7 série 8 ano - WordPress.com

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7 série 8 ano - WordPress.com
a
o
7 SÉRIE 8 ANO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
Caderno do Professor
Volume 1
GEOGRAFIA
Ciências Humanas
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
7a SÉRIE/8o ANO
VOLUME 1
Nova edição
2014 - 2017
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colaboradores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abordagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação
— Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização
dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações
de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca
por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orientações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avaliação constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a
diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico.
Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história.
Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do volume
Situações de Aprendizagem
5
11
Situação de Aprendizagem 1 – O meio natural: o contexto do senhor dos ventos
11
Situação de Aprendizagem 2 – O meio técnico: a força das máquinas na
produção e na circulação 22
Situação de Aprendizagem 3 – O meio técnico-científico e a inclusão no mundo digital
Situação de Aprendizagem 4 – Análise crítica do processo de globalização
38
Situação de Aprendizagem 5 – As fontes e as formas de energia: a fonte energética
da vida 41
Situação de Aprendizagem 6 – Matrizes energéticas: da lenha ao átomo
49
Situação de Aprendizagem 7 – Perspectivas energéticas: potencial e limitações de
energias renováveis 57
Situação de Aprendizagem 8 – A matriz energética brasileira
Propostas de Situações de Recuperação
64
70
Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a
compreensão do tema
74
Considerações finais
76
Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais
Gabarito
78
77
29
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME
Prezado(a) professor(a),
O currículo da 7a série/8o ano propõe um
novo desafio para os estudantes do Ensino Fundamental. Se até a 6a série/7o ano o
trabalho é centrado na ampliação dos horizontes do aluno, levando-o à exploração e
maior compreensão do mundo que o cerca,
o ano letivo que inicia exige um salto qualitativo do aprendiz.
Espera-se que o aluno esteja apto a desenvolver atividades mais complexas e elaboradas
de observação, interpretação, análise e síntese
da realidade. Assim, o estudo da produção do
espaço mundial por meio dos fluxos econômicos e do desenvolvimento da ciência e da
tecnologia pode ser um interessante exercício
de articulação do particular e do geral, que se
manifestam simultaneamente.
Para isso, do ponto de vista conceitual, é
fundamental o aluno compreender a relação
entre espaço e tempo. Nas Situações de Aprendizagem 1, 2, 3 e 4, o ponto de partida é o estudo do tempo de percurso, do movimento no
espaço, fluxo no qual estão imersos os agentes
e seus meios de locomoção e comunicação.
Como se trata de situações em que tempos e
espaços estão simultaneamente presentes, o estudo da Geografia se coloca numa perspectiva
de abordagem de um sujeito que está em movimento a partir do seu lugar e da sua história.
As Situações de Aprendizagem 5, 6, 7 e 8
visam o estudo da produção e do consumo
de energia, o que exige o aprofundamento
da compreensão da convergência da história
da humanidade com a história do planeta no
processo de produção do espaço geográfico.
Dessa forma, abre-se a oportunidade para os
alunos tomarem contato com os conteúdos
das geociências de interesse da Geografia,
como no caso do conceito de entropia, que se
refere ao fato de que o fluxo de energia é um
processo natural do universo para manter o
equilíbrio de um sistema que tende, ao longo
do tempo, à desordem.
A história da humanidade é vista como indutora do aumento de entropia, uma vez que
o uso da energia para a realização das atividades humanas desorganiza a ordem natural
para o estabelecimento de uma ordem humana. Cada período da globalização significou
um aumento da entropia envolvendo certa
matriz energética, o que pressupõe a utilização de recursos naturais como fonte de energia, tendo em vista o cenário tecnológico de
cada época.
Se todos sabemos que a energia nos fornece
calor e luz, nos permite ir de um lado para outro e possibilita que nossas máquinas funcionem,
a matriz energética constitui também a base do
nosso estilo de vida em aspectos menos evidentes
da sociedade em que vivemos.
5
Sem o uso intensivo de energia na forma de
pesticidas e fertilizantes, a agricultura comercial
seria menos produtiva. Dessa forma, quando sentamos à mesa, em certo sentido, não deixamos de
consumir petróleo e carvão, o que é um aspecto
estrutural do mundo em que vivemos e que será
problematizado com os alunos da 7a série/8o ano.
Consideramos que, muito mais do que o estudo de relações de causa e efeito, o grande propósito da Geografia é o da compreensão dos
contextos nos quais as sociedades se relacionam
com a natureza e produzem seu próprio espaço
a partir das condições de cada lugar e momento
histórico. Nesse sentido, o estudo da Geografia
contribui para que o aluno aprenda a reconhecer
e a discernir as grandes perguntas que essa disciplina se propõe a refletir, elucidar e responder:
a organização e produção do espaço brasileiro e
mundial; a divisão internacional e territorial do
trabalho; o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e os fluxos populacionais e econômicos; e
as formas de representação do espaço geográfico.
Essa compreensão só se torna possível mediante uma redefinição do papel do aluno no
processo de ensino-aprendizagem. O exercício
cognitivo central da presente proposta é o da
argumentação, direcionando o aprendizado do
aluno para raciocínios que estabelecem relações
dedutivas (do geral para o particular) ou indutivas (do particular para o geral), em um permanente processo de relações entre local e global.
Como construtor desses nexos, o aluno
pratica um trabalho escolar no qual a atitude
de pesquisa permite a delimitação do objeto
6
da própria Geografia, por meio da ampliação
do seu vocabulário e do desenvolvimento da
terminologia específica, que exige o domínio
do conhecimento científico.
Nesse movimento de seu pensar, defronta-se
o jovem estudante com aspectos da realidade
tanto de ordem como de ruptura, contradições,
conflitos, complementaridades e inter-relações.
Utilizando-se de um acúmulo cada vez maior de
informações, o aluno será convidado a realizar
avaliações críticas e julgamentos, aprofundando
conceitos para compreender o universo sociocultural do mundo no qual se insere.
Este Caderno propõe sugestões de aulas e
atividades didáticas com base na análise de diversos materiais disponibilizados pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, fruto
do trabalho abrangente e desafiador realizado
por seus professores. Com a preocupação de
subsidiar o estudo do mundo sob diferentes
pontos de vista, esperamos contribuir para
que os jovens estudantes compreendam as
inúmeras relações que se estabelecem no espaço geográfico mundial, permitindo a cada um
deles perceber, de maneira mais abrangente, a
importância de estar no mundo e dele participar de forma ativa, crítica e solidária.
Conhecimentos priorizados
As quatro primeiras Situações de Aprendizagem deste Caderno destacam os três períodos históricos centrais para a formação da
economia-mundo: o período do comércio em
grande escala, a partir da expansão marítima
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
de fins do século XV ao começo do XVIII
(cerca de 1720); a Revolução Industrial
(1720-1945); e o período técnico-científico
após a Segunda Guerra Mundial.
Essa divisão foi estabelecida com o objetivo
de incorporar no ensino da Geografia contextos que causaram profundas transformações
espaciais no mundo. Estudada dessa forma,
a Geografia pode contribuir para explicar as
diferenças de lugar para lugar e a articulação
dos países no sistema-mundo.
Ainda que, normalmente, o processo de
globalização esteja associado ao período
atual, a perspectiva de análise sugerida para a
7a série/8o ano é entender esse fenômeno a partir de uma escala de longa duração. Ou seja, é
preciso destacar que o que chamamos de globalização não é um fenômeno essencialmente
novo, mas resultante do processo de formação
da economia-mundo e do espaço mundial, com
a progressiva aceleração dos fluxos econômicos
e culturais na esfera global. Na base de todo
esse processo estão as mudanças de sistemas
técnicos, em especial no campo das comunicações e dos transportes.
Com o fortalecimento do capital financeiro,
a partir da década de 1970, e da articulação do
mercado mundial e da produção em diferentes
países, a partir da década de 1980, observa-se a
consolidação de um sistema-mundo com
características de fato singulares e inéditas em
termos históricos e geográficos. Tais características são mais comumente associadas ao conceito de globalização.
As atividades sugeridas têm como eixo
condutor o conceito de espaço geográfico,
que abrange não apenas os objetos naturais e artefatos humanos, mas também a
rede de relações criada por f luxos de pessoas, mercadorias, capitais e informações
em uma escala mundial. O espaço geográfico surge da interação, mediada pelas
técnicas, entre as sociedades humanas e a
superfície terrestre.
Para o estudo dessa interação, as primeiras Situações de Aprendizagem foram organizadas tendo como referência os conceitos
elaborados pelo geógrafo Milton Santos, em
especial a distinção entre o meio natural, o
meio técnico e meio técnico-científico.
No meio natural, os eixos de contato entre
os assentamentos humanos são constituídos
principalmente pelos “caminhos líquidos”: os
oceanos, mares, lagos e rios. Essas “estradas
da natureza” proporcionaram, desde a Antiguidade, as vias de deslocamento de produtos
e pessoas, o comércio a longa distância e a
acumulação de riquezas. As planícies costeiras e os vales fluviais concentram, até hoje, a
maior parte da população mundial. Entre as
principais cidades, a maioria situa-se em enseadas marítimas ou junto aos rios.
Para explorar esse cenário com os alunos
da 7a série/8o ano, sugerimos uma discussão
a respeito do grande empreendimento das
expedições marítimas dos séculos XV e XVI,
especialmente sobre as viagens realizadas por
Cristóvão Colombo.
7
O meio técnico é produto da Revolução
Industrial. Embora as técnicas sejam quase
tão antigas quanto a humanidade, apenas no
final do século XVIII, com a emergência da
indústria, a capacidade produtiva humana
tornou-se suficiente para transformar extensa
e profundamente a superfície terrestre.
Para analisar esse novo contexto, sugerimos a observação de paisagens características
do meio técnico. Além disso, os alunos podem
ser desafiados a comparar mapas das malhas
ferroviárias de diferentes continentes. Da mesma forma, propomos a elaboração de mapas
temáticos para sobrepor essa malha ferroviária
à localização dos principais portos e eixos de circulação marítima do final do século XIX. Em todos esses exemplos, é importante ressaltar que os
sistemas do meio técnico se difundem de maneira bastante desigual sobre a superfície terrestre.
O meio técnico-científico emerge a partir da
década de 1970, quando esboçou-se um novo
ciclo de inovações, capitaneado pela “revolução da informação”, pelos avanços da biotecnologia, pela automação e robotização dos
processos produtivos, pela descoberta de novos
materiais e pelas novas tecnologias de geração
de energia. Nesse contexto, sugerimos como
atividade a análise do surgimento dessa nova
dimensão de espaço: o virtual. O professor poderá introduzir o tema discutindo o novo sentido da própria ideia de “navegação”.
Nas quatro últimas Situações de Aprendizagem deste Caderno, a periodização do
fenômeno da globalização é analisada ressal-
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tando-se a matriz energética de cada época.
Em primeiro lugar, os alunos são convidados
a analisar a formação das reservas de combustíveis fósseis como um processo de armazenamento da energia solar em diferentes
ciclos da natureza, como o ciclo do carbono
e do nitrogênio. Em seguida, é apresentada a
constituição das matrizes energéticas de cada
época, desde o domínio do fogo e o consumo
da lenha, passando pela exploração da energia cinética dos ventos dos primeiros moinhos
de trigo e do uso da tração animal no transporte e nos trabalhos da lavoura, assim como
do uso intensivo do carvão mineral para a
movimentação das máquinas a vapor, do petróleo e do gás natural e da combustão de materiais radioativos. Outro aspecto importante
a ser considerado é a desigualdade na distribuição dos recursos naturais energéticos entre
os diferentes países e o impacto ambiental que
seu consumo provoca, o que denuncia a insustentabilidade do modelo econômico vigente,
abrindo a discussão sobre fontes alternativas
de energia.
Competências e habilidades
Na 7a série/8o ano, espera-se que o aluno desenvolva suas competências cognitivas no domínio das linguagens e da capacidade de expressão
oral e de pensamento lógico. Para isso, é preciso considerar a autonomia de julgamento e de
ação dos alunos diante de situações-problema
enfrentadas no estudo geográfico da formação
da economia-mundo, da globalização e de uma
possível crise energética mundial.
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Assim, será necessário que o aluno estabeleça relações, em termos de pensamento
formal, entre as visões de mundo em cada
contexto histórico-geográfico. Ao estudar
o sistema-mundo por meio de diferentes recortes espaço-temporais na escala da longa
duração, as atividades deverão propiciar a
compreensão do espaço geográfico como um
produto social e, ao mesmo tempo, como um
conjunto de ideias formuladas pela Geografia para melhor compreender o mundo. Além
disso, ao discutir as alternativas para a matriz energética vigente no sistema-mundo, o
aluno entra em contato com questões de ordem cultural e política.
Acreditamos, portanto, em poder colocar os alunos em contato com questões que,
mesmo aparentemente não fazendo parte do
seu cotidiano, dizem respeito a todo cidadão
do mundo contemporâneo, signatário de
uma herança cultural e da experiência acumulada pelas sociedades e seus sistemas técnicos. Assim, a temática proposta aproxima
intencionalmente os alunos de uma reflexão
a respeito da formação social que dá vida ao
espaço geográfico, o que é um convite ao jovem para se posicionar diante de situações
reais, transformando o estudo da Geografia
em um exercício de cidadania.
O professor terá oportunidade de incentivar os alunos a interpretar mapas, elaborar hipóteses explicativas e desenvolver
uma atitude de questionamento diante de
problemas provocados pela globalização e
pelo consumo excessivo dos combustíveis
fósseis. O que importa não é somente a solução desses problemas, mas a compreensão
de suas variáveis e a busca dos elementos
que os constituem, sempre considerando a
construção coletiva dessa compreensão, por
meio de atividades em que a elaboração individual, a troca, o confronto de ideias e a
síntese sejam possíveis.
Metodologia e estratégias
As Situações
Caderno exigem
ras programadas
necessários para
abordados e para
em grupo.
de Aprendizagem deste
aulas expositivas, leitue exercícios individuais,
a discussão dos tópicos
a realização de trabalhos
Desenvolvendo as atividades previstas e
comparando suas observações com as informações fornecidas pelo professor, o aluno é
convidado a entrar em contato com a forma
pela qual a Geografia analisa a realidade, envolvendo um desempenho com diferentes níveis de compreensão:
Tipo
Níveis de compreensão
1
Identificação e relacionamento de
evidências
2
Explicação de fenômenos, aplicando
conhecimentos geográficos
3
Interpretação de contextos histórico-geográficos
4
Confrontação e crítica de ideias
5
Exposição de seus argumentos embasados, selecionando-os e ordenando-os
em fundamentações geográficas
9
Avaliação
dizagem, além de um conjunto de questões que
compõe uma proposta de avaliação. Também
Dentre as sugestões propostas, estão previstos exercícios individuais, com o objetivo
de avaliar a participação do aluno no processo de ensino-aprendizagem. Essas atividades
são fundamentais para que o professor avalie
quais são os conceitos e procedimentos que
apresentam a maior ou a menor compreensão
por parte dos alunos.
Diante disso, o professor poderá retomar o
conteúdo por meio de novas atividades, para recompor o que não ficou claro. Além da produção
individual, sempre que possível serão propostos
trabalhos em grupo para fomentar a discussão e
o debate. Isso resultará em relatórios de síntese e
também contribuirá para o desenvolvimento da
capacidade argumentativa e da expressão oral.
Foram elaboradas fichas de observação do
desempenho esperado nas Situações de Apren-
10
apresentamos um modelo de ficha de avaliação
que leva em consideração os objetivos propostos para a Situação de Aprendizagem, e sugerimos sua utilização ao final de cada atividade,
de acordo com o modelo a seguir:
Avaliação das
Situações de
Aprendizagem
Objetivos
atingidos
1. Muito bom
Atingiu plenamente os objetivos
propostos
2. Bom
Atingiu grande
parte dos objetivos
propostos
3. Regular
Atingiu os objetivos
mínimos essenciais
4. Insuficiente
Não atingiu os
objetivos mínimos
essenciais
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
O MEIO NATURAL: O CONTEXTO DO SENHOR DOS VENTOS
Um dos objetivos deste volume é compreender a produção do espaço mundial
como um processo econômico e político na
escala da longa duração. Entretanto, a própria ideia de mundo mudou ao longo dos séculos, de acordo com as características sociais
e políticas de cada sociedade e do acúmulo
de conhecimentos científicos e tecnológicos
então produzidos. Para muitos alunos, é difícil imaginar como os antigos representavam
o planeta Terra. Então, um primeiro passo
é relacionar as formas de representação da
Terra com a cosmovisão de determinados
contextos históricos.
Conteúdos: representação cartográfica, visão de mundo e suas tecnologias.
Competências e habilidades: compreender processos sociais utilizando conhecimentos históricos e geográficos; identificar representações do espaço geográfico em textos científicos, imagens, fotos, gráficos etc.
Sugestão de estratégias: leitura e interpretação de mapas medievais e portulanos (cartas náuticas antigas); aulas dialogadas; leitura, interpretação e comparação entre diferentes formas de representação
cartográfica.
Sugestão de recursos: imagens digitais; textos; mapas.
Sugestão de avaliação: roteiro de perguntas; confecção do astrolábio; redação; participação nas discussões.
Etapa prévia – Sondagem inicial e
sensibilização
muitos mapas, mas quase todos dominados
pelo sentido cristão do sobrenatural.
Esta etapa prevê uma aula dialogada com
o uso de mapas históricos e o estímulo à reflexão a respeito das características da cartografia em momentos históricos diferentes.
Os alunos precisam ser informados de que na
Idade Média, por exemplo, foram produzidos
Os mais famosos, conhecidos como mapas
T–O, representavam o mundo habitado como
um disco chato (“O”), centrado em Jerusalém. A
divisão entre os três continentes conhecidos (Europa, Ásia e África) era representada por meio de
cursos d’água, que formavam o “T” (Figura 1).
11
A Figura 2 é um exemplo da cosmovisão
dos sábios medievais de inspiração aristotélica
e bíblica, ordenada em esferas, tendo a Terra
no centro do mundo, em volta dela a água e
em volta da água o ar, demonstrando perfeito
equilíbrio e simetria que somente a criação divina seria capaz de produzir.
respondam às questões sugeridas no Caderno
do Aluno.
1. Quais continentes ou partes da superfície
terrestre eram representados no Mapa-múndi medieval (Figura 1)?
A Ásia, a Europa e a África.
2. Que região era representada na parte superior e central do mapa (Figura 1)? Por quê?
O Oriente e Jerusalém, valorizando a terra prometida.
3. Quais continentes ou partes da superfície
terrestre não estão representados nesse
mapa (Figura 1)?
A América, a Oceania e a Antártida.
Figura 1 – Mapa-múndi medieval. Fonte: RAISZ, Erwin. Cartografia geral. Rio de Janeiro: Científica, 1969.
4. Os dois mapas (Figura 1 e 2) revelam uma visão
religiosa de mundo? Justifique sua resposta.
Sim, pois a Terra aparece no centro do mundo, e a cruz que
simboliza Jerusalém ocupa lugar de destaque.
Leitura e análise de mapa
Para a conclusão desta etapa, sugerimos que
os alunos observem o mapa de Ebstorf (Figura
3), presente no Caderno do Aluno. A seguinte
questão poderá conduzir a análise:
O mapa fornece alguma pista sobre a visão de
mundo do autor? Justifique.
Com quatro metros de altura e uma impressionante riqueza de
Figura 2 – Conceito cosmográfico de geógrafos cristãos e árabes, século XI. Fonte: FLAMMARION, Camille. Histoire du
ciel. Paris: J. Hetzel, 1872.
detalhes, o mapa representa o mundo como o corpo de Cristo, cuja cabeça, mãos e pés ultrapassam as margens circulares da
moldura, rica em pormenores acerca de passagens bíblicas e de
Para iniciar as atividades, peça aos alunos que observem os mapas (Figuras 1 e 2) e
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representações de terras mais distantes, como a África. Assim, o
mapa também revela uma cosmovisão pautada pela religião.
© Album/AKG-Images/Latinstock
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Figura 3 – Carta de Ebstorf, Gervásio de Tilbury, 1284 (cópia do Landesmuseum, Hanover).
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Como resultado desta etapa de sensibilização, é importante que os alunos compreendam
que as visões de mundo analisadas refletem as
tecnologias disponíveis para o conhecimento e
a representação do planeta em cada momento
da História, assim como o contexto cultural em
que surgiram. Dessa forma, a história da Cartografia é também a história de como a humanidade refletiu sobre as características do mundo
e de si mesma, em tempos sociais diferentes.
Etapa 1 – As cartas de navegação e
a leitura do rumo dos ventos
Nesta etapa, o professor poderá
pedir aos alunos que realizem,
em grupo, uma pesquisa sobre
o astrolábio, conforme proposto no Caderno
do Aluno, na seção Pesquisa em grupo.
