groupe de travail « Astronomie et Sciences Humaines »
Groupe de travail sur V Orient Chrétien
Association des Etudiants et amis de l'Institut d'Ethnologie
U n i v e r s i t é d e s S c i e n c e s H u m a i n e s - 2 2 , rue D e s c a r t e s
67084 - S T R A S B O U R G C E D E X
® 88.41.73.00
Jean
QUATERIMIOfS!
MEYER
D1
L A U - T E M B A C H
L a s c u l p t u r e g o t h i q u e du M o y e n - A g e o c c u p e u n e p l a c e p l u s
q u ' h o n o r a b l e d a n s l ' i c o n o g r a p h i e du c h r i s t i a n i s m e . En p a r t i c u l i e r , les s t a l l e s s c u l p t é e s , q u i o r n e n t en g é n é r a l le
c h o e u r d e s é g l i s e s , sont le fait d ' a r t i s t e s , s i n o n g é n i a u x ,
du m o i n s e x t r ê m e m e n t h a b i l e s et c o n s c i e n c i e u x . Q u a n t à l e u r s
c o m m a n d i t a i r e s , q u i é t a i e n t les t h é o l o g i e n s en p l a c e , ils ne
m a n q u è r e n t j a m a i s d'y a p p o r t e r un s a v o i r t h é o l o g i q u e r e m a r q u a b l e , a i n s i que souvent une bonne dose d'humour populaire.
C e t t e s i t u a t i o n s p é c i f i q u e se r e t r o u v e d a n s les s t a l l e s de
L a u t e n b a c h , dont la c o m m a n d e est d u e au c é l è b r e p r é v ô t G e o r g e s d ' A n d l a u , issu d ' u n e g r a n d e f a m i l l e n o b i l i a i r e d ' A l s a c e .
E l l e s f u r e n t i n s t a l l é e s e n t r e 1 4 6 0 et 1 4 6 6 , c e t t e d e r n i è r e
a n n é e é t a n t c e l l e du d é c è s de l ' a u t e u r .
C e s s t a l l e s c o m p o r t e n t un n o m b r e é l e v é de m i s é r i c o r d e s
s c u l p t é e s , q u i sont d ' u n art c o n s o m m é , a i n s i q u ' u n c e r t a i n
n o m b r e de s t a t u e t t e s et q u e l q u e s a u t r e s m o t i f s de p e t i t e
t a i l l e . Le s c u l p t e u r en est i n c o n n u , m a i s p r o b a b l e m e n t le
m ê m e a r t i s t e e s t - i l a u s s i l ' a u t e u r d e s s t a l l e s de la c a t h é d r a l e de V i e u x - B r i s a c h et de la B a r f ù s s e r k i r c h e de B â l e .
L e s s t a l l e s de L a u t e n b a c h n ' o n t p a s d o n n é l i e u j u s q u ' à p r é sent à des essais d ' e x p l i c a t i o n exhaustifs, étant donné que
l e s s p é c i a l i s t e s , en p a r t i c u l i e r K a u t z s c h , n'y ont vu q u ' u n e
m a n i f e s t a t i o n de l ' a r t p o p u l a i r e . C e t t e i n c o m p r é h e n s i o n reg r e t t a b l e r é s u l t e du fait que les p r o m o t e u r s de c e s s t a l l e s
é t a i e n t d e s t h é o l o g i e n s du M o y e n - A g e f i n i s s a n t dont la m a n i è r e de p e n s e r é t a i t n é c e s s a i r e m e n t t r è s é l o i g n é e de c e l l e
d e s m o d e r n e s . En e f f e t , les c h a n o i n e s A u g u s t i n s de L a u t e n b a c h f u r e n t les a d e p t e s de l ' a n c i e n s y s t è m e p h i l o s o p h i c o t h é o l o g i q u e a u g u s t i n i e n et n é o - p l a t o n i c i e n . . D e p l u s , il rés u l t e de l ' a n a l y s e i c o n o g r a p h i q u e d e s s t a l l e s q u ' u n e c e r t a i n e i n f l u e n c e de l ' E g l i s e b y z a n t i n e - o r t h o d o x e , a i n s i que de
l ' a n c i e n C o r p u s h e r m e t i c u m , n ' e s t p a s à e x c l u r e . U n e rec h e r c h e q u i se veut h i s t o r i q u e et s c i e n t i f i q u e doit t e n i r
c o m p t e de ce m i l i e u s p é c i f i q u e q u i s ' a p p u i e non s e u l e m e n t
s u r la d o c t r i n e t h é o l o g i q u e à p r o p r e m e n t p a r l e r , m a i s a u s s i
s u r la t h é o l o g i e c o s m i q u e et n a t u r e l l e du M o y e n - A g e .
P o u r c a r a c t é r i s e r la c o n c e p t i o n du m o n d e q u i fut en h o n n e u r
d u r a n t l e s s i è c l e s m é d i é v a u x , R a y m o n d A b e l l i o a fait r e m a r q u e r q u e p o u r e l l e l ' u n i v e r s a un s e n s q u e n o u s p o u v o n s d é c h i f f r e r , le l a n g a g e de D i e u é t a n t i n s c r i t en n o u s et d a n s
la n a t u r e s e l o n d e s s t r u c t u r e s s e m b l a b l e s q u ' i l n o u s i m p o r t e
d e d é c r y p t e r . C e l a s i g n i f i e q u e la c o n s c i e n c e a la p o s s i b i l i t é de se r é v é l e r à e l l e - m ê m e et de p e r c e r l ' o p a c i t é du
m o n d e g r â c e à un p r o c e s s u s de t r a n f i g u r a t i o n i n t e l l e c t u e l l e ,
d o n t les P è r e s et les D o c t e u r s de l ' E g l i s e ont f o u r n i d e s
exemples.
P o u r a b o u t i r à c e t t e c o n n a i s s a n c e , il e x i s t e , s e l o n les
t h é o l o g i e n s du M o y e n - A g e , une m é t h o d e e x p é r i m e n t a l e q u i c o n d u i t , à la s u i t e d ' u n long c h e m i n e m e n t p e r s o n n e l , à u n e
" é p i g n o s e " , g r â c e à l a q u e l l e on r e t r o u v e d a n s la s t r u c t u r e
de la m a t i è r e l e s n o m b r e s et les s y m é t r i e s à la m a n i è r e de
P l a t o n . L a N a t u r e et le C o s m o s tout e n t i e r s u g g è r e n t et s u s c i t e n t u n e t e l l e h e r m é n e u t i q u e , dont le c é l è b r e p a s s a g e de
l ' A p ô t r e en R o m . ,\/III, 1 9 - 2 2 p o r t e t é m o i g n a g e .
L a s t r u c t u r e i n t e r n e d e s s t a l l e s de L a u t e n b a c h d é p e n d m a n i f e s t e m e n t d ' u n p l a n d ' e n s e m b l e q u i r é p o n d aux d o n n é e s p r é c é d e n t e s . M a i s il n ' e s t p a s p o s s i b l e , d a n s l e s l i m i t e s de
cet e s s a i , de f o u r n i r u n e e x é g è s e d é t a i l l é e de c e t t e o e u v r e ,
q u i e x i g e r a i t u n e e n q u ê t e h i s t o r i q u e et d o c t r i n a l e t r è s
p o u s s é e , a i n s i q u ' u n e é t u d e de t o u s les m o t i f s en p r é s e n c e
<à l a q u e l l e n o u s p r o c é d o n s d a n s n o t r e o u v r a g e I n t r o d u c t i o n à
l ' h e r m é n e u t i q u e d e s s t a l l e s de L a u t e n b a c h ,
1 9 9 1 ) . N o t r e but
e s t d ' a t t i r e r l ' a t t e n t i o n sur un e n s e m b l e de q u a t r e m o t i f s
s c u l p t é s q u i o r n e n t les " o r e i l l e t t e s " d e s d e u x s i è g e s s a c e r d o t a u x , s i t u é s c ô t é E v a n g i l e et c ô t é E p i t r e du c h o e u r .
C e s q u a t r e m o t i f s en b a s - r e l i e f f o r m e n t en e f f e t ce que
C a r l - G u s t a v J u n g , l ' u n d e s s p é c i a l i s t e s r e c o n n u s de l ' a l c h i m i e p h i l o s o p h i q u e , a a p p e l é un q u a t e r n i o n
ou " d o u b l e m a r i a g e " . Il s ' a g i t d ' u n e f i g u r e d i t e "au c a r r é " , dont il est
p o s s i b l e de t i r e r d e s c o n c l u s i o n s q u a n t aux r e l a t i o n s b i p o l a i r e s , ou m ê m e q u a t t r i p o l a i r e s , q u i e x i s t e n t e n t r e les d i v e r s é l é m e n t s ou p e r s o n n a g e s r e p r é s e n t é s . Il r e s s o r t i r a de
l'analyse que ces personnages figurent des principes qui
r e l è v e n t de l ' u n i v e r s m é t a p h y s i q u e et r e l i g i e u x . Il est
c e r t a i n d ' a u t r e part q u e l ' e m p l a c e m e n t de c e s m o t i f s s c u l p tés a été choisi à dessein à proximité immédiate des deux
s i è g e s s a c e r d o t a u x , ce q u i l e u r c o n f è r e une i m p o r t a n c e e x ceptionnelle .
Il s ' a g i t en e f f e t d ' u n e n s e m b l e de p o l a r i t é s d y n a m i q u e s q u i
serviront à nourrir les s p é c u l a t i o n s t h é o s o p h i q u e s ultérieur e s . C e t t e c o n c e p t i o n d e s o p p o s i t i o n s p o l a i r e s , q u e l'on
t r o u v e d é j à d a n s la B i b l e , c o n n a î t r a u n e p o s t é r i t é r e m a r q u a b l e au c o u r s d e s s i è c l e s , c a r e l l e met l ' a c c e n t sur la f é condité des principes antithétiques. Elle a influé notamment
s u r P i c de la M i r a n d o l e à l ' a u b e de la R e n a i s s a n c e et j u s q u e
sur l ' é s o t é r i s m e m o d e r n e .
DESCRIPTION
A p r è s c e s c o n s i d é r a t i o n s i n t r o d u c t i v e s , a b o r d o n s la
t i o n du Q u a t e r n i o n de L a u t e n b a c h
qui nous fournira
de l ' e n s e m b l e d e s s t a l l e s g o t h i q u e s .
descripla c l e f
N o u s s o m m e s en e f f e t en f a c e du B i n a i r e g é n é r i q u e
de la
M y s t i q u e du N o m b r e . Il est r e p r é s e n t é par l e s f i g u r e s du R o i
et de la R e i n e , s o u s u n e f o r m e i c o n o g r a p h i q u e t r è s c u r i e u s e .
M a i s c e s d e u x p e r s o n n a g e s r o y a u x sont a f f r o n t é s à un d e u x i è m e B i n a i r e , m a l é f i q u e , v o i r e d i a b o l i q u e . Il s ' a g i t du G r a n d
D r a g o n R o u x de l ' A p o c a l y p s e et de S a t a n ou de la P r e m i è r e
B ê t e c i t é e en A p o c a l y p s e X I I I . C e s d e u x d e r n i è r e s e n t i t é s se
s o n t a s s o c i é e s a f i n de c o n t r e c a r r e r l ' e n t r e p r i s e de R é d e m p t i o n d i v i n e . E l l e s a g i s s e n t c e p e n d a n t sur d e s p l a n s é c o l o g i q u e s d i f f é r e n t s : le D r a g o n , q u i est le s y m b o l e de L u c i f e r ,
a g i t d a n s l ' é l é m e n t a é r i e n <cf. A p o c . X I I ) , a l o r s q u e S a t a n , s o u s la f i g u r e du L é o p a r d t a c h e t é (cf. A p o c .
XIII)
a g i t d a n s l ' é l é m e n t l i q u i d e . La m e r est le s y m b o l e de la
b i o s p h è r e et l ' a i r c e l u i de la p s y c h o s p h è r e . F a u t e de d i s t i n g u e r c e s m a n s i o n e s , la s u i t e d e s é v é n e m e n t s d e v i e n t inintelligible .
L e s q u a t r e m o t i f s se p r é s e n t e n t s o u s la f o r m e de d e u x b i n a i r e s o p p o s é s et p o l a r i s é s . Ils o r n a i e n t à l ' o r i g i n e les
o r e i l l e t t e s se t r o u v a n t de part et d ' a u t r e d e s d e u x s i è g e s
s a c e r d o t a u x , r é s e r v é s au p r é v ô t (côté E v a n g i l e , p r é é m i n e n t )
et au p r i e u r ou au p o u v o i r t e m p o r e l , l o r s q u ' u n p e r s o n n a g e
n o b i l i a i r e é t a i t en v i s i t e à la C a n o n i e (côté E p i t r e ) ( * ) .
