relatório de conjuntura: internacional - Nuca
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RELATÓRIO DE CONJUNTURA: INTERNACIONAL Novembro de 2009 Nivalde J. de Castro Danilo Delgado PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS– FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DA CONJUNTURA: INTERNACIONAL NOVEMBRO de 2009 Nivalde J. de Castro Danilo Delgado PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS – FINANCEIRAS DO SETOR ELÉTRICO Índice 1 – INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA................................................................................... 4 2 – AMÉRICA LATINA ...................................................................................................... 7 2.1 – ARGENTINA............................................................................................................ 7 2.2 – COLÔMBIA.............................................................................................................. 7 2.3 – CHILE ....................................................................................................................... 8 2.4 – EQUADOR................................................................................................................ 8 2.5 – PARAGUAI ............................................................................................................ 11 2.6 – PERU ....................................................................................................................... 12 2.7 – VENEZUELA ......................................................................................................... 13 3 – EUA................................................................................................................................ 15 4 – EUROPA ....................................................................................................................... 17 5 – MUNDO......................................................................................................................... 18 Relatório Mensal de Acompanhamento da Conjuntura de Planejamento(1) Nivalde J. de Castro(2) Danilo Delgado (3) (1) Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques, Rafhael dos Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro. (2) Professor do Instituto de Economia - UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico. (3) Assistente de Pesquisa do GESEL-IE-UFRJ 1 – INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA América Latina precisa investir US$ 10 bi por ano em energia A região latino-americana precisa investir US$ 10 bilhões anuais durante 10 anos para fornecer eletricidade a toda a população, calculou a ibero-americana Comissão de Integração Energética Regional, depois do gigantesco apagão observado no Brasil e no Paraguai. Esta injeção de fundos é necessária para levar a energia a 100 milhões de latino-americanos que não têm eletricidade (20%), declarou em entrevista à imprensa nesta quarta-feira o presidente da CIER, Gabriel Argüello, estimando que "o acesso à energia nos países latino-americanos ainda está bem distante de ser chamado de ótimo". O investimento deve levar em conta que a demanda crescerá 5% ao ano, precisou. O fornecimento energético na América Latina sofre com o problema de interconexões entre países, pouca diversificação das fontes de energia e com o "atraso" dos planos de desenvolvimento em relação ao aumento da demanda, segundo Argüello. (Jornal do Brasil – 11.11.2009) AL: Comissão aprova acordo de integração energética A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou ontem acordo de Complementação Energética firmado em dezembro de 2005 pelos países integrantes do Mercosul e por Colômbia, Chile, Equador e Venezuela. A proposta será enviada ao plenário do Senado em regime de urgência. Segundo o relator da proposta, senador Geraldo Mesquita Junior (PMDB-AC), o ponto central do acordo é o avanço da integração energética regional em seus múltiplos aspectos, como sistema de produção, transporte, distribuição e