Circuitos Magazine 1 à 7 7783KB Jun 20 2012 01:57:05 PM
Transcrição
Circuitos Magazine 1 à 7 7783KB Jun 20 2012 01:57:05 PM
Ano 1 N.º 1 Setembro/2002 Edição Gratuita Electrónica & Robótica Saber como usar os diversos aparelhos de teste e medida Aprender a identificar diversos tipos de componentes Aprender a desenvolver circuitos Set/02-01 Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. 1 Periodicidade: Bimestral Director: José Xavier Redacção: José Xavier Ilustração: Miguel Maia Pesquisa: José Xavier e Miguel Maia Colaboradores: Carlos Santos e JoDaFa 3 NOTICIAS 4 ÁUDIO E VÍDEO Mesa de Mistura TV-Video ServiceMode (Parte I) 9 ROBÓTICA & MICROBÓTICA Propriedades e Direitos A propriedade do título Circuitos Magazine é de X@vi Electronics. Direitos de autor: Todos os artigos, desenhos e fotografias estão sob a protecção do Código de Direitos de Autor e não podem ser total ou parcialmente reproduzidos sem a permissão prévia dos seus autores. Internet Web site: www.circuitos.pt.vu E-mail: [email protected] (questões técnicas) E-mail: [email protected] (informações) Aviso Esta revista destina-se somente a fins educativos! Não nos responsabiliza-mos por qualquer dano que possam causar, ou pelo uso indevido das informações aqui contidas. Nem todos os circuitos aqui apresentados foram experimentados por nós. Não serão aceites reclamações! Beams 10 INFORMAÇÃO GERAL Componentes Passivos e activos Telefone Fixo Na Internet 14 CURIOSIDADES O Computador Diversas 16 CIRCUITOS VÁRIOS Circuitos de Beams Oscilador a Cristal de 100kHz Oscilador Astável Oscilador CMOS de 1MHz Fonte de Alimentação de 9V Testador de Baterias 18 CIRCUITO DO MÊS Arma de Atordoar 19 ANUNCIOS 20 DATABOOK Informações de diversos IC’s Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. 2 NOTICIAS NISSAN/ 2004 Na estrada com um carro a pilhas A pilha de combustível é «o processo por excelência de produção de energia em associação a fontes renováveis e sem produção de emissões poluentes», refere um documento do Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial, citado pela agência Lusa. As pilhas de combustível não acumulam energia eléctrica, mas produzem-na de forma contínua desde que sejam alimentadas por um combustível e um oxidante. Apesar de ser vista como uma tecnologia recente, a descoberta das pilhas de combustível tem já 163 anos. De 1839 até à sua «redescoberta» pouco foi feito, mas depois da filial norteamericana do construtor japonês Honda ter obtido a primeira certificação, a Nissan resolveu investir mais de 700 milhões de euros para comercializar, por todo o mundo, carros a pilhas. TELEMÓVEIS Terceira geração vai ter câmaras de vigilância A empresa japonesa de telecomunicações NTT Docomo criou um sistema de câmaras de vigilância que envia imagens para os ecrãs dos telemóveis de terceira geração. A gestão das imagens é feita a partir dos aparelhos. O RVCS-1, como é chamado, destina-se sobretudo a lares e empresas e permite ao utilizador usar os botões do telemóvel para direccionar a lente e aproximar os enquadramentos com zoom. Assim, os pais que queiram saber a que horas o filho chega a casa e o que está a fazer têm aqui um novo método de controlo. O mesmo se passa com os chefes que queiram acompanhar todos os passos dos seus funcionários, no trabalho ou fora dele. A tecnologia FOMA (Freedom of Mobile Multimedia Acess) usada na transmissão permite distribuir vídeos e música e enviar grandes quantidades de texto e gráficos à velocidade de até 384 Kbps (kilobits por segundo), cerca de 40 vezes mais do que actualmente. O preço de venda dos aparelhos no Japão será de 3300 dólares (3347 euros) e as chamadas serão 0,50 dólares (meio euro) por minuto, segundo fontes da empresa. Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. A NTT Docomo controla o mercado de telemóveis no Japão, com 41 milhões de clientes. Destes, 33 milhões aderiram ao sistema «imode» de acesso à internet. SAÚDE Com o médico às costas A Telemedic Systems começou recenteme nte a comerciali zar uma mochila que faz diagnóstico ao paciente e comunica com o centro médico. A VitalLink possui dispositivos que medem a tensão arterial, o ritmo cardíaco, a pulsação e os níveis de oxigénio no sangue, permitindo o diagnóstico. Em caso de emergência médica, o novo dispositivo consegue entrar em contacto com um centro médico através de telefone, telemóvel ou telefone satélite. A qualquer hora, existe uma rede de 2600 médicos e profissionais de saúde que podem ser contactados, trocando informação com o paciente sobre o seu estado de saúde. Iates de luxo ou a cadeia de televisão norte-americana CNN já se constituíram como clientes da Telemedic. Neste caso, as duas mochilas adquiridas são destinadas aos repórteres presentes em sítios remotos, em situação de conflito. 3 ÁUDIO E VÍDEO - Mesa de Mistura Este circuito mostra como pudemos fazer uma pequena mesa de mistura sem gastar muito dinheiro. Este circuito tem três entradas (Line in) mas pode ter tantas quanto o leitor quiser, desde que siga a lógica do circuito, por exemplo, o leitor deseja colocar mais uma entrada (line in) então tem de colocar um condensador de 0.47n, um potenciómetro de 50k e finalmente uma resistência de 220k ligada ao FET e ao respectiva entrada. Com um pouco de imaginação podem alterar o circuito inserindo por exemplo um VU Level meter ou pre-amplificadores de áudio para microfones, pequenas alterações que podem dar muito jeito. Lista de Componentes: John Lundgren Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. C1, C2, C3 .47 uF 100V C4 220 uF 16V C5 470 uF 16V C6 22 uF 16V J1, J2, J3, J4 RCA jacks Q1 MPF102 FET Q2 2N3904 ou 2N2222 ou PN2222 NPN R1, R2, R3 50K ou 100K R4, R5, R6 220K 5% 1/4W R7 4.7K 5% 1/4W R8 10K 5% 1/4W R9 2.2K 5% 1/4W S1 Interruptor B1 Alimentação de 9V. 4 ÁUDIO E VÍDEO - TV-Video ServiceMode (Parte I) Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. 5 Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. 6 Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. 7 Stef_no1 Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. 8 ROBÓTICA & MICROBÓTICA - Beams O que é um Beam? Devem estar vocês a fazer essa pergunta a voz mesmos. Beam é uma sigla americana que significa Biology Electronics Aesthetics Mechanics. A expressão "máquinas vivas" indica que os robôs BEAMs são muito mais do que simplesmente circuitos electrónicos e mecanismos agrupados. Os Robots BEAMs é uma especialidade da robótica que tenta fazer robôs tão baratos, eficientes e simples quanto possíveis. A filosofia de construção dos BEAMs, é que eles devam ser feitos de peças de sucata electrónica, tal como walkmans velhos, vídeos, painéis solares da calculadora, pagers e outros, pela disponibilidade de encontrarmos bons componentes nesses equipamentos e também pode ser um bom divertimento desmontá-los! A maioria de robots BEAMs são alimentados por energia solar, assim, funcionarão por anos e anos sem que seja necessário preocupar-se com a troca de baterias. Os mais simples podem custar apenas 10 Euros ou menos, e quase todos têm recursos para construir um robot simples e que dure por anos. Um conceito importante do robots BEAMs é a sua simplicidade. Entretanto, por serem simples, não significa que não sejam fantasticamente pequenos, funcionais e ágeis. Alguns robots BEAMs que custam mais ou menos 50 Euros andam melhor por terrenos tortuosos do que muitos robots avançados, computadorizados e caros. A maioria dos robots alimentados por energia solar são controlados por um circuito surpreendente e simples, chamado de "Solarengine", que armazenam a energia dos painéis solares em condensadores de alto valor e fazem girar, em saltos, pequenos motores. Os BEAMs representam Biologia, Electrónica, Aspecto, e Mecânica. A biologia significa tentar fazer os robôs que imitem o mais realisticamente a natureza. Naturalmente, a natureza tem algumas vantagens sobre nossos métodos de construção, pois não tem que se preocupar Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. sobre quanto dinheiro o robot seguinte irá custar. A electrónica indica basicamente que todos os robots devem ser movimentados por ela. Portanto, matar animais de estimação para usar seus cérebros e fazer um ciborgue está fora do objectivo :-) O aspecto, ou estética, diz que eles devem ser Meios do aesthetics que fazem a tudo o olhar como fresco como possível. Dá-lhe não somente um sentimento melhor quando você é feito com ele, ele também pôde trabalhar mais melhor do que algo que olha é duto gravado junto. O mecanismo é um item muito importante dos robots BEAMs. Bons mecanismos eliminarão a necessidade de circuitos electrónicos complexos, diminuindo assim o custo final de um Robot BEAM. Em baixo tem esquemas de dois tipos de beams. 9 INFORMAÇÃO GERAL - Componentes Passivos e activos Nas montagens electrónicas utilizam-se estes dois tipos de componentes. Os passivos são basicamente três: resistências, condensadores e bobines. Os activos mais usados são os díodos e os transístores. Os Componentes passivos são fabricados com materiais condutores e isoladores, enquanto os activos se fazem com materiais semicondutores, como o Silício e o Germânio. O Comportamento destes dois tipos de componentes perante a passagem da corrente eléctrica é completamente diferente. Os passivos, como as resistências comportam-se de forma linear perante a passagem de uma intensidade I seguindo a lei de Ohm. Os componentes activos não têm uma resposta linear à corrente que circula entre eles, quando são submetidos a uma diferença de potencial. Os componentes que nos vamos referir nesta edição são as resistências e os condensadores. Resistências São componentes passivos fabricados com materiais isoladores que oferecem uma resistência determinada à passagem da corrente eléctrica, que vem definida pela lei de Ohm. Se lhes aplicarmos o dobro de tensão, circulara o dobro da corrente. A função entre estes dois parâmetros fundamentais e linear. As resistências podem se associar em serie, colocando umas detrás das outras, oferecendo uma resistência equivalente, igual à soma das resistências que se conectam em série: RT = R1 + R2 + R3 Quando se associam em paralelo a resistência equivalente é mais baixa que a menor e o seu valor é calculado conforme a fórmula: 1 1 1 1 = + + RT R1 R2 R3 Condensadores Um condensador está formado por duas placas metálicas separadas por um dieléctrico. Ao se aplicar um diferença de tensão entre as duas placas ou armaduras, passam eléctrons de uma armadura para a outra, originando a carga do condensador. A relação entre a carga que Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. adquirem as armaduras e a diferença de tensão aplicada chama-se capacidade e mede-se em Farads, sendo definida pela fórmula: Q C= V Quando se aplica uma diferença de tensão de corrente contínua a um condensador, carregam-se suas armaduras até alcançar a mesma tensão que lhes é aplicada. Nesse ponto deixam de passar eléctrons de uma armadura à outra, por isso se diz que se bloqueia, ou então, que não deixa passar a corrente contínua. Na realidade, deixa-a passar num primeiro instante, até que a carga do condensador compense a diferença de tensão. O tempo que um condensador demora para a carregar ao ser-lhe aplicada uma tensão de corrente continua é proporcional ao produto de sua capacidade pela resistência do circuito. 10 INFORMAÇÃO GERAL - Telefone Fixo Já haveis ter um dia pensado se o telefone fixo tem corrente e o que poderiam fazer com ela. Na realidade pela linha telefónica passa corrente eléctrica, mas há que ter cuidado. retirar da linha tem de ser muito pequena para não ser detectada. Em baixo estão alguns circuitos que podem ser úteis dispositivo, caso em que ele estará fora do bloqueio. O principio de funcionamento é simples: a linha telefónica desocupada tem 48V. A ocupada tem menos de 12V. Assim, o dispositivo que está em série " Se alguém tentar usar a energia da linha telefónica, será que a companhia dos telefones vai descobrir?" É muito provável. O trabalho deles não é fornecer energia, mas sim descobrir falhas nas suas linhas. Qualquer energia retirada das linhas telefónicas irá ser detectada. Se a energia retirada for grande a companhia vai pensar que deixaram cair o telefone na banheira ou qualquer coisa parecida e irão desligar a linha e irão verificar periodicamente se essa descarga desapareceu de vez para poderem voltar a ligar a linha. Se a energia retirada for pequena a companhia telefónica irá detectar e irão mandar o serviço técnico para verificar se existem irregularidades na linha antes que esta cause uma falha... e acabarão por descobrir que a culpa foi sua e receberá em sua casa a conta, do tempo e do trabalho que eles tiveram, para pagar. A corrente que poderá Sigilo Telefónico O aparelho descrito permite que apenas um aparelho de tantos quantos compartilhem a mesma linha telefónica, seja usado, ficando os demais mudos, seja quando se emite ou quando se recebe uma chamada. O aparelho telefónico que pode ser usado é o primeiro que for retirado do gancho, enquanto os outros não ouvem a conversa e nem nelas podem intrometer, desde que cada aparelho tenha um deste dispositivo de sigilo. Nada impede que um outro aparelho seja deixado sem o Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. com o telefone entra em condução somente quando a tensão da linha é alta (acima da tensão do zener), fazendo o telefone ocupar a linha quando retirado do gancho e, em consequência, fazendo baixar a tensão da linha. Essa tensão agora já não permite a condução dos SCRs dos outros telefones que foram retirados do gancho, ficarão isolados pelos SCRs não conducentes e por isso mudos. Equivalentes do BRY55 para tensões entre 100V ou mais servem, e o conjunto pode ser montado numa placa universal e ser instalado dentro do próprio conector do telefone 11 INFORMAÇÃO GERAL - Telefone Fixo Campainha para Telefone Hoje em dia para podermos ligar qualquer dispositivo a rede telefónica e preciso aprovação . A solução aqui proposta serve para contornar esse obstáculo . O nosso circuito não tem nenhuma ligação com a rede telefónica . Servimonos apenas do som produzido pelo nosso telefone . Para isso basta colocar o circuito próximo do telefone . A ideia original deste circuito foi um interruptor activado por som . No fundo e isso que o nosso circuito faz . Quanto ao circuito , a sua compreensão e fácil . Trata-se de um amplificador operacional montado numa configuração inversora com um ganho de 4700 ( que poderá ser ajustado caso aja necessidade modificando o valor das resistências de 1Kohm e 4,7Mohm ) , e um transístor ligado a sua saída funcionando como interruptor que liga o relé . A partir do relé podemos ligar qualquer outro circuito , seja ele uma campainha eléctrica montada noutro ponto da casa ou outro aparelho qualquer . Os componentes são fáceis de obter em qualquer loja de componentes de electrónica . O relé deve ter uma resistência aos seus terminais superior a 350 ohms para não sobrecarregar o transístor . Quanto ao altifalante este pode ser um daqueles pequenos altifalantes dos auscultadores , montado com uma esponja em seu redor para evitar falsos disparos do relé . Falta apenas salientar que quando o circuito e ligado o relé liga , só desligando um ou dois segundos depois . Quanto a estabilidade este circuito peca por defeito , o nosso circuito e um pouco sensível a perturbações na alimentação . Atenção : Não colocar o circuito próximo da campainha eléctrica a ligar ao relé , senão o circuito realimenta-se e não se desliga mais ! Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. Apenas uma observação final : hoje em dia paga-se cerca de 1 Euro por mês para poder ter uma campainha no telefone , este circuito no total custa aproximadamente 25 Euros . Significa isto que ao fim de dois anos fica pago , e não tem que prestar contas a ninguém por isso.☺ Lista de Componentes: IC’s - NE5534 Lm7812 Transistor BC549 Resistencias 1 - 1K 2 - 22K 1 - 4.7M 1 - 10K Condensadores - 470 uf 16V 220 uf 16V 47 uf 16V 22 uf 16V 10 uf 16V Díodos 2 - OA95 1 - 1N4148 Diversos Transformador 12V / 6VA Relé 12V . Altifalante. Campainha eléctrica 220V ( para ligar no relé ) . Carlos Santos 12 INFORMAÇÃO GERAL - Na Internet A nossa revista é preparada com certa antecedência e a Internet é extremamente dinâmica. Páginas e sites que hoje estão acessíveis, em poucos dias podem ser retirados ou mudarem de endereço. É comum que as pessoas alguns meses depois da edição da revista não encontrem mais a documentação desejada, principalmente quando ela se encontra em sites pequenos ou de pessoas físicas. Por essas razões pedimos desculpa se algum site aqui referido já não esteja online quando o for visitar. Endereços de Grandes Empresas Fabricantes de componentes disponibilizam nos seus sites informações sobre todos os seus produtos. Assim é fundamental para os leitores terem em estes endereços quando precisarem deles. Normalmente os documentos técnicos são danos no formato PDF (Portable Document File), tal qual como esta revista. A seguir fornecemos os endereços dos principais fabricantes de componentes: Philips Components http://www.components.philip s.com Rohm http://www.rohm.co.jp Infineon Tech http://infineon.com Murata http://www.murata.com Toshiba http://www.toshiba.com NEC http://www.nec-global.com Siemens http://www.siemens.de Micrel http://www.micrel.com AMD http://www.amd.com Intel http://www.intel.com Hitachi World Wide http://www.hitachi.co.jp Farchild http://www.fairchildsemi.com General Semiconductor http://www.gensemi.com Equivalentes de Componentes Texas Instruments http://www.ti.com Motorola http://sps.motorola.com National Semiconductors http://www.national.com Um dos maiores problemas para todos os que trabalham com electrónica, principalmente os envolvidos em manutenção de equipamentos, é o da Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. obtenção de equivalentes a determinados componentes. A quantidade de componentes semicondutores existente é imensa (alguns avaliam em mais de 10 milhões os tipos de transístores e circuitos integrados) e isso impede que qualquer um possua os manuais completos. Assim, o máximo que se pode ter é alguns manuais que contenham os tipos mais usados. No entanto, na Internet cabe uma quantidade ilimitada de informações, inclusive sobre equivalerias, com a vantagem de que ela mesmo se actualiza, ou melhor, é actualizada pelos que mantém os sites onde estão estas informações. Pesquisando na Internet, encontramos diversos sites que podem trazer a solução para todos os leitores, com a vantagem principal de que a quantidade de informação contida está sempre aumentando sem que o leitor precise desembolsar qualquer dinheiro para ter acesso a ela. Os sites que daremos nesta edição, contêm informações sobre equivalência de componentes, vendem CDs e programas para determinar equivalência e alguns até fornecem estes programas gratuitamente para download. Vejamos os principais: NTE Electronics http://www.nteinc.com Burosch http://www.burosch.com 13 CURIOSIDADES - O Computador O primeiro homem a imaginar e construir um computador de verdade foi o matemático, filósofo, economista e escritor inglês Charles Babbage (17911871). Respeitado pelas imprecisões que encontrou nas tabelas matemáticas de sua época, Babbage (pai do velocímetro, do limpa-trilhos das locomotivas e das primeiras tabelas confiáveis de expectativa de vida) construiu entre 1821 e 1832 um sistema de engrenagens e rodas dentadas denominado "Mecanismo Diferencial número 1", o tetratetravô dos computadores. Com as suas 2 mil peças de aço e bronze, ele podia calcular de maneira rápida e precisa complexos cálculos matemáticos. Babbage conseguiu, no entanto, construir apenas um modelo simples, porque os metalúrgicos da época não eram capazes de produzir as centenas de pecinhas de precisão que o mecanismo requeria. Planeado entre 1847 e 1849, o "Mecanismo Diferencial número 2", com o dobro das peças, só seria construído em 1991, pelo Museu de Ciência de Londres, em homenagem ao bicentenário do nascimento do inventor. O projecto foi baseado em 20 desenhos deixados por Babbage. Novas experiências levaram Babbage a projectar em 1834 o ainda mais complexo "Mecanismo Analítico", para desempenhar funções algébricas. Ele apresentava todas as partes essenciais de um computador moderno: circuitos lógicos, memória, armazenagem e recuperação de dados. O mais importante é que ele era programável. A aliada de Babbage no seu trabalho, a escritora e matemática Augusta Ada King (1815-52), condessa de Lovelace e única filha legítima do poeta Lord Byron, foi a primeira programadora de computadores da história. Augusta descreveu o primeiro conjunto de instruções de computador para pedir à máquina que computasse uma série (conhecida como os "números de Bernoulli") gerada por uma complexa equação matemática. Ela produziu um programa que deveria ser escrito em cartões perfurados, que haviam sido inventados em 1728 por um tecelão francês, Joseph-Marie Jacquard, para tecer padrões em teares. Permitindo (por uma perfuração) ou bloqueando (pela ausência de perfuração) a passagem de uma agulha, o sistema desses cartões antecipou a linguagem liga-desliga (binária) dos computadores electrónicos actuais. Babbage já tinha construído um pedaço da máquina quando morreu. Ela nunca chegou a ser finalizada. O primeiro computador digital electrónico foi o Eniac, construído pelo engenheiro eléctrico John Presper Eckert Jr. (1919-95) e pelo físico John William Mauchly (190780), na Escola Moore de Engenharia Eléctrica, da Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. Universidade da Pensilvânia, e pelo Laboratório de Pesquisas Balísticas do Exército americano. Apresentado em 15 de Fevereiro de 1946, ele ocupava uma área de 93 metros quadrados, tinha a altura de dois andares e pesava 30 toneladas. No seu interior, 17.468 enormes válvulas piscavam ininterruptamente. Apesar do seu tamanho, o Eniac (sigla, em inglês, para Computador e Integrador Numérico Electrónico) era na verdade um ignorante. Cometia erros e avariava repetidamente, porque os seus tubos queimavam-se constantemente. Construído para calcular tabelas de artilharia, o computador de 450 mil dólares podia realizar 5 mil adições e 3.500 multiplicações por segundo. O Pentium Pro, lançado em 1996, é capaz de efectuar 300 milhões de operações por segundo. O Eniac, portanto, seria 85 mil vezes mais lento. Há uma grande polémica envolvendo a invenção do computador electrónico. John Atanasoff (1904-95), professor da Universidade de Iowa, contou que a ideia de inventar um computador ocorreu-lhe numa hospedaria em Illinois, em 1937. Seria operado electronicamente e usaria números binários, em vez dos tradicionais números decimais. Daí a poucos meses, ele e um talentoso ex-aluno (Clifford Berry) haviam criado um tosco protótipo de computador electrónico, que utilizava válvulas, tambores rotativos e cartões perfurados 14 CURIOSIDADES - Diversas para a introdução de dados. A execução do projecto custou mil dólares. No ano seguinte, John Mauchly, que conhecera Atanasoff num seminário, foi convidado a conhecer o computador. Depois ficou hospedado vários dias em sua casa, onde soube de detalhes sobre o projecto. Atanasoff estava para requerer a patente do seu computador, mas foi convocado a Washington no início da Segunda Guerra Mundial para fazer pesquisas de Física para a Marinha. No mesmo período, Mauchly e Eckert construíram o Eniac. No verão de 1944, os dois simplificaram a sua invenção usando o esquema binário desenvolvido por Atanasoff. Estava criado assim o Univac, que começou a ser vendido em 1946 e tornou-se o protótipo dos computadores de grande porte atuais. Antena Quem inventou a antena? Foi o italiano Guglielmo Marconi (1874-1937) em 1906. É um dispositivo que serve para a captação ou irradiação de ondas de rádio. Ela é formada por um conjunto de fios em contacto com o solo e suspensos a certa altura, colocados em torres, automóveis ou no alto dos edifícios. A antena recebe e transmite ondas electromagnéticas. Estas ondas são chamadas ondas hertzianas e propagam-se no espaço sem necessidade de fios condutores. Graças a elas, as antenas podem captar as transmissões de rádio, televisão, telégrafo, etc... A primeira estação de rádio usou, como antena, um arame esticado. Depois, os aparelhos foram desenvolvendo-se até chegar aos complexos dispositivos actuais. A invenção da antena ajudou Marconi nas suas pesquisas até o levar à invenção do telégrafo sem fios. Cabine Telefónica O que seria de Clark Kent se não existisse a cabine telefónica? Alexander Graham Bell inventou o telefone em 1876, mas um facto pouco conhecido é que o seu assistente Thomas Watson - famoso por ter recebido o primeiro telefonema - foi o inventor da cabine telefónica. Cadeira Eléctrica O americano Harold P. Brown realizou as primeiras experiências com um equipamento colocado à sua disposição por Thomas Edison. Auxiliado pelo doutor A.E. Kennelly, eletricistachefe de Edison, ele pôs-se a electrocutar um grande número de animais. O primeiro homem a ser morto na cadeira eléctrica foi o assassino William Kemmler, na prisão de Auburn, Estado de Nova York, em 6 de agosto de 1890 Ericsson. A actriz Hedy Lamaar, famosa por aparecer nua na produção erótica Ecstasy (1933), inventou o sistema que serviu de base para os telemóveis. Durante quatro anos, ela foi casada com o austríaco Fritz Mandl, um rico fabricante de armas. Acompanhou o marido em diversos jantares com a ascendente elite nazista. Certo dia, insatisfeita com o casamento, Hedy drogou a empregada que a vigiava, saltou a janela e fugiu para Inglaterra. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela criou um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazis e patenteou-o em 1940 usando o seu verdadeiro nome, Hedwig Eva Maria Kiesler. Ofereceu a novidade ao Departamento de Guerra, que o recusou. Anos mais tarde, quando a patente expirou, a empresa Sylvania adaptou a invenção. Hoje, o equipamento acelera as comunicações de satélite ao redor do mundo e foi usada para criar a telefonia celular. Telemóvel Com o nome de radiotelefonia celular, o telemóvel apareceu em 1979 na Suécia, desenvolvido pela empresa Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. 15 CIRCUITOS VÁRIOS Circuitos de Beams Na figura de cima mostra um simples circuito para criar um beam da categoria solaroler. Oscilador Astável O circuito mostrado na figura pode gerar sinais de alguns hertz até dezenas de quilohertz com frequência determinada basicamente pelos condensadores C1 e C2. Adoptando os seguintes valores: R1 = R4 = 1k, R2 = R3 = 47k, C1 = C2 = 100nF, o circuito vai gerar um sinal em torno de 1 kHz. O sinal gerado é rectangular e as saídas são complementares. Oscilador CMOS de 1MHz Esta figura mostra-nos a maneira mais básica e fácil de colocar sensores num beam. Osciladores Oscilador a Cristal de 100kHz Este oscilador utiliza uma das quatro portas de um circuito integrado 74C14 e pode gerar sinais de 100kHz controlados a partir de um cristal. O condensador de 43pF deve ser cerâmico e a alimentação precisa ser feita com tensão estabilizada de 5V. Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. Este oscilador controlado por cristal gera um sinal rectangular de 1MHz podendo ser usado como base de tempo para instrumentos digitais relógios ou cronómetros. Os condensadores são cerâmicos e o circuito integrado CMOS deve ser alimentado com tensões entre 9 e 15 V. Outras funções CMOS que operam como inversores podem ser usadas em lugar do 4049. 16 CIRCUITOS VÁRIOS Fonte de Alimentação de 9V A imagem mostra o circuito de uma fonte fácil de fabricar e económica. Testador de Bateria Um simples e económico testador de baterias que usa 3 Leds para indicar o estado da bateria. Lista de Componentes: R1, R5 -------- 1KΩ R3, R4 -------- 470Ω R2, R6 -------- 8,2 KΩ Q1, Q2 ------- BFY50 D1 ------------ bzy88-9,1v/400mw D2 ------------ Led 5mm Amarelo Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. D3 ------------ Led 5mm Verde D4 ------------ bzy88-5,1v/400mw D5, D8 ------- 1n4001 D6 ------------ Led 5mm Vermelho D7 ------------ bzy88-12v/400mw 17 CIRCUITO DO MÊS - Arma de Atordoar Nesta primeira edição apresentamos como circuito do mês uma arma de atordoar. Antes de mais nada queremos avisar que este circuito ainda não foi testado pela nossa equipa, mas o circuito em si gera uma alta voltagem que pode ser prejudicial para a saúde. A imagem mostra o circuito de um bastão de defesa usado pela policia Norte Americana. É proibido o uso deste tipo bastão em Portugal no entanto esta arma é usada como defesa pessoal noutros países do mundo. Não aconselhamos nunca testar este bastão em humanos ou animais, alem de ser proibido não sabemos os resultados do seu uso. Este circuito destina-se apenas para usos educativos. Lista de Componentes: R1, R2 ------ 1k R3 ---------- 47k R4 ---------- 1M C1 ---------- 0,1 ou 0,47 uF C2 ---------- 0,01 uF D1 ---------- 914 ou INJ4148 D2 ---------- 1N4005 Q1 ---------- TIP 31 IC1 --------- 555 T1 ---------- Transformador Miniatura 200k – 1k CT INPUT Mark Stoker Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. 18 ANUNCIOS Vendas: Vendo cópias do programa OrCAD (desenho de circuitos e pcb's) versão 9.1 e do Borland C++ versão 4.02 por 3.50 Euros cada CD mais os portes de envio á cobrança. Mande um e-mail com o seu nome e morada para [email protected] Vendo CDs com conteúdo dedicado á Electrónica: programas, datasheets, e muitas outras informações e utilidades. 7 Euros mais os custos de envio á cobrança. Contacte-me por e-mail: [email protected]. Visite também o meu site em http://xelectronicax.no.sapo.pt Vendo todo o tipo de acessórios e componentes para reparação de telemóveis. Contacto: Tlm:919783719 [email protected] Outros: Diodo ® - Comércio e Industria de Material Electrónico, Lda. Diodo Electronic Rua Santa Teresa, nº 8 4050-537 Porto Tel. +351-223 395 230/3/4 Fax +351-223 395 239 Aquário - Comércio de Electrónica, Lda. Sede, Componentes Electrónicos Rua da Alegria, 93A, B, 95 4000-042 Porto - Portugal Tel. 223 394 780 (6 linhas) Fax. 222 001 379 (Geral) URL: www.aquario-cel.pt Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta mandar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu contacto. Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. 19 DATABOOK - Informações de diversos IC’s Circuitos Magazine N.º1 Set/2002. 20 Ano 1 N.º 2 Novembro/2002 Edição Gratuita Electrónica & Robótica Saber como usar os diversos aparelhos de teste e medida Aprender a identificar diversos tipos de componentes Aprender a desenvolver circuitos Nov/02-02 Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 1 Periodicidade: Bimestral Director: José Xavier Redacção: José Xavier Ilustração: Miguel Maia Pesquisa: José Xavier e Miguel Maia Colaboradores: Carlos Santos, JoDaFa, Marcos Matos e Silvia Marinho Propriedades e Direitos A propriedade do título Circuitos Magazine é de X@vi Electronics. Direitos de autor: Todos os artigos, desenhos e fotografias estão sob a protecção do Código de Direitos de Autor e não podem ser total ou parcialmente reproduzidos sem a permissão prévia dos seus autores. Internet Web site: www.circuitos.pt.vu E-mail: [email protected] (questões técnicas) E-mail: [email protected] (informações) Aviso Esta revista destina-se somente a fins educativos! Não nos responsabiliza-mos por qualquer dano que possam causar, ou pelo uso indevido das informações aqui contidas. Nem todos os circuitos aqui apresentados foram experimentados por nós. Não serão aceites reclamações! 3 NOTICIAS 4 ÁUDIO E VÍDEO Leitor de CDs Portátil TV-Video ServiceMode (Parte II) 9 ROBÓTICA & MICROBÓTICA Dicas para a Construção de Robots 10 INFORMAÇÃO GERAL Cuidados a ter com Baterias Ni-Cd Reparação de um Ferro de Engomar (Parte I) Na Internet 15 CURIOSIDADES Memórias 16 CIRCUITOS VÁRIOS Pré-Amplificador de Áudio Detector de Escuro Pisca-Pisca (Flip-Flop) Sirene Ponte H-H Controlo de Velocidade DC Fonte de Alimentação +5Vcc -5Vcc 4mA 18 CIRCUITO DO MÊS Programador JDM 19 ANUNCIOS 20 DATABOOK Informações de diversos IC’s Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 2 ano anterior se fixara nos 29 por cento. NOTICIAS ESA Satélite na órbita do Sol dentro de sete anos O «Solar Orbiter» é um projecto escolhido entre 60 propostas neste âmbito e vai ser lançado pela Agência Espacial Europeia (ESA) em 2009 ou 2010. Este será o primeiro objecto espacial que, para realizar a sua missão, não girará à volta da Terra mas do Sol. O «Solar Orbiter» vai examinar as regiões menos conhecidas do Sol e poderá ajudar a prever a actividade solar e a sua influência sobre o clima terrestre. Segundo os especialistas, uma pequena alteração na intensidade da energia solar, entre 0,5 e 1 grau centígrado, pode produzir um aquecimento ou esfriamento na Terra. ELECTRÓNICA Animais de estimação com microchip O Parlamento Europeu (PE) aprovou, esta terça-feira, uma proposta sobre o Regulamento que vai enquadrar legalmente as deslocações, sem âmbito comercial, de animais de estimação entre Estadosmembros da União Europeia (UE). Até entrar em vigor, em 2010, os proprietários de animais de estimação têm de escolher se querem identificar o seu «melhor amigo» com uma tatuagem claramente visível ou com um microchip electrónico. A identificação deverá conter o nome e a morada do proprietário do animal. O Parlamento decidiu ainda proibir as viagens de cães com menos de três meses, idade mínima exigida para vacinação. O PE aprovou ainda a iniciativa de estabelecer controlos mais rigorosos para os animais provenientes de países terceiros. O projecto de regulamento enumera os animais que ficam cobertos pelo documento: cães, gatos e furões, entre outros. INTERNET/ PORTUGAL Número de assinantes supera média europeia Segundo números divulgados pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), a taxa de penetração do serviço de acesso à Internet, no 2º trimestre de 2002, atingiu os 43 por cento, um valor que em igual período do Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. A penetração da Internet em Portugal é já superior à que se verifica em termos médios na Europa, onde este indicador se situa nos 39 acessos por cada cem habitantes. Relativamente ao período homólogo do ano passado, o número de assinantes de serviços de acesso à Internet em Portugal aumentou 48 por cento durante o 2º trimestre de 2002, refere a ANACOM. Face ao trimestre anterior, acrescenta, o crescimento foi de 16 por cento. Do total de acessos à Internet registados, apenas 6 por cento (269 mil no período contabilizado) correspondiam a serviços de banda larga, como cabo ou ADSL (Asymetric Digital Subscriber Line). No entanto, apesar de muito inferiores a outros tipos de acessos, os dados da ANACOM indicam que o crescimento desses serviços no trimestre referido foi de 122 por cento. Em conjunto, os acessos à Internet de banda larga representavam 56 por cento do total de serviços pagos. Os números da ANACOM mostram ainda que no final do 2º trimestre de 2002 encontravam-se registadas 53 entidades para a prestação do serviço de acesso à Internet, 30 das quais em actividade, 14 ainda não operacionais, e nove inactivas (por terem cessado ou suspendido a actividade). 3 ÁUDIO E VÍDEO – Leitor de CD’s Portátil Já lhe apeteceu ouvir um cd quando viaja de carro mas não poder porque o seu auto-rádio não tem leitor de CD’s, e para ouvir tem de fazer a copia do CD para uma cassete o que é aborrecido pois se tiver muitos CD’s. O circuito que lhe mostramos aqui é a solução ao seu problema, mas para isso necessita de um leitor de CD’s portátil, para colocar os CD’s e de este aparelho para ligar á saída dos “headfones”ou ao “line out”se o seu leitor de CD’s tiver, para ligar ao auto-rádio. Para construir este aparelho vai necessitar de uma cassete de radio para colocar este circuito dentro da própria. Colocar o circuito feito no interior de uma cassete de áudio. A cabeça de leitura deve ser colocada no cimo da cassete de modo que quando esta seja colocada no auto-rádio fique tocando na cabeça de leitura do próprio auto-rádio. Entre o circuito e o jack use um fio de comprimento mínimo de 50cm. Lista de Componentes: Duas resistências de 820Ω Dois Condensadores de 15n Um jack estéreo Uma cabeça de leitura de cassetes Uma cassete Agora instala-se outro problema ao usar o leitor de CD’s no carro faz com que gaste muitas pilhas e muito dinheiro o melhor era ter um adaptador para ligar ao isqueiro do carro e alimentar assim o leitor. Aqui tem um pequeno e fácil adaptador para ligarem ao leitor depois colocam este circuito dentro de uma ficha para ligar ao isqueiro e na outra ponta a ficha para ligar ao seu leitor. Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 4 ÁUDIO E VÍDEO - TV-Video ServiceMode (Parte II) Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 5 Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 6 Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 7 Stef_no1 Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 8 ROBÓTICA & MICROBÓTICA - Dicas para a Construção de Robots Passos de Desenvolvimento 1 - O que você deseja que o robot faça ? É vital que você desenvolva um claro e detalhado entendimento sobre a tarefa exacta que o seu robot deve executar. A declaração desta tarefa, é a fonte principal de onde todas as outras decisões sobre como projectar o seu robot devem fluir . 2 - Qual é o meio mais simples de executar esta tarefa ? O modo como você responde a esta questão, pode determinar se o seu trabalho de desenvolvimento será fácil ou impossível, então seja extremamente honesto. Pode parecer heresia, mas as vezes a solução mais simples é usar outro mecanismo, não um robot... 3 - Qual plataforma mecânica é necessária ? Uma vez conhecido o problema e chegada a uma aproximação da solução, qual a bateria, base, arranjo de actuadores, etc., serão utilizados ? A realidade prática imposta nesta tarefa de escolha e aplicação, vai geralmente forçar você a repensar suas outras decisões. 