Oriente-os a considerar aspectos como a origem e a importância desse instrumento na
história da navegação e a investigar quais
instrumentos atuais o substituíram.
© Biblioteca Nacional da França
Para introduzir essa temática, sugerimos que
o professor explique quais eram as condições técnicas da época e informe aos alunos que a visão
do mundo em esferas, sendo a Terra uma única
massa rochosa cercada pelo Oceano Atlântico,
conviveu durante três séculos com outro tipo de
conhecimento cartográfico que produziu as chamadas Cartas portulanas. Elaboradas com a ajuda do astrolábio, elas eram utilizadas para fins
práticos de navegação e representavam alguns
elementos com bastante precisão para a época,
como podemos perceber nos exemplos das Figuras 4a e 4b, onde aparecem o Mar Mediterrâneo e o Mar Negro e parte do Oceano Atlântico,
contemplando a Irlanda.
Figura 4a – Carta da Europa, África do Norte e Oriente Médio. Fonte: L’Atlante catalano. Maiorca, século XIV. As cartas postulanas
indicavam com precisão o rumo dos ventos, as linhas paralelas próximas ao Equador, os portos, os cabos e as enseadas.
14
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Figura 4b – Esquema que destaca, no mapa, a representação do rumo dos ventos. Fonte: RAISZ, Erwin. Cartografia geral.
Rio de Janeiro: Científica, 1969. p. 22.
Etapa 2 – A façanha de Colombo
Até agora, os alunos puderam comparar
as diferentes visões de mundo que coexistiam
no período anterior ao século XV e realizar
uma pesquisa sobre o astrolábio, instrumento
usado pelos navegadores do século XVI. Com
as atividades desenvolvidas, a turma reuniu
condições para acompanhar a travessia do
Atlântico por Cristóvão Colombo, um bom
exemplo da utilização das forças da natureza
a favor dos objetivos humanos, como se caracteriza o período das expansões marítimas.
Para os alunos compreenderem como
essa travessia ocorreu, seria interessante que
eles fossem informados que, até a inveção
do navio a vapor, a navegação oceânica dependia fundamentalmente da direção dos
ventos e das correntes marinhas. Assim,
os alunos poderão refletir sobre a importância dos padrões de circulação geral da
atmosfera para os grandes navegadores dos
séculos XV, XVI e XVII.
Leitura e análise de esquema e mapa
Nesse ponto, sugerimos a utilização da
Figura 5, que destaca os ventos alísios, de
nordeste e sudeste, e os ventos de sudoeste,
e da Figura 6, que apresenta a rota da viagem de Colombo à América.
15
© Claudio Ripinskas
Figura 5 – Padrão geral de circulação da atmosfera. Nesta figura, estão representadas as três células: a célula Polar (referente aos polos), a célula de Walker (referente às latitudes médias) e a célula de Hadley (referente às latitudes tropicais).
Fonte: Elaborado por Raul Borges Guimarães e Regina Araujo especialmente para o São Paulo faz escola.
© Claudio Ripinskas
Rota da primeira viagem de Colombo à América
C
Figura 6 – Rota da primeira viagem de Cristóvão Colombo. Fonte: Elaborado por Raul Borges Guimarães e Regina Araujo especialmente para o São Paulo faz escola.
16
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Esses dois mapas devem ser analisados com
os alunos para que eles possam, em seguida,
responder às questões no Caderno do Aluno:
los ventos alísios de nordeste, e retornou à Europa com os ventos de sudoeste, aproveitando
também o movimento das correntes marinhas.
1. Os navegadores europeus, como Cristóvão
Colombo, utilizavam barcos a vela, movidos pela força do vento, para alcançar a
América e depois regressar à Europa.
Como sugestão para diversificar a metodologia em sala de aula, poderia ser exibido o filme 1492 – A conquista do Paraíso
(1492: Conquest of Paradise). Direção: Ridley Scott. ESP/FR/ING, 1992. 150 min.
Narra a viagem de Cristovão Colombo.
a) Na ida, os ventos sopravam a favor dos
barcos e os ajudavam a se mover. Mas, na
volta, se a força do vento era contrária,
como os navegadores chegavam à Europa?
Espera-se que os alunos concluam que os navegadores da-
Etapa 3 – As vantagens comparativas
da Espanha e de Portugal
quela época precisavam encontrar uma rota favorável para a
volta necessariamente diferente do caminho que havia sido
utilizado na ida. O debate visa enriquecer esta conclusão:
uma análise mais atenta da rota da esquadra de Colombo
evidencia que o grande navegador utilizou-se dos ventos alí-
Para finalizar o estudo da geografia do
período das grandes navegações, os alunos
poderão analisar o mapa da Figura 7 no Caderno do Aluno.
sios de nordeste para tomar o rumo das Américas e os ventos
de sudoeste para retornar à Europa.
Leitura e análise de esquema e mapa
b) Você acha que na atualidade os navios
que fazem a viagem entre a América e a
Europa precisam fazer a mesma rota de
Colombo? Por quê?
2. O mapa da Figura 7 apresenta a extensão
dos territórios coloniais da América luso-espanhola e indica a data de independência de
cada um deles. Com base no mapa e em seus
conhecimentos, estabeleça relações entre esta
extensão e o domínio que Portugal e Espanha exerciam sobre as técnicas de navegação.
Atualmente, os navios são movidos a propulsão e não precisam
percorrer o mesmo trajeto das embarcações que eram impulsionadas pelo vento.
Espera-se que a turma conclua que Espanha e Portugal foram
Antes de dar continuidade aos exercícios
da seção Leitura e análise de esquema e mapa
o professor pode reforçar o conteúdo a partir da Figura 6, concluindo que a esquadra de
Colombo chegou às Américas impulsionada pe-
pioneiros e ocuparam as maiores extensões territoriais por
apresentarem condições políticas favoráveis à realização da
expansão ultramarina (unificação da nação em torno do rei,
o maior financiador das expedições marítimas) e acumularem conhecimentos preciosos dos “segredos do mar”.
17
Figura 7 – Divisão administrativa e independência da América luso-espanhola. ARRUDA, José Jobson de A. Atlas histórico básico.
São Paulo: Ática, 2008, p. 22. Mapa original (sem escala; sem indicação de norte geográfico).
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Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Na seção Lição de casa, sugerimos a seguinte atividade:
Leia o texto a seguir:
Os ventos alísios bombeiam água, sem parar, do Atlântico central para o Golfo do México, o qual, em
consequência, é mais alto que o oceano principal. Esse enorme corpo d’água tem uma saída de superfície
– os estreitos entre a Flórida, de um lado, e Cuba e as Bahamas, do outro. Através dessa saída, a água se
lança como um bando de garanhões selvagens soltos de um curral. Não admira Ponce de Leon descobrir
que estava andando para trás apesar de um vento que tentava levá-lo para frente, perto da atual Miami,
num braço de terra que ele chamou de Cabo das Corrientes. Seis anos depois da descoberta de Ponce de
Leon, seu piloto, Antonio de Alaminos, navegando das Antilhas para a Espanha, passou não ao sul de
Cuba, como era habitual, mas ao norte e através dos estreitos da Flórida, aproveitando o enorme impulso da Corrente do Golfo para atirar seu navio à latitude dos ventos de oeste. Essa inovação completou o
desenvolvimento da rota clássica da Península Ibérica à América e vice-versa.
CROSBY, Alfred W. Imperialismo ecológico: a expansão biológica da Europa, 900-1900. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. p. 119.
1. Utilizando o planisfério presente no Caderno do Aluno, auxilie a sala a acompanhar a
rota seguida por Antonio de Alaminos. Depois, explique qual foi sua “inovação” em
relação à rota clássica estabelecida, poucos
anos antes, por Cristóvão Colombo.
2. Com base no que foi discutido em sala de
aula, faça em seu caderno uma pequena redação que tenha como título “Foi por um
acaso que Colombo chegou à América?”.
A rota clássica das Antilhas à Europa estabelecida por Cristóvão
comprovem a tese defendida. Para isso, é preciso que
Colombo passava entre as ilhas de Cuba e Hispaniola (ilha que
eles esclareçam a importância do conhecimento das
hoje abriga dois países – a República Dominicana e o Haiti),
Cartas portulanas, que registravam os regimes de ven-
seguindo então em direção ao norte, até atingir latitudes mais
tos, e expliquem por que o trajeto de ida de Colombo
altas para “pegar carona” nos ventos de oeste. Espera-se que os
foi diferente do trajeto de volta. Dessa forma, a redação
alunos entendam a inovação de Antonio de Alaminos, que con-
deve contribuir para que eles sejam capazes de organizar
sistiu em passar ao norte de Cuba, aproveitando o impulso da
informações e conhecimentos disponíveis para a cons-
Corrente do Golfo para atingir a latitude dos ventos de oeste.
trução de argumentações consistentes.
Os alunos deverão ser orientados a produzir uma argumentação coerente, com base na análise de dados geográficos que
19
A atividade a seguir, disponível
no Caderno do Aluno, na seção Você aprendeu?, pode ser
utilizada como avaliação.
Em seu livro Paratii: entre dois polos (Companhia das Letras, 1998), o navegador Amyr
Klink relata que certa vez lançou de seu barco um vidro contendo uma cédula de 100
mil cruzeiros, um nó de marinheiro, um cartão com seu endereço, solicitando a quem o
encontrasse que o remetesse ao Brasil. Com
pouca expectativa de que isso, de fato, aconteceria, ele anotou a data, a posição e as coordenadas do local de lançamento: latitude 49º49’
Norte, longitude 23º49’ Oeste, 4 de junho de
1991. Para surpresa dele, sete meses após ter
jogado o vidro na água, recebeu uma carta de
um garoto norueguês, com uma foto na qual
segurava a nota que havia encontrado.
1. Considerando o mapa a seguir (Figura 8),
qual alternativa identifica corretamente o
fenômeno natural que conduziu o vidro?
20
a) A corrente marítima Norte Atlântica,
uma extensão da Corrente do Golfo.
b) A alternância de marés entre o continente americano e a Europa.
c) Os ventos alísios do Atlântico Norte.
d) Os ventos monçônicos do Oceano Índico.
e) O deslocamento das massas de ar no
Mar Mediterrâneo.
A questão pretende avaliar a habilidade de leitura de um
mapa temático, bem como resgatar os conhecimentos acerca da circulação dos ventos e das correntes marinhas, apresentados nesta primeira Situação de Aprendizagem.
2. Se o navegador tivesse lançado a garrafa
nas coordenadas latitude 10º Sul e longitude 25º Oeste, que país seria o destino
mais provável para a cédula de 100 mil
cruzeiros? Por quê?
O Brasil, mais especificamente a costa brasileira, seria o destino
mais provável, pois a garrafa seria levada pela Corrente do Brasil.
30°
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1250km
PROJEÇÃO DE ROBINSON
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Frio de Montanha
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Correntes frias
Correntes quentes
Correntes marítimas
C.Su
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C.das Mo nções
120°
Fonte: Atlas geográfico. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE: Fundação de Assistência ao Estudante, 1986; Strahler, A. N. Physical geography. 3rd ed. New York: Wiley, c1969.
Desértico
Subtropical
Tropical
Equatorial
Tipos de clima (adaptado da classificação de Köpen)
C. An tárt
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Figura 8 – Clima e correntes marítimas. IBGE. Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2004, p. 67. Mapa original (sem indicação de norte geográfico).
Adaptado (supressão de escala numérica).
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Clima e correntes marítimas
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
21
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
O MEIO TÉCNICO: A FORÇA DAS MÁQUINAS NA
PRODUÇÃO E NA CIRCULAÇÃO
O meio técnico é produto da Revolução
Industrial. Embora as técnicas sejam quase
tão antigas quanto a humanidade, apenas no
final do século XVIII, com a emergência da
indústria, a capacidade produtiva humana
tornou-se suficiente para transformar extensa
e profundamente a superfície terrestre.
A Revolução Industrial representou a substituição do uso da energia humana ou animal
pelo emprego da energia mecânica nos processos de produção de artefatos. A combustão do
carvão mineral e a máquina a vapor expandiram a capacidade produtiva humana e inauguraram a era industrial. As ferrovias e os navios
a vapor promoveram uma revolução nos meios
de transporte, desencadeando um crescimento
inédito do comércio internacional.
Os ciclos iniciais da era industrial abriram
as portas para a formação da economia-mundo, ou seja, para a incorporação de todos os
povos e continentes nos fluxos mercantis e
circuitos de investimentos centralizados pelas
potências industriais. Foi então que o imperialismo – anexando novas áreas coloniais na
África e na Ásia e influenciando fortemente
regiões da América Latina – criou um verdadeiro mercado de dimensões planetárias e
uma nova divisão internacional do trabalho.
22
O traçado das ferrovias ilumina uma
das características essenciais da Geografia
produzida pelo imperialismo. Nos países
industrializados da Europa, foram construídos troncos principais complementados por uma densa rede de trilhos que se
espalharam em todas as direções, facilitando o transporte no interior do território e
unificando o mercado interno. Nos Estados Unidos, os grandes ramais ferroviários
cortaram transversalmente o território e
ajudaram a conquistar e integrar o oeste
agrícola ao nordeste industrial.
Contudo, na África, Ásia e América Latina, as ferrovias nasceram para ligar as regiões produtoras de matérias-primas aos
portos exportadores. A configuração da
rede ferroviária da África no século XIX
serve de espelho para compreender a organização do espaço produzida pelo imperialismo. O mercado externo funcionava como
principal motor da economia. As redes de
transporte, em vez de integrar, fragmentavam os espaços nacionais.
Para analisar esse novo contexto, sugerimos a articulação de diferentes paisagens
características do meio técnico, por meio da
leitura de textos, fotografias e mapas.
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Conteúdos: o meio técnico; a indústria; a ferrovia.
Competências e habilidades: compreender o processo histórico de ocupação dos territórios; interpretar a
formação e organização do espaço geográfico, considerando diferentes escalas.
Sugestão de estratégias: leitura e interpretação de textos e mapas; trabalhos em grupo.
Sugestão de recursos: textos; imagens; mapa mudo.
Sugestão de avaliação: análise de gravuras; texto argumentativo; mapa temático.
Etapa prévia – Sondagem inicial e
sensibilização
no Caderno do Aluno, fazendo inferências
a respeito:
Leitura e análise de imagem
f das condições ambientais da cidade;
f da qualidade de vida de seus habitantes;
f da alteração da vida cotidiana com a instalação de indústrias.
Nesse caso, é importante garantir que os alunos percebam as características ambientais de uma típica cidade industrial do século XIX, tais como insalubridade e poluição,
que alteraram profundamente a vida de seus habitantes.
© Photo Museums Sheffield/The Bridgeman Art Library/Keystone
Sugerimos, como introdução ao tema, a
identificação e o relacionamento de evidências do impacto da atividade industrial na
produção do espaço geográfico. Para isso,
os alunos podem ser desafiados a analisar e
comparar gravuras antigas (Figuras 9 e 10)
Figura 9 – Litografia do século XIX representando a área industrial de Sheffield, cidade ao norte da Inglaterra.
23
© Photos.com/Thinkstock/Getty Images
Figura 10 – Gravura do século XIX representando fábrica têxtil do empresário Titus Salt, na cidade de Bradford, no norte da Inglaterra.
Etapa 1 – O impacto da Revolução
Industrial no mundo
Texto 1
O sistema de trabalho das corporações en-
Leitura e análise de texto
volvia um pequeno mercado no qual o produtor fabricava a mercadoria de acordo com o in-
Sugerimos que o professor problematize com
seus alunos os impactos que a Revolução Industrial gerou na produção do espaço mundial. Para
isso, os alunos lerão os textos a seguir no Caderno do Aluno, procurando identificar e ordenar
argumentos para fundamentar a seguinte ideia:
“O surgimento da indústria é uma revolução não
somente técnica, mas social e econômica, porque
transformou completamente o mundo em um
sistema técnico único e integrado”.
24
teresse do seu freguês, que se deslocava ao local
de trabalho e fazia a encomenda diretamente.
À medida que as relações comerciais foram se
ampliando além dos limites da cidade, ultrapassando as fronteiras nacionais e atravessando, inclusive, os oceanos, o sistema de trabalho
das corporações entrou em colapso.
Elaborado por Raul Borges Guimarães especialmente para
o São Paulo faz escola.
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Texto 2
A Revolução Industrial foi um processo que
se alastrou pelo território britânico, tornando
tão importantes quanto Londres cidades como
Manchester, Liverpool e Yorkshire, já que o novo
processo produtivo gerava todo tipo de mercadoria: artigos de algodão e lã, de ferro e de couro,
de madeira e porcelana. Produzidas em larga escala e com baixos preços, as mercadorias inglesas
tomaram conta dos mercados latino-americanos,
destruindo as manufaturas têxteis e a produção
colonial de cerâmicas e objetos de metal.
Elaborado por Raul Borges Guimarães especialmente para
o São Paulo faz escola.
Os argumentos deverão ser registrados no
Caderno do Aluno e, após o exercício individual, o professor poderá listar, na lousa, em
conjunto com a turma, as principais ideias
identificadas pelos alunos.
Espera-se que os alunos percebam que a indústria provocou um impacto local e global. No primeiro caso,
formas de organização da produção e o surgimento de uma divisão internacional do trabalho.
Etapa 2 – O meio técnico e o
encurtamento das distâncias
Propomos ao professor que, na seção Desafio, no Caderno do Aluno, oriente os alunos na elaboração de um mapa temático com
a distribuição das ferrovias pelos continentes.
Com base em um atlas geográfico escolar, eles
poderão ser divididos para produzir o mapa
de diferentes regiões: a Europa, a África, a
América do Sul e a América do Norte.
Sugestão de procedimentos para a confecção dos mapas temáticos
1. Sobreposição de papel transparente no
mapa do atlas geográfico escolar para cópia do contorno do continente, as linhas
imaginárias principais, divisão política atual
(em preto), escala gráfica e o traçado das
ferrovias (em vermelho);
destruindo as antigas corporações de artesãos. Com o
crescimento da produção industrial, por sua vez, será
reforçada uma divisão internacional do trabalho entre
os países industriais e os fornecedores de matéria-prima.
Com base nas ideias enumeradas pela turma, os alunos podem escrever uma dissertação com o tema: “A Revolução Industrial e a
produção do sistema-mundo”.
Também nesse caso, o foco deverá se voltar
para a produção de uma argumentação consistente, capaz de relacionar, de fato, os conceitos
apresentados no título, ou seja, as mudanças nas
2. Indicação do título do mapa (por exemplo:
“A malha ferroviária da América do Sul”);
3. Confecção da legenda.
Depois de fazerem os mapas, os alunos poderão se reunir em grupos para comparar as
malhas ferroviárias de diferentes continentes.
Para concluir a atividade, o professor poderá perguntar que relações poderiam ser feitas
levando-se em consideração as características
das malhas ferroviárias dos continentes e o que
foi estudado acerca da Revolução Industrial.
25
As conclusões da turma poderão ser registradas na lousa, verificando-se a capacidade dos
alunos de formular hipóteses e de relacionar a
organização do espaço com as características do
período do meio técnico. Depois da discussão, os
grupos deverão responder às seguintes questões:
Espera-se que os alunos percebam que as ferrovias africa-
1. Em quais regiões do globo a malha ferroviária
é mais densa?
2. A Revolução Industrial também se caracterizou pelo surgimento de novos meios
de transporte e de comunicação. O navio
a vapor, inventado em 1807, e as ferrovias, que se espalharam pelo mundo em
meados do século XIX, assim como as linhas telegráficas, assinalaram o início de
uma nova era. Destaque pelo menos duas
características geográficas importantes
dessa nova era.
A malha ferroviária é mais densa nos Estados Unidos e na Europa.
2. Procure explicar por que isso ocorre.
Nos Estados Unidos e nos países europeus, a densidade da
malha ferroviária foi um fator importante na unificação dos
mercados nacionais. Na África e na América do Sul, em contraste, foi implantada uma malha ferroviária menos densa,
cuja função básica era a de escoar as exportações.
nas conectam as regiões produtoras de matérias-primas
agrícolas e minerais aos portos de exportação e não articulam os mercados internos do continente; as ferrovias europeias, por sua vez, servem principalmente aos mercados
do próprio continente.
Com a Revolução Industrial, surgiram os navios a vapor e
Na seção Lição de casa, sugerimos a
seguinte atividade para ser utilizada
como avaliação.
as ferrovias, que possibilitaram a ampliação dos fluxos de
mercadorias e de pessoas entre os países. Portanto, a formação de uma economia de dimensões mundiais é uma
das características geográficas dessa “nova era”. Além
1. Explique a diferença entre o traçado das
ferrovias do continente africano (Figura
11) e o traçado das ferrovias do continente
europeu (Figura 12).
