barra mansa - rj - RedeSAN - Rede Integrada de Segurança

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barra mansa - rj - RedeSAN - Rede Integrada de Segurança
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME - MDS
FUNDAÇÃO DE APOIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO R.G. DO SUL - FAURGS
REDE INTEGRADA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL - R E D E S A N - 2 0 0 8
CURSO DE FORMAÇÃO DE GESTORES DE RESTAURANTES POPULARES – 2008
PRODUÇÃO TEXTUAL FINAL
AÇÕES EDUCATIVAS E CULTURAIS DESENVOLVIDAS NO
RESTAURANTE POPULAR IRMÃ RUTH - BARRA MANSA - RJ
Vanessa Vasconcelos Fonseca
BARRA MANSA – RJ
2008
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME - MDS
FUNDAÇÃO DE APOIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO R.G. DO SUL - FAURGS
REDE INTEGRADA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL - R E D E S A N - 2 0 0 8
CURSO DE FORMAÇÃO DE GESTORES DE RESTAURANTES POPULARES – 2008
AÇÕES EDUCATIVAS E CULTURAIS DESENVOLVIDAS NO
RESTAURANTE POPULAR IRMÃ RUTH - BARRA MANSA - RJ
Vanessa Vasconcelos Fonseca
Barra Mansa / RJ – (024) 9819-2303 / (024) 3324-3323
[email protected]
ORIENTADORES:
Coordenadores, Professores e Tutores REDESAN-2008
Trabalho apresentado como requisito
para conclusão do Curso FGRP-2008
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SUMÁRIO
1) INTRODUÇÃO................................................................................................. 04
2) JUSTIFICATIVA.............................................................................................. 05
3) DESENVOLVIMENTO..................................................................................... 06
3.1) HISTÓRICO DO RESTAURANTE POPULAR IRMÃ RUTH –
BARRA MANSA – RJ.......................................................................................... 06
3.2) AÇÕES SOCIAIS DESENVOLVIDAS NO RESTAURANTE ........... 07
3.3) AÇÕES EDUCATIVAS DESENVOLVIDAS NO RESTAURANTE.... 08
4) CONCLUSÃO.................................................................................................. 10
5) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................... 11
6) ANEXOS.......................................................................................................... 13
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1) INTRODUÇÃO:
O conhecimento é um desenvolvimento sustentável fundamental. Isso não é
mera questão de acesso universal a conhecimento, mas também de paridade de
gênero, alfabetização, formação de professores, entendimento intercultural e a
promoção da qualidade de educação, também significa fomentar o diálogo entre os
vários
sistemas
de
conhecimento
e
culturas,
criando
oportunidades
de
desenvolvimento (MATSUURA, 2008).
Os muitos entendimentos de hoje sobre o que seja cultura, sobre o que seja
educação e sobre as relações entre ambos se encontram no centro de tais embates.
Assiste-se atualmente a um crescente interesse pelas questões culturais, seja nas
esferas acadêmicas, seja nas esferas políticas ou da vida cotidiana. Em qualquer
caso, parece crescer a centralidade da cultura para pensar o mundo. Mas tal
centralidade não significa necessariamente tomar a cultura como uma instância
epistemologicamente superior às demais instâncias sociais – como a política, a
econômica, a educacional; significa, sim, tomá-la como atravessando tudo aquilo que
é do social. Assim, assiste-se hoje a uma verdadeira virada cultural, que pode ser
resumida como o entendimento de que a cultura é central não porque ocupe um
centro, uma posição única e privilegiada, mas porque perpassa tudo o que acontece
nas nossas vidas e todas as representações que fazemos desses acontecimentos
(VEIGA NETO, 2003).
O indivíduo, por sua vez, se definiria como um ser basicamente relacional, uma
noção apenas compreensível, portanto, por referência a um sistema social onde as
relações de compadrio, de família, de amizade e de troca de interesses e favores
constituem um elemento fundamental (SOUZA, 2001).
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A educação tem, a princípio, como finalidade, promover mudanças desejáveis
e relativamente permanentes nos indivíduos, e que estas venham a favorecer o
desenvolvimento integral do homem e da sociedade. Portanto, se faz mister que a
educação atinja a vida das pessoas e da coletividade em todos os âmbitos, visando à
expansão dos horizontes pessoais, o desenvolvimento bio-psico-social do sujeito,
além da observação das dimensões econômicas e o fortalecimento de uma visão
mais participativa, crítica e reflexiva dos grupos nas decisões dos assuntos que lhes
dizem respeito (GOMES, 2008).