comercialização de energéticos nos países signatários. Segundo o documento que recebeu parecer favorável quinta-feira, 19, fica permitida a celebração de protocolos bilaterais, sub-regionais ou regionais em áreas como intercâmbio comercial de hidrocarbonetos, interconexão de redes elétricas, interconexão de redes de gasodutos e fontes de energia renováveis.A participação brasileira se dará mediante o aporte de aproximadamente US$ 6 milhões, destinados a projetos de conservação da biodiversidade, redução dos riscos de mudanças climáticas, proteção da camada de ozônio e descontaminação de águas internacionais. (Valor Econômico – 20.11.2009) Intercâmbio de energia elétrica entre Brasil e Argentina deve ser reforçado Os presidentes do Brasil e da Argentina, Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner, assinaram hoje (18) declaração conjunta que prevê projetos de infraestrutura importantes para os dois países. O objetivo é que os dois governos se comprometam a ampliar a parceria no programa de interconexão elétrica, que já está em andamento. Atualmente há um intercâmbio com duas modalidades. Numa delas, chamada de “sem devolução” o país compra a energia do parceiro. Na outra modalidade, “com devolução”, a energia usada é restituída ao fornecedor posteriormente, como numa espécie de empréstimo. O Brasil e a Argentina determinaram-se, a partir de hoje, a implementar a chamada Energia de Acumulação, projeto que utilizará energia térmica. Caso as negociações avancem, o projeto irá regularizar a operação da Usina Termelétrica de Uruguaiana. (Agência Brasil – 18.11.2009) Brasil e Argentina querem iniciar estudos de viabilidades de Garabi até meados de 2010 Os presidentes de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Cristina Kirchner, acertaram um cronograma para o projeto da hidrelétrica binacional de Garabi. A expectativa é que os estudos de viabilidade da usina e de um segundo empreendimento sejam iniciados no segundo trimestre de 2010. Em comunicado conjunto, os mandatários determinaram que as estatais Eletrobrás e Ebisa constituam um esquema associativo para desenvolver o empreendimento, além de iniciarem as prospecções para o financiamento. Eles pediram que as autoridades dos dois países "maximizem os esforços para obtenção das licenças e autorizações necessárias à viabilização desses projetos". O projeto das duas usinas de Garabi, no rio Uruguai, prevê cerca de 2 mil MW. Os dois países estão estudando nova modalidade de intercâmbio, a chamada "energia de acumulação", que, segundo o comunicado, se utilizada, poderá regularizar a operação da térmica de Uruguaiana. (CanalEnergia – 23.11.2009) Argentina: governo espera que tratado de integração com Chile atraia investimentos O Contrato de Integração de Mineração entre Argentina e Chile deve gerar para os próximos anos um volume de investimentos superior a 30.000 milhões de pesos na exploração e desenvolvimento de projetos produtivos na área de fronteira, segundo informou a Secretaria de Mineração. O Convênio se firmou durante o IV Encontro Minero Chileno-Argentino, organizado pela Câmara Chileno-Argentina de Comercio. “O projeto binacional é a primeira experiência que fizemos juntos e abre a possibilidade de desenvolvimento de muitos outros projetos em uma fronteira mundialmente reconhecida pelo potencial mineral”, disse o secretário de Mineração, Jorge Mayoral. (El Inversor Energético y Minero – 27.11.2009) Bolívia planeja investir e exportar mais para o Brasil Com um investimento de US$5.600 milhões, o vice-ministro de Eletricidade da Bolívia, Miguel Yagüe, anunciou que pretende desenvolver novos projetos para fazer adiçõea ao sistema elétrico, visando alcançar uma potência de 3.000 MW. Ele disse que entre os projetos mais importantes se encontra o de Cachuela Esperanza, com 900 MW, e que se analisa a possibilidade de sua exportação para os países vizinhos. “Até dezembro devemos ter o projeto final. Em 2010 se começará o período de licitação da construção e parte do projeto será destinado ao Norte da Bolívia e o resto ao Brasil”. Yagüe