26
disso, a Revolução Industrial imprimiu um novo ritmo ao
processo de crescimento das cidades: a era das indústrias
e também a era da intensa urbanização dos países em
processo de industrialização.
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
fri
- P lí i
África: político
10º O
10º E
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20º E
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10º N
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São Tomé
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TRÓPICO DE CÂNCER
20º N
30º N
Suez
El-Giza
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SAARA
OCIDENTAL
(ESP e MAR)
Port Said
Alexandria
MA
Is. Canárias
(ESP)
50º E
Misurata
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30º N
40º E
Constantina
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Rabat
Marrakech
30º E
Túnis
SEICHELES
Mbuji Mayi
Vitória
10º S
ANGOLA
Lubumbashi
Windhoek
AR
Capital de país
Antananarivo
Cidade principal
20º S
Fianarantsoa
fronteira
internacional
Gaborone
Pretória
GREENWICH
ue
BOTSUANA
Walvis
Bay
30º S
MA
NAMÍBIA
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
Beira
Bulawayo
DAG
ZIMBÁBUE
20º S
A T L Â N T I C O
ASC
Quelimane
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MOÇAMBIQUE
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Huambo
10º S
Moroni
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Ca
Lobito
Benguela
COMORES
Johanesburgo
Luderitz
Mbabane
Bloemfontein
(cap. jurídica)
ÁFRICA
DO SUL
ferrovia
Maputo
SUAZILÂNDIA
O C E A N O
LESOTO
Maseru
rodovia
30º S
Durban
rio
Í N D I C O
East London
Porto Elizabeth
Cidade do Cabo
(cap. legislativa)
MAURITÂNIA
Gao
215
0
430 km
15º N
20º E
40º E
MALI
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Tambacounda
Bamako
er
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FASO
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Bobo Dioulasso
GUINÉ
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10º N
BENIN
Kankan
Conacri
1 Cabo Verde
2 Países da África
O C E A N O
A T L Â N T I C O
Nota: A situação política da região de Abyei, entre o Sudão e Sudão do Sul, ainda não está determinada.
F re e to w n
Praia
GANA
Korhogo
COSTA
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Man
Monróvia
Parakou
Tamale
Sokode
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Bouaké
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1
Niamei
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Novo
Cumasi
LIBÉRIA
s
2
PROJEÇÃO CILÍNDRICA
EQUIDISTANTE MERIDIANA
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Abidjan
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1
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30º E
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10º O
5º O
0º
Figura 11 – África: político. IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012, p. 45. Mapa original.
Adaptado (supressão de escala numérica).
27
Europa Político
Europa: político
40º O
CÍ
RC
UL
O
30º O
PO
LA
R
20º O
10º O
0º
10º E
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30º E
40º E
50º E
Tromso
CO
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I
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ºN
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A
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Perm
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Tampere
U
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Ostersund
R
O
Oslo
Stavanger
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São Petersburgo
Tallinn
Nizhny Novgorod
Pskov
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Goteborg
OCEANO
REINO
UNIDO
Dublin
50º
N
Irlanda
Birmingham
Londres
Antuérpia
Bruxelas
Mancha
Canal da
Lille
Rotterdã
Bonn
BÉLGICA
Zurique
Vaduz
Genebra
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Bordeaux
FRANÇA
Toulouse
Bayonné
Porto
Turim
Valladolid
Marselha
Saragoza
Coimbra
PORTUGAL
Madrid
Milão
Lyon
Montpellier
MÔNACO
ANDORRA
ESPANHA
Bratislava
Budapeste
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Barcelona
CRO
I. Córsega
Valência
VAT
Podgorica
Roma
Mar Negro
N
40º
Varna
BULGÁRIA
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MAC
ALBÂNIA
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(Parte européia)
Capital de país
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Cidade principal
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Bucareste
Tirana
Nápoles
Simferopol
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Belgrado
BÓ.HER
Sarajevo
SÉRVIA
S.MAR
MONTENEGRO KOS.1
ITÁLIA
I. Sardenha
Córdoba
Timisoara
Zagreb
Lisboa
Krasnodar
Chisinau Odesa
ROMÊNIA
Rijeka
Veneza
MOLDÁVIA
Cluj-Napoca
ESLN
Doneck
Dnepropetrovsk
ÁUSTRIA
Liubliana
Gênova
Bolonha
Florença
UCRÂNIA
Lvov
Salzburgo
Trento
Kharkov
Kiev
Lublin
Cracóvia
Viena
LIECH
Berna
Bilbao
Praga
Munique
Nantes
Volgograd
Varsóvia
REP. TCHECA
ESLOVÁQUIA
Estrasburgo
Rennes
N
50º
Voronez
Gomel
BELARUS
Lodz
Wroclav
Leipzig
Frankfurt
Saratov
Minsk
Bialystok
Poznan
ALEMANHA
LUXEMBURGOStuttgart
Paris
La Coruña
Santiago de
Compostela
Berlim
Smolensk
FED.
RUSSA
POLÔNIA
Hannover
HOLANDA
Cardiff
Kaluga
Vilnius
Kaliningrado
Gdansk
Hamburg
Bremen
Amsterdã
Brest
Malmo
Odense
Leeds
Sheffield
Manchester
Liverpool
Riga LETÔNIA
LITUÂNIA
Copenhague
Sunderland
FEDERAÇÃO RUSSA
(RÚSSIA)
Moscou
DINAMARCA
Belfast
ATLÂNTICO
Kazan
Yaroslavl
ESTÔNIA
Estocolmo
Inverness
Edinburgh
Izevsk
Vologda
Uppsala
N
Bergen
Is. Orkney
Glasgow
ºN
60
Archangelsk
Vaasa
G
Trondheim
Is. Shetland
(RUN)
Faro
70º E
I. Kolguiev
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Reykjavik
40º
N
60º E
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M a r
Málaga
GRÉCIA
Cagliari
Cartagena
M e d i t e r r â n e o
fronteira
internacional
Palermo
Patras
Gibraltar (R.UN)
Atenas
Nicósia
Rodes
ferrovia
I. Sicília
ÁF R I C A
MALTA
Cândia
(Creta)
Canéia
Valeta
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rodovia
I. de Creta
M a r
M e d i t e r r â n e o
30º
N
Oeste de Greenwich
(O. Greenwich)
Leste de Greenwich
(E. Greenwich)
Zurique
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2
3
1
1 Açores (POR)
2 Centro-Sul Europeu
3 Leste Europeu
(Geórgia, Armênia, Azerbaijão)
2
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(POR)
PORTUGAL
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A t l â n t i c o
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I. Córsega Tirreno
FRANÇA
Roma
VATICANO
Bástia
I. Sardenha
10º E
Mar
Mediterrâneo
Split
Timisoara
Danúb
240 km
3
40º E
45º E
50º E
RÚSSIA
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M. Cáspio
Podgórica
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0
PROJEÇÃO ORTOGRÁFICA
GEÓRGIA
SÉRVIA
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1
Mar Adriatico MONTENEGRO KOSOVO
Pristina
Nápoles
15º E
45º N
Belgrado
BÓSNIA
HERZEGOVINA
Florênça
120
30º E
Cluj-Napoca
Arad
ROMÊNIA
Banja
Luka
San Marino
EUROPA
Szeged
Novi
Sad
CROÁCIA
SAN MARINO
1
Péc s
Zagreb
Rijeka
Verona
Budapeste
HUNGRIA
20º E
Liubliana
Milão
Gênova
Debrecen
ÁUSTRIA
I n ns br uc k
LIECHTENSTEIN
10º E
SUÍÇA
D a n ú b io
0º
1
rio
30º N
Sófia
Tbilisi
Baku
ARMÊNIA
40º N
BULGÁRIA
ALBÂNIA Skopje Veles
MACEDÔNIA
Tirana
GRÉCIA
20º E
M. Negro P o t i
AZERBAIJÃO
Ierevan
AZE
40º E
45º E
Tabriz
50º E
Salônica
Em 17 de fevereiro de 2008, a província do Kosovo declarou unilateralmente sua independência da Sérvia. Esta situação ainda está em processo de reconhecimento.
Figura 12 – Europa: político. IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012, p. 43. Mapa original.
Adaptado (supressão de escala numérica).
28
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
O MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO E A INCLUSÃO NO
MUNDO DIGITAL
Nesta Situação de Aprendizagem, os alunos tomarão contato com temas muito próximos da juventude brasileira. Vamos discutir
questões ligadas ao modo como cada pessoa, hoje em dia, se relaciona e se insere em
um novo padrão de globalização baseado no
meio técnico-científico-informacional que se
desenvolveu a partir da década de 1970.
Para isso, a turma terá de considerar os
avanços nas técnicas de armazenamento e
processamento de informações, potencializados pelas redes digitais, cabos de fibra ótica e
satélites de comunicações. Da mesma forma,
terá de considerar o novo ciclo de inovações,
cujos fundamentos repousam sobre a “revolução da informação”, os avanços da biotecnologia, a automatização e a robotização dos
processos produtivos, a descoberta de novos
materiais e de novas tecnologias de geração
de energia.
Com o encadeamento das atividades propostas, espera-se que os alunos possam relacionar essas mudanças ao ciclo de inovações
que envolveu outros campos, assentados
sobre a aplicação da ciência às tecnologias
de produção. É o que ocorre com a química
fina (área de pesquisa e fabricação de novos
medicamentos), com a biotecnologia e suas
aplicações na medicina e na agricultura,
com a robótica e com a automação industrial, que tem se intensificado.
Os alunos também poderão relacionar
tais processos com a difusão de mercadorias
nascidas dessas tecnologias nas indústrias
tradicionais, reinventando seus produtos e
processos de produção. Ou com a disseminação da informática no setor financeiro,
na indústria, nos sistemas de administração
pública e privada, nos serviços de transportes, na saúde e na educação.
Conteúdos: o meio técnico-científico-informacional; ciberespaço; globalização.
Competências e habilidades: analisar criticamente as implicações sociais e ambientais do uso das tecnologias em diferentes contextos histórico-geográficos; caracterizar formas de circulação de informação,
capitais, mercadorias e serviços no tempo e no espaço.
Sugestão de estratégias: aulas dialogadas; leitura e interpretação de textos e mapas; trabalhos em grupo.
Sugestão de recursos: mapas; textos.
Sugestão de avaliação: relatório de pesquisa de campo; exercícios individuais; colagens e desenhos.
29
Etapa prévia – Sondagem inicial e
sensibilização
Vivemos em um mundo no qual o
espaço é um conceito cada vez
mais complexo. Praticamente todas
A inclusão digital
Cada um dos alunos deverá realizar uma entrevista com dez pessoas, com mais de 25 anos.
Oriente-os a procurar pessoas pertencentes à comunidade local, escolhidas aleatoriamente, para
levantar dados que lhes permitam avaliar o nível de
inclusão digital do conjunto entrevistado. Para esta
atividade, propomos as seguintes perguntas:
1. Possui computador em casa? ( ) sim ( ) não
2. Possui internet na sua casa? ( ) sim ( ) não
3. Se sim, sua internet é banda larga? ( ) sim ( ) não
4. Utiliza internet? ( ) sim ( ) não
as pessoas estão envolvidas, em diferentes
níveis, com o espaço virtual ou ciberespaço.
Sugerimos, como primeiro passo para os
alunos perceberem essa proposição, a
atividade que segue, na seção Pesquisa de
campo, presente no Caderno do Aluno.
6. Possui celular? ( ) sim ( ) não
7. Acessa a internet pelo celular? ( ) sim ( ) não
8. Tem conta bancária? ( ) sim ( ) não
9. Faz transações bancárias pela internet?
( ) sim ( ) não
10. Costuma jogar on line? ( ) sim ( ) não
11. Assiste a filmes e/ou séries on line?
( ) sim ( ) não
12. Escuta músicas gravadas em sites da internet?
( ) sim ( ) não
5. Na maior parte das vezes, costuma utilizar a
internet mais em casa do que em outros lugares? ( ) sim ( ) não
Como as respostas procuram aferir a presença da tecnologia digital na rotina das pessoas,
os entrevistados que chegarem mais próximos
de 12 pontos são considerados incluídos.
A partir dos resultados apresentados por
toda a sala, o professor poderá discutir se a
comunidade local encontra-se inserida ou excluída do mundo digital e o que isso significa.
30
Tabulação: somar 1 ponto para cada resposta afirmativa.
É uma boa oportunidade também para explicar que o termo “exclusão digital” é usado
para se referir às pessoas que, em um mundo
informatizado e interconectado, não têm acesso às tecnologias digitais.
Na sequência, os alunos poderão responder
às seguintes questões no Caderno do Aluno:
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
1. Quais perguntas tiveram mais pontos e
quais as que tiveram menos pontos?
pessoas próximas a você? Justifique sua
resposta.
Leitura e análise de mapa e gráfico
2. Em sua opinião, o que pode justificar o
resultado destacado na questão anterior?
Para finalizar a discussão, o professor poderá pedir para os alunos analisarem as Figuras 13, 14a e 14b, no Caderno do Aluno e
apresentadas a seguir.
3. De acordo com os resultados obtidos na
pesquisa, você considera que as tecnologias digitais são importantes na vida das
Pessoas que utilizaram a Internet, no período de referência dos últimos três meses, na população de
10 anos ou mais de idade – 2011
-70°
-60°
-40°
-50°
V E N E Z U E L A
Cabo Orange
SURINAME
GUYANE
C O L O M B I A
GUYANA
RORAIMA
AMAPÁ
Cabo Raso do Norte
I. Caviana
0°
EQUADOR
EQUADOR
0°
ILHA DE
MARAJÓ
MARANHÃO
Arquip. de Fernando
CEARÁ
de Noronha
Atol das Rocas
RIO GRANDE DO NORTE
P
A
M
A
Z
O
N
A
A R
Á
S
PIAUÍ
PARAÍBA
ACRE
PERNAMBUCO
TOCANTINS
ALAGOAS
-10°
-10°
I. DO
BANANAL
B
A
H
I
A
RONDÔNIA
C
O
SERGIPE
GROSSO
N
T
I
MATO
R
Ú
A
E
T
L
Â
I. de Itaparica
P
D.F.
BOLIVIA
MINAS GERAIS
Arquip. de Abrolhos
P A C Í F I C O
MATO GROSSO DO SUL
RIC
O DE CAP
-2 0°
PARAG UAY
E
I. da Trindade
L
RIO DE JANEIRO
I. de São Sebastião
SÃO PAULO
ÓRNIO
TRÓ PIC
O DE
CA PR
ICÓ RN
IO
PARANÁ
I. de São Francisco
C
O C E A N O
H
TRÓ PIC
ESPÍRITO SANTO
I
-20°
O C
E A
N O
GOIÁS
A R G E N T I N
A
Proporção de pessoas
(%)
I. de Santa Catarina
SANTA CATARINA
24,1 a 24,2
24,3 a 38,4
RIO GRANDE DO SUL
38,5 a 43,6
La. dos Patos
-3 0°
ESCALA
La. Mirim
URUGUAY
125 0
La. Mangueira
250
43,7 a 54,5
500 km
-3 0°
54,6 a 71,1
PROJEÇÃO POLICÔNICA
-70°
-6 0°
-5 0°
-40°
-30°
Fontes: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2011; Diretoria
de Geociências, Coordenação de Geografia.
Figura 13 – Pessoas que utilizaram a Internet, no período de referência dos últimos três meses, na população de 10 anos ou mais de
idade – 2011. IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios,
2005/2011. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Acesso_a_internet_e_posse_celular/2011/PNAD_Inter_2011.pdf>. Acesso em: 24 out.
2013. Mapa original (mantida a grafia; sem indicação de norte geográfico). Adaptado (supressão de escala numérica).
31
Percentual de pessoas que utilizaram a Internet, no período de referência dos últimos três meses, na
população de 10 anos ou mais de idade, segundo os grupos de idade - Brasil - 2005/2011
48,4
36,8
50 ou mais
7,3
11,2
45 a 49
40 a 44
16,1
18,4
24,2
27,2
18,6
35 a 39
30 a 34
20,0
22,4
31,4
36,6
41,3
44,1
25 a 29
20 a 24
15 a 17
10 a 14
18 ou 19
24,3
27,0
30,9
32,7
33,7
34,7
Total
20,9
53,9
52,2
50,9
46,5
60,3
66,4
71,8
59,6
62,7
63,6
74,1
%
Anos de idade
2005
2008
2011
Figura 14a – IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios,
2005/2011. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Acesso_a_internet_e_posse_celular/2011/PNAD_Inter_2011.pdf> Acesso em: 24 out. 2013.
Percentual de pessoas que utilizaram a Internet, no período de referência dos últimos três meses, na
população de 10 anos ou mais de idade, segundo os grupos de anos de estudo - Brasil - 2005/2011
Total
Sem instrução
e menos de 4
90,2
88,3
81,0
76,1
71,5
57,8
42,7
51,2
47,4
38,6
22,5
33,0
28,3
10,1
11,8
9,5
7,2
2,5
20,9
23,3
46,5
41,6
34,7
67,0
%
4a7
8 a 10
11 a 14
15 ou mais
Anos de estudo
2005
2008
2009
2011
Figura 14b – IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2005/2011. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Acesso_a_internet_e_posse_celular/2011/PNAD_Inter_2011.pdf>.
Acesso em: 24 out. 2013.
32
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
Entre 2005 e 2011, a população de 10 anos
ou mais de idade cresceu 9,7% no Brasil, enquanto o contingente de pessoas que utilizaram
a internet aumentou 143,8%. Esses dados mostram que, em termos gerais, a exclusão digital
no país diminuiu no período assinalado. Entretanto, a difusão do uso da internet não ocorre
de forma homogênea pelo território ou entre os
diversos agrupamentos sociais. Esse fenômeno
pode ser abordado por meio das questões a seguir, que estão presentes no Caderno do Aluno.
1. Considerando o mapa (Figura 13) identifique
as duas unidades da federação que apresentam
maior proporção de utilização da internet e as
duas unidades da federação que apresentam
menor proporção de utilização da internet.
São Paulo e Distrito Federal apresentam a maior proporção
de pessoas com acesso à internet; Piauí e Maranhão, a menor.
2. Considerando os gráficos (Figuras 14a e 14b),
é possível afirmar que o acesso à educação e
a idade são fatores importantes para a exclusão digital? Justifique sua resposta.
Sim. A Figura 14a mostra que a utilização da internet é maior
entre os mais jovens e que a população ativa com mais de 50
anos é a que menos utiliza a rede. Já a Figura 14b mostra que
a utilização da internet é maior nos grupos que estudaram
mais. Dessa forma, a exclusão digital tende a ser maior entre
os mais velhos e os que estudaram menos.
Etapa 1 – O espaço virtual
Leitura e análise de texto
Depois de compreender um pouco melhor a
desigualdade de acesso às novas tecnologias, sugerimos que o professor trabalhe a transformação
do ciberespaço em um grande negócio. Para isso,
poderá sugerir a leitura do texto e a discussão em
grupo das perguntas propostas na sequência. A
atividade está disponível no Caderno do Aluno.
Os senhores do ciberespaço
Para facilitar a vida no ciberespaço, vários sites de busca foram desenvolvidos, como o Alta Vista, o Yahoo!
e o Google. Eles têm dispositivos automáticos que atualizam suas bases de dados. Além disso, apresentam mecanismos que classificam os endereços da internet pelo número de acessos, abrindo uma lista dos sites a partir
dos mais visitados.
Um dos sites de busca mais utilizados no mundo é o Google, que foi criado pelos estudantes Larry Page
e Sergey Brin, da Universidade de Stanford, em 1996. Os dois começaram a criar o Google como parte de
um projeto de pesquisa. Colocaram como desafio desenvolver um sistema que buscasse o mais rapidamente possível dados em milhões de páginas existentes na internet.
No começo, Larry e Sergey trabalhavam em um apertado alojamento da universidade. Dez anos depois,
o Google já havia se transformado em uma empresa onde trabalhavam 250 técnicos e que atingiu uma receita
aproximada de 100 milhões de dólares.
A história do Yahoo! é parecida com a do Google. Foram os estudantes Jerry Yang e David Filo, também da Universidade de Stanford, que tiveram a ideia de criar um mecanismo de busca para as pessoas
encontrarem sites na internet.
Elaborado por Raul Borges Guimarães especialmente para o São Paulo faz escola.
33
1. Por que os programas de busca fazem tanto sucesso entre os internautas?
Etapa 2 – O significado das redes de
informação
Com base na leitura do texto, espera-se que os alunos comentem a respeito da dificuldade de encontrar as informações e navegar pela internet, uma vez que existem milhões
de páginas para serem visitadas pelos usuários.