(*) D e u x p a r m i l e s " o r e i l l e t t e s " ont é t é d é p l a c é e s , p r o b a b l e m e n t au c o u r s du X V I I I e s i è c l e , p o u r ê t r e r é i n s t a l l é e s
d e r r i è r e le m a î t r e - a u t e l où e l l e s sont p e u v i s i b l e s . Ce sont
l ' O n d i n e R o y a l e et S a t a n sur un c h a m e a u . C e s m o t i f s ont s a n s
d o u t e é t é c o n s i d é r é s c o m m e i m m o r a u x par un c u r é j a n s é n i s t e
q u i l e s r e t i r a de la v u e d e s f i d è l e s et a l l a j u s q u ' à e n l e v e r
au c i s e a u les c u i s s e s n u e s de l ' O n d i n e . Le s e n s i n t e r n e de
l ' e n s e m b l e est a i n s i p e r t u r b é . On peut s o u h a i t e r que l o r s de
la r é f e c t i o n p r é v u e de l ' i n t é r i e u r de la c o l l é g i a l e c e s
s c u l p t u r e s retrouveront leur emplacement p r i m i t i f .
C o m m e l e s m o t i f s se t r o u v e n t en o p p o s i t i o n , on d e v i n e d é j à
q u ' i l s'agit d'une d i a l e c t i q u e théologale qui oppose l'un à
l ' a u t r e le B i e n et le M a l , ce q u i r e p r é s e n t e un t h è m e i n é p u i s a b l e p o u r la t h é o l o g i e c h r é t i e n n e . C e s m o t i f s sont les
suivants :
A. Côté
Evangile
1,
à droite:
2-
à gauche:
B. C ô t é
2.
l'Ondine
j eur
le G r a n d
Lucifer
Epltre
1. à d r o i t e :
à gauche:
:
Royale,
Dragon
figure
Roux
de
du P r i n c i p e
féminin
l'Apocalypse,
ma-
alias
:
le T r o n c R o y a l , f i g u r e
j eur
S a t a n s u r un c h a m e a u .
du
Principe
masculin
ma-
C e t a g e n c e m e n t r é s u l t e d ' u n p l a n p r é d é t e r m i n é , en r a p p o r t
a v e c la q u a t t r i p o l a r i t é de la c r é a t u r e . E s s a y o n s de l'explic i t e r s e l o n les p r i n c i p e s m ê m e s q u i p r é s i d è r e n t à la conception des stalles.
ESSAI
D'EXPLICATION
Il est p l u s que p r o b a b l e que les f i g u r e s et m o t i f s q u i c o n s t i t u e n t cet e n s e m b l e r e l è v e n t d ' u n e p e n s é e h e r m é t i s a n t e ,
d o n c i n i n t e l l i g i b l e à d e s p r o f a n e s . N ' e s t - i l p a s c u r i e u x que
les chanoines aient choisi, pour l'installer auprès d'un
s i è g e s a c e r d o t a l , s i t u é de p l u s à un e n d r o i t p r é é m i n e n t du
c h o é u r , u n e c r é a t u r e a u s s i é t r a n g e q u e l ' O n d i n e R o y a l e se
p r é s e n t a n t d a n s t o u t e sa n u d i t é n a t i v e ? Et que v i e n t f a i r e ,
d a n s le c h o u e r d ' u n e é g l i s e , le D r a g o n q u i se m o r d la q u e u e ?
M a i s o n s a i t q u e la f i g u r e de 1' O u r o b o r o s
était bien conn u e de l ' a l c h i m i s m e p h i l o s o p h i q u e du M o y e n - A g e , s y m b o l e de
l ' é t e r n e l r e t o u r d e s c h o s e s au sein de la n a t u r e . En ce q u i
c o n c e r n e la f i g u r e r o y a l e m a s c u l i n e , e l l e est a s s o c i é e au
b l a s o n de la f a m i l l e d e s A n d l a u . M a i s p o u r q u o i c e t t e é v o c a t i o n d ' u n r o i , a l o r s q u e les A n d l a u f u r e n t de la n o b l e s s e
d e s c o m t e s ? Et q u e v i e n t f a i r e de l ' a u t r e c ô t é le d i a b l e
a s s i s s u r un c h a m e a u ?
C ' e s t i c i q u ' i l f a u t f a i r e i n t e r v e n i r , si l ' o n veut a b o u t i r
à u n e e x p l i c a t i o n s e n s é e , la c o n n a i s s a n c e h e r m é n e u t i q u e ou
la s c i e n c e d e s o r i g i n e s , q u i se t r o u v e de s u r p l u s en é t r o i t e
c o r r é l a t i o n a v e c l ' u n i v e r s t h é o l o g i q u e de la C a n o n i e de L a u t e n b a c h . Il ne sert à r i e n de se v o i l e r la fac,e en b o n s rat i o n a l i s t e s c a r t é s i e n s . La s e u l e v o i e p o s s i b l e p o u r c o m p r e n d r e le s e n s i n t e r n e de c e t t e o e u v r e s c u l p t é e c o n s i s t e à
a b o r d e r de f a c e les p r o b l è m e s que p o s e
v a l . E x a m i n o n s d o n c l'un a p r è s l ' a u t r e
binaires hermétiques.
A.
L'Ondine
Royale
et
le G r a n d
Dragon
l'hermétisme médiéles d e u x c o u p l e s de
Roux
1. L ' O n d i n e est u n e c r é a t u r e f é m i n i n e q u i se s i t u e e n t r e
l ' A n g e et l ' H o m m e et q u i est c e n s é e h a b i t e r l ' e a u et la m e r .
S i n o t r e s c u l p t e u r l'a c o i f f é e d ' u n e c o u r o n n e et en a fait
u n e R e i n e , c ' e s t q u ' e l l e a été p o u r v u e d ' u n e m i s s i o n p a r t i c u l i è r e . O r , c e t t e O n d i n e é c a r t e ses d e u x q u e u e s de p o i s s o n ,
n o n p o u r s u s c i t e r u n e q u e l c o n q u e a t t i r a n c e s e x u e l l e - car
e l l e est c o n n u e p o u r son i n t r a n s i g e a n t e c h a s t e t é - m a i s p o u r
g é n é r e r . . . l a m a t i è r e ! E l l e est en e f f e t s y m b o l e de la M a g n a
M a t e r , c é l é b r é e e n t r e a u t r e s par les d r u i d e s i r l a n d a i s , q u i
v o u l a i e n t d é s i g n e r p a r là le c h a o s o r i g i n e l et la M a t e r i a
P r i m a . En ce s e n s , e l l e est a u s s i s y m b o l e de la m a t e r n i t é
u n i v e r s e l l e , q u e n o u s r e t r o u v o n s d a n s l ' A p o c a l y p s e s o u s la
f i g u r e d e la F e m m e S o l a i r e (XII, 1), r e p r é s e n t é e d a n s les
v i t r a u x g o t h i q u e s du c h o e u r de la c o l l é g i a l e .
2 . M a i s l ' e n n e m i de la F e m m e C é l e s t e est p r é c i s é m e n t le
G r a n d D r a g o n R o u x de l ' A p o c a l y p s e (XII, 3 ) , s y m b o l e de l ' A n ge d é c h u q u i a p o u r nom L u c i f e r . D a n s le m o t i f de n o s s t a l l e s , le D r a g o n , l o v é en O u r o b o r o s , l o u c h e d ' u n r e g a r d h o s t i le v e r s le v i s a g e de 1 ' O n d i n e R o y a l e , c o m m e s ' i l se p r é p a r a i t à p a s s e r à l ' a t t a q u e . L ' a s p e c t m é t a p h y s i q u e de c e t t e
s i t u a t i o n ne peut t r o m p e r : il s ' a g i t de l ' o p p o s i t i o n e n t r e
le B i e n et le M a l , q u i a p o u r o r i g i n e la c h u t e d ' A d a m et
d ' E v e . En e f f e t , le S e r p e n t rusé de la G e n è s e n'a p a s f i n i
de v o u l o i r s é d u i r e la F e m m e , m a i s c e l l e - c i , s o u s les t r a i t s
d e la V i e r g e M a r i e , l u i é c r a s e r a la t ê t e de son t a l o n (Geji^
I I I , 1 5 ) . S i ce m o t i f se t r o u v e du c ô t é E v a n g i l e , c ' e s t que
la F e m m e , q u i a t t e i n t sa p l é n i t u d e en la V i e r g e , jouit d ' u n e
p r é é m i n e n c e s u r l ' h o m m e . C ' e s t a u s s i en ce s e n s que d a n s la
t h é o l o g i e o r t h o d o x e on a t t r i b u e s o u v e n t l ' i n t e l l i g e n c e à Eve
et n o n à A d a m .
B.
Le T r o n c
Royal
et
Satan
sur
un
chameau
1. T o u t a u t r e est la s i t u a t i o n d é c r i t e d a n s les d e u x " o r e i l lettes" s c u l p t é e s côté Epitre, celui des "païens". Nous voy o n s le b l a s o n de la f a m i l l e d e s A n d l a u , r e c o n n a i s s a b l e à
s o n é c u , s u r m o n t é de la s e u l e m o i t i é s u p é r i e u r e d ' u n e f i g u r e
m a s c u l i n e c o u r o n n é e . C o m m e l'a s a n s d o u t e v o u l u le p r é v ô t
G e o r g e s d ' A n d l a u , il s ' a g i t de la f i g u r a t i o n du P r i n c i p e
M a s c u l i n M a j e u r s o u s les a u s p i c e s du R o i . En tant que t e l ,
il est o p p o s é à la f i g u r e de 1 ' O n d i n e R o y a l e . Le R o i et la
R e i n e f o r m e n t un c o u p l e c o m p l é m e n t a i r e et b i s e x u é q u i se
r e t r o u v e en t o u t e c r é a t u r e v i v a n t e , c o m m e le dit le p r e m i e r
c h a p i t r e d e la G e n è s e .
de j o u i s s a n c e et de n o n - j o u i s s a n c e . D a n s t o u s c e s d o m a i n e s ,
d e s f o r c e s sont à l ' o e u v r e , b o n n e s p o u r a u t a n t q u ' e l l e s sont
m a i n t e n u e s d a n s l e u r s l i m i t e s r e s p e c t i v e s par la p u i s s a n c e
contraire, mais qui deviennent destructrices lorsqu'elles
a c c è d e n t à l ' i n d é p e n d a n c e et q u ' e l l e s s u i v e n t d a n s une m e s u re e x a g é r é e l e s t e n d a n c e s q u ' e l l e s t i e n n e n t de l e u r p r o p r e
n a t u r e . E n t r e c e s d e u x p u i s s a n c e s o p p o s é e s se t r o u v e l ' h o m m e , a r r i v é au p o i n t le p l u s b a s de sa vie t e r r e s t r e .
S i n o u s p r e n o n s à p r é s e n t c o m m e p o i n t de d é p a r t l ' a c t i v i t é
de L u c i f e r et de S a t a n - A h r i m a n e au s e i n de la n a t u r e h u m a i n e , il no u s faut d i r e tout d ' a b o r d q u e le p r e m i e r e s s a i e
d ' u n e m a n i è r e i n d u e de v i v i f i e r n o t r e o r g a n i s m e de la t ê t e ,
q u i , selc n la b o n n e P r o v i d e n c e , doit s u b i r un p r o c e s s u s de
m o r t i f i c a tion - l ' A p ô t r e a bien écrit que nous m o u r r o n s tous
l e s j o u r s - a f i n de d e v e n i r la b a s e e x i s t e n t i e l l e de n o t r e
E g o c o n s c ient et l i b r e . P a r c o h t r e , le s e c o n d e s s a i e d ' u n e
m a n i è r e t out a u s s i i n d u e d ' i n t r o d u i r e un é l é m e n t m o r t e l d a n s
n o t r e s y s t è m e m é t a b o l i q u e où, s e l o n la P r o v i d e n c e v r a i e ,
d o i t r é g n er la v i e .
En ce s e n s , L u c i f e r agit p l u t ô t à t r a v e r s la c o n s c i e n c e h a b i t u e l l e de la t ê t e et S a t a n d a n s les f o r c e s i n s p i r â t r i c e s
i n c o n s c i e n t e s q u i sont à la b a s e de n o t r e v o l o n t é et du s y s t è m e m é t a b o l i q u e . T a n d i s que le p r e m i e r c h e r c h e à n o u s a t t i rer d a n s l e s e s p a c e s l o i n t a i n s du c o s m o s et à n o u s a r r a c h e r
c o m p l è t e m e n t à la t e r r e , le s e c o n d v e u t au c o n t r a i r e n o u s
a t t a c h e r à la t e r r e et ne p a s n o u s p e r m e t t r e de n o u s é l e v e r
vers les h a u t e u r s .
S e u l le s y s t è m e m é d i a n et r y t h m i q u e du c o e u r , a i n s i q u e la
c o n s c i e n c B I m a g i n a t i v e q u i en d é p e n d , r e s t e n t e n c o r e l i b r e s ,
M a i s c ' e s t p r é c i s é m e n t c e t t e s p h è r e q u e L u c i f e r et A h r i m a n e
e s s a i e n t de c o n t r ô l e r p o u r s o u m e t t r e d é f i n i t i v e m e n t l ' h o m m e .
