View - Fundação Malonda
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Edição de Janeiro de 2010 Pelo Jornal Faisca Um dos jornais mais críticos da província do Niassa elegeu a Fundação Malonda como figura do ano de 2009. O jornal Faísca, editado na cidade de Lichinga e com mais de 10 anos de existência, escreve que a eleição da Fundação Malonda como figura do ano tem a ver com o trabalho desenvolvido por esta instituição, vocacionada para a promoção e atracção de investimentos para a província do Niassa. “A Fundação Malonda é a nossa eleita para figura do ano de 2009 na província do Niassa, como resultado do seu trabalho nesta parcela de Moçambique”, justifica o jornal Faísca na sua edição de sexta-feira, 8 de Janeiro de 2010. O jornal avança que a Fundação Malonda é, neste momento, uma organização que está a dinamizar o desenvolvimento da província do Niassa nas áreas de florestas, microfinanças, ecoturismo e promoção do investimento, “contribuindo desta maneira para a subida da província no ranking nacional no Investimento Directo Estrangeiro (IDE). O número de postos de trabalho permanentes sobe vertiginosamente todos os anos desde 2006 na província do Niassa”, escreve aquele jornal, acrescentando que o impacto económico destes projectos mexe com vários segmentos da sociedade e “neste momento Niassa ficou no segundo lugar no Investimento Directo Estrangeiro (IDE) em Moçambique durante os anos de 2008 e 2009”. Os projectos florestais são apontados como os que vão catalisar o sector dos transportes na província. É o caso da via-férrea Cuamba/Lichinga, cuja reabilitação vem sendo adiada por diversos motivos, escreve o jornal. Aquele jornal continua a justificar o porquê da escolha da Malonda como figura do ano, indicando que, dentro da responsabilidade social corporativa das empresas parceiras e para responder às acções de desenvolvimento comunitário, a Fundação Malonda assessorou as comunidades dos distritos onde operam os seus parceiros na criação de comités de gestão comunitária, tendo desembolsado mais de 600 milhões de meticais do Fundo de Desenvolvimento Comunitário para o arranque das actividades destes comités. Nota de abertura Caro leitor do NotíciasDasComunidades Esta é a nossa primeira edição do ano de 2010 e gostaríamos de sublinhar este facto, pois, quando um ano chega, os desafios são enormes. Para o NotíciasDasComunidades, um dos grandes desafios, senão mesmo o único, é proporcionar-lhe uma informação cada vez melhor. No ano de 2010, a Fundação Malonda continuará com o seu papel de promotora e facilitadora do desenvolvimento do sector privado na província do Niassa, através da realização de várias actividades, parte significativa das quais o nosso caro leitor poderá acompanhar com esta nossa publicação mensal (NotíciasDasComunidades) ou ainda através do nosso site www.malonda.co.mz Mabella vai explorar Montes Mosale Entre os dias 14 a 18 de Janeiro de 2010, a empresa Mabella Limitada foi apresentada publicamente às autoridades administrativas e comunitárias do distrito de Majune como aquela que vai desenvolver a actividade de exploração (ecoturismo) da área de concessão Montes Mosale, em Majune. Depois de uma visita ao acampamento central da Montes Mosale em Chiputa, ao longo do rio Lugenda, a Mabella teve a oportu- Representantes da Mabella, Malonda com líderes de Luambala NotíciasDasComunidades nidade de conhecer os dois acampamentos/postos de controlo instalados em Luambala e Mitomone, e ter um diálogo com os Av.Filipe Samuel Magaia, Edifício do representantes das comunidades à volta da concessão e com o INSS, 2° andar Esq, Lichinga; Telef : governo do distrito de Majune. +258 27128868; Fax: + 258 27120269 Dos encontros havidos com as autoridades administrativas Av. Kim Il Sung 1156, Maputo; Telef: e comunitárias de Majune ficou a ideia de que a vinda de um +258 21487671; Fax: +258 21487670 operador para a área de concessão Montes Mosale vai criar um novo dinamismo no desenvolvimento daquela parcela da províne-mail: [email protected] cia do Niassa, pois, assim que a actividade turística iniciar, muiwebsite: www.malonda.co.mz tas pessoas