2. Com base na leitura e nas discussões das
aulas anteriores, procure explicar as diferenças entre os senhores da internet e os
navegadores dos mares.
Nesse caso, espera-se que os alunos percebam algumas diferenças, pois, enquanto o navegador genovês Colombo era financiado pelos reis da Espanha, conforme vimos na Situação de
Numa primeira parte desta etapa, alguns
alunos poderão compartilhar com a classe
suas formas de representação do mundo virtual realizadas em casa. Seria interessante
que fosse organizada no mural da classe uma
exposição dos trabalhos da turma. Em seguida, sugerimos que o professor retome com os
alunos uma comparação do meio técnico do
período industrial com as características do
período atual, denominado de meio técnico-científico-informacional.
Aprendizagem 1, os criadores de programas de busca da internet
são jovens estudantes de universidades norte-americanas que iniciaram um pequeno negócio com recursos próprios, mas que se
tornaram donos de companhias milionárias. Além disso, é importante destacar que o âmbito de ação no espaço concreto se dá
de maneira diferenciada: no primeiro caso, foi preciso atravessar
o Oceano Atlântico para que as novas conquistas fossem reveladas; já no segundo caso, foi necessário um bom computador
conectado à rede de internet.
Na sequência, sugerimos que o professor
peça aos grupos que exponham suas conclusões, fazendo o registro na lousa dos principais apontamentos.
Para encerrar, o professor poderá
sugerir como Lição de casa um desenho ou uma colagem, em folha
avulsa, que represente o mundo virtual para
cada aluno, conforme proposta do Caderno
do Aluno. O ciberespaço é esse novo mundo
virtual. Ele é capaz de interligar diferentes
pontos do planeta quase instantaneamente e
pode ser representado de diversas maneiras.
34
Os alunos precisam ser informados a
respeito desses meios, de modo a poder diferenciá-los claramente. O meio técnico caracterizava-se pelo predomínio da indústria e da
transferência de matéria por meio de redes de
transportes como ferrovias e rodovias. O meio
técnico-científico-informacional caracteriza-se pelo predomínio das finanças e da transferência de capitais e informações por meio
de redes de comunicações de alta tecnologia.
Enquanto as redes de comunicações do meio
técnico eram sistemas de rádio, telefonia e televisão analógicos, com transmissão separada
de palavras, sons e imagens, as redes de comunicações nascidas com a informática transferem “pacotes digitais” de informação que são
interpretados como texto, som ou imagem.
A tecnologia de compressão digital proporciona, hoje, o aumento assombroso da
velocidade e da quantidade de informação
transmitida, além da convergência de diferentes tipos de mídia. Em função de tais caracte-
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
rísticas, os países que detêm o desenvolvimento
científico e tecnológico desse tipo de produto
tornaram-se extremamente poderosos e, consequentemente, cada vez mais ricos.
Etapa 3 – O meio técnico-científico
e a globalização atual
Leitura e análise de texto
Nesta etapa, sugerimos que o professor encaminhe uma discussão em grupo, com base
em um texto jornalístico, presente no Caderno
do Aluno, que considera o conteúdo libertário
da emergência das redes sociais impulsionadas pela internet.
Multidões inteligentes e transformação do mundo
[...] A sociedade sempre funcionou em rede. [...] A era industrial, sob o domínio da comunicação de massas, deixou a rede escondida. Em segundo plano. Mas, a internet tem nos levado a reviver a ideia. O sistema
torna-se mais abrangente. As redes de amigos cresceram. Hoje em dia, com o advento e popularização da
internet, novas redes colaborativas, voltadas para a produção criativa, têm surgido com incrível velocidade,
criando bens coletivos de valor inestimável.
A rede dos hackers, um dos exemplos mais evidentes, produz, todos os dias, inovações tecnológicas que prometem revolucionar a economia dominante do mercado de software. São os chamados softwares livres, que podem
ser instalados gratuitamente no seu computador, permitindo que você realize uma gama enorme de atividades,
desde conectar a sua câmera digital até editar e mixar uma música. Mas o mais importante é que esses softwares
são bens criativos compartilhados nessas redes, que podem ser estudados e melhorados por todos.
A produção coletiva e descentralizada de bens criativos não se aplica somente ao software. Já começam a aparecer reflexos dessa nova forma de produção em diversas áreas do conhecimento. Um ótimo
exemplo é a Wikipédia, uma enciclopédia construída coletivamente na web. O software livre é o caso
mais conhecido e mais impactante de uma nova dinâmica, que demonstra a produção de conhecimento
livre como alternativa economicamente viável e sustentável.
[...] A rede indica um futuro libertador. A web só faz sentido quando um se preocupa com o
outro. Numa circulação generalizada e libertadora de fluxos de informações e das ondas econômicas. A
web é um mundo que nós criamos para todos nós. Só pode ser compreendido dentro de uma teia de ideias
que inclua os pensamentos que fundamentam nossa cultura, com o espírito humano persistindo em todos
nós. Tal compromisso entre humanos, tal generosidade altruísta não está desenvolvida no centro.
35
Muito mais que conhecimento formal, as redes articulam convívio, solidariedade, mobilização. Esse
conhecimento está impregnado nos mutirões. No efeito puxadinho colaborativo. [...] A sociedade civil se
organiza, compra, vende, troca, aprende e ensina mobilizando as bases para o interesse comum. Desenvolver a comunidade, criar filhos, conviver com amigos, trabalhar e tentar ser feliz. Dizemos que estar
em rede não há mais necessidade de operar a mudança social, ela se faz permanente.
MARTINS, Dalton; DIMANTAS, Hermani. Multidões inteligentes e transformação do mundo. Le monde diplomatique Brasil. Caderno Brasil, coluna “Sociedade em rede”, 25 out. 2007. Disponível em: <http://diplo.org.br/2007-10,a1976>. Acesso em: 6 nov. 2013.
O professor poderá desafiar os alunos a
identificarem no texto como o mundo poderia
se comprometer com uma outra globalização,
mais humana e mais solidária. Discuta com os
alunos as seguintes questões:
necessidades econômicas e afetivas. Na justificativa, podem
surgir bons elementos para a condução do debate, como as
questões sobre a facilidade de comunicação na rede ou a
ocorrência dos crimes virtuais.
1. Baseando-se no texto, qual seria a melhor
definição para a palavra “rede”?
4. Liberdade também significa responsabilidade. A internet pode ser usada de maneira
não responsável? De que forma?
No texto, a palavra “rede” refere-se às múltiplas formas de
Resposta pessoal, na qual se espera que os alunos abordem
interação entre indivíduos e comunidades, seja para lazer,
as questões de fraudes e de práticas ilegais, como pedofilia,
trabalho ou projetos de mobilização social.
venda de medicamentos sem prescrição etc.
2. Quais são as facilidades que a internet tem
trazido para a vida das pessoas?
Por meio da internet as pessoas podem se associar das mais
diferentes formas e com os mais diferentes objetivos, como a
Para finalizar esta Situação de
Aprendizagem, na seção Você
aprendeu?, os alunos deverão
responder às seguintes atividades:
produção e a troca de conhecimentos.
3. Você acredita que tais facilidades poderão
gerar um mundo melhor? Justifique sua
resposta.
36
1. Explique o significado da expressão “exclusão digital”.
A expressão “exclusão digital” é usada para classificar a situação de pessoas que, no mundo contemporâneo, caracteri-
Essas facilidades podem permitir uma maior proximidade en-
zado pelo meio técnico-científico-informacional, vivem sem
tre as pessoas, que ganham uma nova forma de satisfazer suas
acesso às tecnologias digitais e não podem usufruir delas.
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
2. Encceja 2002 – O Rio de Janeiro implantou
um projeto de modernização e ampliação
da rede de internet no Estado com o Programa Infovia.RJ, que vai implantar a infraestrutura de tecnologia necessária para
tornar possível uma efetiva política de inclusão digital no Estado do Rio de Janeiro.
Em um primeiro momento, o Infovia.RJ
vai possibilitar a interconexão de comunidades carentes, via redes sem fio e com
acesso à internet banda larga.
Considerando o texto e o fato de que vivemos na chamada sociedade da informação,
assinale a opção correta.
a) No Brasil, há iniciativas para inserir a
população na era da comunicação, superando a exclusão digital.
b) A iniciativa do Programa Infovia.RJ limita-se a atender a segmentos que já têm
acesso à tecnologia da internet.
c) A inclusão digital mantém a desigualdade existente nas condições de inserção no
mercado de trabalho.
d) O desenvolvimento tecnológico acentua
as diferenças sociais, ampliando a distância entre ricos e pobres.
Trata-se de uma questão relativamente simples de interpretação de texto, mas que ilumina a importância das políticas
públicas voltadas para a “alfabetização digital” das comunidades carentes.
3. Alfabetização digital diz respeito à aquisição de habilidades básicas para o uso de
tecnologias, tais como computadores e internet. Ela é um instrumento de combate à
exclusão social, já que democratiza o acesso às ferramentas básicas da sociedade de
informação.
Com base nessa ideia, é possível afirmar que:
a) Os computadores e a internet figuram
entre as ferramentas da sociedade de
informação.
b) A exclusão social é produzida pelo uso
das diversas tecnologias de informação.
c) A alfabetização digital leva à desigualdade de acesso aos computadores e à
internet.
d) O conjunto da população brasileira
possui as habilidades necessárias para
o uso da internet.
Por meio dessa questão, procuramos operacionalizar o par
conceitual exclusão/inclusão digital, intensamente utilizado
no Caderno.
37
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
ANÁLISE CRÍTICA DO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO
Nesta Situação de Aprendizagem, o foco
será estudar os efeitos da globalização e da integração dos mercados mundiais em um país
africano, por meio de um documentário que
mostra os efeitos do ingresso das roupas de
segunda mão sobre a indústria têxtil.
Conteúdos: desigualdades internacionais no processo de globalização.
Competências e habilidades: comparar propostas e ações das instituições sociais e políticas, no enfrentamento de problemas de ordem socioeconômica; interpretar realidades históricas e geográficas estabelecendo relações entre diferentes fatos e processos sociais.
Sugestão de estratégias: aulas dialogadas; trabalhos em grupo.
Sugestão de recursos: vídeos.
Sugestão de avaliação: análise crítica do processo de globalização (roteiro para discussão do vídeo ou do texto).
Etapa prévia – Sondagem inicial e
sensibilização
A intensificação dos fluxos comerciais entre os países é uma das características do processo de globalização. Esse processo pode ter
efeitos perversos sobre os mercados locais,
principalmente nos países mais pobres. Para
sensibilizar os alunos sobre a questão, sugerimos uma discussão com base no seguinte
roteiro, presente na seção Para começo de
conversa do Caderno do Aluno.
a) Situação 1 – Suponha que sua família sobreviva do trabalho na terra, em um país muito
pobre, e que obtenha sua renda vendendo
alimentos no mercado da cidade mais próxima. Suponha também que esse país receba
38
uma grande quantidade de alimentos doados por um país rico, e que esse alimento
seja distribuído entre as famílias que vivem
na cidade. O que vai acontecer com sua
família? Vai ficar mais fácil ou mais difícil
comercializar o produto do seu trabalho no
mercado? Que consequências isso pode ter?
b) Situação 2 – Suponha agora que sua família seja proprietária de uma pequena fábrica de roupas, também em um país muito
pobre. Suponha também que esse país receba uma grande quantidade de roupas
doadas por pessoas que vivem em um país
rico. O que vai acontecer com sua família?
Vai ficar mais fácil ou mais difícil comercializar o produto do seu trabalho no mercado? Que consequências isso pode ter?
Geografia – 7ª série/8º ano – Volume 1
O objetivo dessa discussão inicial é deixar claro que nem sem-
buscou o financiamento de seu desenvolvimento com recursos
pre a “ajuda internacional” contribui para a melhoria da qualida-
externos, mas o aumento do preço do petróleo, produto impor-
de de vida das pessoas. Seria bem interessante se fossem apre-
tado pelo país, e a desvalorização do cobre, matéria-prima expor-
sentadas alternativas de ajuda mais eficazes, como o comparti-
tada, desencadearam um colapso da economia nacional, com o
lhamento de tecnologias agrícolas e industriais que pudessem
fechamento das indústrias e a disseminação do desemprego, da
de fato incrementar o sistema produtivo dos países mais pobres
pobreza e da fome. No caso dos têxteis, as doações ajudaram a
do planeta. Evidentemente, a discussão deve ser encaminhada
piorar a situação econômica do país, pois é impossível competir
para que o aluno perceba que atitudes solidárias são fundamen-
com as mercadorias que chegam à Zâmbia por preços irrisórios.
tais, mas que é necessário haver um estudo criterioso para que
Como resultado, as pessoas não têm muitas opções para a com-
essas ações apresentem resultados efetivos de inclusão social.
pra de alimentos, roupas e outros produtos de necessidade básica.
Etapa 1 – Ampliando as
desigualdades
f Qual é o sonho de consumo que essas roupas despertam nas pessoas que as vestem?
Essas pessoas conhecem e valorizam as marcas das roupas. Por
Nesta etapa, propomos a exibição do vídeo Camisetas viajando, uma produção da
CS Associates EUA, do acervo da TV Escola.
Roteiro para discussão
f Descreva o caminho das roupas doadas à
Zâmbia pelos Estados Unidos.
conta da mídia, elas reconhecem nas roupas os ídolos estadunidenses do cinema e do esporte. A partir daí, as roupas reforçam
nessas pessoas os valores da sociedade estadunidense.
f Quem narra a história? Qual sua perspectiva de vida? O narrador é crítico ao comércio de roupas usadas?
A história começa com a narração de uma mulher que desenvol-
Em várias cidades estadunidenses há um sistema de coleta
veu trabalho voluntário no país e que se interessa pelo destino das
de roupas usadas, estimulado pela ação social de ajuda hu-
roupas usadas, por isso o título “Camisetas viajando”. Nesse percur-
manitária. Essas doações são armazenadas em galpões e em-
so, a situação se inverte. Ela encontra Luka, um jovem de 19 anos
pacotadas em fardos. A partir daí, organiza-se uma cadeia de
que procura manter sua família comercializando as “camisetas
distribuição mundial que envolve muitos interesses econô-
viajantes”. Ele passa, então, a narrar a história. Luka teve de parar
micos. Na Zâmbia, esses fardos são comprados por comer-
de estudar e assumir a manutenção de sua família. Apesar de não
ciantes locais que vendem as roupas usadas em feiras livres.
acreditar numa possível mudança de seu país, ele sonha em ter
uma casa com luz elétrica, completar os estudos dos seus irmãos e
f Por que as pessoas que vestem essas roupas
não têm outra opção?
O vídeo mostra que a população da Zâmbia nem sempre depen-
comprar um carro para transportar as roupas com mais facilidade.
Leitura e análise de texto
deu das doações da sociedade estadunidense para se vestir. Na
década de 1970, sua indústria têxtil era forte e a economia nacional muito mais diversificada, sustentada pela renda gerada pela
exploração do cobre. Com o processo de independência, o país
Caso o professor encontre alguma dificuldade para reproduzir o vídeo sugerido, a
análise crítica do processo de globalização
39
poderá ser desenvolvida por meio de outras
estratégias. Uma alternativa é a discussão dos
tópicos da seção Leitura e análise de texto, do
Caderno do Aluno, relacionados a seguir:
1. A maior parte da ajuda financeira que os países pobres da África recebem provém dos países ricos da
Europa. No entanto, a ideia bastante difundida de que a Europa está ajudando o desenvolvimento
da África não corresponde à realidade.
2. Somente alguns países europeus, principalmente os nórdicos, atendem aos objetivos fixados pela
ONU, que estipulam que 1% da renda dos países ricos deve ser destinada à ajuda aos países pobres.
3. Mesmo quando existe, a ajuda é, na maior parte das vezes, interesseira. O país “doador” obriga os
países que recebem os benefícios a gastar parte da ajuda adquirindo seus próprios bens e serviços,
ampliando o acesso de seus produtos aos mercados africanos.
4. Muitas vezes, a ajuda é complementada com empréstimos, sobre os quais são cobradas taxas de juros mais
baixas do que as vigentes no mercado financeiro. Mesmo assim, em muitos países africanos os juros sobre
as dívidas já contraídas são maiores do que a soma da ajuda e dos novos empréstimos concedidos. Quando
isso ocorre, o país “beneficiário” transfere ao país “doador” uma quantia maior do que recebeu, tornando-se cada vez mais pobre.
Fonte: LEMARCHAND, Philippe (Dir.). L’Afrique et l’Europe: atlas du XX e siècle. Paris: Editions Complexe, 1994. p. 83.
Após a leitura dos tópicos, discutam e respondam à questão abaixo:
e financeiros. Assim, os juros sobre as dívidas que os países
africanos são obrigados a pagar costumam ser ainda maiores
do que a ajuda internacional.
f De acordo com o autor, a Europa não está
efetivamente ajudando a África em seu caminho para o desenvolvimento. Quais os argumentos usados para sustentar essa ideia?
De acordo com o texto, a maior parte dos países europeus
não respeita as metas estabelecidas pela ONU no que diz respeito à ajuda internacional. Além disso, muitas vezes os países doadores atrelam a ajuda aos seus interesses comerciais
40
Para concluir esta Situação de
Aprendizagem, na seção Lição de
casa, o aluno terá de fazer uma
pesquisa sobre os termos “Globalização”,
“Ajuda financeira internacional” e “Mercado
financeiro”. O gabarito deste exercício está no
final deste Caderno, (Página 78).
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5
AS FONTES E AS FORMAS DE ENERGIA: A FONTE
ENERGÉTICA DA VIDA
Propomos como ponto de partida a perspectiva geoecológica para o estudo da questão energética, ressaltando que a energia do
Sol é a fonte principal da vida na Terra. É a
partir dessa energia que se realiza a fotossíntese, processo responsável pela fixação do
gás carbônico (dióxido do carbono), um dos
gases que resultam também da queima dos
combustíveis.
É ainda a fotossíntese o processo que
alimenta, direta ou indiretamente, a produção das fontes de energia que utilizamos,
tais como o gás natural, o petróleo e o
carvão mineral, além de garantir a produtividade de todo o planeta. Para refletir a
respeito dos fluxos naturais de energia, vamos analisar a produtividade primária de
diferentes biomas do planeta. Em seguida,
vamos analisar fases dos ciclos do carbono
e do nitrogênio, que não existiriam sem a
energia solar. Finalmente, os combustíveis
fósseis, largamente utilizados nos dias de
hoje, serão vistos como biomassa produzida pela fotossíntese realizada no passado
da Terra e depositada no subsolo.
Conteúdos: as fontes e as formas de energia.
Competências e habilidades: explicar transformações ambientais e ciclos da natureza; analisar e interpretar informações geográficas expressas de diversas maneiras.
Sugestão de estratégias: elaboração de mapas temáticos e gráficos; análise gráfica; aulas dialogadas;
leitura de diferentes formas de representação cartográfica.
Sugestão de recursos: textos; internet.
Sugestão de avaliação: observação de mapas; textos solicitados; participação geral nas discussões.
Etapa prévia – Sondagem inicial e
sensibilização
Para iniciar esta etapa, sugerimos que o professor chame a atenção dos alunos para a importância da energia solar. Eles precisam estar
informados de que quase 99% da energia que flui
até a superfície terrestre resulta da radiação solar
(o calor procedente do centro do planeta e as forças gravitacionais do Sol e da Lua completam o
restante). É a luz solar que sustenta a cadeia alimentar no planeta, por meio da fotossíntese.
41
© Claudio Ripinskas
Para verificar o que os alunos já conhecem sobre esse processo, preparando-os para as atividades seguintes, sugerimos que você retome com eles
os conceitos básicos da fotossíntese, a partir da
discussão de resultados de um experimento simples, presente na seção Para começo de conversa
do Caderno do Aluno. Se achar interessante, e
possível, realize o experimento com seus alunos.
Relato do experimento
Para pesquisar os elementos que participam da fotossíntese, podemos realizar o seguinte experimento:
Figura 15a, 15b – Experimento sobre a fotossíntese. Fonte: Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
1. Monta-se o equipamento mostrado na Figura 15a, utilizando-se um béquer de 600 mililitros, um funil e um tubo de ensaio. No fundo do béquer, protegida pelo funil, coloca-se uma planta ornamental
bastante comum em aquários, a Elodea sp. No interior dos recipientes há água, à qual foi adicionada
uma colher de sopa de bicarbonato de sódio. O tubo de ensaio estava completamente cheio no início
do experimento e o conjunto foi iluminado por uma lâmpada de 150 W.
2. Depois de aproximadamente 60 minutos de iluminação, observam-se os resultados mostrados na
Figura 15b.
