ana flávia oliveira peccatiello – bolsista semeia-csu

ANA FLÁVIA OLIVEIRA PECCATIELLO – BOLSISTA SEMEIA-CSU
Planning and Managing Tourism in Protected Areas Mobile Seminar
Colorado State University – Setembro 2013
• O seminário móvel foi realizado no mês de setembro de 2013 e organizado pela
Colorado State University. A programação foi repleta de palestras, grupos de
discussões, reuniões com gestores das áreas protegidas e demais profissionais
envolvidos com a temática e é claro, atividades de campo em diversas áreas
protegidas dos estados do Colorado, Wyoming, Dakota do Sul e Montana.
• Durante todo o curso fomos acompanhados pela equipe formada pelos
professores Jim Barborak, Ryan Finchum e Steve McCool, pela especialista em
programas para a América Latina e Caribe do US Foreste Service, Toby Bloom e
pela coordenadora logística do seminário, Kat Sever.
• Por contar com participantes de diversos países (Croácia, Eslováquia, Mongólia,
Chile, Costa Rica, México, Colômbia, Equador e Brasil) foi possível estabelecer
constante troca de experiências e compreender melhor como a gestão de áreas
protegidas vem se processando ao redor do mundo.
• Infelizmente, devido às fortes chuvas que ocorreram no estado do Colorado no
início do mês de setembro, nossa ida ao Rocky Mountain National Park foi
cancelada. No entanto, tal atividade foi substituída por visitas a outras
localidades antes não incluídas na agenda inicial, as quais surpreenderam pelas
belezas e riquezas natural e cultural.
Ana Flávia O. Peccatiello, Bolsista
Semeia-CSU
2013
DOCUMENTO
INTERNO
Principais áreas protegidas visitadas:
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Oregon Trail Ruts State Historic Site;
Register Cliff Historic Site;
Fort Laramie National Historic Site;
Badlands National Park e Pine Ridge Indian Reservation;
Wind Cave National Park;
Mount Rushmore National Memorial;
Custer State National Park;
Devil’s Tower National Monument;
Grand Teton National Park;
Little Bighorn Battlerfield National Monument;
Yellowstone National Park.
Devido aos aspectos singulares identificados no que
tange principalmente à gestão e uso público, Little
Bighorn Battlefield NM e Yellowstone NP serão os
pontos focais dessa apresentação.
Ana Flávia O. Peccatiello, Bolsista
Semeia-CSU
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DOCUMENTO
INTERNO
Little Bighorn Battlefield National
Monument
Gestão: National Park Service – U.S. Department of the Interior
Estabelecido como National Cemetery em 1879; como National Cemetery
of Custer's Battlefield Reservation em 1886; modificado para Custer
Battlefield National Monument em 1946 e para Little Bighorn
Battlefield National Monument em 10 de dezembro de 1991.
DOCUMENTO INTERNO
Criado com o objetivo de homenagear os
envolvidos na batalha do Little Bighorn
que ocorreu em 25-26 de junho de 1876
entre a 7ª Cavalaria liderada pelo Tenente
Coronel Custer e as tribos Lakota e
Cheyenne, esses sob a liderança política e
espiritual de Sitting Bull.
Ana Flávia O. Peccatiello, Bolsista
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2013
DOCUMENTO
INTERNO
A área total é de 309 ha e está localizado dentro da Crow
Indian Reservation. Há por isso grande participação dos
nativos em atividades realizadas dentro do National
Monument, tanto em relação ao turismo (atuando como
guias) como na execução de seus rituais.
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O grande diferencial dessa área
protegida são as estratégias de
interpretação:
1) Centro de visitantes
suficientemente equipado com
objetos, informações e vídeos;
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INTERNO
2) Belíssima apresentação feita pelo interpretive park ranger;
3) Visita guiada com guias da tribo Crow;
2
3
2
3
mínimo 2 pessoas,
sem guia
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4) Visita autoguiada orientada pelas diversas placas
interpretativas localizadas em pontos de maior interesse e com
conteúdo ilustrado e de fácil entendimento.
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Algumas considerações:
• O trabalho de interpretação da área realizado com os visitantes demonstra-se
como efetiva estratégia para transformar locais sem grande exuberância natural
em um grande atrativo, através da valorização da história e da cultura, associada
a condição natural ali existente.
• Vale ressaltar que apesar de existir uma parceria e colaboração entre os gestores
do parque e a tribo Crow, há ainda visível discrepância na forma como são
apresentados cada um dos “lados da história”.