irão visitar o distrito de Majune, contribuindo desta Para Sugestões e Comentários: forma para o crescimento da economia do distrito. Registado sob número 19/GABINFO-DEC/2009 Propriedade da Fundação Malonda e-mail: [email protected]; e-mail: [email protected] Página 2, Continua na pagina seguinte Boletim Informativo Mensal da Fundação Malonda e seus parceiros Ficou ainda claro que todos os trabalhadores da Fundação Malonda afectos ao projecto Montes Mosale passarão dentro dos próximos dias a ser trabalhadores da Mabella e, sempre que a actividade o justificar, mais moçambicanos residentes nos povoados à volta da concessão irão ter emprego naquela empresa, que, como soubemos, está a desenvolver uma actividade similar na província de Tete. A empresa Mabella ficou a saber da Fundação Malonda e das próprias autoridades governamentais que foi feito um trabalho de estruturação dos comités de gestão comunitária a nível das comunidades residentes nos arredores da área de concessão e que este trabalho resultou na criação de 5 Parte dos participantes a 1ª Conferência sobre Projectos Fiscais em plena actividade ao longo do Lugenda comités comunitários, compostos por líderes comunitários e pessoas influentes das comunidades, que servem de elo de ligação entre a comunidade, a Fundação Malonda e o investidor na identificação das dificuldades e outros aspectos relacionados com a comunidade. Foram distribuídas variedades de sementes de milho e sementes de horticultura para garantir segurança alimentar nas comunidades. Além disso, arrancou o programa de fomento de gado caprino, com a distribuição de cabritos a cerca de 15 famílias, das 30 já identificadas para beneficiarem do referido programa. Outras informações que a Mabella ficou a conhecer, entre as várias realizações da componente comunitária da Malonda em Majune, foram: oferta de bicicletas aos líderes comunitários, de modo a contribuírem para a disseminação de informação sobre o perigo das queimadas descontroladas e da caça furtiva, para além das actividades de pescas; apoio às equipas de futebol em material desportivo, com objectivo de incentivar a juventude não só à prática de desporto, mas tamFomento de gado caprino bém a disseminar mensagens sobre o perigo das queimadas; e um programa de divulgação de informações relacionadas com a gestão de recursos naturais na rádio comunitária de Majune. Página 3 Malonda TreeFarms abre nova área e faz avaliação positiva do desempenho dos trabalhadores A partir de Fevereiro, a empresa florestal Malonda TreeFarms vai trabalhar numa área de 1000ha em Nconda, no povoado de Licole, que faz limite entre os distritos de Lichinga e Sanga. Lacerda Romua, responsável da plantação da Malonda Treefarms, disse que, para a presente campanha, somente uma área de 300ha será trabalhada, com um total de 75 trabalhadores, dos quais 14 mulheres, recrutados nas aldeias vizinhas e na respectiva aldeia de Nconda. Neste momento, aqueles trabalhadores estão envolvidos no trabalho de derrube e “em Fevereiro começarão com a plantação”. Nova área da TreeFarms em Sanga O responsável da plantação da Malonda TreeFarms disse ainda que, desde o início da plantação (2007) daquela empresa no distrito de Sanga, já foram plantados 1.500 hectares de pinho e eucalipto. Romua explicou que, devido a várias adversidades, nomeadamente a escassez de chuva e a existência de térmitas, as 5 espécies de pinho que foram produzidas no ano passado no viveiro da empresa morreram e “só duas espécies (Caribea e Oocarpa) resistiram”. Acrescentou ainda que, devido a esta situação, o pinho foi substituído pelo eucalipto nos lugares onde aquele tinha sido lançado, eucalipto esse que “devia ser imediatamente tratado, caso contrário, dois ou três dias após o seu plantio seria atacado”. Com 325 trabalhadores, a empresa Malonda TreeFarms diz estar satisfeita com o desempenho dos trabalhadores, pois, segundo Lacerda Romua, a assiduidade é avaliada em 100 por cento. Este facto, segundo o responsável da plantação da Malonda TreeFarms, deve-se às campanhas de sensibilização que os trabalhadores têm recebido de várias autoridades para assumirem