3. O processo de formação de bolhas cessa quando não há mais bicarbonato de sódio na água.
42
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Roteiro para discussão do experimento
relatado
luz, ou seja, fosse menos iluminada, o que
aconteceria?
Em princípio, se os alunos associam o processo de fotos-
Após discutir o experimento, o alunos poderão responder às seguintes questões propostas no Caderno do Aluno:
síntese à disponibilidade de luz e à formação de bolhas de
oxigênio no tubo de ensaio, devem admitir que se formarão menos bolhas, ou seja, menos oxigênio. O que se quer
é que eles comecem a associar as condições de luminosi-
1. O que ocorreu no experimento?
dade à realização mais ou menos eficiente da fotossíntese. É
Segundo a ilustração, é visível o aparecimento de bolhas no
fundamental que percebam as seguintes relações: as condi-
interior do funil, que se formaram a partir dos ramos da Elo-
ções adequadas de luminosidade favorecem a realização da
dea sp. Os alunos devem observar ainda que o tubo de ensaio
fotossíntese, ocorrendo maior consumo de gás carbônico e
– antes cheio até a boca – foi se esvaziando para dar lugar às
produção de oxigênio; ao contrário, quando as condições de
bolhas que se formaram.
luminosidade são menos favoráveis, consome-se menos gás
carbônico e produz-se menos oxigênio.
2. Que explicação poderia ser apresentada
para o fenômeno observado?
lhas ao processo da fotossíntese, isso porque o experimento en-
5. O que é “sequestro de carbono”? Como
você correlaciona esse processo ao que
ocorreu no experimento?
volve um vegetal (a Elodea sp) e a presença de luz. Se fizerem
Certamente os alunos já ouviram falar em “sequestro de car-
essa associação, possivelmente concluirão que as bolhas forma-
bono”, uma expressão frequente na mídia desde que o tema
das são de gás oxigênio, um dos produtos da fotossíntese.
ganhou visibilidade, a partir da Conferência de Kyoto, em
Muito provavelmente, os alunos associarão a produção de bo-
1997. Com base nas discussões anteriores, os alunos podem
3. Qual o papel do bicarbonato de sódio no
experimento?
Se os alunos tiverem construído o conceito de que a fotos-
correlacionar o sequestro de carbono ao experimento: para
realizar a fotossíntese, a Elodea sp utilizou o CO2 proveniente
do bicarbonato de sódio.
síntese é realizada na presença de luz, a partir de água e gás
carbônico, terão aí uma pista para concluir que o bicarbonato de sódio é utilizado como fonte de gás carbônico. Outra
dica para que cheguem a essa conclusão é que a formação
de bolhas cessa quando não há mais bicarbonato de sódio
na água. É fundamental que concluam que, na fotossíntese,
a produção de oxigênio ocorre a partir do consumo de gás
carbônico (CO2) – que, no caso do experimento, foi obtido
do bicarbonato de sódio dissolvido na água.
4. Se mudássemos a posição da lâmpada, fazendo com que a Elodea sp recebesse menos
É necessário, agora, que os alunos transponham o que aconteceu no experimento
para o que ocorre na natureza. Para isso,
uma informação pode ser interessante: na
fotossíntese, grandes quantidades de CO2
presentes na atmosfera são absorvidas continuamente. Nas florestas, por exemplo, as
árvores precisam de uma quantidade grande
de carbono para poder crescer, e acabam “sequestrando” esse elemento do CO2 atmosférico. Durante a história da Terra, esse processo
43
natural ajudou a diminuir a quantidade de
CO2 na atmosfera, o que explica por que o
plantio de árvores é fundamental.
É preciso que entendam ainda que, na
Conferência de Kyoto (1997), o conceito “sequestro de carbono” foi consagrado, quando
se estabeleceram metas para a contenção do
acúmulo de CO2 na atmosfera. Para finalizar
as discussões, sugerimos uma última questão:
6. Quais as implicações do fenômeno observado na composição da atmosfera e na distribuição da vida na superfície terrestre?
A esta altura, espera-se que os alunos concluam que a fotossíntese permite retirar da atmosfera o gás carbônico, um dos gases
que concorrem para o aquecimento global. Como a discussão se
fornece as substâncias e a energia de que as plantas precisam para crescer. Portanto, a fotossíntese está relacionada à produção de biomassa:
formações mais produtivas de biomassa ocorrem em condições mais adequadas de realização
da fotossíntese, ou seja, nas regiões mais iluminadas, assunto que será retomado em seguida.
Etapa 1 – A produção primária nos
diferentes ambientes
Como vimos, as plantas precisam realizar fotossíntese para crescer, e, quando crescem, produzem
biomassa. São chamadas produtores primários
porque formam a base de todas as cadeias alimentares. Por essa razão, a energia produzida pela fotossíntese é chamada produção primária1.
limitou à influência da luminosidade sobre a eficiência da fotossíntese da Elodea sp, para que os alunos façam este mesmo ra-
Leitura e análise de gráfico
ciocínio em relação à distribuição da vida na superfície terrestre,
talvez seja necessário que você discuta com eles sobre como a luz
solar ilumina as diferentes regiões do planeta, para que concluam
que as condições de iluminação não são homogêneas nas diferentes regiões. Assim, há regiões mais iluminadas ao longo do ano
Logo, a produção primária tanto pode
ser medida pelas trocas gasosas que as
plantas realizam quanto pelo seu crescimento (biomassa)2.
(faixa equatorial) e outras, menos iluminadas (região polar), o que
acaba interferindo na produtividade de cada região.
Como se vê, é necessário que os alunos
compreendam outro conceito: a fotossíntese
44
Nesta etapa, vamos recorrer à produção
primária líquida para comparar a produtividade entre os diferentes ambientes terrestres e
aquáticos (Figuras 16a e 16b).
1
Neste processo, pode-se distinguir a produção primária bruta (PPB), que representa a energia total assimilada pela fotossíntese, e a produção primária líquida (PPL), que representa a diferença entre a PPB e a energia gasta pela planta para sua
sobrevivência e biossíntese. Portanto, a PPL representa a quantidade de energia disponível para os consumidores.
2
Sobre esse assunto, sugerimos que o professor consulte o Programa O Homem e a Biosfera (Man and the Biosphere
Programme), da Unesco, disponível em: <http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/natural-sciences/environment/bio
diversity/biodiversity/mab-programme-in-brazil/> (acesso em: 20 maio 2013). Conhecido como MaB (sua sigla, em
inglês), trata-se de um programa de cooperação científica internacional sobre as interações entre o homem e seu
meio, do qual o Brasil faz parte desde 1974. Pesquisadores de diversos países vêm colaborando com esse programa
para calcular a quantidade de matéria orgânica (biomassa) produzida nos diferentes ambientes terrestres, com base
na unidade de medida da produção primária líquida (PPL) da biomassa.
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Produção primária líquida em ambientes terrestres (g.m-2.ano-1)*
PPL
(g.m-2.ano-1)
20,0%
27,7%
13,9%
7,2%
5,5%
8,9%
6,7%
7,8%
0,8%
1,5%
Floresta tropical
Floresta temperada
Floresta boreal
Arbustos
Savana
Campo temperado
Tundra e alpino
Subarbustiva desértica
Terra cultivada
Brejos e pântanos
1 800
1 250
800
600
700
500
140
70
650
2 500
Produção primária líquida em ambientes aquáticos (g.m-2.ano-1)*
2,6%
10,5%
37,6%
PPL
(g.m-2.ano-1)
7,5%
41,8%
Oceano aberto
Plataforma continental
Recifes e camadas de algas
Estuários
Lagos e cursos de água
125
360
2 000
1 800
500
Figura 16a, 16b – Produção primária líquida em ambientes terrestres e aquáticos (g.m-2.ano-1). Fonte: Elaborado por Raul Borges Guimarães, especialmente para o São Paulo faz escola. Fonte: WHITTAKER, R. H.; LIKENS, G. E. Human Ecology, 1: 357-369 (1973).
*Produção primária líquida representa a taxa de armazenamento da matéria orgânica nos tecidos.
45
Peça aos alunos que analisem os gráficos
(Figuras 16a e 16b) no Caderno do Aluno e
em seguida realizem as seguintes atividades:
Porém, para o desenvolvimento das plantas, também é fundamental a disponibilidade de água. Dessa forma, o ambiente
poderá estar localizado na zona tropical, mas não ser muito
produtivo em termos de desenvolvimento de biomassa, como
1. Com ajuda de um mapa dos biomas terrestres e das zonas climáticas da Terra, localize aproximadamente os ambientes indicados no gráfico da Figura 16a e responda:
se verifica nos desertos e nas savanas. Por essa razão, é aconselhável que você faça com os alunos uma discussão mais ampla
sobre como a combinação de alguns fatores, como insolação
(quantidade de luz solar), temperatura, precipitação (quantidade de chuvas) e quantidade de nutrientes, pode explicar
a) Em quais zonas climáticas estão localizados os três ambientes mais produtivos
da Terra? E os três menos produtivos?
por que algumas regiões do planeta são mais produtivas que
De maneira geral, as zonas mais iluminadas (tropicais) são mais
água. Desse modo, um ambiente poderá estar localizado na zona
2. Com base no gráfico da Figura 16b, indique os ambientes marinhos que mais contribuem para a sobrevivência das cadeias
alimentares que se desenvolvem nos oceanos. Justifique sua resposta.
tropical, mas não ser muito produtivo em termos de desenvolvi-
Espera-se que os alunos percebam que as regiões de recifes e
mento de biomassa, como se verifica nos desertos e nas savanas.
camadas de algas e de estuários respondem, juntas, por qua-
Assim, espera-se que os alunos indiquem como ambientes mais
se 80% da PPL dos ambientes aquáticos. Mas a resposta não
produtivos a floresta equatorial, o cerrado e a floresta temperada.
deve parar apenas nessa constatação, pois se espera que os
Quanto aos ambientes menos produtivos, deverão indicar a caa-
alunos associem essa alta produtividade à presença das algas,
tinga, os desertos e a vegetação mediterrânea.
que realizam continuamente a fotossíntese. Além disso, no
produtivas em termos de biomassa, enquanto as menos iluminadas apresentam menos produtividade. Porém, para o desenvolvimento das plantas, também é fundamental a disponibilidade de
outras – o que, no gráfico, é representado apenas pela PPL.
caso dos estuários, regiões que marcam as áreas nas quais um
b) Seria possível relacionar essa distribuição
com o papel da luz solar no processo da fotossíntese, portanto, na produção primária
líquida? Justifique sua resposta, buscando
outros exemplos no gráfico da Figura 16a.
Essa relação é parcialmente verdadeira. É certo que as áreas
rio se junta ao mar, é grande a quantidade de nutrientes, em
parte por conta das correntes de água doce e salgada.
Etapa 2 – Os ciclos do carbono e do
nitrogênio e a formação de recursos
energéticos
mais próximas da linha do Equador estão expostas à luz solar
durante maior número de horas por ano, enquanto na proximidade dos polos, no período de inverno, os dias são mais
curtos que as noites. Outro fator importante é a inclinação
com que a luz solar alcança as diferentes zonas da Terra, não
atingindo na mesma intensidade o solo polar e o tropical,
porque é refletida em grande parte para o universo.
46
Assim como o ciclo da água tem sido amplamente estudado na escola, os ciclos do carbono e do nitrogênio também são importantes
para o estudante compreender a dinâmica da
natureza e os impactos ambientais provocados pela exploração de recursos energéticos.
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Leitura e análise de diagrama
Os fluxogramas são representações gráficas de interesse da
Cartografia. Por meio deles é possível estabelecer sintetica-
1. Para que o aluno perceba essas interações,
sugerimos que a turma observe o fluxograma a seguir (Figura 17), no Caderno do
Aluno. O exercício consiste em transformar a informação representada graficamente em um breve texto descritivo.
mente as conexões entre os elementos de um sistema. O
professor deverá orientar os alunos para que comecem por
algum ponto do diagrama, indicado nos quadros de linha
contínua (água, solo, plantas, animais ou atmosfera). Qualquer que seja o ponto de partida, os alunos poderão descrever os caminhos possíveis do nitrogênio.
© Claudio Ripinskas
O ciclo do nitrogênio
Figura 17 – O ciclo do nitrogênio. Fonte: Elaborado por Raul Borges Guimarães especialmente para o São Paulo faz escola.
Nesta etapa, espera-se que os alunos percebam que a intervenção humana no ciclo
do nitrogênio está provocando profundas alterações no ambiente, principalmente com
a introdução de fertilizantes artificiais, que
poluem o solo, o ar e os recursos hídricos.
Após os alunos concluírem a tarefa, o profes-
sor poderá solicitar que alguns deles façam a
leitura do texto descritivo. Nesse momento,
caberá informar aos alunos que o nitrogênio
representa destacado papel na manutenção
da vida, pois ele é importante na constituição
das proteínas. As plantas não conseguem absorver o nitrogênio diretamente da atmosfera.
47
Elas absorvem o nitrogênio dos nutrientes do
solo, na forma de nitratos e sais de amônia.
Por isso, a agricultura moderna introduz no
solo agrícola fertilizantes artificiais ricos em
nitratos. Mas o excesso de nitrogênio no solo
é eliminado pelas chuvas, atingindo os rios. O
excesso de nitrato em lagos e represas provoca
a proliferação de plantas aquáticas.
deverão ler, no Caderno do Aluno, o texto a seguir sobre o ciclo do carbono e
elaborar o seu próprio fluxograma. Para
isso, eles devem grifar, em cores diferentes, os elementos naturais e os processos
de interação.
Espera-se que os alunos indiquem os seguintes elementos
e processos:
tElementos: carbono, terra, seres vivos, ar, água, rochas.
2. Em seguida, sugerimos que o professor
estabeleça o caminho inverso. Os alunos
tProcessos: fotossíntese, queimadas de florestas, erupção
vulcânica, respiração dos seres vivos.
O ciclo do carbono
O carbono é um elemento químico em abundância na Terra, fazendo parte da constituição da maioria
dos elementos terrestres. Ele está na água, na terra, nos seres vivos e no ar. Rochas e outros sedimentos têm
toneladas de carbono armazenadas. Com a queima de combustíveis fósseis, parte do carbono armazenado
nas rochas tem sido expelida para a atmosfera na forma de gás carbônico.
A principal fonte de absorção do carbono é a fotossíntese realizada pelas plantas, principalmente das
florestas e das existentes nos oceanos. Enquanto as plantas absorvem carbono, vários outros processos
são responsáveis pela sua emissão na atmosfera, como a fumaça das chaminés de fábricas e dos automóveis, as queimadas das florestas, a erupção vulcânica e a respiração dos seres vivos. O desenvolvimento
da pecuária é outro processo de acirramento da emissão de carbono na atmosfera.
Elaborado por Raul Borges Guimarães especialmente para o São Paulo faz escola.
O f luxograma deverá ser elaborado
distribuindo no papel quadros com os elementos listados. Em seguida, por meio de
setas que representarão os processos, os
alunos deverão indicar as interações entre
os elementos.
Alguns alunos poderão ser convidados a
fazer uma representação gráfica na lousa, demonstrando como a própria natureza desenvolve estoques de recursos energéticos.
48
Para finalizar, sugerimos a seguinte atividade, na seção Você
aprendeu?, do Caderno Aluno:
No artigo a seguir, o autor estabelece relações entre a matriz energética brasileira
e o papel do Brasil na emissão de carbono na atmosfera. Para ele, o Brasil deveria
controlar sua produção de energia primária para diminuir a emissão de carbono na
atmosfera? Justifique.
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
[...] O Brasil tem grande componente de energia renovável em sua matriz energética – hidroeletricidade, álcool, carvão vegetal e bagaço de cana. Há o Proinfa, da Eletrobras, para fontes de
energias alternativas, e o programa do biodiesel. Mas há problemas, como a menor participação
da hidroeletricidade e o aumento da termeletricidade nos leilões para a expansão da geração elétrica. Estudos da Coppe/UFRJ mostraram que há emissões de hidroelétricas, mas muito menores
do que as das termelétricas. As nucleares não emitem. A maior parte das emissões brasileiras vem
do desmatamento da Amazônia, apesar de ter sido reduzido nos três últimos anos. Aí está a maior
possibilidade de reduzir nossas emissões. [...]
ROSA, Luiz Pinguelli. A conferência do clima em bali e o Brasil. Folha de S.Paulo, 8 dez. 2007.
De acordo com ele, essa não seria a medida prioritária, pois a
alternativas, como o biodiesel. A maior parte das emissões de
matriz energética brasileira apresenta expressiva participação
carbono do país é proveniente do desmatamento da Amazô-
de fontes renováveis, além do incentivo ao uso de energias
nia, que precisa ser controlado de maneira mais firme.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6
MATRIZES ENERGÉTICAS: DA LENHA AO ÁTOMO
Nesta Situação de Aprendizagem, os alunos
poderão fazer um paralelo entre a periodização da globalização estudada neste volume e
as alterações da matriz energética. Em primeiro
lugar, é preciso enfatizar que o uso das fontes
energéticas possui história própria. A energia
cinética dos ventos, por exemplo, é uma fonte
muito antiga. A força dos ventos começou a ser
utilizada nos primeiros séculos da nossa era,
principalmente nos Países Baixos e na Europa
Ocidental, para a moagem de grãos, nas serrarias dos estaleiros e nas bombas para secagem
dos pôlderes. Também era utilizada para movimentar embarcações e bombear água para
irrigação por povos muito antigos.
O uso do carvão mineral, por sua vez, ganhou impulso a partir da segunda metade do
século XVIII, transformando completamente
a matriz energética mundial. O crescimento
das cidades e da atividade industrial levou ao
aumento do consumo do carvão mineral, expandindo consideravelmente o uso da energia.
Se para os alunos parece natural o uso do
petróleo e da eletricidade gerada pelas turbinas das hidrelétricas e termelétricas, o professor deverá chamar a atenção da turma para a
história dessas fontes energéticas, cujo uso é
muito mais recente e que não teria sido possível sem o desenvolvimento científico e tecnológico do século XX. A matriz energética
com base na eletricidade ganhou impulso ainda maior após a Segunda Guerra Mundial,
quando a energia nuclear passou a ser utilizada como recurso adicional.
49
Conteúdos: matrizes energéticas.
Competências e habilidades: analisar e interpretar informações geográficas a partir da elaboração de
gráficos e mapas temáticos.
Sugestão de estratégias: elaboração de mapas temáticos e gráficos; aulas dialogadas; leitura de diferentes
formas de representação cartográfica.
Sugestão de recursos: representações gráficas; textos.
Sugestão de avaliação: exercícios individuais e em grupo; elaboração de mapas temáticos e textos descritivos.
Etapa prévia – Sondagem inicial e
sensibilização
Para introduzir a discussão a respeito da
matriz energética, os alunos devem ser informados de que, por um longo período da história da humanidade, a única forma de energia
utilizada pelo homem foi sua própria força
muscular. Com a disseminação do uso controlado do fogo, há aproximadamente 100 mil
anos, a madeira passou a ser o principal recurso energético explorado pelo homem. O uso de
bois, búfalos, cavalos ou camelos no transporte e nos trabalhos da lavoura, na moagem de
grãos e no bombeamento de água também foi
uma das principais fontes de energia durante
séculos. Apesar da enorme inovação tecnológica no campo da produção de energia, a madeira e a tração animal ainda são as únicas fontes
de energia para uma parcela da humanidade.
Iniciar a discussão sobre a matriz energética por esse tema poderá ser uma boa oportunidade para sensibilizar os alunos para o
assunto. Assim, sugerimos que o professor solicite que façam uma lista das fontes de energia utilizadas por eles durante um dia comum
da semana. Após alguns minutos, o professor
poderia solicitar as respostas e registrá-las
50
na lousa. Além da eletricidade, espera-se que
os alunos façam referência aos combustíveis
fósseis e à própria força motriz para se movimentar a pé ou realizar atividades domésticas,
como varrer calçadas, carregar compras de
supermercado etc.
Em seguida, o professor poderia informar
aos alunos que cerca de 2 bilhões de pessoas
ainda não têm acesso à energia elétrica. Os
alunos poderiam ser desafiados a pensar
como essas pessoas preparam seus alimentos
e se protegem do frio. Espera-se que façam referência ao uso da madeira como combustível,
uma vez que essa é uma prática ainda comum
às famílias brasileiras mais pobres ou fez parte
da história dos pais ou avós dos alunos.
Continuando o debate sobre o assunto, o
professor poderá insistir que os alunos pensem sobre como é o cotidiano das famílias
que necessitam da madeira. Qual é o tempo e
o trabalho para encontrá-la e levá-la para casa?
Como se organizam a cozinha e as tarefas domésticas em função dessa necessidade?
De acordo com as respostas, o professor
poderá voltar a discutir a questão energética
nas aulas seguintes.