A f i n de p D u v o i r r é s i s t e r à c e s t e n t a t i v e s , il est n é c e s s a i r e
de d é v e l o pper cet o r g a n i s m e du c o e u r et d ' a c q u é r i r la s a g e s se et la l o g i q u e i n t é r i e u r e s , q u i n o u s p e r m e t t e n t de t e n i r
1 ' é q u i l i b e e n t r e les f o r c e s l u c i f é r i e n n e s q u i v i e n n e n t
d ' e n - h a u t et c e l l e s de S a t a n q u i a g i s s e n t d e p u i s le b a s . A
c e t t e s e u le c o n d i t i o n , l e s t e n t a t i o n s d é m o n i a q u e s p o u r r o n t
être surm ontées d a n s notre triple o r g a n i s a t i o n corporelle
q u i c o m p r end l ' h o m m e n o é t i q u e , l ' h o m m e r y t h m i q u e et l ' h o m m e
m é t a b o l i q Lie.
Il f a u t i n s i s t e r sur le fait q u e la r é d e m p t i o n de l ' h o m m e
p a r le Ch rist se r é a l i s e i c i d a n s un s e n s t r è s c o n c r e t . En
e f f e t , le C h r i s t est c e t t e p u i s s a n c e au s e i n du T o u t univers e l q u i s ' i n t r o d u i t e n t r e L u c i f e r et S a t a n et les r e n v o i e à
l e u r s lim Ltes. Il se m a n i f e s t e c o m m e c e l u i q u i a s u r m o n t é ,
au c o u r s Je son s é j o u r au d é s e r t , la t e n t a t i o n l u c i f é r i e n n e
8
et s ' e s t r é v é l é c o m m e v a i n q u e u r de la p u i s s a n c e s a t a n i q u e .
C e q u ' i l ^ r é a l i s é a i n s i d a n s la f o r c e de son e s s e n c e d i v i n e
est v a l a b l e p o u r t o u s les ê t r e s d a n s l e s q u e l s vit un m o i h u m a i n . En C e l u i q u i a i n t é g r é en l u i - m ê m e l ' i m p u l s i o n c h r i s t i q u e , l e s p u i s s a n c e s c o n t r a i r e s sont m a i n t e n u e s en é q u i l i b r e et s e i c o n t r e - b a l a n c e n t . La l u t t e a v e c d e s f o r c e s c o n t r a i r e s ni'est j a m a i s é p a r g n é e à l ' h o m m e , m a i s il est p l a c é
d a n s u n e S i t u a t i o n q u i l u i p e r m e t de s o u t e n i r ce c o m b a t d a n s
la l i b e r t é de sa p e r s o n n e .
D a n s u n e p e r s p e c t i v e p l u s m o d e r n e , la p s y c h o l o g i e d e s p r o f o n d e u r s b e u t n o u s a i d e r à m i e u x c o m p r e n d r e c e s d o n n é e s de
la démonolLogie m é d i é v a l e . L o i n de p e n s e r q u e l ' e x i s t e n c e du
d i a b l e est u n e i n v e n t i o n d u e à la f a n t a i s i e d é b r i d é e d e s
t h é o l o g i e h s m é d i é v a u x , on peut a d m e t t r e que 1 h o m m e c o n n a î t ,
d a n s s o n jinconscient c o l l e c t i f
l ' e x i s t e n c e d un p r i n c i p e du
m a l q u i s^ m a n i f e s t e s o u s les a u s p i c e s de c e r t a i n s ê t r e s
s p i r i t u e l ^ , c o n n u s s o u s le t e r m e de " d o u b l e h y p o s t a s e d é m o n i a q u e " d a n s la t h é o l o g i e de l ' E g l i s e d ' O r i e n t . S a n s d o u t e ,
la c o n s c i e n c e c l a i r e de l ' h o m m e d ' a u j o u r d ' h u i se r é v o l t e - t e l l e contj'e u n e t e l l e i d é e q u i m e n a c e son o r g u e i l p e r s o n n e l
et s o n b e s o i n i r r é p r e s s i b l e de l i b e r t é . M a i s l ' E v a n g i l e a u s si b i e n q u e la p a r a p s y c h o l o g i e p e u v e n t n o u s f o u r n i r d ' u t i l e s
r e n s e i g n e m e n t s sur l ' e x i s t e n c e de c e s e n t i t é s m a u v a i s e s q u i
h a n t a i e n t l ' i m a g i n a t i o n de n o s a n c ê t r e s .
LES
SCULPtURES
DU
NARTHEX
ROMAN
Il n o u s p k r a i t i n t é r e s s a n t de c o n s o l i d e r n o t r e a n a l y s e i c o n o g r a p h i q u e p a r d e s é l é m e n t s a r c h é o l o g i q u e s , é t a n t d o n n é que
c e u v - c i p e u v e n t p a l l i e r d a n s une c e r t a i n e m e s u r e le m a n q u e
de aocumefits é c r i t s . C e s é l é m e n t s se d é c o u v r e n t d a n s c e r t a i n e s sculpjtures a n t é r i e u r e s q u i o r n e n t le n a r t h e x r o m a n de
l ' é g l i s e jde L a u t e n b a c h
(1125-1140).
D a n s l ' i m p o s t e g a u c h e du p o r t a i l , on a p e r ç o i t un h o m m e nu
agenouill|é s u r le c o r p s d ' u n d r a g o n , a u q u e l il é c a r t e de
f o r c e l e s m â c h o i r e s . Un enf^n^t nu, q u i s y m b o l i s e l ' â m e h u m a i n e , v i ent s ' é c h a p p e r de la g u e u l e du m o n s t r e . Cet h o m m e
n ' e s t aut e q u e le C h r i s t , la n u d i t é r e p r é s e n t a n t i c i son
é s u r r e c t i o n . ' Le^ d h a g o n est é v i d e m m e n t une f i g u r a c o r p s de
t i o n du G •and D r a g o n R o u x die II A p o c a l y p s e , c ' e s t - à - d i r e de
L u c i f e r . Par c o n t r e , 1 ' i m p o s i é du c ô t é d r o i t m o n t r e un h o m m e égalemlent nu et d'aspectj é a u v a g e , d o n t la p o i t r i n e est
m u n i e de s e i n s de f e m m e . C ' e s t S a t a n q u i p r é c i p i t e les d é b a u c h é s en e n f e r . S o n e s s e n c e h y b r i d e d é n o t e q u ' i l est un
c o n t r e - t y p e de l ' A n d r o g y n e m y s t i q u e , r e p r é s e n t é par le
C h r i s t en| p e r s o n n e .
10
CONCLUSION
-1L ' a n a l y s e i c o n o g r a p h i q u e du G u a t e r n i o n de L a u t e n b a c h m o n t r e
q u e l e s m o t i f s m i s en s c è n e sont i s s u s d ' u n e c o n n a i s s a n c e
sacerdotale, qui elle-même procède d'une tradition mystérios o p h i q u e ^Jont e l l e p o s s è d e t o u t e s les q u a l i t é s f o n d a m e n t a l e s . Si c ^ t t e c o n n a i s s a n c e , q u i fut d ' a b o r d r é s e r v é e à un
m i l i e u ec|;lésial p r i v i l é g i é , p o u v a i t ê t r e i n c o r p o r é e à 1 ' e n seignemenjt g é n é r a l d e la t h é o l o g i e c h r é t i e n n e , il en r é s u l t e r a i t s a n s d o u t e un s u r p l u s de v é r a c i t é et u n e p o s s i b i l i t é
d ' o u v r i r c e r t a i n e s p o r t e s , j u s q u ' i c i f e r m é e s , d o n n a n t sur
d e s a s p e c t s peu m i s en v a l e u r du c h r i s t i a n i s m e . L ' a p p o r t d é c i s i f d e b e t t e s p i r i t u a l i t é r é s i d e d a n s le fait q u e les c h a n o i n e s de L a u t e n b a c h ont r é u n i la c o n n a i s s a n c e s a p i e n t i e l l e
et l ' e x p é r i m e n t a t i o n de t o u t e s les f o r c e s v i v e s du c h r i s t i a n i s m e d a n s u n e d o c t r i n e q u i fait a p p e l aux t r o i s f a c u l t é s d e
la p e n s é e , du s e n t i m e n t et de la v o l o n t é . Il s ' a g i t là non
d ' u n fait dû au h a s a r d , m a i s d e la p o u r s u i t e d ' u n e e x p é r i e n p r o d u i t les f r u i t s l e s p l u s n o b l e s
ce d é j à m|Lllénaire q u i
d e l a penjsée c h r é t i e n n e .
A p r è s avo^.r a n a l y s é le s e n s i n t e r n e d e s q u a t r e m o t i f s en
p r é s e n c e , il est ccllaaiirr q u e les s t a l l e s de L a u t e n b a c h p r é s u p p o s e n t l ' e x i s t e n c e d ' u n plan r a i s o n n é q u i se f o n d e à la fois
s u r la thjéologie c o s m i q u e et sur l ' a n t h r o p o l o g i e t h é o l o g i q u e . L e s Isymboles sont p o r t e u r s d ' u n e s i g n i f i c a t i o n m é t a p h y s i q u e qu'jll est n é c e s s a i r e de d é c o u v r i r s e l o n l ' i d é o l o g i e
r é g n a n t e fdans l e s c e r c l e s e c c l é s i a s t i q u e s du M o y e n - A g e .
En ce quil c o n c e r n e p l u s p a r t i c u l i è r e m e n t le Q u a t e r n i o n d e
L a u t e n b a c p , il est p e r m i s d ' a d m i r e r le r é a l i s m e t h é o l o g i q u e
de nos c h a n o i n e s , qui surent d i s t i n g u e r efficacement entre
l e s d e u x a s p e c t s p o l a i r e s du m a l . On ne p o u v a i t m i e u x i l l u s t r e r i c o n b g r a p h i q u e m e n t les d e u x a s p e c t s s p é c i f i q u e s de la
d é m o n o l o g ^ e , d o n t les s o u r c e s s c r i p t u r a i r e s se t r o u v e n t d a n s
l ' A p o c a l y p s e j o h a n n i q u e . Le G u a t e r n i o n de L a u t e n b a c h peut
ê t r e c o n s i d é r é c o m m e l ' u n e d e s r é u s s i t e s m a j e u r e s de l ' h e r méneutiquie m é d i é v a l e , et c e l l e - c i a su t r o u v e r son e x p r e s s i o n la p l u s c o n f o r m e d a n s la s p i r i t u a l i t é d e la C a n o n i e du
Florival. |
11
La route du Sida
par André Bola
Aprèî; avoir, dans un précédent article, traité du développement du Sida dans l'Afrique de
l'ouest, on pe ut s'intéresser à l'Afrique orientale et à ses anciennes colonies anglaises. En suivant la
route que les Anglais voulaient voir relier le Caire au Cap, et à travers l'étude des mouvements de
population erjgendrés par l'instabilité politique de ces pays, on peut suivre la progression de la
maladie au K 3nya, en Ouganda, en Tanzanie, et dans les pays du sud-est africain, jusqu'en Afrique
du Sud.
Les s pécificités des colonisations anglaises ont été marquées par la reconnaissance des
ethnies en ta it qu'organisations sociales structurées et souvent renforcées par l'appui colonial. La
doctrine color laie, conçue sur le modèle du "Self ruie", avantageait les ethnies fortement organisées
sur le plan po tique.
Situé<!s sur les hauts-plateaux du Rift africain du Kenya à l'Afrique du Sud, les colonies
anglaises favc risaient une importante immigration d'origine anglaise, qui trouvait là un climat agréable
et exempt de grandes maladies tropicales. De nombreuses minorités d'origine européenne se fixaient
dans ces pays propices à une agriculture et un élevage de style européen.
Les
'erses décolonisations de ces pays africains de l'Est se sont déroulées suivant un plan
préparé par de s conférences internationales diverses qui les ont conduits vers l'indépendance de
façon plus ou noins pacifique.
Les résistance s les plus fortes à l'indépendance se sont concentrées dans les pays à fortes minorités
d'origine eurof éenne qui appréhendaient le pouvoir "noir".
L'exemple le plus significatif est l'ancienne Rhodésie du Sud, aujourd'hui Zimbabwe, qui ne deviendra
indépendant q u'en 1980. Une minorité de 300 000 Blancs avait proclamé l'indépendance contre 7
millions de Noi rs.
Ce qiji semblait important pour les Anglais, c'était le souci de mettre en place une
infrastructure économique qui serait garante de l'avenir du "Commonweaith".
Une pii|emière infrastructure permettant de relier l'empire colonial de l'Afrique de l'Est a été,
dès le début d(! la colonisation, le projet de l'axe routier du Caire au Cap.
La partie du Cap à Lusaka fut réalisée en premier, pour des raisons économiques évidentes, étant
donné la produ ction importante du cuivre en Zambie.
La seconde se a réalisée beaucoup plus tard, elle reliera Lusaka à Nairobi en traversant la Tanzanie
et l'Ouganda. Lllne autre liaison routière rejoindra Karthoum.
-10-
12
Cet axe routier, construit en matériaux durables, servira comme important moyen d'échanges entre
ces divers pajj'S.
L'équilibre eth nique maintenu par la puissance coloniale va voler en éclat après les indépendances.
L'Ouganda re jrésente l'exemple le plus dramatique de ces luttes ethniques et de la course au pouvoir
avec son cortoge de guerres civiles et de déplacements des populations dans les pays limitrophes.
C'est dans les pays de l'Est, dans les pays de la Corne de l'Afrique, que l'on trouve le plus
vaste mouvenent de populations dû à l'instabilité politique et ethnique de la région. La guerre en
Ethiopie entre indépendantistes Erythréens et Tigréens continue depuis vingt ans à provoquer des
exodes vers l$s territoires voisins. Ces populations déplacées survivent dans des conditions bien endessous du séuil de pauvreté.