4 - Que informação seu robot precisa ? Antes de escolher os sensores que vão fornecer dados ao seu robot, pense "abstractamente" sobre o que seu robot precisa saber. Isso vai lhe dar um melhor direccionamento sobre como escolher seus sensores. 5 - Quais sensores podem fornecer esta informações de maneira mais efectiva ? O robot utiliza os dados destes sensores para responder a questões sobre seu comportamento. O robot escolhe entre possíveis acções, baseado nas respostas a estas questões. Então, no geral, um sensor que pode responder a uma questão relevante de forma directa, é mais indicado do que um sensor cuja saída precisa de mais interpretação. Um robot que funciona de forma efectiva, geralmente nunca é desenvolvido de uma vez só. Você precisa fazer muitas revisões, mais protótipos, testes, e "reengenharia". nele, isto é inevitável. - Jamais use PIC's ou Basic Stamp's, são caros e são porcarias !!! Use os AVR e 80XX51da Atmel... - Estude muita electrónica !!!!!! Se você não tiver bons conhecimentos em electrónica, ficará muito limitado na construção do seu projecto. - Dimensione e reflicta com muita clareza sobre a quantidade de peso que o seu robot vai carregar, quanto maior o peso mais fortes devem ser os motores e mais poderosa deve ser a bateria que será usada. Outras dicas - Se você estiver com "saco cheio" do seu robot, dê um tempo para ele e para si mesmo. Fique umas semanas sem "olhar para a cara dele". Mas nunca desista !! Jamais tente aquecer engrenagens plásticas para endireitá-las. O resultado é desastroso ! - Participe de listas de discussão sobre robótica, são óptimas para aprender com o pessoal que já sabe. - Infelizmente, a mecânica é a parte mais difícil e mais frustrante. Se você não consegue construir a parte mecânica do seu robot a partir de sucata ou se você "acabou" com a sua sucata tentando construir algo, guarde algum dinheiro e compre motores com redutores já prontos, compre rodas, e etc. - Navegue muito, pesquise muito !!! Só o conhecimento liberta !!! - Se você quer um robot mais sofisticado, terá de investir algum dinheiro Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. - Documente absolutamente tudo que você faz !!! Tenha escrito tudo, desde as cores dos fios dos seus motores até o esquema do conversor A/D que você usou em algum sensor Publicado em "Mobile Robots - Inspiration to implementation" - 2nd Ed. 9 INFORMAÇÃO GERAL - Cuidados a ter com Baterias Ni-Cd As pilhas ou baterias recarregáveis, encontradas cada vez com mais facilidade em lojas, são formadas basicamente pelos materiais Ni (níquel) e Cd (cádmio). Podem ser recarregadas por aproximadamente 1000 vezes e para que a vida útil desses componentes não seja afectada, devemos tomar alguns cuidados, referentes à carga, descarga, armazenamento e, já no final de suas vidas, o que faremos com elas. Nível de descarga – Uma vez já carregadas (1,25 Volts), recomenda-se uma recarga antes que se complete a exaustão, tomando como base uma tensão de 1,1 Volt por elemento (pilha). Mas essa tensão pode variar conforme a corrente de descarga, ou seja, onde essas pilhas estiverem ligadas. Portanto, muitos recomendam recarregar as pilhas logo o aparelho deixe de funcionar, o que no nosso casso, se torna uma coisa obviamente inviável, o que cria certo problema com o item abaixo. Memória – As pilhas Ni-Cd, principalmente as mais antigas, possuem certo nível de “memória”, ou seja, se forem recarregadas várias vezes quando o nível de carga estiver a 70% por exemplo, tendem a cair abruptamente a 0 Volts quando sua tensão em operação chegar à esse valor. Portanto, devemos “reciclar” as baterias periodicamente, para evitarmos surpresas na hora que mais precisarmos delas. Essa reciclagem poderá ser feita com um aparelho reciclador apropriado, ou então com o próprio aparelho em uso, sempre tomando cuidado para não deixar a tensão cair muito abaixo de uma “tensão segura”. Geralmente isso se dá quando o aparelho apresentar mau funcionamento por alimentação. Inversão de Polaridade – Isso é um dos problemas que mais ocorre nos “packs” (conjunto de pilhas soldadas ou não entre si e que funcionam juntas) de pilhas Ni-Cd, quando um dos componentes (pilha) se descarrega mais rápido que o resto do conjunto. Como a corrente eléctrica só flui em um sentido, esta forçará uma corrente inversa por esta pilha, que “carregará ao contrário” e apresentará Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. uma polaridade inversa, como se estivesse fisicamente invertida e quando colocada em recarga, esta não mais receberá correctamente a corrente e consequentemente não se carregará mais. Isso poderá ser verificado com um voltímetro e o que poderá ser feito, se esse problema for detectado rapidamente e desde que a pilha não esteja em más condições (esgotada ou vazando), é, com o auxílio de uma fonte de alimentação com mais ou menos 10 vezes o valor da pilha (12Volts), dar um “choque rápido” na pilha, raspando rapidamente o positivo da fonte com o positivo da pilha e o negativo da fonte com o negativo da pilha. Isso deve ser feito com o “pack” desligado do aparelho, sempre respeitando a polaridade das pilhas e nunca deixando que elas aqueçam. Uma faísca será visualizada na primeira vez que isso for feito. Após esse “ressuscitamento” o “pack” deverá ser colocado logo em carga. Carga – As pilhas de Ni-Cd, estarão completamente carregadas (1,4 Volts aproximadamente) por um período de 12 a 16 horas, quando submetidas à uma corrente de 10% do valor desta, em mA/h., ou seja, 10 para pilhas de 500 mA/h usaremos 50mA, 600mA/h usaremos 60 mA e assim por diante. Esse será o processo de “carga lenta” , geralmente indicado pelos fabricantes como processo ideal de recarga. Outros tempos e outras correntes podem carregar as pilhas, como por exemplo os processos de “cargarápida”, porém elas tendem a aquecer nesses processos e temperaturas acima de 40ºC. devem ser evitadas ou cairemos no problema do item abaixo. Temperatura Alta – A 0º.C, a auto-descarga é praticamente nula. Com uma temperatura acima de 50ºC. a auto-descarga é assustadoramente alta e isso, ocorrendo de forma irregular e desordenadamente, poderá acarretar o problema de “Inversão de Polaridade”, quando o equipamento for ligado. Portanto altas temperaturas devem ser evitadas. Evite guardá-las em locais quentes ou sob luz directa do sol, como por exemplo, dentro do carro. Sempre que possível, deveremos acomodar equipamentos alimentados por essas baterias dentro de “Bolsas Térmicas” e em locais mais arejados possíveis. Construção de um “Pack” – Para a construção de um “pack” ou a troca de uma pilha defeituosa de um “pack” já pronto, devemos tomar certos cuidados referentes à Temperatura / Tempo de soldagem dessas pilhas. Previamente o local de soldagem deverá ser limpo com Benzina ou mesmo álcool, ou ainda, raspado com “Bom Bril ®”. Um ferro de soldar de mais ou menos 100 Watts e uma solda de óptima qualidade devem ser usados. A soldagem deverá ser feita o mais rápido possível, afim de se evitar que a pilha se esquente demasiadamente. Soldas frias acarretarão problemas de mau contacto o que inviabilizará o trabalho. Por fim, uma última e mais importante dica e alerta: A química interna das pilhas Ni-Cd é extremamente prejudicial à saúde !!! Isso mesmo, podendo até mesmo ficar com Cancro. Portanto cuidado ao manusear pilhas muito velhas e/ou vazando. Isso também vale para as baterias de telefones Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. celulares. Nos Estados Unidos estas pilhas, após esgotadas, são devolvidas às fábricas que se encarregam de destruir ou reciclá-las. Aqui no Brasil, como tudo “acaba em pizza”, não sabemos como e o que fazer com elas. Alexandre Costa 11 INFORMAÇÃO GERAL - Reparação de um Ferro de Engomar (Parte I) Explicação detalhada de uma reparação num ferro de engomar. Modelo que serve apenas de exemplo. É um equipamento recente e vai ser demonstrado o grau de dificuldade na reparação do mesmo. Vamos descrever passo a passo todos os métodos e análises a seguir para efectuar uma reparação de acordo com os conhecimentos adquiridos nos dois módulos anteriores. Nota: Avaria; não aquece. 1ª – Fase: - Analisar o equipamento de descobrir os pontos de fixação do mesmo. - Remover os parafusos que estejam a vista. Utilizar a chave apropriada para a remoção dos dois parafusos que se encontram na tampa traseira assinalados pelas setas. Esta chave tem de ser de acordo com o tipo de parafusos que vamos desapertar Depois de removida a tampa traseira, na imagem pode ver-se a tampa traseira mais os dois parafusos de fixação. Na figura que se segue pode ver-se mais em pormenor a parte traseira do ferro, onde se vê a ligação do cabo à base do equipamento. Existem quatro fios: Azul = Neutro Verde e amarelo = Terra (protecção) Castanho = Fase Preto = Ligação à lâmpada indicadora de aquecimento Todos estes fios estão inseridos numa placa de ligação que encaixa directamente na base do equipamento. Ao remover estes fios removemos a placa que os retira ao mesmo tempo. Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 12 2ª Fase Verificar a parte frontal do aparelho onde está alojada a fixação. Esta fixação pode ser por parafuso ou por encaixe. Para isso temos que descobrir onde ela está e que tipo de fixação tem. Devemos por isso analisar o equipamento. Depois de analisar a figura podemos concluir que o primeiro material a ser retirado é a tampa de enchimento de água. Porque podem estar alojados parafusos debaixo dela. Uma vez removida a tampa, não são visíveis ainda os parafusos, portanto continuamos a procurar. Deve-se tentar remover com cuidado a tampa que se encontra sobre o bico de água que serve para pulverizar a roupa. Este processo deve ser feito com muito cuidado para não danificar nem amolgar os plásticos. Para isso utilizamos uma chave de fendas para auxiliar a remoção da tampa. Aparece finalmente um parafuso de fixação (a seta mostra onde se encontra). Mas para o remover vamos ter que retirar o bico que encaixa na tampa que retiramos. Deve-se ter em atenção os componentes que se encontram no seu interior para não se perderem. Em geral são de forma muito pequena e difícil de encontrar. Por isso recomendamos muito cuidado no manuseamento dos mesmos. Agora uma vez que o parafuso já se encontra à vista e desimpedido, vamos proceder à sua remoção com a ferramenta adequada para o mesmo. Após esta fase ficamos já com a tampa superior desprendida da base. Assim vamos passar à fase seguinte e vamos remover o que ainda está a prender a tampa à base. 3ª Fase Remoção da cablagem que esta a prender a tampa à base. Para remover esta placa de ligações, temos que retirar primeiro uma pequena tampa que se encontra na parte superior junto ao botão do termóstato. Deve-se ter cuidado para não partir os encaixes. Vamos agora remover a placa de ligações que já esta desimpedida. JoDaFa Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 13 INFORMAÇÃO GERAL - Na Internet A nossa revista é preparada com certa antecedência e a Internet é extremamente dinâmica. Páginas e sites que hoje estão acessíveis, em poucos dias podem ser retirados ou mudarem de endereço. É comum que as pessoas alguns meses depois da edição da revista não encontrem mais a documentação desejada, principalmente quando ela se encontra em sites pequenos ou de pessoas físicas. Por essas razões pedimos desculpa se algum site aqui referido já não esteja online quando o for visitar. Fabricantes de Sensores Entran http://www.entran.com Sensor Scientific, Inc. http://www.sensorsci.com Electronic Sensor Technology http://www.estcal.com International Sensor Technology http://www.gotgas.com Industrial Laser Solutions http://www.industriallasers.com Outros Sites Sobre Sensores Sensor Solutions http://sensorsolutioncorp.com Specialty Sensor Technologies http://www.generation.net/~w inslow/index.htm http://www.techexpo.com/ho me-pg.html Nissho Corp http://laser-sensor.com Sensor Guide http://members.aol.com/arpix 256/pages/sensor.html Neste endereço, clicando em Applications Circuits of Photo Sensors pode-se ter uma importante documentação em inglês para técnicos que irão trabalhar com este tipo de dispositivo. Alguns sites de Robótica Instrutech http://www.instrutech.com.br Harvard Robotics Lab http://hrl.harvard.edu Reletec http://www.reletec.com John Hapkins Robotic Lab http://caesar.me.jhu.edu Metropol http://www.foznet.com.br/em p/metropol Iowa State University http://cs.iastate.edu/~honavar/ aigroup.html Crow http://www.opustec.com.br/al armes/sensors.html Robotics and Control Page http://www.bu.edu/ame/ Aromat http://www.metaltex.com.br Elekit http://www.owirobot.com/ind ex.html Tudo sobre Fotosensores O uso de fotosensores (fotodíodos, fototransístores, acopladores ópticos, chaves ópticas e outros componentes semelhantes) exige cuidados especiais no projecto, tanto em função de velocidade de operação como da eventual necessidade de condicionar os sinais parra a correcta operação dos circuitos processadores. Como calcular circuitos com fotosensores com muitos exemplos práticos e circuitos, é o que podemos encontrar no site da Marktech OptoElectronics. O endereço é: http://www.markteckopto.co m/PhotoSensorAppNotes.html Robot-Store http://www.robostore.com Nasa http://img.arc.nasa.gov Laboratório de Robótica Móvel http://lrm.isr.ist.utl.pt Robótica Pedagógica http://www.ars.br/arshome/pr opobo.htm Robótica Educacional LEC/UFRGS http://www.psico.ufrgs.br/lec/ repositorio/robot EECS - ITA http://www.ele.ita.br/eecs.htm l Sensor Developments Inc Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 14 CURIOSIDADES - Memórias O que é uma memória PROM? Do inglês "Proglammable Read only Memory", que significa memória de apenas leituras programáveis, são memórias ROM que podem ser programadas pelo próprio usuário. Normalmente são adquiridas no estado virgem (não programadas). Muitas memórias PROM são fabricadas sob a forma de matriz de díodos, porém com díodos presentes em todos os cruzamentos das linhas com as colunas. Nestas condições uma memória PROM, virgem, apresenta sempre o nível lógico 1, para qualquer que seja o endereço seleccionado. A programação consiste simplesmente em eliminar os díodos colocados nos cruzamentos onde desejamos ter nível lógico 0. Algumas memórias possuem também um fusível em série com o díodo, sendo que para programá-la, devemos fazer circular uma corrente eléctrica suficientemente alta para romper (queimar) este fusível. O que é uma memória EPROM? Do inglês "erasable PROM" que significa PROM apagável. Em outras palavras podemos dizer que as memórias EPROM são memórias que podem ser apagadas e reprogramadas. A tecnologia empregada na fabricação das memórias EPROM é a FAMOS ("Floating-gate Avalancheinjection MOS"). Cada elemento de memória de uma memória EPROM FAMOS consiste de uma pequena barra de silício, localizada entre o dreno e o supridouro de um transístor de efeito de campo MOS. Essa pequena barra de silício não tem qualquer ligação com o dreno ou o supridouro do transístor, nem mesmo externamente. Daí o nome de porta flutuante (floating-gate). Durante o processo de programação, aplica-se um pulso de tensão fortemente negativo entre o dreno e o supridouro, o qual irá provocar uma injecção de eléctrons na porta flutuante, tornando a porta flutuante electricamente carregada. No processo de apagamento da memória, os raios ultravioletas criam um efeito de ionização. Este efeito faz com que o excesso de eléctrons presentes na porta flutuante volte ao substrato. O que seria a arquitectura destas memórias (poderia exemplificar?) e quais a diferença entre elas? A arquitectura espero ter respondido nas linhas acima, no entanto, visualizar um desenho exemplificando a formação da matriz destas memórias (com díodos, fusíveis ou até transístores MOS), as vezes torna mais fácil a compreensão do que tentar imaginar tudo apenas com palavras. Quanto as diferenças, a mais marcante é que as memórias PROM, uma vez Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. programadas, não podem mais ser reprogramadas ou apagadas. Já as memórias EPROM, possuem sobre o CI uma janela, onde devemos submetê-las a raios ultravioletas, para que voltem a ser virgens novamente e possam aceitar nova programação. Hoje em dia, as mais utilizada sao as EEPROM, que são EPROM's apagadas electricamente, ou seja, enviamos um pulso eléctrico nos transístores de efeito de campo, para eliminar a carga armazenada. EEPROM vs Flash A diferença básica entre memória EEPROM e a FLASH é a seguinte : A estrutura básica da célula de EEPROM é mais complexa do que a da FLASH, pois permite o apagamento selectivo de apenas um byte se necessário. Com isto o preço de sua produção é elevado. A FLASH tem uma estrutura básica de célula simplificada, o que reduz o custo de produção. No entanto só pode ser apagada em blocos, cujo tamanho varia de acordo com o modelo e ou fabricante. Portanto a memória FLASH é uma alternativa mais económica, e a tendência é que a memória EEPROM fique restrita ao uso de memórias de acesso serial, para o armazenamento de parâmetros, sendo substituída pela FLASH. 15 CIRCUITOS VÁRIOS Dois led's de 5mm Conector para pilhas Nesta figura tem um esquema de um preamplificador de áudio Na figura de cima mostra um simples circuito para criar um detector de escuro. No circuito em cima referido o alto-falante tem de ser de 8 ohms e bastará pressionar S1 para a sirene funcionar. Uma ponte H-H serve para reverter a polaridade de um motor C.C. e consequentemente mudar a direcção deste. Nos pinos 1 e 2 coloca-se os níveis 0 ou 1 para obter as direcções : Pinos 1/ 2 níveis 0/1 Direcção X Pinos 1/2 níveis 1/0 Pinos 1/2 níveis 0/0 Parado Direcção oposta de X Esta figura mostra-nos um flip-flop ou se preferirem um pisca-pisca. Componentes usados: R1, R2, R3, R4 --------1KΩ C1, C2 ------------------ 1nF Q1, Q2, ------------- BC547 Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 16 CIRCUITOS VÁRIOS Controlo de Velocidade DC O circuito fornecido permite o controlo directo de um pequeno motor de corrente contínua até 250mA. O componente básico empregado é um amplificador operacional de potência que neste caso, é alimentado com uma fonte simples de 6V. O controlo é feito nos dois potenciómetros, sendo que P1 determina a referencia de velocidade. O díodo é de uso geral e os demais componentes não são críticos. Fonte de Alimentação +5Vcc -5Vcc 4mA Este circuito usa um conversor CI LT1110 DC-DC para criar uma fonte de alimentação de +5v dc e -5v dc a partir de uma pilha de 1.5V dc. Este circuito fornece cerca de 4mA em cada saída. L1 é uma bobine Coilcraft 1812LS-823 Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 17 CIRCUITO DO MÊS - Programador JDM Nesta edição apresentamos como circuito do mês um simples programador de pics. Software aconselhado: IC-Prog Este programa encontra-se no nosso site (www.circuitos.pt.vu) na secção "Programas de Electrónica" Componentes usados: DB-9 Ficha 9 pinos fêmea - para ligação á COM SOQ. 18DIL Suporte para circuito integrado 18 pinos dil maquinado Cabo 5 condutores blindado para computador R1 Resistência carvão 1/4W - 10K - 5% Tol. (castanho, preto, laranja, ouro) R2 Resistência carvão 1/4W - 1,5K - 5% Tol. (castanho, verde, vermelho, ouro) R4 Resistência carvão 1/4W - 4,7K - 5% Tol. (amarelo, violeta, vermelho, ouro) C1 Condensador electrólitico 100uF x 35V C2 Condensador tântalo 22uF x 16V D1 Led comum 5mm D3,D4,D5,D7 Díodo silício - 1N4148 ou equivalente D2 Díodo zener 5V1 D6 Díodo zener 8V2 Q1,Q2 Transístor de silício - NPN - BC 547B ou equivalente Uma possível forma de colocar os componentes na pcb Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 18 ANUNCIOS Vendas: Vendo cópias do programa OrCAD (desenho de circuitos e pcb's) versão 9.1 e do Borland C++ versão 4.02 por 3.50 Euros cada CD mais os portes de envio á cobrança. Mande um e-mail com o seu nome e morada para [email protected] Vendo CDs com conteúdo dedicado á Electrónica: programas, datasheets, e muitas outras informações e utilidades. 7 Euros mais os custos de envio á cobrança. Contacte-me por e-mail: [email protected]. Visite também o meu site em http://xelectronicax.no.sapo.pt Vendo todo o tipo de acessórios e componentes para reparação de telemóveis. Contacto: Tlm:919783719 [email protected] Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta mandar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu contacto. Outros: Diodo ® - Comércio e Industria de Material Electrónico, Lda. Diodo Electronic Rua Santa Teresa, nº 8 4050-537 Porto Tel. +351-223 395 230/3/4 Fax +351-223 395 239 Aquário - Comércio de Electrónica, Lda. Sede, Componentes Electrónicos Rua da Alegria, 93A, B, 95 4000-042 Porto - Portugal Tel. 223 394 780 (6 linhas) Fax. 222 001 379 (Geral) URL: www.aquario-cel.pt Pilar - S. I. I. Lda. Informática e Telecomunicações Software / Hardware / Redes Formação em Informática Paulo Matos Tel. 919 687 668 E-mail: [email protected] Centro de Assistência Técnica Braga Representante Oficial: Panasonic, Technics, Saba, Thomson, Grundig, Samsung, Sanyo, Saeco, Jvc, Toschiba, Firstline, Bluesky, Seg, Basicline, etc... Américo Gouveia Rua dos Congregados, n.º 95 4710-370 Braga Tel: 253 218 088 Fax: 253 251 166 E-mail: [email protected] Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 19 DATABOOK - Informações de diversos IC’s Circuitos Magazine N.º2 Nov/2002. 20 Ano 1 N.º 3 Janeiro/2003 Edição Gratuita Electrónica & Robótica Saber como usar os diversos aparelhos de teste e medida Aprender a identificar diversos tipos de componentes Aprender a desenvolver circuitos Jan/03-03 Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 1 Periodicidade: Bimestral Director: José Xavier Redacção: José Xavier Ilustração: Miguel Maia 3 NOTICIAS Pesquisa: José Xavier e Miguel Maia 5 ÁUDIO E VÍDEO Colaboradores: Carlos Santos, JoDaFa, Marcos Matos e Silvia Marinho Manutenção de Unidades de CD (Parte I) TV-Video ServiceMode (Parte III) 11 ROBÓTICA & MICROBÓTICA Propriedades e Direitos A propriedade do título Circuitos Magazine é de X@vi Electronics. Direitos de autor: Todos os artigos, desenhos e fotografias estão sob a protecção do Código de Direitos de Autor e não podem ser total ou parcialmente reproduzidos sem a permissão prévia dos seus autores. MicroFAQ 13 INFORMAÇÃO GERAL Microcontroladores SCENIX Reparação de um Ferro de Engomar (Parte II) Na Internet 17 CURIOSIDADES Funcionamento de Modems (Parte I) Internet Web site: www.circuitos.pt.vu E-mail: [email protected] (questões técnicas) E-mail: [email protected] (informações) 19 CIRCUITOS VÁRIOS Aviso Esta revista destina-se somente a fins educativos! Não nos responsabiliza-mos por qualquer dano que possam causar, ou pelo uso indevido das informações aqui contidas. Nem todos os circuitos aqui apresentados foram experimentados por nós. Não serão aceites reclamações! 21 CIRCUITO DO MÊS Oscilador de 5MHz Indicador de Estado de Bateria Carregador de Baterias de 12V Controlo de Velocidade de Motor CC Sensor de Proximidade por Infravermelhos Dado Electrónico Lâmpada Nocturna Gerador de Sequência 22 ANUNCIOS 23 DATABOOK Informações de diversos IC’s Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 2 NOTICIAS TECNOLOGIA IBM anuncia o circuito integrado mais pequeno do mundo A técnica, denominada «cascata molecular», permitiu aos investigadores da IBM fazer funcionar elementos digitais lógicos com um tamanho cerca de 260 mil vezes inferior aos elementos utilizados nos microprocessadores mais modernos actualmente disponíveis no mercado. Estes circuitos foram desenvolvidos graças a moléculas de monóxido de carbono dispostas sobre uma superfície de cobre. «Trata-se de uma etapa marcante na investigação de circuitos informáticos à escala do nanómetro», considerou Andreas Heinrich, físico do Centro de investigação Almaden da IBM situado em San José (Califórnia) e co-autor do artigo publico quinta-feira na Science Express, a edição electrónica da revista norte-americana Science. «A cascata molecular não é apenas um novo método para o cálculo informático, é também a primeira vez que todos os componentes necessários ao cálculo informatizado à escala do nanómetro foram fabricados, ligados e funcionaram», acrescentou o investigador. Um nanómetro equivale a um milésimo da milionésima parte do metro. RÓBOTICA Portugueses desenvolvem cadeira de rodas autónoma Investigadores portugueses do Instituto de Sistemas e Robótica (na foto) do Departamento de Engenharia Electrotécnica da Universidade de Coimbra trabalham há cinco anos numa cadeira de rodas robotizada capaz de se mover autonomamente sem colidir com obstáculos. A Robchair, assim se chama, responde a comandos de voz como «para a frente», «para trás», «para a direita» e «para a esquerda». Os sensores de infravermelhos possibilitam uma mobilidade sem acidentes, nem choques. Idosos com dificuldades de locomoção, doentes mentais ou portadores de deficiências físicas são algumas das pessoas que poderão melhorar a sua qualidade de vida com a Robchair. Actualmente, os investigadores desenvolvem a segunda fase do projecto que tem como objectivo expandir a autonomia da cadeira, dotando-a do poder de tomar decisões baseadas no ambiente por onde se desloca. Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. Está também prevista a incorporação de capacidades de navegação autónoma/semi-autónoma para ambientes exteriores. 3ª GERAÇÃO NTT DoCoMo introduz telemóvel com duas câmaras A NTT DoCoMo anunciou esta semana o lançamento do P504iS, o novo telemóvel da marca com duas câmaras embutidas. O novo telemóvel pertence à série 504iS que introduziu um serviço avançado de imode, com transmissão de dados a uma velocidade de 28.8 Kbps, comunicação por infravermelhos e capacidades Java. O novo P504iS pode ser usado com o popular serviço i-shot, que permite a transmissão de fotografias tiradas com telemóveis compatíveis. O mais recente telemóvel da DoCoMo oferece um ecrã TFT de 2.1 polegadas e 65536 cores e um subdisplay com 1.1 polegadas. O P504iS mede 18.8 mm fechado, o que faz dele o dispositivo da marca, com câmara incorporada, mais fino do mercado. Uma das câmaras, de 110 mil píxeis, está localizada no exterior do aparelho e destina-se a fotografias em grupo ou de paisagens, a segunda câmara está localizada no interior e foi concebida para tirar autoretratos. 3 INFORMÁTICA Intel comercializa o chip mais potente do mundo Esta tecnologia, Hyper-Threading (HT) Technology, utilizada pela primeira vez num microprocessador para computador pessoal (PC), permite ao utilizador trabalhar sobre várias aplicações ao mesmo tempo sem abrandar a máquina, gravando, por exemplo, música em CD ao mesmo tempo que edita filmes pessoais, refere um comunicado da Intel. Com esta tecnologia, e ao nível do software, é como se existissem dois chips separados, o que faz aumentar a velocidade de execução dos comandos. A Intel, número um mundial em microprocessadores, estima que a performance de um PC possa ainda ser aumentada em 25 por cento. «Da mesma forma que as pessoas fazem várias coisas ao mesmo tempo para serem mais produtivas, nós queremos que os nossos PC façam a mesma coisa», sublinhou Louis Burns, da Intel. A Dell e a Gateway anunciaram que vão disponibilizar de imediato computadores pessoais equipados com o novo chip da Intel. O Pentium 4 com uma frequência de 3,06 GHz custa 637 euros por lote de mil unidades. JAPÃO Sony inspecciona fornecedores para reduzir a contaminação Cerca de 500 funcionários da Sony no Japão iniciaram as inspecções em 64 armazéns e nas quais se procuram substâncias como o cádmio (metal) e se verifica se a empresa usa sistemas de protecção do meio ambiente, refere o diário «Nihon Keizai». Os exames ficarão concluídos em Março de 2003 e as empresas que não cumpram com pelo menos 80 por cento das especificações ambientais da Sony serão instadas a melhorar o seu nível de preocupação ecológica ou poderão ver os seus contratos terminados. Em 2001 o Governo holandês impediu o envio de 1,3 milhões de consolas de videojogos PlayStation «PS One» fabricadas pela Sony Computer Entertainment depois de detectar altas concentrações de cádmio, substância com efeitos cumulativos semelhantes aos de envenenamento por mercúrio. Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. VISÃO POR COMPUTADOR Instituto Superior Técnico premiado pela IBM João Maciel, de 29 anos, licenciado e doutorado pelo Instituto Superior Técnico (IST), recebe o «Prémio Científico IBM 2001» no valor de 15 mil euros. «Correspondência robusta de pontos em sequências com imagens - solução óptima global usando minimização côncava», é o título do trabalho do investigador. «A visão por computador é uma área da engenharia que tenta fazer com que os robôs e os computadores simulem o sentido de visão dos humanos, conseguindo extrair informação do mundo circundante através de câmaras», explicou João Maciel. Agora, o sistema vai começar a ser comercializado e usado na prestação de serviços a empresas. A presidir a entrega do prémio vai estar o secretário de Estado da Ciência e da Tecnologia, Manuel Fernandes Thomaz, bem como, o administrador delegado da IBM portuguesa, Joaquim de Oliveira e o presidente do IST. 4 ÁUDIO E VÍDEO – Manutenção de Unidades de CD (Parte I) Inicialmente quero dizer que o objectivo principal deste trabalho é proporcionar uma base fundamental nos processos técnicos de manutenção de aparelhos de CDs genéricos. Para tanto, será necessário recorrermos a uma base teórica indispensável para um melhor entendimento do trabalho de manutenção, visto que todos têm um mesmo princípio, as diferenças entre eles serão oportunamente comentadas. Este material será uma soma de várias literaturas especializadas, manuais de serviços e um pouco da experiência acumulada nestes 14 anos de trabalho. Não é necessário dizer que o assunto não se esgotará aqui, já visto sua complexidade e contínuo aprimoramento. Assim, espero que a obra seja útil a todos os colegas da classe! Introdução Antes de falar sobre tecnologias de CD, vale lembrar que, ao contrário do que muitos pensam, as pesquisas e experimentos com a luz servindo como veículo de informação datam de antes do início da década de 20. O próprio Einstein, já em 1917, desenvolveu fantásticas teorias sobre o efeito fotoeléctrico e emissão estimulada por radiação, teorias que seriam tomadas como base para muitos dos futuros estudos sobre laser. Muitas anos depois se conseguiu o domínio do laser, hoje algo comum na vida de todos nós. Sem dúvida alguma o advento do compact disc representa para todas as pessoas ligadas ou não ao mundo tecnológico um marco na evolução das técnicas de leitura e gravação de informações. Em 1967 registraram-se os primeiros experimentos quanto a gravação digital do som, desenvolvida pela NHK Techical Research Institute. A técnica ficou conhecida como PCM (Pulse Code Modulation). Em meados de 1972, a Denon, uma divisão da mega empresa Nippon Columbia fez em definitivo a primeira gravação digital para servir de matriz a um LP: nascia o primeiro disco pseudo-digital. Baseadas nestes experimentos três empresas japonesas (Sony, Mitsubishi e Hitachi) desenvolveram o primeiro equipamento DAD (Digital Audio Disc). Em 1977 estas mesmas empresas demonstraram publicamente o novo sistema que, comparado com o actual CD, era um tanto ou quanto primitivo, pois utilizavam discos do tamanho de LPs comuns e com pouca capacidade (cerca de meia hora de musica contínua). O disco laser tal como conhecemos hoje surgiu nos laboratórios da Philips em Eindhoven, Holanda. Foram nestes laboratórios que se aprimoraram as técnicas de gravações ópticas e digitalização de dados. A Sony, empresa que também desenvolvia pesquisas nesta área tecnológica, em meados de 1980 uniu-se à Philips para a troca e soma de tecnologias e assim, juntas, criam o que o mundo conheceria como CD player. Nesta divisão de trabalho, a Sony se dedica ao desenvolvimento de todo o software do sistema (algoritmo) enquanto a Philips se aplicava ao projecto de hardware. A apresentação oficial do CD para mundo só ocorreu em outubro de 1982, quando levado para Tóquio e apresentado num stand de novidades internacionais de tecnologia (All Japan Audio Fair), que logo consolidou-se como a revelação do ano. Nesta feira de áudio foram lançados 30 modelos de toca-discos digitais e 145 títulos de discos produzidos pela CBS/Sony e por gravadoras européias lideradas pela Polygram. Em março de 1983, a novidade tecnológica entra na Europa e brilha em Paris. Nos EUA o áudio digital só chegou em junho de 83, no Consumer Electronics Show, realizado em Chicago. Os primeiros modelos comercializados tiveram preços que variavam entre U$ 900 e U$ 7.500. A abertura de vendas, em nível mundial, só ocorreu no final de 83. Em 1984, a Sony lançou o Discman , anunciado como o sucessor do Walkman - e que na verdade frustraria a todos. Ao final de 5 anos, já haviam sido vendidos mais de 30 milhões de leitores de CD e aproximadamente 450 milhões de discos digitais. Para nós simples mortais do Brasil, a Philips lançou em outubro de 84 o primeiro CD player (CD-204) que chegou as lojas em novembro, vencendo a corrida contra a Gradiente, que só lançou seu modelo no natal daquele ano. Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 5 É notória e indiscutível a superioridade do compact disc sobre os aparelhos analógicos, porém esses equipamentos de alta tecnologia, grande precisão e incrível fragilidade têm uma duração muito menor do que realmente gostaríamos. Enquanto os discos ópticos duram décadas, o leitor poderá durar apenas algumas mil horas! É isso mesmo, muitos destes, durante o uso, já apresentam problemas muito antes de completar sua primeira milésima hora . Só para esclarecer, uma unidade óptica era projectada, no início, para durar até 10.000 horas. Infelizmente, na prática, pelo mau uso e com a queda de qualidade da produção, estas unidades duram entre 3.000 e 5.000 horas, com optimismo. Assim, pagamos um preço alto pelos benefícios do laser. A troca da unidade é algo crítico devido a seu preço, as unidades de CD mais baratas custam cerca de US$ 42 , já unidades de CD-ROM tem valores mais elevados, em torno de US$ 58, e as unidades de DVD podem superar a quantia de US$ 200. No caso de unidades ópticas de CD-R o problema é maior, visto que no modo gravação aumentamos a corrente sobre o díodo laser, desgastando-o mais rapidamente. É importante dizer que nem sempre a falha de leitura se dá por esgotamento do cristal oscilador, principalmente quando as unidades são mais novas. Existem muitos outros factores, como sujeiras e oxidações, que geram problemas idênticos, sem falar na necessidade dos ajustes. Por todas essas razões veremos durante nossa série de aulas como proceder para uma manutenção correcta nestas frágeis unidades, com alguns cuidados podemos mantê-las funcionando por mais tempo. Como não poderia faltar, a padronização do CD-DA (áudio) veio rápido. Para sua internacionalização através de códigos e normas, adoptou-se o padrão Red Book A origem deste nome deve-se a um fato pitoresco: todas as anotações dessa tecnologia eram feitas em livros de capa vermelha. Com o passar dos anos e o aparecimento de novos formatos de CD, obviamente, houve a necessidade de novas padronizações, as principais que regem o mundo do CD são: CD-DA (1982): Red Book CD-ROM (1985): Yellow Book CD-I (1987): Green Book CD-ROM MO/WO (1990): Orange Book DVD(1994): White Book Só a título informativo, as primeiras experiências com gravação de vídeo disco foram feitas nos antigos VLDs (Video Laser Disc). O processo básico de leitura/gravação era similar à tecnologia empregada hoje, mas as semelhanças param por aí. Os tamanhos do VLDs variavam de 7 a 30 cm (famosos bolachões). Num disco de 30 cm de diâmetro era possível colocarmos até 2 H de filme por lado. Oportunamente, serão feitas comparações entre estas várias modalidades de discos digitais. Por fim, fica fácil perceber que o advento do laser, junto a fotônica, representa o que o transístor proporcionou à electrónica no final da década de 40. Fernando Costa Kiszewski Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 6 ÁUDIO E VÍDEO - TV-Video ServiceMode (Parte III) Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 7 Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 8 Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 9 Stef_no1 Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 10 ROBÓTICA & MICROBÓTICA - MicroFAQ Nesta edição da revista colocamos uma pequena faq a explicar alguns termos da robótica. Basic Stamp I? complexo como um hexapod (um robot com seis patas que anda como um insecto). controlo como os flaps. São também utilizados em carros telecomandados, brinquedos e claro, robots. Robot? Os servos são muito úteis na robótica. Os motores são pequenos, já têm o circuito de comando imbutido e são extremamente fortes para o seu tamanho. Um servo normal, como o Futaba S148 tem Kg/m de binário, o que é muito bom para o seu tamanho. Também só absorve a corrente proporcional à carga mecânica. Então, um servo com pouca carga não consome muita energia. A sua ligação ao mundo exterior são três fios, +5V, a massa e o fio de controlo. Um microcomputador fabricado pela Parallax, programável em PBASIC, uma linguagem muito fácil de usar. No seu interior, estão incluídos uma memória EEPROM de 256 bytes, um relógio de 4MHz e um regulador de tensão de 5V. Aparelho electro-mecânico mais ou menos complexo, dependendo das suas funções ou da imaginação do seu criador. Há-os de vários tamanhos e formas, desde um braço robot de uma fábrica de carros a um super avançado andróide bípede, passando por vários tipos diferentes de robots pessoais. Uma grande vantagem deste circuito é o seu pequeno tamanho, muito útil para pequenos projectos. Outro ponto a favor é a versatilidade dos seus portos I/O, que podem servir de entrada tanto analógica como digital, como também de saída digital, por impulso ou com uma frequência. Pode funcionar de muitas maneiras diferentes: comandado por controloremoto, por computador ou pelo seu próprio cérebro electrónico. Este último é a forma de controlo mais interessante, pois permite um elevado grau de liberdade ao autómato, ideal para aplicações pequenas. Com estas funções, são possíveis várias aplicações práticas, como o controlo directo de um servo usando o modo de impulso, ou a leitura do valor de resistências, ligando estas à massa através de um condensador e sendo posteriormente lido o tempo de carga deste. Apesar de memória disponível ser pouca, é muito bem aproveitada pelo programa que carrega o código de controlo do BS1, sendo este capaz de comportar o código para controlar um aparelho muito Servo? Um Servo é um pequeno aparelho que tem um eixo de saida comandado. Este eixo pode ser posicionado numa posição angular especifica enviando-lhe um sinal codificado. Enquanto o sinal existir na linha de entrada, o servo manterá a posição do eixo. Quando o sinal codificado muda, também muda a posição angular do eixo. Na prática, os servos são utilizados em aviões telecomandados para posicionar superfícies de Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. Então como funciona um servo? O servo tem um circuito de controlo e um potenciómetro (uma resistência variável, aka pot) que está ligada ao eixo. Este pot dá a possibilidade ao circuito de controlo de verificar a posição angular do eixo. Se este estiver na posição certa, o motor é, desligado. Se o circuito verificar que o ângulo não é o correcto, liga o motor na direcção correcta até que o ângulo esteja correcto. o eixo do servo é capaz de viajar por volta de 180 graus. Normalmente é na casa dos 210 graus, mas varia dependentemente do fabricante. Um servo normal é usado para controlar um movimento angular entre 0 e 180 graus pois não é mecanicamente 11 número de maneiras. Enquanto o servo necessitam de um feedback analógico para poder controlar internamente a sua posição, no stepper esta operação é feita pelo seu controlador. capaz de rodar mais devido a uma paragem mecânica imbutida na engrenagem de saída. A quantidade de força aplicada ao motor é proporcional á distância que precisa de viajar. Logo, se o eixo precisa de rodar muito, o motor rodará à velocidade máxima. Se precisa de rodar só um pouco, o motor rodará a uma velocidade mais baixa. Isto chama-se controle proporcional. Como se comunica o ângulo ao sevo? É para isso que o fio de controlo serve. Este é determinado pela duração de um impulso que lá é aplicado. Isto chama-se "Pulse Coded Modulation". O servo está à espera de receber um impulso todos os 20 milisegundos. A duração deste impulso vai determinar quanto vai rodar o motor. Um impulso de 1.5 milisegundos, por exemplo, faz o motor rodar para a posição de 90 graus (muitas vezes chamada a posição neutra). Se o impulso for menor que 1.5 ms, o motor rodará o eixo para perto dos 0 graus. Se o impulso for maior que 1.5 ms, o eixo roda para perto dos 180 graus. Tipos de Servos Stepper? Os seteppers ou motores passo-a-passo podem ser vistos como motores eléctricos sem comutadores. Tipicamente todos os enrolamentos fazem parte do estator e o rotor é ou um íman permanente ou, no caso de motores de relutância variável, um bloco dentado de algum material ferromagnético. Toda a comutação tem de ser feita externamente pelo controlador do motor e, tipicamente, os motores e os controladores estão desenhados para que o motor possa ser fixado numa posição ou rodados numa direcção o na outra. Na maior parte dos steppers, o seu passo pode ser controlado com frequências de audio, podendo assim rodar muito rapidamente e, com um controlador apropriado, arrancados e parados em determinadas orientações com uma muito boa precisão. Para algumas aplicações, há uma opção entre usar servos ou steppers. Ambos os tipos de motor oferecem oportunidades semelhantes para posicionamento preciso, mas diferem no Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. Ao fazer a escolha entre servos ou steppers, algumas questões têm de ser consideradas; quais destas contarão para a escolha depende da aplicação pretendida. Por exemplo, o repetido posicionamento feito por stepper depende da geometria interna do seu rotor, enquanto que o mesmo com um servo geralmente só depende da estabilidade do potenciómetro e dos componentes do circuito interno de controlo. Os steppers podem ser usados num simples sistema de controlo de circuito aberto; estes são normalmente adequados para sistemas que operam a baixas velocidades com cargas estáticas, mas controlo em circuito fechado pode ser essencial para altas velocidades, particularmente se envolvem cargas variáveis. Se um stepper em circuito aberto estiver com uma carga excessiva, todo o conhecimento da posição do rotor é perdido e o sistema tem de ser reinicializado; os servos não estão sujeitos a este problema. Carlos Alfaro 12 INFORMAÇÃO GERAL – Microcontroladores SCENIX Trata-se de um sistema completo de desenvolvimento em linguagem Assembler. Os chips SX da Scenix executam até 100MIPS 20x mais rápido do que PICs e são totalmente reprogramáveis (ver folheto técnico em www.sxtech.com). A Parallax produziu um conjunto de instruções em ambiente Windows para máxima produtividade. Se necessita trabalhar em Assembler ou deseja progredir para além dos BASIC Stamps então Scenix é para sí. circuit emulator - ICE; suporte para SX18/20/28/48/52) SX Tech Board (plug-in para SX-Key ; suporte para SX28/DP ; circuito de regulação de tensão 5V, área de breadboard para rápida montagem de circuitos de teste) Manual compressivo SXKey (em inglês) Software em CD e cabo de programação série 2 microcontroladores SX28AC/DP e um ressonador de 50MHz Inclui tudo de que necessita para programar microcontroladores SX. Disponível adaptador ZIP de 40 pinos (não incluído). SX Tech University Kit #45182 ser feito facilmente pelo utilizador - o CD inclui instruções). Inclui: SX Key Rev. F SX Tech Board 2 microcontroladores SX28AC/DP 1 ressonador de 50MHz 1 CD com software e manual em formato PDF SX Blitz! Kit #45170 Se deseja somente programar chips Sx sem necessitar de debug, então esta é a solução de que necessita. Pode projectar o seu próprio IDE deste dispositivo usando o protocolo publicado pela Parallax. SX Blitz é uma boa solução e barata de reprogramação no exterior. SX Tech Toolkit (s/ fonte de alimentação) #45181 SX Key Rev. F (programador com debugger e emulador "in- É um kit ideal para o aluno e para o professor. É idêntico a SX Tech Tool Kit (#45181 - mencionado na pág. 14), sendo a única diferença que não inclui manual impresso, que porém está incluído no CD e que pode ser impresso pelo utilizador e cabo série de programação (que pode Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. Revendedor autorizado Aliatron www.aliatron.com 13 INFORMAÇÃO GERAL - Reparação de um Ferro de Engomar (Parte II) Depois de removida a placa, o ferro vai ficar com este aspecto, e ficamos também com o cabo livre. Neste momento já podemos criar uma expectativa da avaria: mau contacto na placa de ligações. Mas para tirar todas as dúvidas, vamos medir os componentes do ferro para ver se estão todos bons. Nas figuras que se seguem pode-se ver o estado avançado de degradação dos contactos. 4ª Fase Retirar a parte superior do ferro Depois de retirar todos os parafusos, já podemos retirar a tampa superior para aceder à base do ferro. A base do ferro já está acessível como mostra na ultima figura. 5ª Fase Remoção da sub-capa da base. Depois de termos a base à vista, vamos remover a tampa de plástico que protege a base metálica. Depois de analisar, observa-se que não tem parafusos, mas sim umas lâminas que tem de ser rodadas com a ajuda de um alicate. (indicadas pelas setas na ultima figura) Agora com cuidado já podemos remover a tampa sem haver nada que a prenda à base metálica Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu contacto. Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 14 6ª Fase Medição do térmico de protecção Para que o térmico esteja bom, este tem de medir um valor de resistência aproximado do zero. Neste caso 1 Ohm é um valor aproximado, ou seja o térmico está bom. 7ª Fase Medição do termóstato. Para o termóstato funcionar correctamente, mais uma vez este deve apresentar um valor ohmico perto do zero. Neste caso o componente também esta bom. Este valor de 1 Ohm pode ser um erro de leitura do multímetro, portanto não levamos em consideração este valor. Idealmente a leitura deveria ser 0,0 OHM. 8ª Fase Medição da resistência. Esta resistência tem um valor de 30,2 OHM. Este valor é correcto e podemos confirmá-lo através da fórmula de potência que foi dada nos módulos anteriores. Em geral a resistência dos ferros situa-se na ordem dos 30 a 40 ohm´s. Dependendo da marca e da potência do ferro, podemos aceitar estes valores sem recorrer à fórmula da potência. É claro que este procedimento já é para técnicos que tem alguma experiência e não necessitam de medidas tão rigorosas e comprovadas. 9º Fase Uma vez que não existe uma avaria nos outros componentes, vamos proceder à limpeza dos contactos que estão na figura do lado. Para limpar estes contactos utilizamos um esmeril portátil como mostra na ultima figura. JoDaFa Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 15 INFORMAÇÃO GERAL - Na Internet A nossa revista é preparada com certa antecedência e a Internet é extremamente dinâmica. Páginas e sites que hoje estão acessíveis, em poucos dias podem ser retirados ou mudarem de endereço. É comum que as pessoas alguns meses depois da edição da revista não encontrem mais a documentação desejada, principalmente quando ela se encontra em sites pequenos ou de pessoas físicas. Por essas razões pedimos desculpa se algum site aqui referido já não esteja online quando o for visitar. Em especial, recomendamos a utilização do AltaVista (http://www.altavista.com) que, ao nosso ver é o que proporciona resultados mais positivos quando utilizado com as palavras-chave que serão sugeridas. Inteligência Artificial O Guerreiro na Era das Máquinas Inteligentes http://hotwired.com/collection s/future_of_war/3.04_war_tal k.1.html TR12 – Theory of Inventive problem Solving http://home.earthlink.net/~len kplan/index.html NNUGA http://www.cs.bgu.ac.il/~omni /nnuga Biohybrid Circuits http://photoscience.asu.edu/rt g/biohybrid.html Nanotechnology Links Collection http://www.nas.nasa.gov Perceptron http://www.cs.bgu.ac.il/omni/perceptron MIT – Artificial Intelligence Lab http://www.ai.mit.edu Harvard VLSI Group http://vlsi.eecs.harvard.edu Artificial Life On Line http://alife.satafe.edu Vision Chips. http://www.eleceng.adelaide.e du.au/groups/gaas/bugeye/visi onchips.htm Journal of Artificial Intelligence http://www.cs.washington.edu /reserach/jair/home.html Learning Fuzzy Controllers Using Genetic Algorithms http://ang-physik.uni-kiel.de Physics of Computation http://house.pcmp.caltech.edu/ Centre for Intelligent Machines http://www.cim.mcgill.ca Sites em Português O leitor poderá encontrar uma boa quantidade de sites sobre Inteligência Artificial, escrevendo esta palavra-chave num motor de busca eficiente com o “Alta Vista”. De Facto com este procedimento encontramos mais de 2000 sites, tanto no brasil com em Portugal. Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. Breve História da Inteligência Artificial Este site é mantido por Guilherme Bittencourt da Universidade Federal da Santa Catarina (Brasil) e contem muitas informações importantes para quem gosta do assunto, inclusive o trabalho realizado naquela universidade. O endereço è: http://www.das.ufsc.br/gia/his tory/history.htm Mais alguns Sites de Universidades do Brasil PUC Rio de Janeiro http://www.inf.pucrio.br/labdi/inteligencia_artifi cial.html Universidade da Brasília http://cic.unb.br/docentes/wag ner/ementa-ia1-pos.html GRACO – Grupo de Pesquisa de Automação e Controle na Universidade de Brasília http://www.graco.unb.br/ia.ht ml Mais um site da PUC Este site é mantido por Ricardo Annes, da Faculdade de Ciências Contábeis, Administração e Informática da PUC do Rio de Grande do Sul. Neste site encontramos referencias de livros sobre o assunto, links e até material para download. http://www.pucrs.campus2br/ ~annes/infia.html 16 CURIOSIDADES – Funcionamento de Modems (Parte I) O modem (modulador/demodulador) é uma invenção antiga, mas ainda fundamental para o mundo dos computadores. Hoje, há modems rápidos, trabalhando a 56.600 bps, mas muitos ainda se lembram dos antigos aparelhos que operavam a 300 bps. O interessante é que, há uns cinco anos atrás, apenas uma pequena porção dos computadores tinha a disponibilidade de um modem. A consolidação da Internet e a explosão de transações pela rede provocou o surgimento de um enorme mercado para os modems e as fábricas têm respondido com um desenvolvimento sem precedentes. Inicia-se esta secção perguntando-se sobre qual seria a maneira mais fácil de fazer a comunicação entre dois computadores distantes ? É claro que a resposta óbvia é via linha telefónica. Quase todos têm acesso a uma e já existe uma sofisticada rede de interconexão propiciada pelas companhias telefónicas. O problema reside no fato das linhas telefónicas terem sido preparadas para o tráfego da voz e não para os sinais digitais dos computadores. A informação digital dos computadores precisa de ser convertida em sinais adequados para o tráfego pela rede telefónica pública. O aparelho responsável por essa conversão é o modem. Hoje em dia, a palavra modem é também usada para designar dispositivos usados em transmissão exclusivamente digital, como por exemplo os dispositivos que recebem as informações digitais originados em um computador e os adequam para uma linha telefónica digital, como a ISDN (Rede Digital de Serviços Integrados). Os modems são sempre usados aos pares, um em cada extremidade do caminho de transmissão. Para garantir a comunicação, o usuário deve assegurar-se de que tanto o modem transmissor como o receptor usem o mesmo protocolo, que são as regras que descrevem precisamente o formato dos dados, o esquema de modulação e a velocidade de transmissão. Antes de um estudo mais aprofundado, serão esclarecidos alguns conceitos. O primeiro conceito é o termo canal. Toda vez que se faz a comunicação entre dois pontos, diz-se que essa comunicação acontece através de um canal. Por exemplo, quando duas pessoas falam através do telefone comum, elas usam o canal telefónico. Outro conceito muito importante e também bastante intuitivo é o do ruído. Em toda comunicação, existe ruído presente. É claro que, quanto maior o ruído, maior é a chance de Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. acontecerem erros nessa comunicação. Todo canal é corrompido pelo ruído. A potência do ruído, de forma absoluta, não traz muita informação, o que interessa é a comparação da potência do ruído com a potência do sinal que passa pelo canal. Por isso, o ruído é caracterizado através do que se chama Relação Sinal/Ruído (SNR), que normalmente é medida em dB (decibel). Quanto maior for a SNR, melhor será a comunicação. Generalidades A Figura 1 apresenta uma típica conexão usando modem, onde um usuário se conecta a um provedor Internet (ISP, “Internet Service Provider”) através da rede telefônica pública (PSTN, “Public Switch Telephone Network”). O enlace digital entre o computador e o modem é transformado por este último em um enlace analógico, que chega até a central telefónica. Já o enlace entre as centrais é feito de forma digital, excepto as centrais muito antigas. Algumas grandes instituições, como os bancos, alugam linhas privadas digitais e, com isso, têm, desde a origem até o destino, um enlace completamente digital e podem então comunicar-se a grandes velocidades. Os principais problemas da conexão entre computadores surgem no enlace analógico, que foi originalmente projectado 17 para trabalhar com voz na faixa de 300 até 3 kHz. Bem, se o problema está nas linhas telefónicas analógicas, não seria possível substituí-las por enlaces digitais ? Provavelmente não, pois ficaria muito caro. É preciso contentar-se com as velhas linhas telefónicas. Figura 1: O enlace entre dois computadores Protocolo Quem já trabalhou com modems com certeza já viu uma lista de especificações: v.34, v.32, v.22, bell 212A, etc.. Essas especificações dizem respeito aos protocolos que um modem pode cumprir. Os modems, assim como as pessoas, precisam de uma linguagem comum para que cada um entenda o outro. No começo dos anos 70, a Bell era a maior projectista e produtora de modems e, por isso, seus modems acabavam virando padrões. Esses padrões foram mais tarde adoptados como recomendações de uma organização de padrões mundiais, denominada “Comité Consultatif International de Telegraphie et Telephonie”, abreviada como CCITT. Ela foi mais tarde renomeada para “International Telecommunications Union Telecommunication Standardization”, abreviada como ITU-T, que em português seria traduzido como União Internacional de Telecomunicações, com sede em Genebra, na Suíça. Diversos padrões para comunicação de dados sobre rede telefónica, em especial para modems, foram desenvolvidos pela ITU-T. Esses padrões estão nomeados com siglas que começam com a letra V e, por isso, são conhecidos como padrões e recomendações da série V. A ITU-T pode ser facilmente acessada através do seu site: http://www.itu.int/. Ricardo Zelenovsky e Alexandre Mendonça Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu contacto. www.velleman-kit.com Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 18 CIRCUITOS VÁRIOS O oscilador apresentado gera na saída um sinal rectangular numa frequência de 5MHz, determinada pelo cristal. O circuito pode ser usado como clock de instrumentos digitais de medida que exijam uma base de tempo a cristal para maior precisão. O Condensador de 1,2nF deve ser cerâmico e o circuito pode operar com cristais de frequências na faixa de 1MHz a 5MHz, sem problemas. No circuito em cima temos um carregador de baterias de 12V. Este é um circuito de controlo de velocidade de um motor CC. Este circuito serve para monitorizar o estado de uma bateria de 12V. Se a tensão for superior a 10V, o zener conduzirá e Q1 é levado à saturação de modo a acender o Led1. Com a condução de Q1, o transístor Q2 ficará cortado. Se a tensão de Entrada for menor que 10V, o transístor Q1 permanecerá cortado, e com isso Q2 conduzirá fazendo acender o Led2. As resistências limitam as correntes nos transístores e nos leds. Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. Em cima temos o circuito de um sensor de proximidade por infravermelhos 19 CIRCUITOS VÁRIOS Dado Electrónico Com um único integrado podemos elaborar este dado de brinquedo que apresenta em leds acesos a disposição de um dado comum. Os leds são accionados por uma rede lógica de díodos, a partir de um integrado 4017. O sorteio é dado por uma porta de ruído que é ligada a um sensor. Com o toque dos dedos no sensor entram os pulsos de ruído CA em quantidade aleatória determinando qual das saídas do 4017 irá para o nível alto, accionando assim o conjunto de leds correspondentes. O circuito é alimentado por uma bateria de 9V comum e os leds são de 5mm e podem ser da cor que preferir. Os díodos são do tipo 1N4148 ou equivalente e o transístor é um NPN de uso geral. Lâmpada Nocturna Este projecto foi desenvolvido para ser utilizado em garagens, corredores jardins, vitrines de estabelecimentos comerciais, etc. A finalidade é acender uma lâmpada incandescente quando anoitece e, depois, apagá-la ao amanhecer. O circuito também pode usar um TRIAC em lugar do SCR de modo a se poder adicionar maior numero de lâmpadas e com o ciclo completo de alimentação (onda completa). O sensor é uma LDR comum que deve apenas receber a luz ambiente. O potenciómetro, que não é critico (podendo ter valores entre 3,3MΩ e 4,7MΩ), ajusta a sensibilidade. A alimentação é fornecida sem transformador para maior economia no projecto. O LDR, para melhor desempenho, deve ser montado num tubo opaco e o SCR dotado de um dissipador. Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 20 CIRCUITO DO MÊS – Gerador de Sequência Com este circuito pretende-se obter as seguintes letras HELLO, ou outras letras se o desejar, para isso terá de modificar o circuito nas ligações dos pinos dos displays, de resto o circuito é o mesmo. O circuito integrado NE555 dá impulsos de clock (CLK) ao contador HEF4017BP que vai tendo as saídas sucessivamente num estado alto e alimentam os displays através do buffer inversor SN7407. Quando a sequência HELLO aparecer completa nos displays a sequência volta ao inicio. Para isso liga-se o pino 5 que é a sétima saída do contador ao pino 15 que é o reset do mesmo circuito, fazendo a sequência começar do inicio. Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 21 ANUNCIOS Vendas: Vendo cópias do programa OrCAD (desenho de circuitos e pcb's) versão 9.1 e do Borland C++ versão 4.02 por 3.50 Euros cada CD mais os portes de envio á cobrança. Mande um e-mail com o seu nome e morada para [email protected] Vendo CDs com conteúdo dedicado á Electrónica: programas, datasheets, e muitas outras informações e utilidades. 7 Euros mais os custos de envio á cobrança. Contacte-me por e-mail: [email protected]. Visite também o meu site em http://xelectronicax.no.sapo.pt Vendo todo o tipo de acessórios e componentes para reparação de telemóveis. Contacto: Tlm:919783719 [email protected] Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu contacto. Outros: Diodo ® - Comércio e Industria de Material Electrónico, Lda. Diodo Electronic Rua Santa Teresa, nº 8 4050-537 Porto Tel. +351-223 395 230/3/4 Fax +351-223 395 239 Aquário - Comércio de Electrónica, Lda. Sede, Componentes Electrónicos Rua da Alegria, 93A, B, 95 4000-042 Porto - Portugal Tel. 223 394 780 (6 linhas) Fax. 222 001 379 (Geral) URL: www.aquario-cel.pt Pilar - S. I. I. Lda. Informática e Telecomunicações Software / Hardware / Redes Formação em Informática Paulo Matos Porto Tel. 919 687 668 E-mail: [email protected] Centro de Assistência Técnica Braga Representante Oficial: Panasonic, Technics, Saba, Thomson, Grundig, Samsung, Sanyo, Saeco, Jvc, Toschiba, Firstline, Bluesky, Seg, Basicline, etc... Américo Gouveia Rua dos Congregados, n.º 95 4710-370 Braga Tel: 253 218 088 Fax: 253 251 166 E-mail: [email protected] Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 22 DATABOOK - Informações de diversos IC’s 7400 7401 7404 7410 7413 Circuitos Magazine N.º3 Jan/2003. 7414 23 Ano 1 N.º 4 Março/2003 Edição Gratuita Electrónica & Robótica Saber como usar os diversos aparelhos de teste e medida Aprender a identificar diversos tipos de componentes Aprender a desenvolver circuitos Mar/03-04 Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 1 Periodicidade: Bimestral Director: José Xavier Redacção: José Xavier Ilustração: José Xavier e Miguel Maia 3 NOTICIAS Pesquisa: José Xavier e Miguel Maia 6 ÁUDIO E VÍDEO Colaboradores: Carlos Santos, JoDaFa, Marcos Matos e Silvia Marinho Manutenção de Unidades de CD (Parte II) TV-Video ServiceMode (Parte IV) 12 ROBÓTICA & MICROBÓTICA História da Robótica Propriedades e Direitos A propriedade do título Circuitos Magazine é de X@vi Electronics. Direitos de autor: Todos os artigos, desenhos e fotografias estão sob a protecção do Código de Direitos de Autor e não podem ser total ou parcialmente reproduzidos sem a permissão prévia dos seus autores. 13 INFORMAÇÃO GERAL Motores de Passo Reparação de um Ferro de Engomar (Parte III - Ultima Parte) Na Internet 17 CURIOSIDADES Funcionamento de Modems (Parte II) Internet Web site: www.circuitos.pt.vu E-mail: [email protected] (questões técnicas) E-mail: [email protected] (informações) Aviso Esta revista destina-se somente a fins educativos! Não nos responsabiliza-mos por qualquer dano que possam causar, ou pelo uso indevido das informações aqui contidas. Nem todos os circuitos aqui apresentados foram experimentados por nós. Não serão aceites reclamações! Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 19 CIRCUITOS VÁRIOS Controlo Simples de Motor Inversão do Sentido da Rotação Controlo de Dois Motores Motor Pulsante Reversão por Relé Biestável de Controlo Motor Accionado por Luz Motor Accionado por Sombra 22 CIRCUITO DO MÊS Fonte de Alimentação Regulável 23 DATABOOK Informações de diversos IC’s 2 NOTICIAS ESPAÇO Nasa pede ajuda para «baptizar» robôs Os robôs vão ser lançados para o espaço a partir do Cabo Canaveral no próximo Verão e devem chegar a Marte no início de 2004. Por enquanto, os robôs são apenas denominados de MER-A e MER-B, com origem no seu nome técnico, «Mars Exploration Rovers». Assim, a NASA pediu aos alunos norte-americanos com idades compreendidas entre os cinco e os 18 anos para enviarem, antes do final de Janeiro, um ensaio com o máximo de 500 palavras no qual deverão sugerir nomes para as máquinas, explicando também a razão do nome. O concurso conta com a colaboração da Sociedade Planetária e do fabricante de brinquedos Lego. O vencedor do concurso ganha, juntamente com a sua família, uma viajem até ao Cabo Canaveral, na Florida, onde poderá assistir ao primeiro dos dois lançamentos. TELEMÓVEIS 2003 será não recorde nos EUA As vendas de produtos de electrónica deverão chegar a um total de 99,5 mil milhões de dólares (99,6 mil milhões de euros) em 2003 nos Estados Unidos, constituindo um novo recorde. A percentagem de crescimento deverá situar-se nos 3,5 por cento relativamente a 2002. De acordo com as previsões da Consumer Electronics Association (CEA), os produtos digitais continuam a ser quem mais impulsiona o desenvolvimento da indústria. Em 2002 o crescimento superou a fasquia dos 3 por cento, relativamente a 2001, ultrapassando mesmo as perspectivas da CEA. DVD, ecrãs de televisão digital e leitores de MP3 contam-se entre os produtos com maior progressão no que diz respeito a vendas do outro lado do Atlântico. Só na parte dos leitores de vídeo digital, foram vendidas 17,6 milhões de unidades. O mesmo é dizer que hoje 35 por cento dos lares norteamericanos dispõe de um leitor de DVD. A CEA prevê ainda que os mercados de PCs e telemóveis recuperem e voltem a crescer de forma acentuada. Neste último caso, o volume de vendas deverá aumentar seis por cento, para os 60 milhões de unidades. Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. TELEMÓVEIS Motorola anuncia lançamento de oito novos telemóveis Na comemoração dos 75 anos da marca, em Xangai, na China, a Motorola anunciou o lançamento de oito novos telemóveis GSM, seis dos quais serão comercializados a nível mundial e dois apenas no mercado asiático. Os novos aparelhos apresentam inovações no campo das mensagens (EMS e MMS), Java, GPRS, EDGE e UMTS/WCDMA. Oferecem ainda ecrãs a cores e toques polifónicos. A Motorola chama a atenção para o design inovador do V60i e V66i, o ecrã a cores do T720 e a série de gama de entrada C330. Nos aparelhos com câmara digital incorporada, o destaque vai para o E365. O display V600 é capaz de suportar, por seu lado, 64 mil cores e oferece tecnologia Bluetooth. Com uma piscadela de olho à terceira geração móvel e ao mundo dos jogos, a Motorola apresentou o T725 e o A835. No campo das mensagens multimédia, a Motorola lançará o V295 e o A388c. A série C350 permite alterar o aspecto exterior do telemóvel com diferentes opções de personalização. O Motorola A388c, C350 e V295 deverão estar disponíveis no primeiro semestre de 2003. O V600, 3 T725, E365, E380 e A835 serão comercializados no segundo semestre deste ano. PIRATARIA Equipa de hackers retoma desafio para quebrar protecção da Xbox Um dia após ter anunciado que abandonava a sua tentativa de quebrar uma chave ou algoritmo de encriptação empregue para assinar digitalmente software para a consola de jogos vídeo Xbox da Microsoft, o Neo Project, um grupo de entusiastas de computação distribuída revelou no seu site que irá continuar a tentar o feito. A suspensão temporária do trabalho serviu para os elementos do grupo aconselharem-se junto de uma equipa de advogados. Entretanto, o projecto informou no seu site que iria retomar a tarefa e que dentro de poucos dias irá disponibilizar uma nova versão do software para tentar vencer o Xbox Challenge, um desafio de hacking lançado por um anónimo que mais tarde se veio a saber que era Michael Robertson, director executivo da Lindows. Segundo um dos organizadores do projecto, o Neo Project pretendia abandonar a iniciativa devido a razões legais. A obtenção da chave pública para a encriptação iria constituir um grande passo para quebrar a chave privada detida pela Microsoft - dado estarem ligadas matematicamente uma à outra - e, desta forma, permitir que os utilizadores corressem software não autorizado na consola. O objectivo desta iniciativa consiste em vencer a segunda parte do desafio lançado em Julho por Robertson com um prémio no valor total de 200 mil dólares, no sentido de adaptar a consola de jogos da Microsoft de forma a que possa correr o sistema operativo Linux, sem quaisquer modificações de hardware. A primeira parte do desafio, também com um prémio de 100 mil dólares, que consistia em fazer correr o Linux com alterações no hardware, já foi cumprida, mas Robertson alargou o prazo limite - que terminava no último dia de 2002 por mais um ano. Muitos hackers estão à procura de formas para correr o seu próprio software na Xbox, mas até agora não conseguiram ultrapassar um mecanismo de segurança na consola que apenas permite que as aplicações corram se estiverem digitalmente assinadas com a chave privada de encriptação de 2048 bits da Microsoft. A computação distribuída é numa forma de dividir tarefas que exigem recursos enormes entre uma série de computadores Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. usando poder de processamento que de outro modo seria inutilizado. No dia 3 de Janeiro, o Neo Project colocou no seu site na Web o código que permitia que os apoiantes da iniciativa utilizassem o tempo livre dos seus PCs para participar numa pesquisa pela chave privada de encriptação da Microsoft mediante o recurso a técnicas de computação distribuída. No dia seguinte, o grupo publicou online um aviso no seu site afirmando que se o projecto com a Xbox fosse considerado ilegal ou se a equipa fosse contactada pela Microsoft iria abandonar a iniciativa, uma vez que os seus elementos não podiam suportar as despesas legais. Pelo dia 7 de Janeiro, o site do grupo tinha sido alterado, passando a conter a mensagem: "Devido a razões legais, vamos deixar de alojar ou participar no desafio Xbox". Por outro lado, a aplicação contendo o código para tentar quebrar a encriptação da consola tinha já sido retirado. Até segunda-feira de manhã, o site informava que mais de 3.500 utilizadores Neo tinha eliminado cerca de 776 milhões de combinações possíveis. Mas, de acordo com alguns especialistas em segurança, as hipóteses de quebrar o código eram quase nulas. Assim, um milhão de computadores Pentium 4 com uma 4 velocidade de relógio de 1 GHz cada um, por exemplo, demorariam cerca de 50 mil milhões de anos a quebrar a encriptação de uma chave de 1640 bits, em comparação com a chave de 2.048 bits da Xbox. De tal forma que valeu aos seus três investigadores o Prémio Nobel de Química. O Neo Project teve início em Julho passado, como uma tentativa para solucionar o desafio no valor de 10 mil dólares da chave RSA-576, patrocinado pela empresa RSA Security, antes de em Janeiro se ter passado a dedicar a aplicação efectiva da Microsoft do mesmo algoritmo. Duas das mais notáveis aplicações neste ano relacionam-se com a criação de uma gama de várias centenas de componentes informáticos à base de micro-peças orgânicas em plástico flexível (podendo ser a base para futuros ecrãs planos, etiquetas electrónicas), e um laser orgânico, no interior do qual, as moléculas orgânicas de (tetraceno) emitem ondas luminosas logo que sejam excitadas pela passagem de uma corrente eléctrica e talvez mesmo de surpreendentes telemóveis que possam ser arremessados! ESPAÇO Nasa vai enviar dois robôs a Marte Será que um dia o Planeta Vermelho teve água suficiente para suportar vida? Esta é uma dúvida que a NASA quer esclarecer e, pora isso, vai enviar a Marte dois robôs para procurarem vestígios geológicos que provem esta suposição. O lançamento está previsto para Maio e Junho. Para já, o Jet Propulsion Laboratory da agência espacial norte-americana está a terminar a construção e os testes dos robôs que serão enviados separadamente - uma operação que vai custar 800 milhões de euros. «O que estamos a tentar fazer é colocar dois geólogos na superfície de Marte», explicou o director científico da missão, John Callas, segundo o qual, «os veículos de 181 quilos têm capacidade para imitar o trabalho de um geólogo de campo, utilizando braços e pernas». Os robôs deverão entrar na atmosfera marciana sete meses depois de deixarem a Terra e pousar no planeta em 2004. A partir dessa altura, resistem 90 dias, durante os quais os cientistas esperam que eles percorram 594 metros, examinem seis rochas e tirem inúmeras fotografias de alta resolução da superfície marciana, enviando as imagens e os dados mineralógicos para a Terra. Por enquanto, os robôs são conhecidos apenas como Mars Exploration Rovers A e B, mas está a decorrer um concurso , patrocinado pela Lego e pela Sociedade Planetária, para lhes dar um nome. ELECROPLÁSTICO Pedimos um bocado de atenção e um pouco de colaboração a todos que lêem esta revista. Agradecíamos se fosse possível aos leitores que quando descobrissem alguma noticia com conteúdo relacionado com electrónica e novas tecnologias se podiam enviar as mesmas para [email protected] para ajudar no desenvolvimento desta secção. Plástico condutor de Electricidade Obrigado Um plástico condutor de electricidade forneceu de base a um vasto leque de realizações tecnológicas, utilizando moléculas orgânicas, pouco dispendiosas e com grande capacidade de adaptação, é o que se pode ler na Revista Science. A Equipa X@vi Electronics Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 5 ÁUDIO E VÍDEO – Manutenção de Unidades de CD (Parte II) Princípios de Lasers Laser Rubi O primeiro Laser colocado em funcionamento data de 1960, desenvolvido pelo cientista Theodore Maiman. Nesta época, foi utilizado um cristal de rubi como oscilador e ficou conhecido como laser de bombeamento óptico. Laser a Gás Em um tubo aplicava-se uma mistura de gases nobres He-Ne (Hélio e Neônio) na proporção de 80% e 20%, respectivamente. Eram feitas descargas eléctricas nestes elementos fazendo com que seus átomos se chocassem uns contra os outros. Desta colisão, obtinha-se diferentes níveis energéticos (liberação de fótons). No interior deste tubo existiam micro espelhos que aumentavam a concentração do feixe inicial, orientando-o. Laser semicondutor Consiste em um bloco semicondutor (junção PN-GaAlAS), que por intermédio de uma baixa corrente produzirá oscilações nesta junção. Estas oscilações gerarão colisões e recombinarão eléctrons e lacunas, emitindo fótons ou elementos de luz. Por se mostrar o mais económico, estável, com poucas dimensões e boa durabilidade, tornou-se o modelo mais popular para a aplicações técnicas em leitura de dados. Laser corante Dispositivo que possui líquido circulante em suas estruturas que são excitados por lâmpadas ou outros tipos de lasers. Um dos materiais mais empregados é o RH 6G, elemento altamente fluorescente, largamente utilizado no início da era espacial. A grande vantagem deste tipo de laser é a de podermos variar sua frequência bastando para isso girarmos um elemento chamado grade de difração que altera filtros internos deixando passar apenas a frequência desejada. Estes lasers podem gerar pulsos extremamente curtos. Um Pouco Sobre Discos Ópticos Antes de mais nada é importante conhecermos alguns detalhes técnicos sobre o tão falado disco digital. O disco compacto, como foi baptizado no final da década de 70, é formado por uma quantidade gigantesca de micro cavidades dispostas em sua superfície na forma de espiral. Esta espiral é dividida em sectores, cada sector possui rigorosamente o mesmo tamanho e, portanto, o mesmo volume de dados. No início e no fim de cada sector existem bits de sinalização para identificarem as mudanças de sectores durante a leitura. Só como exemplo, um quadro de áudio digital (frame) gravado no disco possui 588 bits, divididos entre dados (408 bits), sincronismo (27 bits), canais (17 bits) e codificação de erros (136 bits). As dimensões destas micro cavidades ficam mais claras quando damos exemplos como: na largura de um fio de cabelo humano cabem 30 trilhas de disco óptico, sem falar que um feixe laser é 50 vezes mais fino que um fio capilar. Estas comparações nos permitem entender as dimensões envolvidas nesta tecnologia. Um CD convencional de áudio possui 34 milhões de frames, cada 3mm de trilha do disco tem 30 mil bits de correcção de erros. O mais fantástico ainda é o facto de que na combinação entre largura e comprimento destas micro cavidades, obteremos a informação digital. Sim, é exactamente isso: de acordo com o tamanho da cavidade e no conjunto delas, teremos mais ou menos luz reflectida, assim como maior ou menor variação desta luz reflectida para a unidade óptica, compondo a base da informação gravada (código binário). Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 6 Etapas resumidas do processo básico de fabricação de CDs Pré - masterização Primeira etapa do processo onde a informação gravada em fita analógica ou digital é transferida para uma mídia especial (fita u-matic), utilizando um equipamento denominado editor/processador de sub-códigos. Neste momento são atribuídos aos dados já gravados informações complementares como: títulos, índices, tempo de cada faixa, etc Masterização Este é o processo na qual utilizamos o LBR (Laser Beam Record) ou seja, o gravador a feixe laser. Um feixe especial de maior potência é aplicado a superfície foto-resistiva recoberta electricamente com prata, alumínio, entre outros elementos, a fim de marcar ou formar uma estampa metálica. E uma das partes mais longas e complexas de todo o processo. Vencida esta fase, o disco e levado a um banho químico para retirada das áreas expostas ao feixe. Será aplicado um revestimento metálico, geralmente com alumínio vaporizado sobre esta camada foto-resistiva final. O processo electrónico de gravação em CD (masterização) é bastante complexo. Para termos uma breve ideia, o sinal analógico que será convertido em informação digital sofrerá um processo denominado quantização. Esta etapa é dividida em dois blocos: 1. Amostragem; 2. Retenção. A amostragem nos CDs de áudio é realizada a 44,1 kHz, já no disco de CD-ROM a 48 kHz e, nos DVDs, passa a ser 96 kHz, segundo um teorema específico (Nyquist). Após este procedimento a informação será codificada por um processo denominado CRC, a fim de reduzir as margens de erros no processo de leitura, sendo então, espalhada em forma de FRAMES (quadros de informações) seguindo uma ordem preestabelecida. Ao final, todos os dados serão somados e modulados (EFM) para que, entre outros factores, a informação gravada no disco tenha mais densidade, aumentando o clock e reduzindo as tensões contínuas nos foto-detetores. Para entendermos a base da correcção de erros no disco, devemos sempre lembrar que no CD existe, grotescamente falando, um cálculo matemático pronto, uma soma, onde já temos o resultado final. Qualquer número perdido desta conta poderá ser recuperado (respeitando certos limites), bastando refazer a soma tendo como base o resultado final. Recobrimento eléctrico Uma vez concluído o revestimento metálico, o disco será submetido a electrólise, sendo emergido em uma solução eletrolítica de sulfato de níquel, onde gradualmente é aplicada uma pequena corrente eléctrica (microàmpéres) que revestirá o disco com uma fina camada de óxido. Todo o processo pode levar horas. Moldagem É a técnica empregada para duplicação do disco original em milhares de cópias. O material escolhido para as cópias foi o policarbonato, devido a sua transparência, estabilidade dimensional, pureza e resistência a impactos. O policarbonato é aquecido a 350 graus celsius para ser moldado, com alta precisão para serem planos, centrados e livres de qualquer distorção óptica. Com um meticuloso processo de resfriamento, o CD torna-se uma espécie de disco plástico transparente com microscópicas cavidades no seu interior. Impressão e revestimento Ao final de todo este incrível processo tecnológico, é fundamental que o disco possa ser lido por um feixe laser, sendo assim, alguns metais podem servir para seu revestimento final, são eles: ouro, prata, cobre, alumínio e outras substâncias derivadas ou ligas, tendo como base os materiais já mencionados. Geralmente o alumínio é o mais empregado, devido ao seu excelente desempenho e, claro, baixo custo. A camada final tem espessura entre 50 e 100 nanomêtros. Uma camada de acrílico transparente é aplicada para a protecção final, sendo secada sob luz ultravioleta. Agora sim, finalmente está concluído o processo, basta receber rótulo e estampa. Fernando Costa Kiszewski Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 7 ÁUDIO E VÍDEO - TV-Video ServiceMode (Parte IV) Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 8 Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 9 Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 10 Stef_no1 Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 11 ROBÓTICA & MICROBÓTICA – Historia da Robótica O conceito de robot data dos inícios da história, quando os mitos faziam referência a mecanismos que ganhavam vida. Começando na civilização grega, os primeiros modelos de robot que encontramos eram figuras com aparência humana e/ou animal, que usavam sistemas de pesos e bombas pneumáticas. As civilizações daquele tempo não tinham nenhuma necessidade prática ou económica, nem nenhum sistema complexo de produtividade que exigisse a existência deste tipo de aparelhos. Cientistas árabes acrescentaram um importante e novo conceito à ideia tradicional de robots, concentrando as suas pesquisas no objectivo de atribuir funções aos robots que fossem ao encontro das necessidades humanas. A fusão da ideia de robots e a sua possível utilização prática marcou o início de uma nova era. Leonardo DaVinci abriu caminho a uma maior aproximação ao complexo mundo dos robots. DaVinci desenvolveu uma extensiva investigação no domínio da anatomia humana que permitiu o alargamento de conhecimentos para a criação de articulações mecânicas. Como resultado deste estudo desenvolvido, surgiram diversos exemplares de bonecos que moviam as mãos, os olhos e as pernas, e que conseguiam realizar acções simples como escrever ou tocar alguns instrumentos. Nikola Tesla, cientista na área da robótica, emigrou da Croácia para a América em 1800 e a propósito do grande desenvolvimento dos robots e das grandes expectativas criadas em redor destes, afirmou: "I treated the whole field broadly, not limiting myself to mechanics controlled from a distance, but to machines possessed of their own intelligence. Since that time had advanced greatly in the evolution of the invention and think that the time is not distant when I shall show an automation which left to itself, will act as though possessed of reason and without any willful control from the outside." A palavra robot foi introduzida pelo dramaturgo Karel Capek. Esta palavra surgiu numa das suas mais prestigiadas peças, R.U.R, e os robots que nela intervieram não eram mecanizados. O termo robótica refere-se ao estudo e à utilização de robots, e foi pela primeira vez enunciado pelo cientista e escritor Isaac Asimov, em 1942, numa pequena história intitulada "Runaround". Asimov também publicou uma compilação de pequenas histórias, em 1950, intitulada "I Robot". Este autor propôs a existência de três leis aplicáveis à robótica, às quais acrescentou, mais tarde, a lei zero. As leis propostas são, actualmente, entendidas numa perspectiva puramente ficcional, pois no tempo em que foram escritas não se imaginava o desenvolvimento vertiginoso que iria ocorrer nesta área. Os robots, tal como os conhecemos hoje, não procuram ser verdadeiras imitações humanas, nem pretendem ser outras formas de vida. O desenvolvimento inicial dos robots baseou-se no esforço de automatizar as operações industriais. Este esforço começou no século XVIII, na indústria têxtil, com o aparecimento dos primeiros teares mecânicos. Com o contínuo progresso da revolução industrial, as fábricas procuraram equipar-se com máquinas capazes de realizar e reproduzir, automaticamente, determinadas tarefas. No entanto, a criação de verdadeiros robots não foi possível até à invenção do computador em 1940, e dos sucessivos aperfeiçoamentos das partes que o constituem, nomeadamente, em relação à dimensão. O primeiro robot industrial foi o Unimates, desenvolvido por George Devol e Joe Engleberger, no final da década de 50, início da década de 60. As primeiras patentes de máquinas transportadoras pertenceram a Devol, máquinas essas que eram robots primitivos que removiam objectos de um local para outro. Engleberger, por sua vez, pela construção do primeiro robot comercial foi apelidado de "pai da robótica". Outro dos primeiros computadores foi o modelo experimental chamado Shakey, desenhado para pesquisas em Standford, no final da década de 60. Actualmente, robots como o Shakey continuam a ser utilizados, particularmente com intuitos de pesquisa, mas, no futuro, estes computadores podem vir a ser utilizados como veículos de reconversão ambiental. Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 12 INFORMAÇÃO GERAL – Motores de Passo A crescente popularidade dos motores de passo se deve à total adaptação desses dispositivos à lógica digital. Vários periféricos de computadores os usam em inúmeras aplicações, como mesas gráficas, unidades de disco, plotters e etc. Não só na Informática, mas também na Robótica esses motores estão sendo cada vez mais usados, em sistemas de movimentação de braços mecânicos e etc. Com o auxílio desses motores, pode-se criar interfaces entre o cérebro (CPU) e o movimento mecânico, constituindo, em suma, a chave para a Robótica. Os motores comuns, giram em velocidade constante, pois possuem apenas dois estágios de operação, ou seja, parados ou girando; enquanto os motores de passo deslocam-se por impulsos ou passos discretos e exibem três estágios: parados, activados com rotor travado (bobinas energizadas) ou girando em etapas. Este movimento pode ser brusco ou suave, dependendo da frequência e amplitude dos passos em relação a inércia em que ele se encontre. Pertencendo à uma categoria separada, diferente dos motores comuns, os motores de passo têm aplicações específicas, ou seja, em rotações de eixos em um ou vários passos, dependendo de sinais fornecidos pelos circuitos digitais de comando. Podem ser usados em circuitos abertos, ou seja, sem qualquer realimentação de controle normalmente proporcionada por potenciómetros, codificadores, geradores tacométricos e assim por diante, evitando com isso, os problemas encontrados nesses sistemas, como instabilidade e ultrapassagem (overshoot), podendo substituir os servomotores CC convencionais. No que se refere ao funcionamento, os motores de passo podem ser comparados aos síncronos, ou seja, um campo rotativo (nesse caso gerados pela electrónica de controle) faz girar um rotor magnético. Tais motores foram subdivididos de acordo com a forma em que é gerado o campo rotativo (enrolamento unipolar ou bipolar no estator) e com o material empregado na confecção do rotor. Os mais usados são os unipolares, geralmente com quatro bobinas. Neles, cada fase consiste de um enrolamento com derivação central, ou mesmo de dois enrolamentos separados, de forma que o campo magnético possa ser invertido sem a necessidade de se inverter o sentido da corrente. Os motores bipolares, como possuem muitas bobinas na mesma carcaça e por isso essas têm fios mais finos ou menor número de espiras, desenvolvem momentos inferiores aso dos bipolares, porém possuem uma resolução maior, isso é, maior número de passos por volta completa. A máxima frequência de rotação é limitada pelo rotor magnetizado, que induz uma tensão no estator. Desse modo, motores com velocidades relativamente elevadas usam, normalmente, rotores de ferro doce, unipolares e com menos pólos que o estator. Os enrolamentos são ligados em sequência, às vezes em grupos. A escolha de um motor de passo recai, em primeiro lugar, sobre os requisitos mecânicos; as características eléctricas, por sua vez, determinam o projecto da electrónica de controle. Parâmetros de grande importância, a taxa de arranque é a máxima aceleração permitida de operação, intimamente relacionada com o momento de inércia do rotor. Na prática, deve-se Ter em mente que o momento de inércia aumenta com a inércia das partes girantes acopladas ao motor, reduzindo, portanto, a taxa de arranque. Os motores de passo unipolares são controlados facilmente através de um transístor apenas por enrolamento, enquanto nos bipolares são necessários quatro transístores em ponte. É possível, nesse segundo, utilizar-se apenas dois transístores por enrolamento, desde que a fonte seja simétrica, o que complicaria um pouco o circuito. Mas, em ambos os casos, uma lógica de controle é exigida para que o motor possa girar correctamente. Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 13 Caso você pretenda controlar o motor de passo por computador, os estágios excitadores poderão ser acoplados directamente a um dos conectores de saída, deixando para o software a tarefa de estabelecer os movimentos do motor, ou seja, sentido de rotação (horário / anti-horário), em passos inteiros ou meio passos e a variação dos tempos entre os passos, que definirá a precisa regulação da velocidade. Pela contagem do número de passos, será possível seguir continuamente a posição do objecto accionado pelo motor. Uma outra opção para se comandar esses motores é através de circuitos lógicos discretos que comandarão os transístores de saída e esses as bobinas do motor. Existem, no mercado europeu e americano, alguns CIs específicos para o comando de motores de passo, tais como o SAA 1027, o par L297 / L298, o TL 376 e a série ULN 2002 ....2005, e mais alguns. O uso de motores de passo exige o respeito a algumas regras básicas. É preciso levar em conta o carácter indutivo do estator, cuja corrente, ao ser chaveada, gera uma tensão indutiva que chega a ser elevada o bastante para destruir a electrónica de controle. Isso pode ser evitado com a utilização de díodos de protecção, nos enrolamentos unipolares, e varistores ou díodos zener ligados em anti-série, no caso dos bipolares. As correias dentadas de transmissão são mais indicadas que as engrenagens, devido ao fenómeno da ultrapassagem provocado pelo baixo amortecimento desses motores, que poderiam quebrar ou desgastar rapidamente os dentes. Mas o melhor mesmo é, sempre que possível, utilizar a transmissão directa. Por fim, caso você queira posicionar algo com muita precisão, por meio de motores de passo, deve tentar fazer com que o número de passos, entre o ponto de referência e a posição desejada, seja proporcional (segundo um número inteiro) à quantidade de estatores do motor. Imagens e fotos de motores de passo mais comuns: Alexandre Costa www.oficina-digital.com/catalog/ Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 14 INFORMAÇÃO GERAL - Reparação de um Ferro de Engomar (Parte III) 10ª Fase Limpeza dos vedantes Os vedantes que unem as tampas devem ser limpos do pó ou calcário que acumulem. Caso não se faça uma boa vedação destes vedantes, o ferro provavelmente ficará a verter agua. Nas duas primeiras imagens podem ver o estado antes e depois de serem limpos. Para limpar estas borrachas podemos utilizar álcool ou um produto idêntico. Deve-se ter em atenção que não se pode limpar com produtos abrasivos para a borracha. 11ª Fase Substituição dos terminais na placa de ligação Estes terminais também estão danificados devido ao contacto com os bornes. Por isso temos que os substituir. 12ª Fase Após a montagem do ferro de engomar, vamos proceder a um teste para verificar se ficou 100% funcional. Como mostra na ultima imagem, vimos que já temos o ferro a dar sinal que liga. E está a aquecer. Depois de aquecer à temperatura desejada, fazemos o teste com uma peça de roupa. JoDaFa Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 15 INFORMAÇÃO GERAL - Na Internet A nossa revista é preparada com certa antecedência e a Internet é extremamente dinâmica. Páginas e sites que hoje estão acessíveis, em poucos dias podem ser retirados ou mudarem de endereço. É comum que as pessoas alguns meses depois da edição da revista não encontrem mais a documentação desejada, principalmente quando ela se encontra em sites pequenos ou de pessoas físicas. Por essas razões pedimos desculpa se algum site aqui referido já não esteja online quando o for visitar. Em especial, recomendamos a utilização do AltaVista (http://www.altavista.com) que, ao nosso ver é o que proporciona resultados mais positivos quando utilizado com as palavras-chave que serão sugeridas. Nesta edição vimos apresentar dois úteis programas que podem ser usados em locais de reparação de equipamentos. Programa de Gestão de Reparação “Programa de Gestão de Reparação” é uma base de dados criada por JoDaFa um dos administradores do bem conhecido site Oficina Electrónica. Esta base de dados tem como objectivo guardar a informação de avarias detectadas e reparadas para posteriores consultas, também tem a possibilidade de poder imprimir recibos se necessário entre outras opções. Para obterem esta ferramenta necessitam de fazer o download do mesmo no site da Oficina Electrónica , o programa é freeware mas se gostarem do programa e acham que é uma boa iniciativa sempre podem enviar um e-mail para o criador a felicitarem o trabalho ou mesmo enviar uma contribuição para a manutenção do programa bem como do site. GestStock “Gestão de Stock” é outra base de dados, mas nesta pode fazer o controlo de peças e componentes que tem em stock. Pode adicionar e alterar o seu conteúdo de acordo com o seu stock, controlar os preços e datas de entrada e saída de material. Pode imprimir a lista de material que tem, pode ainda apenas imprimir o material em falta entre outrs opções. Este e mais um software disponibilizado pela Oficina Electrónica no entanto foi criado por Manu21 um outro administrador do site. Vendo todo o tipo de acessórios e componentes para reparação de telemóveis. Contacto: Tlm:919783719 [email protected] Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu contacto. Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 16 CURIOSIDADES – Funcionamento de Modems (Parte II) A rapidez que pode ter um modem A Rede Telefónica Pública (PSTN) foi projectada para trabalhar na faixa de frequências (Banda Passante - W) de 300 a 3 kHz. As informações são transmitidas através da linha telefónica com o uso das variações (modulação) de um determinado sinal, chamado de portadora. Quanto maior for o número de variações por segundo, maior será a quantidade de informação transmitida, ou seja, maior será a taxa de bits. A taxa de bits é medida em bps, que significa bits por segundo. Em 1928, um matemático que trabalhava nos laboratórios da Bell, Harry Nyquist, estabeleceu uma relação entre a banda passante de um canal e a máxima taxa de bits que o canal poderia transportar. Esse teorema estabelece que esta taxa máxima é igual a 2 x W, onde W é a banda passante do canal. Dessa forma, o teorema de Nyquist leva a uma aparente limitação da máxima taxa de transmissão para um canal de voz. Uma comunicação unidirecional estaria limitada a 3.000 bps e, para um canal bidireccional, ela seria de 1.500 bps. Dessa forma, em 1985, um modem de 1.200 bps era considerado estado da arte e vendido por US$ 500. Agora, como explicar que existem modems trabalhando de forma bidireccional a 33.600 bps, ou mais ? Olhando de forma mais cuidadosa para o teorema de Nyquist, nota-se que ele se refere às mudanças da portadora e especificamente à taxa de transmissão. Isto significa que, se for associado um bit para cada variação da portadora sinal, é possível atingir taxas de transmissão mais altas. Nos antigos tempos da transmissão telegráfica, foi definida a unidade Baud, que especifica a quantidade de mudanças do sinal por segundo. Ela também é referenciada à taxa de modulação na qual os sinais estão sendo transmitidos. Se os sinais puderem assumir apenas dois valores, por exemplo, 5V para o bit 1 e 0V para o bit 0, então a taxa de modulação em Baud é igual à taxa de transmissão em bits por segundo. Porém, se os sinais assumirem 4 valores, por simplicidade 0; 1,66; 3,33 e 5V, pode-se associar 2 bits para cada um desses valores. Agora, para cada variação da portadora, transmitem-se dois bits, ou seja, a taxa de transmissão em bits por segundo é igual ao dobro da taxa de modulação. Os primeiros modems trabalhavam de forma muito simples, usando apenas dois tons: um bit para cada tom. Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. A fórmula para calcularse a máxima taxa de transmissão R de um modem, em bits por segundo, supondo que se saiba a taxa de modulação B, em Baud, e que o sinal pode ter D estados distintos, é: Como observado, um modem que module a portadora através de 4 níveis distintos pode associar 2 bits para cada nível e, em consequência, dobra a taxa de transmissão. Um modem desses, trabalhando a 1.200 bps, é equivalente a uma taxa de modulação de 600 Baud. De forma similar, um modem de alto desempenho associa 6 bits para cada uma das 64 possíveis transições da portadora e então aumenta bastante a taxa de transmissão, ainda mantendo baixa a taxa de modulação. Resumindo, aumentar o número de bits associado a cada nível da portadora efectivamente aumenta a taxa de transmissão. Volta-se novamente à pergunta: então qual é o limite teórico para a taxa de transmissão quando se usa um canal de largura de banda igual a W ? É claro que não se pode aumentar indefinidamente o número de bits associado a cada variação da portadora. À medida que se aumenta essa quantidade de bits, torna-se cada vez mais difícil distinguir um sinal 17 do outro e agora passa a entrar em cena o ruído. Se o mundo fosse perfeito e não houvesse ruído, então não haveria limite para a quantidade de bits associada a cada transição da portadora. Mas as coisas não funcionam assim e a quantidade de ruído dita o limite para essa quantidade de bits. Em 1949, Claude Shannon, um outro matemático dos Laboratórios da Bell, postulou uma relação entre a máxima taxa de transmissão, a largura de banda do canal e a quantidade de ruído: Onde: C é a máxima capacidade do canal em bps; W é a largura de banda do canal medida em Hz; S é a potência do sinal em Watts; N é a potência do ruído em Watts; e Log2 é o logaritmo na base 2. Esta relação determina a máxima taxa de transmissão teórica para um dado canal. A figura 2 apresenta essa relação calculada para o canal de voz telefónico, que tem uma banda de 3.000 Hz e uma relação sinal/ruído Figura 2: Relação de Shannon para um canal com banda de 3.000 Hz entre 30 e 40 dB. Tomando-se como típica uma SNR = 35 dB, chegase a um limite de 35.000 bps. Os modems comerciais, para trabalhar com linha discada, usualmente chegam a 33.600 bps, o que está próximo ao limite teórico. É comum que as linhas ofereçam uma relação sinal ruído abaixo de 30 dB e isso explica porque os modem 33.6K frequentemente oferecem uma conexão abaixo dessa velocidade. Agora uma outra pergunta: se o limite é de 35Kbps, como pode funcionar um modem de 56K ? Ricardo Zelenovsky e Alexandre Mendonça Diodo ® - Comércio e Industria de Material Electrónico, Lda. Diodo Electronic Rua Santa Teresa, nº 8 4050-537 Porto Tel. +351-223 395 230/3/4 Fax +351-223 395 239 Aquário - Comércio de Electrónica, Lda. Sede, Componentes Electrónicos Rua da Alegria, 93A, B, 95 4000-042 Porto - Portugal Tel. 223 394 780 (6 linhas) Fax. 222 001 379 (Geral) URL: www.aquario-cel.pt www.velleman-kit.com Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 18 CIRCUITOS VÁRIOS Circuitos úteis para robótica Os motores de corrente contínua, com tensões de alimentação entre 3 V e 12 V e correntes de até 1 A podem ser usados facilmente para movimentar braços mecânicos, elevadores, esteiras e até mesmo veículos de pequeno porte e robôs alimentados por bateria. Além da parte mecânica que pode exigir polias, correias ou caixas de redução, um problema que o projectista destes dispositivos encontra é o controle eléctrico e electrónico dos motores. Como o sentido de rotação do motor depende da polaridade da alimentação e a velocidade da tensão aplicada dentro da faixa permitida, o uso de circuitos electrónicos não é difícil e para os que conhecem alguns componentes básicos, a montagem de controles é relativamente simples. Dou a seguir diversos circuitos que podem ser adaptados para funcionar como motores de 3 V a 12 V e que exijam correntes de até 1 A. Estes motores podem ser conseguidos de pequenos electrodomésticos fora de uso (alimentados por pilhas e baterias) ou de brinquedos, principalmente, carrinhos que podem fornecer unidades de boa potência. Controlo simples de motor Para accionar um motor a partir de um conjunto de pilhas, bateria ou fonte de alimentação, o circuito indicado é o mostrado na figura 1, onde a polaridade da ligação do motor vai determinar o seu sentido de rotação. O condensador é usado para amortecer as comutações das escovas do motor, tomando seu funcionamento mais suave e evitando a produção de pulsos de transientes no circuito alimentado. Este componente é especialmente importante quando a bateria usada alimenta outros circuitos ao mesmo tempo, pois sem o condensador, podem ocorrer interferências. Se o circuito usar um controle remoto, o condensador é muito importante, pois evita a irradiação de interferências. Valores entre 100 uF e 1000 uF com tensão de trabalho um pouco maior que a usada na alimentação podem ser usados, observando-se sua polaridade. Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. Inversão do sentido da rotação Na figura 2 mostramos como deve ser ligada uma chave de 2 pólos x 2 posições ou HH para fazer a inversão do sentido de rotação de um pequeno motor de corrente contínua. Na mesma figura damos a identificação dos pólos desta chave que pode ser conseguida com facilidade em aparelhos fora de uso ou adquirida em casas especializadas. Observe que esta chave inverte o sentido da corrente que circula no motor. Como a corrente é invertida, o condensador depois da chave deve ser de poliéster, despolarizado, de 100 nF Para uma filtragem melhor com um condensador eletrolítico de 100 p a 1000 pF, sua ligação deve ser feita antes da chave. Este circuito é indicado para o caso em que se faz o controle de um braço mecânico ou de um robô e ele deve ter movimentos em dois sentidos. A chave pode ficar longe do sistema ligada por fios longos. Controlo de dois motores Dois motores podem ser activados alienadamente com o circuito da figura 3. Com a chave na posição 2, o motor M1 é activado e com a chave na posição 3 é a vez do motor M2 ser activado. A chave de 1 pólo 19 x 2 posições pode ser conseguida em aparelhos fora de uso ou ainda ser utilizada uma chave HH. No caso da chave HH, aproveitamos apenas metade como indicado na figura. Este circuito combinado com o da figura 2 possibilita o controle de dois motores com rotação nos dois sentidos, ou seja, podemos fazer qualquer um dos motores rodar no sentido desejado no momento em que quisermos. interruptor S1 for pressionado. Veja que S1 pode ser um interruptor de pressão ou um sensor de qualquer tipo (reedswftch, chave de fim de curso, sensor de toque, etc). O relé usado deve ter a mesma tensão usada na alimentação do motor neste circuito, mas nada impede que o relé seja alimentado por um circuito externo de controle. Se for necessário usar um condensador para amortecer os transientes devido à comutação do motor, ele deve ser ligado em paralelo com a alimentação. Este circuito pode ser combinado com outros mostrados nesta pagina de modo a ser obtido um comportamento mais complexo do sistema. Motor Pulsante Este circuito é indicado para aplicações em que o motor não deva simplesmente rodar, mas dar um pequeno impulso em algum dispositivo pelo toque num interruptor de pressão. Conforme a figura 4, o que temos é um condensador de valor muito alto ligado em paralelo com o motor de corrente contínua. Quando damos um toque no interruptor de pressão, o condensador carrega e depois descarrega-se pelo motor, mantendo-o em funcionamento por alguns segundos, dependendo de sua corrente. Em lugar de S1 como interruptor comum de pressão podem ser usados sensores, como por exemplo, relés, reedswftches, microswftches e outros dispositivos que produzam pulsos curtos de corrente. Reversão por relé O circuito mostrado na figura 5 inverte o sentido de rotação de um motor, enquanto o Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. Biestável de Controlo Com um toque no interruptor S1 o motor liga e assim permanece até que um toque no interruptor S2 o desligue. O circuito mostrado na figura 6 pode ser usado em muitas aplicações importantes de Robótica e Mecanica-Electronica. Como os interruptores S1 e S2 podem ser sensores, tais como reedswftches, chaves de fim de curso ou outros sensores, as aplicações são ilimitadas. Basta dar um toque num interruptor por exemplo, e uma esteira se move para transportar um objecto até seu final. No final, o sensor S2 é activado e a esteira pára de modo automático. O SCR não precisa de radiador de calor para motores até 500 mA. Acima disso, será conveniente usar uma pequena chapinha de metal para esta finalidade. O díodo D1 serve como filtro para evitar que pulsos de transientes gerados na comutação das bobinas do motor apareçam sobre o SCR, causando seu desligamento em momento indevido. Se houver tendência ao desligamento, mesmo com o díodo, um 20 condensador eletrolítico de 100 uF a 1 000 uF deve ser ligado também em paralelo com este componente. Um ponto importante a ser observado neste circuito é que há uma queda de tensão da ordem de 2 V num SCR ligado. Isso quer dizer que a tensão de alimentação deve ser 2 V maior que a exigida pelo motor de modo a compensar esta perda. É por este motivo que a tensão mínima de entrada sugerida para estes circuitos é de 6 V. Motor Accionado Por Luz Um fiash de luz dirigido ao LDR faz com que o SCR dispare e o motor seja accionado no circuito da figura 7. Para desligar, o que pode ser feito por um interruptor de pressão, chave de fim de curso, reedswftch ou outro tipo de sensor, é necessário activar S2 A sensibilidade do circuito é ajustada em P1 Para maior directividade e sensibilidade do LDR, evitando o accionamento pela luz ambiente, ele deve ser instalado num pequeno tubo opaco com uma lente convergente na sua frente. Se houver tendência ao desligamento errático pela comutação do motor, um condensador de 100 uF a 1000 uF deve ser ligado em paralelo com o motor. O SCR só precisará de um pequeno radiador de calor se o motor exigir correntes de mais de 500 mA. Este circuito pode controlar correntes de até 2 A. Deve ser lembrada a queda de tensão de 2 V produzida no SÇR em condução. Motor Accionado por Sombra A passagem de um objecto diante do LDR de modo a causar uma sombra momentânea acciona o motor, que assim permanecerá até que S1 seja activado. O circuito mostrado na figura 8 usa como sensor um LDR ou fotorresistência. Da mesma forma que no circuito anterior, P1 controla a sensibilidade. Para maior directividade o LDR deve ser montado num tubinho opaco com uma lente a sua frente. Este circuito pode ser usado para detectar a colocação de um objecto diante de um braço mecânico accionando sua pinça de modo automático para prendê-lo. Numa esteira, a colocação de um objecto faz seu accionamento até o momento em que uma chave de fim de curso (S1) a desligue. Devemos lembrar a queda de tensão de 2 V no SCR em condução, compensando-a na alimentação. Centro de Assistência Técnica Braga Representante Oficial: Panasonic, Technics, Saba, Thomson, Grundig, Samsung, Sanyo, Saeco, Jvc, Toschiba, Firstline, Bluesky, Seg, Basicline, etc... Américo Gouveia Rua dos Congregados, n.º 95 4710-370 Braga Tel: 253 218 088 Fax: 253 251 166 E-mail: [email protected] Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu contacto. Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 21 CIRCUITO DO MÊS – Fonte de Alimentação Regulável Esta fonte de alimentação é bastante invulgar , uma vez que possui regulação de corrente, o que a torna ideal para laboratório. O circuito é bastante simples e os componentes são fáceis de adquirir, ficando a regulação de tensão e corrente a cargo do L200 servindo o 741 apenas para regular o L200. O potenciómetro P1 varia a corrente desde 35mA a 1,5A e o potenciómetro P2 faz variar a tensão de saída desde 3 até 25V. Resta ainda referir que o L200 possui protecção contra sobreaquecimento e curto-circuitos , sendo portanto difícil danificar a fonte no caso de um curto-circuito involuntário! Pilar - S. I. I. Lda. Informática e Telecomunicações Software / Hardware / Redes Formação em Informática Paulo Matos Tel. 919 687 668 E-mail: [email protected] Vendo CDs com conteúdo dedicado á Electrónica: programas, datasheets, e muitas outras informações e utilidades. 7 Euros mais os custos de envio á cobrança. Contacte-me por e-mail: [email protected]. Visite também o meu site em http://xelectronicax.no.sapo.pt Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 22 DATABOOK - Informações de diversos IC’s 7415 7423 7432 7442 7447 7473 Circuitos Magazine N.º4 Mar/2003. 23 Ano 1 N.º 5 Maio/2003 Edição Gratuita Electrónica & Robótica Manutenção de Unidades de CD’s Parte III Memórias de Computadores Reparação de um Secador de Cabelo Funcionamento de Modems Parte III – Ultima Parte Mai/03-05 Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 1 Periodicidade: Bimestral Director: José Xavier Redacção: José Xavier Ilustração: José Xavier e Miguel Maia Pesquisa: José Xavier e Miguel Maia Colaboradores: Carlos Santos, JoDaFa, Marcos Matos, Manuel Alves e Silvia Marinho 3 NOTICIAS 6 ÁUDIO E VÍDEO Manutenção de Unidades de CD (Parte III) TV-Video ServiceMode (Parte V) 12 ROBÓTICA & MICROBÓTICA Propriedades e Direitos A propriedade do título Circuitos Magazine é de X@vi Electronics. Direitos de autor: Todos os artigos, desenhos e fotografias estão sob a protecção do Código de Direitos de Autor e não podem ser total ou parcialmente reproduzidos sem a permissão prévia dos seus autores. Internet Revista Web site: www.cm.home.sapo.pt X@vi Electronics Web site: www.circuitos.com.sapo.pt E-mail: [email protected] (questões técnicas) E-mail: [email protected] (informações) Percepção de um Robot 14 INFORMAÇÃO GERAL Memórias de Computadores Reparação de um Secador de Cabelo (Parte I) 19 CURIOSIDADES Funcionamento de Modems (Parte III) 21 CIRCUITOS VÁRIOS Alimentação Fixa Positiva Alimentação Fixa Simétrica Estabilizada Fonte de Alimentação para Circuitos TTL Fonte de Alimentação Simples Fonte Profissional Temporizada 23 CIRCUITO DO MÊS Luz Estroboscópia Aviso Esta revista destina-se somente a fins educativos! Não nos responsabiliza-mos por qualquer dano que possam causar, ou pelo uso indevido das informações aqui contidas. Nem todos os circuitos apresentados foram experimentados e testados pela nossa equipa. Não serão aceites reclamações! Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 24 DATABOOK Informações de diversos IC’s 2 NOTICIAS ESTUDO Crianças não devem utilizar telemóveis As conclusões do relatório, que será em breve publicado na totalidade na revista científica «Environmental Health Perspectives», referem-se a diversas experiências com ratos jovens que comprovaram que as radiações oriundas dos telemóveis destroem as células nervosas do cérebro. «Dentro de algumas décadas poderemos ter uma nova geração afectada por um envelhecimento cerebral precoce devido aos telemóveis», declarou ao jornal «Aftonbladet» o neurocirurgião do hospital universitário de Lund, na Suécia, Leif Salford. Os investigadores pensam que a causa da morte desta células reside no facto de a proteína da albumina abandonar o sangue e entrar no cérebro com a exposição às radiações. TELEMÓVEIS Sony e Ericsson reforçam jointventure A Sony e a Ericsson reforçaram a sua joint-venture em 300 milhões de euros. A SonyEricsson Mobile Communications vai receber o reforço financeiro para revitalizar a sua estrutura de capital e para criar um suporte à política de expansão que se avizinha, depreende-se da comunicação oficial revelada pelas duas empresas. A operação de reforço decorrerá até 31 de Março de 2003. De acordo com o comunicado, trata-se de "uma injecção de capital que representa o compromisso contínuo da Sony e da Ericsson neste projecto de joint-venture”. O documento anunciava também os resultados do último trimestre de 2002, durante o qual se registou um crescimento de 42 por cento em relação ao trimestre anterior. Em termos de vendas líquidas, o valor registado pela SonyEricsson chegou aos 1.235 milhões de euros e resultou num lucro líquido de 69 milhões. TELEMÓVEIS Igreja da Escócia contra antenas A Igreja Baptista escocesa está a alertar para o facto das antenas de telemóveis Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. poderem ser um meio de transmissão de conteúdos pornográficos. Numa "newsletter" (BUS News) posta a circular, podia lerse que "a União recebeu informações recentes sobre um operador de telemóveis que pretende incluir conteúdos para adultos, segmentados no mercado da pornografia, como parte integrante dos serviços a disponibilizar aos seus clientes, para a próxima geração de comunicações móveis". A Baptist Union of Scotland mostrou-se, no entanto, inteiramente disponível para receber todos aqueles que queiram discutir a possibilidade de colocar antenas nas suas imediações, inclusivamente as próprias igrejas, que constituem um dos lugares procurados pelos operadores para a sua instalação. No Reino Unido praticamente todos os operadores de telecomunicações móveis estão a planear incluir conteúdos pornográficos no seu rol de serviços a disponibilizar na 3G. Alguns, como a Hutchinson e a Virgin, já celebraram mesmo contratos para esse efeito. PORTUGUÊS Universidade de Aveiro cria computador falante A Universidade de Aveiro está a criar um programa informático que fala português. Através de um 3 sistema com um sintetizador articulatório, e recorrendo a ondas sonoras, o programa põe um computador a falar português, incluindo as suas variante regionais. Os investigadores do projecto dizem que o sistema pode ser aplicado a várias tarefas relacionadas com a transmissão e acesso a informações, como a leitura de informação apresentada num monitor ou a navegação na internet para invisuais. O ensino de línguas assistido por computador, a terapia da fala ou um sistema de tradução automática podem ser outras utilidades deste sistema, que envolve especialistas das áreas de fonética, sintaxe, morfologia, processamento de sinal, ciências da computação e de medicina. O sintetizador usado baseia-se na «modelação directa dos processos de produção usados pelo ser humano, simulando os movimentos da língua, maxilar e cordas vocais e o funcionamento das cavidades nasais e a propagação e radiação do som, pelo que pode produzir várias vozes diferentes «com qualidade aceitável». A equipa de investigação de Aveiro explica que o sistema «ainda não consegue produzir todos os sons do Português, como as fricativas e também não é capaz de fazer a conversão de texto para voz». Nesta altura, a maior dificuldade prende-se com os sons nasais do português, porque são «sons característicos e apresentam dificuldades acrescidas de análise. São uma área pouco conhecida e pouco explorada. O grande desafio do projecto é de facto a grande variedade da língua», sublinham os investigadores da Universidade de Aveiro. Enquanto decorrem as gravações para apoiar o desenvolvimento deste projecto, foram já iniciados os módulos de processamento linguístico para que o sistema possa vir a produzir voz a partir de texto escrito. INTERNET Governo britânico cede espectro radioeléctrico para serviços de banda larga O Governo do Reino Unido acaba de anunciar que vai abrir parte do espectro radioeléctrico. Esta desregulamentação visa incentivar as operadoras de telecomunicações a introduzirem novos serviços de banda larga sem fios através de redes públicas, sem que tenham que obter uma licença no âmbito da lei Wireless Telegraphy Act. Como resultado, as operadores comerciais de redes e outros utilizadores privados e públicos poderão implementar redes locais rádio (RLANs) para operarem serviços wireless conformes com a especificação 802.11a em partes da Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. frequência de espectro de 5 GHz, o que representa um menor nível de interferência com outros dispositivos. As alterações deverão entrar em vigor no dia 12 de Fevereiro. Se esta alteração das regras for mesmo implementada, poderá levar ao surgimento de mais hotspots wireless em hóteis, aeroportos, cafés e escolas, permitindo que as pessoas utilizem a Internet recorrendo a ligações de banda larga sem fios. Para Stephen Timms, ministro britânico para o Comércio Electrónico, "a abertura do espectro radioeléctrico irá encorajar as operadoras de telecomunicações a fornecerem novos e inovadores serviços públicos. Irá oferecer a possibilidade de banda larga em movimento, com serviços baseados em espaços públicos". Actualmente, a British Telecom está a liderar esta iniciativa, tendo já lançado vários hotspots no Reino Unido. Esta empresa espera ter quatro mil espaços desse tipo espalhados por todo o território daquele país até ao Verão de 2005. Os analistas esperam que os serviços Wi-Fi registem nos próximos anos uma velocidade de crescimento ultra-rápida, prevendo que as vendas das placas wireless necessárias para estabelecer a ligação à rede aumentem em todo o mundo de 6,5 milhões em 2001 para 31,2 milhões em 2006. 