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Etapa 1 – O consumo mundial de
energia
no Caderno do Aluno. Na sequência, que
respondam às questões propostas. Num
primeiro momento, o professor poderá solicitar que trabalhem individualmente para
que, depois, comparem suas respostas com
as dos colegas. Para concluir a aula, o professor poderá fazer o registro na lousa das
principais conclusões da turma.
Leitura e análise de gráfico
Figura 18 – Consumo de energia por habitante nos diferentes estágios de desenvolvimento da humanidade. Fonte: TAIOLI,
Fabio; TOLEDO, Maria Cristina Motta de;
FAIRCHILD, Thomas Rich; TEIXEIRA,
Wilson. Decifrando a Terra. São Paulo: Ibep/
Companhia Editora Nacional, 2009. p. 565.
Consumo total de energia per capita (103 kcal/dia)
Para discutir a evolução do consumo
mundial de energia, propomos que os alunos analisem o gráfico a seguir (Figura 18)
Alimento Moradia e
comércio
Tecnológica
Indústria
230
20
12
6
Primitivo 2
1. Com relação ao consumo diário por habitante, o que se observa no decorrer da história da humanidade?
Espera-se que os alunos percebam não apenas o crescimento do consumo de energia, mas também o fato de que esse
crescimento é acelerado nos estágios de desenvolvimento
chamados Indústria e Tecnológica.
2. Que mudança se verifica no perfil de consumo de energia entre a sociedade industrial e a sociedade tecnológica?
O consumo de energia nas moradias e no comércio, apesar
de também ter aumentado, perde importância para o da indústria, da agricultura e dos transportes.
Transporte
77
Agricultura
avançada
Agricultura
primitiva
Caça
Indústria e
agricultura
50
100
200
150
Consumo diário per capita (103 kcal)
Nesse momento do curso, espera-se que os
alunos não tenham mais dificuldade na leitura
de gráficos. Com base nos dados, eles deverão
observar que o crescimento do consumo de
energia foi exponencial e foram as atividades
produtivas que provocaram esse aumento. Caso
o professor verifique que alguns alunos não conseguem realizar a leitura do gráfico, sugerimos
que eles façam uma atividade de reforço. Uma
sugestão para isso é a análise de gráficos existentes nos materiais didáticos disponíveis na
escola. O professor poderá solicitar aos alunos
que identifiquem e façam a leitura de mapas e
gráficos que utilizam informações em barras.
51
Para terminar a aula, o professor poderá chamar a atenção dos alunos para o fato de que,
apesar do crescimento acelerado do consumo de
energia no mundo, esse é um fenômeno desigualmente distribuído entre os países. Para permitir
a comparação entre o consumo de energia de regiões e países do mundo (em face da diversidade
de fontes energéticas por eles utilizadas), ficou
estabelecida uma unidade de medida padrão, a
chamada TEP, ou Tonelada equivalente de petróleo. Trata-se de uma unidade de medida definida
como o calor liberado na combustão de uma tonelada de petróleo. Desta forma, convertendo-se
para TEP o consumo de energia produzida por
outras fontes (como a hidroeletricidade, a termoeletricidade, a energia nuclear etc.), é possível estabelecer algumas comparações, como pode ser
observado na tabela a seguir.
A discussão dessa temática necessitará
da análise de um mapa que os alunos deverão elaborar, conforme atividade proposta
na seção Desafio do Caderno do Aluno.
Os alunos deverão elaborar um mapa sobre o consumo mundial de energia de acordo
com a tabela e as instruções que seguem:
f Com base num planisfério político mudo,
presente no Caderno do Aluno, destaque
com um traço mais grosso a fronteira
entre a América do Norte e a América
Central, a Europa Ocidental e a Europa
Oriental, a Rússia e o Oriente Médio.
f Pinte o mapa com base nos dados da tabela a seguir. Para isso, defina uma escala
de cores monocromática, numa sequência do mais claro para o mais escuro de
um mesmo tom (do azul-claro ao azul-escuro, por exemplo).
f Para formar as classes de cores, agrupe as
regiões em quatro grupos, dois deles abaixo
da média mundial e dois acima da média
mundial. Não se esqueça de colocar o título e a legenda do mapa.
Consumo per capita de energia nas diversas regiões do mundo em 2006
(em tonelada equivalente de petróleo – TEP)
América do Norte
6,5
Américas Central e do Sul
1,2
Europa Ocidental
3,9
Europa Oriental e Rússia
3,6
Oriente Médio
2,5
África
0,4
Ásia (excluindo o oriente Médio) e Oceania
1,1
Média mundial
1,7
Quadro 1 – Consumo per capita de energia nas diversas regiões do mundo em 2006 (em TEP). Fonte: Elaborado por João Evangelista de Souza Lima Neto especialmente para o São Paulo faz escola, com base nos seguintes dados: BP British Petroleum. BP Statistical Review of World
Energy 2008. p. 40. Disponível em: <http://www.bp.com/liveassets/bp_internet/globalbp/globalbp_uk_english/reports_and_publications/
statistical_energy_review_2008/STAGING/local_assets/downloads/pdf/statistical_review_of_world_energy_full_review_2008.pdf>.
U.S.
Census Bureau. International Data Base. Disponível em: <http://www.census.gov/ipc/www/idb/>. Acessos em: 20 maio 2013.
52
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Em sala de aula, é importante comparar o
resultado do mapeamento. Em primeiro lugar,
verifique quais alunos tiveram dificuldade em
estabelecer as fronteiras solicitadas. Em seguida,
pode-se discutir o agrupamento efetuado pelos
alunos. Como dois grupos isolados nas extremidades, espera-se que os alunos tenham identificado
a América do Norte e a África. É razoável supor
que as Américas Central e do Sul tenham sido colocadas com a Ásia e a Oceania, assim como os
dados indicam que o Oriente Médio poderia ser
agrupado com os países europeus e a Rússia.
Com o resultado do mapeamento em mãos,
o professor deve dar continuidade à atividade
e pedir que os alunos façam, no Caderno do
Aluno, um pequeno texto descritivo a respeito da desigualdade do consumo de energia no
mundo. Para a elaboração da redação, os alunos podem partir da descrição dos países que
consomem mais energia para chegar aos que
consomem menos, ou vice-versa. O importante é que percebam a possibilidade de utilizar
diferentes linguagens no estudo da Geografia.
Com o objetivo de valorizar essa produção, o
professor poderia sugerir que alguns alunos
lessem em voz alta o trabalho realizado, a fim
de compartilhar com os colegas os diversos caminhos escolhidos para desenvolver o tema.
Etapa 2 – A crise do petróleo
Os alunos já devem saber que, desde a Revolução Industrial, os combustíveis fósseis passaram a ser utilizados maciçamente, sobretudo
o carvão mineral. Após a Segunda Guerra
Mundial, ocorreram novas transformações na
matriz energética mundial. Primeiro, o petróleo
foi ganhando maior importância e, mais recentemente, ocorreu um aumento significativo do
consumo de gás natural.
Sugerimos, como primeiro passo, a discussão da atividade a seguir, a respeito da produção mundial de energia por tipo de fonte.
Leitura e análise de gráfico
1. Após analisar o gráfico (Figura 19) os alunos deverão responder às seguintes questões no Caderno do Aluno:
Matriz energética mundial, 2010
Hidroeletricidade
2,3%
Nuclear
5,7%
Biocombustível
e lixo
Outros*
10,0%
0,9%
Carvão/turfa
27,3%
Gás
natural
21,4%
Petróleo
32,4%
12 717 Mtep
*Outros inclui geotérmica, solar, eólica, etc.
Figura 19 – Matriz energética mundial, 2010. Fonte: IEA - International Energy Agency - Key World Energy Statistics 2012.
Disponível em: <http://www.iea.org/publications/freepublications/
publication/kwes.pdf>. Acesso em: 18 out. 2013. Tradução: Eloisa Pires.
a) Qual é a porcentagem da participação
dos combustíveis fósseis na produção
mundial de energia?
Os combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás) constituem
mais de 80% da produção mundial de energia.
53
b) Que problemas podem ser acarretados
pelo uso de combustíveis fósseis na geração
de energia?
com base em dados a respeito da distribuição das reservas de petróleo no mundo.
Esses combustíveis são altamente poluentes e contribuem
Nesse caso, é preciso diferenciar reservas,
cuja magnitude é conhecida, de recursos, cuja
magnitude só pode ser estimada porque ainda falta iniciar a prospecção (forma de avaliar a produtividade de determinado campo
petrolífero). Para os especialistas no assunto,
os recursos petrolíferos mundiais giram em
torno de 300 bilhões de toneladas. Até o momento, foram extraídos cerca de 90 bilhões de
toneladas, restando uma reserva aproximada de
210 bilhões. É evidente que, com o aumento do
preço do barril do petróleo e o desenvolvimento
tecnológico, tem sido possível rever esses números, com o aproveitamento cada vez maior de
reservas até então consideradas inacessíveis ou
inviáveis economicamente. A disponibilidade do
petróleo envolve também um componente político, posto que existe disputa pelo controle das
regiões que abrigam grandes reservas.
para a emissão de gases que provocam o efeito estufa na
atmosfera. Além disso, eles são recursos não renováveis, ou
seja, o estoque é limitado.
Sugerimos que os alunos desenvolvam
a atividade em pequenos grupos por cerca de 15 minutos. Em seguida, o professor
deve comentar a primeira questão e verificar se os alunos conseguiram identificar os
combustíveis fósseis do gráfico. Como eles
representam, juntos, mais de 80% das fontes de energia mundiais, espera-se que a turma reflita sobre as implicações de tal fato.
Cada representante de grupo deverá expor
as ideias debatidas e o professor coordenará. É provável que os alunos se concentrem
na questão da poluição ambiental. Caso o
problema das reservas existentes não surja
na discussão dos alunos, o professor deverá
fazer referência a ele. Mencione que, fonte
de energia armazenada há milhões de anos
no subsolo, são recursos naturais não renováveis. O que fazer no futuro? Para refletir
sobre essa questão, o professor poderá encaminhar os alunos para outro tipo de análise,
54
Leitura e análise de gráfico
2. Tendo em vista essas considerações, os
alunos podem ser desafiados a analisar
esses aspectos com base na análise do
gráfico da Figura 20.
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Principais regiões de produção e consumo de petróleo no mundo (em milhões de barris por dia), 2012
África
3,44
Produção
8,74
América do Norte
17,93
Américas Central
e do Sul
6,70
Ásia e Oceania
Europa Ocidental
CEI e Leste da Europa
Oriente Médio
Consumo
23,05
7,51
8,93
4,04
28,88
14,38
4,81
13,42
7,79
23,05
Figura 20 – Principais regiões de produção e consumo de petróleo no mundo (em milhões de barris por dia), 2012. Fonte de
dados: U.S Energy Information Administration 2013 – Short – Term Energy and Winter Fuels Outlook (STEO). Disponível
em: <http://www.eia.gov/forecasts/steo/pdf/steo_full.pdf>. Acesso em: 18 out. 2013.
a) Preencha o quadro a seguir a partir da análise do gráfico.
O petróleo no mundo
Principais regiões produtoras
Principais regiões consumidoras
Os principais produtores de petróleo do mundo estão localiza-
Os principais consumidores de petróleo do mundo estão
dos no Oriente Médio, seguido da América do Norte (Canadá,
localizados na América do Norte, Ásia e Oceania e Europa
Estados Unidos e México), CEI, Leste Europeu, Ásia e Oceania.
Ocidental.
Quadro 2.
b) Em quais regiões a produção não é suficiente para o consumo interno, gerando
dependência externa do produto?
principalmente à demanda dos Estados Unidos, e nas regiões da
Entre essas principais regiões produtoras de petróleo, o consu-
Ao discutirem essas questões, os alunos estarão diante da perspectiva de crise energética.
mo interno é maior na América do Norte, situação que se deve
Ásia e Oceania, sobretudo pela demanda de consumo da China.
55
Se até o final da década de 1960 o mundo não
conhecia esse problema, pois havia oferta de
recursos energéticos em abundância, a alta
do preço do petróleo nos anos 1970 alterou
completamente esse cenário. Nos últimos 30
anos, entraram na agenda política dos países
a substituição do petróleo por outras fontes
de energia e a implantação de programas de
uso racional de energia. Esses temas deverão ser tratados nas aulas seguintes.
1. É possível dividir a evolução do consumo
e produção do petróleo no Brasil em três
períodos distintos: de 1970 a 1979, de 1980 a
1994, de 1995 a 2012. Caracterize a relação entre produção e consumo nesses três períodos.
Na década de 1970, a produção nacional manteve-se estável, apesar de ocorrer crescimento acelerado no consumo de petróleo.
Em 1973 e 1979, ocorreram fortes elevações no preço do barril do
petróleo, o que provocou uma inversão da curva de consumo no
período seguinte. Somente a partir da segunda metade da década
de 1990 o consumo tornou a subir, só que, desta vez, acompanha-
Para finalizar, na seção Você
aprendeu?, sugerimos a atividade a seguir.
No gráfico da Figura 21 pode ser observada a evolução do consumo e produção de
petróleo no Brasil entre 1970 e 2012. Por meio
da análise desse gráfico, responda:
do pelo crescimento da produção nacional de petróleo.
2. De acordo com essa série histórica, o país
caminha para a autossuficiência em petróleo. O que explicaria esse fato?
O crescimento da produção nacional está associado ao desenvolvimento tecnológico da Petrobras para explorar reservas
até então inacessíveis em águas profundas do oceano. Essas
bacias petrolíferas têm se mostrado bastante produtivas.
3
Brasil: consumo e produção de petróleo (106 m
( ), 1970-2012
)
140
120
100
80
CONSUMO TOTAL
60
PRODUÇÃO
40
20
2012
2009
2006
2003
2000
1997
1994
1991
1988
1985
1982
1979
1976
1973
1970
0
Figura 21 – Brasil: consumo e produção de petróleo (106 m3), 1970–2012. Fonte: Ministério de Minas e Energia/Balanço Energético Nacional – 2013 – Ano base 2012. Disponível em:<http://www.mme.gov.br/mme/menu/todas_publicacoes.html>. Acesso em: 18 out. 2013.
56
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7
PERSPECTIVAS ENERGÉTICAS: POTENCIAL E LIMITAÇÕES
DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
Sugerimos que o professor inicie esta Situação de Aprendizagem contando aos alunos uma
boa notícia: a energia eólica e a energia solar, fontes energéticas limpas e renováveis, são as formas
de geração de eletricidade com as maiores taxas
de crescimento de uso no planeta. Grandes fazendas eólicas podem ser encontradas nos Estados Unidos, na China, na Índia, na Alemanha e
na Espanha (disponível em: <http://www.gwec.
net>, acesso em: 20 maio 2013), que lideram a
produção de energia a partir do vento. Como os
custos de instalação ainda são elevados, os principais produtores de energia solar são o Japão, a
Alemanha e os Estados Unidos (disponível em:
<http://www.iea.org>, acesso em: 6 nov. 2013).
Os alunos poderão trabalhar esse novo cenário
energético mediante as atividades que se seguem.
Conteúdos: perspectivas energéticas.
Competências e habilidades: problematizar a questão energética, estabelecendo relações entre dados e
informações geográficas expressas de diferentes maneiras.
Sugestão de estratégias: elaboração de mapas temáticos e gráficos; aulas dialogadas; leitura de diferentes
formas de representação cartográfica.
Sugestão de recursos: mapas; ilustrações; gráficos.
Sugestão de avaliação: exercícios individuais e em grupo; elaboração de pequenos textos explicativos.
Etapa prévia – Sondagem inicial e
sensibilização
Aos poucos, as tecnologias construtivas estão incorporando novos princípios que diminuem enormemente o impacto ambiental, e a
adaptação das casas ao uso de novas fontes de
energia já é uma realidade. Sugerimos que os
alunos observem a Figura 22, no Caderno do
Aluno, para compreender como pode ser feito
o aproveitamento da energia gerada pelo Sol e
pelo vento. Na sequência, peça que respondam
às questões a seguir.
Leitura e análise de imagem
1. Quais são as duas fontes de energia utilizadas na proposta de “construção verde”? Juntas, quanto elas geram de energia por dia?
Observando a Figura 22, os alunos poderão identificar
como fontes energéticas a energia eólica e a solar. Juntas
elas produzem 20 quilowatts-hora (kWh) por dia.
57
58
Figura 22 – Construção verde. Arquitetura e construção, p. 82-83, dez. 2007. São Paulo: Editora Abril.
Construção verde
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
2. Como a energia produzida é armazenada
para o consumo na residência?
As turbinas e as células fotovoltaicas enviam cargas elétricas para 18 baterias, que, por sua vez, alimentam um
inversor ligado ao quadro de força. O quadro de força
distribui a energia para a casa principal, a piscina e a moradia do caseiro.
3. Por que essas fontes de energia são consideradas alternativas?
Porque essas fontes de energia são renováveis e consideradas
limpas, já que não emitem poluentes.
4. Qual a importância das fontes de energia alternativas na melhoria da qualidade de vida?
Espera-se que os alunos associem o uso de energias alternativas à diminuição dos impactos ambientais e da pressão sobre
os recursos naturais do planeta.
Conhecendo um pouco melhor o projeto elétrico de uma “construção verde”, o
professor poderia desafiar os alunos a enumerar as dificuldades para a difusão dessa
tecnologia nos países mais pobres. À medida que os alunos forem apresentando os
argumentos, o professor poderá registrar
na lousa as principais conclusões deles.
Espera-se que os alunos façam referência
à necessidade de investimentos em tecnologia. Outro aspecto diz respeito à renda das
famílias para pagar pelo benefício. Como
os países mais ricos são os maiores consumidores de energia, já há um mercado disposto a pagar pelas melhorias. Em países
mais pobres, esse mercado terá de ser ampliado para tornar a mudança economicamente viável.
Etapa 1 – Uso das energias eólica e
solar
Os alunos precisam ser informados de que a
energia eólica e a solar são as duas fontes alternativas que possuem mais possibilidade de aplicação em curto prazo. A geração eólica é de menor
custo, mas depende das características do vento
disponível na região. Por sua vez, a energia solar
ainda apresenta altos custos de implantação e
não é uma alternativa para os países mais pobres.
O resultado disso pode ser observado na comparação entre o Brasil e a Alemanha. Enquanto no Brasil foram instalados 100 megawatts
(MW) de capacidade para energia eólica em
residências em 2006, no mesmo período foram
instalados na Alemanha 1 200 MW. Enquanto
no Brasil existem 15 parques eólicos, com capacidade de geração de 250 MW, a Alemanha tem
capacidade de 22 mil MW.
Leitura e análise de gráfico e mapa
Para o desenvolvimento dessas tecnologias é
preciso investimento. Os alunos poderão analisar essa questão comparando as Figuras 23 e 24
a seguir, no Caderno do Aluno. Na sequência,
deverão responder às seguintes questões.
1. Em qual continente está localizada a
maior parte dos países que mais investem
em energias renováveis? Levante hipóteses
para explicar esse fato.
Os países que mais investem em energias renováveis estão localizados na Europa. Esse fato está relacionado ao déficit energético que marca o continente europeu. Espera-se que os alunos
levantem outras hipóteses, como a posição econômica desses
países, que possuem recursos financeiros para o investimento
em pesquisa e implementação de energias renováveis.
59
Philippe Rekacewicz, Le Monde Diplomatique, Paris.
Gasto em pesquisa com energias renováveis, 2004
Dólares por habitante em Paridade do Poder de Compra (PPC)
0
1 000
2 000
3 000
Suíça
Finlândia
Holanda
Suécia
Dinamarca
Japão
Áustria
Itália
Canadá
Espanha
Estados Unidos
Noruega
Alemanha
Austrália
França
Reino Unido
Turquia
Portugal
Figura 23 – Gasto em pesquisa
com energias renováveis, 2004
(dólar per capita). Fonte: L’Atlas
du monde diplomatique. Paris: Armand Colin, 2006.
Fonte: Agência Internacional de Energia (AIE), 2004.
Cartografia de Philippe Rekacewicz
([email protected]), Le Monde diplomatique, Paris
Participação de fontes renováveis na produção de energia elétrica, 2003
Países da
ex-União Soviética
América
do Norte
Europa
Central
Europa
Ocidental
América Central
e Caribe
Leste e
Sudeste
Asiático
Norte da
África
Ásia
Oriente
Médio Me ridional
África
Subsaariana
América
do Sul
Produção de eletricidade
em 2003
(tera watt/hora)
Oceania
3 840
Fonte: Produção mundial de eletricidade
a partir de fontes renováveis no mundo,
sexto inventário, Observatório de Energias
Renováveis (Observ’ER)-EDF, 2004.