explicou ainda que o motivo porque a Bolívia não sofre com a seca é porque “Nossas termelçétricas são em sua maioria à gás e estão produzindo mais, por essa razão se controlam os reservatórios para assegurar o abastecimento,, motivo pelo qual não precisamos de racionamento e não sofreremos com desabastecimento”. (El Diario – Bolívia – 13.11.2009) 2 – AMÉRICA LATINA 2.1 – ARGENTINA Argentina: Senado aprova a construção da quarta central nuclear A Câmara de Senadores da Argentina converteu em Lei a instalação de uma nova planta nuclear. A iniciativa pode se instalar na província de Buenos Aires, em Campana, onde estão localizadas duas das outras três fábricas no país (um em operação e outro no meio da fase de construção). Além disso, no mesmo texto aprovado, foi apoiada a realização de diversas tarefas recondicionamento, destinadas a prolongar a vida útil da usina nuclear de Embalse Rio Tercero (Córdoba). "A quarta usina vai gerar cerca de 1.200 MW de energia. A legislação que está dirigindo é uma continuação do programa nuclear argentino, que abrange o uso do urânio natural para o seu funcionamento”, disse César Rioja, chefe do Comitê de Energia. (El Inversor Energético & Minero – 26.11.2009) 2.2 – COLÔMBIA Colômbia não suspenderá envio de energia ao Equador nem a Venezuela A Colômbia não suspendeu nem suspenderá o envio de energia elétrica a Venezuela e ao Equador, ainda que esteja tomando medidas para lidar com a seca que atinge o país, informou o residente colombiano, Álvaro Uribe. “Na semana passada fizemos um enorme esforço para manter o abastecimento para os países vizinhos, apesar do nosso país também estar passando pela seca e nossos reservatórios estarem 30% abaixo do nível esperado”. Uribe explicou que foi feita uma mudança nas regras na Comissão de Regulação para permitir que duas plantas pudessem despachar energia ao Equador. Anunciu ainda que apesar das medidas que devem ser tomadas contra o apagão na Colômbia, devem ser solidários com o país vizinho. (21.11.2009) (La República – Peru – 21.11.2009) 2.3 – CHILE Chile: 45% dos investimentos até 2013 serão no setor de energia A entidade Corporação de Bens de Capital, que trimestralmente lança projeções de projetos de empresas para o território chileno, lançou o plano de investimentos para o período entre 2009-2013. Dos US$ 64.205 milhões que se espera que sejam investidos, US$ 28.772 milhões se destinará ao setor de energia. Quase US$ 5 milhões se concentram na região do Atacama, com projetos como a Central Termelétrica Castilla e a terceira unidade da Central Termelétrica Punta Alcalde, da Endesa. No entanto, o sócio da Electroconsultores, Francisco Aguirre, não acredita que todas as iniciativas de investimento em energia se concretizarão. Isso porque se gerará uma sobre-oferta de energia, visto que a demanda chilena e, portanto, os projetos com menor vantagem competitiva ficarão para trás. (Economía y Negocios – Chile – 09.11.2009) 2.4 – EQUADOR Equador: Tem início racionamento O governo do Equador deu início, nessa quinta, um inesperado plano de racionamento do serviço de eletricidade, devido aos baixos níveis dos reservatórios. Os cortes começaram a ser aplicados em setores por todo o país assim que o ministro de Eletricidade e Energia, Esteban Albornoz , anunciou que a hidrelétrica Paute-Molino, que atualmente cobre 35% da demanda nacional, havia chegado a níveis críticos. A intenção é economizar 5% de energia e, ainda que um funcionário do governo tenha indicado que isso significaria um corte de menos de duas horas por cliente, os cortes chegaram a 6 horas em algumas regiões. (Portafolio – Colômbia – 05.11.2009) Equador aumentará importações de energia da Colômbia e do Peru O Equador pretende mais do que dobrar sua impostacção de energia da Colômbia, segundo anunciou o ministro de Setores Energéticos, Galo Borja. O consumo atual de 1200 KW/dia passaria a 3000KW/dia. No sábado, o presidente Rafael Corres indicou ainda que o Peru também passaria a exportar mais para o Equador. “Estamos aumentando a impostação do Peru e da Colômbia