Le conitexte est rendu plus complexe par les situations conflictuelles des pays voisins. La
Somalie est m arquée par la rébellion des Issaks Ogadens et Hawiyes contre l'ethnie des Marehans
au pouvoir av'^c l'ancien président Said Bare. Les Somaliens qui se sont enfuis pour trouver asile au
Kenya trouver])it un pays en proie à un problème de partage du pouvoir entre ethnies. Le pouvoir ne
parvient pas i combattre la corruption qui détruit l'efficacité de l'Etat. Nairobi, avec son tourisme de
masse (4 milli jns de touristes par an) et l'afflux de réfugiés somaliens et éthiopiens, est aussi une des
capitales dont le taux de séropositivité est un des plus importants de l'Afrique de l'Est: 96 % de celles
qu'on nomme "prostituées" sont séropositives.
L'Ouganda. Depuis l'indépendance, ce pays n'a jamais connu de paix durable. Pendant la
colonisation, les Anglais avaient
tablé sur le royaume du Buganda et sa monarchie fortement
centralisée avec le Kabaka (le roi) assisté par une assemblée de sages (Lukiko) et un Premier
ministre (Katikiro).
Les circonscri|)tions administratives étaient fortement structurées et elles se présentaient en comtés,
sous-comtés '3t paroisses (Saza, Gobola, Muluka).
La larl gue administrative était le "Ganda". La colonisation anglaise va plaquer ce modèle
traditionnel su r l'ensemble des ethnies en utilisant les Baganda comme agents de l'administration
coloniale dans les ethnies nilotiques du Nord. L'ethnie Ganda ne représentait que moins du cinquième
de la populai ion totale de l'Ouganda. Il faut signaler que les populations "bantoues" du sud
représentaient environ les 2/3 de la population. Dans cet ensemble bantou, les Baganda occupaient
une position do minante.
L'indébendance de l'Ouganda de 1962-1966 va rapidement se détériorer avec un roi devenu
président et le mythe d'une citoyenneté "ougandaise" fondée sur le modèle de "Burke" et "RousseaU'.
De 1966 à 1971, c'est la décomposition silencieuse sous le régime Obote qui élimine le roi président,
supprime tout(îs les monarchies et fait la chasse aux vieilles élites. En fait, c'est la revanche des
Nordistes 8t des Nilotiques sur les Bantu du Sud. Pendant cette période se développe une double
-10-
13
rivalité, politique d'une part, entre l'armée et les bureaucrates du Parti, et, d'autre part, à l'intérieur de
l'armée entre Nilotiques du Nord et du Nord-Ouest, les premiers représentant 40 % de l'armée et
soutenant le pouvoir Obote. C'est en octobre que se produit le coup d'état militaire d'IDI AMIN qui
propulse l'Ouganda dans l'actualité internationale.
Avec l'aide des Sudistes, Idi Amin se livre à l'élimination des Nordistes de l'armée qui
soutenaient le pouvoir Obote. La décomposition politique et économique de l'Etat avec un pouvoir
composé de personnalités ignares et cruelles sera inéluctable. Le banditisme et le pillage deviennent
le mode d'expression de la nouvelle élite militaire au pouvoir. Les chocs entre les unités de pillards
ont fini par déborder la région de Kagera et atteindre la Tanzanie.La riposte a été immédiate de la
part de l'armée tanzanienne, évinçant Idi Amin du pouvoir.
Le "come-back" de l'ancien Président Milton Obote a achevé la décomposition totale de l'Etat
(1979-1986). La guérilla sudiste en a profité pour entreprendre la reconquête du pouvoir auquel ils
arriveront en 1986. Mais le plus difficile restait à faire : reconstruire un pays complètement ruiné et
dont les populations déplacées et désorganisées, se trouvaient en proie à la famine et victimes du
virus VIH.
L'Ouganda qui, pendant la colonisation, était un pays très agricole, a été pendant toute cette
période de guerres civiles, alimenté par les pays du Sud-Est africain du Commonweaith et l'Afrique
du Sud.
A partir des années 81, la route qui relie Nairobi au Cap va devenir ce que j'appelle la route
du Sida. Les camionneurs, avec leurs poids lourds qui relient l'Afrique du Sud au Kenya, seront
obligés de faite plusieurs étapes pour parcourir des distances allant de 1000 à 8000 km aller-retour.
Ces chauffeurs, de jeunes gens de 25 à 35 ans, doivent parcourir ces longues distances sur des
routes où il nlexiste pas d'hôtels ni de possibilité d'hébergement organisé. Ils doivent eux-mêmes
trouver des aires de repos et continuer leur voyage sans subir de pertes de chargements ou de vol de
leurs camions.
Ils s'arrêtent donc dans certains villages ou quartiers de villes connus et peuvent bénéficier
de la complicité des villageois pour garder leurs poids lourds et surveiller leurs contenus. Ils apportent
des cadeaux ^ous forme de vivres ou de produits manufacturés. L'accueil dans ces villages est en
général assez chaleureux et les camionneurs y sont attendus avec impatience. Ils retrouvent dans
ces villages-rélais une femme qui se charge de leur accueil et de leur repos.
Une fdis la ville de livraison atteinte et le déchargement effectué, ils reçoivent en général une
prime du destinataire. De plus, pendant le voyage, les camionneurs n'hésitent pas à prendre des
auto-stoppeur^, payants dans la mesure du possible. Lorsque le camion est vide ou à moitié vide
pour le retour, les camionneurs peuvent réaliser un pécule substanciel. Ils peuvent ainsi disposer de
sommes importantes en monnaies diversifiées qui leur permettent, dans les villes de livraison, de
14
-4s'offrir ce qu'ils appellent un "repos bien mérité". C'est dans les boites de nuit qu'ils prennent ce
"repos", avec les nombreuses femmes qui y vendent leurs charmes.
Quand on sait que ces belles de nuit ont un taux de séropositivité du virus de Sida variant de
80 à 96 %,(ce dernier chiffre étant celui de Nairobi), on comprend que "ce repos" devient un drame.
Tout le long de leur itinéraire, ils vont transmettre dans les villages où ils font escale le virus H.I.V.
Ainsi cette indispensable voie d'échanges économique va devenir la "route du Sida".
D'une façon générale, en Afrique les séropositifs ne savent pas qu'ils sont malades et qu'ils
peuvent transmettre le virus. C'est qaund ils commencent à souffrir de maladies opportunistes qu'ils
vont à l'hôpital où le diagnostic du Sida leur sera fait. Dans les hôpitaux de l'Afrique de l'Est comme
au Zimbabwe, la partie réservée aux Sidéens est "Top Secret. Il semble que les gouvernements de
ces pays aient pris cette mesure à partir du moment où la presse occidentale ainsi que certaines
autorités médicales américaines aient affirmé, sans preuve scientifique irréfutable, que le Sida était
d'origine africaine.
Se fondant sur ces rumeurs, les gouvernements d'Afrique du Sud avaient renvoyé 9000
Malawi dans lëur pays d'origine, les déclarant séropositifs. Seuls les Noirs qui travaillaient entre autre
dans les mines sud-africaines, étaient obligatoirement soumis aux tests de dépistage et non les
ouvriers blancs. Ce que rA.N.C. a utilisé comme argument contre les Blancs "S'ils ne sont pas
africains, disaiènt en riposte la tendance radicale de l'A.N.C., alors, qu'ils retournent dans leurs pays
d'origine".
LES M O U V E M E N T S DES POPULATIONS
Parmi les causes de la propagation du V.I.H., il faut mentionner en première position les
mouvements de populations et la désorganisation des structures villageoises traditionnelles. Les
mouvements de populations sont dûs principalement aux guerres civiles que provoquent les
antagonismes ethniques. L'Ethiopie reste embourbée dans les confrontations entre les Erythréens et
les Tigréens.
La Sonkalie vient de sortir d'une guerre civile qui opposait les Issaks Ogadens et Hawiyes à
l'ethnie des Maifehans au pouvoir (1% de la population). Une partie des populations de l'Ethiopie et de
la Somalie ont trouvé refuge vers le Soudan et le Kenya.
Le Soudan est dans une situation conflictuelle opposant le Sud au Nord et les populations en
proie à un mal-ldéveloppement et à la famine ne sont pas épargnées. Il est secoué par une crise du
partage du poi[jvoir entre ethnies, aggravée par une corruption galopante dans les institutions
étatiques.
15
-10-
Si la crise n'est pas armée au Kenya, ce dernier, et particulièrement Nairobi, doit faire face à
l'exode des populations voisines qui se réfugient sur son territoire, rendant aléatoire tout contrôle
médical. Naïr Dbi et ses hôtels internationaux sont envahis par une prostitution de la Misère, favorable
à l'expansion du V.I.H.
En dehors de ces hôtels, la "prostitution" se retrouve dans toutes les parties de Nairobi.
L'Oudanda qui, traditionnellement, était structuré sur le modèle villageois d'auto-suffisance
qui limitait le ; déplacements des populations à un rayon de moins de 10 km autour du village,
l'Ouganda d'é ujourd'hui vit depuis l'indépendance dans des mouvements migratoires vers les villes,
des déplacenr ents de populations à travers tout le pays. Les communautés villageoises se trouvent
déstructurées
la
production
et
le contrôle
des
structures
traditionnelles
de
la
parenté
considérablement réduits. Cette détérioration est accompagnée par la faillite de l'Etat ougandais qui
engendre une paupérisation et une sous-alimentation catastrophique. Tous ces facteurs sont
responsables de la propagation du Virus H.I.V.
Les pays limitrophes de l'Ouganda ne sont pas épargnés par les guerres civiles et les conflits
ethniques. Le Ruanda et le Burundi sont toujours secoués par l'affrontement entre HUTU ET TUTSI.
Le Zaïre, relativement stable, est envahi par les réfugiés soudanais et tutsi qui fuient leurs
pays. Mais le i^aïre connait un mal-développement ruineux aggravé par une corruption généralisée et
InstitutionaliséjB. Seule la Tanzanie échappe à ce délabrement des populations mais connaît de
sérieux problèmes de développement. Elle est traversée par cette fameuse route du Sida. Mais en
1988, le pays a connu une stabilité certaine en l'absence d'échéances électorales, un taux de
croissance as ;ez positif de 3,9 %, un contrôle du crédit amélioré, de meilleurs prix agricoles à la
production et une sensible augmentation de la production alimentaire. Cette amélioration a permis
d'exporter vers des clients zambiens et kenyans. La Tanzanie a donc servi, de par sa position
géographique de plaque tournante entre le Nord (Ouganda, Kenya, Soudan du Sud) et le Sud (la
Zambie, le Ma awi et même le Mozambique du Nord).
Plus a|j Sud, seul le Mozambique est dans une situation critique. Depuis l'indépendance, le
pays a hérité dl'une tradition d'extrême violence.
Dans ùn pays géopolitiquement important où l'unité nationale est encore incertaine, le poids
des ethnies est très lourd. Le pouvoir actuel n'est pas encore arrivé à tenir en paix cet immense pays.
En attendant, t e sont des guerres civiles qui obligent les populations à des déplacements massifs
vers les pays v oisins (Malawi, Zambie et Zimbabwe).
Elles V vent groupées dans des camps de réfugiés, affaiblies par une mal-nutrition évidente.
Sur le plan médical, le dénuement est complet. Il est impossible, dans ces conditions, d'exercer
quoique contrô G quG CG soit lorsquG 1G virus du Sida contamine ces camps.
16
-10-
Le Mozambique aujourd'hui sombre dans la déchéance car, d'une part l'Afrique du Sud
soutient la RENANO qui fait régner la terreur dans la population et, d'autre part, parmi les actuels
dirigeants du FRELIMO ou du RENANO, aucune volonté politique ne se dégage encore pour
rechercher sincèrement une solution politique à ces conflits qui fragilisent les populations et rendent
impossible toute espèce de relance économique stabilisante. Ces populations jamais consultées
resteront-ellels encore longtemps la proie des ces petis chefs de guerre conseillés par l'étranger,
arrogants, pillards et ignares, qui croient détenir la vérité parce qu'ils paradent dans les villages avec
des auto-mitrjailleuses ?
Horm(s le brassage des populations dû aux migrations, les relations sexuelles sont une des
autres causes de la propagation du virus HIV. Cependant, il est erroné de penser, comme en Europe
et aux U.S.A.j que ce mode de transmission est prédominant. Cette conception socio-politique nous
vient des Etatls-Unis. En effet au début des années 80, le gouvernement américain était favorable à
un accueil cordial des réfugiés cubains blancs et anticommunistes.
Par contre, les réfugiés haïtiens noirs et opposants au régime Duvalier (alors allié des EtatsUnis) étaient èn butte au refoulement. De plus, le gouvernement américain craignait les émeutes qui
éclatent périoiliquement dans les quartiers noirs de l'Etat de Floride. La stigmatisation des Haïtiens
comme homofeexuels, toxicomanes, trafiquants de drogue et porteurs du Sida a justifié à posteriori
une
politique
d'exclusion
et
de
comportements
franchement
racistes
à
leur
égard.