4 FOTO-DIGITAL Novo cartão de memória apresentado na CeBIT A Panasonic (Matsushita), Toshiba e SanDisk apresentaram na CeBIT 2003, feira de tecnologia em Hanover, um novo cartão de memória flash. O miniSD possui um sistema de protecção de dados como os SD Card e mede 21,5 milímetros de altura, 20 mm de largura e 1,4 mm de espessura. Os novos cartões destinam-se também ao mercado móvel de terceira geração e estarão disponíveis com as capacidades de 16, 32, 64, 128 e 256 MB. Com um adaptador, os cartões miniSD podem ser utilizados em ranhuras SD. Também na CeBIT, a SanDisk apresentou o primeiro cartão de memória SD com 1 GB de capacidade, que deverá estar disponível nos Estados Unidos no segundo semestre de 2003. INTERNET Alunos criam sistema pioneiro para conferencias Pedro Martins e Lucídio Mendes, alunos do quinto ano da UBI, criaram um programa pioneiro, chamado «Web Conference», que deve ser testado em Julho. A aplicação é especialmente útil já que «a gestão de uma conferência é algo muito complicado e envolve gente de várias partes do mundo que têm que estar em permanente contacto», explica Joel Rodrigues, docente no Departamento de Informática da UBI. O portal é gerido por um administrador que recebe todas as propostas de apresentações e currículos dos participantes e logo de seguida outros responsáveis pela classificação, avaliação ou correcção de textos recebem imediatamente as palestras, acrescenta o docente. Esta informação é seleccionada e disponibilizada em tempo real, a todos os envolvidos, em qualquer parte do globo. O primeiro teste está marcado para a próxima conferência do IEEF (Institute of Electrical and Electronic Engineering), em Julho, no Estoril. ROBÓTICA Robots não devem ir a guerra humanóides como o SDR-4X II, disse esta quinta-feira que estes engenhos não devem ser usados para fazer mal. «Tecnologica mente é muito difícil de os utilizar no campo de batalha mas se eles estiverem ligados à internet sem segurança, um pirata informático pode introduzir-se no sistema e controlá-los facilmente», disse Masahiro Fujita, o principal investigador do laboratório de inteligência dinâmica do grupo nipónico Sony. «É importante ter em atenção que estas tecnologias não sejam utilizadas em situações perigosas», recomendou, exemplificando «podemos, a partir do Japão, controlar este tipo de robots nos Estados Unidos. Podemos imaginar situações muito difíceis como uma pessoa a tirar fotos à vossa casa através do SDR-4X II ou raptar o vosso robot para fazer mal a alguém». O inventor do Aibo sublinhou que o que se pode passar com os humanóides é válido para as outras tecnologias: «mesmo um telemóvel com câmara fotográfica integrada pode ser utilizado de forma desviante». Fujita sublinhou ainda que os robots de divertimento, como o Aibo, podem servir «para construir um mundo onde as pessoas não se tratem mal, onde cooperem». Masahiro Fujita (na foto pequena) , o inventor do cão-robot de companhia Aibo e de robots Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 5 ÁUDIO E VÍDEO – Manutenção de Unidades de CD (Parte III) Informações Adicionais Sobre CD’s Um CD comum tem espessura de 1,2 mm. Tradicionalmente é composto de 99 trilhas. Seu tempo médio de reprodução é de 60 a 74 minutos. Seu diâmetro tradicional é de 12cm ou 8cm (menos popular). O sistema de CD musical tem uma resposta de frequência de 20hz a 20khz, gama dinâmica de 90dB, distorção harmónica de 0,01%. Quando em giro, o disco digital inicia sua rotação a uma velocidade de 539 RPM, caindo posteriormente para 197 RPM quando se aproxima das bordas do disco. Esta variação de giro torna-se necessária para que sua velocidade linear fique constante no valor de 1,3 m/s. O circuito responsável por este controle (CLV) será estudado oportunamente. Com o passar dos anos, os CDs receberam alguns códigos que especificavam sua origem tecnológica dentro do procedimento de fabricação, chamados código SPARS. Assim temos: AAA: Gravação analógica, mixagem analógica, matrizagem analógica e prensagem analógica. AAD: Gravação analógica, mixagem analógica, matrizagem e prensagem digitais. ADD: Gravação analógica, mixagem, matrizagem e prensagem digitais. DDD: Todo o processo é digital. Todo CD deveria ter este registro no selo do disco. Infelizmente isso não ocorre. Existe em todo o processo de fabricação um grande cuidado para que não ocorra um efeito crítico chamado birrefrigência, também denominado refracção dupla. Este é o nome dado ao efeito de uma onda de luz se dividir em outras duas ondas perpendiculares no instante em que são aplicadas ao policarbonato, espalhando-se sobre a superfície do disco e prejudicando a focalizarão do feixe sobre as trilhas de dados. Alguns problemas de leitura em discos de qualidade duvidosa estão justamente neste aspecto, exigindo uma focalização crítica para a unidade leitora. Quando o equipamento não consegue compensar esta falta de qualidade do disco, iniciam-se as dificuldades de leitura. Cabe lembrar os amigos que essa breve descrição não esgota de forma alguma esse assunto que é por demais extenso. Teoria de Funcionamento de Unidades de CD e Estudos de Circuitos Em primeiro lugar, ao ligarmos nosso aparelho leitor de CD, seja qual for o tipo de unidade, sempre existirá uma rotina básica e comum a ser executada: 1. Recolher o disco da bandeja 2. Posicionar a unidade óptica próxima à circunferência interna do disco e ligá-la (acender o díodo laser). 3. Executar a focalizarão + ∞ e − ∞ sobre a superfície do disco. 4. Ler o conteúdo da tabela que existe na primeira trilha do CD (TOC, Table Of Contents), pois é neste local que são encontradas informações como tempo de música, número de faixas, etc 5. Por fim, basta accionar a tecla Play ou então clicar no ícone do CD e rodar o programa desejado. Assim, depois de ocorrido esse rápido processo, poderemos iniciar a leitura do disco propriamente dito. Obviamente essa rotina de passos só será realizada se tudo estiver correcto, isto é, se todos os circuitos estiverem em pleno funcionamento. Sendo assim, vamos analisar, por etapas, as principais partes de um leitor de CD. São elas: Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 6 Fonte de Alimentação Unidade Óptica Placa de Processamento Digital Sensores Unidades Mecânicas Motores Fonte de Alimentação Este estágio só existe nos aparelhos utilizados fora do computador, como, por exemplo, os DVDs e os CDs de mesa. A fonte desses modelos em geral é muito simples: possuem um transformador para baixar a tensão da rede, um conjunto de díodos rectificadores, filtros e um circuito transistorizado para regulagem e estabilização das tensões de +12V e +5V (entre outras menos importantes). Em situações normais, raramente esse circuito apresenta defeitos. Em modelos mais recentes nota-se a tendência à utilização de fontes do tipo chaveada. Acreditamos não ser necessário entrar em detalhes sobre este circuito, visto que o CD-ROM utiliza alimentação da fonte do gabinete do micro. Unidade Óptica Trata-se de um dispositivo axial duplo que possui, em suas cavidades internas, uma junção semicondutora PN (cristal), um conjunto de lentes colimadoras e cilíndricas, um conjunto de bobinas para movimentação horizontal e vertical da lente colimadora (ou objectiva), um prisma não polarizado, grade de difração e fotodetectores. Quando aplicamos corrente sobre a junção semicondutora PN, geralmente formada por compostos de arseniato de gálio aluminizado (GaAl-As) ou outras derivações que surgiram ao longo dos anos, tenderá a oscilar, emitindo fótons e produzindo uma radiação infravermelha (feixe laser). O próprio termo laser significa “amplificação da luz por emissão estimulada de radiação”, um processo bastante engenhoso onde a própria luz se realimenta, emitindo ainda mais radiação. A luz obtida por este dispositivo é monocromática e coerente, proporcionando uma luz altamente direccional como é necessário. Seu comprimento de onda está na ordem de 780 nm (nanômetros). Existem variações deste comprimento entre 690 nm a 780 nm. As lentes colimadoras (objectiva), têm a função de tornar os feixes paralelos, e é construída para proporcionar uma precisão absoluta, pois é através dela que os feixes de leitura se concentram sobre o disco. Com as lentes cilíndricas modificamos a forma com que o feixe de luz, que retorna do disco contendo informações, se apresenta. Ao passar por estas lentes, que ficam fixadas sobre os fotodetectores, o feixe de luz sofrerá difração horizontal e terá forma elíptica e, de acordo com este grau elíptico, teremos maior precisão no rastreamento da informação digital, haja visto que esta forma elíptica do feixe será aplicada sobre os fotodetectores. As pequeninas bobinas fixadas à lente objectiva formam o conjunto electromecânico axial duplo. Para podermos gravar um determinado dado ou ler alguma informação no disco óptico, torna-se necessário que o feixe de luz esteja constantemente focalizado sobre as pistas de covas que existem no disco, sem que delas saiam em nenhum momento. Como este conjunto é servo controlado, para cima e para baixo fará o movimento de foco e, para os lados, o de trilhagem, proporcionando a exactidão durante a leitura/escrita. Fernando Costa Kiszewski Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 7 ÁUDIO E VÍDEO - TV-Video ServiceMode (Parte V) Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 8 Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 9 Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 10 Stef_no1 Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 11 ROBÓTICA & MICROBÓTICA – Percepção de um Robot A inteligência é caracterizada também por aprender e responder a estímulos externos diversos, e para isso é preciso que o mecanismo a que se propõe dar inteligência tenha um conhecimento acerca do ambiente em que se encontra. Como pode uma máquina que se locomove saber se vai bater em alguma coisa pelo caminho? Ou um robô que manipula objectos, como ele saberá pegar tais objectos sem esmagá-los ou deixá-los cair por excesso ou falta de força aplicada? Todas essas informações, e muitas outras, um dispositivo pode obter do ambiente através dos sentidos. Não é objectivo deste trabalho detalhar a construção de um robô, portanto serão feitas aqui apenas algumas considerações sobre a implementação de dois dos, vamos dizer, principais sentidos relevantes para a construção de uma máquina inteligente. O Tacto Este sentido consiste basicamente em identificar o encontro de algum objecto com nossa pele, e isso é feito por milhares de minúsculos sensores que possuímos espalhados pelo corpo. Em um robô este sentido é implementado da mesma forma, utilizando-se sensores. Vamos pensar primeiro em um sensor simples, que ao ser pressionado, envia um sinal indicando toque e se em uma mão mecânica colocarmos na ponta de cada dedo um desses dispositivos. Isso funcionaria como uma chave que, ao sofrer uma certa pressão, se fecha enviando um sinal indicando o toque. Com este sistema simples é possível para a máquina determinar quando "pegou" um objecto. A mesma abordagem pode ser usada para determinar se tocou em algum obstáculo pelo caminho, colocando desses sensores na sua base. Mas sabemos que uma chave dessas deve sofrer uma certa pressão para ser fechada. Se tratarmos de objectos diversos, como determinar que tipo de sensor utilizar. O robô poderia esmagar um tomate se as chaves não se fechassem logo. Além de sensores mecânicos poderia-se utilizar sensores com foto emissor e receptor (figura 01), com o que poderemos detectar não somente o toque como sua intensidade. Isto é possível cobrindo o sensor por uma camada de "pele" que serve como superfície reflectora. O fototransístor emite um sinal constante e, conforme a variação da pele, causada pelo contacto com algum objecto, esse sinal também varia. Há um outro modo interessante de obter sensação táctil. Que tal fazer com que a máquina tenha sensação de textura do objecto que toca? E ainda, fazer isso através de som. Você já reparou que arrastando um microfone sobre uma superfície áspera são produzidos alguns ruídos? Então poderia-se colocar Figura 01: foto emissor e receptor. pequenos microfones nas pontas dos dedos do robô que, com os sinais (ruídos) emitidos seria possível ter informação sobre a textura do objecto. Microfones são caros para tal implementação, ainda mais por ser preciso serem microfones muito pequenos. Uma saída seria utilizar nossa velha conhecida. Lembra-se da "agulha" dos discos de Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 12 vinil? Exactamente ela é uma boa solução. Com os sinais obtidos bastaria agora convertê-los em sinais digitais, o que não oferece maiores dificuldades. A Visão Dos nossos sentidos este é, sem dúvida, o mais complexo e poderoso. Através da visão podemos obter um grande número de informações num curto espaço de tempo (já diziam por aí que uma imagem vale mais do que mil palavras). Apesar de todo avanço na pesquisa em óptica, neurofisiologia e outras áreas relacionadas, não se tem ainda um sucesso na implementação de sistemas de visão. Na verdade não se tem ainda uma determinação e conhecimento suficientes sobre como funciona nossa visão, que é naturalmente um modelo para implementação. É fato que hoje já se consegue extrair imagens através de câmaras, contudo o modo como tratar as informações nelas contidas é um processo ainda muito complicado. Primeiro vamos nos voltar ao problema de captura da imagem. Como dito anteriormente, já existe tecnologia para conseguir imagens através de câmaras, que geram um sinal analógico. É necessário, então convertê-lo em sinal digital. O problema é que deverão ser capturadas diversas imagens e constantemente para se ter a visão e um factor importante é o tempo. Deve ser considerado o equipamento que realiza essa digitalização para não comprometer o tempo de resposta da máquina a algum evento percebido através da visão. Com uma câmara poderemos obter imagens em duas dimensões apenas, e é interessante para um robô tenha visão tridimensional, que possa localizar um objecto no espaço. Nosso organismo utiliza-se, para se ter essa percepção em 3D, de duas "câmaras", que são nossos olhos. Elas focalizam os objectos de ângulos diferentes e nosso cérebro trata essas informações nos dando essa visão. Actualmente os directores de cinema utilizam essa técnica para fazer os filmes em três dimensões que assistimos nos cinemas. Existem também outras técnicas para se obter visão em três dimensões a partir de uma única câmara, como por exemplo a medição de profundidade do objecto. Consiste basicamente em um tratamento maior sobre uma imagem obtida e novamente é preciso considerar o tempo dispensado para não atrapalhar o tempo de resposta. Outro problema a se apreciado seria o a extracção de informações da imagem obtida. Antes de tudo, como reconhecer um objecto em especial em uma imagem? Acima foi citada uma técnica para obtenção de percepção 3D, a medição de profundidade do objecto. Como conseguir fazer uma máquina reconhecer esse objecto em uma imagem? Há um ramo da informática que estuda esse problema que é o tratamento de imagens e uma solução encontrada foi a análise a partir de bordas. Por exemplo, considera-se a imagem como uma colecção de pontos e descobrindo quais pontos vizinhos tem cores diferentes, segue-se os pontos vizinhos que têm mesma cor ou diferença menor, obtendo assim a borda de um objecto dentro da imagem. Além de detecção de objectos é preciso que se reconheça-os. Como nós conseguimos reconhecer uma pessoa quando a encontramos? Comparando com uma imagem que temos dela, armazenada da última vez que a vimos. E se por acaso ela mudou seu cabelo, como a reconhecemos? Procuramos por traços que não se alteraram, como olhos ou nariz, e, se encontrarmos, a reconhecemos. Parece simples, não é? Mas infelizmente não é. Isto caracteriza outro grande problema encontrado no tratamento de informações obtidas pela visão. É claro que o processo de tratamento de imagens deve ser veloz para novamente, não interferir no tempo de resposta da máquina, já que terá que processar várias imagens consecutivas para implementação da visão. Há uma equipe do GSI desenvolvendo o tópico Visão Artificial e Reconhecimento de Padrões. Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 13 INFORMAÇÃO GERAL – Memórias de Computadores As memórias nunca chegaram a ser tão baratas a ponto de ser uma preocupação menor. A limitação da quantidade de slots disponíveis e a oferta abundante de módulos de baixa capacidade acabam também por impor limites. Este último obstáculo acaba revelando que em todos os tempos os módulos de maior capacidade são mais custosos e também de difícil aquisição. E afinal, a quantidade de memória pode influir no desempenho dos sistemas com qual magnitude? Para conseguir responder a esta e a outras questões, nada mais simples do que realizar uma porção de testes e ter à disposição uma porção de memória e duas das plataformas mais representativas da situação, uma Super7 e uma Slot1. SDRAM E DRAM A memória cache é uma das grandes obras de engenharia dos PCs. Apesar de não ser essencial, a sua presença costuma balancear a morosidade das memórias DRAM ( Dynamic Random Access Memory) ou mesmo SDRAM (Syncronous DRAM) frente à voracidade dos processadores. Os circuitos de memória SRAM (Static RAM) são os constituintes da memória cache. Os primeiros tipos de memória utilizadas na indústria (quando ainda nem existiam os módulos SIMM de 30 vias) eram similares às SRAMs. Dadas as exigências cada vez maiores por quantidade de memória e o elevado custo das SRAM, ficou claro para a indústria e para os engenheiros que um tipo novo de memória deveria ser empregada, afinal os custos das SRAMs ficaria proibitivo para quantidades cada vez mais elevadas. Alterando drasticamente a concepção das células de memória, surgiram os modelos DRAM, que, como a nomenclatura indica, são radicalmente diferentes dos SRAM. O produto era tão barato e também tão funcional, que a estrutura básica permanece até hoje. Enquanto as DRAM foram evoluindo com novas ideias e aplicações práticas, sempre tendo-se em vista a manutenção de custos baixos em detrimento de performance, as SRAM mantiveram-se exactamente iguais ao que eram no princípio, porém, com a descoberta de novas técnicas em microelectrónica e as almejadas reduções das dimensões dos dispositivos, as SRAM puderam ganhar muita velocidade e até reduções de custo. Em microelectrónica, dispositivos pequenos implicam em coisas boas e ruins. Entre as boas estão menores tempos de acesso, maior exigência de potência, maior quantidade de células elementares e obviamente menor custo relativo de produção. Entre as coisas ruins estão a maior susceptibilidade a ruídos, limitação de potência, efeitos electromagnéticos entre circuitos internos até então inexistentes, limitações do emprego de certos materiais e processos de produção mais complexos. A ideia das DRAM, por sua vez, é muito elegante. O produto em si é bastante simples e por isso mesmo extremamente barato. O problema da utilização das DRAM é a forma de implementação. Suas células de armazenamento básico (condensadores) tendem a perder a informação com o passar do tempo, por isso circuitos externos são encarregados de manter a integridade dos dados durante os processos conhecidos em inglês como refresh. O preço disso é que as células ficam indisponíveis enquanto os circuitos de manutenção de integridade estiverem operando. Em busca de minimizar este efeito inventaram-se inúmeros artifícios, como o EDO (Extended Data Out), sincronia, DDR (Double Data Rate), VC (Virtual Chanel), buffers e registradores locais. Mesmo assim a memória cache continua mantendo uma posição de destaque quando a preocupação é performance. Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 14 Para reduzir o custo ainda mais, as DRAM utilizam complicados processos de multiplexação de linhas de endereçamento, que reduz a quantidade de vias eléctricas do acesso, porém isso aumenta a complexidade dos circuitos de controle. É daí que surgem os termos RAS (Row Address Strobe) e CAS (Column Address Strobe), ou seja, sinalizadores de quando a matriz de memória está recebendo um apontamento de linha (row) ou coluna (column). Mesmo com tanta complexidade de implementação, acha-se que o custo ainda é compensador em relação às SRAMs. MEMÓRIA CACHE Como as SRAMs são de 8 a 10 vezes mais rápidas do que as DRAMs, bolou-se uma arquitectura que utilize uma mínima quantidade de SRAM para tentar promover uma melhora na performance. Assim surgiu a memória cache. A memória cache é uma pequena quantidade de SRAM que por meio de algoritmos refinados consegue manter boa parte dos dados requisitados pelo processador quase sempre em seus domínios, ou seja, dados da SDRAM ou DRAM são transferidos para suas células e daí o processador consulta simultaneamente o cache e a DRAM em busca dos dados. Obviamente, sempre que o cache possuir os dados, o processador o extrairá mais rapidamente dele. A preocupação é justamente com aquele quase sempre. Nenhum algoritmo pode prever com 100% de acurácia quais dados serão requisitados. Além disso, num primeiro momento, esses algoritmos nem tem ideia das regiões da memória que serão necessárias. Somando a essas limitações físicas do cache, ou seja, a quantidade de SRAM disponível e mais importante ainda, o alcance do cache. O algoritmo, a quantidade de SRAM e o alcance são três factores extensivamente pesquisados para que a memória cache continue sendo vantajosa. O alcance do cache indica qual a região ou quantidade de memória DRAM ficará na cobertura do cache, isto é, que região possui probabilidade não nula de ser encontrada no cache. Os resultados de testes mostram exactamente o que ocorre quando há uma certa quantidade de DRAM fora de alcance. Nada muito dramático, mas definitivamente limitador. Como se sabe, a memória cache vem sofrendo algumas transformações, especialmente a conhecida como cache nível 2 (L2). Gradualmente ela está sendo incorporada junto do processador. Isto vem ocorrendo porque com o cache fisicamente mais próximo e transferindo dados por um barramento especial, usualmente chamado de backside bus (BSB), frequências mais elevadas de troca de dados podem ser empregadas. Seria complexo, mas não impossível, para os fabricantes de placas-mãe implementarem vias eléctricas operando com frequências elevadas como por exemplo 800 MHz. O problema é suas singelas e longas trilhas de condutoras em meio a dezenas de circuitos. Se assim fosse, as placas-mãe ficariam totalmente dependentes da frequência do processador utilizado, limitando grandemente a compatibilidade. O Pentium III Coppermine (sérieE) e os Celeron com L2, por exemplo, possuem um L2 interno e operando na mesma frequência de processamento. Os primeiros Athlon, o Pentium II e os III não Cu-mine fazem o cache L2 operar na metade da frequência de processamento, porém os caches são implantados externamente nos próprios cartuchos, dispensando auxilio da placa-mãe. E qual a quantidade de cache ideal? Note que aqui fala-se sempre do cache L2. O cache L3 (placa-mãe), no caso dos K6-III é de pouca significância frente ao interno de 256 KB rodando na mesma frequência de processamento. O L1, existente em todo processador, é de suma importância e é indispensável da arquitectura dos processadores, por isso, não há como discutir a sua quantidade. Percebe-se no entanto, que a quantidade geral de cache vem aumentando gradualmente. O tamanho do cache deve ser tal que a maioria da porção mais activa dos programas desenvolvidos durante a existência de uma dada geração de processadores consiga caber nele. Nos sistemas multitarefa, ou seja, todos os atuais, o cenário é mais complexo, afinal há vários Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 15 programas operando simultaneamente e correndo pela ocupação do cache. Em qualquer caso, é consenso que a quantidade de cache e principalmente seu alcance sejam os maiores possíveis. www.oficina-digital.com/catalog/ Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 16 INFORMAÇÃO GERAL - Reparação de um Secador de Cabelo (Parte I) Constituição de um secador de cabelo Neste circuito temos um secador de cabelo com quatro posições no interruptor: - A posição 0 mantém o secador desligado. - A posição Frio, não expele ar quente, apenas frio. - A posição I , expele calor mas em temperatura média. - A posição II emite calor máximo. Temos também um motor de corrente contínua que é alimentado através do rectificador que está representado pelos 4 díodos. A resistência é uma associação de duas resistências e que permite obter duas temperaturas. Para segurança temos o térmico que dispara quando o secador atinge uma temperatura que o pode danificar ou provocar danos tanto no equipamento como na pessoa que o está a utilizar. Nas figuras seguintes iremos indicar onde se encontram estes componentes. Imagem do secador que vamos descrever Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. Parte traseira do secador onde se encontram três parafusos para a remoção da tampa 17 Remoção dos três parafusos Remoção da tampa traseira. Nesta fase deve-se ter muita atenção para não partir encaixes plásticos que possam existir. Uma vez removida a tampa traseira, ficamos com uma perspectiva do interior da máquina. Podemos logo à primeira vista, visualizar a ventoinha e a placa de comandos. Com cuidado remove-se toda a maquina para fora da carcaça. JoDaFa Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 18 CURIOSIDADES – Funcionamento de Modems (Parte III – Ultima Parte) Tipos de Ligação Modem 56k No início de 1997, começaram a surgir no mercados os modems 56 Kbps. Conhecendo o limite de 33.600, muitos se perguntaram sobre a veracidade desse lançamento. Esses modems, durante muito tempo, estiveram baseados em protocolos particulares. Tinha-se, de um lado, a US Robotics com o X2 e, do outro lado, a Rockwheel com o K56Flex. Os órgãos internacionais, em particular a ITU-T, demoraram para definir uma normalização e as duas companhias não entraram em acordo. Assim, durante um bom tempo, houve confusão e incompatibilidades nessa área. Felizmente, já existe a recomendação v.90 da ITU-T que padronizou os protocolos. O protocolo 56K é um projecto assimétrico onde a transferência do usuário para o servidor Internet, chamado de caminho de subida, acontece no máximo a 33.600, enquanto que transferências do servidor para o usuário, chamado de caminho de descida, funcionam a 56.600. Isso é bem aceitável pois, em geral, as transmissões do computador do usuário para o provedor consistem de pequenos pacotes, enquanto que o tráfego é bem pesado no sentido do provedor para o computador do usuário, consistindo de texto, gráficos e arquivos multimédia. Já foi visto que o principal limitante da velocidade é o ruído presente na linha telefónica. Esse ruído tem várias causas e, dentre elas, a que mais interessa é o ruído proveniente da quantização, que surge quando se digitaliza o sinal analógico para entrar na rede pública telefónica (PSTN). Sempre comete-se um erro ao transformar um sinal analógico em um sinal digital e esse erro tem um papel semelhante ao ruído, sendo por isso chamado de ruído de quantização. O processo inverso, ou seja, o de transformar o sinal digital em analógico, não introduz ruído. Assim, parte do ruído que limita a velocidade de transmissão é proveniente dessa quantização. Normalmente, os servidores Internet (ISP) conectam-se à rede telefónica pública através de linhas digitais, onde não se faz a quantização. Assim, no caminho ISP, o ruído é bem menor e, por isso, pode-se transmitir a 56K. Já no caminho inverso, antes do sinal analógico do usuário entrar na rede pública, é feita uma conversão de analógico para digital. Em consequência, aumenta-se a quantidade de ruído, Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. limitando portanto a velocidade em 33,6K. O modem 56K trabalha muito bem em laços locais. Porém, nos locais onde a companhia telefónica faz a multiplexação dos sinais e lança mão de um concentrador, ele vai encontrar problemas com o ruído de quantização. Ramais locais também devem encontrar problemas, pois os PABX atuais fazem sua própria digitalização e multiplexação. Outras soluções de Conecção Até então foram abordadas as soluções com modems analógicos convencionais. Esta secção será finalizada com um pequeno resumo de diversas outras alternativas, mais caras, evidentemente, mas que podem oferecer conexões mais rápidas e eficientes. A tabela abaixo apresenta um quadro comparativo entre as diferentes soluções. Tecnologia Modem Modem Duplex ISDN Modem a cabo Satélites ADSL Velocidade (Upload/Download) 33,6/53 Kbps 67,2/112 Kbps 128/128 Kbps 10Mbps/42Mbps 33,6/400 Kbps Variável www.velleman-kit.com 19 Modem Duplex é um tipo de modem que permite dobrar a velocidade das conexões. O funcionamento é extremamente simples de ser entendido: eles usam duas linhas telefónicas em paralelo. O modem duplex é um modem especial capaz de gerenciar e tirar partido dessas duas conexões simultâneas. Com esse tipo de modem, é possível uma conexão de 67,2 Kbps do usuário para o IPS e de 112 Kbps no sentido ISP para o usuário. É claro que, para que conexão seja bem rápida, o ISP deve ter também estrutura para modem duplex. O melhor dessa tecnologia é que ela não pede nada de especial e está disponível em qualquer lugar. Se houver a disponibilidade de duas linhas telefónicas e, é claro, de um modem duplex, é possível tirar proveito dessa conexão rápida. ISDN é a sigla de Rede Digital de Serviços Integrados (do inglês Integrated Services Digital Network). Com o ISDN, as companhias telefónicas fornecem ao seu assinante um acesso digital a um custo razoável. O enlace analógico entre o assinante e a rede pública é substituído por uma conexão digital, sem trocar os cabos. Para o caso de ISDN, o nome correcto para o “modem” é TA (Terminal Adapter) e, como a linha é digital, ele não faz conversões A/D ou D/A. A velocidade pode chegar a 128 Kbps, através do uso de dois canais de 64 Kbps. Contudo, mesmo nos Estados Unidos, as companhias telefónicas não têm dado importância a esse tipo de serviço e ele ainda é pouco utilizado. Talvez acabe por obsoletarse antes de tornar-se popular. xDSL abrevia a expressão “Digital Subscriber Line” que, em português, significa Linha Digital por Assinatura. Essa técnica, semelhante ao ISDN, disponibiliza ao usuário uma linha digital, só que agora ela trabalha por pacotes, como uma rede. Com essa técnica, também jogam-se fora os conversores A/D. A transferência é assimétrica, trabalhando com algo próximo a 1,5 Mbps na subida e até 8 Mbps na descida. Existem diversas variantes e a que está tendo mais aceitação é a ADSL (Asymetric Digital Subscriber Line). Os modems por cabo aproveitam a grande banda passante disponível nas conexões da TV a cabo que usam cabo coaxial. Durante muito tempo, faltou compatibilidade nessa área e a grande maioria dos modems fabricados só falavam com os de sua espécie. O padrão DOCSIS (“Data Over Cable Service Interface Specification”) está mostrando-se como um ponto de convergência. De acordo com essa especificação, espera-se algo em torno de 42 Mbps Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. na descida e 10 Mbps na subida. Um outro problema para o modem por cabo é o fato de que a grande maioria das instalações de TV a cabo é unidirecional, ou seja, só funcionam no sentido de chegada à casa. Nesses casos, será necessária uma conexão com modem convencional (via rede telefónica), funcionando a 33.600 bps, para fazer o ramo de subida. Os Serviços por Satélites são interessantes pois podem trabalhar com taxas elevadas, mesmo nos sítios mais remotos. Eles também são chamados de DSS (“Direct Satellite System”). Para ter acesso a esse tipo de serviço, é necessária uma pequena antena parabólica e apontá-la para um dos satélites geoestacionários do fornecedor do serviço. A velocidade deverá estar próxima dos 400 Kbps. Porém, aqui também são encontrados problemas no ramo de subida, sendo necessário fazê-lo através de linhas telefônicas a 33.600 bps. Ricardo Zelenovsky e Alexandre Mendonça Aquário - Comércio de Electrónica, Lda. Sede, Componentes Electrónicos Rua da Alegria, 93A, B, 95 4000-042 Porto - Portugal Tel. 223 394 780 (6 linhas) Fax. 222 001 379 (Geral) URL: www.aquario-cel.pt 20 CIRCUITOS VÁRIOS Circuitos de Fontes de Alimentação Vendo todo o tipo de acessórios e componentes para reparação de telemóveis. Contacto: Tlm:919783719 [email protected] Alimentação Fixa Positiva Alimentação Fixa Simétrica Estabilizada Fonte de Alimentação para Circuitos TTL Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 21 Fonte de Alimentação Simples Fonte Profissional Temporizada Nesta edição decidimos trazer uma pequena colecção de fontes de alimentação úteis em circuitos e principalmente em laboratórios. Temos recebido vários e-mails a perguntar porque não colocamos pcb’s juntamente com os circuitos, isso deve-se a que os circuitos que colocamos na revista são mandados pelos nossos leitores outros são da Web e estes não trazem as pcb’s, e como o nosso tempo é um bocado apertado para o desenvolvimento da revista não temos disponibilidade de criar as pcb’s para os esquemas que colocamos. Logo quando é nos enviado um circuito com a sua respectiva pcb nós a publicaremos juntamente com o circuito. Díodo ® - Comércio e Industria de Material Electrónico, Lda. Díodo Electronic Rua Santa Teresa, nº 8 4050-537 Porto Tel. +351-223 395 230/3/4 Fax +351-223 395 239 Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. Centro de Assistência Técnica Braga Representante Oficial: Panasonic, Technics, Saba, Thomson, Grundig, Samsung, Sanyo, Saeco, Jvc, Toschiba, Firstline, Bluesky, Seg, Basicline, etc... Américo Gouveia Rua dos Congregados, n.º 95 4710-370 Braga Tel: 253 218 088 Fax: 253 251 166 E-mail: [email protected] 22 CIRCUITO DO MÊS – Luz Estroboscópia Luz estroboscópica para animação de festas, arranjos visuais, sinalizadores ,etc... A tensão de alimentação do circuito é de 220VAC, se necessário podemos usar um transformador comum como auto transformador (110/220) para podermos alimentar o circuito com 110VCA, o transformador poderá ser qualquer um com primário de 110/220 com 5,4W de potência no secundário(9V x 600ma, 6V x 900ma, 12V x 450ma). T1 é constituído de primário de 20 espiras de fio de cobre 24AWG e secundário de 1000 espiras de fio de cobre 36 AWG enrolados em um bastão de ferrite de 60x15x5mm.(Aquele ferrite usado em antenas internas de rádios a pilha AM) Funcionamento: O circuito se divide em duas partes, uma é a parte de potência e a outra é um oscilador. A parte de potência é formada por R1, D1, C1 e LX1. D1 rectifica a corrente para carregar C1 que é limitada por R1, com isso C1 se carrega com a tensão de pico que é aproximadamente 308VAC (220VACRms), essa tensão é suficiente para ionizar LX1. A parte do oscilador e formada por R2, R3, R4, C2, NE1, D2, SCR e T1. C2 se carrega por R2 e R3 até atingir aproximadamente 80V quando NE1 conduz limitada por R4 e dispara o SCR através de D2, com a condução do SCR, C2 se descarrega ocasionando um pulso no primário de T1 que por sua vez dispara LX1 com a alta tensão de seu secundário. Com o disparo de LX1 C1 é descarregado e o circuito faz reset. Regulando R2 que é um potenciómetro, podemos mudar o tempo de carga de C2, ou seja, A quantidade de vezes que a lâmpada piscará em um intervalo de tempo. A tensão da saída de T1 é da ordem de 1KV (1000V), deve-se montar o circuito em uma caixa para se evitar acidentes com choques, e manter distância de mais de 1cm das outras trilhas para o isolamento, essa alta tensão é necessária para ionização do gás Xenônio. Componentes: - R1 = 1K 10W - R2 = 2,2M (Potenciómetro) - R3 = 100K 1/4W - R4 = 15K 1/4W - C1 = 16uF 450V - C2 = 1uF 250V - D1 = 1N4007 - D2 = 1N4007 - SCR = TIC106-D - NE1 = Lâmpada néon - LX1 = Lâmpada xenônio - T1 = transformador de pulso (ver texto) Vendo CDs com conteúdo dedicado á Electrónica: programas, datasheets, e muitas outras informações e utilidades. 