e vamos utilizar um plano de emergência para que possamos trazer uma central térmica desmontada de países amigos”, disse o mandatário, que está confiante que no máximo em dez dias a situação estará sob controle. (Portafolio – Colômbia – 09.11.2009) Equador comprará energia do Peru O ministro de Eletricidade do Equador, Esteban Albornoz, anunciou ontem que fez um pré-acordo com o Peru para comprar 1200 MWh de energia termelétrica. Isto equivale a uma potência de 50 MW, equivalente ao que a Colômbia está fornecendo nesse momento. A decisão de compra ou não dessa energia será decidida hoje por um Conselho de Ministros, analisando custos e condições. O contrato previsto seria para quatro meses e, caso se concretize, a energia estará disponível a partir de sexta somente para uma província equatoriana. A compra dessa energia não significa, no entanto, o fim do racionamento (Expreso – Equador – 10.11.2009) Colômbia não exportará mais energia ao Equador Segundo a Colômbia, a exportação de energia elétrica ao Equador será mantida nos níveis atuais, o que ajudará aquele país a passar pela crise energética atual, no entanto, não convém aumentá-la uma vez que a própria Colômbia está em um período de racionamento para que se evite problemas futuros com a chegada do “El Niño”. “Neste momento, a exportação para o Equador está em 25% da capacidade da interconexão e se manterá esse nível” explicou Pablo Corredor gerente da XM, filial da ISA encarregada da administração do mercado energia. (Portafolio – Colômbia – 10.11.2009) Peru venderá energia ao Equador O presidente peruano, Alan García, firmou ontem um decreto para autorizar a venda de energia elétrica ao Equador, em momentos em que o país vizinho atravessa uma crise energética que o obriga a passar por racionamentos. Garcia disse que “O Peru é um país fundamentalmente energético e importante na sua capacidade de prover energia aos países vizinhos”, destacando a segurança energética e econômica por que passa seu país. O comunicado não especifica a quantidade de energia que será vendida. (La República – Peru – 12.11.2009) Equador: indisponibilidade de térmicas serve para agravar problema de energia 457,8 MW provenientes de termelétricas estão indisponíveis no Equador, o que representa 43% de indisponibilidade no SIN peruano. A paralisação dessas centrais se deve não a motivos de falta de combustível e sim de manutenção, falta de recursos e falha no início da operação. Quatro delas não tem nem data de previsão para retornarem ao sistema, que somam 126,5 MW. Enquanto isso, a crise energética no Equador segue com ainda previsões otimistas de terminar até a primeira semana do mês que vem. (Expreso – Equador – 12.11.2009) Equador poderá reduzir à metade cortes de energia O ministro de Eletricidade e Energia Renovável do Equador, Esteban Albornoz, informou que os racionamentos de energia podem ser reduzidos a metade de forma progressiva, graças à incorporação de carga comprada do Peru e a entrada de termelétricas que usam petróleo. Albornoz precisou que as horas de corte serão reduzidas em 50%, em média, em todo o país, ainda que tenha reforçado que isso dependerá da situação da UHE de Paute, que em condições normais deveria prover 35% da demanda interna. Ele destacou ainda que o acordo com o Peru acontecerá até abril de 2010. O ministro lembrou ainda que, na atual situação, a alternativa mais eficaz para mitigar o déficit de geração é o racionamento de energia por parte dos consumidores, visto que as leves chuvas na região de Paute não foram suficientes para aumentar os níveis adequados o reservatório de hidrelétrica. (La República – Peru – 13.11.2009) Equador: governo diz que reajuste tarifário visa evitar o desperdício O ministro de Energia e Petróleo do Equador, Rafael Ramírez, assegurou que o reajuste tarifário que o governo está estudando busca combater o desperdício e gerar os recursos necessários para que se possa fazer a manutenção do setor elétrico de seu país. Segundo Ramírez, “O reajuste tarifário tem, além desses dois objetivos, o de normalizar o