2 000
Eletricidade de fonte
1 000
Renovável
17
Convencional (fóssil ou nuclear)
Figura 24 – Participação de fontes renováveis na produção de energia elétrica, 2003. L’Atlas du monde diplomatique. Paris:
Armand Colin, 2006. Mapa original (base cartográfica com generalização; algumas feições do território não estão representadas
em detalhe; sem escala; sem indicação de norte geográfico). Tradução: Renée Zicman.
60
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
2. Observe o mapa da Figura 24.
a) É possível concluir que, mesmo com tanto investimento, as fontes alternativas
ainda ocupam lugar desprezível no balanço energético mundial? Justifique.
Leitura e análise de gráfico e mapa
Os alunos deverão responder às seguintes
questões:
é majoritariamente a principal fonte energética mundial. Além
1. O que é possível dizer a respeito da participação da energia nuclear no consumo total
de energia nos países apresentados no gráfico (Figura 25)?
disso, espera-se que os alunos percebam a enorme distância
O consumo de energia de origem nuclear corresponde a
que existe entre os países mais ricos do norte e os países mais
menos de 10% do total nos Estados Unidos, na Rússia, no Ja-
pobres do sul. Países da América do Norte, da Europa Ocidental
pão, e na Alemanha. Na Coreia do Sul, o consumo de ener-
e do Leste e Sudeste Asiático são grandes produtores de energia.
gia nuclear corresponde a 12,93%. E o maior destaque vem
Apesar dos esforços para a adoção de energia renovável, observa-se que o combustível convencional (fóssil ou nuclear) ainda
da França, com um consumo de 41,17%.
b) Qual é a situação da América do Sul na
produção de energia elétrica a partir de
fontes renováveis?
De acordo com o mapa, a maior parte da produção de energia
elétrica da América do Sul é proveniente de fontes renováveis.
2. Com base no mapa da Figura 26, responda:
a) Que países representados nesse mapa se
destacam como possuidores de grandes
reservas de plutônio?
3. Como o mapa da Figura 24 apresenta dados agregados, o professor deve analisar e
discutir com os alunos de modo que eles
possam responder qual é a participação
das fontes de energia renováveis na produção de energia elétrica no Brasil.
Reino Unido, França, Alemanha, Estados Unidos, Japão e Rússia.
A matriz energética brasileira tem intensa participação da hi-
São zonas que concentram usinas nucleares para a produção
droeletricidade, uma fonte renovável.
de energia. Elas se localizam na Europa, no leste dos Estados
b) Explique o significado de “zonas de forte densidade de centrais nucleares”. Em
quais regiões do mundo estão localizadas essas zonas?
Unidos e no Japão.
Etapa 2 – Uso da energia nuclear
Após a Segunda Guerra Mundial, a energia
nuclear começou a ser explorada como um recurso alternativo para atender à demanda por
eletricidade. Alguns países investiram intensamente nesse recurso. Os alunos poderão fazer
uma análise dessa situação comparando as Figuras 25 e 26, no Caderno do Aluno.
c) Ainda comparando o mapa e o gráfico,
discuta com seus colegas e seu professor a
posição da França em relação às reservas de
plutônio e à participação da energia nuclear
no consumo total de energia nesse país.
A França é o país com maior participação da energia nuclear
no consumo energético total e se destaca também como um
dos principais países com reserva de plutônio no mundo.
61
Participação da energia nuclear no consumo total de energia de alguns países, 2011
França
Coreia do Sul
41%
13%
Japão
8%
Estados Unidos
8%
Alemanha
8%
Rússia
Consumo total de energia
em milhões de toneladas
equivalentes de petróleo (Mtep)
Estados Unidos
Rússia
Japão
Alemanha
Coreia do Sul
França
2 269,3
685,6
477,6
306,4
263,0
242,9
6%
Figura 25 – Participação da energia nuclear no consumo total de energia de alguns países, 2011. Fonte de dados: BP Statistical Review of World Energy June 2012. Disponível em: <http://www.bp.com/assets/bp_internet/globalbp/globalbp_uk_english/
reports_and_publications/statistical_energy_review_2011/STAGING/local_assets/pdf/statistical_review_of_world_energy_
full_report_2012.pdf>. Acesso em: 18 out. 2013.
Cartografia de Philippe Rekacewicz
([email protected]), Le Monde diplomatique, Paris
Regiões com forte concentração de centrais nucleares e principais reservas de plutônio
62
Figura 26 – Regiões com forte concentração de centrais nucleares e principais reservas de plutônio. Fonte: El Atlas de Le Monde Diplomatique.
Buenos Aires: Capital Intelectual S.A., 2006, p. 19. Mapa original (sem escala; sem indicação de norte geográfico). Adaptado (supressão de informações). Tradução: Renée Zicman.
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Na seção Lição de casa, há uma
proposta para a elaboração de
uma redação com o título “Energia nuclear como recurso alternativo para a
produção de eletricidade”.
Parâmetros para avaliação da redação
1. Se o aluno utilizou as informações contidas
nas figuras, se observou que a maior parte dos
reatores nucleares foi construída na década de
1970 e se constatou que a energia nuclear tem
participação extremamente reduzida em países como Estados Unidos, Alemanha e Japão.
2. Se o aluno relacionou as informações com
Para finalizar, na seção Você
aprendeu?, propomos a seguinte atividade:
Leia as afirmações a seguir:
I. Nas usinas hidrelétricas, a força da água
é utilizada para gerar energia.
II. Para a obtenção da energia solar, é necessário queimar combustível.
III. A força dos ventos pode ser utilizada
para a geração de energia.
IV. O melhor aproveitamento das fontes
de energia renováveis depende das
condições físicas de cada região.
a distribuição mundial dos principais países
produtores de energia nuclear, revelando a
forte concentração nos países desenvolvidos.
3. Se a redação apresenta os recursos básicos de
coesão textual (retomada pronominal, repetição, substituição lexical), boa pontuação (vírgula, ponto final, de interrogação, de exclamação), correta concordância nominal e verbal.
Assinale a alternativa que contenha apenas
afirmações corretas:
a) I e II.
b) II e III.
c) I , II e III.
d) I , III e IV.
e) II , III e IV.
A questão visa mobilizar os conteúdos vinculados ao estudo
das diversas formas e usos da energia.
63
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8
A MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
O Boletim Energético Nacional (BEN) é
emitido anualmente pelo Ministério de Minas e Energia e pode ser acessado no site
<http://www.mme.gov.br>, acesso em: 18
out. 2013. Com base nos dados disponíveis
no BEN, propomos encerrar as atividades
do volume estudando os fluxos das fontes
primárias e secundárias de energia, desde a
produção até o consumo final. Dessa forma,
os alunos terão um exemplo concreto de matriz energética e sua relação com os aspectos
políticos e econômicos que a envolvem.
Conteúdos: matriz energética; fontes energéticas alternativas.
Competências e habilidades: aplicar conhecimentos para posicionar-se diante de dados e informações
geográficas a respeito da matriz energética brasileira, utilizando-se de diferentes linguagens.
Sugestão de estratégias: elaboração de mapas temáticos e gráficos; aulas dialogadas; leitura de diferentes
formas de representação cartográfica.
Sugestão de recursos: mapas, gráficos; dados coletados em páginas da internet.
Sugestão de avaliação: exercícios individuais e em grupo; elaboração de pequenos textos explicativos.
Etapa prévia – Sondagem inicial e
sensibilização
Para iniciar esta etapa, sugerimos que o
professor informe aos alunos que o consumo
total de energia do Brasil representa aproximadamente 2% do consumo mundial, e calcula-se que o país seja responsável por cerca de
1,5% das emissões mundiais de carbono. Para
se ter um parâmetro, o consumo per capita
dos Estados Unidos é 7 vezes o consumo do
brasileiro e as emissões de carbono per capita
dos Estados Unidos são 11 vezes maiores do
que as emissões per capita brasileiras.
64
Por meio da leitura da Figura 27, presente
na seção Para começo de conversa do Caderno
do Aluno, espera-se que os alunos apliquem os
conhecimentos adquiridos nas atividades anteriores para avaliar o impacto ambiental resultante do crescimento da produção brasileira de
energia. Mais uma vez, sugerimos como procedimento a reflexão individual, num primeiro
momento, seguida da discussão em pequenos
grupos e a socialização dos resultados entre os
grupos, no final da aula.
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Brasil: produção primária de energia (106 tep), 1970-2012
300
250
OUTRAS
200
150
100
PRODUTOS DA CANA
LENHA
50
GÁS NATURAL
HIDRÁULICA
PETRÓLEO
2012
2009
2006
2003
2000
1997
1994
1991
1988
1985
1982
1979
1976
1973
1970
0
Figura 27 – Brasil: produção primária de energia (106 tep), 1970-2012. Fonte: Ministério de Minas e Energia/Balanço Energético
Nacional – 2013 – Ano base 2012. Disponível em:<http://www.mme.gov.br/mme/menu/todas_publicacoes.html>. Acesso em: 18 out. 2013.
Considerando que energia primária são as
fontes providas pela natureza na sua forma direta – como petróleo, gás natural, carvão mineral, energia hidráulica, lenha, entre outras –, a
classe deverá discutir e responder às questões a
seguir, disponíveis no Caderno do Aluno.
1. Quais fontes de energia têm sido as
maiores responsáveis pelo crescimento da produção primária de energia no
Brasil? Essas fontes são renováveis ou
não renováveis?
Espera-se que os alunos percebam que o crescimento foi
impulsionado pelo aumento na produção de petróleo e gás
Naquela época, havia o predomínio do uso de fontes renováveis, sobretudo a queima da lenha. O desenvolvimento
do setor energético alterou completamente essa situação.
3. Entre as fontes renováveis, quais se destacam na produção de energia primária no
Brasil?
A hidroeletricidade e os produtos derivados da cana-de-açúcar são as fontes de energia renováveis mais importantes para o crescimento da produção primária de
energia no Brasil.
Etapa 1 – A produção brasileira de
petróleo
natural, que são fontes não renováveis.
2. Em 1970, a produção de energia primária
brasileira era cinco vezes menor que em
2012, mas a matriz energética era bem diferente. Explique por quê.
Em função da crescente participação do
petróleo na produção de energia primária
brasileira, sugerimos que o professor explore
esse tema em sala de aula. Os alunos precisam ser informados de que as reservas de
65
petróleo do Brasil são a segunda maior da
América do Sul, ficando atrás apenas da
Venezuela. Com o desenvolvimento tecnológico
de exploração das jazidas em águas oceânicas
profundas, o Brasil vem gradativamente supe-
rando suas marcas. Sugerimos como atividade
uma pesquisa no site da Petrobras, disponível
em: <http://www.petrobras.com.br>, acesso em:
25 maio 2013, a respeito da produção em águas
profundas, de acordo com o roteiro a seguir.
Roteiro para pesquisa no site da Petrobras
1. Essa aula deverá ocorrer na sala de informática da escola.
2. Os alunos, divididos em pequenos grupos, deverão visitar a página da empresa.
3. Com base nas informações encontradas, o grupo deverá explicar como funciona a extração de petróleo
em águas profundas.
4. Além disso, os alunos deverão buscar, nos links ao final da página e no site como um todo, informações
a respeito da iniciativa da Petrobras de usar combustíveis renováveis, dando exemplos.
Além da pesquisa, você poderá trabalhar
com as questões a seguir, disponíveis no Caderno de Aluno.
Leitura e análise de imagem, texto e gráfico
1. Com base no esquema da Figura 28, explique como funciona a extração de petróleo
em águas profundas.
Petrobras: tecnologia de produção em águas profundas
leito marinho
Figura 28 – Petrobras: tecnologia de produção em águas profundas. Fonte: Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação
e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ). Imagem de divulgação.
66
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Para extrair petróleo em águas profundas, a Petrobras desen-
2. Leia o texto a seguir e responda:
volveu uma tecnologia com tubulações flexíveis conectadas
a plataformas flutuantes. Dessa maneira, é possível alcançar
os poços submarinos e explorar as reservas petrolíferas.
O gráfico da Figura 29 comprova o que é dito
no texto? Por quê?
A Petrobras tem cerca de 65% da área de seus blocos exploratórios offshore em profundidades
de água de mais de 400 m. Em consequência, nos últimos anos, a empresa tem aumentado suas
atividades de perfuração exploratória em águas cada vez mais profundas. [...]
Petrobras. Águas profundas. Disponível em: <http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/perfil/
atividades/exploracao-producao-petroleo-gas>. Acesso em: 20 maio 2013.
Exploração de petróleo em águas profundas (em metros), 1977-2003
Figura 29 – Exploração de petróleo em águas profundas (em metros), 1977-2003. Elaborado por Raul Borges Guimarães especialmente para o São Paulo faz escola. Fonte: Petróleo Brasileiro S/A – Petrobras.
Sim, pois o gráfico apresenta os recordes conquistados pela
Petrobras na produção de petróleo em águas profundas, entre 1977 e 2003.
3. Compare a produção brasileira de petróleo
em terra e mar, conforme mostrado no gráfico
da Figura 30. Com base nesses dados, qual é a
importância do desenvolvimento de tecnologia para exploração em águas profundas?
67
Brasil: produção de petróleo em barris/ano (em milhões), 2000-2008
Figura 30. Brasil: produção de petróleo em barris/ano (em milhões), 2000-2008. Elaborado por Raul Borges Guimarães especialmente para o São Paulo faz escola. Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Produção de
Petróleo (b). Disponível em: <http://www.anp.gov.br/?dw=8491>. Acesso em: 20 maio 2013.
Essa tecnologia foi essencial para o crescimento da produção
brasileira de petróleo, já que a maior parte do petróleo é extraída do fundo do mar.
Etapa 2 – Fontes alternativas no
Brasil: o biodiesel
Agora, vamos destacar o programa brasileiro
do biodiesel. Os alunos poderão acessar o portal
do Programa Nacional de Produção e Uso de
Biodiesel, disponível em: <http://www.mme.gov.
br/programas/biodiesel/menu/biodiesel/o_biodiesel.html>, acesso em: 6 nov. 2013, para levantar dados a respeito dessa fonte alternativa.
Leitura e análise de texto
1. O que é o biodiesel?
O biodiesel é um combustível biodegradável, produzido a
partir de inúmeras fontes de energia renováveis.
2. Qual é sua vantagem em relação a outras
fontes de energia alternativa?
A principal vantagem é que dezenas de espécies vegetais
abundantes no Brasil podem ser utilizadas na produção do
biodiesel, tais como a mamona, o girassol, o babaçu, a soja, o
amendoim e o dendê.
3. Qual a importância do biodiesel para o Brasil?
O biodiesel pode substituir em parte ou totalmente o diesel em
motores de combustão interna e pode ser processado de várias
maneiras. Espera-se que os alunos indiquem e expliquem pelo
Além da pesquisa no portal, os alunos poderão ler o texto a seguir, também disponível
no Caderno do Aluno, para responder às seguintes perguntas:
68
menos uma delas, como o craqueamento, a esterificação ou a
transesterificação. Por fim, vale destacar que o biodiesel pode
substituir parcial ou totalmente o óleo diesel (um derivado do
petróleo) em motores de combustão interna.
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Biodiesel no Brasil
O biodiesel é um biocombustível, ou seja, um combustível derivado de biomassa, que pode ser obtido por meio de diversas matérias-primas vegetais ou animais. As matérias-primas vegetais podem ser
produzidas a partir de diversas espécies oleaginosas, tais como algodão, amendoim, dendê, girassol,
mamona e soja. As matérias-primas de origem animal podem ser obtidas a partir da gordura disponível
no sebo bovino, suíno ou nas aves.
Assim, trata-se de um combustível biodegradável e derivado de fontes renováveis, que pode substituir parcial ou totalmente o uso de óleo diesel (um derivado do petróleo) nos motores à combustão
dos transportes rodoviários e aquaviários e nos motores utilizados para a geração de energia elétrica. No caso brasileiro, por exemplo, a legislação estipula que o biodiesel esteja presente em todo o
óleo diesel comercializado, em uma proporção de pelo menos 5%.
O Brasil apresenta condições extremamente favoráveis para a produção de biodiesel, por apresentar condições climáticas adequadas ao cultivo de oleaginosas em diversas regiões do país, além de disponibilidade de
água e terras. Além disso, o país é um dos pioneiros do desenvolvimento de tecnologias para o setor de biocombustível e já tem uma longa experiência acumulada com o Programa Nacional do Álcool (Pró-Álcool).
Do ponto de vista ambiental, a principal vantagem do uso do biodiesel é a redução da emissão de
gases poluentes, especialmente o gás carbônico. Do ponto de vista social, a introdução do biodiesel na
matriz energética nacional pode representar uma alternativa de renda para os agricultores familiares
dedicados ao cultivo de oleaginosas.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
Para finalizar, na seção Você
aprendeu?, do Caderno do
Aluno, encontra-se a seguinte
questão:
O conceito de desenvolvimento sustentável leva em consideração as ações desencadeadas pelos diversos países com relação ao
seu crescimento econômico e à necessidade
de se buscar fontes alternativas de energia.
Levando em conta esse conceito, é possível
afirmar que:
a) O meio ambiente é fundamental para
a vida humana e, portanto, deve ser intocável, não havendo possibilidades de
uso de seus recursos por nenhum outro
país, a não ser para os que detêm tecnologias conservacionistas.
b) Os países subdesenvolvidos são os únicos
que praticam o desenvolvimento sustentável, pois, como não são industrializados,
defendem a intocabilidade de suas florestas e usam apenas energia renovável.
69
c) Não há como se desenvolver sem colocar
em risco o ambiente e, portanto, é inevitável
que os riscos ambientais sustentem o desenvolvimento econômico dos povos, mesmo
com o uso de fontes não renováveis.
e) As riquezas acumuladas pelos países
ricos durante o período colonial devem
ser investidas na preservação das florestas, como também sustentar o crescimento econômico dos povos.
d) É fundamental buscar formas de progresso
socioeconômico e novas fontes de energias
alternativas com menores riscos ambientais, principalmente ao se levar em conta o
direito à vida das futuras gerações.
Uma vez que os alunos puderam analisar a matriz energética
atual e a necessidade do desenvolvimento de fontes alternativas, espera-se que apliquem seus conhecimentos para estabelecer relações entre “desenvolvimento sustentável” e a necessidade
de se ampliar investimentos em energias alternativas.
PROPOSTAS DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO
Neste tópico, sugerimos alguns caminhos para efetuar a avaliação em situações
de recuperação. Espera-se que o aluno recupere o conteúdo essencial abordado e
seja capaz de compreender a produção do
espaço mundial por meio dos fluxos econômicos e do desenvolvimento da ciência
e tecnologia em três contextos: o período
do comércio em grande escala a partir da
expansão marítima de fins do século XV
ao começo do XVIII (cerca de 1720); o período da Revolução Industrial (1720-1945);
e a revolução da informação, ou período
técnico-científico, após a Segunda Guerra Mundial. Trata-se, como já foi dito, de
trabalhar com os conceitos de meio natural, meio técnico e meio técnico-científico-informacional, elaborados pelo professor
e geógrafo Milton Santos.
Para iniciar esse trabalho, propomos que
as características dos “meios geográficos” se-
70
jam apresentadas aos alunos em situação de
recuperação, na forma a seguir:
No meio natural, prevalecem as “estradas
da natureza”, tais como rios e mares, pelos
quais circulam produtos e pessoas. Até hoje,
as planícies costeiras e os vales fluviais concentram a maior parte da população mundial.
O meio técnico é formado pelas grandes concentrações humanas e pelas infraestruturas
de circulação construídas pelos homens, tais
como hidrovias, ferrovias e rodovias.
O meio técnico-científico-informacional é
dominado pelas redes de alta tecnologia, pelas quais circulam bens imateriais, tais como
informações e ideias.
Logo após, o professor pode sugerir que
os alunos relacionem as fotos reproduzidas a
seguir com cada um dos “meios geográficos”.
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
© Comstock/LatinStock
Sugerimos que o professor peça para que os alunos em situação de recuperação produzam um
painel, representando os “meios geográficos” a partir de imagens extraídas de jornais e revistas.
É importante que o professor atente para o fato de que esses meios coexistem no mundo contemporâneo. Portanto, enquanto algumas regiões destacam-se pela densidade nas novas tecnologias,
outras são em grande parte regidas pelas dinâmicas da natureza.
© Werner Rudhart/Kino
Videoconferência em uma empresa.
Comunidade ribeirinha no Amazonas.
71
© Marcos Piffer/Sambaphoto
Indústrias em Cubatão, São Paulo.