7 Euros mais os custos de envio á cobrança. Contacte-me por e-mail: [email protected]. Visite também o meu site em http://xelectronicax.no.sapo.pt Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. Pilar - S. I. I. Lda. Informática e Telecomunicações Software / Hardware / Redes Formação em Informática Paulo Matos Tel. 919 687 668 E-mail: [email protected] 23 DATABOOK - Informações de diversos IC’s 7474 7475 7480 Circuitos Magazine N.º5 Mai/2003. 24 Ano 1 N.º 6 Julho/2003 Edição Gratuita Electrónica & Robótica Manutenção de Unidades de CD’s Parte IV O Sistema GPS Reparação de um Secador de Cabelo Parte II Como Programar Pics Jul/03-06 Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 1 Periodicidade: Bimestral Director: José Xavier Redacção: José Xavier Ilustração: José Xavier e Miguel Maia Pesquisa: José Xavier e Miguel Maia Colaboradores: Carlos Santos, JoDaFa, Marcos Matos, Manuel Alves e Silvia Marinho Propriedades e Direitos A propriedade do título Circuitos Magazine é de X@vi Electronics. Direitos de autor: Todos os artigos, desenhos e fotografias estão sob a protecção do Código de Direitos de Autor e não podem ser total ou parcialmente reproduzidos sem a permissão prévia dos seus autores. Internet Revista Web site: www.cmagazine.rg3.net X@vi Electronics Web site: www.xavielectro.pt.vu E-mail - Questões Técnicas [email protected] E-mail - Informações [email protected] 3 NOTICIAS 5 ÁUDIO E VÍDEO Manutenção de Unidades de CD (Parte IV) TV-Video ServiceMode (Parte VI) 11 ROBÓTICA & MICROBÓTICA Como Programar um Pic 13 INFORMAÇÃO GERAL O Sistema GPS Reparação de um Secador de Cabelo (Parte II) 19 CURIOSIDADES Temporizadores e Osciladores 22 CIRCUITOS VÁRIOS Programador JDM Programador Ludipipo Progamador Simples Programador Porta Paralela 25 CIRCUITO DO MÊS Aviso Esta revista destina-se somente a fins educativos! Não nos responsabiliza-mos por qualquer dano que possam causar, ou pelo uso indevido das informações aqui contidas. Nem todos os circuitos apresentados foram experimentados e testados pela nossa equipa. Não serão aceites reclamações! Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. Carregador de Pilhas Ni - Cd 26 DATABOOK Informações de diversos IC’s 2 NOTICIAS ROBÓTICA Portugal participa com 8 equipas no Robocup 2003 em Itália D meses depois de terminado o Robótica 2003, o Festival Nacional de Robótica que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa, oito equipas de universidades portuguesas vão participar no campeonato Robocup 2003, o Mundial de Futebol Robótico 2003 que decorre no próximo mês de Julho em Itália. Este é o último campeonato mundial antes da edição de 2004 que se realizará em Portugal no próximo ano. ois O Instituto Superior Técnico vai participar no Mundial de Futebol Robótico 2003 com duas equipas, estando igualmente presentes formações da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), Universidade de Aveiro, Universidade do Minho e Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP). O campeonato Mundial reúne cerca de 300 equipas de todo o mundo que durante 6 dias vão disputar em Pádua diversas competições, com destaque para a liga dos robots pequenos e liga dos robots médios, liga de simulação, liga de robots de "4 pernas" e a competição "Humanoid", com máquinas já mais próximas do ser humano. Este ano pela primeira vez, Portugal vai contar com uma equipa no RoboCup Junior que participará na classe de Dança, com um robot desenvolvido na Escola Gustavo Eiffel, da Amadora. GPS Matsushita lança primeira bicicleta equipada com GPS Uma afiliada da japonesa Matsushita anunciou que irá comercializar a primeira bicicleta equipada com GPS, útil para detectar veículos de duas rodas roubados. A nova bicicleta da “National Bicycle Industrial” será lançada no Japão durante o mês de Agosto a um preço estimado de 637 dólares (cerca de 545 euros). O GPS (Global Positioning System) estará ligado à SECOM, uma empresa ligada à área da segurança no Japão, o que permitirá aos utilizadores localizar as bicicletas em tempo real. No entanto, por este serviço, prestado pela SECOM, os ciclistas terão de pagar cerca de 6 euros por mês. Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. USA Estados Unidos exportam menos tecnologia Nos últimos dois anos, as exportações de bens de consumo tecnológicos nos Estados Unidos têm estado a diminuir, de acordo com um relatório a que a “CNET” faz referência. O sector que gerou em 2000 receitas na ordem dos 223 biliões de dólares, em 2002 não ultrapassou os 166 biliões de dólares. Em 2000, as exportações neste sector representavam 29 por cento, enquanto que no ano passado ficaram-se pelos 24 por cento. A empresa que elaborou o relatório, a “AeA Tech Trade Update”, atribui o declínio ao crescimento destes sectores na Europa e no Japão. Centro de Assistência Técnica Braga Representante Oficial: Panasonic, Technics, Saba, Thomson, Grundig, Samsung, Sanyo, Saeco, Jvc, Toschiba, Firstline, Bluesky, Seg, Basicline, etc... Américo Gouveia Rua dos Congregados, n.º 95 4710-370 Braga Tel: 253 218 088 Fax: 253 251 166 E-mail: [email protected] 3 PORTUGAL Portugal atrasado no sector das tecnologias avançadas O director-adjunto do Instituto Superior Técnico, Guilherme Arroz, considera a situação de Portugal no sector das tecnologias avançadas “preocupante”. As afirmações foram feitas no campus Taguspark a partir de dados revelados no “IMD World Competitiveness Yearbook” de 2002, que compara 49 países a nível mundial. Em relação à percentagem de diplomados pelo ensino superior em áreas de ciência e tecnologia, o documento coloca Portugal no 41º lugar com cerca de 24,85 por cento, situandose, no conjunto da União Europeia, apenas à frente da Grécia. Quanto à existência de engenheiros qualificados no mercado de trabalho, Portugal situa-se em 42º lugar, na UE à frente do Reino Unido e do Luxemburgo. Na exportação de produtos de alta tecnologia, Portugal fica atrás de todos os países da União Europeia em 35º lugar. Na opinião de Guilherme Arroz, “tem de ser assumida uma política de elevação do nível tecnológico do país que é, no presente contexto, uma questão de sobrevivência nacional”. TECNOLOGIA LCD Philips desenvolve televisor/espelho A Philips anunciou recentemente, segundo o site “Tek.sapo”, a intenção de comercializar um espelho que é simultaneamente um televisor. Este produto, que utiliza uma nova tecnologia LCD, foi concebido especificamente para espaços como hotéis e lojas. O espelho que se transforma em ecrã de televisão permite ainda recorrer ao serviço “pay per view” e pode também ser usado como ecrã de computador. O televisor/espelho foi criado pela Homelab da Philips, um projecto que equipa uma habitação com as mais modernas tecnologias e avalia a interacção dos habitantes com essas aplicações. TELÉMOVEIS Telemóvel pode ser controlo remoto para carro Os telemóveis já podem receber e enviar e-mails, tocar música, capturar vídeo, tirar fotografias. Agora, no Japão, também já podem servir como controlo remoto para carros de brincar. Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. O fabricante japonês de brinquedos Takara Co e o produtor de jogos de vídeo Konami Corp desenvolveram uma tecnologia que, uma vez incorporada no telefone, permite controlar automóveis e outros brinquedos através de infravermelhos. Segundo o porta-voz da empresa Takara, citado pela Reuters, o objectivo é continuar a cativar a atenção dos adultos para os carros de brincar telecomandados. Pedimos um bocado de atenção e um pouco de colaboração a todos que lêem esta revista. Agradecíamos se fosse possível aos leitores que quando descobrissem alguma noticia com conteúdo relacionado com electrónica e novas tecnologias se podiam enviar as mesmas para [email protected] para ajudar no desenvolvimento desta secção. Obrigado A Equipa X@vi Electronics Vendo todo o tipo de acessórios e componentes para reparação de telemóveis. Contacto: Tlm:919783719 [email protected] 4 ÁUDIO E VÍDEO – Manutenção de Unidades de CD (Parte IV) Unidade Óptica A grade de difração, situada à frente do cristal oscilador, tem a função de dividir o único feixe de luz gerado em outros dois pequenos, compondo a tríade, para que sirva de auxílio no processo de leitura e correcção de erros. O prisma não polarizado é constituído de um meio espelho que reflecte parte da luz incidente sobre ele. Por este micro espelho apenas 1/4 da potência do feixe laser atingirá os fotodetectores, evitando seu desgaste prematuro ou queima. Por último, temos os fotodetectores, dispositivos electrónicos que têm a finalidade de converter níveis de radiação luminosa em pequenas variações de corrente eléctrica pulsante. São eles que enviarão os dados digitais (reflexão de luz ou refracção), lidos no disco e recebidos pelo conjunto óptico, ao circuito electrónico do equipamento (placa), para sofrer demodulação e processamento lógico. Atenção: Sempre que formos trabalhar com unidade ópticas devemos usar a pulseira e a manta anti-estática. O díodo laser é extremamente sensível a descargas electro-estáticas! Por esta mesma razão, as unidades novas de díodo laser tem o seu pino de alimentação curto-circuitado ao terra! Este é o procedimento de todos os fabricantes de conjuntos ópticos. Para o trabalho com estas unidades, devemos também, ter o máximo cuidado na aproximação com os olhos (manter uma distância de, no mínimo, 15cm da lente objectiva). O feixe é muito concentrado e poderá afectar o olho humano (causando cegueira). Detalhe: o comprimento de onda do laser usado no CD é invisível ao olho humano. Ao longo das aulas veremos como confeccionar um prático dispositivo para averiguar se o doido laser está aceso e emitindo feixe de luz, sem riscos à visão, além de ser infinitamente mais prático. Na Figura 1 vemos a ilustração de uma unidade óptica genérica. Figura 1: Funcionamento da unidade óptica. Informações adicionais sobre unidades ópticas Consumo médio de corrente: 40 a 70 mA Corrente máxima suportável: 100 a 150 mA Potência média de uma unidade de laser convencional: 0,25 mW O ranger (raio de acção) de foco da objectiva (em que é possível leitura) atinge aproximadamente 2 mícron Distâncias entre disco e protector de lente: 1,04 a 1,44 mm Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 5 Descrição do circuito electrónico APC (Automatic Power Control) da unidade óptica Observe a Figura 2 para entender nossas explicações sobre este circuito. Figura 2: Circuito APC (Automatic Power Control). O díodo laser D1 é o componente semicondutor responsável pela geração do feixe laser principal. O díodo D2 executa a detecção do nível de radiação luminosa reflectida no disco (mais intenso ou menos intenso), assim recebe o sugestivo nome de monitor laser. Quando o sinal de reflexão do disco estiver deficiente, o díodo monitor, recebendo menos luz, diminuirá a corrente sobre R1, fazendo com que um grande desnível de tensão apareça nas entradas do detector e comparador de erro (IC1), forçando-o a gerar uma tensão de erro proporcional a esta diferença, com objectivo de compensá-la. Desta maneira, aplica-se uma maior corrente sobre a unidade emissora (D1), aumentando a intensidade do feixe laser. O transístor T1 se encarrega deste controle final, conduzindo mais, nesta situação específica. Nos casos em que há condições normais de reflexão (discos em bom estado, unidade com bom ganho, etc.) a corrente de D2, previamente calculada, será de tal forma levada às entradas do operacional IC1 que, quando comparada com uma referência padrão de tensão, fornecida por R2, terá como resultado um valor de erro tendendo a zero, mantendo, assim, o feixe com o máximo de estabilidade luminosa. Os valores da tensão padrão mudam um pouco de acordo com o projecto do equipamento. Na prática, porém, geralmente estes valores estão entre 2,5 e 5 V. A tensão de erro final aplicada à base do T1 está normalmente em torno de 0,8 V. É importante que se diga que este micro circuito está normalmente embutido em um chip da placa de processamento. Temos acesso apenas ao transístor de controle (T1) e ao trimpot (R1), velho conhecido de todos, lá na plaquinha da unidade óptica. Nesta rápida explicação deste modelo didáctico, fica fácil notar o quanto é importante o APC para a vida útil de uma unidade óptica, assim como, o seu correcto ajuste. Fernando Costa Kiszewski www.velleman-kit.com Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 6 ÁUDIO E VÍDEO - TV-Video ServiceMode (Parte VI) Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 7 Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 8 Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 9 Stef_no1 Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 10 ROBÓTICA & MICROBÓTICA – Como programar um Pic Nesta edição da revista pretendemos abordar de uma forma simples a programação dos mais baratos e simples microprocessadores da Microchip, os PIC (Peripheral Interface Controllers), que são o caso dos PIC16C84 e PIC16F84. Estes novos chips são fáceis de usar, de programar e de apagar, pois não precisam de estar sujeitos aos ultravioletas para apagar o seu conteúdo de memória, e acima de tudo, são bastante baratos. Estes chips podem ser apagados e programados vezes sem conta (cerca de 1.000.000!!!). Até à bem pouco tempo a versão mais comum destes chips era o 16C84, contudo foi largamente ultrapassado com o mais recente e moderno 16F84. Neste chip a memória eprom passou a ser flash e de maior capacidade, existindo várias versões. Operacionalmente os dois são muito similares, têm os pinos compatíveis, contudo o 16F84 tem mais memória e também é mais barato (cerca de 7 Euros), custando perto de metade do seu antecessor. Com eles poderá encontrar algum circuitos de fácil construção e bastante úteis para os radioamadores e não só!. Como programar um PIC ? O programador utilizado para o 16C84 ou 16F84 é bastante simples de construir. A sua conexão ao computador é feita através da porta série COM1 ou COM2. O circuito e placa está nesta página em projecto->PIC Em termos gerais vamos tentar explicar como programar um PIC : 1º Fase Em primeiro lugar teremos de criar ou modificar o ficheiro que contém o programa para programar o PIC, chamado programa fonte. Existem dois tipos distintos destes ficheiros: os hexadecimais e os de texto. Os primeiros estão aptos a serem lidos directamente pelo programa que vai gravar o ficheiro no PIC mas não permitem qualquer alteração do seu conteúdo. Os segundos, tem normalmente uma extensão *.ASM (assembler) ou *.TXT (texto). Estes já permitem alterar o conteúdo do programa com o qual pretendemos programar o PIC. Para tal utilizamos o NOTEPAD do Windows ou um qualquer outro editor de texto. Os ficheiros de programas com extensão *.ASM ou *.TXT são os mais desejados por quem anda nesta lides, pois permitem fazer alterações no seu conteúdo como por exemplo, modificar os dizeres de uma mira. No final de criar o programa ou altera-lo pelo editor de texto deve salva-lo com extensão *.ASM ou *.TXT. 2º Fase Depois de criar ou alterar o ficheiro com que pretendemos programar o PIC, tem de usar o MPASM, programa do fabricante do PIC que compila o ASM (assembler) ou TXT para hexadecimal. Este programa pode ser descarregado, do site da MICROCHIP. Com o programa aberto devemos seleccionar o microprocessador manualmente que desejamos programar. A opção "Default" que aparece no arranque do programa, "lê" qual o PIC que está no programador e funciona com a maioria dos PIC16F84 mas na versão PIC16F84A por vezes não resulta o que nos pode levar a pensar que o PIC ou o programador esta avariado, como por exemplo uma resistência aberta. Seguidamente no botão "Browse", selecciona-se o ficheiro que criamos ou modificamos, depois de seleccionado, vamos ao botão "Assembler" e é só aguardar que MPASM faça a compilação do ficheiro. Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 11 Se porventura ocorrerem erros na compilação aparecerá na janela essa informação, será então gerado pelo MPASM um ficheiro referente a esses mesmos erros que poderá ser lido num editor de texto. 3ª Fase Nesta 3ª e última fase resta-nos programar o PIC já com o ficheiro *.hex preparado. Dentro de vários programas disponíveis, podemos usar o PIX, este software é bastante fácil de usar e permite variadas funções, desde apagar o próprio PIC até ler o seu conteúdo e salvá-lo noutro formato. Um outro para ambiente WINDOWS e que funciona também muito bem é o ICPROG, ambos disponíveis neste site para download. O PIX é um programa de DOS, contudo funciona na perfeição em ambiente Windows. Para o pôr a funcionar com o programador através da porta série, primeiro deve editar o ficheiro PIX.CFG que vem com o programa. Encontre as duas linhas que dizem: • PortLPT1 • Programmer = Shaer Coloque um ";" no princípio de cada uma, que ficam com o seguinte aspecto: • ; PortLPT1 e Programmer = Shaer • ; Programmer=Ludi depois procure a linha que diz: • ; Port=COMx (x é o numero da COM que vai utilizar). Que deverá ficar com seguinte aspecto: • Port=COM2 • Depois é só ligar o programador à COM2, tendo em atenção que esta ligação deve ser feita com um cabo série curto ou de preferência colocando o programador ligado directamente à porta série. Quando correr o programa provavelmente aparecerá, MODEM DETECTED ou NO/BAD HARDWARE. NOT TRUE CONTINUE, pressione YES e ENTER, o programa entrará. Se o PIC for usado deve fazer ERASE (F7) para que o conteúdo existem em memória seja totalmente apagado. Se for novo, logicamente, esta operação é desnecessária. Depois à que ler o ficheiro que criamos, para tal fazemos FILE (F3), com a tecla "D" seleccionamos a drive A:, C: ... onde está guardado o ficheiro *.HEX. Depois de seleccionado o ficheiro fazemos BLOW (F9) e aguardamos que o programa grave o ficheiro na memório EEPROM do PIC. Finalmente e se tudo correr normalmente, poderemos fazer READ (F4) para verificar se a informação está registada no PIC. Para termos esta indicação bastas lermos a janela "Program Dump" e verificarmos por ex. se o endereço "0000:" tem um registo diferente de "3FFF". A leitura "000: 3FFF 3FFF..." significa que o PIC está com a memória vazia. Após todas estas operações, resta testar o PIC no circuito e boa sorte... Se pretender ler o código hexadecimal de um PIC já programado sem a opção "FUSE F8", (esta opção impede que se faça a leitura do PIC) converte-lo para linguagem assembler (ASM) Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu contacto. Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu contacto. 12 INFORMAÇÃO GERAL – O Sistema GPS A ideia da utilização de corpos celestes para navegação acompanha o homem desde os primórdios da humanidade, e, ao que tudo indica, este continuará durante muito tempo utilizando corpos celestes para se orientar, mas, agora, utilizando corpos dispostos convenientemente no espaço e sob seu inteiro controle. A navegação astronómica possui sérios inconvenientes, dentre os quais depender da observação de astros que precisam estar à disposição do usuário em qualquer ponto e a qualquer hora, e ser imprópria para obtenção, em tempo real, da posição de usuários em alta dinâmica. Em compensação, uma vantagem deste sistema é que ele pode ser utilizado por qualquer pessoa habilitada, sem pedir licença para ninguém. Outros sistemas de navegação modernos que utilizam ondas de rádio também possuem limitações: as ondas de rádio de alta frequência proporcionam navegação precisa, mas são influenciadas pelo relevo, e as ondas de baixa frequência são pobres em precisão. Também, os equipamentos utilizados não são de fácil acesso para qualquer usuário. Nas décadas de 60 e 70, a utilização de satélites artificiais introduziu novos sistemas de navegação (TRANSIT, TIMATION, SYSTEM 621B, NTS), que resolveram alguns desses problemas, mas não todos simultaneamente. O caminho para uma solução ampla foi dado através de pesquisas realizadas nas décadas de 70 e 80, pela Força Aérea dos Estados Unidos, que levaram ao desenvolvimento de um sistema de navegação por satélites denominado GPS (Global Positioning System). Os principais objectivos do GPS são: a) auxílio à radio-navegação em três dimensões com elevada precisão nos cálculos de posição, mesmo com usuários sujeitos a altas dinâmicas; b) navegação em tempo real; c) alta imunidade a interferências; d) cobertura global, 24 horas por dia; e) rápida obtenção das informações transmitidas pelos satélites. Geometria orbital Segundo as leis de Kepler, não considerando perturbações, as trajectórias dos satélites artificiais são órbitas elípticas, obedecem à lei das áreas e à lei harmónica. Seis parâmetros, sendo cinco geométricos e um cinemático, chamados parâmetros ou elementos orbitais, caracterizam uma órbita elíptica: (longitude do nodo ascendente), I (inclinação), (argumento do perigeu), (semi-eixo maior), e (excentricidade) e ( época ou tempo do perigeu). Para definir estes elementos (figura 1), consideremos um sistema de referência OXYZ, triortogonal, com origem no centro da Terra, cujo plano fundamental é o Equador Terrestre, e com o eixo Z coincidindo com o eixo de rotação da Terra. O eixo X aponta para o ponto ou ponto vernal. Os dois primeiros elementos mencionados definem o plano orbital: .... ângulo entre o eixo X e o nodo ascendente (ponto em que o satélite cruza o plano equatorial dirigindo-se do hemisfério sul para o norte); I.........ângulo entre o plano do equador e o plano da órbita do satélite. O terceiro elemento fixa a posição da elipse no plano orbital: ....... ângulo entre o nodo ascendente e o perigeu (ponto da elipse mais próximo do foco O). Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 13 Os elementos e e fixam o tamanho e o achatamento da elipse. O tempo do perigeu é o instante em que o satélite passa pelo perigeu. O princípio básico O funcionamento do sistema GPS se baseia no princípio da triangularização, segundo o qual o observador conhece a posição de um conjunto de satélites em relação a um referencial inercial e a sua posição em relação a este conjunto, e obtém sua própria posição no sistema de referência. O sistema de referência utilizado pelo sistema GPS é o WGS ( WGS-72 até 1986 e WGS-84 a partir de 1987). Figura 1 - Parâmetros Orbitais O GPS é dividido em três segmentos principais: a) segmento espacial, constituído pelos satélites; b) segmento de controle, constituído pelas estações terrestres que controlam o desempenho e o funcionamento do sistema; c) segmento usuário, constituído pelos usuários do sistema. A figura 2 apresenta os parâmetros básicos utilizados pelo GPS na determinação da posição do usuário. Definindo: = posição do usuário; = posição do i-ésimo satélite; = posição do usuário em relação ao i-ésimo satélite. Assim, admitindo = ( Xu , Yu , Zu ) , temos a relação : ( Xu - Xi )^2 + ( Yu - Yi )^2 + ( Zu - Zi )^2 = ^2 Cada satélite i transmite sua posição ( Xi , Yi , Zi ) e o instante de transmissão To. O usuário possui um receptor que mede os intervalos de tempo de propagação decorridos a partir da transmissão do sinal pelo i-ésimo satélite: Considerando uma perfeita sincronização dos relógios e desprezando os efeitos de distorção da ionosfera, efeitos relativísticos e outros, temos: , onde c é a velocidade da luz. Se há desvios de sincronização dos relógios, teremos : , onde: pi é a pseudodistância do usuário ao Figura 2 - O Princípio Básico do GPS Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 14 i-ésimo satélite; e bu é o erro correspondente ao desvio dos relógios. Assim, necessitamos dos dados de quatro satélites observados simultaneamente, para obter um sistema de quatro equações, e determinar Xu , Yu , Zu , bu . É importante ressaltar que, dependendo da geometria relativa dos satélites, o sistema de equações pode não ter solução. Além disso, se mais de quatro satélites são observados simultaneamente, existe um conjunto de quatro que fornece a solução com menor erro. De modo a se ter um mínimo de quatro satélites visíveis simultaneamente 24 horas por dia, em posição conveniente, foi concebida inicialmente uma constelação de 27 satélites, sendo três reservas (figura 3). Esses satélites estariam divididos em 3 órbitas quase circulares, com período de 11h 58min (metade do período de rotação da Terra, com semi-eixo maior de aproximadamente 26500 km), inclinadas de 63 e espaçadas de 120 . Dez satélites foram lançados com essas características. Devido a aspectos económicos, o sistema foi inicialmente alterado para 18 satélites (e mais três reservas), arranjados em seis planos orbitais inclinados de 55 com argumentos do perigeu de 0 , 120 e 240 e longitudes do nodo ascendente de 0 , 60 , 120 , 180 , 240 e 300 . Actualmente os 27 satélites estão operacionais. A mensagem transmitida por cada satélite ao usuário contém : a) parâmetros para correcção do relógio do satélite b)efemérides do satélite c)almanaque e "saúde" de todos os satélites d)dados para correcção da propagação ionosférica e)parâmetros para correcções orbitais f)código de identificação As frequências de transmissão utilizadas pelos satélites são as seguintes: Figura 3 1) comunicação com os usuário - Link de Transmissão: a) LINK1 (L1) - portadora de 1575,42 MHz, níveis de -160 a -163 dBW e modulação em fase; b) LINK2 (L2) - portadora de 1227,60 MHz, níveis de -166 dBW e modulação em fase. 2) comunicação com as estações de controle - Link de Recepção: BANDA-S = 2227,50MHz. 3) comunicação com as estações de controle - Link de Recepção: BANDA-S= 1783,74MHz. Os códigos de identificação utilizados são os seguintes: a) código P (Precision), para uso militar; b) código C/A ( Course/Acquisition), para uso civil. Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 15 Esses códigos são do tipo ruído pseudoaleatório e permitem que a mensagem de posição do satélite transmitida para o usuário seja, eventualmente, acrescida de ruído, não necessariamente Gaussiano, que deteriora a precisão com que o usuário irá determinar a sua posição. Principais fontes de erro As principais fontes de erro do GPS são as seguintes: a) erro devido à geometria dos satélites com relação ao observador; b) desvios dos relógios dos satélites; c) atraso de propagação e processamento dos sinais pelos circuitos dos satélites; d) erros devido a trajectórias múltiplas dos sinais; e) efeitos da atmosfera sobre a velocidade e a trajectória de propagação dos sinais transmitidos; f) erros devidos à resolução e ruído do receptor do usuário; e) erro na determinação da posição dos satélites (erro de efeméride). Comentando sobre alguns erros na determinação das efemérides, mencionamos que, devido às características de suas órbitas, os satélites do GPS estão submetidos às seguintes perturbações: potencial terrestre, atracção lunissolar e pressão de radiação solar (incluindo os efeitos da sombra da Terra). Devido à comensurabilidade do período do satélite com o período de rotação da Terra, uma perturbação adicional (ressonância) aparece. Para se conseguir a precisão necessária para algumas aplicações específicas, todas essas perturbações devem ser consideradas simultaneamente. Rodolpho Vilhena de Moraes Kevin Theodore Fitzgibbon Fernando Walter Aquário - Comércio de Electrónica, Lda. Díodo ® - Comércio e Industria de Material Electrónico, Lda. Sede, Componentes Electrónicos Rua da Alegria, 93A, B, 95 4000-042 Porto - Portugal Tel. 223 394 780 (6 linhas) Fax. 222 001 379 (Geral) URL: www.aquario-cel.pt Díodo Electronic Rua Santa Teresa, nº 8 4050-537 Porto Tel. +351-223 395 230/3/4 Fax +351-223 395 239 www.oficina-digital.com/catalog/ Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 16 INFORMAÇÃO GERAL - Reparação de um Secador de Cabelo (Parte II) Continuação. Nota: Atenção que não se deve ligar o secador à corrente sem a carcaça em volta da resistência. Podem ocorrer as seguintes situações: 1ª queimar a resistência, 2ª correr o risco de apanhar um choque eléctrico, além de queimaduras. Nesta imagem podemos ver a sujidade que se encontra junto à resistência e que deve de ser removida para um bom funcionamento do aparelho. Esta sujidade foi sugada pela ventoinha enquanto este equipamento estava a ser utilizado. Nesta imagem podemos ver uma peça metálica em forma de corta-unhas. A este peça chama-se térmico e a mesma esta representada no esquema eléctrico anterior e tem a função de proteger o equipamento. Nesta imagem podemos ver a parte traseira do equipamento onde se encontra a ventoinha que provoca a sucção do ar. Normalmente entre a ventoinha e o veio do motor acumulam-se Cabelos, etc. que devem ser retirados. O sintoma desta avaria é o secador emitir ar quente intermitentemente. Ou seja como o motor não trabalha na sua velocidade normal devido à sujidade que o prende, a resistência não é arrefecida como devia ser, logo o térmico actua. Em secadores profissionais que são utilizados pelos cabeleireiros, esta é a avaria mais frequente. Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 17 Aqui podemos ver a placa que contém o interruptor, além do diodo e do condensador também. É neste interruptor que seleccionamos a velocidade do secador e ar quente ou frio. Para isso o diodo é uma parte fundamental que ajuda a seleccionar. Quando este diodo se encontra queimado, acontece que o secador tem a velocidade máxima mesmo estando o selector na velocidade mínima. Aqui temos em grande pormenor o condensador de filtragem. Este componente tem a finalidade de não deixar que este equipamento provoque interferências noutros equipamentos. Umas das interferências mais comuns são uns riscos na imagem do tv ou um ruído na estação de rádio. Muito raramente este componente tem de ser substituído. A sua ausência não provoca qualquer mau funcionamento do secador. Para finalizar temos duas imagens; uma com o secador parado e outra com o secador em movimento. Considerações finais: Todos os equipamentos devem de ser reparados por pessoas com conhecimentos técnicos do que se deve fazer. Qualquer avaria mal reparada pode provocar danos a terceiros. Assim deve-se ter sempre em atenção as regras e a segurança que se devem ser cumpridas. 1ª Não fazer alterações nos equipamentos de forma que alterem a forma de como foram concebidos. 2º Todos os aparelhos respeitam as normas europeias e antes de entrarem no mercado são homologados pelas entidades competentes para o consumidor final ter a certeza e a segurança que não corre riscos ao utilizar um determinado equipamento. 3º Cabe ao técnico zelar para que assim se mantenha a segurança do equipamento. 4º Quando um equipamento não apresentar garantias de reparação é preferível avisar o cliente que o mesmo não deve ser reparado e aconselhar a comprar um novo. 5- Deve-se também tentar explicar de uma forma compreensível ao cliente os motivos pelos quais não se faz a reparação. JoDaFa Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 18 CURIOSIDADES – Temporizadores e Osciladores Os osciladores e temporizadores se tornaram tão comuns nos equipamentos electrónicos que é praticamente impossível imaginar um aparelho electrónico moderno sem estes dispositivos. Uma das milhares de aplicações para os temporizadores, conhecidos também como osciladores monoestáveis, é em automóveis por exemplo, onde o tempo em que a bomba eléctrica de combustível fica accionada é determinado por um temporizador embutido na central electrónica. Funciona assim: se a chave de ignição for accionada e, se dentro de 5 segundos por exemplo, não for dada a partida no motor, a bomba de combustível é automaticamente desligada. Os osciladores são semelhantes aos temporizadores porém com duas diferenças. O oscilador propriamente dito são chamados de osciladores astáveis ou multivibradores. A outra diferença é que os monoestáveis funcionam mediante um comando ou sinal externo originado ou por outro circuito independente ou por um botão accionado por alguém, por exemplo. No astável (que basicamente é a união de dois temporizadores), os próprios temporizadores que o formam geram estes sinais, ou seja, se realimentam de forma mútua. Um exemplo prático é o pisca-pisca de veículos onde podemos ter basicamente dois temporizadores conectados entre si de tal maneira que um envie sinal para o outro de forma contínua e periódica. É sempre assim, enquanto um temporizador está "desactivado" o outro está "activado". Como Funcionam Sabe-se que um condensador carregado leva um determinado tempo para se descarregar através de um resistência Sabe-se também que para um transístor conduzir, é necessário vencer a barreira de potencial da junção base-emissor deste transístor. Baseado nestes dois princípios, vejamos como funciona um temporizador tomando como referência a figura abaixo. Quando o circuito ao lado for alimentado, L1 permanece apagada porque não fluirá corrente pela base de T1 (NPN) através de R1. Se B1 for pressionado, L1 acende e C1 carregase instantaneamente com uma ddp(diferença de potencial) muito próximo da ddp da bateria que alimenta o circuito. Ao liberar B1, aos poucos, C1 irá se descarregar através de R1. Durante este intervalo de tempo, L1 permanece acesa até certo instante da descarga. Quando a armadura negativa de C1 atingir cerca de 0,5 V (ponto de ruptura da barreira de potencial da junção base-emissor de T1), T1 entra no corte e apagará L1. Este é o princípio de funcionamento de um oscilador monoestável. Vale a pena resaltar que existe infinidades de configurações para produzir um oscilador monoestável no entanto o princípio é o mesmo, ou seja, deve existir um conjunto RC (resistência, condensador) que torne possível a temporização. Actualmente não é muito difícil colocar 3.000.000 de componentes em uma única placa de silício. Se para formar um monoestável, na pior das hipóteses, só são necessários um c condensador, um resistência e um transístor, fica fácil concluir que em um circuito integrado pode existir vários osciladores monoestáveis. Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 19 A figura abaixo sugere um monoestável transistorizado. Se substituirmos o botão B1 (N.A.) por outro temporizador idêntico, como mostra a figura abaixo, obtemos um oscilador astável. Nesta nova configuração, enquanto uma lâmpada estiver acesa, a outra estará apagada. Organizando o circuito acima com pequenas modificações, obtemos o esquema de um oscilador astável transistorizado simétrico como mostra a figura que representa a união do esquema acima. Calculando o tempo de descarga (através de um resistência) de um condensador. Um cálculo preciso envolve a determinação também precisa dos valores do resistência, do condensador, da tensão total de carga e da tensão até a qual se deseja medir a descarga. Nos circuitos baseados em transístores, frequentemente, a variação de tensão de descarga é praticamente igual a tensão mínima necessária para que se vença a barreira de potencial do transístor. Estes valores são iguais à 0,3 volts para transístores de germânio e 0,6 volts para os transístores de silício. O tempo necessário para que a d.d.p. nos extremos do condensador caia até um valor qualquer "v" t = tempo de descarga (s) C = valor nominal do capacitor (F) R = valor nominal do resistor (ohm) V = d.d.p. nos extremos do capacirot (V) e = 2,718... Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 20 Supondo um circuito alimentado com 9 volts, um transístor de silício (tipo NPN por exemplo) conduz corrente quando a d.d.p. entre emissor e base for de no mínimo igual à 0,6 volts. No caso específico de transístores NPN, a base será positiva em relação ao emissor. Um condensador de 10 uF tem a armadura negativa ligada ao emissor do transístor e a armadura positiva conectada à base do transístor através de um resistência de 27K. Se o condensador for carregado com a d.d.p. do circuito, qual o tempo em que a d.d.p. entre a base e o emissor do transístor é superior ou igual à 0,6 volts? C = 10 uF = 0,00001 F R = 27K = 27000 ohms V=9 v = 0,6 t = 0,73 s Para um oscilador astável transistorizado, a frequência de operação se define de acordo com os valores dos componentes que determinam o tempo de descarga de cada etapa. Se ambas as etapas utilizam os mesmos valores para estes componentes, tem-se um sinal rectangular na saída deste astável, ou seja, o tempo de descarga de ambos os estágios são iguais. Porém, nada impede que estes componentes sejam modificados para alterar o rítimo de trabalho do conjunto. Neste caso, cada estágio do oscilador terá seu próprio tempo de descarga. Logo, para alterar a frequência de operação, basta apenas mudar o valor de um dos componentes envolvidos em apenas um estágio do conjunto. Neste caso, o cálculo da frequência de operação do circuito será um pouco diferente. Calcula-se separadamente o tempo de descarga de cada etapa do circuito, soma-se estes valores e o inverso do resultado obtido iguala-se a frequência. Assim tem-se uma aproximação razoável. onde Abaixo, encontra-se a fórmula simplificada para calcular a frequência de operação de osciladores transistorizados onde os componentes directamente ligados à frequência de operação possuem os mesmos valores. Frequência de osciladores transistorizados simétricos. Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. f= frequência em hertz; C = valor nominal do condensador em Farads; R = valor nominal do resistência em ohms. 21 CIRCUITOS VÁRIOS Circuitos de Programadores Nesta edição decidimos trazer alguns esquemas de uns simples programadores de pics. Programador JDM DB-9 SOQ. 18DIL CABO R1 R2 R4 C1 C2 D1 D3,D4,D5,D7 D2 D6 Q1,Q2 Ficha 9 pinos fêmea - para ligação á COM Suporte para circuito integrado 18 pinos dil - maquinado Cabo 5 condutores blindado para computador Resistência carvão 1/4W - 10K - 5% Tol. (castanho, preto, laranja,ouro) Resistência carvão 1/4W - 1,5K - 5% Tol. (castanho, verde, vermelho, ouro) Resistência carvão 1/4W - 4,7K - 5% Tol. (amarelo, violeta, vermelho, ouro) Condensador electrólitico 100uF x 35V Condensador tantalo 22uF x 16V Led comum 5mm Diodo silício 1N4148 ou equivalente Diodo zener 5V1 Diodo zener 8V2 Transistor de silício NPN - BC 547B ou equivalente Centro de Assistência Técnica Braga Representante Oficial: Panasonic, Este espaço pode ser seu. Technics, Saba, Thomson, Grundig, Anuncie gratuitamente. Samsung, Sanyo, Saeco, Jvc, Toschiba, Basta enviar um e-mail para Firstline, Bluesky, Seg, Basicline, etc... [email protected] com o anuncio Américo Gouveia desejado e o seu contacto. Rua dos Congregados, n.º 95 4710-370 Braga Tel: 253 218 088 Fax: 253 251 166 Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 22 E-mail: [email protected] Programador Ludipipo Programador Simples Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 23 Programador Porta Paralela U3 7407 C2 .1uF C3 .1uF C4 .1uF C5 .1uF C6 .1uF C1 10uF J2 DB25HM J1 POWER CONNECTOR D2 1N4148 D3 1N4148 D4 LED U4 18 PIN SOCKET Q1 PN2907 or 2N3906 Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. Q2 R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 R9 R10 D1 U1 U2 PN2907 or 2N3906 4.7K R1/4W 10K R1/4W 10K R1/4W 4.7K R1/4W 10K R1/4W 1K R1/4W 10K R1/4W 10K R1/4W 10K R1/4W 10K R1/4W 1N4001 7805 or 78L05 7812 or 78L1 24 CIRCUITO DO MÊS – Carregador de Pilhas Ni-Cd P Para aqueles que usam muito o seu walkman (ou diskman)que é um "tremendo devorador de pilhas", uma solução prática e o uso de baterias recarregáveis de NiCad, elas custam 6 vezes mais que as pilhas comuns mais podem ser recarregadas muitas vezes. O caro normalmente é o recarregador! Mas com esse projecto abaixo mais uma fonte de alimentação qualquer você poderá carregar suas baterias por um baixo custo. O circuito é basicamente um regulador de corrente montado com um CI regulador de tensão, pois o que precisa ser controlado na carga da bateria e a corrente e não a tensão, a tensão na bateria só precisa ser maior que a sua tensão nominal. Funcionamento: A tensão enter os terminais do CI1(7805) é sempre 5V e a corrente que vai passar pela bateria é dada simplesmente pela aplicação da lei de ohm I=V/R , como o carregador é para carga lenta (+/12horas) a corrente é de 0,5A, jogando na fórmula obtemos que o valor de R1 é 100ohms. O projecto abaixo é para carregar 2 baterias de NiCad em série (2,4V as duas), a tensão para polarização do circuito é 5V(CI1)+1,6V(L1)+2,4(Bat) = 9V que é a tensão mínima que deve ser usada para alimentar o circuito, a tensão pode ser até 30V tomando cuidado para o aquecimento de CI1, que aumenta proporcionalmente com a tenção de alimentação, caso necessário use um radiador (dissipador) de calor. Para diminuir o tempo de carga deve-se modificar R1 ,cuidado com a potência desse componente e não use correntes de cargas que não sejam especificadas pelos fabricantes da baterias. Para quem não tem uma fonte abaixo está o esquema de uma bem simples: Componentes do Carregador: Componentes da Fonte: CI1 = 7805 T1 = 110/220 : 9V x 250mA R1 = 100 ohms x 1/2W D1 e D2 = 1N4007 L1 = led 5mm vermelho C1 = 1000uF x 25V C1 = 100uF x 16V Vendo CDs com conteúdo dedicado á Electrónica: programas, datasheets, e muitas outras informações e utilidades. 7 Euros mais os custos de envio á cobrança. Contacte-me por e-mail: [email protected]. Visite também o meu site em http://xelectronicax.no.sapo.pt Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. Pilar - S. I. I. Lda. Informática e Telecomunicações Software / Hardware / Redes Formação em Informática Paulo Matos Tel. 919 687 668 E-mail: [email protected] 25 DATABOOK - Informações de diversos IC’s 7482 7494 Circuitos Magazine N.º6 Jul/2003. 26 ABRIL/MAIO/JUNHO 2004 #7 Manutenção de Unidades de CD’s (Continuação) Classificação Geral dos Robots Estrutura do Receptor GPS ESR nos Condensadores Electrolíticos Polarização de Transístores Robot Light Seeker Abr/04-07 Periodicidade: Trimestral Direcção: X@vi Electronics Redacção: José Xavier 3 NOTICIAS Ilustração: José Xavier e Marcos Matos 7 ÁUDIO E VÍDEO Manutenção de Unidades de CD (Parte V) TV-Video ServiceMode (Parte VII – Ultima Parte) Pesquisa: José Xavier e Marcos Matos Colaboradores Nesta Edição: António Santos, João Condeço e Manuel Alves Propriedades e Direitos A propriedade do título Circuitos Magazine é de X@vi Electronics. Direitos de autor: Todos os artigos, desenhos e fotografias estão sob a protecção do Código de Direitos de Autor e não podem ser total ou parcialmente reproduzidos sem a permissão prévia dos seus autores. Internet Revista Web site: www.cmagazine.pt.vu X@vi Electronics Web site: www.xavielectro.pt.vu E-mail – Questões Técnicas [email protected] Aviso Esta revista destina-se somente a fins educativos! Não nos responsabiliza-mos por qualquer dano que possam causar, ou pelo uso indevido das informações aqui contidas. Nem todos os circuitos apresentados foram experimentados e testados pela nossa equipa. Não serão aceites reclamações! 12 ROBÓTICA & MICROBÓTICA Classificação Geral dos Robots Os Servos 14 INFORMAÇÃO GERAL Estrutura do Receptor GPS (Parte I) ESR nos Condensadores Electrolíticos Polarização de Transístores 22 CURIOSIDADES Circuitos Integrados Motores e Geradores Semicondutores (Parte I) 30 CIRCUITOS VÁRIOS Carregador de Baterias Misturador de Microfones Dinâmicos Misturador de Duas Entradas Mini Amplificador Comando Para Testar Servos 32 KIT DO MÊS Robot Light Seeker 34 DATABOOK Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 Informações de diversos IC’s 2 NOTICIAS EVOLUÇÃO Nova cadeira de rodas E sta cadeira de rodas pode subir e descer degraus, avançar sobre morros relvados e até elevar o ocupante à posição vertical. Chama-se «iBOT Mobility System», usa sensores e giroscópios para se mover em escadas enquanto se equilibra em duas rodas. Médicos dizem que a tecnologia empregue é «revolucionária», mas tão complexa que administração para os Alimentos e os Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos só autoriza a sua venda mediante receita médica e treino especial de condução. Produzida pela Independence Technology, subsidiária da Johnson & Johnson, a iBOT custa 29.000 dólares (25.650 euros), menos do que alguns modelos topo de gama mas muito mais que um cadeira de rodas básica. De acordo com um porta-voz da J&J, as vendas nos Estados Unidos deverão começar no final do ano. Ao contrário dos modelos a iBOT tem quatro rodas do mesmo tamanho que rodam umas sobre as outras para subir e descer degraus, o que significa que a sua utilização exige alguma perícia e não será uma opção para todos os potenciais utilizadores. EVOLUÇÃO Pilha de Combustível Portuguesa A empresa Soluções Racionais de Energia tem uma pilha de combustível que poderá vir a fazer frente às pilhas convencionais mas só em 2006, porque, por agora só por encomenda. Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 Pilhas, baterias de telemóveis e de computadores portáteis ou até de câmaras de filmar podem estar com os dias contados. A empresa Soluções Racionais de Energia, a SRE, desenvolveu uma pilha que poderá fazer frente às fontes de alimentação portáteis que utilizamos actualmente. Trata-se de uma pilha de combustível que converte a energia do hidrogénio em electricidade. Foi numa estação de testes que se estudaram diferentes tipos de protótipos. O engenheiro Rui Neto explica como o fizeram: "Na pilha de teste fornecemos os gases, o hidrogénio de um lado e o oxigénio do outro e conseguimos medir com sensores a tensão e a corrente que a pilha está a produzir. Quanto mais hidrogénio e oxigénio fornece a pilha mais corrente a pilha produz. O facto de ser transparente tem a vantagem de nos permitir ver a formação da água na pilha. Porque se a pilha tem muita água não tem uma performance óptima. Se estiver seca também começa a ter problemas de funcionamento, então deve ter uma quantidade de água ideal e esta transparência permite-nos justamente uma visão qualitativa do que esta a acontecer." Vejamos como funcionam estas pilhas de combustível. As pilhas têm uma série de unidades de reacção. Cada unidade 3 consiste numa membrana sofisticada que separa dois canais onde se encontram os gases. Num canal está o hidrogénio e no outro o oxigénio, separados por uma membrana. Excitado por catalizadores químicos, cada átomo de hidrogénio liberta um electrão e pode então passar através da membrana que separa os canais. Do outro lado dois átomos de hidrogénio combinamse com um átomo de oxigénio e formam água. Os electrões percorrem um longo caminho e passam pelo colector de energia gerando electricidade. Perceber o funcionamento desta pilha e descobrir uma forma barata de a produzir é o tema da tese de Doutoramento de Rui Neto, que está em fase de conclusão. Descoberto na Suiça pela SRE, onde trabalhava há quase um ano nesta área, Rui Neto foi para Campos Rodrigues, o administrador, o responsável pelo verdadeiro salto da empresa neste campo: "Eu penso que o Rui nos permitiu acelerar muitas coisas que tínhamos em mãos, com a experiência e os contactos que ele tinha. Permitiu dar saltos que se calhar íamos demorar muito tempo paraa ter a coragem de as fazer." Só em 2006 estas pilhas de hidrogénio poderão competir com as pilhas convencionais. Por agora estão acessíveis somente por encomenda. É justamente numa encomenda de 500 unidades de 10 Watts que a empresa está a trabalhar neste momento. Estas pilhas estarão prontas ainda no primeiro semestre deste ano e irão alimentar estações de telemetria. ROBÓTICA Equipas preparam-se para o ROBOCUP 2004 Os jogadores estão em fase de preparação e os treinadores já sentem algum nervoso miudinho. Não estamos propriamente a falar do Euro, mas andamos lá perto. O Robocup2004 promete reunir algumas das melhores equipas mundiais de desporto robótico e vai decorrer em finais de Junho e princípios de Julho, em Portugal. Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 Eduardo Pinto é professor de Electrónica na Escola Profissional da Amadora e nas aulas utiliza com frequência dois robots muito especiais. São os Tango Dancers, um casal de dançarinos nascido há 2 anos e que já conquistou alguns troféus em competições. A última delas decorreu na cidade de Pádua, Itália, onde a equipa conseguiu o primeiro lugar na classe Robocup Júnior, entre 17 participantes de todo o mundo. Os Tango Dancers foram construídos com peças compradas no estrangeiro, mas a parte electrónica foi concebida de raiz pelos alunos. Este par romântico será a grande estrela da equipa da Amadora, no Robocup 2004, mas de acordo com Eduardo Pinto há outro projecto inovador: "parecem balões, mas quando toda a gente os ver poderá constatar que parecem dois ovnis. Estes ovnis vão ter um diâmetro de dois metros e meio e vão ser sincronizados, tal como estes robots de pernas, via rádio." Últimos ajustes nos Robots Médios 4 No Instituto Superior Técnico, os robots da equipa Isocrob já começaram a dar pontapés na bola. O grupo foi constituído há 5 anos e tem participado em competições de futebol, na Liga de Robots Médios. Daqui a 6 meses, os elementos da Isocrob pretendem apresentar-se na FIL com os mesmos robots, mas com um novo sistema de navegação. Hugo Costelha revela que "os robots vão tornar-se mais rápidos nas jogadas, conseguem fazer movimentos muito mais interessantes e são muito menos limitados. Ou seja, se quisermos fazer jogadas entre eles, fazendo-os cooperar, é muito mais fácil para nós se tivermos esse tipo de robots que limitam menos o movimento." Também na Liga de Robots Médios participa a equipa Minho Team, da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. Já andam nestas andanças há 7 anos e têm no currículo várias participações em provas internacionais. De olhos postos no Robocup2004, a equipa Minho Team vai utilizar os mesmos robots de sempre. Mas Fernando Ribeiro avisa que há modificações em curso: "vamos mudar a cabeça, digamos, que é a parte da visão que o robot tem. Vamos usar uns espelhos um pouco diferentes: antes usávamos espelhos esféricos e agora vamos pôr uns parabólicos para ver melhor o campo." Contagem decrescente para a competição O Robocup 2004 vai decorrer na FIL, em Lisboa, de 29 de Junho a 3 de Julho. A candidatura portuguesa foi apresentada há 3 anos e, para convencer a Federação Internacional de Robocup, a organização prometeu novos desafios. Luís Custódio afirma que "um dos desafios será a competição para equipas de escolas secundárias, o chamado Robocup Júnior, numa liga em que se ponham em confronto barcos robots autónomos que tenham a capacidade de navegar numa tina com água." Os pormenores da prova estão a ser ultimados, mas já é certo que a competição não poderia vir em melhor altura. Além de coincidir com o campeonato europeu de futebol, a iniciativa antecede uma conferência internacional sobre veículos autónomos, que contará com a presença de investigadores de todo o mundo. ROBÓTICA Carros Robotizados Correram no Deserto Mojaveova Sem ninguém atrás do volante, cerca de 20 veículos competiram no dia 13 de Março no Grand Challenge, uma corrida através do deserto de Mojave, nos Estados Unidos. Os carros-robôs tiveram de percorrer mais de 240 quilómetros de curvas apertadas, passagens estreitas e trilhos de areia em menos de dez horas, para poderem reclamar o prémio final de um milhão de dólares (820 mil euros). Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 O desafio foi lançado pela Agência de Projectos de Investigação Avançados de Defesa (DARPA, na sigla inglesa), o braço do Pentágono dedicado à investigação científica, e as provas de qualificação começaram no dia 8. O percurso escolhido que andou entre 240 a 338 quilómetros, entre Barstow, perto de Los Angeles, na Califórnia, e Primm, próximo de Las Vegas, no Nevada – foi mantido em segredo até duas horas antes do sinal de partida, o que impediu os concorrentes de programarem com pormenor as suas máquinas. Para completarem a rota em menos de dez horas, a viagem teve de ser feita a uma média superior a 25 quilómetros por hora. O objectivo do Pentágono foi atrair investigadores independentes que contribuam para o progresso de uma tecnologia em que apostam há mais de dez anos. Em 2015, o Pentágono quer que um terço dos veículos militares, a operar no terreno, seja autoconduzido e uma competição desta natureza pode melhorar as perspectivas de concretizar esse objectivo. A DARPA fica com os direitos de exploração militar dos veículos e os concorrentes guardam os direitos de propriedade intelectual. "Estávamos a chamar para a prova quem faz dos robôs o seu passatempo. 5 Mas a competição acabou por motivar estudantes de cursos universitários", conta o coronel Jose Negron, citado pela revista "Wired". Em Novembro, a agência tinha em mãos 106 candidaturas e foi preciso criar novas regras para reduzir o número de concorrentes. Por fim, o número de competidores foi reduzido a cerca de 20, dos 25 candidatos aceites, cinco desistiram antes das provas de qualificação. É bastante heterogéneo, incluindo desde investigadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia a um estudantes de um liceu dos subúrbios de Los Angeles, uma família de Berkeley e uma empresa de engenharia de Palos Verdes, também na Califórnia. Os orçamentos das equipas oscilam entre 17 mil dólares e três milhões e meio e os veículos vão desde carros desportivos adaptados, veículos militares equipados informaticamente e, até, uma motocicleta. Apesar da concorrência, o favorito é um veículo de quatro rodas chamado Sandstorm, criado pela equipa de William Whittaker, da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh. Este foi, aliás, o primeiro veículo a qualificar-se para a corrida de hoje e reúne patrocínios de empresas como a Boeing ou a Intel. Os robôs anteriores de Whittaker são bem conhecidos. Já construiu um robô, em parceria com a agência espacial norteamericana NASA, para explorar a Antártida. Mas agora o desafio é diferente. Uma corrida implica velocidade, o que torna mais difícil o processamento de dados recolhidos pelos sensores dos robôs que permita escolher um caminho seguro. A velocidade transforma pequenas rochas e montanhas em armadilhas fatais. Todos os veículos estão equipados com lasers que medem as distâncias, radares e receptores de navegação por GPS, por isso o vencedor será aquele que, em tempo real, conseguir ler o terreno e decidir o melhor caminho a tomar. Isto porque estes veículos não são telecomandados, estão por conta própria do princípio até ao fim da corrida. Não podem receber sinais de nenhum tipo dos humanos, a não ser ordem de paragem. Os concorrentes têm também apostado na resistência dos veículos, criando máquinas robustas que possam aguentar dez horas de uma corrida repleta de obstáculos, e que sobrevivam aos acidentes, se tudo o resto falhar. TELEMÓVEIS Telemóveis e PDAs: a convergência inevitável Entre as novidades apresentadas, destaca-se o Motorola MPx, um computador de bolso baseado na denominada Phone Edition de Windows Mobile, com tecnologia GSM, GPRS, Bluetooth e Wi-Fi. O ecrã do MPx possui uma resolução de 240 x 320 pixeis, com uma diagonal de sete centímetros, e pode colocar-se na horizontal ou na vertical conforma convenha à orientação dos gráficos. A Motorola apresentou ainda o MPx100 com ligação Bluetooth e ranhuras para cartões miniSD, o A1000, baseado na versão 7.0 de Symbian, e o E1000, com uma câmara digital de 1,2 Megapixel. Pedimos um bocado de atenção e um pouco de colaboração a todos que lêem esta revista. Agradecíamos se fosse possível aos leitores que quando descobrissem alguma notícia com conteúdo relacionado com electrónica e novas tecnologias se podiam enviar as mesmas para [email protected] para ajudar no desenvolvimento desta secção. Obrigado Ainda no rescaldo da recente edição do Congresso Internacional 3GSM, que se realizou em Cannes entre 23 e 26 de Fevereiro, os sites da especialidade referem-se à convergência entre telemóveis e PDAs como uma das principais novidades da feira deste ano. Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 A Equipa X@vi Electronics 6 ÁUDIO E VÍDEO – Manutenção de Unidades de CD (Parte V) N a parte anterior, falávamos sobre o funcionamento do circuito APC, (faz tempo...) lembram? Bem, dada a importância deste estágio veremos nesta aula mais detalhes técnicos a este respeito. Vou mostrar como fazer o ajuste correcto deste circuito utilizando um instrumental simples, destacando que é este o mais importante ajuste eléctrico existente nestes equipamentos independente do tipo de leitor, seja um CD-DA (músicas), um CD-ROM, um DVD ou um CD-R, em todos os modelos lá está nosso velho conhecido trimpot de ajuste do díodo laser. Assim, o procedimento que aqui será estudado servirá como base para todos, as diferenças estarão por conta das características técnicas de cada unidade óptica (corrente suportável). Sem mais blá, blá, blá, vamos ao que interessa! Em primeiro lugar, devemos ter em mãos alguns itens importantes e indispensáveis, são eles: Esquema do equipamento, informações técnicas sobre a unidade óptica (se possível) Kit de mini chaves tipo philips e fenda com ponta isolada Multímetro A lei de ohm (refresquem a memória...) CD teste de padrões / 1khz (preferencialmente) Observem na figura 1, um circuito APC real existente em vários modelos de DVD Toshiba importados. Figura 1 Descrição básica do circuito Este diagrama apresentado existe em inúmeros aparelhos de CD's e DVD's de diferentes fabricantes, mas em especial nos modelos da marca Toshiba. É no pino 51 do IC1 que tudo começa, recebemos a informação (um pulso) de accionamento para que seja ligado nosso díodo laser. Este pulso é enviado pela cpu de controlo do equipamento toda a vez que abrimos e fecharmos o tray (gaveta de compartimento do CD). Através deste pulso o operacional aplicará uma tensão inicial ao transístor de ganho do APC (TR200) que conduzirá alimentando o díodo LD. Com a emissão de luz infra, aparecerá imediatamente uma corrente no díodo monitor MD com o objectivo de realimentar nossa cadeia de controlo automático estabilizando a potência do laser, a teoria de funcionamento deste sistema é idêntica a já descrita no diagrama da aula 2. Pelo pino 53 o IC TA 1236 recebe alimentação para o bloco de controlo e selecção de potência. Pelo pino 52 do IC são liberadas tensões de correcção para a base do transístor TR200 controlando sua condução e o ganho de corrente da unidade. TR1 é o nosso tradicional trimpot de ajuste de potência, com ele regulamos a referência de terra (maior ou menor) sobre o pino 50 no integrado APC. Assim, um referencial mais negativo ou menos negativo informará quanto o circuito de APC deverá aplicar de corrente no díodo laser. Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 7 Ajustes 1 - Em que condição se faz necessário o ajuste do laser? 2 - Por que ocorre o desajuste? Falamos um pouco sobre isso nas edições anteriores, mas vamos as questões: Sempre faremos ajuste em drives de CD's quando estes apresentarem dificuldade em ler discos, demora excessiva para acesso dos conteúdos do disco, pular trilhas ou perder sincronismo de leitura. Outra situação real é quando fizermos a substituição de unidades ópticas, devemos sempre conferir a corrente aplicada no laser. O desajuste ocorre por várias razões, a mais comum é o desgaste do díodo laser por mal uso (modelos portáteis) outra razão é a relativa baixa qualidade de algumas unidades ópticas que diminuem sua emissão após as primeiras 1000 horas de uso. Em primeiro lugar, procure localizar na placa electrónica o transístor de APC (no exemplo é oTR 200), ele normalmente fica próximo ao flat da unidade óptica na placa principal. O trimpot é só olhar na pci do conjunto óptico. Por último, o mais importante, localize a resistência de alimentação (no exemplo é o R2) pois é a partir dele que faremos o ajuste. Pronto, agora só resta colocar o multiteste paralelo á resistência R2 (como no diagrama), na escala de voltagem. A próxima etapa é delicada e exige muito cuidado, ligando o aparelho com um disco de CD (se não dispuser de um disco de teste profissional como CD-T03 da Kenwood, utilize um disco comum da melhor qualidade possível, evite os piratas!), imediatamente o díodo laser emitirá radiação infravermelha, tentará focalizar o disco (a lente se movimentará para cima e para baixo 3 vezes) é nesta situação que começaremos o ajuste propriamente dito. Coloque o disco para reproduzir, no momento em que existir focalização verificaremos o valor de tensão indicado no multiteste, se ela for inferior ou superior a 0,5 volts deveremos, com uma chave isolada, regular o trimpot R1 para que em sua escala tenhamos o valor de no máximo 0,5 v. Este procedimento é valido para inúmeros circuitos de diferentes fabricantes, o cálculo envolvido aqui e bastante simples, observe: 1 - Descubra o valor da resistência de alimentação do transístor de apc, no exemplo o R2 é de 10 ohms. 2 - Se você tiver dados técnicos do conjunto óptico, como o valor da corrente utilizada por sua unidade melhor, caso contrário (maioria) utilize o valor padrão aplicado em 90% dos casos. Este valor é de 50 mA (NÃO ESQUEÇA DE CONVERTER AS UNIDADES PARA QUE FIQUEM COMPATÍVEIS), 50 mA = 0,05A. 3 - Aplique a lei de ohm, que diz R= E/I (resistência é igual a tensão dividida pela corrente) 4 - O valor da resistência é só ler no diagrama ou interpretar as cores sobre o componente. 5 - Agora aplique a lei! 10 = E / 0,05 Assim, isolando "E" teremos: E (queda de tensão na resistência) = 10 x 0,05 E = 0.5v Ok, com esta queda de tensão sobre a resistência R2 temos certeza de que nossa unidade óptica esta recebendo uma corrente de no máximo 50 mA, como eu disse, na maioria dos casos é o valor recomendado. OBS: Quando não for possível encontrar isoladamente o transístor de APC, principalmente em CD-ROM, localize o IC-drive do conjunto óptico (normalmente o único IC que aquece e esta próximo ao flat da unidade), neste caso você deverá ter no mínimo uma referência básica sobre o circuito em questão. O transístor geralmente encontra-se interno a esse IC, devemos localizar a Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 8 pinagem respectiva para prosseguir com as medições, o procedimento de ajuste é o mesmo já descrito. Dica: É importante ter cuidado com algumas unidades ópticas novas compradas para substituição, alguns tipos possuem aparência idêntica a original porém, quando nos atermos ao valor do trimpot de ajuste do laser verifica-se que o mesmo tem diferente valor do original. Nesta situação, obrigatoriamente, refaça os ajustes de potência para não comprometer a vida útil da sua nova unidade óptica. Se você estiver ajustando uma unidade óptica e esta só conseguir estabilizar a leitura com uma corrente acima de 50mA, será um forte indício de que sua unidade apresenta maior consumo e portanto, sua vida útil se aproxima do final. Nota 1: Quanto a determinação do valor de 50 mA para unidades ópticas (maioria dos casos), ele foi obtido com os próprios fabricantes, que têm o dever de especificar este dado na etiqueta do conjunto óptico. Inúmeros testes de laboratórios comprovaram que esta corrente é a máxima recomendada para que as unidades consigam executar uma boa leitura de discos e manter uma longa vida útil sem um desgaste ou queima prematuros. Este valor tende a diminuir e não se surpreendam de encontrarem novos conjuntos ópticos trabalhando com correntes inferiores. Geralmente nas etiquetas das unidades são colocadas códigos que dizem respeito aos valores de corrente ideal para estes dispositivo, exemplos: Unid. Óptica corrente ideal: hfa 151 = (51mA) kss 210A45y31= (45mA) kss 210Ak48 = (48mA) sd 500 = (50 mA) sd 250 = (50mA) k43S206GB = (43mA) k46G84F= (46mA) kss213B = (36mA) Como podem ver, normalmente existe uma referência numérica que expressa a corrente ideal a ser utilizada. Estes ajustes são extremamente precisos assim, uma leve torção no trimpot será suficiente para que se eleve esta corrente a valores bem superiores ao ideal. Se por acaso aplicarmos uma corrente de 90 mA na unidade, ela terá sua vida útil abreviada no mínimo em 50%, quando não ocorrer sua queima. Em aparelhos de custo baixo como CD-ROM tudo bem, compramos outro por 130 pratas. Agora, imagine um sofisticado DVD carrossel de no mínimo U$ 1500! Claro que eu exagerei um pouco, um prejuízo de 130 pratas já é terrível, não? Bem, o importante mesmo e saber fazer em todos eles o ajuste mais preciso possível, assim teremos seu funcionamento garantido pelo tempo máximo. Fernando Costa Kiszewski www.velleman-kit.com Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 9 ÁUDIO E VÍDEO - TV-Video ServiceMode (Parte VII – Ultima Parte) Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 10 Stef_no1 Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 11 ROBÓTICA & MICROBÓTICA – Classificação Geral dos Robots D evido a várias diferenças em função de características e propriedades, existem diversas classes de robôs que se diferenciam em suas aplicações e formas de trabalhar. Tipos de Robots 1. Robôs Inteligentes: são manipulados por sistemas multifuncionais controlados por computador, são capazes de interagir com seu ambiente através de sensores e de tomar decisões em tempo real. Actualmente são dedicados grandes esforços no desenvolvimento desse tipo de robots. 2. Robôs com controlo por computador: são semelhantes aos robôs inteligentes, porém não tem a capacidade de interagir com o ambiente. Se estes robôs forem equipados com sensores e software adequado, se transformam em robôs inteligentes. 3. Robôs de aprendizagem: se limitam a repetir uma sequência de movimentos, realizados com a intervenção de um operador ou memorizadas. 4. Manipuladores: são sistemas mecânicos multifuncionais, cujo sensível sistema de controlo permite governar o movimento de seus membros das seguintes formas: a) manual, quando o operador controle directamente os movimentos; b) de sequência variável, quando é possível alterar algumas das características do ciclo de trabalho. Pode ser extremamente interessante realizar a classificação dos robôs do ponto de vista do controlo de seus movimentos, admitindo as seguintes configurações: 1. Sem controlo-servo: é o programa que controla o movimento dos diferentes componentes do robô, se realiza em um posicionamento "ponto-a-ponto" no espaço. 2. Com controlo-servo: este tipo de controlo permite duas formas de trabalho: a) controlo dos movimentos dos membros do robot em função de seus eixos. Os movimentos podem ser realizados ponto-a-ponto ou com trajetória contínua. b) os movimentos se estabelecem da respectiva posição de seus eixos de coordenada e da orientação da mão ferramenta do robô. Esta classificação não pretende ser rígida, também existem sistemas que estão limitados a um controle misto computador-operário. Algumas referências bibliográficas classificam os robôs com controle por computador como de 1ª geração e os robôs inteligentes de 2ª geração. Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 12 ROBÓTICA & MICROBÓTICA – Os Servos O s servos ou servomecanismos são muito utilizados em sistemas de Rádio-Controlo usados em modelismo. Também são utilizados em sistemas de polarização (V - H) de Antenas Parabólicas e podem, devido à seu, relativamente, custo moderado e sua condição de proporcionar movimentação de partes mecânicas de Robôs, ser amplamente utilizados em Robótica. A tensão de alimentação desses dispositivos nunca deverá exceder de 6 Volts DC e seu controle de posicionamento se dá através de pulsos de comando. Para a geração desses pulsos, podemos utilizar um circuito oscilador formado pelo circuito integrado 555 ou os moderníssimos (porém nem tanto) Microprocessadores - PICs. Os servos são muito úteis na robótica. Os motores são pequenos, já têm o circuito de comando embutido e são extremamente fortes para o seu tamanho. Um servo normal, como o Futaba S148 tem Kg/m de binário, o que é muito bom para o seu tamanho. Também só absorve a corrente proporcional à carga mecânica. Então, um servo com pouca carga não consome muita energia. A sua ligação ao mundo exterior é por três fios, +5V, a massa e o fio de controlo. Então como funciona um servo? O servo tem um circuito de controlo e um potenciómetro (uma resistência variável, também conhecida como pot) que está ligada ao eixo. Este pot dá a possibilidade ao circuito de controlo de verificar a posição angular do eixo. Se este estiver na posição certa, o motor é, desligado. Se o circuito verificar que o ângulo não é o correcto, liga o motor na direcção correcta até que o ângulo esteja correcto. o eixo do servo é capaz de viajar por volta de 180 graus. Normalmente é na casa dos 210 graus, mas varia dependentemente do fabricante. Um servo normal é usado para controlar um movimento angular entre 0 e 180 graus pois não é mecanicamente capaz de rodar mais devido a uma paragem mecânica embutida na engrenagem de saída. A quantidade de força aplicada ao motor é proporcional á distância que precisa de viajar. Logo, se o eixo precisa de rodar muito, o motor rodará à velocidade máxima. Se precisa de rodar só um pouco, o motor rodará a uma velocidade mais baixa. Isto chama-se controle proporcional. Como se comunica o ângulo ao sevo? É para isso que o fio de controlo serve. Este é determinado pela duração de um impulso que lá é aplicado. Isto chama-se "Pulse Coded Modulation". O servo está à espera de receber um impulso todos os 20 milissegundos. A duração deste impulso vai determinar quanto vai rodar o motor. Um impulso de 1.5 milissegundos, por exemplo, faz o motor rodar para a posição de 90 graus (muitas vezes chamada a posição neutra). Se o impulso for menor que 1.5ms, o motor rodará o eixo para perto dos 0 graus. Se o impulso for maior que 1.5ms, o eixo roda para perto dos 180 graus. Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 13 INFORMAÇÃO GERAL – Estrutura do Receptor GPS (Parte I) A estrutura do receptor GPS ( Global Positioning System ) é descrita através de diagramas de blocos e modelos matemáticos. São detalhadas as diferentes funções do receptor, fornecendose a equação do sinal GPS recebido e como este sinal é processado, de modo a obter-se as informações necessárias para os cálculos de navegação. 1 - Introdução - Sinal GPS O sistema GPS emprega CDM (Code Division Multiplexing) na transmissão de seus sinais entre sua rede de satélites e os receptores de seus usuários. O CDM é uma aplicação da técnica de espalhamento espectral. Nesta técnica, no transmissor o sinal é "espalhado" numa largura de faixa maior que a mínima necessária para enviar a informação; sendo este espalhamento acoplado a um código independente da mensagem. No receptor, uma réplica deste código é gerada síncrona ao da transmissão, para realizar o despreading do sinal e subsequente recuperação da mensagem. Dentre os modos de realizar-se este processo, no CDM, utiliza-se a modulação por sequência directa. A modulação por sequência directa, no caso de transmissão de dados, consiste em adicionar-se à mensagem, em módulo 2, um código pseudo-aleatório de taxa de bits muito superior ao dela. O sinal resultante modula em BPSK uma portadora de RF (figura 1.1). Figura 1.1: Espalhamento espectral por sequência directa. A taxa de mensagens, 1/T, é bem menor do que a taxa de códigos, 1/Tc. O código pseudo-aleatório (figura 1.2 a) usado possui algumas características típicas, das quais, a mais importante, por estar ligada à sincronização do sinal, é que a sua autocorrelação (equação 1.1), apresenta um valor de máximo bem definido (figura 1.2 b), para desfasagem nula ( =0). Além disso, usando diferentes códigos, com baixo valor de correlação cruzada, podemos construir um conjunto de sinais separados por códigos, realizando assim a multiplexagem de canais por códigos (CDM). (1.1) No sinal dos satélites GPS são utilizados dois conjuntos de códigos distintos denominados de C/A ( Coarse Aquisition) e P (Precision). Cada satélite possui um código distinto de cada um destes conjuntos. O conjunto de códigos C/A é formado por elementos da família de códigos Gold (Holmes, 1982) de ordem 10. Possuem taxa de bits de código (chip) de 1023 kchips/s, com repetição de códigos a cada 1023 chips. O conjunto de códigos P é formado pela segmentação de um código de registrador de deslocamento de máximo comprimento. A taxa de cada código é de 10230 kchips/s, com repetição de códigos a cada semana. Os códigos realizam o espalhamento da mensagem, formando sinais que são transmitidos em duas portadoras de rádio frequência, L1 (1575.42 MHz) e L2 (1227.6 MHz). Na portadora L1 os dois sinais são transmitidos em quadratura de fase, com 3 dB a mais de potência no sinal do código C/A. Na portadora L2 apenas o sinal do código P é transmitido. Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 14 (a) (b) Figura 1.2: (a) Código pseudo-aleatório. g(t) representa o código pseudo-aleatório, Tc é a largura do bit de código, Tp é o período do código e o atraso do sinal. (b) Auto-correlação, R ( ), de g ( t ) em função do desvio . As equações 1.2 e 1.3 mostram a representação matemática do sinal de um satélite GPS em suas bandas de transmissão. No receptor GPS este sinal, corrompido pelo ruído, deve ser sincronizado, estimando-se o atraso de propagação do sinal, o desvio de frequência, devido ao efeito doppler, a fase do sinal e os bits de dados da mensagem. (1.2) (1.3) Onde: • • • • • • • d(t): mensagem do satélite g(t): código da família C/A p(t): código da família P 1 : frequência angular da portadora L1 2 : frequência angular da portadora L2 1 : incerteza de fase da portadora L1 2 : incerteza de fase da portadora L2 2 - Parâmetros do Sinal GPS Constituem parâmetros do sinal GPS a fase e a frequência da portadora e o atraso de propagação do sinal. Os valores destes parâmetros do sinal recebido estão relacionados com as equações de movimento do receptor e do satélite GPS que transmite o sinal. Assim sendo, a estimativa destes parâmetros, além de permitirem a sincronização do sinal obtendo a mensagem transmitida, fornece dados para a realização dos cálculos de navegação. Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 15 2.1 - Atraso de Sinal O tempo de propagação do sinal GPS, tp(t), é fornecido pela equação 2.1.1. Ele é basicamente função da distância entre o satélite GPS e o receptor, expressa nesta equação na forma vetorial. Tem-se ainda atrasos adicionais proporcionados pela troposfera e ionosfera, que modificam a velocidade de propagação do sinal. (2.1.1) • • • • • • Ps: Vetor posição do satélite GPS Pa: Vetor posição da antena do receptor GPS e: Vetor unitário unindo receptor ao satélite GPS c : Velocidade da luz no espaço livre Io(t): Atraso de propagação devido à ionosfera Tr(t): Atraso de propagação devido à troposfera A percepção deste parâmetro no sinal recebido é alterada pelos erros de relógio do transmissor do satélite, que modificam o próprio sinal transmitido. Nestes erros incluem-se os erros intrínsecos e os que são intencionalmente introduzidos (Select Availability) para usuários não classificados. Englobando-se este efeito, define-se como atraso de sinal : (2.1.2) SA(t): Erro de relógio do satélite, intencionalmente alterado (Select Availability). A estimativa do atraso de sinal é usada no receptor para estimar a distância entre ele e o satélite. Esta estimativa é denominada de pseudo-range (PR). Para esta estimativa, os erros de relógio (do satélite e do receptor) e os atrasos da ionosfera e da troposfera são factores que diminuem a acurácia do valor obtido. A determinação do pseudorange é obtida no circuito de sincronização do código pseudo-aleatório. Desta forma é possível obter três estimativas para o pseudorange: na sincronização do código C/A, quando sincronizado no sinal L1; na sincronização do código P, também no sinal L1; e na sincronização do código P no sinal L2. O valor de pseudorange estimado pelo código P é mais preciso. Entretanto, a sincronização do código P nem sempre é obtida, uma vez que seu acesso é controlado através de criptografia. A sincronização do código P em diversidade de frequências (L1, L2) permite correcção do atraso provocado pela ionosfera. Caso seja feita a sincronização apenas do sinal L1, existe na mensagem do satélite dados que são utilizados para corrigir o atraso ionosférico através de modelos matemáticos pré-estabelecidos, embora com menor eficiência. Tem-se também modelo para correcção do atraso provocado pela troposfera. A tabela 2.2.1 mostra um modelo de erros na estimativa do pseudorange com seus valores estimados. *SA - Erro de relógio de satélite Erro em Metros Fontes de Erro L1/L2 L1 C/A com SA* L1 C/A sem SA* intencionalmente alterado Tabela 2.2.1 - Modelo de Erros Satélite GPS 6,0 30,8 6,0 de "Range" Equivalentes do Ionosfera 2,2 10,0 10,0 Usuário (UERE) Troposfera 2,0 2,0 2,0 Múltiplos Caminhos 1,2 1,2 1,2 Luís Henrique Pinto Malizia Alves Receptor 1,47 7,5 7,5 Waldecyr J. Perrella Outros 0,5 0,5 0,5 Fernando Walter UERE (rms) 6,98 33,33 14,07 Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 16 INFORMAÇÃO GERAL – ESR nos Condensadores Electrolíticos P ela própria constituição, os condensadores electrolíticos independentemente do seu fabricante, capacitância ou tensão de trabalho, possuem uma resistência equivalente em série ( ou ESR do inglês Equivalent Series Resistance) . Mas o que vêm a ser isto da ESR? A ESR é a resistência dinâmica pura total que um condensador opõe a um sinal de corrente alterna: inclui a resistência continua dos seus terminais, a resistência continua do material dieléctrico, a resistência das placas e a resistência alterna em fase do dieléctrico a uma frequência determinada. Sendo assim podemos imaginar como sendo uma resistência ideal em série com o condensador. Com o tempo e envelhecimento natural, muitas vezes a capacitância não se altera, porém a resistência equivalente série ( ou ESR ) aumenta, praticamente "tirando" o condensador do circuito. Se medirmos com o capacímetro, ele está perfeito, porém na realidade imprestável . Por isso muitas vezes perdemos tempo e cabelos com defeitos inexplicáveis provocados por condensadores electrolíticos. Problemas de ESR acontecem principalmente quando o condensador trabalha em filtragem ou acoplamento de altas frequências, como em fontes comutadas ou no bloco de deflexão horizontal de um TV,causando assim os mais diversos tipos de problemas. Em condições normais a ESR tem um valor muito baixo, o que se mantém durante muitos anos a não ser que o isolamento do condensador esteja deteriorado, neste caso o componente solvente do electrólito seca gradualmente fazendo com que o valor da ESR aumente. Como é obvio este deterioramento é acelerado quando o condensador é sujeito a altas temperaturas de funcionamento, provocadas por grandes correntes de ripple. Então como medir a ESR de um condensador Electrolítico? Para medir a ESR ,é necessário um medidor de ESR , ou seja um ohmímetro de corrente alterna capaz de medir a resistência equivalente em série do dito condensador, só se pode medir anulando a reactância capacitiva do condensador, o que se consegue medindo os ohms em AC, aplicando uma corrente alterna de uns 100 Khz. porém como este tipo de equipamento é difícil de encontrar no mercado tradicional a solução passa por encomendar do estrangeiro ou montar No site da Comunidade electrónicos http://www.comunidadelectronicos.com/proyectos/comprobador-esr.htm pode encontrar o esquema de um circuito simples baseado no ampop LM324N e um amperímetro analógico de painel. Outro circuito mais sofisticado desenvolvido pelo engenheiro australiano Bob Parker baseado no microcontrolador Z86E0412PSC e display BCD 7 segmentos pode ser encontrado aqui em http://members.ozemail.com.au/~bobpar/esrmeter.htm assim como mais explicações sobre o assunto, pena que o software para o microcontrolador não está disponível. Existe um outro teste simples e barato (mas não muito confiável) que consiste em medir a capacitância com o multímetro ou capacímetro na escala de µF e lançar um jacto de spray congelante sobre o condensador. Se o valor medido baixar, lixo com ele. Por isso muitas vezes ao serem aquecidos com o ferro de soldar o aparelho volta a funcionar por algum tempo, isto porque a ESR varia muito com a temperatura, pois no interior do electrolítico existe uma reacção química. Manuel Alves Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 17 INFORMAÇÃO GERAL – Polarização de Transístores T ransístor é um componente electrónico que começou a se popularizar na década de 60 cuja função principal é amplificar sinais eléctricos. Entende-se por "amplificar" o procedimento de tornar um sinal eléctrico mais forte. Um sinal eléctrico de baixa intensidade, como os sinais gerados por um microfone, é injectado em um circuito electrónico (transistorizado por exemplo) cuja função principal é transformar o sinal fraco gerado pelo microfone em sinais eléctricos com as mesmas características mas com potência suficiente para excitar os auto-falantes. É conveniente salientar que é praticamente impossível encontrarmos circuitos integrados que não possuam transístores. Para um amplificador linear existe uma área definida no gráfico de características de saída do transístor. Esta área é denominada de ponto de operação permissível, e é determinada pelas limitações de tensão e corrente que cada transístor apresenta. Fica claro portanto que cada transístor possui um gráfico diferente. Abaixo encontra-se um gráfico fornecido por fabricantes de transístores mostrando as regiões de operação permissíveis e proibidas. Região 1 – A região activa é a região mais apropriada para um transístor operar como amplificador de sinal sinusoidal; Região 2 - A região de saturação é a região em que o transístor atinge sua máxima corrente de colector. Nesta região, o transístor apresenta baixa resistência de colector e comporta-se como um interruptor fechado. Quando o transístor opera nesta região não se observa mais a relação entre a corrente de base e a corrente de colector, ou seja, nesta região, a variação da corrente de base não provoca variação fiel na corrente de colector. Região 3 – A região de corte é a região onde a corrente de base é igual a zero. Nesta região, o transístor apresenta elevada resistência de colector e comporta-se como um interruptor aberto. As correntes de colector de pequenas proporções são constituídas pelos portadores de carga minoritária (corrente de fuga). Região 4 - A região de sustentação é atingida quando a voltagem entre o colector e o emissor atinge o valor máximo suportado pelo transístor. Nesta região, independentemente do sinal está presente na base do transístor, a corrente de colector se mantêm alta. Região 5 - Na configuração emissor comum, o ganho do transístor está intimamente ligado a frequência do sinal de entrada. O fabricante fornece a frequência do sinal de entrada na qual o ganho do transístor passa a ser unitário. A medida que este limite for ultrapassado, o ganho será reduzido podendo torna-se desprezível. As considerações acima são para um transístor de silício na configuração emissor comum. Como se viu na figura, a região activa define as limitações nas quais o transístor tem seu funcionamento seguro para operar como amplificador de sinal sinusoidal. O objectivo desta região é mostrar as condições em que o transístor funciona sem se danificar. Escolher um ponto no interior da região activa, de preferência o mais próximo do centro possível, reduz as possibilidades Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 18 de um eventual deslocamento deste ponto para fora da região de operação podendo danificar o transístor ou provocar distorção no sinal de saída. Existe uma relação directa entre temperatura e corrente de colector do transístor. Aumentando-se a temperatura de um transístor, sua corrente de colector também é aumentada. Da mesma forma, aumentando-se a corrente de base, aumenta-se consequentemente a corrente de colector que por sua vez aumenta a temperatura (Efeito Joule) constituindo assim uma "reacção em cadeia". Variando-se a temperatura do transístor, seja esta variação causada pelo simples aumento da temperatura ambiente ou pelo aumento da intensidade da corrente de colector, o ponto de operação escolhido tende a se deslocar. Temperaturas da ordem de 200ºC para transístores de silício e cerca de 105ºC para transístores de germânio nunca deverão ser atingidas. É possível, as vezes, mediante cuidadoso projecto, que o pico de potência (VCE x [IC+IB] ) exceda este regime médio por curto período de tempo desde que os picos de temperatura no dispositivo não sejam excessivos. A figura abaixo nos dá uma ideia de como a temperatura influi no funcionamento de um transístor de silício. Polarizar um transístor é fazer com que o ponto de operação se estabilize. Para uma boa polarização algumas considerações são essenciais: • O ponto de operação deve estar no interior da região activa; • Manter o transístor com um funcionamento linear – Em se tratando de amplificador linear, deve-se evitar que ocorra distorção em qualquer temperatura e procurar manter constante a carga de colector e a tensão de alimentação; • Reduzir os efeitos causados pelo aquecimento cumulativo utilizando um bom sistema de refrigeração que é fundamental para se conseguir a estabilização desejada. A junção colector-base de um transístor, onde ocorre praticamente toda a dissipação, não está em perfeito contacto com a cápsula do transístor, envolvida naturalmente pelo meio ambiente. Isto significa que existe uma certa "resistência térmica" entre a junção e a cápsula portanto, a junção citada provavelmente encontra-se com temperatura superior à temperatura do invólucro do transístor. Um método simples de polarização de um amplificador com transístores de silício em emissor comum consiste em adoptar um divisor de tensão na base para suprir a necessária corrente ao transístor. O sinal poderá ser então aplicado aos terminais de entrada através de um condensador de acoplamento adequado. www.oficina-digital.com/catalog/ Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 19 Considerações: 1. Aqui vamos desprezar a influência da corrente de fuga devido ao seu pequeno valor, e também pelo fato do tipo de polarização empregado compensar termicamente o circuito. 2. Considerando o ganho do transístor maior que 100, podemos desprezar a influência do pequeno valor da corrente de base. 3. A escolha da alimentação é simples, pois dependerá unicamente do local a ser empregado. 4. Normalmente o valor da corrente de colector (IC) é obtido em função da carga, ou escolhida de acordo com instruções fornecidas pelo fabricante do transístor em suas publicações sobre o produto. 5. Vamos considerar VRE como sendo 10% da tensão de alimentação, consideração que garantirnos-à uma estabilidade à variações de temperatura e ganho de corrente. 6. VBE dependerá do tipo de transístor, pois para os de germânio seu valor será de 0,3 volts e para os de silício, seu valor será de 0,6 volts. 7. Embora esta aproximação que aqui faremos pareça grosseira, ela resultará em valores práticos e facilitará os cálculos para RB1 e RB2. I é 10% de IC. 8. Aqui novamente faremos uma imposição, garantindo que VC seja maior ou igual a 50% de VCC. Acoplamento por condensador O acoplamento por condensador é o mais utilizado na prática, principalmente nas etapas amplificadas de baixo ruído. A resposta de frequência é maior apresentando baixo custo pois, utiliza poucos componentes de fácil fabricação. A desvantagem do acoplamento a condensador em comparação com o acoplamento a transformador, está em que, não havendo casamento das impedâncias de entrada e de saída, haverá perda de energia. Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu contacto. Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 Vendo todo o tipo de acessórios e componentes para reparação de telemóveis. Contacto: Tlm:919783719 [email protected] 20 Centro de Assistência Técnica Braga Representante Oficial: Panasonic, Technics, Saba, Thomson, Grundig, Samsung, Sanyo, Saeco, Jvc, Toschiba, Firstline, Bluesky, Seg, Basicline, etc... Américo Gouveia Rua dos Congregados, n.º 95 4710-370 Braga Tel: 253 218 088 Fax: 253 251 166 E-mail: [email protected] Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu contacto. Os amplificadores descritos acima são do tipo "Classe A", ou seja, amplifica todo o sinal injectado na base do transístor. Tecnicamente falando, Diz-se que um amplificador é de Classe "A" quando o ponto de operação e o sinal de entrada são tais que a corrente de colector circula o tempo todo. Este tipo de amplificador, apesar de apresentar um baixo rendimento, utiliza poucos componentes e possui baixa distorção sendo portanto empregado como pré-amplificadores ou amplificadores de pequenas potências. Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 21 CURIOSIDADES – Circuitos Integrados S urgidos na década de 1970, os circuitos integrados são formados por elementos fixos instalados em um único suporte semicondutor. Com os circuitos integrados abriram-se novos caminhos, em virtude de sua miniaturização e da possibilidade de sua fabricação em série sendo responsáveis pela miniaturização dos circuitos, a qual resultou em enorme diminuição tanto do preço como do consumo de energia, além de favorecer o aumento da velocidade e precisão com que os sinais eléctricos são manipulados. Actualmente, pode-se integrar milhares de transístores em superfície de apenas quarenta milímetros quadrados, o que permite o processamento de sinais de amplitude mínima em comunicações, informática, reprodução de imagem e som etc. Os anos seguintes foram de desenvolvimento contínuo da electrónica, que se transformou em uma das mais pujantes indústrias dos países desenvolvidos. Processo de fabricação A primeira parte do processo é obter pequenos discos de silício com propriedades eléctricas adequadas e forma cilíndrica cujas dimensões são da ordem de 50 x 300 mm. Depois de cortados, estes discos ficam com espessura de 1 mm e são novamente divididos em partes menores denominada fatia. É neste ponto do processo que são acrescentadas as impurezas que determinam a polaridade do material. Um acabamento final é dado através de um banho corrosivo e um polimento que reduz a espessura da fatia para 200 micro. Passado este acabamento, as fatias são postas em um forno especial aquecido a 1100ºC e submetidas a um fluxo de oxigénio e vapor de água em ambiente totalmente limpo para que seja depositada uma fina película (geralmente 0,5 micrómetros) de dióxido de silício. Depois são colocadas sobre as fatias quantidades adequadas de substância foto resistentes. Para que esta substância recubra toda a superfície, as fatias são submetidas a grandes velocidades angulares. Se forma assim uma camada de aproximadamente 1 micrómetro de espessura. A substância foto resistente polimeriza sob acção da luz ultravioleta e com isso passa a resistir a acção de solventes. Uma mascara que contém o layout do circuito a ser fabricado é colocada sobre a fatia. Esta fatia é submetida a radiações ultravioletas indo depois para a revelação. Na revelação, as regiões que foram expostas à luz se mantém inalterada enquanto que a camada foto resistente que não recebeu luz é removida, dando acesso a camada de óxido que está logo abaixo. Um banho em ácido apropriado ataca a camada de óxido expondo o material que está logo abaixo. Uma nova camada é posta entre a camada de óxido e o silício. É uma película muito fina denominada epitaxial que tem polaridade diferente do material original e para ser intercalada é necessário que as fatias sejam acomodadas em fornos de indução a uma temperatura que varia entre 900 e 1300ºC para difundir uma substância dopante no silício. O isolamento individual dos componentes do circuito integrado é feito mediante uma barreira de potencial que surge quando uma junção PN é polarizada inversamente enquanto que as ligações entre os componentes fica por conta de uma fina película metálica. A fatia é então cortada em várias partes onde cada parte resultara em um circuito integrado Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 22 Características Família Lógica RTL Resistor Transistor Logic DTL TTL TTLLS TTL-S CMOS IIL ECL MOS Diode Transistor Logic Transistor Transistor Logic Low Power Schottky Super High Speed Complementary Metal Oxide Silicon Inegrated Injection Logic Emitter Coupled Logic Metal Oxide Silicon Tradução Lógica que utiliza resistências e transístores Lógica que utiliza díodos e transístores Lógica que apenas utiliza transístores Lógica que utiliza alta velocidade e baixa Lógica que utiliza transístores de alta velocidade Metal de oxido de silício complementar Lógica por injecção integrada Lógica por emissor acoplado Metal de óxido de silício Características Gerais Os primeiros circuitos integrados. Já não são fabricados. Aperfeiçoamento do RTL. Usados apenas para reposição Muito importante nos circuitos digitais. Utilizado em grande escala TTL aperfeiçoado. Proporciona alta velocidade e baixo consumo TTL de alta velocidade e alto consumo Muito baixo consumo. Opera com fontes de 3 a 1 Volts Aperfeiçoamento do CMOS em termos de velocidade É o mais rápido de todas as séries. Pode operar em frequências de 500 MHz Elevado índice de integração. Pode conter até 25000 transístores. É o caso dos microprocessadores Especificação Consumo Velocidade Tensão de Alimentação RTL DTL 30 mA 25 mA 10MHz 15MHz 5V 5V TTL 20 mA 25MHz 5V TTL-LS 8 mA 40MHz 5V TTL-S 30 mA 70MHz 5V CMOS 1 mA 10MHz 3a18V IIL 1 mA 15MHz 3a18V ECL 40 mA 800 MHz 2V MOS 85 mA 3,5 MHz 5V Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 23 CURIOSIDADES – Motores e Geradores U m motor é uma máquina que converte energia elétrica mecânica de rotação.Os motores são os responsáveis pelo funcionamento das máqinas de lavar,das secadoresas de roupa, e da maioria das máquinas industriais.O gerador por sua vez, é uma máquina que converte energia mecânica de rotação em energia elétrica. A energia mecânica pode ser fornecida por uma quedad’agua,vapor,vento,gasolin a ou óleo diesel ou por um motor elétrico. Componentes As partes principais dos motores e geradores de corrente contínua são basicamente as mesmas. Comutador Uma máquina cc tem um comutador para converter a corrente alternada que passa pela armadura em corrente contínua liberada através de seus terminais (no caso do gerador). O comutador é constituído por segmentos de cobre com um par de segmentos para cada enrolamento da armadura. Cada segmento do comutador é isolado dos demais por meio de lâminas de mica.Os segmentos são montados em torno do eixo da armadura e são isolados do eixo e do ferro da armadura. No chassi da máquina são montadas duas escovas fixas, que permitem contatos com segmentos opostos do comutador. Armadura Escovas Num motor, a armadura recebe a corrente proveniente de uma fonte elétrica.Isto faz a armadura girar.Num gerador, a armadura gira por efeito de uma força mecânica externa.A tensão gerada na armadura é então ligada a um circuito externo.Em resumo, a armadura do motor recebe a corrente de um circuito externo (a fonte de alimentação), e armadura do regador libera corrente para um circuito externo (a carga).Como a armadura gira,ela é também chamada de rotor. São conectores de grafita fixos, monados sobre molas que permitem que eles deslzem(ou “escovem” sobre o comutador no eixo da armadura. Assim, as escovas servem de contato entre os enrolamentos da armadura e a carga externa. Enrolamento de Campo Este eletroíma produz o fluxo interceptado pela armadura. Num motor, a corrente para o campo é fornecida pela mesma fonte que alimenta a armadura. Num gerador, a fonte de Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 corrente de campo pode ser uma fonte separada,chamada de excitdor , ou proveniente da própria armadura. Gerador CC Simples O gerador cc mais simples é formado por um enrlamento de armadura contendo uma única espira de fio. Este enrolamento de uma espira intercepta o campo magnético para produzir a tensão. Se houver um circuito fechado, passará uma corrente no sentido indicado opelas setas.Nessa posição da espira, o segmento 1 do comutador está em contato com a escova 1, enquanto o segmento 2 do comutador está em contado com a escova 2. Á medida que a armadura gira meia volta no sentido horário, os contatos entre os segmentos do comutador e as escovas são invertidos. Agora, o segmento 1 está em contato com a escova, 2 e o segmento 2 em contado com a escova 1. Em virtude dessa ação de comutação, o lado da espira que está em contato com qualquer uma das escovas está sempre interceptando o campo magnético no mesmo sentido. Portanto, as escovas 1 e 2 têm polaridade constante, e é liberada uma corrente contínua pulsante para o circuito de carga externo. 24 Enrolamentos da Armadura As bobinas da armadura usadas em grandes máquinas cc são geralmente enroladas na sua forma final antes de serem colocadas na armadura. As bobinas préfrabricadas são colocadas entre as fendas do núcleo laminado da armadura. Há uma duas formas de se ligar as bobinas, enrolamento imbricado e enrolamento ondulado ou em série. Num enrolamento imbricado simples, as extremidades de cada bobina são ligadas a segmentos comutadores adjacentes. Dessa forma, todas as bobinas ficam ligadas em série. Num enrolamento imbricado duplo, há na verdade, dois conjuntos separados de bobinas,cada conjundo ligado em série. Estes dois conjuntos de bobinas são ligados entre si somente através das escovas. Analogamente, um enrolamento imbricado triplo é formado por três conjuntos separados de bobinas ligados em série. Num enrolamento imbricado simples, uma única escova faz o curtocircuito entre as duas extremidades da mesma bobina. Num enrolamento ondulado, as extremidades de cada bobina são ligadas aos segmentos do comutador com dois pólos de intervalo. Num gerador, a área onde nenhuma tensão pode ser induzida numa espira da armadura é chamada de plano de comutação ou plano neutro. sentido do campo e o dedo médio no sentido da corrente que passa pelo condutor; o polegar indicará o sentido em que o condutor tende a se deslocar. Excitação do Campo Torque Os geradores cc recebem seus nomes de acordo com o tipo de excitação de campo utilizado.Quando o campo do gerador é fornecido ou “excitado” por uma fonte cc separada, como por exemplo uma bateria, ele é chamado de gerador de excitação separada. Motor de Corrente Contínua Embora a construção mecânica de motores e geradores cc seja muito parecida, as suas funções são diferentes. A função de um gerador é de gerar uma tensão quando os condutores se deslocam através de um campo, enquanto um motor serve para produzir um esforço para a rotação ou torque, para produzir rotação mecânica. Sentido de Rotação da Armadura Usa-se a regra da mão esquerda para determinar o sentido de rotação dos condutores da armadura. A regra da mão esquerda para os motores éa seguinte: com o polegar,oindicador e o médio da mão esquerda perpendiculares entre si, aponte o indicador no A f cem de um motor, Vg é gerada pela ação dos condutores da armadura ao Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 O torque T produzido por um motor é proporcional á intensidade do campo magnético e á corrente de armadura. Onde: T = torque,m . kg Kt = constante que depende das dim. Físicas do motor Ia = corrente da armadura, A O = número total de linhas de fluxo que entra na armadura por um pólo N As relações entre a tensão e a corrente num circuito equivalente de um motor cc são as seguintes: Vta = Vg + IaRa Vt - Vg + Ia (Ra + Rs) Il = Ia + Id Onde: Vta = tensão no terminal da armadura, V Vg = força contraeletromotriz, fcem, V Ia = corrente da armadura, A Vt = tensão no terminal do motor , V Fazendo um comparação entre o circuito equivalente de um gerador e o circuito equivalente de um motor a única diferença está no sentido da corrente na linha e na armadura. interceptar as linhas de força. 25 A potência fornecida á armadura do motor é a potência dissipada na forma de calor pela corrente de armadura, a potência produzida pela armadura. Mas esta potência da armadura não representa uma potência útil de saída, pois um parte dela precisa ser gasta para suprir as perdas mecânica ou rotacional do motor. A especificação de saída do motor é igual á entrada menos as perdas por aquecimento e as perdas rotacionais. Aunidade mais usada para a saída de um motor é o cavalo-vapor. Velocidade de um Motor A velocidade é dada pelo número de rotações do eixo com relação ao tempo e é expressa em unidades de rotações por minuto (RPM) . Uma redução no fluxo do campo do motor provoca um acréscimo na sua velocidade. Ou, ao contrário, um aumento no fluxo do campo provoca uma diminuição na velocidade do motor. Pelo fato de a velocidade do motor variar com a excitação do campo, costuma-se empregar uma forma conveniente de se controlar a velocidade variando o fluxo do campo através do ajuste da resistência no circuito do campo. Se um motor puder manter um velocidade praticamente constante para diferentes cargas, dizse que o motor apresenta um boa regulação de velocidade. A regulação de velocidade é geralmente expressa na forma de porcentagem. Tipos de Motores Motor de derivação Este é o tipo mais comum de motor cc .Ele é ligado da mesma forma que o gerador em derivação.Suas curvas características de velocidade X carga e torque X carga mostram que o torque aumenta linearmente com o aumento na corrente da armadura,enquando a velocidade cai ligeiramente á mediada que a corrente da armadura aumenta. A velocidade básica é a velociade com carga máxima. O ajuste de velocidade é feito inserindo-se uma resistência no campo usando um reostato de campo. Numa posição do reostato, a velocidade do motor, permanece praticamente constante para todas as cargas. Os acionadores ou dispositivos de partida usados com os motores cc limitam a corrente de partida da armadura em 125 a 200 por cento da corrente de carga máxima. Deve-se tomar muito cuidado para não se abrir o circuito do campo de um motor em derivação que está rodando sem carga, porque a velocidade do motor aumenta Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 descontroladamente até o motor queimar. Motor série O campo deste tipo de motor é ligado em série com a armadura. Avelocidade varia de um valor muito alto com uma pequena carga até um valor bem baixo com a carga máxima.O motor em série é conveniente quando parte com cargas pesadas ligadas a ele (guindastes e guinchos), porque com altas correntes na armadura ele produz um torque elevado e funciona em baixa rotação. Sem nenhuma carga, a velocidade de um motor em série aumentará ilimitadamente até o motor se destruir.Entretanto, os grandes motores em série são geralmente ligados diretamente á carga e não através de correias ou polias. Motor composto Este tipo associa as características operacionais dos motores em derivação e dos motores em série. O motor composto funciona com segurança sem carga. À medida que se adicinam as cargas, a sua velocidade diminui, e o torque é maior se comparando com o do motor em derivação. 26 CURIOSIDADES – Semicondutores (Parte I) O s dispositivos semicondutores (díodos, transístores, diacs, triacs, mosfet, circuitos integrados, etc) constituem, sem dúvida alguma, uma verdadeira revolução no campo da tecnologia dos componentes electrónicos. Estes minúsculos componentes realizam praticamente todas as tarefas que antes eram confiadas às válvulas electrónicas, porém com muito mais eficácia e segurança. Enquanto que o princípio de uma válvula electrónica se baseia no fluxo de electrões que há do cátodo para a placa, através do vácuo existente no interior do invólucro de vidro que constitui a válvula, enquanto que o princípio de funcionamento dos dispositivos semicondutores, apesar de também basear-se num fluxo de electrões, se realiza em material sólido (geralmente silício ou germânio), e não no vácuo, como nas válvulas electrónicas. Por esta razão, os dispositivos semicondutores são também denominados dispositivos de estado sólido. Constituição da matéria As substâncias encontradas na natureza, sejam elas sólidas, líquidas ou gasosas, são constituídas por um aglomerado de minúsculas partículas, chamadas moléculas, que são a menor parte que se pode obter de uma substância, conservando as mesmas características e propriedades (ponto de fusão, resistividade eléctrica, massa especifica, etc.). Se tivermos uma gota de água e a dividirmos, sucessivamente, em diversas partes, a menor delas, que ainda conserva as características da gota inicial, será a molécula de água. As moléculas podem ainda ser subdivididas em partículas menores que são os átomos; contudo, estas novas partículas já não apresentam as mesmas propriedades da substância original. Assim subdividirmos uma molécula de água, obteremos três partículas, sendo duas iguais entre si (átomos de hidrogénio) e a terceira diferente (átomo de oxigénio). Concluímos que a molécula da substância água (H2O) é constituída por dois átomos de hidrogénio (H) e um de oxigénio (O). Estrutura do átomo Figura 1 - Representação esquemática de um átomo genérico O átomo (a menor partícula constituinte da matéria) é uma palavra de origem grega e significa não divisível. Este nome lhe foi dado por ocasião da sua descoberta, quando realmente se pensava que fosse impossível dividi-lo. Entretanto, através das modernas teorias da Física Nuclear, hoje sabemos que o átomo e basicamente formado por três tipos de partículas elementares: electrões, protões e neutrões. Destas, os protões e os neutrões formam a sua parte central (núcleo), ao redor da qual giram os electrões, em altíssimas velocidades. A carga do electrão é igual à carga do protão, porém de sinal contrário; o electrão possui carga negativa (-) e o protão carga eléctrica positiva (+). O neutrão não possui carga eléctrica, isto e, sua carga é nula. Num átomo, os electrões que giram ao redor do núcleo distribuem-se em várias regiões (camadas), num total de 7. Na figura 1 temos a representação esquemática de um átomo genérico. Todos os elementos encontrados na Natureza são formados por diferentes tipos de átomos, diferenciados entre si pelos seus números de protões, electrões e neutrões. A Tabela 1 mostra a constituição de alguns elementos químicos (tipos de átomos) conhecidos até hoje. Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 27 Analisando a Tabela, concluímos: em qualquer átomo, o número de protões contidos no seu núcleo é igual ao número de electrões que giram ao redor dele. Em outras palavras, a carga total do átomo é zero, pois a carga positiva dos protões é anulada pela carga negativa dos electrões. Um átomo nesse estado está electricamente neutro, uma vez que a soma total das cargas eléctricas é zero. Vejamos como exemplo, o elemento alumínio que, de acordo com a Tabela possui 13 protões e 13 electrões. A sua carga total será: (+13) + (-13) = O. Tabela I Nome do Elemento Hidrogénio Hélio carbono Sódio Alumínio Silício Cloro Germânio Prata Antimônio Tungstênio Ouro Mercúrio Urânio Símbolo Número de Número de Número de Químico Protões Electrões Neutrões 1 1 0 H 2 2 2 He 6 6 6 C 11 11 12 Na 13 13 14 Al Si 14 14 15 17 17 18 Cl 32 32 41 Ge 47 47 61 Ag 51 51 71 Sb 74 74 110 W Iões Positivos e Iões Negativos Um átomo, quando electricamente neutro, poderá ganhar (receber) ou perder (ceder) electrões. Quando ele ganha um ou mais electrões, dizemos que se transforma num ião negativo. O átomo de Cloro (Cl) , por exemplo, possui 17 protões e 17 electrões. Se ele receber 1 electrão, ficará com 17 protões e 18 electrões e, no balanço total das cargas Au 79 79 118 eléctricas teremos: (+17) + (Hg 80 80 120 18) = -1. Isto significa que o 92 92 136 átomo de Cloro não é mais U neutro, pois apresenta uma carga eléctrica negativa igual à do electrão. Temos, então, um ião negativo de Cloro. Quando um átomo perde um ou mais electrões, dizemos que ele se transforma num ião positivo. Consideremos o átomo de Sódio (Na), que possui 11 protões e 11 electrões. No caso de perder 1 electrão, ele ficará com 11 protões e 10 electrões, resultando: (+11) + (-10) = +1, o que indica que o átomo de Sódio não é mais neutro, já que ele apresenta uma carga eléctrica positiva, igual à do protão. Temos assim, o ião positivo de sódio. Camada de Valência e Electrões de Valência Como já mencionamos, os electrões giram ao redor do núcleo em regiões (num total de 7) que recebem o nome de camadas. Em todo átomo, a camada mais afastada do núcleo (camada externa, figura 1), é a camada de valência, e os electrões dessa camada são chamados de electrões de valência. Eles tem uma função muito importante pois, na maioria das vezes, são eles que participam das reacções químicas e dos fenómenos eléctricos. Na Tabela II ilustramos o número de electrões de valência de alguns elementos químicos. Os átomos com 1, 2 e 3 electrões de valência têm uma certa facilidade em cedê-los, transformando se em iões positivos; o alumínio (Al), o cálcio (Ca), o Sódio (Na) ,etc., são alguns exemplos. Os átomos com 5, 6 e 7 electrões de valência têm facilidade em ganhar electrões, transformandose em iões negativos; o fósforo (P), o oxigénio (O), o cloro (Cl), etc, estão neste caso. Os átomos com 4 electrões de valência geralmente não ganham nem perdem electrões, é o que ocorre com o Carbono (C), o Silício (Si), o Germânio (Ge), etc. Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 28 Tabela II Nome do Elemento Sódio Cálcio Alumínio Boro Gálio Índio Carbono Silício Germânio Antimônio Arsénio Fósforo Oxigénio Cloro Ligações Químicas Símbolo Electrões de Químico Valência 1 Na Ca 2 3 Al B 3 Ga 3 In 3 C Si Ge Sb As P 4 O 6 Cl 7 4 4 5 5 5 A maneira pela qual os átomos se unem para formar a molécula de uma substância recebe o nome de ligação química, ou simplesmente ligação. Ao juntarmos um átomo de Sódio (Na) com um átomo de Cloro (Cl), inicialmente neutros, verificamos que o átomo de Cloro "rouba" um electrão (o de valência) do átomo de Sódio, transformando o átomo de Cloro num ião negativo (ganhou 1 electrão), e o de Sódio num ião positivo (perdeu 1 electrão). Como cargas eléctricas de sinais contrários (+ e -) se atraem, os iões de Cloro e Sódio são atraídos entre si, formando a molécula de Cloreto de Sódio (NaCl), vulgarmente conhecida como sal de cozinha. Este processo recebe o nome de Ligação iónica e está representado na figura 2. Figura 2 - Representação esquemática da ligação iónica Outro tipo de ligação é a que ocorre entre átomos de hidrogénio, quando eles se unem para formar a molécula do gás Hidrogénio (H2) , onde nenhum átomo perde ou ganha electrões, havendo apenas um "empréstimo". Um átomo empresta o seu electrão e toma emprestado o electrão do outro, formando, assim, uma espécie de "sociedade", em que os dois átomos "compartilham" de seus electrões. Esta é a chamada ligação covalente, que está ilustrada na figura 3. Figura 3 - Representação esquemática da ligação covalente A ligação covalente tem uma importância muito grande para o estudo que ora iniciamos, pois é nela que estão as características dos materiais semicondutores utilizados na fabricação dos dispositivos de estado sólido. De um modo geral, todas as substâncias existentes na Natureza têm os seus átomos unidos por um desses tipos de ligação. João Condeço Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 29 CIRCUITOS VÁRIOS Carregador de Baterias Componentes: Transformador 100mA LED 5mm Resistência de10K Díodo 1N4001 Condensador 1000uF Para este circuito é necessário um transformador do tipo de carregador de telemóveis em que a sua corrente ande a volta de 100mA. As melhores baterias para serem carregadas por este carregador são as de telefones fixos sem fios. Misturador de Microfones Dinâmicos Utilizado para captar um ou mais sons de um ambiente de forma coerente. Recomenda-se que as conexões de entrada (El, E2 e E3) e saída, sejam todas feitas com cabo blindado, evitando a captação de ruídos e presença de zumbidos. Misturador de Duas Entradas Este é um circuito bem simples quando queremos unir duas fontes de áudio numa só saída Uma de suas qualidades é possuir um consumo bastante pequeno O circuito deve ser instalado numa caixa de metal para reduzir os ruídos Componentes: R1, R3 = ajust 10 kOhm R2, R4 = 100 kOhm 1/4W R5 = 6,8 kOhm ¼ C1, C2, C3 = 1uf Q1 = 2N3819 Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 30 Mini Amplificador Comando Para Testar Servos Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para [email protected] com o anuncio desejado e o seu Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 31 KIT DO MÊS – Robot Light Seeker O objectivo do trabalho é “construir” um pequeno robot didáctico que irá manter a mesma intensidade de luz em 2 LDR, utilizando para se mover um pequeno motor com caixa de redução. Funcionamento Nesta pequena montagem encontramos dois LDR, que se encontrarão adaptados sobre o eixo de um motor redutor. Quando um dos LDR tiver mais intensidade de luz que o outro, os transístores irão polarizar o motor de maneira a que este rode para a esquerda ou direita sobre si mesmo, com o objectivo de colocar ambos os LDR com a mesma intensidade de luz. Quando os dois LDR se encontrarem com a mesma intensidade de luz o motor se manterá em repouso. Componentes usados 2- Resistências de 56R 2- LDR 2- LM 741 2- Transístores BC639 2- Transístores BC640 1- Condensador 0.1µF 1- Condensador 100µF 1- Motor com caixa de redução Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 32 PCB Este espaço pode ser seu. Anuncie gratuitamente. Basta enviar um e-mail para xavielectro@sap o.pt com o anuncio desejado e o seu contacto. António Santos Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 33 DATABOOK – Informações de diversos IC’s 7495 7496 74107 Circuitos Magazine N.º7 Abril/Maio/Junho 2004 34