quanto antes o abastecimento para a população”. (EL Nacional - Venezuela - 16.11.2009) Colômbia não suspenderá envio de energia ao Equador nem a Venezuela A Colômbia não suspendeu nem suspenderá o envio de energia elétrica a Venezuela e ao Equador, ainda que esteja tomando medidas para lidar com a seca que atinge o país, informou o residente colombiano, Álvaro Uribe. “Na semana passada fizemos um enorme esforço para manter o abastecimento para os países vizinhos, apesar do nosso país também estar passando pela seca e nossos reservatórios estarem 30% abaixo do nível esperado”. Uribe explicou que foi feita uma mudança nas regras na Comissão de Regulação para permitir que duas plantas pudessem despachar energia ao Equador. Anunciu ainda que apesar das medidas que devem ser tomadas contra o apagão na Colômbia, devem ser solidários com o país vizinho. (La República – Peru – 21.11.2009) 2.5 – PARAGUAI Paraguai: Câmara dos Deputados aprova criação do Ministério de Energia, Minas e Hidrocarbonetos A Câmara dos Deputados aprovou ontem por unanimidade o projeto de lei "cria o Ministério de Energia, Minas e Hidrocarbonetos”, uma organização que será responsável pela elaboração, proposição e implementação de políticas administrativas do Poder Executivo sobre a política nacional do setor energia, mineração e hidrocarbonetos. O projeto foi apresentado com parecer favorável da Comissão de Minas e Energia da Câmara, além de ser girada para a Comissão dos Assuntos Constitucionais, Lei de Consolidação de Obras, Serviços Públicos e Comunicações. De fato, as funções e competências do Ministério, enquanto que fixar a política energética do país é o exercício do governo em todos os atos que dele dependem e ser o elo binacional (Itaipu e Yacyretá) e organismos autônomos como Petropar. (La Nación – Paraguai – 06.11.2009) Paraguai: investimentos de US$1300 mi no setor elétrico até 2018 A Administração Nacional de Eletricidade Paraguaia (Ande) planeja investir cerca de US$1300 milhões em geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até 2018, tendo em vista a demanda prevista para esse ano, segundo um documento emitido pela entidade. Tendo em vista o crescimento econômico, o crescimento populacional e a cobertura elétrica, a Ande estima parta o ano de 2018 uma demanda máxima de potência de 2.440 MW/ano. Com base nessa perspectiva, a Ande elaborou um plano que inclui múltiplas obras, entre as quais LTs, vinte novas subestações, equipamentos de transformação e transmissão e novos postos e medidores.O plano conta ainda com a modernização da Central Hidrelétrica de Acaray. (La Nación – Paraguai – 10.11.2009) Pressão dos paraguaios continua Mesmo com a primeira parte do acordo para alterar o tratado entre Brasil e Paraguai encaminhada ao Congresso brasileiro, os paraguaios continuam a pressionar para que possam vender sua energia no mercado livre a partir de 2011. Esse ponto, que não fez parte do documento assinado entre os governos, será rediscutido nesta semana. O governo brasileiro não tem se mostrado muito receptivo a liberar o mercado livre para a venda da energia de Itaipu, pelo menos não no curto prazo. Tenta mostrar aos paraguaios que não há vantagens para eles, já que teriam de bancar o custo da energia de US$ 50 o megawatt-hora, correr o risco dos contratos e apresentar lastro financeiro. O diretor-geral de Itaipu do lado paraguaio, Carlos Balmalli, está otimista e diz que a ideia é ter 300 MW liberados para venda em 2011. (Valor Econômico – 30.11.2009) 2.6 – PERU Petrobras: volume de gás em poço no Peru sairá em semanas A Petrobras informou que somente nas próximas semanas será possível confirmar a possível comercialidade e o volume de gás natural descoberto em um poço perfurado na província de Cusco, no Peru. Segundo nota da Petrobras na sexta-feira, 6, "a companhia confirma que finalizou a perfuração do primeiro poço (Urubamba 1X) do Bloco 58, localizado na província de Cusco e operado pela Petrobras, que detém 100% da concessão. A profundidade final alcançada foi de quatro mil metros". Na quinta-feira, o