Les Etats-Urjis vont favoriser les explications "des groupes à risque" qui sont en fait des
communautésl socialement marginalisées. La transmission sexuelle focalisée sur ces groupes est
mise en avanti en oubliant la corrélation évidente entre le Sida et le faible niveau de vie, le chômage
et la pauvreté.
L'industrie du sang aux U.S.A. (dont le chiffre d'affaire annuel s'élève à un 1 million de dollars)
échappe, entre 1981 et 1984, aux contrôles de détection du Sida. C'est en 1985 que le
Gouvernement des U.S.A. a institué un contrôle obligatoire du sang avant la transfusion. (Les EtatsUnis font annuellement 3,5 millions de transfusions sanguines). En 1985, il était trop tard pour
changer l'image du Sida qui apparaissait comme une maladie à transmission sexuelle (60 % des
hémophiles sont aujourd'hui contaminés aux U.S.A.). Il était trop tard pour modifier son explication
sexiste et raciste et présenter le Sida comme une maladie du sang avant tout.
Alors c^ue les U.S.A., pour des raisons socio-politiques, avait surestimé le facteur sexuel dans
la transmission du virus, l'O.M.S. publiait les premiers cas de la maladie en Afrique et chez les
Africains vivan en Europe.
Les Arhéricains ont alors opté pour l'explication selon laquelle la maladie était à transmission
sexuelle prédojminante, même s'il s'agissait désormais de malades hétérosexuels. L'occasion était
toute trouvée pour réactualiser les archaïques phantasmes coloniaux de l'Africain aux pratiques
-4-
17
sexuelles "exotiques" et à la promiscuité des moeurs sexuelles. Les U.S.A. favorisaient un "corne
bacK' des mythes véhiculés par l'histoire de l'esclavage, mythe de la surabondante sexualité des
afro-américains, mythe de la sexualité débridée, mythe de l'hédonisme atavique africain (1).
La préférence des chercheurs pour la représentation du Sida comme une maladie à
prédominance sexuelle en Afrique a pris un caractère sexiste et raciste. La banque mondiale s'est
inquiétée de la décimation des élites masculines, alors qu'on affirmait par ailleurs que 60 % des
femmes africaines, souvent analphabètes, étaient séropositives. "De plus, selon l'O.M.S., le sperme
est un vecteur beaucoup moins efficace que le sang : la probabilité de transmission par transfusion
sanguine serait de l'ordre de 90%, tandis qu'au cours d'un rapport sexuel, elle serait de moins de
5%"(Z).
L'U.S.A.I.D. a envisagé sérieusement d'incarcérer les femmes séropositives pour mettre fin
au Sida en Afrique. Cependant, des études épidémiologiques récentes suggèrent que la transmission
du virus des femmes aux hommes est exceptionnelle, contrairement à la situation inverse (3).
En Afrique du sud, le problème réside dans le nombre élevé d'hommes célibataires immigrés
ou mariés qui ne peuvent faire venir leurs familles sur les lieux de leur travail (campements des
mines, certaines "townships" des villes industrielles, exploitations agro-industrielles, casernes
militaires). Tous ces hommes cherchent des partenaires sexuels.
Cependant, bien que la route du sida joue un rôle important dans l'expansion du virus à
travers plusieurs pays de l'Est africain, son rôle reste secondaire.
La transmission sanguine liée à l'usage de seringues contaminées a été totalement sousestimée, voire ignorée, en Afrique. La précarité des conditions d'hygiène, le matériel vétusté des
hôpitaux, particulièrement en ce qui concerne la stérilisation, sont pourtant des réalités visibles en
Afrique. Qui ne connaît en Afrique la réutilisation des aiguilles théoriquement jetables mais qui, en fait,
servent à plusieurs patients ? Sur certains marchés en plein air, on rencontre même du personnel non
médical qui utilise des seringues pour injecter toutes sortes de médicaments (même périmés) en
référence aux vertus thérapeutiques de la piqûre, reconnues et réppandues par la colonisation.
On retrouve jusque dans la politique d'assistance médicale des Etats-Unis, cette conception
de la transmission quasi-exclusivement sexuelle du virus H.I.V.
Sur les 100 Millions de dollars alloués par le gouvernement américain pour la lutte contre le
Sida, 50 millions ont été destinés à l'Afrique.
1. Le Monde Diplomatique, Avril 1991.
2. Idem.
3. Ibidem.
-10-
18
Si l'on tient compte d'un recensement de i'O.M.S., depuis le début de l'épidémie jusqu'au 30
septembre 1990, on comptait 288 377 cas dans le monde dont 50 % aux U.S.A. et 25 % dans 45
pays africains.
Lorsqu'on analyse la répartition des fonds selon les pays, on constate que ceux qui
obtiennent en priorité une aide contre le Sida sont des alliés politiques des U.S.A. (le Kenya et le
Zaïre) ou des pays appliquant avec rigueur les conditions imposées par le Fonds Monétaire
International (le Ghana et le Cameroun). Dans ce dernier, qui est le pays originaire du directeur de
I'O.M.S., on ne recense que 70 cas de Sida...
Qualitativement, cette aide a quelques caractéristiques bien particulières :
1. L'assistance accordée par l'U.S.A.I.D. aux pays africains passe par des O.N.G. ou
l'industrie privée pour éviter que les gouvernements corrompus ne détournent les fonds et permettre
aux U.S.A. de mieux contrôler l'utilisation des fonds.
2. L'assistance accordée à l'amélioration des services de santé eux-mêmes est faible et est
destinée pour l'essentiel à la formation de techniciens de laboratoire en vue du dépistage des
maladies sexuellement transmissibles. L'objectif de cette aide est le contrôle de la transmission
sanguine du VIH et la réduction au minimum des tranfusions.
L'aide par l'U.S.A.I.D. pour la prévention contre le Sida a consisté surtout à distribuer des
préservatifs en Afrique. L'U.S.A.I.D. en avait acheté 850 millions en 1989 et en a distribué 165
millions en Afrique. On peut se demander jusqu'à quel point les préservatifs ont une efficacité contre
la transmission du Sida dans certaines régions à très haute prévalence.
Mais la distribution du préservatif entre dans le cadre d'une politique de réduction de la
menace qui pèse sur le système économique mondial, c'est-à-dire de la croissance démographique
du Tiers-Monde (dixit le FMI). Cette croissance est de plus en plus avancée comme l'unique
explication de l'appauvrissement du Tiers-Monde. Les préservatifs seraient une arme pour la limiter.
Il ne faut pas oublier l'impact des plans d'ajustements imposés par le F.M.I. sur les conditions socioéconomiques et sanitaires des peuples africains. La pauvreté s'est aggravée sur tout le continent.
La réduction des importations (associée à l'inflation) affecte l'équipement médical et
pharmaceutique des pays qui n'en sont pas producteurs.
Les ajustements du F.M.I. ont principalement touché l'éducation, la santé et la sécurité
sociale. Le F.M.I. a encouragé plusieurs pays (le Ghana, le Kenya, le Zaïre) à faire payer par les
usagers tout acte médical ou paramédical, faisant ainsi supporter aux plus démunis une charge hors
de leur portée.
-10-
19
La prestigieuse revue médicale "The lancef le constate dans son éditorial n" 885, 1990 : "A
l'évidence, on assiste en Afrique à une dégradation des conditions de vie (mesurée par la mortalité
infantile, l'état nutritionnel et la scolarisation) tandis que la qualité des soins est elle-même en voie de
détériorisation". Plutôt que d'utiliser politiquement l'épidémie du Sida comme le moyen de lutte contre
la croissance démographique en insistant sur la généralisation du préservatif, l'alternative serait
d'améliorer les conditions sanitaires en luttant contre les autres pathologies telles que le choléra, la
tuberculose, la rougeole et le paludisme qui tuent bien plus dans cette Afrique en maldéveloppement. Au demeurant, les sommes fabuleuses consacrées à la construction (par les
entreprises européennes) d'un hôpital urbain à Abidjan qui est inopérant ressemble au système des
"éléphants blancs" des années 70-80. Ces sommes auraient autrement profité aux populations
ivoiriennes en concevant une autre politique de santé.
L'utilisation de la représentation sociale du Sida comme
maladie à transmission
exclusivement sexuelle a permis de dissocier totalement les problèmes posés par cette maladie du
contexte socio-économique, culturel, et socio-politique des pays africains.
"La route du Sida", bien que favorisant l'expansion du virus par le biais des transporteurs et le
brassage de populations déstabilisées, n'a qu'une importance limitée par rapport à la transmission par
voie sanguine.
La lutte contre le Sida en Afrique ressemble aujourd'hui d'une façon assez pertinente à une
forme d'entreprise de "réarmement moraf destinée à contrôler la sexualité en Afrique. Rien
d'étonnant à ce que plusieurs pays africains de l'Est ne soient pas disposés à voir les "chercheurs^'
(comme faisant partie de cette armée de "réarmement moral') entreprendre des études sur le Sida
dans leurs hôpitaux et qu'ils classent les pavillons de ces malades comme "top secret". La lutte contre
le Sida doit prendre en considération plusieurs facteurs qui interviennent dans la propagation de
l'épidémie de cette maladie.
-10-
20
Bibliographie thématique
Annie Howard Jones : Les bases scientifiques des conférenœs internationales (1855-1938), O.M.S.
Genève 1975.
Annie ThébaLid-Mony, Mereth Turshen : Les limites de l'aide sanitaire internationale vers la
médicalisation du sous-développement ?, in Le monde Dipiomatique, Avril, 1981.
Annie Thébaiid-Mony : Aids Games, in Review of African Poiiticai Economy, n" 36, 1986.
R. Shilts, And the hands Piayed on : Poiitics Peopie and the AiDS Epidémie, London Penguin
Books.
D. Fassin : Le Sida une affaire politique, in Après Demain, n" 320-321, 1990.
The Lancet, 1990,
885.
21
CCMMUNli;:ATION A LA " JOURNEE D'ETUDES POUR L'AFRIQUE
QUESTION DU DEVELOPPEMENT"
dans le cadre du GERAS
ET LA
par NGENZI Esdras
UFR de Géographie
JRue de 1'Arçcnne
A
EXEMPLE
NTAIRE
DU
r. '
DE
EN
AEFiJKDUE
FtWAlSTDA
AUTOSUF-FUSANCE
Depuis
les années
1970-1980 presque
tous
les
gouvernements africains ont commencé à mettre en oeuvre les
politiques dites d'"autosuffisance alimentaire".
Ce fut une réaction à la famine de 1970-1975 au Sahel et aux
bilans nutritionnels déficitaires un peu partout en Afrique.
Le terme de 1 'autosuffisance alimentaire et les politiques qui
l'accompagnent sont le résultat du souci des pays à pouvoir
nourrir leur population sans dépendre de l'extérieur.
L'objectif visé est d'accroître sensiblement la production
agricole
afin
d'éradiquer
l'insécurité
alimentaire
conjoncturelle et alimentaire sans devoir faire recours aux
importations et aides alimentaires.
Malheureusement ces politiques n'ont pas abouti à résoudre le
problèmje nutritionnel. Certains facteurs conjoncturels (aléas
climatiques,guerres,...; ou structurels (organisation de la
production,gestion économique ...) auraient même favorisé une
baisse de la production qu'on parle de "dénutrition".
Le Rwanda présente en général les mêmes problèmes
alimentaires que d'autres pays de la zone sub-saharienne,mais
présente quelques aspects qui lui sont propres.
Malgré ses problèmes de démographie galopante et de manque de
terre , sa population arrive à se nourrir plus ou moins
correctement . Mais il s'agit d'un équilibre "fragile".
I
AUtOSUFFISANCE
SAHA R lENNE
1
Etai
du
ALIMENTAIRE
EN
AFRIQUE
SUB-
problème
Le problème alimentaire se pose en terme de famines
ou de nialnutrition .
22
a. Cas de famines
Les famines sont plus fréquentes dans cette partie
du inonde qu'ailleurs , les plus sensationnelles étant celles
qui ont touché le Sahel autour de 1968-1975 et plus de 27 pays
autour de 1983-1985.
La première a causé la mort de 50 à 250 000 personnes et 3,5
millions de bovins au Sahel ( Tchad , Mali , Burkina Faso ,
Sénégal , Mauritanie , Gambie , Cap Vert ) .
La deuxième a touché 27 pays de la région sahélienne et de
l'Afrique orientale et australe , Angola , Bénin , Botswana ,
Burundi , Cap Vert , Ethiopie , Gambie , Ghana , Guinnée ,
Kenya , Lesotho , Mali , Maroc , Mauritanie , Mozambique,RCA ,
Rwanda , Sénégal , Sac Tomé et Principe , Somalie ,Swaziland ,
Tchad , Togo , Tanzanie , Zambie et Zimbabwe , soit 182
millions d'habitants ou 32,6 % de la population africaine .
Elle a entrainé 1 millions de morts , 10 millions de déplacés
et le bétail fut décimé . ( NGANDJEU J. p . 25 )
Actuellement,selon le rapport de la FAO de 1990,"entre 7,5
millions à 15 millions de personnes pourraient mourir de faim
en raison des très mauvaises récoltes , dues à 2 années
consécutives de sécheresse et à la guerre civile" .