• A participação dos nativos como guias demanda a realização de um curso
preparatório, com duração de duas semanas, ministrado pelos próprios nativos
que já atuam há mais tempo.
• Para o visitante é uma grande oportunidade poder ouvir “os dois lados da
história”. Há nesse sentido, o resgate da cultural indígena, a valorização da
história e o enriquecimento da experiência do visitante.
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Yellowstone National Park
Gestão: National Park Service – U.S. Department
of the Interior
Criação: 1872.
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Possui área total de
898300 ha, sendo
96% localizada no
estado de Wyoming,
3% em Montana e 1
% em Idaho. É uma
área de planalto
vulcânico por onde
se espalham gêiseres,
lagos cristalinos,
imensas cachoeiras e
vistas panorâmicas.
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DOCUMENTO
INTERNO
Quanto aos serviços e
facilidades, no interior do
parque o turista tem acesso
a todos os elementos
necessários à sua visita ou
estadia. As opções de
hospedagem vão desde
luxuosos lodges até
campgrounds, lojas,
serviços bancários e postal,
lavanderia, entretenimento,
alimentação, postos de
combustível e serviços de
emergência médica.
As principais concentrações de
serviços e facilidades são as
apresentadas acima, com destaque
para Mammoth Hot Springs, Old
Faithful e Canyon Village.
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Quem é quem no Parque?
Concessionárias:
Xanterra Parks &
Resorts; Yellowstone
Park Service Stations
e Delaware North
Companies Parks and
Resorts.
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Yellowstone Association: organização não-governamental parceira oficial do
Parque. Opera 11 lojas educacionais, tours interpretativos e educacionais além
de oferecer mais de 600 cursos por ano. Conta com 35000 membros ao redor
do mundo. A receita advinda das vendas e dos membros são em parte revertidas
em doações anuais para YNP.
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Yellowstone Park Foundation: é desde 1996 a parceira oficial do YNP na
angariação de fundos. Tem a missão de prover as condições necessárias ao
financiamento de projetos e programas para proteger, preservar e enriquecer
os recursos naturais e culturais e a experiência dos visitantes no parque.
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INTERNO
Algumas considerações:
• O YNP oferece uma gama de possibilidades de experiências aos visitantes que
não se restringem aos atrativos naturais e culturais. As opções de serviços e
facilidades encontradas na área do parque permitem o acesso de diferentes tipos
de turistas. Chama a atenção o número de visitantes da terceira idade presentes
em diversos pontos atrativos no parque.
• No entanto vale ressaltar que muitas das facilidades ali encontradas tornam a
infraestrutura de certa forma invasiva, competindo com a paisagem. A área
denominada Old Faithful Historic District comporta diversas construções em
madeira que começaram a ser construídas em 1897. A última delas, o Old
Faithful Visitor Education Center, foi inaugurado em 2010, com custo de 26
milhões de dólares, dos quais 10 milhões foram obtidos a partir de doações. O
prédio é grandioso, não segue o padrão dos demais e infelizmente, seu conteúdo
interno não impressiona tanto quanto seu exterior.
• Nesse sentido, devido a toda infraestrutura disponível, em alguns momentos é
possível “esquecer” que se está em uma área natural o que pode converter-se em
um ponto negativo na execução dos objetivos de sensibilização ambiental dos
visitantes.
Ana Flávia O. Peccatiello, Bolsista
Semeia-CSU
2013
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INTERNO
• Segundo George Helfrich, Chief of Concessions Management, a decisão
sobre a inserção ou não de uma nova concessionária ou serviço no interior
do parque é definida em nível local pela própria gestão do parque. O critério
para essa definição pauta-se na análise sobre o que necessário e apropriado
(se está de acordo com a missão do parque).
• Além dos serviços prestados pela concessionárias, pela Yellowstone
Association e pela Yellowstone Park Foundation, há também outras
empresas que operam dentro do parque principalmente na oferta de
atividades de pesca, passeios de barco, observação da vida silvestre,
passeios a cavalo e atividades de inverno.
• O turista tem também a opção de fazer as atividades por conta própria, sem
a contratação das empresas. Todos os locais visitados apresentaram ótima
infraestrutura de acesso, estacionamentos, banheiros e sinalização turística.
• Vale ressaltar que poucos produtos vendidos nas general stores são
produzidos localmente ou ao menos nos EUA. Em sua maioria são “made in
China”, o que não condiz com a perspectiva sustentável difundida pelas
concessionárias responsáveis por tais lojas.
Ana Flávia O. Peccatiello, Bolsista
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