presidente do Peru, Alan Garcia, anunciou que a Petrobras descobriu reservas de gás que podem superar 5 trilhões de TCF. (Jornal do Brasil – 06.11.2009) Peru: Descoberta de gás viabiliza obras de polo petroquímico A descoberta de gás natural no Bloco 58, operado pela Petrobras, localizado na província de Cusco, na região amazônica do Peru, já vinha sendo esperada há quase dois anos e é considerada fundamental para tirar do papel o projeto de construção de um polo petroquímico naquela região. No ano passado, Braskem, Petrobras e PetroPeru assinaram um acordo prevendo a instalação de um polo petroquímico, com capacidade de produção de 700 mil a 1,2 milhão de toneladas de polietilenos a partir de gás natural.A Petrobras tinha planejado investir no Peru, este ano, em torno de US$ 100 milhões, principalmente na perfuração do bloco 58, e ainda no bloco 10, em que também possui 100% de participação. Segundo fontes, a estatal não descarta disputar a nova licitação de 17 blocos que o governo peruano deve fazer entre o final deste ano e o início de 2010. (DCI – 09.11.2009) Peru e Petrobrás renegociam contrato do Lote 58 A Perupetro e a Petrobras renegociaram o contrato de licenciamento do Lote 58 para incrementar o royalty que a empresa deverá pagar sobre o valor de produção de gás natural que a brasileira explorará, informou o presidente da estatal peruana, Daniel Saba. “5% era muito baixo. Conversamos com a empresa e demos início a uma negociação amigável. Eles estão de acordo por estarem conscientes que era uma porcentagem mínima”. Para Saba, o nível de royalties deveria estar entre 13 e 14%. A respeito do volume no Lote 58, indicou que em 30 dias a empresa poderá confirmar conm exatidão o volume descoberto, que em principio a Perupetro anunciou serem de 1.5 trilhões de pés cúbicos. (El Peruano- Peru – 12.11.2009) 2.7 – VENEZUELA Venezuela toma medidas para plano de racionamento de energia O governo venezuelano anunciou ontem várias resoluções que afetarão os cidadãos, empresários e organismos públicos e que busca economizar energia elétrica, ao mesmo tempo em que garante investimentos no setor para que se aumente a eficiência do sistema, atualmente em colapso. Segundo o governo, a mudança climática e o consumo irresponsável são os responsáveis pelos últimos apagões: quatro em um ano. O governo aprovou um decreto para exonerar o imposto sobre as importações de materiais necessários para atividades de geração transmissão elétrica. Além dessa, outras três resoluções foram aprovadas: uma para reduzir e controlar o consumo no setor público, outra para incrementar a cogeração em empresas e uma última para controlar a chegada ao país de aparatos que consumam muita energia. Cumprindo essas medidas, segundo o governo, a economia de enrgia pode chegar aos 20%. (Portafolio – Colômbia – 05.11.2009) 3 – EUA EUA: projetos dos governos são a grande esperança da GE A GE tem grandes esperanças para o pacote de estímulo do governo americano. Ela afirma que nos próximos três anos poderá faturar até US$ 192 bilhões em projetos financiados por governos do mundo todo, inclusive o brasileiro, tais como modernização da rede elétrica, geração de energia renovável e atualização das tecnologias de assistência médica. A empresa está começando a obter resultados. No mês passado o presidente americano Barack Obama anunciou US$ 3,4 bilhões em financiamentos para projetos relativos à rede elétrica. Cerca de um terço dos beneficiados são clientes da GE. Dentro da GE, diretor-presidente Jeffrey Immelt pressionou os executivos para que elaborassem planos de captação de verbas governamentais. Como parte desses esforços, a GE vem promovendo propostas de políticas públicas e pressionando o governo para aumentar as verbas do estímulo destinadas a esse fim. A empresa também ajudou seus clientes a elaborar projetos e candidatar-se às verbas governamentais, na expectativa de que esses clientes futuramente comprem os seus equipamentos. A GE não revela quanto recebeu do programa de estímulo do governo. Até agora os retornos parecem modestos