Os últimos tempos, expressões como qualidade de vida e alimentação
saudável vêm atraindo a atenção de pessoas de diferentes idades, classes sociais e
graus de instrução. De igual modo, desperta interesse a possibilidade de se
desenvolver estilos de vida saudáveis, para o que ocupa posto privilegiado a
alimentação e a educação nutricional. A educação acontece nesse cotidiano social e
também por intermédio de ações de instrução e ensino planejadas por pessoas
capacitadas para tal (BOOG, 2004).
Contudo, o objetivo deste trabalho é mostrar através de ações praticadas no
Restaurante Popular Irmã Ruth situado na cidade de Barra Mansa – RJ, que um
equipamento utilizado para garantir o direito à alimentação de seus freqüentadores,
pode também contribuir na formação dos mesmos no que diz respeito à saúde, ações
sociais e culturais.
2) JUSTIFICATIVA:
O Restaurante Popular por ser um equipamento que promove o direito humano
à alimentação, reúne portanto pessoas que passam todos os dias por este ambiente
que pode ser utilizado para uma mobilização social. Temas ligados à saúde, ações
culturais como poesias, vernissages, caricaturas, palestra à escolares, são formas de
contribuir para a inclusão destas pessoas em assuntos diversos. Segundo a LOSAN
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(2005), é dever do Poder Público de garantir a realização do direito humano à
alimentação adequada consiste na formulação e na execução de políticas ambientais,
culturais, econômicas e sociais que visem à consecução da segurança alimentar e
nutricional no país.
3) DESENVOLVIMENTO:
3.1) HISTÓRICO DO RESTAURANTE POPULAR IRMÃ RUTH –
BARRA MANSA – RJ
O Restaurante Popular Irmã Ruth, localizado na Av. Domingos Mariano, n° 452
Centro – Barra Mansa – RJ, foi inaugurado no dia 31 de agosto de 2005, neste ano
comemorando 3 anos de funcionamento, atendendo à população com 1.500 refeições
ao dia no horário de 11:00 às 14h. Tem uma grande aceitação pela população e cada
vez mais vêm crescendo. Em Dezembro de 2007 começou a servir o desjejum no
horário de 6:00 às 9:00h com um total de 1.000 atendimentos ao dia. O desjejum é
composto de café com leite ou suco; pão francês com margarina ou pão doce; doce
ou fruta no valor de R$ 0,35.
Já o almoço a partir de novembro de 2008 foi aumentado em 25% no seu
atendimento passando a atender à população com 1875 refeições ao dia, passando
seu horário de funcionamento de 10:30 às 14:30h. O cardápio é elaborado pela firma
terceirizada, contando com 40 funcionários e fiscalizado pela nutricionista do Estado
Dra. Vanessa Vasconcelos Fonseca. Conta também com um administrador do Estado
Dr. Romeu Corrêa Barreto Neto. O cardápio segue o PAT (Programa de Atenção ao
Trabalhador), com um total de 400 Kcal no desjejum e no almoço com 2.000 Kcal,
onde são oferecidas: sopa, arroz, feijão, 2 tipos de proteína (a escolha de apenas
uma pelo freqüentador), guarnição, salada composta de 3 itens, doce ou fruta (à
escolher), suco e pão de 30g. Também disponível café ou chá. Essa refeição é
consumida pelos freqüentadores no próprio restaurante, sendo cobrado o valor de R$
1,00. O cardápio a partir de outubro de 2008 fica disponível também na
Internet
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juntamente com os demais restaurante populares do Estado do Rio de Janeiro no
site: www.social.rj.gov.br no link restaurante popular.
3.2) AÇÕES SOCIAIS DESENVOLVIDAS NO RESTAURANTE
Segundo Markusen (2008), a cultura produz identidade e coesão social,
abrindo também novas oportunidades para a crítica, a empatia e a política. Deve-se
encorajar a diversidade na área, lembrando que o conhecimento inovador é
responsável por produzir transformações no cotidiano. A atividade cultural contribui
para a expansão do consumo local. É necessária a força criativa em sua produção.
Sendo assim produção cultural é definida como "o sistema significante através do
qual uma ordem social é comunicada, reproduzida, experimentada e explorada”. As
atividades sociais podem ser definidas como ações por meio das quais as pessoas
tentam alcançar determinados objetivos e que foram motivadas por outras ações do
próprio sujeito ou de outros em um processo histórico dinâmico. Formas recorrentes e
significativas de agir em conjunto, que põem alguma ordem no contexto da vida em
coletividade; como formas de vida que se manifestam em jogos de linguagem, de tal
sorte que a linguagem é parte integral de uma atividade a ponto de o gênero tornar-se
um fenômeno estruturador da cultura (ROTH, 2006).