O professor também poderá aplicar as
questões a seguir:
Trata-se de uma questão de resposta aberta. Espera-se, porém, que o aluno atente para a importância das tecnologias
de comunicação na gestão empresarial, no comércio e na
1. Como a maioria dos europeus imaginava
o mundo antes da viagem do navegador
Cristóvão Colombo?
vida cotidiana das pessoas que usam os programas de com-
Antes da viagem de Cristóvão Colombo, a maioria dos eu-
Neste Caderno, os alunos também tiveram a
oportunidade de analisar diferentes tipos de gráficos e mapas, além de produzir textos argumentativos. Diante dessas habilidades desenvolvidas,
sugerimos duas estratégias de recuperação: aplicação de um questionário, como o elaborado a
seguir, e pesquisa em jornais.
ropeus imaginava que o mundo era formado por três partes:
Europa, Ásia e África.
2. Por que Cristóvão Colombo ficou conhecido como o “senhor dos ventos”?
Cristóvão Colombo ficou conhecido como o “senhor dos
putador para se relacionar com amigos e familiares.
ventos” por causa de seu conhecimento sobre os ventos
alísios e os ventos de sudoeste, que o auxiliaram a traçar a
melhor rota para a sua primeira expedição.
3. No mundo contemporâneo, as tecnologias de informação são parte cada vez
mais importante do cotidiano das empresas e das pessoas. Dê exemplos que
comprovem essa afirmação.
72
1. A lenha ainda é uma fonte de energia bastante utilizada no mundo. No gráfico a seguir,
você poderá verificar como esse recurso tem
sido utilizado no Brasil nas últimas décadas.
Observando a evolução do consumo da lenha no Brasil, responda: que mudanças ocorreram entre 1970 e 2012?
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
Brasil: consumo de lenha (106t), 1970-2012
70
60
TRANSFORMAÇÃO
50
40
30
RESIDENCIAL
20
INDUSTRIAL
10
AGROPECUÁRIO
2012
2009
2006
2003
2000
1997
1994
1991
1988
1985
1982
1979
1976
1973
1970
0
Brasil: consumo de lenha (106t), 1970-2012. Fonte: Ministério de Minas e Energia/Balanço Energético Nacional – 2013 – Ano base 2012.
Disponível em:<http://www.mme.gov.br/mme/menu/todas_publicacoes.html>. Acesso em: 18 out. 2013.
Espera-se que o aluno perceba que o consumo residencial
cuário. Ao mesmo tempo, ocorreu crescimento acentua-
era o mais importante em 1970. Observa-se queda nesse
do no uso da lenha no setor industrial e, principalmente,
tipo de consumo da lenha, assim como no setor agrope-
na produção siderúrgica.
2. Com base no gráfico a seguir, comente a
evolução da produção das diferentes fontes
de energia primária no mundo entre 1900 e
2010 e analise os impactos ambientais dela
decorrentes.
Evolução da produção
de energia primária, 1900-2010
Por fonte de energia
(em milhões de toneladas equivalentes de petróleo)
Petróleo
4 000
Espera-se que os alunos atentem para o grande crescimento da produção do total da energia primária no mundo
Carvão
3 000
Gás natural
registrado nesse período. Também é importante que eles
observem que o carvão era a principal fonte de energia em
2 000
1990, mas foi ultrapassado pelo petróleo na segunda metade do século XX. Por fim, no que diz respeito aos impactos
ambientais, o gráfico mostra que a maior parte da energia
produzida no mundo provém de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural ), e que o uso dessa fonte é a
principal causa do aumento da concentração dos chamados gases estufa na atmosfera.
1 000
Nuclear
500
0
1900
1950
Hidráulica
Outras
1990 2010 renováveis
Fontes: The Shift Project Data Portal, www.tsp-data-portal.org,
segundo Etemad & Luciani para o período de 1900-1980
e US EIA Historical Statistics para o período de 1981-2010.
Atelier de cartographie de Sciences Po, 2012
Evolução da produção de energia primária, 1900–2010. Fonte:
Atelier de Cartographie de Science Po. Disponível em: <http://
cartographie.sciences-po.fr/en/node/2707>. Acesso em: 18 out. 2013.
73
Pesquisa
Os alunos deverão fazer um levantamento
em revistas e jornais a respeito de reportagens e
artigos que discutam a política energética brasileira. Três temas têm tido destaque na imprensa:
o risco de “apagão”, em função das estiagens
prolongadas; a alta concentração da matriz
elétrica nas usinas hidrelétricas e o desenvol-
vimento do biodiesel. Com base no material
pesquisado, os alunos poderiam produzir um
dossiê, organizando-o em pastas, que poderiam
ser arquivadas na biblioteca da escola. Caso a
escola possua uma hemeroteca ou a assinatura
de revistas e jornais, os alunos podem fazer ali
mesmo a leitura dos artigos jornalísticos.
RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR
E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA
Livros para o professor
BENKO, Georges. Economia, espaço
e globalização: na aurora do século XXI.
São Paulo: Annablume, 2002. A obra explora as transformações no espaço industrial promovidas pela revolução da
informação, com destaque para os centros
de produção de ciência e de tecnologia e
suas particularidades locacionais. Embora
a linguagem seja bastante sofisticada para
alunos de 7 a série/8 o ano, contém exemplos
interessantes que podem ser selecionados
pelo professor como complemento à sua
prática didática.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO
AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: ONU/FGV,
1987. Esse relatório, elaborado por especialistas de vários países às vésperas da ECO92, contém uma avaliação de parte dos
74
problemas ambientais do planeta no final
do século XX. Um dos capítulos discute o
desenvolvimento sustentável.
DREW, David. Processos interativos
homem-meio ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994. Nessa obra o autor estuda as relações entre o homem e o meio
ambiente, oferecendo exemplos da atualidade. A abordagem utilizada baseia-se na
análise dos fluxos de matéria e energia no
sistema terrestre.
DREYER-EIMBCKE, Oswald. O descobrimento da Terra: história e histórias da
aventura cartográfica. São Paulo: Edusp/Melhoramentos, 1992. Obra que analisa a história da cartografia no espelho da descoberta
do mundo e das transformações na maneira
de representá-lo.
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
L’Atlas du monde diplomatique. Paris: Armand Colin, 2006. Neste número do atlas Le
Monde Diplomatique são abordadas importantes questões geopolíticas do uso dos recursos energéticos.
MAGNOLI, Demétrio. Globalização: Estado nacional e espaço mundial. São Paulo:
Moderna, 2004. Ensaio didático sobre o conceito de globalização, suas etapas e seus significados. Pode ser bastante útil para o trabalho
de sala de aula.
MYERS, Norman. Gaia: el atlas de la gestión del planeta. Madrid: Hermann Blume
Ediciones, 1987. Dentre a vasta gama de temas
que estão na ordem do dia do debate ambiental
abordados neste atlas, destaca-se a discussão a
respeito do uso de combustíveis fósseis. Os dados permitem fazer um balanço a respeito da
exploração e do consumo do petróleo, desde a
crise de 1973 até os dias de hoje.
REIS, Lineu Belico dos; FADIGAS, Eliane
Amaral; CARVALHO, Cláudio Elias. Energia, recursos naturais e a prática do desenvol-
vimento sustentável. Barueri: Manole, 2005. A
abordagem da integração da energia com temas ligados aos recursos naturais e ao desenvolvimento sustentável é realizada nessa obra
por meio da discussão e análise de questões
como o elo entre a energia, a infraestrutura e
a sustentabilidade.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço:
técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:
Edusp, 2008. Obra crucial para a compreensão dos conceitos que estruturam as reflexões
de Milton Santos e sua concepção sobre os
significados do espaço geográfico, suas formas e suas dinâmicas.
TAIOLI, Fabio; TOLEDO, Maria Cristina Motta de; FAIRCHILD, Thomas
Rich; TEIXEIRA, Wilson. Decifrando a
Terra. São Paulo: Ibep/Companhia Editora Nacional, 2009. Dessa obra, destaca-se
especialmente o capítulo 22, em que os recursos energéticos são tratados de maneira
integrada ao estudo da dinâmica natural
do planeta Terra, sem desconsiderar aspectos políticos e econômicos.
75
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) colega professor(a),
Ao chegarmos ao final deste volume, podemos considerar que o momento representa, na verdade, o início de uma jornada de
partilhas, na qual nos colocamos como interlocutores. Nossa proposta foi a de sugerir
algumas atividades relacionadas ao desenvolvimento de certos conteúdos do programa
da 7a série/8o ano do Ensino Fundamental.
São apenas sugestões a respeito de contextos
essenciais do longo processo de globalização. Desenvolvemos algumas possibilidades
didático-pedagógicas relacionadas aos conceitos e às noções necessários à compreensão
da complexidade do mundo contemporâneo
76
e do papel que a informação e também o
intenso uso de energia têm nele. Consideramos que esse contexto seja um enorme desafio. Sem dúvida, porém, seu desafio é ainda
maior: trata-se de fazer com que a trama
conceitual apresentada neste volume ganhe
significado para seus alunos e se transforme
em conhecimento significativo.
Gostaríamos de reforçar que essa proposta poderá ser aceita integral ou parcialmente.
Dessa maneira, convidamos você a adaptá-la
à sua realidade, já que conhece seus alunos,
sua escola, o material disponível e, o que é
mais importante, possui o domínio intelectual
e prático do seu fazer pedagógico.
Geografia – 7a série/8o ano – Volume 1
QUADRO DE CONTEÚDOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
5a série/6o ano
Volume 2
Volume 1
Paisagem
O tempo da natureza
– Os objetos naturais
O tempo histórico
– Os objetos sociais
A leitura de paisagens
Escalas da Geografia
As paisagens captadas pelos
satélites
– Extensão e desigualdades
Memória e paisagens
As paisagens da Terra
O mundo e suas
representações
Exemplos de representações
– Arte e fotografia
Introdução à história da
cartografia
A linguagem dos mapas
Orientação relativa
– A rosa dos ventos
Coordenadas geográficas
Os atributos dos mapas
Mapas de base e mapas
temáticos
Representação cartográfica
– Qualitativa e quantitativa
Os ciclos da natureza e a
sociedade
A história da Terra e os
recursos minerais
A água e os assentamentos
humanos
Natureza e sociedade na
modelagem do relevo
O clima, o tempo e a vida
humana
As atividades econômicas e o
espaço geográfico
Os setores da economia e as
cadeias produtivas
A agropecuária e os circuitos
do agronegócio
A sociedade de consumo
6a série/7o ano
O território brasileiro
A formação territorial do
Brasil
Limites e fronteiras
A federação brasileira
– Organização política e
administrativa
A regionalização do território
brasileiro
Critérios de divisão regional
As regiões do Instituto
Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), os
complexos regionais e a
Região Concentrada
Domínios naturais do
Brasil
Biomas e domínios
morfoclimáticos do Brasil
O patrimônio ambiental e a
sua conservação
Políticas ambientais no
Brasil
O Sistema Nacional de
Unidades de Conservação
(SNUC)
Brasil: população e economia
A população e os fluxos
migratórios
A revolução da informação e
a rede de cidades
O espaço industrial
– Concentração e
descentralização
O espaço agrário e a questão
da terra
7a série/8o ano
Representação cartográfica
Visão de mundo e suas
tecnologias
Globalização em três tempos
O meio técnico e o
encurtamento das distâncias
O meio técnico-científico-informacional e a
globalização
O processo de globalização
e as desigualdades
internacionais
Produção e consumo de
energia
As fontes e as formas de
energia
Matrizes energéticas
– Da lenha ao átomo
Perspectivas energéticas
A matriz energética mundial
A matriz energética brasileira
A crise ambiental
A apropriação desigual dos
recursos naturais
Poluição ambiental e
efeito estufa
Do Clube de Roma ao
desenvolvimento sustentável
Alterações climáticas e
desenvolvimento
Consumo sustentável
Geografia comparada da
América
Peru e México
– A herança pré-colombiana
Brasil e Argentina
– As correntes de
povoamento
Colômbia e Venezuela
– Entre os Andes e o Caribe
Haiti e Cuba
– As revoluções
8a série/9o ano
A produção do espaço
geográfico global
Globalização e regionalização
As doutrinas do poderio dos
Estados Unidos da América
Os blocos econômicos
supranacionais
A nova “desordem” mundial
A Organização das Nações
Unidas (ONU)
A Organização Mundial do
Comércio (OMC)
O Fórum Social Mundial
– Um outro mundo é
possível?
Geografia das populações
Demografia e fragmentação
Estrutura e padrões
populacionais
As migrações internacionais
Populações e cultura
– Mundo árabe e mundo
islâmico
Redes urbanas e sociais
Cidades
– Espaços relacionais e
espaços de conexão
As cidades e a irradiação do
consumo
Turismo e consumo do lugar
As redes da ilegalidade
77
GABARITO
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
de hoje, elas ainda estão presentes de maneira restrita na vida
O MEIO NATURAL: O CONTEXTO DO
de parcelas importantes da população.
SENHOR DOS VENTOS
Pesquisa em grupo (CA, p. 9)
Lição de casa (CA, p. 26)
Resposta aberta; entretanto, espera-se que a pesquisa mostre
Existem diversas formas possíveis de representação da intensidade
que o astrolábio é um instrumento muito antigo, cuja origem
dos fluxos de ideias e de informações que atravessam o espaço
remonta ao século II a. C., e que se acredita que tenha sido
virtual. Neste caso, trata-se de tentar ser o mais criativo possível.
introduzido na Europa pelos árabes, por volta do século X. Ele
foi decisivo na expansão ultramarina europeia, pois permitia
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
que se calculasse a altura dos astros celestes, o que possibilitava
ANÁLISE CRÍTICA DO PROCESSO DE
a localização dos navegantes em alto-mar, especialmente sua
GLOBALIZAÇÃO
posição em latitude. Hoje, com o Global Positioning System
Lição de casa (CA, p. 31)
(GPS), é possível obter por satélite as coordenadas geográfi-
a) Globalização: refere-se ao período contemporâneo, mar-
cas de qualquer objeto sobre a superfície terrestre, não sendo
cado pelas tecnologias da informação e pela intensifica-
mais necessário o uso do astrolábio nas navegações marítimas.
ção e aceleração dos fluxos de materiais e de informação
que atravessam o planeta.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
O MEIO TECNICO-CIENTÍFICO E A
b) Ajuda financeira internacional: refere-se ao montante de
INCLUSÃO NO MUNDO DIGITAL
ajuda financeira que os países ricos devem prestar aos países
Pesquisa de campo (CA, p. 21)
pobres, como forma de acelerar o desenvolvimento destes.
Quaisquer que sejam os resultados da pesquisa, é importante
78
que ela ajude a sedimentar o par conceitual exclusão-inclu-
c) Mercado financeiro: mercado de investimentos no qual o
são digital. De acordo com esse par conceitual, apesar da im-
dinheiro é utilizado para gerar mais dinheiro, sob a forma
portância inquestionável das tecnologias digitais no mundo
de juros e remuneração do capital investido.
CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL
NOVA EDIÇÃO 2014-2017
COORDENADORIA DE GESTÃO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB
Coordenadora
Maria Elizabete da Costa
Diretor do Departamento de Desenvolvimento
Curricular de Gestão da Educação Básica
João Freitas da Silva
Diretora do Centro de Ensino Fundamental
dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação
Profissional – CEFAF
Valéria Tarantello de Georgel
Coordenadora Geral do Programa São Paulo
faz escola
Valéria Tarantello de Georgel
Coordenação Técnica
Roberto Canossa
Roberto Liberato
Smelq Cristina de 9lbmimerime :oeÅe
EQUIPES CURRICULARES
Área de Linguagens
Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos
Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli
Ventrela.
Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria
Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt,
Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto
Silveira.
Língua Estrangeira Moderna (Inglês e
Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire
de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro,
Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes
Nogueira.
Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria
Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos
Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa,
Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli
Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
Área de Matemática
Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros,
Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio
Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge
Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley
Aparecido Cornatione.
Área de Ciências da Natureza
Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth
Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e
Rodrigo Ponce.
Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli,
Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e
Maria da Graça de Jesus Mendes.
Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio
Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade
Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.
Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos
Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João
Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus.
Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares
Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda
Meira de Aguiar Gomes.
Área de Ciências Humanas
Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e
Teônia de Abreu Ferreira.
Área de Ciências da Natureza
Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro
Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende
Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara
Santana da Silva Alves.
Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso,
Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.
História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria
Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy
Fernandez.
Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de
Almeida e Tony Shigueki Nakatani.
PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO
PEDAGÓGICO
Área de Linguagens
Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine
Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel
Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes
e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali
Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da
Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes,
Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves
Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.
Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia
Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva,
Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana
Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela
dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba
Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina
dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos,
Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista
BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia
Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza,
Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena
Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato
José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de
Campos e Silmara Santade Masiero.
Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene
Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves
Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M.
de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz,
Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina
Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda
Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso,
Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar
Alexandre Formici, Selma Rodrigues e
Sílvia Regina Peres.
Área de Matemática
Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis
Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi,
Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia,
Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima,
Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan
Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes
Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello,
Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina
Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi,
Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,
Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio
de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline
de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto
Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson
Luís Prati.
Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula
Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno,
Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes
M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio
Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael
Plana Simões e Rui Buosi.
Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila
Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S.
Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura
C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko
S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M.
Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
Área de Ciências Humanas
Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson
Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio
Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.
Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio
Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza,
Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez,
Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos,
Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de
Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório,
Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato
e Sonia Maria M. Romano.
História: Aparecida de Fátima dos Santos
Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete
Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina
de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso
Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana
Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de
Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo,
Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria
Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves,
Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e
Tânia Fetchir.
Apoio:
Fundação para o Desenvolvimento da Educação
- FDE
CTP, Impressão e acabamento
Esdeva Indústria GráÅca Ltda.
GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO
EDITORIAL 2014-2017
FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI
Presidente da Diretoria Executiva
Antonio Rafael Namur Muscat
Vice-presidente da Diretoria Executiva
Alberto Wunderler Ramos
GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS
À EDUCAÇÃO
Direção da Área
Guilherme Ary Plonski
Coordenação Executiva do Projeto
Angela Sprenger e Beatriz Scavazza
Gestão Editorial
Denise Blanes
Equipe de Produção
Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos
Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina
Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina
H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão,
Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento,
Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier,
Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro
Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb
Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo,
Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula
Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro
Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella
Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e
Tiago Jonas de Almeida.
CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS
CONTEÚDOS ORIGINAIS
Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís
Martins e Renê José Trentin Silveira.
COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS
CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS
CADERNOS DOS ALUNOS
Ghisleine Trigo Silveira
Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu
Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e
Sérgio Adas.
CONCEPÇÃO
Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo,
Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini
coordenadora! e Ruy Berger em memória!.
AUTORES
Linguagens
Coordenador de área: Alice Vieira.
Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins,
Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami
Makino e Sayonara Pereira.
Educação Física: Adalberto dos Santos Souza,
Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana
Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti,
Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira.
LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges,
Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini
Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles
Fidalgo.
LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel
Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues
Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia
González.
História: Paulo Miceli, Diego López Silva,
Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e
Raquel dos Santos Funari.
Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza
Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe,
Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina
Schrijnemaekers.
Ciências da Natureza
Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes.
Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo
Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene
Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta
Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana,
Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso
Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo.
Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite,
João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto,
Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida
Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria
Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo
Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro,
Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão,
Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.
Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet
Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar,
José Luís Marques López Landeira e João
Henrique Nogueira Mateos.
Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol,
Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo
de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti,
Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell
Roger da PuriÅcação Siqueira, Sonia Salem e
Yassuko Hosoume.
Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca
Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana
Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida
Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e
Vanessa Leite Rios.
Matemática
Coordenador de área: Nílson José Machado.
Matemática: Nílson José Machado, Carlos
Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz
Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério
Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e
Walter Spinelli.
Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse
Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe
Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa
Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda
Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.
Edição e Produção editorial: R2 Editorial, Jairo Souza
Design GráÅco e Occy Design projeto gráÅco!.
Ciências Humanas
Coordenador de área: Paulo Miceli.
Caderno do Gestor
Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de
Felice Murrie.
Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas
* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são
indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados
e como referências bibliográficas. Todos esses endereços
eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é
um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da
Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites
indicados permaneçam acessíveis ou inalterados.
* Os mapas reproduzidos no material são de autoria de
terceiros e mantêm as características dos originais, no que
diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos
elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos).
* Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no
Caderno do Professor para apoiar na identificação das
atividades.
S2+9m
São Paulo Estado! Secretaria da Educação.
Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor3 geograÅa, ensino
fundamental ¹ anos Ånais, 7a série/8o ano / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês
Fini; equipe, Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araújo,
Sérgio Adas. - São Paulo : SE, 2014.
v. 1, 80 p.
Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino
Médio e Educação ProÅssional ¹ CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB.
ISBN 978-85-7849-599-2
1. Ensino fundamental anos Ånais 2. GeograÅa +. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês.
II. Silva, Angela Corrêa da. III. Oliva, Jaime Tadeu. IV. Guimarães, Raul Borges. V. Araújo, Regina.
VI. Adas, Sérgio. VII. Título.
CDU: +71.+:80..90
Validade: 2014 – 2017