{ LE MONDE , 30-31 décembre 1990 )
b.Aspects de la malnutrition
Si on retient un seuil de 2300 calories/homme/jour
comme correspondant aux besoins de subsistance et celui de
3300
comme
l'optimum
des
pays
développés,en
1975
la
consommation de toute 1'Afrique,exceptée l'Afrique centrale,se
situerait en dessous du minimum.
La consommation des protéines approche la moyenne au Nigéria
et en Afrique australe ( >52 g/personne/jour),est relativement
élevée dans les pays sahéliens (autour de 60 g/personne/jour),
mais plus faible en Afrique centrale (41,6 g/personne/jour).
Ceci étant dû à la consommation plus importante de céréales et
des produits d'origine animale(viandes,lait,voire poissons) au
Sahel tandis qu'en Afrique centrale les tubercules de faible
valeur
protéinique
occupe
une
place
importante
dans
l'alimentation quotidienne.(MONTGOLFIER-KOUEVI p.22)
Il est difficile de déterminer avec précision le niveau
optimum de la consommation de calories et de protéines car les
besoins varient
d'un individu
à l'autre en fonction de
l'âge,du sexe,du poids , des conditions climatiques et du type
d'occupation.
Mais
, selon les chiffres de la Banque Mondiale et de
l'Organisation Mondiale de la Santé (OMS) , il est certain que
les bilans nutritionnels sont déficitaires : la couverture des
besoins est de 89 % en moyenne sur l'ensemble de l'Afrique ,
de 75 % dans beaucoup de pays tels le Tchad ou l'Ethiopie.
Le coefficient d'autossufisance alimentaire diminue de plus en
plus , selon la Commission Economique pour l'Afrique 1'ONU ,
ce coefficient était de 98 % au cours des années 60 , il est
23
tombé à 8 % en 1980 et risque de passer à 70 % à la fin du
siècle . NGANDJEU p.26)
Pour couvrir ces besoins l'ensemble de ce souscontinent
fait
recours
à
l'importation
des
produits
alimentaii es . Ces derniers représentent plus de 20 % dans la
plupart d€ s pays. L'aide alimentaire croit de 10 % par an , la
moitié de s pays africains en sont demandeurs et 35 % des
ressources d'urgence du Programme Alimentaire Mondiale (PAM)
ont été a tltribués à l'Afrique. (HAUBERT p. 15)
2 . Fa et eurs
de
l'insuffisance
alimentaire
a.Facteurs conjoncturels
Certains facteurs à la base des famines récentes en
Afrique s ont conjoncturels et se présentent essentiellement
sous
for me
de
catastrophes
naturels.
Il
s'agit
des
sécheresse s, des épidémies
, des guerres ou encore des
invasions de criquets et d'autres phénomènes similaires .
La sécher«îsse des années 1970 a couvert plusieurs années et
causé la famine citée plus haut au Sahel . Les pluies furent
1983 - 1985 et la
encore trè s déficitaires autour des années
sécheresse fut géographiquement plus étendue provoquant une
famine san s précédent dans 27 pays déjà cités .
Les guerr &s intestines ou inter - étatiques accélèrent les
problèmes de famine et de malnutrition .
Après les indépendances les conflits interminables se sont
déclenchés par le fait que plusieurs gouvernements ont eu du
mal à asse oir leur autorité , ou suite aux contestations des
frontières
coloniales
arbitraires
qui
ont
ignoré
appartenan ce des peuples
Dans 5 pa ys gravement touchés par les famines , Angola ,
Ethiopie
Mozambique , Soudan et Tchad , les conflits armés
entre les gouvernements et leurs opposants y ont aggravéles
Les ressources humaines et financières ont été
famines
détournées des tâches de développpement et l'achat des armes a
supplanté les investissements à long terme .
( MONDES EM DEVENIR p.38 )
Quelques épidémies ont été souvent à la base des problèmes de
nutrition
C'est le cas de la peste bovine qui a durement
frappé réc emment certains pays comme le Cameroun , la RCA , la
Tanzanie
u le Tchad . Ou encore les invasions des criquets
qui ont to uché le Sahel en 1988-1989 .
b . Facteu prs structurels
Quand on juge de près il s'avère que ce n'est pas
essentiell îment l'excès ou le défaut de pluies qui sont à la
base des famines en Afrique , personne n'est mort de faim
es
sécheresses
récentes
en
Australie
.
Ces
pendant
perturbations naturelles ou humaines révèlent les faiblesses
structurelles et accentuent les déséquilibres préalables .
Partout en Afrique existe un décalage entre le croissance
démographique ( de 2,7% par an de 1970-1980 contre 2,5% entre
1960-1970 ) et celle de la production des produits vivriers.
Pour arriver à ajuster ces deux , la croissance agricole
devrait être très importante parceque la production agricole
participe dans le PIB , excepté dans les pays pétroliers et
miniers , à 30-50% ou plus , et que les exportations
des
produits agricoles occupe un place importante
. En plus
l'endettement fait que les efforts fournis sont consacrés à
combler les dettes et non à faire les investissements à long
terme . { GAKOU tabl. 6 )
L'économie
africaine
est
extravertie
,
les
Africains
"consomment ce qu'ils ne produisent pas et produisent ce
qu'ils ne consomment pas"
. Depuis les années 1960 les
politiques de développement rural s'.occupent des cultures
commerciales { le cacao , le café , l'arachide ,1e coton , la
canne à sucre ) au détriment des culture vivrières et la
Banque Mondiale encourage ce fait .
Les instituts de recherche agronomiques continuent , comme à
l'époque
coloniale
, à porter
leurs
efforts
et
leurs
financements aux cultures d'exportations .
La politique des prix ne permet pas à l'agriculteur africain
d'avoir
un
revenu moyen
acceptable
comme son homologue
occidental .
L'agriculture reste archaïque . L'insuffisance
alimentaire
vient du fait que l'agriculture n'est pas modernisée
Ainsi il est impossible de cultiver de grandes étendues ,
seuls 27,8% des terres arables sont mises en culture , ni d'
avoir des rendements élevés . Selon les Rapports de la FAO ,
en 1974 les rendemnts sont en dessous des moyennes mondiales
soit seulement 45% pour le blé , 55% pour le riz , 95% pour le
mil et le sorgho , 44% pour le maïs et 77% pour l'arachide .
Les techniques de production sont rudimentaires
, elles
reposent sur l'agriculture itinérante , souvent avec brûlis ,
ce qui accélère le vieillissement des terres . ,
Les techniques modernes telles l'irrigation ,1a mécanisation ,
ou l'usage des engrais sont absentes .
L'Afrique souffre de la faiblesse du réseau de communication .
Ceci fait que la redistribution et les échanges commerciaux
entre différentes zones devient difficile ou • impossible .
Souvent lors des famines , ce n'est pas que tout un pays est
atteint , mais que les vivres ne peuvent pas être expédiés
jusqu'aux zones sinistrés .
25
II EXEMPLE
DU
RWANDA
Le Rwanda est un petit pays situé en Afrique
centrale sans accès a la mer , à 1200 km de l'Océan Indien et
à 2200 km de 1 'Atlanti'que , ayant une superficie de 26 638 km^
et une population de 7 millions d'habitants . Il connaît une
croissance démographique élevée , de 3,3% , et une forte
densité de population , estimmée à 265 habitants par km^ .
Son PNB atteignait 2 ,064. milliards de dollards en 1988 , et
son PNB/habitant 310 dollards ; sa croissance économique fut
de - 5,8 % entre 1986 et 1988 .
On estime à 1830 sa consommation de calories/jour/personne ,
à 49 ans 1 ' espérarance de vie et à 44 ' % le taux de
scolarisation .
Du point de vue alimentaire , il ne connaît pas de famines
généralisées comme dans les pays du Sahel , mais n'arrive pas
à avoir un surplus agricole comme dans les autres pays humides
à cause
de ses densités de population élevées
et des
exploitations agricoles de taille très réduite .
Malgré tout , le déficit alimentaire n'est pas flagrant , la
consommation de 2112 calories par par homme jour est resté
constant de 1966 à 1983 approche les normes de la FAO , seule
la disponibilité des protéines et des lipides est en dessous
de ces normes .
Les disettes des périodes de soudure , entre deux récoltes ,
sont fréquentes , par contre les famines prolongées tendent à
disparître , la dernière ( dite Ruzagayura ) date des années
1940 .
1 . ASPECTS
ALIMENTAIRES
a . Des Famines aux disettes
Elles se sont manifestées depuis longtemps au
Rwanda. La plupart du temps elles n'étaient pas prolongées et
ne couvraient pas l'ensemble du pays en même temps . Elles
étaient liées à l'excès ( région du Nord Ouest ) ou à
l'absence ( surtout à l'Est ) des pluies .
Le rapport du Gouvernement belge de 1930 relate la survenance
du fléau dans les années
1897 , 1900 , 1902 , 1903 , 1905 ,
1906 , 1916 , en 1917-1918 ( Rumanura imbaba ) , en 1921-1922,
en 1925 , enl928 et en 1929 . ( SCAËTTA p.11 )
Une autre famine , plus meurtrière , sévit entre 1941-1944 ,
Elle était associée à la deuxième guerre mondiale , la
surutilisation
de
la main
d'oeuvre
autochtone
par
les
autorités coloniales dans la production des produits de rente
pyrèthre et café ) et dans l'exploitation minière n'a fait
qu'aggraver la famine .
Depuis 1945 , pour endiguer les famines , le pouvoir colonial
imposa 60 ares de cultures obligatoires dont 15 en manioc .
Après cette période on a plus connu de vraie famine , mais
presque chaque année le problème de soudure entre deux
2 6
récoltes se pose et certaines années les disettes sévissent
{ GUICHAOJA p . 81 )
C'est le cas de 1989-1990 où 38 communes furent touchées.
( P.TWIZEPIMANA et V.UWIMANA ; PEUPLES EN DEVENIR p.9 )
Une m alnutrition persistante
Le déficit calorifique n'est pas alarmant , en
a consommation a été de 2112 calories par homme par
moyenne
jour
en Itre
1966-1983
. Mais
il
existe
des
disparités
régionale s et selon les catégories sociales .
Aux bord
du lac Kivu
la consommation calorifique n'atteint
que 59 % de cette moyenne . (Enquête Agricole de 1984 )
Pour les fermes dont la taille est en dessous de 0,50 hectare
et quel ques régions on trouve une consommation de 1400
calories par homme par jour . Dans la préfecture de Gitarama
la satis action calorique varie de 46 % ( en commune Kayenzi )
à 82 %
en communes Musambira et Mukingi ) . ( GUICHAOUA
p.231)
La dispoii ibilité des protéines et des lipides est en dessous
des moye nnes de la FAO , surtout les protéines d'origine
OCDE p.7 8
animale
Il est hécessaire de souligner un autre problème lié aux
varitions saisonnières des apports énérgétiques . La quasitotalité
des
produits
alimentaires
provient
des
champs
familiaux , suite à une absence de réserves liée au faible
volume d«s productios et 1'inexistance de moyens de stockage .
Le calendrier agricole de chaque région influence beaucoup ,
en général septembre-novembre est une période plus tendue
parce que c'est la fin de la saison sèche ( les réserves
manquent ) et le début de la saison des pluies ( il faut
pourvoir des semences ) . Tous les ans des disettes de courte
durée se font sentir . ( GUICHAOUA pp. 172-179 )
Les mal a< ies dues à la malnutrition , tel le kwashiorkor , ne
sont pas rares , mais elles ont beaucoup diminué .ces derniers
temps .
c . Dépendance alimentaire
Le Rwanda essaie de limiter le plus possible
1'importa tion des produits alimentaires , mais pour certains
les beso ns ne sont pas entièrement couverts .
L•insuff sance provient du fait que le pays ne produit pas du
tout cer ains produits vivriers (huile de palme ou d'arachide)
ou d'aut es en petite quantité ( riz , sucre , lait ) .
Pour remë dier à ce manque on fait recours à l'importation .
La dépenjd ance alimentaire se fait remarquer par la part des
produits alimentaire importés , selon la Banque Mondiale cette
part s'é evait à 12 % en 1986 et à 11
en 1988 .
L'aide < limentaire estimée à 19 000 tonnes de céréales en
1970 , s est élevée à 24 000 tonnes en 1986 et à 11 000 tonnes
en 1988
( BANQUE MONDIALE 1988 )
2 7
2 . FACTEURS
MIS
EN
CAUSE
a . Variations climatiques
Les variations climatiques influencent la production
agricole en terme d'absence ou d'excès de pluies .
De fortes pluies prolongées font souvent périr toute une
récolte ou sa grande partie . C'est ainsi qu' en 1988 , la
région des hautes terres du Nord et de l'Ouest ont été privées
de 50 % des récoltes en 1988 .
D'autres dégâts matériels , telle destruction de maisons , de
routes et des sols les accompagnent .
La sécheresse prolongée ou les irrégularités
des pluies
perturbent les calendriers agricoles et font fortement baisser
les récoltes , C'est ce qui est arrivé en 1989-1990 dans une
quarantaine de communes privant la population de vivres .
b . Fortes densités de population
Le Rwanda et son voisin du Sud , le Burundi , battent le
record en Afrique en densités de population . Elles atteignent
250 habitants/km2
dans le monde rural
. Dans
certaines
régions, comme Ruhengeri et Butare , on note des chiffres de
plus de 600 habitants/km^ comparables à ceux trouvés dans le
Sud-Est asiatique ( 1000 habitants/km^ à Java ) .