No ano de 2008 foram apresentadas à comunidade várias atividades culturais
na saída do restaurante. Sendo uma forma de utilizar o equipamento não só para fins
alimentares, mas para trazer diversidade ao dia-a-dia dos que lá freqüentam. E não
deixando assim, de promover o trabalho dos que lá expuseram seus trabalhos.
Os trabalhos desenvolvidos neste ano contaram com 2 vernissages com a
exposição de quadros de duas artistas de Barra Mansa, sendo ambas freqüentadoras
do restaurante. Um varal de poesias, a exposição de caricaturas, a exposição de
materiais do grupo de escoteiros, e shows no restaurante em dia de cardápios
especiais (como por exemplo dia das mães e outros). Fotos em anexo.
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3.3) AÇÕES EDUCATIVAS DESENVOLVIDAS NO RESTAURANTE
Ações em educação nutricional devem se basear em teorias da educação e de
outras ciências humanas, para que possam, então, contribuir à promoção da saúde.
As escolhas feitas pelos seres humanos são determinadas por diversos fatores. Os
hábitos alimentares, tal como outras modalidades do comportamento humano são
resultados de várias influências culturais, sociais e psicológicas. Essas mudanças que
vêm ocorrendo nos padrões de consumo estão levando pesquisadores e profissionais
a indicar a necessidade de intervenções urgentes e imediatas nesse quadro. Dentre
estas intervenções está a educação nutricional, importante atividade do nutricionista.
Os nutricionistas em busca de entender determinados padrões de comportamento,
começaram a se aproximar das ciências sociais com o objetivo de compreender
porque as pessoas, mesmo conhecendo as recomendações gerais, não as colocam
na prática de suas dietas alimentares?(CERVATO et all, 2004).
A má nutrição não é problema só dos pobres. Os ricos - individuos e países sofrem de obesidade, doenças crônicas, hipertensão arterial, câncer, diabetes
mellitus, entre outras. A má nutrição dos pobres que era caracterizada pela magreza,
nanismo e menor resistência às infecções, atualmente tem sido modificada por
crescente prevalência de excesso de peso. Entretanto, a carência de micronutrientes
pode se manifestar independentemente das condições socioeconômicas (RAMALHO
E SAUNDERS, 2000).
No Restaurante ocorre 2 vezes na semana a participação da Nutricionista
fiscal Dra. Vanessa Vasconcelos Fonseca em 2 rádios locais para divulgação do
cardápio e assuntos relacionados à alimentação e saúde. Com isso a população já
fica atenta a dicas, e o cardápio do restaurante popular. Se tornou um espaço para a
divulgação das ações e campanhas do restaurante; bem como a divulgação de
cardápios comemorativos. Neste ano de 2008, comemorou-se várias datas como dia
das mães, dia das crianças, dia do idoso, semana de alimentação e nutrição, dia dos
pais e sempre se comemora natal e ano novo.
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Campanhas informando o aumento do resto-ingesta e um intenso esforço de
conscientizar a população têm se tornado um ganho. Pois a população responde às
expectativas. Em dados coletados no restaurante no mês de novembro, obtivemos
uma queda de 30kg em um dia no resto ingesta, com a conscientização de que se
pagando R$1,00 a comida é de qualidade, mas as sobras principalmente de arroz e
feijão eram intensas. Com as campanhas educativas, conseguimos um resultado
instantâneo.
Outra campanha(fotos em anexo) contribuindo para a educação alimentar
ocorre em massa na semana da alimentação e nutrição realizada neste ano de 20 a
24 de outubro. Foram feitas parcerias com o SESI para colocar a disposição um
profissional da enfermagem para aferição da pressão, um stand com informações do
SESI na divulgação de trabalhos na educação e social, a parceria com a UBM – com
o curso de nutrição com estagiárias para informações nutricionais. Neste evento
foram atendidos 861 freqüentadores, com distribuição de recomendações nutricionais
sobre os temas: diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia, sobrepeso e reeducação
alimentar. Foram realizado além da aferição da pressão arterial o IMC (índice de
massa corpórea).