em relação ao faturamento da empresa em 2008, de US$ 182,5 bilhões. (Valor Econômico – 17.11.2009) Adesão à compra de energia limpa é baixa nos EUA Quando apresentados com a proposta de pagar um pouco mais na conta de luz para que sua energia seja gerada a partir de fontes renovável de energia, a baixa adesão dos consumidores americanos levanta uma questão: se a maioria dos americanos aumentou o apoio ao governo por energia limpa, como sugerem as pesquisas, por que tantas pessoas se recusam a aderir à compra de energia limpa? A razão é que os consumidores pensam que a despesa fica alta demais. Nem o governo tem uma conclusão a respeito de se esses programas realmente levam à construção de mais projetos de energia limpa. Alguns especialistas dizem que alguns projetos funcionam melhor que outros."É uma questão traiçoeira", diz Lori Bird, analista sênior do Laboratório de Energias Renováveis do Colorado. Pelo menos um dos programas está na mira dos órgãos reguladores. Em 2008, o programa de energia limpa da Florida Power and Light foi alvo de uma auditoria, que mostrou que as prometidas instalações de energia solar estavam muito aquém do planejamento. O programa tinha mais de 38 mil clientes e era um dos seis maiores dos EUA. A auditoria também descobriu que a vasta maioria dos pagamentos feitos pelos proprietários de casas cobriam despesas de marketing da empresa. (O Estado de São Paulo – 18.11.2009) 4 – EUROPA União Européia prepara mais investimento em eletricidade A União Europeia estima ser necessário investir em eletricidade e gás de 1,6 bilhão de euros até 2030, indica o Observatório Europeu dos Mercados de Energia. "O aumento da demanda por energia combinada com a necessidade de repor novas infraestruturas constitui, por si só, um considerável desafio", aponta a consultoria Capgemini em um estudo em colaboração com a Societé Générale. O documento indica ainda que a obrigação de reduzir as emissões de dióxido de carbono (C02) para combater o aquecimento global torna este desafio "ainda mais complexo". Em 2008, os desafios que já se colocavam tinham a ver com o abastecimento de eletricidade e gás combinado com a redução das emissões de CO2. (DCI – 18.11.2009) Etanol de segunda geração A dinamarquesa Inbicon, subsidiária da Dong Energy, inaugurou a primeira fábrica de etanol de segunda geração, a partir de resíduos agrícolas. Localizada em Kalundborg, a biorrefinaria será capaz de processar 30 mil t/ano de palha de trigo anualmente e produzir 5,4 milhões de litros de bioetanol. O processo utiliza enzimas especiais para liberar os açúcares presentes na celulose, depois de um pré-tratamento da palha feito através da explosão a vapor. A grande vantagem do etanol 2G é a redução da emissão de CO2 durante a cadeia produtiva de até 90% em relação a combustíveis convencionais. (BrasilEnergia – 27.11.2009) 5 – MUNDO Energia renovável não bastará, diz AIE Turbinas eólicas, painéis solares e usinas hidrelétricas não serão construídas rápido o bastante para acompanhar o ritmo da demanda global de eletricidade até 2030, segundo previsão da AIE. O gráfico mostra a crescente disparidade entre a energia gerada com combustíveis renováveis e o consumo total. Para dar conta do grande aumento de consumo, países em desenvolvimento, como China e Índia, precisarão de novos geradores para produzir o equivalente a mais de quatro vezes o potencial elétrico total dos EUA hoje, segundo a AIE. Baseando-se no atual cenário de políticas energéticas com uso intensivo de combustíveis fósseis, a agência estima que o aumento de produção custará aos emergentes US$ 13,7 trilhões, até 2030. A queima de carvão deve contribuir em 44% para da geração de eletricidade em 2030, contra cerca de 41% atualmente, disse a AIE. "Nós vamos precisar tanto de mais energia renovável quanto de maior eficiência energética" para acabar com a crescente disparidade entre a demanda crescente por eletricidade e a oferta de energia de baixo carbono, disse Claudia Kemfert, analistachefe de energia do instituto econômico DIW, de Berlim. (20.11.2009)