Ces densités sont anciennes , déjà en 1943 les superficies
"cultivées"
topographiques
dénombrées
par
les
autorités
coloniales belges représentaient 30 % de la superficie au
Ruanda-Urundi
, alors qu'elles n'atteignaient que 1 % au
Congo.
03 fait est lourd de conséquences parceque les paysans ont de
plus en plus d'exploitations de petite taille ( 0,8 ha en
moyenne ) alors qu'ils doivent nourrir de familles nombreuses
( 8 personnes en moyenne ) .
La petite taille des e.xploitations , mises en culture comme
des jardins et dispersés sur les collines , ne favorise pas la
modernisation
de
l'agriculture
pour
avoir
des
grands
rendements .
c . Démographie galopant^^ i
Malgré la for^e loccupation des sols , le rythme de
croissance de la popul îti|on i reste très élevé . Avec une
natalité
de
5%
et
une i mortalité
de
1,9
%
le
taux
d'accroissement est de 3
Ainsi tous les efforts t fourpis I n'arrivent pas à créer un
surplus qui permettrait c ' atteindre une stabilité économique .
Le monda rural doit nourrir un nombre croissant de paysans et
en même temps augmenter le surplus agricole
nécessaire à
approvisionner les villes et à financer le développement
accéléré d'un secteur moderne . ( OCDE p 109-110 >
Ce déséquilibre croissant entre les disponibilités des terres
et la croissance économique et la croissance démographique ,
dans une société paysanne à 90 % , cause d'énormes dificultés
alimentaires .
,1
28
3 . Tentatives
de
solutions
a . Priorité agricole
Depuis l'époque coloniale le problème alimentaire a
figuré parmi les priorités des autorités du Rwanda .
A l'époque coloniale , la premier objectif de l'administration
belge était de mettre fin aux famines et à l'érosion des sols
des régions surpeuplées en optant plusieurs solutions :
imposition de cultures vivrières pour une superficie minimale
par agriculteur , diffusion du manioc qui résiste aux aléas
climatiques et se stocke mieux pour passer des périodes des
disettes , introduction de nouvelles cultures vivrières (
pomme de terre , arachide ... ) , récupérations de terres
cultivables
sur
les pâturages
et les marais
auparavant
réservés au bétail , installation de centre commerciaux et
réseau de pistes et routes pour favoriser les échanges interrégionaux
, plantation obligatoire de haies
et d'autres
mesures anti-érosives . L'autre tentative fut de favoriser les
migrations de population des zones surpeuplées vers les zones
moins peuplées
intérieures
( Mayaga
, Bugesera
...) ou
extérieures ( Zaïre et Ouganda ) . ( OCDE )
Après 1 ' indépendance 1' agriculture continue
d'occuper la priorité nationale . Toute l'administration est
concernée par la vulgarisation agricole , c'est ainsi que le
Président de la deuxième République lance chaque année un
thème mobilisateur autour duquel toutes les activités seront
ordonées . On a déjà connu comme thèmes l'augmentation de la
production , la conservation des sols , l'année de l'arbre ...
Les
services
habilités
doivent
apprendre
aux paysans
à
produire plus par la pratique de certaines techniques tels
l'usage des engrais , l'association de l'agriculture et de
l'élevage , l'adoption de nouvelles variétés de semences ...
L'Etat oriente 20 % de ses investissements dans
l'agriculture
à travers
ce qu'on
appelle
" Projets
de
Développement " . Dans chaque préfecture existent un ou
plusieurs projets de développement rural ayant pour objectif
l'amélioration de l'élevage , l'intensification agricole , la
lutte
anti
- érosive
. Certains
ont eu le mérite
de
disponibiliser les produits vivriers sur le marché , comme le
lait par le Projet Agro-Sylvo-Pastoral Gishwati-Butare-Kigali
ou les pommes de terre par le Programme National de la Pomme
de Terre ,
Mais d'autres n'ont pas pu atteindre leurs objectifs , leurs
fonds ayant plus servi dans la construction des bureaux et des
logements
, les
salaires
et
l'achat
des voitures
qu'à
augmenter la production .
b . Stockage des produits
L'Etat a créé des agences parapubliques ( GRENARWA : Greniers
Nationaux du Rwanda et OPROVIA : Office de Produits Vivriers
et Animaux ) de stockage et de commercialisation des produits
2 9
agriccles . Ceci permet de disponibiliser les vivres sur toute
l'année et de régulariser les prix .
c . Régulation des naissances
I
^
]
1
Les
autorités
pensent
que
si
on
arrive
à
moduler
l'accroissement de la population le problème alimentaire , en
particulier , et le problème économique , en général , sera
allégé . C'est pourquoi un Office National de la Population
( ONAPO ) fut créé afin d' expliquer aux milieux paysans et
urbains comment on peut limiter les naissances et de les
sensibiliser au problème posé par la forte natalité .
Mais jusqu'à présent les résultats n'apparaissent pas .
4 . Solutions
redoutées
)
;
'
Certaines solutions envisageables n'ont jamais été
tentées et ne sont pas projetées parceque les autorités
craignent les réactions vives de la population .
;
^
•
j
1
j
La réforme agraire semble inévitable si on veut , dans 1'
avenir , augmenter les rendements . Tout le monde sait que la
mécanisation dans un type d'habitat dispersé avec un important
morcellement des exploitations est impossible .
L'Etat essaie d'encourager les jeunes à s'installer sur les
grands axes pour avoir des regroupements à long terme , mais
il devrait limiter les héritages et les ventes de lopins de
terre dont l'effet est de morceler encore les terres .
4
1
'
j
j
<
;;
;
i
'
I
I
La limitation des naissances n' a pas encore été envisagée ,
jusqu'à présent il est question de régulation des naissances
et de planning familial , aucun seuil maximum du nombre
d'enfants n'est fixé .
Cette alternative pourrait rencontrer des oppositions de la
population dont la mentalité est foncièrement nataliste , et
surtout celles de l'Eglise Catholique qui est contre la
contraception sous toutes ses formes non naturelles .
Le problème de la bananeraie à vin devrait être sérieusement
abordé . Cette culture occupe une part importante dans les
exploitations paysannes , alors qu'elle intervient très peu ,
excepté à l'Est où la banane plantain est abondante , dans
l'alimentation quotidienne .
i
'
CONCLUSION
Le problème alimentaire en Afrique est étroitement lié à celui
de son développement économique . On ne peut pas parler de
l'un en ignorant l'autre.
3o
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du
32
NOTES
DE
LECTURE
Tietmeyer ( Elisabeth), Gynaeqamie im Wandel. Die Agikuyu zwischen
Tradition und Anpassunq, Lit Verlag, Munster et Hambourg, 1991,
225 p.
L'auteur s'est déjà fait connaître en 1985 par Frauen heiraten Frauen.
Eine verqleichende Studie zur Gynaeqamie in Afrika. Il y fut montré
que le woman-marriaqe, pratiqué par une quarantaine d'ethnies
africaines, se répartit entre deux types: le premier permet à une
femme sans descendance d'épouser moyennant une dot une femme plus
jeune dont les enfants, déjà nés ou à venir, seront considérés
légalement comme ceux de la femme plus âgée (forme "autonome" de
gynégamie); le second permet à une femme d'épouser à la place d'un
parent mâle une femme plus jeune pour assurer une descendance au
nom de celui-ci (forme "lévirale" de gynégamie).
La présente étude est consacrée à un examen approfondi de la
pratique du "mariage entre femmes" dans une ethnie précise, les
Gikuyu du Kénya, et surtout de l'évolution de cette institution dans
une population fortement marquée par le colonisation et la
christianisation. Autrefois, une femme sans enfants ou n'ayant que
des filles pouvait au nom d'un fils fictif épouser une ou plusieurs
autres femmes et s'assurer ainsi une descendance. Du fait des
croyances en la réincarnation, on n'accédait au statut d'ancêtre qu'en
ayant des enfants; la stérilité était socialement décriée et économiquement très désavantageuse. La femme plus âgée est appelée par
l'auteur "femme active", et la plus jeune "femme passive".
Les
procédures de mariage étaient les mêmes que dans les cas habituels.
Il incombait à l'aînée de choisir principalement dans la famille de son
mari l'homme appelé à faire fonction de géniteur, et la plus jeune
avait les mêmes obligations domestiques et économiques qu'une épouse
normale. Le rôle de la femme "active" se situait entre celm de l'époux
et de la belle-mère. Il lui donnait pouvoir et respectabilité.
La gynégamie fut d'emblée attaquée par les missionaires chrétiens et,
avec la création de grandes fermes pour Européens, la terre devint
rare et les lignages se disloquèrent; la pratique de l'excision fut
combattue et la croyance en la réincarnation perdit de sa force.
Aujourd'hui ce sont des femmes aisées qui paient la dot pour épouser
des femmes plus jeunes quand elles n'ont pas d'enfants, et ce pour
des raisons sociales et économiques, surtout pour n'être pas seules
dans leur vieillesse. La procédure est devenue discrète pour éviter
les ennuis. La femme "passive" y voit en général comme intérêt de
pouvoir ainsi assurer l'avenir légal et financier d'enfants nés
antérieurement hors mariage, et de bénéficier d'une Uberté totale
dans le choix de ses partenaires masculins. D'une relation à
prédominance belle-mère-beUe-fille on passe à un rapport époux-
33
épouse. Le ou les géniteurs n'ont plus qu'un rôle officieux et souvent
gardé secret. L'idée que l'ainée se marie au nom d'un fils fictif perd
de sa fonctionnalité. L'union ne se conclut plus seulement au bénéfice
de la femme "active", mais les deux y trouvent leur compte. Les
jeunes générations christianisées ignorent souvent cette forme de
mariage ou la rejettent. Quantitativement eUe semble en net recul.
L'ouvrage de E. Tietmeyer est remarquablement bien documenté.
L'auteur procède à des études de cas, examine les nombreuses
figures possibles, entre vraiment dans le détail des obligations réciproques et des circonstances concrètes de la vie familiale, regarde de
près l'évolution des termes de parenté et des termes d'adresse,
relève les réactions des différentes instances coloniales, juridiques et
ecclésiastiques, montre les prolongements théoriques du sujet, surtout
pour la notion même de mariage, et offre ainsi un modèle de recherche concrète et bien centrée sur le changement socio-culturel.
Pierre ERNY, Strasbourg
34
P a r k i n ( David ), Sacred void. Spatial images of work and r i t u a l amonq
the
Giriama of Kenya,
Cambridge
University
Press,
1991,
259
p.,
"Cambridge s t u d i e s in social and c u l t u r a l anthropology"
Il e s t d e s populations entièrement c e n t r é e s s u r un élément c u l t u r e l
d o n n é , d o n t elles s a v e n t t i r e r u n e u n i t é d ' i n s p i r a t i o n gui é t o n n e
l ' o b s e r v a t e u r . Les Giriama du Kénya ont t o u j o u r s p a s s é p o u r u n e
e t h n i e particulièrement r é s i s t a n t e aux i n f l u e n c e s e x t é r i e u r e s . Or ,
guel g u e soit l e u r h a b i t a t , ils s e r é f è r e n t
à ce g u ' i l s c o n s i d è r e n t
comme l e u r c e n t r e s a c r é , le Kaya,
ancienne capitale ou ancien lieu
f o r t i f i é , l'actuel f a i s a n t s u i t e à d ' a u t r e s gui l'ont p r é c é d é en Somalie,
p a y s d'où l ' e t h n i e a u j o u r d ' h u i établie au Kénya se dit o r i g i n a i r e . Ce
lieu s a c r é national e s t s i t u é d a n s le h i n t e r l a n d à dominante p a s t o r a l e ,
au milieu d ' u n e f o r ê t , margué de limites inviolables, e n t o u r é de
s e c r e t , u n petit nombre seulement de p e r s o n n e s y a y a n t accès;
il
e s t habituellement v i d e . On l ' e n t o u r e d ' a u t a n t plus de romantisme et
de mysticisme g u e g é o g r a p h i g u e m e n t et culturellement on en e s t plus
éloigné. Il semble d ' a i l l e u r s gue la signification gui lui e s t
p r é s e n t e m e n t a t t r i b u é e e s t relativement r é c e n t e . Il n ' a rien d ' u n
s a n c t u a i r e g u e l'on visite et où l'on se r e n d en p è l e r i n a g e . Il
f o n c t i o n n e donc p l u s comme u n Lieu mythigue gue comme un c e n t r e
g é o g r a p h i g u e ou politigue.
En e f f e t , les Giriama s e r é p a r t i s s e n t
en t r o i s zones parallèles à la
côte de l'Océan I n d i e n . Dans l ' a r r i è r e - p a y s , s i t u é au Nord et au
N o r d - O u e s t de Mombasa, dominent les activités p a s t o r a l e s . Plus à
l ' E s t v i e n t u n e zone à p r é p o n d é r a n c e agricole. E n f i n , s u r la côte
même, où les Giriama s o n t mêlés aux Swahilis, Us se l i v r e n t à d e s
a c t i v i t é s mixtes, e n t r e a u t r e s à la p ê c h e . A mesure g u e l'on t r a v e r s e
le p a y s d ' O u e s t en E s t , on p a s s e d ' u n e population t r a d i t i o n n a l i s t e ,
p e u d e n s e , peu marguée p a r les d i v e r s c h a n g e m e n t s , et de ce fait
r é p u t é e comme dépositaire de l ' i d e n t i t é nationale, à u n e population
p l u s o u v e r t e au modernisme, à l'école et aux religions d'importation.