No restaurante popular, se recebe com freqüência grupos de idosos de regiões
vizinhas, crianças de escolas públicas para palestras educativas, atletas regionais
para orientações nutricionais e pessoas da população que buscam uma melhora na
sua alimentação, onde a mesma leva exames laboratoriais alterados e após a
alimentação no restaurante popular refazem seus exames e possuem grande êxito na
melhora da qualidade de vida.
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4) CONCLUSÃO:
Ao longo dos 3 anos de restaurante popular com mais de 1.134.000 (um
milhão cento e trinta e quatro mil refeições servida até agosto de 2008) aniversário do
restaurante popular, vêm se observando a grande aceitação deste trabalho e
reconhecimento pela população.
Após seu funcionamento em 31 de agosto de 2005 (como início de 1.500
refeições ao dia), já foram conquistados novos atendimentos como o café da manhã
atendendo a 1.000 usuários a partir de dezembro de 2007 e o aumento de refeições
em 25% em novembro de 2008 passando a atender ao dia 1875 refeições.
Ações sociais e educativas como vernissages, varal de poesias, semana da
alimentação e nutrição, visitas de idosos, palestras a escolares contribuem no
cotidiano da população, pois esta é a maior beneficiada. Este instrumento público que
é o restaurante popular pode contribuir para a mudança de vida e hábitos
influenciando assim na vida dos que lá freqüentam como já sendo visto e comprovado
na prática do restaurante popular de Barra Mansa.
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5) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BOOG, M.C.F. Educação Nutricional: Por que e para quê?Disponível em
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/ju260pag02.pdf , acesso em
23/10/2008.
CERVATO. A. M; GOMES. A. L. C; JORGE. M. I. E. Bases Teóricas para a Prática da
Educação Nutricional. Revista Nutrição em Pauta, edição Julho/Agosto 2004.
Disponível em http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=45 Acesso
em 07/11/2008.
GOMES, G. D. S. O Papel da Cultura na Educação Brasileira. Disponível em
http://br.geocities.com/ferreavox/o_papel_da_cultura_na_educacao_brasileira.html#_
Toc25159452 Acesso em 22/10/2008.
LOSAN. Proposta da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional – LOSAN –
abril, 2005. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/Consea/static/documentos/Outros/Proposta_Videoconferen
cia.pdf , Acesso em 04/11/2008.
MATSUURA, K. Mensagem do Sr. Koichiro Matsuura, Diretor-Geral da UNESCO, por
ocasião do Dia Internacional pela Erradicação da Pobreza, 17 de outubro de 2008.
Disponível em http://www.brasilia.unesco.org/noticias/opiniao/disc_mat/mensagemdo-sr.-koichiro-matsuura-diretor-geral-da-unesco-por-ocasiao-do-dia-internacionalpara-a-erradicacao-da-pobreza-17-de-outubro-2008 acesso em 22/10/2008.
MARKUSEN. A. A importância da cultura para o desenvolvimento regional. Disponível
em http://www.ufmg.br/online/arquivos/008111.shtml Acesso em 07/11/2008.
RAMALHO. R. A; SAUNDERS. A. O papel da educação nutricional no combate às
carências nutricionais. Revista de Nutrição. V 13, n1, Campinas. Jan/abril, 2000.
ROTH, D. M. O ensino de produção textual com base em atividades sociais e gêneros
textuais. Linguagem em Discurso - LemD, Tubarão, v. 6, n. 3, p. 495-517, set./dez.
11
2006. Disponível em
http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/0603/9%20art%207%20(roth).pdf
acesso em 07/11/2008.
SOUZA. J. A Sociologia Dual de Roberto da Matta: Descobrindo nossos mistérios ou
sistematizando nossos auto-enganos? Revista Brasileira de Ciências Sociais. V16,
n45, 2001. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v16n45/4330.pdf acesso em
04/11/2008.
VEIGA NETO. A. Cultura, culturas e educação. Revista Brasileira de Educação 2003.
Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n23/n23a01.pdf acesso em 22/10/2008.
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6) ANEXOS – Serão enviados depois pois as figuras estão
“pesadas” p/ enviar por e-mail.
2) Visita dos escoteiros no restaurante
1) Cardápios Especiais de
agosto/2008
3) Varal de poesia
4) Vernissage – quadros – Marina 9 anos
6) Dia das mães – música e
participação. de freqüentadora
do restaurante (direita)
5) Dia comemorativo – festa junina
8) Palestra p/ crianças da rede
pública
7) Visita de grupo da 3ª idade
9) Dr Romeu administrador e Dra
Vanessa Nutricionista com
freqüentadora karateca que almoça no
restaurante e ganhadora de
13prêmios
na sua modalidade.

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