com responsabilidade o trabalho formal. Sabe-se que, nos primeiros anos da implementação do projecto florestal em Sanga, parte significativa dos trabalhadores faltava constantemente quando chegava o tempo chuvoso, para irem às suas machambas, e este facto não só comprometia o cumprimento das metas da empresa, como criava mau ambiente quando os trabalhadores faltosos eram descontados. New Forests Malonda À procura de mais área para plantação A New Forests Malonda plantou mais de 2 mil hectares em Ligogolo desde o arranque da actividade de plantação (2007) naquela sede do posto administrativo de Chiconono, no distrito de Muembe. Clive Scheepers, gestor da plantação de Ligogolo, disse que 400 trabalhadores, recrutados em diferentes povoados daquele posto administrativo e outros, estão a trabalhar actualmente naquela empresa de reflorestamento sedeada em Muembe, na província do Niassa. Continua na pagina seguinte Página 4 Boletim Informativo Mensal da Fundação Malonda e seus parceiros Aquele gestor de plantação, que se encontra há dois meses a trabalhar em Ligogolo, mas que tem 22 anos de experiência de plantações na África do Sul, disse que a grande dificuldade que a empresa enfrenta nesta época de plantação (chuvosa) são as constantes faltas de trabalhadores, o que faz com que as metas diárias por cumprir fiquem comprometidas em alguns momentos. Clive Scheepers disse que esta situação é normal para uma comunidade que pela primeira vez tem um trabalho formal e que o trabalho de sensibilização levará algum tempo a dar os resultados desejados. Área plantada pela New Forests em Ligololo O gestor de plantações da New Forests Malonda disse ainda que, das áreas cedidas ao projecto, as áreas aptas para plantação já se esgotaram e neste momento está a ser feito um trabalho de busca de novas áreas plantáveis por uma equipa especializada daquela empresa florestal. Dados preliminares indicam a existência de áreas para o efeito, mas deverá ser levado a cabo um outro trabalho de diálogo e negociação com as autoridades competentes nos próximos tempos. Analisado em Matama o programa de empreendedorismo O programa de empreendedorismo levado a cabo pela Fundação Malonda desde Dezembro de 2008 foi objecto de debate no dia 18 de Dezembro, no Complexo Agro-Industrial de Matama em Lichinga. Envolvendo os 6 jovens graduados da Escola Básica Agrária de Lichinga, o encontro serviu para se analisar o estágio actual do enquadramento daqueles jovens no contexto da ideia da Malonda de gerar futuros empresários na área de agricultura. Fernando Marrime, gestor de agricultura da Fundação Malonda, disse que há um ano arrancou o programa de empreendedorismo que resultou em várias realizações, a destacar: a produção de feijão-manteiga, cebola, repolho e alho, numa área que totaliza 30 hectares, cabendo a cada jovem empreendedor uma parcela de 5 hectares. Mais de 300 mil meticais foram envolvidos nas operações de produção, desde que aquele programa iniciou no Complexo Agro-Industrial de Matama. Sementes de baixa qualidade, braga (mosca branca) e sementeira tardia causada por chuvas prolongadas foram apontadas como os principais constrangimentos. Do rol dos constrangimentos, o gestor de agricultura da Malonda referiu-se à falta de mercado e à falta de semente de variedades preferidas ao nível local (cebola vermelha). Da parte dos jovens empreendedores, a gestão de sistema de regadio, a gestão da mão-de-obra e das próprias operações de cultivo (lavouras, gradagens, sementeiras, sachas, colheita) foram apontadas como as lições aprendidas durante o ano em que estiveram trabalhar em Matama. Nos próximos anos, aquele grupo de jovens empreendedores perspectiva a identificação de financiadores para participarem na comercialização; a abertura de contas bancárias individuais; e a análise da possibilidade de formarem uma associação de empreendedores. Em termos de actividades ligadas à agricultura, os 6 jovens empreendedores perspectivam a produção de feijão-manteiga e milho, a identificação de parceiros para a multiplicação de semente sob contrato e a produção de hortícolas em pequenas escala. Página 5