Islam ou c h r i s t i a n i s m e .
L ' a u t e u r , p r o f e s s e u r d'anthropologie à la School of Oriental and
A f r i c a n S t u d i e s de L o n d r e s , se p r o p o s e de montrer gueUes s o n t les
r e l a t i o n s , p a r f o i s conflictuelles, gui e x i s t e n t e n t r e e s p a c e et s a c r é ,
c e s d e u x c o n c e p t s - c l é s de l ' o u v r a g e é t a n t soumis à u n e discussion
s e r r é e d a n s le c a d r e de c e t t e c u l t u r e manifestement dominée p a r un
schéma spatial. Il passe en revue, au fil d e s c h a p i t r e s , p l u s i e u r s
35
domaines qu'il exanùne p a r r a p p o r t à ce schème: les p r a t i q u e s
matrimoniales et f u n é r a i r e s , les r i t e s de purification, les u s a g e s
médicaux, e t c . L'incidence de l'islam et du christianisme s u r les
r e p r é s e n t a t i o n s traditionnelles e s t longuement étudiée. Il s'agit donc
là d ' u n ouvrage particulièrement riche, où un peuple est étudié aux
d i f f é r e n t e s étapes de son évolution socio-culturelle, que l'on peut en
quelque s o r t e s i t u e r géographiquement d'Est en Ouest, et où la
difficile notion de sacré se t r o u v e discutée p a r r a p p o r t à un contexte
p r é c i s , a u t a n t traditionnel que moderne. Les nombreuses implications
t h é o r i q u e s du s u j e t sont soigneusement relevées et éclairées. Il n ' e s t
c e r t e s pas r a r e q u ' u n e population se donne ainsi un "centre" inscrit
quelque p a r t d a n s le paysage comme il est inscrit d a n s les e s p r i t s ,
mais l'exemple de ce peuple du Kénya e s t particulièrement original et
r i c h e de leçons.
Pierre ERNY, S t r a s b o u r g
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Adelkhah (Fariba), La révolution sous le voile. Femmes islamiques
d'Iran, Paris, Karthala, 1991, 280 p.
Une ancienne étudiante de l'Institut d'Ethnologie de Strasbourg,
Fariba Adelkhah, vient de publier un important ouvrage sur les
femmes "islamiques" d'Iran, sans doute appelé à faire date, car sur
beaucoup de points il va manifestement à contre-courant d'un certain
nombre d'idées reçues et remet les choses en place. L'auteur, ellemême originaire de la provonce de Khorassan en Iran, a bien connu
ces mouvements féminins dans sa jeunesse, puis a procédé en vue de
sa thèse à une série de 72 entretiens approfondis avec des femmes se
voulant "islamistes". C'est le fruit de cette longue recherche de
terrain, faite d'observations, de participation, d'écoute et de
discussions, menée par quelqu'un qui est à la fois dedans et dehors,
qui nous est livré ici.
L'ouvrage s'organise en six parties. Dans "Les femmes, l'Empire et la
République" sont rappelés les principaux changements institutionnels
survenus ces dernières décades en Iran touchant la vie sociale,
économique, culturelle, professionnelle, familiale et scolaire. Dans
"Femmes en Révolution", l'auteur analyse la manière dont le grand
bouleversement survenu en 1978 est perçu par celles qui en sont les
héritières et en ont souvent été des actrices: pour elles, il ne
s'agissait pas seulement de contester le régime des shahs, mais aussi
d'élaborer une nouvelle identité féminine dans un nouvel ordre social;
et à leurs yeux le bilan est au moins partiellement positif. Dans
"Femmes en religion, femmes en réunion", l'auteur dresse un tableau
très détaiUé des pratiques auxquelles elles s'adonnent et des
nombreuses rencontres plus ou moins formelles qui sont organisées à
des echelons très divers dans un but d'expression et de formation
religieuses. Dans "Femmes à marier", nous voyons apparaître les
discours très biologisants et essentialistes des réformateurs islamiques
au sujet des relations entre masculinité et féminité, la référence
constante aux premières femmes de l'islam, et comment les jeunes
filles et leurs mères décrivent la vie conjugale et familiale. Le
chapitre consacrés aux "Habits de femme" est en un sens central, car
sur le plan symbolique c'est évidemment la question du voUe qui a
pour une large part monopolisé l'attention des observateurs extérieurs
et constitue aussi pour les intéressées le terrain où en quelque sorte
se recoupent leurs aspirations et leurs revendications. L'auteur a le
grand mérite d'analyser en profondeur la signification que cet élément
peut revêtir. Si l'interdiction de porter le voile promulguée sous
l'Empire a eu pour conséquence une tendance à l'enfermement des
femmes et à leur retrait de la scène publique, l'obligation de le
porter, même édictée sous la contrainte, est ressentie par beaucoup
comme une sorte de libération, leur permettant d'échapper au regard
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chosifiant de l'homme. La lecture de ce chapitre montre que les
choses sont infiniment plus complexes et plus ambiguës que
d'ordinaire on veut bien le dire. Enfin, dans "Femmes en ville", nous
voyons quelles sont les attitudes face au travail, à la vie professionnelle et à la vie publique en général; le fait d'exercer un métier n'est
pas forcément perçu comme un moyen d'épanouissement personnel.
L'immense intérêt de ce livre réside dans la manière dont, sans partipris apparent, avec sérénité, à l'abri de toute fougue militante pour
ou contre, les propos des femmes sont d'abord recueillis, puis
analysés, expliqués, confrontés à d'autres données, reliés à leur
contexte historique et social, rendus compréhensibles à ceux du
dehors. L'auteur fait bien ressortir une problématique d'ensemble,
mais elle excelle surtout quand elle entre dans le détail parfois
minutieux des pratiques et des manières d'être. Nous sommes
vraiment dans un travail d'anthropologie, fouillé, élaboré, loin de
toute thèse préétablie, de tout manichéisme réducteur et de tout
journalisme de surface en quête de sensationnel, dont habituellement
nous sommes tributaires chaque fois qu'il s'agit de l'Iran. Ce partipris d'objectivité est d'autant plus remarquable et méritoire quand on
sait combien par tempérament l'auteur est portée vers la contestation fougueuse...
Si j'ai un regret, c'est de ne pas pouvoir lire encore plus souvent et
plus longuement les propos des femmes elles-mêmes, trop noyés à mon
goût dans le commentaire, sans qu'on sache toujours ce qui vient
d'elles et ce qui relève d'autres sources documentaires. C'est sans
doute l'usage du questionnaire qui a amené à une présentation un peu
abstraite: ces femmes, on aimerait les voir vivre et évoluer de manière plus personnalisée, et pouvoir resituer leurs propos dans une
existence plus concrète. La méthode de l'entretien thématique aurait
utilement pu être contrebalancée par celle des histoires de vie, comme
vient de le faire si remarquablement B. Verhaegen dans Femmes de
Kisanqani. N'est-il pas fait référence trop souvent aux "femmes islamiques" en général, alors que manifestement elles ne forment pas un
bloc homogène ?
Comme le fait remarquer J.P. Digard dans sa préface, ce Livre, dans
sa simple objectivité, dérangera plus d'un et plus d'une, tellement on
est habitué à ne traiter de ces choses que de manière passionnelle et
partisane, en exaltant ou en rejetant sans nuance. C'est en cela qu'il
s'agit là vraiment d'un travail à caractère ethnologique, dont la
finalité n'est pas de plaquer sur un groupe social des catégories qui
lui sont extérieures, mais d'essayer de comprendre du dedans ce que
les intéressés eux-mêmes pensent et ressentent, comment ils
perçoivent le monde qui les entoure et se situent par rapport à lui.
Et ce n'est qu'ainsi que l'on fait en profondeur oeuvre utile.
Pierre E R N Y
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Le Breton (David), Passions du r i s q u e , P a r i s , MétaUié, 1991, 186 p .
Les anciens r i t e s d'initiation, et d ' u n e manière générale les r i t e s de
p a s s a g e , se s t r u c t u r e n t , comme on le sait bien, a u t o u r d ' u n e
symbolique de la mort et de la nouvelle naissance. Frôler la mort réellement, rituellement, dans l'imaginaire - a un e f f e t de catalyse et
d'accélération. Des p r o c e s s u s de maturation, qui autrement ne
s ' e f f e c t u e n t qu'avec l e n t e u r ou n ' a r r i v e n t pas à se déclencher,
connaissent subitement une poussée t r è s r a p i d e . A p r è s un contact
avec la mort on n ' e s t plus le même homme. Quelque chose s ' e s t passé
dont on ne se r e n d compte et que l'on ne mesure que petit à p e t i t .
On e s t allé j u s q u ' a u x Limites de son p r o p r e ê t r e . "Le r i s q u e de mort,
une fois surmonté, e s t transformé en opportunité de se défaire de sa
p e s a n t e u r personnelle pour accéder à une existence moins en c r i s e ,
ou même r e n a i s s a n t e . Le contact symbolique avec la mort favorise un
dépouillement, u n e épuration personnelle. Il encourage l'éclosion d'un
sentiment d'identité moins p r é c a i r e . "Près de la mort, dit Rainer
Maria RUke, on ne voit plus la m o r t " " ( p . 61).
De ce constat d ' o r d r e psychologique ou spirituel, on a de tout temps
t i r é des p r a t i q u e s , s u r t o u t à c a r a c t è r e r i t u e l . Dans une société à
dominante communautaire, ces r i t e s sont organisés collectivement et
strictement r é g l é s . Mais quand l'individualisme l'emporte, on peut
s ' a t t e n d r e à ce que les choses se jouent s u r un plan plus personnel.
Les r i t e s ne sont plus donnés p a r une tradition, mais doivent ê t r e
r é i n v e n t é s au f u r et à mesure en fonction des fantasmes et des
modes. Et comme des marchands intuitifs sont à l ' a f f û t des besoins au
f u r et à mesure qu'ils se manifestent, on peut voir f l e u r i r toute une
i n d u s t r i e a u t o u r de ce thème du r i s q u e que l'on p r e n d volontairement
p o u r a f f r o n t e r la mort.
David Le B r e t o n , qui a de multiples compétences en anthropologie,
sociologie, psychologie et histoire, et qui enseigne à l'UFR d ' é d u c a tion p h y s i q u e et s p o r t i v e de l'Université des Sciences Humaines de
S t r a s b o u r g , consacre un t r è s beau petit livre à l'ensemble de ces
manifestations p a r lesquelles nos contemporains se plaisent à jouer
avec la mort, un phénomène social r e p é r a b l e de t o u t e s p a r t s et
fortement médiatisé, dans une civilisation où, p a r ailleurs, domine le
besoin de s é c u r i t é . Cela l'amène à des analyses de ce que sont les
r i t e s de p a s s a g e , l'ordaKe, l ' a v e n t u r e , l'initiation, le v e r t i g e , le
r i s q u e . Il montre que l'adolescence e s t p a r excellence le stade de la
vie où de tels besoins se font j o u r . Mais a u j o u r d ' h u i il e s t devenu
bien difficile de dire quand s'achève l ' a d o l e s c e n c e . . . L ' a u t e u r fait bien
e n t e n d u r é f é r e n c e à t o u t e s les p r a t i q u e s de t y p e "sportif" qui
amènent à jouer avec le d a n g e r ou exigent un investissement extrême.
Il montre comment fonctionnent les "nouveaux a v e n t u r i e r s " . Mais les
p a g e s s a n s doute les plus significatives sont celles où il montre que
des phénomènes comme la toxicomanie, la tentative de suicide, la
délinquance, la fugue, l'accident, etc, répondent à des besoins
similaires et se situent souvent sur le même registre, surtout quand
il s'agit de jeunes, devenant des "rites intimes de contrebande".
Dans un style toujours étincelant, D. Le Breton procède donc à un
repérage de phénomènes significatifs au plan sociologique, montre
comment Us se regroupent en une même famille, et cherche à en
rendre compte au plan anthropologique. Il suit "l'émergence d'un
nouvel imaginaire initiatique", analyse comment on en arrive à
"fabriquer du sacré avec l'épreuve" et comment se réalise "la quête
du sens dans la modernité". Les modes changent, la texture même
des sociétés évolue, mais l'imaginaire humain demeure régi en profondeur par des structures immuables. Il ne faut donc pas s'étonner de
la facilité avec laquelle on peut relier les phénomènes les plus récents
aux thèmes les plus traditionnels et en montrer les articulations. Un
tel travail est nécessairement inter, voire transdisciplinaire. Ce livre
éclairera tous ceux qui sentent en eux l'envie du risque pour le
risque, et tous ceux qui, dans leurs tâches éducatives, sont
confrontés au besoin, en apparence irrationnel, d'affronter la mort.
Pierre ERNY, Strasbourg

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